Agostinho Williamo Didatica Geral
Agostinho Williamo Didatica Geral
Agostinho Williamo Didatica Geral
Tema: Educação
Curso:
Ano de frequência
1
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Pontuação Nota
do Subtotal
máxima
tutor
Capa
Índice
Estrutura Aspectos Introdução
organizacionais Discussão
Conclusão
Bibliografia
A educação em
Moçambique
Introdução Geral:
Especificos:
Investigativa (pesquisa
bibliograficas)
Conteúdo
Análise e
Exploração dos dados
Conclusão
Contributos teóricos
práticos
Paginação: fim da pagina,
simples. Tipo: Times New
Aspectos Formatação Roman e tamanho de
gerais letra:12, paragrafo,
espaçamento entre linhas:
1,5
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das
edição em citações/referências
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
2
Índice
Folha de Feedback...........................................................................................................2
Introdução........................................................................................................................4
Objetivos.......................................................................................................................... 5
Geral:............................................................................................................................ 5
Específicos:...................................................................................................................5
Educação.......................................................................................................................... 6
1-Educação formal...................................................................................................6
2-Educação não formal............................................................................................6
3-Educação informal................................................................................................6
Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica.................................................... 7
As principais categorias pedagógicas............................................................................ 8
Cientificidade da Pedagogia.........................................................................................13
A especificidade da Didática.........................................................................................13
Didática – suas relações com a Pedagogia e outras ciências......................................23
Processo de ensino-aprendizagem – origem e desenvolvimento histórico...............28
A origem e evolução do PEA........................................................................................ 33
Características do Processo de Ensino-Aprendizagem..............................................34
Carácter educativo do processo de ensino-aprendizagem.........................................36
Relação dialéctica e fundamental do processo de ensino-aprendizagem.................38
As tarefas do professor e do aluno na relação dialéctica entre eles e as razões que
podem ocasionar a desproporção entre o ensinado e o aprendido pelos alunos numa
aula..................................................................................................................................40
Conclusão.......................................................................................................................44
Bibliografia.................................................................................................................... 45
3
Introdução
O presente trabalho de pesquisa aborda acerca da Educação. Portanto veremos o conceito da
educação, e com base nas ideias de alguns autores que falam sobre esses termos.
4
Objetivos
Geral:
Específicos:
5
Educação
A palavra “Educação”, em português, vem de “Educar”, a origem desta, por sua vez, é
do Latim EDUCARE que é uma derivado de EX, que significa “fora” ou “exterior” e
DUCERE, que tem o significado de “guiar”, “instruir”, “conduzir”. Ou seja, em latim,
educação tinha o significado literal de “guiar para fora” e pode ser entendido que se
conduzia tanto para o mundo exterior quanto para fora de si mesmo. ARANHA 1993
Com base nessa definição, pode-se resumir o conceito como a ação pela qual um emissor
transmite conhecimento ao preceptor, com o objetivo de desenvolver suas capacidades
cognitivas e físicas para que possa participar plenamente da sociedade que o rodeia.
Neste contexto, a educação pode ser também definida como a transmissão dos valores e
conhecimentos acumulados de uma sociedade.
1-Educação formal
É aquela que e guiada por um currículo regulamentado e leva o aluno a obter uma
credencial reconhecida. Os professores são treinados como profissionais e suas carreiras
também seguem padrões legais.
Possui maior flexibilidade e pode ou não ser guiada por um currículo formal. Esse tipo
de educação pode ser liderado por um professor qualificado, por um tutor ou até por
uma pessoa com mais experiência e não resulta em um grau ou diploma formal.
3-Educação informal
6
Não há currículo formal nem credenciamento. O transmissor do conhecimento
geralmente é uma pessoa com mais experiência, como pais, avós ou amigos. Esse tipo
de educação também pode ser adquirido por meio da internet, de livros e de músicas.
Pedagogia é a ciência que tem como objeto de estudo a educação, o processo de ensino
e a aprendizagem. O sujeito é o ser humano, enquanto educando
A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga e vem das palavras: "paidos" ("da
criança") e "agein" ("conduzir").
A Didática é o meio desenvolvido pela Pedagogia pra isso, ou seja, são técnicas para
que haja ensino/aprendizagem; a Educação é o processo do qual a Pedagogia se
encarrega, através da Didática.
A palavra didática vem da expressão grega (techné didaktiké), que se pode traduzir
como arte ou técnica de ensinar.A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos
métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria
pedagógica. A didática estuda os diferentes processos de ensino e aprendizagem.
7
O Educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o
pai da didática moderna, e um dos maiores educadores do século XVII. A didática se
configura simultaneamente em ensino e aprendizagem, ela pode ser pensada a partir do
ensino, panejamento e avaliação. Vincula-se a reflexão do modo de ensinar e aprender
situado historicamente.
A didática, segundo Libâneo (2012), tem como objeto de estudo o processo de ensino-
aprendizagem, tendo em vista a apropriação das experiências humanas e sociais e
historicamente desenvolvidas.
A Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivo ensinar métodos e
técnicas que possibilitem a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor.
O professor
O aluno
A disciplina (matéria ou conteúdo)
O contexto da aprendizagem
As estratégias metodológicas
A pedagogia como ciência e técnica de educar o homem, desenvolve com base nas suas
categorias.
1- Educação
2- Auto- Educação
8
3- Instrução
4- Auto- Instrução
5- Ensino
Educação- o termo educação tem sua origem do latim educare que sigifica alimentar,
criar.
Este verbo expressa, portanto, a ideia de que a educação e algo externo, concedida a
alguém.
A educação e um processo que visa o desenvolvimento nos homens nos aspetos morais
intelectual, físico e a sua inserção na sociedade.
Formal
Não- formal
Informal
Educação não formal são programas educacionais que não conduzem a obtencao se grau
académico ou ocupacionais, com certo grau de sistematização e estruturação. Realiza-se
fora do sistema escolar, embora por vezes em estipulo escolar.
9
grupos com seu ambiente social, humano, ecológico e físico. E fornecida por grupos
sociais através de experiencias não intencionalmente organizadas.
A educação infantil pode definir-se como tudo que aprendemos mais ou menos
espontaneamente a partir do meio em que vivemos, dos livros que lemos, da televisão
que vemos, da multiplicidade de experiencias que vivemos quotidianamente.
Auto - Educação- e uma tarefa que impõe o desenvolvimento intelectual que lhe
permite usar a razão e o descendimento para distinguir o certo do erro.
Muitas pessoas ficam reclamando da vida, desesperadas, dizendo que são ignorante, que
não entendem nada, isto e, consequência da falta da educação. Não estamos falando da
educação sistemática, profissional, mas de uma qualidade de educação mais normal,
vital que funciona 24 horas. A maioria dos lideres que deixaram uma relação histórica
mais importante não estudaram.
A pessoa mais valorizada pouco estudou nas escolas do sistema, exemplo Jesus Cristo,
então o estudo não esta relacionado apenas como interesse profissional, externa. A
super valorização da educação formal, independente e um erro grave. A educação
interna, a auto- educação são as principais.
Não existe educação sem a auto- educação, sem educação por si próprio, a qualidade de
educação que nos precisamos esta baseada no diálogo, nos relacionamentos, a
experiencia. ela e efetiva, ratica e facil.
Exemplo: um aluno quando tem de fazer um seminário independente para o dia seguinte, da
o seu máximo nos estudos porque tem que mostrar as suas qualidades, tem que etar
consciente porque encontra-se sozinho com o dever de convencer o auditório e o docente.
10
Instrução- e o processo e o resultado da apropriação pelos alunos, do sistema de
conhecimentos científicos, habilidades, experiencias cognitivas, na base das quais se
formam a concepção do mundo as qualidades morais.
A instrução deve ser considerada como uma das melhores formas de aperfeiçoar e
otimizar o processo educativo, oque e diferente (Mediação e desenvolvimento das
capacidades e habilidades cognitivas).
Este tipo de procedimentos podem ser utlizado para crianças a ter maior controlo sobre
atividades que precisam realizar, assim como podem fornecer a si mesmo, auto-
instrução n sentido de controlar o seu comportamento agressivo.
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Exemplo: um individuo que vai fazer exame na escola de condução sem ter sentado na
cadeira de tal escola para ser instruído, tendo estudado individualmente em casa.
12
O ensino e que permite como e onde acontece educação e instrução.
Cientificidade da Pedagogia
Pedagogia é a ciência que tem como objeto de estudo a educação, o processo de ensino
e aprendizagem. O sujeito é o ser humano enquanto educando.
A especificidade da Didática
13
programas e dos livros didáticos, os métodos e formas organizativos do ensino,
as atividades do professor e dos alunos e as diretrizes que regulam e orientam
esse processo.
A palavra Didática deriva-se da palavra grega didactos, que significa “instrução”. Quer
dizer, visto deste modo, a Didática desenvolveu-se como a teoria de instrução. Em sua
Didática Magna, Coménio (veja no fim da unidade texto complementar sobre vida e
obra de Coménio) qualifica Didática como a “arte de instruir.”
Assim, a Pedagogia foi ganhando forças como ciência particular, se separando aos poucos
da filosofia e da teologia, e deixando a didática como uma simples disciplina técnica. Foi,
por isso que as histórias da Pedagogia e da Didática se misturam no tempo. Quando se
estuda a História da Filosofia e da Teologia, necessariamente se faz referências a
pedagogos. Quando se estuda a História da Pedagogia se refere a Teólogos e Filósofos,
entre outros. Algo similar acontece, quando contamos a História da Didática.
14
No século XVIII, Jean Jacques Rosseau propôs uma concepção de ensino baseada em
um novo conceito de infância. Depois de Ratke e Comênio, Rousseau foi o outro grande
didata que surgiu. Por ser, também, um grande pedagogo, ajudou a revolucionar a
Didática. Não se pode considerar um sistematizador do ensino, mas sua obra dá origem,
de modo marcante, a um novo conceito de infância e sua relação direita com o ensino.
A prática das ideias de Rousseau foi empreendida, entre outros, por Henrique
Pestalozzi, que em seus escritos e atuação dá dimensões sociais à problemática
educacional. O aspeto metódico da Didática encontra-se, sobretudo, em princípios, e
não em regras, transportando-se o foco de atenção às condições para o desenvolvimento
harmônico do discente. Rosseau considerava que a valorização da infância está
carregada de consequências para a pesquisa e a ação didática.
No século XIX, João Frederico Herbart destaca-se no plano didático por defender a idéia da
"educação pela instrução". Como didata estabeleceu quatro passos didáticos, que são
essências no processo de ensino, ainda hoje. Naturalmente que já sofreram variações e
aperfeiçoamento, mas a essência é a mesma desde seu descobrimento. O primeiro passo
é a apresentação da matéria nova. O segundo passo é a associação entre as idéias antigas
e as novas; o terceiro, a sistematização do conhecimento com vista à generalização; e o
último a aplicação do conhecimento.
Para alguns estudiosos, Herbart é o pai da Pedagogia; pois teve por mérito torná-la,
Segundo Castro (2008, p. 17) "o ponto central de um círculo de investigação própria".
Não obstante, contribuiu, e muito, com o desenvolvimento teórico da Didática.
No século XX, por ser o século onde surge a Didática como ciência autônoma, tem
muitos didatas que se destacaram no desenvolvimento do ensino. Do ensino, visto como
isso, como conceito de objeto de estudo da didática e não como um simples articular
dos professores com estudantes ou alunos. Nesse século XX, muitos se
autodenominaram especialistas ou cientistas do currículo. São aqueles que defendem o
Desenho Curricular como uma ciência independente da Didática, senão fosse pelo fato
que não existe ensino sem uma conceição do desenho curricular. É ilógico pensar no
surgimento de uma nova ciência a partir do mesmo objeto de estudo.
15
Outro grande didata foi o norte-americano John Dewey (l859 - l952). Foi como a
maioria, muito mais pedagogo que didata, não obstante, foi um destacado representante
de uma das tendências do pragmatismo didático. Na didática, sua maior contribuição
está no ensino laboral e a relação do ensino com a vida
Contemporaneidade
Já no final do século XX, a Didática passou por muitos questionamentos: era disciplina
técnica de outra ciência? Era mesmo ciência? Quais seriam seus métodos de pesquisa?
Algo parecido, também tinha acontecido, anteriormente, com a Biologia, a Física, a
Química, e outras ciências antes do século XIX. Não era uma questão só da Didática.
O grande problema da Didática, ainda até hoje, é estabelecer para a comunidade científica
uma base teórica comum, independente de culturas, com uma única terminologia, para
evitar ambigüidades. Os erros de tradução de um idioma para o outro, quando essas
traduções são feitas por pessoas que sabem o idioma, mas não tem um preparo científico
nessa área e muitas vezes fazem traduções compressíveis ao nível informal, mas com muita
ambigüidade na linguagem científica. A tradução do inglês para o português
16
poderia constituir um exemplo, dessa ambigüidade: "instruction" traduzido com ensino,
em vez de instrução. "Teaching" traduzido como instrução. Por só mencionar poucos
exemplos.
educação. Ou dito de outra forma, não hã ensino sem educação, nem educação sem
ensino. Aqui, cabe perguntar-nós. Existe educação sem ensino? Existe ensino sem
educação?
Você nunca conheceu alguma pessoa com alto grau de instrução como resultado do
processo de ensino, com uma ma ou péssima educação? Conheceu já alguém sem instrução
alguma, com uma adequada educação? O ensino se concretiza através de instrução,
treinamento e formação. Já o processo de educação implica convicção e valores
Voltando ao assunto da origem, é a partir desse século XX, que começa o tratamento da
Didática, como uma ciência particular. Depois de períodos de crises, a Didática dá um
salto qualitativo no seu desenvolvimento. Como ciência particular, com autonomia
científica, está neste momento do século XXI, dando esse salto significativo com
grandes aportes à sociedade.
Claro que, como toda ciência, enriqueceu seus fundamentos, categorias, conceitos, leis,
corolários e princípios a partir da contribuição de cientistas de outras áreas de
conhecimento. Mas não existem dúvidas que a Didática já tem sua autonomia.
17
A Didática, como acontece com qualquer outra ciência social, reflete nas suas teorias as
principais tendências, correntes e enfoques da época que se estuda, e como já foi
colocado com a contribuição de outras ciências a fins. È por isso que em algum
momento se evidencia, na base estrutural da fundamentação científica, enfoques
psicológicos desde perspetivas de origem freudiana, correntes neomarxistas, enfoques
humanistas, personológicos entre muitos outros pontos de vistas.
Segundo o Centro de Referência Educacional –CRE (2008) entre as décadas dos anos
20 ao 50, a Didática seguiu os postulados da Escola Nova. Essa forma de ensino
buscava superar os postulados da Escola Tradicional, reformando assim, internamente, a
escola. Nessa perspectiva, afirmava-se a necessidade de partir dos interesses
espontâneos e naturais das crianças.
Em uma etapa posterior, depois dos anos 80, última década do século XX e a primeira
década deste século XXI, se passou de um enfoque humanista, sustentado desde a
influência psicológica ao enfoque tecno- científico, centrado nos avanços da própria
Didática como ciência autônoma. Naturalmente, que esses câmbios são diferentes nos
distintos países. Isso depende do grau de desenvolvimento desta ciência em cada pais.
18
Tecno-científico que direciona o processo de ensino, como atividade dinâmico-
participativa, como uma ação intencional, sistêmica, sistematizada que tenta organizar as
Para ir resumindo, se deve partir de algo inquestionável, de algo já axiomático por si: a
Didática tem seu objeto de estudo, o ensino. Esse objeto de estudo tem um sistema de
categorias gerais que estão inter-relacionadas entre si pelas leis gerais didáticas. Essas leis
deram lugar aos princípios e corolários que suportam toda a estrutura base desta área
Diferente da Pedagogia que tem seu reconhecimento como ciência particular a partir do
século XIX, a Didática em muitos países, ainda não é reconhecida como ciência
autônoma. É considerada, erroneamente, uma disciplina técnica da Pedagogia, ou como
ramo desta. Não obstante, felizmente, são muitas as comunidades científicas que a partir
do século XX, deram luz verde à Didática como ciência particular. Este é um trabalho
mancomunado desenvolvido por muitos. A diferença dos séculos precedentes que se
tinha um didata como referencia numa época determinada, aqui seria muito mais
factível mencionar alguns dos quais fazem a diferencia, como didatas. Aqueles nomes
como Jose Carlos Libâneo, Selma Pimenta, Carlos Alvarez, Ulises Mestre, Homero
Fuentes, entre muitos outros.
Paulo Freire merece comentário aparte. É sem dúvidas um dos maiores Pedagogo do
século XX; mas como aconteceu em outras épocas, grandes Pedagogos se converterem,
também em grades didatas, ou porque não ao avesso, grandes didatas foram, também,
grandes pedagogos.
19
A contribuição de cada educador na configuração da didática como área específica de
pesquisa
a) Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e dourado possível dos conhecimentos
científicos;
Alem dos objetivos da disciplina e dos conteúdo, e fundamental que o professor tenha
clareza das finalidades que ela tem em mente, a atividade docente tem a ver diretamente
com para educar, pois a educação se realiza numa sociedade que e formada por grupos
sociais que tem uma visão diferente das finalidades educativas.
20
educadores apresentam uma conceção fragmentada e ambígua desta interação, chiando
ao ponto de dissaco cia-las. Essa separação entre a a teria e a pratica impossibilita os
Para Dewey, a Educação e, em especial, a escola possui uma função de coordenar a vida
mental de cada indivíduo nas diversas influências dentro do meio social onde o indivíduo
vive. Por isso, em Dewey, a Educação ainda que seja uma função social, é uma necessidade
de vida, onde a vida é renovada através da transmissão de um conhecimento
de um indivíduo ao outro e isto diferencia o homem dos seres inanimados, assim, afirma
Dewey que "a mais notável distinção entre os seres vivos e inanimados é que os primeiros
se conservam pela renovação. Ao receber uma pancada, a pedra opõe resistência. Se a
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resistência for maior do que a força da pancada, ela, exteriormente, não apresentará
mudança; no caso contrário se partirá em fragmentos menores que ela" Dewey (1959,
p.1).
Mondlane insistia na educação não só para desenvolver a luta de libertação, mas também
para produzir o índice do analfabetismo e criar a consciência da cidadania no seio dos
moçambicanos. Para isso a frelimo lançara um projeto de construção de uma grande escola
para a formação do homem novo, com dois objetivos: contrair os objetivos da
educação, concebendo a educação como único caminho para o povo tomar o poder e
encarar a escola como espaço para renovar a cultura do povo moçambicano e para
construir o estado nacional. (BASILIO, 2015: 111).
22
Desta feita, MAZULA 1995 afirma que a educação desenvolvidas na zona libertada tinha as
seguintes funções: criar, desenvolver e fortificar uma sociedade nova, assente numa
mentalidade nova que oriente atitudes praticas para a construção de um moçambique
unitário, internacionalista, económica, cultural, politica e militarmente autossuficiente
A didática é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a
pedagogia. Mas também vemos que devido a complexidade do processo de ensino e
aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo em conta ao carácter interdisciplinar de
quase todos os ramos de saber, a didática mantem relações com outras ciências.
De facto, a atuação do professor com propósito de ensinar, exige deste um agir tendo em
conta não somente habilidades didáticas, mas também pedagógicas e um certo sentido
psicológico, sociológico, biológico, filosófico, etc, devendo, neste sentido, o professor se
23
municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir didático é ao mesmo tempo
pedagógico, biológico, sociológico, filosófico, etc.
Ao nos propormos nesta lição discutirmos esta questão de relação da didática com
outras disciplinas, esperamos que ao completa-la, você será capaz de:
Atividades
1.De que forma a didática se relaciona com a pedagógica e outras ciências?
2.Qual é o objeto específico da didática dentro da investigação pedagógica?
3.Diferencie a didática Geral das didáticas Especificas.
Respondendo a primeira questão, com certeza que deve ter pensado que a dependência
da Didáctica em relação à Pedagogia se verifica na impossibilidade de se especificar
objectivos da instrução, das matérias e dos métodos, fora de uma concepção de mundo,
de uma opção metodológica geral e uma concepção de praxis pedagógica, uma vez que
24
Em outras palavras, a didáctica opera a interligação entre a teoria e pratica. Ela engloba
um conjunto de conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes esferas
científicas (teoria da educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc.),
junto com requisitos de operacionalização.
Sendo a educação escolar uma actividade social que, através de instituições próprias, visa a
assimilação dos conhecimentos e experiências humanas acumuladas no decorrer da história,
tendo em vista a formação dos indivíduos enquanto seres sociais, cabe à Pedagogia intervir
nesse processo de assimilação, orientando-o para finalidades sociais e
Chegados a este ponto, estamos certos também que foi fácil relembrar a tarefa e o
objecto específicos da didáctica. A didáctica é, pois, uma das disciplinas da Pedagogia
que estuda o processo de ensino através dos seus componentes os conteúdos escolares, o
ensino e a aprendizagem- para, com o embasamento numa teoria da educação, formular
directrizes orientadoras da actividade profissional dos professores.
25
Definindo-se como mediação escolar dos objectivos e conteúdos do ensino, a Didáctica
investiga as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os factores
reais (sociais, políticos, culturais, psicossociais) condicionantes das relações entre a
docência e a aprendizagem. Ou seja, destacando a instrução e o ensino como elementos
26
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a
Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino
das disciplinas especificas.
A didática Trabalha na sua maioria com maior fundamentação, que podem conduzir à
emergência de um novo campo de conhecimento, que só ganham verdadeira
importância quando as dificuldades começam a acumular-se, Procurando novas
soluções para a resolução de alguns problemas".
Didática Geral, como o próprio nome indica,trata dos princípios gerais da prática em
sala de aula, tais como: processo de ensino e de aprendizagem, avaliação, métodos,
prática de ensino, formulação de objetivos.
27
A Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivos especificos
ensinar métodos e técnicas que possibilitem a aprendizagem do aluno por parte do
professor ou instrutor.
28
levou ao seu desdobramento em outras duas modalidades secundárias, mas não menos
relevantes: a educação formal e a educação não formal. Ambas marcadas pela
intencionalidade daqueles que participam do processo de ensino e aprendizagem, sendo
este, o aspecto que as insere no campo da educação intencional. Entretanto, elas
possuem diferenças marcantes, conforme indicar-se-á nos próximos tópicos.
Esta forma de ensino baseava-se na concepção de que o ser humano era semelhante a
um pedaço de cera ou argila úmida que podia ser modelado à vontade. Na antiga Grécia
Aristóteles já professava essa teoria, que foi retomada frequentemente, ao longo dos
séculos, reaparecendo sob novas formas e imagens. A idéia difundida no século XVII,
por exemplo, de que o pensamento humano era como se fosse uma tabua lisa, um papel
em branco sem nada escrito, onde tudo podia ser impresso, é apenas uma variação da
antiga teoria.
Os conhecimentos a serem adquiridos eram, até certo ponto, reduzidos. E para que os
alunos pudessem repetí-los correta e adequadamente, o professor utilizava o
procedimento de perguntas e respostas, tanto em sua forma oral como escrita. Este era
o chamado método catequético, cuja origem remota, pelo menos cultura ocidental, aos
antigos gregos. A palavra catecismo provém do termo grego katechein, que significa
"fazer eco". Este método era usado por todas as disciplinas e consistia na apresentação,
29
pelo professor, de perguntas acompanhadas de suas respostas já prontas.
Sócrates afirmava que os mestres devem ter paciência com os erros e as dúvidas de seus
alunos, pois é a consciência do erro que os leva a progredir na aprendizagem.
João Amos Comenius (1592 – 1670) Segundo Comenius, dentre as obras criadas por
Deus, o ser humano é a mais perfeita. Dada sua formação cristã, Comenius acreditava
que o fim último do homem é a felicidade eterna. Assim, o objetivo da educação é
ajudar o homem atingir essa finalidade transcendente e cósmica, desenvolvendo o
domínio de si mesmo através do conhecimento de si próprio e de todas as coisas.
Segundo ele,
30
Ao ensinar um assunto o professor deve:
Passar para o assunto ou tópico seguinte do conteúdo apenas quando o aluno tiver
compreendido o anterior.
Como se pode ver, esses pressupostos da prática docente já era proclamados por
Comenius em pleno século XVII.
Portanto, para Pestalozzi, a educação era um instrumento de reforma social. Ele pregava a
educação das massas e proclamava que toda criança deveria ter acesso à educação escolar,
por mais pobre que fosse seu meio que suas condições fossem limitadas.
31
Na teoria educacional de Pestalozzi podemos encontrar as sementes da Pedagogia
moderna. Foi ele o primeiro a formular de forma clara e explicita o princípio de que a
educação deveria respeitar o desenvolvimento infantil.
Para Vygotsky (1991:65): A escola tem o papel de fazer a criança avançar em sua
compreensão do mundo a partir do seu desenvolvimento já consolidado e tendo
como meta, etapas posteriores ainda não alcançadas.
John Dewey (1859 – 1952) A concepção que Dewey tinha do homem e da vida, e que
serve de base à sua pedagogia, é de que a ação é inerente à natureza humana. A ação
precede o conhecimento e o pensamento. Antes de existir como ser pensante, o homem
é um ser que age. A teoria resulta da prática. Logo o conhecimento e o ensino devem estar
intimamente relacionados à ação, à vida prática, à experiência. O saber tem caráter
instrumental: é um meio para ajudar o homem na sua existência, na sua vida prática.
proporcionados por sua herança biológica. Mas, através da constante mediação dos
adultos, processos psicológicos instrumentais mais complexos começam a tomar forma.
32
reforma dos métodos de ensino como também aplicaram, em suas práticas educativas,
as idéias que defendiam. Apesar de apresentarem concepções diferentes de educação, os
educadores aqui mencionados tiveram um aspecto em comum: tentaram fazer com que
a reforma do ensino não ficasse restrita a uma elite, mas fosse estendida a parcelas cada
A Grécia clássica pode ser considerada o berço da Pedagogia, pois foi na Grécia que
nasceram as primeiras ideias acerca da acção pedagógica, ponderações que vão
influenciar, por muitos anos, a educação e cultura ocidentais e vincular a imagem do
Pedagogo à formação das crianças.
Nos séculos XVII e XVIII, inicia-se uma era de debates no campo da educação, tendo,
como foco, a importância de atualizar os processos pedagógicos e rever o próprio conceito
de infância. Nomes importantes deste período são Comenius e Rousseau. No final do século
XIX e princípios do século XX, os debates sobre educação e, principalmente, as
educativos, dando corpo a vários movimentos, dentre eles o da Escola Nova e a Pedagogia
Waldorf. No restante do século XX, a pedagogia foi se institucionalizar como campo de
conhecimento científico e profissional e a formação passou a ocorrer nas Universidades
33
em cursos superiores que cuidam dos assuntos relacionados à educação por excelência,
tratando-se, portanto, de uma Licenciatura.
As características do PEA
As características do ensino são as diversas categorias que devem ser aprendidas para que
os indivíduos possam ter um desenvolvimento íntegro e harmonioso da sua personalidade.
Ensino centrado no aluno significa então que o objectivo do professor não é meramente
expor uma matéria, mas sim ajudar alguém a aprender algo. Quaisquer que sejam as
virtudes de uma exposição lógica, ela falha como ensino, se não tiver esse resultado, o
de ajudar alguém a aprender algo.
O carácter social;
O carácter educativo;
O carácter instrucional;
O desenvolvimento da personalidade;
O carácter dialéctico;
O carácter sistemático e planificado;
O ser regido por leis que se exprimem em regularidades.
34
O significado de cada uma das características do PEA
Características do Descrição
Ensino
35
O carácter social do PEA
Este processo deve seguir os paradigmas da pedagogia actual que defende o ensino
centrado no aluno e sensível ao género.
A sociologia compreende que toda sociedade é formada por indivíduos que possuem uma
gama enorme de “ferramentas” (linguagens, normas, valores etc) que são utilizadas em seus
esforços diários em seus diferentes meios e contextos sociais. Essas ferramentas
36
servem para que o indivíduo consiga se guiar e navegar pelo mar de informações e
significados diferentes com os quais entra em contato a todo momento.
Não apenas isso! Ainda sabemos como nos portar, quais palavras utilizar em um momento
ou em outro, qual camisa posso usar no trabalho e qual uso em casa, se devo parar na faixa
de pedestre ou se ainda posso jogar lixo no chão. Sabemos, como dizemos por aí, que
“ninguém nasce sabendo”, então de onde tiramos todas essas habilidades?
Às vezes nos referimos à instrução e educação como sinônimos, más não são. Educação
é o desenvolvimento de sentimentos, convicções, vontade, caráter, em geral, consciência de
valores e solidariedade. Um analfabeto pode educar, mas não instruir. Da mesma forma, um
indivíduo altamente educado pode não ser educado ou ser capaz de educar.
Além disso, a educação é um processo totalmente transversal que nos torna livres para
decidir com os critérios, valores e particularidades de cada um.
objeto de estudo de uma determinada ciência, que como é lógico se expressa com uma
simples palavra, ou uma perífrase. Por exemplo, o termo aula é uma categoria dentro da
terminologia didática, porém não é o objeto de estudo da Ciência Didática. E o objeto de
estudo? O que é o objeto de estudo de qualquer ciência? Pois, dentro do seleto número de
37
categorias de uma ciência em particular sempre tem aquela categoria que abrange as
demais categorias. Essa mega-categoria que contêm dentro si as demais categorias
gerais é o objeto de estudo dessa ciência.
Para concluir com este item introdutório, e facilitar o entendimento do resto do trabalho,
seria de cardinal importância explicitar que toda essa análise é válida só para a ciência
em questão. Aqui mesmo nós referimos às palavras: palavra, termo, categoria e objeto
de estudo como esclarecimento e não como definições lingüísticas de cada uma delas. A
possível é que o mesmo objeto de estudo seja objeto de estudo de outra ciência. No caso
específico, nesta obra, se abordará o objeto de estudo da Didática, que é o ensino, e este
é sem dúvidas um importante termo dentro da Pedagogia.
Segundo VYGOTSKY a relação educador x educando não deve ser uma relação de
imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve
ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de
conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um
indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o
aluno já sabe, sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.
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Assim, Vygotsky conceituou o desenvolvimento intelectual de cada pessoa em dois
níveis: um real e um potencial. O real é aquele já adquirido ou formado, que determina
o que a criança já é capaz de fazer por si própria, porque já tem um conhecimento
consolidado. Por exemplo, se domina a adição esse é um nível de desenvolvimento. O
potencial é quando a criança ainda não aprendeu tal assunto, mas está próximo de
aprender, e isso se dará principalmente com a ajuda de outras pessoas. Por exemplo,
quando ele já sabe somar, está bem próximo de fazer uma multiplicação simples,
precisa apenas de um "empurrão".
Vai ser na distância desses dois níveis que estará um dos principais conceitos de
Vygotsky: as zonas de desenvolvimento proximal, que é definido por ele como:
Esse conceito abre uma nova perspectiva a prática pedagógica colocando a busca do
conhecimento e não de respostas corretas. Ao educador, restitui seu papel fundamental na
aprendizagem, afinal, para o aluno construir novos conhecimentos precisa-se de alguém que
os ajude, eles não o farão sozinhos. Assim, cabe ao professor ver seus alunos
sob outra perspectiva, bem como o trabalho conjunto entre colegas, que favorece
também a ação do outro na ZDP (zona de desenvolvimento proximal). Vygotsky
acreditava que a noção de ZDP já se fazia presente no bom senso do professor quando
este elaborava suas aulas.
ideia. Para eles é através do diálogo do professor com o aluno que a ZDP se desenvolve na
sala de aula. Com um esquema I-R-F (iniciação – resposta – feedback), que o professor
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"dando pistas" para o aluno iniciava o processo, assim o aluno teria uma resposta e o
professor dava o feedback a essa resposta.
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da educação, não hácriatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na
invenção, nareinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens
A partir dos anos 80 do século XX, esse quadro começa a tecer movimentos em relação
aoutras concepções de leitura e de escrita. Um dos marcos epistemológicos para essa
mudança foramos estudos sobre a Psicogênese da Língua
Desenvolver espaços educacionais capazes de ensinar a todos os alunos requer uma revisão
do trabalho escolar. A exposição oral não tem lugar, onde o objetivo é ensinar a turma toda
alcançando as diferenças. Atividades abertas, diversificadas, que possam ser abordadas por
diferentes níveis de compreensão e de desempenho são as mais adequadas.
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Para atender a necessidade de diversificação das situações de aprendizagem, é necessário ao
professor uma compreensão dos tipos de inteligências existentes no ser humano, dos
processos associados ao ato de aprender e de uma prática didática capaz de facilitá-los.
O autor sugere a prática do ensino adaptador, onde algumas ações educativas na sala de
aula tornarão minimizadas as diferenças.
Um currículo que respeite os conhecimentos prévios dos alunos, uma didática que
alcancem a diversidade de inteligências presentes em sala de aula, o respeito pela
diversidade cultural e a visão de que o aluno tanto aprende como ensina, são
ingredientes indispensáveis para o sucesso escolar.
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Conclusão
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Bibliografia
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2 ed. rev. atual. São Paulo.
Moderna, 1993
COMENIUS, João Amos. Didática Magna [1657]. 3. Ed. Tradução de Ivone Castilho
Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
LIBANEO, J. Didáctica; Cortez editora; SP, 1992 Pedagogia e Pedagogos para quê?
Cortez Editora, 8ª edição, SP, 2005.
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SCHMITZ, Egídio Francisco. Fundamentos da Didáctica, São Leopold, RS:
Ed.UNISINOS, 199113. UNESCO. Carta escolar y microplanificação de la educacion;
Division de políticas y planeamento de la educacion; IIPE; Paris, 1985
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