T. Parasitologia

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Alicia Jorge Capeta: 96220430

Tema: Doenças Bióticas nas plantas


Introdução

As plantas desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio ecológico e na


sustentação das atividades agrícolas que garantem a segurança alimentar. No entanto, a saúde
das plantas é frequentemente ameaçada por doenças bióticas, causadas por organismos vivos
como fungos, bactérias, vírus e nematoides. Essas doenças podem comprometer
significativamente a produtividade agrícola, resultando em perdas econômicas e impactando
a disponibilidade de alimentos na comunidade.

Objectivos

Objectivo Geral:

• Conhecer algumas doenças bióticas nas plantas na comunidade.

Objectivos Específicos:

• Identificar doenças bióticas nas plantas, na sua comunidade.


• Identificar o causador e possíveis vetores das doenças.
• Descrever as doenças indicadas (apresentar fotografias).
• Descrever as formas de prevenção e controle das doenças mencionadas.

Metodologia

Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica e observação directa na


comunidade. Foram selecionadas três doenças bióticas prevalentes nas plantas locais. Para
cada doença, foram identificados os agentes causadores, os vetores de disseminação,
descritos os sintomas observados e apresentadas estratégias de prevenção e controle.
Desenvolvimento

1. Identificação das Doenças Bióticas na Comunidade

Foram selecionadas três doenças bióticas que afectam significativamente as plantas na


comunidade estudada:

1. Oídio em Tomateiro (Solanum lycopersicum)

2. Murcha Bacteriana em Tomateiro

3. Nematoide das Galhas em Feijão (Phaseolus vulgaris)

2. Descrição das Doenças

2.1. Oídio em Tomateiro

Causador: Oídio é causado por fungos da ordem Erysiphales, sendo o Oidium lycopersicum
um dos patógenos mais comuns em tomateiros.

Vetores: Esporos transportados pelo vento, chuva e ferramentas agrícolas contaminadas.

Sintomas: Aparecimento de manchas brancas e pulverulentas nas folhas, caules e frutos. As


folhas podem amarelar e murchar, comprometendo a fotossíntese.

Fotografia:

Prevenção e Controle:

Controle Cultural: Rotação de culturas para interromper o ciclo do patógeno.

Uso de Variedades Resistentes: Plantio de variedades de tomateiro resistentes ao oídio.

Aplicação de Fungicidas: Uso de fungicidas específicos seguindo as recomendações técnicas


para evitar resistência.

2.2. Murcha Bacteriana em Tomateiro

Causador: A murcha bacteriana é causada pela bactéria Ralstonia solanacearum.


Vetores: Solo contaminado, água de irrigação, ferramentas agrícolas e plantas hospedeiras
alternativas.

Sintomas: Murcha súbita das plantas, amarelamento das folhas, colapso dos vasos condutores
de água, levando à morte da planta.

Fotografia:

Prevenção e Controle:

Uso de Sementes Sanitárias: Plantio de sementes livres de patógenos.

Controle de Vetores: Desinfecção de ferramentas e equipamentos agrícolas.

Rotação de Culturas: Evitar o plantio contínuo de espécies suscetíveis no mesmo solo.

Aplicação de Bactéricidas: Uso controlado de produtos bactericidas, quando disponível.

2.3. Nematoide das Galhas em Feijão

Causador: Nematoides do gênero Meloidogyne, com destaque para Meloidogyne incognita.

Vetores: Solo contaminado, equipamentos agrícolas e água de irrigação.

Sintomas: Formação de galhas nas raízes das plantas, comprometendo a absorção de água e
nutrientes, resultando em crescimento reduzido e baixa produtividade.

Fotografia:

Prevenção e Controle:

Rotação de Culturas: Alternar com culturas não hospedeiras para reduzir a população de
nematoides.

Uso de Variedades Resistentes: Plantio de feijões resistentes aos nematoides.

Desinfecção do Solo: Aplicação de tratamentos químicos ou biológicos para controlar a


população de nematoides.

Controle Biológico: Introdução de organismos antagonistas que suprimem os nematoides.

3. Impacto das Doenças Bióticas na Agricultura da Comunidade


As doenças bióticas identificadas têm um impacto significativo na produção agrícola local.
O oídio e a murcha bacteriana reduzem a produtividade dos tomateiros, afetando a renda dos
agricultores e a disponibilidade de tomate na comunidade. O nematoide das galhas no feijão
compromete a qualidade e quantidade da colheita, afetando a segurança alimentar e a
economia familiar. Além disso, o uso excessivo de defensivos químicos para o controle
dessas doenças pode levar à contaminação do solo e da água, além do desenvolvimento de
patógenos resistentes.

4. Diagnóstico e Monitoramento

O diagnóstico precoce das doenças bióticas é essencial para o manejo eficaz. A observação
regular das plantas para identificar sintomas característicos permite a intervenção imediata.
Métodos laboratoriais, como a cultura de patógenos e a análise molecular, podem confirmar
a presença dos agentes causadores. Ferramentas tecnológicas, como sensores de umidade e
drones para monitoramento de grandes áreas, auxiliam na detecção precoce e na tomada de
decisões informadas sobre o manejo das culturas.

5. Estratégias de Controle Integrado

O manejo integrado de doenças bióticas combina diversas estratégias para controlar as


doenças de forma sustentável:

Controle Cultural: Implementação de práticas agrícolas que reduzem a incidência de


patógenos, como rotação de culturas e manejo adequado do solo.

Controle Biológico: Utilização de organismos benéficos, como microrganismos antagonistas,


para suprimir os patógenos.

Controle Químico: Aplicação racional de defensivos agrícolas para minimizar a resistência e


os impactos ambientais.

Uso de Variedades Resistentes: Seleção e plantio de cultivares com resistência genética às


doenças.
Considerações Finais

As doenças bióticas representam um desafio significativo para a agricultura na comunidade,


afectando a produtividade e a sustentabilidade econômica dos agricultores. A identificação
precoce, o diagnóstico correto e a implementação de estratégias de manejo integrado são
essenciais para minimizar os impactos dessas doenças. A adoção de práticas sustentáveis e o
investimento em pesquisas para o desenvolvimento de variedades resistentes e métodos de
controle eficazes são fundamentais para garantir a saúde das plantas e a segurança alimentar
na comunidade.
Referências Bibliografia

EMBRAPA. Manual de Doenças de Plantas. 3ª edição, 2020. Disponível em:


https://www.embrapa.br

FERREIRA, J. A. Doenças Bióticas das Plantas: Diagnóstico e Manejo. Editora Agronômica,


2018.

HOLLINGSWORTH, M. D. & MORAES, M. C. Fisiologia Vegetal. 2ª edição, 2019.

SILVA, R. P. Nematoides de Plantas: Impacto e Controle. Revista Brasileira de Agricultura,


2021.

WISMER, L. R. Fungos Fitopatogênicos: Biologia e Controle. 4ª edição, 2017.

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