Calculo de Redes - Actualizado - 2020 PDF
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(Estude em Casa)
CONSTRUÇÃO DE REDES ELÉCTRICAS E CÁLCULO MECÂNICO
1.0 Linhas de transmissão
Linhas de transmissão são linhas que operam com as tensões mais elevadas do sistema, tendo
como função principal o transporte de energia entre centros de produção e centros de
consumo, como também a interligação de centros de produção e mesmo sistemas
independentes. Em geral, são determinadas em subestações abaixadoras regionais, onde a
tensão é reduzida de nível para o início da distribuição a granel pelas linhas de subtransmissão.
Os níveis de tensão são determinantes para a funcionalidade da linha de transmissão, no que diz respeito a sua
finalidade e, em função, disso faz se escolha da tensão a usar, tomando em consideração factores como:
potência da carga, distância ente a carga e a fonte alimentador, desta podemos descreve-los segundo a tabela
abaixo.
Uma linha de transmissão eléctrica para o seu melhor desempenho deve-se exclusivamente a seleção correta
dos seus elementos e para tal há factores a considerar tais como:
Eléctricos
Mecânicos
Econômicos
Ecológicos
Uma linha aérea é constituída pelos seguintes elementos: Apoios (postes); Isoladores; Armações; Condutores;
Sinalização das linhas aéreas; Postos de transformação.
1.3.1 Apoios
Os apoios são os suportes dos condutores e garantem as distâncias de segurança ao solo e a objetos por baixo
ou perto da linha.
O apoio de uma linha aérea de MT é constituído por um poste (Madeira, Betão ou metálico), e tem como função
suportar os condutores, os isoladores e os acessórios. Os apoios devem ser dimensionados em função das
alturas mínimas definidas regularmente, dos esforços mecânicos a que estão sujeitos, quer por acção do peso
dos condutores e quer devido às condições atmosféricas, e do acesso ao local de implantação.
Apoios de Alinhamento
Apoios de Angulo
Apoios de Ancoragem
Apoios de Fim da Linha
Apoios de transposição dos Cabos de condutores
1.4 Isoladores
Os isoladores suportam os condutores e eles devem possuir alta resistência mecânica e eléctrica a fim de
suportarem os esforços a que ficam submetidos na linha e mais alto grau de isolamento sendo que para a sua
fabricação emprega se o vidro temperado ou porcelana vitrificada.
Os condutores empregues em linhas aéreas são geralmente de cobre, alumínio, aço ou ligas de cobre-alumínio.
Actualmente, o cobre perde aplicar apesar de ser um bom condutor perdendo apenas para a prata seu desuso
é principalmente por questões econômicas.
Características construtivas
Já que são cabos com secção maior de 4mm2 sua construção é multifilar composta por um grupo de fios
enrolados entre si e determina-se a sua quantidade pela expressão.
TC
PR
Onde :PR-Para raios, CS-Chave Selecionadora, B1-Barramento de entrada; TP-Transformador Potencial; TF-
Transformador Forca; TC-Transformador de corrente; D- Disjuntor; B2-Barramento de saída
Subestação central de transmissão que designa se aquelas subestações construídas ao lado das usinas de
produção com finalidade de elevar a tensão a níveis de transmissão.
Subestação receptora de transmissão – é aquela construída próximo aos grandes blocos de carga e que
está conectada, através de linha de transmissão, a subestação central de transmissão ou outra receptora
intermediaria.
Legenda:
1. Para-raios
2. Drop-outs
3. Transformador de potência MT/BT
4. Disjuntor de baixa tensão (BT)
5. Fusíveis APC de baixa tensão (alto poder de corte)
Transformador é um dispositivo eléctrico que apresenta uma relação próxima com as máquinas eléctricas. Ele
converte energia eléctrica CA de um nível de tensão em energia eléctrica CA de outro nível de tensão
O funcionamento do transformador trifásico é com base na indutância mútua entre seus enrolamentos os
enrolamentos. Assim que alimentado os enrolamentos primários por uma fonte de corrente alternada eles
criam um fluxo magnético variável que percorre o núcleo ferromagnético e atravessa também os enrolamentos
secundários por fluxo mutuo.
A tensão induzida é sempre proporcional ao número de espiras da bobina e de acordo com a indutância
magnética que a provocou, podendo ser calculada pela relação de transformação a seguir.
(Eq.1
)
Os parâmetros relacionados com os transformadores tais como a potência nominal, relação entre a tensão
nominal e queda de tensão na impedância, são abalizadas pelos requisitos referentes ao sistema eléctrico no
qual o transformador está ligado.
Designa-se transformadores de medidas aqueles cujo enrolamento primário está sob a acção da magnitude
medida e, o secundário está ligado aos instrumentos de medição e de protecção. Como é inviável
economicamente o uso de instrumentos que meçam directamente as tensões e correntes de linha, utilizam-se
os transformadores de instrumentos que possuem os seguintes objectivos.
Alimentar o sistema de protecção e medição com tensões e corrente reduzidas, mas proporcional as grandezas
dos circuitos
Circuito primário-circuito conectado ao enrolamento primário do TI, onde se tem o verdadeiro valor da
grandeza a ser transformada.
Circuito secundário- circuito conectado ao enrolamento secundário do TI, onde se tem o valor proporcional da
grandeza do circuito primário.
Erro de relação –diferença entre a relação de transformação medida e relação de transformação nominal.
Na operação de sistemas eléctricos surge com frequência falhas dos componentes que resultam da
interrupção da energia aos consumidores o que reduz a qualidade do serviço. Anomalias como curto-circuitos,
a sobre tensão, a sobrecarga as sub tensões e outros fenômenos são inerentes ao funcionamento do sistema
eléctrico o que faz que sempre tenha se em contas esses factores no momento da realização do projecto para
a proteção do mesmo.
6.1 Fusível
Os fusíveis são dispositivos que operam pela fusão do seu elemento metálico com características especiais de
tempo por corrente.
Figura .a) Imagem de uma Chave fusível Fonte:[Autor] Figura .b) Chave fusível de isolador de corpo único
(Eq.2
)
6.2 Para-raios
Os para-raios são utilizados para proteger os diversos equipamentos que compõem uma subestação de
potência ou simplesmente um único transformador de distribuição instalado em poste. Os para-raios limitam as
sobretensões um valor máximo. Este valor é tomado como o nível de proteção que o para-raios oferece ao
sistema.
Os para-raios são feitos de resistor não-linear podendo ser de carboneto de silício (SiC) ou mesmo de Óxido de
Zinco.
Figura 6.a) Detalhes do para-raios. Fonte [13] Figura 6. b) Imagem de um para raio media tensão. Fonte: Autor
Conhecidas as características dos blocos varístores pode-se desenvolver uma análise comparativa dos
elementos carboneto de silício e óxido de zinco. A corrente que circula no bloco varístor (carboneto de silício ou
óxido de zinco) depende exponencialmente da tensão aplicada nos terminais do para-raios, conforme a equação
abaixo.
(Eq.3)
V - tensão aplicada ao bloco varístor; K - constante característica do carboneto de silício ou do óxido de zinco; 1
- corrente conduzida pelo bloco varístor; a - coeficiente de não-linearidade.
Figura 15: Curvas características de tensão por corrente dos para raios. Fonte:[11]
6.3 Disjuntores
Quanto a classificação dos disjuntores ele podem ser: Disjuntor em banho de óleo, disjuntor de gás comprimido,
disjuntor a sopro magnético, disjuntor a vácuo, seus mecanismos de acionamento também são diversos
podendo encontrar acionados por molas, ar comprimido, por solenoide, e acionamento hidráulico.
Essas linhas são responsáveis de se fazer chegar a corrente nas residências uma vez dimensionado o/os
posto/os de transformação a ser instalação é necessário criar condições de se fazer chegar essa corrente as
residências por meio dessas linhas. A secção dessas linhas é dependente ao tipo de rede (Linhas abertas de
secção uniforme, linhas fechadas com uma fonte entre outros tipos).
Para uma situação favorável é recomendável que em cada poste tenha no máximo 7 ramais e a distância entre
estes postes seja igual a 40 metros se incluir uma flecha máxima de 2 metros conclui-se um comprimento 42
metros de cabo de poste a poste.
a =30m
f =10m
As redes deverão ser construídas por postes de madeira e a cabo torçado e de salientar que serão
monoalimentadas.
Na distribuição de energia em baixa tensão é usualmente empregue o cabo torçado abc em secções
convenientes a expressão Eq.4.
Para o caso da rede em exploração em primeiro ponto de consumo podemos determinar a queda de tensão
tendo em conta a secção dos condutores e a distância da carga em relação ao gerador.
√ √
∑ ∑
𝑯𝒑
𝒆 𝟎. 𝟓 𝒎
𝟏𝟎
𝑪 − 𝒅 − 𝒆𝟑
𝑹𝒆 𝒅𝒂𝑵
𝑯𝒖 𝒆
Quando e dá um resultado inferior a 2 metros recomenda-se que se use 2
metros.
e -Engasgamento
Hu-Altura útil do poste
Hp -Altura do poste
d - diâmetro do poste
C- Compressibilidade do solo normal-2000daN/m3
Solo rochoso-50000daN/m3
Figura 7.4 Engastamento do poste
Solo alagadiço-500daN/m3
Na montagem de um PT há que criar condições que permitam que os apoios tenham boa
resistência mecânica a ventos; para tal são aplicadas espias ou escoras segundo ilustrado na
figura abaixo.
Um determinado cabo com especificas pode ser determinado seu peso pela expressão:
. . .
P- Peso do cabo K
-Comprimento do cabo m
d- Diâmetro do cabo m
N – Número de condutores por cabo
Em caso de não ser facultado o valor da forca do vento ela é determinada pela expressão :
Assim que obtidas essas grandezas pode ser determinada o coeficiente de sobrecarga devido ao vento de forma a avaliar
melhor o projecto.
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
Sendo:
E – tensão entre fases, em kV;
P – Potência transmitida, em kW;
l – comprimento da LT, em km.
A potência de um sistema trifásico é dada por:
Sendo:
P – Potência transmitida, em kW;
I – Corrente, em A;
φ – Fator de Potência.
e o cálculo das perdas trifásicas por Efeito Joule:
onde:
- Vmáx – vão máximo do trecho entre estruturas de ancoragem;
- Vméd – vão médio do trecho entre estruturas de ancoragem;
Do ponto de vista prático, a seção de seccionamento (trecho) se comporta como um vão único para efeito de
cálculo de trações. Quando o número de vãos de uma seção de tensionamento aumenta, o valor do vão
regulador tende a se aproximar do valor do vão médio da LT.
Estruturas Auto-Portantes
Estruturas Estaiadas
Disposição Horizontal
Os condutores são dispostos em um mesmo plano horizontal. A principal vantagem está em possibilitar
estruturas de menor altura, para o mesmo condutor e mesmo vão, sendo esta a disposição usual para
LT’s a circuito simples para tensões de AT e E.A.T.
Para LT’s a circuito duplo, as disposições triangulares e verticais são as mais usadas, como se indica na
Figura 4.6. A configuração horizontal para essas LT’s, acarretaria em estruturas muito largas ou a
sobreposição dos circuitos.
CURIOSIDADE