Guia Educacao para Empreendedorismo 2014 PT PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 100

Educação para o empreendedorismo

Guia para
educadores

Empresas Junho de 2013


e Indústria
Educação para o empreendedorismo

Guia para
educadores

Junho de 2013
A presente publicação é financiada ao abrigo do Programa-Quadro para a Competitividade e a Inovação,
que visa promover a competitividade das empresas europeias.

Publicada por:
Unidade: Empreendedorismo 2020
Direção-Geral das Empresas e da Indústria
Comissão Europeia
1049 Bruxelas
BÉLGICA
[email protected]

AVISO LEGAL
Nem a Comissão Europeia nem qualquer pessoa agindo em seu nome são responsáveis pelo uso que possa ser feito da informação
contida na presente publicação, nem por quaisquer erros que subsistam, apesar de uma preparação e verificação cuidadosas.
A presente publicação não reflete, necessariamente, o parecer ou a posição da Comissão Europeia.

Foto da capa © Colorscurves | Dreamstime.com


Fotos do texto © Dreamstime.com, Istockphoto.com

ISBN 978-92-79-30921-2
doi:10.2769/81681

© União Europeia, 2014


A reprodução é autorizada mediante indicação da fonte, salvo indicação em contrário.
Para a utilização/reprodução de qualquer material cujos direitos de autor pertençam a terceiros especificado como tal, deve ser obtida
a autorização do(s) titular(es).
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 3

Educação para o empreendedorismo


― Guia para educadores
O presente guia foi elaborado em 2013 para a DG Empresas e Indústria da Comissão Europeia.

Sinopse: O presente guia visa divulgar uma seleção de exemplos


de práticas inspiradoras, que foram apresentadas nos dois
Em 2012, a DG Empresas e Indústria e a DG Educação e eventos, a um público mais vasto. Realça os instrumentos
Cultura organizaram dois eventos transnacionais centrados viabilizadores e os fatores de sucesso dos exemplos e forne-
na formação de professores em educação para o empreen- ce indicações de contacto para informações adicionais.
dedorismo. Os eventos foram realizados em maio de 2012
(Dublim, Irlanda) e setembro de 2012 (Brdo, Eslovénia), e ti- Nesta base, apresenta uma seleção de recomendações prá-
veram por objetivo reunir intervenientes envolvidos na edu- ticas elaboradas na sequência dos eventos, na esperança
cação e formação de professores para o empreendedorismo, de inspirar os profissionais a tomarem medidas e a pros-
a fim de apresentar boas práticas, possibilitar o intercâmbio seguirem as suas próprias atividades, a fim de estimular os
de ideias e permitir que os participantes aprendessem uns professores para a educação para o empreendedorismo.
com os outros.

Os dois eventos contaram com a participação de cerca de Organização responsável pela execução:
170 delegados de mais de 30 países ― Estados-Membros
da União Europeia, países candidatos à adesão e países par- O presente guia foi elaborado em 2013 para a Comissão
ceiros. Os peritos apresentaram quadros e orientações, e os Europeia ― DG Empresas e Indústria pela ICF GHK | GHK
profissionais de escolas, as instituições de formação de pro- Consulting Ltd.
fessores. As ONG e as entidades prestadoras de formação
divulgaram os seus métodos, programas e projetos. Foram
exploradas e debatidas ideias inovadoras em workshops e
sessões de trabalho em grupo. No total, foi abrangida uma
grande variedade de domínios de ação no que respeita à
implementação da educação para o empreendedorismo na
formação de professores.
4 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Prefácio
Nunca o apoio ao empreendedorismo foi tão importante como «Erasmus+» proposto, como do apoio à aprendizagem entre
atualmente. O reforço da educação para o empreendedorismo pares, a partir das políticas e práticas de cada um dos outros
em escolas, instituições de ensino profissional e universidades Estados-Membros. O recém-criado Instituto Europeu de Inova-
terá um impacto positivo no dinamismo empresarial das nossas ção e Tecnologia está igualmente a contribuir para a mudança
economias. De facto, para além de contribuir para a criação de de mentalidades, no sentido de uma cultura mais empreende-
empresas sociais e novas empresas em fase de arranque, a dora, sendo que as suas Comunidades de Conhecimento e Ino-
educação para o empreendedorismo reforçará a empregabili- vação (CCI) têm agora os seus próprios cursos de mestrado e
dade dos jovens e formará jovens mais «intraempreendedores» doutoramento com uma forte dimensão de empreendedorismo.
no âmbito do trabalho por eles desenvolvido no seio de orga-
nizações existentes, nos setores social, público e privado. Por Os professores desempenham um papel central, uma vez que
conseguinte, o investimento na educação para o empreendedo- têm um forte impacto no aproveitamento escolar dos alunos.
rismo é um dos investimentos com maior retorno que a Europa Os professores envolvidos mantêm a sua prática sob perma-
pode fazer: estudos revelam que a probabilidade de os alunos e nente avaliação e ajustam-na em função dos resultados de
estudantes que beneficiam da educação para o empreendedo- aprendizagem desejados, e das necessidades individuais dos
rismo criarem uma empresa numa fase posterior da sua vida é estudantes. Enquanto competência-chave, o empreendedo-
três a seis vezes superior à dos que não beneficiam da mesma. rismo não envolve necessariamente uma disciplina curricular
específica, mas exige uma forma de ensino em que a apren-
Através do plano de ação «Empreendedorismo 2020» e da dizagem empírica e os projetos desempenham um papel cru-
comunicação «Repensar a educação», a Comissão Euro- cial. Os professores não fornecem as respostas aos estudan-
peia salientou a necessidade de integrar a aprendizagem do tes, ajudando-os antes a pesquisar e identificar as perguntas
empreendedorismo em todos os setores da educação, incluindo certas e a encontrar as melhores respostas. Para inspirar os
na aprendizagem não formal. Ambos os documentos exortam seus alunos e ajudá-los a desenvolver uma atitude empreen-
os Estados-Membros a proporcionarem a todos os jovens uma dedora, é necessário que os professores possuam uma vasta
experiência prática de caráter empresarial antes do final da gama de competências relacionadas com a criatividade e
escolaridade obrigatória, realçando a importância da aprendi- o empreendedorismo, e disponham de um ambiente escolar
zagem pela prática nos sistemas de educação e formação. A onde a criatividade e a assunção de riscos sejam incentivadas e
educação é da competência dos Estados-Membros, mas uma os erros valorizados como uma oportunidade de aprendizagem.
ação a nível europeu pode ajudar os Estados-Membros a adap- O desenvolvimento das competências dos diretores de escolas
tarem e melhorarem os seus processos de recrutamento, for- e do pessoal docente ― incluindo de candidatos a novos pro-
mação e desenvolvimento dos respetivos corpos docentes. Tal fessores e de professores que exercem a sua profissão há já
pode ser realizado tanto através do financiamento de ações muito tempo ― deve constituir uma prioridade absoluta para
que têm impacto sistémico, sobretudo através do programa os Estados-Membros.
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 5

Apesar de a Comissão estar a reforçar o apoio que concede O presente guia resulta da união de professores e peritos em
ao reforço das profissões docentes, está igualmente a aumen- dois workshops práticos («laboratórios») a nível europeu, com
tar o grau de dificuldade que coloca aos Estados-Membros e o objetivo de realizar um intercâmbio de práticas existentes
às próprias profissões, ao solicitar-lhes que encetem reformas e debater as melhores formas de educar e apoiar os profes-
que permitam proporcionar um ensino de melhor qualidade, sores na introdução de métodos e projetos empreendedores
através de um ensino e de uma formação de professores mais nas salas de aula. Os exemplos e ideias recolhidos durante os
eficaz, uma vez que qualquer reforma só será bem-sucedida referidos workshops foram compilados no presente guia a fim
se for iniciada e concluída pelos professores e por aqueles de partilhar estas práticas inspiradoras com um público mais
que os formam. vasto. Desejamos-lhe uma boa leitura e esperamos que o pre-
sente manual lhe possa ser útil.
Índice
Introdução 7
Palavras-chave 8
O que é um professor empreendedor? 9
O que é necessário para apoiar a formação dos professores em educação para o
empreendedorismo? 10
Exemplos de práticas de formação inicial de professores 13

Formação inicial de professores: principais mensagens extraídas dos exemplos 14

ÌÌ Instituições de formação de professores orientadas para o empreendedorismo 16


ÌÌ Programas de formação de professores-formandos em educação para o empreendedorismo  33
ÌÌ Métodos de ensino e pedagogias empreendedores ou inovadores 36
ÌÌ Ligação em rede e intercâmbio de boas práticas 48

Exemplos de práticas de desenvolvimento profissional contínuo 51


Desenvolvimento profissional contínuo: principais mensagens extraídas dos exemplos 52

ÌÌ Escolas empreendedoras 54
ÌÌ Programas de preparação de professores no ativo para a educação para
o empreendedorismo  58
ÌÌ Métodos de ensino inovadores e conceitos associados à educação para o empreendedorismo 72
ÌÌ Estratégias de sensibilização dos prestadores de desenvolvimento profissional contínuo 82
ÌÌ Iniciativas de apoio contínuo a professores no ativo 88

ÍNDICE 96
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 7

Introdução
Para apoiar a produtividade e o crescimento na Europa é essencial investir Escusado será dizer que professores e educadores têm um papel essencial a O presente guia visa
na educação e formação. A Europa precisa de empreendedores criativos e desempenhar nesta matéria enquanto facilitadores da aprendizagem e mul- divulgar uma seleção
inovadores e de uma mão-de-obra flexível e resiliente, bem dotada das apti- tiplicadores de ideias, uma vez que moldam os processos de aprendizagem de exemplos de práticas
dões necessárias e das principais competências. e podem ajudar os estudantes a alcançar os objetivos da aprendizagem do inspiradoras, que foram
A Comissão Europeia reconhece a educação para o empreendedorismo empreendedorismo ― conhecimentos, competências e atitudes concretos. apresentados nos dois
como um instrumento que pode contribuir para que os jovens sejam mais Há igualmente que conceder a professores e educadores a oportunidade eventos, a um público
empreendedores. Trata-se de desenvolver um conjunto geral de competên- de adquirirem os conhecimentos, as competências e as atitudes que lhes mais vasto. Realça os
cias aplicáveis em todos os domínios, e não apenas de aprender a gerir permitam incluir a educação para o empreendedorismo nos programas instrumentos viabiliza-
uma empresa. A educação para o empreendedorismo inclui todas as formas de ensino e possibilitar a aprendizagem do empreendedorismo. Todos os dores e os fatores de
de aprendizagem, educação e formação que contribuem para o desenvolvi- professores-formandos e os professores em geral, devem poder beneficiar sucesso dos exemplos e
mento de espíritos, competências e comportamentos empreendedores ― de, pelo menos, uma experiência de formação sobre os principais temas e fornece informações de
com ou sem um objetivo comercial. métodos relacionados com a aprendizagem do empreendedorismo, e com a contacto para informa-
educação para o empreendedorismo durante as suas carreiras. ções adicionais.
Em novembro de 2012, a Comissão Europeia publicou a comunicação intitulada
«Repensar a educação: investir nas competências para melhores resultados A Comissão Europeia publicou vários documentos de orientação política sobre Nesta base, apresenta
socioeconómicos». Esta iniciativa política salienta que, para formar «compe- como implementar a educação para o empreendedorismo (por exemplo, «A uma seleção de recomen-
tências para o século XXI», é necessário concentrar esforços para desenvolver Agenda de Oslo da Educação para o Empreendedorismo na Europa») e deu dações práticas elabo-
competências transversais como o empreendedorismo, e realça «a capacidade início a debates entre decisores políticos numa série de «grupos de reflexão de radas na sequência dos
de pensar de forma crítica, de tomar a iniciativa, de resolver problemas e de alto nível». Em todos os referidos documentos e debates, as atividades eventos, na esperança de
trabalhar em colaboração». Deve ser dispensada especial atenção às referidas relativas à formação inicial e ao desenvolvimento profissional contí- inspirar os profissionais
«competências empresariais», uma vez que estas não só contribuem para a nuo de professores na Europa desempenharam um papel de relevo (**). a tomarem medidas e
realização de uma atividade empresarial concreta como também aumentam Em 2012, a DG Empresas e Indústria e a DG Educação e Cultura organiza- a prosseguirem as suas
a empregabilidade dos jovens. ram dois eventos transnacionais centrados na formação de professores em próprias atividades, a fim
«Os Estados-Membros devem promover as competências empresariais por educação para o empreendedorismo. Os eventos foram realizados em maio de estimular os professo-
meio de formas novas e criativas de ensino e aprendizagem a partir da de 2012 (Dublim, Irlanda) e setembro de 2012 (Brdo, Eslovénia), e tiveram res para a educação para
escola primária, associando a esse esforço uma ênfase, desde o ensino por objetivo reunir intervenientes envolvidos na educação e formação de o empreendedorismo.
secundário ao ensino superior, na oportunidade de criação de empresas professores em matéria de empreendedorismo, a fim de apresentar boas
como uma opção de carreira. A experiência do mundo real, adquirida pela práticas, possibilitar o intercâmbio de ideias e permitir que os participantes
(*) Comissão Europeia, 2012,
aprendizagem baseada na resolução de problemas e em ligações às empre- aprendam uns com os outros.
Repensar a educação ― Investir
sas, deveria ser integrada em todas as disciplinas e adaptada a todos os Os dois eventos contaram com a participação de cerca de 170 delegados de nas competências para melho-
níveis de ensino. Todos os jovens deveriam poder beneficiar de pelo mais de 30 países (Estados-Membros da União Europeia, países candidatos à res resultados socioeconómicos:
menos uma experiência prática em empresa antes do final da esco- adesão e países parceiros). Os peritos apresentaram quadros e orientações, e os http://ec.europa.eu/education/
laridade obrigatória» (*). profissionais de escolas, as instituições de formação de professores, as organiza- news/rethinking/com669_pt.pdf.
Para o setor da educação e formação, tal significa que é necessário envi- ções não governamentais (ONG) e as entidades prestadoras de formação divul- (**) http://ec.europa.eu/enter-
dar esforços para garantir que os estudantes europeus de hoje desenvol- garam os seus métodos, programas e projetos. Foram exploradas e debatidas prise/policies/sme/promoting-
vem competências empresariais e têm a oportunidade de beneficiar de uma ideias inovadoras em workshops e sessões de trabalho em grupo. No total, foi -entrepreneurship/education-
«experiência prática em empresa». Tal é relevante para todos os níveis de abrangida uma grande variedade de domínios de ação no que respeita à imple- training-entrepreneurship/
ensino ― desde o pré-primário até ao ensino superior. mentação da educação para o empreendedorismo na formação de professores. index_en.htm.
8 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Palavras-chave
Formação inicial Desenvolvimento Formação inicial Desenvolvimento
de professores profissional contínuo de professores profissional contínuo
Abordagem da escola como organização 21 Integrada 17, 21, 23, 25, 31, 33 55, 57, 67, 91
Apoio contínuo 89, 91 Interdisciplinar 27
Apoio do Governo 47 Ligação em rede 49
Aprendizagem através da indústria 35 Materiais didáticos 61, 73, 75, 93
Aprendizagem empírica 41 89 Métodos de ensino inovadores 87
Aprendizagem profissional 79 Métodos práticos 65, 87
Aprendizagem virtual 61 Música e criatividade 37
Aproveitamento escolar 57, 59 Normalização 91
Arte e design 19 Pacote de formação 83
Certificação 23, 33, 49 85 Parceiros criativos 67
Colaboração 19, 29, 37, 41, 49 55, 61, 79, 81, 85, 95 Pensamento criativo 75
Comunidades vulneráveis 69 Planeamento empresarial 83
Desenvolvimento sustentável 27 Planos empreendedores 65
Ensino inovador 47 73, 75, 77 Princípios básicos 47
Ensino no domínio do empreendedorismo 37, 39, 41, 43, 45 Preparação de professores no ativo 59, 63, 65, 67, 69
Ensino primário 43 Professores enquanto clientes 39
Envolver antigos alunos 35 Programa de formação 69
Escolas empreendedoras 55, 57 Projetos 17, 25, 43 73, 77
Estratégias de sensibilização 83, 85, 87 Reconhecimento de competências 45
Formação de formadores de professores 27, 29, 31 61 Resolução de problemas 29 77
Formação de professores-formandos 33, 35, 39 Resultados da aprendizagem 31
Iniciativas de apoio 93, 95 Sensibilização 59, 71, 89, 93
Instituição orientada para o 17, 19, 21, 23, 25 Simulação empresarial 63
empreendedorismo Técnicas de processamento 39
Instrumentos pedagógicos 71 Transferência de conhecimentos 81
Integração nos programas de ensino 45, 93
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 9

O que é um professor empreendedor?


O professor empreendedor
Para os professores empreendedores, ensinar é O atual entendimento do que deve ser o ensino çar resultados em termos da aprendizagem do
uma paixão. São motivo de inspiração, possuem no domínio do empreendedorismo tem por base empreendedorismo, desenvolvendo métodos
uma mente aberta e são confiantes, flexíveis e vários temas recorrentes: de avaliação conexos, bem como processos de
responsáveis, mas, ocasionalmente, também que- avaliação da qualidade para todos os níveis de
bram as regras. São bons ouvintes e são capazes xx A educação para o empreendedorismo é mais ensino. Tais métodos e processos devem ser
de explorar e vender ideias e de desenvolver um abrangente do que formar pessoas para gerir concebidos com o objetivo de ajudar os profes-
trabalho orientado para os estudantes e para as uma empresa. Trata-se de aprender a desen- sores a progredirem na aquisição de conheci-
ações. Têm espírito de equipa e bons contactos. volver atitudes, competências e conhecimentos mentos, competências e atitudes empresariais.
empresariais que, em suma, devem permitir a
Procuram colmatar as lacunas existentes entre a um estudante «passar das ideias aos atos». xx A agenda da educação para o empreende-
educação e a economia e incluir peritos externos dorismo deve ser promovida para além das
xx Os professores não podem ensinar os estu- instituições de formação de professores, junto
nas suas atividades pedagógicas, centrando-se dantes a serem empreendedores se eles pró-
em experiências reais. Referem sempre o aspeto de empresas e da comunidade em geral.
prios não o forem também.
económico de uma matéria, e os temas rela- xx Os professores e escolas não conseguirão
cionados com as empresas desempenham um xx As competências empresariais exigem méto- realizar as suas ambições sem a coopera-
papel importante nas aulas que ministram. dos ativos que estimulem os estudantes a ção de parceiros, empresas e outras partes
dar largas à sua criatividade e ao seu espírito interessadas, através do desenvolvimento de
Seguem um plano de estudo flexível e adaptá- de inovação. acordos com estas entidades.
vel e preferem a aprendizagem interdisciplinar e xx As aptidões e competências empresariais só
baseada em projetos concretos, através da utili- podem ser adquiridas ou desenvolvidas atra-
zação de materiais didáticos em vez de manuais vés de experiências de aprendizagem reais
escolares. Dão ênfase aos processos e intera- no terreno.
ções em grupo e, por vezes, veem a sala de aula
como uma «sala de debate» onde há espaço xx As competências empresariais tanto podem
para a diversidade ― de opiniões, respostas e ser ensinadas em todas as disciplinas, como
soluções ― e para a reflexão sobre o processo sob a forma de uma disciplina distinta.
de aprendizagem. xx A educação para o empreendedorismo deve
centrar-se tanto em «intraempreendedores»
Um professor empreendedor é mais um tutor como em empreendedores, tendo em conta
(coach) do que alguém que se dedica à docên- que a maior parte dos estudantes utilizará as
cia. É um professor que apoia os processos de suas competências empresariais ao serviço
aprendizagem individuais dos estudantes e o de empresas ou instituições públicas.
desenvolvimento de competências pessoais.
xx Para que a educação para o empreendedo-
rismo possa ter um impacto real, há que alcan-
10 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

O que é necessário para apoiar a formação


dos professores em educação para o empreendedorismo?
Para concretizar todos os pontos supracitados, devem estar reunidas várias condições.

Formação inicial de professores de qualidade Desenvolvimento profissional contínuo de qualidade


Os professores-formandos devem beneficiar da oportunidade de expe- São necessários programas de elevada qualidade para o desenvolvimento
rienciar a aprendizagem do empreendedorismo aquando da sua formação profissional contínuo dos professores existentes, a fim de apoiar os profes-
inicial. Ao prosseguirem os seus estudos numa instituição que impõe a sores empreendedores e garantir que os que não beneficiaram da opor-
educação para o empreendedorismo num sentido lato, os professores-for- tunidade de experienciar a educação para o empreendedorismo durante a
mandos devem desenvolver um leque de competências e métodos que sua formação inicial, conseguem acompanhar a recente evolução.
lhes permitam ser eles próprios inovadores e empreendedores. Os profes-
sores que iniciam a sua profissão conscientes dos princípios empresariais Trabalhar numa escola que valoriza o espírito empreendedor
deverão ser capazes de acender a «chama empreendedora» e inspirar os e o incentivo por parte de gestores escolares eficazes
seus alunos logo desde o início das suas carreiras profissionais.
Uma escola empreendedora tem a perceção das suas necessidades futu-
Instituições de formação de professores com visão ras e uma visão clara do modo como a educação para o empreendedo-
e estratégia empresarial rismo se encaixa no programa de ensino mais vasto e no plano de desen-
volvimento. O desenvolvimento do empreendedorismo na formação inicial
As instituições de formação de professores serão beneficiadas se dis- de professores dificilmente terá um impacto significativo se, mais tarde,
puserem de uma missão e de uma visão clara sobre o modo como as os professores forem trabalhar em escolas que não adotem o conceito
estratégias empresariais podem servir os seus objetivos institucionais. A de educação para o empreendedorismo. Os professores empreendedores
educação para o empreendedorismo pode ser integrada sob a forma de podem beneficiar muito se trabalharem com gestores escolares eficazes
uma abordagem horizontal em todo o programa de estudos. Deverá ser e competentes.
considerada uma competência essencial para as qualificações de qualquer
professor, e não uma disciplina isolada. Parceiros na comunidade

Programas empreendedores de formação de professores Os sistemas de apoio têm um papel central a desempenhar no que à evo-
estruturados em torno de novas pedagogias lução diz respeito. As escolas e instituições de formação de professores
devem estabelecer ligações e criar estruturas de cooperação com empre-
Para agir de forma empreendedora, é necessária uma aprendizagem ativa sas e organizações comunitárias para apoiarem os seus programas de
baseada na aplicação de pedagogias contemporâneas (por exemplo, uma ensino no domínio do empreendedorismo.
aprendizagem ativa baseada em projetos concretos ou uma aprendizagem
autónoma). As pedagogias contemporâneas podem ser utilizadas em pro- Redes de ensino no domínio do empreendedorismo
gramas específicos, devendo as boas práticas emergentes ser partilhadas
entre formadores de professores com o objetivo de, eventualmente, serem Para assegurar uma qualidade contínua, os professores envolvidos no
integradas na pedagogia quotidiana. Devem ser disponibilizados ambien- ensino e na aprendizagem do empreendedorismo devem desenvolver redes,
tes não tradicionais de aprendizagem (situações da vida real, fora da sala reunir-se com regularidade e realizar intercâmbios de experiências, conheci-
de aula) a todos os estudantes. mentos especializados e materiais.
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 11

Todos estes componentes estão inter-relacionados. Para alcançar os obje-


tivos de sustentabilidade e longevidade, é necessário atuar em todos os
domínios: liderança, visão e incentivos são fundamentais em todos os níveis.

Embora se trate de princípios comuns, é necessário que sejam adotados


por cada instituição e adaptados ao seu contexto. Os governos, institui-
ções, escolas e parceiros interessados na Europa encontram-se em dife-
rentes fases de desenvolvimento, no que se refere à implementação do
ensino e da aprendizagem do empreendedorismo. Há alguns anos, alguns
países lançaram uma estratégia global em matéria de educação para o
empreendedorismo para todos os níveis de ensino. Outros encontram-se
ainda na fase inicial, caracterizada pela ausência quase total de princípios
empresariais no ensino e na aprendizagem. Outra característica destes
países é ainda a escassez de apoio a ações a nível institucional. Tal signi-
fica que, em todos os domínios supracitados, há que desenvolver soluções
específicas para cada situação individual.

O alcance das soluções também pode ser diferente de um país para outro.
Enquanto que em certos casos pode ser possível adotar soluções a nível
nacional, noutros uma ação desenvolvida a uma escala reduzida numa
escola-piloto poderá constituir já um avanço importante.

Os exemplos inspiradores incluídos no presente guia mostram que nenhum


projeto ou ação é demasiado pequeno. Muitos exemplos dignos de registo
começaram por ser desenvolvidos numa escala reduzida, tendo sido rea-
lizados numa escala maior depois de terem demonstrado ser um êxito.

Assim, o presente guia deve ser considerado como um convite


para assumir riscos, ser criativo e inovador, desenvolver ideias
e tomar medidas; por outras palavras:

ser empreendedor!
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 13

Exemplos de práticas
de formação inicial
de professores
14 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Formação inicial de professores: principais mensagens


extraídas dos exemplos
Para alcançar o objetivo de implementar a educação para o empreendedorismo de forma sustentável na formação inicial de professores, a Europa necessita de:

Instituições de formação de professores orientadas para o empreendedorismo


com uma visão e uma estratégia

xx Uma instituição de formação de professores orientada para o empreendedorismo defende um


conceito educativo claro, procurando dotar os professores-formandos da capacidade de
ensinar o mundo de amanhã. Tal conceito encontra-se incorporado no programa de ensino.
xx O empreendedorismo encontra-se incorporado na cultura e na missão da universidade.
xx Uma instituição de formação de professores orientada para o empreendedorismo tem uma
ideia das suas necessidades futuras e uma visão clara do modo como a educação para
o empreendedorismo se encaixa no programa de ensino mais vasto e no plano
de desenvolvimento.
xx Uma instituição orientada para o empreendedorismo procura encontrar as pessoas certas,
recrutá-las e proporcionar-lhes um espaço onde possam desenvolver as suas ideias.
xx Uma instituição de formação de professores orientada para o empreendedorismo promove
uma sólida componente prática na aprendizagem, apoiada por uma sólida base teórica.
xx A educação para o empreendedorismo encontra-se integrada sob a forma de uma aborda-
gem horizontal e de uma disciplina intercurricular em todo o programa de estudos. Em
vez de ser considerada como uma disciplina isolada, é entendida como uma competência e
um saber fundamentais para as qualificações de qualquer professor.
xx A participação em cursos e ações em matéria de educação para o empreendedorismo cons-
titui um requisito no domínio dos programas de ensino, e não uma atividade facultativa
xx Adaptar os cursos e disciplinas ministrados às necessidades do mercado de trabalho é
uma preocupação constante.
xx As instituições orientadas para o empreendedorismo propiciam a experimentação. É dado
espaço e prestado apoio a novos métodos de ensino e a projetos inovadores. É permitido aos
educadores a assunção de uma atitude experimental que lhes permita reconhecer que o erro
é uma possibilidade.
xx Uma instituição de formação de professores orientada para o empreendedorismo possui uma
rede de contactos sólida.
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 15

xx A prestação de apoio descendente, do topo para a base, é essencial. xx Os programas empreendedores de formação de professores ajudam os professores-
formandos a desenvolverem a sua própria missão no domínio do ensino, assim
Formadores empreendedores de professores como a sua própria «carteira»: o que pretendo alcançar enquanto educador? Que
métodos, experiências e recursos tenho para oferecer?
xx Os formadores de professores também necessitam de desenvolver uma abordagem
empreendedora em relação ao ensino e à aprendizagem, criando um ambiente xx A aprendizagem ativa, as experiências práticas e a aprendizagem pela prá-
favorável à inovação na formação de professores e na prática da docência. tica são apoiadas. Os professores-formandos beneficiam de várias oportunidades
para definir os seus próprios objetivos, planear métodos de aprendizagem e agir.
xx Os formadores de professores em vias de se tornarem empreendedores necessitam,
por vezes, de ignorar as noções negativas de «empreendedorismo». Adotar a ideia xx Os professores-formandos têm a oportunidade de debater, refletir e avaliar os
de um empreendedorismo social mais orientado para dar benefícios do que seus processos de aprendizagem quanto aos métodos e conhecimentos (De que
para tirar benefícios, corresponde bem aos ideais comuns de ensino e pode aju- forma aprendemos o que aprendemos?).
dar a vencer preconceitos. xx A relevância da educação para o empreendedorismo é sustentada por um modelo
xx Os formadores de professores beneficiam de resultados da aprendizagem con- teórico que facilita a sua compreensão e implementação.
cretos e definidos de forma tangível no que ao ensino no domínio do empreen- xx Os métodos e programas empreendedores de formação de professores contri-
dedorismo diz respeito. buem para a elucidação do papel desempenhado pelos professores enquanto
xx Os formadores de professores beneficiam de métodos de avaliação desenvolvi- apoiantes e facilitadores que não se limitam a fornecer as respostas aos estu-
dos e com garantia de qualidade no que respeita à pedagogia da educação para dantes, deixando-os encontrá-las por si mesmos
o empreendedorismo. xx Os métodos empreendedores permitem dispor de tempo de reflexão ao possibi-
xx Os formadores empreendedores de professores dispõem de redes para a partilha litarem, por exemplo, a escrita de diários reflexivos e a realização de debates refle-
de boas e más práticas, redes essas que são igualmente utilizadas para informar o xivos durante e após os processos de aprendizagem. A reflexão deve centrar-se no
Governo e exercer uma pressão ascendente, da base para o topo. processo de aprendizagem, assim como nas soluções encontradas
xx Os formadores empreendedores de professores apoiam o desenvolvimento de
materiais práticos e concretos com o objetivo de ajudarem a implementar a
Parcerias entre o setor educativo, a comunidade empresarial
educação para o empreendedorismo.
e a indústria criativa
xx Os formadores empreendedores de professores recolhem sistematicamente as xx A educação para o empreendedorismo na formação de professores beneficia de liga-
reações dos estudantes, pois sabem que o entusiasmo dos alunos é um impulsio- ções entre as instituições de ensino e a comunidade empresarial. Os repre-
nador importante da implementação da educação para o empreendedorismo. sentantes de empresas podem apoiar o ensino e a aprendizagem do empreendedo-
rismo de muitas formas: como peritos, apoiantes, mentores ou amigos decisivos.
Métodos e programas empreendedores de formação de professores xx As instituições de ensino podem aprender com as artes criativas a facilitar e avaliar
para professores-formandos um processo criativo: como ter ideias e pô-las em prática.
xx Os programas empreendedores de formação de professores incentivam os profes- xx As parcerias com escolas são benéficas para os testes no terreno e garantem a
sores-formandos a desenvolverem os seus próprios conhecimentos, compe- qualidade de materiais, projetos e ideias inovadores. Além disso, esta abordagem
tências e atitudes empresariais. contribui para divulgar e «vender» a ideia de educação para o empreendedorismo
junto de agentes multiplicadores.
16 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Abordagens empreendedoras na formação de professores


A Universidade de Jyväskylä implementou a educação para o empreen- Abaixo encontram-se descritos dois exemplos de projetos levados a cabo
dedorismo em vários módulos da formação de professores numa em escolas que contaram com a participação de professores-formandos:
base obrigatória:
ÌÌ O Parlamento Infantil: uma forma eficaz de implementar programas de
Noções básicas no domínio do empreendedorismo e do saber-fa­
- ensino interdisciplinares em escolas, e desenvolver a atitude empreen-
zer empresarial dedora dos mais jovens perante a vida. Funciona como um canal que os
alunos podem influenciar e no qual podem participar.
`` Curso de introdução à educação para o empreendedorismo intitulado ÌÌ Contra o sistema: apoio à cidadania ativa. O projeto visava ajudar os
«Cidadania participativa e iniciativa empresarial». estudantes do ensino secundário a fazerem ouvir a sua voz sobre uma
Os professores-formandos abordam os conceitos e noções básicas da questão política atual. Neste caso, montaram um espetáculo. O papel
educação para o empreendedorismo, a literatura sobre esta matéria e dos professores-formandos consistia em tomar as medidas e obter as
o planeamento, e execução de um projeto numa escola ou ONG local. permissões necessárias, assim como prestar apoio durante o processo.

Tipo de atividade: instituições de formação de professores orientadas


para o empreendedorismo

País de execução: Finlândia

Instituição responsável pela execução da atividade:


Universidade de Jyväskylä

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.jyu.fi

Contacto principal: Sonja Virtanen

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +358 408053378

Contacto telefónico da instituição: ++358 142601211

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: professores do ensino primário (do 1.º ao 6.º ano
na Finlândia)
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 17

`` Empreendedorismo na educação tecnológica e na educação física. Condições para o sucesso


ÌÌ Empreendedorismo na educação tecnológica: é possível citar como `` A educação para o empreendedorismo deve ser integrada na mis-
exemplo o grupo de música Birdhouse. Centrou-se na capacidade de são e no programa de ensino da instituição.
pôr ideias em prática, na aprendizagem colaborativa, na criatividade
e na resolução de problemas.
Impacto da atividade
ÌÌ Empreendedorismo na educação física: neste caso é possível citar
como exemplo um torneio desportivo entre faculdades que contou
`` Não se realizaram quaisquer estudos formais sobre o impacto do
com a cooperação de empresas locais.
projeto, mas as reações recolhidas junto dos estudantes têm sido
bastante positivas; estes referiram estar agora mais conscientes da
`` Curso de estudos avançados em «Organizações de aprendizagem e
importância da educação para o empreendedorismo.
educação para o empreendedorismo». Os estudantes deixam de centrar
a sua atenção na comunidade pedagógica para passar a centrá-la nas
empresas, passando a olhá-las como organizações de aprendizagem.

ÌÌ O grupo despende um tempo predeterminado numa empresa a


observar, entrevistar o pessoal e participar, na medida do possível,
nas atividades da empresa a fim de recolher material didático útil.
FIP
ÌÌ A missão dos estudantes inclui a análise e formulação de recomen-
dações para o desenvolvimento de um sistema de aprendizagem na INSTITUIÇÃO ORIENTADA PARA
respetiva empresa. O EMPREENDEDORISMO
`` No ano letivo de 2013-2014 terá início o Programa de Mestrado Inter- PROJETOS
nacional em Educação e um curso obrigatório será o de «Inovações
educativas e empreendedorismo». INTEGRADA
FINLÂNDIA

Ligações ou recursos úteis:


Uma apresentação sobre a universidade, por Sonja Virtanen, está disponível no seguinte sítio web: http://ec.europa.eu/enterprise/policies/sme/promoting-entrepreneurship/files/education/dublin/sonja_virtanen_en.pdf.
No sítio web da universidade encontram-se publicadas informações de caráter geral sobre as atividades e algumas apresentações de PowerPoint dos projetos criados durante os últimos dois anos
(neste momento disponíveis apenas em língua finlandesa): https://www.jyu.fi/edu/laitokset/okl/opiskelu/yrittajyys.
18 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

«Estátuas em movimento»: arte na formação de professores


O National College of Arts and Design (NCAD) de Dublim disponibiliza uma o sucesso a nível empresarial) em tudo o que fazem. A educação para o
série de programas de formação de professores. A nível do primeiro ciclo empreendedorismo e a aprendizagem neste domínio podem ser melhoradas
do ensino superior, os estudantes podem tirar uma licenciatura bidiscipli- de diversas formas, através da colaboração com o mundo da arte e do design.
nar (Honours Degree) em Belas-Artes e Educação ou Design e Educação. Um exemplo específico do NCAD é a «prática colaborativa na formação inicial
A nível de pós-graduação, a Education Faculty disponibiliza uma série de de professores».
mestrados, doutoramentos e diplomas profissionais e de licenciatura em
educação artística. Todos os estudantes de cursos de formação de professores são expostos à
prática colaborativa. Um programa envolveu a criação de «estátuas em movi-
A arte e o design constituem um excelente modelo para a aprendizagem mento», que permitiu aos estudantes relacionarem-se com a história irlandesa,
do empreendedorismo. A forma como um artista ou designer abordam um a natureza e o poder da representação teatral e o valor da palavra falada. Foi
problema e procuram solucioná-lo é uma aptidão essencial que todos os montada uma exposição no Museu Nacional da Irlanda que envolvia mario-
alunos devem adquirir. As faculdades de arte incorporam o pensamento netas gigantes inspiradas nas estátuas da O’Connell Street, em Dublim, e
crítico e a assunção de compromissos (competências fundamentais para nas suas histórias. Tratava-se explicitamente de colaboração: a nível interno,

Tipo de atividade: instituições de formação de professores orientadas para


o empreendedorismo

País de execução: Irlanda

Instituição responsável pela execução da atividade: National College of


Arts and Design (NCAD), Dublim

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.ncad.ie/

Contacto principal: Gary Granville

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Aplicação/público-alvo da atividade: formação inicial de professores


e estudantes em escolas de Dublim

Nível de ensino alvo: todos os níveis


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 19

entre estudantes e professores, e a nível externo, com escolas, instituições Impacto da atividade
culturais e grupos comunitários.
As práticas colaborativas na formação de professores propiciam um
conjunto de benefícios:
Condições para o sucesso
`` desenvolvimento de capacidades de trabalho em equipa, de colabo-
`` Um ambiente que propicia a inovação na formação de professores e na ração e de negociação;
prática da docência.
`` criação de um clima de confiança recíproca, consolidado pelo sis-
`` A Irlanda anunciou recentemente uma reforma na área da formação de tema de avaliação, em que a nota é conferida à equipa no seu con-
professores, dando assim ao NCAD uma oportunidade para reconcei- junto — todos têm de ser aprovados ou reprovados em conjunto.
tuar a formação de professores. No entanto, o conceito de «dar bene-
fícios» corresponde melhor do que o de «tirar benefícios» às noções de Estas práticas inscrevem-se no quadro mais vasto das «competências
empreendedorismo social e contribuição utilizadas pelo NCAD. essenciais» recentemente salientadas pelo Conselho Nacional para Pro-
gramas de Ensino e Avaliação: processamento da informação, comuni-
`` Encontra-se igualmente em curso uma ampla reforma dos progra- cação, eficácia pessoal, trabalho em equipa e pensamento crítico.
mas de ensino, que está a ser levada a cabo pelo National Council
for Curriculum and Assessment (Conselho Nacional para Programas de
Ensino e Avaliação): atualmente numa fase avançada, esta reforma Planos para fazer evoluir esta prática
salienta a necessidade de incorporar na educação dos jovens «compe- FIP
tências essenciais», assim como um curso de curta duração específico A Education Faculty do NCAD tenciona
sobre empresas. desenvolver o pilar empresarial do seu tra- INSTITUIÇÃO ORIENTADA PARA
balho relacionado com a comunidade atra-
`` No seio do NCAD estão igualmente a realizar-se alterações substan- vés da introdução de um novo Mestrado em
O EMPREENDEDORISMO
ciais, tendo sido recentemente criada uma aliança estratégica com o Prática Artística Socialmente Ativa (Socially ARTE E DESIGN
University College Dublin. Os cursos estão igualmente a sofrer altera- Engaged Art Practice), que irá incluir uma
ções, encontrando-se em vigor um sistema de três anos mais dois, a qualificação para a docência na área da for- COLABORAÇÃO
fim de permitir um maior envolvimento num ambiente real a nível do mação contínua (Further Education).
primeiro ciclo do ensino superior e de pós-graduação. Espera-se que a IRLANDA
investigação a nível de pós-graduação influencie, de forma mais forte e
mais direta, os estudantes do primeiro ciclo do ensino superior.

Ligações ou recursos úteis:


Fluxo de fotografias do projeto «Estátuas em Movimento»: http://www.flickr.com/photos/ncadeducation/sets/72157627803126142/.
20 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

A arte de ensinar com atitude


O Group T — Leuven Education College tem cerca de 1 000 estudantes Globalmente, visa formar professores empreendedores, criativos e flexíveis
e 85 membros do pessoal docente. A sua declaração de missão é «Edu- nas salas de aula, nas escolas e na sociedade. A faculdade utiliza vários
car a essência pela experiência da existência». O seu objetivo consiste em métodos pedagógicos inovadores para propiciar o desenvolvimento do espí-
desenvolver a pessoa como um todo, concentrando-se nos «3 E»: rito empreendedor, incluindo a aprendizagem centrada nas competências e
nas capacidades; a prática profissional; o trabalho em equipa e por projetos;
`` Educar: desenvolver as capacidades dos estudantes em torno dos qua- o sentido de visão e de missão; o entendimento de que os estudantes são
tro pilares de educação da Unesco: aprender a ser, aprender a conhecer, responsáveis pelos seus próprios processos de aprendizagem; o entendimento
aprender a fazer e aprender a viver com os outros. de que o professor atua como um tutor/acompanhante (coach); uma avaliação
`` Engenharia: dar aos professores a possibilidade de criarem ambientes integral; os conceitos de reflexão e carteira profissional/portfólio; as tecnolo-
de aprendizagem sólidos e de revelarem espírito inventivo e criatividade. gias da informação e comunicação (TIC) e os novos meios de comunicação
`` Empreendedorismo: pôr as coisas em prática através da liderança, ino- social; percursos de aprendizagem flexíveis; a eliminação de fronteiras men-
vação e audácia. tais ou geográficas.

Tipo de atividade: instituições de formação de professores orientadas para o empreendedorismo


País de execução: Bélgica
Instituição responsável pela execução da atividade: Group T — Leuven Education College, Lovaina
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: https://my.groupt.be/
Contacto: Thu Dang Kim (Associate Dean Innovation)
Endereço de correio eletrónico: [email protected]
Contacto telefónico da pessoa de contacto: +32 16301172
Contacto telefónico da instituição: +32 16301030

© Eyecandy Images/Thinkstock
Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: o Group T — Leuven Education College é membro
da Rede do Sistema de Escolas Associadas da UNESCO
Aplicação/público-alvo da atividade: estudantes de licenciaturas profissionais em Educação
(Professional Bachelor in Education)
Nível de ensino alvo: vários níveis de ensino, nomeadamente os ensino pré-primário, o 1.º ciclo
do ensino básico, o 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, o ensino básico e secundário, e os estudos de orientação
e desenvolvimento a nível de pós-graduação (IEC)
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 21

O Group T — Leuven Education College dispõe de vários projetos e inicia- incorporar a missão nos seus programas de ensino. A escola utiliza
tivas diferentes destinados a melhorar as práticas pedagógicas, tornando- uma abordagem horizontal em todo o programa de estudos, con-
-as mais criativas e empreendedoras. A título de exemplo: siderando a educação para o empreendedorismo não como uma
disciplina isolada mas antes como uma competência e um talento
`` Em primeiro lugar, o programa de pós-graduação em estudos de fundamental para as qualificações de qualquer professor.
desenvolvimento (IEC), organizado em torno dos pilares educativos da
Unesco e destinado a todos os estudantes detentores de uma licencia- `` Encontrar as pessoas certas: o Group T — Leuven Education College
tura. O programa conta com a participação de uma população estu- trabalha afincadamente para recrutar os professores certos, confiando
dantil internacional, incluindo participantes dos Camarões, da China, neles para fazerem um bom trabalho; trata-se de profissionais com
do Egito, de Espanha, da Etiópia, do Gana, da Indonésia, da Irlanda, da boas ideias quando lhes é concedida liberdade para as desenvolve-
Nigéria, dos Países Baixos, do Paquistão, do Reino Unido e da Turquia. rem. São criativos, inventivos e possuem competências empresariais.
No semestre de outono, os estudantes exploram a educação para o `` Propiciar a experimentação: é dado espaço e prestado apoio a novos
empreendedorismo. O objetivo consiste em criar projetos educativos métodos de ensino e a projetos inovadores; os professores têm de
nos cinco principais domínios da Unesco (educação, ciências naturais, assumir atitudes experimentais e, para tal, há que reconhecer igual-
ciências sociais e humanas, comunicação e informação). No semestre mente que o erro é uma possibilidade.
de primavera, dedicam-se à exploração da educação em geral.
`` Um segundo exemplo de boas práticas é o conceito de «reflexão e
carteira», adaptado do conceito de carteira pelo GROUP T em 1995- Impacto da atividade
-1996. Trata-se de um curso obrigatório com a duração de três anos
que incentiva os estudantes a desenvolverem a sua própria carteira `` O Group T — Leuven Education College
pessoal/portfólio. No primeiro ano, os estudantes aprendem a descobrir tem recebido reações muito positivas
os seus próprios talentos e a refletir sobre eles. No segundo ano, rea- por parte das escolas que contratam os
lizam uma análise SWOT pessoal (análise das forças, fraquezas, opor- seus diplomados. As escolas em causa
tunidades e ameaças) e, no terceiro ano, concentram-se em evidenciar têm realçado quão inovadores são os
os seus talentos e competências individuais. No terceiro e último ano, estudantes (por exemplo, encontram
emprego em países em desenvolvi-
os estudantes experienciam um momento «I AM» (Integral Assessment
mento). O número de estudantes quintu-
FIP
Moment ― momento de avaliação integral) em que têm de demonstrar
plicou em 15 anos e atualmente os pro-
a um painel, através de uma candidatura e de uma entrevista, que são INSTITUIÇÃO ORIENTADA PARA
fessores-formandos encontram-se mais
professores competentes, e podem deixar o programa.
bem dotados para prepararem os futuros
O EMPREENDEDORISMO
estudantes para a mudança.
Condições para o sucesso ABORDAGEM DA ESCOLA COMO
ORGANIZAÇÃO
O Group T — Leuven Education College realça três elementos principais
particularmente críticos para o sucesso: INTEGRADA
`` Definir uma missão e uma visão: a escola estabeleceu um conceito
educativo claro com base nos «três E» e nos pilares da Unesco, e tentou
BÉLGICA

Ligações ou recursos úteis:


Uma apresentação sobre a faculdade, por Thu Dang, está disponível no seguinte sítio http://ec.europa.eu/enterprise/policies/sme/promoting-entrepreneurship/files/education/dublin/thu_dang_en.pdf.
22 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Avaliação dos resultados qualitativos da aprendizagem


O St Mary’s University College disponibiliza cursos a nível do primeiro ciclo dos graus de Licenciatura em Educação (Bachelors in Education) e no desen-
do ensino superior no domínio da formação de professores e das artes, assim volvimento do programa de Mestrado em Educação (Masters in Education).
como uma série de programas de pós-graduação no domínio da forma-
ção de professores. A política do St. Mary’s em matéria de educação para o O St. Mary’s promove a educação para o empreendedorismo preparando os
empreendedorismo decorre claramente da missão do estabelecimento e dos professores para adaptarem os seus programas e métodos de ensino por
seus valores académicos, profissionais e cívicos. Todos os estudantes têm a forma a garantir que os jovens estão melhor preparados para enfrentar o
oportunidade de desenvolver e testar ideias empreendedoras através de um mercado de trabalho. Este estabelecimento dispensa um certificado de apren-
programa intensivo e interativo que inclui workshops, seminários e palestras. dizagem do em empreendedorismo paralelo à Licenciatura em Educação. O
certificado é obtido no final dos três primeiros anos da licenciatura, sendo
O programa desenvolve-se em dois ciclos: o ciclo I (2007-2012) foi dedi- disponibilizado um programa acelerado aos estudantes finalistas. Este cer-
cado ao desenvolvimento profissional do pessoal, ao reforço da aprendiza- tificado proporciona aos estudantes a oportunidade não só de consolidarem
gem do empreendedorismo e à criação de um sistema de tutores para os os seus conhecimentos e a sua aprendizagem, mas também de realizarem
professores empreendedores. O ciclo II (2012-2017) centrar-se-á na ino- uma apreciação coerente e crítica da sua prática pedagógica no contexto da
vação e no desenvolvimento dos programas de ensino, na reestruturação aprendizagem do empreendedorismo.

Tipo de atividade: instituições de formação de professores orientadas


para o empreendedorismo

País de execução: Reino Unido (Irlanda do Norte)

Instituição responsável pela execução da atividade: St Mary’s University


College, Belfast

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.smucb.ac.uk

Contacto principal: Frank Hennessey

© Peshkova/iStock/Thinkstock
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +44 2890268282 / da instituição: +44 2890327678

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: vários níveis


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 23

O certificado de aprendizagem do empreendedorismo tem Condições para o sucesso


quatro componentes:
`` O empreendedorismo encontra-se incorporado na cultura e na mis-
`` ensino geral (unidade de trabalho em meio escolar com elementos de são deste estabelecimento.
reflexão);
`` A abordagem do empreendedorismo é holística e integrada.
`` aprendizagem do empreendedorismo (iniciação à economia, perfil
baseado no trabalho, Erasmus ou Study USA);
Impacto da atividade
`` empreendedorismo social (relatório e reflexão ou assunção de um com-
promisso para a realização de atividades de voluntariado); e `` O certificado e a formação aumentam a empregabilidade
dos seus estudantes.
`` atividades facultativas (dissertações ou projetos).
`` Benefícios a mais longo prazo — este novo quadro de professores
Os estudantes envolvem-se em vários projetos e refletem na sua experiên- dotará os seus estudantes de competências empresariais que acar-
cia em termos do seu próprio nível de conhecimentos e do seu conceito de retarão vantagens económicas e sociais.
aprendizagem do empreendedorismo, do dos seus alunos ou do de ambos.
A atividade encontra-se fortemente associada a um contexto teórico e
académico, proporcionando, simultaneamente, a oportunidade de centrar FIP
a aprendizagem e a avaliação num domínio de reflexão qualitativo.
INSTITUIÇÃO ORIENTADA PARA
O EMPREENDEDORISMO
CERTIFICAÇÃO
INTEGRADA
REINO UNIDO

Ligações ou recursos úteis:


Uma apresentação sobre o estabelecimento, por Frank Hennessey, está disponível no seguinte sítio:
http://ec.europa.eu/enterprise/policies/sme/promoting-entrepreneurship/files/education/dublin/frank_hennessey_en.pdf.
24 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Disciplina curricular: «Educação pessoal e social»


O Instituto Politécnico da Guarda foi fundado em 1980, tendo a Escola `` aprendendo a serem autores/agentes da sua própria vida;
de Educação iniciado as suas atividades em 1986. A escola disponibiliza
um curso de Licenciatura em Educação Básica em que a educação para `` desenvolvendo a capacidade de mudar (a si próprios e ao ambiente)
o empreendedorismo é abordada como uma disciplina específica da edu- para conseguirem ver as oportunidades que se lhes oferecem e ser
cação pessoal e social (45 horas teóricas/práticas e 7,5 horas de tutorial: cidadãos ativos.
3 ECTS). Com esta disciplina, o Instituto aplica a metodologia da aprendi-
zagem baseada em projetos concretos para o desenvolvimento da educa- Os estudantes são convidados a apresentar um projeto que envolva proble-
ção para o empreendedorismo. mas difíceis que exijam reflexão, investigação e a utilização das suas compe-
tências em matéria de resolução de problemas, assim como a sua capacidade
O objetivo consiste em pôr os estudantes a utilizar a aprendizagem de decisão. Os estudantes estão no centro do processo que tem início com
baseada em projetos concretos sempre que tenham de resolver um pro- a tomada em consideração de problemas pessoais/sociais significativos que
blema de caráter social, cultural ou económico: exigem um trabalho de cooperação, para poderem ser resolvidos eficazmente.

Tipo de atividade: instituições de formação de professores orientadas


para o empreendedorismo

País de execução: Portugal

Instituição responsável pela execução da atividade: Escola Superior de


Educação, Comunicação e Desporto, Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.ipg.pt

Contacto principal: Carlos Francisco de Sousa Reis

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +351 964057023 / +351 271220115

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: ensino básico


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 25

Os professores assumem o papel de facilitadores dos projetos concebidos Impacto da atividade


pelos estudantes, nos quais estes assumem o papel de autores/agentes
enquanto cidadãos e profissionais da educação. `` O impacto da atividade limita-se aos participantes e a situações
específicas, embora influencie o desenvolvimento da autonomia e
do dinamismo dos estudantes enquanto cidadãos e profissionais.
Condições para o sucesso

`` Para fazer avançar a FIP/educação para o empreendedorismo, deve ser Planos para fazer evoluir a atividade
estabelecida uma ligação entre o empreendedorismo e as capacidades
fundamentais que nos permitem mudar o mundo e a nós mesmos. `` O Instituto Politécnico da Guarda espera introduzir a educação para
o empreendedorismo na formação inicial de professores como uma
`` Há que incorporar a educação para o empreendedorismo na missão da disciplina autónoma na sequência da próxima reforma curricular, já
instituição. O Instituto Politécnico da Guarda promove uma sólida com- planeada para o próximo ano letivo.
ponente prática, apoiada por uma base teórica sólida e pela preocupa-
ção constante de adaptar os cursos e as disciplinas às necessidades do
mercado de trabalho e às novas realidades do mundo atual.

FIP
INSTITUIÇÃO ORIENTADA PARA
O EMPREENDEDORISMO
PROJETOS
INTEGRADA
PORTUGAL
26 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Workshop didático sobre aprendizagem interdisciplinar


O Xios University College Limburg situa-se na Flandres. Encontra-se divi- Etapas do programa:
dido em cinco departamentos e dois campus universitários e tem cerca de
3 000 estudantes. O empreendedorismo é uma disciplina intercurricular. O `` No segundo ano, realiza-se o workshop interdisciplinar que reúne todos os
«workshop didático sobre trabalho interdisciplinar e trabalho em equipa» estudantes (de economia, história, educação física, etc.). De seguida, estes
encontra-se integrado no programa de Licenciatura em Ensino Secundário. são divididos em grupos de seis com especializações mistas, salientando-
A abordagem ao percurso da «aprendizagem interdisciplinar» é a seguinte: se assim a colaboração interdisciplinar. Posteriormente, os estudantes
desenvolvem um projeto em matéria de educação para o desenvolvimento
`` em primeiro lugar, «incitar à aprendizagem» (contributo teórico para a sustentável (EDS, objetivos de desenvolvimento do milénio). O resultado
educação para o empreendedorismo); do projeto é apresentado no Dia do Mentor perante um público que inclui
participantes de escolas secundárias.
`` em segundo lugar, um workshop didático (grupos de seis estudantes
com diferentes especializações); `` No terceiro ano, os estudantes da formação interdisciplinar implementam
o projeto que desenvolveram numa escola secundária, passando da teoria
`` em terceiro lugar, formação interdisciplinar. à prática.

Tipo de atividade: programas de formação de professores-formandos em


educação para o empreendedorismo

País de execução: Bélgica

Instituição responsável pela execução da atividade: Xios University


College Limburg, Bélgica

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.xios.be

Contacto principal: Michel Janssens

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

© Karen Roach/Fotolia
Telefone: +32 497269666

Contacto telefónico da instituição: +32 11370781

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: ensino secundário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 27

`` A atividade promove ainda a formação de professores em educação Impacto da atividade


para o empreendedorismo, através das visitas realizadas a orga-
nizações envolvidas no desenvolvimento sustentável. Ao convidar `` Para os professores:
pessoas envolvidas na EDS, cria-se o triângulo do conhecimento:
Os professores envolvidos no projeto desenvolvem competências e
escola-trabalho-universidade
um raciocínio sistémico.
A atividade pode ser considerada uma «boa prática» na medida em que é Os professores que não estejam diretamente envolvidos no pro-
interdisciplinar, criativa e obrigatória. O seu produto implementa o ciclo de jeto (mas pertencentes ao departamento de formação de profes-
aprendizagem e possibilita a interação com organizações envolvidas na sores) tomam consciência da importância da aprendizagem inter-
EDS e com escolas secundárias. disciplinar (ao nível das competências ligadas à empregabilidade)
para o programa de ensino e são incentivados a fazer parte desta
«comunidade».
Condições para o sucesso
`` Para os estudantes: aprendem uns com os outros, tomam consciên-
`` Competências dos formadores de professores: pessoal docente dotado cia de que têm de realizar uma aprendizagem interdisciplinar, obtêm
de competências no domínio da EDS (objetivos de desenvolvimento do uma boa formação para um emprego posterior (em que terão de
milénio). praticar o raciocínio sistémico) e aprendem a trabalhar em conjunto.

`` Uma declaração de missão e uma visão claras que têm de ser subscri- `` Para os profissionais: permite-lhes FIP
tas e aplicadas por todos os professores. observar boas práticas na aprendizagem
interdisciplinar. FORMAÇÃO DE FORMADORES
DE PROFESSORES
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
INTERDISCIPLINAR
BÉLGICA
28 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Programa de orientação na universidade


Os professores-formandos participam num curso de formação (2-3 sema- A atividade promove a formação de professores em educação para o empreen-
nas) durante o ano académico. Visitam escolas e cooperam com os pro- dedorismo, através da:
fessores no ativo. Estes programas constituem um requisito do programa
de ensino. `` cooperação com professores e diretores de estabelecimentos de ensino;

`` O programa consiste numa aprendizagem em meio escolar, num rela- `` aprendizagem no que diz respeito a problemas quotidianos em escolas e
tório de atividades, na prestação de apoio a professores no ativo, por da aquisição de conhecimentos práticos;
forma a ajudá-los a minimizar/solucionar problemas na respetiva
escola, e no estabelecimento de contactos com empresas com o obje- `` criação de competências inovadoras.
tivo de conseguir a cooperação das mesmas num projeto escolar.

Tipo de atividade: programas de formação de professores-formandos em


educação para o empreendedorismo

País de execução: Grécia

Instituição responsável pela execução da atividade: Universidade de


Ioannina, departamento de Educação da Primeira Infância

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.uoi.gr/oldsite/main.html

Contacto principal: Polyxeni (Jenny) PANGE

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected];


[email protected]

Telefone: +30 6936131810

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: vários níveis


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 29

Para avançar neste domínio há que: `` Boas competências de cooperação.

`` avaliar os resultados da formação de todos os professores, em função `` Uma boa utilização das TIC.
do impacto que exercem nas respetivas comunidades;

`` utilizar o modelo de aprendizagem dos «vizinhos mais próximos» Impacto da atividade


num contexto de colaboração em que os estudantes podem esco-
lher os seus grupos e mudar de grupo sempre que o considerem `` Identificação dos benefícios educativos através da exploração das
ser «desinteressante»; atividades escolares quotidianas.

`` premiar as melhores práticas. `` Aquisição, pelos estudantes, de conhecimentos práticos.

`` Colaboração dos estudantes com professores e diretores de estabe-


Condições para o sucesso lecimentos de ensino (partes interessadas).

`` Um sólido conhecimento teórico da disciplina.

FIP
FORMAÇÃO DE FORMADORES
DE PROFESSORES
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
COLABORAÇÃO
GRÉCIA

Ligações ou recursos úteis:


Em língua grega: http://www.pee.gr/wp-content/uploads/praktika_synedrion_files/e27_11_03/sin_ath/th_en_viii/ntoliopoyloy.htm
Em língua inglesa: http://ecr.sagepub.com/content/3/3/299.short?rss=1&ssource=mfc&patientinform-links=yes&legid=specr;3/3/299
30 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Projeto regional de aprendizagem do empreendedorismo


centrado especificamente na formação inicial e contínua
de professores
Em 2008, oito governos da região chegaram a acordo sobre a criação A fase-piloto decorreu sob a forma de um curso obrigatório e outro facultativo
do Centro da Europa do Sudeste para a Aprendizagem do Empreende- em 32 escolas (nível 2 da CITE) e 16 instituições de ensino superior (IES) nos
dorismo (SEECEL), com a República da Croácia na qualidade de país de 8 países participantes.
acolhimento. O SEECEL visa partilhar parâmetros de referência a fim de
promover economias de formação mais desenvolvidas. As ações levadas a cabo até à presente fase incluíram o desenvolvimento de:

Este projeto específico constitui um modelo transnacional para a formação `` uma visão e uma estratégia para uma escola de gestão (ENTRschool);
de professores com resultados da aprendizagem definidos para estudan- `` objetivos de gestão (reitores) de acordo com a estratégia;
tes e professores. O projeto recebeu apoio financeiro da Comissão Euro-
peia e do Governo croata. `` objetivos para os professores de acordo com a estratégia;

Tipo de atividade: programas de formação de professores-formandos, professores e gestores


de estabelecimentos de ensino em educação para o empreendedorismo
País de execução: internacional
Instituição responsável pela execução da atividade: Centro da Europa do Sudeste
para a Aprendizagem do Empreendedorismo (SEECEL)
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.seecel.hr
Contacto principal: Maja Ljubić
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]
Telefone: +385 13040260

© Usetrick/iStock/Thinkstock
Outros intervenientes ou parceiros envolvidos: Estados-Membros do SEECEL (Albânia, Bósnia-
-Herzegovina, Croácia, Kosovo*, antiga República jugoslava da Macedónia, Montenegro, Sérvia e Turquia)
Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos, professores e gestores de
estabelecimentos de ensino
Nível de ensino alvo: vários níveis de ensino

*Esta designação não prejudica as posições relativas ao estatuto e está conforme com a Resolução 1244/99 do CSNU e com o parecer
do TIJ sobre a declaração de independência do Kosovo.
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 31

`` resultados da aprendizagem definidos para os alunos; execução de projetos e em incidência orçamental; e dispor de pessoal
docente e de uma equipa de direção familiarizados com os concei-
`` recursos organizados de acordo com a estratégia; tos de autoavaliação e avaliação externa). Outras condições prévias
`` um plano para a formação de professores, de outro pessoal e de «pro- incluem o envolvimento de outros países (dimensão transnacional) e
fessores em rede» em educação para o empreendedorismo; receber apoio de governos nacionais e da União Europeia.

`` apoio da comunidade local, das empresas locais e de outras partes


interessadas na ENTRschool; Impacto da atividade

`` um conceito comum da ENTRschool e um trabalho contínuo com vista `` A participação neste projeto beneficiou estudantes, professores e
ao desenvolvimento dessa cultura; diretores de estabelecimentos de ensino.

`` uma estratégia para a partilha de conhecimentos e definição da escola `` A partilha de parâmetros de referência permitiu que os diferentes
em causa como modelo para outras escolas. países aprendessem uns com os outros e, dessa forma, desenvol-
vessem melhores economias de formação.

Condições para o sucesso `` O instrumento utilizado para medir o impacto das atividades de
aprendizagem do empreendedorismo nas competências neste
`` Para ser uma escola-piloto no âmbito deste projeto, há que cumprir um domínio dos professores e da direção do estabelecimento foi desen-
conjunto de critérios (por exemplo, a escola em causa tem de: ser aces- volvido e testado e está hoje plenamente operacional.
sível por transportes públicos; ter, no mínimo, duas turmas por grupo
etário; ser dotada de TI, devendo o pessoal docente e a direção da escola Aprofundamento
saber utilizá-las na sua atividade profissional, equipamentos informáti-
cos; dispor de um sítio web funcional; ter uma abordagem sistemática A abordagem estratégica da formação inicial FIP
preexistente em relação à cooperação entre a escola e os pais e entre e contínua de professores será desenvolvida
a escola e as autoridades locais; ter ao seu serviço pessoal não docente com base nas experiências e realizações FORMAÇÃO DE PROFESSORES-
com uma atitude positiva em relação à aprendizagem do empreende- anteriores. Será prestada especial atenção
-FORMANDOS E FORMADORES
dorismo; dispor de pessoal docente familiarizado com os métodos de ao processo de mentoria e à inclusão de ins-
ensino modernos; possuir uma equipa de direção capaz de comunicar tituições nacionais responsáveis pela forma-
DE PROFESSORES
em língua inglesa; possuir uma equipa de direção com experiência na ção de professores.
RESULTADOS DA APRENDIZAGEM
Ligações e recursos úteis:
Para mais informações, consultar os sítios:
INTEGRADA
http://www.seecel.hr
http://www.seecel.hr/default.aspx?id=14
INTERNACIONAL
http://www.seecel.hr/UserDocsImages/Documents/Documents.
32 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Programa de formação profissional de professores


A Unidade de Formação Profissional de Professores da HAMK é a maior ins- professores-formandos exerce a sua atividade profissional ao mesmo tempo
tituição de formação de professores na Finlândia. Foi constituída em 1959 que completa o programa de formação de professores, sendo que 30% deles
e integrada na Universidade de Ciências Aplicadas da HAMK em 1996. não possui qualquer experiência de ensino.
Atribui qualificações pedagógicas formais a professores que exercem a
atividade de educadores em instituições de ensino superior, escolas pro- A formação profissional de professores visa proporcionar aos
fissionais, instituições orientadas para a educação e formação de adultos, professores-formandos:
organizações do setor público, entidades de gestão de recursos humanos,
assim como em empresas e na indústria. `` os conhecimentos e competências que lhes permitam orientar e facilitar o
processo de aprendizagem de estudantes de diferentes origens;
Os profissionais que participam neste programa de formação de profes-
sores altamente competitivo têm de possuir, no mínimo, uma licenciatura `` a capacidade de desenvolverem competências educativas próprias através
ou o título académico mais elevado na sua profissão, assim como, pelo da atualização dos seus conhecimentos profissionais e do reconhecimento
menos, três anos de experiência profissional pertinente. A maior parte dos das tendências e evoluções futuras no setor do emprego.

Tipo de atividade: programas de formação de professores-formandos em educação


para o empreendedorismo

País de execução: Finlândia

Instituição responsável pela execução da atividade:


Unidade de Formação Profissional de Professores da Universidade de HAMK

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://portal.hamk.fi/portal/page/portal/HAMK/In_English

© ThorstenSchmitt/iStock/Thinkstock
Contacto principal: Heikki Hannula

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +358 36463377

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos em domínios tais como a tecnologia,


a engenharia e as ciências sociais

Nível de ensino alvo: secundário, superior e formação contínua (Further Education).


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 33

O programa de formação profissional de professores inclui Impacto da atividade


os seguintes módulos:
Desde 2012, a educação para o empreendedorismo está integrada
`` teoria pedagógica básica e formação profissional; nos objetivos de quatro cursos:
`` pedagogia profissional;
`` Sociedade, vida profissional e educação (4 créditos): dota os profes-
`` formação contínua de professores na respetiva organização do professor-­ sores-formandos de competências que lhes permitem identificar o
-formando (em geral instituições de ensino); significado da educação para o empreendedorismo na preparação
para a vida profissional.
`` tese.
`` Orientação da aprendizagem (7 créditos): capacita os professores-
Desde 2006, existe igualmente um curso opcional de educação para o -formandos para promoverem o empreendedorismo em diferentes
empreendedorismo: Noções básicas de empreendedorismo (3 créditos). ambientes de aprendizagem.

O programa de formação profissional de professores tem sido muito bem- `` As redes da educação (3 créditos): capacita os professores-forman-
sucedido: recebeu um elevado número de candidaturas mas apenas teve dos para desenvolverem uma cooperação entre diferentes redes de
capacidade para aceitar cerca de 33% dos candidatos empresas e outras partes interessadas.

`` Formação de professores (15 créditos): FIP


Condições para o sucesso capacita os professores-formandos para
desenvolverem os seus conhecimentos e FORMAÇÃO DE PROFESSORES-
`` A educação para o empreendedorismo deve ser integrada na missão e competências educativas orientados para -FORMANDOS
no programa de ensino da instituição. objetivos e de forma empreendedora.
CERTIFICAÇÃO
`` Os objetivos em matéria de empreendedorismo devem ser incluídos
nos critérios de avaliação da aprendizagem. INTEGRADA
FINLÂNDIA

Ligações ou recursos úteis:


Uma apresentação sobre a universidade, por Heikki Hannula, está disponível no seguinte sítio: http://ec.europa.eu/enterprise/policies/sme/promoting-entrepreneurship/files/education/dublin/heikki_hannula_en.pdf.
O sítio web da universidade disponibiliza informações de caráter geral sobre o programa: http://portal.hamk.fi/portal/page/portal/HAMK/In_English/Education/professional_teacher_education.
34 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Participação de estudantes diplomados na formação de professores


A Swansea Metropolitan University adotou uma série de métodos inova- utilizavam sistematicamente ex-alunos para avaliarem os seus cursos de
dores com vista a preparar os professores-formandos para a realidade da especialização. Os programas de formação de professores da escola de edu-
sala de aula e apoiá-los no desenvolvimento de aptidões empresariais. cação limitaram-se a adotar esta abordagem, que utiliza ex-alunos que cons-
Num exemplo, a universidade envolve os antigos alunos e diplomados no tituíram as suas próprias empresas para facilitar e supervisionar o desen-
desenvolvimento do programa e na forma como o mesmo é atualmente volvimento da aprendizagem de professores-formandos. Com este projeto, a
ministrado. Os antigos alunos podem igualmente contribuir para o ensino universidade ganhou um prémio na conferência sobre a internacionalização
efetivo na sala de aula e para a avaliação dos novos professores-forman- do ensino e da formação do espírito empresarial realizada no Brasil em 2006.
dos. Esta prática é conhecida como «modelo contínuo de revisão concei-
tual», e permite aos ex-alunos participarem nas práticas educativas atuais. O programa é considerado uma boa prática por proporcionar aos professores
a oportunidade de experienciarem o mundo empresarial e de prepararem os
Estas iniciativas desenvolveram-se a partir da universidade: inicialmente, estudantes para trabalharem com eles no futuro.
os cursos de comunicação visual no departamento de Arte e Design

Tipo de atividade: programas de formação de professores-formandos

País de execução: Reino Unido (Inglaterra)

Instituição responsável pela execução da atividade:


Swansea Metropolitan University

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.smu.ac.uk/

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: vários níveis


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 35

Condições para o sucesso das taxas de sobrevivência mais elevadas de pequenas empresas
inovadoras («spin out») constituídas por licenciados per capita e a
`` Reconhecimento do valor da experiência e da aprendizagem por parte Swansea Metropolitan University tem-se mantido constantemente
do setor. no topo dessa lista. Tal contribui igualmente para a credibilidade
geral da universidade, «porque cumprimos o que prometemos».
`` Reconhecimento, por parte dos formadores de professores, da impor-
tância de valorizar os ex-alunos e das oportunidades que tal pode pro- `` Funciona como um mecanismo de controlo da qualidade das práticas
porcionar para a prática educativa atual. atuais (por comparação com as práticas alternativas ou anteriores).

`` Apesar da relativa facilidade com que, atualmente, os educadores podem `` Permite o envolvimento dos ex-alunos nas práticas atuais, o que
localizar os antigos alunos, é necessária uma abordagem específica de levou ao aumento da motivação dos estudantes, tendo igualmente
longo prazo por parte de alguém que os estudantes respeitem e desejem permitido mostrar de que forma as práticas em causa funcionam na
apoiar. É igualmente necessário tempo para facilitar e gerir o curso. vida real, em comparação com a teoria ensinada nas salas de aula.

`` Permite mudar aspetos do curso «em tempo real», uma vez que o
Impacto da atividade curso pode ser adaptado para incorporar as aprendizagens mais
recentes de antigos alunos e diplomados.
`` Em toda a universidade, o principal impacto decorre da «atualidade»
dos cursos ministrados e da pertinência da aprendizagem para a satis- FIP
fação dos estudantes e a reação dos mesmos. O País de Gales tem uma
FORMAÇÃO DE PROFESSORES-FORMANDOS

ENVOLVIMENTO DOS ANTIGOS ALUNOS

APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA INDÚSTRIA

REINO UNIDO
Ligações ou recursos úteis:
Penaluna, A. & Penaluna, K. (2006) Business Paradigms in Einstellung: A Creative industries perspective on enhancing entrepreneurship education. Conferência sobre a Internacionalização do Ensino e da Formação do
Espírito Empresarial, São Paulo, Brasil.
(galardoado com um prémio excecional atribuído a investigadores seniores como o «melhor artigo empírico»).
Penaluna, A. & Penaluna, K. (2008) Business Paradigms in Einstellung: Harnessing Creative Mindsets for Entrepreneurship Education, Journal of Small Business and Entrepreneurship 21, n.º 2, p. 231 a 250. Disponível no
sítio: http://www.freepatentsonline.com/article/Journal-Small-Business-Entrepreneurship/204931981.html
36 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Curso obrigatório de música numa perspetiva


empreendedora (abordagem pedagógica)
A faculdade de educação da Universidade da Lapónia foi fundada em tomada de decisões entre várias alternativas no domínio musical. O professor é
1979, sendo a faculdade mais antiga da universidade. A faculdade é fre- um facilitador que integra as experiências e os conhecimentos dos professores-
quentada por cerca de 700 estudantes de licenciatura e 80 estudantes de formandos nos objetivos e conteúdos dos programas de ensino. Neste curso,
pós-graduação, e tem ao seu serviço 60 membros de pessoal não docente. os estudantes adquirem conhecimentos sobre a música enquanto fenómeno
O empreendedorismo e a educação para o empreendedorismo são ele- e sobre como ensinar música. Além disso, é dada ênfase a alguns atributos e
mentos vitais da estratégia da faculdade. competências empresariais, como, por exemplo, a iniciativa, a autoconfiança,
a perseverança, a assunção de riscos, a tomada de decisões, a capacidade de
O «curso obrigatório de música numa perspetiva empreendedora» centra-se
negociação, a tolerância da incerteza e a aprendizagem através dos erros.
tanto em formas empreendedoras de aprendizagem como na pedagogia
inclusiva. Isto porque através de elementos empresariais tais como a des-
Algumas das atividades empreendidas para este efeito incluem:
coberta e criação de oportunidades, a experimentação, a reflexão e a gestão
de conhecimentos, cada estudante pode aprender diferentes conteúdos utili-
zando os seus próprios pontos fortes, hábitos e outras premissas individuais. `` a organização, pelo professor, de oportunidades que permitam aos estu-
dantes tomar decisões sobre os conteúdos de aprendizagem, assim como
O curso combina a aprendizagem da música com a promoção de uma sobre em que medida, quando e com quem essa mesma aprendizagem é
mentalidade e um comportamento empreendedores, sobretudo através da realizada. Deste modo, o professor incentiva os estudantes a assumir riscos,

Tipo de atividade: métodos de ensino e pedagogias de educação


para o empreendedorismo

País de execução: Finlândia

Instituição responsável pela execução da atividade:


Universidade da Lapónia

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.ulapland.fi/InEnglish/Units/Faculty_of_Education.iw3

Contacto principal: Lenita Hietanen

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

© Monkey Business
Telefone: +358 404844164

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: vários níveis


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 37

gerir a incerteza e orientar a sua aprendizagem, por forma a serem res- `` Tempo de reflexão: O professor deve tomar as medidas necessárias
ponsáveis pelos seus próprios percursos de aprendizagem; para que haja tempo suficiente para a escrita nos diários reflexi-
`` a ênfase na aprendizagem entre pares, especialmente do processo vos e para a realização de debates reflexivos durante e após os
decisório colaborativo e da resolução colaborativa de problemas em processos de aprendizagem. A reflexão deve centrar-se em formas
debates interativos, durante o curso; empreendedoras de aprendizagem e nos conteúdos musicais dos
`` a tomada de notas, por cada estudante, no seu respetivo diário refle- programas de ensino.
xivo. O professor fornece exemplos de atributos e competências empre-
sariais. Após cada aula de música, os estudantes avaliam quais os Impacto da atividade
atributos e competências empresariais que consideraram mais impor-
Embora a atividade não tenha ainda sido formalmente avaliada, as
tantes durante o processo de aprendizagem de música e registam as
observações formuladas sugerem que promove a preparação dos pro-
avaliações nos seus diários.
fessores em educação para o empreendedorismo, uma vez que:
`` incentiva os estudantes a estudarem a sua própria atividade
Condições para o sucesso empreendedora, através de experiências e da reflexão em todas as
fases do processo de aprendizagem;
O professor realça quatro elementos principais particularmente críticos `` desafia os estudantes a agirem de várias formas empreendedoras
para o sucesso: quando têm de decidir entre oportunidades oferecidas ou criadas
em contextos de aprendizagem;
`` Processo decisório colaborativo: durante e após o processo de apren- `` permite que os estudantes observem a atividade e as medidas
dizagem — o professor e os estudantes debatem, refletem e avaliam empreendedoras dos seus professores em ambientes de aprendizagem;
o método e os conhecimentos: de que forma aprendo o que aprendo? `` incentiva os estudantes a aplicarem as suas experiências e com-
Cada fase do processo de aprendizagem deve ser objeto de reflexão: petências empresariais noutras disciplinas e em diferentes níveis
planeamento, ação e produto. de ensino.
`` Aprendizagem pela prática. Os professores oferecem aos estudantes FIP
várias possibilidades de participarem de forma inovadora na definição Planos para fazer evoluir esta prática
de objetivos, no planeamento dos métodos de aprendizagem e na colo- ENSINO NO DOMÍNIO DO
cação em prática. A reflexão permite aos estudantes adquirir novos `` Prever mais tempo para o processo criativo EMPREENDEDORISMO ORIENTADO
conhecimentos a partir das suas experiências e avaliar o processo e o mútuo dos professores-formandos com
produto da aprendizagem. vista à criação de novas oportunidades. MÚSICA E CRIATIVIDADE
`` O papel do professor é o de apoiante e facilitador. O professor não se
limita a fornecer as respostas aos estudantes, deixando-os descobri- `` Prever mais tempo para a reflexão crítica: COLABORAÇÃO
-las por si próprios. No entanto, tem de prestar um apoio oportuno para a justiça social e a igualdade de oportu-
que os estudantes que se encontrem em situações distintas possam nidades fazem parte integrante da abor- FINLÂNDIA
beneficiar de condições equitativas. dagem empreendedora inclusiva.

Ligações ou recursos úteis:


Em língua finlandesa: https://www.doria.fi/bitstream/handle/10024/76736/Lenita_Hietanen.pdf?sequence=1.
38 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Consultor de inovação: University College Copenhagen


A atividade é proporcionada pelo departamento de formação de profes- que inclui técnicas a utilizar nas suas próprias atividades educativas futu-
sores do Colégio Universitário e destina-se a professores-formandos do ras. Designado por FIRE, este modelo envolve quatro etapas específicas e
ensino básico e do terceiro ciclo do ensino básico. Abrange todos os níveis: interrelacionadas.
em primeiro lugar os professores-formandos, mas também os próprios
professores. É proposta a todos os professores-formandos do terceiro ano F (Facts) apuramento de factos (a partir de livros e da vida real).
como um «extra», e divulgada em reuniões, em linha e através de panfletos.
A partir da primavera de 2013 será proposta sob a forma de um programa I (Innovative ideas) ideias inovadoras (criação e seleção).
intensivo da União Europeia a 24 professores-formandos de cinco países. R (Reality check) teste de exequibilidade (através da criação de protótipos e
obtenção de feedback).
A atividade visa incentivar e desenvolver o espírito empreendedor nos pro-
fessores-formandos e dotá-los de um modelo de processamento completo E (Evaluation) avaliação (do produto, do processo e da aprendizagem).

Tipo de atividade: métodos de ensino inovadores associados à educação para o empreendedorismo

País de execução: Dinamarca

Instituição responsável pela execução da atividade: University College Copenhagen,


Department of Teacher Education (departamento de Formação de Professores)

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://blaagaard-kdas.ucc.dk/english/

Contacto principal: Lilian Rohde

© VLADGRIN/iStock/Thinkstock
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +45 41897581

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos do Colégio Universitário;


professores inseridos num programa de DPC

Nível de ensino alvo: os estudantes são formados ao nível do ensino básico e do terceiro ciclo
do ensino básico
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 39

Os professores-formandos desenvolvem igualmente as suas competên- `` A abordagem adotada é conforme com os resultados da aprendi-
cias ao interagir com a comunidade local, contactar parceiros reais fora da zagem necessários em matéria de educação para o empreendedo-
instituição educativa e comunicando-lhes os resultados. rismo dos professores-formandos. Estes resultados são especiais
quando estes organizam para os seus alunos uma atividade para-
A atividade consiste num programa com a duração de duas semanas, em lela no quadro do seu estágio prático de ensino.
que os professores-formandos contactam um professor no ativo e, na
sequência desse mesmo contacto, apresentam um problema que o mesmo `` Responde igualmente à procura, por parte dos professores-forman-
gostaria de ver solucionado. Em 2012, solicitou-se aos professores-for- dos, de aprendizagem prática, metodológica e teórica no domínio da
mandos que apresentassem problemas relacionados com a inclusão e a educação para o empreendedorismo.
pedagogia diferenciada. Posteriormente, os professores-formandos deba-
teram o problema em grupos e conceberam uma solução inovadora para `` Tem um impacto direto nas vidas profissionais dos estudantes,
apresentar ao professor. podendo, eventualmente, evoluir para atividades orientadas para o
utilizador em diferentes profissões.

Condições para o sucesso `` O programa teve um impacto demonstrável, por exemplo, com a
criação de um centro de inovação para a formação de professores,
`` Motivação dos professores-formandos para participar. bem como de um projeto destinado à partilha de boas práticas com
outros estabelecimentos de ensino superiores dinamarqueses.
`` Participação de professores do ensino básico e do terceiro ciclo do
ensino básico.

`` Organização eficiente, o que significa que um número relativamente


Planos para fazer evoluir esta prática
limitado de professores do estabelecimento de formação é capaz de
A formação de professores em inovação e
gerir a atividade com um grande número de participantes.
educação para o empreendedorismo está a FIP
`` O programa foi desenvolvido ao longo de sete anos e inclui uma ver- progredir através da implementação de um
novo programa de formação inicial de pro-
ENSINO NO DOMÍNIO
são resumida «de amostra» destinada aos professores-formandos em
início de formação. fessores com uma componente obrigatória DO EMPREENDEDORISMO
em todas as áreas temáticas. Modelos como
o descrito farão parte integrante do conjunto TÉCNICAS DE PROCESSAMENTO
Impacto da atividade de ferramentas destinado aos estudantes.
PROFESSORES ENQUANTO CLIENTES
`` Tratar os professores como clientes constitui um método inovador.
DINAMARCA
40 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Rural enterprises for action learning ― Empresas rurais


para a realização de ações de aprendizagem:
um instrumento profissional e pedagógico
O Colégio Universitário de Sogn og Fjordane é frequentado por aproximada- Estados Unidos; o Colégio Universitário de Sogn og Fjordane detém os direitos
mente 3 000 estudantes e tem ao seu serviço 300 funcionários. A educa- sobre o material na Europa, disponibilizando cursos e ações de formação à
ção para o empreendedorismo é obrigatória para todos os professores-for- base do mesmo. O REAL baseia-se na constatação de que as práticas em
mandos (do ensino básico, secundário e profissional) e faz parte integrante matéria de educação para o empreendedorismo em que os estudantes ensi-
do programa de ensino. Todos os estudantes frequentam, no mínimo, dois nam e usam o material imediatamente após o terem aprendido apresentam
dias de formação em empreendedorismo e no âmbito do instrumento REAL. uma taxa de retenção de 90%, contra apenas 5% no caso da aprendizagem
Essa formação é igualmente ministrada durante dois ou quatro dias sob a através de palestras. A técnica pedagógica do REAL segue o modelo de
forma de um curso de formação contínua aos professores no ativo. aprendizagem empírica, que se baseia na ideia seguinte:

O instrumento REAL (empresas rurais para a realização de ações de apren- «Diz-me e eu esquecer-me-ei; mostra-me e eu lembrar-me-ei; faz-me partici-
dizagem) foi inicialmente desenvolvido nos anos 80 nas zonas rurais dos par e eu compreenderei».

Tipo de atividade: métodos de ensino e pedagogias de educação


para o empreendedorismo
País de execução: Noruega
Instituição responsável pela execução da atividade:
Colégio Universitário de Sogn og Fjordane
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:
http://www.hisf.no/en/home
Contacto principal: professor Ivar A Offerdal
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

© Ingram Publishing/Thinkstock
Telefone: +47 57676065/+47 91300539
Telefone: Faculdade de Formação de Professores e Desporto: +47 57676000
Aplicação/público-alvo da atividade:
estudantes de formação de professores e desporto
Nível de ensino alvo: vários níveis de ensino (básico, secundário
e profissional). O REAL é igualmente disponibilizado enquanto curso
de formação contínua para professores no ativo.
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 41

Esta ideia tem em consideração a relação entre a reflexão, a expansão, a `` criem, de forma clara, um procedimento essencialmente baseado
aplicação e a experiência. É primordial que os alunos passem por «uma na atividade em grupo, que conduza a uma apresentação;
experiência concreta», um evento em que participem ativamente. Segui- `` integrem uma reflexão sobre o que os alunos fizeram e aprenderam,
damente, a aprendizagem é reforçada por reflexões sobre a experiência assim como sobre a forma como tal se relaciona com os seus objetivos;
e, posteriormente, expandida à medida que os aprendentes identificam `` levem os alunos a considerar a aplicação prática do exercício e a
os princípios, teorias e ideias abstratos subjacentes à atividade de apren- forma como criar pontes entre a aprendizagem no local de trabalho
dizagem. Por último, os alunos transferem as suas competências e a sua e a aprendizagem na vida quotidiana.
linguagem recém-adquiridas para situações da «vida real».

O REAL tanto se destina a escolas localizadas em zonas rurais como a Impacto da atividade
escolas mais urbanas, em que a construção de uma identidade local é
`` A maioria das escolas e comunidades locais do condado de Sogn og
considerada particularmente importante, pois trata-se de uma forma de
Fjordane ensina o empreendedorismo e utiliza os materiais.
incentivar os alunos a regressarem, um dia mais tarde, à região e aí cons-
`` As sondagens aos estudantes sugerem que estes estão satisfeitos
tituírem empresas. O programa centra-se em dois grandes domínios: ati-
com a experiência do REAL.
tudes e competências para a vida e temas relacionados com a empresa.
`` O REAL foi mencionado como boa prática num inquérito realizado
Inicialmente, pretende-se centrar a atenção nas atitudes das quais decor-
em 2004 nos países nórdicos e, uma vez mais, num projeto dife-
rem competências essenciais. O objetivo é desenvolver a comunicação, o
rente em 2012. Foi igualmente mencionado nos planos do Governo
pensamento crítico e criativo, a capacidade de resolução de problemas, a
(2004/2006).
capacidade de trabalhar eficazmente em equipa e uma identidade local.
`` Um relatório de investigação elaborado em 2009 pela empresa
No que respeita à empresa, promove-se o conhecimento da análise do
Kunnskapsparken, de Bodø, atribuiu ao REAL uma classificação/
mercado, da economia em geral, do marketing e das vendas.
notação elevada; desde 2007, este conceito faz parte integrante da
O REAL destaca as parcerias com organizações/instituições externas e o formação dos professores de Sogn og Fjordane.
apoio prestado pelos reitores das faculdades/presidentes do Colégio Uni-
versitário. Além disso, aprofunda e testa no terreno ideias inovadoras com
«escolas-modelo» que participam na elaboração dos materiais. As ideias do
Planos para fazer evoluir esta prática
REAL encontram-se disseminadas por toda a instituição, através da forma- FIP
Todos os professores pertencentes ao depar-
ção que é ministrada aos colegas e da promoção da ideia de educação para
tamento de educação de Sogn og Fjordane ENSINO NO DOMÍNIO
o empreendedorismo. É colocada a tónica na necessidade de ser paciente.
irão participar num workshop com a dura- DO EMPREENDEDORISMO
ção de dois dias onde se debaterá a imple-
Condições para o sucesso mentação da educação para o empreende- APRENDIZAGEM EMPÍRICA
dorismo no novo programa de ensino. Nos
É importante que os professores beneficiem do apoio da escola na imple- futuros programas de formação, a educação
mentação do REAL, que sejam pacientes e que:
COLABORAÇÃO
para o empreendedorismo será uma disci-
`` identifiquem claramente os objetivos de aprendizagem para este exercício; plina obrigatória: o curso de empreendedo- NORUEGA
`` prevejam o tempo e os materiais necessários para a realização rismo pedagógico dará direito a créditos e
do exercício; fará parte da formação interdisciplinar.

Ligações ou recursos úteis:


Uma apresentação pelo professor auxiliar Ivar A. Offerdal está disponível no sítio: http://ec.europa.eu/enterprise/policies/sme/promoting-entrepreneurship/files/education/dublin/ivar_offerdal_en.pdf.
42 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Programa de educação para o empreendedorismo


destinado a crianças dos 3 aos 12 anos
O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) foi fundado em 1980. A destina-se a promover competências empresariais conhecidas como «compe-
sua missão consiste em prosseguir uma «formação humana, cultural, cien- tências pessoais», quer em crianças quer em professores-formandos.
tífica, técnica e profissional de qualidade, realizar a investigação necessá-
ria e adequada à prossecução da sua missão e cooperar com a comuni- O programa dispõe de materiais e propostas de atividades concebidos para
dade regional do Alto Minho, particularmente com o seu tecido produtivo crianças em idade pré-escolar (dos 3 aos 5 anos), crianças do 1.º ciclo do
e empresarial». ensino básico (dos 6 aos 9 anos) e crianças do 2.º ciclo do ensino básico (dos
10 aos 12 anos). As crianças desenvolvem os seus próprios projetos, com
O programa de empreendedorismo «Ter ideias para mudar o mundo», des- base nas suas próprias ideias, explorando simultaneamente as competências
tinado a crianças dos 3 aos 12 anos, resulta de uma parceria estabelecida exigidas em cada um dos seguintes domínios do conhecimento:
entre a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do
Castelo e o Centro Educativo Alice Nabeiro-Delta. O projeto adota uma `` Estimular ideias
definição mais ampla de educação para o empreendedorismo, considerada
como o processo que permite aos alunos transformar ideias em ações, e `` Partilhar ideias

Tipo de atividade: métodos de ensino e pedagogias de educação


para o empreendedorismo

País de execução: Portugal

Instituição responsável pela execução da atividade:


Instituto Politécnico da Escola Superior de Viana do Castelo

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://portal.ipvc.pt/portal/page/portal/ese

Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos

Nível de ensino alvo: pré-escolar


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 43

`` O que quero fazer? uma forma de partilhar e divulgar as práticas em matéria de educação
para o empreendedorismo nas escolas anfitriãs. O projeto é avaliado
`` Estados de espírito através de uma abordagem de investigação/ação.

`` Ouvir os outros
Condições para o sucesso
`` Falar sobre o projeto
`` Compromisso das escolas no sentido de adotarem abordagens de
`` Trabalhar com colaboradores aprendizagem ativa e realizarem projetos.
`` Identificar necessidades
`` Escolas com programas de ensino flexíveis.
`` Criar protótipos para partilhar o projeto
`` O desenvolvimento de competências empresariais nos futuros pro-
`` Rede de colaboradores fessores é integrado nos programas de formação de professores.

`` Ciclos de tarefas `` Supervisão rigorosa da educação para o empreendedorismo durante


o estágio dos estudantes em escolas anfitriãs.
`` Liderança do projeto
`` Acompanhamento do processo e dos resultados da educação para
Na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Cas- o empreendedorismo (por exemplo, através da utilização de um
telo, no âmbito dos cursos de formação de professores, os professores- modelo de investigação/ação) e avaliação, adaptação e conceção
formandos receberam formação em educação para o empreendedorismo de materiais para diversos contextos escolares.
implementada num formato idêntico ao do programa de empreendedo-
rismo para crianças dos 3 aos 12 anos. Ou seja, a formação em educação `` Identificação de boas práticas, partilha FIP
para o empreendedorismo destina-se a fomentar o desenvolvimento de e divulgação do projeto.
competências empresarias (conhecimentos, atitudes e valores) nos pró- ENSINO NO DOMÍNIO
prios professores-formandos. Simultaneamente, os estudantes aprendem DO EMPREENDEDORISMO
a promover competências empresariais nos mais jovens (crianças dos Impacto da atividade
3 aos 12 anos). Os materiais pedagógicos de educação para o empreen- ENSINO PRIMÁRIO
dedorismo são testados e adaptados no quadro do «período de estágio de `` O programa permite que os professores-­
docência», paralelamente à colocação dos alunos em escolas anfitriãs. Os formandos desenvolvam a educação PROJETOS
futuros professores trabalham em equipa e exploram métodos pedagó- para o empreendedorismo no ensino pré-
gicos adequados à educação para o empreendedorismo. Esta é também -escolar e básico. PORTUGAL

Ligações ou recursos úteis:


Apresentação do projeto e da página de rosto do manual intitulado «Ter ideias para mudar o mundo».
http://internacional.ipvc.pt/en/node/17.
44 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Centro para a Criatividade, a Inovação e o Empreendedorismo


(ACCIO) do Colégio Universitário Artevelde
O Arteveldehogeschool, em Gent, visa formar profissionais capazes de «ir estudantes e funcionários». Cada departamento (são 16) possui o seu próprio
mais longe» através da criatividade, do pensamento inovador e do espírito responsável pelo projeto ACCIO.
empreendedor. O seu objetivo consiste em desafiar os estudantes e os
membros do seu pessoal a encontrar novas respostas com base em novas Todas as inovações dos programas de ensino são inspiradas pelas compe-
ideias, num contexto educativo em rápida evolução. O Centro de Conheci- tências que um empreendedor deve possuir, incluindo: criatividade, procura
mento ACCIO, presidido pelo diretor-geral e aberto em setembro de 2011, de oportunidades, orientação para o cliente, liderança, persistência, etc. Foi
é líder neste processo, que se pretende venha a conduzir à concretização desenvolvido um instrumento em linha para permitir testar as competências
de um dos principais objetivos estratégicos do estabelecimento: «fomen- empresariais de estudantes e professores antes e depois da sua formação. Os
tar e incentivar a criatividade, a inovação e o empreendedorismo entre responsáveis pelo projeto ACCIO recebem formação para poderem detetar tais

Tipo de atividade: métodos de ensino e pedagogias em educação


para o empreendedorismo

País de execução: Bélgica

Instituição responsável pela execução da atividade:


Arteveldehogeschool (Colégio Universitário Artevelde)

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.arteveldehogeschool.be/accio/nl/

© Marek Uliasz/Hemera/Thinkstock
Contacto principal: Dominique Roodhooft

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +32 92347477

Aplicação/público-alvo da atividade:
estudantes e professores do estabelecimento

Nível de ensino alvo: universitário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 45

competências. Cada programa dispõe do seu dicionário ACCIO, que contém `` é difícil incorporar a educação para o empreendedorismo em
descrições das competências e os correspondentes resultados da apren- diferentes áreas temáticas, mas as reuniões com professores
dizagem. O dicionário facilita a integração da criatividade, da inovação e e estudantes contribuem para a transferência de boas práticas
do empreendedorismo nos programas de ensino, de forma sistematizada. entre departamentos.
Além disso, os responsáveis pela criatividade do projeto ACCIO organizam
sessões de reflexão e cursos de formação de professores em pensamento
criativo, palestras inspiradoras e outras atividades com o objetivo de aper- Condições para o sucesso
feiçoar as ações empreendedoras e criativas.
`` Prestação de apoio descendente, do topo para a base: o apoio à
`` a realização de 13 sessões de reflexão com professores e estudantes gestão é essencial.
nos últimos três meses;
`` A importância da educação para o empreendedorismo deve ser
`` a reunião de 130 estudantes com uma ideia criativa no início reconhecida pela comunidade.
do ano académico;
`` Há que motivar os professores para que aprendam e apreciem a
`` a prestação de apoio a 36 estudantes para criarem as suas próprias importância da educação para o empreendedorismo.
empresas durante o primeiro trimestre de 2012;
`` O modelo baseado em 13 competências foi bem definido e estrutu-
`` a realização de testes em linha a 400 estudantes no ano académico rado, o que, por sua vez, facilitou a sua compreensão e implementação.
de 2011-2012.

A experiência adquirida permite concluir que: Impacto da atividade

`` é difícil convencer os professores, uma vez que associam a educação `` A integração do empreendedorismo nos FIP
para o empreendedorismo apenas a empresas, o que é uma definição programas de ensino e no desempenho dos
demasiado restrita; professores foi bem-sucedida, e o espírito ENSINO NO DOMÍNIO
do empreendedorismo e da inovação entre DO EMPREENDEDORISMO
estudantes foi estimulado de maneira a
aumentar a sua empregabilidade. RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS
Ligações e recursos úteis: INTEGRAÇÃO NOS PROGRAMAS DE ENSINO
http://www.youtube.com/watch?v=to06gDoDzu0&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=_7_15DdqQ4A&feature=player_embedded BÉLGICA
http://www.arteveldehogeschool.be/accio/nl/
http://www.scoop.it/t/tools-voor-lesgevers
http://www.scoop.it/t/arteveldehogeschool-en-ondernemen
http://www.scoop.it/t/food-en-drinks-for-creative-brains
https://twitter.com/AccioArtevelde
http://nl-nl.facebook.com/accio.artevelde
46 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Inovação e empreendedorismo
Em 2008, a antiga República jugoslava da Macedónia introduziu o curso jovens. Em novembro de 2011, anunciou a introdução de um novo curso,
obrigatório intitulado «Empresas e empreendedorismo» no 4.º ano do intitulado «Inovação e empreendedorismo», nos 1.º, 2.º e 3.º anos do ensino
ensino secundário, com a duração de duas horas por semana. Para refor- secundário (destinado a estudantes de 14, 15 e 16 anos) a partir de setembro
çar a capacidade dos novos professores de ensinar a nova disciplina, o de 2012; o mesmo curso será introduzido nos 8.º e 9.º anos (estudantes de 12
Centro Nacional para o Desenvolvimento da Inovação e da Aprendizagem e 13 anos) do terceiro ciclo do ensino básico a partir de setembro de 2014. O
do Empreendedorismo (NCDIEL) organizou, todos os anos, dois dias de Governo apoiará a formação dos professores na nova disciplina.
formação para todos os professores. Além disso, disponibilizou material
didático adicional, sendo responsável, juntamente com o Gabinete para o Em novembro de 2011, o Governo criou igualmente a Rede Nacional de
Desenvolvimento da Educação (BDE), pela organização do Concurso Nacio- Formadores em Educação para o Empreendedorismo.
nal para a Criação de Planos de Negócios para as escolas secundárias.
`` CO programa de ensino do novo curso foi desenvolvido no período de
Nos últimos anos, o Governo da antiga República jugoslava da Macedó- janeiro a março de 2012, tendo sido oficialmente aprovado pelo ministro
nia apoiou firmemente o desenvolvimento do espírito empreendedor dos da Educação e Ciência em meados de março de 2012.

Tipo de atividade: métodos de ensino inovadores associados à educação para o empreendedorismo

País de execução: antiga República jugoslava da Macedónia

Instituição responsável pela execução da atividade: Ministério da Educação e Ciência


da antigaRepública jugoslava da Macedónia

Contacto principal: Vesna Horvatovikj e Radmil Polenakovik

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected] (instituição responsável), radmil.


[email protected] (apoio à criação de programas, ações de formação e implementação)

Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: Gabinete para o Desenvolvimento da Educação,


Centro Nacional para o Desenvolvimento da Inovação e da Aprendizagem do Empreendedorismo (NCDIEL)

© James Thew/Fotolia
Aplicação/público-alvo da atividade: estudantes e professores

Nível de ensino alvo: básico e secundário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 47

`` Em maio e junho de 2012, o NCDIEL e o CEC (outra entidade prestadora descendente (do topo para a base) do apoio político à educação para o
de formação) realizaram dois dias de formação que contaram com a empreendedorismo. O Governo decidiu que os estudantes dos 12 aos
participação de 1 300 professores sobre o tema relacionado com o 18 anos seriam diretamente envolvidos na educação para o empreen-
novo programa de ensino. A formação foi financiada pelo Governo. dedorismo. Tal significa que, todos os anos, haverá um contacto direto,
durante 36 horas, com os diferentes temas relativos à inovação e ao
`` No período de maio a agosto de 2012, o NCDIEL elaborou materiais empreendedorismo (no último ano da escola há 72 horas dedicadas a
didáticos e manuais escolares para o novo curso. Em 30 de agosto de estes temas).
2012, o NCDIEL organizou uma formação com a duração de um dia,
durante o qual 300 professores se puderam familiarizar com os novos
materiais didáticos.
Condições para o sucesso

Os ingredientes fundamentais para o êxito desta atividade foram


`` O curso foi introduzido nos três anos (1.º, 2.º e 3.º) no novo ano aca-
os seguintes:
démico de 2012, e as aulas têm a duração de uma hora por semana.
`` apoio político do Governo da ARJM à introdução do novo curso;
`` financiamento do Governo para a formação de professores;
`` O mesmo procedimento será repetido (desenvolvimento dos programas
`` boa colaboração entre o BDE e o NCDIEL;
de ensino, formação de professores e elaboração de materiais) para o
`` vasta experiência do pessoal do NCDIEL em matéria de empreende-
curso intitulado «Inovação e Empreendedorismo», que será introduzido
dorismo, métodos de ensino e contacto direto com os professores.
no ensino básico a partir de setembro de 2014.

Os principais temas abordados na formação foram os seguintes: Impacto da atividade


`` O que é a educação para o empreendedorismo?
`` Orientação profissional. `` O principal ensinamento deste caso é ITE
`` Empreendedorismo: Verdades e mitos sobre o empreendedorismo; prin- que, graças a um Governo pró-ativo (com
cípios básicos em matéria de empreendedorismo; processo empresarial uma abordagem do topo para a base) e à ENSINO INOVADOR
(relógio empresarial) e respetivos elementos; competências empresa- introdução de (um) curso(s) obrigatório(s)
riais essenciais; e métodos de ensino do empreendedorismo. relacionado(s) com o empreendedorismo, APOIO DO GOVERNO
`` Como construir uma sociedade inovadora. todos os estudantes do país beneficia-
`` Como ser inovador? Procura de novas ideias; métodos de produção de ram da oportunidade de se familiarizar PRINCÍPIOS BÁSICOS
ideias; sistematização das ideias e respetiva avaliação. com o empreendedorismo e com as
atividades conexas. ANTIGA REPÚBLICA JUGOSLAVA
Este curso constitui um exemplo de boas práticas com uma abordagem DA MACEDÓNIA

Ligações ou recursos úteis:


A apresentação da formação de professores com a duração de dois dias está disponível no sítio www.ncdiel.mk (em língua macedónia).
O novo programa de ensino está disponível na página web do BDE (em língua macedónia).
48 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Welsh Enterprise Educators Network


(rede galesa de formadores em empreendedorismo)
Apoiada pelo governo galês, a Welsh Enterprise Educators Network vista a compreensão da importância do empreendedorismo para a sociedade,
(WEEN) é a fonte de informação e orientação dos formadores em educa- a economia e a educação, bem como o conhecimento prático de pedagogias e
ção para o empreendedorismo no País de Gales. metodologias no domínio da educação para o empreendedorismo. A aborda-
gem do curso consiste em despoletar («trigger») a «aprendizagem baseada na
Este projeto conta com a participação de sete escolas superiores e universi- curiosidade», em que os professores contextualizam a sua própria aprendiza-
dades ligadas em rede, e desenvolveu um módulo acreditado de mestrado gem e a utilizam nos seus próprios ambientes.
de Formação de Professores em Educação para o Empreendedorismo. O
curso foi utilizado para formar educadores do EFP, do ensino superior e do Este trabalho tem sido apoiado pela rede Enterprise Educators United
ensino comunitário. Kingdom (EEUK). A EEUK tem participado na criação de redes, na pres-
tação de apoio e no desenvolvimento do empreendedorismo, possuindo mais
A atividade promove a formação de professores em educação para o de 500 membros formadores em empreendedorismo e profissionais de mais
empreendedorismo através de uma abordagem estruturada tendo em de 90 estabelecimentos de ensino superior do Reino Unido.

Tipo de atividade: ligação em rede e intercâmbio de boas práticas

País de execução: Reino Unido (País de Gales)

Instituição responsável pela execução da atividade: WEEN (Welsh Enterprise Educators Network)
Swansea Metropolitan University e Trinity St. David, País de Gales

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.weenetwork.co.uk/

Contacto principal: Andy Penaluna

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +44 1792481199

© Infinite XX/Fotolia
Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: governo galês, rede «Enterprise Educators UK»

Aplicação/público-alvo da atividade: universidades/escolas superiores de formação de professores/EFP

Nível de ensino alvo: interdisciplinar/vários níveis de ensino


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 49

O envolvimento da EEUK permitiu a todo o Reino Unido beneficiar `` reconhecer o consenso resultante das redes de formado-
da sua experiência em desenvolvimento de projeto, aceder mais res experientes;
ativamente às redes EEUK e disseminar os resultados de uma `` uma universidade interdepartamental, que associe e ligue as dife-
forma mais abrangente. rentes abordagens pedagógicas, e adote e adapte filosofias.

Condições para o sucesso Impacto da atividade


A atividade pode ser considerada uma «boa prática», tendo em conta o `` Contribuiu para o desenvolvimento de redes de partilha de práticas
feedback dos estudantes e a profundidade da sua compreensão do espírito no domínio da educação para o empreendedorismo.
do empreendedorismo. `` Preparou futuros professores para a educação para
o empreendedorismo.
Certos elementos são fundamentais para apoiar as futuras boas práticas `` Inspira novas iniciativas em todo o Reino Unido e na União Europeia
neste domínio: (através do projeto ADEPTT e dos grupos de trabalho temáticos da
União Europeia).
`` redes nacionais que partilhem abertamente práticas, tanto boas
como más;
`` redes nacionais que informem o governo e exerçam uma pressão Planos para fazer evoluir esta prática
ascendente (da base para o topo); Os ensinamentos retirados da criação do primeiro módulo de formação
`` o Governo deve aderir ao projeto e financiar a investigação desde o de professores da Enterprise Educators ( que permite obtenção de cré-
início (exemplo: estudo de viabilidade do governo galês). ditos) estão atualmente a ser divulgados em todo o Reino Unido atra-
vés da Enterprise Educators United Kingdom, tendo contribuído para o
Para que a EE possa avançar neste domínio há que: debate político no seio da União Europeia. Em
2013, este projeto evoluiu para uma inicia- FIP
`` compreender melhor o que motiva a criatividade e refletir aprofunda- tiva pan-galesa denominada YES CPD Hub,
damente acerca da mentalidade das pessoas empreendedoras (não igualmente financiada pelo governo galês no
criadoras de empresas); LIGAÇÃO EM REDE
quadro da estratégia para o empreendedo-
rismo dos jovens. COLABORAÇÃO
CERTIFICAÇÃO
Ligações ou recursos úteis:
«Entrepreneurship education needs enterprising educators: inspiring new teachers through formal teacher training provision» (A educação para o em- REINO UNIDO
preendedorismo precisa de educadores empreendedores: inspirar novos professores através de dispositivos formais de formação de professores):
http://sbaer.uca.edu/research/icsb/2012/Penaluna%20486.pdf.
Diferentes estudos de casos estão disponíveis na sua página web: http://www.enterprise.ac.uk/index.php/case-studies.
Uma apresentação, por Andy Penaluna, está disponível no sítio: http://ec.europa.eu/enterprise/policies/sme/promoting-entrepreneurship/files/education/dublin/andy_penaluna_en.pdf.
«Creativity-based assessment and neural understandings: A discussion and case study analysis»: http://www.emeraldinsight.com/journals.htm?articleid=1891415.
Projeto ADEPTT: www.adeptt.eu.
YES CPD Hub: http://ms.fs4b.wales.gov.uk/sub_sites/big_ideas_wales/content/projects/colleges_and_universities/entrepreneurship_hubs.aspx.
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 51

Exemplos de práticas
de desenvolvimento
profissional contínuo
52 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Desenvolvimento profissional contínuo:


principais mensagens extraídas dos exemplos
Para alcançar o objetivo de implementar a educação para o empreendedorismo de forma sustentável na formação contínua de professores, a Europa necessita de:

Escolas empreendedoras que apoiem o desenvolvimento do espírito empreendedor


no ensino e na aprendizagem

xx Uma escola empreendedora possui uma equipa de direção dedicada e empenhada que
apoia a educação para o empreendedorismo para todos os alunos.
xx Uma escola empreendedora defende um conceito educativo baseado na capacidade de
ensinar o mundo de amanhã.
xx O pessoal docente e não docente está disposto a encarar a mudança de forma positiva.
xx Uma escola empreendedora tem a perceção das suas necessidades futuras e uma visão clara
do modo como a educação para o empreendedorismo se encaixa no programa de
ensino mais vasto e no plano de desenvolvimento.
xx A educação para o empreendedorismo é integrada no programa de ensino e inte-
grada em todas as disciplinas, não sendo considerada uma disciplina distinta.
xx A escola assume um compromisso no sentido de estimular as competências transver-
sais, criativas e empresarias de que as crianças e os jovens necessitam para terem um bom
desempenho, não só na escola mas também na sociedade em geral.
xx A aprendizagem baseada em atividades e os métodos centrados no estudante são
componentes normais da prática da docência e da aprendizagem.
xx São definidos resultados concretos de aprendizagem que são avaliados como parte
dos exames.
xx É realizada uma avaliação regular das atividades exercidas, especialmente do seu impacto
no desenvolvimento das capacidades dos estudantes.
xx Procede-se à recolha sistemática das reações dos estudantes: as reações positivas
dos alunos constituem um impulsionador importante da implementação da aprendizagem do
empreendedorismo e aceleram a aceitação da educação para o empreendedorismo.
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 53

Professores empreendedores capazes de acender uma chama xx A formação demonstra que, em todos os programas de ensino, existem pontos
empreendedora de partida para o ensino do empreendedorismo e aspetos propícios à aprendi-
zagem do empreendedorismo;
xx Os professores empreendedores recompensam a iniciativa individual e a xx A formação identifica as atividades empreendedoras já exercidas pelos
assunção de responsabilidades e riscos. professores e demonstra como os métodos por eles utilizados se enquadram
xx Os professores empreendedores estão dispostos a aceitar o fracasso como parte no conceito.
integrante do processo de aprendizagem. xx Os resultados concretos da aprendizagem são definidos e avaliados.
xx Os professores empreendedores aprendem igualmente a gerir riscos. O fracasso xx Os cursos de formação centram-se em abordagens práticas e incluem méto-
faz parte integrante do processo empreendedor, mas pode igualmente ser um des- dos ativos e participativos que suscitam um sentimento de apropriação.
perdício de tempo, competências e empenho valiosos. Os professores empreendedo-
res sabem como mitigar os riscos. xx As entidades prestadoras de formação contínua tomam medidas para promover
amplamente os cursos e estimular a sua aceitação (por exemplo, dirigindo-se
xx Os professores empreendedores dispõem de sólidas capacidades de trabalho diretamente às escolas, contactando-as através de plataformas em linha nas reu-
em equipa. niões anuais de professores, etc.).
xx Os professores empreendedores são utilizadores de redes que realizam intercâm- xx Os cursos de formação empresarial estimulam a sustentabilidade, por exem-
bios com os seus pares e se reúnem regularmente. plo, ao incentivarem professores e alunos a planear cuidadosamente os seus
xx Os professores empreendedores utilizam vários métodos criativos como instru- processos de ensino e de aprendizagem, a refletir continuamente e a manter
mentos pedagógicos inovadores. intercâmbios constantes.
xx Deixam as crianças assumir a responsabilidade pelo seu próprio processo Parcerias entre o setor educativo, a comunidade empresarial
de aprendizagem, dando-lhes liberdade, por exemplo, para criarem as suas pró- e a indústria criativa
prias aulas.
xx Os projetos e escolas empreendedores beneficiam do envolvimento dos parcei-
xx Nos seus métodos de avaliação, os professores empreendedores reconhecem não
ros empresariais. As empresas e organizações empresariais podem contribuir com
só a solução mas também o caminho para lá chegar.
conhecimentos especializados para projetos educativos empreendedores, podendo
xx Os professores empreendedores utilizam a tecnologia e as redes sociais na sala de participar na formação de professores que é ministrada nas escolas.
aula como forma de apoiar a aprendizagem, explorando novas soluções, téc-
xx As escolas podem associar-se a organizações externas para adquirirem
nicas de produção e ferramentas informáticas que apoiem o processo de
conhecimentos especializados no domínio da educação para o empreendedo-
aprendizagem.
rismo que não lhes é possível adquirir internamente.
xx Utilizam igualmente as redes sociais no seu próprio processo de aprendiza-
xx Os trabalhadores criativos como os artistas, designers, arquitetos e cientistas
gem entre pares e no intercâmbio de informações.
podem ajudar as escolas e os professores a desbloquear o seu potencial de
Programas de formação de professores que promovem criatividade e a aumentar as expectativas e as realizações das crianças e dos
métodos empreendedores jovens. Os exemplos demonstram que as relações a longo prazo entre trabalhadores
criativos e escolas têm um impacto positivo.
xx Um programa de formação de professores em empreendedorismo faz apelo ao
xx Os educadores e as instituições empreendedores participam na aprendizagem
espírito empreendedor dos próprios professores.
entre pares e na realização de intercâmbios, a nível local, regional, nacional
xx A formação não trata o empreendedorismo como uma competência distinta, e internacional.
mas antes como um conceito que exige competências fundamentais, como a
criatividade, o conhecimento das tecnologias e a gestão de projetos.
54 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Escola secundária Matija Antun Reljković, Slavonski Brod


A escola secundária Matija Antun Reljković procura desenvolver as compe- `` um laboratório hortícola;
tências empresariais dos seus alunos, incluindo a flexibilidade, a criativi-
`` um laboratório de investigação florestal;
dade e o prazer do risco. Para tal, esforça-se por prestar um ensino secun-
dário estável e de qualidade aos seus alunos e de lhes dar oportunidades `` um laboratório veterinário; e
de aprendizagem ao longo da vida e de formação contínua. Além disso, `` um laboratório de química.
o objetivo consiste em criar uma escola renomada e adaptada tanto aos
estudantes como à economia local. Estes laboratórios e jardins transformaram-se em salas de aula onde os estu-
dantes podem, atualmente, praticar a «micropropagação» (clonagem de vege-
Fundamental para o desenvolvimento da escola foi a modernização e tais), a fruticultura e a silvicultura. Além disso, a escola criou recentemente
diversificação das suas instalações, que atualmente incluem: um «Centro de Desenvolvimento Biotecnológico» que, além de criar um exce-
lente ambiente de aprendizagem para os estudantes, estimula igualmente a
`` um pomar, uma vinha e um laboratório de vinicultura; economia de Slavonski Brod em geral.

Tipo de atividade: escolas empreendedoras

País de execução: Croácia

Instituição responsável pela execução da atividade: escola secundária


Matija Antun Reljković, Slavonski Brod

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://ss-mareljkovica-sb.skole.hr/

Contacto principal: Vlado Prskalo

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Nível de ensino alvo: escola secundária com três unidades educativas


distintas: a Escola Técnica Agrícola, a Escola Veterinária e a Escola de Química
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 55

Condições para o sucesso Impacto da atividade

`` É necessário que todos os intervenientes no processo de ensino estejam Esta atividade tem produzido excelentes resultados, que são medidos
abertos à mudança e recetivos a novos métodos de ensino. A escola de forma inovadora.
distanciou-se dos métodos tradicionais de ensino em sala de aula e
integrou nos seus programas de ensino projetos e trabalhos de inves- `` Não se trata apenas do número de diplomados, mas igualmente da
tigação e em grupo, assim como formações profissionais e workshops. qualidade da produção. Os estudantes dedicam-se à produção de
culturas como o tomate e a lavanda, que depois vendem à comuni-
`` Foi necessário apoio por parte de parceiros internacionais. A escola dade local. Este resultado é particularmente positivo, uma vez que a
Matija Antun Reljković recebeu um apoio significativo da União Euro- região de Slavonski Brod é famosa pela sua agricultura.
peia. As verbas recebidas possibilitaram a construção de um número
elevadíssimo de centros técnicos, incluindo: um pomar, uma vinha, um `` Os estudantes adquirem competências numa grande variedade de
laboratório de vinicultura, um laboratório de investigação florestal, um métodos de trabalho (sabendo, por exemplo, tirar amostras de san-
laboratório veterinário, um laboratório dedicado à prática da micropro- gue e analisá-las).
pagação e uma zona de cultura. `` Alguns estudantes prosseguem os seus estudos numa universidade,
mas mais importante ainda é o desenvolvimento das competências
`` As ligações locais são igualmente fundamentais: a escola tem ligações empresariais e do espírito empreendedor que a escola infunde em
ao centro de emprego do condado de Brod Posavina, às câmaras de todos os seus alunos.
comércio, às faculdades de agricultura e aos institutos de investigação DPC
e desenvolvimento. `` O projeto «Centro Regional de Investiga-
ção e Desenvolvimento no domínio da ESCOLAS EMPREENDEDORAS
`` A escola teve igualmente de se adequar à oferta e à procura do mer- Biotecnologia» permitiu à escola apoiar
cado local, tendo desenvolvido esforços particulares para fomentar empresários agrícolas locais e regio- INTEGRADA
uma cultura em que os estudantes se sintam orgulhosos por trabalhar nais, graças à introdução das tecnologias
no campo, «abrindo-lhes os olhos» para um estilo de vida sustentável, e mais recentes e da melhoria da relação COLABORAÇÃO
tendo alinhado os seus programas de ensino com a principal atividade custo-­eficácia.
da região: a agricultura. CROÁCIA

`` É importante que a escola disponha dos equipamentos modernos mais


recentes e utilize novas tecnologias, sempre que tal seja possível.

Ligações ou recursos úteis:


Para obter informações sobre outros projetos, consultar o sítio: http://ss-mareljkovica-sb.skole.hr/
56 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Manchester Academy
A Manchester Academy é uma escola para jovens dos 11 aos 18 anos empreendedorismo que se encontra associado ao programa de ensino. Além
criada pela United Learning (UL) para «realçar o que de melhor há em cada disso, todos os anos de escolaridade são complementados por um programa
um». Localizada no centro de Moss Side, uma zona conhecida pelas armas, de carreira personalizado e holístico que permite aos estudantes criarem uma
pelos gangues e pelas drogas, é frequentada por um leque extremamente carteira de trabalho desde o 7.º ano (12 anos) até ao 11.º ano (16 anos). A
diversificado de estudantes, muitos dos quais refugiados ou requerentes evolução é seguida e avaliada.
de asilo. A Manchester Academy é um estabelecimento escolar especiali-
zado em comércio e empresas, cujo objetivo consiste em desenvolver nos A escola organiza igualmente várias atividades empresariais para os estudan-
estudantes características empreendedoras em diferentes tipos de contex- tes, incluindo:
tos de aprendizagem formal e informal. Baseia-se no pressuposto de que `` Teachers organise six career-linked sessions a year for students, for exam-
as competências académicas não são suficientes: os estudantes neces- ple, ‘why my subject will help me get a job’
sitam igualmente de competências e expectativas realistas para serem `` os professores organizam, todos os anos, seis sessões ligadas à carreira
bem-sucedidos na vida e se tornarem cidadãos produtivos. destinadas aos estudantes como, por exemplo, a intitulada «por que motivo
As equipas responsáveis pelos programas de ensino integram a parti- vai a minha disciplina ajudar-me a conseguir um emprego»;
cipação dos empregadores e das empresas nos programas e em todas `` são organizadas «semanas setoriais», destinadas a familiarizar os estudan-
as matérias. A participação dos empregadores é um meio decisivo para tes com os diferentes setores da indústria e as respetivas profissões. São
melhorar o aproveitamento escolar, e todos os professores e disciplinas organizados concursos de pergunta e resposta («quizzes») e competições
estão envolvidos no trabalho desenvolvido no quadro da educação para o com o objetivo de familiarizar os estudantes com os diferentes setores;

Tipo de atividade: escolas empreendedoras

País de execução: Reino Unido (Inglaterra)

Instituição responsável pela execução da atividade:


Manchester Academy

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.manchester-academy.org/

Contacto principal: Jane Delfino

Endereço de correio eletrónico principal:

© Andresr/iStock/Thinkstock
[email protected]

Telefone: +44 1612324159

Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: United Learning

Aplicação/público-alvo da atividade: jovens dos 11 aos 18 anos

Nível de ensino alvo: ensino secundário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 57

`` são produzidas «escadas rolantes de competências», que indicam aos delas. Além disso, organiza cursos de formação de professores e
estudantes quais as competências necessárias ao exercício de determi- incentiva a partilha de boas práticas e o desenvolvimento conjunto
nadas profissões, assim como os respetivos salários médios; de novos programas.
`` a escola trabalha com uma série de parceiros empresariais locais. Asso- `` Certas atividades específicas são adaptadas às necessidades dos
ciou-se, por exemplo, à galeria de arte Whitworth para o projeto «Fresh estudantes e às áreas temáticas que lhes permitem desenvolver
Made Trade», no qual que os estudantes trabalharam com artistas e competências múltiplas.
empresários com o objetivo de desenharem e criarem capas para com- `` As parcerias empresariais locais eficazes e variadas são fundamen-
putadores portáteis e para telemóveis, objetos esses que são atual- tais. A Manchester Academy trabalha com um vasto leque de par-
mente vendidos nas galerias de arte de Manchester. Uma percentagem ceiros, incluindo a Mercedes Benz, a Universidade de Manchester e
dos lucros é doada à empresa social AfrUKa; o clube de futebol Manchester City. A Universidade de Manchester,
`` os planos para o futuro incluem o desenvolvimento de um programa por exemplo, orienta os estudantes para o sucesso académico e
de atribuição de prémios a estudantes, que incluirá, nos programas de proporciona oportunidades de emprego através de regimes como o
ensino, unidades consagradas aos estágios profissionais, ao volunta- seu programa de orientação de recursos humanos.
riado e à constituição de microempresas. O pessoal será responsável
por algumas destas unidades, proporcionando aos alunos mais opor-
tunidades de formação contínua que se espera sejam apoiadas e reco-
Impacto da atividade
nhecidas pelas agências nacionais no futuro. `` Melhoria do aproveitamento escolar. Verificou-se uma melhoria
surpreendente do aproveitamento escolar na Manchester Academy
Condições para o sucesso desde que a UL assumiu funções e incorporou as competências
empresariais no programa de ensino. Aquela que anteriormente
A escola realça vários elementos que são centrais para o seu êxito enquanto era uma escola «de insucessos» está atualmente classificada como
escola empreendedora: uma «boa» escola pelo Instituto de Normas em matéria de Educa-
ção, Competências e Serviços Infantis (OFSTED), serviço de inspeção
`` Todos, do diretor aos estudantes, passando pelos professores e até
escolar do Reino Unido, que, por vezes, chegou mesmo a classificar
mesmo pelo pessoal do serviço de restauração, aderem ao conceito de
a evolução dos estudantes como «notável». A escola, frequentada
«escola empreendedora». Este conceito é incorporado de muitas formas,
por uma grande diversidade de estu-
por exemplo, perguntando a todos os potenciais novos membros do pes-
soal como pensam que podem contribuir para a «escola empreendedora»
dantes (que falam mais de 70 idiomas), DPC
muitos deles provenientes de famílias
e realizando reuniões semanais com os professores recém-formados.
`` A educação para o empreendedorismo é integrada no programa de
com baixos rendimentos (64% dos estu- ESCOLAS EMPREENDEDORAS
dantes tem direito a refeições escolares
ensino e em todas as disciplinas, não sendo tratada como uma disci- INTEGRADA
gratuitas), regista atualmente uma taxa
plina distinta. Por exemplo, a parceria com a galeria de arte Whitworth
de 94% de estudantes com 5 notas entre
encontra-se atualmente integrada nos departamentos de arte e têxteis, APROVEITAMENTO ESCOLAR
A* (nota máxima) e C (aprovado) no GCSE
garantindo o sólido DPC do pessoal.
(Certificado Geral do Ensino Secundário),
`` A escola faz parte de uma organização mais vasta, a United Lear-
taxa essa que era de 12% antes de a REINO UNIDO
ning. A UL incentiva a educação para o empreendedorismo em todas
escola se tornar uma academia.
as suas escolas, e possui um coordenador empresarial em cada uma

Ligações ou recursos úteis:


Uma apresentação sobre a escola, por Jane Delfino, está disponível no seguinte sítio: http://prezi.com/-zsfnd6_babr/the-entrepreneurial-school/.
Sítio da UL: http://unitedlearning.org.uk/.
58 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

«Sim às competências, não aos estereótipos»


«Sim às competências, não aos estereótipos» é um programa educa- `` um programa de apoio psicológico e pedagógico ao pessoal docente:
tivo abrangente destinado a melhorar a qualidade dos serviços educativos
prestados por instituições de ensino e formação profissionais (EFP) no dis- `` um programa de aconselhamento profissional (mercado de trabalho), incluindo:
trito de Mikołów, na Polónia. ÌÌ tendências globais, regionais e locais do mercado de trabalho,
ÌÌ sessões individuais com um conselheiro profissional;
O programa divide-se em quatro módulos:
`` um programa de cursos e estágios:
`` aulas adicionais ligadas a competências profissionais fundamentais, ÌÌ o há uma grande variedade destes cursos, incluindo o de desenho
tais como: assistido por computador (DAC), o de manuseamento de caixas regis-
ÌÌ formação em língua inglesa e alemã, tadoras e o de obtenção da carta de condução.
ÌÌ matemática, física e engenharia,
ÌÌ educação para o empreendedorismo;

Tipo de atividade: programas de DPC de preparação de professores no ativo para a educação


para o empreendedorismo

País de execução: Polónia

Instituição responsável pela execução da atividade: Zespół szkół technicznych w mikołowie

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.zst.edu.pl/pl

Contacto principal: Monika Gutowska

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: duas outras escolas do distrito de Mikołów

Aplicação/público-alvo da atividade: professores e estudantes

Nível de ensino alvo: escolas secundárias de ensino e formação profissional


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 59

Condições para o sucesso Impacto da atividade

O sucesso escolar e profissional depende das competências-chave `` Melhoria do aproveitamento escolar. Um objetivo fundamental con-
desenvolvidas pelos estudantes. Dado que estas são essenciais para siste em alcançar, pelo menos, 60% de estudantes do EFP, propor-
que os estudantes atinjam os seus objetivos, o programa centra-se cionando-lhes mais oportunidades educativas e profissionais atra-
no seu desenvolvimento: vés do reforço das suas «competências-chave».

`` comunicar eficazmente, tanto no idioma nativo como em `` Igualdade de oportunidades. O programa procura nivelar as dispari-
idiomas estrangeiros; dades educativas entre estudantes através da melhoria da autoes-
tima daqueles que têm dificuldades educativas e de outra natureza
`` possuir competências matemáticas, científicas e informáticas; e da prestação de apoio educativo e psicológico aos mesmos.

`` ser capaz de aprender; `` «Olhar para lá da escola» para o mercado de trabalho. O programa
aumenta a capacidade dos estudantes de planearem o seu percurso
`` ser socialmente competente e um bom cidadão; profissional de forma consciente, tendo em conta o mercado local,
e assegura a disponibilização das qualificações profissionais, dos
`` ser capaz de demonstrar espírito de iniciativa e espírito empreendedor; cursos e dos estágios adequados.

`` estar consciente da existência de outras culturas e ser capaz de expri- DPC


mir a sua própria cultura.
PREPARAÇÃO DE PROFESSORES
NO ATIVO
SENSIBILIZAÇÃO
APROVEITAMENTO ESCOLAR
POLÓNIA

Ligações e recursos úteis:


Apresentação sobre o programa «Sim às competências, não aos estereótipos» (em língua polaca): http://zst.edu.pl/pdf/ktsn/KTSNII.pdf.
60 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Ambiente de aprendizagem virtual no domínio da educação


para o empreendedorismo (projeto YVI)
A educação para o empreendedorismo faz parte das estratégias e dos `` informações sobre atividades de investigação no domínio da educação
programas de ensino da formação de todos os professores na Finlândia. O para o empreendedorismo;
YVI é um projeto de investigação e desenvolvimento pluricientífico à escala
nacional. Trata-se de um ambiente de aprendizagem virtual que propõe: `` concursos.

`` múltiplos exemplos de materiais didáticos e métodos de ensino para a Os objetivos são os seguintes:
educação para o empreendedorismo;
`` incluir a educação para o empreendedorismo em todas as estratégias e
`` oportunidades de ligação em rede através das redes sociais; em todos os programas de ensino;

`` um dicionário de educação para o empreendedorismo;

Tipo de atividade: programas de professores-formandos de professores em educação


para o empreendedorismo
País de execução: Finlândia
Instituição responsável pela execução da atividade: Universidade de Turku / Universidade
de Tecnologia de Lappeenranta
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.yvi.fi
Contacto principal: Jaana Seikkula-Leino (gestora de projeto, professora), Heikki Hannula (coordenador
da formação profissional de professores e do objetivo de desenvolvimento pedagógico e avaliação
na Finlândia)
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]
Telefone: +358 505305902. Telefone de Heikki Hannula: +358 408307427
Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: sete escolas de formação de professores;

© Milan Jurkovic/Fotolia
três departamentos de formação de professores; outras duas universidades; seis universidades de ciências
aplicadas; quatro unidades de formação de professores; outros dez parceiros: organizações e o Ministério
do Emprego e da Economia
Aplicação/público-alvo da atividade: professores-formandos
Nível de ensino alvo: vários níveis de ensino
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 61

`` desenvolver e avaliar a atividade pedagógica na formação de professo- Impacto da atividade


res em educação para o empreendedorismo;
`` A educação para o empreendedorismo encontra-se incluída em
`` reforçar a colaboração em rede e o desenvolvimento regional entre os todas as estratégias e em todos os programas. Faz parte integrante
promotores da educação para o empreendedorismo; da formação de todos os professores e todos os novos professo-
res têm as competências necessárias para ensinar a educação
`` criar um modelo dinâmico para a educação para o empreende- para o empreendedorismo.
dorismo, em que o planeamento, a implementação e a avaliação
sejam desenvolvidos. `` As competências pedagógicas dos professores foram melhoradas.

`` Foi criado um ambiente de aprendizagem único para os professores.


Condições para o sucesso
`` Todos os materiais didáticos estão disponíveis num único local.
`` É importante receber apoio institucional para desenvolver a iniciativa.
`` Aprofundou-se a ligação em rede.
`` É necessário desenvolver materiais muito práticos e concretos a fim de
contribuir para a implementação da educação para o empreendedorismo. `` Reforçou-se a investigação internacional pluricientífica.

`` Os formadores de professores de todo o país podem beneficiar da


plataforma virtual.
DPC
FORMAÇÃO DE FORMADORES
DE PROFESSORES
APRENDIZAGEM VIRTUAL
MATERIAIS DIDÁTICOS
FINLÂNDIA
Ligações ou recursos úteis:
Sítio do projeto YVI: http://www.yvi.fi/.
Uma apresentação, por Jaana Seikkula-Leino, está disponível no sítio: http://ec.europa.eu/enterprise/policies/sme/promoting-entrepreneurship/files/education/dublin/jaana_seikkula-leino_en.pdf.
Atividades de investigação e eventos relacionados com a educação para o empreendedorismo na Universidade de Tecnologia de Lappeenranta: http://developmentcentre.lut.fi/hankesivusto.asp?hid=7&alasivu=33.
62 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Reforço do espírito empreendedor em professores e alunos


A iniciativa de apoio às empresas em fase de arranque e à transmissão de `` reforçando as competências sociais e «pessoais» dos alunos.
empresas (IFEX) é uma iniciativa do Ministério das Finanças e da Economia
do Land de Bade-Vurtemberga que organiza várias atividades destinadas Em cooperação com o Ministério da Educação, a IFEX realiza diferentes proje-
a fomentar o espírito empreendedor nas escolas: tos destinados a escolas, professores e alunos. Um exemplo é um programa
específico de formação de professores, organizado pelo Ministério da Educa-
`` sensibilizando os alunos para o espírito empreendedor e a realização ção em colaboração com o centro de competências de Würth. Os conteúdos
de ações empreendedoras; do programa de formação são implementados através de projetos escolares
educativos ou relacionados com as aulas (por exemplo, fundação de miniem-
`` reforçando a ideia de trabalho independente/empreendedorismo como presas/empresas escolares ou realização de concursos), e ajudam a estabele-
opção profissional; cer ligações entre os professores e as empresas.
`` reforçando o conhecimento dos processos económicos; e
O programa tem início com uma reunião inicial e um período de

Tipo de atividade: programas de DPC de preparação de professores no ativo para o ensino


do empreendedorismo
País de execução: Alemanha (Bade-Vurtemberga)
Instituição responsável pela execução da atividade: iniciativa de apoio às empresas em fase
de arranque e à transmissão de empresas (IFEX), um serviço do Ministério das Finanças e da Economia
do Land de Bade-Vurtemberga
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.gruendung-bw.de
Contacto principal: Petra Weininger
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

© Andresr/iStock/Thinkstock
Telefone: +49 7111232765
Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: Ministério da Educação, da Juventude e do Desporto
de Bade-Vurtemberga, câmaras de comércio e indústria, câmaras de artes e ofícios
Aplicação/público-alvo da atividade: professores
Nível de ensino alvo: professores do ensino secundário geral
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 63

autoaprendizagem em linha (geralmente com a duração de 6-7 semanas) do Desporto, assim como com professores, organizações empresa-
com a European Business Competence Licence. Seguidamente, realiza-se riais, empresários, proprietários de empresas, iniciativas privadas,
um workshop com a duração de um dia sobre o jogo de simulação empre- organizações de execução de projetos e projetos nacionais como o
sarial «easy business» (empresa fácil). Segue-se a parte mais importante «Junior» e o «Business@school».
do programa, a semana passada numa empresa. No último dia deste pro-
grama, os professores planeiam um projeto económico a realizar com os `` O tempo despendido com uma empresa é primordial. A semana que
seus alunos durante o período letivo seguinte. No ano seguinte, os profes- os professores passam numa empresa durante a sua formação é
sores trocam experiências relacionadas com o projeto num workshop com essencial para a criação dos laços comerciais que depois utilizam
a duração de um dia, a que se segue a publicação de um relatório escrito quando regressam às suas escolas.
na Internet para que todos possam ter acesso.
`` É essencial assegurar o acompanhamento. O workshop de um dia
Outro programa organizado pelo Ministério da Educação em colaboração e a publicação em linha de relatórios e de melhores práticas pos-
com o Ministério das Finanças e da Economia e as câmaras é o intitulado sibilitam a partilha de experiências a longo prazo no domínio da
«Cooperação no domínio da educação entre escolas e empresas». As coo- educação para o empreendedorismo.
perações são estabelecidas através da celebração de um contrato entre
as escolas e as empresas, com o objetivo de criar uma situação vantajosa
para ambos os parceiros. Um grupo diretor regional criado especificamente Impacto da atividade
para o efeito junta escolas e empresas.
`` O programa de formação de professores, DPC
parte do qual fomenta o contacto entre
Condições para o sucesso escolas e empresas, facilitando o trabalho PREPARAÇÃO DE PROFESSORES
de cooperação, conta anualmente com a NO ATIVO
`` O ensino da economia já faz parte do programa de ensino nacional de participação de cerca de 50 professores.
todas as escolas de Bade-Vurtemberga. Os projetos que fomentem os SIMULAÇÃO EMPRESARIAL
conhecimentos económicos são bem-vindos. `` Desde 2008, 1 700 escolas secundárias
de Bade-Vurtemberga trabalham com COLABORAÇÃO
`` O projeto envolve uma rede de intervenientes e prestadores. A IFEX 3 500 empresas, o que significa que cerca
faz parte do Ministério das Finanças e da Economia e trabalha em de 95% de todas as escolas secundárias ALEMANHA
estreita colaboração com o Ministério da Educação, da Juventude e do ensino geral cooperam com empresas.
64 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Reconhecimento e desenvolvimento de práticas


empresariais na formação de professores (projeto ADEPTT)
O ADEPTT é um projeto financiado pelo programa Leonardo Da Vinci, for- Segue cinco princípios fundamentais:
mado por uma parceria constituída por 13 instituições de oito países da
União Europeia. Trata-se de um curso de formação que oferece oportuni- `` «Bird in the hand» (mais vale um pássaro na mão): perceber que não é
dades de formação prática mais especializada e orientada com o objetivo necessário ter uma ideia «genial» nem correr atrás de oportunidades «fan-
de apoiar e reforçar as práticas pedagógicas no domínio do empreende- tásticas», mas apenas uma solução para um problema simples.
dorismo. A formação tem a duração de dois dias, podendo ser alargada se
tal for solicitado. Centra-se na educação para o empreendedorismo sob o `` «Affordable loss» (perdas calculadas): ter em consideração quanto
prisma da «execução» ― os meios práticos para a concretização de algo. tempo se pode realmente investir, sabendo que a empresa pode não ser
A «execução» é um modelo lógico e um processo que pode ser utilizado bem-sucedida.
à medida que os professores desenvolvem planos empresariais. Leva os
professores a considerarem se as suas ações são praticáveis, valem a `` «Crazy quilt» (construção de um capital relacional): criar, tanto quanto pos-
pena e são exequíveis. sível, parcerias com outras pessoas e organizações.

Tipo de atividade: programas de DPC de preparação de professores no ativo para a educação


para o empreendedorismo
País de execução: Espanha
Instituição responsável pela execução da atividade: Valnalon
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.valnalon.com/
Contacto principal: Ivan Diego Rodriguez
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]
Telefone: +34 9856982227

© Wavebreak Media/Thinkstock
Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: GrijpdeBuitenKans — Uma organização
neerlandesa independente cujo objetivo é ajudar os estabelecimentos de ensino a oferecerem educação
para o empreendedorismo
Aplicação/público-alvo da atividade: uma combinação de gestores de estabelecimentos de ensino
e pessoal docente da mesma instituição
Nível de ensino alvo: DPC para professores de todos os níveis de ensino
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 65

`` «Lemonade» (limonada): aceitar as surpresas decorrentes de Impacto da atividade


situações incertas, mantendo-se flexível e não ficando preso a
objetivos existentes. O curso de formação tem seis objetivos especificados, que visam gerar
uma mudança duradoura nas atitudes e práticas:
`` «Pilot in the Plane» (piloto no avião): concentrar-se em atividades que
se pode controlar; o futuro não se encontra nem se prevê, constrói-se. `` os professores concebem um novo produto ou serviço (educativo),
pronto a utilizar «na próxima semana»;

Condições para o sucesso `` os professores aprendem a validar o projeto ou novo ambiente


de aprendizagem;
`` O compromisso da equipa de direção do estabelecimento de ensino é
extremamente importante. `` os professores convencem diferentes parceiros a facilitar o pro-
cesso de aprendizagem dos estudantes;
`` O ponto de partida da formação consiste em desenvolver as atividades
empresariais existentes, incentivar a participação dos professores e ter `` os professores podem definir os benefícios mútuos da atividade
em consideração tudo aquilo que estes já fazem. empresarial (situação vantajosa para todos), para o empresário e
como uma forma de ensino;
`` Os projetos empreendedores têm de aprender a ser sustentáveis.
`` os professores aprendem a utilizar e tra- DPC
`` Aprender a gerir riscos. O fracasso faz parte integrante do processo duzir o vocabulário empresarial;
empreendedor, mas pode igualmente ser um desperdício de tempo, PREPARAÇÃO DE PROFESSORES
competências e empenho valiosos. Por conseguinte, o curso de forma- `` os professores reconhecem e apreciam o NO ATIVO
ção faz uma ampla utilização da «tela de execução» com o objetivo de comportamento empreendedor e sabem
ajudar os professores a compreenderem e mitigarem os riscos a que como «mobilizar» recursos; PLANOS EMPREENDEDORES
estão expostos.
MÉTODOS PRÁTICOS
`` O curso de formação não é uma simulação teórica. Os professores têm
de apresentar um mecanismo educativo concreto e validado. ESPANHA

Ligações ou recursos úteis:


Apresentação sobre o programa informático Prezi, por Ivan Diego: http://prezi.com/_-gd384z1zbg/adeptt-ivan-diego/.
Sítio web da Grijpdebuitenkans: http://www.grijpdebuitenkans.nl/.
66 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Criatividade, cultura e educação: «Parcerias criativas»


O programa «Parcerias criativas» foi o programa de aprendizagem criativa O programa «Parcerias criativas» incorpora as relações a longo prazo entre
emblemático do Reino Unido que esteve em vigor em toda a Inglaterra de parceiros criativos e escolas. As escolas candidatam-se a participar após
2002 a 2011. Incentivou os trabalhadores criativos como artistas, desig- terem identificado um problema ou uma necessidade específicos que pre-
ners, arquitetos e cientistas a regressarem à escola para trabalharem com tendem abordar como, por exemplo, as competências de leitura dos rapazes,
os professores com o intuito de desbloquear o potencial de criatividade o envolvimento dos pais ou os comportamentos nos pátios de recreio. Um
e aumentar as expectativas e as realizações das crianças e dos jovens. agente criativo com formação especializada é destacado para a escola para
Trabalharam com mais de um milhão de crianças e 90 000 professores trabalhar com os professores, estudantes e outros profissionais criativos com
em mais de 8 000 projetos. Até 2011, o programa «Parcerias criativas» foi o objetivo de desenvolver e apresentar um projeto que forneça uma solução
financiado pelo Arts Council England (Conselho de Artes) que, entretanto, se criativa para o desafio específico com que a escola se debate.
viu obrigado a retirar o financiamento devido aos cortes nas despesas com
as artes. Desde então a criatividade, cultura e educação (CEE) diversificou- Como exemplo de uma solução criativa podemos apresentar o de uma escola
-se para poder trabalhar numa base mais internacional, inclusivamente na localizada numa zona desfavorecida de Stoke-on-Trent que necessitava de
Alemanha, na Austrália Ocidental, no Catar, na Coreia do Sul, na Lituânia, um novo espaço de aprendizagem. A escola pretendia algo diferente e falou
na Noruega, no Paquistão e com a Organização de Cooperação e Desen- com as crianças sobre quais as características de um bom espaço de apren-
volvimento Económicos (OCDE). A CCE continua a expandir o seu alcance e dizagem. Surgiram muitas ideias que incluíam uma casa numa árvore, uma
a sua influência com novas ideias, projetos e parcerias em todo o mundo. praia, etc., mas todos concordaram com a ideia de converter um antigo avião

Tipo de atividade: programas de DPC de preparação de professores no ativo para o ensino


do empreendedorismo

País de execução: Reino Unido (Inglaterra)

Instituição responsável pela execução da atividade: criatividade, cultura e educação (CCE),


uma organização não governamental (ONG) e de beneficência sediada no Reino Unido. Sítio web:
http://www.creativitycultureeducation.org/

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.creative-partnerships.com/

Contacto principal: Paul Roberts, presidente

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +44 8448112145

Aplicação/público-alvo da atividade: crianças e jovens que frequentam a escola


e respetivos professores

Nível de ensino alvo: Básico e secundário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 67

numa sala de aula, pois num avião sentiam que podiam aprender tudo. O apresentaram um melhor desempenho do que a média nacional nas
avião proporcionaria aos estudantes a oportunidade de viajarem virtual- fases fundamentais 3 e 4, apesar de serem provenientes de zonas
mente no tempo e visitarem as Caraíbas, florestas tropicais e desertos. As social e economicamente desfavorecidas.
crianças participaram na tomada de decisões importantes relacionadas `` Aumento da confiança. Um inquérito realizado junto de diretores de
com o processo de aquisição do avião e a obtenção da licença de constru- estabelecimentos de ensino pelo Gabinete Britânico Especializado
ção para poderem incumbir um designer profissional da transformação do em Estudos de Mercado (BMRB) sugeriu que os mesmos conside-
avião numa sala de aula. ravam que o programa «Parcerias criativas» tinha contribuído para
aumentar a confiança dos alunos em 92% dos casos, melhorar as
Além de apoiar a realização de atividades centradas nos alunos, o pro-
competências de comunicação em 91% dos casos e aumentar a
grama Parcerias Criativas apoia igualmente os professores, através da
motivação em 87% dos casos.
partilha de conhecimentos e do desenvolvimento profissional contínuo
`` Professores mais criativos. No mesmo inquérito, os diretores de
presencial numa sala de aula. São realizadas sessões de planeamento,
estabelecimentos de ensino realçam igualmente um reforço das
formação e desenvolvimento que permitem que o pessoal docente e os
competências dos professores ao seu serviço, sendo que 94% dos
profissionais criativos trabalhem em conjunto no sentido de planearem,
diretores registaram um reforço das competências, 92% verifica-
refletirem, pensarem e experimentarem novas abordagens criativas em
ram uma utilização mais eficaz dos profissionais criativos nas salas
relação ao ensino e à aprendizagem.
de aula e 92% verificaram uma maior disposição para a adoção de
uma abordagem criativa.
Condições para o sucesso `` Clarificação das expectativas dos professores. As expectativas dos
`` A equipa de direção da escola tem de participar e assumir um compro- professores e a confiança nos seus alunos também saíram refor-
misso para com o projeto, e a maior parte do pessoal docente tem de çadas: vários professores mencionaram que era mais desafiante e
estar disposta a encarar a mudança de forma positiva. estavam mais esclarecidos ao observarem alunos que geralmente
`` A escola tem de assumir um compromisso no sentido de estimular as tinham dificuldade em acompanhar as suas aulas a distinguirem-se
competências transversais, criativas e empresarias de que as crianças nas aulas criativas. Isto é especialmente importante atendendo à
e os jovens necessitam para terem um bom desempenho, não só na ligação entre as expectativas dos professores e o aproveitamento
escola mas também na sociedade em geral. escolar dos alunos.
`` Um quadro de avaliação e planeamento bem desenvolvido incentiva os `` Maior envolvimento dos pais no processo
de aprendizagem dos seus filhos. Estu- DPC
professores, os alunos e os profissionais criativos a planearem cuidado-
dos levados a cabo pela Universidade de
samente os seus processos de aprendizagem, assim como a refletirem
Nottingham revelam que a criatividade
PREPARAÇÃO DE PROFESSORES
continuamente nos mesmos, criando igualmente um espaço de apren- NO ATIVO
dizagem e melhorando e incorporando a prática numa base contínua. contribui de forma eficaz para incentivar
o interesse dos pais nas atividades rea-
lizadas pelos seus filhos na escola. Esse PARCEIROS CRIATIVOS
Impacto da atividade
é especialmente o caso dos pais que
podem, eles próprios, ter tido dificuldades
INTEGRADA
O programa «Parcerias criativas» tem sido objeto de uma avaliação exaus-
tiva que identificou o impacto do mesmo nos alunos, nos professores, nos na escola.
`` Benefícios para a economia em geral. Um
REINO UNIDO
pais e na economia do Reino Unido em geral:
`` Melhoria do aproveitamento escolar. A National Foundation for Edu- relatório elaborado por consultores da
cational Research, NFER (Fundação Nacional para a Investigação no PwC sugere que o programa «Parcerias criativas» terá gerado lucros
Ensino) localizou 13 000 jovens que tinham participado num programa líquidos no valor de 4 mil milhões de libras esterlinas para a econo-
«Parcerias criativas». Os dados referentes ao aproveitamento escolar mia do Reino Unido.
revelam que os jovens que participaram num programa desta natureza
68 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Programa «Escolhas»
«Escolhas» é um programa governamental de âmbito nacional, criado para O empreendedorismo e a capacitação dos jovens envolvem atividades nos
promover a inclusão social de crianças e jovens das comunidades mais quatro setores que se seguem:
vulneráveis, especialmente de imigrantes e minorias étnicas. O programa
visa a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social. Os princi- `` atividades de desenvolvimento de competências;
pais domínios prioritários de intervenção são: inclusão escolar e educação
não formal; formação profissional e empregabilidade; participação cívica e `` apoio financeiro e baseado no conhecimento para projetos planeados,
comunitária; inclusão digital; empreendedorismo e capacitação dos jovens. implementados e avaliados por jovens;
O último domínio prioritário, empreendedorismo e capacitação dos jovens,
constitui um novo domínio, criado em consequência do aumento do inves- `` promoção da criação de um grupo de jovens para contribuir para o fomento
timento na mobilização de comunidades locais. de iniciativas populares;

`` visitas, estágios e parcerias com outras organizações da sociedade civil.

Tipo de atividade: programas de DPC de preparação de professores


no ativo para a educação para o empreendedorismo

País de execução: Portugal

Instituição responsável pela execução da atividade:


Ministério da Presidência do Conselho de Ministros (Governo português)

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.programaescolhas.pt/

Contacto principal: Dana Redford

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Aplicação/público-alvo da atividade: jovens (e respetivos professores)


de comunidades desfavorecidas

Nível de ensino alvo: secundário, superior, EFP


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 69

Um elemento deste programa de formação é o manual «Uma Escolha de Impacto da atividade


Futuro», que visa contribuir para o desenvolvimento das competências
pessoais, sociais e profissionais dos jovens com idades compreendidas `` O projeto acaba de ser renovado para uma nova fase, a sua quinta
entre os 14 e os 24 anos, ajudando-os a implementarem projetos a curto, geração, que se estenderá de janeiro de 2013 a dezembro de 2015.
médio e longo prazo. O programa encontra-se dividido em dois guias com- A quarta geração assistiu ao início de 130 novos projetos, todos da
plementares, um para os formadores e outro para os jovens. Compreende base para o topo.
cinco unidades que visam ajudar os jovens a: conhecer as comunidades
locais, identificar empresários, explorar e realizar ideias empreendedoras,
desenvolver competências digitais e implementar uma ideia de negócio.

Condições para o sucesso

`` Foram criados dois guias diferentes. Um é mais didático, estruturado


e contém mais informações, e é dirigido a professores e formadores;
o segundo é dirigido aos jovens, pelo que não contém tantas informa-
ções, é mais teórico e contém exercícios práticos. Esta divisão permite
dispor, em simultâneo, de um instrumento pedagógico a manusear e
utilizar pelos técnicos e de um meio prático de desenvolver as compe- DPC
tências empresariais dos jovens.
PREPARAÇÃO DE PROFESSORES
`` O projeto é financiado e, em parte, gerido pelo Governo português NO ATIVO
(Ministério da Presidência do Conselho de Ministros) no quadro do Alto-
Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural. É cofinanciado COMUNIDADES VULNERÁVEIS
pelo Fundo Social Europeu.
PROGRAMA DE FORMAÇÃO
PORTUGAL
70 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Projeto UPI
O projeto UPI (que significa «esperança» em esloveno) é constituído por planos de negócios, de que é exemplo a venda de plantas e flores. Os alunos
uma série de workshops sobre criatividade, empreendedorismo e inovação concentraram-se na organização das suas empresas, nos seus clientes (na
promovidos pela Câmara de Artesanato da Eslovénia em escolas primá- sua maioria familiares), na comercialização, nos pontos de venda únicos e em
rias. O projeto teve duas fases distintas: a primeira, técnica, foi dedicada potenciais ameaças (por exemplo, poderiam esquecer-se de regar as plantas).
à preparação dos projetos/programas. Na segunda fase, foram realizados Diferentes grupos utilizaram um leque diversificado de métodos publicitários
workshops nas escolas. Relativamente à parte técnica, a Câmara de Arte- e de planeamento criativo, Por exemplo, um grupo produziu um pequeno
sanato concebeu programas de formação e brochuras para mentores e vídeo sobre o seu plano de negócios e carregou-o no YouTube, ao passo
crianças participantes que ajudaram, essencialmente, a criar um módulo que outro grupo concebeu uma brochura que se encontra disponível em linha
de formação. e na biblioteca nacional da Eslovénia. No seguimento dos workshops iniciais,
foram organizados oito eventos regionais em que as crianças puderam apre-
Cada workshop foi organizado por dois mentores: um de uma escola e sentar os seus planos de negócios.
outro do setor empresarial. Em cada workshop, os alunos elaboraram

Tipo de atividade: programas de DPC de preparação de professores


no ativo para a educação para o empreendedorismo

País de execução: Eslovénia

Instituição responsável pela execução da atividade:


Câmara de Artesanato e Pequenas Empresas da República da Eslovénia

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.ozs.si

Aplicação/público-alvo da atividade:
mentores e crianças de escolas primárias

Nível de ensino alvo: ensino primário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 71

Para além dos workshops, a Câmara de Artesanato investigou igualmente `` os diretores de estabelecimentos de ensino aceitaram plenamente
quais os fatores que impediam ou incentivavam os jovens a tornarem- o projeto, o que foi fundamental uma vez que eram os principais
se mais criativos. Esta investigação realçou uma série de possibilidades responsáveis pela decisão de participação das suas escolas.
de melhoria, tendo igualmente chamado a atenção para alguns dos êxitos
do projeto.
Impacto da atividade
Em termos gerais, os alunos consideraram que:
No total, os 87 workshops contaram com a participação de 31 esco-
`` os professores não usavam suficientemente as TIC nas aulas; las primárias cujas crianças conceberam 84 planos de negócios. Estes
números satisfazem todos os objetivos do projeto em termos do
`` uma maior utilização das TIC tornaria a aprendizagem mais interessante; número de jovens participantes e do número de workshops realizados.
Além disso:
`` os principais fatores que influenciam a criatividade e a inovação nas
crianças são o ambiente, a família e a personalidade de cada um. `` o projeto desenvolveu com êxito instrumentos pedagógicos técnicos
para mentores, tendo integrado um programa de mentoria no pro-
Descobriu-se que a maioria das escolas participou nos workshops por- grama de ensino nacional;
que pretendia descobrir métodos novos e interessantes de envolver as
crianças. De facto, descobriu-se que os professores que participaram nos `` no que diz respeito aos alunos, o projeto
workshops tornaram-se muito mais ativos no que se refere à utilização introduziu e promoveu diferentes profis- DPC
das TIC nos seus métodos de ensino. sões junto das crianças do ensino pri-
mário e desenvolveu ainda mais as suas PREPARAÇÃO DE PROFESSORES
ideias e o seu espírito empreendedor; NO ATIVO
Condições para o sucesso
`` os professores tornaram-se mais confiantes SENSIBILIZAÇÃO
Dois fatores fundamentais foram cruciais para o êxito deste projeto: no que se refere à utilização das TIC nos
seus métodos de ensino, o que, por sua INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS
`` a participação ampla e qualificada de partes interessadas como, por vez, tornou as aulas mais interessantes
exemplo, o Ministério da Economia, que financiou o projeto, e 62 câma- para os alunos. ESLOVÉNIA
ras regionais de artesanato;
72 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Projeto LIFE 2: Competências-chave para a vida


O projeto «Key competencies in life skills» (competências-chave para a O módulo encontra-se dividido em três secções:
vida), ou simplesmente LIFE 2, destina-se a ajudar os jovens a desenvol-
ver, durante a formação profissional, as competências e a confiança neces- `` Um guia do utilizador, para permitir a adaptação do módulo às necessida-
sárias ao mundo do trabalho, sobretudo as competências de empreende- des organizacionais e do aluno.
dorismo como a criatividade e a inovação. O módulo «Formar o formador»
foi concebido por equipas de especialistas dos cinco países parceiros. O `` Recursos do módulo «Formar o formador»:
módulo visa ajudar os professores a integrar as competências para a vida
nas suas áreas de especialização profissional e ajuda-os a criar ligações ÌÌ parte 1: fornece conhecimentos de base e facilita a compreensão do
mais estreitas com os empregadores. conceito de «competências-chave para a vida», incluindo tarefas que
visam reforçar a compreensão do conceito, por parte dos professores;

Tipo de atividade: conceitos e métodos de ensino inovadores associados à educação


para o empreendedorismo
País de execução: Portugal, Reino Unido, Dinamarca, Roménia e Espanha
Instituição responsável pela execução da atividade: Dinamarca, Niels Brock Business College;
Espanha, Cebanc; Fórum Europeu para a Educação e Formação Técnica Profissional (EfVET);
Portugal, Anespo; Reino Unido, Norton Radstock College e Bath Spa University; Roménia, Centro para o
Desenvolvimento e Inovação na Educação (TEHNE);
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.life-2.eu/
Contacto principal: Rosaleen Courtney e Irene Ferreira
Endereço de correio eletrónico principal: [email protected] e [email protected]
Aplicação/público-alvo da atividade: professores do ensino profissional, formadores de professores,

© Sergio Dona/Fotolia
alunos do ensino profissional, redes de empregadores, organizações de apoio a grupos desfavorecidos
e decisores políticos/legisladores
Nível de ensino alvo: DPC para professores em organizações/instituições de ensino profissional
e como parte da formação inicial dos futuros professores de EFP
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 73

ÌÌ parte 2: fornece diferentes modelos práticos para integrar plena- na pesquisa efetuada pela Plataforma da Sociedade Civil Europeia
mente as competências para a vida no ensino profissional; para a Aprendizagem ao Longo da Vida sobre as Condições para o
sucesso e na conferência realizada em 2004 intitulada «Competên-
ÌÌ parte 3: inclui um leque de atividades no quadro do módulo «Formar cias para a vida enquanto chave para a aprendizagem ao longo da
o Formador» para serem utilizadas como parte de um programa vida», na qual foram apresentadas recomendações e exemplos de
estruturado de formação de professores do ensino profissional ou boas práticas.
para ser utilizado pelos professores com os seus alunos, em aula.
`` Reações. Baseia-se no vasto leque de reações de empregadores,
`` Uma secção de boas práticas, que inclui fontes de inspiração de toda a professores e alunos das cinco nações parceiras.
Europa, em que as competências-chave para a vida foram integradas
com êxito no ensino profissional. `` Financiamento. É financiado pelo Programa Leonardo da Vinci da
Comissão Europeia. Este regime de financiamento, parte integrante
do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da Comissão Euro-
Condições para o sucesso peia, apoia uma grande variedade de atividades distintas com dife-
rentes escalas^.
`` Factos. O projeto LIFE 2 apoia-se num sólido conjunto de dados. Baseia-
se nas conclusões do primeiro projeto LIFE (ver www.life-keyskills.info),

DPC
ENSINO INOVADOR
MATERIAIS DIDÁTICOS
PROJETOS
Ligações ou recursos úteis:
Programa Leonardo da Vinci: http://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-programme/ldv_en.htm. EUROPEU
Associação Nacional de Escolas Profissionais (Anespo): http://www.anespo.pt/.
Cebanc, Espanha: http://www.cebanc.hezkuntza.net/web/guest/proyectos###.
Bath Spa University, Reino Unido: http://www.bathspa.ac.uk.
Niels Brock Business School, Dinamarca: http://www.cbs.dk .
TEHNE, Roménia: http://www.tehne.ro/.
EfVET, http://www.efvet.org/.
Vídeo explicativo sobre as competências-chave para a aprendizagem ao longo da vida: http://www.youtube.com/watch?v=RD-elxXm1lw.
74 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Inovação em pedagogia da educação para o empreendedorismo


Este curso utilizou uma grande variedade de métodos criativos como ins- O principal objetivo do curso consistia em revelar a capacidade de cada indi-
trumentos pedagógicos inovadores, e foi ministrado aos estudantes na víduo de «pensar de forma criativa» («think outside the box»), já que esta é
Rouen Business School (RBS) e na Aalto University. O curso era constituído uma competência empresarial essencial. Durante o curso tentou-se incenti-
por uma grande variedade de elementos, tendo os estudantes, inclusiva- var o desenvolvimento do espírito empreendedor dos estudantes, tendo sido
mente, escrito uma «história empresarial» inspirada por uma pintura abs- medida a capacidade de adaptação destes a novas situações através da uti-
trata, contribuído para um trabalho escrito sobre a ligação entre a arte e o lização de instrumentos de aprendizagem pouco habituais (como a música
empreendedorismo e apresentado uma sessão sobre o empreendedor na e a arte). As sessões foram ministradas em colaboração com vários artistas
qualidade de interveniente. Romain Artus (França) disponibilizou os seus locais e internacionais. Joelle Lagier, por exemplo, falou sobre a sua vida de
quadros para servirem de fonte de inspiração. O curso visava ensinar o artista; o mesmo fez um fotógrafo japonês sediado em Tóquio.
modo como os diferentes instrumentos pedagógicos (por exemplo, arte,
música, escrita de histórias e teatro) influenciam as atitudes em relação Os planos para o futuro incluem o desenvolvimento deste programa em dife-
ao empreendedorismo. rentes contextos internacionais e a respetiva experimentação em meios mais
desfavorecidos da sociedade, tal como os desempregados.

Tipo de atividade: conceitos e métodos de ensino inovadores associados à educação


para o empreendedorismo

País de execução: França

Instituição responsável pela execução da atividade: Rouen Business School

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.rouenbs.fr/en

Contacto principal: Rita Klapper

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: artistas, incluindo Romain Artus


e Joelle Lagier (França) e Beata Joutsen (Finlândia)

Aplicação/público-alvo da atividade: estudantes do primeiro ciclo do ensino superior


e de pós-graduação da Rouen Business School; Helsinki School of Economics (Aalto University)

Nível de ensino alvo: superior (primeiro ciclo do ensino superior e pós-graduação)


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 75

Condições para o sucesso `` os resultados quantitativos tiveram em consideração as mudanças


nas perceções das «características de um empreendedor». Ainda
Para que a pedagogia inovadora em matéria de educação para o empreen- mais impressionante é o facto de se ter registado um aumento de
dedorismo se possa generalizar, há que proceder a uma série de mudanças: cerca de 50% na percentagem de estudantes que sentiram que
«qualquer pessoa pode ser um empreendedor»;
`` é necessário um maior investimento em termos de tempo e recursos
financeiros a nível mundial para integrar cursos de empreendedorismo `` as reações dos estudantes foram muito positivas, tendo um deles
inovadores, criativos e não tradicionais no ensino superior e na forma- sugerido que «era bom descobrir o empreendedorismo em novos
ção contínua; locais e poder associá-lo à arte».

`` é necessária uma maior abertura à pedagogia inovadora (não neces- A escrita de uma história empresarial, inspirada na arte contemporâ-
sariamente assente na tecnologia) nas instituições que gerem o nea, foi considerada uma «experiência completamente inovadora que
ensino superior e a formação contínua, mas também por parte dos surpreendeu pelo seu resultado revigorante e revelou a minha criati-
próprios professores; vidade». Os estudantes consideraram igualmente que esta atividade
se coadunava com o mundo moderno em que «os empreendedores
`` é necessário proceder a uma reorientação das prioridades, salientando criativos e qualificados são altamente apreciados e muito bem-vindos».
a inovação e a criatividade em detrimento da teoria tradicional e dos
estudos de casos; `` No futuro, está previsto o lançamento
de um programa de investigação para DPC
`` é necessário sublinhar uma vez mais os valores empresariais, bem avaliar as mudanças de mentalidade
como o pensamento e o sentimento empreendedor para promo- que podem ser levadas a efeito por uma ENSINO INOVADOR
ver uma abordagem «com» (em vez de uma abordagem «sobre») pedagogia inovadora em diferentes con-
o espírito empreendedor. textos internacionais. MATERIAIS DIDÁTICOS
PENSAMENTO CRIATIVO
Impacto da atividade
FRANÇA
O impacto deste curso foi medido quantitativa e qualitativamente:

`` os indivíduos aprendem a reconhecer o seu próprio potencial e mudam o


seu estado de espírito, passando a considerar que «tornar-se empreen-
dedor é viável»;
76 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Método MIME: Méthode d’Initiation au Métier d’Entrepreneur


(Método de Iniciação à Profissão de Empreendedor)
MIME é um método de simulação destinado a melhorar as O MIME dá prioridade a uma abordagem global, complexa e dinâmica do fun-
capacidades empresariais. cionamento das empresas, não dissociando nunca o desejo de compreender
do prazer de fazer. A utilização de computadores é proibida durante toda a
Este método foi criado há 10 anos para futuros empreendedores e adap- simulação, privilegiando-se antes os contributos das pessoas para as empre-
tado com êxito para empregados, estudantes e professores, sendo atual- sas. Quatro equipas criam, cada uma, uma empresa, e todas elas criam e
mente ministrado, anualmente, a mais de 1 000 participantes em França. comercializam o mesmo produto. Seguidamente, as equipas competem entre
Trata-se de uma simulação que visa dotar os participantes de conhecimen- si durante dois anos, tendo de lidar com situações que envolvem a tomada de
tos que lhes permitam compreender os mecanismos fundamentais que decisões e a assunção de riscos à medida que prosseguem as suas atividades
regem o funcionamento das empresas, colocando-os simultaneamente empresariais. O trabalho baseia-se em quatro princípios operacionais:
em situações que exigem e melhoram as competências empresariais e a
capacidade de resolução de problemas. `` só depois de se identificar claramente um problema é que se estudam as
diferentes formas de o resolver;

Tipo de atividade: conceitos e métodos de ensino inovadores associados


à educação para o empreendedorismo

País de execução: França

Instituição responsável pela execução da atividade:


I2ER Instituto Europeu de Empreendedorismo Rural

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.i2er.org/

Aplicação/público-alvo da atividade: formadores de professores


em empreendedorismo, formadores do EFP, estudantes e formandos adultos

Nível de ensino alvo: escolas secundárias e universidades


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 77

`` só se utilizam novos instrumentos depois da necessidade dos mesmos `` as relações que as empresas desenvolvem com os ambientes em
ser claramente mencionada; que estão inseridas;

`` as conclusões resultam dos intercâmbios realizados entre os estudantes; `` os contributos essenciais das pessoas, de ambos os géneros, que
trabalham nas empresas.
`` quaisquer hipóteses que possam surgir têm de ser testadas diretamente.
Há que ter uma visão realista:

Condições para o sucesso `` da posição do gestor da empresa;

`` O MIME faz parte do projeto MANAGE, financiado pelo Programa de `` das competências que o gestor da empresa tem de utilizar;
Aprendizagem ao Longo da Vida da União Europeia no âmbito do pro-
grama «Leonardo da Vinci ― Transferência de inovação». Esse financia- `` do papel que desempenha na tomada de decisões.
mento possibilitou a tradução do método MIME para as línguas inglesa,
italiana, espanhola e romena. Há que efetuar uma análise prática:

`` dos instrumentos de gestão amplamente utilizados;


Impacto da atividade
`` das demonstrações financeiras e DPC
O método MIME visa melhorar a compreensão que os estudantes têm da contabilísticas;
empresa e do papel desempenhado pelos atores da empresa ENSINO INOVADOR
`` das estratégias e dos processos.
Há que compreender: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
`` os mecanismos económicos fundamentais que regem o funcionamento PROJETOS
das empresas;
FRANÇA

Ligações e recursos úteis:


Sítio do método MIME: http://www.methode-mime.fr/.
78 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Criação de redes com a comunidade empresarial


A escola Zöld Kakas Líceum («galo verde» em húngaro) é uma escola secun- A escola trabalha com jovens que abandonaram precocemente a escola e com
dária para crianças que abandonaram o ensino secundário. É frequentada diplomados do ensino secundário, formando-os nas áreas de cinema e foto-
por 200 estudantes com idades compreendidas entre os 15 e os 26 anos, grafia. Dois professores lideram uma equipa de jovens que, após a formação,
aos quais oferece uma segunda oportunidade para que possam concluir se integram na comunidade com o objetivo de arranjar trabalho. Os formandos
um programa educativo que combina o ensino secundário e a preparação aprendem pela prática, participando num programa de trabalho de dois anos
para a faculdade, com a duração de quatro anos. Descobrir formas novas apoiado pelo meio escolar. Os professores fazem parte integrante dos proje-
e inovadoras de trabalhar com os estudantes e professores para garantir o tos: ajudam os jovens a organizá-los, a desenvolver os conteúdos encomen-
crescimento académico e pessoal é o objetivo central da sua missão, que dados e a comunicar com os parceiros empresariais. Os salários dos profes-
é alcançado através, por exemplo, do seu programa de ensino profissional. sores e as bolsas dos estudantes dependem, em parte, do sucesso do projeto.

Tipo de atividade: conceitos e métodos de ensino inovadores associados


à educação para o empreendedorismo

País de execução: Hungria

Instituição responsável pela execução da atividade: Zöld Kakas Líceum

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.zoldkakas.hu/kuszli/

Contacto principal: Mate Schnellbach

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Aplicação/público-alvo da atividade: jovens dos 15 aos 26 anos


que não concluíram o ensino secundário

Nível de ensino alvo: ensino secundário superior


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 79

Condições para o sucesso Impacto da atividade

`` A principal condição para o sucesso é a garantia de liberdade; o ensino Os estudantes alcançaram resultados impressionantes:
neste formato tem de ser flexível, pelo que os gestores têm de estar
dispostos a correr riscos. `` acesso ao emprego. No ano passado, 7 dos 12 participantes neste
projeto conseguiram arranjar um emprego a tempo inteiro ou a
`` A escola tem de ter liberdade para inovar, e as autoridades educativas tempo parcial durante o período de formação. Este ano, o mesmo
devem deixá-la livre para tal, na medida do possível. aconteceu com 6 dos 14 participantes;

`` É necessário um elevado nível de empreendedorismo por parte dos pro- `` procura por parte das empresas. A escola é muito procurada
fessores, uma vez que estes estão a desempenhar o papel de empreen- por pequenas empresas (das áreas de marketing, artes
dedores, o que envolve um grande afastamento das funções habituais e serviços práticos);
de um professor.
`` reconhecimento nacional. Os estudantes foram igualmente con-
`` Por último, é necessária uma estrutura e cultura organizacio- templados com inúmeros prémios nacionais na Hungria (nos dois
nais favoráveis. últimos anos, por exemplo, dois estudantes ganharam um Concurso
para Jornalistas Estudantes com os documentários que produziram).

DPC
MÉTODOS DE ENSINO INOVADORES
APRENDIZAGEM PROFISSIONAL
COLABORAÇÃO
HUNGRIA

Ligações ou recursos úteis:


Este documentário foi distinguido com o primeiro prémio no concurso para jornalistas estudantes: http://www.youtube.com/watch?v=oX41RKybM9E.
Algumas fotografias dos estudantes: https://picasaweb.google.com/100088693387758940555/KiallitasKepei?authkey=Gv1sRgCNnzy6eawrKBOQ.
80 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Tknika ― Centro de Inovação para o Ensino e a Formação


Profissionais e a Aprendizagem ao Longo da Vida
O Centro Tknika inscreve-se no quadro dos esforços em curso desenvolvidos O Centro Tnika incentiva os professores e as equipas de gestão das escolas
pelo País Basco para colocar a formação profissional basca na vanguarda superiores de EFP a apresentarem e trabalharem em projetos que envolvam
da Europa. O Centro desenvolve projetos inovadores em diferentes domínios: uma inovação. Esta pode assumir várias formas, como, por exemplo: inovação
tecnologia, formação de professores e gestão da inovação. Trata-se de um na forma de gerir a escola ou de comunicar com a sociedade; na forma de
centro aberto e cooperativo que mantém alianças produtivas com empresas interagir com as empresas; ou na forma de ministrar formação, adaptar novas
privadas, departamentos de investigação, universidades e centros de tecno- tecnologias ou adquirir novos conhecimentos. Os motivadores do Centro Tnika
logia e que gere projetos de inovação em quatro domínios principais: gerem os projetos e desenvolvem-nos juntamente com os professores das
`` tecnologia; escolas superiores. A maior parte dos professores continua a exercer a sua
`` TIC; atividade docente nas respetivas escolas superiores, mas com horários redu-
`` gestão; zidos para que possam participar em projetos com o Centro Tnika.
`` metodologia e pedagogia.

Tipo de atividade: conceitos e métodos de ensino inovadores associados à educação


para o empreendedorismo
País de execução: Espanha (País Basco)
Instituição responsável pela execução da atividade: Tknika, uma filial do subdepartamento de ensino
e formação profissionais e aprendizagem ao longo da vida do Ministério da Educação, Política Linguística
e Cultura do Governo basco
Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.tknika.net
Contacto principal: Iñaki Mujika, diretor do Centro Tknika, [email protected]

© Sergey Nivens/iStock/Thinkstock
Contactos adicionais: Samuel Triguero, coordenador da área de gestão, [email protected]/Victor
Arias, monitor de internacionalização, [email protected]; JLF Maure, monitor de internacionalização,
[email protected]
Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: associações de escolas superiores de ensino
e formação pProfissionais públicas e privadas do País Basco: IKASLAN, HETEL, AICE
Aplicação/público-alvo da atividade: professores e estudantes de escolas superiores técnicas de ensino
e formação profissionais (EFP) no País Basco
Nível de ensino alvo: ensino intermédio e superior e formação contínua em escolas superiores técnicas
de EFP (públicas e subsidiadas)
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 81

A abordagem do Centro Tnika inclui seis etapas: Impacto da atividade

`` o Centro Tnika desenvolve projetos de inovação e transmite os resulta- O Centro Tknika:


dos aos professores do EFP;
`` os professores utilizam esses resultados para formar os seus alunos; `` O Centro é consagrado e tem recebido boas classificações. Os mem-
`` os estudantes transferem os conhecimentos adquiridos para os seus bros de uma equipa da OCDE visitaram recentemente o Centro e
locais de trabalho; descreveram o projeto como um dos pontos fortes da política de
`` o Centro Tnika estabelece ligações em rede com os professores ensino superior do País Basco, tendo recomendado a sua divulgação.
do EFP (garantindo assim a transferência de conhecimentos para todo
`` Desafia os obstáculos ao progresso. O Centro ajuda a superar as
o sistema);
limitações específicas do sistema basco, especialmente certos
`` o Centro Tnika colabora com organizações e indivíduos que podem ser
hábitos e costumes, como a lentidão dos processos de tomada de
uma mais-valia para o processo global;
decisões, as instituições hierárquicas e o medo do fracasso, substi-
`` o Centro Tnika garante igualmente a excelência do seu desempenho
tuindo-os por um atmosfera dinâmica caracterizada pela iniciativa
graças ao seu modelo de gestão.
pessoal e pelo empreendedorismo.
`` Estimula a criatividade. Há uma grande procura dos serviços pres-
Condições para o sucesso tados pelo Centro Tnika por parte das escolas superiores técnicas
de EFP. O Centro tem um vasto alcance e
`` Todas as atividades do Centro Tnika se centram na formação empresa- âmbito de aplicação. Atualmente, está a
rial. O empreendedorismo não é tratado como uma capacidade distinta, gerir 24 projetos de inovação juntamente DPC
mas antes como um conceito que exige competências como a criativi- com 200 colaboradores.
dade, a sensibilidade tecnológica e a gestão de projetos. MÉTODOS DE ENSINO
`` Tem retornos positivos. A avaliação revela
`` O trabalho desenvolvido pelo Centro Tnika baseia-se num modelo de que os lucros do programa são superiores
INOVADORES
gestão da inovação denominado Tknikalnnova. Este modelo apoia o ao investimento inicial.
empreendedorismo recompensando a iniciativa individual, a assunção TRANSFERÊNCIA
de responsabilidades e a aceitação do fracasso. Os indivíduos traba- `` Os inquéritos de satisfação realiza- DE CONHECIMENTOS
lham em equipas para desenvolver projetos específicos, o que permite dos anualmente às partes interessadas
uma maior flexibilidade e a coordenação de tarefas; cada equipa é res- demonstram igualmente que o Centro COLABORAÇÃO
ponsável pelo seu projeto, o que leva a um maior empenho e perseve- Tnika é muito apreciado
rança na prossecução dos objetivos. ESPANHA
`` A tecnologia é muito utilizada, o que permite a transferência dos conhe-
cimentos de forma mais rápida e eficaz. O Centro Tnika acompanha a
evolução tecnológica, explorando novas soluções, técnicas de produção
e ferramentas informáticas que contribuam para melhorar o processo
de aprendizagem nas escolas técnicas de EFP e para aumentar a pro-
dutividade das empresas.
82 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Empreendedorismo proficiente e competências empresariais


A Network for Training Entrepreneurship (NFTE) (Rede de Formação em escolas ou organizações para dispensar um «pacote» de formação em edu-
Empreendedorismo) foi criada em Nova Iorque em 1987, tendo as ope- cação para o empreendedorismo. O objetivo é que todos os jovens criem um
rações belgas tido início em 1998. Desde então, mais de 350 000 jovens plano de negócios para concretizar uma ideia ou um projeto da sua preferên-
concluíram uma formação. A NFTE belga disponibiliza um programa de cia. Além disso, é incentivada a adoção de atitudes empreendedoras, com-
ensino inovador na Flandres, na Valónia e em Bruxelas. Os cursos são con- petências empresariais e perspetivas empresariais. A formação em causa
duzidos por formadores com uma vasta experiência empresarial e pro- abrange igualmente competências práticas em informática, uma vez que
porcionam oportunidades adicionais aos jovens desfavorecidos para que estas são fundamentais para vencer no mundo moderno.
possam ser bem-sucedidos nas suas vidas profissionais e pessoais. Como
tal, constitui uma ponte concreta entre a escola e as empresas. Os professores podem assistir aos cursos ministrados pela NFTE na qualidade
de assistentes, podendo, eles próprios, obter certificação como formadores
No âmbito do curso Vaardig Ondernemerschap En Ondernemende Vaar- se concluírem com êxito o módulo de formação de formadores («Train the
digheden (Empreendedorismo proficiente e competências empresariais), Trainer») da NFTE.
dois formadores empresariais certificados pela NFTE deslocam-se até às

Tipo de atividade: estratégias de sensibilização dos prestadores de DPC

País de execução: Bélgica

Instituição responsável pela execução da atividade: Network for


Training Entrepreneurship (NFTE), Bélgica

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.nfte.be/index.php?id=home&L=2

Aplicação/público-alvo da atividade: estudantes do ensino secundário


profissional e de formação profissional
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 83

Condições para o sucesso Impacto da atividade

`` Um dos objetivos da formação consiste em levar os alunos a imaginar Estes cursos são frequentados por cerca de 400 estudantes por ano,
projetos criativos inovadores. Para tal, os métodos de ensino têm de estando estabelecido um plano de crescimento com vista a aumentar
ser igualmente inovadores e interativos. Por conseguinte, a NFTE belga este número para 800 até 2017.
recorre a vários métodos, nomeadamente levar os estudantes a rea-
lizar uma pesquisa de mercado no seu ambiente próximo e a efetuar Uma investigação qualitativa realça vários êxitos:
pesquisas na Internet sobre a viabilidade da sua ideia.
`` 45% dos participantes na NFTE encontram um emprego ou criam as
`` A experiência do mundo real e o feedback são igualmente cruciais para suas próprias empresas;
o sucesso e o empenho. O curso inclui uma visita a uma empresa e a
recolha de testemunhos de gestores de empresas. No final do curso, os `` 21% dos participantes prosseguem uma formação complementar;
estudantes apresentam os seus planos de negócios a um público e a
um júri de empresários no seio de uma empresa. `` 77% dos estudantes sentem-se prontos a procurar emprego ou a
criar as suas próprias empresas;

`` os conhecimentos empresariais de caráter geral aumentam de 20%


para 80%;
DPC
`` verifica-se um aumento da autocon-
fiança e do trabalho em equipa, uma ESTRATÉGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO
melhor capacidade de organização e um
aumento do respeito, da pontualidade e PACOTE DE FORMAÇÃO
da motivação.
PLANEAMENTO EMPRESARIAL
BÉLGICA

Ligações e recursos úteis:


NFTE USA: http://www.nfte.com/.
84 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Formar professores para criarem «empresas virtuais»


nas suas escolas
O Centro Búlgaro de Empresas de Formação, parte integrante do Ministério ofício e aprendem a gerir um departamento/gabinete de vendas, a organizar
da Educação, da Juventude e da Ciência, disponibiliza um curso de forma- as funções do pessoal, a movimentar contas e a controlar as existências e os
ção de três dias a 10 a 20 professores de cada escola. Este curso tem uma sistemas administrativos. O ambiente dinâmico e realista de uma «empresa
componente teórica de cerca de 3 % e uma componente prática de cerca virtual» permite aos estudantes alcançar muitos resultados positivos: aplicar
de 70%, e inclui atividades como sessões de «brainstorming», trabalhos a teoria à prática; trabalhar em equipa e desenvolver capacidades de comuni-
práticos em equipa e em grupo e debates e simulações no domínio do cação e de planeamento e um espírito empreendedor.
empreendedorismo. O seu objetivo consiste em criar e gerir uma «empresa
virtual» em cada escola. Globalmente, o curso de formação contínua permite que uma equipa de pro-
fessores numa escola possa ministrar e apoiar a educação para o empreen-
As empresas virtuais são simulações de empresas reais, com toda a docu- dedorismo. Cada professor possui uma especialidade diferente e está a par
mentação, sistemas e procedimentos utilizados nas verdadeiras empresas. dos procedimentos e práticas jurídicos relacionados com a criação e gestão
Permitem aos estudantes que não têm a possibilidade de ganhar expe- de empresas. Os professores aprendem igualmente técnicas para motivar os
riência numa empresa real adquirir em primeira mão a experiência de criar alunos a participarem no curso de criação de «empresas virtuais», sendo-lhes
uma pequena empresa, comércio ou negócio. Os estudantes aprendem o concedido um certificado de formadores em empresas virtuais. Além disso,

Tipo de atividade: estratégias de sensibilização dos prestadores de DPC

País de execução: Bulgária

Instituição responsável pela execução da atividade:


Centro Búlgaro de Empresas de Formação

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.buct.org/index.php?p=22

© Patrick Ryan/Photodisc/Thinkstock
Contacto principal: Dariya Mavrudieva

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +359 29632272

Aplicação/público-alvo da atividade: professores

Nível de ensino alvo: DPC, professores do ensino secundário,


superior e profissional
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 85

podem aplicar os novos conhecimentos e competências adquiridos nas dis- `` é um programa sustentável: os cursos nunca sofreram uma inter-
ciplinas que ensinam. rupção desde 1999;

`` ajudou a desenvolver um espírito de «educação para o empreende-


Condições para o sucesso dorismo» em muitas escolas e a formar equipas interdisciplinares
de professores que garantem a sustentabilidade da educação para
`` Estimular a aceitação. O curso é amplamente promovido nas escolas
o empreendedorismo e do ambiente de aprendizagem.
do ensino teórico e profissional, em linha e nas reuniões anuais de
professores. Posteriormente, as escolas enviam a sua candidatura para
o Centro Búlgaro de Empresas de Formação a fim de participarem no
Impacto da atividade
curso em causa
`` Dispensar formações a professores, formados no quadro do pro-
`` Maximizar as parcerias. A cooperação entre escolas, instituições gover-
grama, em novos domínios: por exemplo, línguas estrangei-
namentais e empresas é fundamental para o sucesso e é, em parte,
ras, competências informáticas, criação e gestão de equipas. Tal
facilitada pela Rede Búlgara de Empresas de Formação, criada em
permitirá igualmente reforçar as suas competências. Os cur-
2004. Entre os seus membros contam-se empresas virtuais, o Centro
sos de formação são planeados e ministrados em parceria com
Búlgaro de Empresas de Formação, organizações empresariais, empre-
organizações empresariais.
sas, ONG e instituições governamentais

`` Envolver os parceiros empresariais. As empresas contribuem para o `` Melhorar a cooperação entre professores DPC
Centro Búlgaro de Empresas de Formação com conhecimentos espe- e empresas reais e formar professores
cializados, o acompanhamento e a avaliação, assim como diretamente, para realizarem atividades de consul- ESTRATÉGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO
participando na formação de professores que é ministrada nas escolas. toria, resolverem problemas, efetuarem
controlos e realizarem avaliações. CERTIFICAÇÃO
Impacto da atividade COLABORAÇÃO
Este programa tem muitos aspetos positivos: BULGÁRIA
`` o seu alcance é amplo; em cada escola com a qual entra em contacto,
atinge entre 10 e 20 professores e entre 500 e 1 500 estudantes;
86 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Atividades de formação de professores de JA-YE


A JA-YE Europe é uma organização não governamental (ONG) com 37 ÌÌ inovação e criatividade;
membros nacionais dedicados à educação para o empreendedorismo, às ÌÌ disponibilidade para correr riscos.
competências em prol da empregabilidade e à literacia financeira para `` Competência. Aprendizagem, conhecimentos e competências relacionados
estudantes do ensino primário ao universitário. Em 2011-2012, a rede com o desenvolvimento de uma empresa e os processos inovadores.
alcançou mais de três milhões de estudantes com um vasto leque de pro- `` Aprendizagem pela prática. Aprendizagem de matérias e aquisi-
gramas. A sua sede europeia está localizada em Bruxelas. Nesse ano aca- ção de competências básicas através da utilização de métodos de
démico, a JA-YE formou aproximadamente 135 000 professores de 70 000 trabalho empreendedores.
escolas. Um dos programas mais populares é o programa «Empresa», em `` Fator «de interesse» e motivação. Envolver a comunidade local, os pais, os
que os estudantes criam uma miniempresa sob a orientação de um pro- amigos e os meios de comunicação social, assim como participar em feiras
fessor e de um consultor empresarial voluntário. Além de proporcionar comerciais, concursos e atividades a nível internacional.
oportunidades formais e informais de formação aos estudantes, o pro-
grama inclui igualmente um leque de cursos de formação contínua desti- O ciclo do programa começa no início do ano escolar. A estratégia da JA-YE
nados aos professores que abrange quatro domínios principais: consiste, em primeiro lugar, em abordar o proprietário da escola (por exem-
plo, a autarquia local) e perguntar-lhe se pretende ver a sua escola envolvida
`` Confiança. Desenvolvimento de atitudes e qualidades pessoais, no projeto; posteriormente, a JA-YE aborda o diretor da escola e coloca-lhe
tais como: a mesma questão. Seguidamente, dá início aos cursos básicos de formação
ÌÌ a capacidade e a vontade de tomar iniciativas; de professores, dá conhecimento aos professores dos principais conceitos do

Tipo de atividade: estratégias de sensibilização dos prestadores de DPC

País de execução: internacional

Instituição responsável pela execução da atividade: Junior Achievement


Young Enterprise Europe (JA-YE Europe)

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.ja-ye.org

Contacto principal: Jarle Tømmerbakke

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Aplicação/público-alvo da atividade: professores e estudantes

© Yuri Arcurs/Fotolia
dos 16 aos 19 anos participantes no programa «Empresa» da JA-YE

Nível de ensino alvo: professores de instituições de EFP


e escolas secundárias superiores
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 87

programa e estabelece redes para que os participantes não fiquem entre- políticos e elementos das autoridades educativas locais/nacionais
gues a si próprios. Isto é importante uma vez que, frequentemente, há uma que ajudam a obter apoios para o projeto. São atribuídos vários pré-
grande incerteza/resistência aos novos métodos, e a JA-YE é confrontada mios às miniempresas; os professores e as escolas são igualmente
com questões como a de saber se «os estudantes vão aprender o mesmo premiados, e este tipo de reconhecimento dá, frequentemente, ori-
com os novos métodos?» Seguidamente, os estudantes avançam para o gem a uma publicidade positiva, não só para as atividades mas
ciclo de criação de uma «miniempresa», que tem a duração de um ano, também para as escolas e para os professores.
em que definem uma ideia de negócio, uma estratégia de marketing e um
orçamento antes de participarem em vários concursos a nível local. Impacto da atividade
A JA-YE realizou, junto dos participantes anteriores, um inquérito sobre
Condições para o sucesso o impacto das suas atividades que revelou muitos resultados positivos.
`` A combinação da aprendizagem formal com a aprendizagem informal 90% dos professores diz recomendar este método de ensino aos seus
é a chave do sucesso dos programas da JA-YE. colegas. Uma afirmação comum dos estudantes é a de que «torna a
`` Do lado formal, são proporcionadas oportunidades aos professores escola mais interessante e motivadora». Além disso, é possível obser-
de experienciarem uma atividade real e não simulada: os professores var que este método de ensino cria empresários.
beneficiam, durante 2 a 3 dias, de atividades de formação e desenvol-
vimento profissional contínuo, que envolvem a gestão e transmissão de `` Empresas em fase de arranque: um estudo independente realizado
conteúdos em linha adicionais, bem como a avaliação e validação das junto dos anteriores participantes revelou que estes criaram mais
competências através da experiência prática. 50% de empresas do que os do grupo de controlo. 12% dos jovens
que participaram no programa «Empresa» organizado pela JA-YE
`` Do lado informal, os professores e estudantes beneficiam de uma rede
no ensino secundário criaram a sua própria empresa aos 25 anos,
que liga as escolas participantes, de um tutor (coach) da comunidade
enquanto que a percentagem de jovens que nele não participaram e
empresarial para cada turma, de um a três dias de atividades extra-
que também criaram a sua própria empresa é de 8%.
curriculares (concursos ou campos de inovação) e da presença de um
`` Cria confiança no empreendedorismo. 55%
antigo aluno.
dos antigos estudantes que participaram
`` As atividades realizadas pela JA-YE possuem igualmente uma sólida no programa «Empresa» alegam possuir os
DPC
dimensão internacional e implicam uma colaboração à escala europeia conhecimentos e competências necessá-
― é, por exemplo, o caso do Concurso Anual Empresa Europeia do Ano ESTRATÉGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO
rios para criar a sua própria empresa caso
(European Company of the Year Competition) e dos concursos orga- a oportunidade surja , em comparação com
nizados pela JA-YE: JA-YE Enterprise Without Borders (Empresa sem
ESTRATÉGIAS
os 41% verificados no grupo de controlo.
Fronteiras); JA-YE Social Enterprise Programme (Programa Empresa `` Cria futuros líderes. 33% dos antigos
DE CONSCIENCIALIZAÇÃO
Social) e European Creativity and Innovation Challenges (Desafios Euro- estudantes do programa «Empresa» orga-
peus de Inovação e Criatividade). MÉTODOS DE ENSINO INOVADORES
nizado pela JA-YE ocupam atualmente
`` Os concursos envolvem a comunidade e motivam os professores. A uma posição de liderança, em compara- MÉTODOS PRÁTICOS
JA-YE considera que são cruciais para fomentar o envolvimento da ção com 25% do grupo de controlo.
comunidade local e dos meios de comunicação social. Em geral, os `` Estas conclusões são apoiadas por vários ESCALA EUROPEIA
jurados destes concursos são elementos da comunidade empresarial, outros estudos e inquéritos independentes.

Ligações ou recursos úteis:


JA-YE Enterprise without Borders®
JA-YE Social Enterprise Programme
European Creativity and Innovation Challenge
88 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

«The Entrepreneurial Educator» (o educador empreendedor),


seminário de dois dias
«The Entrepreneurial Educator» é um seminário de dois dias em que são seminário põe os educadores em contacto com outros intervenientes que tra-
abordadas questões relacionadas com o profissionalismo dos professo- balham no mesmo domínio, criando assim oportunidades para uma colabo-
res e com o papel que desempenham enquanto agentes da mudança na ração eficaz.
sociedade. Trata-se de um seminário interativo que inclui exemplos de
práticas inovadoras, debates e a aplicação ao contexto profissional pessoal O seminário explora o conceito de Educador Empreendedor, comparando
dos delegados. O seminário baseia-se no pressuposto de que é conside- empresários bem-sucedidos com professores eficazes. Realça e explora, atra-
ravelmente mais fácil para um educador conduzir os alunos em contextos vés do diálogo e da reflexão, aspetos fundamentais relacionados com o profis-
sobre os quais possuem conhecimentos especializados, e reconhece que sionalismo dos professores, a identidade profissional e as formas de envolver
muitos educadores tiveram, ou consideram que tiveram, uma experiência os alunos. Estes aspetos incluem atitudes em relação à mudança, à incerteza,
limitada no que diz respeito ao empreendedorismo. Por conseguinte, o à assunção de riscos e aos relacionamentos
seminário ajuda os professores a reconhecer e compreender de que forma O seminário de dois dias explora cinco temas:
quaisquer conhecimentos especializados e experiências reais podem ser
integrados no âmbito do empreendedorismo. Mais importante ainda, o `` O professor empreendedor.

Tipo de atividade: iniciativas de apoio contínuo a prestadores de DPC

País de execução: Reino Unido (Escócia)

Instituição responsável pela execução da atividade: Universidade de Aberdeen

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição: http://www.abdn.ac.uk/spe/

Contacto principal: David McMurtry

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Telefone: +44 1224274623

Intervenientes ou parceiros adicionais envolvidos: o programa escocês para o empreendedorismo,


a Agência Croata de Formação de Professores e a Universidade Erciyes, em Kayseri, na Turquia

© Yuri Arcurs/iStock
Aplicação/público-alvo da atividade: professores, diretores de estabelecimentos de ensino,
professores em formação, formadores de professores, membros do pessoal das autoridades educativas,
psicólogos e pedagogos

Nível de ensino alvo: educadores de todos os níveis de ensino: pré-primário, primário, secundário,
superior e formação contínua
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 89

`` Aprender e ensinar no século XXI. de dados através de um questionário relativo aos pontos de vista dos
`` O que sabemos sobre a aprendizagem eficaz. participantes sobre os conceitos de educador empreendedor e da sua
`` Envolver os alunos nos seus processos de aprendizagem. identidade profissional, mais especificamente, em que medida os pró-
`` Estratégias para a aquisição de competências empresariais. prios consideram que têm um espírito empreendedor.

Os participantes exploram o ensino e a aprendizagem do empreendedo-


rismo em contextos contemporâneos e analisam exemplos de boas prá- Impacto da atividade
ticas; dedicam-se igualmente ao «planeamento de ações» utilizando as
ideias que aprenderam e exploraram no âmbito dos temas supracitados Este novo programa já alcançou resultados muito positivos em Zagreb,
para criar uma agenda de desenvolvimento a fim de desenvolver um na Croácia (junho de 2012), em Aberdeen, na Escócia (setembro de
aspeto da sua prática. 2012) e em Kayseri, na Turquia (março de 2013). As avaliações dos
seminários mostraram que a participação teve um impacto significa-
São adotadas várias abordagens pedagógicas com o objetivo de promover tivo na autoeficácia dos participantes e podia igualmente influenciar as
atitudes empreendedoras e a criatividade, incluindo: práticas e políticas. Após o evento de Kayseri, foram publicados rela-
tórios e documentos relativos à evolução dos conceitos e aos dados
`` apresentações orientadas por um tutor, utilizando dados provenientes empíricos, destacando as comparações a nível internacional.
de pesquisas e literatura e exemplos de boas práticas utilizando vídeos.
`` interações, diálogos, debates e reflexões amplos; O interesse no empreendedorismo e na ati-
`` planeamento de ações, individualmente e em grupos; vidade empresarial teve igualmente um
`` apresentações em grupo. impacto positivo nos estudantes e respeti-
vos processos de aprendizagem, em todas
Esta formação é atualmente dispensada pelos quatro parceiros envolvi- as áreas temáticas. Ao refletirem sobre o
dos na apresentação do projeto supracitado, consoante a disponibilidade seu próprio papel, os educadores aprofun-
dam a compreensão do seu próprio impacto
DPC
dos mesmos. Qualquer pessoa (de qualquer país europeu) que pretenda
acolher o seminário deve, em primeiro lugar, contactar David McMurtry na sociedade, o que constitui a base de um APOIO CONTÍNUO
da Universidade de Aberdeen. A instituição que solicitar o seminário deve desenvolvimento profissional significativo.
estar ciente de que terá de suportar as despesas de deslocação e aloja- SENSIBILIZAÇÃO
mento dos apresentadores. Para além do seminário de dois dias, existe A equipa terá todo o gosto em debater a
igualmente uma comunidade de aprendizagem em linha que permite aos possibilidade de organizar o seminário em APRENDIZAGEM EMPÍRICA
participantes aceder e partilhar materiais e interagir entre si antes e após parceria com educadores de outras nações
a realização do seminário. e contextos. REINO UNIDO
Além de constituir uma experiência de aprendizagem profissional, o semi-
nário é igualmente uma atividade de investigação. Procede-se à recolha
90 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

National Standard for Enterprise Education


(Norma Nacional de Educação para o Empreendedorismo)
A Norma Nacional de Educação para o Empreendedorismo foi conce- `` o planeamento e gestão da educação para o empreendedorismo;
bida pelo Centre for Education and Industry da Universidade de Warwick. `` a execução de um programa de educação para o empreendedorismo; e
Trata-se de um processo de controlo da qualidade para reconhecer e `` a análise e avaliação da educação para o empreendedorismo.
recompensar as boas práticas na elaboração e gestão dos programas de
educação para o empreendedorismo. Centra-se mais sobretudo nas ativi- Cada elemento contém uma lista de requisitos a cumprir pelas escolas, acom-
dades de formação de professores, mais do que nas atividades orientadas panhada por uma breve explicação descritiva do tipo de documentação e ele-
para os estudantes. mentos de prova que têm de ser avaliados no âmbito da Norma Nacional.

O quadro compreende cinco vertentes, cada uma das quais descreve e Para serem conformes com a Norma Nacional de Educação para o Empreen-
identifica processos de qualidade, a saber: dedorismo, as escolas têm de demonstrar que existe:

`` a definição de uma visão da educação para o empreendedorismo; `` Aum compromisso no sentido de educar todos os estudantes para
`` a realização de uma auditoria à educação para o empreendedorismo; o empreendedorismo;

ipo de atividade: iniciativas de apoio contínuo a professores no ativo

País de execução: Reino Unido

Instituição responsável pela execução da atividade:


Centre for Education and Industry

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www2.warwick.ac.uk/fac/soc/cei/enterpriseeducation/casestudy/

© Ingram Publishing/Thinkstock
Contacto principal: Malcolm Hoare

Endereço de correio eletrónico principal: [email protected]

Aplicação/público-alvo da atividade: professores

Nível de ensino alvo: professores do ensino primário, secundário e especial


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 91

`` uma visão das necessidades e do desenvolvimento futuros do pro- Impacto da atividade


grama de educação para o empreendedorismo que integre a aprendi-
zagem prática e os métodos centrados no estudante; `` O requisito da existência de formação contínua especializada esti-
`` uma visão clara do modo como a educação para o empreendedorismo mulou a oferta e a procura de formação em empreendedorismo
se encaixa no programa de ensino mais vasto e no plano de desenvol- para os professores e a criação de redes úteis escolas-empresas.
vimento, assim como um compromisso e a compreensão do, conceito `` O pessoal que trabalha com os materiais revela apreciar a aborda-
por parte da equipa de direção e do pessoal não docente; gem estruturada e as oportunidades de recompensar as melhores
`` uma avaliação e apreciação regulares da oferta em matéria de edu- práticas identificadas.
cação para o empreendedorismo, especialmente do seu impacto no `` O pessoal é frequentemente capaz de identificar a educação
desenvolvimento das capacidades dos estudantes; para o empreendedorismo latente nas suas escolas que não foi
`` provas de que uma formação profissional contínua especializada é for- ainda reconhecida.
necida por coordenadores de empresas e pelo pessoal da escola, den- `` Os professores e os seus mentores apreciam receber diretrizes cla-
tro ou fora dela. ras para apoiar a oferta de uma educação para o empreendedo-
rismo de elevada qualidade, e respondem bem à flexibilidade dos
requisitos, que permite ter em conta as prioridades locais e, ao
Condições para o sucesso mesmo tempo, satisfazer os critérios de base.

`` Informações acessíveis e gratuitas. Um aspeto fundamental das nor-


mas é o facto de serem publicadas em linha numa «Aldeia de empre- DPC
sas», o que permite aos professores e às instituições o acesso fácil e
gratuito aos materiais. APOIO CONTÍNUO
`` A autoavaliação e o planeamento de ações são possibilitados pelo
material disponibilizado em linha. Os pontos fortes e fracos da oferta INTEGRADA
global de uma escola em matéria de educação para o empreendedo-
rismo podem ser identificados e trabalhados. NORMALIZAÇÃO
`` Existe uma acreditação externa.
REINO UNIDO

Ligações ou recursos úteis:


Sítio do CEI: http://www2.warwick.ac.uk/fac/soc/cei/.
Sítio da «Aldeia empresarial»: http://www.enterprisevillage.org.uk/
92 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Interpretação do conceito de empreendedorismo nos


programas de ensino
O Centre for Educational Research and Development (CERD) é um `` por último, o CERD ministrou formação aos professores dessas mesmas
organismo do Governo libanês que desempenha um papel essencial na escolas para que estes pudessem começar a levar a efeito a iniciativa.
elaboração dos programas de ensino. Tem desenvolvido abordagens para
integrar o empreendedorismo no sistema educativo do país. Um projeto- Procedeu-se à contratação e ao desenvolvimento de um leque de recursos
piloto está a introduzir conteúdos de empreendedorismo nos programas com o objetivo de apoiar a realização de tal iniciativa. Entre eles incluíam-
de ensino, tanto no ensino geral como no EFP. Para tal foi necessário tomar se: orientação curricular, materiais para os estudantes e um manual para os
várias medidas: professores. Todos os materiais adotavam uma abordagem de aprendiza-
gem ativa e começavam por ensinar as competências básicas em matéria
`` inicialmente, o CERD apresentou aos ministros o pedido referente ao de empregabilidade.
projeto, a fim de os convencer a investir;
`` seguidamente, foram selecionados os sítios-piloto (cerca de 50 no total) e
os diretores das escolas em causa foram convidados a discutir o projeto;

Tipo de atividade: iniciativas de apoio contínuo a professores no ativo

País de execução: Líbano

Instituição responsável pela execução da atividade:


Centre for Educational Research and Development, CERD
(centro de investigação e desenvolvimento em educação)

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


http://www.crdp.org/CRDP/

Aplicação/público-alvo da atividade: professores do ensino geral e do EFP

Nível de ensino alvo: ensino primário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 93

Condições para o sucesso

`` Para que o impacto seja vasto, é essencial a integração nos progra-


mas de ensino. Este projeto foi considerado como o primeiro passo no
desenvolvimento de uma «sociedade empresarial» no Líbano, uma vez
que visava influenciar a sociedade libanesa de um modo mais geral.
Um fator-chave para o seu sucesso foi o facto de o empreendedorismo
ter sido integrado no programa de ensino principal, em vez de se limitar
a ser considerado como uma atividade extracurricular.

`` Envolvimento de todos os principais intervenientes. Foram realizados


projetos-piloto para identificar os pontos fortes e fracos. Os resul-
tados revelam que a participação nos três níveis (inicialmente junto
dos ministros, posteriormente junto dos diretores das escolas e, por
último, junto do pessoal docente) foi vital para garantir o sucesso dos
projetos-piloto.

`` Redução das duplicações para maximizar a relação custo-eficácia. Por


último, foram evitadas as sobreposições entre financiadores, uma vez DPC
que cada um deles financia um aspeto diferente do programa.
INICIATIVAS DE APOIO
SENSIBILIZAÇÃO
MATERIAIS DIDÁTICOS
LÍBANO
94 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

Projecte Emprenedors (projeto «Empreendedor»)


Em cada período letivo, cerca de 10 professores de diferentes escolas que do empreendedorismo nas suas escolas. A maior parte dos professores é con-
ministram um programa de educação para o empreendedorismo reú- vidada a preparar e entregar uma folha de avaliação, ao passo que alguns
nem-se no Ministério da Educação da Catalunha para debater e partilhar deles apresentam o trabalho por eles desenvolvido de forma mais criativa, por
materiais, experiências e ideias. Estes materiais incluem a prestação de exemplo, realizando um vídeo com as apresentações efetuadas pelos estu-
apoio aos professores para que possam orientar os estudantes em proje- dantes no quadro do seu projeto final.
tos que se centrem na criação de uma empresa (imaginária), tal como o
projeto «Criar uma empresa: elaborar um plano de negócios». São forneci- O Ministério da Educação forneceu igualmente os contactos de empresas
dos planos de aulas, notas didáticas e folhas de exercícios para os alunos, locais e indicou como estas poderiam ser contactadas nos prazos fixados nos
assim como informações sobre elementos fundamentais da legislação projetos individuais. O Ministério salientou igualmente ser útil que os empre-
introduzida pelo Governo, ligações úteis, vídeos sobre o assunto e exem- sários bem‑sucedidos estivessem dispostos a fazer um discurso motivador
plos de projetos de anos anteriores. Além disso, todos os professores par- aquando do início dos projetos nas escolas.
tilham as suas experiências e os resultados das atividades de promoção

Tipo de atividade: iniciativas de apoio contínuo a professores no ativo

País de execução: Espanha (Catalunha)

Instituição responsável pela execução da atividade:


Ministério da Educação da Catalunha

Sítio web ou ligação para aceder ao projeto ou à instituição:


Sítio do Ministério da Educação da Catalunha:
http://www20.gencat.cat/portal/site/ensenyament

Contacto principal: Xavier Yáñez, Maria Ojuel e Monica Artigas

Endereço de correio eletrónico principal:


[email protected], [email protected], [email protected]

Telefone: +34 935516900, extensão 3835

Aplicação/público-alvo da atividade: professores que aplicam


um programa de empreendedorismo nas suas escolas

Nível de ensino alvo: DPC, professores do ensino secundário


E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 95

Condições para o sucesso

`` As escolas empreendedoras são um conceito relativamente novo na


Catalunha, pelo que o apoio do Ministério da Educação é crucial.

`` A atividade é promovida através do da formação contínua ministrada


aos professores pelo Ministério da Educação, numa base experimental
em algumas escolas da Catalunha e gratuita. O Ministério da Educação
desempenha um papel fundamental, na medida em que permite aos
professores partilhar experiências e materiais, o que é especialmente
importante para os que se encontram nesta situação pela primeira
vez. Além disso, este ano foi incluída uma nova disciplina facultativa
denominada «emprenedoria» (empreendedorismo) no terceiro ano do
ensino secundário obrigatório. Por conseguinte, é especialmente impor-
tante que mais professores tenham acesso a este curso de formação,
principalmente os professores de economia que, em geral, serão os
responsáveis por esta nova disciplina. Além disso, as escolas dispõem
de poucos materiais, pelo que a ajuda e as informações fornecidas pelo
Ministério da educação são essenciais para que as informações forne- DPC
cidas tenham uma elevada qualidade.
INICIATIVAS DE APOIO
`` O «Projecte Emprenedors» desenvolveu um curso de 25 horas para
abordar especificamente a nova disciplina de Empreendedorismo, que COLABORAÇÃO
fornece aos professores os instrumentos e recursos necessários à sua
implementação. MATERIAIS DIDÁTICOS
ESPANHA

Ligações ou recursos úteis:


Ligação para alguns dos materiais distribuídos: http://phobos.xtec.cat/cirel/cirel/index.php?option=com_content&view=article&id=105&Itemid=74 .
Ligação para o sítio do Ministério da Educação, que inclui alguns recursos no domínio do empreendedorismo: http://www.xtec.cat/web/recursos/emprenedoria.
96 E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S

ÍNDICE
Secção Instituição responsável pela execução da atividade Título do estudo de caso Página
FIP Universidade de Jyväskylä (Finlândia) Abordagens empreendedoras na formação de professores 16
FIP National College of Arts and Design, Dublim (Irlanda) «Estátuas em movimento»: arte na formação de professores 18
FIP Group T — Leuven Education College, Bélgica A arte de ensinar com atitude 20
FIP St Mary’s University College Belfast (Irlanda) Avaliação de resultados qualitativos da aprendizagem 22
FIP Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, Instituto Politécnico Disciplina curricular: «Educação pessoal e social» 24
da Guarda (Portugal)
FIP Xios University College, Bélgica (Bélgica) Workshop didático sobre aprendizagem interdisciplinar 26
FIP Universidade de Ioannina, departamento de Educação da Primeira Programa de orientação na universidade 28
Infância (Grécia)
FIP Centro da Europa do Sudeste para a Aprendizagem do Empreendedorismo, Projeto regional de aprendizagem do empreendedorismo centrado especifica- 30
SEECEL (Internacional) mente na formação inicial e contínua de professores
FIP Unidade de Formação Profissional de Professores da Universidade Programa de formação profissional de professores 32
de HAMK (Finlândia)
FIP Swansea Metropolitan University (Reino Unido) Participação de estudantes diplomados na formação de professores 34
FIP Universidade da Lapónia (Finlândia) Curso obrigatório de música numa perspetiva empreendedora (abordagem 36
pedagógica)
FIP University College Copenhagen, departamento de Formação Consultor de inovação: University College Copenhagen 38
de Professores (Dinamarca)
FIP Sogn og Fjordane University College (Noruega) Rural enterprises for action learning (empresas rurais pela realização de ações 40
de aprendizagem): um instrumento profissional e pedagógico
FIP Instituto Politécnico da Escola Superior de Viana do Castelo (Portugal) Programa de educação para o empreendedorismo destinado a crianças 42
dos 3 aos 12 anos
FIP Arteveldehogeschool (Bélgica) Centro para a Criatividade, a Inovação e o Empreendedorismo (ACCIO) do Colégio 44
Universitário Artevelde)
FIP Ministério da Educação e Ciência da antiga República jugoslava da Macedónia Inovação e empreendedorismo 46
(antiga República jugoslava da Macedónia)
FIP WEEN ― Welsh Enterprise Educators Network (Rede Galesa de Educadores para Welsh Enterprise Educators NetworkI (rede galesa de formadores em empreende- 48
Empresas) Swansea Metropolitan University e Trinity St. David (Reino Unido, dorismo) apoiada pela rede Enterprise Educators United Kingdom (EEUK)
País de Gales)
DPC Escola secundária Matija Antun Reljković, Slavonski Brod (Croácia) Escola secundária Matija Antun Reljković, Slavonski Brod 54
DPC Manchester Academy (Reino Unido) Manchester Academy 56
DPC Zespół szkół technicznych w mikołowie (Polónia) «Sim às competências, não aos estereótipos» 58
DPC Universidade de Turku /Universidade de Tecnologia de Lappeenranta (Finlândia) Ambiente de aprendizagem virtual no domínio da educação para o empreendedo- 60
rismo (projeto YVI)
E D U C A Ç Ã O P A R A O E M P R E E N D E D O R I S M O ― G U I A P A R A E D U C A D O R E S 97

Secção Instituição responsável pela execução da atividade Título do estudo de caso Página
DPC Iniciativa de apoio às empresas em fase de arranque e à transmissão Reforço do espírito empreendedor em professores e alunos 62
de empresas (IFEX), um serviço do Ministério das Finanças e da Economia do Land
de Bade-Vurtemberga (Alemanha)
DPC Valnalon (Espanha) Reconhecimento e desenvolvimento de práticas empresariais na formação de 64
professores (projeto ADEPTT)
DPC Criatividade, cultura e educação (CCE), uma organização não governamental (ONG) Criatividade, cultura e educação: «Parcerias criativas» 66
e de beneficência sediada no Reino Unido (Reino Unido)
DPC Ministério da Presidência do Conselho de Ministros (Governo português) (Portugal) Programa «Escolhas» 68
DPC Câmara de Artesanato e Pequenas Empresas da República da Eslovénia (Eslovénia) Projeto UPI 70
DPC Dinamarca, Niels Brock Business College; Espanha, Cebanc; Fórum Projeto LIFE 2: Competências-chave para a vida 72
Europeu de Educação e Formação Técnica e Profissional (EfVET); Por-
tugal, Anespo; Reino Unido, Norton Radstock College e Bath Spa Univer-
sity; Roménia, Centro para o Desenvolvimento e Inovação na Educação
(TEHNE) (Portugal, Reino Unido, Dinamarca, Roménia, Espanha)
DPC Rouen Business School (França) Inovação em pedagogia da educação para o empreendedorismo 74
DPC I2ER Instituto Europeu de Empreendedorismo Rural (França) Método MIME: Méthode d’Initiation au Métier d’Entrepreneur (Método de Iniciação 76
à Profissão de Empreendedor)
DPC Zöld Kakas Líceum (Hungria) Criação de redes com a comunidade empresarial 78
DPC Tknika, uma filial do subdepartamento de ensino e formação profissionais Tknika ― Centro de Inovação para o Ensino e a Formação Profissionais e a Apren- 80
e aprendizagem ao longo da vida, Ministério da Educação, Política Linguística dizagem ao Longo da Vida
e Cultura do Governo basco (Espanha, País Basco)
DPC Network for Training Entrepreneurship (NFTE), (Bélgica) Empreendedorismo proficiente e competências empresariais 82
DPC Centro Búlgaro de Empresas de Formação (Bulgária) Formar professores para criarem «empresas virtuais» nas suas escolas 84
DPC Junior Achievement Young Enterprise Europe (JA-YE Europe) (Internacional) Atividades de formação de professores de JA-YE 86
DPC Universidade de Aberdeen (Reino Unido, Escócia) «The Entrepreneurial Educator» (o educador empreeendedor), seminário de dois dias 88
DPC Centre for Education and Industry (Reino Unido) National Standard nfor Enterprise Education (Norma Nacional de Educação 90
para o Empreendedorismo)
DPC Centre for Educational Research and Development (CERD) (Líbano) Interpretação do conceito de empreendedorismo nos programas de ensino 92
DPC Ministério da Educação da Catalunha (Espanha) Projecte Emprenedors (projeto «Empreendedor») 94

ENTERPRISE & INDUSTRY MAGAZINE (REVISTA DE EMPRESA E INDÚSTRIA)


A revista em linha ENTERPRISE & INDUSTRY MAGAZINE (http://ec.europa.eu/enterprise/magazine/index_en.htm) trata, entre outras coisas, de assuntos relacionados com PME, inovação, empreeendedorismo, o mercado único dos bens,
competitividade e proteção do ambiente, políticas industriais através de uma ampla gama de setores.
A edição impressa da revista surge três vezes por ano. Pode fazer uma assinatura em linha (http://ec.europa.eu/enterprise/magazine/print-edition/subscription/index_en.htm) para a receber em alemão, francês, espanhol ou italiano gratuitamente pelo correio.

Europe Direct é um serviço que o ajuda a encontrar respostas às suas perguntas sobre a União Europeia.
Linha telefónica gratuita: 00 800 6 7 8 9 10 11
(*) As informações prestadas são gratuitas, tal como a maior parte das chamadas, embora alguns operadores, cabinas telefónicas ou hotéis as possam cobrar.
NB-02-13-214-PT-C

Você também pode gostar