Curso 100518 Aula 03 v1
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Aula 03
Gilmar Possati
Agora chegou a hora de estudar a estruturação do patrimônio público, ou seja, estudar os seus
grupos: ativo, passivo e patrimônio líquido.
Para tanto, devemos ter o entendimento inicial de que os bens e direitos representam o ativo da
empresa, ou seja, os elementos positivos do patrimônio, e as obrigações, por sua vez, o passivo,
ou seja, os elementos negativos do patrimônio.
O patrimônio público é estruturado em três grupos:
1.1.1. Ativo
Essa definição possui três características que são fundamentais para que um item seja considerado
como ativo: gerar benefício econômico futuro ou potencial de serviços, ser controlado pela
entidade e ser resultante de um evento ocorrido no passado. Portanto, algo só pode ser
considerado ativo quando cumprir as três condições em conjunto. Sendo assim, passemos à análise
de cada um dos elementos que compõem a definição de ativo.
FUTURO BENEFÍCIO ECONÔMICO: o futuro benefício econômico é a essência de um ativo e refere-
se ao potencial de contribuição, seja direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou
equivalente de caixa da entidade. Este benefício pode ser sob a forma de algo que será convertido
em caixa ou que pode reduzir as saídas de caixa. Assim, os ativos podem dar origem a benefício
econômico quando são:
- usados na produção de estoques ou serviços vendidos pela entidade (empresas estatais);
- trocados por outros ativos;
- usados para reduzir um passivo.
Imagine que uma empresa estatal tenha uma duplicata a receber resultante de uma venda a prazo.
Caso o cliente esteja falido, essa duplicata é somente um papel sem possibilidade de obter
benefício econômico futuro. Portanto, nesse caso, essa duplicata não é um ativo.
Outro exemplo seria o caso de uma máquina sem nenhuma perspectiva de uso por parte da
entidade e sem possibilidade de ter um comprador. Perceba que, nesse caso, essa máquina não
pode ser considerada como um ativo, pois não há possibilidade de obter benefício econômico
futuro.
Portanto, caro estudante, perceba que a condição de algo ser “bens e direitos” não garante, por si
só, que seja um ativo. Os exemplos acima mostram situações em que existe um bem e o mesmo
não pode ser considerado um ativo.
Segundo a NBC TSP – Estrutura Conceitual,
Os benefícios econômicos correspondem a entradas de caixa ou a reduções das saídas de
caixa. As entradas de caixa (ou as reduções das saídas de caixa) podem derivar, por
exemplo:
a) da utilização do ativo na produção e na venda de serviços; ou
b) da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos.
Ocorre que esse conceito deve ser interpretado juntamente com os critérios de reconhecimento
que estudaremos na sequência. Um dos critérios é justamente a geração de benefícios econômicos
futuros. Logo, para ser considerado como ativo o bem/direito deve sim gerar benefício econômico
futuro.
Nos termos da NBC TSP – Estrutura Conceitual, o potencial de serviços é a capacidade de prestar
serviços que contribuam para alcançar os objetivos da entidade. O potencial de serviços
possibilita a entidade alcançar os seus objetivos sem, necessariamente, gerar entrada líquida de
caixa.
Segundo a Estrutura Conceitual, o potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios
econômicos podem surgir diretamente do próprio recurso ou dos direitos de sua utilização. Alguns
recursos incluem os direitos da entidade a uma série de benefícios, inclusive, por exemplo, o
direito a:
a) utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens);
b) utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, arrendamento
mercantil;
c) converter o recurso em caixa por meio da sua alienação;
d) beneficiar-se da valorização do recurso; ou
e) receber fluxos de caixa.
Ainda, segundo a Estrutura Conceitual, os ativos do setor público que ensejam potencial de
serviços podem ser representados pelos ativos de recreação, do patrimônio cultural, comunitários,
de defesa nacional e outros que sejam mantidos pelos governos e outras entidades do setor
público e que sejam utilizados para a prestação de serviços a terceiros. Tais serviços podem ser
para consumo coletivo ou individual. Vários serviços podem ser fornecidos em áreas onde não haja
concorrência de mercado ou concorrência limitada de mercado. A utilização e a alienação de tais
ativos podem ser restritas, já que muitos ativos que ensejam potencial de serviços são
especializados por natureza.
CONTROLE PELA ENTIDADE: segundo a Estrutura Conceitual, a entidade deve ter o controle do
recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade em utilizar o recurso (ou
controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do potencial de serviços ou dos
benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus objetivos de
prestação de serviços, entre outros.
O controle pela entidade refere-se ao fato de que o benefício futuro deve ser controlado por uma
entidade em particular. Perceba que a definição não utiliza o termo propriedade, desvinculando a
parte legal da econômica. Trata-se da essência sobre a forma. O exemplo clássico citado pela
doutrina é o arrendamento financeiro, em que os bens pertencem ao arrendador, porém ficam
sob controle do arrendatário, além de todos os riscos e benefícios decorrentes, devendo, portanto,
serem contabilizados como ativo pelo arrendatário.
Nesse sentido, a Estrutura Conceitual assim se manifesta:
A propriedade legal do recurso, tal como terreno ou equipamento, é um dos métodos para
se verificar o potencial de serviços ou os benefícios econômicos de um ativo. No entanto,
os direitos ao potencial de serviços ou à capacidade de gerar benefícios econômicos
podem existir sem que se verifique a propriedade legal do recurso. Por exemplo, os
direitos ao potencial de serviços ou à capacidade de gerar benefícios econômicos por meio
da manutenção e utilização de item patrimonial arrendado são verificados sem que haja a
propriedade legal do próprio item arrendado. Portanto, a propriedade legal do recurso
não é uma característica essencial de um ativo. No entanto, a propriedade legal é um
indicador de controle.
Nos termos da Estrutura Conceitual, para avaliar se a entidade controla o recurso no presente,
deve ser observada a existência dos seguintes indicadores de controle:
§ propriedade legal;
§ acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
§ meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
§ a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os
benefícios econômicos advindos do recurso.
A Norma destaca que embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da
existência do controle, sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
Esquematicamente, temos:
Futuro
Benefício ou
Potencial de
Serviços
ATIVO
Resultado de
Controlado
Eventos
pela Entidade
Passados
Nos termos do MCASP (8ª edição), um ativo deve ser reconhecido no patrimônio público quando:
§ for provável que benefícios futuros dele provenientes fluirão para a entidade; e
§ seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.
Também são reconhecidos no ativo os depósitos caracterizados como entradas compensatórias no
ativo e no passivo financeiro.
São exemplos destes depósitos as cauções em dinheiro para garantia de contratos, consignações a
pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher e outros depósitos com finalidades especiais,
como os para garantia de recursos.
O reconhecimento dessas entradas compensatórias como ativo também é uma diferença da CASP
em relação à Contabilidade Geral. Se ligue, pois se o examinador fizer esse paralelo, o que seria
fenomenal, muita gente não vai saber as diferenças entre a CASP e a Contabilidade Geral. É claro
que você vai detonar se aparecer exigência nesse sentido.
Segundo o MCASP, os ativos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um
dos seguintes critérios:
a. estiverem disponíveis para realização imediata; e
b. tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
A classificação em ativo circulante ou não circulante leva em consideração o atributo da
conversibilidade.
Conversibilidade é a qualidade do que pode ser conversível, ou seja, característica de
transformação de bens e direitos em moeda.
Assim, por exemplo, o saldo disponível em uma conta bancária possui alta conversibilidade, pois
basta ir a um caixa eletrônico e sacar o valor para ele se tornar moeda, não é mesmo?
Agora, veja a diferença de um veículo, por exemplo. Para transformar em moeda você tem que
efetuar um negócio que pode demorar dias até se transformar em moeda. Nesse caso, a
conversibilidade de um veículo é bem menor do que o saldo em uma conta bancária.
§2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação
dependa de autorização legislativa.
1.1.5. Passivo
OBRIGAÇÃO PRESENTE: obrigação presente é uma obrigação que ocorre por força de lei
(obrigação legal ou obrigação legalmente vinculada) ou uma obrigação que não ocorre por força
de lei (obrigação não legalmente vinculada), as quais não possam ser evitadas pela entidade.
Imagine a situação de um passivo em que a entidade já quitou a dívida. Nesse caso, isso não pode
contar no balanço como um passivo, haja vista que não representa uma obrigação atual.
O MCASP destaca que uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de uma
certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de um contrato ou
de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por
mercadorias e serviços recebidos.
Para satisfazer a definição de passivo, é necessário que a obrigação presente surja como
resultado de transação ou de outro evento passado e necessite da saída de recursos da
entidade para ser extinta. A complexidade inerente ao setor público faz com que
eventos diversos referentes ao desenvolvimento, implantação e execução de
determinado programa ou atividade possam gerar obrigações. Para fins de elaboração e
divulgação da informação contábil, é necessário determinar se tais compromissos e
obrigações, inclusive aqueles que não possam ser evitados pela entidade, mas que não
ocorrem por força de lei (obrigações não legalmente vinculadas), são obrigações
Obrigação
Presente
PASSIVO
Extinção deve
Resultado de
resultar na
Eventos
saída de
Passados
recursos
Esse último requisito está relacionado aos depósitos caracterizados como entradas compensatórias
no ativo e no passivo financeiro.
O ciclo operacional de uma entidade pública envolve desde o ingresso das receitas até os
desembolsos relacionados com a ação pública. Em regra, envolve o período de um ano, afinal o
orçamento é anual, não é mesmo?
Os demais passivos devem ser classificados como não circulantes.
Destaca-se que a classificação em passivo circulante ou não circulante leva em consideração o
atributo da exigibilidade.
Exigibilidade é a qualidade do que é exigível, ou seja, característica inerente às obrigações
pelo prazo de vencimento.
Logo, uma conta a pagar com vencimento daqui a dois meses possui maior exigibilidade do que
uma conta que vence daqui a 6 meses.
Perceba que essa definição mostra o patrimônio líquido em função de definições prévias estudadas
anteriormente, de ativo e passivo. Sendo assim, podemos afirmar que se trata de uma definição
residual.
Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado passivo a
descoberto.
Para fechar as três definições dos elementos patrimoniais, vale destacar mais um aspecto
importante...
Segundo o MCASP, os conceitos de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas
não especificam os critérios para seu reconhecimento. Ao avaliar se um item se enquadra na
definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade
econômica e não apenas sua forma legal.
Isso significa que não importa a forma legal, ou seja, o aspecto jurídico, mas sim a essência
econômica. Assim, por exemplo, se a Lei determina que a depreciação de um veículo deve ser de
20% ao ano, mas a empresa usa pouco esse veículo no caso concreto, ela poderá, tendo em vista a
essência econômica, determinar outra taxa de depreciação... 10 % por exemplo. O que vale é a
essência econômica, tendo em vista que a informação contábil deve ser a mais próxima da
realidade possível.
ESSÊNCIA X FORMA
Para que a informação represente de forma adequada suas operações, transações e eventos, é
necessário que tais fatos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e
realidade econômica, e não meramente sua forma legal.
Um exemplo clássico citado pela doutrina, até por ser uma situação recorrente nas entidades em
geral, é a realização de contratos de leasing (arrendamento mercantil) em que a verdadeira
operação é um contrato de compra e venda. Como regra, temos que os bens registrados
contabilmente na entidade são aqueles sob propriedade dessa entidade. Porém, no caso do
leasing temos uma situação em que mesmo o ativo não sendo de propriedade da empresa, é
ativado pelo arrendatário e os valores mensais são reconhecidos como um financiamento normal.
Tal fato se dá por que é muito alta a probabilidade de a empresa adquirir o bem ao final do
contrato. Sendo assim, esse registro de reconhecimento do ativo pelo arrendatário considera a
essência sobre a forma.
Perceba que a adoção da essência sobre a forma visa fornecer informações mais próximas da
realidade, de maneira que as demonstrações contábeis indiquem de maneira mais correta possível
a verdadeira situação patrimonial e econômica da entidade.
2. VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
Segundo o MCASP (8ª edição), as variações patrimoniais são transações que promovem alterações
nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório,
afetando ou não o seu resultado.
As variações patrimoniais podem ser classificadas em:
a. Quantitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou
diminuem o patrimônio líquido.
b. Qualitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição
dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.
Exemplos:
Aquisição de estoques a prazo
Na aquisição de estoques a prazo há uma permuta de um bem (mercadorias) por uma obrigação a
pagar (fornecedores).
Aquisição de veículo por meio de financiamento
Na aquisição de veículo por meio de financiamento há uma permuta de um bem (veículo) por uma
obrigação a pagar (financiamento).
As variações patrimoniais quantitativas subdividem-se em:
a. Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA): quando aumentam o patrimônio líquido (receita
sob o enfoque patrimonial);
Aqui vale lembrar que as Variações Patrimoniais Aumentativas (VPAs) aumentam o PL enquanto
que as Variações Patrimoniais Diminutivas (VPDs) diminuem o PL. Logo, todas as variações
quantitativas envolvem o reconhecimento de uma VPA ou VPD.
Exemplo:
Lançamento de IPTU
No lançamento do IPTU (fato gerador da VPA) há o reconhecimento de uma VPA e, em
contrapartida, o reconhecimento de um direito (Tributos a receber).
b. Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD): quando diminuem o patrimônio líquido (despesa sob
o enfoque patrimonial).
Exemplo:
Apropriação da folha de pagamento
Na apropriação da folha de pagamento há o reconhecimento de uma VPD (VPD Pessoal) e, em
contrapartida, o reconhecimento de uma obrigação (salários a pagar).
Esquematicamente, temos:
O MCASP destaca que existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa
e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou
compostas.
No momento da arrecadação
Variação patrimonial qualitativa
D – Caixa
C – Créditos Tributários a Receber
Observe que no momento da arrecadação há troca de um direito por caixa, constituindo uma
variação patrimonial qualitativa.
O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das VPAs e o valor total das
VPDs de um dado período.
Caso o total das VPA sejam superiores ao total das VPD, diz-se que o resultado patrimonial foi
superavitário ou que houve um superávit patrimonial. Caso contrário, diz-se que o resultado
patrimonial foi deficitário ou que houve um déficit patrimonial.
Vamos estudar o assunto com os devidos detalhes quando estudarmos a Demonstração das
Variações Patrimoniais (DVP).
3. QUESTÕES COMENTADAS
4. (CESPE/Auditor Estadual/TCM-BA/2018) Na demonstração das variações patrimoniais, o
provisionamento de precatórios deverá ser registrado como variação
a) quantitativa aumentativa.
b) quantitativa diminutiva.
c) qualitativa aumentativa.
d) qualitativa diminutiva.
e) financeira aumentativa.
Comentários
No provisionamento de precatórios efetuamos o seguinte registro:
D – VPD c/ Provisões
C – Precatórios a pagar
d) A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou não circulante é feita com base nos
atributos de confiabilidade e relevância desses elementos.
e) Ativos são recursos dos quais se espera que resultem benefícios econômicos futuros ou
potenciais de serviços para a entidade.
Comentários
Vamos analisar as opções.
a. Errado. Segundo Estrutura Conceitual do Setor Público,
PASSIVO é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva resultar na
saída de recursos da entidade.
b. Errado. O patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos
todos seus passivos.
c. Errado. Os passivos mantidos essencialmente para fins de negociação são classificados como
circulante.
d. Errado. A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou não circulante é feita com
base nos atributos de conversibilidade (liquidez) e exigibilidade desses elementos.
e. Certo. Segundo a Estrutura Conceitual do Setor Público,
ATIVO é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado.
Nos termos da Estrutura Conceitual, recurso é um item com potencial de serviços ou com a
capacidade de gerar benefícios econômicos.
Gabarito: E
O cancelamento de uma dívida passiva de entidade pública provoca uma variação patrimonial
aumentativa.
Comentários
Uma dívida passiva representa uma obrigação e, portanto, um passivo da entidade pública. Nesse
sentido, ao ser cancelada essa dívida sem qualquer outra contrapartida o patrimônio líquido irá
aumentar. Logo, estamos diante de uma variação patrimonial aumentativa.
Gabarito: Certo
Controle pela entidade: refere-se ao fato de que o benefício futuro deve ser controlado
por uma entidade em particular. Perceba que a definição não utiliza o termo
propriedade, desvinculando a parte legal da econômica. Trata-se da essência sobre a
forma. O exemplo clássico citado pela doutrina é o arrendamento financeiro, em que os
bens pertencem ao arrendador, porém ficam sob controle do arrendatário, além de
todos os riscos e benefícios decorrentes, devendo, portanto, serem contabilizados como
ativo pelo arrendatário.
Logo, um bem pode pertencer a terceiros e, mesmo assim, ser registrado e integrar o patrimônio
público. Para tanto, a entidade deve ter o controle sobre esse bem.
Gabarito: Certo
PASSIVO é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva
resultar na saída de recursos da entidade.
Portanto, a possibilidade de ocorrência de um evento futuro que afete negativamente o
patrimônio de uma entidade não deve ser registrado como um passivo dessa entidade, pois não
representa uma obrigação presente.
Gabarito: Errado
Observe que o critério definido pela Lei 4.320/64 é orçamentário. Assim, o ativo é segregado em
financeiro e permanente em função da dependência ou não de autorização orçamentária.
Já para fins patrimoniais, o MCASP classifica o ativo em circulante ou não circulante com base no
seu atributo de conversibilidade.
Os ativos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes
critérios:
a. estiverem disponíveis para realização imediata; e
b. tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Do exposto, percebe-se que o item está certo, pois ambas classificações são atualmente válidas e
não excludentes.
Gabarito: Certo
nome deles, a entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de
exigibilidade.
Comentários
Segundo o MCASP o passivo circulante compreende os passivos exigíveis até doze meses da data
das demonstrações contábeis. Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que atendam a
qualquer um dos seguintes critérios: tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo
operacional da entidade; sejam mantidos primariamente para negociação; tenham prazos
estabelecidos ou esperados no curto prazo; sejam valores de terceiros ou retenções em nome
deles, quando a entidade do setor público for fiel depositaria, independentemente do prazo de
exigibilidade.
Gabarito: Certo
28. (CESPE/Analista/Atuarial/MPU/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de contas;
II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;
III baixa de equipamento considerado inservível;
IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.
Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido registrados no âmbito da
contabilidade do MPU durante o exercício de 2014, julgue o item que se segue.
O evento IV representa uma variação patrimonial qualitativa, mas não quantitativa: há redução do
patrimônio líquido concomitante à inclusão da conta redutora no ativo.
Comentários
O registro da depreciação periódica dos bens móveis representa uma variação quantitativa
diminutiva. Há o reconhecimento de uma variação patrimonial diminutiva e o registro de uma
conta redutora do ativo. O lançamento contábil é o seguinte:
D – VPD – Depreciação
C – Depreciação Acumulada (-A)
Estudaremos o assunto “depreciação” oportunamente em nosso curso.
Gabarito: Errado
Ao efetuar o registro do evento III, o resultado patrimonial da UnB não foi afetado, pois essa
transação representou apenas uma variação patrimonial qualitativa.
Comentários
O recebimento de depósitos de terceiros passíveis de devolução é considerado um ingresso
extraorçamentário os quais, em regra, não têm reflexos no patrimônio líquido da Entidade. Como
esse tipo de ingresso possui a característica de exigibilidade (a entidade possui a obrigação de
devolver o recurso) não há um aumento do patrimônio, ou seja, representam variações
patrimoniais qualitativas.
Gabarito: Certo
D – Imóveis
C – Doação - Variação Patrimonial Aumentativa
D – Depreciação (VPD)
C – Depreciação Acumulada (redutora de ativo)
Mesmo modificando apenas a composição específica dos elementos patrimoniais, sem alterar a
situação líquida patrimonial da CGE/PI, a transação IV deve ser registrada contabilmente como
variação patrimonial.
Comentários
Na compra de um veículo à vista temos uma variação patrimonial qualitativa, pois não há impacto
no PL. Trata-se de um fato permutativo em que há modificação apenas na composição específica
dos elementos patrimoniais (trocamos caixa por veículo). O lançamento contábil desse fato é o
seguinte:
D – Veículos
C – Caixa
Gabarito: Certo
D – Imóveis
C – Doação - Variação Patrimonial Aumentativa
37. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de contas;
II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;
III baixa de equipamento considerado inservível;
IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.
Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido registrados no âmbito da
contabilidade do MPU durante o exercício de 2014, julgue o item que se segue.
O evento III, extraorçamentário, não deve ser registrado como variação patrimonial.
Comentários
Independentemente do fato ser orçamentário ou extraorçamentário há registro da variação
patrimonial. Na baixa de equipamento considerado inservível temos o reconhecimento de uma
variação patrimonial diminutiva (VPD) em contrapartida da baixa do equipamento. O lançamento
contábil é o seguinte:
Gabarito: Errado
38. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de contas;
D 3.x.x.x.x.xx.xx VPD
C 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P)
D – VPD
C – Provisão
Logo, apenas o evento II deve ser registrado como variação patrimonial quantitativa diminutiva.
Gabarito: Errado
39. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015)
I concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de contas;
II registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial;
III baixa de equipamento considerado inservível;
IV depreciação, no período, de bens móveis de uso.
Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido registrados no âmbito da
contabilidade do MPU durante o exercício de 2014, julgue o item que se segue.
O evento IV representa uma variação patrimonial qualitativa, mas não quantitativa: há redução do
patrimônio líquido concomitante à inclusão da conta redutora no ativo.
Comentários
No registro da depreciação mensal (no período) dos bens móveis de uso temos o reconhecimento
de uma VPD e o registro da conta redutora do ativo. O lançamento contábil é o seguinte:
D – Depreciação (VPD)
Comentários
Nos termos da Estrutura Conceitual, recurso é um item com potencial de serviços ou com a
capacidade de gerar benefícios econômicos.
O potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos podem surgir diretamente
do próprio recurso ou dos direitos de sua utilização. Alguns recursos incluem os direitos da
entidade a uma série de benefícios, inclusive, por exemplo, o direito a:
a) utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens);
b) utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, arrendamento
mercantil;
c) converter o recurso em caixa por meio da sua alienação;
d) beneficiar-se da valorização do recurso; ou
e) receber fluxos de caixa.
Gabarito: E
b) quantitativa diminutiva reduz o ativo e têm como contrapartida a redução do passivo pelo
mesmo valor.
c) quantitativa aumentativa aumenta o ativo e têm como contrapartida a redução do passivo pelo
mesmo valor.
d) qualitativa pode aumentar um ativo e ter como contrapartida a redução de outro ativo pelo
mesmo valor.
e) quantitativa pode aumentar um ativo e um passivo concomitantemente pelo mesmo valor.
Comentários
Vamos analisar as assertivas.
a. Errado. As variações qualitativas não afetam o patrimônio líquido.
b. Errado. O item refere-se a uma variação qualitativa.
c. Errado. O item refere-se a uma variação qualitativa.
d. Certo. Perfeito! Exemplo seria a aquisição de um veículo à vista em que há a redução de um
ativo (caixa) e o aumento de um ativo (veículo).
e. Errado. O item refere-se a uma variação qualitativa.
Gabarito: D
d) 235.000,00.
e) 165.000,00.
Comentários
Vamos classificar cada uma das variações descritas na questão.
Aquisição de material de consumo pelo valor de R$ 100.000,00.
Trata-se de uma variação qualitativa.
Devolução de um depósito caução no valor de R$ 25.000,00.
Trata-se de uma variação qualitativa.
Alienação de um veículo por R$ 45.000,00, com perda de R$ 12.000,00.
Na alienação de bens com perda devemos reconhecer uma variação patrimonial diminutiva pelo
valor da perda (12.000,00, nesse caso).
Reconhecimento dos juros referentes à dívida consolidada no valor de R$ 27.000,00.
No reconhecimento dos juros devemos reconhecer uma variação patrimonial diminutiva
(27.000,00)
Reconhecimento da depreciação do ativo imobilizado no valor de R$ 68.000,00.
O reconhecimento da depreciação origina o registro de uma variação patrimonial diminutiva
(68.000,00)
Utilização de material de consumo no valor de R$ 85.000,00.
A utilização do material de consumo representa o fato gerador de uma variação patrimonial
diminutiva (85.000,00)
Aquisição de um veículo no valor de R$ 43.000,00 em 31/12/2016.
A aquisição de um veículo origina uma variação qualitativa.
Logo, o total das VPDs é de: 12.000,00 + 27.000,00 + 68.000,00 + 85.000,00 = 192.000,00.
Gabarito: A
d) 1.180.000,00;
e) 820.000,00.
Comentários
Vamos identificar as operações que não impactam o PL, ou seja, as variações qualitativas:
Descrição Valor
Amortização de empréstimos 110.000,00
Aquisição de veículos 130.000,00
Construção de imóveis 690.000,00
Contratação de operações de crédito 250.000,00
Total 1.180.000,00
Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: B
D – Veículos
C – Financiamentos a pagar
D – Caixa
D. Reconhecimento, em Regime de Competência mensal, do 13° salário a ser pago no final do ano.
Trata-se de uma variação patrimonial quantitativa diminutiva.
Gabarito: B
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
Comentários
Segundo o MCASP, considera-se realizada a Variação Patrimonial Aumentativa (VPA):
a. Nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natureza
tributária, investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição
de serviços por esta prestados; (Assertiva I – Correta)
b. Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; (Assertiva II – Incorreta)
c. Pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;
(Assertiva III – Incorreta)
d. No recebimento efetivo de doações e subvenções.
Gabarito: D
No evento II foi configurada uma variação patrimonial quantitativa diminutiva visto que, no
momento do pagamento da obrigação, houve redução de valor na conta de caixa e equivalente de
caixa da UnB.
31. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Suponha que as seguintes transações
governamentais tenham sido registradas em uma entidade governamental durante determinado
exercício financeiro já encerrado:
►aprovação da LOA no valor de R$ 100.000,00, sendo 60% na categoria econômica corrente e
40% na categoria econômica de capital;
►lançamento, ao longo do referido exercício, de R$ 50.000,00 de impostos, sendo arrecadados
80% desse valor;
►ingresso de depósitos de terceiros passíveis de devolução.
Considerando essas transações, julgue o item subsequente, relativo ao regime e ao tratamento
contábil aplicável aos impostos.
No momento da arrecadação dos impostos, será registrada uma variação patrimonial aumentativa
no valor de R$ 40.000,00.
32. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as seguintes transações
governamentais tenham sido contabilmente registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício
financeiro de 2013:
I recebimento de bem imóvel em doação;
II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;
III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês anterior;
IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades administrativas;
V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo imobilizado.
A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item, acerca das variações
patrimoniais e das transações no setor público.
As transações I e II decorrem, respectivamente, de operações que aumentam e diminuem o
patrimônio líquido da CGE/PI, por isso devem ser registradas como variações patrimoniais
quantitativas.
33. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as seguintes transações
governamentais tenham sido contabilmente registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício
financeiro de 2013:
I recebimento de bem imóvel em doação;
II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;
III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês anterior;
IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades administrativas;
V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo imobilizado.
A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item, acerca das variações
patrimoniais e das transações no setor público.
A transação V deve ser registrada como uma variação patrimonial qualitativa, visto que ela
representa uma variação independente da execução orçamentária.
34. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as seguintes transações
governamentais tenham sido contabilmente registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício
financeiro de 2013:
I recebimento de bem imóvel em doação;
II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;
III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês anterior;
IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades administrativas;
V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo imobilizado.
A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item, acerca das variações
patrimoniais e das transações no setor público.
Mesmo modificando apenas a composição específica dos elementos patrimoniais, sem alterar a
situação líquida patrimonial da CGE/PI, a transação IV deve ser registrada contabilmente como
variação patrimonial.
35. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Considere que as seguintes transações
governamentais tenham sido contabilmente registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício
financeiro de 2013:
I recebimento de bem imóvel em doação;
II baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis;
III pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês anterior;
IV compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades administrativas;
V registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo imobilizado.
A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item, acerca das variações
patrimoniais e das transações no setor público.
Na transação III, verifica-se que a situação líquida patrimonial será negativamente afetada, o que
representa uma variação patrimonial diminutiva.
36. (CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015) Os seguintes eventos contábeis foram registrados no
primeiro exercício financeiro encerrado de determinada entidade governamental.
Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa orçamentária, no valor de R$ 160.000,00
cada;
Lançamento de impostos no valor de R$ 100.000,00, sendo arrecadados 80% desse valor;
Recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 60.000,00;
I. Valores pagos a título de prêmio de seguros que deverão ser totalmente apropriados durante o
exercício financeiro de 2017.
II. Obrigações por danos causados a terceiros e que deverão ser totalmente pagas no exercício
financeiro de 2018.
III. Superávits acumulados de exercícios anteriores.
No Balanço Patrimonial de 31/12/2016, os itens I, II e III foram classificados, respectivamente,
como Ativo
a) Circulante, Passivo Circulante e Passivo não Circulante.
b) não Circulante, Passivo não Circulante e Passivo não Circulante.
c) Permanente, Passivo Financeiro e Passivo não Circulante.
d) Circulante, Passivo não Circulante e Patrimônio Líquido.
e) Financeiro, Passivo Financeiro e Patrimônio Líquido.
41. (FCC/Analista Judiciário/Administrativa/TRT11/2017) Durante o mês de dezembro de 2016,
ocorreram as seguintes transações em uma determinada entidade pública:
− Aquisição de material de consumo pelo valor de R$ 100.000,00.
− Devolução de um depósito caução no valor de R$ 25.000,00.
− Alienação de um veículo por R$ 45.000,00, com perda de R$ 12.000,00.
− Reconhecimento dos juros referentes à dívida consolidada no valor de R$ 27.000,00.
− Reconhecimento da depreciação do ativo imobilizado no valor de R$ 68.000,00.
− Utilização de material de consumo no valor de R$ 85.000,00.
− Aquisição de um veículo no valor de R$ 43.000,00 em 31/12/2016.
Com base nessas informações, o total das variações patrimoniais quantitativas diminutivas foi, em
reais,
a) 165.000,00.
b) 192.000,00.
c) 207.000,00.
d) 217.000,00.
e) 235.000,00.
42. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF 5ª Região/2017) Uma entidade pública federal
adquiriu, em 30/12/2016, um imóvel para ser utilizado para a prestação de serviços para a
população, data a partir da qual passou a ter a capacidade de utilizá-lo e restringir o acesso de
terceiros ao mesmo. Em 17/01/2017, a propriedade legal do imóvel foi transferida para a entidade
pública federal. Contudo, em 20/02/2017, antes de o imóvel estar em condições de uso,
constatou-se que o terreno onde ele foi construído estava contaminado e, portanto, o acesso de
pessoas ao imóvel foi proibido permanentemente pela justiça, o que gerou para a entidade pública
federal impossibilidades quanto ao seu uso para a prestação de serviços, à geração de fluxos de
caixa ou à redução de saídas de caixa.
Assim, para a entidade pública federal, o imóvel
a) era um ativo em 20/02/2017, pois teve como origem a aquisição em 30/12/2016.
b) era um ativo em 20/02/2017, dada a sua capacidade de gerar benefícios econômicos.
c) não era um ativo em 20/02/2017, em decorrência da falta de controle do recurso.
d) era um ativo em 20/02/2017, dado o seu potencial de serviços.
e) não era um ativo em 30/12/2016, em decorrência da falta de propriedade legal do imóvel.
43. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 24ª Região/2017) De acordo com a NBC TSP
Estrutura Conceitual, o Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado
de evento passado. Para ser considerado um recurso, um item de um Tribunal Regional do
Trabalho deve, necessariamente,
a) gerar benefícios econômicos diretamente do próprio recurso e não do seu direito de uso.
b) gerar entradas líquidas de caixa.
c) ser de propriedade legal da entidade.
d) ter a possibilidade de trocar o recurso por outro ativo.
e) ter potencial de serviços ou capacidade de gerar benefícios econômicos.
44. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT3/2015) Patrimônio Público é o conjunto de
direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou
represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos
ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. Segundo as Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, a classificação do patrimônio público, sob o
enfoque contábil, está estruturado nos seguintes grupos:
a) ativos, passivos e patrimônio líquido.
b) bens móveis, imóveis e obrigações a pagar.
c) ativos, passivos e demonstração das variações patrimoniais.
d) subsistemas orçamentário, financeiro e patrimonial.
e) ativos e passivos não circulantes e saldo patrimonial.
45. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT3/2015) Um Hospital Público Estadual adquiriu à
vista, no mês de maio de 2015, duas ambulâncias pelo valor de R$ 170.000,00. Sob o aspecto
patrimonial, a referida transação refere-se a uma
a) variação patrimonial quantitativa.
b) despesa de capital.
c) inversão financeira.
d) variação patrimonial qualitativa.
e) variação patrimonial modificativa.
46. (FCC/Analista de Controle Externo/Ciências Contábeis/TCE-CE/2015) A autarquia hospitalar
estadual Dr. Menezes de Cabral alienou dois veículos pelo valor total de R$ 65.500,00, incluídos
ganhos com alienação no valor de R$ 4.500,00. Considerando as Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público − NBC T, nesta transação, sob o aspecto patrimonial,
ocorreu uma
a) receita patrimonial e variação patrimonial quantitativa no valor de R$ 61.000,00 e R$ 4.500,00,
respectivamente.
b) variação patrimonial quantitativa no valor de R$ 65.500,00.
c) receita de capital e variação patrimonial qualitativa no valor de R$ 61.500,00 e R$ 4.500,00,
respectivamente.
d) diminuição do ativo no valor de R$ 65.500,00.
e) variação patrimonial qualitativa e quantitativa no valor de R$ 61.000,00 e R$ 4.500,00,
respectivamente.
47. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015) Uma variação patrimonial
a) qualitativa altera o valor total do ativo e do patrimônio líquido concomitantemente pelo mesmo
valor.
b) quantitativa diminutiva reduz o ativo e têm como contrapartida a redução do passivo pelo
mesmo valor.
c) quantitativa aumentativa aumenta o ativo e têm como contrapartida a redução do passivo pelo
mesmo valor.
d) qualitativa pode aumentar um ativo e ter como contrapartida a redução de outro ativo pelo
mesmo valor.
e) quantitativa pode aumentar um ativo e um passivo concomitantemente pelo mesmo valor.
48. (FCC/Auditor Substituto de Conselheiro/TCE-RO/2010) Conforme o Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público − Volume II − Procedimentos Contábeis Patrimoniais, as variações no
patrimônio da entidade podem ser classificadas em quantitativas ou qualitativas. Uma variação
qualitativa decorre
a) da realização de operações de crédito.
b) do recebimento de bens em doação.
c) do consumo de material de expediente.
d) da liquidação da despesa com pessoal.
e) da ocorrência do fato gerador do Imposto Predial e Territorial Urbano.
5. RESUMO
COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
O patrimônio público é estruturado em três grupos:
§ ATIVOS: é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado.
§ PASSIVO: é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva resultar na saída de
recursos da entidade.
§ SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros
recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida na demonstração que evidencia a situação
patrimonial [balanço patrimonial] como patrimônio líquido. A situação patrimonial líquida pode ser um
montante residual positivo ou negativo.
CLASSIFICAÇÃO DO ATIVO
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (Parte I)
RECONHECIMENTO DO ATIVO
§ Um ativo deve ser reconhecido no patrimônio público quando for provável que benefícios futuros dele
provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.
§ Também são reconhecidos no ativo os depósitos caracterizados como entradas compensatórias2 no ativo e
no passivo financeiro. Exemplos: cauções em dinheiro para garantia de contratos, consignações a pagar,
retenção de obrigações de terceiros a recolher e outros depósitos com finalidades especiais, como os para
garantia de recursos.
CLASSIFICAÇÃO DO PASSIVO
RECONHECIMENTO DO PASSIVO
§ Um passivo deve ser reconhecido no Balanço Patrimonial quando for provável que uma saída de recursos
envolvendo benefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente e o valor pelo qual
essa liquidação se dará possa ser determinado em bases confiáveis.
§ Também são reconhecidos no passivo, pois se caracterizam como obrigações para com terceiros, os
depósitos caracterizados como entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro. Exemplos: cauções
em dinheiro para garantia de contratos, consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher
e outros depósitos com finalidades especiais, como os para garantia de recursos.
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (Parte I)
6. GABARITO
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
D E E B C E C C E C E
12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22.
C E E C C C C C E C E
23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33.
C C E C C E C E E C E
34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44.
C E C E E E D B C E A
45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55.
D E D A C A B D C A A
56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66.
C D B B B B E D C B C