Apostila Voluntario 2º Semestre

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1 United Way Brasil

Sumário
Autoria

Mentoria Student United Way Brasil


Material desenvolvido pelos Voluntários da PwC –
Sorocaba em 2012, pelo Rafael Volpe e comitê.
Líder Voluntário: Rafael Volpe
Apoio: PwC

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Sumário
Mensagem de boas-vindas

Apresentação do Student United Way

Projetos já realizados

Dicas para usar em sala de aula

Procedimentos padrão

Módulo I - Ser a mudança

Módulo II - Brainstorming

Módulo III - Gestão de risco e comunicação interna

Módulo IV - Definindo os limites do projeto

Módulo V - Desenvolvimento do serviço

Módulo VI - Orçamento e “plano B”

Módulo VII - ComunicaçãoMódulo VIII - Revisão

Módulo IX - Projeto em prática

Módulo X - Reencontro

Módulo XI - Formatura

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Mensagem de boas vindas
Mensagem de boas-vidas

Olá!

Seja bem-vindo ao movimento Viva Unido, uma rede que conecta


pessoas visando um propósito em comum: contribuir para a qualidade
de vida de crianças e jovens por meio da educação.

Este é um movimento promovido pela United Way Brasil, que faz parte
de uma rede global de United Ways que está presente em 47 países e é
considerada a maior de filantropia do mundo. No Brasil, a United Way
está presente desde 2001, é uma organização sem fins lucrativos que
tem a missão de mobilizar empresas, ONG´s, instituições de ensino,
governo e sociedade em prol da Primeira Infância e Juventude através
da educação.

Entre os eixos de atuação da United Way Brasil, estão as ‘Mentorias’,


um projeto de educação direcionado aos jovens que envolve a
participação atuante dos funcionários de empresas parceiras da
instituição. Com o treinamento e apoio da United Way Brasil, eles são
preparados para dar aulas como voluntários de forma a contribuir para
a formação dos jovens.

As ‘Mentorias’ foram desenvolvidas em 2003 por uma iniciativa


de profissionais que queriam compartilhar seus conhecimentos e
colocar suas habilidades à disposição da juventude. Em 10 anos,
aproximadamente 30 empresas, a maioria localizada em São Paulo e
Rio de Janeiro, desenvolveram ‘Mentorias’ junto aos seus funcionários.
Atualmente, as ‘Mentorias’ estão divididas em áreas de finanças,
contabilidade, departamento pessoal e empreendedorismo social.

Com o passar dos anos, comprovamos que o projeto de ‘Mentorias’


beneficia todos os envolvidos. Os voluntários têm a oportunidade de
desenvolver novas competências e aprimorar sua atuação profissional e
os jovens adquirem um conhecimento que se torna diferencial à frente
da competitividade, o que facilita a sua inserção no mundo do trabalho.

Nessa jornada, conte sempre com a equipe da United Way Brasil!


Temos a certeza que sua vivência, somadas à sua dedicação e
compromisso, fará você desfrutar de incontáveis experiências
memoráveis e benefícios múltiplos.

Um grande abraço,

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Apresentação Student United Way Brasil
Apresentação - Student United Way Brasil
A pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM)1 de 2008 revelou
que os jovens brasileiros estão entre os que mais empreendem Do total
de jovens entre 18 e 24 anos no Brasil, 15% empreendem, o equivalente
a 3,82 milhões de pessoas, e esse número vem crescendo. Os jovens
têm procurado alternativas de trabalho e de geração de renda alinhadas
à visão dos negócios sustentáveis, que têm um olhar integrado entre o
econômico, o social e o ambiental.

O Student Way vem como mais uma ferramenta para essa demanda
juvenil, como forma de trabalhar o protagonismo dos jovens e a geração
de renda, por meio de um apoio metodológico para o desenvolvimento
de um plano de negócios.

Objetivo
Despertar o espírito empreendedor em cada jovem para que desenvolva
intervenções sociais na sua comunidade e aprimore habilidades e
capacidade de liderança na própria vida, o que levará a uma inserção
mais qualificada no mundo do trabalho.

Descrição Student Way


O Student Way é um programa da UWW nos Estados Unidos que mobiliza
universitários para o desenvolvimento de projetos de transformação
social. No Brasil, a metodologia foi trazida pelo líder voluntário Rafael
Volpe e adaptada por voluntários da PwC de Sorocaba - Brasil para uma
realidade mais juvenil e para ser aplicada por jovens de escolas públicas
do Ensino Médio.

O projeto foi desenvolvido para 13 encontros monitorados por


voluntários (mentores), totalizando 3 horas/aula por encontro, das 9h às
12h, e um coffee break de 30 minutos após 1h30 de aula.

1 Metodologia - A pesquisa GEM é executada há nove anos no País e mede as taxas de empreendedorismo
mundiais, reunindo dados estatísticos de 43 países. O estudo é referência internacional. Seus conteúdos contribuem para o
desenvolvimento de ações em benefício dos empreendedores no mundo inteiro. Para avaliar o nível da atividade empreende-
dora de cada país, entrevistam-se membros da população adulta (18 a 64 anos de idade), selecionados por meio de amostra
probabilística de cada país participante. Os empreendedores identificados são classificados conforme seu estágio empre-
sarial, sua motivação para empreender e suas características demográficas. Em 2008, foram entrevistadas 2.000 pessoas no
Brasil e 124.721 pessoas no mundo.

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Projetos já realizados
Projetos já realizados

Muitos jovens já foram desafiados a se tornarem empreendedores


sociais. Seguem alguns projetos desenvolvidos por eles:

- PwC_Sorocaba/2011: arrecadação de 100 kg de alimentos, material


de higiene, de limpeza e fraldas para a casa Aliança da Misericórdia.

- 3M_Itapetininga/2012: “Bairro Limpo”: Houve uma conscientização


do bairro Villa Nova, através de cartazes, idas as casas dos moradores
para entrega de saco de lixo com uma breve conversa e palestras nas
escolas do bairro para crianças até dez anos, com estas atividades os
jovens alcançaram um grande número de moradores. A limpeza do
bairro foi feita em parceria com uma cooperativa de coleta de lixo. Esse
projeto foi replicado pela Prefeitura de Itapetininga em outros bairros.

3M _ Ribeirão Preto/ 2013: Os jovens optaram pelo tema Meio


Ambiente e decidiram participar de campanha da cidade sobre plantio
de mudas, entraram em contato com a Prefeitura e ajudaram no
mutirão do plantio, durante três dias eles passaram em diversas casas
e conseguiram plantar 130 mudas, para complementar ainda mais a
ação apresentaram um teatro para crianças de 03 a 05 anos na Escola
Emei Hilda Mandarino, abordados temas referentes ao projeto.

PwC _ Rio de Janeiro/ 2013: Os jovens do Luta pela Paz vivem em


situação de conflito diário o que influenciou bastante a escolha
do projeto denominado “Cara Nova”, eles identificaram 20 muros
estratégicos da comunidade pintaram e grafitaram com cores bem
vibrantes e frases de estímulo para os moradores, o projeto tornou o
local mais bonito e agradável.

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Projetos já realizados
Monsanto_ São Paulo/2013: Os jovens decidiram aproveitar
um terreno verde para trabalhar o conceito de lazer e meio
ambiente, plantaram uma horta e um jardim dentro de uma escola
pública utilizando materiais recicláveis, e durante o plantio, para
conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar do meio
ambiente e como cuidar de maneira correta, um palestrante/
voluntário agrônomo esteve presente para ensinar os jovens e
professores da escola o manuseio correto.

Bombardier_Hortolândia/2013: O Projeto desenvolvido foi a


revitalização de um canto de leitura inativo em uma instituição, os
jovens decidiram proporcionar um espaço mais agradável para leitura,
portanto arrecadaram livros e catalogaram, pintaram o ambiente,
arrumaram bancos e almofadas para deixar o local mais bonito.

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Dicas para usar em aula
Dicas para usar em aula

Todos os apresentadores, mesmo aqueles com muita


experiência, ficam nervosos. Algumas maneiras de diminuir
o nervosismo são as seguintes:

• Assegure-se de que conhece o tema.


• Converse com os participantes antes do início da
apresentação, isso o ajudará a ficar mais tranquilo.
• Certifique-se de que a disposição da sala se ajusta às
• suas necessidades; evite que o ambiente físico aumente
a sua ansiedade.
• Controle sua ansiedade trabalhando-a em ações , por
exemplo, o seu andar. Faça exercícios respiratórios antes da
sua apresentação e mantenha sempre a postura em sala.
• Evite revisar suas anotações de última hora.

Distrações verbais
• Ritmo verbal - muitas vezes demonstramos nosso
nervosismo ao falar rapidamente. Vá com calma!
• Pausas - não tenha medo de fazer pausas. Dê tempo aos
participantes para que reflitam e absorvam as informações.
As pausas só distraem se forem longas demais.
• Entonação - assegure-se de que os participantes podem
ouvi-lo em qualquer lugar da sala.
• Monotonia - demonstre entusiasmo! Destaque os pontos
importantes com a sua expressão. Utilize um tom coloquial.

Distrações visuais
• Andar demasiadamente e oscilar ora sobre um pé,
ora sobre o outro. Apoie-se firmemente sobre seus pés,
em frente à plateia. Ande um pouco, mas mantenha o
contato visual com os participantes. Evite parecer um “leão
enjaulado”.

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Dicas para usar em aula
• Falta de contato visual - não se deve olhar para o teto ou para o chão,
evitando o olhar dos participantes. Olhe-os e dirija as suas palavras para
eles. Procure uma posição na sala que lhe permita visualizar a todos.
• Gestual inadequado - nunca sabemos o que fazer com as nossas mãos
quando estamos tensos. Não tema gesticular. Você pode segurar uma
caneta, por exemplo, mas cuidado para não fazer ruídos com ela.
• Outras distrações visuais - fazer barulho com chaves, moedas que
estão no bolso, etc.

Uso do humor
• Se para você o humor é algo natural, utilize-o; caso contrário, nem
tente! Jamais utilize humor preconceituoso ou que possa ofender alguém
do grupo.

Anotações
• Use-as sempre que precisar, desde que elas não se convertam em
“muletas”. Você pode mantê-las à mão ou sobre uma mesa próxima do
lugar onde estiver.

Seja natural
• Seja você mesmo; expresse a sua personalidade. Não queira “fazer
de conta” que é um tipo de apresentador e que, de fato, não é. Confie na
sua maneira de ser!

Supervisão do trabalho dos grupos


• Depois de dar as instruções, mantenha contato visual, ofereça
respaldo e permaneça de pé na frente da sala até que os participantes
comecem a trabalhar para assegurar-se de que não haverá confusão.
• Interrompa os grupos e dê instruções pela segunda vez, se for
necessário (somente se a maioria estiver confusa). Se apenas um grupo
estiver confuso, revise as instruções com eles em voz baixa.
• Permaneça na sala, os participantes não trabalham tão bem quando
se sentem ignorados.
• Esteja atento às mudanças no volume das vozes: indicam desvios de
discussão de conteúdo e você deve identificar o que ocorreu. Observe se
as palavras usadas nos grupos estão relacionadas com a tarefa e atente-
se à linguagem corporal.
• Quando a maioria dos grupos concluir a atividade, indique com uma
advertência: “Vocês têm apenas mais alguns minutos “.

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Dicas para usar em aula
Habilidades interpessoais para conduzir
um debate
A condução do debate exige cinco habilidades básicas:
• escutar;
• formular perguntas;
• demonstrar compreensão;
• resumir;
• lidar com as perguntas do grupo.

Escutar
Escutar, efetivamente, é uma questão de concentração. As
respostas dos participantes devem receber 100% de atenção.
Para isso, seguem algumas recomendações:
• Olhar a pessoa (manter contato visual).
• Manter uma postura alerta.
• Deixar que a outra pessoa conclua seu pensamento.
• Dar feedback não verbal (fazer anotações).

Formular perguntas
• Fazer perguntas facilita o debate e estimula a participação.
• O que perguntar? As perguntas devem ter como base a
tarefa e a compreensão que você tem das aprendizagens
adicionais resultantes do debate.
• A habilidade do instrutor para fazer perguntas terá um
efeito direto sobre a aprendizagem dos participantes.
Perguntas adequadas estimularão o aprofundamento, a
exploração e o raciocínio deles. Também indicarão, para o
instrutor, compreensão ou confusão. Com esse objetivo, as
perguntas devem ser:

• abertas;
• estimulantes ao raciocínio;
• desafiantes;
• não repetitivas.

Exemplos:
“Qual foi a parte mais desafiante da tarefa?”
“Como o seu grupo enfocou o problema?”
“Diga por que você acha que essa técnica é
importante?”

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Dicas para usar em aula
• As perguntas devem ser abertas (o que, como ou qual) tanto na
intenção como na forma.

Por exemplo: “Você pode pensar em algumas das qualidades de um bom


instrutor?” É aberta na intenção, mas, como pode ser respondida por sim
ou não, é fechada na forma. Para fazê-las de forma aberta, poderíamos
dizer: “Quais são algumas das qualidades de um bom instrutor?”
• Cuidado com o uso do “por que”. “Por que” funciona bem quando
se pedem razões que não têm a ver com uma decisão pessoal. De outro
modo, tem uma conotação acusadora/punitiva. É preferível usar “Quais
são as razões...?”.
• Evitar perguntas que requeiram simplesmente a recordação de fatos.
• Dar tempo para a reflexão. Manter o silêncio.

Demonstrar compreensão
• Demonstrar compreensão abrange as ações que o instrutor faz para
que os participantes saibam que ele está escutando e entendendo o que
é dito. O instrutor dispõe de quatro meios de demonstrar compreensão:
• Reconhecimento não verbal e verbal sem conteúdo (“hum”, “claro”,
“sim”, ‘’e “etc.”.) das contribuições dos participantes.
• Paráfrase do que foi dito pelo participante.
• Ampliação ou acréscimo de informação conceitual ao que foi dito pelo
participante.
• Resumo das informações do debate.

Reconhecimento não verbal


Aceno de cabeça para expressar concordância com o comentário do
participante. Cuidado com a autenticidade: é inadequado se você
não está escutando. Só funcionará quando você estiver sendo sincero
e comprometido com o que a pessoa estiver dizendo (cognitiva e
emocionalmente).

Paráfrase
É o processo de reformular os comentários ou as respostas. A paráfrase
é uma habilidade muito importante. Demonstra que você compreende e
estimula o participante a estender-se mais, sabendo que ele é ouvido e
compreendido.

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Dicas para usar em aula
Ampliação
É o processo de complementar e desenvolver um assunto a partir da
resposta ou do comentário de um participante. O propósito é ampliar
ou aprofundar o comentário do participante. Se o que foi acrescentado
estiver ligado à afirmação do participante, significa que o tópico foi
compreendido e enriquecido.

Resumir
Depois de coletar informações, conceitos e ideias dos grupos, você
deve fazer um resumo para dar um fecho adequado e significativo.
Para isso, é essencial estar consciente da aprendizagem que o
exercício pretende conseguir.
• Muitas vezes você pode ter em mente uma resposta “modelo” ou
sugerida. É claro que você deve apresentá-la à classe, mas não deixe
de incluir todas as respostas dadas pelos subgrupos. Se deixar de
lado as contribuições dos grupos, desvalorizará seus esforços, com
a consequente perda de motivação e falta de interesse em futuras
participações. Muitas vezes, acaba sendo mais proveitoso acrescentar
suas contribuições às informações coletadas pelos grupos.
• Quando resumir certifique-se de estimular a continuação da
aprendizagem no trabalho ou, se for o caso, na fase seguinte. Confira
para ter certeza de que os participantes sentem que foram alcançados
seus objetivos de aprendizagem.
• Por último, trate da questão da autenticidade; enfatize que, ao
fazer uma paráfrase ou ao demonstrar compreensão por meio de
sinais não verbais, deve-se ser autêntico, sem usar truques nem ser
manipulativo.
• Lidar com as perguntas do grupo. Quem não tem muita experiência
como instrutor às vezes fica tentado a responder perguntas que não
deveria. Sem dizê-lo abertamente, pode dar a impressão de que é (ou
se acredita) exímio no assunto.
• Uma pergunta que solicita informação factual. Responda se
souber a resposta. O instrutor também tem a opção de dar a outro
participante a oportunidade de responder. Não tenha medo de
reconhecer que não sabe e que responderá depois, mas, se fizer isso,
cumpra a promessa!
Uma pergunta impertinente. Não responda com seriedade, ou você
fará papel de bobo.

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Procedimentos padrão

Procedimentos padrão
A seguir são pontuados procedimentos que deverão ser cumpridos
pelos voluntários em todos os módulos:

• Inicie a aula se apresentando, além do nome diga com o que trabalha e o que mais gosta de
fazer. A intenção é fazer com que os jovens conheçam um pouco dos voluntários.
• Faça a chamada, e aproveite esse momento para conhecer os jovens.
• Certifique-se de que o café da manhã foi entregue e se há copos e guardanapos para todos os
jovens. O intervalo deverá ter duração máxima de 20 minutos.
• Mantenha o local sempre limpo.
• No primeiro encontro serão estipuladas regras de comprometimento com os jovens, estas serão
repassadas para que todos os voluntários tomem ciência e utilizem-nas nos próximos encontros.
• É importante levar a máquina fotográfica em seu módulo para registrar o momento. Faça a
solicitação prévia à área de Comunicação/ Responsabilidade Social.
• No fim de cada módulo há uma lição de casa, reforce aos jovens a importância de cumprir esse
dever, pois eles serão o link para uma continuidade dos módulos. Para auxiliar no dever de casa,
é interessante que o voluntário leia o módulo seguinte ao seu, assim ele conseguirá direcionar
melhor os jovens na lição.
• No fim de cada módulo o voluntário deverá anotar o andamento daquele ministrado, para que
outros voluntários tenham acesso.
• Todos os materiais utilizados para desenvolver os módulos deverão ser guardados, assim
teremos todo o registro do passo a passo do projeto.
• É fundamental que o conteúdo estipulado por cada módulo seja 100% transmitido aos jovens.
Se um módulo é concretizado e os pontos devidamente concluídos, o conteúdo do seguinte será
transmitido sem problemas. Caso contrário, os módulos não conseguirão ter uma boa sequência e
isso irá prejudicar o andamento do projeto.
• A apostila está dividida em módulos, e a primeira parte de cada um tem a seguinte divisão:
Objetivo, Execução, Dicas e Checklist. As dicas são ideias que poderão ser agregadas à aula, mas não
devem ser obrigatoriamente cumpridas e podem ser alteradas pelos voluntários. A segunda parte é o
conteúdo que deverá ser transmitido aos alunos, e o texto é idêntico à apostila dos alunos.

Lembretes:
• O objetivo do voluntário no projeto é estimular, instigar o jovem a pensar. Em hipótese alguma o
jovem deve ser “podado” de suas ideias.
• Os voluntários poderão participar de todos os módulos, mas haverá sempre uma dupla/trio
responsável por cada módulo.
• A participação em outros módulos pode ajudar a ter uma melhor visão do projeto e participação
mais ativa na vida dos jovens.
• O jovem precisa de limites. Então, mantenha uma postura firme em sala de aula.
• A maneira como será ensinado o conteúdo é livre, o voluntário pode usar o método que achar
melhor desde que todo o conteúdo da apostila seja transmitido.

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Módulo I - Ser a Mudança
Módulo I - Ser a Mudança

Objetivo:
Na primeira parte da aula, a intenção é resgatar a motivação nos jovens, relembrá-los
da importância de dar um primeiro passo na realização de seus sonhos e, no segundo
momento, serão abordados os problemas ambientais existentes. Os jovens devem
iniciar uma visão do macro (mundo) para o micro (comunidade em que vivem), ou seja,
descobrir os problemas mundiais que existem para poderem observar de maneira mais
crítica os problemas ambientais da cidade onde moram. Importante ressaltar que os
jovens devem pensar em soluções que desenvolvam a comunidade, transformando os
moradores desta comunidade em cidadãos.

Execução:
1. Exiba o vídeo “Árvore da Índia”. Ele foi exibido quando o projeto
foi apresentado aos jovens, e essa repetição é proposital, por meio
dela os jovens deverão lembrar aquilo que foi dito na apresentação e
recordar o sentimento daquele primeiro encontro.

Para auxiliar nesse resgate pergunte aos jovens o que os trouxe de


volta a esse segundo encontro, se eles recordam de algo que foi dito
ou feito na apresentação inicial.

Enfatize a importância em se doar, dar o primeiro passo, de ajudar.


“Fazer o bem sem olhar a quem”

Mostre que ter uma conduta diferente à dos outros não é motivo
de vergonha, quando você entende que essa conduta é a correta
(exemplo: todos os vizinhos jogam lixo na rua, e a desculpa usada é
que se o vizinho dacasa ao lado joga, então o outro também jogará.
Se, por uma razão consciente, o jovem resolver deixar de jogar o lixo
na rua, deverá fazê-lo sem medo do que os outros vão pensar).

1. Leia o texto “História do Mundo”. .O ideal é que o voluntário leia o


texto antes de ministrar a aula e conte para os jovens a história. Evitar
a leitura de todo o texto é uma boa maneira de deixar a aula mais leve.
2. Não peça para os jovens, pois isso não será benéfico para a
interpretação após a leitura. Pontos para analisar com os jovens:

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Módulo I - Ser a Mudança
• Força de vontade do Chris.
• O sapato o motivou a querer ser alguém melhor; o que motiva esses
jovens a querer ser alguém melhor? (eles podem usar a apostila para
rabiscar).
• Ele estudou e respeitou os estudos.
• A ajuda da Hilde Back em dar uma contribuição mensal sem querer
nada em troca; a importância de ajudar e ser ajudado, sem esperar
retorno.
• Chris foi conhecer os problemas do Terceiro Mundo, mas no final
acabou ajudando o mundo em que ele nasceu, uma cidade no Quênia.
Qual parte do mundo você (jovem) quer ajudar?
• Cabe uma observação: como você exige o respeito, a paz e o amor
se não os cultiva dentro de sua casa? Como você fica bravo com
alguém que joga lixo no chão se você também joga? Mude primeiro
sua conduta, assim aqueles que estão ao seu lado mudarão com você.
• Após a reflexão, peça para os jovens escreverem sobre o que os
motiva, na apostila há um espaço depois do texto para eles utilizarem.

3. Faça um intervalo (20 minutos no máximo).


4. Começar a falar dos problemas sociais. Faça os jovens participarem
desse momento! Enfatize a importância de pensar em uma solução
sustentável, na qual o projeto desenvolva a comunidade de forma que
as pessoas consigam “andar sozinhas” sem criar uma dependência,
como acontece em projetos que só focam em doações.
5. Encerrando a aula, explicar para os alunos a lição de casa e lembrá-
los de sempre levar a apostila em todas as aulas.
A lição de casa será importantíssima para o próximo módulo, os jovens
devem ter um olhar crítico perante a sociedade em que vivem e depois
de analisar a sua volta terão que fazer uma lista sobre tudo aquilo que
eles acreditam que precisa ser transformado.

Enfatizar que será de extrema importância essa lição para a próxima


aula, pois será um material chave para a continuidade do projeto.

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Módulo I - Ser a Mudança
Dicas

• Antes de iniciar a aula pode ser feito um “quebra-gelo”,


convide todos os voluntários para participar, peça para cada
um se apresentar dizendo o nome e o módulo que dará a
aula e em seguida peça para os jovens se apresentarem
(nome, idade e o que mais gosta de fazer). Leve uma bola,
assim a única pessoa que poderá falar no momento é quem
está segurando a bola, e são os participantes de escolhem
que será a “próxima vítima”;

• Mostrat vídeo motivacional


• Dinâmica da Bala

Objetivo: Estimular o Trabalho em Equipe.


Materiais: Uma bandeja e balas de acordo com o nº de
participantes. As balas devem ser colocadas dentro da
bandeja.

Procedimento: forma-se um circulo, diga então aos


participantes: “vocês terão que chupar uma bala, só que
não poderão usar suas mãos para desembrulhar a bala e
colocar em sua própria boca”.Os participantes ficam loucos
pensando como fazer isso, é interessante colocar a bandeja
no chão. Alguns participantes até pegam a bala com a boca
e tentam desembrulhar na boca. Espera-se que eles se
ajudem, que um participante pegue a bala com as mãos, a
desembrulhe e coloque na boca do outro.

Final da dinâmica: refletir junto com os jovens a importância


Checklist
de se ajudar, de trabalhar em grupo.
- Lista de chamada
- Bola
• Após a dinâmica é sugerido contar aos jovens a parábola
- Caneta/ lápis para os jovens e
sobre o céu e o inferno:
voluntários
- Papel sulfite
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Projetor para exibição do vídeo
- Bandeja
- Balas (uma bala por jovem)

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Módulo I - Ser a Mudança
Parábola sobre o céu e o inferno

“Conta-se que um poeta estava um dia passeando ao crepúsculo em uma floresta, quando
de repente surgiu diante dele uma aparição do maior dos poetas, Virgílio. Virgílio disse
ao apavorado poeta que o destino estava sorrindo para ele e que ele tinha sido escolhido
para conhecer os segredos do Céu e do Inferno. Por mágica Virgílio transportou-se ao
poeta, ainda apavorado com experiência tão súbita, ao velho e mítico rio que circundava
o submundo. Entraram em uma canoa e Virgílio instruiu o poeta para remar até o Inferno.
Quando chegaram, o poeta estava surpreso por encontrar um lugar semelhante à floresta
onde estavam, e não feito de fogo e enxofre nem infestado de demônios alados e criaturas
nojentas exalando fogo, como ele esperava.

Virgílio pegou o poeta pela mão e levou-o por uma trilha. Logo o poeta sentiu à medida
que se aproximavam de uma barreira de rochas e arbustos, o cheiro de um delicioso
ensopado. Junto com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons de lamentações e
ranger de dentes. Ao contornar as rochas, depararam-se com uma cena incomum. Havia
uma grande clareira com muitas mesas grandes e redondas. No meio de cada mesa havia
uma enorme panela contendo o ensopado cujo cheiro o poeta havia sentido, e cada mesa
estava cercada de pessoas definhadas e obviamente famintas. Cada pessoa segurava uma
colher com a qual tentava comer o ensopado. Devido ao tamanho da mesa, entretanto,
e por serem as colheres compridas de forma a alcançar a panela no centro, o cabo das
colheres era duas vezes mais comprido do que os braços das pessoas que as usavam. Isto
tornava impossível para qualquer uma daquelas pessoas famintas colocar a comida na
boca. Havia muita luta e imprecações enquanto cada pessoa tentava desesperadamente
pegar pelo menos uma gota do ensopado.

O poeta ficou muito abalado com a terrível cena, até que tampou os olhos e suplicou a Virgílio
que o tirasse dali. Em um momento eles estavam de volta à canoa e Virgílio mostrou ao poeta
como chegar até o Céu. Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao ver uma
cena que não correspondia às suas expectativas. Aquele lugar era quase exatamente igual
ao que eles tinham acabado de sair. Não havia grandes portões de pérolas nem bandos de
anjos a cantar. Novamente Virgílio conduziu-o por uma trilha onde um cheiro de comida
vinha de trás de uma barreira de rochas e arbustos. Desta vez, entretanto, eles ouviram
cantos e risadas quando se aproximaram. Ao contornarem a barreira, o poeta ficou muito
surpreso de encontrar um quadro idêntico ao que eles tinham acabado de deixar; grandes
mesas cercadas por pessoas com colheres de cabos desproporcionais e uma grande panela
de ensopado no centro de cada mesa. A única e essencial diferença entre aquele grupo de
pessoas e o que eles tinham acabado de deixar era que as pessoas neste grupo estavam
usando suas colheres para alimentar uns aos outros.”

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Módulo I - Ser a Mudança
Seja bem-vindo a esse novo universo,
o universo de fazer a diferenca!!

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Módulo I - Ser a Mudança
Histórias do Mundo

“Chris Mburu, 6 anos, era o caçula de sete filhos, criança esperta e curiosa com grandes
olhos amendoados que percebiam tudo de primeira. Apesar de risonho, esse menino
ativo, inquieto e cheio de energia, percebia como era precária a vida da família.

A cabana que habitavam ficava na aldeia de Mitahato, num terreno arrendado de mil
metros quadrados que mal era suficiente para uma horta e algumas galinhas e cabras.
No decorrer da infância, todos os filhos tinham trabalhado com a mãe numa fazenda,
colhendo café. Faziam 15 quilômetros para chegar lá e outros tantos para voltar. Um
dia de trabalho rendia dois xelins para a família. Mas apesar do esforço, a vida deles
afundava cada vez mais na pobreza, e o pai partiu para Mombaça na esperança de
arranjar emprego.

Nesse dia enquanto Chris e mãe levavam as hortaliças para a feira, Regina ouviu as
mulheres falando de uma nova pré-escola chamada Ndithiati. Fundada por europeus,
sua meta era atrair os alunos mais pobres dentre os pobres – e não se cobrava nada
por isso.

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Módulo I - Ser a Mudança
Se pobreza era o critério, a família Mburu atendia às especificações. Regina foi procurar
as autoridades da escola e apresentar o filho de 6 anos. Chris foi aceito.

Assim, durante um ano maravilhoso, Chris frequentou Ndithiati. ’Lá tínhamos arroz,
mingau e açúcar’, lembra ele, com um grande sorriso. A escola fornecia alimento não
apenas para o corpo mas também para sua mente ágil. Ele descobriu que adorava
aprender.

Mas, com o fim daquele ano, pareceu que sua educação acabaria também. A família
simplesmente não tinha dinheiro suficiente para pagar a pequena taxa cobrada para que
continuasse a estudar na escola primária subsidiada pelo governo.

Nada no mundo prepararia Chris para o que aconteceu depois. A mais de 7 mil
quilômetros dali, em Vasteras, uma professora primária chamada Hilde Back venceu a
distância e as diferenças que os separavam para alterar o rumo de sua vida.
Hilde Back abriu um envelope com um quadrado de selos coloridos no canto superior
direito. Vinha da aldeia de Mitahato, no Quênia, e continha uma carta apresentando
o menino com quem ela fizera parceria e cuja educação agora patrocinava. O nome

dele era Christopher Ndungu Mburu, e Hilde descobriu que fora um aluno inteligente e
talentoso da pré-escola Ndithiati. Agora, em 1973, estava na escola primária e, com a
ajuda financeira dela (cerca de nove euros por mês), ia extremamente bem.

Certo Natal, Hilde mandou a Chris um par de sapatos novos. Para ele, que, como a
maioria só andava descalço, os sapatos foram um milagre. Ele os calçou e correu de
alegria. ’Pouquíssimas crianças de minha escola usavam sapatos’, explica hoje, ’e as que
usavam eram de família rica. Fiquei tão empolgado que fui à escola com eles’
Na sala de aula, sua alegria e os sapatos novos e brilhantes chamaram a atenção. Com
desagrado, o professor o repreendeu:

20 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
’Você está orgulhoso demais. Fica por aí de sapatos quando
os outros não os têm. Onde sua família arranjou dinheiro para
sapatos se sua casa tem tantos buracos que dá para ver você na
cama dormindo?’

Na sociedade hierárquica da aldeia, os professores são


senhores. O menino se sentiu humilhado pelas palavras do
professor. Ficou com vontade de jogar fora os sapatos novos e se
esconder. Foi a mãe que insistiu para que ele não se curvasse. Os
sapatos eram dele. O professor estava errado.
Era preciso coragem para qualquer aluno, ainda mais pobre,
desafiar o professor. A expulsão era sempre o maior dos
temores. Mas Chris voltou à escola com sapatos e os usou com
orgulho na igreja todo domingo.

Os sapatos novos deram ao menino uma razão para se destacar na multidão e ser
forte. O patrocínio de Hilde Back na escola lhe dera a oportunidade de desenvolver a
inteligência natural e canalizar de forma útil sua considerável energia para os desafios
ainda maiores que o esperavam.

A coragem de continuar. Chris passou com louvor no exame para a escola secundária.
E, em 1980, com 14 anos, foi para o seminário católico Rainha dos Apóstolos, em
Nairóbi, só para rapazes. O patrocínio constante de Hilde Back pagava o alojamento e
a alimentação.

Em 1979, depois de uma década de patrocínio, Hilde e Chris perderam o contato. Chris
foi envolvido pelos acontecimentos tumultuados do Quênia. O governo democrático
desmoronava. Os quenianos instruídos, principais alvos do presidente Daniel Arap
Moi, clamaram contra a repressão do governo.
Chris entrou na Universidade de Nairóbi e se formou em Direito na turma de 1990,
com especialização em direitos humanos. Naquela época, os movimentos jovens
começavam a abalar regimes autoritários no mundo todo. No Quênia, naquele
período, era perigoso ser jovem, instruído e defensor de mudanças políticas.

Chris era tudo isso. Passou a fazer parte da The Nairobi Law Monthly, revista que
publicava artigos de advogados e ativistas. Logo a publicação ficou mundialmente
conhecida, enquanto enraivecia Moi e seu partido. Em 1991, a Associação Mundial
de Jornais concedeu à revista o cobiçado prêmio Gold Peno Freedom (Caneta
de Ouro da Liberdade). O prêmio seria entregue ao editor em Atenas, atraindo
atenção internacional.

21 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
As autoridades quenianas tomaram providências. O editor da Monthly
foi preso por perturbação da ordem e teve o passaporte confiscado.
Então Chris resolveu agir por conta própria. Em segredo, embarcou num
avião para Atenas e recebeu o prêmio em nome do editor. Quando voltou
ao Quênia, as autoridades estavam preparadas. Seu passaporte foi
confiscado e ele passou a ser seguido pela polícia em toda parte. Achou
que era apenas questão de tempo até até encontrar-se com seu colega
na prisão queniana.

Mas a presença solitária de Chris em Atenas lhe trouxe recompensas


inesperadas: o estudante de 25 anos estava sob refletores
internacionais. A Anistia Internacional e outras entidades de direitos
humanos intercederam a seu favor. Seu passaporte foi devolvido. E bem
a tempo, pois ele obtivera uma bolsa de Fulbrigth para estudar na escola
de Direito de Harvard. De repente, o mundo se abria para o menino de
aldeia do Quênia.

Diante do inimigo. Em 1993, Chris se formou em Harvard, com


especialização em direitos humanos. O faminto menino de aldeia
patrocinado por Hilde Back fora muito além dos sonhos da família. Ele
trabalhou em várias entidades de defesa dos direitos humanos e acabou
contratado pela ONU como negociador de paz, treinado para defender os
que não podiam se defender sozinhos.

Durante a década de 1990, Chris viajou pelo Terceiro Mundo, organizando


iniciativas de órgãos de auxílio em nome dos refugiados.
No outono de 2001 ele voltou ao Quênia para assumir um emprego
como pesquisador na região africana dos Grandes Lagos – e retornou a
Mitahato, a aldeia de infância.

Ao avançar pela multidão de crianças descalças que, cansadas,


seguiam as mães para colher café, ficou horrorizado ao ver como quase
nada mudara.

Nos rostos à sua volta, Chris viu as mesmas marcas de pobreza e


desamparo que vira em toda a África. Eram essas as condições que
permitiam que homens cruéis transformassem crianças em assassinos.
Mas como romper o ciclo de desespero? A resposta veio a Chris com
clareza absoluta. Ele faria pelas crianças o que o Fundo Ola fizera por ele:
mandá-las para a escola.

22 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
Chris Mburu

Com energia típica, Chris mergulhou nessa iniciativa. Por meio da


embaixada sueca em Nairóbi, entrou em contato com Hilde Back, sua
antiga benfeitora e começou uma nova correspondência, ela aprovou o
plano de fundar um programa de bolsas em sua homenagem chamado
Fundo de Educação Hilde Back. Isso ajudaria crianças inteligentes de
famílias quenianas pobres a frequentar a escola.

A ideia de Chris era criar uma geração de líderes imbuídos de respeito


pela vida humana. Ele usou as próprias economias e doações de
amigos e familiares como capital inicial. A cerimônia de inauguração
do fundo foi marcada para maio de 2003, em Mitahato – e Chris
insistiu para que Hilde comparecesse.

Em 16 de maio, Chris levou Hilde a Mitahato para apresentá-la à


sua mãe. Emocionado, observou as duas se abraçarem. No fim
da inauguração, Regina ajudou Hilde a vestir a tradicional roupa,
tornando-a uma anciã da tribo. E o fundo com seu nome começou um
novo ciclo de doações.

Em 2011, houve 165 bolsistas Hilde Back em escolas secundáriasno


Quênia. Este ano (2012), mais uns 200 meninos e meninas se uniram
a eles. Chris Mburu continua a trabalhar pela promoção dos direitos
humanos. Atualmente é assessor-chefe de Direitos Humanos das
Nações Unidas, em Ruanda.”
Revista Seleções. Agosto 2012. Página 126.

23 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
Pense em você e responda:

Qual é seu par de sapatos novos?


O que te motiva para continuar caminhando?

24 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
DESAFIOS MUNDIAIS
Quando olhamos para o mundo, identificamos diversos pontos que podem ser
melhorados. Muitas vezes, esses desafios parecem ser restritos a um local, enfrentados
somente pelas comunidades em que estamos inseridos. Porém, ampliando o olhar
para a esfera global, percebemos que essas questões atravessam divisas e fronteiras,
atingindo a humanidade como um todo. Após mais de três anos de discussão na ONU*,
os líderes de governo e de estado aprovaram e publicaram, por consenso, o documento
“Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”.

A Agenda é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade. Ela busca


fortalecer a paz universal com mais liberdade, e reconhece que a erradicação da pobreza
em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio
global ao desenvolvimento sustentável. Veja os 17 objetivos:

1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.


2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e
promover a agricultura sustentável.
3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as
idades.
4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover
oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento
para todos.
7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia
para todos.
8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e
sustentável e fomentar a inovação.
10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
*Agenda 2030 – ONU (https://nacoesunidas.org)

25 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e
sustentáveis.
12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e
seus impactos.
14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos
para o desenvolvimento sustentável.
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir
de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação
da terra e deter a perda de biodiversidade.
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável,
proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e
inclusivas em todos
os níveis.
17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o
desenvolvimento sustentável.

A ONU, ao analisar os problemas mundiais, separou-os em grupos. Essa


maneira de organizá-los facilita a compreensão e a identificação de caminhos para
alcançá-los.

Esse é o primeiro passo para começar a “mudar o mundo”: reconhecer o


lugar em que vivemos, como interagimos com ele, assim como com as pessoas e seres.
Quando conhecemos o meio em que estamos, dar o primeiro passo se torna algo mais
fácil, pois sabemos o que temos a fazer.

Um jeito interessante de analisar se as nossas atitudes estão contribuindo para o


atingimento dos 17 objetivos é observando o cotidiano.

É importantíssimo dar um passo de cada vez, não adianta mudar tudo ao mesmo tempo.
O ideal é que você trace um objetivo e, quando este for alcançado, comece você a traçar
o próximo.

Dessa maneira, seu foco será maior naquilo que está desenvolvendo e o
resultado será muito mais satisfatório.

Vale salientar que não basta apenas descobrir o que precisa ser mudado
a nossa volta, o como mudar é extremamente importante!

26 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
Lição de casa
Olhe para a sua comunidade e descubra se ela precisa de ajuda! Se a
resposta for sim, faça uma lista de todos os pontos que você entende
que precisam ser melhorados, observe aquilo que você gostaria de
fazer pelo lugar em que vive.

Prepare essa lista com todo o carinho e leve na próxima aula, pois,
com o grupo, vamos analisar todos os problemas levantados.

27 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
Livros sobre empreendedorismo
• Como Mudar o Mundo – Empreendedores Sociais e o Poder das
Novas Ideias.
Autor: David Bornstein. Editora Record, 2005.
• Um Mundo sem pobreza: A empresa social e o futuro do
capitalismo.
Autor: Muhammad Yunus. Editora Ática, 2008.
• Empreendimentos Sociais Sustentáveis - Como elaborar planos
de negócios para organizações sociais.
Autor: McKinsey&Company e Ashoka Empreendedores Sociais.
Editora Peirópolis, 2001.
• Negócios Sociais Sustentáveis: estratégias inovadoras para o
desenvolvimento social.
Autor: McKinsey&Company e Ashoka Empreendedores Sociais.
Editora Peirópolis, 2006.

Alguns sites sobre empreendedorismo


ASHOKA
A Ashoka é uma organização mundial, sem fins lucrativos,
pioneira no campo da inovação social, trabalho e apoio aos
empreendedores sociais – pessoas com ideias criativas e inovadoras
capazes de provocar transformações com amplo impacto social.
A Ashoka é pioneira na criação do conceito e na caracterização
do empreendedorismo social como campo de trabalho, estando
presente em mais de 60 países, entre eles o Brasil, desde 1986.
http://www.ashoka.org.br/

FUNDAÇÃO AVINA
A AVINA é uma fundação latino-americana que busca contribuir
para o desenvolvimento sustentável da América Latina, fomentando
a construção de vínculos e de parcerias entre líderes sociais e
empresariais, e articulando agendas de ação compartilhadas.
http://www.avina.net/esp/

ARTEMÍSIA
Fundada em 2003, a Artemisia é a organização pioneira em negócios
sociais no Brasil. A Artemisia potencializa empreendedores e
talentos para construírem as melhores startups que servem a
população de baixa renda.
http://www.artemisia.org.br/

28 United Way Brasil


Módulo II - Brainstorming
Módulo II - Brainstorming

Objetivo:
Conduzir os jovens, para que eles finalizem esse módulo com três
ideias principais, mostre com questionamentos a importância de
escolher ideias plausíveis, que sejam compatíveis com o tempo do
projeto (três meses).

Execução
1. Explique o significado deste módulo, o significado da palavra;
2. Pergunte se todos fizeram a lição de casa e inicie o debate sobre
tudo aquilo que os jovens observaram.
3. Finalize o módulo com TRÊS ideias principais e peça como lição de
casa para os jovens analisarem os possíveis riscos que cada ideia pode
desencadear. É importante ler o módulo III para explicar aos jovens
sobre os tipos de riscos que eles precisam analisar.

Dica
• Dinâmica: Troca de Segredos
Cada jovem escreverá em uma folha de papel um problema que
possa estar acontecendo em sua casa, com a sua família, com algum
amigo ou na sua comunidade. O jovem não precisará se identificar em
relação ao problema. Após todos terem escrito o problema na folha, os
mesmos serão redistribuídos e a pessoa que receber o problema terá
de apresentar uma solução para o mesmo. Esta dinâmica visa enfatizar
a problemática do mundo com foco na resolução de problemas. Nesta
atividade o jovem terá oportunidade de verificar que muitos são os
problemas do mundo, porém muitas vezes outras pessoas poderão
apresentar soluções praticas para resolver estes problemas.
Essa dinâmica deve ser conduzida com seriedade, pois envolve
problemas pessoais.

Checklist • Utilizar o flip chart para desenvolver o Brainstorming.


- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Papel sulfite
- Ficha de relatório
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Flip chart
- Canetas para flip chart
- Post-it

29 United Way Brasil


Módulo II - Brainstorming
Brainstorming

Cada um enxerga o mundo do seu jeito, por isso


existem pensamentos, ideias diferentes. Quando
iniciamos um projeto com um grupo, antes da
decisão final passamos por diversas opiniões, e
todas ela são válidas, pois ajudam o grupo a definir
uma ideia central.

Deixem as ideias surgirem, exponham-nas ao grupo,


mostrem o porquê delas, e defendam seu ponto
de vista; no final, vocês terão preparado um vasto
material.

Com base nesse material criado por vocês, jovens,


escolham três ideias.

Vocês analisarão essas três ideias com os


voluntários no módulo seguinte (Gestão de risco),
e apenas uma será escolhida, ou seja, após esse
processo de análise a ideia do projeto será definida.

Fique por dentro: O brainstorming (“tempestade


cerebral” em inglês) ou tempestade de ideias, mais
que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma
atividade desenvolvida para explorar a potencialidade
criativa de um indivíduo ou de um grupo (desenvolve
a criatividade em equipe) colocando-a a serviço de
objetivos pré determinados.

30 United Way Brasil


Módulo II - Brainstorming
Lição de casa

Faça uma análise dos três projetos escolhidos e leve para a próxima aula
uma lista com os possíveis riscos que cada projeto pode desencadear.

31 United Way Brasil


Módulo III - Gestão de Risco e Comunicação Interna
Módulo III - Gestão de Risco e Comunicação Interna

Objetivo:
Primeiramente converse com os jovens sobre a importância da
comunicação dentro do grupo, mostre que isso é um ponto crucial para
o bom andamento do projeto! Defina um meio de comunicação que será
usado entre eles.
As três ideias escolhidas deverão ter sido analisadas por um grupo de
voluntários antes da execução deste módulo, pois os jovens deverão
escolher, por meio de questionamentos, a ideia que oferecer menos risco
ao andamento do projeto. O foco é definir apenas uma ideia!
Execução
1. Converse sobre a importância de uma boa comunicação entre os integrantes do grupo;
2. Explique a importância de se precaver diante de possíveis riscos (conteúdo da apostila).
3. Pergunte aos jovens o que eles detectaram como possíveis riscos das três ideias.
4. Faça um intervalo (20 minutos no máximo).
5. Retome a aula com o foco de identificar apenas UMA ideia. Essa escolha será desenvolvida
ao longo de todo o projeto!
6. Como lição de casa peça para os jovens pensarem sobre como essa ideia escolhida será
executada, eles deverão levar esse pontos para a próxima aula.

Dica
1. Dinâmica do boneco:
Separe a sala em pequenos grupos e estipule que parte do corpo cada
grupo vai cortar (pernas, braços, mãos, pés, cabeça, tronco), os grupos
terão 3 minutos. Passado o tempo monte o boneco com os jovens (cada
membro saíra de um tamanho e o boneco montado será desproporcional),
após analise do que aconteceu peça para os grupos montarem outro
boneco, provavelmente esse boneco sairá mais simétrico, pois os grupos
irão conversar entre si.
A dinâmica enfatiza a importância da comunicação dentro do grupo.

• Utilizar flip chart, ou outro meio, para que os jovens tenham uma visão
panorâmica dos riscos elencados facilitando a escolha de apenas uma ideia.
Checklist
- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Papel sulfite
- Ficha de relatório
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Flip chart
- Canetas para flip chart
32 United Way Brasil
Módulo III - Gestão de Risco e Comunicação Interna
Gestão de Risco e Comunicação Interna

A importância da comunicação Interna

Diversos são os fatores para que um projeto atinja o sucesso, um dos


mais importantes, sem dúvida, é a comunicação.

A comunicação interna são as interações, os processos de trocas, os


relacionamentos dentro de uma empresa, instituição, grupos.
Todos os integrantes de um grupo precisam estar envolvidos nos
programas de comunicação interna, este envolvimento tem provado
ser a melhor forma de cumprir a comunicação estratégica. O
envolvimento exige a qualidade de saber ouvir o que o outro pensa
e esperar o momento certo para expor suas opiniões, respeitando
todos no grupo, assim a comunicação melhora, o trabalho fica mais
agradável e as chances de um bom projeto acontecer só aumentam.

Para reduzir ao máximo os problemas na propagação das informações


deve ser criado um único canal oficial disseminador de informações,
pode ser formado por equipes ou até mesmo uma única pessoa que,
em conjunto com os outros departamentos buscam soluções eficientes
para motivar os membros no alcance das metas do projeto.

Dica: Identifique no sei grupo


qual a melhor forma para vocês se
comunicarem diariamente durante
todo o projeto!

33 United Way Brasil


Módulo III - Gestão de Risco e Comunicação Interna
Gestão de riscos
Risco é uma ou mais condições de uma variável com o potencial
necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos
como lesões a pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos
ao meio ambiente, perda de material em processo ou redução da
capacidade de produção. Havendo um risco, existe a possibilidade de
efeitos adversos.

Gerência de Riscos é o processo de planejar, organizar, dirigir e


controlar os recursos humanos e materiais de uma organização
ou de um projeto, a fim de reduzir os efeitos dos riscos sobre essa
organização/projeto ao mínimo possível. Um ponto do gerenciamento
de riscos é avaliar a incerteza do futuro para tomar a melhor decisão
possível. Em geral, toda gestão de risco e toda tomada de decisão
lidam com essa questão.

Portanto é importante prevenir, mitigar ou se recuperar de todas as


crises/riscos que possam ocorrer. Igualmente importante é considerar
que os riscos estão associados ao sucesso. Portanto, eles podem ser
transformados em oportunidades.

Os benefícios de gerenciar o risco são:

- melhores decisões;
- menos surpresas;
- melhora no planejamento, no desempenho, na
efetividade e, ainda, no relacionamento com as partes
interessadas;
- retenções conscientes de riscos;
bens e vidas humanas preservadas;
manutenção do fluxo produtivo e uma melhor execução
do projeto;
- funcionários motivados, grupo motivado;
aumento da produção.

34 United Way Brasil


Módulo III - Gestão de Risco e Comunicação Interna
Para identificar os riscos é necessário responder a algumas questões,
estas devem ser colocadas no universo do projeto que pretende ser
desenvolvido.

Responda-as com o voluntário.

- Quais os riscos presentes no piloto do projeto e o que pode


acontecer de errado?

- Qual a probabilidade de ocorrência de acidentes em razão dos


riscos presentes?

- Quais os efeitos e as consequências desses acidentes?

- Como poderiam ser eliminados ou reduzidos esses riscos?

Chegamos a uma etapa importantíssima do projeto!

O momento de decidir qual ideia será levada adiante!

Após toda a análise feita sobre as três ideias principais, o grupo deverá
definir uma ideia central.

Durante a escolha é fundamental que todos estejam de acordo, pois, a


partir da decisão, trabalharão para colocar esse projeto em prática.

Essa decisão será trabalhada durante todo o processo, portanto,


escolham com maturidade e com o coração.

35 United Way Brasil


Módulo III - Gestão de Risco e Comunicação Interna
Lição de casa

Reflita sobre a ideia escolhida e pense como ela será executada, leve
para a próxima aula sugestões de como desenvolver essa ideia.

36 United Way Brasil


Módulo IV - Definindo os limites do projeto

Módulo IV - Definindo os limites do projeto


Objetivo:
A ideia já foi definida, agora é o momento de começar a moldá-la, ou seja, os voluntários
ensinarão aos jovens como pensar em todas as partes de um projeto fazendo as
seguintes perguntas: O quê? Como? Onde? Quando? Por quem? Quanto?
Os jovens devem definir neste módulo o organograma.

Execução
1. Inicie com o conteúdo da apostila. Conforme os questionamentos (O quê?
Como? Onde?) forem passados, pergunte aos jovens se eles já haviam pensado
em algo para fazer. Com base nas argumentações dos jovens, ajude-os a definir
esse passo a passo.
2. No momento de explicar o “Por quem?” os voluntários deverão montar um
organograma com os jovens, estipulando a função de cada um. É importante ter
um diretor, mas por questões didáticas substitua o termo diretor por Integrador,
assim não haverá uma forte hierarquia entre os jovens. Esse organograma deve
ser guardado no kit, pois os módulos seguintes precisarão dele para trabalhar.
Peça aos jovens para anotarem na apostila as funções de cada um do grupo.
3. Lembre-se do intervalo (10h30) com duração de, no máximo, 20 minutos.
4. A lição de casa tem como base a pergunta “Quanto”. Peça aos jovens que
estabeleçam uma cotação de preço para cada item que será utilizado durante
a execução do projeto. Cada item deve ser cotado em três valores. Eles devem
identificar os valores e seus respectivos estabelecimentos. Essa lista de preços
será utilizada no Módulo VI, portanto a pesquisa será de extrema importância
para o andamento desse módulo.
Dicas
• A importância do organograma deve ser enfatizada. Leve modelos de cronogramas
já impressos em papel grande para os participantes entenderem visualmente uma
estrutura de cronograma.
• Ao pedir a lição de casa, mostre um exemplo de cotação de preços, pode ser uma
estrutura de colunas no Excel, ou feita à mão, a intenção é que eles visualizem como
devem montar essa lista de cotação.

Checklist
- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Papel sulfite
- Ficha de relatório
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Certifique-se de que o pedido do café da manhã foi feito
- Flip chart
- Canetas para flip chart
- Cronogramas impressos (se a dica for utilizada)

37 United Way Brasil


Módulo IV - Definindo os limites do projeto
Definindo os limites do projeto

Com a ideia já formada, fica muito mais fácil dar o próximo passo.
Sabemos que é preciso haver uma definição clara e objetiva das
características daquilo que você pretende desenvolver, mas não basta
ter uma boa ideia, é preciso ter um conceito.

Um dos principais benefícios da construção de um projeto está no


conhecimento adquirido pelo próprio empreendedor durante esse
processo. Desde que levada a sério, a elaboração do projeto induz
à realização do planejamento de forma organizada, forçando o
empreendedor à reflexão. Questões como: quem se beneficiará com o
nosso projeto? É possível executá-lo a qual custo? E inúmeras outras
questões a serem analisadas, são determinantes para o sucesso
ou fracasso do empreendimento/projeto e a busca por respostas
tem boas chances de gerar conhecimento para o empreendedor,
diminuindo incertezas e consequentemente os seus riscos.

Para montar um projeto, uma série de questões deverá ser


respondida pelo empreendedor a fim de prepará-lo para a montagem
efetiva do negócio.

38 United Way Brasil


Módulo IV - Definindo os limites do projeto
O quê? O que será feito?
Como? Como fazer?
Onde? Onde será realizado?
Quando? Quando realizaremos e atingiremos as mestas?
Por quem? Por quem será feito?
Quanto? Será gasto?

Note que, de uma forma sintética, praticamente todos os


aspectos relevantes de um empreendimento foram contemplados.
Um empreendedor que seja capaz de planejar e responder
satisfatoriamente a essas questões, com certeza estará preparado para
desenvolver um projeto.

O que?
A principal decisão a ser tomada é qual será o “nosso” projeto e a
quem ele beneficiará.

Deve-se definir:
➢ o quê será feito;
➢ para quem será feito.

A definição de “o que” será a essência e a estrutura do projeto


como um todo. É de extrema importância que todos estejam
engajados no projeto, entrem em um consenso e assumam suas
responsabilidades.

Como?
É importante definir como se executa o tipo de projeto escolhido,
como fazer o marketing, como arrecadar os fundos e como
estabelecer as datas para os eventos.

Deve-se definir:
➢ os beneficiados com o projeto;
➢ qual a melhor forma de beneficiá-los;
➢ como executar cada etapa.

A definição de “como” estabelecerá o foco, ajudará a arrecadar


o valor necessário, a traçar as metas do projeto e a estabelecer
etapas para concretizá-lo.

39 United Way Brasil


Módulo IV - Definindo os limites do projeto
Onde?
É importante definir a abrangência do negócio e o local de
atuação, procurando limitar-se ao contexto dos envolvidos.

Deve-se definir:
➢ onde vamos executar o projeto;
➢ delimitação geográfica: rua, bairro, cidade, país.

A definição de “onde” serve para traçar a amplitude do projeto e


mensurar quais serão os esforços necessários para executá-lo.
Quando?
É importante definir quanto tempo será gasto para executar o
projeto e se a época do ano em que ele está sendo executado
pode influenciar (exemplo: Natal – mais venda de presentes).

Deve-se definir:
➢ quando vamos produzir ou executar o projeto;
➢ quanto tempo será gasto para terminar o projeto;
➢ se a época em que o projeto será executado pode
influenciá-lo positiva ou negativamente.

A definição de “quando” serve para planejar em que momento


cada coisa deve ser feita, quanto tempo vai ser gasto no projeto
e como as épocas do ano poderão influenciá-lo.

De acordo com o tempo a ser gasto, você planeja quantas


pessoas conseguirão realizar o trabalho e quando deve
conseguir os materiais necessários para uma determinada
etapa do projeto. Exemplo: construção de uma casa – quantos
pedreiros para construí-la em um ano e quando você deverá
comprar os azulejos.
Por
quem?
É importante definir o grupo que irá desenvolver o projeto
todos aqueles que decidirem participar serão responsáveis
pelo andamento do processo, ou seja, é necessário montar um
organograma. Essa divisão facilita o passo a passo do projeto,
pois cada função será responsável por uma área específica dele
Assim o trabalho não sobrecarrega ninguém e fica completo.

40 United Way Brasil


Módulo IV - Definindo os limites do projeto
Gerência

Produção Financeiro Operacional

Fábrica RH Ass. Técnica

Suprimentos

Deve-se definir:
➢ os participantes do projeto;
➢ a função de todos os participantes. Para isso é
necessário que cada um exponha aquilo que mais gosta de
fazer, uns gostam de trabalhar com o dinheiro, então serão os
tesoureiros do projeto, outros gostam de lidar com papéis, serão
responsáveis por todos os documentos do projeto, e assim
por diante. Dessa maneira será montando o organograma, que
representa a estrutura formal de empresa/organização/ projetos/
empreendimentos são algumas funções de um organograma:
Integrador, Secretários, Tesoureiros, Divisão de compras, Divisão
de Comunicação, Divisão de Recursos Rumanos
Quando?

Todo projeto tem um custo, por isso é necessário montar um


orçamento do custo do projeto.

Deve-se definir:
➢ o custo total do projeto;

O planejamento dos gastos e como controlá-los, para que o


projeto não fique mais caro do que o pretendido.

41 United Way Brasil


Módulo IV - Definindo os limites do projeto
Lição de casa
- Anote na sua apostila o organograma que foi montado em aula, você sempre deverá lembrar qual
é a função de cada membro do grupo.

- Após definir o custo do projeto, estabeleça uma cotação de preço para cada item que será
utilizado durante a sua execução. Cada item deve ser cotado em três valores; identifique os
valores e seus respectivos estabelecimentos, faça uma lista e mostre para o grupo e para os
voluntários no encontro VI –“ Orçamento e riscos do projeto”.

Procure deixar essa lista na apostila, é de suma importância para o andamento do módulo VI que
ela esteja pronta, portanto não se esqueça de levar!

42 United Way Brasil


43
United Way Brasil
Módulo IV - Definindo os limites do projeto
Módulo V - Desenvolvimento do projeto
Módulo V - Desenvolvimento do projeto

Objetivo:
No módulo anterior, grande parte do projeto foi desenhado, os jovens
sabem o que, para quem, como e onde fazer, mas só essas informações
não são suficientes para a concretização da ideia, é necessário que os
jovens descubram a importância de estabelecer metas. Essas metas
serão estipuladas por meio de um cronograma.

Execução
1. Explique a importância de traçar metas para tudo aquilo que
planejamos.
2. Defina os pontos do projeto com os jovens; a única data que será
imposta é a data de concretização. Verifique essa data no cronograma
dos módulos.
3. Prepare a mesa do café da manhã. Duração máxima de 20 minutos.
4. A lição de casa será pedir para eles anotarem o cronograma definido.
O material utilizado para desenvolver o cronograma deverá ser guardado
no kit, pois o módulo seguinte usará.
5. Relembre aos jovens que na próxima aula eles deverão levar a
cotação de preços pronta como lição de casa pedida no módulo anterior.

Dicas
• Para tornar lúdico o entendimento da importância das metas, o filme
“Alice no país das maravilhas” tem um trecho que diz “Para quem não
sabe aonde quer ir qualquer caminho serve”.
• Para agilizar a aula leve impresso em formato grande modelos de
cronograma e apenas preencha os espaços com as datas conforme bate
papo com os jovens, montar uma estrutura para depois preenche-la
demanda um tempo precioso do encontro. Aproveite e leve modelos
diferentes de cronograma para os jovens conhecerem.
• Distribuir post-it aos jovens. Diga para escreverem as metas e deixarem
esse post-it em local visível para que se recordem sempre daquilo que foi
traçado por eles.
Checklist
- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Papel sulfite
- Ficha de relatório
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Flip chart
- Canetas para flip chart
- Post-it para brinde (um para cada jovem)

44 United Way Brasil


Módulo V - Desenvolvimento do projeto
Desenvolvimento do projeto

Muitos passos já foram dados, agora é necessário aprendermos


mais alguns conceitos para definirmos melhor o projeto.

O que significa meta?

Meta é algo que se pretende atingir no futuro. Pode ser estabelecida


de forma pessoal ou em grupo, independente da forma é necessário
ter comprometimento e disciplina.

Podemos ter muitas metas em nossa vida, como terminar nossos


estudos, viajar, comprar um carro ou mesmo uma casa, mas o
importante é traçarmos passo a passo, buscando sempre tornar
nossas metas atingíveis.

O primeiro passo é listar as principais metas e depois classificá-las


conforme o tempo de realização (curto, médio e longo prazo), em
seguida, devemos definir como iremos atingi-las.

1 - Definir um objetivo

É necessário definir o objetivo principal e documentá-lo


detalhadamente. Esse objetivo sempre será o direcionador principal
durante todo o projeto.

A seguir, um exemplo de definição e documentação do objetivo


principal adotado, cuja ideia é a realização de um projeto natalino:

Objetivo principal: doar brinquedos para crianças carentes no Natal


Local a ser realizado: Orfanato Criança Feliz
Número esperado de pessoas beneficiadas: 40 crianças
Data da realização: 25/12/2014

45 United Way Brasil


Módulo V - Desenvolvimento do projeto
2 - Traçar um plano

Deve-se estabelecer as metas do projeto a serem alcançadas, visando ao objetivo


principal.
Metas são objetivos em curto, médio ou longo prazo, os quais se pretende obter no
tempo estabelecido, para, em conjunto, atingir um propósito maior.
Seguindo o exemplo do projeto natalino, podem-se exemplificar as seguintes metas:

Meta 1: conseguir o mínimo de 40 brinquedos, para que


haja ao menos um brinquedo para cada criança.
Meta 2: combinar com o orfanato sobre o projeto e seus
detalhes.
Meta 3: conseguir um voluntário para se fantasiar de
Papai Noel no dia do evento.

3 - Definir o que será necessário e como consegui-lo para


colocar o plano em ação

Toda a estrutura necessária para colocar o plano em ação deve ser identificada,
descrevendo-se detalhadamente os recursos materiais e humanos para atingir o
objetivo principal. Nessa etapa também é preciso tentar prever quais serão os recursos e
esforços para o dia do evento.
Seguindo o exemplo do projeto natalino, podem-se exemplificar a identificação dos
recursos e de algumas maneiras de obtê-los:

Meta 1: conseguir os brinquedos as embalagens para


presente e os cartões de Natal. Identificar os possíveis
locais de arrecadação, como comércios, residências,
faculdades etc.
Meta 2: verificar com a administração do orfanato
questões relacionadas a datas, locais, disponibilidade
de aparelhos sonoros e demais recursos para a
realização do evento. Definir a forma de distribuição dos
brinquedos.
Meta 3: conseguir um voluntário e uma fantasia de Papai
Noel, e verificar se serão necessários ajudantes etc.
Combinar com o voluntário a forma de atuação e de
distribuição dos brinquedos.

46 United Way Brasil


Módulo V - Desenvolvimento do projeto
4 - Como controlar o andamento do projeto

É preciso definir meios de controle do projeto para avaliar seu andamento e tomar
decisões diante das adversidades identificadas.
Existem métodos de se controlar um projeto, como:

Cronograma: é uma disposição gráfica do tempo que será gasto na realização de


um trabalho ou projeto, de acordo com as atividades a serem cumpridas. Serve para
auxiliar no gerenciamento e controle desse trabalho ou projeto, permitindo de forma
rápida a visualização de seu andamento.
Exemplo de cronograma do projeto natalino:

Semanas de novembro Semanas de dezembro

Atividades / Período 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º
Definir o objetivo do projeto x x x x x x x x
Traçar um plano - x - - - - - -
Definir o que e como conseguir o que será - - x - - - - -
necesseario ara colocar em ação
Arrecadar os brinquedos, embrulhos, cartões - - - - x x - -
de natal, etc
Combinar com o Orfanato a realização do - - - x - - - -
evento
Conseguir um voluntários para se fantasiar de - - - - - - x -
Papai Noel
Preparar o local para realização do evento - - - - - - - x
Realização do Evento - - - - - - - x

Conforme observamos no exemplo, o cronograma demonstra as etapas do projeto e


as datas previstas para sua realização.

O importante é estabelecer no cronograma datas-limite para se realizar todas as


tarefas, como embrulhar os presentes, providenciar o som, decorar o ambiente,
conseguir a fantasia do voluntário de Papai Noel etc.

É necessário definir para o dia da realização do evento detalhes como: horário de


início, tempo de duração, hora-limite de encerramento etc.

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Módulo V - Desenvolvimento do projeto
Lição de casa

Deixe registrado na apostila o cronograma estabelecido, é


importantíssimo que essas datas sejam lembradas frequentemente.

48 United Way Brasil


Módulo VI - Orçamento e plano B
Módulo VI - Orçamento e plano B

Objetivo:
Os jovens devem aprender a importância do orçamento no
desenvolvimento de um projeto e, posteriormente em sala de aula,
aprender o que significa criar um “plano B”.

Execução
1.No primeiro momento de aula o conceito de orçamento deverá
ser passado aos jovens. O voluntário deverá utilizar o cronograma
desenvolvido no módulo anterior, será necessário saber as datas
estabelecidas para cada ação, pois o momento da arrecadação do
dinheiro dependerá dessas datas.
2. Estabelecido o orçamento, faça uma pausa para o intervalo
(máximo de 20 minutos).
3. Após a atividade, verifique com os jovens quais pontos eles
acreditam que possa ser melhorado para que o grupo trabalhe de
forma mais harmoniosa. Os riscos tratados nesse módulo tem o
objetivo de mostrar ao grupo a importância de trabalhar em sintonia
e como é necessário termos sempre uma “carta na manga”. Crie com
eles um “plano B” para alguma ação que ainda será efetuada.

Dica
• Entregar aos jovens um texto adicional à apostila mostrando a
importância de controlar as próprias finanças (livro-caixa).

Checklist
- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Papel sulfite
- Ficha de relatório
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Flip chart
- Canetas para Flip chart

49 United Way Brasil


Módulo VI - Orçamento e plano B
Orçamento e plano B

Orçamento: é um plano descritivo sobre formas de gastar, economizar e


investir dinheiro. É uma ferramenta para ajudar a equilibrar o quanto se
ganha e se gasta, também pode ser usado para saber quanto se pode
economizar e investir.

Articulação entre o conceito e o contexto do


nosso dia a dia

Para trazermos o conceito de orçamento financeiro para nossa realidade,


podemos imaginar que o dinheiro que se recebe (como presente,
salário, mesada etc.) é chamado de receita e o dinheiro que se gasta
(como almoço escolar, passagem de ônibus, lanche etc.) é chamado de
despesa. Subtraindo quanto se gasta do quanto se ganha, pode-se criar
um orçamento ou planejamento financeiro pessoal.

A importância do orçamento

Após a definição detalhada de nossas metas, pode-se perguntar quanto


custará o projeto, quando se darão as despesas e quando os recursos
deverão estar disponíveis. O orçamento é um resumo ou cronograma
financeiro do projeto, no qual se indica com o que e quando serão
gastos os recursos e de que fontes eles virão .

Facilmente observamos que existem diferentes tipos de despesas que


podem ser agrupadas por tipo, por exemplo: materiais de limpeza,
material para levantamento de verbas, material de divulgação etc.

Definição do quanto será gasto

Uma vez identificada a área de atuação para um projeto, deve-se


identificar qual montante precisamos arrecadar para sua realização. No
projeto natalino, por exemplo, nosso objetivo final é montar uma cesta
de presentes para ser doada a uma instituição, e a primeira pergunta que
precisamos fazer é: “De quanto vou precisar?”.

50 United Way Brasil


Módulo VI - Orçamento e plano B
Com essa pergunta em mente, devemos preparar uma lista de tudo o que iremos gastar
e precificá-la. Vamos imaginar que realizaremos uma compra no supermercado, uma boa
prática é fazer uma lista de compras com os preços dos produtos para que possamos
identificar quanto gastaremos na hora de passar no caixa. Devemos aplicar esse método
ao nosso projeto, antes de planejar como iremos captar os recursos, é importante saber
o quanto será gasto.

Capatação de recursos

Uma vez ciente de quanto iremos gastar no projeto, devemos analisar qual o melhor
segmeno para abordagem como fonte de financiamento. No projeto natalino, por
exemplo, podemos abordar lojas de brinquedo e comerciantes da comunidade
interessados em ter seu nome associado a um projeto beneficente.

Para que o projeto consiga contribuições, é importante que apresente características


de continuidade e que seja economicamente autossustentado com o tempo. Devemos
demonstrar aos voluntários que o projeto irá para frente e, para isso, nada melhor do
que um bom planejamento financeiro.

Exemplos de forma de captação de recursos:


- rifas;
- festas com vendas de comida e bebida;
- vendas de doces/salgados;
- doações.

Riscos do projeto

Tudo o que fazemos na vida tem chances de ser um sucesso ou um fracasso. Precisamos
saber lidar com as adversidades, ter jogo de cintura caso o planejamento não dê o
resultado esperado. É comum planejarmos uma ação para o projeto e na prática acabar

51 United Way Brasil


Módulo VI - Orçamento e plano B
ocorrendo algo diferente do que se esperava, por isso é importante termos o famoso
“plano B”.

O “plano A” é aquele definido como o principal, após a análise das adversidades que
esse “plano A” pode gerar, é importantíssimo que o grupo construa o “plano B”. Assim
se alguma coisa não ocorrer como o planejado, o projeto não será prejudicado, pois o
grupo se preveniu e poderá agir de imediato.

Desenvolver a capacidade de lidar de forma proativa com as adversidades possibilita


fazer a “magia” de não só enxergar as limitações, mas também os desafios a serem
vencidos. Nessa situação, vamos descobrindo nossas forças e fraquezas e esse
autoconhecimento fortalece não só o indivíduo como o grupo todo, fazendo com que o
projeto caminhe para o sucesso.

O exercício de analisar o trabalho produzido, procurando seus pontos fortes e fracos,


reflete positivamente em cada indivíduo e no projeto como um todo.

Diversos aspectos são desenvolvidos e alguns deles são:

• maior produtividade;
• desempenho superior e constante em todas as áreas;
• aumento de confiança e de habilidade;
• melhor aprendizagem, vencendo bloqueios;
• clareza de objetivos e valores;
• clareza da disponibilidade para os relacionamentos;
• relacionamentos melhores;
• melhores tomadas de decisão;
• comprometimento com o desenvolvimento pessoal;
• aprendizagem de como lidar com o estímulo intelectual obtido com o debate de
ideias importantes;
• maior criatividade;
• a pessoa tornar-se aquilo que deseja ser;
• a pessoa tornar-se um modelo para os outros;
• melhor trabalho em equipe;
• melhor panorama a longo prazo.

Analisando tudo o que foi construído até agora, quais são os pontos fortes do projeto e
quais são os pontos fracos? Discuta com seu grupo e, após listados os pontos, observe
o que pode ser melhorado para que o projeto caminhe para o sucesso.

52 United Way Brasil


Módulo VI - Orçamento e plano B
Lição de casa

Para a próxima aula, leve ideias de como mostrar o projeto desenvolvido


pelo grupo para a comunidade, ou seja, qual será o meio de
comunicação para divulgar o projeto?

53 United Way Brasil


Módulo VII - Comunicação
Módulo VII - Comunicação

Objetivo:
Mostrar aos jovens que a comunicação é importantíssima para
a divulgação de um projeto, de uma ideia, de um negócio. Uma
divulgação bem feita faz o projeto caminhar para o sucesso. Os jovens,
nesse módulo, deverão escolher quais meios de comunicação serão
utilizados.

Execução:
1. Inicie a aula ensinando o conceito de comunicação e enfatizando a
importância da definição do público-alvo.
2. Após o intervalo, por meio de um bate papo, defina com os jovens
qual meio de comunicação será usado e de que forma. Se necessário,
prepare com os jovens um rascunho do material que será preparado.
3. Enfatize que o meio de comunicação utilizado deverá ser divulgado
até o dia da execução do projeto, portanto eles não poderão gastar
muito tempo preparando o material.

Dica
• Separe a sala em pequenos grupos e peça para cada um recortar (a
revista será entregue a eles) uma propaganda que chamou a atenção e
explicar o porquê, e que identifiquem o público-alvo e como eles fariam
a propaganda caso fossem apresentar o projeto naquele momento.

Checklist
- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Papel sulfite
- Ficha de relatório
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Flip chart
- Canetas para flip chart
- Revistas (se a dica for usada)

54 United Way Brasil


Módulo VII - Comunicação
Comunicação
Comunicação é o processo de transmitir a informação de uma
pessoa para outra, de forma que haja compreensão. . Se a
informação não for compreendida não ocorre a comunicação.
A boa comunicação é muito importante para a integração
de qualquer grupo de trabalho, pois é fundamental para o
desenvolvimento do negócio/projeto. Entretanto, ela é também
um de seus maiores desafios.

O processo de comunicação é composto de três elementos:


1 – Emissor: é a pessoa que pretende comunicar uma
mensagem. Pode ser chamada de fonte ou de origem.
2 – Mensagem: é a ideia que o emissor deseja comunicar.
3 – Receptor: é a pessoa que recebe a mensagem, a quem ela é
destinada.

Meios de Comunicação
Folhetos | Panfletos | E-mail | Mural | Cartazes | Embalagens | Pop-ups | Marca | Boca a boca | Jornais
| Revistas | Eventos | Placas | Luminosos | Propaganda | Vitrine e fachadas de lojas | Mala-Direta

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Módulo VII - Comunicação
Aplicação da comunicação do projeto

O que, como e quando o grupo se comunicará com cada


parte interessada?

Deve existir um planejamento na comunicação entre os


parceiros do projeto e entre seus próprios integrantes,
para que, assim, não haja um desencontro de
informações.

Primeiramente, é necessário analisar o público-alvo, ou


seja, quem queremos atingir com o projeto, quais são as
pessoas que deverão tomar conhecimento do trabalho
desenvolvido. Após decidido o público-alvo, devemos
nos perguntar como atingir esse público, qual meio de
comunicação será usado para a divulgação do projeto.

Pense com o grupo e descubra qual a melhor


maneira de tornar público esse projeto!

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Módulo VII - Comunicação
Lição de casa

Após decidir qual meio de comunicação será utilizado, divulgue o


projeto até o dia de colocá-lo em prática.

57 United Way Brasil


Módulo VIII - Revisão
Módulo VIII - Revisão

Objetivo:
Este momento será reservado para os últimos ajustes
do projeto, é um módulo coringa e sua execução
dependerá do andamento do projeto.

Execução:
Módulo VIII -
1. Os voluntários desse módulo deverão acompanhar
o passo a passo do projeto, assim, nesse encontro, eles
Revisão
saberão exatamente quais pontos deverão revisar com
os jovens.

Dicas:
• Pedir para um voluntário de cada módulo estar
presente no dia, pois se surgir algum ponto pendente,
o voluntário indicado ajudará a sanar a dúvida. O
voluntário responsável por esse módulo deverá
gerenciar esse bate-papo.
• Será interessante levar todo o material utilizado no
desenvolvimento do projeto para mostrar aos jovens o
registro de tudo o que já foi feito.

Checklist
- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Ficha de relatório
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica
- Flip chart
- Canetas para flip chart
- Levar todo o material usado até então pelo grupo.

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Módulo VIII - Revisão
Revisão

Repense com o grupo todo o trabalho desenvolvido


e aproveite esse encontro para ajustar os últimos
detalhes. Falta muito pouco para você atingir o objetivo!

59 United Way Brasil


Módulo IX - Projeto em prática
Módulo IX - Projeto em prática

Objetivo:
Será o dia em que o projeto será concretizado.

Execução:

1. Os voluntários, nesse dia, deverão ficar a disposição dos


jovens, e ajudá-los no que precisarem para execução do
projeto.

Dica
• O ideal é que os voluntários acompanhem o passo a passo
do projeto, dessa forma, no dia da concretização, eles estarão
mais bem preparados.

Checklist
- Alguns itens serão adicionados na semana que antecede o
módulo, pois dependerá do projeto que será escolhido.
- Lista de chamada
- Ficha de relatório
- Lista de contato e plano de emergência (são telefones para
contato)
- Copos e guardanapos
- Tesoura/fFita adesiva
- Máquina fotográfica

60 United Way Brasil


Módulo IX - Projeto em prática
Projeto em Prática

Escreva aqui suas expectativas!

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Módulo X - Reencontro
Módulo X - Reencontro

Objetivo:
A intenção é ter um feedback dos jovens em relação ao
projeto.

Execução:
1. A partir de um bate-papo com jovens e voluntários, deve
ser definido pontos positivos e negativos do processo como
um todo. Os jovens devem se sentir a vontade para falar.
2. O voluntário deverá anotar todos os pontos destacados
e entregar com o relatório.
3. O voluntário pode sugerir que os jovens preparem uma
apresentação sobre o desenvolvimento do projeto para ser
apresentado no dia da formatura.

Dicas:
• Como será um dia de descontração, pode ser incluída uma
dinâmica ou um vídeo relacionado com o momento.

Checklist
- Alguns itens serão adicionados na semana que
antecede o módulo, pois dependerá do projeto
que será escolhido.
- Lista de chamada
- Caneta/ lápis para os jovens e voluntários
- Papel sulfite
- Copos e guardanapos
- Tesoura/fita adesiva
- Máquina fotográfica

62 United Way Brasil


Módulo X - Reencontro
Reencontro

Após todo o processo percorrido, faça uma análise


do projeto com os voluntários, reflita sobre cada
passo dado e passe para o papel, registrando tudo
aquilo que você sentiu no decorrer do trabalho.

63 United Way Brasil


Módulo XI - Formatura
Módulo XI - Formatura

Objetivo:
Celebrar a conquista dos jovens.

Execução:
1. A formatura ficará a critério dos voluntários responsáveis
pelo módulo. Utilizem a sua experiência e imaginação para
organizar uma linda festa.
2. A participação da UWB na formatura será: apresentação
do vídeo institucional, palavra de agradecimento, produção
dos certificados , os jovem deverão usar a camiseta entregue
a eles no início da mentoria.
3. Lembre que será o momento da entrega dos certificados.
Dicas:
• Faça uma linha do tempo mostrando o passo a passo de
todo o projeto.
• Crie um mural de fotos.

Checklist
- Alguns itens serão adicionados na semana que
antecede o módulo, pois dependerá do projeto
que será escolhido.
- Lista de chamada
- Máquina fotográfica

64 United Way Brasil


Módulo XI - Formatura
Formatura

A conclusão de um curso é a celebração de uma grande


conquista. A cerimônia de formatura é um dos mais belos
momentos de sua jornada, quando você compartilha a
alegria com seus entes mais queridos e todos aqueles
que participaram com você desse caminho, seus amigos.
A vida é feita de conquistas e todas elas devem ser
celebradas.

Com um passo de cada vez, vamos mudando o mundo


e acabamos descobrindo um mundo dentro de nós.
Lembre-se de que você é capaz de tudo!

Descubra-se um jovem inquieto, determinado, inventivo,


ousado, liberto, corajoso, sonhador, visionário,
apaixonado, atual, energético, articulador, persistente,
líder, agregador, capitão de sua alma e dono do futuro. No
pior momento da vida, quando todos acham que o único
caminho é desistir, você se reinventa, ficando mais forte;
canaliza perdas e dores, redirecionando sua trajetória;
aproveita as oportunidades e, quando elas deixam de
existir, constrói pontes sólidas sobre águas revoltas.

PARABÉNS POR TER SIDO A MUDANÇA


QUE GOSTARIA DE VER NO MUNDO!

65 United Way Brasil


Módulo I - Ser a Mudança
Contatos
United Way Brasil

Silvia Zanotti Magalhães


Diretora Executiva
11 99941-5712
11. 3748 0594
[email protected]

Paula Crenn Pisaneschi


Gerente Geral
11. 99940-6418
11. 3748 0594
[email protected]

Flavia Bellaguarda
Analista de Voluntariado
15. 99617-7771
11. 3748 9069
[email protected]

66 United Way Brasil

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