Gilson07nobreak PDF
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_________________________________
Prof. Dr. Carlos Henrique Gonalves Treviso UEL
Universidade Estadual de Londrina
Orientador
Comisso Examinadora:
_________________________________
Prof. Dr. Carlos Henrique Gonalves Treviso - UEL
Universidade Estadual de Londrina
_________________________________
Prof. Dr. Silvia Galvo de Souza Cervantes - UEL
Universidade Estadual de Londrina
_________________________________
Prof. Dr. Joo Batista Vieira Jnior - UFU
Universidade Federal de Uberlndia
AGRADECIMENTOS
EPGRAFE
Uma coisa aprendi na minha longa vida: que toda nossa cincia,
contraposta realidade, primitiva e infantil. E, apesar disso, a coisa
mais preciosa que temos.
RESUMO
ABSTRACT
This work consists of a wide project of power electronics that seeks at the and of
the the implementation of the power board, the analogical control board and at last
the digital control board of a no-break sinusoidal with an input of power of 1,2 kVA,
with output voltage of 115VRMS, being the same projected and implemented in
closed mesh with analogical control and soon afterwards digital with DSC (Digital
Controller of Signs) for comparison.
They will be presented the power board, the analogical control in closed mesh
and the digital control for DSC of the no-break, the implementation of all of the
functions, protections and signallings of the system that controls the no-break in an
analogical and digital way.
The presented experimental results are obtained starting from the implemented
prototype, proving the functional of the technique experimentally used.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Caractersticas eltricas do diodo 6A6.................................................. 34
Tabela 2: Tempo de recuperao reversa do UF5404.......................................... 49
Tabela 3: Mxima tenso reversa, corrente mdia e corrente de pico repetitivo do
UF5404.................................................................................................................. 50
Tabela 4: Caractersticas do IRFZ45..................................................................... 65
Tabela 5: Caractersticas do IRFP460................................................................... 76
Tabela 6: Funes dos pinos do DSPic30F2010................................................. 169
Tabela 7: Caractersticas do DSPic30F2010....................................................... 170
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Forma de onda de sada dos inversores............................................20
Figura 2 Diagrama de blocos do no-break .......................................................21
Figura 3: Diagrama de blocos do no-break Stand-by..........................................21
Figura 4: Diagrama de blocos do no-break Interativo .........................................22
Figura 5: Diagrama de blocos do no-break on-line .............................................22
Figura 6 Circuito retificador com filtro de linha e seletor 127V/220V................27
Figura 7 Funcionamento do retificador em 220V I ...........................................27
Figura 8 Funcionamento do retificador em 220V II ..........................................28
Figura 9 Formas de onda de tenso na rede (A), tenso no capacitor
equivalente (B), corrente nos diodos (C e D) ............................................................28
Figura 10 Funcionamento do retificador em 127V I .........................................29
Figura 11 Funcionamento do retificador em 127V II ........................................29
Figura 12 Limitador de corrente de in-rush ......................................................34
Figura 13 Filtro de interferncia eletromagntica.............................................36
Figura 14 Circuito do seletor 127V / 220V .......................................................36
Figura 15 Circuito completo do flyback ............................................................40
Figura 16 Retificador do flyback.......................................................................41
Figura 17 Diagrama de blocos do integrado 1M0380 ......................................41
Figura 18 Circuito de potncia do flyback ........................................................42
Figura 19 Conversor flyback modo descontnuo com transformador ...............43
Figura 20 Flyback: Armazenamento de energia. [t0;t1] .....................................43
Figura 21 Flyback: Transferncia de energia. [t1;t2] .........................................43
Figura 22 Flyback: Repouso. [t2;t3]...................................................................43
Figura 23 Flyback: Principais formas de onda .................................................44
Figura 24 Diagrama de blocos interno do TL431 .............................................50
10
11
12
SUMRIO
Introduo Geral .................................................................................................18
1 - Circuito Retificador.....................................................................................26
1.1 - Introduo ...............................................................................................26
1.2 - Procedimentos de Projeto .......................................................................27
1.2.1 - Retificador.........................................................................................27
1.2.2 - Rel e o Resistor Limitador de Corrente In-rush...............................34
1.2.3 - Filtro de Linha ...................................................................................35
1.2.4 - Seletor 127V / 220V..........................................................................36
1.3 - Concluso (Circuito Retificador)..............................................................38
2 - Carregador de Baterias..................................................................................39
2.1 - Introduo ...............................................................................................39
2.2 - Procedimentos de Projeto .......................................................................40
2.2.1 - Retificador de Entrada ......................................................................40
2.2.2 - Flyback .............................................................................................41
3 - Conversor DC/DC ..........................................................................................54
3.1 - Introduo ...............................................................................................54
3.2 - Procedimentos de Projeto .......................................................................55
3.2.1 - Circuitos Adicionais ..........................................................................55
3.2.2 - Snubber ............................................................................................56
3.2.3 - Conversor .........................................................................................57
3.3 - Concluso (Conversor DC/DC) ...............................................................66
4 - Inversor..........................................................................................................67
4.1 - Introduo ...............................................................................................67
4.2 - Procedimentos de Projeto .......................................................................69
4.2.1 - Circuitos para o Controle e Proteo................................................69
13
14
15
16
17
Introduo Geral
rudos
por
interferncia
eletromagntica
causados
pelas
fontes
chaveadas, etc.
Portanto, mesmo que esforos para melhorar a qualidade de energia estejam
sendo realizados a fim de atenuar alguns desses problemas, a energia disponvel
nas redes de distribuio no de qualidade aceitvel para algumas aplicaes.
Tais aplicaes so, por exemplo, aquelas que consumidores trabalham com
equipamentos caracterizados como cargas crticas, como sistema de comunicao e
computadores em aeroportos, equipamentos hospitalares, estaes de trabalho e
servidores com bancos de dados, em centros computacionais, que necessitam de
um fornecimento ininterrupto de energia eltrica.
18
19
fica em torno de 85 a 95% e apresenta baixa THDv (1 a 5%), o que torna o inversor
senoidal tecnicamente desejvel. No entanto, o seu alto preo torna-o invivel em
muitas aplicaes [29].
As principais topologias de no-break existentes so, stand-by, interativo e online. O projeto aqui implementado trata-se de um no-break on-line. Ser feito a
seguir uma comparao entre eles.
21
22
23
atualmente, por se tratar de uma tecnologia recente, tanto que esta rea ainda est
muito precria de material didtico.
Mais especificamente, foi realizado neste trabalho o projeto do j mencionado
no-break, bem como a implementao do mesmo e montagem de uma placa em
circuito impresso, conforme o projeto.
Aps a montagem da placa foram feitos os testes e ajustes necessrios, bem
como correes e mudana de componentes pertinentes. Tambm o acrscimo e
retirada de componentes at que se atingisse o funcionamento desejado. As
disparidades entre o projeto e a real necessidade na prtica, foram ajustados
resultando em uma placa final, que apresenta o funcionamento esperado do nobreak.
Como observado na Figura 2 o circuito de potncia do no-break pode ser
dividido em 4 blocos, o primeiro bloco (HB1) trata-se de um conversor AC/DC, para
este conversor foi utilizado um circuito retificador, com ainda um seletor 127V/220V.
Assim, para uma tenso de entrada de 127V utiliza-se um retificador dobrador e
para uma entrada 220V, utiliza-se um retificador normal (no-dobrador), do qual
trata-se no captulo 1.
O terceiro bloco (HB3) um conversor AC/DC utilizado para carregar as
baterias, tendo assim uma sada de 28V com um limitador de corrente de 1A. Para
tal circuito utiliza-se um conversor flyback no modo descontnuo, controlado por um
circuito integrado 1MO380, que ser tratado em seo especfica (captulo 2).
No captulo 3 ser tratado o quarto bloco (HB4), que corresponde a um
conversor DC/DC elevador, o qual quando h falta de energia converte a tenso das
baterias, em torno de 24V, em uma tenso de 260V. Para tanto, este bloco utiliza um
conversor que mescla caractersticas dos conversores forward e push-pull.
Finalmente, no captulo 4, ser analisado o segundo bloco (HB2) da Figura 2,
que corresponde ao circuito inversor, que visa transformar a tenso contnua de
sada dos blocos 1 ou 4 novamente em uma tenso senoidal de 115VRMS e de
freqncia 60Hz, com uma potncia de sada de 700W.
Assim a unio destes 4 blocos formar o circuito total do no-break. Quando
houver tenso na rede o bloco HB1 ir retificar a onda da rede que, depois passar
pelo inversor formando novamente uma onda senoidal, o que elimina as
24
25
1 - Circuito Retificador
1.1 - Introduo
Este primeiro captulo tratar do primeiro bloco do diagrama de blocos
apresentado na Figura 2 na introduo geral deste trabalho. Este primeiro bloco
trata-se de um conversor AC/DC, que converte a forma de onda da rede eltrica,
podendo esta ter 127V ou 220VRMS, com freqncia de 60Hz.
Este bloco converte a tenso alternada da rede em uma tenso contnua que
alimenta o barramento de entrada do inversor. Assim, como a entrada deste bloco
alimentada pela rede, ele s estar ativo quando a rede estiver presente, quando a
rede sair, o mesmo barramento de sada deste bloco ser alimentado pelo conversor
DC/DC alimentado pela bateria.
Adicionalmente, neste mesmo captulo ser citado tambm o filtro de linha, que
filtra as impurezas da rede, tais como picos de tenso de alta freqncia e outros
rudos, para que estas no prejudiquem componentes do circuito, bem como seu
correto funcionamento. Um resistor na entrada inserido no circuito apenas no incio
do funcionamento, para limitar a corrente de partida (in-rush), quando os capacitores
do retificador esto descarregados, que curto-circuitado por um rel cuja bobina
acionada pelo controle.
26
28
29
[Equao 1]
Win
Pin
f
[Equao 2]
[Equao 3]
cos 1 Vmin
V
p
tc
2 f
[Equao 4]
Q ichg tc C V
ichg Pico de corrente de carga do capacitor
Assim, a corrente de carga pode ser estipulada por:
30
[Equao 5]
ichg
C V C (V p Vmin )
tc
tc
[Equao 6]
[Equao 7]
portanto:
C
Pin
2
2
f V p Vmin
[Equao 8]
Considerando:
Ento:
2
2
I c21ef I DC
I chg
2
I chg I c21ef I DC
[Equaes 9 e 10]
E, como:
2 tc
T
2 tc
I DC ichg
I c1ef ichg
[Equaes 11 e 12]
Assim:
2
I chg ichg
2 tc 2 4 tc2
ichg 2
T
T
I chg ichg 2 tc f (2 t c f ) 2
31
[Equaes 13 e 14]
Assim, cada um dos capacitores deve ter o dobro do valor mostrado acima, uma
vez que esto em srie, ou este mesmo valor se estiverem em srie-paralelo, como
o caso, conforme a Figura 6. E a corrente de carga, que a corrente de pico
repetitivo que os diodos devem suportar, pode ser calculada pelas equaes 4 e 6.
ichg
260
cos 1
280
tc
1,01ms
377
1199F (280 260)
23,78 A
1,01ms
Pin
777,77
1,94 A
2 V 2 200
VC 2 min Vc 2 p
32
VC1min
2 Vmin Vc1 p
[Equao 18]
A energia fornecida pelo capacitor a cada meio ciclo dada pela equao a
seguir:
W
C1 VC21 p VC21min
W
[Equaes 19 e 20]
Pin
f
C1 C 2
Pin
f V VC21 min
2
C1 p
[Equao 21]
Assim para o clculo dos capacitores, usa-se o valor calculado na seo 1.2.1.1.
A corrente mdia e a tenso reversa que o diodo deve suportar, est apresentada a
seguir:
33
I Dmed ichg t c f
I Dmed 23,51 1,961m 60 2,76 A
VD max 2 2 V AC max 1,1
[Equaes 22 e
23]
34
1,1 220 2
15,5 A
22
35
36
1k // 180
Para que a rede atinja uma tenso de 217V (pico), a tenso RMS na rede dever
ser de:
VRMS
217
153V
2
37
38
2 - Carregador de Baterias
2.1 - Introduo
Como j mencionado na introduo geral, o carregador das baterias foi
implementado atravs de um conversor flyback no modo descontnuo com
transformador, controlado pelo integrado 1M0380 [5].
A tenso do carregador ser controlada por um regulador ajustvel de preciso,
o TL431 [6], tambm contando com um circuito de controle de corrente. O circuito
completo do carregador de baterias ser analisado neste captulo.
O carregador das baterias deve fornecer uma tenso de sada de 28V, uma vez
que foram utilizadas duas baterias de 12V em srie, e as mesmas apresentam uma
tenso de flutuao um pouco acima da nominal.
Este circuito possui um limitador de corrente de 1A, pois o equipamento ter um
longo perodo para carregar as baterias, quando houver energia da rede. A potncia
relativamente baixa, da ordem de 30W, torna simplificado o circuito e a robustez dos
componentes utilizados no mesmo.
39
40
2.2.2 - Flyback
2.2.2.1 - Integrado 1M0380 [5]
O flyback controlado pelo integrado 1M0380. O pino 1 (GND) deve ser ligado
ao terra, j o pino 2 corresponde ao dreno (drain) do FET na sada. O pino 3 (VCC)
corresponde alimentao, que deve ser de no mximo 30V. Seu diagrama de
blocos mostrado a seguir:
41
42
VE L p
, onde a razo cclica.
44
IM
T
[Equao 24]
Assim que o diodo comea a conduzir, por ele passa uma corrente que decresce
linearmente, conforme a forma de onda (D) da Figura 23, at chegar a zero, no
tempo T (onde dado por 1- ). Essa corrente se relaciona com a corrente de
pico no primrio IM, pois a energia no instante do corte deve ser constante e igual a:
Ep
1
L p I M2
2
[Equao 25]
1
LS I D2
2
[Equao 26]
I D I M
[Equao 27]
como
Np
NS
[Equao 28]
Pode-se escrever:
VS LS
IM
T
[Equao 29]
PS
f
45
[Equao 30]
2 PS
f Lp
IM
[Equao 31]
Lp
Substituindo PS por
VS2
RS
V E 2
2 PS . f
[Equao 32]
VS VE
RS
2 f Lp
[Equao 33]
A Equao 33 fornece a funo de transferncia do conversor Flyback mododescontnuo. Nota-se que tanto variaes em VE quanto em RS, contribuem para
variaes em . Assim, dever ser mximo para VEmin e ISmax, o que implicar em
max, logo para VEmin e ISmax deve-se ter:
max max 1
[Equao 34]
max VE min
VS 1 max
[Equao 35]
2 f LS
RS
[Equao 36]
N I M
C
IS
2
2 f LS
RS
2 N I M VC f
46
[Equao 37]
Potncia de sada:
P0 V0 I 0 28 1,51 29,5W
Indutncia no primrio:
Lp
max VE min 2
2 PS . f
0,5 1302
2 29,5.67k
1,068mH
Corrente no primrio:
IM
2 PS
2 29,5
0,989 A
f Lp
67 k 0,9m
Energia:
Da Equao 30 obtm-se:
PS 29,5
440J
f
67k
Ncleo EE
2 E 104
Ap
k k B
u j max
2 440 10 4
Ap
0,4 397 0,3
47
0,1468cm 4
[Equao 38]
0,597 10 4 0,32
A2 B 2
Al e
365nH / esp 2
2 E
2 440
Lp
Np
Al
900
50esp.
365n
[Equao
39]
[Equao
40]
max
I pRMS I M
I pRMS
ACu
0,989 0,5
404m
0,001005cm 2
402
43]
VS2
RS
, tem-
se,
LS
2
max
RS 0,5 2 28
52,2 H
2 f
2.67 k
[Equao
44]
NS
LS
52,2
11,95 12esp.
Al
365n
max
I S RMS
J
50
0,989 4,12 A
12
4,12 0,5
1,68 A
1,68
0,00418cm 2
402
48
N I M
C
IS
2
2 f LS
RS
2 N I M VC f
2 67k 52,2
28
305F
2 4,12 14m 67k
4,12 12
49
50
R1
V0
R1 R2
R1 R2
V REF
R1
Rtrimpot 0
V0
V0
270 2,2k 0
2,5 22,87V
270
Rtrimpot 2,2k
270 2,2k 1k
2,5 32,13V
270
51
mesmo (4N25), fazendo com que a tenso que vai ao pino de realimentao do
1M0380 [5] diminua, reduzindo-se, assim, a razo cclica.
E, quando a tenso na sada cai abaixo do nvel correto, o catodo do TL431[6]
ir deixar de demandar corrente, fazendo com que a corrente no diodo do
optoacoplador diminua, o que ir provocar um aumento na tenso coletor emissor do
transistor do optoacoplador, aumentando assim, a tenso na realimentao do
1M0380[5], fazendo com que a razo cclica do mesmo aumente. Mantendo, assim,
a tenso na sada estvel no valor desejado. Os capacitores do circuito funcionam
como filtro para os rudos.
Quando a corrente de sada, representada na Figura 26 por I1, cresce, ela causa
um aumento da tenso nos resistores em srie com a sada, cuja associao em
paralelo pode ser representada por um resistor de 0,5, assim, para correntes
52
maiores que 1A, essa associao passa a ter uma queda de tenso maior que 0,5V,
como pode-se notar em 1.
Com essa tenso, o transistor BC557 comea conduzir, gerando uma pequena
corrente, I2, que ir polarizar o transistor BC546 em 2, gerando a corrente I3, que ir
aumentar a corrente no diodo do optoacoplador em 3.
Independentemente da ao de controle do TL431[6], que ir perder sua
capacidade de compensar a queda de tenso que esta ao ir causar, a razo
cclica diminuir, pois aumentando a corrente no diodo do optoacoplador, a tenso
no coletor-emissor de seu transistor ir reduzir, diminuindo a tenso no pino de
realimentao do 1M0380[5], que ir provocar essa diminuio da razo cclica.
53
3 - Conversor DC/DC
3.1 - Introduo
Ser apresentado neste captulo o circuito do conversor DC/DC elevador, que
funcionar sempre que a rede cair, retirando energia da bateria, com uma tenso
entre 22V e 28V (cada uma das baterias tem uma tenso nominal de 12V,
totalizando 24V), e convertendo para uma tenso DC de 260V.
Alm do conversor, sero tratados alguns circuitos adicionais, como a
alimentao da placa de controle, a amostragem da carga da bateria e os drives das
chaves (MOSFET), bem como a amostragem da realimentao, que ir para o
controle.
A Figura 27 mostra o circuito completo do conversor DC/DC, que apresenta
tanto caractersticas de um conversor forward quanto do push-pull. Seu
funcionamento ser detalhado no decorrer deste captulo.
54
tpico
trata-se
de
alguns
circuitos
para
o conversor
DC/DC.
55
3.2.2 - Snubber
Estes dispositivos so utilizados para se amortecer as oscilaes de alta
freqncia geradas durante a comutao dos semicondutores de potncia, devido s
suas indutncias parasitas e capacitncias intrnsecas e so usados para evitar
picos elevados de tenso nos semicondutores, evitando que os mesmos sejam
danificados. E, por ser um circuito de baixa potncia, este no adiciona grande custo
ao projeto, propiciando ao mesmo, qualidade. Tem-se a seguir o circuito do snubber
implementado para proteger as chaves do conversor DC/DC.
56
2 V
R
iRMS
56 2
3,1k
1
VC1 VC 0 e
C
1
t
RC
t
V
R ln C1
VC 0
3.2.3 - Conversor
3.2.3.1 - Funcionamento do Circuito
Para explicar o funcionamento deste conversor, foi montado um circuito
esquemtico, apresentado na Figura 29, que simplifica o circuito, retirando-se
componentes em srie e paralelo, bem como componentes adicionais para melhorar
seu desempenho.
57
Este circuito, como se pode notar, compe-se de nada mais que dois
conversores forward compartilhando do mesmo indutor e capacitor do secundrio, e,
cada um trabalhando alternadamente, ou seja, funcionando entrelaados.
58
59
Dmax Vmax
Dmin Vmin
0,45 28
Dmin 22
Dmin
[Equao
45]
0,45 22
0,353
28
D Vi
VD D
N
D Vi
V0 VD D
N
Dmax Vi min
0,45 22
N
0,0757
V0 VD Dmax 130 1,5 0,45
V0
[Equao 46]
Vmin
22
Bmax
0,35 0,275T
Vmax
28
[Equao 47]
60
kj 63.35 40 0, 54 464,36
2,65 PS 10 4
Ap
kj B f
[Equaes 48 e
1,136
2,65 350 10 4
6cm 4
49]
N1
Vi min Dmax
22 0,45
4,54esp.
Ae B f
2,4 104 0,275 33k
[Equao 50]
N1
N
5
N2 1
66esp.
N2
N 0,0757
[Equao 51]
[Equao 52]
[Equao 53]
I mg
Dmax Vi min
0,45 22
6,6 A
Lp f
100 15k
[Equao 54]
I mgRMS I mg
D max
6,6 0,45
61
2,556 A
[Equao 55]
ACu
I RMS
2,556
0,0055cm 2
J
464,36
[Equao 56]
[Equao
57]
ACu
I RMS
1,985
0,00427cm 2
J
464,36
I pRMS
Lind
2,378mH
2 N I S min 2 f
2 0,0757 0,269 2 15k
[Equao
58]
62
1
1
2
2
Lind I S I S min 2,378m 2,69 0,269 10,41mJ [Equao 59]
2
2
2 E 10 4
2 10,41m 10 4
Ap
ku kj B
0,4 397 0,35
1,136
4,48cm 4
[Equao 60]
Assim, o ncleo a ser utilizado deve ser o ncleo EE 42/21/15, que tem um Ap de
4,66 cm4, Ae=1,82 cm e l e=9,7 cm. Calcula-se, agora, o fator de indutncia.
A2 B 2
1,82 10 4 0,352
Al e max
194,89 nH
esp 2
2E
2 10,41m
[Equao 61]
Al le
194,89n 9,7 10 2
82,65
0 Ae 4 107 1,82 10 4
l
9,7cm
lg e
1,17 mm
e 82,65
[Equaes 62 e 63]
Assim, a largura deixada entre as duas partes do ncleo deve ser da metade
deste valor, uma vez que o fluxo passar duas vezes pelo entreferro, sendo que o
entreferro deixado deve ser de 0,587mm. A seguir, tem-se o clculo do nmero de
espiras:
N
Lind
2,378m
110,46esp.
Al
194,89n
[Equao 64]
I RMS 2,96
0,00897cm 2
J
330
63
2,378m 2,69 2
L I S2
C
25,45F
2 V s V s
2 1,3 260
[Equao 65]
VESR 2 I S ESR
ESR
V ESR
1,3
0,24
2 IS
2 2,69
[Equao 66]
O capacitor utilizado foi o de 220F/400V, que tem 0,25 de ESR, como pode
ser visto em [DATASHEET CAPACITORES ELETROLTICOS], e este, ainda est
em paralelo com os capacitores do retificador, que possuem resistncia srie
equivalente ainda mais baixa. Assim, uma vez que o capacitor equivalente utilizado,
tem 10 vezes mais capacitncia e uma ESR menor que suficiente, de se esperar,
de acordo com as equaes 65 e 66, um ripple menor que o mximo dimensionado.
V 2
Vi max
28
2
740V
N
0,757
64
IS
2,69
35,53 A
N 0,0757
65
66
4 - Inversor
4.1 - Introduo
Nesta seo estuda-se o ltimo dos blocos do no-break, o inversor, ou seja, um
conversor DC/AC. Quando a rede est ativa este bloco alimentado pela tenso de
sada do retificador, retirando sua energia da rede. Quando h uma falta de energia
na rede este bloco passa a ser alimentado pelo conversor DC/DC, retirando sua
energia das baterias, de modo que no falte energia na sada, sendo esta a idia
central do no-break.
Para gerar uma onda senoidal a partir de uma tenso contnua, este circuito
utiliza-se de modulao PWM, assim, modula-se os pulsos a de maneira a se ter
uma senide em PWM, isto feito comparando-se uma senide com uma triangular,
porm este assunto deve ser tratado no controle. Da a onda em PWM passa por um
filtro, obtendo-se, ento a senide na sada.
Para tanto, utiliza-se um inversor senoidal bipolar PWM. O inversor bipolar PWM
gera pulsos de largura varivel, de modo que vrios harmnicos podem ser
eliminados. Para obter a modulao PWM, uma onda senoidal e uma onda
triangular, geradas pelo controle, so comparadas.
Assim, a tenso de sada PWM, varia de +Vcc para Vcc, dependendo da
comparao entre as ondas senoidal e triangular. Essa modulao produz pulsos
cujos harmnicos de baixa ordem podem ser eliminados. Devido simetria, os
harmnicos mpares so praticamente eliminados. Portanto, o filtro deve ter uma
freqncia de corte menor que a freqncia da onda triangular e maior que a
freqncia da onda senoidal.
67
68
Este circuito, tem um divisor resistivo, que divide a tenso na carga em cerca de
cem vezes, e dois buffers para manter o sinal, enviando-o para o controle, uma
amostragem da diferena de potencial sobre a carga.
69
Ainda na Figura 34, tem-se um triac, que acionado sempre que a tenso de
sada vence os quatro diodos zener de 51V, totalizado 204V, assim, quando a
tenso de sada ultrapassa esse valor no pico, o triac dever ser acionado,
causando um curto e rompendo o fusvel de proteo existente entre os capacitores
do barramento e o inversor.
70
71
4.2.3 - Snubber
Como este assunto j foi tratado na seo 3.2.2, passa-se diretamente ao
clculo dos componentes para o mesmo. A seguir tem-se a Figura 36 com o snubber
para as chaves do inversor:
Agora adota-se os mesmos clculos anteriores dos snubbers, assim, para uma
dissipao de 1,0W, e uma tenso do valor do pico de tenso do retificador como
dobrador, que pode ser vista na seo 1.2.1.2, obtem-se uma resistncia de:
R
2
Vmax
395 2
156k
1
1
33,3
2,1F
150k ln 0,9
Foi deixada uma boa folga para o capacitor, e o diodo usado foi o UF4007, que
suporta 700V de tenso reversa.
72
onda senoidal, filtrando as freqncias altas dos pulsos de 30kHz e deixando passar
a senoidal de 60Hz, modulada.
P VRMS I RMS
I RMS
P
VRMS
700
6,086 A
115
[Equao 67]
V p 115 2 162,63V
Vmin 0,9 V p 146,37V
Assim, segundo a equao 8, a capacitncia para esta carga dever ser de:
C
Pin
2
f Vp V
2
min
700
2322F
60 162,63 2 146,37 2
32,61V
2 f C R 2 60 2,2m 18,89
R
Vripple
D max
Vp
I L 1 2
2 VR
700
115 2
1 2
66,48 A
115
32
,
61
74
[Equaes 68 e 69]
cos1 Vmin
V
cos 1 0,9
p
tc
1,196ms
2 f
377
2322F (162,63 146,37)
ichg
31,56 A
1,196ms
I med
6,087
3,04 A
2
[Equao 70]
Assim, para dar certa folga foram colocados dois MOSFETs IRFP460 em
paralelo, cada um com uma corrente direta de 13A, a 100C, para uma corrente DC,
como mostrado na Tabela 5. Considerando que esta capacidade devido ao efeito
pelicular caia para 25%, tem-se uma corrente de 3,25A. Com os dois MOSFETs em
paralelo tem-se uma corrente de 6,5A, suportando, ainda as estimativas, bem como
uma margem de segurana.
75
1
2 L C
7
1,013 10
2
500
[Equao 71]
Assim, ao utilizar dois indutores de 500 H, pode-se obter uma capacitncia de:
C
1,013 10 7 1,013 10 7
50,66F
L
2m
fC
1
2 L C
1
444,85Hz
2 2m 64
76
1
1
2
2
Lind i D max 1m 66,48 2,21J
2
2
2 E 10 4
Ap
ku kj B
2 2,21 10 4
1,136
1972cm 4
Vp
2 f C R
115 2
152,63V
2 60 1m 18,89
700
115 2
1 2
46,8 A
115
2
71
,
74
Vp
i D max I L 1 2
2 VR
1
1
9
L C
8,96 10
2
f
2
1681
8,96 10 9 8,96 10 9
2 Lind
140H
C
64
1
1
2
2
E Lind i D max 70 46,8 76,71mJ
2
2
kj 63.35 40 0,54 464,36
2 E 10 4
Ap
ku kj B
2 76,71m 10 4
1,136
36,28cm 4
Al
2
Ae2 Bmax
5,25 10 4 0,35 2
220,07 nH
esp 2
2 E
2 76,71m
Al l e
220,07 n 14,7 10 2
49,03
0 Ae 4 10 7 5,25 10 4
lg
le 14,7cm
3mm
e
49,03
Assim, a largura deixada entre as duas partes do ncleo deve ser a metade
deste valor, uma vez que o fluxo passar duas vezes pelo entreferro, sendo que o
entreferro deixado deve ser de 1,5mm. A seguir, tem-se o clculo do nmero de
espiras:
N
Lind
Al
70
17,83esp.
220,07 n
I RMS
6,086
0,02017cm 2
J
301,78
78
ncleo
suportou
apenas
correntes
mximas
de
13A,
79
5 - Resultados Experimentais
80
Na Figura 38, quando o circuito foi ligado, surgiu ento tenso no barramento, e,
apenas decorrido algum tempo, o rel foi acionado, com uma tenso de 7,5V na
entrada do drive, que se encarregou de acionar o rel corretamente, conforme
observado em laboratrio.
Finalmente, na Figura 39, tem-se a forma de onda da sada do retificador com
uma tenso de entrada de 127V RMS, e uma carga de 100, extraindo uma
potncia em torno de 160W do no-break. Na Figura 40, tem-se a forma de onda na
sada do retificador, para uma tenso de entrada de 220V RMS, com as mesmas
condies de carga.
81
83
A seguir, na Figura 43, tem-se a tenso no dreno dos MOSFETs, bem como a
tenso no secundrio do transformador, na Figura 40.
84
Na Figura 43, pode-se notar que, quando ocorrem os pulsos, a tenso nos
drenos dos MOSFETs chega a praticamente 0V. O outro terminal do enrolamento
primrio ligado ao barramento de 24V, surgindo assim uma tenso de 24V na
bobina, a oscilao que ocorre a seguir devido troca de energia entre as
capacitncias das chaves e as indutncias magnetizantes do trafo.
No secundrio, durante os pulsos, surge uma tenso dada pela tenso no
primrio dividida pela relao de espiras entre o primrio e o secundrio, surgindo
tambm uma oscilao no tempo morto (em que no h pulsos), conforme Figura
44.
E, finalmente, tem-se a tenso na sada do conversor DC/DC, aps o filtro de
sada, o barramento de 260V, que alimentar o inversor quando a rede estiver fora.
A carga utilizada na sada do no-break, durante a aquisio desta forma de onda foi
de 100, o que leva potncia de sada de 161W. Essa forma de onda
apresentada na Figura 45.
85
86
Na Figura 44, tem-se os sinais dos pulsos nos gates dos MOSFETs antes dos
resistores de 22, ou seja, aps os drives dos mesmos. Onde pode-se notar a
87
Finalmente, tem-se a onda PWM antes do filtro de sada, depois das chaves, e,
na Figura 49, o sinal na sada, depois do filtro, que o principal resultado do circuito
geral do no-break. A tenso na sada medida atravs do multmetro foi de 129VRMS,
as figuras a seguir so para uma carga de 1k, tendo sido verificada a eficincia do
circuito com sucesso.
88
Na Figura 49, pode-se ver a onda PWM formando uma senide a cada 3,33
divises, porm, a largura de pulsos apresentada no real, ocorrendo devido
89
90
de filtrar a onda PWM, j que o filtro foi projetado para uma freqncia de corte
muito abaixo da freqncia dos pulsos.
O circuito, porm, funcionou corretamente para uma carga resistiva como foi
medido e mostrado no captulo 5. Sendo assim, pode-se concluir que o trabalho
realizado para a implementao do no-break aqui descrito foi realizado com
sucesso. Tendo, cada um dos blocos aqui descritos interagido corretamente,
juntamente com o circuito de controle.
Finalmente, tem-se ainda que regular a tenso na sada, para que esta fique em
115V, pois no momento a sada est com uma tenso em torno de 127V. No anexo
1, tem-se o circuito geral dos estgios de potncia do no-break.
92
7.1 - Introduo
Basicamente uma fonte ininterrupta de energia composta por um retificador,
um banco de baterias, um inversor de tenso, e circuitos eletrnicos responsveis
pelo controle do sistema. A tenso alternada gerada pelo no-break deve ter
freqncia, forma e amplitude invariantes, independentemente das eventuais
alteraes na alimentao provenientes da bateria ou na carga.
Por se tratar de uma fonte alternativa de tenso, a amplitude e a freqncia so
os mesmos encontrados na rede eltrica, ou seja, uma tenso de 127V alternada
com uma freqncia de 60Hz. J quanto a sua forma, a onda de sada do inversor
pode ser quadrada, pseudo-senoidal ou senoidal.
Aqui ser descrito o sistema de controle analgico deste trabalho. Apresenta-se
a seguir o diagrama de blocos do no-break e seu controle.
93
94
95
8.1 - Introduo
A converso DC/DC empregada no processo afim de que a partir da tenso
das baterias possa se obter uma tenso de barramento prxima tenso retificada
da rede eltrica, quando esta se encontra presente. esta tenso que alimenta o
inversor para gerar na sada a tenso senoidal desejada. Desta forma quando a rede
eltrica est presente, a tenso de barramento se origina da sua retificao, e na
ausncia de rede eltrica, esta tenso originada das baterias sendo elevada
atravs de dois conversores forward defasados de 180.
A Figura 53 mostra o diagrama de blocos da converso DC/DC. Nele observa-se
que a tenso de sada atenuada pelo bloco e comparada com uma tenso de
referncia (Vref) que por sua vez, gera uma tenso de erro (Verro) que vai para o
circuito de controle onde se obtm os pulsos de razo cclica D, para atuar no bloco
de converso de potncia.
Nota-se ento, que uma fonte chaveada formada por um lao com
realimentao negativa que visa manter constante tenso de sada Vs.
COMPARADOR
DE ERRO
Vref
Verro
+
-
Ve
CIRCUITO
DE CONTROLE
CONVERSOR
DC/DC
FILTROS
Vs
96
97
8.3 - CI 3525
Um dos mais populares circuitos no mercado que operam com modulao por
largura de pulsos o UC3525, cuja estrutura bsica apresentada na Figura 55.
Vref
16
+VIN 15
OSC OUT
4
PROTEO DE
SUBTENSO
REGULADOR
13
VC
11
SADA A
14
SADA B
GND 12
SINC 3
RT
CT
FLIP
FLOP
OSCILADOR
DISCH 7
COMPARADOR
COMP 9
Vref
AMPLIFICADOR DE ERRO
PWM
LATCH
INV 1
NI 2
SOFT-START 8
SHUTDOWN10
5K
5K
98
Este circuito integrado deve ser alimentado atravs do pino 15 com uma tenso
continua entre 8 e 35V. Um circuito de proteo denominado undervoltage lockout
responsvel por inibir os pulsos de comando at que a tenso de entrada (Vin, pino
15) seja superior a 8V. Internamente existe um regulador de tenso responsvel por
estabelecer uma tenso da ordem de 5,1V (pino 16) usada como tenso de
referncia e para alimentar os circuitos internos.
Um gerador de onda dente de serra tem sua freqncia determinada por um par
RC conectado aos pinos 5 e 6. Para o 3525, o fabricante recomenda a operao em
freqncias entre 100Hz e 500kHz. A rampa gerada tem uma excurso de
aproximadamente 2,5V e pode ser observada no pino 4 do integrado. O pino 3
encontra-se ligado ao oscilador, o pino de sincronismo, que responsvel por
sincronizar em freqncia esta onda com algum sinal externo.
Por meio do pino 7 pode-se ajustar o tempo de descarga do capacitor,
ajustando-se assim, o tempo morto entre os pulsos na sada.
O sinal do oscilador aciona um flip-flop, selecionando para qual das duas sadas
ser ligada. Este sinal passa por um latch, de modo a garantir um nico pulso por
ciclo, podendo ainda ser inibido pela entrada de shutdown (pino 10), o qual atua em
um tempo da ordem de 200ns. A sada dupla permite o comando de uma topologia
semelhante push-pull. Os transistores podem fornecer no mximo 200mA,
suportando 60V. Caso haja a necessidade de maiores nveis de corrente nas sadas
deve ser providenciado um driver externo.
O comparador possui 3 entradas. Uma delas proveniente do gerador de rampa,
outra fornecida pela sada do amplificador de erro e a ltima pelo pino 8,
responsvel pela partida progressiva (soft-start).
O amplificador de erro do tipo transcondutncia, ou seja, apresenta uma
elevada impedncia de sada, comportando-se como uma fonte de corrente. O
compensador pode ser construdo a partir do prprio amplificador operacional
interno ao CI. Caso no haja a necessidade de malha fechada, curto-circuita-se os
pinos 1 e 9 para obter a configurao de seguidor de sinal. O amplificador limitador
de corrente pode ser usado no modo linear ou com limitao pulso a pulso. Sua
tenso de limiar de 200mV.
99
8.4 - Sincronismo
O sincronismo realizado entre os pulsos de controle dos conversores DC/DC e
DC/AC, para que com suas freqncias sincronizadas se evite problemas como
interferncia e o aparecimento de harmnicas indesejadas.
Visto que o CI 3525 disponibiliza uma entrada (pino 3) para o sincronismo de
seu sinal de sada, foi implementado um circuito que, a partir da onda triangular que
ser usada na gerao dos pulsos para o inversor, gere pequenos pulsos na mesma
freqncia desta onda triangular. Pulsos estes que so ligados ao pino de
sincronismo do CI 3525, sincronizando os controles dos conversores.
A Figura 56 mostra o circuito que gera os pulsos de sincronismo:
102
9 - Inversor
9.1 - Introduo
Os inversores, ou conversores DC/AC, so responsveis pela converso
de nveis contnuos de tenso ou corrente em nveis alternados em sua sada,
apresentando simetria em amplitude. A freqncia de operao pode ser fixa
ou varivel. Dentre as aplicaes onde a freqncia de operao varivel
destaca-se o controle de velocidade de motores. Fontes de alimentao para
sistemas embarcados e fontes ininterruptas de energia figuram entre as
principais aplicaes quando a freqncia de operao fixa.
Os inversores podem ser classificados em dois grupos: inversores de
tenso e inversores de corrente. Os conversores DC/AC de tenso tm como
entrada uma fonte de tenso ou um capacitor de valor elevado para substitula. De maneira anloga, os conversores DC/AC de corrente apresentam na sua
entrada uma fonte de corrente ou um indutor de valor elevado que caracterize
este efeito. Entre as topologias monofsicas destacam-se os conversores
DC/AC em ponte completa, em meia ponte e do tipo push-pull.
A estrutura em ponte completa a mais utilizada e adequada para
potncias elevadas, por possuir caractersticas interessantes em relao a
esforos de corrente e tenso, dentre outros fatores. Na estrutura no isolada,
o valor de pico da senide de sada inferior ao valor da tenso contnua de
entrada. Para elevar a tenso de sada deve-se introduzir um transformador no
circuito. Neste trabalho a estrutura utilizada para o inversor foi a ponte
completa no isolada.
Inversores de tenso senoidais so responsveis por fornecer uma tenso
senoidal em sua sada. Entretanto, a operao dos interruptores em alta
103
freqncia
produz
na
sada
do
inversor
interferncias
(harmnicos)
104
105
106
Vtri
Vref
Vab
Vtri
Vtri2
Vref
Vab
Tempo (sem escala)
107
108
CS
RS
VO
Va = BVO
CP
RP
R Zp
L(s ) 1 F
R1 Zp Zs
Portanto,
L( s )
1 RF R1
3 sCR 1 sCR
109
1 RF R1
3 j (CR 1 CR)
L( j )
O ganho de malha ser um nmero real, isto , a fase ser zero, em uma
freqncia dada por:
0 CR
1
0 CR
Isto ,
1
CR
RF R1 2
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
10 - Proteo e Sinalizao
122
123
124
125
126
127
gerados pelo 3525. A Figura 74 mostra todo o circuito responsvel por enviar
sinais de bloqueio de pulsos.
128
129
11 - Resultados Experimentais
11.1 - Introduo
Neste captulo so apresentadas as formas de onda dos principais
elementos que constituem o controle analgico do no-break apresentado neste
trabalho, e tambm a sada do sistema.
130
131
132
133
134
135
136
137
11.7 - Soft-Start
A suavizao de uma onda atravs do circuito de soft-start para evitar
danos ao sistema devido a transitrios, pode ser observada neste no-break. O
soft-start
foi
aplicado
na
onda
senoidal
de
referncia
assim
138
139
140
141
142
13.1 - Introduo
O controle digital do conversor permite a implementao de algoritmos
mais eficientes e uma maior integrao do sistema. Para a implementao do
controle digital dos conversores necessrio conhecer alguns conceitos que
so apresentados neste captulo.
Evidencia-se, na literatura atual e em aplicaes industriais, o uso cada vez
mais freqente de tcnicas de controle digital via microprocessadores no
comando e controle de sistemas. Novas tcnicas e equipamentos vm surgindo
em todas as reas do conhecimento humano, na Engenharia Eltrica muitos
dos admirveis utenslios, que facilitam e agilizam a vida, trazem embutidas
tecnologias, em que as solues propostas muitas vezes so extremamente
sofisticadas, tornando-as economicamente inviveis e possivelmente no
implementveis por mtodos clssicos da Eletrnica Analgica-Digital. O uso
de microprocessadores e DSPs tem viabilizado a operao de sistemas que
requerem processamento e controle mais refinados.
Com o avano nas reas de controle de processos, novas leis de controle
cada vez mais eficientes tm sido estudadas e analisadas, conseguindo-se
maior eficincia no controle de equipamentos, porm o preo que se paga
tangente ao custo e dificuldade de implementao de tais tcnicas, ficando,
s vezes, as solues encontradas confinadas a aplicaes apenas no campo
terico, por intermdio de simulaes. Assim, os microprocessadores, cada vez
mais sofisticados e atrativos financeiramente, so hoje notoriamente evidentes
em uma grande gama de equipamentos e instrumentos, parecendo tornar-se
uma tendncia natural a migrao para sistemas de controle digital baseados
143
dar-se
por
linhas
de
programao,
bastando
ser
controlado
com
emprego
de
controladores
144
controle de mquinas;
UPS (no-breaks);
carregadores de bateria;
estabilizadores de tenso;
145
vieram
os
microprocessadores,
substituindo
milhes
de
microcontroladores,
em
geral,
possuem
todos
os
perifricos
146
147
Enquanto
os
microcontroladores
ou
microprocessadores
comuns
148
Nas
telecomunicaes
(filtros, compresso,
multiplexao
cancelamento de eco);
149
processamento
em
tempo
real
acontece
num
sistema
cujo
150
151
sinal
original
naquele
momento
(quantizao).
Estas
152
153
para ser no mnimo duas vezes maior que a freqncia mxima (Fmx). Por
exemplo, para representar um sinal de udio com freqncias at 10kHz, o
conversor A/D deve amostrar esse sinal utilizando uma freqncia de
amostragem (Fa) de no mnimo 20kHz.
Para melhor entendimento, v-se como funciona um conversor A/D de 4
bits (Figura 89).
Com 4 bits o mximo representvel o nmero 16. Isso quer dizer que
tem-se uma faixa de [O a 15] (no sinalizado) ou [+7 a -8] (sinalizado). Nesse
conversor fictcio, tem-se uma variao a cada 1 volt. A Figura 89 mostra um
sinal de udio de 200 Hz variando de [+7 a -8] volts, que ser capturado por
um microfone. Conforme o teorema da amostragem, seria necessria uma
freqncia de amostragem de 400 Hz.
Lembrando que, se o sinal de udio possusse amplitude maior que a faixa
representvel do conversor A/D [+ 7V e -8V], ento no seria possvel
converter tal sinal.
Existe tambm o conversor digital-analgico (D/A), que possui todas as
caractersticas do conversor A/D, os quais diferem apenas porque o D/A pega
um sinal digital e transforma em analgico. Por exemplo, em uma aplicao de
udio, um microfone captura o udio e o envia a um conversor A/D, que
entrega o sinal amostrado e quantizado a um processador digital. Este ltimo
efetua diversas operaes com o sinal de udio. S ento o processador envia
ao conversor D/A, para remontar o sinal analgico a partir do sinal digital, para
ser reproduzido em um alto-falante.
Um exemplo de circuito integrado comercial dedicado para a converso
154
155
156
157
158
159
160
161
14 - Dsc Utilizado
162
163
164
instrues dedicadas;
3. A idia da Microchip desenvolver ferramentas de suporte para
18;
5. Tecnologia de 0,4u;
6. No possui tecnologia NanoWatt;
7. 84 instrues;
8. 86% das instrues so executadas em 1 ciclo de mquina
MIPS;
10. Processamento em inteiro ou ponto fixo fracionrio 1.15, ambos
sinalizados ou no sinalizados;
11. Alimentao 2,5 a 5,0V;
165
buffer de 16 words;
16. O resultado da converso pode ser escolhido entre inteiro
de programa = 24 bits;
21. 16 registradores W de 16 bits. Alguns so mapeados para
ram;
24. Multiplicao 17 x 17 bits;
25. 2 acumuladores 40 bits;
26. 2 registradores status (DSP status e MCU status);
27. Buffer circular (filtros digitais);
28. Bit reverse (FFT). O TMS320LF240 demora 74% a mais que o
166
de 32 bits;
39. Recursos novos no mdulo capture para gerar interrupo a cada
4 captures e outros;
40. Entrada para leitura de 3 Encoders de quadratura, direto de
chaveamento;
43. at 2 UARTs com 4 bytes de pilha cada;
44. I2C multi-master;
45. Leitura de CODEC por hardware;
46. 2 CAN;
47. Dividido em 3 famlias: para motores, sensores e uso geral;
48. Compilador C30 da Microchip;
49. No Mplab, recurso Visual Initializer na opo TOOL para
167
digitais;
51. Instruo PWRSAV: em modo idle, cpu pra, mas clock no. Em
168
169
170
171
172
INTERRUPO_A/D:
173
INTERRUPO_TIMER1:
174
175
176
177
178
179
uma para sada de alarme, que para esta foi utilizado o 555. Se fosse utilizado
um DSC com maior quantidade de pinos I/O este circuito analgico seria
facilmente descartado e implementado uma lgica via software o que reduziria
ainda mais o tamanho final da placa de controle digital.
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Figura 106 Foto da placa giga de testes acoplada placa de controle digital.
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Figura 109 Foto placa DSC e LCD com chave de leitura V/I.
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17.1 - Introduo
Neste captulo so apresentadas as formas de onda dos principais
elementos que constituem o controle digital do no-break apresentado neste
trabalho, e tambm a sada do sistema.
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193
194
ainda
uma
economia
na
quantidade
de
circuitos
auxiliares
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Concluso do Trabalho
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198
consumo, sem que tenha que adquirir outro equipamento completo, visto que o
sistema modular apresenta uma unidade de superviso e controle que monitora
o sistema completo.
Com base no exposto anteriormente pretende-se desenvolver uma
tcnica para implementao de uma unidade de superviso e controle que
possibilite realizar o paralelismo de no-breaks, tornando o sistema flexvel para
expanso.
Para que o trabalho seja dado como finalizado, pretende-se desenvolver
o modelamento matemtico do controlador digital, para comprovao terica da
estratgia de controle utilizada.
199
Publicao
200
Apndice A
201
202
Isso significa que um plo no plano s pode ser localizado no plano z por
meio desta transformao. Uma vez que a varivel complexa s tem uma parte
real e uma parte imaginria , tem-se:
(A2)
logo,
(A3)
Nota-se que
203
A rea fechada compreendida por qualquer uma das faixas ser mapeada
dentro do crculo unitrio no plano z, significando que a relao entre o plano z
e o plano s no nica. Um ponto no plano z corresponde a infinitos nmeros
de pontos no plano s, embora um ponto no plano s tenha apenas um nico
ponto correspondente no plano z.
Sabendo-se que o semiplano esquerdo no plano s mapeado no interior
do crculo unitrio no plano z, o semiplano direito no plano s mapeado no
exterior do crculo unitrio no plano z. Nota-se que, se a freqncia de
amostragem for pelo menos duas vezes maior que a maior freqncia das
componentes que participam do sistema, todos os pontos no crculo unitrio do
plano z representam freqncia entre
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205
(A4)
(A5)
206
207
Implementar
funo
de
transferncia
computacionais
208
atravs
de
algoritmos
Referncias Bibliogrficas
209
210
[21] FIORENTINO,Leandro Motta Trabalho de concluso de curso NoBreak 1,2Kva, Senoidal, Funcionando em Malha Fechada: Estgios de
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211
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ANEXOS
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