Guia Dos Relacionamentos PDF
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RELACIONAMENTOS
PESSOAL E
PROFISSIONAL
DUAS DAS PERGUNTAS MAIS comumente feitas a respeito do Eneagrama são: “Quais os
tipos com que melhor posso me relacionar”? E “Como se pode mobilizar a equipe de trabalho
para que obtenha os melhores resultados?”
Nos relacionamentos íntimos, a pergunta “ qual é meu melhor partido”? é ainda afetada
pelo fato de que os nossos sentimentos em relação à ideia de tipo psicológico foram
fortemente influenciados pelo pequeno número de pessoas significativas que nos criaram, que
gostaram de nós ou não. Generalizamos os nossos sentimentos em relação a um único
exemplar de determinado tipo de modo a abarcar todas as pessoas que partilham dessa
mesma visão de mundo. Descobrimos ter ou predisposição ou indisposição para com
determinado tipo porque estivemos expostos a alguém que encarnou ou as melhores ou as
piores características desse mesmo tipo.
Na tradição oral do Eneagrama, utilizamos painéis de pessoas que falam como são os
representantes de cada um dos tipos. É comum que cada painel de um determinado tipo
revele preferências totalmente diferentes em relação às outras oito visões de mundo. Por
exemplo, se perguntarmos a um painel de Quatros (os Românticos) “Como vocês se
relacionam com os Oitos (os Patrões)”?, poderemos ouvir como resposta: caso-me com eles,
tenho medo deles, gosto muito deles, eu os odeio, eu os evito, brigo com eles. Esses
Românticos estão todos contando a verdade, mas a verdade está baseada na experiência
pessoal que cada um teve com o lado bom ou ruim do Patrão.
uma equipe de trabalho bem-sucedida nem às forças de atração que dão vitalidade a um
casamento. Revelam, sim, os problemas que, inevitavelmente, surgem durante o curso de
qualquer parceria ou associação que solidificam ou destroem os elos que formamos com
pessoas diferentes de nós mesmos.
Para exercerem uma compreensão empática de pessoas que são diferentes deles, é útil 3
que ambos os parceiros trabalhem simultaneamente o respectivo lado da questão. Um deles
trabalhará na mudança de si mesmo, enquanto o outro trabalhará na aceitação. O Três, por
exemplo, pode desencadear uma transformação de si mesmo quando começa a reduzir o
tamanho da própria agenda. Ao mesmo tempo, o parceiro ou associado do Três aprende a
aceitar o fato de que o Três põe o próprio coração no trabalho.
A Leitura do Guia
Duas jovens mulheres de um mesmo tipo, por exemplo, que tenham sido criadas em
diferentes cenários culturais, com certeza descreverão os mesmos hábitos emocionais e
mentais, mas externarão essas preocupações similares de forma diferente. Uma beldade
sulista, influenciada por uma educação tradicional, poderá externar certa característica do
Quatro de um jeito surpreendentemente distinto do de outra mulher também Quatro, mas
que foi criada na expectativa de ingressar numa estrutura empresarial. Quaisquer
representantes de um mesmo Tipo descreverão, pensamentos, sentimentos, motivações e
estilos de relacionamento semelhantes, mas a forma pela qual personificam essa visão de
mundo pode ser influenciada pela cultura e educação.
demonstramos apenas algumas das questões básicas de todo o espectro que caracteriza o
nosso tipo. Quais dessas questões aparecem no trabalho, e quais delas são acentuadas na vida
doméstica, são também questões inteiramente individuais. A riqueza da diversidade dentro de
um único tipo baseia-se no fato de que não há duas pessoas que externem o mesmo âmbito
de preocupações exatamente da mesma forma.
As descrições neste guia foram extraídas de milhares de relatos dados nos seminários de
tradição oral do Eneagrama, nos quais os tipos conversam uns com os outros. No caso dos
casais, geralmente, é apresentado um painel de representantes de um mesmo tipo sentados
em frente ao conjuge ou às pessoas amadas. As conversas revelam as projeções, os atos falhos
e as transformações típicas que ocorrem entre pessoas que operam a partir de pontos de vista 4
radicalmente distintos. Em vez de causarem necessariamente uma desavença, esses eventos
chaves podem tornar-se a matéria-prima, o composto, a fonte de energia necessária para a
transformação pessoal.
O TIPO UM
Esse casal é capaz de esforçar-se em prol de um estilo de vida perfeito. Uma boa
alimentação, uma boa saúde, o modo correto de educar as crianças. Não raro constroem
famílias dentro de uma estrutura prática, que enfatiza a responsabilidade e o orgulho pelas
conquistas obtidas por merecimento. Projetos fazem a união desse casal, mas, no trabalho em
equipe, a funcionalidade é privilegiada em detrimento do sentimento. As emoções mais ternas
podem ser facilmente entorpecidas pela dureza do trabalho. “Não há tempo para abraços. Um
monte de coisa para fazer. Até logo mais”. O amor é demonstrado tanto pelos esforços quanto
pelos sentimentos.
Um casal de UNS compreende a crítica. Embora possam ser muito severos um com o
outro, cada um deles entende que ser crítico em relação a uma pessoa que você ama é uma
forma de dizer que ela é muito importante para você. Os UNS querem que as pessoas
importantes para eles estejam tão próximas da perfeição quanto possível. É um sinal de
confiança quando o UM se sente suficientemente seguro para ser abertamente crítico, e um
sinal de desconfiança quando o ressentimento cresce em silêncio. Uma briga de um casal de
UNS é uma trama lenta, um confronto curto, mas explosivo, um impasse longo e silencioso e
então uma reaproximação gradual à medida que o perdão acontece.
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competitivos, mas, com o tempo, serão capazes de ver nos “ataques” de comparação um sinal
de insegurança.
“Você vai na frente”! É outro sinal de insegurança. Significa: “Tenho medo de iniciar uma
mudança”. Os parceiros criticam-se reciprocamente por não se tornarem melhores. É uma
situação de impasse. “Você vai na frente” ou “Por que deveria eu fazer se você mesmo não
faz”? Geralmente significa “Tenho medo de cometer um erro”. Curiosamente, a expressão
“Você vai na frente” pode ser um cumprimento camuflado. O sentido é: “Tenho medo de
falhar aos seus olhos, porque não serei digno do seu amor, a não ser que eu seja perfeito”.
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O Um com o Um: dois Perfeccionistas juntos no trabalho
Os UNS muitas vezes buscam-se mutuamente. Dizem que é um alivio encontrar outra
pessoa que se importa com o controle de qualidade. Encontrar um semelhante pode equivaler
a encontrar outro Atlas que também carregue o mundo às costas. Finalmente! Eis outra pessoa
que assume muitas responsabilidades. Os UNS também dizem que é muito “divertido”
comparar notas com pessoas críticas que nem eles. Metade do “divertimento” das reuniões
vem ao final, com a “prestação de contas, quando você tem a chance de meter o malho no que
foi apresentado. O ponto fraco da parceria de Perfeccionistas reside na tendência a criar um
vínculo de superioridade: um clube limitado e exclusivo, que extrai a própria superioridade do
fato de depreciar as outras pessoas. O aspecto positivo da dupla de UNS é a reciprocidade dos
propósitos – trabalho duro, progresso suado e merecido e uma devoção ao profissionalismo. A
habilidade profissional é como um distintivo de caráter para os Perfeccionistas.
O controle de detalhes pode constituir uma área crítica despercebida para a dupla de
UNS. Ambos podem mancomunar-se para exacerbar miudezas e transformá-las em obstáculos.
Um trabalho apenas adequado não basta; ele precisa ser totalmente correto. As decisões são
difíceis porque os dois Perfeccionistas veem todos os pontos pertinentes mas têm dificuldades
em dar impulso a uma solução. Soluções abrangentes são espaçosas demais e podem abrigar
erros, o que torna os UNS muito cautelosos. Os chefes UNS tendem a repetir algo que
funcionou no passado em vez de tentar uma rota experimental. Assessoramento externo
muitas vezes dá resultado: os UNS são sensíveis à opinião de experts. Os UNS sentem
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Os DOIS são atraídos por parceiros estáveis e seguros, que exprimam o amor através de
uma ação responsável. Os Perfeccionistas podem servir de âncora durante a turbulência
emocional e os DOIS vão atrás dessa segurança quando o mundo começa a desmoronar.
Com o tempo, o sentimento de dever e obrigação que governa a vida do UM pode dar
uma sensação de repressão. O cumprimento dos deveres e das obrigações produz, de fato,
uma vida estável, mas também elimina a espontaneidade. Se o romance míngua, o Dador
pergunta-se a si mesmo: “Qual é a minha posição na verdade”?, “Será que eu não venho em
primeiro lugar”?. Como depende da aprovação que recebe, um DOIS ameaçado, luta para
obter um pouco de atenção. O orgulho do DOIS infla de satisfação se o parceiro se importa
bastante com ele a ponto de dar sinais de reação. Na situação mais medíocre do
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relacionamento, O DOIS parecerá instável e o UM, rígido. Os UNS impõem estruturas para
rechaçar o caos e os DOIS lutam contra as regras para se vingar.
Sob pressão, os UNS são capazes de enterrar-se no trabalho para não lidar com os
próprios sentimentos. A falta de contato pode deixar os DOIS muito bravos. Um “bom-dia”
muito duro junto da torrada impecavelmente untada na manteiga, nenhuma chamada ao
telefone durante o dia e muitas horas extras. Para não se sentirem rejeitados, os DOIS
precisam saber que é com trabalho que os UNS suprimem a própria raiva. Os DOIS poderão
fazer algo a respeito se assumirem alguma responsabilidade pela dificuldade, se aceitarem
toda a acusação que for merecida e se concordarem com diretrizes razoáveis de
comportamento. 8
Os UNS, por seu turno, podem ajudar se entenderam a necessidade de atenção do DOIS.
Será que a necessidade de aprovação é realmente frívola ou equivocada? Em vez de julgarem,
Os UNS poderiam lembrar-se de ter um gesto de afeição. Poderiam também tentar aceitar
ajuda em troca. Os UNS geralmente sentem que estão sendo criticados quando algum tipo de
ajuda é oferecido. As pessoas perfeitas não têm necessidades nem carências. “Sou eu quem
devia cuidar de mim mesmo”. Os UNS tendem a ver as ofertas de ajuda ou como pura
magnanimidade ou como atos de manipulação em busca de atenção. A verdade não é
nenhuma das alternativas, mas pode ser um pouco de ambas.
Não é raro que os DOIS tenham sucesso profissional, mas a diferença é que eles
trabalham por amor. O trabalho de um DOIS deve ter a aprovação das pessoas a quem ele ama
e, se isso não acontecer, o DOIS muda de emprego. Essa parceria entre o UM e o DOIS talvez
se compactue para pôr o UM como o responsável e o DOIS como o ajudante ou assessor,
mesmo que isso não seja o mais lógico com base na experiência de cada um. Os UNS precisam
estar com a razão, ao passo que os DOIS carecem de que as pessoas gostem deles, o que faz
com que não se sintam à vontade para desafiar a autoridade dos UNS. Os DOIS podem ser
felizes sendo o poder atrás do trono, a eminência parda. Essa é uma boa combinação, desde
que o UM seja uma pessoa fácil de gostar, uma que os DOIS têm condição de ser meticulosos e
altamente produtivos se tiverem atendidas as próprias necessidades emocionais.
Os gerentes DOIS priorizam a imagem, as aparências e, muitas vezes, uma relação íntima
e fechada com os favoritos no local de trabalho. Os subordinados UNS não se sentirão à
vontade com papeis sociais nem com as avaliações e as possibilidades de promoção que
dependam de favoritismo. Os UNS abrem o próprio caminho na vida com trabalho duro e não
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gostam de ter de lutar por atenção. Querem uma autoridade justa que reconheça os méritos
deles, sem que seja preciso pedir-lhe isso.
Em termos de energia, esse é um casal em que os dois se combinam bem. Ambos são
ativos, ambos dão atenção ao status e a imagem social e ambos encontram a própria
identidade por meio do trabalho. A atividade é o ponto de encontro natural para os dois.
Ambos tendem a gostar de esportes e exercícios físicos, vida familiar, projeto para casa. Como
valorizam a produtividade, cada um se orgulha dos esforços e êxitos do outro, em particular
com relação à área profissional.
Ambos os tipos são muito preocupados com o que pensam as outras pessoas, mas
externam essa preocupação sob formas distintas. Os UNS comparam-se com outras pessoas e
têm plena consciência da diferença entre uma realização autêntica e uma imagem que
desperta apenas atenção e deslumbre. Julgam-se a si próprios pelos padrões mais elevados e
orgulham-se de não se deixar levar por uma pose superficial. Os UNS raramente incham a
própria imagem, ao passo que os TRÊS projetam uma fachada pública cheia de atrativos. A
apresentação pública dos TRÊS pode ser uma fonte de irritação. Os UNS perguntarão: “Isso é
honesto ou um embuste premeditado”?, Os TRÊS querem parecer bons aos olhos das outras
pessoas, enquanto os UNS querem parecer corretos.
Buscar o favor das massas pode parecer falsidade para os UNS e gera o medo de uma
eventual desonestidade em outras áreas do relacionamento. Os UNS são puristas. Querem
honestidade absoluta, o que vai contra a fachada pública ilusiva do TRÊS. Os
Desempenhadores, convictos de que a imagem é uma forma de conquistar amor, talvez
prossigam na busca da fórmula certa de impressionar os parceiros Perfeccionistas.
Os TRÊS recuam quando a imagem é atacada e os UNS perseguem quando estão com
raiva. A raiva é liberadora para os UNS e eles exprimem abertamente o foco da raiva que
sentem, quer os TRÊS queiram, quer não queiram. Se os Desempenhadores recuarem, os
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Perfeccionistas os trarão de volta à mesa de negociações. Se os TRÊS não sabem lidar com a
questão da imagem, os UNS provocarão uma briga em torno de tarefas domésticas. O perigo
para esse casal, é quando o TRÊS é incapaz de empenhar-se numa autorreflexão e quando o
UM se acha em perseguição raivosa. Os TRÊS podem prevenir este perigo vendo a si mesmos
como responsáveis 50% do problema e reconhecendo que um pouco de raiva talvez seja
apropriado.
Os conflitos são mais bem resolvidos quando os UNS permanecem concentrados numa
única área problemática. Uma discussão não precisa tornar-se a centelha para liberar outros
ressentimentos. O TRÊS não gosta de emoções “negativas” e geralmente não reflete sobre si
mesmo, a não ser que possa ver algum sentido nisso tudo. O que importa para o TRÊS é uma 10
situação viável que lhe permita ir em frente. Os TRÊS virão até a mesa para resolver um
problema, mas não gostam que a discussão se estenda, em particular para os pecados do
passado.
Numa briga, os UNS têm uma lembrança total das mágoas e das queixas passadas.
Pensam: “Você fez isso uma vez e poderia fazer de novo. Será que você realmente mudou”?.
Mágoas do passado, contudo, são uma coisa execrável para o TRÊS. “Ok, eu admiti que estava
errado. Paguei minhas dívidas. Agora, por que então você não me perdoa e esquece”? Ajuda,
nesse caso, se os TRÊS souberem lidar com os primeiros sinais da raiva dos UNS, enquanto ela
ainda estiver associada a uma questão específica. Não é interesse dos TRÊS esquivar-se de uma
confrontação argumentando compromissos profissionais. As discussões têm de ser postas na
agenda. Ajuda também quando os UNS são capazes de lembrar que os TRÊS deslizam
facilmente para as imagens e que as fachadas sociais talvez sejam apenas uma forma diferente
de ir ao encontro do mundo e não mentir.
Os TRÊS executam o trabalho, mas os UNS o fazem com correção. É uma questão de
quantidade versus qualidade. Os Desempenhadores produzem em volume e os Perfeccionistas
querem um resultado perfeito. Ambos os tipos podem ser viciados em trabalho, mas os TRÊS
tomam a rota mais eficiente. Estabelecem metas, miram, carregam-se de energia e tomam
todos os atalhos possíveis. Instruções irregulares não atrapalham os TRÊS; eles são capazes de
aprender fazendo. Improvisam. Os detalhes podem esperar até mais tarde. Esse tipo de
instabilidade em questões processuais pode, entretanto, frustrar ou irritar os UNS.
Os UNS detêm-se para planejar, enquanto os TRÊS pisam fundo. A distância entre os
dois aumenta se o chefe TRÊS, orientado para as metas, considera ponto pacífico que o
empregado UM dê seguimento ao projeto. Atentos às metas e pessoalmente identificados
com o sucesso, os TRÊS ficam furiosos quando as tarefas são interrompidas. Os chefes TRÊS
pensam: “Os empregados é que são responsáveis pelos assuntos secundários. Só leva um ou
dois minutos para ordenar e organizar alguma coisa. Eu, ao contrário, estou na linha de frente,
represento o negócio, as pessoas me veem. Todo resto é de importância secundária”.
A resolução do conflito deveria ater-se ao fato de que ambos estão comprometidos com
a excelência do trabalho. Os TRÊS talvez tenham que ser informados sem cerimônia que “Isso
aqui não está funcionando”, o que geralmente os deixa chocados. Ajuda, no caso, se o TRÊS
tiver bastante maturidade para ver que o sucesso depende mais de um trabalho em
cooperação do que de uma atuação individual. Os chefes TRÊS deveriam programar “Dia para
dar informações do empregado” e “Semana para o reconhecimento do empregado”, com um
asterisco ao lado dos nomes dos empregados UNS. Os UNS tem impulso e vão fundo quando
estão identificados com um projeto: entretanto, não cortejam o reconhecimento de que
precisam. Além disso, ajuda se os TRÊS forem capazes de formular as próprias sugestões numa
linguagem típica do TRÊS, mencionando eficiência, rentabilidade e vantagem sobre a
concorrência.
Os chefes UNS podem ser altamente controladores. Querem ter certeza dos detalhes, o
que certamente faz um empregado TRÊS violar as regras. Os TRÊS só veem as metas, mas os
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UNS têm de responsabilizar-se por todos os passos que levam até a meta. Os UNS se
concentram no caráter, no esforço honesto e na justa recompensa. Os TRÊS querem um
sucesso pessoal instantâneo. Os empregados TRÊS estarão trabalhando pela estabilidade, pelo
prestígio e pela imagem. Têm interesse na competição, nos prêmios e nos títulos, o que pode
ir de encontro aos traços mais conservadores dos chefes UNS. Os Perfeccionistas talvez
imponham diretrizes impermeáveis para o êxito profissional, as quais serão ignoradas ou
sabotadas pelo TRÊS. Leva muito tempo contar os centavos e corrigir os arquivos. Pequenos
erros não contam para o TRÊS, mas, para os chefes UNS, são de suma importância. Essa
parceria muitas vezes obtém êxito com o TRÊS posicionado como o elemento de ponta que
lida com acontecimentos no campo de trabalho. Um empregado Desempenhador é capaz de
manejar uma circulação rápida de informações e tomará decisões in loco. O impulso fornecido 12
pelo TRÊS pode ter valor inestimável para o chefe UM, que modificará os planos em
conformidade.
Essa é geralmente uma relação volátil que incorpora o potencial para um profundo
entendimento de si mesmo. O casal compartilha a linha UM-QUATRO do diagrama, o que
significa que cada qual vê uma versão de si próprio no outro. Os Românticos muitas vezes
externam emoções “impróprias” que amedrontam os Perfeccionistas. Os Românticos passam
pela vergonha, pela depressão, pela inveja, pela competição e pelo desespero no caminho
rumo à alegria e à criatividade. Os Perfeccionistas não raro recuam para não ver as próprias
sombras em ação, mas isso não poderá ser evitado nessa relação, uma vez que os Românticos
dramatizam as necessidades emocionais que os UNS reprimem. Graças a esse relacionamento,
o UM terá oportunidade de conhecer uma vida de sentimentos em lugar de uma vida
determinada pelo pensamento dualista, do tipo certo ou errado.
Os Românticos podem ser atraídos pela estabilidade emocional e pelo senso prático dos
Perfeccionistas. Temendo o abandono, os QUATROS podem sabotar os relacionamentos,
desde que percebam a profundidade do próprio envolvimento. A tática do QUATRO é sumir,
rechaçar o parceiro com uma briga ou ficar imobilizado pela depressão. Todo esse tumulto é
visto como um “erro” pelos UNS, que tendem a se defender quando se sentem tratados
injustamente. Estranhamente, os Românticos respeitam as pessoas que não reagem às
tentativas de sabotagem. É a “prova” de que o parceiro quer ficar e que não os abandonará.
Uma pessoa que não é intimidada por essa tática de pegar e largar é confiável. O QUATRO
pode ser dependente de alguém que lide com o aspecto prático do trabalho e da família,
independentemente do estado emocional do QUATRO.
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O prejudicial da relação UM-QUATRO pode ser uma insatisfação comum com a vida. Os
Românticos sofrem porque alguma coisa está faltando e os Perfeccionistas, porque veem as
imperfeições e falhas. O relacionamento pode ser revitalizado quando ambos se concentram
nas boas coisas do presente e quando desfrutam os prazeres do aqui e agora.
A atenção dos chefes UNS para com a estrutura e a organização fará com que os
QUATROS sintam-se seguros. A estrutura contém os sentimentos, e um ambiente bem-
administrado e organizado pode ser atraente. Pode haver dificuldades se os chefes UNS forem
pessoalmente distantes e se relacionarem com a equipe através de regras e convenções
sociais. Os QUATROS rejeitarão essa postura, acusando-a de ser emocionalmente desonesta –
uma forma de tornar as regras mais importantes que as pessoas. Os QUATROS precisam de um
tratamento especial e, se não o recebem, simplesmente preferem rejeitar as regras a sentir-se
envergonhados de estar se submetendo a uma autoridade mesquinha. Os QUATROS têm uma
lado temerário e delinquente, que vêm à tona quando se sentem prisioneiros das coisas
ordinárias. As diretrizes que governam os outros simplesmente não se aplicam a eles. Para
permanecer engajados, os QUATROS carecem do reconhecimento pessoal de uma autoridade
estabelecida, sobretudo se tiverem que competir publicamente. Qualquer genuíno interesse
que se possa ter pela área de projetos na qual atue um empregado QUATRO equivale
praticamente a fazê-lo sentir-se valorizado.
Os QUATROS, quando no ponto de segurança em UM, são capazes de agir com uma
clareza de objetivo que poderia, em outras circunstâncias, ser obscurecida pela emoção. Essa
é a hora em que os esforços criativos podem ser aperfeiçoados e ganhar um sentido prático. O
encontro desses dois elementos em UM pode ser um ponto alto dessa parceria. O chefe UM,
de índole prática, encoraja a produção e poderia, portanto, ajudar uma criação original, típica
do QUATRO, a tornar-se operativa.
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Como chefes, os QUATROS são capazes de administrar o local de trabalho com uma
precisão típica do TRÊS, ou de programar eventos, de modo que girem em torno das próprias
necessidades emocionais. Os chefes QUATROS competitivos muitas vezes parecem TRÊS e
agem como tais, conservando os sentimentos para si mesmos e realizando coisas de alto risco.
Esses QUATROS competitivos podem se deixar cativar por uma manobra extraordinária e
mandar às favas toda a prudência. Os QUATROS mais centrados na emoção tornam-se a peça
central no local de trabalho. Podem ser altamente eficientes, mas as mudanças no humor
afetarão o estilo e o ritmo dos projetos. Um andamento rápido e brilhante no trabalho pode
ser seguido por uma perda do interesse. Uma decisão prioritária pode ser “esnobada” em
função de um drama psicológico do QUATRO. Os membros da equipe podem ter devoção pelo
chefe QUATRO, que se torna parte da vida dos funcionários, mas, com o tempo, os
empregados UNS ficam preocupados e irritados com a supervisão errática do QUATRO. Os
Perfeccionistas querem manter o calendário do escritório em dia, porque o planejamento de
longo prazo reduz o medo do caos. Os chefes QUATROS talvez sejam assim liberados, como
por milagre, dos detalhes da supervisão. Os Românticos são atraídos por empreendimentos
criativos e provavelmente trarão entusiasmo novo para o local de trabalho, desde que possam
ser poupados de assuntos mais rotineiros.
Esse pode ser um casal de semelhantes. Ambos são altamente independentes, gostam
de trabalhar sozinhos e valorizam o controle emocional. A relação pode ser encenada num
contexto mais pragmático do que romântico, enfatizando a subsistência, projetos práticos e
uma vida familiar bem organizada. A tensão pode se formar por falta de informação, quando a
reticência do CINCO afeta o esquema de preocupações do UM. Os Observadores podem ficar
emocionalmente distanciados por dias a fio, enquanto os UNS se contraem, esperando que
algo de ruim aconteça. E, na verdade, os CINCOS podem nem se importar com isso.
os CINCOS não sejam forçados a mostrar sentimentos, são capazes de se posicionar como
conselheiros e orientadores, uma postura que preferem à de ser o centro da vida emocional
de outra pessoa.
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O Um com o Cinco: o Perfeccionista e o Observador trabalhando juntos
As atrações iniciais entre os dois frequentemente envolvem uma ideia em comum que
exige um trabalho intenso para tornar-se realidade. O casal une-se através do esforço e de
ideias a fins. Os SEIS identificam-se com a causa dos injustiçados, o que se combina ao ideal de
perfeição dos UNS. Unidos por uma visão de mundos semelhante e preparados para enfrentar
a adversidade, o casal UM-SEIS não raro se dedica a um sonho.
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Ambos os tipos talvez sejam vistos como pensadores negativos. Os UNS tem uma
preocupação com erros, ao passo que os SEIS estão centrados na dúvida. Mas, precisamente
porque veem as dificuldades antecipadamente, percebem também a beleza do dilema
humano e a criatividade que brota do sofrimento. Entendem a importância de fazer perguntas
difíceis e a coragem de ousar tentar. Ambos os tipos têm uma disposição notável para suportar
com paciência os tempos difíceis. O esforço de suportar uma situação difícil produz níveis
incomuns de confiança mútua. Cada um vê os propósitos elevados do outro e cada um vê o
medo que o outro tem do sucesso.
Tanto o UM quanto o SEIS falam não só de uma profunda afinidade entre eles, mas
também de isolamentos periódicos, devido às projeções que ambos fazem. Ambos sentem 16
culpa se não são capazes de ter um bom desempenho, e ambos hesitam. O UM tem medo de
cometer erros e o SEIS desconfia do sucesso. O clima é ideal para projeções mútuas. “Por que
é que as coisas não andam mais rápido”? “Olhe só como ele vacila”. “ Será que isso é
proposital”? “Por que ela não consegue decidir”? Os parceiros têm medo de discutir. A raiva
assusta o SEIS e o UM acha que a raiva é uma coisa errada.
Sem uma checagem da realidade, ambos os parceiros podem ficar tolhidos pelas
preocupações e pelas incertezas íntimas. Pode-se produzir uma teia complexa de sentimentos
não admitidos. O UM vê o SEIS como defensivo e o SEIS sente-se culpado porque tudo que faz
nunca é suficiente. Provavelmente, o UM assumirá a postura de superior: “Eu estou certo; e a
verdade é que você não é tão bom assim”. Convicto da própria superioridade moral, o UM é
capaz de repelir o SEIS com o desejo de ser “o melhor”. O SEIS pode até estar disposto a
aceitar a pecha de ruim, mas isso também como tática de repelir o outro. Ou seja, o
Patrulheiro espera com isso que o Perfeccionista, repugnado, vá embora, fornecendo-lhe
assim um meio de pôr fim ao relacionamento sem sentir culpa.
Ajuda, no caso, eliminar as projeções logo no início da relação, antes que se percam de
vista as boas intenções do parceiro. Uma boa conversa reduz as projeções. É uma estratégia
simples, mas muito difícil de implementar. De tempos em tempos, cada um verá o outro como
o “causador” do problema. Os SEIS têm medo da própria agressão e os UNS negam a raiva,
porque acham que é errada; em consequência disso, a irritação pode atingir o ponto de
ebulição sem aviso prévio. A solução para esse casal reside no fato de cada um se confessar ao
outro, de modo que as projeções nunca se instaurem.
Os UNS são trabalhadores dedicados, que esperam ascender graças aos próprios
esforços. Os SEIS trazem um quê de criação ao trabalho que fazem e têm uma postura
ambígua em relação à hierarquia. Entre todos os tipos O UM é o mais apegado a regras. Sob o
comando de um chefe UM, os subordinados SEIS, eventualmente, violarão as regras,
encorajando, ao mesmo tempo, os outros a fazer o mesmo. Os SEIS fecham-se em grupos para
se dar apoio uns aos outros. Com os SEIS, é melhor ser uma autoridade benevolente, desde
que sejam capazes de atender aos padrões estabelecidos.
Se quer ter sucesso, o chefe UM deve estar sempre infundindo coragem e confiança nos
empregados SEIS, mesmo quando isso não pareça lógico ou necessário. O UM é econômico em
elogios, porque se concentra nas falhas. Os empregados SEIS, provavelmente, interpretarão a
falta de elogios da pior maneira possível e se sentirão como alvo de ataque ou de crítica. Se o
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gerente está aborrecido com o tráfego engarrafado da manhã, os empregados SEIS registrarão
essa raiva, relacionando-a ao cenário pessimista que já trazem dentro de si. Famintos de
certeza, os Patrulheiros são capazes de criar um caso e, provavelmente, de transmitir o alarme
para os demais. Sentem-se ameaçados e buscam apoio. “Será que se pode acreditar nesse
gerente”? “Como vamos saber isso com certeza”? O conflito não será resolvido se o chefe UM
não arredar pé de soluções do tipo certo-ou-errado. “Reemoldurar” o problema ou propor
uma solução que não cause humilhações a ninguém é fundamental. Por exemplo, dizer: “Essa
foi uma fase de experiências. Aprendemos muito com ela, mas agora podemos passar
adiante”.
Os patrulheiros gerenciam bem em curto prazo, mas muitas vezes vacilam em projetos
de longo prazo. Haverá preocupação com datas-limites, trabalhos de última hora e um estilo
gerencial de começar e parar a todo o momento. São líderes fortes durante a fase de
desbravamento, mas têm dificuldade com a expansão do projeto, mesmo que tenham a
certeza do sucesso. Os chefes SEIS precisam concentrar-se na missão, e isso fará o meticuloso
UM dar apoio. Os UNS gostam de uma boa liderança, e estão dispostos a unir-se para atender
uma data-limite, desde que sejam inspirados por um bom exemplo.
Sessões informais em mesa redonda, de fato, valem a pena. Fazer uma checagem de
alguns minutos, a cada semana, para ver como cada um está se saindo é muito eficaz para
desanuviar a atmosfera. Ambos os tipos sentem-se como alvo se houver hostilidade circulando
no local de trabalho. Os UNS sentem-se preocupados com o que as pessoas estarão pensando
e os SEIS ficam à espera de um ataque. Ambos recuam quando se sentem ameaçados, e ambos
acham que é “negativo” transmitir as preocupações. Reuniões informais servem como simples
checagem da realidade. Os UNS e os SEIS desse mundo estarão sempre surpresos ao descobrir
que o projeto que têm em comum ainda é seguro.
Esse casal compartilha uma linha do Eneagrama, o que significa que cada um vê um
aspecto essencial de si mesmo no outro. Para o SETE, a clareza do UM é atraente. Os SETES
admiram o fato de os UNS serem disciplinados e voltados às questões de princípios e de
acompanharem até o fim as coisas em que acreditam. Os UNS são pessoas práticas que
trabalham por resultados tangíveis e a concentração objetiva que têm é capaz de fixar a mente
de macaco do SETE, sempre envolvida com planejamentos.
Já no caso dos UNS, eles são atraídos pela espontaneidade do Epicurista. Pode ser muito
divertido viver com os SETES. Eles animam o ambiente doméstico de tal forma que uma noite
junto à lareira pode parecer um espetáculo teatral. As férias podem ser transformadas em
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eventos grandiosos. Os UNS saúdam em especial o próprio ponto de segurança no SETE, como
se ele fosse um lugar de felicidade e liberdade; contudo, os Perfeccionistas podem também ver
os Epicuristas como cabeças-de-vento.
Os SETES gostam de trabalhar em rede, gostam de mostrar logo a que vieram. Essa
parceria do UM com o SETE mostra o SETE como inventor, o planejador, como aquele que faz 19
os contatos. O Perfeccionista ocupa-se da estrutura, do acompanhamento e do controle. As
habilidades profissionais de cada um são enfatizadas por diferentes estilos de raciocínio. Os
UNS pensam em termo de certo ou errado e dependem de uma lógica para implementar
algum plano, enquanto os SETES pensam em termos de conceitos inter-relacionados. Os SETES
exigem uma estrutura flexível, capaz de absorver tecnologia e ideias novas. Os Perfeccionistas
não conseguem seguir com facilidade o pensamento multiopcional do SETE, e os Epicuristas
sentem-se limitados por um tratamento lógico e linear.
Os chefes UNS podem impor um raciocínio do tipo certo ou errado ou apontar para
pequenas falhas. Pegos desprevenidos, os SETES se refugiam por trás de uma barricada de
evasivas: “Minha intenção era que ficasse diferente”, “A cronometragem falhou”. As táticas
evasivas são mortais para os UNS que veem nelas mentiras e não um “processo de
pensamento”. Em vez de pressupor que o empregado é perigosamente irresponsável, o UM
poderia tentar adequar-se ao raciocínio não linear do SETE. O UM deveria gerenciar os SETES
com um toque de supervisão apenas leve. Não se concentre em procedimentos, estabeleça
datas-limites razoáveis e avalie apenas os resultados.
Os chefes SETES podem literalmente sair de férias e deixar uma carreira de perguntas
não respondidas. Decisões inesperadas e mudanças súbitas de direção são particularmente
ameaçadoras para os UNS. O chefe pode ter redigido um “memorando claro” ou “ instruções
indiscutíveis” que, na verdade, são esquemáticas ou incompletas. Os UNS pensarão: “Isso é
uma administração falha. Isso é insulto à equipe”. Os UNS com raiva exercem a letra da lei.
Farão exatamente conforme foi indicado em vez de dar assistência ao trôpego chefe. Seria
proveitoso que os Epicuristas reservassem um dia para produzir instruções precisas. Esse dia
poderá parecer interminável e assustador para o SETE à medida que o funcionário UM
exponha os furos nos planos do gerente, no entanto, os UNS são os empregados perfeitos para
dar forma aos detalhes do projeto, liberando o gerente que poderá então tirar férias de
verdade.
Ambos os parceiros são bons em decisões neutras, tais como em quem vai votar numa
eleição ou aonde levar a família de férias. Decisões pessoais, porém, são mais difíceis. O OITO
e o UM são asas do desinteressado NOVE. Os OITOS “despertam” ao irem de encontro às
outras pessoas; os UNS, ao perceberem qual é a coisa certa a fazer. Tanto o OITO quanto o UM
são, portanto, mais orientados para a reação que para a ação. Se começarem a implicar um
com o outro, ficarão polarizados. Nenhum dos dois cederá. 20
POR QUE UNS E OITOS BRIGAM ENTRE SI?
O OITO é o id da parceria; o UM, o superego. Eles podem se unir ou lutar pelo controle.
A raiva pode acentuar-se no ambiente de trabalho, onde faltam os meios íntimos de extravasar
com uma boa briga ou um bom sexo.
Os chefes OITOS comandam através da presença física pura e simples. Isso pode ser
difícil para os UNS que não estejam em contato com a própria agressividade. Quando atingido
por uma raiva direta e franca, o crítico interno do UM endoidece. O patrão está com raiva,
então o patrão é ruim. Os OITOS sentem raiva e deixam escapar o que quer que pensem no
exato momento. Os UNS contêm-se até que estejam com a razão.
Quando o id e o superego concordam entre si, esta é uma parceria unida. Ambos
trabalham obsessivamente, ambos têm interesse em resultados práticos. Os OITOS podem
usar os UNS como guias de comportamento: “Isso é apropriado? Estamos exigindo demais?
Estou exagerando”?. Os OITOS são capazes de retirar a carga de preocupação do UM: “Vamos
lá. Eu me responsabilizo. Vamos arriscar. Vai ser divertido”. 21
É notável como esses dois podem parecer um com o outro. Os UNS e os NOVES têm
tantos traços em comum que são considerados na mesma categoria por alguns sistemas
psicológicos. São ambos tipos de raiva, que reprimem a própria raiva, e ambos são obsessivos,
o que significa que ruminam as decisões durante muito tempo antes de dar um passo. Os
NOVES tendem a ver as decisões a partir de muitos pontos de vista e os UNS preocupam-se
com erro. Nem é preciso dizer que, a não ser que o casal permaneça numa rota estruturada,
terá dificuldade em tomar decisões difíceis. Pode haver uma conspiração para adiar as
dificuldades para mais tarde. É simplesmente mais fácil esperar. Os UNS ficam preocupados
com os detalhes e os NOVES aguardam alguém para dar o início. Esse casal quer levar uma vida
pacífica e confortável. Ambos gostam de segurança do lar e unem-se na rotina familiar. Os
Mediadores geralmente são agradáveis e tolerantes, o que reduz a ansiedade dos UNS quanto
a estar ou não com a razão. Em troca, os NOVES encontram uma estrutura na visão de mundo
“correta” do Perfeccionista.
A diferença entre os dois fica em evidência quando agir é uma exigência. Depois que se
decidiram, os UNS avançam rapidamente, ao passo que os NOVES são capazes de ficar em
cima do muro, mesmo quando estão de acordo. Os UNS podem impulsionar o casal para a
ação. A convicção dos UNS agem como uma ponta de lança que força os NOVES a tomar uma
posição, mas, se os UNS transformam “aquilo que deve ser feito” numa prioridade, os NOVES
ficarão pensando: “ essa é uma ideia de outra pessoa”. Os NOVES na defensiva podem parecer
dispersos e turrões. Os UNS exigem com energia aquilo que “nós deveríamos estar fazendo”,
enquanto que os NOVES ainda estão esperando que apareça uma prioridade. Os NOVES sob
pressão focalizam todo o espectro, e, com isso, decidir fica mais difícil. Nenhuma das opções
existentes parece significativa; todas elas parecem dar no mesmo. Os UNS perseguidores
querem respostas: “Seja claro. O que você quer? Explique-se”. Sob fogo, os NOVES tornam-se
vagos e entorpecidos. Pode haver brigas acirradas sobre ninharias, porque pequenas brigas
extravasam a tensão. Qualquer indício de raiva é, porém, saudável para esse casal; a raiva faz
surgir uma posição. As pessoas sabem exatamente o que não querem quando sentem raiva. A
tática do “Isso não, aquilo também não” elimina opções e coloca o NOVE e o UM mais
próximos de uma decisão final.
Ajuda, no caso, quando os Mediadores são capazes de ver as boas intenções na raiva
típica do UM, e ajuda também quando os Perfeccionistas percebem que a raiva não levará a
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nada. Você não pode forçar um NOVE a engajar-se, mas eles penetrarão espontaneamente nas
necessidades e carências da pessoa que amam.
O TIPO DOIS
Casal de DOIS são coisa rara. Afinal de contas, se você está nesse negócio de dar, é
natural que procure alguém a quem possa ajudar. Com dois Dadores, não há ninguém para
receber, e cada um deles fica embaraçado em ser o centro das atenções. Quando os DOIS
ajudam o parceiro a realizar o potencial que lhe cabe, sentem-se como se eles próprios
também estivessem alcançando o sucesso. Quando alguém que ajudam têm êxito, lhes é
igualmente poupado o risco de perder a boa reputação. Os DOIS participam da fama por de
trás da cena. Foram eles que mexeram os pauzinhos. Foram eles que fizeram acontecer; e
conseguiram isso sem ter de correr o risco de um fracasso público.
Mas uma dupla de DOIS é uma “armação”. Cada um deles está pensando: “Estou sendo
forçado a ir na frente”. É embaraçoso descobrir que você teme a humilhação pública. Ter
exposta a dependência que tem em relação às outras pessoas faz o DOIS sentir raiva. Pode
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surgir uma situação de impasse. Cada qual quer que o outro seja o empreendedor. Cada qual
prefere ajustar-se e dar o suporte. Cada qual está esperando ser motivado e ambos estão
entediados porque não há nada que fazer. Cada qual está impaciente com o outro, porque
nenhum dos dois sabem quem deve ser, sem que as necessidades de alguma outra pessoa
sirvam de catalisador para isso.
Ocorre acesso de raiva à medida que necessidades reprimidas despontam. Pedir ajuda
dá uma sensação de desconforto. Esse casal pode, contudo, unir-se entorno de um
empreendimento em comum. São capazes de administrar um negócio ou de resolver um
problema de família juntos. Sob a forte pressão de encontrar a própria identidade no outro,
ambos dirigem a atenção para outro lugar. 23
Os dois parceiros deixam-se absorver por outras pessoas; se não puderem juntos
erguer-se contra o mundo, ou se não puderem ajudar-se mutuamente, buscarão inspiração
fora de casa.
Precisam redirecionar a atenção para si mesmos, por mais doloroso que isso possa ser.
Precisam honrar as próprias emoções. Ver os próprios potenciais, ainda que os DOIS tenham
de enfrentar um bocado de terror para fazer isso. “Ter necessidades e carências equivale a ser
rejeitado” – é a fórmula que trazem do passado. Cada um deles deve aprender a ficar sozinho
em vez de procurar exteriormente alguém a quem ajudar.
Casais de DOIS devem redefinir a ideia que fazem do relacionamento. Relacionar-se não
significa negar as próprias necessidades. Não significa a renunciar a ser um indivíduo. Não
significa sair de dentro de si mesmo. Servir aos potenciais do parceiro ou cônjuge só é capaz de
construir uma metade do relacionamento; a outra metade consiste no desenvolvimento da
própria pessoa. Uma dupla de DOIS são frequentemente amigos e mais raramente parceiros e
amantes. Como amigos, podem se incentivar reciprocamente a receber.
Ainda que uma dupla de DOIS não apareça frequentemente numa relação íntima, não
raro combinam muito bem no trabalho. Ambos são capazes de servir a uma tarefa como se
esta fosse uma terceira pessoa. As tarefas têm necessidades, as tarefas fornecem identidade e
as tarefas têm combustível emocional. Os parceiros talvez concorram um com o outro em
torno da própria imprescindibilidade, mas a coisa funcionará se cada um tiver uma função
igualmente importante. Essa pode ser uma parceria elegante e produtiva. Duas pessoas que
sabem anunciar e promover, concentradas num esforço em comum.
Os chefes DOIS são bem-apessoados. Querem que as pessoas gostem deles. São
dirigentes agressivos no caso de decisões que beneficiem a todos, mas, se sentirem que são o
ponto focal da hostilidade, podem tornar-se manipuladores e vingativos. A manipulação atinge
a estrutura de poder, significa passar por cima das pessoas. Na posição de chefe, os DOIS são
capazes de seduzir a elite do poder. Como subordinados, os DOIS são capazes de desacreditar
os companheiros de trabalho afim de impressionar a chefia. Um conjunto claro de limites
torna a manipulação desnecessária. Uma estrutura clara permite que os DOIS sejam diretos.
Os que detêm o poder devem estar cientes de que os empregados DOIS querem ganhar
favores. Na posição de chefe, ajudam os favoritos por meio de acordos privados e apoio
disfarçado. No caso, ajuda a tornar as condições de promoção públicas e transparentes, o que
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elimina os métodos inclusos para subir na hierarquia. Os DOIS precisam de muito apoio inicial
para ingressar numa competição pública. Uma vez que tenham tido êxito no próprio
credenciamento, detêm com orgulho a nova posição.
Todos os DOIS são sensíveis a críticas. Você não pode ser indispensável se comete erros.
Quando o orgulho é ferido, os DOIS procuram defender-se. Esquivam-se do problema: “Não foi
minha culpa”. Encoraje os DOIS com respeito ao futuro. “Temos um problema, mas podemos
administrá-lo. Nossa relação não corre riscos”. É útil distinguir um valor pessoal de um Dador
dos méritos profissionais que ele possa ter. Os Dadores querem ser respeitados antes como
pessoas do que como realizadores.
Os empregados DOIS podem sentir-se tão importantes quanto o chefe; por isso a 24
descrição dos cargos deve ser clara. Se os DOIS se sentem aceitos socialmente, podem ficar
chocados ao descobrir-se excluídos. “Era uma decisão importante. Por que não fui chamado?
Eles deveriam ter pedido a minha opinião. Deveriam ter pedido minha ajuda”. Os DOIS podem
ter a sensação de que estão dirigindo o espetáculo de um canto da sala. O orgulho infla, e eles
se sentem indispensáveis. O orgulho murcha quando não são solicitados. É útil, no caso,
envolver os DOIS em trabalhos específicos, de modo que saibam que têm um lugar seguro.
Certifique-os a respeito do próprio futuro. Se não virem um nicho para si mesmos, podem
tornar-se manipuladores. Esse tipo de empregado é sensível à atenção e à consideração. Se
forem excluídos ou ignorados, é provável que se desloquem para o lado negativo do OITO.
O DOIS dá atenção e o TRÊS conta com ela à medida que o casal se une para satisfazer as
necessidades do Desempenhador. Mesmo os DOIS com reconhecimento público se ajustarão
de modo a ficar atraentes para o parceiro. Os DOIS trabalham para alcançar a aprovação das
pessoas amadas, enquanto os TRÊS são movidos a obter o êxito pessoal. Esses dois tipos
podem ser muito parecidos um com o outro, mas as motivações de cada um são inteiramente
diferentes. Os Dadores trabalham para ser amadas e os TRÊS amam trabalhar. Esse casal
muitas vezes se associa num relacionamento do tipo “sucesso no amor”. Cada um apoia o
outro profissionalmente, ao mesmo tempo em que o Dador interpreta os sentimentos da
família e se torna o centro emocional doméstico.
com si próprios. Os Dadores trazem sentimentos e emoções para o casal, ao passo que os TRÊS
estão basicamente concentrados nas tarefas a fazer. Numa briga, o DOIS se sente superior
porque é mais emocional, enquanto o TRÊS, se sente superior “por causa de tudo o que fiz”. É
útil se os DOIS puderem interpretar os esforços do TRÊS como prova de afeto. Como
sentimentos não são um produto tangível, pode escapar aos TRÊS a vertente romântica do
relacionamento.
Certificados de que são importantes, os DOIS são menos exigentes em relação a tempo.
Esse casal tem muita coisa em comum: uma imagem altamente visível e um desejo de fazer
sucesso. Será uma relação fácil se o TRÊS puser o foco nos sentimentos e se o DOIS não tiver
de competir com um trabalho para obter a atenção do parceiro. 25
Essa é uma equipe de trabalho com alto nível de capacidade. Ambos sabem como
produzir e fazer propaganda. A disposição mais natural coloca o TRÊS como chefe. Os
Desempenhadores contam com a posição de liderança e os Dadores ficam satisfeitos em lhes
dar suporte, desde que a necessidade que têm de receber atenção seja satisfeita. Se um chefe
TRÊS reconhecer a contribuição do DOIS, tudo funcionará bem. Se o chefe, porém, ficar
centrado em si mesmo ou se fizer apenas autopromoção, o DOIS buscará outro candidato a
quem apoiar. Os Desempenhadores sentem raiva quando tarefas são interrompidas e, na
pressa de alcançar as metas, molestam as outras pessoas.
Os empregados DOIS devem receber atenção e devem ser reconhecidos pelo que fazem.
Se forem ignorados, podem começar a delatar o TRÊS. De repente, as pessoas começarão a ver
no TRÊS um fracassado. Boatos circularão sobre as falsificações do TRÊS. "Ele só tem a
aparência de bom porque vocês não o conhecem". A "verdadeira" história aparecerá. O TRÊS
vai sentir-se abalado justamente na área mais vulnerável da imagem. Ajuda, no caso, se os
chefes TRÊS se lembrarem de mostrar interesse e de ter conversas particulares com os DOIS.
Como os Dadores não pedem e os Desempenhadores não se lembram, a dupla sofrerá um
impasse na comunicação. Os chefes TRÊS deveriam manter um contato permanente com os
empregados DOIS. O DOIS não trabalha bem no vácuo. Trabalha pelas pessoas e não pelas
tarefas em si.
O chefe DOIS gosta de ser apreciado e pode ter dificuldades com os TRÊS competitivos.
Os TRÊS passam ao largo da autoridade. Querem ser a autoridade. Querem o trabalho do
chefe e podem ser insensíveis em relação aos métodos que usam para obtê-lo. Os empregados
TRÊS podem ser confrontadores e abertamente competitivos, o que faz o chefe DOIS sentir-se
desapreciado. O importante para os DOIS é que eles estabeleçam limites. Os TRÊS devem
conhecer o alcance da tarefa, senão romperão barreiras, usurparão território alheio e
redefinirão objetivos. Os TRÊS podem ser excessivamente dominantes se o ímpeto que têm
para o sucesso não estiver adequadamente contido. Será bom que os chefes DOIS concedam
um pequeno domínio de influência aos empregados TRÊS, lembrando-se de estabelecer limites
e de não elevar demais as metas. Com chances saudáveis de se promover, os empregados
TRÊS provavelmente se apropriarão das habilidades que o DOIS tem para lidar com as pessoas.
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Os empregados TRÊS estão em sintonia com aquilo que serve ao produto. Porém, como um
exemplo do estilo administrativo do DOIS, o TRÊS aprenderá o valor de satisfazer às
necessidades alheias.
Esse relacionamento é como uma dança. Os parceiros seguem um padrão de vaivém nos
relacionamentos. Cada qual recua quando o parceiro está disponível. Cada qual sai em
perseguição quando o parceiro desaparece. Essa semelhança cria um interessante passo de
tango romântico. Você se chega, eu me afasto. Você se afasta e eu já quero você de volta. 26
Cada um aprecia a capacidade de sentir do outro. Eis, por fim, a possibilidade de ser satisfeito
emocionalmente. Esse casal é capaz de concretizar o amor romântico sem nenhum
acanhamento. Formam par numa dança de distanciamento emocional, porque, no fundo, cada
um deles têm medo de comprometer-se.
Esse casal compartilha a ilha DOIS-QUATRO no diagrama. Cada um verá uma parte de si
mesmo dramatizada no estilo do outro. O DOIS, ao se mover para o ponto de segurança em
QUATRO, sente-se livre para buscar autenticidade nos compromissos. Tudo bem em ser
dramático. Tudo bem em ser egoísta, em ser você mesmo em vez de se dar a torto e a direito.
O DOIS vê um exagero das próprias vivências emocionais no modo de ser do Romântico. Os
QUATROS são pessoas capazes de tornar públicas as emoções, de pôr os sentimentos à frente
de tudo.
Os QUATROS ficam estressados quando têm de buscar outras pessoas e podem sentir-se
despojados por ter de atender necessidades alheias. Apreciam a capacidade que o DOIS têm
para ganhar os outros, mas também veem no flertar e no adular do mesmo DOIS uma falta de
profundidade emocional. Se o QUATRO rejeita, o DOIS vai atrás, deleitando-se com o desafio
dos obstáculos inerentes ao relacionamento. A força do DOIS está no perseguir. Mas, se o
QUATRO se volta e se torna disponível, o DOIS se intimida.
Os chefes DOIS usam a própria persona na conduta dos negócios. Isso pode ser
repugnante para os QUATROS. Parece uma forma de puxar o saco ou de vender-se por um
tapinha nas costas. Na visão do QUATRO, o ponto de estresse em DOIS parece uma exposição:
"Como é que ela pode ser tão óbvia quando tenta chamar a atenção"? "Que falta de gosto ser
tão necessitada"! "Por que ele precisa ser amado"?
Sentindo-se criticados, os chefes DOIS talvez tentem achar uma necessidade a satisfazer.
O empregado QUATRO precisa de apoio, atenção, ajuda. Os empregados QUATROS, contudo,
podem ver nisso um meio de o DOIS checar erros e falhas ou de ser por ele desfavoravelmente
comparado aos demais funcionários. Se os QUATROS se tornarem competitivos, será melhor
lhes dar um território próprio, delegar e retirar-se. É útil selecionar os Românticos para tarefas 27
especiais, numa área que lhes pertença, alguma coisa de singular para a qual tenham vocação.
Um DOIS com o desejo de sentir-se indispensável e um QUATRO com o desejo de sentir-se
diferente se tornarão concorrentes. Essa desigualdade pode ser dissipada se o QUATRO for
respeitado como autoridade numa área específica de atividade.
Os chefes QUATROS gostam do status que desfrutam. Uma combinação como essa
permite que os DOIS ajudem. Os empregados DOIS gostam de ser indispensáveis e de
satisfazer aos desejos de um chefe que administre com estilo e instinto inconfundíveis. Os
QUATROS recompensam pessoas que sejam "compreensivas". Os DOIS perceberão que o
chefe é temperamental e aprenderão a agir de acordo. Se o chefe ficar totalmente absorvido
pelo trabalho ou pela própria vida particular, os empregados DOIS se sentirão ignorados. É
arriscado, porém, ignorar pessoas que são indispensáveis no local de trabalho. Os Dadores
vingam-se retraindo-se; talvez não mostrem estar com raiva, mas, de repente, nada mais
parece estar na programação. Uma vingança típica do DOIS é dar apoio ao trabalho de outra
pessoa. O chefe Romântico vê os empregados trabalhando para ele, mas, na verdade, os DOIS
não trabalham para, trabalham com alguém. É útil fazer o DOIS sentir-se francamente
essencial. Os DOIS precisam saber que não estão sendo ignorados; precisam saber que a
mudança de humor do chefe é algo de puramente pessoal e não está dirigida a eles.
Essa é indubitavelmente uma atração entre opostos. O CINCO é o tipo mais contraído do
Eneagrama e o DOIS é o mais expandido em direção aos outros. Os DOIS são atraídos pelo
autodomínio e pela calma dos CINCOS. O distanciamento emocional é a antítese dos
sentimentos grandiosos, que são característicos do DOIS.
Pelo lado do CINCO, a atração será a franca generosidade que os DOIS não raro exibem.
A disposição do DOIS para envolver-se com a vida e com atividades é irresistível para pessoas
propensas a manter distância. A configuração mais comum mostra o DOIS como o socialite do
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casal. Pode haver a impressão de que o DOIS fala em nome do casal em festas e reuniões,
enquanto o CINCO, mais contido e mais cerebral, espera que a conversa passe para um tópico
de interesse intelectual. Sem dúvida, é mais fácil passar uma tarde informal com o casal do que
sozinho com o CINCO, a não ser que você venha a compartilhar um interesse com ele. Se o seu
interesse coincidir com o do CINCO, é provável que a tarde seja repleta de informações, mas
raramente a conversa se desviará do interesse que vocês compartilham.
Pode parecer que o DOIS e o CINCO pertencem a espécies diferentes. O DOIS é daquelas
pessoas que "saem" e "experimentam coisas" e que gostam de festas cheias de rostos novos.
Alguém que, curiosamente, parece gostar de conversa fiada e que proclama serem os
sentimentos uma fonte valiosa de informação. No casal, cada um opera a partir de 28
perspectivas supreendentemente distintas. Os DOIS buscam as pessoas a fim de interagir e
socializar, ao passo que os CINCOS se afastam a fim de analisar e pensar. Essa dinâmica pode
produzir uma vida equilibrada, na qual um demonstra a razão de ser da própria visão de
mundo, ou pode transformar-se num cabo de guerra, no qual o DOIS reclama contato
emocional e o CINCO se contrai e se retira.
Se a separação se solidificar, cada qual verá no outro "o problema". O DOIS verá no
recolhimento e no estilo de vida minimalista do CINCO, provas de privação e carências
emocionais. Alimentado pela necessidade de encontrar identidade através da satisfação de
desejos alheios, Os DOIS são atraídos pelo desafio de superar os obstáculos a um
relacionamento. Com os CINCOS, o desafio é patente: abrir os sentimentos de alguém que se
nega a dar importância à emoção. Os DOIS têm um ganho excepcional se conseguem fazer os
CINCOS reagir. O CINCO pode não concordar que o distanciamento equivale à privação. O
contra-argumento à ideia de que grandes sentimentos são a prova de que amamos alguém e
nos importamos com essa pessoa é ver nas oscilações emocionais do DOIS sinais de
instabilidade.
O casal encontra-se em OITO, e isso vai garantir um encontro forte e agressivo, desde
que o CINCO se sinta suficientemente seguro para brigar e para encontrar aqueles sentimentos
que o DOIS justamente vem exigindo. É útil que o DOIS recue um pouco, de modo que haja
bastante espaço emocional para que o CINCO avance.
propósito comum. Os talentos do DOIS e do CINCO são tão diferentes que o relacionamento
funciona bem, não importa qual dos tipos seja o patrão.
O DOIS deve preferir concentrar-se nos projetos em curso a bisbilhotar a vida afetiva do 29
CINCO. É útil dar aos CINCOS tarefas específicas e, se possível, salas separadas, e deixá-los em
paz. O chefe ficará contente com a capacidade do CINCO de autogovernar-se e de tomar
decisões. A atenção de um chefe DOIS está muitas vezes voltada para as pessoas mais
influentes na empresa. Os CINCOS são os empregados perfeitos para cuidar das contas
enquanto o chefe está expandindo a base das operações.
Será uma boa interação quando o empregado CINCO puder gerar informações úteis para
o extrovertido chefe DOIS que, em troca, é capaz de prover o serviço inestimavelmente valioso
de evitar que o CINCO lide diretamente com pessoas. Se o CINCO for o chefe, a porta do
santuário pode permanecer, por educação, entreaberta, mas uma aura de inacessibilidade
permeará o local de trabalho. O DOIS se sentirá barrado de uma fonte de presença humana e
de conselhos. Se o CINCO for inteligente, fará do DOIS um representante especial. Os Dadores
são elos naturais entre o público e o poder. Uma boa combinação dos dois teria o CINCO como
organizador do que poderiam ser encontros semiformais com cada membro da equipe de
trabalho, mesmo que tais encontros não sejam estritamente necessários ao trabalho. Esses
encontros são, antes, para solicitar a opinião dos empregados. Uma oportunidade única de ser
ouvido será vital, uma vez que o chefe CINCO não é nenhum modelo pessoal nem para
interações e nem para cooperação. Os CINCOS deveriam também aprender a tolerar encontros
em grupos, nos quais os empregados falam diretamente uns com os outros.
Falta de disponibilidade por parte do chefe CINCO pode gerar descontentamento entre
os empregados. "Onde está a liderança quando você precisa dela"? A ideia por trás desses
encontros semiformais é estabelecer um espaço onde se possa tratar os conflitos. Se o CINCO
fugir sob fogo cruzado, O DOIS talvez possa interferir em nome do chefe que teme confrontos.
Porém, se o CINCO fugir do DOIS, o DOIS abandonado saberá protestar em voz alta.
Uma interação típica mostra o DOIS se dirigindo para o Seis a fim de desarmar o medo
da intimidade. A dúvida do Seis pode tornar-se um catalisador para o Dador, que gosta de
superar os obstáculos ao relacionamento. A mensagem será: "Acredite em mim. Acredite em
nós". As atrações iniciais mostram o DOIS querendo ajudar o parceiro inseguro e o Seis
aprendendo a sentir-se seguro com esse nível de atenção do DOIS. Ajuda quando os Dadores
apoiam os projetos de corrigir injustiças que parecem importantes para o parceiro SEIS. Dessa
maneira, o SEIS pode acreditar nas intenções do DOIS, porque os esforços estão voltados para
uma causa digna.
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Pode ser mais difícil tornar o Patrulheiro bem-sucedido pessoalmente. Com medo de ser
autoridades conhecidas, os SEIS talvez vejam na ajuda do DOIS interesses pessoais dele
próprio. O cético SEIS pode perguntar a si mesmo se o DOIS, de fato, quer fazer o bem. O SEIS
pode sentir-se usado como o veículo de ambição do DOIS. Já estressado pela exposição e pelo
sucesso público, o SEIS pode sabotar os esforços, não correspondendo às expectativas do
DOIS. O SEIS pode ficar entre a cruz e a espada, sente-se confortado pelos cuidados e pela
preocupação do Dador, porém sente-se frustrado pela dúvida quanto à autoridade desses
agrados. O SEIS pensará que o DOIS espera algum resultado e poderá, em vez disso, rebelar-se.
Frustrado quando os resultados esperados deixam de se materializar, o DOIS se tornará
vivamente crítico em relação ao avanço hesitante do Patrulheiro rumo aos objetivos traçados.
30
A desconfiança mútua poderá ser reduzida se o SEIS for capaz de separar os objetivos
pessoais daqueles que são privilegiados pelo DOIS e se puder estabelecer os objetivos pessoais
como a prioridade. É útil, no caso, que o SEIS se lembre de ser expansivo fisicamente e que
aprenda a aceitar honestamente os afetos pretendidos pelo DOIS, em vez de rejeitar a
cordialidade natural deste como se fosse pura bajulação.
Essa é outra parceria baseada em diferenças. Os DOIS são atraídos pelo poder, e os SEIS
são indecisos em relação a tornar-se ou não uma autoridade. Num contexto de reparação de
injustiças sociais, na reversão de um negócio em bancarrota ou numa causa popular que esteja
sendo bombardeada, os dois formam uma aliança natural. Ambos os tipos são bons líderes
quando estão aliados a uma causa em que acreditem. Os DOIS querem que os potenciais de
valor floresçam e os SEIS identificam-se com a luta.
Conflitos provavelmente ocorrerão numa estrutura " regular" de trabalho que desperta
interesses pessoais e competição em lugar de um altruísmo devotado. A razão para isso é que
ambos os tipos são propensos a vacilar quando assumem cargos de liderança por muito
tempo: o SEIS devido ao próprio estresse nos aspectos do desempenho do ponto de risco em
TRÊS e o DOIS porque quer que todo o mundo goste dele. O chefe SEIS desejará garantir a
lealdade dos empregados e ficará perturbado se o DOIS se modificar a fim de agradar um rival
poderoso. O DOIS, mais experiente em termos sociais, tentará tornar-se atraente para quem
quer que lhe pareça digno, o que levantará as suspeitas do Patrulheiro. O chefe SEIS pensará:
"Onde é que fica exatamente a lealdade desse empregado"? "Pode-se confiar a ele
informações delicadas"? Ambos os tipos podem facilmente acreditar-se alvo de qualquer
animosidade que circule livremente no local de trabalho. O chefe SEIS tentará descobrir a
fonte da dificuldade a fim de eliminá-la e o DOIS tentará fazer amigos.
muito lentamente. O DOIS pode também perceber o potencial do chefe e, se esses talentos
não se materializam, o empregado DOIS se sentirá ameaçado e buscará uma aliança
profissional importante em outro lugar.
Os Patrulheiros querem tratar todos de modo igual. Talvez achem que não é justo
estimular qualquer empregado individualmente ou "manipular" pessoas para que sejam mais
produtivas. O SEIS perde uma grande oportunidade ao não cultivar a amizade dos Dadores
com uma atenção pessoal. O DOIS precisa sentir que exerce uma influência privada para
sentir-se seguro.
Os empregados SEIS leais são capazes de ver o surgimento de problemas quando ainda
estão distantes. Nessa parceria, os chefes DOIS podem, então, entrar em ação com as próprias 31
habilidades políticas e pessoais, a fim de repelir o perigo. Se o SEIS ver o chefe preocupado
apenas com os próprios interesses e, portanto, como um elemento de perigo, o DOIS se
defrontará com a possibilidade de uma coalizão secreta com o propósito de desmascarar a
autoridade.
Eis um casal, por excelência, que gosta de divertir-se. Os Dadores querem ajudar os
Epicuristas na realização de planos e compartilharão o entusiasmo que os SETES trazem para o
relacionamento a dois. A visão do SETE será muitas vezes o centro da vida emocional do casal.
Ambos compartilharão a esperança de um brilhante futuro juntos.
Os dois tipos têm interesses abrangentes: O DOIS por causa dos muitos eus e os SETES
em consequência do pensamento multiopcional. O casal sente-se atraído para o que há de
melhor nos entretenimentos e nos eventos em curso. O Dador se concentrará nos talentos
potenciais do SETE, mas também verá a dor oculta do SETE. Os Dadores ficam fascinados pelo
exterior radiante dos SETES e mais atraídos ainda pelo fato de que os SETES são, no fundo,
insatisfeitos. Os Dadores não raro interpretam a gula do SETE por experiências como revelação
de uma busca de profundidade emocional.
Os DOIS vêem que os SETES precisam de um enfoque. Tampouco se deixam iludir por
alguns dos planos dos SETES. Os Dadores podem sentir-se como que chamados a tornar o SETE
uma pessoa totalmente produtiva e a curar os medos que ele oculta. Em troca, os Dadores
recebem do SETE aventura e atenção. Os SETES sabem ser charmosos não só como parceiros,
mas também como ideais românticos.
Ambos são pessoas naturalmente sedutoras. Cada qual gosta, ao menos, de considerar a
possibilidade de outros parceiros. Ajuda, no caso, assentar o relacionamento num
compromisso sério e determinar quanta atenção cada um dos parceiros precisará receber de
fora.
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Ambos os tipos são cautelosos em relação a um contato prolongado: o SETE sente que
tal contato poderá limitá-lo, enquanto o DOIS sente que poderá expô-lo. O SETE escapa para
ocupações prazerosas. O DOIS então sente-se desafiado e persegue o SETE. O DOIS pode
querer mais atenção do que a que o SETE sabe dar com facilidade. O DOIS pensa: "Os planos
parecem mudar tão facilmente. Será que o meu parceiro vai ficar junto de mim"? Pode surgir
uma crise em torno da atenção dada e recebida. O DOIS verá diante de si alguém
inconsequente e superficial e o SETE verá um entrave emocional. Se o DOIS exigir atenção, o
SETE racionalizará: "Isso nunca foi combinado".
O casal alia-se no otimismo, ambos querem saber que a vida será legal. É útil se ambos
puderem concentrar-se mais em sentimentos reais do que em ideias conhecidas. Ajuda 32
quando o casal se une na aventura de passar da fascinação para profundidade emocional.
Essa é uma combinação profissional bastante popular. Enquanto o SETE tem as ideias, o
DOIS as faz acontecer. No lado positivo, a visão de futuro do SETE acopla-se à administração
competente do DOIS. O perigo é que nenhum dos dois seja capaz de conduzir um projeto a
uma conclusão vitoriosa. Os Epicuristas têm o melhor momento nos estágios iniciais do projeto
e, a partir daí a energia começa a decair. Os Dadores têm o melhor desempenho quando
apoiam um líder forte, alguém que produza resultados tangíveis.
Os chefes DOIS devem colocar os empregados SETES em posições onde eles fiquem a
salvo do tédio. Os SETES trabalham duro, contando que ainda possam aprender alguma coisa
ou estejam sendo desafiados. Os chefes DOIS talvez percebam a natureza escorregadia do
SETE e fiquem preocupados com a produção e com os prazos de entrega. Podem também
sentir que a própria autoridade está sendo ameaçada. "O que os meus superiores vão pensar
se esse empregado escapar dessa impunemente"? "Como é que eu posso ter controle sobre
meu empregado e ainda por cima fazer com que ele goste de mim"?
Esse casal guia-se pela sedução do DOIS e pelo poder do OITO. O Dador vai ao encontro
de outras pessoas tentando ser agradável e o OITO vai de encontro aos outros tentando
descobrir a verdade. O desejo de ser o centro na vida do parceiro é familiar a ambos os tipos,
porque eles têm um encontro no ponto DOIS. Ambos querem atenção, mas o modo de cada
um ganhar essa atenção é radicalmente distinto. Os DOIS ajustam os sentimentos a fim de
satisfazer os desejos alheios e os OITOS insistem que os próprios desejos sejam atendidos. A
troca física é significativa no relacionamento, uma vez que os OITOS são sexualmente
expressivos e os DOIS muitas vezes igualam sexualidade com amor. A atenção será na agenda 33
do OITO. A plataforma da volúpia do OITO exige a satisfação de várias metas e os DOIS
orgulham-se em realizar desejos.
A interação mais comum mostra o DOIS tentando suavizar o OITO e o OITO resistindo.
Isso gera certa atração que pode permanecer em vigor por anos a fio. O OITO, que tem a si
mesmo como referência, recebe muita atenção e o Dador fica concentrado no OITO, o que é
ótimo para evitar que despontem os próprios desejos e necessidades do Dador. Em troca da
ajuda indispensável que os Dadores são capazes de oferecer, os Patrões podem prover uma
proteção poderosa e uma forte liderança.
Os OITOS "em DOIS" podem ser extremamente generosos. Mostram afeição procurando
fazer com que coisas aconteçam para os outros. Isso coloca o Dador na desconfortável posição
de ter de receber. Pode haver a sensação de que o OITO está dominando, mesmo quando o
apoio que ele oferece é inteiramente legítimo. Se os DOIS forem capazes de olhar para dentro
de si mesmos, de descobrir os próprios interesses e de ir atrás daquilo que querem, os OITOS
poderão exercer um poder secundário. Mas, se o DOIS tiver medo de revelar os próprios
desejos pessoais ou se o OITO for, de fato, dominador, o DOIS explodirá, lutará pela liberdade
e cruzará feito bala o diagrama até chegar ao ponto de estresse, que é justamente o OITO.
Muitos casais de DOIS e OITO relatam que hostilidades declaradas podem servir ao propósito
edificante de aproximar o casal. Os OITOS sentem-se mais seguros quando todas as cartas
estão na mesa e os DOIS são assim pressionados a descobrir o que querem.
Os DOIS em OITO podem ser manipuladores mortais. Sem muita experiência com o
confronto direto, podem valer-se de fórmulas mais indiretas de influência pessoal e pressão
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social. Os DOIS querem manter as próprias imagens intactas; por isso apresentaram o OITO
como "o caso". Se o orgulho dos DOIS for atingido ou se eles forem abertamente rejeitados,
poderão levar a público, e em voz alta, as dificuldades que atravessam.
Geralmente, numa crise, o OITO se sentirá traído pela manipulação, reprimirá emoções
ternas e se tornará cada vez mais beligerante. A mensagem é: "Você não é confiável. Não se
meta comigo".
Um chefe DOIS terá de ganhar o apoio do OITO. Insistindo numa liderança forte, o
empregado OITO provavelmente se concentrará na imagem pública do DOIS. "Essa liderança é
mesmo legal ou esse sujeito visa apenas aos próprios interesses"? A propensão dos Dadores
em favorecer pessoas que "merecem" parece desonesta para o OITO mentalmente
preocupado com a justiça. Intranquilizado pela possibilidade de qualquer injustiça no local de
trabalho, o OITO simplesmente tentará eliminar tantos controles quanto possível. O chefe
DOIS pode levar a pior numa rebelião crescente. O OITO não está procurando soluções que
salvem as aparências e, por ter muito pouco na forma de imagem pública para defender, pode
ser particularmente ofensivo para tipos orientados para a imagem. É útil estabelecer limites e
consequências claras, tanto para a chefia quanto para a equipe, e documentar acordos. Sem
uma documentação, o empregado OITO pode sentir-se por demais ameaçado para cooperar
integralmente. "Por que dar tudo de si em benefício da gerência"? Os OITOS pensarão: "Talvez
haja segundas intenções aqui. Vamos fazer um teste".
Os chefes OITOS serão amados ou odiados pelos empregados DOIS. Se forem amados,
então a tendência natural do DOIS em querer aprovação da autoridade poderá fornecer ao
OITO um apoio leal. Ajuda, no caso, se os empregados DOIS aprenderem a fazer exposições ou
relatórios completos. Quando a informação não está imediatamente disponível, os OITOS são
capazes de imaginar que há uma conspiração em formação. Os empregados devem prover
mais informação do que parece necessário. É útil também se o chefe OITO puder enviar o
empregado numa missão de pesquisa e descoberta. Dessa forma, o Dador é transformado
num elemento indispensável e o OITO permanece no comando. Se a parceria não se der bem,
o DOIS tenderá a privar o chefe de contatos e informações úteis, buscando refúgio dentro de
uma panelinha escolhida a dedo.
Os membros desse casal podem parecer iguais. Ambos dizem que adotam projetos e
interesses alheios; ambos dizem que assumem as emoções do parceiro; e ambos se
preocupam em satisfazer desejos. Embora os dois tipos se fundam emocionalmente, fazem-no
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por motivos diferentes. Os NOVES querem uma razão para viver, a qual pode ser encontrada
num casamento, ao passo que o DOIS tenta encontrar a própria identidade através de outras
pessoas. Como ambos parceiros se fundem, cada um deles pode ser profundamente afetado
pelo outro num nível não-verbal.
Vale a pena o NOVE dirigir a atenção para dentro de si mesmo em vez de resistir à
programação de outra pessoa. É útil também que o DOIS saiba que os NOVES precisam de
tempo para decidir. As decisões mais importantes são as últimas. Os DOIS devem pôr a
questão, negociar um prazo e deixar o NOVE sozinho enquanto durar o prazo.
Essa parceria talvez seja como introduzir uma centelha numa fonte de energia potencial.
Os Dadores entram em ação a fim de realizar os desejos de outras pessoas e os Mediadores
precisam ser ativados. Essa é uma combinação comum tanto na vida conjugal quanto na vida
profissional. Funciona muito bem quando as agendas dos dois coincidem.
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O NOVE tem uma agenda de vida, mas sabe muito bem enterrá-la em meio a
compromissos secundários. Ela tem uma importância exagerada para o NOVE. É coisa demais
para ter esperanças. É importante demais para ser completada. A mágica do DOIS reside em
satisfazer desejos, em tornar esperanças reais, em tirar as pessoas das cascas. Se as agendas
de trabalho se combinarem, então uma centelha energética ativará o NOVE. O DOIS preocupa-
se em estruturar o potencial do NOVE e o NOVE deixa-se levar pela corrente de energia e de
reconhecimento do DOIS.
O ritmo dos sócios é muito diferente. O DOIS ficará impaciente com o tempo gasto com
decisões simples. Os DOIS são capazes de priorizar mais facilmente que os NOVES e, uma vez
inserido no ritmo de trabalho do NOVE, um chefe DOIS não terá paciência com o passo 36
uniforme do Mediador. Os empregados DOIS talvez fiquem furiosos com as discussões e
encontros repetitivos muitas vezes promovidos pelos NOVES.
Como ambos os tipos se fundem, haverá certa compreensão não-verbal entre eles.
Ambos se preocupam com o tom emocional do local de trabalho. Os NOVES absorvem os
infortúnios emocionais dos outros e terão interesse em ouvir todas as opiniões, com vistas a
desarmar eventuais conflitos. Os DOIS são bons em detectar vencedores em potencial e em
colocá-los em pontos estratégicos na organização.
Os chefes DOIS geralmente têm favoritos. Os NOVES relacionam-se com a chefia por
meio de estrutura empresarial e talvez se ressintam com a desigualdade de tratamento. Se o
chefe escolher o NOVE para fazer parte do grupo fechado, o NOVE porá a questão de lado em
vez de tomar alguma atitude. Se o NOVE não estiver entre os escolhidos a dedo, a raiva que
não expressa pode gerar problemas com a supervisão. Com desculpas e com uma rotina
produtiva, porém, o chefe pode fazer com que o NOVE volte a trabalhar. Os NOVES
geralmente acomodam-se à situação e tornam-se cooperativos após o conflito.
Os chefes NOVES são eficientes quando há uma definição clara das atividades e, quando
a liderança é eficiente, os DOIS oferecem apoio. Os empregados DOIS podem ajudar o chefe
com informações fundamentais. Sabem colher opiniões das fontes de informação do local de
trabalho, sabem apontar o curso de ação politicamente vantajoso e podem ajudar o NOVE a
reduzir o conflito da tomada de decisões traçando um esquema para o progresso pessoal do
chefe.
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O TIPO TRÊS
Essa relação talvez seja uma espécie ameaçada em extinção. Há relativamente poucos
TRÊS em nossos cursos sobre o Eneagrama e os casais de TRÊS são, francamente, uma
raridade. Os Desempenhadores são bem mais comuns nos círculos empresariais e
comparecem em massa aos treinamentos empresariais com base no Eneagrama; mas, mesmo
nesse ambiente, há poucos casais de TRÊS de longa data.
Os TRÊS têm ponto de atração ao longo de todo o Eneagrama. Alguns TRÊS sentem 37
atração por tipos "similares", cheios de energia e desejos de aparecer, tais como os DOIS e os
SETES. Outros TRÊS dizem que são atraídos por parceiros altamente emocionais porque são
diferentes deles. Neste lado do mundo, a associação mais frequente do TRÊS é com o CINCO, e
a razão declarada é o equilíbrio de opostos. Os membros dos raríssimos casais de TRÊS que
registrei dizem que lhes agrada a atitude do parceiro. Tudo parece ser possível e geralmente
eles têm vários projetos em curso ao mesmo tempo. Acham, contudo, que ficam impacientes
com o parceiro e tendem a competir quando estão envolvidos com projetos domésticos; por
essa razão, têm como característica a manutenção de complexos vínculos profissionais, cada
qual num campo específico de atividade. A vida social do casal gira em torno de pessoas que
tenham interesses profissionais semelhantes ou em torno daqueles que estão criando filhos e
gostam de empreender coisas juntos. A orientação social do par é, sem dúvida, para a
atividade. É um casal que faz coisas juntos e que prefere relacionar-se compartilhando
atividades a ficar à toa com a família e com os amigos.
O truque é cada um apoiar as realizações do outro sem cair numa rotina de jogos
paralelos, na qual cada um leva uma vida separada, embora vivam sob o mesmo teto. Esta
pode ser uma situação em que tudo parece grandioso na superfície. Uma vida pitoresca, com
toda aquela aparência de felicidade e de prosperidade, mas sem aquela profundidade interior
dos fortes vínculos emocionais. Os TRÊS dizem que os relacionamentos podem parecer
maravilhosos e, ao mesmo tempo, dar uma sensação de vazio. Talvez encontrem interesse e
entusiasmo para projetos, mas haverá uma crescente indiferença para com a construção de
um futuro. "Mais outro desafio? Temos de fazer esse novo esforço"?
Esses casais falam da necessidade de lidar com certo embotamento emocional que
rouba o desfrute dos resultados dos próprios esforços. Há uma necessidade de acelerar, de
terminar rapidamente e de passar sem demora e sem atrito para a próxima tarefa, a próxima
expectativa, a próxima fase da vida. Tudo deve parecer normal, ser bem-organizado e produzir
resultados úteis, mas, com o tempo, torna-se patente que alguma coisa está faltando. É a
mesma sensação que os SETES muitas vezes declaram sentir quando atingem a meia idade. "Já
não passamos por isso antes? O que nos resta fazer senão repetir as mesmas coisas
indefinidamente?”
Dificuldade pode surgir quando cada um dos TRÊS tem de superar o outro. Eles são
feitos para um ambiente competitivo, mas, se o sistema de mérito os coloca frente a frente,
podem tornar-se inimigos. Os TRÊS trabalham duro por prêmios e promoções, não tanto pelos
benefícios materiais, mas porque o bem-estar psicológico que sentem depende de uma vitória.
São mais vulneráveis aos fracassos profissionais que outros tipos de pessoas e se protegerão
contra a dor subjetiva da perda de status. Novas oportunidades de trabalho são cultivadas às
ocultas. O TRÊS tem facilidade em abandonar o navio. Contatos e clientes em potencial podem
ser colecionados, escondidos e negociados. Pode não ser evidente, mas a índole competitiva
assumirá uma atitude interesseira, orientada para a vitória a qualquer preço e que pode ser
confundida com a intenção de aumentar a liquidez pessoal. Ajuda, no caso, dar ao TRÊS um
domínio, ao qual darão forma e dirigirão, e encorajá-los ao intercâmbio de informações, desde
que você lhes demonstre com modelos a eficiência da cooperação e atribua status ao êxito de
um grupo ou ao esforço de uma equipe.
Os chefes TRÊS terão de ser o modelo da imagem que esperam ser seguida por um
subordinado TRÊS. Os Desempenhadores assumem o semblante do ambiente no qual se
encontram e copiarão o ideal ditado no local de trabalho. Se for exigida a cooperação entre os
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funcionários, então o TRÊS saberá colaborar com êxito. Se houver recompensa pela realização
individual, então o mesmo TRÊS poderá tornar-se altamente competitivo.
A maior dificuldade do casal terá a ver com as mudanças de humor do QUATRO e com
os sentimentos e emoções reprimidas do TRÊS. Esses são temas recorrentes nesse
relacionamento. O QUATRO tem anseios, enquanto o TRÊS lhe promete mais tempo e depois
volta atrás. Será difícil para o QUATRO fazer com que a imagem da intimidade prometida
assuma uma forma razoável. A indisponibilidade do TRÊS, contudo, pode ser magnetizante,
uma vez que o casal nunca terá bastante tempo junto para tornar a relação banal. Privados da
intimidade, os QUATROS, por outro lado, muitas vezes penetram no terreno dos atos
dramáticos, das recriminações e das profundas depressões, que são justamente o tipo de
exigência emocional que os TRÊS detestam. Os QUATROS supervalorizam a vida afetiva e os
TRÊS a subvalorizam. Pode ocorrer uma crise se o QUATRO competir pela atenção do TRÊS e se
o TRÊS passar para as evasivas, sobrecarregando-se, por exemplo, com outros compromissos.
Ajuda, no caso, se cada um procurar entender a visão de mundo do outro. Por exemplo, é
típico do TRÊS demonstrar que tem compromisso dizendo que trabalha "por nós". Os
QUATROS inteligentes poderiam aceitar essa forma "não emocional" de amar e aprender a
diferença entre usar o trabalho como meio de entorpecer as emoções e trabalhar como uma
demonstração de afeto.
O TRÊS quer ser bem-sucedido aos olhos das pessoas importantes para ele e a
insatisfação do QUATRO pode funcionar como um jato de água fria na auto-estima do TRÊS.
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Eis outra justaposição de elementos diferentes que tanto podem dar apoio um ao outro, 40
quanto ser um desastre no local de trabalho. Essa parceria é capaz de realizar muita coisa,
porque a concentração no trabalho significa deixar de lado sentimentos mais ternos. A
propensão a progredir do TRÊS assegura uma produção uniforme, enquanto os QUATROS
fazem produtos que funcionam antes pela elegância que pela engenhosidade. Essa
combinação trabalha bem quando o QUATRO pode ser apreciado pelas contribuições originais
e ligeiramente controvertidas que se tornam bem sucedidas graças ao suporte do TRÊS. A
parceria fracassa quando os dois competem entre si. Ambos querem reconhecimento e talvez
prefiram competir até o ponto de ruína a renunciar.
Os chefes TRÊS podem fazer coisas por exibição. Os subordinados QUATROS perceberão
a diferença entre fazer alguma coisa porque é realmente importante e fazer aquilo que a
multidão acha bonito. Os QUATROS não gostaram se um jantar de premiação se transformar
numa sessão fotográfica do chefe e tampouco acharão bom, por exemplo, quando reuniões
difíceis forem eficientemente planejadas de modo que não sobre tempo para reações
emocionais. Os chefes TRÊS, que pressupõem que os empregados estejam, tais como eles,
mais comprometidos com a tarefa do que com os sentimentos, deveriam lembrar-se de anotar
a lápis na agenda palavras-chaves tais como "Não gritar" e "Pedir permissão".
Os TRÊS gostam muito de uma produtividade criativa e podem ser cativados por pessoas
que insistam em fazer um trabalho autêntico e significativo. Parece um ato de coragem insistir
que o trabalho seja um reflexo da pessoa que o faz e não que a pessoa se molde a si própria de
modo a encaixar-se na descrição do cargo que ocupa. Os QUATROS muitas vezes preferem
resistir por anos a fio a comprometer-se com um relacionamento seguro ou com jornadas de
trabalho sem espírito. Essa insistência na auto expressão é notavelmente distinta da disposição
do TRÊS de encarar períodos de trabalho enfadonho e entorpecente a fim de ascender
profissionalmente. Qualquer empregado que tenha uma ideia viável para melhorar a eficiência
ou o desenvolvimento na produção receberá estímulos de um chefe TRÊS.
Essa é uma combinação muito comum tanto na vida afetiva quanto na vida profissional
e, de início, mostra um movimento quase sem oposição rumo ao emocionalmente distante
CINCO. Os Desempenhadores mostram afeição dando tempo e energia a um relacionamento,
o que corresponde aos desejos de um parceiro recluso.
Dizer sim a uma relação afetiva é cheio de dificuldades para os Observadores. É tão fácil
distanciar-se e deixar passar que a contínua presença do CINCO já é de fato um compromisso.
Os CINCO não raro “iniciam” uma relação posicionando-se de modo a ser instigado
emocionalmente pelo outro. Talvez seja preferível ao TRÊS restringir-se, de modo que os
limites do CINCO sejam respeitados, a invadir e, inadvertidamente, causar a fuga do CINCO.
Essa é uma relação que lucra quando ambos estabelecem sessões para sentar e negociar
compromissos mútuos. Nenhum dos dois parceiros é particularmente fascinado pela
linguagem dos sentimentos e das emoções e ambos os tipos tem problema com a intimidade. 42
O TRÊS temem ser vistos separadamente das realizações e os CINCOS temem ser esgotados
pelas necessidades alheias. Ambos, porém, gostam de compartilhar atividades e de fazer
acordos que exijam uma porção predeterminada de tempo e energia. Os CINCOS podem ser
acessíveis, desde que saibam o que se espera, e os TRÊS sabem expressar-se por meio da ação.
O casal talvez ache mais fácil conversar quando a atenção está desviada para um jogo de
golfe ou para a caminhada numa trilha. Cada qual demostra afeição fazendo coisas para os
seres amados – o TRÊS no sentido literal de produzir sucesso tangível “para nós” e o CINCO no
sentido mais sutil de abrir mão de tempo e espaço privado. É de interesse para essas pessoas,
naturalmente independentes, formular um sistema de negociação que lhes permita ajustar-se
ao estilo de relacionar do outro. Os CINCOS, por exemplo, podem aprender a desfrutar os
prazeres da vida social e os TRÊS podem dispor-se a ser tocados pelo silêncio e pelo contato
sereno.
Os chefes TRÊS talvez queiram mais informações do internalizado e esquivo CINCO. “Por
que essa funcionária não se apresenta? Onde está a centelha do entusiasmo? Por que ela se
esconde?” Necessitando de reconhecimento pessoal, os Desempenhadores podem sentir-se
depreciados por um empregado que queira trabalhar sozinho e que se recuse a dar uma
aprovação verbal. De parte do empregado, pode haver de fato um comprometimento parcial.
O estilo de trabalho do TRÊS pode sugar os CINCOS até o ponto da exaustão. Quanto mais você
faz, tanto mais o chefe quer. Não há tempo de manutenção, o ritmo é pressão pura. O desejo
do chefe TRÊS em ser reconhecido talvez escape à compreensão do CINCO, deixando o chefe 43
com a sensação de não ser respeitado e o empregado com a sensação de estar sendo coagido
a aparentar interesse. Os CINCOS detestam ser usados para propósitos alheios e se isolam a
fim de conservar a energia. Ajuda, no caso, se os chefes puderem fazer uma programação de
modo que os empregados saibam exatamente o que se espera de cada um deles. Os CINCOS
não se importam de carregar uma carga pesada, desde que saibam exatamente o quanto ela
pesa e qual a distância que terão de carrega-la.
Os chefes CINCOS não se encaixam dentro do estilo interativo do TRÊS. A solução óbvia
de posicionar os Desempenhadores em funções ligados ao público, como propaganda ou
vendas, pode funcionar até certo ponto, mas não satisfará o desejo do TRÊS de ser
pessoalmente validado por uma autoridade. Os TRÊS são intrometidos e os CINCOS detestam a
intromissão. O chefe CINCO opera por detrás da porta e o empregado TRÊS acha razões de
bater à porta, o que se torna fonte de frustrações mutuas. Ao isolar-se os CINCOS podem
tronar-se um chamariz para empregados que querem contato pessoal.
Esse não é casal que se encontra com frequência e o êxito que possa ter dependerá da
resolução da tensão entre desempenho e medo de desempenhar. Os TRÊS são sujeitos
ambiciosos, cuja palavra chave nos relacionamentos é “Pare”. A necessidade de parar e
conversar sobre o relacionamento ativará a necessidade do TRÊS em relação ao próprio valor
pessoal. Aterrorizado por sentimentos fortes, pisará no acelerador justamente no momento
em que o mais internalizado SEIS quer parar e discutir as dúvidas que tem.
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Num casal, os dois estão em condição de ajudar-se mutuamente de uma forma decisiva.
Os TRÊS sentem-se assustados por relacionar-se com alguém cuja visão de mundo se articula 44
na dúvida. Os SEIS põem em cheque a imagem e duvidam do sucesso, justamente as duas
vertentes da relação das quais os TRÊS dependem para sentir-se bem consigo mesmos. O TRÊS
pode ficar desolado quando vir o SEIS preso a um retorno cíclico à posição de oprimido e
perdedor. Paradoxalmente, ao tentar encorajar o Patrulheiro a dar o melhor de si, o
Desempenhador pode tornar-se o alvo da atenção paranoide do SEIS. Os SEIS ficam
estressados pela posição em TRÊS, o ponto de risco deles. A imagem pública parece uma
armação. Você pode ser atacado e ridicularizado quando está publicamente visível, de modo
que os esforços bem-intencionados do TRÊS muitas vezes parecem uma armadilha ou um
teste, o que aumenta o medo do SEIS em realizar alguma coisa.
É proveitoso que o TRÊS seja capaz de descartar o sucesso como medida de valor
pessoal e de concentrar-se nos sentimentos subjacentes à dúvida do Patrulheiro em relação a
si mesmo. Se lidar bem com o sucesso for conceituado como uma missão de vida que, por
força, deve revelar muitas facetas interessantes da personalidade da pessoa amada, então o
TRÊS é o parceiro perfeito para tornar essa empresa bem-sucedida. Se, porém, o TRÊS repudiar
a dúvida recorrente do SEIS como algo de tolo ou falso, isso muitas vezes indicará uma
incapacidade de olhar para dentro de si mesmo e de reconhecer as próprias ansiedades.
Os SEIS, por outro lado, cronicamente decepcionam-se com o que percebem ser
presunção do Desempenhador que gosta de aparecer. Sem dúvida, cada membro desse casal
encara o sucesso com olhos distintos. O TRÊS sente-se realizado se é capaz de desempenhar
uma função, ao passo que o SEIS sofre de amnésia em relação ao sucesso e precisa ser
continuamente encorajado. O TRÊS sente-se profissional quando obtém sucesso, ao passo que
o SEIS tem sempre de voltar ao começo. Ajuda, no caso, quando o SEIS aprende a concentrar-
se na tarefa sem desviar-se para a dúvida mental. Ao rejeitar as capacidades de desempenho
do TRÊS como superficiais, o SEIS está anunciando a própria incapacidade de manter-se
concentrado nas metas.
O alinhamento mais natural de talentos põe o SEIS como o criador de ideias originais e o
TRÊS como aquele que as promove com criatividade. Os Patrulheiros são capazes de lidar com
uma ideia controversa ou difícil por um tempo longo bastante para refinar a teoria e preparar
o terreno para um produto ou serviço. Habitualmente, os poderes criativos dos SEIS são
afiados pela adversidade e ele é capaz de abrir mão do reconhecimento imediato.
a atender aos interesses correntes do público. Numa parceria entre iguais, o SEIS é muitas
vezes colocado como a pessoa de ideias e expert em casos difíceis, que formula um produto
sólido para ser promovido e vendido pelo TRÊS.
Um chefe SEIS talvez seja cauteloso demais e preso demais a regras para um empregado
TRÊS ambicioso. Temendo a perda do controle, o SEIS pode ser rápido em apontar intenções
negativas, o que desconsidera os aspectos positivos da competitividade e da iniciativa pessoal.
Os TRÊS são particularmente vulneráveis a ser desconsiderados e rapidamente buscarão
outras oportunidades de trabalho assim que um projeto deixe de oferecer espaço suficiente
para o progresso profissional. Os Desempenhadores distinguem-se numa atmosfera de rápida
rotatividade e expansão, que é, contudo, contrariada pela ambiguidade de um chefe SEIS com
respeito a ser visto. Se os SEIS devem aprender alguma coisa da linha que têm em comum com
o TRÊS no diagrama, é justamente aprender a correr riscos nas formas exemplificadas pelo
TRÊS. Em vez de controlar a lealdade dos empregados por meio de regulamentos, o chefe SEIS
pode tornar-se um modelo de imagem e de eficiência que são admiradas pelos TRÊS.
Esse é um casal onde as energias se combinam muito bem e são capazes de produzir um
estilo de vida de aventuras bem-sucedidas. Na medida em que o casal partilhe os mesmos
interesses, a orientação do TRÊS para o alcance de metas casa-se muito bem com a mente
multiopcional do Sete. Não haverá queixas de depressão ou de tédio, contanto que os projetos
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se multipliquem, mas o casal talvez não passe muito tempo junto. A não ser que se tome
cuidado em estreitar os interesses de ambos para um propósito comum, esse casal pode
acabar limitando-se a uma atualização semanal das notícias.
Quanto aos SETES, eles sabem trazer prazer para o relacionamento. Conceitos tais como
prazer e poder de escolha podem ser libertadores para os TRÊS, que se preocupam mais em
parecer bem do que em sentir-se bem. Os sentimentos não aparecem quando os
Desempenhadores estão trabalhando pela aprovação alheia; por isso a insistência do
Epicurista na satisfação e na liberdade de escolha pode ser um dom dos céus. Casais de TRÊS e
de SETE de longa data descrevem-se como pessoas que juntas “se divertem produtivamente”.
O parceiro SETE terá desenvolvido uma constância de propósito e, no processo, uma parcela
da orientação do TRÊS para produzir terá se tornado prazerosa.
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O mal-entendido mais comumente relatado por essa parceria envolve a falta de clareza
nos objetivos. Os SETES que não sabem delegar e geralmente deixam furos na implementação
dos próprios projetos. Os planos modificam-se e surgem novas orientações para os
empregados que pode ser difícil de seguir. O chefe Epicurista talvez não perceba que o
frustrado Desempenhador teve de assumir uma função de gerente a fim de tornar as teorias
do SETE mais coerentes. Se a liderança do SETE for errática ou contraditória, os TRÊS intervirão
a fim de preencher o vácuo de poder. Quando os TRÊS são respeitados nos conceitos
específicos que têm sobre salários e notoriedade pública, essa parceria funciona bem. O SETE
deveria preferir dar ao TRÊS um título e uma função específica a abrir mão da liderança, o que
incita os empregados a criar funções para si mesmos.
48
Uma boa combinação mostra o TRÊS e o OITO como confidentes. Seguros das próprias
capacidades e das capacidades do outro, provavelmente serão bem-sucedidos como casal. Os
TRÊS, porém, devem aprender a apreciar. O TRÊS tende a pensar que faz tudo acontecer
sozinho, mas o OITO apaixonado exibe tendências marcantes do Dador. O Patrão precisa de
confirmação e de atenção assim que a casca externa mais dura se dissolve. Esse casal une-se
na atividade e na ação, mas as áreas do sentir e do ser são territórios novos a ser explorados.
Um vínculo através do fazer a dois é completamente diferente dos vínculos que se formam no
ser e no sentir. Os sentimentos do OITO despontam quando ele é capaz de renunciar com
segurança ao controle do relacionamento. As emoções do TRÊS florescem num
relacionamento, no qual ele se sinta amado por aquilo que é e não por aquilo que conquista e
produz.
O TRÊS e o OITO têm estilos de liderança notórios nos Estados Unidos da América.
Ambos os tipos são agressivos e territoriais. Ambos os tipos valorizam mais o produto que o
processo e ambos ficam enfurecidos quando tarefas são interrompidas. É uma equipe de
trabalho imbatível, desde que o TRÊS e o OITO estejam do mesmo lado, mas haverá
garantidamente uma disputa pelo poder se não estiverem.
O estilo do OITO é confronto direto. Não há falsas aparências. Os TRÊS, contudo, sabem
agir como camaleões. Mudam de cor e de posição para que gostem deles e assumem a
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personalidade que se espera deles. Os OITOS constroem uma base forte, estabelecem uma
meta e fazem o lançamento. Os TRÊS são mais astutos: entram em movimento, costuram uma
estratégia com aquilo que está disponível e aprendem fazendo. Como adversários, lutam pelo
poder. Os TRÊS veem os OITOS como tiranos e os OITOS veem os TRÊS como mentirosos.
A situação mais comum mostra o OITO como o chefe e o TRÊS como o produtor de
ponta no campo em questão. Se os TRÊS se sentirem valorizados, a parceria crescerá. Os TRÊS
querem recompensas tangíveis pelos esforços. E um administrador inteligente respeitará essa
inclinação em vez de tentar controlar. Os chefes OITOS desconfiam de qualquer ameaça ao
próprio poder e os Desempenhadores são exatamente essa ameaça. É conveniente
estabelecer diretrizes para os salários e para o status. Os TRÊS são sensíveis às oportunidades 49
dentro de um sistema de trabalho. Querem uma escada para subir e as ambições que têm
podem ser assim canalizadas.
Os chefes TRÊS têm de mostrar equidade. Os OITOS pensam: “Será que se pode confiar
num camaleão? Será que o chefe é leal à equipe”? Os empregados OITOS são uma contestação
à autoridade. “Será que vão me entregar quando for conveniente? Será que o chefe é
honesto? Vamos descobrir”. O OITO pode fomentar perturbações no local de trabalho e o
chefe terá uma rebelião para subjugar. No fundo, a questão toca a integridade da
administração. Os OITOS são incapazes de engajar-se, a não ser que se sintam seguros. O chefe
TRÊS pode ajudar reconfirmando o lugar do empregado OITO no futuro. Os OITOS precisam
conhecer que posição terão nos planos de longo prazo na empresa.
Sem o leme das prioridades de outro alguém para direcionar as próprias escolhas e
decisões, os NOVES podem cair numa rotina do dia-a-dia que lembra o sonambulismo.
Externam a própria infelicidade diminuindo a energia e reduzindo a participação a obrigações
mecânicas. Talvez não digam não em voz alta, mas a presença e o entusiasmo estão
amortecidos. Uma crise nesse relacionamento pode surgir sem que seja dito muita coisa. A
vida familiar prossegue com o TRÊS sendo atraído para atividades externas e com o NOVE indo
dormir. O TRÊS trabalha duro e o NOVE, muitas vezes com uma agenda igualmente carregada,
seccionou apenas a quantidade de atenção necessária para atender à rotina. Nenhum dos dois
reconhece o dilema. O TRÊS está trabalhando “por nós” e o NOVE está trabalhando para
abafar a própria frustação e a raiva.
50
Por fim, os NOVES que se sentem afastados do parceiro começarão a pensar: “Como
chegamos a esse impasse? Fui eu que escolhi esse modo de agir? Aqui é o meu lugar ou não”?
O questionamento pode tornar-se obsessivo se as prioridades do TRÊS de fato dominarem a
vida do casal. Presos pelo questionamento interno, os NOVES se dirigem ao próprio ponto de
estresse em SEIS e duvidam da validade do relacionamento, mas acham difícil propor soluções.
O Desempenhador chegará a fúria se o questionamento mental do NOVE paralisar as
expectativas futuras da família. Alheio a vontade do NOVE, é geralmente o TRÊS quem toma a
iniciativa, ou enterrando-se no trabalho, ou partindo para outro relacionamento, ou ainda
introduzindo uma mudança.
Os TRÊS são muitas vezes ávidos em dar suporte às “mudanças construtivas”, sobretudo
se um “suporte positivo” aumenta as possibilidades de sucesso do casal. No caso, ajuda
quando o casal compreende o fato de que a busca do NOVE por uma direção pessoal no fundo
vale para ambos os parceiros. Pode ser fácil demais desqualificar a busca por uma posição
interior como autoindulgência; e os TRÊS podem ser de sobremaneira impacientes quando
têm de gastar tempo com questões de compromisso e de existência, em vez de encher o dia
de atividades. “Por que se aprofundar tanto nessas coisas quando projetos de curto prazo
estão acenando? Por que buscar motivações mais profundas quando elas parecem desenterrar
dor e sofrimento”? Concentrar-se na identidade que emerge do próprio ser pode tornar-se
alarmante para o TRÊS, que, à moda dos camaleões, sabe ganhar aprovação projetando uma
persona adequada. Ambas as partes querem que o NOVE desabroche, mas por que leva tanto
tempo?
Em geral, o NOVE gosta das características do ponto de segurança (TRÊS). O NOVE pode
parecer um TRÊS e agir como um TRÊS, mas com algumas diferenças fundamentais: o NOVE
continuará a ver todos os lados de qualquer questão, provavelmente se fundirá as agendas de
outras pessoas e evitará conflitos. Na opinião do TRÊS, esses atributos retardam o ritmo de
trabalho e podem ser vistos como deficiências, ao passo que o NOVE pensa que dar atenção a
outros pontos de vista significa conduzir o negócio com coração.
Os chefes TRÊS tendem a expandir a própria esfera de influência. Assim que um acordo
tenha sido concluído, vem a urgência de passar para um próximo evento. Talvez seja difícil
conseguir a atenção do chefe, a não ser que o assunto tenha relação com a tarefa em curso, o
que torna as demais considerações, tais como a atmosfera no local de trabalho, interditas à 51
discussão. Os próprios NOVES talvez concordem que é prejudicial aos negócios ficar preso no
fogo-cruzado da política no local de trabalho, mas permanece a verdade de que os Mediadores
podem ficar arrasados ao não articular ressentimentos de empregado que o chefe TRÊS é
incapaz de perceber.
A indecisão do chefe NOVE pode ser uma ameaça para funcionários que se orientam por
metas, tais como o TRÊS. Na opinião do TRÊS, o processo extensivo de pesquisa e descoberta é
bastante desestabilizante. É como se a compilação de dados pudesse se tornar um fim em si
mesma em vez de ser um meio de facilitar decisões. Informação em excesso sobrecarrega o
sistema do TRÊS; é uma frustração pensar que resultados importantes podem ser
esmigalhados por pensamentos contraditórios. Os empregados TRÊS veem metas concisas, de
curto prazo, e os chefes NOVES veem as maneiras como as metas podem modificar-se sob
condições flutuantes. Essas maneiras distintas de dirigir a atenção podem levar-nos a
encontrar o TRÊS exigindo freneticamente uma conclusão, enquanto o chefe ainda está
examinando provas.
O TIPO QUATRO
Esse par talvez seja candidato à lista de espécies ameaçadas de extinção no Eneagrama.
Vi apenas algumas relações íntimas entre os QUATROS, embora os Românticos adorem passar
o tempo juntos e com frequência se tornem o melhor amigo um do outro. Esse status de
melhor amigo é muitas vezes alimentado por uma vocação em comum. Os QUATROS vão
juntos ao teatro, distribuem abaixo-assinados em prol dos direitos da criança, fazem jogging 52
juntos e conversam sobre relacionamentos, choram, vestem-se bem, fazem as pazes após uma
briga. O status de melhor amigo confirma o valor do outro como pessoa que compartilha um
ponto de vista original, o que ajuda a neutralizar a vergonha subjacente de não ser
suficientemente bom para merecer amor. Com o melhor amigo pode também dar-se ao luxo
de ser mais aberto do que com os parceiros íntimos, uma vez que os QUATROS acreditam que
revelar um defeito fatal à pessoa amada levará ao abandono.
Dois QUATROS estão ligados por uma atração pela intensidade emocional que é evocada
pela sensibilidade estética, pela ternura e por tendência igualmente forte à depressão. Um
bom relacionamento é permeado pelo espectro total do sentir. Como poderá a alegria ser
autêntica sem as lembranças sobre a perda da alegria? Não terá o vínculo emocional uma
contrapartida na separação e na dor?
Num caso favorável, esse casal é capaz de manter a chama viva por toda uma vida. Não
precisamos ser QUATROS para sentir a invasão da saudade quando estamos separados da
pessoa amada, mas os Românticos entre nós aprofundaram essa ânsia em si mesmos. Uma vez
ligados, os QUATROS estarão unidos para sempre através dos sentimentos. É preciso anos para
processar todas as nuances de um relacionamento, e os QUATROS provavelmente farão isso
aceitando com amor tanto os beijos quanto as lágrimas. 53
Os QUATROS podem ser empreendedores que se mostram, o que não se encaixa num
estereótipo de uma figura trágica, mas, no fundo, a pulsão que sentem pelo sucesso é muitas
vezes motivada pela suposição de que uma programação de muito trabalho derruba a
depressão. Além disso, os QUATROS precisam de uma prova tangível do próprio valor, e o
sucesso visto pelos outros é um bálsamo para quem tem baixa-estima. QUATROS do subtipo
sexual, se mobilizam contra os adversários, uma característica altamente valorizada no
mercado de trabalho. Todos os QUATROS tendem a pôr um toque de peculiaridade e de
singularidade no que fazem, e mesmo um QUATRO que pertença ao subtipo social será
encorajado por um pensamento do gênero: “Se os outros são capazes de fazer, eu também
posso. O que é que eles têm que eu não tenho”?
A maioria dos QUATROS oscila entre o impulso de obter sucesso e um desinteresse fatal.
Há uma euforia crescente associada ao desafio, a qual se transforma em desapontamento
assim que o trabalho vira rotina. Subitamente, é como se a empresa fosse infrutífera, como se
os dias fossem todos iguais. Simplesmente não vale a pena o esforço quando tanta coisa
parece estar em falta. Os Românticos são capazes de sabotar os próprios ganhos justamente
no auge do sucesso. Os QUATROS do subtipo social são bastante envergonhados de expor-se
publicamente; ser visto simplesmente não vale o risco de ser humilhado publicamente.
Eis outro casal cujos membros comecem a parecer um com o outro no decorrer do
tempo. Tanto os CINCOS como os QUATROS têm a tendência de fechar-se num mundo
interior, mas essa interiorização tem em cada caso um enfoque totalmente diverso. Os CINCOS
sabem viver num mundo de abstração intelectual e de metáforas mentais que, curiosamente,
parece destituído de conteúdo emocional, enquanto que os QUATROS primam pela atenção
que dedicam às flutuações do estado emocional. O coração e a mente são órgãos de
percepção tão diferentes entre si que os dois parceiros podem sentir-se adulterados ou
incompreendidos quando se expressam um com o outro. O parceiro Romântico talvez pense:
“Minha amada não tem coração”. O Observador talvez sinta: “Minha mente está tomada pela
pessoa que amo”. Os modos de expressão de cada parceiro são tão completamente distintos
que, às vezes, podem sentir-se como navios que se cruzam na noite, invisíveis à presença do
outro.
Apesar dessas diferenças óbvias, os dois compartilham uma visão de mundo imbuída de
significado e muitas vezes ofuscada pelo simbolismo. Ambos concordam que existem
princípios e chaves para significados ocultos que operam sob a superfície dos acontecimentos
comuns, e compartilhar essa convicção pode aproximá-los um do outro. A sensação de que a
vida real é vivida por detrás das cenas e das aparências superficiais não significa que sejam
pensadores mágicos, mas simplesmente que têm a capacidade de habitar um mundo de
percepções pessoais que difere das convicções e crenças predominantes.
Ajuda quando os dois souberem encontrar o grau apropriado de contato, o que explica 55
em parte porque, em casais de longa data, os parceiros começam a parecer iguais. Cada um
terá de adaptar o próprio estilo de relacionamento de modo a acomodar o outro. Os
Observadores têm de ficar com os próprios sentimentos e os Românticos têm de se freiar. A
recompensa, por assim dizer redentora, de equilibrar o tipo mais contraído com o tipo mais
emocionalmente dramático do Eneagrama é ver que cada um tem algo de admirável a ensinar
ao outro. São parceiros que podem aprender a encontrar-se no meio, bastando a cada um
modificar-se na direção das necessidades emocionais do parceiro.
Os Observadores podem ser muito mais expressivos nas relações profissionais do que
nos cenários íntimos. Podem ser totalmente absorvidos por uma causa ou por um
empreendimento que lhes cative a imaginação e tornam-se altamente emocionais quando a
concentração está mais na tarefa do que no puramente pessoal. Ambos os tipos estão livres
para progredir quando uma maior disponibilidade do Observador conquista a confiança do
Romântico.
Como chefes, os CINCOS operam dentro dos limites de uma agenda pré-estabelecida, de
encontros cronometrados e de telefonemas previamente acertados. Cabe aos subordinados
lidar com as interferências e atuar como um filtro protetor. É difícil para os CINCOS afrouxar a
atenção uma vez tenham começado a concentrar-se. Desse modo, a privacidade torna-se uma
diretriz básica. Na medida em que os QUATROS participem do círculo interno da chefia, talvez
fiquem satisfeitos em conduzir o local de trabalho de uma forma pessoal e estilizada, que
corresponde ao gosto individual dos Quatros. O chefe CINCO provavelmente permitirá que o
Romântico modele a aparência e a atmosfera das aparições públicas.
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Uma situação de ruptura pode ser contornada desde que ambas as partes demonstrem
interesse. Os QUATROS querem reconhecimento pessoal e os CINCOS querem eficiência
organizacional sem o fardo da presença pessoal. O empregado tem de deslocar-se de uma
postura emocional e o chefe, de uma posição preponderantemente lógica. Ajuda, no caso, 56
quando os CINCOS estimulam a discussão e quando os QUATROS são capazes de oferecer
soluções objetivas que repousem sobre uma estrutura.
Os QUATROS, como chefes, podem descobrir que são bem amparados pelos
empregados CINCOS. Ambos os tipos desejam um relacionamento privado e isso pode ser
simplesmente um projeto especial. Os Observadores brilham na área circunscrita de uma
especialidade e os QUATROS necessitam do efeito estabilizador de um apoio bem
documentado. Se surgir alguma dificuldade, é provável que o empregado CINCO prefira
recolher-se por trás do muro da formalidade intelectual a envolver-se numa confrontação.
Quando atormentados, os CINCOS são capazes de controlar todo um departamento não dando
coisa alguma. Você não obterá nenhuma resposta, a não ser que faça a pergunta certa, usando
com precisão o vocabulário certo. Todo o fardo recairá nos ombros do chefe quando o
empregado CINCO tiver de ser forçado a revelar alguma informação. Quando os Observadores
se retraem, haverá períodos sem nenhuma comunicação e relatórios de apenas uma página.
Como empregados, os CINCOS tipicamente escondem-se adotando uma pose apropriada para
o local de trabalho e, assim, o enfurecido chefe QUATRO não poderá resolver o problema.
Quando, finalmente, são postos contra a parede, os CINCOS saberão dizer com precisão
o que pensam, mas de uma maneira brusca, sem perceber a humilhação criada para os outros.
A situação ganha os contornos de um impasse se o QUATRO, atormentado pela vergonha, se
desforra aviltando a perícia intelectual do CINCO. Os Românticos sentem vergonha ao ter as
falhas expostas e os Observadores podem sentir-se igualmente magoados quando são
questionadas as contribuições intelectuais que fazem. A mediação deve tirar vantagem do fato
de que ambos os tipos são capazes de esquecer velhos ressentimentos e de recomeçar tudo
sem remorsos, sobretudo quando o CINCO é reconhecido intelectualmente e o QUATRO é
resgatado da anonimidade pela garantia de uma menção especial.
Esse casal mostra, porém, duas motivações muito diferentes, mas que sustentam visões
de mundo similares. Ambos os tipos se identificam com o medo e com a tristeza, mas por
diferentes razões. Os Patrulheiros veem-se a si mesmos como exilados e socialmente
prejudicados, que temem as perseguições, enquanto os Românticos referem-se ao medo de
ser incompreendidos e abandonados. Os dois estão ligados entre si por meio de um destino
semelhante e de uma força criadora efervescente, capaz de levar os oprimidos a empreender
atos significativos.
Os chefes QUATROS precisam ter a imagem pública ratificada. Palavras para elogiar a
competência não serão o bastante; deverá haver o reconhecimento de uma afirmação pessoal
do QUATRO, onde se ouve: “Eu sou diferente”. O empregado SEIS geralmente está disposto a
endossar qualquer autoridade digna de confiança, por mais idiossincrática que seja. Os
Patrulheiros são obedientes, contanto que a chefia possa ser responsabilizada pelas próprias
ações, mas, quando uma autoridade dá a impressão de estar acima das regras, os SEIS ficam
desconfiados. Os chefes QUATROS devem apresentar uma imagem coerente e devem evitar
mudanças visivelmente arbitrárias na política de condução dos negócios. Os empregados SEIS
lerão significados e intenções ocultas em cada gesto. Toda essa trama e dissensão poderá ser
evitada se o chefe se tornar uma pessoa comum e não ameaçadora, em geral através do
simples expediente de informar, explicar e pedir retorno.
Essa parceria pode fortalecer-se graças a uma confiança mútua ou então degenerar
naquela espécie de luta de personalidades que faz um negócio naufragar. Os empregados SEIS
desconfiam de chefes que se mantém acima da massa de trabalhadores comuns. Ajuda
quando os QUATROS se deixam ver pelos empregados e evitam manter-se à parte.
Um empregado SEIS lutador pode ser de interesse para o Romântico, sobretudo quando
se tratar de uma missão de resgate, na qual o QUATRO tem o dom de estimular um talento
que desabrocha. Os chefes Românticos têm muitas vezes a disposição de encorajar as pessoas
em dificuldade, o que produz exatamente o tipo de ambiente orientado para a pessoa
humana, atmosfera essa que insufla o sucesso nos que têm medo.
Como chefes, os Patrulheiros têm de reprimir a dúvida. Um chefe SEIS geralmente verá a
si mesmo como o causador da insatisfação entre os empregados ou, pior ainda, pode começar
a sentir-se pessoalmente atacado. Os Patrulheiros atribuem importância demais a discordância
de pequena monta. Esse tipo de chefe precisa identificar com precisão qualquer fonte de
irritação, e os empregados Românticos podem ajudar revelando tanto quanto for possível.
A mediação deveria expor as diferenças entre a percepção que cada um tem das crises.
Os QUATROS podem sentir-se à vontade num confronto e são capazes de honrar os
sentimentos autênticos que brotam quando há uma perturbação nos eventos cotidianos. Os
SEIS, por outro lado, têm uma reação muito forte aos conflitos e podem assim ver os QUATROS
como erráticos e perigosos para os interesses dos negócios. Os parceiros defrontam-se com
um crescente abismo de incompreensão quando o tédio do QUATRO cria uma explosão que o
SEIS tenta desesperadamente conter. Os Românticos descobrem respostas em meio à crises,
mas os Patrulheiros reprimem as crises ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente
uma solução analítica. A mediação precisa descartar os resultados positivos dos conflitos e, ao
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mesmo tempo, chamar a atenção tanto para o empenho do QUATRO em apontar o que está
faltando como para o medo do SEIS diante das crises.
Esta é uma das atrações entre opostos no Eneagrama, um par frequente que se esforça
em obter um equilíbrio entre as muitas opções do SETE e o compromisso íntimo do QUATRO
com a profundidade das emoções. Os QUATROS sentem o mundo através dos próprios
sentimentos e os SETES são basicamente cerebrais. Cada um tem uma alegria para transmitir –
a do coração e a da mente – as quais podem produzir uma autêntica união de opostos ou uma 59
atmosfera de alienação.
O obstáculo com que esse casal se defronta reside na intolerância que os SETES têm
pelas emoções negativas. Os Epicuristas mal conseguem concentrar-se quando surge um tema
difícil; outros planos e outras possibilidades acenam e levam embora a atenção. Os
sentimentos positivos são infinitamente mais bem-vindos, e o casal se deleitará com o lado
bom das ideias e das atividades estimulantes. Os SETES têm grande necessidade de
experiências e o QUATRO que queira o relacionamento terá de participar. Os Românticos
raramente reclamam do ritmo e do âmbito dos interesses do SETE, desde que ele não vá longe
demais. A atividade automaticamente substitui a depressão do QUATRO, mas os Românticos
são universalmente impacientes com a incapacidade do SETE de suportar a dor. “Por que é que
você tem de ir embora só porque eu estou triste? Aonde você vai quando a gente precisa
conversar”?
Os parceiros discordam sobre como lidar com questões espinhosas. Os QUATROS acham
que é importante discutir sentimentos negativos e os SETES veem a negatividade como perda
de tempo. Cada um pode sentir-se controlado pelo outro. Os QUATROS sentem-se infelizes se
têm de conter os sentimentos e os SETES têm medo de atolar-se nas emoções. Os Românticos
gastarão um tempo considerável convencendo os Epicuristas a priorizar o sentir em lugar do
pensar, mas o Epicurista provavelmente dirá da maneira mais charmosa possível: “Eu tenho
sentimentos profundos e completos, só que por pouco tempo”. Os SETES têm de ser
convencidos de que sentimentos têm valor. Amam o entusiasmo otimista que anuncia uma
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nova empreitada, mas, para eles, ter experiências profundas é como ficar em apuros, e logo
surge o medo das limitações.
Quem está de fora talvez se sinta pressionado a tomar partido se o casal brigar. Como os
parceiros são muito diferentes em termos de orientação, pode parecer que apenas um tem
razão. O tom lamentativo do QUATRO e a positividade igualmente convincente do SETE 60
tendem a atrair amigos e testemunhas para os papéis de juiz e conselheiro.
Enquanto que os SETES veem a taça das oportunidades 50% cheia, os QUATROS podem
vê-la 50% vazia; mas, em vez de ficar paralisada, essa parceria muitas vezes funciona com
eficiência. Cada um é energizado pelo estilo e pelo senso de ser distinto e especial do outro, ao
mesmo tempo que, combinando as percepções do que é possível e do que está faltando, os
dois são capazes de explorar novas tendências. É como se compactuassem na crença de que
podem desenvolver algo que nunca foi visto antes. São essas diferenças que os tornam
eficientes na relativa neutralidade do ambiente de trabalho. A recusa do SETE em ficar
comprometido a possibilidades restritas instiga à atividade e a ênfase do QUATRO na forma e
na aparência impedem uma explosão hiperativa de planos.
A disputa no local de trabalho mais comumente relatada pela parceria QUATRO-SETE diz
respeito a tarefas incompletas. O chefe QUATRO sente-se por fim desrespeitado e deixa o
Epicurista cair em desgraça. Essa parceria também pode fazer surgir um relacionamento do 61
tipo filho pródigo, no qual o chefe SETE some sem deixar rastro até que todos os indícios do
conflito tenham evaporado. Quando o SETE retorna, os demais da equipe provavelmente
quererão saber por que parecem menos interessantes para o chefe, sobretudo se deram duro
no trabalho durante a ausência do pródigo. Ajuda quando os QUATROS estão dispostos a
estabelecer padrões profissionais absolutos, uma vez que tanto chefe quanto subordinado
dobram as regras. Os regulamentos e as datas limites têm de ser particularmente claras
quando um chefe QUATRO que se ache acima das regras, une-se a um subordinado que busca
evitar as limitações.
dela. A gente andou pelo país inteiro, teve cinco filhos, trabalhou duro à beça e teve milhares
de brigas formidáveis”.
Por apreciar o estilo pessoal dos Românticos, os OITOS gostarão de ser incluídos nos
assuntos que dizem respeito a bom gosto e apresentação. Os QUATROS são conhecidos por
deixar-se atrair pela postura emocional irreverente do OITO que julgam estar em contato com 62
sentimentos “verdadeiros” ou “autênticos”. Os OITOS não perdem muito tempo preocupando-
se com o que as pessoas pensarão e é justamente essa falta de pretensão que é tão atraente.
Os QUATROS são capazes de esconder-se por detrás de uma imagem glamorosa, enquanto os
OITOS são notadamente naturais. Como OITO, você se mostra tal como é.
Esse relacionamento tem várias concordâncias naturais que permitem que cada um
ajude ao outro simplesmente sendo o que é. Por exemplo, o OITO preferirá a companhia do
QUATRO quando este estiver emocionalmente feliz, para cima, mas poderá afastar-se se o
QUATRO se tornar deprimido. Um Patrão enfadado e descontente pode simplesmente sair
para divertir-se noutra parte, deixando o QUATRO a lamuriar-se. Os QUATROS
incompreendidos ficam enfurecidos se são ignorados, o que pode ter o efeito positivo de
acabar com uma depressão. Se a depressão for, na verdade, raiva internalizada, então os
OITOS serão os parceiros ideais para trazer essa raiva para fora. Os OITOS detestam os dramas
emocionais de egocêntricos e provocarão uma briga para despertar sentimentos reais, o que,
no fim das contas, pode ser útil para reaproximar o casal.
Ambos os tipos tendem a imaginar-se acima das regras. Ambos os tipos têm um traço de
amoralidade: as regras comuns simplesmente não se aplicam aos QUATROS, que são
suficientemente especiais para estarem acima da lei, nem aos OITOS, que se sentem mais
fortes que a lei. Essa é uma parceria imbatível quando ambos são capazes de concentrar-se na
tarefa a ser feita; só que os OITOS tendem a gastar energia com apetites pessoais e os
QUATROS perdem a concentração com as preocupações emocionais. A competição é uma
questão fundamental que pode ser manejada construtivamente ou criar uma desconfiança
cáustica. Os QUATROS exigem um status especial a fim de encobrir sentimentos de vergonha
íntima, mas são também altamente inovadores e sentem-se comprometidos com as 63
necessidades emocionais alheias. Os OITOS são uma força competitiva em qualquer parceria,
especialmente em questões de liderança, mas também encarnam a vontade e a persistência
da qual depende qualquer empreendimento bem-sucedido.
O chefe OITO é conhecido por ditar as regras e depois violá-las, o que é atraente para o
QUATRO, desde que ele tenha um vínculo especial com o Patrão. As regras não importam, mas
o vínculo emocional tem muita importância. Os empregados QUATROS que perdem os favores
são capazes de desenvolver uma sede de vingança que se equiparam a qualquer OITO. É de se
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esperar que o chefe OITO irritado se torne vingativo ou queira demitir o QUATRO sem
nenhuma consideração. Essa parceria pode tornar-se o fio das grandes histórias das equipes de
mediação. Ajuda, no caso, instruir os chefes OITOS com respeito ao impacto que causam nos
outros. Aquilo que talvez pareça uma boa liderança pode ser um insulto para o Romântico
mais emocional.
Todos nós já sentimos o poder incomensurável dos vínculos emocionais, mas, neste
relacionamento em particular, a extensão do eu para os outros é dramática. Os QUATROS 64
falam de um anseio de toda a vida de ser “despertados pelo amor”, os NOVES buscam no
parceiro não só a vitalidade, mas também uma programação de vida. Nas melhores fases, cada
um é capaz de amar o outro imparcialmente, sem expectativas nem incriminações, mas, nos
períodos desfavoráveis, cada um espera do outro o impossível: o parceiro Romântico aspira a
uma satisfação emocional permanente, enquanto o Mediador quer que lhe entreguem uma
vida.
As atrações iniciais são muitas vezes expressas pelos Românticos que se sentem
transportados por ser aceitos com as imperfeições e tudo o mais. A presença paciente do
NOVE imuniza os QUATROS contra o medo do abandono e contra a baixa autoestima. Os
NOVES procuram evitar o conflito e sabem ser extraordinariamente tolerantes com os outros,
não sentindo nenhuma necessidade de obrigar o parceiro a modificar-se. Por outro lado,
contudo, os NOVES querem ser aceitos incondicionalmente. Os NOVES se ressentirão com as
condições típicas do QUATRO, tais como: “Eu poderia amar você se apenas...”, “Eu sei qual é a
falha do seu caráter “ ou “Eu não poderei amar você totalmente se você não se modificar”.
Ambos os parceiros detestam ser criticados e ambos tendem a culpar outras pessoas pelo
próprio destino. Os QUATROS veem o que falta na pessoa que amam e os NOVES veem no
parceiro a força ativa e agressiva.
O Mediador talvez esteja bem consciente de que houve uma ruptura no senso de união
do casal. Como se fundem às outras pessoas, os NOVES sabem quando se espera alguma coisa
deles e, nas circunstâncias mais favoráveis, fazem o que se espera. Durante um impasse,
porém, os NOVES esperam e nada fazem. Divagam, “desligam-se”, ocupam-se com atividades
de importância secundária ou esforçam-se em desaparecer. O Romântico se sentirá
negligenciado e abandonado, mas os Mediadores poderão responder sem mentir: “Eu nada fiz.
Eu não deixei você. Como você me chama de negligente se estive aqui o tempo todo”?
verdadeiras são forçadas a despontar. Como NOVE, você não pode cair no sono quando o seu
parceiro está descarregando sentimentos fortes.
Esta é uma parceria comum que geralmente posiciona o QUATRO como a figura de
frente para lidar com o público, enquanto o NOVE supervisiona a mecânica do produto ou do
serviço. As diferenças entre os dois complementam-se sobretudo no local de trabalho, onde as
metas têm prioridade sobre os vínculos pessoais. Os QUATROS preferem estimular momentos
de criação a prender-se a empreendimentos previsíveis e de longo prazo, enquanto os NOVES
querem diretrizes coerentes a fim de eliminar as constantes tomadas de decisão. Quando bem
usado, o timbre pessoal do QUATRO pode dar forma a um empreendimento que poderá em
seguida ser implementado pelo mais metódico NOVE. Uma interação produtiva mostra que o
QUATRO espera que o NOVE dê estabilidade a ideias férteis, ao passo que a energia do NOVE
para levar à prática essas ideias é igualmente apreciada. Uma crise na interação mostra o
QUATRO entediado e alienado por um NOVE que privilegia soluções conhecidas e seguras.
Certamente haverá confusão quando um QUATRO frustrado encontrar um NOVE no piloto
automático. O QUATRO talvez sabote os negócios antes que o NOVE desperte.
envolvido consigo mesmo talvez não perceba nada até que chegue a carta com o pedido de
demissão do NOVE.
Os chefes NOVES podem parecer enigmáticos, uma vez que dão a impressão de dizer, ao
mesmo tempo, sim e não. Essa aparente ambiguidade é uma ameaça para o status de especial
do QUATRO e desencadeia o medo de uma humilhação em público. No caso, é de grande
ajuda a essa parceria se os Românticos puderem receber boas-vindas, de modo que sintam ser
parte do todo. Isso pode ser tão simples quanto convidá-los a assistir a uma reunião ou
posicioná-los ao lado de uma figura influente. Os empregados Românticos são sensíveis à
questão de quem recebe e o quê recebe: “Quem está próximo do líder? Quem está recebendo
atenção especial? O que foi que o chefe disse”? Favoritismos secretos abalam a estabilidade 66
do QUATRO e fazem com que recuem envergonhados ou então se tornem altamente
competitivos com os iguais. Nessa situação, ambos os tipos lucram com diretrizes inequívocas
a respeito de status e de vantagens, mas o que realmente agradará aos Românticos na equipe
de trabalho será a implementação dessas diretrizes com certo “adoçamento” por parte do
responsável.
O TIPO CINCO
Os casais de CINCOS muitas vezes vivem bem juntos porque cada um é capaz de
respeitar os limites do outro. Para quem está fora, pode parecer que não há muita coisa
acontecendo, porque quase não há conversa à toa nem abraços, mas o vínculo não
mencionado é patente. Os CINCOS dizem ser capazes de relaxar em meio a pessoas que
controlam as próprias emoções. Também descrevem em si uma contração automática sempre
que expectativas alheias invadem o silêncio.
Os casais de CINCOS as vezes habitam seções separadas da casa, cada uma com uma
entrada própria. Talvez dividam o espaço ao meio e se encontrem a horas pré-combinadas,
quando as crianças estão em casa ou quando têm de sair à noite. Pode haver bastante
atividade em família, desde que haja tempo bastante para a recuperação. O seu inferno como
CINCO é um espaço incontrolável, onde qualquer um pode colidir com você, por isso os casais
de CINCOS, aprendem a manter a privacidade quando vivem com outras pessoas.
simplesmente uma grande tentação interromper a comunicação; no entanto, cada um, por seu
turno, ficará ressentido se o outro se apartar dos sentimentos. A raiva é um provável ponto de
encontro à medida que cada um, por fim, se dirige ao ponto OITO quando em casa. Os CINCOS
sabem que estão comprometidos com alguém quando têm a disposição de aparecer e de
brigar. Contudo, é muito mais fácil pensar: “Posso passar sem essa relação”, e discretamente
sumir. Os casais de CINCOS dizem que a parte mais aborrecida do relacionamento com alguém
similar é a aflição de ser ignorado. Dizem nunca ter percebido que a não-comunicação pudesse
ser tão dolorosa até que tivessem desejado alguma coisa e o parceiro CINCO fosse embora em
silêncio.
Informações censuradas podem ser a norma. Como CINCO, não lhe parece necessário 67
revelar o que você está pensando às pessoas com quem você vive. Falta de informação talvez
não perturbe o relacionamento entre os dois CINCOS, porque os dois parceiros valorizam a
liberdade do silêncio. Embora sejam capazes de desvencilhar-se de muitos dos conflitos
emocionais que atormentam outros casais, os Observadores podem começar a temer o vazio
emocional que se desenvolve com um distanciamento prolongado. Os CINCOS muitas vezes
começam um relacionamento a fim de preencher esse vazio interior, mas o envolvimento
expõe-nos a um fogo cerrado de sentimentos. Mesmo um encontro agradável é esgotante
quando você tem de lutar contra uma corrente oculta que o arrasta de volta a solidão. Cada
um gostará de receber um convite para participar, cada um se posicionará de modo a ser
retirado da própria concha e cada um se sentirá ameaçado quando lhe couber dar início.
aberto de informações, e os empregados CINCOS são capazes de produzir uma peça que
sustenta sozinha, mas não se integra ao conjunto.
ficar altamente motivados quando se sentem chamados pelo dever de servir a outras pessoas,
a ternura que lhes é própria pode ser expressa com segurança por meio da fidelidade a um
parceiro. O vínculo base do casal é mental, mesmo quando os dois combinam sexual e
emocionalmente. Ambos entendem que o amor é mais do que apenas sentimentos.
Esse casal tem perseverança, desde que o canal de comunicação permaneça aberto.
Ambos os tipos são conhecidos por relacionamentos de longo prazo, porque o compromisso
permanente e o sentimento do “para sempre” neutralizam o distanciamento e a dúvida. São
também pessoas de fácil manutenção, capazes de trabalhar juntas na adversidade e de
suportar longos períodos de frustrações mundanas. Uma vez comprometidos, relacionam-se
tanto por meio das ideias que compartilham como pelo envolvimento romântico. Os
Observadores geralmente intelectualizam os sentimentos ao definir o romance como uma
ação. “Será que flores são adequadas para um aniversário”? “Como é que posso me preparar
para um “encontro espontâneo”? Os SEIS são extremamente suscetíveis à afeição. O carinho
desarma a dúvida e, uma vez livres da ansiedade, os Patrulheiros tornam-se parceiros ternos.
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Nos relacionamentos entre o CINCO e o SEIS, um único momento de ternura pode tornar-se
uma pedra angular do compromisso, desde que cimentado para sempre na mente dos dois.
Ambos são tipos mentais, o que cria a possibilidade de a parceria tornar-se algo insípida.
As ideias facilmente substituem as ações, e novas correntes de experimentação são abafadas
por uma indisposição de correr riscos. Ambos os parceiros fazem parte da tríade do medo no
Eneagrama, o que é geralmente externado por meio de uma atenção exagerada aos
obstáculos. O poder real de possíveis concorrentes talvez seja superestimado, e muito tempo 70
talvez seja gasto na eliminação de dificuldades. Há poucas probabilidades de os parceiros
deixarem-se ver em bases regulares (mesmo os SEIS contrafóbicos veem-se recuando depois
de alguns períodos no palco). Não são pessoas que se autopromovam, embora saibam, como
qualquer um, mobilizar-se e tronar-se públicas para curtas apresentações. A força comum a
ambos reside na estratégia, na instrução, no planejamento ou em qualquer outra situação que
exija uma análise crítica.
Como chefes, os CINCOS talvez não reconheçam que os subordinados SEIS carecem de
contatos pessoais. Os CINCOS tendem a ser técnicos nas comunicações. O relacionamento do
CINCO faz-se antes através de uma lógica do que através do apoio pessoal, ou seja, geralmente
através de relatórios factuais. A informação é distribuída de acordo com a necessidade de
saber de cada um. Os empregados não precisam saber tudo, uma tendência gerencial capaz de
fazer os SEIS sentir-se prejudicados ou jogados contra os colegas de trabalho. Sessões de
informações gerais e fóruns abertos são uma vantagem, porque representam chances de
questionar a autoridade com elegância e graça. Reuniões fechadas aborrecerão o Patrulheiro.
“Por que não fui notificado? Por que estão nos separando uns dos outros? Para onde tudo isso
está nos levando”?
O que um CINCO entende por interferência talvez seja apenas um SEIS nervoso em ação, 71
e o que o chefe vê como insubordinação talvez seja um empregado que precisa de tempo
sozinho. A simples formalidade de um encontro semanal é a maneira mais efetiva de lidar com
as diferenças. Os chefes SEIS precisam de informação e os empregados CINCOS precisam de
tempo antes de investir tempo e energia.
Outro cenário comum coloca os parceiros em movimentos paralelos: “Você faz as suas
coisas e eu faço as minhas” - é um estilo de vida natural para pessoas que se relacionam por
meio de ideias. Os CINCOS gostam muito de períodos de tempo prolongados a sós, de ir em
busca do conhecimento e de ordenar os sentimentos. O extrovertido Epicurista poderia sentir-
se gravemente limitado pela orientação introvertida do CINCO, se não fosse pelo fato de que
os dois tipos são altamente independentes. Os SETES descobrem para fazer coisas que
agradam indiretamente aos CINCOS, e nenhum dos dois quer que o outro exija muito tempo
juntos. A linha que os dois compartilham no Eneagrama parece gerar um entendimento
mútuo. Os CINCOS admiram o traquejo social dos SETES e os SETES são tranquilizados pela
garantia permanente dada pela presença mais introvertida do CINCO. Na medida em que não
interrompam o diálogo, nenhum dos dois provavelmente interferirá nas atividades do outro.
os tornam caseiros e pessoas muito privadas, observação contestada pelos parceiros CINCOS,
que assim reagem: “Sim, querido, mas você raramente está em casa”.
Ambos estão entre os tipos mentais do Eneagrama – pessoas para quem as ideias
podem substituir a ação. Os tipos mentais ficam seduzidos pelas teorias e são arrebatados do
curso que estão trilhando por planos interessantes. Os SETES são muito vulneráveis – têm a
mente como se fosse uma estrutura ramificada. Um bom conceito produz vários galhos de
ideias associadas, e todas elas parecem viáveis porque se originam do esquema original, O
pensamento do CINCO tende a ser mais lógico; uma única ideia torna-se o foco de uma ampla
pesquisa e eles são capazes de trabalhar em relativo isolamento durante anos. Essa parceria
privilegia a estratégia e a pesquisa, mas, sem igual atenção ao segmento e à conclusão, boas
ideias talvez nunca sejam concretizadas.
É provável que haja um acordo tácito para evitar conflitos. Os Epicuristas racionalizam
os problemas buscando explicações convincentes e os Observadores entrincheiram-se por
detrás de uma barricada de secretárias eletrônicas. Ambos tendem a buscar uma compreensão
clara dos problemas em vez de lidar com eles. Podem refletir sobre áreas problemáticas sem
sentir muita emoção, o que permite o acúmulo de tensões imperceptíveis. Pretendem 73
racionalmente encontrar uma solução e uma escapatória antes de chegar ao ponto da raiva;
por isso podem ficar surpresos quando, por fim, os sentimentos começam a vir à tona. A
mediação devia concentrar-se em desmembrar as áreas problemáticas, transformando-as em
bocados pequenos e fáceis de manejar. Essa técnica opera milagres com os tipos da tríade do
medo no Eneagrama porque enfraquece a crença de que a raiva cria danos permanentes.
Aos chefes SETES agradam as decisões de última hora, mas a resistência que fazem à
conclusão de projetos pode dar-lhes a aparência de dispersos. Pegos no fogo cruzado das
informações contraditórias do chefe SETE, os funcionários CINCOS provavelmente preferirão
bater em retirada e aguardar a exigir esclarecimentos. Uma atitude de esperar para ver não
implica concordância, mas protegem os CINCOS da necessidade de comunicar-se. Os chefes
SETES fariam bem em entregar ao CINCO um projeto claramente demarcado que não dependa
de esforços conjuntos ou de resultados comuns. Os CINCOS tendem a produzir exatamente o
que é esperado, muitas vezes sem elaborações ou tentativas de coordenar-se com outros
setores. Provavelmente não oferecerão informações, a não ser que solicitados, especialmente
em condições que mudam rapidamente, mas, quando estão empenhados, os CINCOS são
capazes de estabilizar o caos durante tempo suficiente para que o SETE descubra um ponto de
partida para o problema.
Os CINCOS são mais abertos na segurança do lar, uma atitude que vai ao encontro da
exigência do OITO pela verdade. Nesse relacionamento, o Observador é capaz de vivenciar
uma energia emocional e, embora detestem as brigas, os CINCOS geralmente concordam que
as lições do parceiro OITO lhes trazem resultados benéficos. O efeito global é vivificante,
porque a raiva força os CINCOS a sentir as próprias emoções no exato momento. É difícil
distanciar-se quando você, como CINCO, está altamente energizado e, de fato, os CINCOS
reagem espontaneamente numa relação segura. Esse relacionamento é capaz de abrir as
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Como esses dois tipos compartilham uma dinâmica psicológica intimamente relacionada
dentro da estrela de nove pontas, cada um tem a oportunidade incomum de presenciar a si
mesmo no compartimento do outro. Os CINCOS precisam ver na maneira assertiva do Patrão
um antídoto contra a incapacidade crônica de tornar-se públicos. Simplesmente saber que
vale a pena lutar pela vida pode ser saudável para pessoas que se distanciam, e aprender a
falar impulsivamente é um desafogo tonificante. Do outro lado da interação os OITOS podem
confiar num Observador que mantém o caráter confidencial e que demonstra controle
emocional. Do mesmo modo que os casais de longa data parecem tornar-se energeticamente
semelhantes, eles também são capazes de intercambiar comportamentos. Nesse
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Não é raro acreditarmos nos CINCOS nas transações comerciais porque eles nem nos
seduzem nem nos oferecem resistência emocional. São caracteristicamente pessoas de baixo
impacto que desviam a atenção de si mesmos ao se concentrar nas tarefas. A maior parte das
pessoas está mais do que propensa a falar de interesses privados, o que cria uma impressão de
anuência. Falamos, e o CINCO acena com a cabeça, o que faz com que nos sintamos 75
compreendidos.
Essa característica de neutralidade que os CINCOS trazem para a administração pode ser
atraente para os empregados. Os Observadores são capazes de irradiar uma liderança que tem
tudo sobre controle e podem ser negociadores maleáveis porque não tomam as pressões
negativas pessoalmente. Os Observadores trazem também uma análise fria e imparcial para a
tomada de decisão, o que concede aos OITOS a liberdade de dizer o que pensam sem que isso
tenha repercussão. Uma boa interação entre esses dois tipos mostra o OITO explodindo e o
CINCO recolhendo-se e ambos decidindo esquecer o incidente sem guardar rancor.
Os chefes OITOS são seguros de si e é difícil mudar o curso de ação que escolhem. Uma
mentalidade do tipo “faça como eu quero ou então rua” não raro polarizará a equipe. Os
empregados tendem a amá-los ou a odiá-los, mas o CINCO inteligente abastece o Patrão de
informações e afasta-se. O CINCO e o OITO formam uma aliança natural, mas as diferenças de
estratégia podem ser fatais. Os CINCOS elaboram as conclusões vagarosamente e detestam
arriscar uma análise prematura; mas, quando os OITOS querem ação, publicamente difamam
uma voz que reclama cautela. Os Observadores rapidamente encontram um nicho útil na
elaboração de relatórios. É melhor que esses relatórios sejam apresentados ao Patrão em
reuniões. O caminho até o coração do OITO é através da presença pessoal e da informação
completa, e ambas vão de encontro à postura de privacidade do CINCO. Atualizar informações
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é uma forma neutra para os CINCOS mostrar presença, e reelaborar uma análise reafirma o
compromisso que o chefe OITO precisa ter.
Esse casal com frequência menciona um apreço pela comunicação não-verbal, porque
ambos apreciam ser entendidos sem ter de pedir. Quem pede cria a possibilidade de ser
rejeitado ou humilhado, por isso tenderão a dirigir os sentimentos em relação ao outro através
de um ponto focal exterior, assim como planos para a família ou para as compras no
supermercado. Atividades em comum criam uma atmosfera na qual cada um sente a presença 76
do outro. Como ambos têm a preferência de exprimir o amor de formas não-verbais, muitas
vezes definem o bem-estar sentimental como “o modo como nos sentimos quando viajamos”
ou “a sensação que temos ao fazer um passeio juntos”. Essa característica intangível chamada
de “presença” pode estar tão inserida no relacionamento que parece algo totalmente normal.
Cada parceiro sente a presença do outro nos filhos que têm; ou, quando viajam, é natural para
eles ver as coisas através dos olhos do outro.
Curiosamente, o Observador, que geralmente assiste das laterais, talvez descubra estar
tornando-se o objeto de escrutínio. Os NOVES assumem os sentimentos de pessoas que têm
significado para eles, de modo que os sinais não verbais dos CINCOS recaem sobre um
receptor sensível. As necessidades do Observador talvez se tornem a mola central da vida do
NOVE, a qual terá que ser manuseada com cuidado. Os CINCOS não sabem tolerar a
dependência emocional e são capazes de tornar-se extremamente frios e distantes se o
parceiro elabora expectativas “injustificadas”. Um Mediador afetuoso talvez queira
simplesmente passar a noite junto, mas um período de tempo em aberto faz um CINCO
pensar: “Para fazer o que”?
compromisso leva cada um a desenvolver uma órbita de preocupação consigo próprio. Ambos
tendem a censurar informações, de modo que, se a relação perde o gosto, as órbitas de
interesse se afastam lentamente uma da outra. Uma união verdadeira exige participação, mas
o casal pode optar por uma “harmonia no lar”. Se a decisão pela harmonia é, na verdade, um
meio de evitar conflito, o nível de energia do NOVE começará a cair e o CINCO se tornará cada
vez mais alheio. Num visível paradoxo, esse relacionamento muitas vezes lucra com uma
pequena explosão que rompa o padrão fixo. Uma boa briga dá vida às pessoas, e um bom
choro pode aproximá-las. As venturas e desventuras num relacionamento íntimo despertam
para o fato de que precisamos um do outro. Os NOVES sabem defender uma posição quando
estão com raiva e os CINCOS precisam sentir-se seguros com os sentimentos que têm.
77
Os membros desse casal podem ser fisicamente carinhosos e devotados ao bem-estar
um do outro, e apesar disso, continuar a relacionar-se por meio de um padrão fixo. Se houver
um confronto o Observador pensará: “Seria fácil terminar com tudo isso”, uma opinião que se
repete numa obsessiva questão íntima do Mediador: “Aqui é ou não é o meu lugar”? Como um
relacionamento inflama a energia emocional que ambos tendem a evitar, é a arena ideal para
o CINCO sentir-se à vontade com sentimentos e para o NOVE desenvolver um compromisso
inequívoco e permanente.
de insumos a dar nas reuniões, mas provavelmente os NOVES é que manterão a bola em
movimento.
Talvez tenham problemas em obter a atenção do outro, porque ambos acham difícil
desviar-se uma vez que tenham adotado um curso de ação. Os CINCOS são quase inalcançáveis
quando estão engajados num problema absorvente e os NOVES aferram-se a uma posição,
porque têm medo de sair do rumo.
Os chefes NOVES tendem a desenvolver um sistema que serve bem a essa parceria. Os
Mediadores gostam de fazer a promoção dos negócios e de trabalhar em rede dentro dos
limites de um contexto seguro que não exija decisões a todo o momento. Os empregados
CINCOS também valorizam as estruturas, porque se concentram melhor quando as
expectativas são previsíveis. São capazes de produzir de corpo e alma dentro de uma dada
estrutura de tempo, exibindo pouco do comportamento competitivo que os NOVES têm
dificuldade de administrar.
A intervenção terá de lidar com o fato de que ambos os tipos evitam os conflitos. Esse
conluio cria distância exatamente naquelas horas em que é preciso uma comunicação aberta.
Um CINCO melindrado talvez reduza o nível de desempenho e não ofereça de modo algum
conselhos e pareceres construtivos. Uma situação de impasse mostra cada um num canto, de
onde nenhum dos dois é capaz de puxar o outro. A fim de impor uma participação maior, um
chefe NOVE recorrerá aos regulamentos, mas o ressentimento subjacente estará dirigido à
indisposição do CINCO em falar. A intervenção tem de estabelecer uma arena para as
negociações, porque ambos os tipos exercem controle por meio da recusa em agir e do
armazenamento de energia. Ajuda programar a discussão de um tópico difícil com certa
antecedência. Os NOVES precisam de tempo para descobrir uma opinião independente e os
CINCOS negociam melhor quando dispõem de uma estrutura pré-determinada, através da qual 79
possam lidar com as emoções.
O TIPO SEIS
O pensamento contestatório funciona tal qual uma gangorra. Quando um dos parceiros
mergulha no medo, isso automaticamente eleva o outro para que ele vislumbre melhores
possibilidades. O truque é prestar muita atenção aos Patrulheiros, sem lhes confirmar nem
lhes rejeitar as ideias, como se fossem a expectativa do pior. Como a maior parte das pessoas,
os SEIS simplesmente sentem-se incompreendidos e se retraem se o medo que sentem é
banalizado.
De positivo, cada membro de um casal de SEIS pode ser fonte de força para o outro. Eles
se unem sob pressão e muitas vezes aderem a grupos de ação cívica que dão suporte a causas
sociais. Podem ser altamente eficazes num contexto de opressão, onde a dúvida é
perfeitamente realista. Todos nós sentimos um tanto impotentes quando somos iniciantes,
novatos, ou quando lutamos contra forças superiores. Os Patrulheiros não raro acham mais
fácil atuar numa causa de oprimidos do que em outras empresas claramente promissoras.
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Os casais de SEIS precisam de atividades que lhes permitam entregar-se a uma rotina
sem ter de refletir. Cada um deles pode estar meio convencido de que o relacionamento está
por acabar, mas a programação diz “almoço ao meio-dia” e, assim que os dois chegam, as
dúvidas se evaporam com um sorriso de boas-vindas. Encontros programados são uma
necessidade, porque a falta de contato incita à paranoia. O pensamento do contra desaparece
com a permanente reafirmação da rotina.
O prazer, em particular, é algo de muito saudável para os tipos que se preocupam com o
futuro. Talvez como os Perfeccionistas (UNS), os Patrulheiros desconfiam de um futuro cor-de-
rosa. Esse casal precisa de algo que possa aguardar com expectativa: uma viagem ao campo,
um passeio no parque, pequenos prazeres capazes de dissipar a dúvida que se arrasta. 80
Vislumbrar o futuro também pode ser uma fonte prazer. A esperança é capaz de impeli-
los à ação e um sonho que os dois compartilham gera fé. Os SEIS são altamente emocionais,
mas os sentimentos que têm são muitas vezes dedicados a visões mentais. Cada um talvez
pense no outro constantemente, sondando as próprias motivações e analisando
cuidadosamente o compromisso do casal. Para quem está de fora, o casal talvez não pareça
abertamente afetuoso. Preocupados em achar um significado no relacionamento, talvez
descuidem da atração física e emocional que os aproximou. Do ponto de vista do casal, a
sexualidade e as aventuras muitas vezes parece funcionar como maravilhosos efeitos
colaterais e não exatamente como o ponto central do relacionamento. Ambos precisam da
ratificação do compromisso “mentalizado”. Querem ter certeza. Querem saber o que
“realmente está acontecendo”. Esta preocupação com a certeza e com o significado pode
reprimir outras formas de relacionamento. Os SEIS, como foi dito, são altamente emocionais,
mas depositam fé nos vínculos emocionais que se assentam numa dedicação da mente.
Eis aqui uma ilustração das diferentes táticas empregadas pelos SEIS para lidar com a
autoridade. Um SEIS de subtipo autopreservação se concentrará na afeição para reduzir o
medo. Receber a aprovação de pessoas no poder é de suma importância e, como esses SEIS
buscam em outras pessoas a própria ratificação, podem facilmente passar por DOIS. Os SEIS
contrafóbicos adotam uma tática oposta para lidar com as mesmas questões de autoridade. Os
contrafóbicos lutam contra o medo de formas agressivas, as quais podem lembrar o estilo do
OITO ou do UM, por ser um subtipo sexual (força-beleza), essa postura agressiva será
concentrada nos indivíduos que detêm o poder no trabalho.
generosidade para com os empregados que, no passado, provaram ser leais. Os SEIS são
capazes de tolerar grandes doses de comportamento neurótico ou egoísta, contanto que a
aliança permaneça intacta. O lado positivo do vínculo entre dois SEIS é o compromisso de
acompanhar o outro ao longo das dificuldades; mas o lado negativo é uma operação de
acomodação mútua, na qual o chefe tem medo de indispor-se com o empregado e o
empregado tem medo de enfrentar o patrão. Os SEIS nem sempre se sentem confortáveis na
posição de chefia. Querem um suporte confiável dos que estão acima e provavelmente
testarão a lealdade dos empregados. O teste mais assiduamente mencionado consiste em
apresentar um problema ambíguo e esperar para ver quem agirá em benefício alheio e quem
agirá em interesse próprio.
81
Como chefes, os Patrulheiros podem vacilar entre o relaxamento e a rigorosidade. Um
SEIS relaxado sente-se desconfortável em ser autoridade e não parece querer comandar. Os
SEIS com a reputação para repressão geralmente têm medo de ser desafiados e são, portanto,
por demais controladores. Ajuda, no caso, concentrar-se na tarefa, porque a tarefa determina
o modo como as pessoas se comportarão umas com as outras. Tanto a liderança baseada no
relaxamento quanto a baseada no excesso de controle provêm da incerteza interior. O chefe
talvez esteja superestimando a possibilidade de uma oposição e precisa receber garantias.
Devem ser discutidos abertamente não só os resultados mais desfavoráveis, mas também o
fato de que seguir uma solução segura pode ser um perigo quando é necessário correr riscos
reais. Ajuda quando uma autoridade acreditada pode ser convidada a dar suporte às opiniões
da chefia. Uma voz amiga dentro da hierarquia, combinada a uma apreciação realista dos
obstáculos ao sucesso pode ser libertadora para os chefes SEIS que temem declarar os medos
pelo medo de parecer medrosos.
Uma parceria de SEIS pode agravar o problema da procrastinação. É difícil andar para a
frente quando a atenção divaga a fim de reconsiderar os contra-argumentos. Mensagens
ambíguas são paralisantes tanto para o empregado quanto para o patrão. Os empregados SEIS
dizem que um comentário inocente, do tipo “Precisamos de uma avaliação”, pode gerar fortes
ataques de dúvidas. Uma reunião para avaliação também dispara o medo do chefe de uma
atmosfera de antiautoritarismo na própria reunião.
A atração do SETE pelo prazer fornece um antídoto contra a dúvida do SEIS. Do mesmo
modo, o SEIS que seja fiel durante os períodos difíceis pode apaziguar o parceiro SETE que é
aterrorizado pela dor. Dificuldades surgirão se o SETE manipular a verdade no interesse de
uma liberdade maior. Incoerências provocam paranoia, o SEIS provavelmente retaliará com
ameaças de abandonar o relacionamento. Os SETES ficam magnetizados pela possibilidade do
desaparecimento e a fidelidade vacilante do SEIS, pode fazer o relacionamento parecer mais
desejável.
Esse casal pode ter problemas com o compromisso. Os SEIS querem garantias antes
comprometer-se a qualquer coisa e os SETES detestam ser cobrados. Os voos fantasiosos e as
digressões devoradoras de tempo do SETE podem ser interpretados como traição por um
parceiro SEIS inseguro. Receber garantias é importante para ambos. Para o Patrulheiro, vale
ser tranquilizado de que o SETE é fiel. Para o Epicurista, vale ser tranquilizado de que o SEIS é
capaz de renunciar o controle. Ajuda, no caso, se os SEIS for capaz de concentrar-se mais em
ações do que em possibilidades. Os esquemas do SETE são muito mais engenhosos do que
aquilo que de fato se materializará.
contexto da benevolência que existiu no passado e ter em mira a luz no fim do túnel. De nada
vale se o SEIS se fixar numa admissão de culpa, na expectativa de que o SETE sinta remorso
pelo passado.
Os SETES fazem o casal sair de casa; um bom programa dissolve a paranoia. Passar uma
tarde de sol fazendo algo a dois é capaz de tranquilizar o SEIS com relação ao compromisso,
mas do que passar horas a fio conversando. Os casais de longa data dizem ter aprendido a
encontrar-se no meio. O SEIS aprendeu a diferenciar as próprias dúvidas pessoais e aquilo que
o SETE na verdade vai fazer. O SETE aprendeu a corresponder às expectativas do SEIS,
mantendo compromissos básicos sem inserir nenhuma cláusula de fuga.
83
pode enfurecer o empregado SEIS. Os Patrulheiros que desenvolveram uma rotina não gostam
de chegar ao trabalho e descobrir que as metas foram alteradas durante a noite. Questões de
pequena monta podem assumir rapidamente um tom de grave ameaça. “Mudaram as metas e
eu não fui avisado. Por quê? Estão me descartando”? Os SEIS são, na verdade, bastante
flexíveis, desde que lhes seja dada uma explicação adequada. Uma vez tranquilos sobre a
segurança do próprio trabalho, os empregados SEIS são muito fiéis. O truque na mediação será
levar cada um a penetrar na visão do outro. Os SEIS podem aprender a entrar em ação mais
facilmente e os SETES podem aprender a fazer cada coisa de uma vez sem sentir medo.
Os OITOS, sejam homens, sejam mulheres, são ativos na fase do cortejamento, o que
elimina em grande parte a dúvida dos SEIS. Os OITOS encontram segurança no ato de assumir
responsabilidades e de oferecer proteção, o que se encaixa perfeitamente com a insegurança
do SEIS. Libertos do trabalho de dar início ao relacionamento, os Patrulheiros são colocados na
posição mais segura de sentir que outros os procuram e que necessitam deles. Os OITOS têm
uma confiança vitalizante em relação à própria sexualidade e à conquista do sucesso. Essa
confiança pode ser liberadora para tipos como o SEIS, que se contraem e se sentem culpados
em relação ao prazer.
Os SEIS tentarão atacar a imensa dúvida em relação a si mesmos, ora encorajados, ora
insultados e incitados a agir pelo patrão. Os OITOS são protetores e os Patrulheiros querem
proteção, mas os SEIS podem rapidamente deixar de ver os OITOS como protetores e começar
a vê-los como tiranos. Do lado dos OITOS, há também uma linha tênue entre a percepção de
que os SEIS são dignos de proteção e a de que são uns galinhas-mortas, incapazes de
defender-se. Os SEIS precisam a todo momento ter a confiança ou ter a certeza restabelecida,
o que os faz parecer fracos aos olhos dos OITOS, os quais negam a própria fraqueza. Os OITOS
têm em particular pouca paciência com a dúvida e com a hesitação, porque ambas lhes soam
como fraqueza e insinceridade: “Por que você não consegue tomar uma decisão”? Você está
comprometido com esta vida ou está fingindo”?
85
Quando exige a verdade ou quando procura revitalizar o relacionamento, o parceiro
OITO talvez se torne punitivo e até xingue. Lidando com o que parece agora um parceiro
autoritário e provavelmente perigoso, o SEIS vê a própria imaginação inflamar-se e sente que o
divórcio está perto. Finalmente, o Patrulheiro está encostado ao paredão e, seja fóbico, seja
contrafóbico, partirá para a luta quando encurralado. A motivação oculta da disputa é o poder.
O OITO é incapaz de renunciar ao comando se o parceiro não parecer forte e confiável, e o SEIS
é incapaz de engajar-se totalmente enquanto o OITO não parecer menos perigoso.
Sob pressão, os OITOS tendem a atacar, a bombardear a situação com energia e a tomar o
comando tão rápido quanto possível. A tendência do SEIS é retroceder e levar em conta as
consequências. Isso amplia o abismo entre o estilo empresarial das parcerias. O OITO
subestima a oposição e faz pressão contra os limites. Parece que nada de peso está no
caminho e, além disso, a falta de ação é percebida pelo OITO como uma fraqueza perigosa. Os
SEIS fazem justamente o contrário. A imaginação do SEIS superestima o poder da oposição e,
ao mesmo tempo, amplifica as consequências negativas das ações precipitadas dos OITOS. De
repente, os OITOS parecem ser o problema e não a fonte de ajuda.
O SEIS, dividido entre uma sensação de intimidação e o desejo de que gostem dele,
demitirá o OITO ou colocará a situação de novo sob controle, oferecendo compensações
exageradas. Desgastado por uma luta pelo poder, você, como SEIS, sente mais facilidade em
desvencilhar-se de um empregado do que em prestar atenção à sua retaguarda. A
ambiguidade do Patrulheiro em relação a autoridade é projetada para o OITO, que agora
parece capaz do pior. As trapaças que empregados descontentes são capazes de fazer
assaltam a mente do SEIS. O SEIS preocupa-se com a ideia de que reclamações podem ser
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levadas a superiores ou acionistas, de que possa haver demandas judiciais ou falsificação dos
fatos. Por não gostar de altercações, o SEIS prefere ceder ou então livrar-se do desordeiro em
potencial. O comportamento mais provável do chefe SEIS é oscilar entre deixar correr frouxo e
pinçar o OITO pelas infrações que cometer. Limites claros e confrontações são um conforto
para os empregados OITOS, que entendem a imposição de regras como parte de uma
liderança competente.
Os OITOS seguros de si, na posição de chefia veem-se como mandachuvas. Não raro
estendem o manto de poder e da proteção por sobre aquilo que chamam de “minha gente”, o
que alivia as incertezas do SEIS. Os chefes OITOS podem também tornar-se tiranos ao local de
trabalho, o que leva os tipos medrosos ao enfrentamento ou à fuga. Os empregados SEIS 86
talvez tentem retocar notícias ruins ou inventar formas de evitar a atenção do chefe. Por que
se colocar na linha de fogo quando é mais fácil se safar? Crises podem ocorrer se os SEIS se
esconderem e se os OITOS perseguirem. Os Patrulheiros veem os OITOS como controladores e
os Patrões veem o SEIS como elementos fora de controle.
Os chefes OITOS deveriam reconhecer que as personas poderosas que exibem afetam os
outros. Como chefe OITO, se possível, estabeleça reuniões face a face, onde os subordinados
possam falar. Os SEIS têm ideias excelentes que, contudo, estão muitas vezes associadas a
dúvidas. Os OITOS são capazes de desmontar dúvidas a fim de concretizar ideias.
É comum para os NOVES emanar uma presença calma e tranquilizadora. É como voltar
para casa, num ambiente aconchegante, após um dia pesado; você pode relaxar, porque você
se sente aceito. É típico do NOVE assumir o papel de consolador, porque os medos do casal
são veiculados e articulados pelo SEIS. O movimento nervoso do SEIS entre o
comprometimento e a incerteza é totalmente familiar aos Mediadores, que também têm
problemas em escolher um curso de ação. O casal compartilha uma linha importante no
diagrama, o que facilita a troca de posições entre os dois. Os NOVES sob estresse assumem um
caráter assustadiço, típico do SEIS: é como um frio na barriga, uma sensação de pânico, o que
geralmente recebe a empatia dos Patrulheiros.
Ambos os parceiros têm problemas em tomar iniciativas, e ambos acham mais fácil agir
em nome de outra pessoa do que para si próprios. Em consequência, essa pode ser uma
parceria de apoio mútuo ou uma briga contínua para saber “quem vai primeiro”. Será
importante para cada um definir metas pessoais, em vez de esperar que o outro assuma o
comando. Os NOVES fundem-se ao ponto de vista do parceiro e os SEIS podem ser
extremamente fiéis no apoio que dão, mas o reverso dessa fidelidade e dessa fusão produz a
falta de iniciativa.
Seguindo o diagrama, vemos que o casal se encontra no ponto TRÊS, o que significa que
qualquer um dos dois é capaz de suprimir as emoções quando passa para a ação. Os NOVES,
que esquecem os próprios sentimentos, são bastante frios para conduzir um caso de amor no
piloto automático, e agir sem sentir é típico do SEIS estressado. Quando os Patrulheiros põem
em dúvida os próprios relacionamentos, suspendem os sentimentos e limitam-se à
condicionalidade dos compromissos. Então, ficam no relacionamento “até que se possa ver se
a coisa funciona.
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No lado positivo desse encontro em TRÊS, esse é, não raro, um casal vibrante. Os NOVES
podem ser irrefreáveis uma vez que engatem movimento e adoram descobrir o
Desempenhador dentro de si mesmos. Para os Patrulheiros, a ação elimina as incertezas e faz
com que o sucesso pareça algo de seguro. Um encontro em TRÊS tem a capacidade de gerar a
plena participação de ambos os parceiros, sobretudo se não encherem a programação
simplesmente para bloquear sentimentos. Cada um tentará evitar a raiva, embora os SEIS
achem a raiva passiva dos NOVES bem menos ameaçadora que a raiva crítica do UM ou que a
fúria periódica do OITO. O Mediador com raiva tem a aparência de turrão e não de perigoso, o
que reduz o medo do Patrulheiro de ser atacado. Pode surgir um acordo tácito para evitar
conflitos, que reduza a tensão entre os dois ou permita que a energia escoe para dentro de
uma rotina segura. É importante que esse casal aprenda a arriscar-se e a sentir raiva, em vez 87
de amortecer a energia com supérfluos. Os Mediadores acham uma posição quando sentem
raiva, e a raiva é muitas vezes a razão oculta dos medos do Patrulheiro.
Se um dos parceiros der início à ação, dissolverá o impasse a respeito de quem deve ir
na frente. Atividades são um ótimo remédio para os dois tipos, sobretudo quando cada um é
capaz de seguir uma programação pessoal sem insistir que o outro acompanhe. A atividade
rompe com a inércia do Mediador e um avanço objetivo ameniza os medos do Patrulheiro.
Os chefes SEIS não deveriam nunca ficar isolados; o melhor remédio para a dúvida é
uma interação contínua com a equipe. Os SEIS atravessam períodos em que perdem a fé no
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produto, no projeto e em toda a hierarquia, mas são capazes de dirigir bem se recebem um
feedback confiável. Um feedback consequente absorve a angústia, especialmente se o chefe
dispõe periodicamente de um tempo à sós para recarregar-se e refletir. Tempo para
questionar as dúvidas, associado a uma equipe que se mantenha em dia com o cronograma,
fará despontar o Patrulheiro como líder.
Como chefes, os Mediadores procuram evitar conflitos, e essa estratégia pode causar
medo a um Patrulheiro. Já naturalmente precavidos contra a autoridade, os empregados SEIS
talvez interpretem a fidelidade suspeita do chefe como quebra de confiança. Os NOVES
gostam de reconciliar diferenças, o que muitas vezes implica ouvir cada uma das partes
envolvidas e distribuir uma parte da atividade a cada uma delas, um estilo que força o SEIS a
fugir ou brigar. Um SEIS briguento percebe a incoerência do NOVE e quer saber: “De que lado
você está”? Um SEIS fujão acha que o futuro é duvidoso: “Então, por que ficar aqui”? Uma
intenção óbvia reside no estilo empresarial do NOVE. Os NOVES desenvolvem sistemas
processuais, ou seja, orientados para o procedimento, que parecem operar autonomamente.
As organizações dos NOVES são neutras, metódicas e seguras – justamente o tipo de paraíso
profissional capaz de amortecer as angústias do SEIS em relação ao futuro. Uma vez
comprometidos com um objetivo, os chefes NOVES implementam-no de forma previsível e não
competitiva, o que proporciona uma atmosfera de certeza. São comuns parcerias entre o SEIS
e o NOVE de longa data. A associação mais assiduamente relatada mostra o SEIS como gerador
de ideias que, em seguida, o NOVE, mais prático, modela num produto ou num serviço.
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TIPO SETE
Quando os Epicuristas escrevem uma lista daquilo que desejam num parceiro ideal,
escolhem as mesmas características que veem em si próprios. Querem um relacionamento
com alguém que seja “energético, independente, otimista, bem-sucedido e aventureiro” –
qualidades que também atribuem a si mesmos. É como se os SETES quisessem uma companhia
que fosse uma imagem no espelho. Alguém que caminhe nas mesmas trilhas apreciadas pelos
SETES, que vá junto a filmes que o SETE quer ver, que se mobilize na organização dos projetos 89
favoritos do SETE. É provavelmente por esse motivo que dois SETES geralmente se unem como
bons camaradas e como confidentes, mas raramente assumem uma relação duradoura.
Os "piques" de euforia dos Epicuristas são espetaculares, O que poderia ser melhor do
que uma boa companhia numa vida repleta de possibilidades? A sensação é algo como:
"podemos fazer de tudo". É igual a ter um jatinho imaginário. Você, como SETE, poderia
aterrissar em qualquer parte do planeta e continuar voando o tempo todo. O SETE é
considerado o mais espontâneo dos tipos. Querem de tudo, e querem com a participação de
uma companhia interessante neste exato momento. O lado positivo desse relacionamento
entre dois SETES mostra-se quando duas pessoas atraentes e otimistas pensam ter encontrado
o par ideal.
As baixas talvez não sejam tão óbvias para o casal. Talvez não pareça uma disfunção
minimizar dificuldades. O que há de tão ruim assim com atividades paralelas? Os dois
coincidem na ideia de que a espontaneidade e a liberdade de ação são os fundamentos de
uma relação sadia. Ao descrever os próprios compromissos, os SETES usam palavras como
previsível e permanente como se significassem "chato" e "encalhado". O medo de ficar
encalhado pode levar a formas engenhosas de reinventar o conceito corrente de
compromisso. Um dos últimos de que ouvi falar diz respeito a um casal de SETES monogâmicos
que, por mais de quinze anos, se viam diariamente, mas que moravam em apartamentos
separados. Por fim, compraram uma casa juntos e, entre risos, informam: "Esse lugar foi feito
para nós. Foi transformado num condomínio, com campainhas e saídas separadas para quando
fica tedioso para nós dois".
O tédio pode na verdade ser um pseudônimo para terror. O medo de "perder o mundo
inteiro em troca de apenas uma pessoa". Os SETES recuam diante das restrições e limitações.
"Só uma relação? É tudo o que vou ter "? Ligar-se a uma única pessoa significa sacrificar todo o
restante. Você fica enrascado assim que assume um compromisso. Não pode ir embora
quando surgem problemas. Como não estão habituados aos efeitos mitigadores das emoções
profundas, os SETES conspiram a fim de não levar as coisas a sério. Ajuda quando um dos
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A maioria das duplas de SETES mantém o equilíbrio adotando características dos pontos
que se conectam através das linhas ou das asas. Seria improvável, por exemplo, encontrar uma
dupla de SETES que pudesse permanecer profissionalmente atuante saltando de opção para
opção. O SETE tem a capacidade de orientar-se por metas e de ter a agressividade típica dos
OITOS nas concorrências, sobretudo quando se questiona o conceito de prerrogativas que ele
tem. Os SETES também podem parecer como o assustado SEIS quando têm opções limitadas.
Os SETES que se inclinam na direção do ponto de segurança em CINCO podem muito bem
recuar para um isolamento autônomo que dará ao outro SETE a oportunidade de gerenciar o
negócio sozinho. Mas, entre todas as personas específicas ao SETE, a interação mais difícil
ocorre quando um dos parceiros se inclina na direção do perfeccionismo do UM. A crítica é o
verdadeiro calcanhar-de-aquiles para o SETE, porque põe em dúvida a imagem positiva que
tem a respeito dele mesmo. Quando você, como SETE, garante o seu futuro preenchendo os
espaços ásperos da realidade com planos, qualquer crítica destrói essa mistura de fatos e de
fantasias.
Qualquer um dos dois pode sentir que tem mais prerrogativas do realmente merece. O
empregado SETE tem direito a melhores benefícios e o patrão SETE tem direito a um tempo de
folga. "Eu quero mais" pode facilmente transformar-se em "Eu mereço mais". "Eu mereço mais
do que estou recebendo e não é justo eu me preocupar com quanto isso vai custar". Os SETES
não gostam de adiar gratificações e a ideia de uma abundância esperada é capaz de justificar a
tomada imediata da parte que lhes é devida. Seria muito fácil para essa equipe simplificar uma
operação ou consolidar recursos. Quando existe mais, a apenas dois passos daqui, por que se
contentar com menos? A tendência é planejar um novo enfoque ou iniciar outro sistema em
vez de reduzir o que existe. Os planos podem acelera-se e tornar-se mais elaborados durante
períodos difíceis.
Os chefes Setes gostam de criar e delegar. Quando são inteligentes, buscam uma pessoa
detalhista para acompanhar a conclusão dos projetos; mas, quando não são inteligentes,
tratam prioridades como se fossem detalhes, e detalhes podem esperar. Assim que a atenção
é atraída por uma ideia, problemas para concretizar essa mesma ideia tornam-se confusos.
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Delegar a questão vital da conclusão a um empregado SETE aumenta ainda mais a confusão,
sobretudo quando o chefe delega e some, deixando a execução a cargo da equipe.
A disputa comentada numa parceria de SETES tem a ver com expectativas exageradas. 91
Esperavam mais do que receberam, geralmente em consequência de uma comunicação falha.
A mediação deveria preocupar-se em diferenciar ideias e realidade. Ajuda quando os parceiros
são explícitos e claros para que ordens diretas não sejam ouvidas como sugestões e o
pensamento em voz alta não seja confundido com fatos. Haverá problemas em fornecer
feedback negativo a dois SETES, que não querem enfrentar contragostos. Ajuda quando as
negociações são estruturadas com o intuito de aprimorar a comunicação e não com o fim de
chamar a atenção para a mediocridade das opiniões e conceitos. A maior parte dos SETES
ficam furiosos quando a imagem positiva que têm de si mesmos é questionada e tentarão
rebater as críticas com desculpas produtivas. Ajuda quando os erros podem ser tratados no
contexto de um recomeço. Então, ambos têm a capacidade de ver o que é preciso no exato
momento e de avançar sem deter-se no passado.
Pode ocorrer uma luta pelo poder, no qual o OITO tenta limitar as atividades do SETE.
Nessa situação, vemos o Patrão tentando controlar o horário e o Epicurista inventando
desculpas. “Talvez a gente pudesse almoçar junto” pode ser interpretado ou como uma
eventualidade ou como um compromisso preciso, mas, se o almoço não acontecer, o frustrado
OITO buscará alguém para culpar. Nas crises, há uma linha sutil que separa uma boa desculpa
da mentira. Os argumentos soam como mentiras para o Patrão, que tem o senso da verdade.
Frustrados pela falta de contato, os OITOS tendem a perseguir e tentar extrair uma confissão
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completa. Os OITOS começam a controlar quando se sentem ameaçados, mas os SETES são
difíceis de segurar.
Um compromisso que se torna sério é capaz de criar estresse para o SETE, que mostrará
um comportamento crítico, típico do UM. Por não ser destrutiva, uma boa briga muitas vezes
aviva o relacionamento para o OITO e, para o SETE, a raiva pode ser um critério do crescente
envolvimento na relação. Os SETES acham mais fácil ir embora do que ficar e tentar assumir
compromissos. Por que suportar sofrimento, a não ser quando vale a pena? Por que ficar e
brigar, a não ser quando se gosta?
Quando os OITOS estão estressados, recolhem-se para o ponto CINCO a fim de pensar,
reconsiderar tudo e curar as próprias feridas. Nessas horas, um sonoro “Não Perturbe” ecoa 92
através de portas fechadas. Mas os OITOS também dizem gostar da privacidade de um espaço
próprio, mesmo quando não estão estressados.
Os SETES desviam-se para explorar opções em relação às metas. São visionários que
gostam de seguir vários projetos a um só tempo. Esses projetos estão relacionados entre si na
cabeça do SETE, mas o OITO, com uma compreensão literal das coisas, não concordará com
isso. Já os projetos do OITO mudam de rumo quando adotam um padrão de produção do tipo
tudo-ou-nada. A energia está no nível máximo ou então fortemente reprimida. Quando a
energia está apagada, o trabalho torna-se extremamente maçante; quando, porém, as datas
de entrega se aproximam, os OITOS têm a capacidade de entrar rapidamente em ação e de
trabalhar sem descanso. Sob pressão, as diferenças entre os dois ficam destacadas. O Patrão
dirige-se a todo vapor para a meta, ao passo que a atenção do Epicurista ainda está dividida.
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Os chefes SETES têm de dar provas de valor para os OITOS. Por ser multidirecional, a
liderança do Epicurista parece imprudente e cheia de brechas que poderiam ser usadas no
interesse próprio. Os OITOS querem um conjunto claro de regulamentos e um supervisor
imparcial. Sem a segurança de uma plataforma de regras, não há como prognosticar a posição
de cada pessoa. Os empregados OITOS são extremamente sensíveis à possibilidade de
manipulação e tenderão a ver propósitos negativos no estilo administrativo do SETE. Se o
pensamento do OITO se tornar maniqueísta, sem meios-termos, a administração parecerá ou
justa ou injusta, e então o chefe será ou honesto ou mentiroso.
Atraídos pelo poder e ansiosos em proteger os próprios interesses, os OITOS não raro
galgam postos dentro das empresas. Um chefe astuto saberá contar com os OITOS nas 93
petições, nos empréstimos, nas intimidações e na bênção do caminho através das
adversidades. Se lhe derem reciprocidade e um plano de atuação com lógica, o empregado
OITO poderá fornecer o apoio prático do dia a dia que permitirá ao Epicurista trabalhar em
rede e alargar o escopo do projeto. A capacidade visionária do SETE possibilita a criação de
tecnologias inventivas ou de processos engenhosos que, por sua vez, angariam o apoio do
OITO. O otimismo e o espírito inventivo do SETE mantêm a operação da empresa, enquanto a
presença protetora do OITO assegura um apoio sólido.
Os chefes OITOS são famosos por impor regras seletivamente, o que pode ser
interpretado pelos empregados SETES como uma permissão para obedecer a elas também
seletivamente. O fato é que nenhum dos dois vê na quebra de um punhado de regras algo
necessariamente desonesto. Regras são, antes, diretrizes sugeridas, algo a que recorrer
quando você se sente confuso. Os chefes OITOS são conhecidos por rejeitar informações
problemáticas. Podem literalmente esquecer aquilo que não querem ouvir. O empregado SETE
reforça essa tendência de rejeitar tudo que é desagradável ou doloroso; assim, quando
sobrevier algum problema, o chefe OITO culpará o subordinado de descuido e omissão. Ajuda
quando o SETE tem bastante maturidade para ser metódico no monitoramento da
documentação e quando o OITO aprende as técnicas comunicativas da boa escuta.
Um confronto mais comum mostra um OITO que estava “apenas tentando avaliar os
estragos” pronto para a briga com um SETE que estava “apenas tentando ajudar”. Os SETES
enfrentarão uma briga quando falhar a persuasão ou quando a própria integridade for
questionada em público. É uma situação de impasse entre duas pessoas que têm a si próprias
como referência e que estão tão entrincheiradas em posições pessoais que são incapazes de
ver a validade de outro ponto de vista. É uma situação na qual programações de vida
inconscientes se colocam rapidamente em evidência. O medo do OITO de perder o comando
está à altura do medo do SETE de ser dominado. Ajuda imensamente quando uma terceira
parte é capaz de diferenciar o verdadeiro abuso de confiança e as ideias exageradas que cada
um desenvolveu em relação ao outro.
testar cada palavra do SETE. Uma permanente atualização das informações ajuda o OITO a
sentir-se senhor da situação. Esse relacionamento melhora imediatamente quando os
empregados SETES assumem a responsabilidade de apresentar-se e de explicar
detalhadamente o que fazem. As notícias não têm necessariamente de ser boas. Os OITOS
sabem lidar com as más notícias, mas a falta de notícias gera muita raiva neles
Os Epicuristas podem ser grandes experimentadores. Fazem curso, mantêm-se a par dos
eventos e não raro são atraídos por ideias extravagantes. Sabem infundir vitalidade no 94
ambiente familiar e são muitas vezes aquele que tira o previsível NOVE dos hábitos familiares.
Em painéis do Eneagrama, ouvi com frequência Mediadores dizer em ter adquirido interesses
que vão desde competições de pingue-pongue ao misticismo, quando, anos atrás, foram
arrastados a uma primeira experiência pela curiosidade insaciável do SETE.
Talvez seja necessário muito tempo para concluir decisões. Há opções sobrando e
nenhum plano estabelecido. Os SETES não suportam ser pressionados e são capazes de
dispersar as atividades tão amplamente a ponto de as prioridades serem descuidadas,
enquanto os NOVES se sentem oprimidos por ter de escolher. Os dois compactuam na decisão
de não tomar decisões. As escolhas são limitadas e, se tudo é possível, para que se incomodar?
Tomar decisões é ainda mais complicado pelo fato de os NOVES se esquivarem da raiva e de os
SETES se esquivarem do sofrimento. Ambos estão determinados a eliminar os conflitos e
podem simplesmente não fazer caso das questões difíceis.
Entre os tipos do Eneagrama, o SETE é um dos mais referenciados, o que significa que o
foco de atenção se volta para os próprios interesses. Em contraste, é típico dos NOVES fundir-
se ao parceiro e, muitas vezes, perder de vista os próprios interesses nesse processo. O
resultado é óbvio: os Mediadores põem em foco os Epicuristas, e os Epicuristas põem em foco
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a si mesmos. É por essa razão que o parceiro SETE geralmente insere novas perspectivas no
relacionamento dando ao NOVE possibilidades de escolha. Essa combinação funciona bem
quando os NOVES estão dispostos a tentar algo de novo. É possível também que os parceiros
simplesmente criem órbitas de interesses separadas. Os NOVES são criaturas de hábito e,
entregues a si próprios, podem desenvolver atividades que lhes satisfaçam ou então afundar
numa depressão inerte e cômoda, que chamo de “a depressão da poltrona”. Esse casal pode
atravessar período nos quais o NOVE está deprimido, ao passo que o SETE permanece em
franca atividade, e nenhum dos dois percebe o dilema. Na ausência de conflitos, a relação
seguirá à deriva, até que algum evento externo novamente force a reunião dos dois.
A maioria dos NOVES trabalha com energia, mas geralmente só produz sob a pressão de
uma data-limite ou com uma programação estruturada que minimize a tomada de decisões. A
programação mantém-nos mobilizados, e eles podem ser muito eficientes quando entram em
ação; mas mudanças rápidas nos planos os desorientam e a obrigação de tomar decisões pode
indicar que tudo pode ser parado. Os Mediadores sentem-se seguros quando acordam de
manhã já sabendo exatamente o que tem que fazer naquele dia, ao passo que os SETES estão
o tempo todo refazendo a programação do dia. Os SETES são pessoas extraordinariamente
flexíveis e os NOVES operam pelo hábito. Esses estilos profissionais muito distintos podem
complementar-se, ainda que os dois talvez só se descubram em comunicação quando as datas-
limites forçarem uma colaboração.
Os dois parceiros podem ter em comum a ilusão de que o tempo é ilimitado. Para os
NOVES, o trabalho terá uma mesmice interminável se trabalharem em favor de interesses
alheios. E, quando não estão identificados com o que fazem, é como se houvesse sempre
bastante tempo para encaixar alguma coisa extra. É possível dizer quando os NOVES têm um
interesse vital, porque, então, administram o tempo recusando compromissos adicionais. Os
Mediadores podem perder eficiência quando assumem mais do que é humanamente possível
realizar e os Epicuristas empregam mal o tempo ao trabalhar em vários projetos ao mesmo
tempo e ao ficar acordados até tarde a fim de não deixar passar nada. A administração do
tempo e a ramificação dos projetos podem ser problemas inter-relacionados. Os SETES gostam
de explorar toda a rede de associações engendrada por um bom projeto; Os NOVES têm a
capacidade de navegar em águas paradas em vez de ater-se à corrente principal. Os parceiros
conseguirão fazer um pouco numa porção de projetos diferentes, até que uma data-limite crie
a necessidade de concentração.
Os SETES também parecem que conseguem coisas boas, sem fazer jus a elas, e essa
reivindicação automática pode facilmente roubar a cena de um Mediador que pouco se
mostre. Suscetíveis de melindrar-se quando ignorados e avessos a apresentar uma imagem
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que chame a atenção para eles, os NOVES têm uma percepção aguda da diferença entre fazer
e receber os créditos. Por exemplo, foi Carlos, um NOVE, que fez este relato:
Os chefes SETES são famosos pela presença escassa. De que vale cuidar de detalhes
quando outras prioridades estão lhes acenado? A ágil mente epicurista capitaliza as boas ideias
vislumbres, e esses vislumbres muitas vezes distanciam-nas das coisas práticas. Os chefes
SETES também gostam, vez por outra, de passar pelo local de trabalho a fim de elevar o nível
de excitação. Simplesmente é mais interessante quando há um pouco de agitação.
Infelizmente, os Mediadores gostam de tarefas previsíveis e não se sentem bem alterando
planos em curto prazo. Os NOVES andam mais devagar quando se sentem inseguros em
relação a uma diretriz e podem tornar-se muito lentos quando se sentem usados.
Os Mediadores devem estar dispostos a dirigir com toda a clareza, mesmo que isso
signifique confrontos. Esse é um ponto crítico, uma vez que os dois tipos evitam a raiva.
Ambos serão coniventes em deixar o barco correr, o que pode reacender o ciclo de evasão do
SETE e a postura de agressividade passiva em que o NOVE se fixa. É imprescindível programar
ajustes, senão o Epicurista seguirá adiante sem perceber os problemas e o Mediador começará
a registrar pontos. Uma comunicação afinada atenua o fato de que os SETES não percebem e
os NOVES não falam, e as negociações programadas impedem os NOVES de ficar para trás, ao
mesmo tempo que fixam os SETES a responsabilidades.
97
TIPO OITO
Os OITOS pegam literalmente tudo que desejam. Têm uma orientação direta para atacar
tarefas simples, o que causa a impressão de que não percebem tudo o mais à volta.
Concentrados naquilo que desejam num dado momento. Os OITOS as vezes agem como se as
outras pessoas tivessem evaporado. Se você está de pé em frente a pia, são capazes de
literalmente erguer e pôr você de lado para pegar um dos pratos. Se você está picando
legumes. Talvez estendam os braços e abram a gaveta dos talheres contra a sua barriga. “Onde
está minha faca de descascar legumes? Onde você escondeu minhas colheres”? Quando o
OITO está atrás de alguma coisa, é como se você fosse apenas um objeto removível na linha de
visão dele, e uma dupla de OITOS têm a propensão especial para concentrar-se em cheio nas
necessidades pessoais.
Os OITOS gostam de contato com alto nível de decibéis. Alguém que ri do fundo da
barriga, alguém que é capaz de pisar fundo o pedal da energia. Constantemente instados a
reprimir-se, encontram alívio abrindo todo o jogo. Um par marcante que participou de um
painel de casais descreveu o próprio relacionamento de uma forma que deu a ideia de dois
titãs prestes a se chocar. A plateia chegou a ficar inquieta, porque parecia que os dois iam
terminar em briga. Será que a coisa ia ficar feia? Será que alguém ia sair machucado?
E, no fundo, o casal deliciava-se com a atenção. Nenhum dos dois sentia ter perdido o
controle. O que mexeu com a plateia foi saber que duas pessoas podiam brigar feio, ir para a
cama, dormir juntas e, ao acordar, ainda estar sem falar uma com a outra. A medida que o
painel foi se desdobrando, ficou claro que os problemas que um casal de OITOS pudesse ter
não incluíam nenhum tipo de violência, mas que eles materializavam a atração mútua por
meio de sexo e brigas.
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Para a maior parte de nós, uma discussão origina-se a partir da raiva ou de sentimentos
passionais. Para uma dupla de OITOS, pode não se dar dessa forma. Eles gostam de brigar
porque a briga é um contato de alta intensidade e descarregar energia é prazeroso
fisicamente. Os OITOS investem energia nas discussões, mas talvez não estejam muito
interessados no desenlace. Discutir é o modo de testarem outras pessoas. Tem menos que ver
com ganhar do que com liberar bastante energia a fim de sentir-se vivo e vibrante. Duplas de
OITOS entendem que as brigas podem ser uma forma de ficar mais próximo um do outro. A
raiva não significa necessariamente que feriram os seus sentimentos e você, como OITO, não
está rompendo só porque está de mal.
O estereótipo de um romance entre dois OITOS relata uma mistura altamente volátil de 98
raiva e de sexualidade. Pode ser de fato assim, mas, igual a todos os casais, cada parceria de
elementos do mesmo número tem uma configuração única. A combinação mais comum
mostra um dos parceiros com todos os atributos de extroversão e extravagância do tipo, ao
passo que o outro é mais reservado e mais semelhante ao CINCO. Em qualquer lar, só pode
haver de fato apenas um Patrão, caso contrário a ação periodicamente assumirá proporções
exageradas e sem volta.
Relacionamentos de longa duração parecem contar com um OITO com todos os traços
típicos, seja homem ou mulher, associado a outro OITO que está posicionado firmemente no
CINCO ou então na postura amável do DOIS. Vão atrás das pessoas, sabem tranquilizar e
gostam de tirar as pessoas do casulo. Os OITOS apaixonados têm uma aparência muito
diferente do estilo “masculino” e agressivo que estamos acostumados a ver no local de
trabalho. Para cada um de nós, é muito natural que o afeto e a paixão despertem os aspectos
de recepção e de entrega do nosso próprio tipo.
Ajuda quando um dos parceiros começa a olhar para dentro de si mesmo. Os OITOS
perdem a noção de como impressionam as outras pessoas. De modo geral, preferem dirigir o
olhar externamente, para desafiar aquilo que os provoca, a olhar internamente, para as
próprias motivações e necessidades. Se qualquer um dos OITOS passar a observar-se a si
mesmo, o outro pode assumir o papel de protetor. Os OITOS raramente dão o primeiro passo
quando não estão seguros em relação às consequências. Acham mais fácil dar um suporte
vigoroso do que expor-se em território emocional inexplorado.
As combinações de dois OITOS quase sempre supõem uma luta pelo poder. Cada um
representa uma força territorial vigorosa, a não ser que calhe de ambos estarem do mesmo
lado e ambos precisarem de assistência um do outro. Uma troca de favores é o método que
geralmente garante a cooperação. Os OITOS gostam de retribuir em espécie. Uma oferta justa
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tem grandes chances de gerar uma reação digna, mas a deslealdade estimula uma franca
oposição.
A vingança é muitas vezes dissimulada nos altos círculos empresariais mais civilizados,
mas lembro-me da história de um jovem empresário OITO que, tendo sido traído, reagiu
mandando construir um túmulo na qual fez gravar o nome do ex-sócio. A lápide foi entregue,
ruidosamente desencaixotada e disposta na ante-sala, ao mesmo tempo em que aconteciam
as reuniões para a dissolução do negócio. Todo o objetivo da desforra é ajustar as contas, de
modo que você não se sinta em desvantagem. No mínimo, os OITOS veem-se impelidos a
redigir uma carta “informativa” ou a sonegar uma informação importante. O truque com as
duplas de OITOS é definir os limites e evidenciar as vantagens de maneira tão clara que 99
acabem por dar suporte e apoio um do outro.
Como chefes, não é raro que os OITOS respeitem as ambições que fazem os
subordinados organizar para si uma base de poder. Esperando ser desafiado, esse tipo de
chefe lança mão de benefícios para alinhar os empregados à empresa ou contra uma facção
rival. É uma tática que permite à chefia controlar a ação em vez de deixar um vácuo de poder
que seria preenchido pelos próprios empregados, e é coerente com a tendência do OITO em
ser protetor ou opositor. Quando o chefe tem uma inclinação exagerada para o CINCO, torna-
se evidente uma forma mesquinha de generosidade controlada. Ou seja, dando com uma mão
(OITO) e recuperando com a outra (CINCO).
A maior parte dos OITOS está ciente de que uma briga até as últimas consequências
equivale à demissão, mas é possível conduzir a incontrolável luta pelo poder na letra da lei e
ainda assim polarizar o ambiente de trabalho. O pessoal se sentirá pressionado a tomar um
partido assim que o OITO quiser saber qual a posição de cada um. É aconselhável reconhecer
as dificuldades imediatamente e estar disponível para uma conversa face a face. Os OITOS mal
percebem o impacto que produzem nos outros e simplesmente aumentarão o volume até que
se sintam ouvidos. Uma terceira parte como árbitro funciona muito bem, porque as discussões
não perdem o rumo, desviando-se para conflitos de personalidade. Não presuma que os
problemas desaparecerão por si só, e lembre-se que reter informação é como acenar uma
bandeira vermelha diante dos OITOS.
A admiração que os membros desse casal podem vir a sentir um pelo outro origina-se na
verificação de que um estilo radicalmente diferente de se relacionar na verdade funciona. De
forma crônica, o OITO subjuga tudo e todos à volta dele, enquanto o NOVE retém a própria
energia. Os OITOS abrem caminho através dos obstáculos e os NOVES tentam esquecer. Pode 100
ser altamente edificante quando o Patrão aprende a condescender e pode ser igualmente
educativo quando o Mediador testemunha os efeitos positivos da raiva. Esse relacionamento
conjuga a energia do impulso com a da inércia e o resultado pode ser o cancelamento de uma
pela outra ou então a criação de uma mistura inconfundível.
Nos ciclos da natureza, a força irresistível de uma tormenta mal afeta a estrutura imóvel
de uma montanha. As montanhas, por seu turno, não desencadeiam processos e podem
apenas reagir às condições meteorológicas. Do mesmo modo, um relacionamento depende
tanto da excitação quanto da aceitação. Iguais aos OITOS, todos nós convocamos as nossas
forças quando alguma coisa tem uma importância profunda e, tais como os NOVES, temos de
conter a excitação a fim de produzir os resultados apropriados. Os OITOS trazem excitação
para o relacionamento, excitação esta que faz cintilar as energias do parceiro. Em troca, tais
como montanhas que resistem firmes durante tormentas emocionais, os NOVES estão
adaptados a resistir aos ataques periódicos de raiva.
Como cada um está disposto como pontos de asas do outro no diagrama, podemos
esperar que coincidam em partes nos pontos de vista. A junção da volúpia com o desinteresse
(indolência) geralmente leva a uma atração pelas comodidades materiais. O casal fixa-se numa
rotina doméstica regular e cada um ajusta-se ao nível de energia do outro. De positivo, criam
juntos um lar agradável e são ambos generosos entre si para com os amigos. De negativo, a
obsessão pelo bem-estar material esgota tempo e energia. Durante uma fase ruim, a inércia se
estabelece e os parceiros fazem pouquíssimo um pelo outro. Os OITOS querem controlar os
recursos e os NOVES têm um grande apetite de comodidade. Se o nível de atividade decresce,
os dois tipos inclinam-se a não dar e não fazer. As decisões são tomadas à revelia. A energia
fixa-se num padrão de retenção e muito pouca coisa é feita.
Os empregados NOVES apreciam uma liderança firme, mas são incapazes de suportar a
confrontação pessoal. O contexto mais favorável dessa dupla mostra o decisivo OITO
congraçando funcionários para um esforço maciço que beneficie todo o mundo. Os NOVES
podem ser arrebatados pelo movimento de uma ação do grupo e perfilam-se com brio por
detrás de um líder agressivo. Assim que a meta é atingida, o interesse do NOVE se desvia
facilmente para a consolidação dos ganhos, e um chefe inteligente saberá manter essa energia
em movimento, deixando que os Mediadores estabeleçam um ritmo razoável de trabalho,
capaz de durar ao longo do tempo.
Ambos os tipos têm uma tendência a acusar. Os OITOS acusam outras pessoas antes
mesmo de questionar-se a si próprios e os NOVES acusam porque se sentem arrastados por
ideias alheias. Ajuda quando o chefe OITO pode reafirmar periodicamente os pontos altos da
sociedade. Afins de um ambiente harmônico no trabalho, os Mediadores evitam os conflitos e
não ocupam o centro do palco. Apreciam, contudo, ser reconhecidos sem ter solicitado
reconhecimento e podem ser mobilizados pelos desejos de outras pessoas. Os OITOS, por
outro lado, podem ser cegos para a dinâmica dos relacionamentos. Muitas vezes agem sem
consultar, não fazem elogios facilmente e raramente têm interesse em encorajar os demais a
reagir. Se o chefe OITO for capaz de lembrar de ratificar as efetivas contribuições do
empregado, o NOVE poderá ver as boas intenções por detrás da presença intimidadora do
OITO e aprenderá a defender o terreno sob fogo. Há um risco de que essa parceria termine 102
com o NOVE sendo expulso após “a gota que faltava”; mas, se o NOVE aguentar firme, o OITO
então poderá dar ouvidos e, quando o OITO sabe escutar, o NOVE fica.
Os chefes NOVES que fazem digressões ou que se desviam dos objetivos assustarão os
empregados OITOS. É como se fossem uma liderança incompetente, e isso incita a uma
provocação total, com o objetivo de testar a capacidade do chefe. O pessoal pode sentir-se
pressionado a tomar partido à medida que o OITO, inquieto, procura separar os amigos dos
inimigos no local de trabalho. Os OITOS querem clareza nas comunicações ao lado de prêmios
e penalidades concretas, mas os NOVES muitas vezes privilegiam um estilo administrativo
baseado no consenso. No consenso, a cada um se dá uma pequena parcela da ação, não raro
apenas o bastante para manter o status quo. Esse método de pequenas porções dispõe os
OITOS a fazer lobby para obter a atenção, e o chefe descobrirá que a indecisão leva a uma
franca revolta. Os OITOS buscam certeza e, se não a obtêm, exercem a própria influência
fazendo estardalhaço até ganhar os ouvidos da chefia.
TIPO NOVE
Para quem está dentro, contudo, a história é bem diferente. Perturbados pela sensação
de abrigar forças conflitantes, cada qual busca no outro um estímulo para a própria identidade
pessoal, erguendo-se a favor ou contra as prioridades do parceiro, e não a favor de si mesmo.
Os NOVES dizem ser capaz de fundir-se numa relação simbiônica, desde que não haja conflitos.
Mas, quando o comprometimento é total, a pressão começa a crescer. “Estou fazendo isso por
mim ou por outros? Estou aqui por livre escolha, ou será ideia de outra pessoa”? Problemas
com a fixação de prioridades ficam exagerados com um casal de NOVES: “Quem é que toma as
decisões aqui”? Não há nenhum ponto de referência com o qual se possa concordar ou o qual
se possa rejeitar. As opções começam todas a parecer semelhantes e há uma contracorrente
de necessidades conflitantes: “Devemos ou não devemos”? “Vale a pena brigar por isso?
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Provavelmente não”. Unidos pelo desejo comum de evitar conflitos, os parceiros podem
compactuar-se para não fazer nada, porque tramam a construção de um estilo de vida
harmonioso que mantenha os problemas à distância. O dilema dessa preocupação com o bem-
estar é que manter as dificuldades a distância exige muita energia.
O lado positivo desse relacionamento mostra os dois NOVES unidos em tácita harmonia. 103
Se um dos parceiros encontra uma razão pessoal de ser, o outro se unirá a ele e o apoiará. É de
grande ajuda quando cada parceiro sabe separar-se dos interesses do outro, penetrar fundo
dentro de si mesmo e encontrar uma razão pessoal de ser. Os membros desse casal são
perfeitamente adequados para ajudar um ao outro, mas cada um terá de ser responsável por
si mesmo, em vez de contrariar ou favorecer as prioridades do outro.
Como chefes, os NOVES têm de aprender a dar diretrizes claras. Não querer influenciar
os outros, não querer dizer não ou não querer suscitar controvérsias pode produzir uma
liderança letárgica. Esse tipo de chefe identifica-se com todos os lados das questões e fica
assim sobrecarregado com tantos dados, em vez de simplesmente concentrar-se nos pontos
mais interessantes do negócio. No gerenciamento, os NOVES prefeririam intervir em favor de
outros a defender uma posição própria. Entre todos os tipos, o NOVE é o que tem mais
facilidade de pôr-se temporariamente de acordo com os adversários com o desejo de evitar
conflitos, colocando-o em desvantagem no trato dos próprios negócios. É sempre mais fácil
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para o NOVE revelar o modo de pensar dele a pessoas neutras do que ir ao público por conta
própria, o que o torna o elemento adequado para processos de mediação.