Fisexp2 Man
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Campus Macaé
FÍSICA EXPERIMENTAL II
FLUIDOS, OSCILAÇÕES, ONDAS E TERMODINÂMICA
MANUAL DE LABORATÓRIO
Nota ao estudante 4
Introdução 6
1 Tubo em U 14
2 Princípio de Arquimedes 19
6 Tubo de Kundt 39
7 Calorimetria 44
8 Lei de Boyle 48
A SciDAVis 52
B Sensores 56
Bibliografia 59
Nota ao estudante
Sobre a avaliação
A frequência nos dias de aula tem caráter obrigatório, sendo exigida uma frequência mínima
de 75% do total de aulas práticas. Não cumprindo esta exigência, o estudante será reprovado por
frequência.
A reposição de aula será concedida noutra turma somente na mesma semana da experiência,
sendo necessária a anuência prévia de ambos os professores, e em caso de haver vaga na turma
em que se deseja fazer a reposição. Nesse caso o estudante deverá escrever uma declaração de
próprio punho onde conste dia, hora, experiência e a rúbrica do professor da aula; esta declaração
deverá ser entregue ao professor da turma de origem.
Ao longo do curso o estudante será avaliado em pelo menos quatro momentos distintos;
serão duas provas escritas (notas parciais P 1 e P 2) e dois relatórios individuais entregues ao
professor da diciplina (notas R1 e R2). A nota final (N F ) será calculada atribuíndo peso de 80%
à média das notas das provas parciais e 20% à média das notas dos relatórios:
M P = 0, 5 (P 1 + P 2) , M R = 0, 5 (R1 + R2) ,
N F = 0, 8M P + 0, 2M R .
Fica a critério de cada professor se a avaliação por meio de relatórios será presencial ou não,
podendo também incluir outras avaliações na MR: caderno de laboratório, conduta em sala de
aula, ou outras avaliações.
Será considerado aprovado na disciplina o estudante que obtiver nota final maior ou igual à
5,0, sendo reprovado em caso contrário.
Não haverá em hipótese alguma prova final. No caso de o estudante se ausentar no dias de
uma das provas, o mesmo poderá requerer uma prova de segunda chamada (que substituirá a
nota da prova não realizada) desde que justificada (atestado médico, certificado militar, etc.).
Regras de conduta
Durante as aulas de laboratório os estudantes devem seguir algumas regras básicas para o
bom funcionamento do laboratório:
Aqui serão apresentados alguns tópicos essenciais com os quais o estudante deve estar
familiarizado para uma correta análise de dados. Longe de ser um texto denso e pormenorizado,
será apenas esboçada a análise de erros convencional. O leitor interessado nos detalhes deve
recorrer às referências Tavares [2010], Taylor [2012].
Tratamento estatístico
• Valor médio:
N
1 X
x̄ = xi . (1)
N
n=0
É usada quando há inúmeras estimativas para o valor médio, sendo possível calcular o valor
médio dessas estimativas bem como seu desvio padrão σx̄ = δx.
• Discrepância:
Dx = x̄ − xref (4)
Introdução 7
t 0,0 0,25 0,5 0,75 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
P (%) 0 20 38 55 68 87 95,4 98,8 99,7 99,95 99,99
Propagação de incertezas
Isto se o conjunto (x1 , x2 , . . . , xN ) for de medidas independentes entre si; caso contrário devem
ser levadas em conta as covariâncias.
8 Manual de laboratório
Acima encontra-se um sistema de duas equações lineares nas incógnitas a e b. Ao ser definido o
centróide C = (x̄, ȳ) dos dados,
N N
1 X 1 X
x̄ = xi , ȳ = yi . (8)
N N
i=1 i=1
Com o fim de verificar se os dados (xi , yi ) coletados têm de fato uma relação linear, pode-se
calcular o coeficiente de correlação linear :
N
P
(xi − x̄)(yi − ȳ)
i=1
R= s s . (10)
N
P N
P
(xi − x̄) (yi − ȳ)
i=1 i=1
É possível mostrar que −1 ≤ R ≤ 1. Havendo correlação linear entre os dados coletados, o valor
desse coeficiente será próximo da unidade, R ≈ ±1. Caso não haja, esse coeficiente terá um valor
próximo de zero.
Para ser ou não conclusiva uma investigação acerca da relação de linearidade entre dois
observáveis não é suficiente o valor de R. Qual é a chance de as grandezas x e y não terem
Introdução 9
R0
N 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
3 100 94 87 81 74 67 59 51 41 29 0
6 100 85 70 56 43 31 21 12 6 1 0
10 100 78 58 40 25 14 7 2 0,5 0
20 100 67 40 20 8 2 0,5 0,1 0
50 100 49 16 3 0,4
Tabela 2: Probabilidades relacionada à correlação linear entre duas grandezas. Células em branco
correspondem à probabilidade inferior a 0,05%.
correlação linear, e após realizada a coleta de N pares ser calculado um valor |R| > R0 ? A
resposta está na Tabela 2. Digamos que você finalizou o procedimento experimental da experiência
1 (Densidade da água), e encontrou um coeficiente R = 0, 7 após N = 10 medições do par (m, V )
(massa e volume). A Tabela indica que se m e V não estão correlacionados a probabilidade
disso ocorrer é de apenas 2%, o que fortalece a hipótese de que as medidas estão linearmente
correlacionadas. Para fins didáticos será considerada significativa a correlação linear que dê algo
menor ou igual a 5%.
Uma vez calculados os valores a e b que determinam a melhor reta (calculada com o MMQ),
pode-se estimar as incertezas δa e δb. Considerando que a incerteza na medida x é desprezível, a
grandeza que quantifica a incerteza do observável y é a seguinte:
v
u
u 1 X N
δy = t (yi − axi − b)2 (11)
N −2
i=1
Note que a incerteza acima pode ser calculada para no mínimo 3 pontos, porquanto dois pontos
são suficientes para determinar uma única reta.
Usando a propagação quadráticas das incertezas,
N N
∂a 2 ∂b 2
X X
2
δa = δyi2 , δb =2
δyi2 , (12)
∂yi ∂yi
i=1 i=1
Portanto, para realizar o ajuste linear calculado com o MMQ deve-se usar as equações (9) para
calcular, respectivamente, os coeficientes angular e linear, assim como as equações (13) para as
incertezas correspondentes.
Para aplicar o método apresentado deve ser considerada como variável independente a
medição que possui a maior incerteza relativa, ou seja, δy/y δx/x.
Aqui foi apresentado o MMQ mais simples, sendo possível generalizar o método para outros
casos: pode-se: (i) incluir as incertezas das medições para realizar o ajuste linear ponderado
pelas incertezas de cada medida; (ii) fazer um ajuste não-linear usando o princípio de máxima
verossimilhança (que no caso de um ajuste linear é dado pela equação (7)).
10 Manual de laboratório
Para determinar a densidade da água utilizou-se uma balança de travessão e uma proveta
graduada (o mais comum é utilizar um único instrumento: o densímetro). Foram medidos a
massa e o volume de uma porção de água, sendo este com uma proveta com máxima graduação
de 100 ml (e cuja incerteza é de 1 ml), enquanto que aquela feita com a balança cuja precisão é
de 0,1 g. A partir dessas medidas, construiu-se a Tabela 3 já com a massa da proveta da vazia
descontada.
i m ± 0, 1 (g) V ± 1 (ml)
1 24,9 25
2 29,4 29
3 33,8 34
4 39,9 40
5 44,4 45
6 49,5 50
7 55,3 56
8 59,2 60
9 64,8 66
10 70,2 71
11 74,3 75
12 81,8 83
13 89,5 90
14 94,9 96
15 98,0 100
N = 15 m̄ = 60,66 g V̄ = 61,33 ml
i m − m̄ (g) V − V̄ (ml)
1 -37,76 -35,66
2 -31,26 -31,66
3 -26,86 26,66
.. .. ..
. . .
(mi − m̄)2 = 7967,696 g2
P P
N = 15 (mi − m̄)(Vi − V̄ ) = 8123,2 g·ml
uma vez que o coeficiente linear b é calculado a partir dos valorers de a, m̄ e P̄ com a equação (9),
8123, 2
R= √ √ = 0, 9999 . (15)
7967, 696 8283, 33
A incerteza do coeficiente linear, δb, é calculada com a equação (13), ao substituir os valores
apropriados das últimas linhas das Tabelas 4 e 5,
v
15
u
m2i
u P s
u
u i=1 (63162, 23)
δb = δV u 15
= 0, 35 = 0,25 cm3 .
u P 15(7967, 696)
15 (mi − m̄)2
t
i=1
12 Manual de laboratório
E a incerteza do coeficiente angular, δa, é calculada com a equação (13), substituindo o valor
apropriado da última linha da Tabela 4,
v s
u 1 1
δa = δV u
u 4 = 0, 35 = 0,0039 cm3 /g .
(7967, 696)
(mi − m̄)2
tP
i=1
δa
ρ = a−1 = 0,980 392 157 g/cm3 , δρ = = 0,0042 g/cm3 (18)
a2
A análise dos dados medidos permitiu encontrar a densidade da água,
bem como o provável intervalo do valor da reta quando m = 0, que é dado por:
Confira as probabilidades contidas nas Tabelas 1 e 2 e veja que os valores de R e de b são conclusivos
quando se admite o valor de referência bref = 0; a discrepância Db = tb δb é caracterizada por
tb = 0, 7. O resultado para a densidade da água de torneira (não destilada) indica a presença de
incertezas sistemáticas.
Incertezas sistemáticas:
Na prática sempre existem incertezas sistemáticas. Nesse exemplo são por causa de alguns
fatores como: pequenas gotas de água na parede interna da proveta; marcas da escala e calibração
da balança e da proveta; etc.
As incertezas calculadas pelo MMQ (não ponderado) não levam em conta as incertezas
sistemáticas, apenas as aleatórias. Para tornar isto claro, basta confrontar a incerteza de leitura
da proveta δVtotal = 1 ml com a incerteza retornada pelo ajuste linear, δValeat. = 0,4 ml. Para
fazer uma estimativa mais realista com a incerteza total (sistemática e aleatória) da densidade,
aplica-se o MMQ ponderado pelas incertezas do volume (ver o Apêndice A). O resultado é dado
por
Problemas:
1. Complete a Tabela 4 fazendo o cálculo de todos as somatórias pertinentes. Com isso calcule
os valores de a, b e R.
2. Complete também a Tabela 5 fazendo o cálculo de todos as somatórias pertinentes. Com
isso calcule os valores de δa, δb e δy.
3. Use o formato a = ( ± ) cm3 /g para relatar a sua estimativa, usando apenas 1
algarismo significativo para a inceteza.
4. Use a propagação quadrática das incertezas para mostrar como calcular as fórmulas (18) e
(21).
5. Usando a sua estimativa para densidade da água determine a massa de água m0 = ρV0
contida V0 = (3,00 ± 0,01) × 102 ml. Escreva o seu resultado na forma padrão: m0 =
( ± ) 102 g.
1 Tubo em U
Objetivos
Introdução
A densidade de um fluido é uma propriedade que assume um dado valor em um dado ponto
(x, y, z) do espaço, isto é, refere-se a um ponto fixo do espaço e não a uma determinada partícula
do fluido. Todavia, ao considerar um fluido homogêneo, a densidade ρ do mesmo não altera de
valor em cada ponto, e com isso fica determinada pela razão
m
ρ= ↔ V = am + b , (1.1)
V
entre uma certa quantidade de massa m e o volume V que esta substância ocupa. Note a relação
linear entre as quantidades V e m, sendo os coeficientes angular a = ρ−1 e linear b = 0.
O princípio da estática dos fluidos que utilizaremos mais adiante é a lei de Stevin [Nussens-
veig, 2002]:
A pressão a uma certa profundidade y de um fluido incompressível em equilíbrio na
presença de um campo gravitacional aumenta linearmente com a profundidade,
p(y) = p0 + ρgy . (1.2)
A origem do eixo vertical y = 0 é a interface entre o fluido (de densidade ρ) e a atmosfera onde a
pressão vale p0 , quando o fluido encontra-se na presença de um campo gravitacional cujo valor da
aceleração da gravidade local é dada por g.
Para um tubo em forma de U que contém um único fluido como na figura 1.4 (a), a pressão
depende apenas da profundidade, de maneira que em qualquer profundidade abaixo da superfície
a pressão nos dois lados do tubo é a mesma. Este raciocínio é válido desde de que o tubo em U
esteja preenchido com somente um fluido tal que a densidade seja constante por todo tubo, já
que essa é uma hipótese chave na derivação da lei de Stevin (1.2).
Na figura 1.4 (b), a densidade varia abruptamente de ρ1 para ρ2 quando passamos de um
fluido para o outro, e portanto, não podemos usar a lei de Stevin para comparar as pressões em
dois líquidos diferentes. Contudo, é possível comparar as pressões em diferentes pontos dentro
de uma mesma quantidade de fluido. Considere a pressão no ponto B da figura 1.4 (b). Este
ponto está dentro do líquido 1 e está logo abaixo da interface que separa os dois fluidos. Como
consideramos um ponto B que está a uma mesma profundidade que o ponto A, a pressão nestes
dois pontos são iguais, pA = pB .
Agora considere um ponto C dentro do líquido 2 que está logo acima da interface entre os
dois fluidos. Os dois pontos B e C, estando (infinitesimalmente) próximos um do outro, devem
também estar a uma mesma pressão, pA = pB = pC .
Tubo em U 15
y y
h
0 0 hx
A B A C
B
(a) (b)
Figura 1.1: Tubo em U: (a) apenas um fluido, e (b) contendo dois fluidos.
Procedimento experimental
Material utilizado:
Proveta graduada; balança de travessão; água; hexano; painel graduado com tubo em U
aberto; seringa com prolongamento;
Densidade da água:
• Coloque mais água na proveta e repita a medição da massa e do volume. Termine a coleta
de dados somente quando houver obtido pelo menos cinco pares (Mi , Vi ).
16 Manual de laboratório
Densidade do hexano:
• Introduza água devagar no tubo em U por uma de suas extremidades usando uma seringa
com prolongamente. Observe se as superfícies nas duas extremidades estão a uma mesma
altura;
• Lentamente coloque o hexano no tubo, também utilizando uma outra seringa com prolonga-
mento;
• Faça a medição das alturas y1 e y2 das duas superfícies livres dos líquidos (água e hexano).
Meça a altura y0 da interface entre os dois líquidos. Organize seus dados conforme mostra
a tabela abaixo;
y (cm) δy (cm)
interface
água
hexano
Análise de dados
Densidade da água:
1. Use os seus dados para determinar a massa de água contida na proveta em cada estapa e
preencha os valores na Tabela abaixo, sendo m = M − M0 . (Confira o Problema 2)
massa volume
m (g) δm (g) V (ml) δV (ml)
..
.
2. Utilize um PC do laboratório para ajustar uma reta aos dados contidos na Tabela 1.3 (Veja
como no Apêndice A);
3. Faça os cálculos para ajustar uma reta aos dados contidos na Tabela 1.3 aplicando o MMQ:
(a) Faça o gráfico de V vs. m, e verifique se existe a relação linear (1.1);
Tubo em U 17
Densidade do hexano:
1. Utilize as alturas medidas de forma direta (Tabela 1.2) para encontrar as alturas das colunas
líquidas h e hx . Coloque esses valores na tabela abaixo;
2. A partir da equação (1.3) e os valores contidos na tabela 1.4, determine o valor da densidade
do hexano;
3. Propague as incertezas de h, hx e ρ com o objetivo de determinar a incerteza da densidade
do hexano (c.f. Problema 6);
4. Use o formato ρx = ( ± ) g/cm3 para relatar a sua estimativa;
Problemas
1. Partindo da lei de Stevin (1.2), mostre como chegar à equação (1.3) quando o tubo contém
dois líquidos que não se misturam.
2. Por meio da propagação quadrática das incertezas das massas M0 e Mi , mostre que
q
δmi = δM02 + δMi2
3. Calcule a incerteza relativa do volume deslocado, δV /V , e verifique que esta é maior que
a incerteza relativa da massa, δm/m. Para tal utilize cada par (mi , Vi ) contido na tabela
Tabela 1.3.
Como regra, a medição com maior incerteza relativa é que deve ser expressa em termos da
outra medição do par.
4. Por meio da propagação quadrática das incertezas mostre que
δa
δρ =
a2
é a incerteza da medida da densidade da água.
18 Manual de laboratório
Objetivos
Introdução
Sempre que um objeto está total ou parcialmente imerso num fluido em repouso, há uma
força de interação entre os mesmos (objeto e fluido). Se o objeto exerce uma força F~ sobre o
~ = −F~ . Mais ainda, a força de
fluido, então o fluido reage exercendo sobre o objeto uma força E
~
empuxo E tem direção perpendicular a superfície do fluido, e sentido para o exterior deste. Isto
está de acordo com a Lei de Stevin – equação (1.2) – porquanto há uma força resultante sobre o
corpo imerso devido à pressão exercida ao longo de toda a sua superfície.
Muito antes de se tornar conhecida a Lei de Stevin, Arquimedes de Siracusa forneceu uma
explicação simples para este fenômeno, postulando uma relação linear entre a intensidade da
força de empuxo E = |E| ~ e o volume V de fluido deslocado pelo objeto:
E = ρgV , ↔ V = aE + b . (2.1)
Procedimento experimental
Material utilizado:
torre
Dinamômetro tubular; proveta graduada; corpo de
prova; suporte para suspender o corpo; água. D
Montagem:
• Faça a leitura do volume de água contido na proveta. Anote sua medida na forma padrão:
V0 = ( ± ) ml;
• Verifique se o dinamômetro está calibrado. Em seguida suspenda o dinamômetro no suporte,
e prenda o corpo de prova no gancho. Leia a escala e anote sua medida para a intensidade
do peso do corpo de prova: P0 = ( ± ) N.
• Com cuidado, mergulhe totalmente o objeto na água contida na proveta. Ao ler a escala do
dinamômetro, observe que aparentemente o peso do objeto diminuiu. Ao mesmo tempo a
leitura da escala na proveta aumentou. Anote na Tabela 2.1 ambos, o volume U e o peso
aparente W lidos nas escalas (com suas respectivas incertezas).
• Regule a altura do objeto, mexendo com cuidado no parafuso preso a haste, para deixar
uma parte do objeto fora da água, e anote novamente o par de dados na Tabela 2.1.
• Repita o passo anterior até que se tenha pelo menos cinco pares de dados.
Análise de dados
1. Para preencher a tabela a seguir, determine o volume de líquido deslocado em cada etapa,
V = U − V0 , assim como a magnitude do empuxo, E = P0 − W . Coloque na Tabela os
dados em unidades do SI (Problema 2).
Princípio de Arquimedes 21
empuxo volume
E (N) δE (N) V (ml) δV (ml)
..
.
5. Apresente a sua estimativa para a densidade da água com sua respectiva incerteza: ρ =
( ± ) 103 kg/m3 . (c.f. o Problema 5).
Problemas
1. Se o dinamômetro não estiver calibrado, haverá ou não um erro sistemático em suas medidas
de empuxo? Justifique.
2. Explique como fazer a mudança de unidades: 1 ml = 10−6 m3 .
3. Verifique que a incerteza relativa do volume deslocado, δV /V , é maior que a incerteza
relativa do empuxo, δE/E. Para tal utilize cada par (Ei , Vi ) contido na tabela Tabela 2.1.
Como regra, a medição com maior incerteza relativa é que deve ser expressa em termos da
outra medição do par.
4. Mostre que as incertezas do volume de líquido deslocado e do empuxo (Tabela 2.2) devem
ser calculadas com as seguintes fórmulas:
q q
δV = δU 2 + δV02 , δE = δW 2 + δP02 .
22 Manual de laboratório
Objetivos
Introdução
θ(rad)
T T
+θ0
t(s)
−θ0
T T
(b)
Figura 3.1: Pêndulo simples (a) que consiste num corpo de massa m suspensa por um fio de massa
desprezível e comprimento L, cujo ponto de suspensão é mantido imóvel; a energia potencial
gravitacional é nula para θ = 0; (b) gráfico da posição em função do tempo.
Observe que para estabelecer uma relação de linear é conveniente usar o período elevado ao
quadrado. Assim, o coeficiente de proporcionalidade entre T 2 e L é dado por a = 4π 2 /g. E o
coeficiente linear (teórico) é nulo, b = 0. É possível concluir então que o período não depende da
massa do corpo em oscilação (no regime de pequenas oscilações).
Serão realizadas medidas diretas do par de grandezas (Li , Ti ) com a finalidade de verificar
a validade da relação linear (3.2) e de estimar o valor de g = 4π 2 /a no laboratório.
Procedimento experimental
Material utilizado:
torre
Montagem:
Regime isócrono:
• Posicione o pêndulo a uma inclinação fixa (menor que 10◦ ) e solte-o a partir do repouso. Em
seguida utilize o cronômetro para medir o intervalo de tempo entre 5 oscilações completas.
Anote na Tabela 3.1 o comprimento do fio L e o tempo t = 5T ;
Utilize comprimentos maiores que 1,0 m, medidos do ponto de suspensão ao centro de massa
do cilíndro.
• Mantendo o mesmo comprimento, repita o item anterior outras quatro vezes e anote as
cinco medições para o tempo e complete a coluna cujo cabeçalho é t;
• Regule o comprimento do fio, e torne a fazer oscilar a massa como nos passos anteriores;
anote novamente o par de dados na Tabela 3.1. Repita todo o procedimento feito até que
se tenha pelo menos oito linhas preenchidas na Tabela acima.
Regime não-isócrono:
• Mantendo a mesma amplitude, repita o passo anterior mais duas vezes; assim as a colunas
t estará preenchida com cinco amostras;
• Repita os passos anteriores alterando apenas a amplitude (10◦ , 15◦ , 20◦ , 25◦ );
Pêndulo físico:
Para cada objeto com geometria diferente fixe o furo do mesmo no suporte.
• Posicione o objeto a uma inclinação fixa (menor que 10◦ ) e solte-o a partir do repouso. Em
seguida utilize o cronômetro para medir o intervalo de tempo entre 10 oscilações completas.
Anote na Tabela 3.3 a distância s e o tempo t = 10T ;
• Com o mesmo objeto, repita o item anterior outras quatro vezes e complete as três colunas
cujo cabeçalho é t;
• Troque de objeto e torne a fazer oscilar a o mesmo como nos passos anteriores; anote
novamente o tempo na Tabela 3.3. Repita todo o procedimento feito até aqui para cada um
dos objetos disponíveis.
26 Manual de laboratório
Análise de dados
Regime isócrono:
1. Para preencher a tabela a seguir é preciso realizar o tratamento estatístico das medidas de
período (c.f. a equação (3)); para cada linha da Tabela 3.4 determine o período dividindo
por 5 o valor médio das cinco oscilações:
5
1 1 X
T = t̄ = ti .
5 5
i=1
É improvável que δT < 0,01 s, isto é, que a incerteza padrão seja menor que a incerteza do
cronômetro; caso isto ocorra, use a incerteza do cronômetro.
3. Complete as duas últimas colunas da Tabela 3.4, onde consta T 2 e δ(T 2 ) = 2T δT .
(ver o Problema 3)
4. Faça o ajuste linear com a ajuda de um PC – apêndice A – expresso na equação (3.2):
5. Aplique o método dos mínimos quadrados e certifique-se de que você sabe calcular os
coeficientes a, b e R.
6. Apresente a sua estimativa para a magnitude da aceleração da gravidade:
g=( ± ) 103 m/s2 . (c.f. o Problema 4).
Pêndulos simples e físico 27
Regime não-isócrono:
• Complete a Tabela 3.5 seguindo os mesmos passos anteriores com o fim de obter as medidas
de período:
v
5 N
1 X ti − t̄ 2
u
1 1 X 1 u 1
T = t̄ = ti , δT = √ t = √ σt .
5 5
i=1
5 5−1 5
i=1
5 5
• Verifique para quais valores de amplitude o período das oscilação do pêndulo é isócrono.
Pêndulo físico:
1. Para preencher a tabela a seguir é preciso realizar o tratamento estatístico das medidas de
período (c.f. a equação (3)); para cada linha da Tabela 3.3 determine período dividindo por
10 o valor médio das cinco oscilações:
10
1 1 X
τ= t̄ = ti .
10 10
i=1
Tabela 3.6: Medidas dinâmicas para os raios de giração dos pêndulos físicos.
Problemas
1. Discuta em grupo quais erros sistemáticos podem estar presentes: momento angular da
massa em torno de seu eixo de simetria; movimento não planar do pêndulo; forças de arrasto;
etc.
2. Explique por que foi escolhido fazer a medição de cinco oscilações para cada estimativa do
período ao invés de uma única? Dica: Compare o tempo médio de reação (∼ 200 ms) do
experimentador com um típico período do pêndulo (∼ 1 s).
3. Mostre que as incertezas d(T 2 ) devem ser calculadas com a seguinte fórmula:
δ(T 2 ) = 2T δT .
4π 2
δg = δa .
a2
Nesse contexto, num gráfico Log–Log contruído como log T vs. log L é observada uma
relação linear. Mais ainda, a inclinação do gráfico deve ser a = 1/2 e o coeficiente linear
é que fornece o valor da aceleração da gravidade: g = 4π 2 e−b . Como exercício, faça uma
estimativa para g por meio desta regressão linear.
8. Calcule a seguinte expressão para a incerteza do raio de giração (medição dinâmica) aplicando
a propagação de incertezas:
s
δT 2
2 2
δs δg
δk = k + + .
T s g
9. Utilize as medidas dos raios de giração encontrados e da massa de cada objeto para fazer
uma estimativa do momento de inércia I = M k 2 de cada um deles.
4 Oscilador harmônico amortecido e forçado
Objetivos
Introdução
As oscilações livres de qualquer sistema físico real sempre decaem com a passagem do
tempo, ou seja, é inevitável a presença de dissipação da energia mecânica em sistemas oscilantes.
Nessa experiência será investigada a introdução de forças dissipativas no movimento harmônico
simples.
y(cm)
+Y0 +Y0 e−γt/2
yeq
Figura 4.1: Gráfico da posição em função do tempo para o movimento harmônico amortecido do
sistema massa–mola–disco.
d2 y dy p
+γ + ω02 (y − yeq ) = F (t) , onde ω0 = k/mef γ = b/mef . (4.1)
dt2 dt
Destaca-se que a massa efetiva mef depende das massas da carga, da placa e da mola. A posição
vertical y(t) é dada pela solução formal da equação diferencial de segunda ordem (não-homogênea)
30 Manual de laboratório
escrita acima acrescida da posição de equilíbrio. No regime de amortecimento subcrítico (γ/2 < ω0 )
as soluções são: Nussensveig [2002]
r
−γt/2 γ2
y(t) = yeq + Y0 e cos(ωt + ϕ) , onde ω = ω02 − . (4.2)
4
As constantes Y0 e ϕ são usadas para o ajuste das condições iniciais.
Observe que as envoltórias (linhas tracejadas na Figura 4.1) são dadas pelas funções
Y (t) = ±Y0 e−γt/2 . Com a finalidade de realizar um ajuste linear pode-se tomar o logarítmo do
valor absoluto da envoltória (A(t) = |Y (t)|):
γ
ln A(t) = − t + ln A0 ↔ ln A(t) = at + b . (4.3)
2
Num gráfico ln A(t) vs. t espera-se observar uma reta de inclinação negativa. Nesse ajuste o
coeficiente angular está relacionado com a taxa de dissipação: γ = −2a, enquanto que o coeficiente
linear fornece o logarítmo da amplitude inicial do oscilador, b = ln A0 .
Procedimento experimental
Material utilizado:
Torre de suspensão; mola helicoidal e placa acrílica com engate; sensor de posição (ultrassom),
cabos serial e USB; Interface analógica/digital, PC e aplicativo; Bobina, cabos e gerador de sinal
(elétrico) harmônico. (Para saber os pormenores consulte o manual Ramos [b].)
Antes de começar o experimento ligue o PC na bancada do laboratório e faça o login na
conta de aluno.
torre
Montagem: y
Inicie o aplicativo CidepeLab 4 no PC, e configure o sensor de posição (leia o apêndice B).
Abra uma janela no menu Ferramentas » Osciloscópio. É necessário ajustar a escala clicando no
botão propriedades – “ícone prancheta”. Entre com os seguintes parâmetros: Tempo total: 20 s;
amostragem: 1 ms; Escala do sensor: entre 0,4 m e 0,6 m.
Oscilador harmônico amortecido e forçado 31
Coloque o sistema para oscilar na direção vertical (a amplitude de oscilação não precisa ser
muito grande!). Inicie e finalize a obtenção dos dados no osciloscópio usando os botões play e
stop, respectivamente.
Salve os dados e abra uma janela de gráfico no menu Ferramentas » Gráfico. Clique para
selecionar os dados que se encontram no painel configuração » Curvas, e arraste o mesmo até a
janela de gráfico. Observe se é possível reconhecer as oscilações amortecidas (se necessário ajuste
as escalas clicando em propriedades – “ícone prancheta”).
1. Com a finalidade de medir o período das oscilações do sistema massa–mola ligue o sonar e
monitore o movimento oscilatório conforme feito anteriormente.
2. Na janela Gráfico clique no botão mostrar coordenadas – “ícone linhas azuis”. Utilize o cursor
do mouse para localizar o primeiro máximo (ou mínimo), e anote a coordenada horizontal
(tempo t) que aparece logo abaixo do gráfico. Anote também a cordenada horizontal t0 do
último máximo (ou mínimo). Conte o número N de oscilações entre os máximos (mínimos)
anotados.
3. Calcule a sua estimativa para o período, T = (t0 − t)/N . Anote o período encontrado:
T =( ± )s
4. Estime a incerteza de sua medição do período do sistema massa–mola–disco com base na
resolução do cursor na janela gráfica, i.e., verifique a diferença entre coordenadas para o
menor movimento horizontal que pode ser executado.
Utilize um dos gráficos anteriores da posição vertical do sistema medida por meio do sonar.
5. Na janela Gráfico clique no botão ajuste vertical. Eleve ou abaixe o gráfico das oscilações
com o fim de centralizá-la em torno da origem y = 0.
6. Também na janela Gráfico clique no botão mostrar coordenadas – “ícone linhas azuis”. Utilize
o cursor do mouse para localizar o primeiro máximo (ou mínimo), e anote as coordenadas
horizontal e vertical, t1 e y(t1 ) = Y (t1 ), que aparecem logo abaixo do gráfico.
7. Preencha na Tabela 4.1, colocando o tempo t e valor absoluto da posição medida An =
A(tn ) = |Y (tn )|.
período: T =( ± )s
8. Repita a leitura para cada máximo (mínimo) que aparece no gráfico; complete a tabela até
que se tenha pelo menos uma dezena de pares (tn ,An ).
9. Utilize suas estimativas anteriores para o tempo e a posição.
32 Manual de laboratório
10. Quando o gerador de sinais é ligado será exercida uma força variável no tempo F (t) =
A cos(2πν) sobre o sistema (por meio da interação magnética entre o campo da bobina e o
ímã no disco). Para colocar o oscilador em ressonância ligue o gerador de sinais (G).
11. Configure a forma da onda para um sinal harmônico: botão wave » 1 ; e a banda de
frequência: botão range » 1. Certifique-se de que o potencial V nos terminais da bobina é
máximo (quase 10 V). Aperte a tecla run e comece a observar o oscilador...
12. Ajuste a frequência ν, varrendo algumas frequências em torno de 1 Hz. Torne a colocar o
sistema em repouso e o solte, observando se o sistema sai da posição de equilíbrio. Verifique
que a amplitude dessas oscilações aumenta quando ν se aproxima (ou se afasta) da fequência
de ressonância.
13. Tente encontrar o valor aproximado onde a amplitude de oscilação é máxima! Anote essa
frequência, νres = ( ± ) Hz.
14. Ligue novamente o sonar e observe no PC a posição do sistema: (i) o sistema sai da antiga
posição de equilíbrio e a amplitde cresce linearmente com o tempo (regime transiente); (ii) na
presença de arrasto, o sistema atinge um regime estacionário; (iii) próximo da ressonância,
ν = νres + ∆ν, observa-se o fenômeno de batimentos; (iv) havendo ressonância, ν ≈ νres , é
observada a oscilação do sistema em fase com a força externa F (t). Proceda como anterior-
mente (passo 2) e anote o período do sistema na ressonância: Tres = ( ± ) Hz.
Análise de dados
3. Faça o ajuste linear expresso na equação (4.3) (c.f. as equações (9) e (13)):
10. Compare os valores νres e fres = 1/Tres obtidos na (ou bem próximo da) ressonância.
11. Compare a frequência da força externa νres na (ou bem próximo da) ressonância com a
frequência natural f0 = ω0 /2π do sistema. Esses dois valores são compatíveis?
Problemas
1. Verifique que função de posição y(t) = e−γt/2 [ c1 cos(ωt)+c2 sen(ωt) ] é a solução da equação
(4.1), onde c1 e c2 são constantes arbitrárias. Nussensveig [2002]
2. Repita a medição do período realizando a obtenção dos dados cinco vezes. Faça o tratamento
estatístico (valor médio, desvio padrão e erro padrão do valor médio) desse conjunto de
medidas e confronte com sua estimativa para a incerteza do período.
3. Mostre que a incerteza da frequência de oscilação ω deve ser calculada com a expressão:
2π
δω = dT
T2
Objetivos
Introdução
Diversos fenômenos da natureza podem ser explicados por meio da teoria ondulatória,
seja na propagação de matéria (cordas, molas e água), de gradientes de pressão (som), e de
campo eletromagnético (rádio, luz, raios X e gamma). Em cada caso é possível mostrar que tais
propagações (quando unidimensionais e com pequenas amplitudes) obedecem a equação de ondas:
Nussensveig [2002]
s
∂2y 1 ∂2y T
− = 0, v= . (5.1)
∂x2 v 2 ∂t2 µ
No caso específico de uma onda transversal numa corda, em que os desvios em relação a posição
de equilíbrio y = 0 são (pequenos e) perpendiculares a direção de propagação, a velocidade v da
onda fica completamente determinada pela magnitude da força de tensão T a que está submetida
a corda e pela densidade linear de massa µ (ou seja, depende do meio de propagação).
λ1 = 2L
λ2 = L
λ3 = 32 L
As possíveis soluções da equação (6.1) são desvios transversais em y que progridem (sentido
+x) ou regridem (sentido −x). Se pulsos são gerados continuamente em uma das extremidades da
corda, estes atingem a outra extremidade fixa (y(L, t) = 0) e retornam com uma adição de fase π
(podendo ocorrer interferência construtiva ou destrutiva). Dependendo da frequência de pulsos
enviados pode-se estabelecer uma situação de ressonância, em que deixam de ser observadas
ondas progressivas e surgem os modos normais de vibração da corda – Figura 5.1.
Uma maneira heurística de determinar a forma de um modo normal n numa corda é reco-
nhecer que o comprimento L deve acomodar exatamente um número inteiro de meio comprimento
Vibrações numa corda 35
de onda λn . A partir dessa constatação as ondas estacionárias são tais que L = nλn /2 (sendo
n = 1, 2, . . . o número de ventres/antinodos e n + 1 o número de nodos). As frequências para
essas ondas transversais estacionárias são:
2L v
λn = ↔ fn = n, ↔ f = an + b . (5.2)
n 2L
É possível notar que o coeficiente angular de um ajuste linear entre as medições (n, fn ) tem que
ser igual a velocidade de propagação da onda na corda: v = 2aL.
Por fim, após a coleta de pares (Tk , v√
k ) variando a tensão, pode-se confrontar essa medida
−1
com a relação v = Z T , onde Z = T /v = T µ é a impedância da corda. Veja que a impedância
quantifica a relação de linearidade existente entre a velocidade de propagação de uma onda na
corda e a tensão aplicada: v = cT + d. Essa quantidade Z desempenha um importante papel na
transmissão e reflexão de ondas entre cordas com impedâncias diferentes (c.f. Nussensveig [2002],
cap. 5, Problemas 11 e 12).
Procedimento experimental
Material utilizado:
Montagem:
Coleta de dados:
modo frequência
n f (Hz) δf (Hz)
1
2
..
.
tensão: Tk = ( ± )N
comprimento: L = ( ± ) 10−1 m
• Coloque outra massa no gancho e repita os passos anteriores; organize seus dados como na
Tabela 5.1. Tenha o cuidado de não alterar o comprimento da corda. Termine a coleta de
dados quando houver pelo menos quatro tabelas completas.
Análise de dados
1. Verifique se os seus dados coletados na Tabela 5.1 (e todas as outras) possuem correlação
linear (equação 6.1). Em caso negativo, realize novamente o procedimento experimental.
2. Para cada tensão aplicada na corda: faça o gráfico de f vs. n utilizando um aplicativo de
dados científicos (ver o apêndice A), e realize o ajuste numericamente.
3. Para cada tensão aplicada na corda: aplique o MMQ (equações (9) e (13)) para fazer o
ajuste linear dado pela expressão (5.2):
Vibrações numa corda 37
tensão velocidade
T (N) δT (N) v (m/s) δv (m/s)
Problemas
δc
Z = c−1 , δZ = .
c2
Verifique se algumas das incertezas pode ser desprezada. Justifique a sua resposta.
38 Manual de laboratório
tensão velocidade
T (N) δT (N) v 2 (m/s)2 δv 2 (m/s)2
Objetivos
Introdução
Uma onda acústica é caracterizada pelo deslocamento longitudinal u(x, t) das partículas
que constituem o meio de propagação, sendo que os desvios espaço-temporais estão relacionados
(no caso unidimensional) pela equação de ondas: Nussensveig [2002]
s
∂2u 1 ∂2u
∂P
− = 0, v= . (6.1)
∂x2 v 2 ∂t2 ∂ρ eq
A velocidade da onda depende das características do meio, sendo (∂P/∂ρ)eq a taxa de variação
da pressão do fluido com a densidade do mesmo quando em equilíbrio. Ou seja, a velocidade do
som depende da pressão e da temperatura do meio.
λ = 23 LA λ = 45 LF
λ = LA λ = 43 LF
λ = 2LA λ = 4LF
LA LF
Figura 6.1: Ressonâncias no tubo de Kundt; o desenho traçado corresponde a pressão ao longo
do tubo e não a onda sonora em si, que é longitudinal.
Procedimento experimental
Material utilizado:
Montagem:
tubo
O gerador de ondas harmônicas digital possui
uma chave para ligar (e desligar) o aparelho e ou-
tras duas para ligar os autofalantes. São três as
suporte
funções disponíveis, cada uma varrendo uma banda
de frequências pré-definida. A incerteza da medida
da frequência (informada pelo fabricante) é de 5% do
valor da medição. Há um regulador de intensidade
para cada auto-falante.
Espalhe uma pequena quantidade de pó de cortiça
no interior do tubo. Verifique a distância entre o auto- auto-falante
falante e a extremidade do tubo, que deve ser pouco
menor que 5 cm. Conecte os cabos do auto-falante
no gerador.
Ligue a chave geral e faça alguns testes variando
a amplitude e a frequência, observando as partículas
gerador
dentro do tubo aberto.
Coloque o sensor acústico no interior do tubo (com bastante cuidado), e em seguida conecte
o cabo de áudio na entrada de microfone no PC. Inicie o aplicativo Acústica 3.0, e configure a
banda de frequência, janela de tempo, etc... (veja como no Apêndice B). Procure as frequências
Tubo de Kundt 41
de ressonância usando o sensor posto que esse permite uma varredura mais precisa. A intensidade
pode ser ajustada para um nível baixo (afinal, ninguém quer sair do laboratório com zumbido
nos ouvidos!)
Ouça a intensidade aumentando (e veja na tela do microcomputador a intensidade) quando
a frequência se aproxima da frequência ressonante, e diminuindo quando se afasta. Aqui deve-se
ter paciência fazendo um “ajuste fino” no potênciômetro para determinar cada frequência de
ressonância no tubo (esteja este aberto ou fechado).
Coleta de dados:
modo frequência
n f (Hz) δf (Hz)
1
..
.
comprimento: LA = ( ± ) 10−1 m
diâmetro: 2R = ( ± )m
temperatura: θ=( ± ) ◦C
• Para continuar a preencher a tabela abaixo, siga os passos anteriores procurando (com o
sensor acústico e intensidade baixa) pelos harmônico n = 2, 3, 4. Observe o movimento
longitudinal das partículas, o que é característico de ondas sonoras.
• Verifique a distância entre o auto-falante e a extremidade do tubo, que deve ser pouco
menor que 5 cm. Ajuste o gerador de funções para gerar ondas com frequência próxima de
80 Hz (Função F1), e regule a intensidade em torno da metade.
• Ligue o auto-falante e procure a frequência fundamental (n = 1), varrendo a banda 180 Hz –
200 Hz. Use o sensor para encontra o modo funddamental. Desligue o gerador de funções e
anote os dados na Tabela 6.1
• Siga os passos anteriores procurando pelos harmônico n = 3, 5, 7, . . ..
modo frequência
n f (Hz) δf (Hz)
1
2
..
.
comprimento: LF = ( ± ) 10−1 m
diâmetro: 2R = ( ± ) 10−1 m
temperatura: θ=( ± ) ◦C
Análise de dados
1. Verifique se os seus dados coletados nas Tabelas 6.1 e 6.2 possuem correlação linear (equação
10). Em caso negativo, realize novamente o procedimento experimental.
2. Verifique se os seus dados coletados na Tabela 6.1 possuem correlação linear (equação 10).
Em caso negativo, realize novamente o procedimento experimental.
3. Aplique o MMQ (equações (9) e (13)) para fazer o ajuste linear de os dados contidos na
Tabela 6.1:
(a) Determine o coeficiente angular: a = ( ± ) Hz.
(b) Encontre o coeficiente linear: b = ( ± ) Hz.
(c) Faça o gráfico de f vs. n utilizando uma folha de papel milimetrado, traçando a reta
ajustada pelo MMQ.
4. Faça o gráfico de f vs. n e o ajuste linear utilizando um aplicativo de dados científicos
num microcomputador (ver o apêndice A). Confronte o seu ajuste linear com o calculado
numericamente pelo aplicativo.
Tubo de Kundt 43
5. Apresente a sua estimativa para a velocidade do som com sua respectiva incerteza:
vA = ( ± ) 102 m/s. (c.f. a equação (6.2) e o Problema 2).
6. Aplique novamente o MMQ (equações (9) e (13)) para fazer o ajuste linear – Tabela 6.2:
(a) Determine o coeficiente angular: c = ( ± ) Hz.
(b) Calcule o coeficiente linear: d = ( ± ) Hz.
(c) Faça o gráfico de f vs. 2n − 1 utilizando um aplicativo de dados científicos.
(d) Apresente a sua segunda estimativa para a velocidade do som:
vF = ( ± ) 102 m/s. (c.f. a equação (6.2) e o Problema 2).
7. Confronte o seu resultado com ajuste feito numericamente num microcomputador.
8. Verifique se as suas duas estimativas vA e vF são compatíveis entre si comparando os
intervalos prováveis encontrados.
Problemas
Objetivos
Introdução
A absorção de calor por uma substância pode ocorrer de duas maneiras: mantida a pressão
ou mantido o volume constante. Nos dois casos, a quantidade infinitesimal de calor absorvido
dQ
¯ p é proporcional a uma variação infinitesimal de temperatura, dθ:
Z θf
dQ
¯ p = Cp dθ ↔ ∆Qp = dθ Cp (θ) , (7.1)
θi
Note que a capacidade térmica total do recipiente com água é dada pela soma da capacidade
térmica do calorímetro C com a da água mca . Admita que são conhecidos os valores de C e
ca . Então, a partir das medidas diretas m, θi e θf é que se determina o calor específico cx da
amostra:
(C + mca ) (θi − θf )
cx = . (7.3)
mx (θf − θx )
Veja que são necessárias cinco medidas diretas e outras duas indiretas: C e ca .
Calorimetria 45
Procedimento experimental
Material utilizado:
Para calibrar o calorímetro coloque uma porção m de água (cerca de 100 ml) a temperatura
ambiente dentro do mesmo. A amostra que será usada nessa etapa é também outra porção m0 de
água inicialmente em contato com o gelo (θ0 ≈ 0 ◦C). Com isso, pode-se encontrar a capacidade
térmica:
0 0 (θf − θ0 )
(C + mca )(θf − θi ) + m ca (θf − θ0 ) = 0 ↔ C= m − m ca . (7.4)
(θi − θf )
Análise de dados
Problemas
1. Se a balança não estiver calibrada, haverá ou não erro sistemático em suas medidas de C e
cx ? Justifique.
2. Discuta em grupo os erros sistemáticos que podem surgir na realização dessa experiência.
(Comente sobre a ligeira variação de temperatura da amostra ao ser retirada do gelo e
colocada no calorímetro Vuolo and Furukawa [1995].)
3. Justifique porque as incertezas das massas são calculadas pelas fórmulas:
q q
2 2 0
δm = δM1 + δM0 , δm = δM22 + δM12 .
δC ≈ m0 ca δr .
(C + mca ) (θi − θf )
cx = s, s= ,
mx (θf − θx )
Objetivos
Introdução
Os gases existentes na natureza, que são os gases reais, têm um comportamento termodinâ-
mico bastante complicado. Isto se deve ao fato de existirem forças de interação entre as moléculas
de um gás que são difíceis de descrever.
Em particular, os gases reais têm um comportamento termodinâmico bastante simples
quando estão a uma temperatura bem acima da temperatura de condensação e a uma baixa
pressão. Quando um gás está submetido a essas duas condições, as forças entre as moléculas do
gás podem ser consideradas muito pequenas. Ao considerar o limite ideal, quando não existem
forças entre as moléculas, surge o conceito de gás ideal. O comportamento dos gases ideais,
também conhecidos como gases perfeitos, é uma aproximação do comportamento dos gases reais.
Em processos termodinâmicos isotérmicos, onde não ocorre variação da temperatura do
sistema (∆T = 0), o produto da pressão p pelo volume V de um gás ideal permanece inalterado,
pV = constante . (8.1)
Em especial, quando o processo leva o estado de equilíbrio do sistema (p0 , V0 ) em um outro estado
de equilíbrio (p0 + ∆p, V0 − ∆V ), conclui-se que
p0 V0 = pV = p(V0 − ∆V ) . (8.2)
Assim, verifica-se que há uma relação linear entre a variação de volume do gás ∆V e o inverso da
pressão p−1 ,
∆V = −(p0 V0 ) p−1 + V0 ↔ ∆V = a p−1 + b . (8.3)
sendo coeficiente linear numericamente igual ao volume inicial b = V0 ocupado pelo gás, e o
coeficiente angular igual ao produto a = −p0 V0 , de onde pode-se determinar a pressão (total)
inicial do gás confinado.
Procedimento experimental
O equipamento utilizado nesta experiência consiste num manômetro, uma seringa graduada
com êmbolo móvel, e mangueiras que conectam um ao outro. É possível variar o volume ocupado
pelo gás confinado girando o parafuso que pressiona o êmbolo da seringa.
Lei de Boyle 49
Note que não se conhece, de início, o volume de gás contido nas mangueiras, tampouco
no interior do manômetro. Portanto, mede-se a variação de volume do ar ∆V com o auxílio da
graduação existente na parede da seringa a partir da subtração de um valor de referência Vref , e
da leitura da graduação V ,
∆V = Vref − V . (8.4)
• Abra a válvula de admissão, e desça o êmbolo da seringa até o nível mais baixo
• Feche a válvula, e eleve o êmbolo até que a marcação da seringa atinja pouco mais de 15 ml
(valor de referência).
• Anote a temperatura ambiente em ◦C usando um termômetro de àlcool. Converta sua
medição para a unidade do SI, K (confira o Problema 3). Apresente a medida da maneira
usual: T = ( ± )K
• Gire o parafuso de suporte do êmbolo para comprimir o gás confinado na seringa, e anote
os dados na Tabela 8.1.
Análise de dados
volume: V0 = ( ± ) 10−6 m3
pressão: p0 = ( ± ) 105 Pa
• Apresente os resultados da regressão linear com suas respectivas incertezas: o volume inicial
V0 = b (manômetro + seringa + mangueiras), e a pressão do gás inicial no interior do
equipamento p0 = −a/b (c.f. o Problema 6). Apresente cada estimativa na forma padrão,
p0 = ( ± ) 105 Pa e V0 = ( ± ) 10−5 m3 .
• Faça uma estimativa para o número de mols de ar contido no equipamento,
p0 V0
n= ,
RT
sendo R = 8,31 J/(mol·K) a constante universal dos gases, e apresente o resultado na forma
padrão, n = ( ± ) mol (c.f. o Problema 7).
Através do tratamento dos dados obtidos nessa experiência consegue-se calibrar o equipa-
mento, uma vez que é possível determinar o volume inicial ocupado pelo gás.
Problemas
4. Mostre que as incertezas contidas na Tabela 8.2 devem ser calculadas usando as seguintes
equações:
δp
δ(p−1 ) = 2 , (8.5)
p
q
δ(∆V ) = δVref 2 + (δV )2 . (8.6)
Lei de Boyle 51
δV0 = δb , (8.7)
s
δa 2
2
δb
δp0 = p0 + . (8.8)
a b
7. Mostre que a incerteza do número de mols deve ser calculada por meio da seguinte fórmula:
s
δp0 2 δV0 2
2
δT
δn = n + + .
p0 V0 T
Interface gráfica:
Assim que o aplicativo é inicializado aparece uma tabela onde é possível digitar os seus
dados (Figura A.1). São duas colunas 1[X] e 2[Y], cujos nomes você pode editar (e incluir as
unidades das medidas) selecionando a aba Descrição ao lado das colunas.
Gráfico de dispersão:
Após preencher as duas colunas com os pares de dados (xi , yi ) medidos no laboratório, é
conveniente salvar o seu projeto: pressione o ícone salvar ou abra o menu Arquivo > Salvar (File
> Save). Escolha uma pasta e dê um nome ao seu projeto; o arquivo é salvo com a extensão
.sciprj, e pode ser aberto em uma outra sessão.
Dê um clique no título da segunda coluna 2[Y] de dados para que a mesma seja selecionada
– Figura A.2. Em seguida deve-se ir ao menu Gráfico > Dispersão (Em inglês: Plot > Scatter )
para que o gráfico com os seus dados seja gerado. Veja na Figura A.2 que uma outra janela é
aberta com o seu gráfico. Clique num dos eixos para editar o rótulo e a unidade; adicione também
um título ao seu gráfico.
Ajuste linear:
Para que o aplicativo calcule os parâmetros do ajuste linear, selecione o gráfico e escolha o
menu Análise > Quick Fit > Regressão linear (Em inglês: Analysis > Quick Fit > Fit Linear ).
Uma nova janela é aberta ("Registro de resultados"), onde é possível ver o ajuste automático
feito por meio do método dos mínimos quadrados (Figura A.3).
O conteúdo da janela de registro é o seguinte:
Os parâmetros que devem ser copiados são o coeficiente linear, b = −0, 5 ± 0, 3, e angular
a = 1, 020 ± 0, 004, e o coeficiente de correlação linear R2 = 0, 999807. Conforme pode ser
observado na Figura A.3, a regressão linear fornece os mesmos resultados encontrados no exemplo
da seção anterior.
Observe que a reta que melhor se ajusta aos dados experimentais é traçada automaticamente
na janela "Gráfico1". Com isso você pode salvar o gráfico num arquivo em separado de extensão
.pdf. Para isso basta clicar no ícone PDF (no lado direito do ícone imprimir).
Para realizar o MMQ ponderado pelas incertezas usando o SciDaVis: (i) clique com o botão
direito do “mouse” sobre a coluna que contém as incertezas e escolha a opção Set Column(s) As »
y Error ; (ii) selecione as colunas V (ml) [Y] e dV (ml) [yEr] simultaneamente e siga os passos
anteriores para fazer o gráfico de dispersão e o ajuste linear. O resultado gerado é o seguinte:
O dispositivo usado para determinação de distâncias baseado nos fenômenos físicos que
envolvem a propagação de ondas sonoras é chamado de sonar (cuja origem da palavra é derivada
do inglês: “Sound Navigation and Ranging”).
O equipamento consiste basicamente de dois componentes principais: um trandutor e um
módulo de alcance. O primeiro pode operar tanto como emissor de um pulso de ultrassom
(autofalante) quanto como receptor do mesmo (microfone). O módulo de alcance é um circuito
pequeno que produz os sinais no transdutor, e que também processa os sinais recebidos por este
com o fim de torná-los sinais digitais (apropriados para o encaminhamento ao microcomputador).
Um trem de pulso elétrico é convertido pelo trandutor em um pulso de ultrasom; assim que
o pulso é emitido o circuito de transmissão é desligado e o de recepção é ligado para monitorar a
capacitância do transdutor. Simultaneamente ao despertar do receptor é acionado um relógio
para contar o tempo transcorrido entre a emissão e a recepção do trem de pulso.
Ao atingir o alvo o trem de pulso ultrasônico perde parte de sua energia (que é abosorvida
pelo alvo) e retorna atenuado ao transdutor. O receptor detecta uma alteração na capacitância
do transdutor e o módulo de alcance envia um sinal digital ao computador informando que foi
recebido um eco do pulso enviado. Havendo notificação de retorno do pulso o relógio contador
para de funcionar, e registra o intervalo de tempo ∆t de duração entre a ida e a volta do pulso.
Para determinar a distância d entre o sensor e o alvo é suficiente conhecer ∆t e a velocidade
de propagação do som vsom porquanto a distância da viagem é dada por d = vsom ∆t/2. O
valor utilizado para essa velocidade no ar a 1 atm varia em função da temperatura, vsom (θ) =
331, 0 + 0, 6 θ (em m/s para θ em ◦C), tendo tipicamente um valor de vsom (22 ◦C) = 344 m/s no
laboratório. Ou seja, tal pulso percorre cerca de 1 m a cada 3 ms.
Como o sensor é incapaz de medir a posição de um objeto situado a uma distância menor
do que 40 cm, pode-se estimar um intervalo de tempo 2,4 ms que é justamente o tempo que leva
para a placa do transutor parar de oscilar e em segida dar início ao ciclo de recepção. Alguns
ajustes eletrônicos permitem diminuir essa distância, mas vamos trabalhar com essa margem de
distância.
Durante a aquisição de dados podem ocorrer problemas como no caso de um outro objeto
estar também refletindo o ultrassom, ou haver reflexões múltiplas dos pulsos emitidos. Para
evitar esses problemas siga os passos para configurar corretamente o dispositivo.
Após a obtenção dos dados não se esqueça de gravar os dados clicando no botão Gravar
(ícone disquete).
Sensor acústico
1. Controles: Botões Play e Stop que iniciam e encerram a coleta de dados por meio do sensor;
2. Onda sonora: É nessa janela que aparece a onda capturada dentro do tubo na posição onde
foi colocado o sensor. Caso não seja observada nenhuma onda procure por um ventre da
onda reposicionando a haste em que o sensor está acoplado;
3. Análise em frequência: Aqui aparece a transformada de Fourier da onda capturada, ou o
espectro de frequências da onda, que mostra um pico no valor da frequência da onda (se
houver apenas uma onda harmônica produzida por apenas um auto-falante);
4. Intensidade: Mostra a intensidade da onda em decibéis, sendo útil quando na busca pelas
frequências de ressonância do tubo de Kundt porque é possível ver claramente a intensidade
aumentar (diminuir) ao se aproximar (afastar) da frequência de ressonância;
58 Manual de laboratório
5. Ajustes: É bem provável que tenham que ser feitos alguns ajustes conforme se procura
pelas ressonâncias:
(a) Ajuste a intensidade mostrada nas outras janelas sempre que houver saturação, regu-
lando a escala Amplitude %;
(b) Escolha a janela temporal adequada na lista Tempo máximo (ms) com o fim de observar
algumas pocas oscilações temporais da onda na posição onde foi colocado o sensor;
Bibliografia
D. MacIsaac and A. Hamalainen. Physics and technical characteristics of ultrasonic sonar systems.
The Physics Teacher, 40(1):39–46, 2002.
H. M. Nussensveig. Curso de Física Básica, vol. 2 – Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor. Edgard
Blucher, 4 edition, 2002.