Arte de Música - Jorge de Sena
Arte de Música - Jorge de Sena
Arte de Música - Jorge de Sena
Dissertação de Mestrado
em Estudos Portugueses e Brasileiros,
apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Universidade do Porto
Faculdade de Letras
2002
TERESA ISABEL DE OLIVEIRA FIGUEIREDO TOMÁS FERREIRA
Universidade do Porto
Faculdade de Letras
2002
Ao Professor Doutor Luís Adriano Carlos, na qualidade de meu ori-
entador científico, desejo expressar a minha profunda gratidão pela disponi-
bilidade, pelo ver e ouvir atentos e pelo rigor crítico com que sempre acom-
panhou esta dissertação. Agradeço-lhe ainda os conselhos e as referências
bibliográficas fundamentais.
A Mécia de Sena, a minha gratidão pela amabilidade com que res-
pondeu às minhas solicitações e se prontificou a fornecer-me dados
essenciais para a realização deste trabalho.
A Carla, minha grande amiga, agradeço profundamente o apoio e a
colaboração incansáveis nos momentos mais difíceis deste percurso e reno-
vo os meus votos de uma amizade eterna.
Desejo também, manifestar o meu sentido reconhecimento a todos
os que de alguma forma me ajudaram, facultando-me materiais bibliográfi-
cos, lendo atentamente os textos ou simplesmente ouvindo-me, de entre os
quais gostaria de destacar Dr.a Graciete Vilela, Professor Doutor Mário
Vilela, Compositor Fernando Lapa, Maestro Mário Mateus, Professor Dou-
tor Guedes de Miranda, Dr. Samuel Lopes, Dr.a Joana Frias, Carla Lopes,
Fátima Alves, Isabel Monteiro, Marta Norton e Encarnação Silva.
Por último, um agradecimento muito especial à minha Família. Obri-
gada pelo carinho, pela infinita compreensão e pelo longo tempo que se
privaram da minha presença e do meu apoio para me deixarem viver a
música na poesia de Jorge de Sena.
Para o Marco,
Sem ti nada seria possível.
Para a Nhãnhã.
Não foi para morrermos que falámos
que descobrimos a ternura e o fogo,
e a pintura, a escrita, a doce música.
Jorge de Sena
Será difícil tentar definir numa fórmula uma poesia tão complexa
que é, ao mesmo tempo, exercício espiritual e exercício de
linguagem, poesia de conhecimento e de interrogação filosófica ou
metafísica, mas sempre dentro da mais alta intimidade reflexiva que
a alma humana possa ter consigo mesma, e ao mesmo tempo, uma
poesia mais directa que corajosamente afronta alguns problemas
cruciais da condição humana presente. Uma grande unidade interior,
um tom que é a própria voz do poeta, preside a todas estas poesias
que, afinal, se verifica serem apenas uma. É que a linguagem de
Jorge de Sena é a fusão de um pensamento, de uma palavra e de um
acto7.
excluindo o factor imitativo. Esta não é uma obra que procure traçar canais
de identificação da poesia com a música. Conforme constata João Palma-
-Ferreira, em Arte de Música, Jorge de Sena oferece-nos «autênticas peças
de música», verdadeira transfiguração de objectos musicais que se cristali-
zam em formas poéticas:
«Crítica Literária - Arte de Música (1) por Jorge de Sena», Diário Popular,
Lisboa, 28 de Novembro de 1968, p. 12.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE
UMA RELAÇÃO HISTÓRICA
Cf. Francisco Cota Fagundes, A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de
Sena's Poetry, Providence, Gávea-Brown, 1988, o mais desenvolvido estudo realizado até
hoje sobre as relações poesia-música em Arte de Música de Jorge de Sena e Luís Adriano
Carlos, Poética e Poesia de Jorge de Sena - Antinomias, Tensões, Metamorfoses (Disserta-
ção de Doutoramento), Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 1993, com
importantes capítulos dedicados às relações da poesia com a música e com as artes
plásticas. No domínio dos mais recentes trabalhos realizados em Portugal, por músicos
portugueses, notem-se as referências à música vocal, forma de intersecção por excelência
entre a música e o texto verbal, nas Obras Literárias de Fernando Lopes-Graça. Em
particular distinguimos, nestas obras, o capítulo «Lied Francês Contemporâneo» centrado
numa reflexão sobre três das mais notáveis obras da literatura vocal moderna - La Bonne
Chanson, de Gabriel Fauré, Histoires Naturelles, de Maurice Ravel, e Poèmes Juifs, de
Darius Milhaud - e os trabalhos sobre a canção popular portuguesa onde Fernando Lopes-
-Graça, defensor do primado da música sobre o texto verbal no caso do lied, não deixa de
enfatizar a estreita união da poesia à música na canção popular (Fernando Lopes-Graça,
Obras Literárias - Música e Músicos Modernos, 5, Lisboa, Editorial Caminho, 1985, pp.
17-31). Cf. também, concretamente sobre o estudo das relações históricas poesia-música,
João de Freitas Branco, «Música e Literatura - Segmentos duma Relação Inesgotável»!
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 11
Colóquio/Letras, 42, Março de 1978, pp. 27-30, e Óscar Lopes, «Literatura e Música», in
Modo de Ler - Crítica e Interpretação Literária/2, Porto, Editorial Inova, 1969, pp. 40-42.
Teoria da Literatura, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1962, p. 165.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 12
3
Art. cit., Colóquio/Letras, ob. cit., p. 27.
4
Ibidem.
5
Ob. cit., p. 164.
6
Art. cit., Colóquio/Letras, ob. cit., p. 27.
Jean-Louis Backès, Musique et Littérature, Paris, Presses Universitaires de
France, 1994, p. 17. Cf. reflexão de M. L. West sobre o valor da musica na vida dos gregos:
«A música, as canções e a dança eram consideradas, juntamente com os sacrifícios aos
Deuses e as capacidades atléticas do homem, as manifestações mais características de uma
comunidade civilizada em tempo de paz» (Ancient Greek Music, Oxford, Clarendon Press,
1992, p. 13).
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA \3
Recordamos que para Donald Grout e Claude Palisca «A ideia grega de que a
música se ligava indissociavelmente à palavra falada ressurgiu, sob diversas formas, ao
longo de toda a história da música: com a invenção do recitativo, por volta de 1600, ou por
exemplo com as teorias de Wagner acerca do teatro musical, no século XIX» {História da
Música Ocidental, Lisboa, Gradiva, 1994, p. 20).
9
Estudos de História da Cultura Clássica - Cultura Grega, vol. I, Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian, 1980, pp. 162-163.
Sentimento e Forma - Uma Teoria da Arte Desenvolvida a partir de Filosofia
em Nova Chave, São Paulo, Perspectiva, 1980, p. 155.
11
Idem, p. 156.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 14
poesias dos trovadores não foram compostas para serem lidas, mas para
serem ouvidas: «O trovador é aquele que compõe poesias destinadas a
serem difundidas mediante o canto e que, portanto, chegam ao destinatário
pelo ouvido e não pela leitura. [...]. Produzindo numa época em que a
palavra poeta estava reservada aos versificadores que escreviam em latim,
para os trovadores compor é cantar, ainda que muitas vezes não sejam eles
pessoalmente a cantar as suas produções»16.
O período que medeia os séculos XII a XIV reflecte, no âmbito da
História da Música, a contraposição entre a Ars Antiqua e a Ars Nova. A
antiga arte de compor é marcada pelo desenvolvimento da polifonia e pelo
nascimento de dois tipos de composição polifónica: o organum (estilo
musical trabalhado pelos compositores da Escola de Notre Dame até cerca
de 1250) e o motete (da segunda metade do século XIII)17.
A medida que a evolução das cláusulas conferia ao organum e ao
conductus o estatuto de peças quase independentes, começava a emergir
uma nova forma, o motete. O termo motete abrange um conjunto de compo-
sições na sua maior parte anónimo, com um texto diferente para cada voz,
sendo identificável pelo título das várias vozes. No decorrer do processo
evolutivo desta forma musical foi dado um novo tratamento textual a
25
Donald Grout e Claude Palisca, ob. cit., p. 188.
Para Charles Nef, se a música na Alemanha, no início do período franco-
-flamengo, era representada por «compositores isolados», foi precisamente com o lied que
estes compositores começaram a desenvolver a sua própria personalidade artística {Histoire
de La Musique, Paris, Payot, 1961, p. 104).
Os madrigais foram designados madriali ou mandriali e destinavam-se a ser
cantados. Roland de Candé considera obscura a etimologia desta palavra: «Referindo-se,
sem dúvida, ao carácter pastoril de certos poemas, vários filólogos ligam-na às palavras
italianas mandra ou mandria igual a rebanho (em latim e em grego: mandrd). Em latim
medieval, a palavra matricale (de mater igual a mãe) designa uma canção popular na língua
materna, quer dizer em dialecto (nós diríamos hoje, uma canção do 'folclore')» (Ob. cit.,
pp. 141 e 252).
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 20
28
Idem, p. 142.
29
Charles Nef analisa o madrigal «M'É Piu Dolce il Pensar per Amarilli» de
Monteverdi para exemplificar os traços inovadores que identifica nos madrigais do
compositor: «as progressões cromáticas, as transições bruscas, as passagens subtis da
tonalidade maior à tonalidade menor e que exprimem a paixão com uma força difícil de
igualar» (Ob. cit., pp. 153-156).
30
Cf. Luigi Ronga, ob. cit., pp. 34-35 e 68.
31
Idem, p. 67.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 21
32
Ibidem.
33
Idem, p. 70.
34
0b.cit.,p. 15.
35
Ibidem.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 22
36
Ob.cit.,p. 316.
7
Os ciclos de madrigais, na opinião de Donald Grout e Claude Palisca, incorre-
ctamente designados por comédias de madrigais, representavam um conjunto de cenas ou
estados de alma ou uma simples intriga cómica sob forma dialogada onde as personagens se
distinguiam através de grupos de vozes contrastantes e breves solos (Ob. cit., p. 317).
Sobre as origens e a temática do género pastoreia, cf. Martin de Riquer,
«Introducción a la Lectura de Los Trovadores», in ob. cit., pp. 63-64.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 23
42
Cf. Béatrice Didier, «Le Beau Musical: de l'Imitation à l'Expression», in La
Musique des Lumières: Diderot - L'Encyclopédie - Rousseau, Paris, Presses Universitaires
de France, 1985, pp. 19-39.
Cf. Claude Rostand, La Musique Allemande, Paris, Presses Universitaires de
France, 1967, pp. 62-63.
44
Donald Grout e Claude Palisca, ob. cit., p. 501.
45
«Literatura e Música», Boletim Dedalus, 1, Lisboa, 1988, p. 39.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 26
46
0b.cit.,p.28.
Recordamos que, na segunda metade do século XVIII, se publicaram na
Alemanha mais de setecentas e cinquenta colectâneas de lieder com acompanhamento de
tecla e que a sua produção permaneceu ininterrupta durante o século XIX. A grande
revolução no plano desta forma musical foi empreendida por Franz Peter Schubert, que
escreveu mais de seiscentos lieder.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 27
Cf. Charles Nef, ob. cit., pp. 342-346. No caso dos lieder, em que a componente
musical e a componente poética provêm de culturas nacionais diferentes, Rita Iriarte
encontra um duplo interesse comparatístico: «no plano da relação entre música e poesia e
no da recepção de uma literatura nacional numa nação de língua diferente. É o caso dos
'Lieder' de Viana da Motta sobre poemas alemães, entre eles alguns de Goethe, e dos
'Lieder' de Luís de Freitas Branco sobre poemas do Simbolismo francês» (art. cit., in
Boletim Dedalus, ob. cit., p. 41).
O período barroco pode ser considerado romântico por oposição ao
Renascimento, tal como o século XIX é romântico por oposição ao classicismo do século
XVIII. Cf. Donald Grout e Claude Palisca, ob. cit., pp. 571-572 e Ralph W. Ewton Jr.,
«Classic and Romantic», in The Literary Theories of August Wilhelm Schlegel, Paris,
Mouton, 1972, pp. 99-106.
50
Cf. Lessing, Laokoon - suivi de Lettres Concernant l'Antiquité et Comment les
Anciens Représentaient la Mort, Paris, Hermann, 1964.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 28
51
Rita Marte, «A Música no Romantismo Literário Alemão» (introd.), in AA.
W . , Música e Literatura no Romantismo Alemão, Lisboa, Apáginastantas, 1987, pp. 7-24.
12
«Wilhelm Heinrich Wackenroder - A Essência Singular da Arte Musical e a
Psicologia da Música Instrumental Contemporânea» (notas), in AA.VV., Música e
Literatura no Romantismo Alemão, ob. cit., p. 45.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 29
Cf., para uma leitura mais aprofundada das teorias românticas destes escritores
alemães, Maria Madalena Homem Leal de Faria, ob. cit., pp. 7-139.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 31
The Mirror and the Lamp: Romantic Theory and the Critical Tradition, London,
Oxford University Press, 1960, p. 50.
57
«Paul Klee's Anna Wenne and the Work of Art», in AA. VV., Image: Music:
Text, ob. cit., p. 75.
58
Donald Grout e Claude Palisca, ob. cit., p. 574.
59
Ob. cit., p. 617.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 22
60
«A Estética Wagneriana e a Miragem Oitocentista da Fusão das Artes», Runa -
Revista Portuguesa de Estudos Germanísticos, 2, Lisboa, 1984, p. 31.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 33
61
Ob. cit., pp. 185-186.
62
Ver «L'Après Midi d'un Faune», in Stéphane Mallarmé, Oeuvres Complètes,
Paris, Éditions Gallimard, 1945, pp. 50-53.
63
Cf. Henri Peyre num estudo sobre o simbolismo: «raramente em França, as
relações entre pintores, amadores de música e homens de letras foram tão próximas como
na época que chamamos simbolismo» (Qu'Est-ce que Le Symbolisme?, Paris, Presses Uni-
versitaires de France, 1974, p. 179).
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 34
64
Cf. Álvaro Cardoso Gomes, «Introdução», in AA. VV., Poesia Simbolista, São
Paulo, Global, 1985, pp. 9-23.
65
«The Poetic Principle», Complete Tales and Poems, Ljubljana, Mladinska, 1966,
p. 804.
66
Cf. Edgar Allan Poe, «The Philosophy of Composition», Selected Writings of
Edgar Allan Poe - Poems, Tales, Essays and Reviews, Middlesex, Penguin Books, 1975,
pp. 480-492.
67
Cf. «Richard Wagner et Tannhãuser à Paris», in Oeuvres Complètes, Paris,
Éditions du Seuil, 1968, pp. 510-514.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 35
68
Ob. cit., p. 200.
69
Oeuvres Completes, vol. I, Paris, Albert Messein Éditeur, 1925, p. 295.
70
Álvaro Cardoso Gomes, «Introdução», in AA. W . , ob. cit., p. 12.
71
«La Musique et les Lettres», in ob. cit., pp. 1607-1610.
Raymond Furness, Wagner and Literature, Manchester, Manchester University
Press, 1982, p. 7.
73
Cf. Luís Adriano Carlos, «Poesia e Arte de Música», in AA. VV., Sentido que a
Vida Faz - Estudos para Óscar Lopes, Porto, Campo das Letras, 1997, p. 131.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 36
Cf. Henri Peyre, a propósito do emprego de termos musicais por poetas e por
críticos do simbolismo, afirma: «Os teóricos mais sensatos deste recente ramo dos estudos
que é a comparação das letras e das artes aconselham a evitar este empréstimo à música de
uma terminologia que não convém, em nada, à literatura, e a não separar, quando se trata de
poesia, o som do sentido. [...]. Resta aos críticos advertidos saber analisar com precisão,
sem a separar das imagens, das sugestões sentimentais e sensuais ou simplesmente do
sentido, a musicalidade de poemas como 'Ischia' de Lamartine, 'Jet d'Eau' de Baudelaire,
'Apparition' de Mallarmé ou 'Votre Âme Est un Paysage Choisi' de Verlaine: sonoridades,
aliterações, assonâncias, rimas, refrões escondem, apenas de um certo modo, aquilo que
podemos chamar a musicalidade de um poema» (Ob. cit., pp. 197-198).
75
Traité du Verbe - États Successifs (1885-1886-1887-1888-1891-1904), Paris,
Éditions A.-G. Nizet, 1978, p. 175.
76
Art. cit., in AA. W . , ob. cit., p. 131.
77
Ob. cit., p. 697.
POESIA E MÚSICA: SEGMENTOS DE UMA RELAÇÃO HISTÓRICA 37
letrista Isidore Isou, cujo projecto era criar um 'nova poesia' e uma 'nova
01
1
Art. cit., in AA. VV., ob. cit., p. 131.
POESIA E MÚSICA :
UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA
1
A Estrutura Ausente - Introdução à Pesquisa Semiológica, São Paulo, Editora
Perspectiva, 1976, p. 3.
2
Idem, p. 385.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 40
3
Clefs pour la Sémiologie, Vichy, Éditions Seghers, 1973, p. 102.
Problèmes de Linguistique Générale, vol. II, Paris, Gallimard, 1981, p. 43.
Cf. a perspectiva de Umberto Eco sobre o interprétante: «O interprétante é aquilo
que garante a validade do signo mesmo na ausência do intérprete. [...]. Para estabelecermos
o que seja o interprétante de um signo, é mister designá-lo mediante outro signo, o qual
tem, por sua vez, outro interprétante, designável por outro signo, e assim por diante». Nesta
sequência gerar-se-ia um processo de «semiose ilimitada [...] garantia única para a fundação
de um sistema semiológico capaz de dar conta de si, com seus próprios meios e apenas com
eles» (A Estrutura Ausente - Introdução à Pesquisa Semiológica, ob. cit., pp. 25-26).
6
Cf. Charles Peirce, Semiótica, São Paulo, Editora Perspectiva, 1995, pp. 63-76.
7
Émile Benveniste, ob. cit., vol. II, p. 45. Cf. Ferdinand de Saussure, Curso de
Linguística Geral, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1999, pp. 29-30.
8
Idem, p. 30.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 41
sistemas» .
Numa acepção corrente, o signo, como parte de um sistema, é uma
realidade que não substitui mas remete para uma outra realidade. Para
Saussure, o «signo linguístico une não uma coisa e um nome, mas um con-
ceito e uma imagem acústica» . Porém, Emile Benveniste, perante a consta-
tação de que uma das partes do signo, a imagem acústica, corresponde ao
significante e que o conceito equivale ao significado, contrapõe que o signo
14
Idem, p. 8.
15
Idem, p. 96.
16
Louis Hjelmslev, Prolégomènes à une Théorie du Langage suivi de La Structure
Fondamentale du Langage, Paris, Les Éditions de Minuit, 1971, p. 130.
17
Ibidem.
18
Ob. cit., p. 96.
19
Idem, p. 97.
20
Ibidem.
21
Ob. cit., p. 122.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 43
Idem, p. 72.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 45
30
Idem, p. 140.
31
Jan Mukarovsky, art. cit., Poétique, 3, ob. cit., p. 389.
32
«Por uma Semiologia da Música» (introd.), in AA. VV., Semiologia da Música,
Lisboa, Vega, 1986, pp. 9-16.
33
«Situação da Semiologia Musical», in idem, p. 23.
34
Idem, p. 25.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 46
35
Ob. cit., vol. II, p. 45.
36
«Visual and Auditory Signs», in Selected Writings II - Word and Language,
Paris, Mouton, 1971, p. 336.
37
Idem, p. 331.
38
Tones into Words - Musical Compositions as Subjects of Poetry, Athens, Uni-
versity of Georgia Press, 1953, p. 19.
39
«Em Busca das Modalidades Musicais», Cruzeiro Semiótico, Porto, Associação
Portuguesa de Semiótica, 1984, p. 58.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 47
energético» .
Friedrich Hegel encontra uma grande afinidade entre a música e a
poesia na utilização de um mesmo elemento, o som, que se revela também
um ponto de afastamento: «A diferença entre o emprego musical e o empre-
go poético dos sons consiste em que a música, em vez de se servir do som
para formar palavras, faz do próprio som o seu elemento e trata-o como a
um fim»41. Enquanto símbolo representativo, a música tem, para Hegel,
«por forma e conteúdo o subjectivo, visto que como arte serve para comuni-
car a interioridade», mantendo-se «subjectiva na sua objectividade»42. Deste
modo, e no seguimento da teoria estética hegeliana, o elemento sonoro «em
vez de se concretizar para formar figuras espaciais e de se impor pela sólida
variedade das justaposições e separações, pertence antes ao domínio ideal
do tempo»43. Ora, segundo Hegel, a música «suprime [...] [d]o espacial e
condensa a sua continuidade num dado momento do tempo, num presen-
te»44. Divergindo de um certo radicalismo do filósofo alemão na sua opção
pela quase negação do domínio espacial na música, Roman Jakobson não
deixa, contudo, de insistir nessa particularidade dos sistemas de signos
auditivos, onde o tempo, e não o espaço, age como factor constitutivo:
«precisamente, o tempo nos seus dois eixos: a sucessividade e a simultanei-
dade»45. Se o signo auditivo é formado por uma série de elementos em
sequência, a simultaneidade na música, sob a forma de acordes, polifonia ou
orquestração, contribui, em absoluto, para a complexidade deste grupo de
signos. A música é, ainda, um «objecto estético, de contemplação estética»,
para Cari Dahlhaus, que chega mesmo a reclamar para esta arte o estatuto de
«forma quase espacial»46. A sua condição de objecto, que o mesmo será
40
Ibidem.
41
Estética - Pintura e Música, Lisboa, Guimarães Editores, 1962, p. 195.
42
Idem, p. 180.
43
Idem, p. 204.
44
Idem, p. 210.
45
Essais de Linguistique Générale - 2. Rapports Internes et Externes du Langage,
Paris, Les Éditions de Minuit, 1979, p. 96.
46
Estética Musical, Lisboa, Edições 70, 1991, pp. 23-24. Sublinhado nosso.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 48
47
O Devir das Artes, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1988, p. 158.
48
Ibidem.
49
Ibidem.
50
Idem, p. 160. Cf., no domínio dos estudos realizados em Portugal, a posição de
J. de Albuquerque e Castro quanto à noção genericamente aceite de que o fenómeno
musical se constrói inteiramente no tempo: «porque espaço e tempo se interferem e se
integram, ou melhor, se recriam mutuamente, é difícil conceber um sem o outro, pelo que
há-de haver um espaço onde a Música realize a sua expressão formal. [...].
Só neste espaço, imaginário, irreversível e dinâmico, podem entender-se os
conceitos de ascendente e descendente em relação a escalas, de alto e baixo no que respeita
a sons, de maior e menor pelo que toca a intervalos, de próximo e distante referentemente a
intensidades, enfim de planos de toda a ordem em que se projectam os vários aspectos
formais da Música. [...].
Nada melhor espelha o difluir da vida universal que este fenómeno, cuja vivência
se não entende fora do presente e cujas dimensões se encontram todas projectadas ao longo
dele, realizando a síntese [...] espaço-tempo, considerado aqui o espaço não em relação a
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 49
qualquer geometria [...] mas como dimensão necessária onde se inserem as formas ageo-
métricas que o tempo vai desintegrando.
Estas formas são assim a projecção espacial dos ritmos e dos sons» («A Música no
Tempo e no Espaço», Douro-Litoral, Porto, Livraria Simões Lopes, 1954, pp. 1-2 e 4).
51
Cari Dahlhaus, ob. cit., p. 24.
32
Ibidem.
53
Idem, p. 25.
Cf. João de Freitas Branco, para quem o triângulo «compositor (autor) -
composição (obra) - ouvinte (leitor)», numa terminologia própria dos sistemas musical e
literário, é alterado pela presença do intérprete: «Este, não só em música pode tornar-se
indispensável. Considere-se a poesia para ser dita. E sobretudo o teatro. Note-se que tanto
em música como em literatura o autor pode ser o seu próprio intérprete, improvisando ou
não. E que a música não exige sempre intérprete para plenamente se realizar. Sem falar de
concepções antigas e modernas de música não auditiva, lembremo-nos das caixas de
relojoaria, da música concreta, da electrónica, da sintetizada» («Música e Literatura:
Segmentos duma Relação Inesgotável», Colóquio/Letras, 42, Março de 1978, p. 23).
55
Gillo Dorfles, ob. cit., p. 79.
Ibidem.
POESIAEMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 50
interpretação deve ser considerada - assim o crê o autor - como uma tran-
sacção cujos termos são a obra de arte e o seu fruidor»57. Esta realidade
subjaz a todas as formas de arte onde a percepção e a interpretação entram
em correlação com a execução. Na opinião do compositor e intérprete
Fernando Lopes-Graça, «Sem comunicação com o público, sem o acto
interpretativo [...] a obra musical só existe, de facto, virtualmente. O perigo,
a heresia é, porém inverter as coisas, transformando o que é um meio num
fim, a interpretação substituindo-se à obra, a qual, nem pela circunstância de
necessitar desta, da interpretação, para existir realmente como 'acto estéti-
co', nem por isso deixa de existir como 'facto estético'», fruto do trabalho
do compositor, da sua vontade de elaboração sonora e da sua capacidade
técnica . Por analogia com a interpretação musical, qualquer leitura ou
recitação de um poema não é o próprio poema, mas apenas uma interpreta-
ção desse poema. E se a construção da poesia lírica é marcada pelas sonori-
dades, podemos considerar que, para o poema, convergem muitos elementos
que lhe permitem existir para além da sua interpretação sonora.
No seguimento do estudo das relações estruturais e perceptivas,
Roman Jakobson sublinha a existência de um grande número de diferençais,
para além de numerosas afinidades, entre os signos visuais, como a pintura,
e os signos auditivos, a arte verbal e a música. Essa separação é exem-
plificada por Jakobson no contexto da percepção de um discurso verbal ou
musical e de um quadro:
57
Idem, p. 80.
Obras Literárias - Nossa Companheira Música, 12, Lisboa, Editorial Caminho,
1992, pp. 131-132
59
«On the Relation Between Visual and Auditory Signs», in Selected Writings II-
Word and Language, ob. cit., p. 344.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 51
60
O Grau Zero da Escrita seguido de Elementos de Semiologia, ob. cit., pp. 88-89.
61
Ob. cit., vol. II, pp. 60-62.
62
Idem, pp. 63-64.
63
Idem, p. 65.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 52
monema e combino monemas para ter uma frase). Pelo contrário, os traços
distintivos agregam-se em feixe (não 'articulo' sucessivamente labialidade e
sonoridade para obter /b/: trata-se de dois fenómenos fonadores que se
verificam juntos)»13. Esta análise linguística revela um novo método de
análise semiológica passível de aplicação a outros sistemas de comunicação
e que estuda a hipótese de esses sistemas, nomeadamente a música
possuirem ou não uma dupla articulação. Se a linguagem incide nesta
característica e na capacidade de transmissão de sentidos veiculados pela
primeira articulação, então a música, na interpretação de Jean-Jacques
Nattiez, confunde a primeira e a segunda articulações, isto porque «são as
unidades distintivas elementares que constituem o objecto da organização
sintáctica e na medida em que a música não tem como função veicular
significados, antes jogando somente com as possibilidades sintácticas
oferecidas pelo sistema da referência (tonal ou outro)»74. Jean Molino
redimensiona a questão, apresentando dois novos problemas que nascem do
estudo das relações da música com a linguagem. Em primeiro lugar
interroga-se: «haverá ou não em música dupla articulação, no sentido de
Martinet?»75. Jean Molino, tal como Jean-Jacques Nattiez, defende que, se
transpusermos para a música a mesma articulação em dois níveis que ocorre
na linguagem, então a conclusão será claramente negativa. Contudo, Molino
propõe uma reapreciação do problema, tendo em conta dois dados essenci-
O Signo, ob. cit., p. 74. Cf. outros investigadores, como Nicolas Ruwet e
Georges Mounin, que reflectiram sobre esta distinção entre dois níveis linguísticos nos seus
trabalhos. Ruwet sintetiza a proposta de Martinet: o «primeiro [nível de articulação da
linguagem], o dos morfemas consiste em unidades que têm ao mesmo tempo uma forma
fónica (um significante) e um conteúdo semântico (um significado), enquanto que o
segundo, o dos fonemas, compreende unidades puramente fónicas, que têm como única
função a de distinguir os morfemas» (Nicolas Ruwet, Introdução à Gramática Gerativa,
São Paulo, Editora Perspectiva e Editora da Universidade de São Paulo, 1975, p. 84).
Também para Georges Mounin, um dos traços característicos das línguas naturais é,
precisamente, a dupla articulação da linguagem de Martinet: «as línguas naturais são,
enquanto sistemas de signos, articuladas, isto é, estruturadas duas vezes. [...]. Com algumas
dezenas de unidades da segunda articulação, alguns milhares de unidades da primeira
articulação, a aprendizagem e a produção de milhões de mensagens é realizada da forma
mais económica possível». Para o linguista, a dupla articulação permite isolar a propriedade
mais marcante da linguagem: a «sua inesgotável riqueza combinatória por comparação à
exiguidade de todos os outros sistemas» (Ob. cit., p. 74).
74
Art. cit., in AA. VV., ob. cit., p. 26.
75
«Facto Musical e Semiologia da Música», in idem, p. 161.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 56
76
Idem, pp. 161-162.
17
Idem, p. 162.
78
Olhar Ouvir Ler, Lisboa, Edições Asa, 1995, p. 79.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 57
outras» e nem mesmo obras como Arte de Música, onde existe uma forte
relação entre as diferentes motivações musicais e a expressão poética, pode
levantar qualquer hipótese imitativa ou de tradução entre as duas lingua-
gens. O mesmo autor refere que a música, língua universal do homem
«repousa sobre relações verdadeiras e naturais entre os sons», excluindo o
«convencional» . «Com pequenas diferenças - prossegue -, a melodia deve
ter em todo o lado o mesmo fundo, a mesma base. A prova é que nem todas
as línguas se percebem mas toda a gente é sensível a qualquer espécie de
• 81
música» . Roman Jakobson sublinha, por seu lado: «Em termos linguísti-
cos, a particularidade da música relativamente à poesia reside no facto de o
conjunto das suas convenções {langue, segundo a terminologia de Saussure)
se limitar ao sistema fonológico e não incluir a distribuição etimológica dos
fonemas, logo, não há vocabulário» .
A «Teoria dos Níveis» de Émile Benveniste vem demonstrar a
dicotomia existente entre o signo linguístico e o signo musical, indivisível.
Como método, esta teoria vai ao encontro da dupla articulação da linguagem
e dos seus elementos constitutivos, tendo por objectivo identificar esses
elementos nas relações que estabelecem entre si. Esta análise pressupõe a
existência de duas operações que se implicam mutuamente, a «segmenta-
ção» e a «substituição», isto é, a divisão de um texto em componentes pro-
gressivamente menores e o reconhecimento dessas componentes e pela
realização das substituições possíveis83. Tal é o «método de distribuição»,
que consiste na «definição de cada elemento através dos diferentes meios
onde ele se apresenta e de uma dupla relação, relação de um elemento com
os outros simultaneamente presentes na mesma porção do enunciado (rela-
ção sintagmática); relação de um elemento com os outros mutuamente
substituíveis (relação paradigmática)»84. Podemos, deste modo, reconhecer
79
Idem, p. 80.
80
Idem, p. 93.
81
Ibidem.
82
«Musicologie et Linguistique», Questions de Poétique, Paris, Éditions du Seuil,
1973, p. 104.
83
Ob. cit., vol. II, p. 120.
84
Ibidem.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 5g
89
Ob. cit., vol. II, p. 53; tradução de Luís Adriano Carlos, Fenomenologia do Dis-
curso Poético - Ensaio sobre Jorge de Sena, Porto, Campo das Letras, 1999, pp. 204-205.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 60
90
Cf. Luís Adriano Carlos, idem, p. 205.
Prolégomènes à une Théorie du Langage suivi de La Structure Fondamentale
du Langage, ob. cit., p. 65.
92
Idem, p. 67.
93
Idem, p. 97.
94
O Signo, ob. cit., p. 152.
POESIA E MÚSICA: UMA TRA VESSIA SEMIOLÓGICA 61
102
Ibidem.
103
«Postscriptum», Questions de Poétique, ob. cit., p. 486.
104
Idem, p. 487.
Essais de Linguistique Générale -1. Les Fondations du Langage, Paris, Les
Éditions de Minuit, 1974, p. 248.
106
Art. cit., Colóquio/Letras, ob. cit., p. 22.
107
Essais de Linguistique Générale - 1. Les Fondations du Langage, ob. cit., p.
220.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 64
111
Ob. cit., pp. 89-90.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 65
112
Langage, Musique, Poésie, ob. cit., p. 135.
Essais de Linguistique Générale - 1. Les Fondations du Langage, ob. cit., p.
221.
114
Art. cit., in AA. VV., ob. cit., pp. 21-22. O segundo campo de que feia Ruwet,
não constitui objecto de atenção para Jean-Jacques Nattiez, «não por ser desprovido de
interesse mas por nos afastar da análise do fenómeno musical stricto sensu» {Ibidem). A
propósito da relação entre palavra e música na música vocal, Rita Marte recorda que «já
Nicolas Ruwet afirmara em 1961 que neste tipo de música coexistem dois sistemas, sem
que seja legítimo falar quer de assimilação da palavra pela música, quer de homologia entre
ambas as artes, sendo antes de admitir uma relação dialéctica entre poesia e música»
(«Literatura e Música», Boletim Dedalus, 1, Lisboa, 1988, nota 19, p. 46).
Cf. Nicolas Ruwet, Langage, Musique, Poésie, ob. cit..
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 66
«música é um sistema que funciona sobre dois eixos: o eixo das simultanei-
dades e o eixo das sequências»116. À partida, faremos uma associação com o
funcionamento da língua sobre os seus dois eixos: o eixo paradigmático e o
eixo sintagmático. Porém, Benveniste dissipa qualquer homologia:
116
Ob. cit., vol. II, p. 55.
117
Idem, pp. 55-56.
Obras Literárias - Música e Músicos Modernos, 5, Lisboa, Editorial Caminho,
1986, pp. 17-18.
POESIA EMÚSICA: UMA TRAVESSIA SEMIOLÓGICA 67
Idem, p. 206. Cf. Jorge de Sena, «Statement by Jorge de Sena Concerning Art of
Music», in Art of Music, ob. cit., p. 88.
13
Cf. Mécia de Sena, «Nota de Abertura, com Alguns Esclarecedores Dados
Bibliográficos», in Post-Scriptum II, vol. I, Lisboa, Edições 70, 1989, p. 11 e Cario Vittorio
Cattaneo, «Testemunho e Linguagem», in AA. VV., Estudos sobre Jorge de Sena, ob. cit.,
p. 241.
Fenomenologia do Discurso Poético - Ensaio sobre Jorge de Sena, Porto,
Campo das Letras, 1999, p. 29.
15
«Desengano», in Post-Scriptum II, vol. I, ob. cit., p. 25.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 72
[•••]
In the Beginning there Was Jorge de Sena's Genesis: The Birth of a Writer,
Santa Barbara, University of California, 1991, pp. 18-19. Cf. selecção feita por Luís
Adriano Carlos dos principais poemas da obra poética seniana que prenunciam Arte de
Música: «'Música Afastada', 'Ignorância', 'Improviso' e 'Círculo', de Post-Scriptum II,
"Cinco Natais de Guerra" seguidos de um "Fragmento em louvor de J. S. Bach" /
Fragmento' e 'Cânticos da Alma Silenciosa/II', de Pedra Filosofal, 'Do Vale das Sombras'
e 'Como de Vós...', de Fidelidade, e 'O Fim que não Acaba', de Post-Scriptum. Ver 'Ray
Charles', de Sequências, 'Indignação Extemporânea Ouvindo o Improviso, Opus 142, n° 2,
de Schubert' e "No Corredor do 'Metro"...", de Visão Perpétua, que o poeta chegou a
pensar incluir na reedição de Arte de Música, em Poesia-II. Ver ainda "É Tarde, muito
Tarde da Noite ..." e "Tal como tantos Versos ...", de Visão Perpétua, 'Música Ligeira' e
'O Anjo-Músico de Viena', de Exorcismos» {Fenomenologia do Discurso Poético - Ensaio
sobre Jorge de Sena, ob. cit., nota 5, p. 210).
17
Jorge de Sena, Post-Scriptum II, vol. I, ob. cit., p. 231.
18
«Notas Bibliográficas», in idem, p. 338.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 73
QUADRO I
36
Carta de 26 de Julho de 1999 à presente autora. Sobre a posição de Jorge de
Sena quanto à efemeridade das interpretações em qualquer forma de arte ver Jorge de Sena,
Resposta ao inquérito «Situação da Arte», in AA. W . , Situação da Arte: Inquérito junto de
Artistas e Intelectuais Portugueses, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1968, pp.
193-194.
37
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., pp. 223 e seguintes.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 86
Que Bach representa para mim a música por excelência será evi-
dente deste poema e dos outros que tratam de obras suas38;
O estudo deste concerto, cujo andante é por certo das coisas mais
maravilhosas da criação humana39;
Do poema não se deve depreender uma menos admiração por
Wagner, cuja obra é, para mim, às vezes, ainda que nem sempre, a
mais completa satisfação musical40;
Esta marcha fúnebre - uma das coisas mais terríficas e grandiosas
que alguém terá composto - é aqui evocada41;
Brahms é um dos meus compositores predilectos:42;
O meu gosto pelos Nocturnos de Debussy, em especial este [...], é
muito antigo43;
Curiosamente, o Concerto para Orquestra, uma das suas últimas e
menos pessoais obras, não é das que mais prezo. Mas foi ela que me
aconteceu em poema44.
38
Nota a «Prelúdios e Fugas de J. S. Bach, para Órgão», in idem, p. 223.
39
Nota a «Concerto 'Brandenburgês' n° 1, em Fá Menor, de J. S. Bach», in
ibidem. Note-se que a tonalidade deste concerto não é Fá Menor, conforme Jorge de Sena
indica, mas Fá Maior.
40
Nota a «A Morte de Isolda», in idem, p. 226.
41
Nota a «Marcha Fúnebre de Siegfried, do 'Crepúsculo dos Deuses'», in idem, p.
227.
Nota a «Oitavas, Ouvindo a Primeira Sinfonia de Brahms», in ibidem.
43
Nota a «'Festas', de Debussy», in idem, p. 229.
44
Nota a «Concerto para Orquestra, de Bela Bartok», in idem, p. 230.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 87
45
Cf. Notas a «Ouvindo Canções de Dowland», «Wanda Landowska Tocando
Sonatas de Domenico Scarlatti - e - Ainda as Sonatas de Domenico Scarlatti, para Cravo»
e «'Requiem' de Mozart», in idem, pp. 223-225.
46
Nota a «Ouvindo Canções de Dowland», in idem, p. 233.
47
Nota a «Bach: Variações Goldberg», in ibidem.
48
Nota a «A Criação, de Haydn», in idem, p. 224.
49
Nota a «Mozart: Andante do Trio K 496», in ibidem.
50
«Post-Fácio - 1963», in Poesia-II, ob. cit., p. 159.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 88
1
«Literatura e Música», in Modo de Ler - Crítica e Interpretação Literária / 2,
Porto, Editorial Inova, 1969, pp. 42-43.
«Jorge de Sena, A Estrutura da Poesia e a Metamorfose do Sujeito», in AA.
VV., Estudos sobre Jorge de Sena, ob. cit., pp. 160-169.
Cf. Luís Adriano Carlos, Fenomenologia do Discurso Poético - Ensaio sobre
Jorge de Sena, ob. cit., pp. 209-218.
4
Francisco Cota Fagundes, A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de
Sena's Poetry, Providence, Gávea-Brown, 1988, pp. 13-17 e seguintes.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 89
[...] ouvi
uma série de acordes aquáticos, que os pedais faziam pensativos,
mas cujas dissonâncias eram a imagem tremulante
daquelas fendas ténues [...]58
***
58
Arte de Música, ob. cit., p. 165.
59
Idem, p. 166.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 9\
***
[...] tão sonhadora visão das coisas e dos seres. Tudo o mais
seria desrespeito meu àquilo mesmo que elas me dizem sem dizer que seja
vida minha, mas humana vida
de que sou parte apenas porque escuto62.
***
60
Idem, pp. 167-168.
61
Idem, p. 173.
61
Idem,?. 174.
63
Idem, p. 178.
64
Idem, p. 184.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 92
65
Idem,?. 188.
66
Idem, pp. 171-172.
67
Idem, p. 194.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 93
68
«Post-Fácio - 1969», in Poesia-II, ob. cit., p. 207.
69
Cf. com a questão da visão e da audição na poesia seniana, tratada por Luís
Adriano Carlos nos capítulos iniciais de Fenomenologia do Discurso Poético - Ensaio
sobre Jorge de Sena, ob. cit., pp. 21-78.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 94
***
70
«Apresentação Crítica», introd. a Poesia de Jorge de Sena, Lisboa, Editorial
Comunicação, 1985, p. 34. Cf. a «Crítica Literária» a Arte de Música de João Palma-Ferrei-
ra: «Nem creio, tão-pouco, que seja aqui, de facto, a música o que mais importa, mas antes
o clima intelectual e as preocupações mestras que cruzam os poemas reunidos neste livro.
Com efeito, se lermos atentamente as diversas poesias enfeixadas na continuidade ou no
comentário - quase monólogo - à peça de música, descobrimos, latente nos versos, uma
nítida preocupação de 'explicar' para si próprio - por vezes até num tom confidencial que
trai as intenções do poeta - mais do que uma 'música', a própria essência de qualquer
'algo' preexistente à própria música ou preexistente a todas as artes» [«Crítica Literária -
Arte de Música (1) por Jorge de Sena», Diário Popular, Lisboa, 28 de Novembro de 1968,
p. 12].
71
Arte de Música, ob. cit., p. 173.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 95
Cf. conteúdo informativo das notas finais de Arte de Música a estes dois
poemas, onde Jorge de Sena concentra os seus comentários na recepção crítica à poesia de
Wilhelm Mttller, «autor dos poemas de dois maravilhosos ciclos de Schubert: Die schõne
Miillerin e Die Winterreise», e, para «Ouvindo Poemas de Heine como 'Lieder' de
Schuman», selecciona os «lieder» que motivaram a composição poética, sem qualquer
referência a Heinrich Heine («Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., pp. 225-226).
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 98
5
Da ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner, drama musical em três actos
sobre um libreto do compositor, Jorge de Sena seleccionou a belíssima ária «A Morte de
Isolda» para meditar e transfigurar poeticamente a tragicidade de um amor impossível (Cf.
«A Morte de Isolda», in Arte de Música, ob. cit., p. 186).
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 99
QUADRO II
Sobre o
Sobre a Sobre uma
objecto
Poemas: organização em Arte de Música escrita referencialidade
musical /
poética extra-musical
paramusical
«La Cathédrale Engloutie», de Debussy +
Ouvindo Canções de Dowland + -
Prelúdios e Fugas de J. S. Bach, para Órgão - +
Concerto «Brandenburguês» n° 1, em Fá Menor de
+
J. S. Bach
Bach: Variações Goldberg +
Water Music, de Handel +
Wanda Landowska Tocando Sonatas de Domenico
+
Scarlatti
Ainda as Sonatas de Doménico Scarlatti, para Cravo +
«Andante con Variazioni», em Fá Menor, de Haydn +
A Criação, de Haydn +
Sonata n°ll, para Piano, K 331, de Mozart +
Concerto em Ré Menor, para Piano e Orquestra, de
+
Mozart, K 466.
Mozart: Andante do Trio K 496 +
Fantasias de Mozart, para Tecla +
«Requiem» de Mozart + -
Missa Solene, op. 123, de Beethoven +
Ouvindo o Quarteto op. 131, de Beethoven +
Canções de Schubert sobre Textos de Wilhelm
+ -
Mûller
Sinfonia Fantástica, de Berlioz +
Chopin: Um Inventário + -
Ouvindo Poemas de Heine como «Lieder» de
+ -
Schuman
A Última Música de Liszt para Piano +
A Morte de Isolda +
Final da «Valquíria» +
Marcha Fúnebre de Siegfried, do «Crepúsculo dos
+
Deuses»
Pobre Bruckner - +
Oitavas, Ouvindo a Primeira Sinfonia de Brahms +
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ Q2
Sobre o
Sobre a Sobre uma
objecto
Poemas: organização em Arte de Música escrita referencialidade
musical /
poética extra-musical
paramusical
«Má Vlast», de Smetana +
«Boris Godunov» +
«Romeu e Julieta», de Tchaikowsky +
«La Bohème», de Puccini +
«Principessa di Morte» +
«Festas», de Debussy +
«Das Lied Von der Erde», de Mahler +
Mahler: Sinfonia da Ressurreição +
«Assim Falou Zaratustra», de Richard Strauss +
Final da Segunda Sinfonia de Sibelius +
Erik Satie para Piano +
Ouvindo o «Sócrates» de Satie +
Concerto para Orquestra, de Bela Bartok +
«Noite Transfigurada», de Schõnberg + -
Concerto de Piano, op.42, de Schõnberg +
A Piaf +
«Pot-Pourri» Final +
[...]
nunca mais pude ser eu mesmo[...]81.
9
Arte de Música, ob. cit., p. 188.
m
Idem, p. 191.
1
Idem, p. 165. Sublinhado nosso.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ 04
82
«Canções de Schubert sobre Textos de Wilhelm Muller», in idem, p. 183.
83
«Ouvindo Poemas de Heine como 'Lieder' de Schuman», in idem, p. 185.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 105
QUADRO III
Intensamente.
Quietação.
Vácuo.
Tudo87.
85
Arte de Música, ob. cit., p. 169.
86
Ibidem.
87
Ibidem.
88
Ibidem.
9
* Idem,p. 170.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 109
A brisa flui
serena e fina
em cabeleiras
e em rendas que
ondulam
risonhos e solenes
sobre os bordados esparzidos, prata
que dança e salta enquanto
as barcas se meneiam
[...]
Idem,pp. 171-173.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 110
E a partir desta sonata que Jorge de Sena encontra o tema para variar
em poesia sem, contudo, quebrar o elo com o objecto musical sobre o qual
incide, por vezes, de forma irónica.
A música de câmara de Wolfgang Amadeus Mozart, e, mais concre-
tamente, o Andante do Trio K 496 para piano, violino e violoncelo, oferece
a Jorge de Sena o mote, uma frase, para ser trabalhado pelo poeta nos seus
versos. O andamento central do Trio K 496 é um rondo lento com frases de
duração regular que depende de temas apresentados alternadamente pelo
violino e pelo piano. Jorge de Sena concentra a sua audição nessa frase que
«emerge súbita no trio saltitado», mas que «não volta mais senão disfarce, /
variações» . No tema inicial proposto, as duas vozes encetam uma conversa
harmónica e dialógica interceptada por Jorge de Sena, fascinado por «Esta
frase», a primeira, que lhe provoca um poema permanentemente imbricado
com a simplicidade e a brevidade desta forma musical, e com a procura de
uma resposta a esse «violino» que «ansiosamente pergunta»93.
As doze composições poéticas marcadas preferencialmente por urn
carácter indiciai na relação que estabelecem com a Música são «'La
Cathédrale Engloutie', de Debussy», «Ouvindo Canções de Dowland»,
91
«Sonata n° 11, para Piano, K 331, de Mozart», in idem, p. 175.
92
«Mozart: Andante do Trio K 496», in idem, p. 177.
93
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 111
Idem, p. 166.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA
***
***
***
Idem, p. 173.
Idem, pp. 186-187.
Idem, p. 196.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 1\3
98
Idem, pp. 200201.
99
Jorge de Sena, «PostFácio 1969», in Poesia-II, ob. cit., p. 212.
100
Desta classificação tipológica excluímos o poema que encerra Arte de Música,
«'PotPourri' Final», por não haver uma metamorfose, decorrente da ausência de uma moti
vação musical para a criação poética.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \\4
QUADRO IV
Poemas da Criação
Bach: Variações Goldberg
Ouvindo o Quarteto op. 131, de Beethoven
Oitavas, Ouvindo a Primeira Sinfonia de Brahms
Concerto de Piano, op. 42, de Schõnberg
A Criação, de Haydn
Missa Solene, op. 123, de Beethoven
Poemas Evocativos
Chopin: Um Inventário
A Ultima Música de Liszt para Piano
Pobre Bruckner
«Má Vlast», de Smetana
«Festas», de Debussy
Ouvindo o «Sócrates», de Satie
A Piaf
Poemas do Humanismo
Ainda as Sonatas de Doménico Scarlatti, para Cravo
Concerto em Ré Menor, para Piano e Orquestra, de Mozart,
K466
Fantasias de Mozart, para Tecla
«Romeu e Julieta», de Tchaikowsky
«Assim Falou Zaratustra», de Richard Strauss
Final da Segunda Sinfonia de Sibelius
Poemas da Negação
«Requiem» de Mozart
Erik Satie para Piano
Concerto para Orquestra, de Bela Bartok
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \\5
Poemas da Criação
104
Cf. análise de Francisco Cota Fagundes, que divide o poema em quatro secções,
e para quem há uma correspondência clara entre a composição poética e a forma sonata
original deste quarteto: «O poema de Sena é portanto uma meditação sobre o sentido desta
composição e uma adaptação da sua organização global à estrutura poética» (A Poet's Way
with Music: Humanism in Jorge de Sena's Poetry, ob. cit., pp. 284-285).
105
«Ouvindo o Quarteto op. 131, de Beethoven», in Arte de Música, ob. cit., p.
181.
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 117
107
Idem, p. 182.
108
Ibidem.
109
Idem, p. 189.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 118
110
Idem, p. 190.
111
Ibidem.
112
Idem, p. 201.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 110.
113
Ibidem.
114
Idem, pp. 201-202.
115
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., p. 224.
Neste ponto, partilhamos do essencial da análise de Francisco Cota Fagundes
em A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de Sena's Poetry, ob. cit., pp. 197-200.
117
Sublinhado nosso.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ 20
Mas, se nós não podemos falar da Criação, desse «Mundo» que «Era
belo, era bom, era perfeito», podemos, contudo, criar a Música e a poesia da
nossa humanidade.
Paralelamente, a Missa Solene, op. 123, de Beethoven - mais cénica
do que solene - , e, em particular, o Agnus Dei final, surge como um referen-
te musical representativo da tentativa do compositor para encerrar as suas
falhas enquanto ser humano e do triunfo pessoal de Beethoven, livre para
poder enfrentar os problemas musicais e humanos da Nona Sinfonia e dos
seus últimos Quartetos. A Jorge de Sena, a escrita poética de «Missa Solene,
op.123, de Beethoven», despertada pela audição desta composição, ocorre
no dia 2 de Novembro de 1964, o Dia dos Fiéis Defuntos e do seu aniversá-
rio. Nesse momento e através da música, o poeta procura definir a verdadei-
ra acepção da relação humano / divino que assiste a «esta música» que «Não
é solene [...] / ao contrário do nome e da intenção»119. Os sentimentos
envolvidos na experiência musical conduzem a meditação poética para a
identificação do «medo» como o único elo de união do homem com Deus:
118
Arte de Música, ob. cit., p. 175.
1X9
Idem,?. 180.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \2\
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O referente musical transporta, subjacente, a presença da morte e do
desespero do homem face a um Deus desconhecido, no «desejo ansioso» de
um divino humano que «se interponha [...] / entre um nada feito música / e
outro possivelmente Deus»121. A expressão conjuntiva de uma «esperança
desesperada» num novo Deus recriado pelo Homem, feito Homem, e que só
o poeta pode compreender, não é certeza, mas «grandeza nossa» do possível
concretizado em poema122.
Poemas Evocativos
120
Ibidem.
121
Idem, p. 181.
122
Ibidem.
123
Note-se a analogia com a posição de Francisco Cota Fagundes sobre este tom
do poema, quando o crítico afirma: «O poema de Sena também pode ser visto como uma
espécie de biografia de Chopin, homem e artista. Mas nestas notas sobre a vida de Chopin,
também nos apercebemos de ecos da vida do próprio Sena. Algumas das experiências e das
características partilhadas por ambos estão incluídas no poema; outras não. Mas mesmo
estas são apreendidas pelo leitor familiarizado com as biografias e as personalidades de
Chopin e de Sena» (A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de Sena's Poetry, ob.
cit., p. 213).
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ 22
124
Arte de Música, ob. cit., p. 185.
125
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., p. 226.
126
Arte de Música, ob. cit., p. 185.
127
Ibidem.
128
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 123
Para se amar uma pátria assim, com tal pompa e tal doçura,
com tamanha e tão delicada memória de ternura,
será preciso que ela seja escrava, [...], de um passado
glorioso, e de um presente [...]' 9,
Mas nós não temos de estrangeiros outros mais que nós. Não dá
140
Ibidem.
141
Ibidem.
142
Ibidem.
143
Ibidem.
144
Idem, p. 191.
145
Idem, p. 194.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ JJ
Ibidem.
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., p. 229.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 128
A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de Sena's Poetry, ob. cit., p.
238.
149
«'Festas', de Debussy», ia Arte de Música, ob. cit., pp. 144-145.
150
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., p. 230.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ 29
A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de Sena's Poetry, ob. cit., p.
262.
152
Arte de Música, ob. cit., p. 199.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 130
153
Ibidem.
154
Ibidem.
155
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., p. 231.
156
Jorge de Sena, «Post-Fácio - 1969», in Poesia-II, ob. cit., p. 210.
157
Cf. Francisco Cota Fagundes, A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de
Sena's Poetry, ob. cit., p. 216-217.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 131
Poemas do Humanismo
162
Ibidem.
163
«Wanda Landowska Tocando Sonatas de Domenico Scarlatti», in Arte de
Música, ob. cit., pp. 173-174.
164
Idem, p. 174.
165
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., p. 224.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 13 3
166
Para um estudo específico do tratamento seniano das formas poéticas convenci-
onais e, muito em particular, do soneto, ver Ana Maria Gottardi Leal, Jorge de Sena - A
Modernidade da Tradição (Dissertação de Doutoramento), São Paulo, Universidade de São
Paulo, 1984.
167
Arte de Música, ob. cit., p. 176.
168
Ibidem.
169
Ibidem.
170
Ibidem.
/dot, pp. 177-178.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 134
Ibidem.
Idem,p. 178.
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ 35
175
Idem, pp. 191-192.
176
Idem, p. 192. Cf. Francisco Cota Fagundes, A Poet's Way with Music-
Humanism in Jorge de Sena's Poetry, ob. cit., pp. 235-237.
177
Arte de Música, ob. cit., pp. 191-192.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \36
tes» , em que todos nós fomos / somos / seremos os falsos heróis, lentos e
imperfeitos, dançando ao som de uma música qualquer:
Idem, p. 192.
«Notas a Alguns Poemas», in Poesia-II, ob. cit., p. 229.
Arte de Música, ob. cit., p. 196.
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 137
182
Ibidem.
183
Idem, p. 197.
184
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 13 8
Poemas da Negação
185
Ibidem.
186
Ibidem.
187
Idem, pp. 197-198.
188
Idem, p. 178.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA 139
nesse além que» é a música . Pela poesia, a vida funde-se na morte para
dar lugar ao amor, força humana e vitoriosa sobre a «carne amargurada»:
194
Arte de Música, ob. cit., p. 198.
195
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA: UMA ARTE DE COMPOR POESIA \ 42
[...] pudor
de uma pureza que se não contenta
com a medida comum das mais humildes coisas,
nem com a incomum das mais extraordinárias:
e fica neste dilacerar das harmonias em invenções de orquestra,
vingando-se em rigor que a morte, a Rigorosa,
não pode ter200.
200
Ibidem.
201
Ibidem.
ARTE DE MÚSICA - UMA ARTE DE COMPOR POESIA 144
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P21 e A4 c A
P22 e C2 c C
P23 e B2 c B
P24 e Al c A
P25 e B2 c B
P26 6 C2 c C
P27 6 C3 c C
P28 e C4 c C
ARTE DE MÚSICA - UMA ARTE DE COMPOR POESIA 146
P29 6 A2 c A
P30 E Cl c C
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P32 e A2 c A
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P34 e B2 c B
P35 e BI c B
P36 6 C2 c C
P37 e C3 cr C
P38 6 C3 c C
P39 e C3 c C
P40 e C2 c C
P41 s BI c B
P42 e C2 c C
P43 e Cl c C
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CONCLUSÃO
1
O Essencial sobre Jorge de Sena, Lisboa, INCM, 1987, pp. 38-39.
2
Eduardo Lourenço, «Poesia e Poética de Jorge de Sena», Quaderni Portoghesi,
13-14, Pisa, Primavera-Outono de 1983, pp. 29-30.
3
A Poet's Way with Music: Humanism in Jorge de Sena's Poetry (Introduction),
Providence, Gávea-Brown, 1988, p. 17.
4
Jorge de Sena, prefácio a Poesia-III, Lisboa, Edições 70, 1989, p. 15.
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ANEXO-I 168
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ANEXO-I
Este poema reportase à série da obra Este poema reportase à série da obra
PRELÚDIOS E órgão, de J. S. Bach, gravada por Carl
completa para órgão, de J. S. Bach, gravada completa para órgão de J. S. Bach, gravada
Weinrich para a Westminster, e, em
FUGAS D E BACH, por Carl Weinrich para a Westminster, e, por Carl Weinrich para a Westminster, e,
especial, aos prelúdios e fugas S531, []
PARA ÓRGÃO em especial, aos prelúdios e fugas S531, em especial, aos prelúdios e fugas S531,
S539, S541, S543.
S536, S539, S541, S543. S536, S539, S541, S543.
CONCERTO
BRANDENBURGUÊS
N ° 1 , E M F Á MENOR,
DE BACH
BACH: VARIAÇÕES
GOLDGERG
Este poema não pode ser reportado a uma Este poema não pode ser reportado a uma Este poema não pode ser reportado a uma
específica interpretação de uma obra que específica interpretação de uma obra que específica interpretação de uma obra que
sempre me foi cara (como quase todo o sempre me foi cara (como quase todo o sempre me foi cara (como quase todo o
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Hãndel), desde que o compositor se me Hãndel), desde que o compositor se me Hãndel), desde que o compositor se me
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tornou conhecido, desde a infância, através tornou conhecido, ainda na infância, através tomou conhecido, ainda na infância, através
do célebre Largo da sua ópera Xerxes, do célebre Largo da sua ópera Xerxes, do célebre Largo da sua ópera Xerxes,
transcrito para piano. transcrito para piano. transcrito para piano.
ANEXO-I 170
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123, D E Kemplerer com a Orquestra Sinfónica de Kemplerer com a Orquestra Sinfónica de Kemplerer com a Orquestra Sinfónica de
BEETHOVEN Viena, (discos Vox). Viena [] (discos Vox). Viena (discos Vox).
OUVINDO O
QUARTETO OP. 131,
DE BEETHOVEN
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ANEXO-I 172
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Assim como não partilhei nunca do desdém Assim como não partilhei nunca do desdém Assim como não partilhei nunca do desdém
pseudomodemista por Mahler ou R. pseudomodemista por Mahler ou R. pseudomodemista por Mahler ou R.
ANEXO-1
NOITE
TRANSFIGURADA E Strauss, igualmente não comunguei nunca Strauss, igualmente não comunguei nunca Strauss, igualmente não comunguei nunca
nas maldições neorealistas do dodecafonis nas maldições neorealistas contra o dode nas maldições [] do dodecafonismo e do
CONCERTO PARA
mo e do seu fundador Schõnberg [...]. [...] a cafonismo e o seu fundador Schõnberg [...]. seu fundador Schõnberg [...]. [...] a ruptura
PIANO, DE ruptura em que o expressionismo [...] a ruptura em que o expressionismo em que o expressionismo Schõnberguiano
SCHÕNBERG Schõnberguiano se desenvolveria. Schõnberguiano se desenvolveria. se desenvolveria.
0 que, de resto, pode ajudar a esclarecer o 0 que, de resto, pode ajudar a esclarecer o 0 que, de resto, pode ajudar a esclarecer o
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queficoudito no posfácio. [...] as queficoudito no postfácio. [...] as queficoudito no post-fácio. [...] as
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diferenciação que, na música séria [...] diferenciação que, na música séria [...] diferenciação que, na música séria [...]
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«Pot-Pourri» Final 29/02/1962
Dowland
1-16/04/1962;
Prelúdios e Fugas de J. S. 11-16/04/1962;
«Requiem», de Mozart
Bach, para Órgão IV-15/10/1962*2;e
111-15/10/1967
Concerto «Brandenburguês»
Oitavas, Ouvindo a Primeira
n° 1, em Fá Menor, de J. S. 08/04/1963
Sinfonia de Brahms
Bach
Concerto «Brandenburguês» n°
Bach: Variações Goldberg 04/05/1963
1, em Fá Menor de J.S. Bach
Ainda as Sonatas de
«Andante com Variazioni», em
Doménico Scarlatti, para 12/11/1963
Fá Menor, de Haydn
Cravo
Sinfonia Fantástica, de
«Principessa di Morte» 07/08/1964
Berlioz
«Noite Transfigurada», de
Chopin: Um Inventário 28/09/1964
Schõnberg
Mahler: Sinfonia da
Pobre Briickner 19/11/1971
Ressurreição
A Criação, de Haydn
«Requiem» de Mozart
«Festas», de Debussy
Só o nome da obra
A Morte de Isolda
Final da «Valquíria»
«Boris Godunov»
«Principessa di Morte»
Só o compositor
Chopin: Um Inventário
Pobre Bruckner
Referência à tonalidade
Só o intérprete
A Piaf
Excepção
«Pot-Pourri» Final
BIBLIOGRAFIA
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Wolfgang Amadeus Mozart: «Piano Trios K. 496 & K. 502», Maria João Pires - piano,
Augustin Dumay - violin and Jian Wang — violoncello, Deutsche Grammophon,
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Wolfgang Amadeus Mozart: «Requiem - Ave Verum Corpus» (extracts), Barbara Schlick,
Carolyn Watkinson, Christoph Prégardien and Harry van der Kamp - solo voices, Koor van
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Ludwing van Beethoven: «Budapest String Quartet - Beethoven String Quartets op. 127,
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Alexander Schneider - 2nd violin, Boris Kroyt - viola and Mischa Schneider - violoncello,
SONY CLASSICAL and MASTERWORKS HERITAGE, 2 compact discs,
074646287323, 1997.
Franz Schubert: «Die schõne Mullerin», Dietrich Fischer-Dieskau - bariton und Gerald
Moore -piano, Deutsche Grammophon, 2894151862, 1972.
Franz Liszt: «Harmonies du Soir - Ultimes Pièces pour Piano», Laurent Martin - piano,
Ligia Digital, 487549900140, 1994.
Richard Wagner: «Die Walkure», Martha Mõdl, Leonie Rysanek, Ferdinand Frantz,
Ludwig Suthaus, Margarete Klose und Gottlob Frick - soloists, Wiener Philharmoniker,
Wilhelm Furtwângler, EMI - Références, 3 compact dises, 7777630452, 1955.
Anton Bruckner: «Bruckner - Symphonies Nos. 4 & 7», Berliner Philharmoniker, Daniel
Barenboim, TELDEC, 2 compact dises, 8573817872, 1993.
Bedrich Smetana: «Má Vlast», Royal Liverpool Philharmonie Orchestra, Libor Pesek,
VIRGIN - Classics UV, 2435612232, 1990.
DISCOGRAFIA 202
Giacomo Puccini: «La Bohême», Renata Tebaldi, Carlo Bergonzi e Ettore Bastianini -
solo, Orchestra e Coro dell'Accademia di Santa Cecilia, Roma, Tullio Serafin, DECCA, 2
compact dises, 2894255342, 1959.
Giacomo Puccini: «Turandot», Katia Ricciarelli, Placido Domingo, Barbara Hendricks und
Ruggero Raimondi - soloists, Wiener Staatsopernchor, Wiener Sângerknaben, Wiener
Philharmoniker, Herbert von Karajan, Deutsche Grammophon, 2 compact dises,
2894238552, 1982.
Claude Debussy, «Nocturnes - Images pour Orchestre Nos. 1, 2 & 3», Sofia Opera Choir,
Sofia Philharmonie Prchestra, Ivan Marinov, PENTAGON Collection, 71277016662, 1993.
Gustav Mahler: «Das Lied von der Erde», Jon Vickers - tenor, Jessye Norman - soprano,
London Symphony Orchestra, Sir Colin Davis, PHILIPS, 2894114742, 1981
Gustav Mahler: «Symphony No. 2», Sylvia McNair - soprano, Jard van Nes - contralto,
Ernest-Senff-Chor - chorus master, Berliner Philharmoniker, Bernard Haitink, PHILIPS, 2
compact discs, 2894389352, 1994.
Richard Strauss: «Also Sprach Zarathustra - Don Juan», Berliner Philharmoniker, Herbert
von Karajan, Deutsche Grammophon, 2894390162, 1984.
Jean Sibelius: «Sibelius - Symphonie No. 2», Wiener Philharmoniker, Leonard Bernstein,
Deutsche Grammophon, 2894197722, 1987.
Erik Satie: «Erik Satie: Socrate - John Cage: Cheap Imitation», Hilke Helling - alt,
Deborah Richards - klavier / Herbert Henck - klavier, WERGO, 010228618624, 1991.
Bêla Bartok: «Bartók - Concerto for Orchestra» Chicago Symphony Orchestra, Pierre
Boulez, Deutsche Grammophon, 2894378262, 1993.
Arnold Schoenberg: «Schoenberg: Piano Concerto - Liszt: Piano Concerto Nos. 1 & 2»,
Emanuel Ax - piano, The Philharmonia, Esa-Pekka Salonen, SONY, 099705328927,1993.
Edith Piaf: «Edith Piaf», EMI - Legends of the 20th Century, 2435201422,1999.
ÍNDICE
Introdução 6
Conclusão 147
Anexos
Anexo 1 150
Anexo II 177
Bibliografia
Discografia 199