Regimento Interno Certo
Regimento Interno Certo
Regimento Interno Certo
O Presidente da Câmara Municipal de Paracatu - Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição legal que lhe
confere o artigo 31, inciso III, da Lei Orgânica Municipal, faz saber que a Câmara Municipal aprovou, e ele, em seu
nome, promulga a seguinte Resolução:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO E DA SEDE
Art. 1º. A Câmara Municipal é composta de Vereadores, representantes do povo paracatuense, eleitos na forma
da lei, para mandato de quatro anos.
Parágrafo único. O número de vereadores será fixado pela Câmara Municipal até 30 de junho do ano em que
ocorrer às eleições municipais, observado o limite estabelecido na Constituição Federal.
Parágrafo único. Por motivo de conveniência pública e deliberação da maioria de seus membros, pode a Câmara
Municipal reunir-se temporariamente em qualquer local do Município, ressalvado o disposto no artigo 3º desta
Resolução.
CAPÍTULO II
Da Instalação da Legislatura
Seção I
Das Reuniões Preparatórias
Art. 3º. No início da legislatura, é realizado, no Palácio Doutor Renato Azeredo, dia 1º de janeiro, reunião
preparatória destinada à posse dos Vereadores diplomados, à eleição e posse da Mesa Diretora e posse do
Prefeito e do Vice-Prefeito.
Art. 4º. O diploma expedido pela Justiça Eleitoral, juntamente com a comunicação do nome parlamentar e da
legenda partidária, será entregue à Mesa da Câmara Municipal pelo vereador ou por intermédio de seu partido, até
último dia útil do mês de dezembro do ano que anteceder a instalação da legislatura seguinte.
§ 1º. A lista dos Vereadores diplomados, em ordem alfabética e com a indicação das respectivas legendas
partidárias, organizada pela Mesa da Câmara Municipal, será publicada nos quadros de avisos dos Poderes
Municipais.
§ 2º. O nome parlamentar do Vereador salvo quando essencial à identificação, é composto de 2 (dois)
elementos: o prenome e 1 (um) nome, 2 (dois) nomes ou 2 (dois) prenomes.
Seção II
Da Posse dos Vereadores
Art. 5º. A reunião preparatória, que independe de convocação, é realizada dia 1º de janeiro, às 14:00 horas, sendo
presidida pelo mais idoso dentre os eleitos e diplomados, que, após declará-la aberta, convidará um outro eleito e
diplomado para atuar como Secretário.
Parágrafo único. O Vereador mais idoso exercerá a Presidência até que se eleja a Mesa Diretora da Câmara
Municipal.
I - o Vereador mais votado, a convite do Presidente da reunião, prestará, de pé, no que será acompanhado pelos
demais, o seguinte juramento: “Prometo defender a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica
Municipal, observar as leis, desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Município
Câmara Municipal de Paracatu
de Paracatu e pelo bem estar de seu Povo”.
II - prestado o juramento, o Secretário fará a chamada nominal dos Vereadores e cada um, ao ser proferido o seu
nome, responderá: “Assim o prometo”.
III - o compromissando não poderá, no ato da posse, fazer declaração oral ou escrita, ou ser representado por
procurador;
IV - o eleito e diplomado que não tomar posse na reunião preparatória, deverá fazê-lo dentro do prazo de quinze
dias do início do funcionamento normal da Câmara Municipal, sob pena de perda do mandato, salvo justo motivo
aceito pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal;
V - não se investirá no mandato o eleito e diplomado que deixar de prestar o compromisso regimental;
VI - tendo prestado o compromisso uma vez, o suplente de Vereador será dispensado de fazê-lo em convocações
subseqüentes;
VII - ao reassumir o mandato, o Vereador comunicará seu retorno ao Presidente da Câmara Municipal,
dispensada a prestação do compromisso de posse;
VIII - o Vereador apresentará à Mesa da Câmara Municipal, para efeito de posse e no término do mandato,
declaração de bens.
Art. 7º. Salvo motivo de força maior ou enfermidade devidamente comprovada, a posse ocorrerá no prazo de 15
(quinze) dias contados:
§ 1º. O prazo estabelecido neste artigo poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, a requerimento de
Vereador diplomado.
§ 3º. O Presidente fará publicar, na forma do artigo 105 da Lei Orgânica Municipal, dentro de 15 (quinze) dias
imediatos ao da posse, a relação dos Vereadores empossados.
§ 4º. A alteração na composição da Câmara Municipal será publicada imediatamente após a sua ocorrência.
Seção III
Da Eleição da Mesa da Câmara Municipal
" Art. 8º.- A primeira eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal é realizada imediatamente após a posse dos
vereadores.
§ 1º. A eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio,compreendidas pelas terceira e quarta sessões legislativas
ordinárias da legislatura, far-se-á em reunião especial convocada para o primeiro dia após a última reunião
ordinária da segunda sessão legislativas ordinária.(NR). DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 34/2016 NO
SEU ARTIGO 23 §6º.
§ 2º. A Câmara Municipal não deliberará sobre qualquer assunto no início da primeira, da segunda, da terceira e
da quarta sessões legislativas ordinárias, enquanto não empossados os membros da Mesa Diretora eleitos para o
respectivo anuênio. (NR).
Art. 9º. A eleição da Mesa da Câmara Municipal e o preenchimento de vaga nela verificada são feitos por votação
nominal, observadas as seguintes exigências e formalidades:
I - pedido de registro de candidatura, individual ou por chapa, protocolado até às 18h do último dia útil
imediatamente anterior à data da reunião destinada à eleição;
II - presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal;
III - composição da Mesa da Câmara Municipal pelo Presidente, dos trabalhos, com designação de um Secretário
que procederá ás anotações dos boletins de apuração e a chamada nominal dos vereadores para votação;
IV - leitura dos nomes dos candidatos aos cargos da Mesa Diretora;
V - chamada nominal para votação,quando o vereador fará sua declaração de voto no microfone, de forma clara e
audível, para que fique registrado nos anais da Casa, que será feita em:
Parágrafo único. Na falta do quórum previsto no caput deste artigo, o vereador mais idoso permanecerá na
presidência e convocará reuniões diárias até que seja eleita a Mesa Diretora.(NR)
Art. 10. Ocorrendo vaga na Mesa Diretora, seu preenchimento far-se-á por eleição, dentro de dez dias, como
primeiro ato da ordem do dia, exceto para o cargo de Presidente, quando a vaga ocorrer após 30 de novembro do
segundo ano do mandato da Mesa, caso em que esta será ocupada pelo sucessor regimental.
Seção IV
Da Declaração de Instalação da Legislatura
Art. 11. Em seguida à posse dos membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal, o Presidente, de forma solene
e de pé, no que será acompanhado pelos presentes, declarará instalada a legislatura.
TÍTULO II
Das Sessões
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
I - ordinária, a que, independentemente de convocação, se realiza nos dois períodos de funcionamento da Câmara
Municipal em cada ano, de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
II - extraordinária, a que se realiza em período diverso dos fixados no inciso anterior.
§ 1º. A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação sobre o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
§ 4º. Na sessão legislativa extraordinária a Câmara Municipal somente deliberará sobre a matéria para a qual
tenha sido convocada.
§ 5º. A sessão legislativa extraordinária será instalada após a prévia publicação do edital de sua convocação nos
quadros de aviso dos Poderes do Município e não se prolongará além do prazo estabelecido para seu
funcionamento.
CAPÍTULO II
Das Reuniões da Câmara Municipal
Seção I
Disposições Gerais
Câmara Municipal de Paracatu
§ 1º. As reuniões solenes e as especiais são convocadas pelo Presidente, de ofício ou a requerimento de 1/3 (um
terço) dos membros da Câmara Municipal.
§ 2º. As reuniões solenes e as especiais são realizadas com qualquer número de Vereadores, exceto a especial
destinada à eleição da Mesa da Câmara Municipal.
§ 3º. As reuniões previstas para a data estabelecida no inciso II deste artigo serão transferidas para o primeiro dia
útil subseqüente quando recaírem em feriado.
Art. 14. A convocação de reunião extraordinária, que é feita pelo Presidente da Câmara Municipal, determinará o
dia e horário dos trabalhos, bem como a matéria a ser apreciada, e o edital será divulgado nos quadros de avisos
da Prefeitura e da Câmara Municipal de Paracatu.
Art. 15. A Câmara Municipal reunir-se-á, extraordinariamente, quando para este fim for convocada, mediante
prévia declaração do motivo que signifique urgência e interesse público justificado:
§ 1º. No caso do inciso I, a primeira reunião extraordinária será marcada com antecedência mínima de dois dias,
pelo menos, observada a comunicação direta a todos os Vereadores, devidamente comprovada.
§ 2º. Nos casos dos incisos II e III, o Presidente da Câmara marcará a primeira reunião extraordinária para, no
mínimo três dias após o recebimento do requerimento, ou, no máximo, cinco dias, procedendo de acordo com as
normas do parágrafo anterior;
§ 3º. Na hipótese prevista no §2º deste artigo, não sendo marcada pelo Presidente da Câmara Municipal, a
reunião extraordinária instalar-se-á automaticamente no primeiro dia útil que se seguir ao prazo de cinco dias, no
horário regimental das reuniões ordinárias.
Art. 16. As reuniões são públicas, podendo ser secretas, nos casos previstos neste Regimento.
Art. 17. A presença dos Vereadores é, no início da reunião, registrada em lista de chamada, autentica pelo
Presidente e pelo Secretário.
Art. 18. Na hora do início da reunião, aferida pelo relógio do Plenário, os membros da Mesa Diretora da Câmara
Municipal e os demais Vereadores ocuparão seus lugares.
§ 1º. Verificada a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, o Presidente declarará aberta
a reunião.
§ 2º. Não havendo número regimental para a abertura da reunião, o Presidente poderá aguardar, pelo prazo de
quinze minutos, a partir da hora prevista para seu início que o “quorum” se complete, respeitando-se, no
transcurso da reunião, o tempo de duração de cada uma de suas partes.
§ 3º. Inexistindo número regimental, o Presidente deixará de abrir a reunião e anunciará a próxima ordem do dia.
Art. 19. Esgotada a matéria destinada a uma parte da reunião, ou findo o prazo de sua duração, passar-se-á à
Câmara Municipal de Paracatu
parte subseqüente.
Art. 20. O prazo de duração da reunião pode ser prorrogado pelo Presidente da Mesa, de ofício, ou a
requerimento de Vereador.
§ 1º. O requerimento de prorrogação, que poderá ser apresentado à Mesa da Câmara Municipal até o momento
do anúncio da ordem do dia da reunião seguinte, fixará o seu prazo, não terá encaminhamento de votação e será
votado pelo processo simbólico, salvo se, havendo matéria urgente na pauta, o Presidente o deferir.
§ 3º. O requerimento de prorrogação, se for o caso, será submetido à votação, em momento próprio,
interrompendo-se, quando necessário, o ato que se estiver praticando.
§ 4º. A votação do requerimento ou a verificação de sua votação não serão interrompidas pelo término do horário
da reunião ou pela superveniência de quaisquer outros incidentes.
Seção II
Das Reuniões Ordinária e Extraordinária
Subseção I
Do Transcurso da Reunião
I - Primeira Parte: Expediente, com a duração de uma hora e cinqüenta minutos, improrrogáveis, das quais
quarenta minutos, no mínimo, destinados a oradores inscritos, compreendendo:
a) leitura da ata da reunião anterior, ressalvada a aprovação plenária de requerimento de suspensão de leitura que
importa aprovação automática. (NR)
b) leitura de correspondências;
c) comunicações;
d) leitura de pareceres;
e) apresentação, sem discussão, de proposições;
f) oradores inscritos;
g) assuntos gerais;
II - Segunda Parte: Ordem do Dia, com a duração de uma hora e trinta minutos, compreendendo a discussão e
votação de matérias na seguinte ordem:
a) proposta de emenda à Lei Orgânica;
b) proposições de leis vetadas;
c) projetos;
d) redações finais;
e) pareceres;
f) requerimentos;
g) indicações;
i) representações;
h) moções;
III - Terceira Parte, com duração de dez minutos, compreendendo:
a) anúncio da Ordem do Dia da reunião seguinte;
b) chamada final.
§ 1º. O Presidente da Câmara Municipal, de ofício ou a requerimento, poderá, na primeira parte da reunião
ordinária, prestar homenagem especial ou interrompê-la para receber autoridade constituída ou personalidade de
destaque.
§ 2º. Falecendo Vereador, o Presidente comunicará o fato à Câmara, podendo suspender os trabalhos da
reunião.
Art. 22. A reunião extraordinária, com duração de três horas, obedece a seguinte ordem:
Subseção II
Do Expediente
Art. 23. Abertos os trabalhos, o Secretário fará a leitura da ata da reunião anterior, que o Presidente considerará
aprovada, independentemente de votação, ressalvada a retificação.
§ 1º. Para retificar a ata, o Vereador poderá falar uma vez, pelo prazo de três minutos, cabendo ao Secretário
prestar os esclarecimentos que entender conveniente.
§ 2º. A retificação tida por procedente será consignada na ata da reunião seguinte.
Art. 25. Segue-se o momento destinado às comunicações da Mesa e dos Líderes, à leitura de pareceres, à
apresentação, sem discussão, de proposições, e à oradores inscritos.
Art. 26. Em seguida, será concedida a palavra ao vereador para pronunciamento sobre assuntos gerais, pelo
tempo remanescente da primeira parte da reunião, inclusive para manifestar-se sobre pronunciamento de
oradores inscritos.
Parágrafo único. Não será permitida a conversação que perturbe a leitura de documento, chamada para votação,
comunicações da Mesa, discursos e debates, cabendo ao Presidente advertir o vereador infrator a esta norma,
oralmente ou por escrito, sendo a infração considerada falta de decoro parlamentar, nos termos deste Regimento.
Art. 27. A inscrição de oradores, limitada a duas, é intransferível e feita em lista própria, até o início da reunião
ordinária.
Parágrafo único. Atingido o limite de inscrições, será elaborada lista suplementar de oradores, em igual número,
para substituir, pela ordem, na reunião, oradores ausentes ou que declinarem do uso de seu tempo.
Art. 28. É de vinte minutos, improrrogáveis, o tempo de que dispõe o orador para pronunciar seu discurso.
§ 1º. Pode o Presidente, a requerimento do orador, desde que não haja outro inscrito ou, havendo, com anuência
deste, prorrogar-lhe o prazo para conclusão de seu discurso.
§ 2º. Desde que o requeira, é considerado inscrito em primeiro lugar, para prosseguir em seu discurso na reunião
ordinária seguinte, o Vereador que não tenha podido valer-se das prorrogações permitidas nos parágrafos
anteriores, não lhe sendo concedida outra prorrogação, além da primeira.
Subseção III
Da Ordem do Dia
Art. 30. Será distribuído, no prazo máximo de setenta e duas horas antes do início da reunião, o impresso
contendo a ordem do dia, que não será interrompida, salvo para posse de Vereador.
Art. 31. O Presidente da Câmara Municipal organizará e anunciará a ordem do dia da reunião seguinte, que será
convocada antes de encerrados os trabalhos.
Parágrafo único. Sempre que julgar necessário, o Presidente ouvirá o Colégio de Líderes para organizar a Ordem
do Dia.
Art. 32. A modificação da ordem do dia se dará a requerimento de vereador, nos seguintes casos:
Câmara Municipal de Paracatu
Subseção IV
Da Explicação Pessoal
Art. 33. Em discurso não excedente a três minutos, o Vereador poderá explicar o sentido de palavra por ele
proferida ou contida em seus votos à qual não se tenha dado adequada interpretação.
Parágrafo único. Conceder-se-á a palavra para explicação pessoal após a deliberação da ordem do dia, pelo
prazo de três minutos.
Seção III
Das Reuniões Preparatórias, Especiais e Solenes
Art. 34. O desenvolvimento das reuniões preparatórias, especiais e solenes terá rito específico, a ser estabelecido
no momento próprio.
Seção IV
Da Reunião Secreta
Art. 35. A reunião secreta é convocada pelo Presidente da Câmara Municipal, de ofício ou a requerimento.
§ 1º. O Presidente da Câmara Municipal fará sair do Plenário, das galerias e das dependências contíguas, as
pessoas estranhas aos trabalhos, inclusive os servidores da Secretaria Geral.
§ 2º. Se, para a realização de reunião secreta, houver necessidade de interromper-se a pública, esta será
suspensa para as providências previstas no parágrafo anterior.
§ 3º. Antes de encerrada a reunião secreta, o Presidente submeterá à votação a proposta se os pareceres e as
atas de reuniões de Plenário e de comissões devam constar da ata pública ou serem classificados como sigilosos,
assim considerados os documentos cuja divulgação ponha em risco a inviolabilidade da intimidade, da vida
privada, da honra e da imagem das pessoas.
§ 4º. Na hipótese de serem classificados como sigilosos os trabalhos, o Presidente tornará pública a decisão
tomada.
Seção V
Das Atas
Art. 36. Será lavrada ata sucinta dos trabalhos da reunião pública, para ser lida, aprovada e assinada na reunião
seguinte, extraída da ata gravada em minúcias.
§ 1º. Os documentos oficiais serão resumidos na ata sucinta dos trabalhos da reunião.
§ 2º. Os documentos apresentados por Vereador durante seu discurso não constarão em ata sem permissão da
Mesa da Câmara Municipal, salvo quando lidos na tribuna.
§ 3º. O Vereador poderá fazer inserir, na ata sucinta dos trabalhos, as razões de seu voto, redigidas de forma
concisa.
Art. 37. A ata de reunião secreta será redigida pelo Secretário, apreciada pelo Plenário antes do encerramento da
reunião, assinada pelos membros da Mesa da Câmara Municipal e colocada em invólucro que será lacrado,
datado e rubricado pelo Secretário.
Art. 38. A ata da última reunião ordinária da respectiva sessão legislativa será submetida à apreciação do Plenário
antes de encerrados os trabalhos, presente qualquer número de Vereadores.
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 39. Não se realizando reunião por falta de “quorum”, será registrada a ocorrência com menção do nome dos
Vereadores presentes e da correspondência despachada.
TÍTULO III
Dos Vereadores
CAPÍTULO I
Do Exercício do Mandato
I - integrar o Plenário e as comissões, tomar parte nas reuniões e nelas votar e ser votado;
II - apresentar proposições, discutir e deliberar sobre matéria em tramitação;
III - encaminhar, através da Mesa da Câmara Municipal, pedido escrito de informação;
IV - usar da palavra, pedindo-a previamente ao Presidente da Câmara Municipal ou ao de comissão;
V - examinar documentos existentes no arquivo e solicitá-los, nos termos da Lei Federal nº. 8.159, de 8 de janeiro
de 1991;
VI - requisitar das autoridades, por intermédio da Mesa da Câmara Municipal ou diretamente, providências para
garantia de seu mandato;
VII - utilizar-se dos serviços da Secretaria da Câmara Municipal para fins relacionados com o exercício do
mandato;
Parágrafo único. O Vereador não poderá presidir os trabalhos da Câmara Municipal ou de comissão, nem ser
designado relator, quando se estiver discutindo ou votando assunto de seu interesse pessoal ou quando se tratar
de proposição de sua autoria.
Parágrafo único. O Vereador não será obrigado a testemunhar sobre informação recebida ou prestada em razão
do exercício do mandato nem sobre as pessoas que lhe tenham confiado ou dele recebido informação.
Art. 43. O Vereador que se desvincular de seu partido perde o direito de ocupar cargo ou exercer função
destinados à sua Bancada.
Art. 44. O Vereador sem filiação partidária não poderá candidatar-se a eleição para cargos da Mesa da Câmara
Municipal nem ser designado membro efetivo ou suplente de comissão.
CAPÍTULO II
Da Vaga, da Licença, do Afastamento e da
Suspensão do Exercício do Mandato
Art. 45. A vaga na Câmara Municipal verificar-se-á por falecimento, renúncia ou perda do mandato.
Parágrafo único. A ocorrência de vaga será declarada pelo Presidente, em Plenário, durante reunião, ou durante
o recesso mediante ato publicado no órgão de imprensa oficial do Estado de Minas Gerais.
Art. 46. A renúncia ao mandato deve ser manifestada por escrito ao Presidente da Câmara Municipal que se
tornará efetiva e irretratável depois de lida em Plenário ou publicada no órgão de imprensa oficial Estado de Minas
Gerais.
I - o Vereador que não prestar compromisso na forma e no prazo previstos, respectivamente, nos arts. 6º e 7º
deste Regimento;
II - o suplente que, convocado, não entrar no exercício do mandato nos termos deste Regimento.
§ 1º. Nos casos previstos nos incisos I, II, III e V deste artigo, a perda do mandato será decidida, à vista de
provocação da Mesa ou de partido representado na Câmara Municipal, pelo voto nominal de 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara Municipal, assegurada a ampla defesa e observado o seguinte procedimento:(RN)
§ 2º. Nos casos dos incisos IV, VI, VII, VIII e IX deste artigo, a perda será declarada pela Mesa Diretora, de ofício
ou por provocação de qualquer dos Vereadores ou de partido representado na Câmara Municipal, assegurada
ampla defesa.
§ 2º. A licença será concedida pelo Presidente, de ofício ou a requerimento, exceto nas hipóteses dos incisos I e
IV, em que a decisão caberá à Mesa da Câmara Municipal.
§ 3º. O Vereador não poderá reassumir o mandato antes de findo o prazo da licença, quando esta houver
ensejado a convocação de suplente.
§ 4º. Para se afastar do território nacional, o Vereador dará prévia ciência à Câmara Municipal, por intermédio do
Presidente, indicando a natureza e a duração do afastamento.
§ 5º. Não será subvencionada viagem de Vereador, ressalvado o disposto no inciso XXVI do art. 105 ou na
hipótese de representação da Câmara Municipal por determinação da Mesa da Câmara Municipal.
§ 6º. Para obtenção ou prorrogação da licença médica, será necessária a apresentação de atestado médico.
Art. 50. Ao se afastar do exercício do mandato para ser investido no cargo de Secretário Municipal, bem como ao
reassumir suas funções, o Vereador deverá fazer comunicação escrita à Mesa da Câmara Municipal.
§ 1º. No caso do afastamento de que trata este artigo, o Vereador poderá optar pelo subsídio do mandato.
§ 2º. A apresentação da comunicação de que trata este artigo implica perda dos lugares que o Vereador ocupe
nas comissões, cabendo ao Líder de Bloco ou de Bancada indicar substituto;
Câmara Municipal de Paracatu
CAPÍTULO III
Do Decoro Parlamentar
Art. 51. O Vereador que descumprir os deveres decorrentes do mandato ou praticar ato que afete a dignidade da
investidura estará sujeito a processo e às penalidades previstas neste Regimento.
I - censura;
II - impedimento temporário do exercício do mandato, não excedente a 30 (trinta) dias;
III - perda do mandato.
§ 2º. Considera-se atentatório ao decoro parlamentar o uso, em discurso ou proposição, de expressões que
configurem violação dos direitos constitucionais.
§ 1º. A censura verbal é aplicada, em reunião, pelo Presidente da Câmara Municipal ou de comissão ao Vereador
que:
I - deixar de observar, salvo motivo justificado, os deveres decorrentes do mandato ou os preceitos deste
Regimento;
II - perturbar a ordem ou praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta no recinto da Câmara Municipal ou
em suas demais dependências.
§ 2º. A censura escrita será imposta pela Mesa da Câmara Municipal ao Vereador que:
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, a penalidade será aplicada pelo Plenário, em votação nominal
e por maioria absoluta de votos dos membros da Câmara Municipal, assegurada ao infrator ampla defesa.(NR)
Art. 54. O Vereador acusado da prática de ato que ofenda a sua honorabilidade poderá requerer ao Presidente da
Câmara Municipal que mande apurar a veracidade da argüição e, não provada a procedência, imponha ao
Vereador ofensor a penalidade regimental cabível.
CAPÍTULO IV
Da Convocação de Suplente
Art. 55. O Presidente convocará suplente de Vereador, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, nos casos de:
I - ocorrência de vaga;
II - investidura do titular na função de Secretário Municipal;
III - licença para tratar de saúde do titular;
IV - ausência do titular à posse no prazo regimental, observado o disposto no caput deste artigo.
Câmara Municipal de Paracatu
Parágrafo único. O suplente de Vereador, quando convocado em caráter de substituição, não poderá ser eleito
para os cargos da Mesa da Câmara Municipal.
Art. 56. Se ocorrer vaga e não houver suplente, o Presidente da Câmara Municipal comunicará o fato à Justiça
Eleitoral.
CAPÍTULO V
Do Subsídio
Art. 57. O Subsídio do Vereador para a legislatura subsequente será fixado através de Lei de iniciativa da Mesa
Diretora da Câmara, até cento e oitenta dias antes da data da eleição municipal.
CAPÍTULO VI
Da Liderança
Seção I
Da Bancada
Art. 58. Bancada é o agrupamento organizado de no mínimo dois Vereadores de uma mesma representação
partidária.
Art. 59. Líder é o porta-voz da Bancada e o intermediário entre esta e os órgãos da Câmara Municipal.
§ 1º. Cada Bancada indicará à Mesa da Câmara Municipal, até dois dias após o início da sessão legislativa
ordinária, o nome de seu Líder, que será escolhido em reunião por ela realizada para esse fim.
§ 2º. A indicação de que trata o parágrafo anterior deste artigo será formalizada em ata, cuja cópia será
encaminhada à Mesa da Câmara Municipal.
§ 3º. Enquanto não for feita a indicação, considerar-se-á Líder o Vereador mais idoso.
Art. 60. Haverá Líder do Governo se o Prefeito Municipal o indicar à Mesa da Câmara Municipal.
I - inscrever membros da Bancada ou do Bloco Parlamentar para discutirem matéria constante da ordem do dia.
II - indicar candidatos da Bancada ou do Bloco Parlamentar para concorrerem aos cargos da Mesa da Câmara
Municipal;
III - indicar à Mesa da Câmara Municipal membros da Bancada ou do Bloco Parlamentar para comporem as
comissões e, nos termos do art. 102, propor substituição;
IV - cientificar a Mesa da Câmara Municipal de qualquer alteração na Liderança.
Parágrafo único. Por indicação do respectivo Líder de Bancada ou de Bloco Parlamentar, poderá compor as
Comissões Permanentes ou Temporárias o Vice-Presidente da Câmara.
Art. 62. É facultado ao Líder, em caráter excepcional, usar da palavra pelo tempo que o Presidente da Câmara
Municipal prefixar, a fim de tratar de assunto relevante e urgente ou responder a crítica dirigida à Bancada ou ao
Bloco Parlamentar a que pertença.
Parágrafo único. A palavra será concedida em qualquer das fases da reunião, exceto quando estiver sendo lida a
ata ou houver orador na tribuna.
SEÇÃO II
DOS BLOCOS PARLAMENTARES
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 63. É facultado às representações partidárias constituir Bloco Parlamentar, sob liderança comum, vedada a
participação de cada uma delas em mais de um Bloco.
§ 1º. A constituição do Bloco Parlamentar e as alterações nele verificadas serão comunicadas pelo respectivo
Líder à Mesa da Câmara Municipal, para registro e publicação.
§ 3º. A escolha do Líder será comunicada à Mesa da Câmara Municipal no prazo de até 2 (dois) dias após a
constituição do Bloco Parlamentar, em documento subscrito pelos membros de cada representação partidária
que o integre.
§ 4º. As Lideranças de Bancadas coligadas em Bloco Parlamentar têm suspensas suas atribuições, direitos e
prerrogativas regimentais e demais prerrogativas legais.
§ 5º. O Bloco Parlamentar tem existência por sessão legislativa ordinária e persiste durante a convocação
extraordinária da Câmara Municipal.
§ 6º. Dissolvido o Bloco Parlamentar ou modificada sua composição numérica, será revista a participação das
representações partidárias ou dos Blocos nas comissões, para o fim de redistribuição de lugares, consoante o
princípio da proporcionalidade partidária.
§ 7º. A representação partidária que se tenha desvinculado de Bloco Parlamentar ou a que tenha integrado Bloco
posteriormente dissolvido não poderá participar de outro na mesma sessão legislativa ordinária.
Seção III
Do Colégio de Líderes
Art. 64. Os Líderes das Bancadas e dos Blocos Parlamentares constituem o Colégio de Líderes.
§ 1º. Os Líderes de Bancadas que participem de Bloco Parlamentar e o Líder do Governo terão direito à voz, mas
não a voto, no Colégio de Líderes.
§ 2º. O voto de Líder de Bloco Parlamentar terá peso correspondente ao número de representações partidárias
que integrem o Bloco.
§ 3º. As deliberações do Colégio de Líderes serão tomadas por maioria absoluta de votos.
§ 4º. O acordo de Líderes que vise a alterar procedimento específico na tramitação de matéria somente será
recebido se subscrito pela totalidade dos membros do Colégio de Líderes.
§ 5º. O acordo de Líderes não será recebido se visar a alterar essencialidades do processo legislativo.
TÍTULO IV
Da Mesa da Câmara Municipal
CAPÍTULO I
Da Composição e da Competência
Art. 65. À Mesa da Câmara Municipal, na qualidade de comissão executiva, incumbe a direção dos trabalhos da
Câmara Municipal.
Art. 66. A Mesa da Câmara Municipal é composta de 1 (um) Presidente, 1 (um) Vice-Presidente e de 1 (um)
Secretário.
Art. 67. Tomarão assento à Mesa, durante as reuniões, o Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário.
Parágrafo único. O Presidente da Câmara Municipal convidará Vereador para exercer a função de Secretário, na
ausência eventual do titular.
Art. 68. O mandato dos membros da Mesa Diretora, que termina com a posse dos sucessores, é de dois anos,
Câmara Municipal de Paracatu
permitida a recondução para o mesmo cargo. (NR) DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 34/2016. ART.23
§5º.
Art. 69. Os membros da Mesa da Câmara Municipal não poderão ser indicados Líderes de Bancada ou de Bloco
Parlamentar nem fazer parte de comissão permanente, ou temporária, salvo, no caso das Comissões
Permanentes, o Vice-Presidente da Câmara, desde que não esteja, ainda que interinamente, respondendo pela
Presidência da Câmara.
Art. 70. À Mesa da Câmara Municipal compete, privativamente, entre outras atribuições:
Parágrafo único. As disposições relativas às comissões permanentes aplicam-se, no que couber, à Mesa da
Câmara Municipal.
Art. 71. A Mesa da Câmara Municipal, por iniciativa própria ou a requerimento de Vereador ou comissão, exercerá
a competência prevista no art.103 da Constituição da República e no art. 118 da Constituição do Estado.
CAPÍTULO II
Do Presidente e do Vice-Presidente da
Câmara Municipal
Art. 72. A Presidência é o órgão representativo da Câmara Municipal e responsável pela direção dos trabalhos
institucionais e por sua ordem.
Parágrafo Único. Os atos constantes do inciso XXXVI deste artigo poderão ser delegados.
Art. 74. Ao Presidente, como fiscal da ordem, compete tomar as providências necessárias ao funcionamento
normal das reuniões, especialmente:
Art. 75. Para tomar parte na discussão de qualquer assunto, o Presidente passará a presidência a seu substituto.
Parágrafo único. O Presidente votará nos casos de votação nominal e de desempate na votação simbólica,
contando-se a sua presença, em qualquer caso, para efeito de “quórum”.(NR)
CAPÍTULO III
Do Secretário
CAPÍTULO IV
Da Polícia Interna
Art. 79. Compete privativamente à Mesa da Câmara Municipal o policiamento do Palácio Eduardo Azeredo e das
demais dependências da Câmara Municipal.
Art. 81. Será permitido a qualquer pessoa decentemente trajada ingressar e permanecer nas dependências da
Câmara Municipal , salvo nos recintos de uso privativo, e assistir às reuniões do Plenário e das comissões.
Parágrafo único. O Presidente fará sair das dependências da Câmara Municipal a pessoa cujo traje estiver em
desacordo com o disposto neste artigo ou que perturbar a ordem.
Art. 82. Durante as reuniões, somente serão admitidos no Plenário os Vereadores e os funcionários da Secretaria
Geral da Câmara Municipal em serviço no apoio ao processo legislativo, não sendo permitidos, no recinto, o uso
de telefone celular, o fumo, as conversações que perturbem os trabalhos ou as atitudes que comprometam a
solenidade, a ordem e o respeito.
Parágrafo único. Poderão permanecer, nas dependências contíguas ao Plenário, jornalistas credenciados.
Art. 83. Se algum Vereador cometer ato suscetível de repreensão disciplinar, o Presidente da Câmara Municipal
conhecerá do fato e promoverá a abertura de sindicância ou de inquérito destinados a apurar responsabilidades.
TÍTULO V
Das Comissões
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 85. Os membros das comissões são designados pelo Presidente da Câmara Municipal, por indicação dos
Líderes das Bancadas ou dos Blocos Parlamentares, na forma do inciso III do art. 61.
§ 1º. O número de suplentes nas comissões é igual ao de efetivos, ressalvado o disposto no § 2º do art. 100.
§ 2º. O membro efetivo será substituído, em suas faltas e impedimentos, pelo suplente.
Art. 86. Na constituição das comissões, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional das
Bancadas ou dos Blocos Parlamentares.
§ 1º. A participação proporcional é determinada pela divisão do número de Vereadores pelo número de membros
de cada comissão, e do número de Vereadores de cada Bancada ou Bloco Parlamentar pelo quociente assim
obtido, indicando o inteiro do quociente final, chamado quociente partidário, o número de membros de Bancada ou
do Bloco Parlamentar na comissão.
§ 2º. As vagas remanescentes, uma vez aplicado o critério previsto no parágrafo anterior, serão destinadas às
Bancadas ou aos Blocos Parlamentares, levando-se em conta as frações do quociente partidário, das maiores
para as menores.
§ 3º. Em caso de empate na fração referida no parágrafo anterior, as vagas a serem preenchidas serão
destinadas às Bancadas ou aos Blocos Parlamentares ainda não representados na comissão.
§ 4º. As vagas que sobrarem, uma vez aplicados os critérios anteriores, serão preenchidas mediante acordo das
Bancadas ou dos Blocos Parlamentares interessados, que, no prazo de 3 (três) dias, farão as indicações
respectivas.
§ 5º. Esgotando-se, sem indicação, o prazo a que se refere o parágrafo anterior e o art. 91, o Presidente da
Câmara Municipal designará os Vereadores para o preenchimento das vagas.
Art. 87. O Vereador que não for membro da comissão poderá participar das discussões, sem direito a voto.
Art. 88. Às comissões, em razão de sua competência e da matéria compreendida em sua denominação ou da
finalidade de sua constituição, cabe:
I - apreciar os assuntos e as proposições submetidas ao seu exame e sobre eles emitir parecer;
II - iniciar o processo legislativo;
III - realizar inquérito;
IV - realizar audiência pública com entidades da sociedade civil;
V - realizar audiência pública em regiões do Município, para subsidiar o processo legislativo, observada a
disponibilidade orçamentária;
VI - convocar Secretários Municipais, dirigentes de entidade da administração indireta ou titular de órgão
diretamente subordinado ao Prefeito Municipal para prestar, pessoalmente, informação sobre assunto previamente
determinado, sob pena de responsabilidade no caso de ausência injustificada;
VIII - encaminhar, por intermédio da Mesa da Câmara Municipal, pedido escrito de informação a Secretário
Municipal e a dirigente de entidade da administração indireta;
IX - receber petição, reclamação, representação ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de
autoridade ou entidade públicas;
X - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
XI - apreciar plano de desenvolvimento e programa de obras do Município;
XII - acompanhar a implantação dos planos e dos programas de que trata o inciso anterior e exercer a fiscalização
dos recursos públicos neles investidos;
XIII - exercer o acompanhamento e a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das
unidades administrativas dos Poderes do Município e dos órgãos de administração indireta;
XIV - determinar a realização de diligência, perícia ou inspeção de auditoria nas entidades indicadas no inciso
anterior, podendo, para isso, solicitar o auxílio do Tribunal de Contas;
XV - exercer a fiscalização e o controle dos atos da administração pública;
XVI - propor a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem da competência regulamentar ou
dos limites de delegação, elaborando o respectivo projeto de resolução;
XVII - estudar qualquer assunto compreendido no respectivo campo temático ou área de atividade, podendo
promover, em seu âmbito, conferência, exposição, seminário ou evento congênere;
XVIII - realizar, de ofício ou a requerimento, audiência com órgão ou entidade da administração pública direta ou
indireta e da sociedade civil, para elucidação de matéria sujeita a seu parecer ou decisão, ou solicitar colaboração
Câmara Municipal de Paracatu
ou informação para a mesma finalidade, não implicando a diligência dilação dos prazos, ressalvado o disposto
no § 3º do art. 122 e nos arts. 275 e 276.
CAPÍTULO II
Das Comissões Permanentes
Seção I
Da Denominação e da Competência
Art. 90. São matérias de competência das comissões permanentes, observado o disposto no art. 88,
especificamente:
IV - Saúde:
V - Segurança Pública:
Seção II
Da Composição
Art. 91. A designação dos membros das comissões permanentes far-se-á no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a
contar da instalação da Sessão Legislativa Ordinária e prevalecerá pelo prazo de 1 (um) ano, salvo na hipótese
de alteração da composição partidária e observado o disposto nos §§ 5º e 6º do art. 63.
Parágrafo único. Considerar-se-á provisória a designação dos representantes das Bancadas ou dos Blocos
Parlamentares cujos Líderes não se houverem manifestado dentro do prazo estabelecido neste artigo.
Art. 92. As comissões permanentes são constituídas de 1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal e igual
número de suplentes;
Art. 93. O Vereador pode, como membro efetivo, fazer parte de até 2 (duas) comissões permanentes.
Art. 94. Será publicada semanalmente a relação das matérias distribuídas às comissões permanentes, com a
indicação do dia e da hora das reuniões e os nomes dos seus membros efetivos e suplentes.
CAPÍTULO III
Das Comissões Temporárias
I - especiais;
II - de inquérito;
III - de representação.
Parágrafo único. A comissão temporária também será composta de 1/3 (um terço) dos membros da Câmara
Municipal salvo a de representação, cuja composição será determinada pelo Presidente da Câmara Municipal.
Seção I
Das Comissões Especiais
§ 1º. As comissões especiais serão constituídas pelo Presidente da Câmara Municipal, atendido o disposto nos
arts. 87 e 88.
§ 2º. O Presidente não receberá requerimento de constituição de comissão especial que tenha por objeto matéria
afeta a comissão permanente ou à Mesa da Câmara Municipal.
§ 3º. As comissões a que se refere o inciso II apresentarão relatório, na forma do art. 99.
§ 4º. As comissões de que trata o inciso II terão o prazo de até 60 (sessenta) dias para a conclusão de seus
trabalhos, prorrogável 1 (uma) vez, por até a metade, mediante deliberação do Plenário.
§ 5º. Na ocorrência do previsto no inciso II, o primeiro signatário do requerimento fará parte da comissão e, em se
tratando de membro da Mesa da Câmara Municipal, a vaga fica assegurada à representação partidária ou do
Bloco Parlamentar a que ele pertença.
Seção II
Da Comissão Parlamentar de Inquérito
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 97. A Câmara Municipal, a requerimento de 1/3 (um terço) de seus membros, criará comissão parlamentar de
inquérito para apuração de fato determinado, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias, a qual terá poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos em lei e neste Regimento.
§ 1º. Considera-se fato determinado o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e para a ordem
constitucional, legal, econômica e social do Município, que demande investigação, elucidação e fiscalização e
esteja devidamente caracterizado e fundamentado no requerimento que deu origem à comissão.
§ 2º. O prazo referido neste artigo poderá ser prorrogado por até a metade, a requerimento da comissão, aprovado
pelo Plenário da Câmara Municipal pela maioria de votos.
§ 3º. O Presidente deixará de receber o requerimento que não atenda aos requisitos regimentais, cabendo dessa
decisão recurso ao Plenário, no prazo de 5 (cinco) dias, ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
§ 5º. No prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do requerimento, os membros da comissão serão
indicados pelos Líderes.
§ 6º. O primeiro signatário do requerimento fará parte da comissão, não podendo ser seu Presidente ou relator.
§ 7º. No caso de o primeiro signatário do requerimento ser membro da Mesa da Câmara Municipal, sua vaga fica
assegurada à representação partidária ou do bloco parlamentar a que ele pertença.
§ 8º. Esgotado sem indicação o prazo fixado no § 5º, o Presidente, de ofício, procederá à designação dos
membros da comissão.
Art. 98. A comissão parlamentar de inquérito poderá, no exercício de suas atribuições, determinar diligências,
convocar Secretário Municipal, tomar depoimento de autoridade, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar
informações, documentos e serviços, inclusive policiais, e transportar-se aos lugares onde se fizer necessária a
sua presença.
§ 1º. Indiciados e testemunhas serão intimados na forma da legislação federal específica, que se aplica,
subsidiariamente, a todo o procedimento.
§ 2º. No caso de não-comparecimento do indiciado ou da testemunha sem motivo justificado, a comissão adotará
as providências necessárias ao cumprimento da ordem.
§ 3º. A comissão parlamentar de inquérito, por deliberação de seus membros, comprovada a impossibilidade de
atendimento da intimação por parte de indiciado ou testemunha, poderá deslocar-se das dependências da Câmara
Municipal para tomar o depoimento.
Art. 99. A comissão apresentará relatório circunstanciado, contendo suas conclusões, o qual será encaminhado à
Mesa da Câmara Municipal, para publicação e providências de sua competência e, quando for o caso, remessa:
I - ao Ministério Público;
II - ao Poder Executivo, para as providências saneadoras de caráter disciplinar e administrativo, assinalando prazo
hábil para seu cumprimento;
III - à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária e ao Tribunal de Contas;
IV - à autoridade à qual esteja afeto o conhecimento da matéria.
Parágrafo único. As conclusões do relatório poderão ser revistas pelo Plenário, a requerimento de 1/3 (um terço)
dos membros da Câmara Municipal.
Seção III
Da Comissão de Representação
Art. 100. A comissão de representação será constituída de ofício ou a requerimento, para estar presente a atos
em nome da Câmara Municipal.
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§ 1º. A representação que implicar ônus para a Câmara Municipal somente poderá ocorrer se houver
disponibilidade orçamentária.
§ 3º. Quando a Câmara Municipal se fizer representar em conferência, reunião, congresso ou simpósio, serão
preferencialmente escolhidos para compor a comissão os Vereadores que se dispuserem a apresentar tese ou
trabalho relativo ao temário.
CAPÍTULO IV
Da Vaga nas Comissões
Art. 101. A vaga na comissão verificar-se-á por renúncia, perda do lugar, desfiliação do partido pelo qual foi feita a
indicação e nos casos previstos nos arts. 45 e 50.
§ 1º. A renúncia tornar-se-á efetiva desde que, formalizada por escrito, seja encaminhada ao Presidente da
Câmara Municipal.
§ 2º. A perda do lugar ocorrerá quando o membro efetivo da comissão, no exercício do mandato, deixar de
comparecer a 3 (três) reuniões ordinárias consecutivas ou a 5 (cinco) alternadas, na mesma sessão legislativa
ordinária.
§ 3º. O Presidente da Câmara Municipal designará novo membro para a comissão, em caso de vaga, observado o
disposto no art. 85.
§ 4º. O Líder disporá de 5 (cinco) dias úteis para a indicação de que trata o art. 85, tendo em vista o disposto no
parágrafo anterior.
§ 5º. Esgotado o prazo sem indicação, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 91.
CAPÍTULO V
Da Substituição de Membro de Comissão
Art. 102. O Líder de Bancada ou de Bloco Parlamentar, na ausência do suplente, indicará substituto ao Presidente
da comissão.
Parágrafo único. Se o comparecimento do membro efetivo ou suplente ocorrer depois de iniciada a reunião, o
substituto nela permanecerá até que conclua o ato que estiver praticando.
CAPÍTULO VI
Da Presidência de Comissão
Art. 103. Nos cinco dias seguintes ao de sua constituição, reunir-se-á a comissão, sob a Presidência do mais
idoso de seus membros, para eleger o Presidente, escolhido entre os membros efetivos.
Parágrafo único. Até que a eleição se verifique, exercerá a Presidência o membro mais idoso.
Art. 104. Na ausência do Presidente, a Presidência caberá sucessivamente ao mais idoso dos membros efetivos,
suplentes ou substitutos, da respectiva comissão.
I - submeter à comissão as normas complementares de seu funcionamento, fixando dia e hora das reuniões
ordinárias;
II - dirigir as reuniões, nelas mantendo a ordem e a solenidade;
III - determinar que seja lida a ata da reunião anterior ou dispensar sua leitura e considerá-la aprovada,
ressalvadas as retificações, assinando-a com os membros presentes;
IV - dar conhecimento à comissão da matéria recebida;
V - designar relatores;
VI - conceder a palavra ao Vereador que a solicitar;
VII - interromper o orador que estiver falando sobre matéria vencida ou que se desviar da matéria em debate;
VIII - proceder à votação e proclamar seu resultado;
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IX - resolver questão de ordem;
X - enviar à Mesa da Câmara Municipal lista dos Vereadores presentes;
XI - determinar a retirada de matéria da pauta, por deliberação da comissão e nos casos previstos no inciso VIII do
art. 213 e no inciso IV do art. 214;
XII - declarar a prejudicialidade de proposição;
XIII - decidir sobre requerimento sujeito a seu despacho;
XIV - prorrogar a reunião, de ofício ou a requerimento;
XV - suspender a reunião, se as circunstâncias o exigirem;
XVI - organizar a pauta;
XVII - convocar reunião extraordinária, de ofício ou a requerimento da maioria dos membros da comissão;
XVIII - conceder vista de proposição a membro da comissão;
XIX - assinar a correspondência;
XX - assinar parecer da comissão com os demais membros;
XXI - enviar à Mesa da Câmara Municipal matéria apreciada ou não, se for o caso;
XXII - enviar as atas à publicação;
XXIII - solicitar ao Líder de Bancada ou de Bloco Parlamentar indicação de substituto para membro da comissão;
XXIV - encaminhar à Mesa da Câmara Municipal, no final da sessão legislativa ordinária, relatório das atividades
da comissão;
XXV - solicitar ao Presidente da Câmara Municipal que encaminhe e reitere pedidos de informação;
XXVI - determinar, de ofício ou a requerimento, local para realização de audiência pública em regiões do
Município, para subsidiar o processo legislativo, observada a disponibilidade orçamentária;
XXVII - receber petição, reclamação, representação ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de
autoridade ou entidade públicas e adotar o procedimento regimental adequado;
XXVIII - comunicar ao Presidente da Câmara Municipal a ocorrência da hipótese prevista no § 2º do art. 101;
XXIX - designar substituto de membro da comissão;
XXX - deferir pedido de distribuição de avulso.
Parágrafo único. O Presidente dará ciência das pautas das reuniões aos membros da comissão e às Lideranças,
com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, ressalvado o disposto no § 1º do art. 121.
Art. 106. O Presidente de Comissão poderá atuar como relator e terá voto nas deliberações.
Parágrafo único. Em caso de empate, repetir-se-á a votação e, persistindo o resultado, o Presidente decidirá pelo
voto de qualidade, ressalvado o disposto no § 3º do art. 123.
CAPÍTULO VII
Da Reunião de Comissão
Art. 107. A reunião de comissão é pública, podendo ser secreta, nos termos deste Regimento.
§ 1º. Na reunião secreta, atuará como secretário um dos membros da comissão, designado pelo Presidente.
§ 3º. Aplicam-se às reuniões de comissão, no que couber, as disposições relativas às reuniões de Plenário da
Câmara Municipal.
Art. 109. A convocação de reunião extraordinária de comissão será publicada no quadro de aviso da Câmara
Municipal, constando no edital seu objeto, dia, hora e local de realização.
§ 1º. Se a convocação se fizer durante a reunião, será comunicada aos membros ausentes, dispensada a
formalidade deste artigo.
Câmara Municipal de Paracatu
§ 2º. Na ocorrência do previsto no parágrafo anterior, só poderá ser incluída matéria nova na pauta da reunião,
observado o interstício de 6 (seis) horas.
Art. 110. A reunião de comissão terá a duração de 3 (três) horas, prorrogável por até a metade desse prazo.
§ 1º. A reunião ordinária realiza-se em dia e horário prefixados em ato do presidente da comissão.
§ 3º. A reunião de comissão com a presença de convidados poderá ser aberta com qualquer número de
membros.
§ 4º. O disposto no parágrafo anterior não se aplica a reunião de comissão parlamentar de inquérito.
Art. 111. Terá computado a presença, para todos os efeitos regimentais, como se no Plenário estivesse, o
Vereador presente à reunião de comissão realizada no Palácio Dr. Renato Azeredo, concomitantemente com
reunião da Câmara Municipal.
Parágrafo único. Ao Presidente de comissão cumpre enviar à Mesa da Câmara Municipal, no momento de
verificação de “quorum”, a relação dos presentes à reunião.
Art. 112. Fica assegurado ao Vereador fazer-se acompanhar de assessoramento próprio no transcurso da reunião
de comissão.
Parágrafo único. A disposição contida neste artigo não se aplica a reunião da Mesa da Câmara Municipal.
CAPÍTULO VIII
Da Reunião Conjunta de Comissões
Art. 113. Sem prejuízo do exame preliminar da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, as comissões
reúnem-se conjuntamente:
Parágrafo único. A convocação de reunião conjunta será publicada no quadro de aviso da Câmara Municipal,
constando no edital seu objeto, dia, hora e local de realização.
Art. 114. Dirigirá os trabalhos de reunião conjunta de comissões o Presidente mais idoso.
§ 1º. Na ausência dos Presidentes, caberá a direção dos trabalhos ao vereador mais idoso dos membros
presentes.
§ 2º. Quando a Mesa da Câmara Municipal participar da reunião, os trabalhos serão dirigidos pelo seu Presidente.
§ 3º. Na reunião conjunta, o Presidente terá voto apenas na comissão de que seja membro, salvo nos casos de
voto de qualidade.
Art. 115. Na reunião conjunta, exigir-se-á de cada comissão o “quorum” estabelecido para reunião de comissão
isolada.
§ 1º. O Vereador que fizer parte de duas comissões reunidas terá presença contada em dobro e direito a voto
cumulativo.
§ 2º. A designação do relator será feita pelo Presidente das comissões reunidas conjuntamente.
§ 3º. O prazo para emissão de parecer será reduzido à metade do prazo comum às demais comissões.
CAPÍTULO IX
Da Ordem dos Trabalhos
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 116. Os trabalhos de comissão obedecem à ordem seguinte:
§ 1º. A ordem do dia poderá ser alterada por deliberação da comissão, a requerimento de qualquer de seus
membros.
§ 2º. É vedada a apreciação de projeto ou de parecer sobre projeto que não conste em pauta previamente
distribuída.
Art. 117. Da reunião, lavrar-se-á ata resumida, após sua leitura e aprovação.
Parágrafo único. A leitura da ata poderá ser dispensada por deliberação da comissão.
Art. 118. A comissão delibera por maioria de votos, observado o disposto no § 2º do art. 120.
Art. 119. Contado da remessa da proposição, o prazo para a comissão emitir parecer, salvo exceções
regimentais, é de:
Art. 120. A distribuição de proposição ao relator será feita pelo Presidente da comissão em reunião.
§ 1º. A proposição terá 1 (um) relator em cada comissão a que tenha sido distribuída.
§ 2º. Na hipótese de perda de prazo, será designado novo relator para emitir parecer em 2 (dois) dias.
§ 3º. Sempre que houver prorrogação de prazo do relator ou designação de outro, prorrogar-se-á, por 2 (dois)
dias, o prazo da comissão.
Art. 121. O membro da comissão poderá requerer vista do parecer em discussão, quando não houver distribuição
de seu avulso.
§ 1º. A vista será concedida pelo Presidente, por 24 (vinte e quatro) horas, sendo comum aos membros da
comissão, vedada a sua renovação.
§ 2º. Distribuído em avulso o parecer, sua discussão e votação serão adiadas para a reunião seguinte, que se
realizará após o interstício de 12 (doze) horas contadas do término da reunião.
§ 3º. A distribuição de avulso do parecer deverá ser requerida pelo relator antes da leitura deste.
§ 4º. Em reunião conjunta, a vista será concedida por comissão, permitida a distribuição do avulso após a votação
do parecer da comissão precedente.
Art. 122. Lido o parecer ou dispensada a sua leitura, será este submetido a discussão.
§ 2º. Para discutir o parecer, o autor da proposição e o relator poderão usar da palavra por 20 (vinte) minutos, e os
demais Vereadores, por 10 (dez) minutos.
§ 3º. Antes de encerrar-se a discussão, poderá ser dada a palavra ao relator para réplica, por 5 (cinco) minutos.
§ 3º. Rejeitado o parecer, o Presidente designará novo relator, que, no prazo de 2 (dois) dias, dará forma ao que a
comissão houver decidido.
I - favoráveis, os “pela conclusão”, os “com restrição” e os “em separado” não divergentes da conclusão;
II - contrários, os divergentes da conclusão.
Art. 125. Distribuída a mais de uma comissão e vencido o prazo de uma delas, a proposição poderá ser remetida
pelo Presidente da Câmara Municipal ao exame da comissão seguinte, de ofício ou a requerimento.
Art. 126. Esgotado o prazo das comissões, o Presidente da Câmara Municipal avocará a proposição para inclusão
na ordem do dia, de ofício ou a requerimento.
Parágrafo único. Estando a proposição em condições de ser apreciada em Plenário e tendo sido apresentado
requerimento para incluí-la na ordem do dia, o Presidente o fará para a reunião seguinte.
Art. 127. Quando, vencido o prazo e após notificação do Presidente, membro de comissão que retiver proposição,
será o fato comunicado ao Presidente da Câmara Municipal pelo Secretário Geral, que determinará a utilização do
processo suplementar.
Art. 128. A membro de comissão e a Líder de Bancada e de Bloco Parlamentar serão prestadas informações
sobre a distribuição, os prazos e outros dados relativos a tramitação de proposição em comissão.
CAPÍTULO X
Do Parecer
Art. 129. Parecer é o pronunciamento de comissão, de caráter opinativo, sobre matéria sujeita a seu exame.
Art. 130. O parecer será escrito e concluirá pela aprovação ou pela rejeição da matéria, salvo o da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, que se restringirá ao exame preliminar de constitucionalidade, legalidade e
juridicidade.
§ 1º. O parecer poderá ser oral, quando relativo a emenda de redação final ou quando da ocorrência de perda de
prazo pela comissão.
§ 2º. Incluído o projeto na ordem do dia, sem parecer, o Presidente da Câmara Municipal designar-lhe-á relator,
que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, emitirá parecer sobre o projeto e emendas, se houver, sendo-lhe
facultado apresentar emendas.
Parágrafo Único. O Presidente da Câmara Municipal devolverá à comissão o parecer emitido em desacordo com
as disposições deste artigo.
Art. 132. O parecer será enviado à Mesa da Câmara Municipal para os fins deste Regimento.
Art. 133. Se a comissão concluir pela conveniência de se formalizar determinada matéria em proposição, esta
constará no parecer e será submetida aos trâmites regimentais.
CAPÍTULO XI
Do Assessoramento às Comissões
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 134. As comissões contarão com assessoramento em suas respectivas áreas de competência.
Art. 135. O Presidente da Câmara designará servidor efetivo para secretariar os trabalhos das Comissões.
" TÍTULO V- A
DA PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER
Art. 135-A. A Procuradoria Especial da Mulher é constituída de um procurador especial da mulher e de dois
procuradores adjuntos, eleitos, a cada ano, permitida a reeleição na legislatura em curso.
§ 1º . Quando não houver candidatura por parte de nenhum dos vereadores,os procuradores de que trata o caput
deste artigo serão designados pelo Presidente da Câmara.
§2º . Os procuradores terão atuação colegiada e elegerão, entre si, quem presidirá os trabalhos, sejam eleitos ou
designados.
§3º . Sempre que houver vereadora eleita para a Procuradoria, a mesma terá preferência sobre outros do sexo
masculino para presidir os trabalhos.
I - receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denúncias de violência e discrinação contra a
mulher;
II - fiscalizar e acompanhar a execução de programas do governo municipal que visem à promioção da igualdade
do gênero, assim como a implementaçao de campanhas educativas e antidiscriminatórias do âmbito municipal;
III - Cooperar com organismo municipais, públicos e privados, voltados à implementação de politícas para as
mulheres; e
IV - Promover pesquisas e estudos sobre violênci a e discrinação contra a mulher,bem como acerca de seu déficit
de representação na política, inclusive para fins de divulgação pública e fornecimento de subsídio às comissões
da Câmara.
Art. 135 - C. Toda iniciativa provocada ou implelmentada pela Procuradoria Especial da Mulher, terá ampla
divulgação pelo órgão de comunicação da Câmara.
Art. 135 - D. A Procuradoria Especial da Mulher contará com assessoramento dos respectivos assessores
parlamentares dos vereadores designados para nos cargos de procuradores especiais da mulher.
Parágro Único. Os assessores parlamlentares, de que trata este artigo, são responsáveis por secretariar os
trabalhos da procuradoria"
TITULO VI
Do Debate e da Questão de Ordem
CAPÍTULO I
Da Ordem dos Debates
Art. 136. Os debates realizam-se com ordem e solenidade, não sendo permitido o uso da palavra sem que esta
tenha sido concedida.
Parágrafo único. O Presidente da Câmara Municipal determinará a cessação do apanhamento das palavras
proferidas em desatendimento à norma deste artigo.
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 137. Havendo descumprimento deste Regimento no curso dos debates, o Presidente da Câmara Municipal
adotará qualquer das seguintes providências:
I - advertência;
II - cassação da palavra;
III - suspensão da reunião.
Art. 138. O Presidente da Câmara Municipal, entendendo ter havido prática de ato incompatível com o decoro
parlamentar, adotará as providências indicadas nos arts. 51 a 53.
Art. 139. O Vereador deve falar de pé, da tribuna ou do Plenário, salvo permissão do Presidente, nos termos do
inciso II do art. 213.
Art. 140. O pronunciamento feito durante a reunião constará da ata resumida, desde que requerida pelo orador, a
ser publicada no quadro de aviso da Câmara Municipal.
§ 1º. Não será autorizada a publicação de pronunciamento que contiver violação a direito constitucional ou a
norma regimental.
§ 2º. Poderão o orador e o aparteante rever o seu pronunciamento, em prazo não superior a 24 (vinte e quatro)
horas.
§ 3º. Esgotado o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o pronunciamento será mantido e publicado sem
revisão do orador, juntamente com o registro dos incidentes sobrevindos.
§ 4º. Os originais de documentos lidos em Plenário ou em comissão passam a fazer parte do arquivo da Câmara
Municipal.
§ 1º. A inscrição será feita pessoalmente, podendo dar-se por intermédio do Líder, no caso do inciso II deste
artigo.
§ 2º. Entre os inscritos para assuntos gerais e para a ordem do dia terá preferência para fazer uso da palavra o
Vereador que o fez há mais tempo na sessão, observada a ordem de inscrição.
Art. 143. Quando mais de um Vereador estiver inscrito para discussão, o Presidente da Câmara Municipal
concederá a palavra na seguinte ordem:
I - ao autor da proposição;
II - ao relator;
III - ao autor de voto vencido ou em separado;
IV - ao autor de emenda;
V - a um Vereador de cada representação partidária ou Bloco, alternadamente, observada a ordem numérica da
respectiva composição.
Art. 145. Na discussão ou no encaminhamento de votação, o Vereador poderá falar duas vezes, a primeira pelo
prazo de 10 (dez) minutos e a segunda pelo prazo de 5 (cinco) minutos.
Art. 146. O Vereador tem o direito de prosseguir em seu pronunciamento interrompido pelo tempo que lhe restar,
salvo na hipótese de cassação da palavra ou de encerramento da segunda parte da reunião.
Art. 147. Aparte é a breve interrupção do orador para discussão do assunto em debate.
I - às palavras do Presidente;
II - no encaminhamento de votação;
III - em explicação pessoal;
IV - a questão de ordem;
V - quando o orador declarar que não o concede.
Art. 148. Os apartes e as questões de ordem consentidos pelo orador e os incidentes por ele suscitados serão
computados no prazo de que dispuser para seu pronunciamento.
Art. 149. Ao Vereador ou partido político que tenha sido citado em pronunciamento e não tenha tido oportunidade
de manifestar-se será dada a palavra, pelo prazo de 5 (cinco) minutos, exceto na ocorrência de decurso do prazo
regimental.
CAPÍTULO II
Da Questão de Ordem
Art. 150. São consideradas questão de ordem as dúvidas sobre interpretação deste Regimento, na sua prática, ou
as relacionadas com o texto constitucional.
Art. 151. A questão de ordem será formulada, no prazo de 5 (cinco) minutos, com clareza e indicação do preceito
que se pretender elucidar.
§ 1º. Se o Vereador não indicar inicialmente o preceito, o Presidente da Câmara Municipal retirar-lhe-á a palavra e
determinará sejam excluídas da ata as alegações feitas.
§ 2º. Não se poderá interromper orador na tribuna para arguição de questão de ordem, salvo com o seu
consentimento.
§ 3º. Durante a Ordem do Dia, só poderá ser argüida questão de ordem atinente à matéria que nela figurar.
§ 4º. Sobre a mesma questão de ordem, o Vereador poderá falar 1 (uma) vez.
Art. 152. A questão de ordem formulada no Plenário será resolvida em definitivo e tempestivamente pelo
Presidente da Câmara Municipal.
§ 1º. Quando a decisão for relacionada com o texto constitucional, poderá o Vereador suscitante dela recorrer para
o Plenário, ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
§ 2º. O recurso de que trata o parágrafo anterior somente será recebido se entregue à Mesa da Câmara Municipal,
por escrito, no prazo de 2 (dois) dias a contar da decisão.
§ 3º. O recurso será remetido à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que sobre ele emitirá parecer, no
prazo de 5 (cinco) dias a contar da remessa.
§ 4º. Enviado à Mesa da Câmara Municipal, publicado o parecer, será incluído na ordem do dia para discussão e
votação.
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 153. O membro de comissão poderá argüir questão de ordem ao seu Presidente, observado o disposto no §
1º do artigo 152 deste Regimento Interno.
Art. 154. As decisões de caráter normativo sobre questões de ordem serão, juntamente com estas, registradas
em livro próprio, com índice remissivo, e publicadas anualmente.
TÍTULO VII
Do Processo Legislativo
CAPÍTULO I
Da Proposição
Seção I
Disposições Gerais
Art. 155. Proposição é o instrumento regimental de formalização de matéria sujeita à apreciação da Câmara
Municipal.
I - a emenda;
II - o requerimento;
III - o recurso;
IV - o parecer e instrumento assemelhado;
V - a representação popular contra ato ou omissão de autoridade ou entidade públicas;
VI - a mensagem e instrumento assemelhado.
Art. 157. Dispositivo, para efeito deste Regimento, é o artigo, o parágrafo, o inciso, a alínea e o número,
observado, com relação ao veto, o disposto no § 1º do art. 204.
Art. 158. O Presidente da Câmara Municipal só receberá proposição que satisfaça os seguintes requisitos:
§ 1º. Aplica-se o disposto nos parágrafos do art. 152 a recurso da decisão de não-recebimento de proposição por
inconstitucionalidade.
§ 2º. Verificada, durante a tramitação, identidade ou semelhança, as proposições posteriores serão anexadas, por
determinação do Presidente da Câmara Municipal, de ofício ou a requerimento, à primeira proposição
apresentada, que prevalecerá, salvo no caso de iniciativa privativa.
§ 3º. A proposição que contiver referência a uma lei ou tiver sido precedida de estudo, parecer, decisão ou
despacho será acompanhada do respectivo texto.
§ 4º. A proposição que objetivar a declaração de utilidade pública somente será recebida pelo Presidente da
Câmara Municipal se acompanhada da documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos exigidos
em lei.
Câmara Municipal de Paracatu
§ 5º. A proposição que versar sobre mais de uma matéria será encaminhada, preliminarmente, à Comissão de
Constituição, Justiça e Redação para desmembramento em proposições específicas.
§6º . A proposição que versar sobre alteração do Regimento Interno da Câmara Municipal poderá ser de iniciativa
de, no mínimo, dois terços de vereadores". (NR)
Art. 159. O registro da entrega de proposições e de outros documentos encaminhados ao Plenário ou a comissão
da Câmara Municipal far-se-á pelo processo eletrônico.
§ 1º. O registro de que trata o caput deste artigo far-se-á no serviço de protocolo e conterá o número, a data e o
horário da entrega do documento.
§ 2º. O documento será registrado no horário normal do expediente administrativo da Câmara Municipal.
§ 3º. O registro do documento destina-se a assinalar sua precedência e não caracteriza recebimento pelo
Presidente da Câmara Municipal nem por Presidente de comissão, o qual se dará na fase regimental própria,
desde que atendidos os pressupostos de que trata o art. 158.
§ 4º. O autor de proposição registrada nos termos deste artigo poderá, mediante manifestação por escrito, desistir
de sua apresentação, desde que o Presidente não tenha proferido decisão quanto ao seu recebimento.
Art. 160. A proposição registrada e não encaminhada no momento próprio será recebida na reunião seguinte,
exceto quando referente a convocação de reunião extraordinária ou de prorrogação da reunião.
Art. 161. Os projetos tramitam em 2 (dois) turnos, salvo os casos previstos neste Regimento.
Art. 162. Cada turno é constituído de discussão e votação, salvo no caso do requerimento, que não está sujeito à
discussão.
Art. 163. Excetuados os casos previstos neste Regimento, a proposição só passará de um turno a outro após a
audiência da comissão ou das comissões a que tiver sido distribuída, observado o interstício de 24 (vinte e quatro)
horas.
Art. 164. Para garantir o prosseguimento da tramitação de proposição, o Presidente poderá determinar a
formação de autos suplementares.
Art. 165. A proposição será arquivada no fim da legislatura ou, no seu curso, quando:
§ 2º. A proposição arquivada poderá ser desarquivada, a pedido do autor, ficando sujeita a nova tramitação.
§ 3º. Se a proposição desarquivada for de autoria de Vereador que não esteja no exercício do mandato, será tido
como autor da proposição em nova tramitação o Vereador que tenha requerido seu desarquivamento.
Seção II
Da Distribuição de Proposição
"Art. 166. A distribuição de proposição às comissões será feita pelo Presidente da Câmara Municipal formalizada
em despacho, no prazo máximo de 60 sessenta dias, contadas da data do protocolo."(NR)
Art. 167. Sem prejuízo do exame preliminar da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, as proposições
serão distribuídas as demais comissões, para exame quanto ao mérito.
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 168. A audiência de qualquer comissão sobre determinada matéria poderá ser requerida por Vereador ou
comissão.
Parágrafo único. Na mesma fase de tramitação, não se admitirá renovação de audiência de comissão, salvo para
apreciação de emenda de Plenário.
Art. 169. Distribuída a proposição a mais de 1 (uma) comissão, cada qual dará seu parecer.
§ 2º. No 2º turno, a proposição retornará apenas a uma comissão para o exame dos aspectos relativos ao mérito,
ressalvado o disposto no art. 170, em caso de emenda apresentada em primeiro turno.
Art. 170. Quando a Comissão de Constituição, Justiça e Redação concluir pela inconstitucionalidade, pela
ilegalidade ou pela antijuridicidade de proposição, será esta enviada à Mesa da Câmara Municipal, para inclusão
do parecer em ordem do dia.
§ 1º. Se o Plenário aprovar o parecer, a proposição será arquivada e, se o rejeitar, será a proposição
encaminhada às outras comissões a que tiver sido distribuída.
§ 2º. No 2º turno, após o encerramento da discussão e antes do anúncio da votação, a proposição poderá ser
devolvida à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por 1 (uma) vez, de ofício ou a requerimento, para, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, receber parecer sobre a constitucionalidade, a legalidade e a juridicidade de
modificação no texto original ou de emenda apresentada no 2º turno.
§ 3º. Será apreciado pelo Plenário o parecer que, nos termos do parágrafo anterior, concluir por
inconstitucionalidade, ilegalidade ou antijuridicidade, e, se aprovado, a matéria será retirada do texto ou deixará de
ser submetida a votação, conforme o caso.
Seção III
Do Projeto
Art. 171. A iniciativa de projeto, observado o disposto na Lei Orgânica Municipal, cabe:
I - a Vereador, podendo ser individual ou coletiva, considerando-se autores, neste caso, os subscritores;
II - a comissão ou à Mesa da Câmara Municipal;
III - ao Prefeito Municipal;
IV - a cidadãos.
§ 2º. As atribuições ou as prerrogativas regimentais conferidas ao autor serão exercidas em Plenário, no caso do
projeto de iniciativa coletiva, pelo primeiro signatário ou por quem este indicar, salvo quanto à retirada de
tramitação, que somente será admitida se requerida pela totalidade dos subscritores.
§ 3º. A matéria constante em projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa ordinária, por proposta da maioria dos membros da Câmara Municipal.
Subseção I
Do Projeto de Lei Ordinária
Art. 173. Recebido, o projeto será numerado, enviado a publicação e distribuído em avulsos aos vereadores para
conhecimento e encaminhado às comissões competentes para, nos termos do art. 88, ser objeto de parecer.
§ 1º. Enviado à Mesa da Câmara Municipal, o parecer será publicado, incluindo-se o projeto na ordem do dia em
1º turno.
Câmara Municipal de Paracatu
§ 2º. No decorrer da discussão poderão ser apresentadas emendas, que, publicadas, serão encaminhadas com o
projeto à comissão competente, para receberem parecer.
§ 3º. Encaminhado à Mesa da Câmara Municipal, será o parecer publicado ou distribuído, e o projeto incluído na
ordem do dia para votação.
§ 4º. O Presidente poderá permitir o recebimento antecipado de emendas, na hipótese de designação de relator
em Plenário, para que este sobre elas se pronuncie, sem prejuízo da apresentação de emendas no decorrer da
discussão.
Art. 174. No 2º turno, o projeto sujeita-se aos prazos e às formalidades do 1º turno, não se admitindo emenda que
contenha matéria prejudicada ou rejeitada.
§ 1º. A emenda contendo matéria nova só será admitida, no 2º turno, por acordo de Lideranças e desde que
pertinente à proposição.
§ 2º. A emenda, no 2º turno, é votada independentemente de parecer de comissão, podendo ser despachada pelo
Presidente à comissão competente, de ofício ou a requerimento do Colégio de Líderes, ou ainda a requerimento
de Vereador, aprovado pelo Plenário, ressalvado o disposto no inciso III do art. 267.
§ 3º. Concluída a votação, o projeto será remetido à Comissão competente para redação final.
Art. 175. O projeto de lei que verse sobre data comemorativa e homenagem cívica tramita em turno único.
Art. 176. Considerar-se-á rejeitado o projeto que receber, quanto ao mérito, parecer contrário de todas as
comissões a que tiver sido distribuído.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica ao projeto distribuído a apenas 1 (uma) comissão para
exame do mérito.
Subseção II
Do Projeto de Lei Complementar
Art. 177. O projeto de lei complementar será aprovado se obtiver voto favorável da maioria dos membros da
Câmara Municipal, aplicando-se-lhe as normas de tramitação do projeto de lei ordinária, salvo quanto aos prazos
regimentais, que serão contados em dobro.
Subseção III
Do Projeto de Resolução
Art. 178. O Projeto de Resolução destina-se a regular matéria da competência privativa da Câmara Municipal.
Art. 179. Aplicam-se ao projeto de resolução as disposições relativas ao projeto de lei ordinária.
Art. 180. A resolução é promulgada pelo Presidente da Câmara Municipal, no prazo de 15 (quinze) dias úteis
contados da data da aprovação da redação final do projeto, sendo assinada também pelo Secretário da Mesa.
Art. 181. O Presidente da Câmara Municipal, no prazo previsto no artigo anterior, poderá impugnar motivadamente
o projeto de resolução ou parte dele, hipóteses em que a matéria será devolvida a exame do Plenário.
Art. 182. A matéria não promulgada será incluída em ordem do dia, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, para
deliberação do Plenário em 10 (dez) dias.
§ 1º. Esgotado o prazo estabelecido neste artigo, sem deliberação, a matéria permanecerá na pauta, observado o
disposto no § 3º do art. 204.
§ 2º. Se a impugnação não for mantida, a matéria será promulgada no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
observado o disposto no § 5º do art. 204.
Art. 183. A resolução aprovada e promulgada nos termos deste Regimento tem eficácia de lei ordinária.
Seção IV
Câmara Municipal de Paracatu
Das Proposições Sujeitas a Procedimentos Especiais
Subseção I
Da Proposta de Emenda à Lei Orgânica
Art. 184. A Lei Orgânica Municipal pode ser emendada por proposta:
Parágrafo único. A Lei Orgânica não pode ser emendada quando o Município estiver sob intervenção.
Art. 185. A proposta será aprovada se obtiver 2/3 (dois terços) dos votos dos membros da Câmara Municipal,
aplicando-se-lhe as normas de tramitação do projeto de lei ordinária;
§ 2º. A emenda à proposta será também subscrita por 1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal.
Art. 186. Aprovada em redação final, a emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal
no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
Art. 187. A matéria constante em proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
reapresentada na mesma sessão legislativa ordinária, nem em período de convocação extraordinária da Câmara
Municipal.
Subseção II
Dos Projetos de Lei do Plano Plurianual, de Diretrizes Orçamentárias,
do Orçamento Anual e de Crédito Adicional
Art. 188. Os projetos de que trata esta subseção serão distribuídos em avulso aos Vereadores e às comissões a
que estiverem afetos e encaminhados à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para, no prazo de
45 (quarenta e cinco) dias, receberem parecer.
§ 2º. Os primeiros 30 (trinta) dias do prazo previsto neste artigo serão destinados para apresentação de emendas
aos projetos.
§ 3º. Vencido o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e
Orçamentária proferirá, em 2 (dois) dias, despacho de recebimento das emendas, que serão numeradas e
publicadas, e dará publicidade, em separado, às que, por serem consideradas inconstitucionais, ilegais ou
anti-regimentais, deixar de receber.
§ 4º. Do despacho de não-recebimento de emendas caberá recurso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, ao
Presidente da Câmara Municipal, que terá 2 (dois) dias para decidir.
§ 5º. Esgotados os prazos dos parágrafos anteriores, o projeto será encaminhado ao relator, para receber
parecer.
§ 6º. Enviado à Mesa da Câmara Municipal, o parecer será publicado, incluindo-se o projeto na ordem do dia, para
discussão e votação em turno único.
§ 7º. Concluída a votação, o projeto será remetido à Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Art. 189. O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modificação no projeto,
enquanto não iniciada, na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, a votação da parte do parecer
referente à alteração proposta.
Câmara Municipal de Paracatu
Parágrafo único. A mensagem será encaminhada à Comissão Fiscalização Financeira e Orçamentária para
receber parecer, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo se lhe restar prazo superior.
Art. 190. As emendas ao projeto da Lei do Orçamento Anual ou a projeto que vise a modificá-la somente podem
ser aprovadas se:
Art. 191. Os projetos de que trata esta subseção serão publicados apenas em sua essencialidade.
Subseção III
Do Projeto de Iniciativa do Prefeito Municipal com
Solicitação de Urgência
Art. 192. O Prefeito Municipal poderá solicitar urgência para apreciação de projeto de sua iniciativa, de relevante
interesse público, devidamente fundamentado;
§ 1º. Se a Câmara Municipal não se manifestar em até 45 (quarenta e cinco) dias sobre o projeto, será ele incluído
em ordem do dia, para discussão e votação em turno único, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais
assuntos.
§ 2º. Contar-se-á o prazo a partir do recebimento, pela Câmara Municipal, da solicitação, que poderá ser feita
após a remessa do projeto.
Art. 193. O disposto no artigo anterior não se aplica a projeto que dependa de “quorum” especial para aprovação.
Art. 194. Sempre que o projeto for distribuído a mais de 1 (uma) comissão, a Comissão de Constituição, Justiça e
Redação se pronunciará, no prazo de 10 (dez) dias, e as demais comissões se reunirão conjuntamente para
emitirem parecer sobre o mérito da proposição, no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 195. Esgotado o prazo sem pronunciamento das comissões, o Presidente da Câmara Municipal incluirá o
projeto em ordem do dia e para ele designará relator, que, no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas, emitirá
parecer sobre o projeto e emendas, se houver, sendo-lhe facultado apresentar emenda.
Seção V
Das Matérias de Natureza Periódica
Subseção I
Dos Projetos de Fixação do subsídio de Vereador do Prefeito Municipal,
do Vice-Prefeito e de Secretário Municipal
Art. 196. A Mesa da Câmara Municipal elaborará, no primeiro período da última sessão legislativa ordinária, os
projetos de leis destinados a fixar o subsídio do Prefeito Municipal, do Vice-Prefeito, do Secretário Municipal e do
Vereador, a vigorar no período subsequente.
Parágrafo único. Os projetos de leis a que se refere o caput deste artigo serão encaminhados à sanção do
Prefeito Municipal até o décimo quinto dia anterior ao término do primeiro período da última sessão legislativa da
legislatura.
Art. 197. Os projetos de que trata esta subseção tramitarão em turno único.
Art. 198. Publicados, os projetos ficarão sobre a Mesa pelo prazo de 3 (três) dias, para recebimento de emendas,
sobre as quais a Mesa da Câmara Municipal emitirá parecer no prazo de 5 (cinco) dias.
Subseção II
Câmara Municipal de Paracatu
Da Prestação e Tomada de Contas
Art. 199. Recebido o processo de prestação de contas do Prefeito Municipal, o Presidente da Câmara Municipal
determinará a inclusão da mensagem no Expediente para leitura e determinará o seu arquivamento provisório
juntamente com os documentos que o instruírem, até emissão, pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas
Gerais, do respectivo parecer.
Parágrafo único. Distribuir-se-á cópia do processo aos Vereadores no prazo de 5 (cinco) dias a contar da data da
publicação do parecer do Tribunal de Contas.
Art. 200. Após a distribuição, o processo ficará sobre a Mesa por 10 (dez) dias, para requerimento de informações
ao Poder Executivo e ao Tribunal de Contas.
Art. 201. Esgotado o prazo estabelecido no artigo anterior, o processo será encaminhado à Comissão de
Fiscalização Financeira e Orçamentária, para, em 45 (quarenta e cinco) dias, emitir parecer, que concluirá por
projeto de resolução.
§ 1º. Publicado o projeto, abrir-se-á, na Comissão, prazo de 10 (dez) dias para apresentação de emendas.
§ 2º. Emitido o parecer sobre o projeto e emendas, se houver, o projeto será encaminhado à Mesa da Câmara
Municipal e incluído em ordem do dia para discussão e votação em turno único.
§ 3º. Aplicam-se à discussão e à votação, no que couber, as disposições relativas ao projeto de lei ordinária.
§ 4º. Quando o projeto dispuser sobre aprovação de parte das contas e rejeição das demais, sua votação se dará
por partes.
§ 6º. A rejeição do projeto pelo Plenário, no todo ou em parte, resulta em deliberação contrária ao seu teor.
Art. 202. Se as contas não forem, no todo ou em parte, aprovadas pelo Plenário, será o processo encaminhado à
Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que, no prazo de 10 (dez) dias, indicará as providências a serem
adotadas pela Câmara Municipal.
"Art. 203. Decorrido o prazo estabelecido no inciso XII do art. 86 da Lei Orgânica Municipal sem que a Câmara
Municipal tenha recebido a prestação de contas do Prefeito Municipal, estas serão tomadas pela Comissão de
Fiscalização Financeira e Orçamentária, aplicando-se, no que couber, o disposto nesta subseção." (NR)
Seção VI
Do Veto a Proposição de Lei
Art. 204. O veto total ou parcial, depois de lido no Expediente e publicado, será distribuído a comissão especial
constituída pelo Presidente da Câmara Municipal, para, no prazo de 15 (quinze) dias, receber parecer.
§ 1º. O veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 2º. Dentro de 30 (trinta) dias contados a partir da data do recebimento da comunicação do veto, a Câmara
Municipal sobre ele decidirá por votação nominal em turno único, e sua rejeição só ocorrerá pelo voto da maioria
absoluta dos membros da Câmara Municipal".(NR)
§ 3º. Esgotado o prazo estabelecido no parágrafo anterior, sem que tenha havido deliberação, o veto será incluído
na ordem do dia da reunião seguinte, sobrestando-se a deliberação quanto às demais proposições, até sua
votação final, ressalvado o projeto de iniciativa do Prefeito Municipal com solicitação de urgência e cujo prazo de
apreciação pela Câmara Municipal já se tenha esgotado.
§ 4º. Se o veto for rejeitado, a proposição de lei será enviada ao Prefeito Municipal para promulgação.
§ 5º. Se, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a proposição de lei não for promulgada, o Presidente da Câmara
Municipal a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo, dentro do mesmo
prazo.
Câmara Municipal de Paracatu
§ 6º. Mantido o veto, dar-se-á ciência do fato ao Prefeito Municipal.
Art. 205. Aplicam-se à apreciação do veto, no que couber, as disposições relativas à tramitação do projeto de lei
ordinária.
Seção VII
Da Delegação
Art. 206. As leis delegadas são elaboradas pelo Prefeito Municipal, por autorização da Câmara Municipal.
§ 1º. Não podem constituir objeto de delegação os atos de competência privativa da Câmara Municipal, a matéria
reservada a lei complementar e a legislação sobre:
§ 2º. A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de Decreto Legislativo da Câmara Municipal , que
especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º. Se o Decreto Legislativo determinar a apreciação do projeto pela Câmara Municipal , esta o fará em votação
única, vedada qualquer emenda.
Seção VIII
Da Emenda
Art. 207. Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra e se classifica em:
Parágrafo único. A emenda é apresentada diretamente na Comissão, no prazo de 05 (cinco) dias, contado da
data de recebimento, pelo Presidente de Comissão, da proposição principal, em qualquer turno.
Seção IX
Do Requerimento
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 211. Aos requerimentos de que trata o inciso II do art. 210 aplicam-se, no que couber, os procedimentos
estabelecidos nos arts. 213 e 214.
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 212. Os requerimentos são submetidos apenas a votação e tramitam em turno único.
Parágrafo único. Poderá ser apresentada emenda ao requerimento antes de anunciada a sua votação ou durante
o encaminhamento desta.
Subseção II
Dos Requerimentos Sujeitos a Despacho do Presidente
Parágrafo único. Os requerimentos a que se referem os incisos VIII, XI, XIII, XIV, XVI, XVII, XVIII, XXI, XXII,
XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXX, XXXI e XXXII serão apresentados por escrito, podendo os demais
ser apresentados oralmente.
Subseção III
Dos Requerimentos Sujeitos a Deliberação do Plenário
CAPÍTULO II
Da Discussão
Seção I
Disposições Gerais
Art. 216. A discussão da proposição será feita no seu todo, inclusive emendas.
Art. 217. Somente será objeto de discussão a proposição constante na ordem do dia.
Parágrafo único. Haverá cópia das proposições em pauta, inclusive dos pareceres e das emendas.
Art. 218. Excetuado as propostas de emenda à lei orgânica, à matéria estatutária e a código, nenhuma proposição
permanecerá na ordem do dia para discussão, em cada turno, por mais de 2 (duas) reuniões.
§ 1º. Para os fins deste artigo, não será computada a reunião que não for aberta por falta de “quorum”.
§ 2º. Não se considera a reunião em cuja pauta conste proposição com a tramitação prevista no § 1º do art. 182,
no § 1º do art. 192 e no § 3º do art. 204, para efeito de encerramento de discussão de proposição com tramitação
sobrestada.
Art. 219. Será cancelada a inscrição do Vereador que, chamado, não estiver presente.
Art. 220. O prazo de discussão para cada orador inscrito, salvo exceções regimentais, será de:
I - 10 (dez) minutos para as proposições enumeradas nos incisos I e II do artigo 156 deste Regimento.
II - 5 (cinco) minutos para as proposições de que tratam os incisos I a IV, do parágrafo único do artigo 156 deste
Regimento.
Seção II
Do Adiamento da Discussão
Art. 221. A discussão poderá ser adiada 1 (uma) vez, por, no máximo, 1(uma) reunião, salvo a relativa a projeto
sob regime de urgência e veto.
Parágrafo único. O requerimento apresentado no correr da discussão que se pretender adiar ficará prejudicado
se não for votado imediatamente, seja por falta de “quorum” ou por esgotar-se o tempo da reunião, não podendo
ser renovado.
Seção III
Do Encerramento da Discussão
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 222. O encerramento da discussão dar-se-á pela ausência de oradores, pelo decurso dos prazos regimentais
ou por deliberação do Plenário.
Parágrafo único. O requerimento de encerramento de discussão será submetido a votação, desde que pelo
menos 1 (um) orador tenha discutido a proposição.
CAPÍTULO III
Da Votação
Seção I
Disposições Gerais
§ 1º. A proposição será colocada em votação, salvo emendas, e, nas comissões,salvo se relator ouseu suplente
estiver ausente." (NR)
§ 2º. As emendas serão votadas em grupos, conforme tenham parecer favorável ou contrário de todas as
comissões que as tenham examinado, permitido o destaque.
§ 4º. Existindo matéria a ser votada e não havendo “quorum”, o Presidente da Câmara Municipal poderá aguardar
que este se verifique, suspendendo a reunião por tempo prefixado.
§ 5º. Se, à falta de “quorum” para votação, tiver prosseguimento a discussão da matéria em pauta, o Presidente
da Câmara Municipal, tão logo se verificar o número regimental, solicitará ao Vereador que estiver na tribuna a
interrupção do seu pronunciamento, a fim de que seja concluída a votação.
§ 6º. Ocorrendo falta de “quorum” durante a votação, será feita a chamada, registrando-se em ata os nomes dos
presentes.
Art. 224. A votação das proposições será feita em seu todo, salvo os casos previstos neste Regimento.
Parágrafo único. A votação por partes será requerida até o anúncio da fase de votação da proposição a que se
referir.
Art. 226. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações no Plenário serão tomadas por maioria de
votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Parágrafo único. Tratando-se de assunto em que tenha interesse pessoal, o Vereador fica impedido de votar,
computada sua presença para efeito de “quorum”.
Art. 227. Depende do voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, em qualquer turno:
Câmara Municipal de Paracatu
I - proposta de Emenda à Lei Orgânica;
II - projetos de resolução sobre:
a) recusar o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado;
b) designar outro local para as reuniões da Câmara.
III - projeto de Decreto Legislativo nos seguintes casos:
a) perda do mandato do Prefeito ou do Vice-Prefeito;
b) cassação do mandato do Prefeito e do Vereador, nos crimes sujeitos ao seu julgamento;
IV - dependem do voto da maioria absoluta dos membros da Câmara, em qualquer turno:
a) o projeto de resolução sobre modificação ou reforma do Regimento Interno;
b) a eleição da mesa, em primeiro escrutino;
c) a renovação de veto total ou parcial do Prefeito;
d) a rejeição de veto total ou parcial do Prefeito;
e) a convocação de reunião secreta;
f) o projeto de lei complementar.
Art. 228. Após votação em reunião pública, o Vereador poderá fazer declaração de voto pelo prazo de 3 (três)
minutos.
Art. 229. O registro de presença será verificado pelo Presidente da Câmara Municipal por meio de lista.
Art. 230. A verificação de “quorum” será feita pelo Presidente da Câmara Municipal, de plano ou mediante
chamada nominal.
Seção II
Do Processo de Votação
I - simbólico;
II - nominal;
III - suprimido".(NR)
Art. 232. Adotar-se-á o processo simbólico para todas as votações, salvo requerimento aprovado solicitando
adoção de outro processo ou disposição regimental em contrário.
§ 1º. O requerimento a que se refere este artigo será apresentado até o anúncio da fase de votação da
proposição.
§ 2º. Na votação simbólica, o Presidente da Câmara Municipal solicitará aos Vereadores que ocupem os
respectivos lugares no Plenário e convidará a que permaneçam assentados os que estiverem a favor da matéria.
§ 3º. Não sendo requerida, de imediato, a verificação de votação, o resultado proclamado tornar-se-á definitivo.
I - nos casos em que se exige “quorum” de maioria absoluta, de 2/3 (dois terços), dos membros da Câmara
Municipal;
II - na eleição da mesa diretora;
III - veto;
IV - perda de mandato de vereador;
V - perda de mandato de prefeito e do vice-Prefeito; ou
VI - quando o plenáario assim deliberar".(NR)
§ 1º. Na votação nominal, os Vereadores manifestarão sua posição favorável ou contrária à aprovação da matéria
respondendo “sim” ou “não” pelo sistema de chamada.
§ 3º. Imediatamente após a votação, será encaminhado à Mesa da Câmara Municipal, para que conste, na ata dos
trabalhos, o relatório correspondente, que conterá os seguintes registros:
Art. 236. As proposições acessórias serão votadas pelo processo aplicável à proposição principal, salvo os
requerimentos incidentes.
Seção III
Do Encaminhamento de Votação
Art. 237. Anunciada a votação, esta poderá ser encaminhada pelo prazo de 10 (dez) minutos, incidindo o
encaminhamento sobre a proposição no seu todo, em conjunto com as emendas, mesmo que a votação se dê por
partes.
§ 1º. Não será recebido requerimento que objetive limitar o número de oradores para encaminhamento de votação
de proposição.
Seção IV
Da Verificação de Votação
Art. 238. O requerimento de verificação de votação é privativo do processo simbólico, podendo ser repetido 1
(uma) vez.
Art. 239. O Vereador ausente durante a votação não poderá participar da verificação.
Seção V
Do Adiamento de Votação
Art. 240. A votação poderá ser adiada 1 (uma) vez, se requerido o adiamento por Vereador até o momento em
que for anunciada, salvo nas hipóteses do § 1º do art. 182, do § 1º do art. 192 e do § 3º do art. 204.
§ 2º. Considerar-se-á prejudicado o requerimento que, por esgotar-se o horário da reunião ou por falta de
“quorum”, deixar de ser votado.
CAPÍTULO IV
Da Redação Final
Art. 241. Dar-se-á redação final a proposta de emenda à Lei Orgânica e a projeto.
§ 1º. A Comissão competente, no prazo de até 5 (cinco) dias, emitirá parecer, em que dará forma à matéria
aprovada, segundo a técnica legislativa, corrigindo eventual vício de linguagem, defeito ou erro material.
Art. 242. Será admitida, durante a discussão, emenda à redação final, para os fins indicados no §1º do artigo 241,
deste Regimento.
Art. 243. A discussão limitar-se-á aos termos da redação, e nela somente poderão tomar parte, 1 (uma) vez e por
5 (cinco) minutos, o autor da emenda, o relator da Comissão e os Líderes.
Art. 244. Aprovada a redação final, a matéria será enviada, no prazo de 5 (cinco) dias, à sanção, sob a forma de
proposição de lei, ou à promulgação, conforme o caso, ressalvado o disposto nos arts. 180 e 186.
CAPÍTULO V
Das Peculiaridades do Processo Legislativo
Seção I
Do Regime de Urgência
Art. 245. Adotar-se-á regime de urgência para que determinada proposição tenha tramitação abreviada, por
solicitação do Prefeito Municipal, para projeto de sua autoria.
§ 2º. Por deliberação de 2/3 (dois terços) dos membros do Colégio de Líderes, admitir-se-á a tramitação de mais 1
(um) projeto, por solicitação do Prefeito Municipal, além do limite estabelecido no §1º deste artigo.
§ 3º. O disposto no caput deste artigo não se aplica a projeto que dependa de “quorum” especial, de emenda à lei
orgânica, estatutária ou equivalente a código e aos projetos de que trata o art. 188.
Art. 246. Na tramitação sob regime de urgência, serão observadas as exigências regimentais, com as seguintes
ressalvas:
Art. 247. A discussão de proposição em regime de urgência não ultrapassará 4 (quatro) reuniões consecutivas
contadas da data de sua inclusão em ordem do dia, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 218.
Seção II
Da Preferência e do Destaque
Art. 248. A preferência para discussão e votação de proposições obedecerá à ordem seguinte, que poderá ser
alterada por deliberação do Plenário:
Art. 249. A proposição com discussão encerrada terá prioridade para votação.
Art. 250. Não se admitirá preferência de matéria em discussão sobre outra em votação.
Art. 251. Entre proposições da mesma espécie, dar-se-á preferência àquela com discussão já iniciada.
Art. 252. Não estabelecida em requerimento aprovado, a preferência entre emendas será regulada pelas
seguintes normas:
Câmara Municipal de Paracatu
§ 1º. O requerimento de preferência de uma emenda sobre outra será apresentado antes de iniciada a votação da
proposição a que se referir.
§ 2º. Na ocorrência de mais de 1 (um) substitutivo de comissão, o exame do último terá preferência sobre os
demais e, assim, sucessivamente.
Art. 253. Quando houver mais de 1 (um) requerimento sujeito a votação, a preferência será estabelecida pela
ordem de apresentação.
Parágrafo único. Apresentados simultaneamente requerimentos que tiverem o mesmo objetivo, a preferência
será estabelecida pelo Presidente.
Art. 254. A preferência de uma proposição sobre outra constante na mesma ordem do dia será requerida antes de
iniciada a apreciação da pauta.
Art. 255. O destaque para votação em separado de dispositivo ou emenda será requerido até o anúncio da fase
de votação da proposição principal, exceto o relativo a proposição submetida a rito especial de tramitação, o qual
deverá ser requerido até o início da segunda parte da reunião.
Art. 256. A alteração da ordem estabelecida nesta seção não prejudicará a prioridade fixada no § 1º do art. 182,
no §1º do art. 192 e no § 3º do art. 204.
Seção III
Da Prejudicialidade
I - a discussão ou a votação de proposição com objetivo idêntico ao de outra aprovada ou rejeitada na mesma
sessão;
II - a discussão ou a votação de proposição semelhante a outra considerada inconstitucional pelo Plenário;
III - a discussão ou a votação de proposição anexada a outra, quando aprovada ou rejeitada a primeira;
IV - a proposição e as emendas incompatíveis com substitutivo aprovado;
V - a emenda ou a subemenda de matéria idêntica à de outra aprovada ou rejeitada;
VI - a emenda ou a subemenda em sentido contrário ao de outra aprovada;
VII - a emenda ou parte de proposição incompatível com matéria aprovada em votação destacada.
Parágrafo único. O disposto nos incisos V e VI não se aplica a emendas constantes no parecer da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação previsto no § 2º do art. 170.
Seção IV
Da Retirada de Proposição
Art. 258. A retirada de proposição será requerida pelo autor, interrompendo-se imediatamente a sua tramitação.
§ 1º. Antes da apreciação do requerimento, o Presidente informará a tramitação da proposição a que ele se
referir.
§ 3º. Não será objeto de requerimento a retirada de proposição cujo processo de votação já esteja iniciado.
TÍTULO VII
Da Participação da Sociedade Civil
CAPÍTULO I
Câmara Municipal de Paracatu
Da Iniciativa de Lei
Art. 259. Salvo nas hipóteses de iniciativa privativa e de matéria indelegável, a iniciativa popular é exercida pela
apresentação, à Câmara Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores
do Município, em lista organizada por entidade associativa legalmente constituída, que se responsabilizará pela
idoneidade das assinaturas.
§ 1º. Quando necessário, a proposição será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para
sua adequação às exigências do art. 158.
§ 2º. Nas comissões e em Plenário, poderá usar da palavra para discutir o projeto de lei de iniciativa popular, pelo
prazo total de 60 (sessenta) minutos, um dos cinco primeiros signatários.
CAPÍTULO II
Das Representações Populares
Art. 260. A representação popular de pessoa física ou jurídica contra ato ou omissão de autoridade ou entidade
pública ou contra ato imputado a membro da Câmara Municipal será examinada pelas comissões ou pela Mesa,
desde que seja:
Parágrafo único. O relator da comissão a que for distribuída a matéria apresentará relatório em conformidade
com o art. 99, do qual se dará ciência aos interessados.
CAPÍTULO III
Da Audiência Pública
Art. 261. As comissões poderão realizar reunião de audiência pública com cidadãos, órgãos e entidades públicas
ou civis, para instruir matéria em trâmite, bem como para tratar de assunto de interesse público relevante e
atinente à sua área de atuação, mediante proposta de qualquer membro ou a pedido da entidade interessada.
Parágrafo único. Na proposta ou no pedido, constará indicação da matéria a ser examinada e das pessoas a
serem ouvidas.
Art. 262. Cumpre à comissão, por decisão da maioria de seus membros, fixar o número de representantes por
entidade, verificar a ocorrência dos pressupostos para o seu comparecimento e determinar o dia, o local e a hora
da reunião.
Art. 263. A ordem dos trabalhos, na audiência pública, atenderá às normas estabelecidas pelo Presidente da
comissão.
Art. 264. A reunião de comissão destinada à audiência pública em região do Município será convocada com
antecedência mínima de 10 (dez) dias.
CAPÍTULO IV
Dos Eventos Institucionais
Art. 265. Para subsidiar a elaboração, a Câmara Municipal poderá promover, por iniciativa da Mesa, eventos que
possibilitem a discussão de temas de competência do Poder Legislativo Municipal, em parceria com entidades da
sociedade civil organizada.
I - seminários legislativos;
II - fóruns técnicos.
Parágrafo único. A Mesa da Câmara Municipal definirá, em regulamento próprio, os objetivos e a dinâmica de
cada evento.
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 267. Aplicam-se às proposições resultantes de eventos institucionais as normas de tramitação previstas neste
Regimento, observados os seguintes procedimentos especiais:
I - a partir da apresentação de anteprojeto pela comissão de representação do evento, será de 20 (vinte) dias,
prorrogável por igual período, o prazo para a comissão cuja competência estiver relacionada ao tema apresentar a
proposição correspondente;
II - a comissão de representação poderá participar dos debates na comissão autora da proposição;
III - as emendas oferecidas à proposição receberão parecer da comissão competente, nos 2 (dois) turnos de
tramitação.
TÍTULO VIII
Regras Gerais de Prazo
Art. 268. Ao Presidente da Câmara Municipal e de Comissão compete fiscalizar o cumprimento dos prazos.
I - mês;
II - dia;
III - hora.
§ 2º. A contagem dos prazos terá seu começo ou término prorrogado para o primeiro dia útil posterior à data
fixada, nos seguintes casos:
I - quando o termo inicial coincidir com sábado, domingo, feriado ou véspera desses dias;
II - quando o termo final coincidir com sábado, domingo ou feriado.
Art. 271. Os pedidos de informação, assim consideradas as diligências, suspendem a tramitação, 1 (uma) vez em
cada comissão, por, no máximo, 15(quinze) dias.
TÍTULO IX
Do Prefeito e do Vice-Prefeito Municipal
Art. 272. Aberta a reunião solene para a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito Municipal, o Presidente da Câmara
Municipal designará comissão de Vereadores para recebê-los e introduzi-los no Plenário.
Parágrafo único. O Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal tomarão assento ao lado do Presidente da Câmara
Municipal.
Art. 273. Prestado o compromisso constitucional, o Presidente da Câmara Municipal declarará empossados o
Prefeito e o Vice-Prefeito do Município, lavrando-se termo em livro próprio.
Art. 274. Vagando o cargo de Prefeito Municipal ou ocorrendo o impedimento deste, à posse de seu substituto
aplica-se o disposto nos artigos anteriores.
TÍTULO X
Do Comparecimento de Autoridades
Art. 275. O Presidente da Câmara Municipal convocará reunião especial para ouvir o Prefeito Municipal, quando
este manifestar o propósito de expor assunto de interesse público.
Art. 276. A convocação de Secretário Municipal, de dirigente de entidade da administração indireta ou de titular de
órgão diretamente subordinado ao Prefeito Municipal, para comparecerem ao Plenário da Câmara Municipal ou a
Câmara Municipal de Paracatu
qualquer de suas comissões, a eles será comunicada por meio de ofício que conterá a indicação do assunto a ser
tratado e a data designada para seu comparecimento.
§ 1º. Se não puder atender à convocação, a autoridade apresentará justificação, no prazo de 3 (três) dias, e
proporá nova data e hora para seu comparecimento.
Art. 277. Em caso de recusa ou de não-atendimento a convocação ou a pedido de informação, bem como de
prestação de informação falsa, por dirigente da administração indireta, a Câmara Municipal ou qualquer de suas
comissões cientificará do fato a autoridade competente, para sua apuração, atendimento ao solicitado e aplicação
da penalidade cabível, no prazo de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. Por solicitação de qualquer comissão ou a requerimento aprovado em Plenário, a Mesa da
Câmara Municipal, nos 5 (cinco) dias subseqüentes ao término do prazo estipulado neste artigo, encaminhará à
autoridade competente pedido escrito de informação acerca dos procedimentos e das medidas adotadas, sob
pena de responsabilização, no caso de não-atendimento no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 278. O Secretário Municipal poderá solicitar à Câmara Municipal ou a qualquer uma de suas comissões que
designe data para seu comparecimento, a fim de expor assunto de relevância de sua Secretaria.
Parágrafo único. O comparecimento a que se refere este artigo dependerá de prévio entendimento com a Mesa
da Câmara Municipal.
Art. 279. Poderá ser prorrogado, de ofício, pelo Presidente da Câmara Municipal o tempo fixado para exposição
de Secretário Municipal ou de dirigente de entidade da administração indireta e para debates que a ela
sucederem.
Art. 280. Durante a exposição e os debates na Câmara Municipal, o Secretário Municipal ou o dirigente de
entidade da administração indireta ficam sujeitos às normas regimentais que regulam os debates e a questão de
ordem.
TÍTULO XI
Do Credenciamento dos Representantes dos Órgãos
de Comunicação
Art. 281. Os órgãos de comunicação poderão credenciar-se perante a Mesa da Câmara Municipal para exercício
das atividades jornalísticas, de informação e divulgação.
Parágrafo único. Somente terão acesso às dependências privativas da Câmara Municipal os jornalistas e demais
profissionais credenciados, podendo a Mesa da Câmara Municipal, a qualquer tempo, rever o credenciamento.
TÍTULO XII
Disposições Finais e Transitórias
Art. 282. A eleição da Mesa Diretora para o segundo, o terceiro e o quarto anuênios da cada Legislatura dar-se-á
em reunião especial imediatamente após a última reunião ordinária da respectiva sessão legislativa ordinária.
Parágrafo único- A posse dos eleitos, observado o disposto no § 2º do art. 8º, dar-se á automaticamente no dia
primeiro de janeiro da sessão legislativa subsequente. (NR)."
Art. 283. É vedada a cessão do Plenário para atividade não prevista neste Regimento, exceto para a realização de
eventos promovidos por órgãos da Administração direta e indireta dos Poderes Federal, Estadual e Municipal, o
Ministério Público e para reuniões e convenções de partidos políticos.
Art. 284. Os serviços administrativos da Câmara Municipal serão executados pelos órgãos definidos na legislação
relativa à sua organização administrativa, e ainda, por meio de Instruções Normativas baixadas pela Mesa
Diretora.
Art. 285. Nos casos omissos, o Presidente da Câmara Municipal poderá observar o Regimento Interno da
Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais ou o da Câmara dos Deputados.
Câmara Municipal de Paracatu
Art. 286. Esta Resolução, que contém o Regimento Interno da Câmara Municipal de Paracatu (MG), entrará em
vigor dia 01 de janeiro de 2010.