Apostila No Break Sistemas de Energia
Apostila No Break Sistemas de Energia
Apostila No Break Sistemas de Energia
com
Autor: Professor Rafael Galli
Revisão Técnica: Sub Oficial da FAB Jorge Luiz Teixera da Costa
Revisão do Português: Suzana Tust
NO-BREAK
1.0 Introdução
Com o avanço da informática e com a automação cada vez mais presente nas indústrias,
surgiu a necessidade de criar sistemas que garantam o funcionamento permanente dos
equipamentos, evitando falhas, devido à falta e ou variação de energia da rede concessionária.
Para isso utiliza-se equipamentos também conhecidos por UPS (Uninterruptible Power
Supplies) e são, comumente, encontrados em várias aplicações tais como:
• Computadores;
• Alimentação de CLP`S;
• Equipamentos médicos.
E em qualquer outro equipamento em que não pode haver falhas na energia.
Cita-se como exemplo de equipamentos utilizados para manter uma boa qualidade de
energia:
• Estabilizadores de Tensão;
• Grupo gerador;
• No-break.
Neste trabalho, dedicaremos ao estudo de no-break, não tendo a pretensão de apresentar
tudo que há sobre o tema, mas sim uma abordagem simples e direta no assunto, mesmo porque
com o avanço da tecnologia, nesta área, existe uma constante mudança nas configurações e
topologias.
De que forma podemos definir, se uma rede está com problemas. Qual é o requisito de
qualidade na alimentação de um equipamento ligado a esta rede?
Não existem, ainda, padrões industriais reconhecidos, para estas perguntas, mas a
CBEMA (Computer Business Equipament Manufacturer´s Association) e a ITIC (Information
Technology Industry Council) adotaram a curva mostrada na Fig 1, esta curva aparece na norma
IEEE 446 como “Prática recomendada para sistemas de alimentação de emergência, em
aplicações industriais e comercias”.
A curva define os “limites” dentro o qual deve estar o valor eficaz da tensão de entrada,
ou seja, se a tensão superar os limites estabelecidos o equipamento apresentará mau
funcionamento e será danificado. Neste caso o sistema de alimentação interrupta (UPS), no-
break, gerador, etc, deve entrar em funcionamento garantindo a boa qualidade da energia na
carga. (microcomputadores, transmissores, etc).
Como podemos observar na curva, que a tensão, que esta em porcentagem, pode variar
10% sem comprometer o funcionamento do equipamento e danificá-lo.
Também podemos observar que para pequenas frações de tempo, a carga pode sofrer uma
grande variação de tensão sem danificar. Da mesma forma a carga pode sofrer um surto de
tensão com o dobro da tensão eficaz, dês de que o tempo que isto ocorra, não ultrapasse 1ms.
Fig 1. Gráfico de Tolerância de tensão típico para sistema computacional
Adaptado da norma IEEE 466
É aquele que não possui interrupção de energia na falta da rede comercial, ou seja, o
tempo de comutação é zero.
3.0 Off-line
É importante salientar que o barramento CC deve ser o mais estável possível, para que o
inversor possa operar de modo satisfatório.
A variação da tensão neste barramento pode ocasionar o bloqueamento do inversor, por
parte do circuito de controle, e o mesmo passa o no-break para o by pass.
Isto é uma forma que o equipamento tem de proteger o inversor de saída, pois se a tensão
sobre o inversor for muito alta, o mesmo queima por sobre tensão, e se for muito baixa, a tensão
de saída tenderá a cair a níveis não desejados comprometendo o funcionamento do equipamento
ligado a ele.
5.0 No-break Bidirecional
8.0 Inversor
A estrutura básica de um inversor tipo Push-pull esta representada na figura 7.1. Nesta
configuração, os transistores T1 e T2 são acionados um por vez, gerando a tensão no
secundário.
Meia ponte é uma configuração mais utilizada em equipamentos de maior porte, por ser
um inversor mais estável que o Push-pull, a configuração básica de uma meia ponte está
representado na figura 7.4, o seu funcionamento, da mesma forma que a Push-pull, deve-se
acionar um transistor de cada vez, gerando a forma de onda da saída. Seu funcionamento está
demonstrado nas figuras 7.5 e 7.6.
Fig 7.4. Estrutura básica de um inversor meia ponte.
9.0 Carregador
Outra configuração, já mais elaborada, pode ser visto na figura 8.2, nesta configuração
podemos notar que existe um controle sobre a corrente de carga, uma proteção de sobre
corrente, que no anterior não existia, que evita que o carregador seja danificado por uma bateria
com defeito.
É importante salientar que as baterias que ficam muito tempo paradas, como é o caso de
baterias de no-break, podem ficar por tempo indeterminado com tensão de flutuação sobre elas,
não se danificando. Já a corrente de flutuação fica abaixo de 1A, sendo suficiente para
compensar as perdas naturais da bateria.
Para completar existem duas formas de carga, que são recomendadas, a UUI e a UI. Os
gráficos dos dois carregadores estão representados nas figuras 8.4 e 8.5.
A forma de onda de saída de um no-break, na grande maioria é quadrada, por ser a mais
fácil de se obter. Esta forma de onda é mais utilizada em sistemas off-line, pelo baixo custo.
Estes equipamentos alimentam, geralmente, computadores de uso pessoal, os quais tem entrada
com retificador a diodo e filtro capacitivo. Dado ao espectro de onda produzida, haverá um
maior aquecimento do transformador, mas devido ao curto tempo de operação do no-break, não
causa grandes problemas.
OBS1: Não devemos utilizar no-breaks de onda quadrada em equipamentos muito
delicados, como, equipamentos biomédicos e etiquetadores de cupom fiscal, Clp´s. Estes
equipamentos podem apresentar defeito em seu funcionamento, devido às harmônicas geradas
pela forma de onda de saída. Aconselha-se nestes casos no-breaks de saída senoidal.
OBS2: Quando medimos a saída de um no-break de onda quadrada, deve-se utilizar um
medidor com Trurms, para obter-se uma leitura correta.
Além da forma de onda quadrada e senoidal, há uma terceira forma de onda de saída que
se chama quase quadrada ou senoide modificada. As três formas de ondas estão representadas
nas figuras 9.1, 9.2 e 9.3.
Fig 9.1. Forma de onda quadrada de saída.
Pw = 7,5KVA * 0,8
Pw = 6000W
Cargas Potência em VA
Micro+ monitor de 15pol 200
Servidor 350
Micro+ monitor de 17pol 350
Impressora matricial 150
Jato de tinta 100
Hub 50
Shuitch 100
Lazer 1200
Scaner 30
Central Telefônica 250 a 1500
Terminal (Monitor) 100
Impressora fiscal 90
Balança eletrônica 70
Modem 20
Tabela 1. Potência em VA de alguns aparelhos
OBS: Quando um no-break não liga, deve-se ter o cuidado de verificar se as baterias
estão com carga, pois se as baterias estiverem descarregadas, tensão menor que 10V o
equipamento não liga.
Quando se verifica que o fusível de saída do no-break estão abertos, ou a etapa do
inversor esta queimada, pode-se afirmar que o equipamento sofreu uma sobre carga, deve-se
alertar o cliente.
13.0 Exercícios
1) O que é um no-break?
2) Para que serve um no-break?
3) Quais os tipos básicos de no-break?
4) O que é um no-break On-line?
5) O que é Barramento CC, e quais os cuidados com ele?
6) O que é um inversor e para que serve o mesmo?
7) Quais os inversores mais utilizados em no-break?
8) Desenhe e explique o diagrama básico do On-line.
9) Desenhe e explique o diagrama básico do Off-line.
10) Para que serve o Triac na chave estática?
11) Qual a tensão de carga de uma bateria?
12) O que ocorre com a bateria se esta tensão for muito alta?
13) Qual a importância da tensão de flutuação?
14) Se a corrente de carga for muito alta o que ocorre com a carga da bateria?
15) Qual o valor mais indicado para esta corrente, e qual o valor maximo
recomendado?
16) Qual o problema da onda quadrada em um no-break de saída quadrada?
17) Qual o cuidado que temos que ter ao medir a saída de um no-break de saída
quadrada?
18) Um no-break de 15KVA com FP = 0,9 equivale a quantos Watts de potência de
saída?