ALFACE

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Centro Universitário UNA

Campus Conselheiro Lafaiete


Curso de Agronomia
Laboratório de práticas – 2A

COMBATE DE PRAGAS – Alface

Acadêmico (a): Maria Luiza de Carvalho

Conselheiro Lafaiete
06/2020
1 INTRODUÇÃO

Desde os anos 60, a intensificação da agricultura caracterizou tanto pela


simplificação como pela artificialidade do cultivo e levou a um forte aumento da
produtividade. Em contrapartida, a intensificação também trouxe muitas
externalidades negativas incluindo as perdas de diversidade vegetal em
diferentes escalas, que variam entre os efeitos a nível do campo para efeitos a
nível regional.
Estes fatores de produção foram, por sua vez, impedindo outros
serviços, como exemplificado por Sanchez-Moreno e Ferris (2007), que
mostraram que fertilizantes e herbicidas podem dificultar a predação e os
serviços de regulação de pragas no solo.
Entre as práticas agrícolas que suplantaram o ecossistema, os fatores
de produção de pesticidas são provavelmente os mais criticados. Os pesticidas
têm vindo a ser gradualmente utilizados com regularidade como um seguro de
desempenho, em vez de ocasionalmente como um meio curativo para controlar
os surtos de pragas e de agentes patogênicos.
Resultados da intensificação da agricultura são particularmente
perceptíveis nas culturas hortícolas, tais como a alface.
O controle de pragas e doenças é conseguido com pesticidas, muitas
vezes de uma forma sistemática e preventiva. Do mesmo modo, a outras
culturas hortícolas, a qualidade visual do mercado dos produtos frescos
espera-se em geral que a alface seja elevada, o que é frequentemente uma
justificação para a utilização de pesticidas pesados.
Além disso, as estratégias para a doença e a gestão de pragas deve
integrar técnicas compatíveis com as funções biológicas dos
agroecossistemas.
Neste trabalho, identificamos primeiro as principais pragas e agentes
patogênicos que podem ameaçar as culturas de alface e as condições que são
propícios ao seu desenvolvimento. Em segundo lugar, a utilização de
pesticidas, que estejam disponíveis para a gestão destas pragas e agentes
patogênicos.
2 DOENÇAS E PRAGAS NAS PLANTAÇÕES DE ALFACE

2.1 Doenças

Uma das doenças mais importantes das alfaces é o mosaico ("Lettuce


Mosaic Virus " - LMV), sendo o vírus mais comum da alface, transmitido de
forma não circulatória por afídeos de várias espécies, incluindo Myzus persicae
e Aphis gossipii. Existem várias fontes do vírus do mosaico da alface. Uma vez
que o vírus é transmitido por sementes de alface, as sementes infectadas são
uma forma primária de introduzir o mosaico de alface nos campos.
O vírus pode infectar numerosas culturas e ervas daninhas, criando
assim reservatórios do vírus. O vírus do mosaico da alface pode também ser
vectorizado por afídeos, que propagam o vírus dentro de um campo de alfaces
e o introduzem nos campos de alfaces a partir de ervas daninhas infectadas e
culturas fora do campo.

Fonte: Picanço et al. (2000)


Fonte: Picanço et al. (2000)

A utilização de inseticidas para o controle dos afídeos que propagam o


vírus não é recomendada. O tempo é demasiado curto entre um afídeo que
suga o vírus quando se alimenta de uma planta doente e a sua propagação,
uma vez que se alimenta novamente de uma planta saudável. Quando o
inseticida tiver matado o afídeo, já terá espalhado o vírus.
RESISTÊNCIA VARIETAL: A incidência do vírus no Brasil está
reduzindo devido à utilização de cultivares de alface resistentes. As cultivares
Gallega de Inverno e PI-251245 (Lactuca serriola) são tolerantes ao LMV.
PRÁTICAS CULTURAIS: O controle do LMV deve ser preventivo,
através do uso de sementes livres do vírus. As mudas devem ser de boa
qualidade, protegidas de pulgões na fase de sementeira. Não realizar plantios
próximos de campos de alface com alta incidência da doença e eliminar as
plantas daninhas, ornamentais e culturas de alface abandonadas.
CONTROLE QUÍMICO: O controle do pulgão é pouco eficiente no
controle da doença devido ao modo de transmissão não-persistente, pois o
afídeo torna-se infectivo e capaz de transmitir o vírus logo após a picada de
aquisição, perdendo essa capacidade depois de 2 a 12 horas.
 Pulverizadores de sabão
 Óleo vegetal
 Produtos comerciais com óleo de petróleo
 Produtos derivados de plantas
 Os piretróides sintéticos são susceptíveis de ser eficazes, mas também
matarão os inimigos naturais.

2.2 Pragas

Muitas pragas, sejam ou não específicas do hospedeiro, podem também


ser potenciais ameaças em função do período de cultivo. Estas pragas incluem
várias espécies entre elas maior incidência em hortaliças, principalmente as
folhosas, o pulgão (Myzus pericae) tem importante relação com a cultura da
alface.
Muitas pragas, sejam ou não específicas do hospedeiro, podem também
ser potenciais ameaças em função do período de cultivo. A temperatura é o
fator que mais afeta o desenvolvimento de afídeos. Para além dos danos na
alimentação e da perda de qualidade do produto devido à sua presença
quando a alface é comercializada, os afídeos são também vetores de vírus, tais
como o
vírus do mosaico da alface.
A composição das pragas e agentes patogênicos das alfaces que podem
ameaçar a cultura em algum momento, ao longo de todo o ano. O tipo de solo
também afeta a composição dos inimigos das alfaces. A identificação de
pragas e agentes patogênicos é o primeiro passo para a concepção sistemas
inovadores de cultivo de alfaces menos dependentes de pesticidas.
A gestão da lavoura e dos resíduos das culturas o mais simples e o
método mais antigo para reduzir o inóculo primário é remover e destruir
resíduos de culturas (isto é, folhas não colhidas e pivô raízes) após a colheita.
Este método de saneamento pode ser significativamente reduzir a incidência
de doenças; contudo, o método é raras vezes utilizado porque é demorado.

Fonte: Filho et al. (2011)

CONTROLE QUÍMICO: Fazer uso de inseticidas específicos, conforme


recomendação do fabricante.
1. Actara 250 WG tiametoxam (neonicotinóide)
2. Azamax azadiractina (Tetranortriterpenóide)
3. Calypso tiacloprido (neonicotinóide)
4. Chess 500 WG pimetrozina (piridina azometina)
5. Eleitto acetamiprido (neonicotinóide) + etofenproxi (éter
difenílico)
6. Kohinor 200 SC imidacloprido (neonicotinóide)
7. Provado 200 SC imidacloprido (neonicotinóide)
8. Sivanto Prime 200 SL Flupiradifurona (butenolida)
9. Sperto acetamiprido (neonicotinóide) + bifentrina (piretróide)
10. Timon imidacloprido (neonicotinóide)
REFERÊNCIAS

Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas. 2º levantamento de


dados socioeconômicos da cadeia produtiva de hortaliças no Brasil. ABCSEM.
Disponível em:
<http://www.abcsem.com.br/imagens_noticias/Apresenta%C3%A7%C3%A3o
%20completa%20dos%20dados%20da%20cadeia%20produtiva%20de
%20hortali%C3%A7as%20-%2029 MAIO2014.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2020.

BARROS, T. M. P.; MOREIRA, W. M. Q.; CARAMELO, A. D. Estudo da


literatura sobre as metodologias de produção e cultivo da alface. Revista
Fafibe On-Line. Bebedouro, v. 7, n. 1, p. 26-34, 2014.

FILHO, JUTB; SANTOS, HB; MARAUS, PF; SANTOS, SS; BUZANINI, AC.
Eficiência de diferentes inseticidas aplicados no controle de Frankliniella
occidentalis na cultura da alface (Lactuca sativa L.). Horticultura Brasileira 29:
S1037-S1042, 2011

PICANÇO, M.C.; GUSMÃO, M.R.; GALVAN, T.L. Manejo integrado de pragas


de hortaliças In: ZAMBOLIM, L. ed. Manejo integrado de doenças, pragas e
ervas daninhas. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2000, v. 2, p. 275-
324.

http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em:


08 jun. 2020.

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