Atividade Refexiva - II Unidade

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Nome: Eduardo Toledo Ortigosa

RGM: 20401329

Todo ser humano é por natureza um comunicador. Por isso, comunicar-se se


torna algo essencial no dia-a-dia de qualquer pessoa. Como diz Sim-Sim (1998, p. 22)
“A comunicação faz parte da nossa condição de seres sociais”. Por mais que tentemos
não podemos deixar de comunicar: ação ou imobilidade, palavras, gestos ou silêncio
todos contêm uma mensagem que é percebida pelos pares a que pertencemos”.
A primeira habilidade que desenvolvemos é a escuta. Ainda na fase
intrauterino começamos a ouvir e conhecer a fala de nossa mãe. Sabemos que a audição
desempenha um papel preponderante nesse processo da comunicação. Comunicar-se
satisfaz a necessidade básica de qualquer pessoa. O nosso dia-a-dia é profundamente
afetado pelas diferentes formas de comunicação.
Sabe-se que a criança quando chega à escola já domina aquilo que é o mais
básico da linguagem, de acordo com a variante linguística em que está inserida a família
e a região onde mora. Normalmente essa criança é influenciada por seu grupo, quando
começa a falar e escrever e muito provavelmente irá escrever como fala.
Neves (1997, p. 45) afirma que:
[...] a aquisição da linguagem se desenvolve na interação
comunicativa entre a criança e seu ambiente; aos fatores genéticos se
atribuem apenas aqueles princípios subjacentes que não podem
explicar-se por essa interação.
POSSENTI (2000, p. 15) nos diz que: [...] a mesma língua pode servir a mais
de uma ideologia, a mais de uma função.
Sabe-se também, que as formas populares de comunicação são discriminadas
socialmente e que os alunos chegam à escola dominando apenas a forma linguística de
uso doméstico. Portanto, cabe a escola valorizar e respeitar a sua fala, enfatizando a
necessidade de aprender o dialeto padrão, para que ele possa ser usado sempre que
necessário.
Entendemos que há várias maneiras de se falar uma mesma língua, porém não
se deve atribuir valores de certo ou errado, o que muitas vezes é imposto pela escola
Bagno (1999) em seu livro Preconceito linguístico – o que é como se faz, diz que o
preconceito linguístico é comum em nossa sociedade, ele é um sério problema social.
Invariavelmente, durante o ensino da língua materna, essas diferenças são desprezadas e
muitas vezes ainda consideradas como sendo um “desvio” linguístico.
Porém, um país com dimensões continentais e com tamanha diversidade
cultural, é acometido também por diferenças marcantes que vão desde as diferentes
classes sociais até àquelas ligadas às relações étnico-raciais. Portanto, seria impossível
que não existissem variações que acompanhassem essa evolução da sociedade e,
sobretudo, da língua, e daí o surgimento das mais diversas variedades linguísticas.
Bagno (2008, p.63) em seu livro A Língua de Eulalia: Novela Sociolinguística,
argumenta que falar diferente não é falar errado é o que pode parecer erro no português
não-padrão. Reconhecer o valor que todas as falas têm é essencial, e fazendo isso,
também se está valorizando quem fala, o que é mais importante ainda.
Como é dito por Camacho (2012, p. 78).
[...] variações de linguagem não devem passar por um crivo
valorativo, já que não são mais que formas alternativas que o sistema
linguístico põe à disposição do falante. Nesse caso, é outra a tarefa
fundamental da pedagogia da língua materna: [...] cumpre-lhe, [...]
despertar a consciência do aluno para a adequação das formas às
circunstâncias do processo de comunicação.
Entende-se que há um problema disseminado entre a nossa sociedade que é o
preconceito às diferentes falas dialetais, e que a escola, como parte do objetivo
educacional, deve enfrentar esse preconceito, para que não haja uma mutilação cultural
que desvalorize a regionalização, tratando-a como se fosse formada por pessoas
incapazes de aprender.
Necessário se faz compreender que a questão não é corrigir a forma, mas
adequá-la às circunstâncias de uso, ou seja, de utilização eficaz da linguagem: falar bem
é falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido.

Bibliografia:
BAGNO, M. A língua de Eulália. 17. Ed. São Paulo: Contexto, 2011 file:///C:/Users/Gui
%20Ortigosa/Desktop/251-951-1-PB.pdf
BAGNO, M. Ed. Loyola, 1999; em 15ª ed.
https://professorjailton.com.br/novo/biblioteca/preconceito_linguistico_marcos_bagno.pdf

CAMACHO, Roberto Gomes. Sociolinguística. In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Ana Christina.
Introdução à linguística: domínios e fronteiras. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2012.

NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática funcional. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1997.

POSSENTI, S., 2000, p.15, POR QUE (NÃO) ENSINAR GRAMÁTICA NA ESCOLA, Mercado de
Letras : Associação de Leitura do Brasil, 1996. (Coleção Leituras no Brasil)

SIM-SIM, I. 1998, p.22, Desenvolvimento da linguagem. Lisboa. Ed. Universidade Aberta


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Título do curso: PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA PORTUGUESA - 20h_Turma_01_022020
Código do curso: CVCS_EAD_887764
Título do material do curso: CLIQUE AQUI PARA ENTREGAR A ATIVIDADE REFLEXIVA- UNIDADE
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