Unip Interativa
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Sumrio
Contabilidade Financeira
Unidade I
1 PROVISES ............................................................................................................................................................2
1.1 Provises como contas redutoras do ativo ...................................................................................6
1.1.1 Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa (PCLD) ............................................................7
1.1.2 Proviso para perdas na realizao de investimentos temporrios ................................... 20
1.1.3 Proviso para ajuste a valor de mercado dos estoques .......................................................... 27
1.1.4 Proviso para perdas permanentes ................................................................................................. 33
1.1.5 Depreciao e exausto ....................................................................................................................... 34
2 RESERVAS........................................................................................................................................................... 37
2.1 Reservas versus proviso para contingncias ........................................................................... 38
3 PREVISES ......................................................................................................................................................... 39
4 FUNDOS............................................................................................................................................................... 39
Unidade II
9 CASO PRTICO.................................................................................................................................................. 70
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Unidade I
Apresentao
Esta disciplina tem como escopo de estudo trs tpicos:
provises, folha de pagamento e demonstrao do valor
adicionado.
5
10
Unidade I
E, encerrando a apostila, na Unidade IV ser proposto um
exerccio que abranger todo o contedo desta disciplina e
que tambm ir requerer os conhecimentos adquiridos nas
disciplinas estudadas at o momento.
5
Bons estudos!
1 PROVISES
20
CONTABILIDADE FINANCEIRA
O mesmo ocorre quanto aos passivos da empresa.
Supondo que a empresa seja parte em um processo judicial
trabalhista, em que a probabilidade de ser vencida provvel
e o valor a ser despendido mensurvel com suficiente
5 segurana, tal valor dever constar em seu passivo por meio
de uma proviso.
Conforme explica Neves (2006), o termo provises refere-se
a despesas com perdas de ativos ou com a constituio de
obrigaes que, embora j tenham seu fato gerador contbil
10 ocorrido, no podem ser medidas e tm, portanto, carter
estimativo. Representam, assim, expectativas de perdas de
ativos ou estimativas de valores a desembolsar que, apesar
de nanceiramente ainda no efetivadas, derivam de fatos
geradores contbeis j ocorridos, isto , dizem respeito a perdas
15 economicamente incorridas (como a depreciao, a perda de
valor de investimentos, o provvel no recebimento de crditos,
a estimativa de no recuperao de valores aplicados nos
estoques etc.).
As provises, portanto, so de duas espcies: estimativas
20 de perdas que reduzem o valor do ativo, ou estimativas que
aumentam as obrigaes (exigibilidades) da empresa.
medida que deixam de ser estimativas, isto , expectativas
de perda de ativos ou expectativa de obrigaes, tornandose totalmente denidas, o procedimento contbil correto
25 abandonar o conceito de proviso, visto que obrigaes, quando
se tornam lquidas e certas, no so provises e sim passivos
genunos (por exemplo, salrios a pagar, ICMS a recolher).
de fundamental importncia a constituio das provises,
de modo que se atenda aos princpios contbeis da competncia,
30 prudncia e oportunidade.
Conforme a Resoluo CFC n 750/93, segue a denio dos
princpios em referncia:
Unidade I
10
15
20
25
30
CONTABILIDADE FINANCEIRA
3 As receitas consideram-se realizadas:
10
15
20
25
Unidade I
apresentarem opes igualmente aceitveis diante dos
demais Princpios Fundamentais de Contabilidade.
10
Proviso
Clientes
Investimentos temporrios
Estoques
Imobilizado
Depreciao e exausto
Intangvel
Amortizao
CONTABILIDADE FINANCEIRA
A seguir, estudaremos cada uma das provises redutoras do
ativo.
1.1.1 Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa (PCLD)
Essa proviso, tambm denominada Proviso para
Devedores Duvidosos, constituda em funo da expectativa
5 de perdas que a empresa suscita que possam ocorrer em
virtude de ter efetuado vendas a prazo (fato gerador contbil)
e da possibilidade de nem todos os devedores honrarem seus
compromissos.
Assim, as contas a receber devem ser avaliadas por seu
10 valor lquido de realizao, ou seja, pelo produto final em
dinheiro ou equivalente que se espera obter. Para tanto,
devem-se baixar as contas prescritas e constituir uma
Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa para cobertura
das perdas esperadas na cobrana das contas a receber,
15 motivo pelo qual essa proviso classificada como reduo
das contas a receber, para serem apresentadas por seu valor
lquido realizvel.
nesse sentido que o inciso I do art. 183 da Lei n 6.404/76,
com alteraes introduzidas pela Lei n 11.638/07, estabelece
20 os critrios de avaliao desse ativo, indicando que sero
excludos os direitos e ttulos de crditos j prescritos, sendo
feitas as provises adequadas para ajust-lo ao valor provvel
de realizao.
A empresa, para estimar o valor de perda provvel na
25 realizao de suas contas a receber, duplicatas a receber ou
clientes, considera, por exemplo, aspectos peculiares de sua
clientela, a conjuntura econmica do momento em que se est
estimando o risco e o ramo de negcios em que atua, entre
outras variveis. H que se adotar um mecanismo de clculo
30 para a estimativa que melhor reita o que realmente pode vir
a ocorrer em termos de perdas no recebimento, considerando
Unidade I
a experincia anterior da empresa com relao a prejuzos
no recebimento de seus crditos. O critrio adotado pode ser,
portanto, diferente para cada empresa.
De acordo com a Lei n 9.430/96 (IN SRF 93/97), a despesa
15
20
25
30
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Unidade I
vendas se referem ao perodo de X8, nesse ano que dever ser
constituda a proviso para fazer face s perdas que podero
ocorrer no perodo seguinte X9, observando, portanto, o
regime de competncia.
Ano
Vendas a
prazo
X7
80.000
640
X6
50.000
310
X5
40.000
240
Totais
170.000
1.190
$ 100.000
15
700
700
10
CONTABILIDADE FINANCEIRA
da proviso constituda em X8, no valor de $700, de fato no
foram recebidos em X9, $ 300. A contabilidade dever, portanto,
em X9 providenciar a baixa do ttulo por meio da seguinte
partida de dirio:
5
Lanamento 2
D Proviso para Crditos de Liquidao
Duvidosa
300
300
20
D Caixa
300
300
11
Unidade I
O procedimento considerado tecnicamente o mais correto
a ser adotado, neste caso, reverter o saldo da conta de modo
a zer-la e constituir a proviso para o ano seguinte. O
lanamento a ser efetuado seria:
5
Lanamento 4
D Proviso para Crditos de Liquidao
Duvidosa (conta redutora do ativo)
400
Lanamento 5
10
400
20
500
500
12
CONTABILIDADE FINANCEIRA
D Perdas com incobrveis (despesas de vendas)
C Duplicatas a receber / Clientes
Despesas com proviso
para crditos de liquidao
duvidosa
(1) 700
700 (1)
(4) 400
400
300 (2)
Caixa
(3) 300
400 (4)
700 (1)
400
500 (5)
Exerccio resolvido
Foi estimado, em 31/12/X7, que os dbitos incobrveis da
5 empresa Fonte S/A, nos ltimos trs anos, correspondiam a
1,5% das vendas a prazo. Nesse dia, o saldo da conta Proviso
para crditos de liquidao duvidosa, antes de ser ajustado, era
de $ 98.270. As vendas a prazo, nesse mesmo ano, totalizaram
$ 10.570.000.
13
Unidade I
Propositadamente, no informamos os saldos iniciais para as
contas de Duplicatas a receber e Caixa, uma vez que o assunto
abordado o estudo sobre a Proviso para crditos de liquidao
duvidosa.
5
14
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Pede-se:
I- Preparar as partidas de dirio para ajustar a conta proviso
para devedores duvidosos em 31/12/X7.
a. Reverter o saldo no utilizado.
5
10
15
20
98.270
98.270
15
Unidade I
Lanamento 2
158.550
158.550
10
60.280
60.280
13.200
C Duplicatas a receber
13.200
16
D Caixa/Bancos
2.810
C Recuperao de crditos
2.810
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Comentrio: Nesse caso, no h que se creditar a conta
Duplicatas a receber, visto que esse procedimento j foi adotado
quando o crdito foi considerado incobrvel em X7.
D = PCLD (conta redutora do ativo)
5
C = Duplicatas a Receber
Lanamento 5
D Caixa/Bancos
75.000
16.300
C Duplicatas a receber
91.300
6.780
C Duplicatas a receber
6.780
4.300
17
Unidade I
C Duplicatas a receber
4.300
Lanamento 8
D Caixa/Bancos
1.100
1.100
Lanamento 9
D PCLD (conta redutora do ativo)
9.800
C Duplicatas a receber
9.800
18
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Lanamento 10
109.270
109.270
10
264.000
264.000
Duplicatas a receber
Caixa
75.000
PCLD
xxxxxxxxxx
2.810 (4)
(4)
2.810
91.300 (5)
(8)
1.100
Reverso de PCLD
98.270
(1)
S.I.
98.270
98.270
(a)
(1)
98.270
6.780 (6)
4.300 (7)
(3)
13.200
9.800 (9)
(5)
16.300
(6)
6.780
(7)
4.300
(9)
9.800
158.550
(2)
1.100
(8)
109.270 (10)
(b)
109.270
50.380 159.650
109.270
(10) 109.270
264.000 (11)
19
Unidade I
Despesa com PCLD
Recuperao de Crditos
(2) 158.550
2.810 (4)
158.550
(c)
(d)
Resultado 2007
(c)
158.550
2.810
(11) 264.000
264.000 (d)
10
15
20
(d)
264.000
154.730
60.280
98.270 (a)
Resultado 2008
109.270
(b)
CONTABILIDADE FINANCEIRA
De forma geral, os tipos de ttulos mencionados rendem
dividendos, juros e correo monetria, prexada ou no. O prazo
de resgate tambm pode variar bastante, indo desde aplicaes
de poucos dias at aplicaes de um ou dois anos.
5
20
25
21
Unidade I
e ttulos de crdito, classicados no ativo circulante ou no
realizvel a longo prazo sero avaliadas:
10
15
20
25
30
22
CONTABILIDADE FINANCEIRA
2) o valor presente, lquido, dos uxos de caixa futuros
para instrumentos nanceiros de natureza, prazo e
risco similares (includo pela Lei n 11.638, de 2007) ou
5
25
23
Unidade I
No dia de encerramento do exerccio social, os trs tipos de
aes, A, B, e C estavam cotados ao preo de mercado de $ 2,60
por unidade.
Com essas informaes, podemos armar que, no balano
5 patrimonial encerrado em 31/12, o saldo da conta Investimentos
Temporrios em Aes ser de $ 770. Vejamos:
Considerando a regra custo de aquisio ou valor de
mercado, dos dois o menor, devemos providenciar a proviso
para ajuste a valor de mercado das aes da Cia. B e C, uma
10 vez que apresentam custo de aquisio superior ao valor de
mercado. Para as aes da Cia. A, no h que se fazer proviso,
considerando que o custo de aquisio menor do que o valor
de mercado. Esse aumento no valor da ao somente ser
reconhecido quando da alienao dessas aes.
15
Custo de
aquisio
Valor de
mercado
Valor a constar no
balano patrimonial
250,00
260,00
250,00
270,00
260,00
260,00
280,00
260,00
260,00
Total
800,00
770,00
24
CONTABILIDADE FINANCEIRA
solicitar o resgate de suas quotas a qualquer tempo; ou (b)
fechado, em que as cotas somente podem ser resgatadas ao
trmino do prazo de durao do fundo.
As aplicaes temporrias em fundos de investimento
5 tambm devem ser avaliadas (para sociedades annimas no
nanceiras) pelo critrio de custo ou mercado, dos dois o menor.
Assim, o saldo das aplicaes em fundos de investimento dever
ser ajustado ao valor de mercado quando este for menor que
o valor de aquisio das cotas do fundo. As valorizaes das
10 cotas do fundo somente so contabilizadas como receitas no
momento do resgate dos recursos aplicados.
Como esse tipo de investimento representa o emprego
temporrio de disponibilidades, a reduo eventual do custo
ao mercado no precisa ser feita aplicao por aplicao, mas
15 no global de todas as aplicaes, pois o princpio no estar
prejudicado enquanto o total do valor de mercado de todos
os ttulos no cair abaixo de seu custo total. Dessa forma,
considerando que a empresa tenha seu excedente de caixa
aplicado em diversos tipos diferentes de ttulos de renda, a
20 empresa poder ter valores de mercado abaixo do custo corrigido
para alguns ttulos, sem que haja obrigatoriedade de constituir
a proviso, desde que tenha outras aplicaes com valores de
mercado superiores que compensem tais prejuzos.
Exemplo
25
30
25
Unidade I
Contabilizao
Aquisio
700
C Bancos
700
10
72
72
20
D Bancos
826
D IRRF a compensar
14
C Investimentos temporrios
772
C Receitas nanceiras
68
26
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Valor contbil
(-) Valor de mercado
(-) Despesas
Valor a provisionar
5
10
772
750
5
745
27
O lanamento seria:
D Receitas nanceiras (perda por ajuste
ao valor de mercado)
27
27
27
Unidade I
28
CONTABILIDADE FINANCEIRA
reposio sejam reconhecidas nos resultados do exerccio em que
tais perdas ocorrerem e no no exerccio em que a mercadoria
vendida, reposta ou transformada em sucata.
Apurao do valor de mercado
5
Custo
mdio
Custo
total
Valor de
mercado
Unitrio
abaixo do
mercado
2.000
10,00
20.000,00
9,00
1,00
1.000
20,00
20.000,00
20,00
400
10,00
4.000,00
11,00
2.000
15,00
30.000,00
16,00
20.000
12,00
240.000,00
11,00
1,00
Total
$
Valor
contbil
$
Diferena (valor
da proviso)
$
2.000
9,00
18.000,00
20.000,00
2.000,00
20.000
11,00
220.000,00
240.000,00
20.000,00
29
Unidade I
D Proviso para ajuste ao valor de mercado
dos estoques (despesa)
22.000,00
C Proviso para ajuste ao valor de mercado
dos estoques (AC redutora)
22.000,00
b. Produtos acabados e mercadorias para revenda nesse
caso, o mercado representa o valor lquido realizvel de cada
item, o qual, por sua vez, apurado pelo valor lquido entre o
preo de venda do item e as despesas estimadas para vender
e receber, entendendo-se como tais as despesas diretamente
10 relacionadas com a venda do produto e a cobrana de seu valor,
tais como comisses, fretes, embalagens, taxas e desconto das
duplicatas etc. Despesas do tipo propaganda, despesas gerais,
administrativas etc., que beneciam no diretamente um
produto, mas genrica e constantemente todos os produtos
15 da sociedade, no devem ser includas nessa determinao de
despesas para vender e receber.
5
Exemplo:
Produtos Quantidade
Custo unitrio
$
Total
$
Preo de venda
$
500
7,00
3.500,00
9,00
700
15,00
10.500,00
19,00
150
23,00
3.450,00
32,00
1. Preo de venda
9,00
19,00
32,00
0,53
0,25
0,76
a) Embalagem
0,60
0,40
1,23
b) Entrega (frete)
0,80
0,75
1,76
c) Comisses
0,40
1,65
0,75
2,33
3,05
4,50
6,67
15,95
27,50
5,00
17,35
26,30
1,40
30
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Apenas um produto apresentou valor lquido realizvel
inferior ao custo de fabricao ou compra, tornando-se
necessria a formao de uma proviso para ajuste no valor
de $ 980,00, ou seja, 700 unidades a $ 1,40 de custo acima
5 do mercado. No exemplo dado, consideramos que o preo de
venda, assim como o custo dos produtos, j se encontra sem o
ICMS, no havendo, portanto, necessidade de deduzir a parcela
desse imposto.
A Lei das S/A determina que, nesses casos, entenda-se
10 por valor de mercado o preo lquido de realizao mediante
venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas
necessrias para a venda, e a margem de lucro (alnea b, 1,
art. 183).
H que se interpretar aqui o texto legal base da tcnica
15 contbil. No se aplica pura e simplesmente a deduo da
margem de lucro como regra, isto , no se diminui tambm
do preo de venda o lucro normal, j que isso simplesmente
faz voltar ao custo. A aplicao indiscriminada desse critrio
acaba por fazer a empresa reconhecer prejuzo cada vez
20 que o preo de venda cair, para, talvez, reconhecer lucro
no exerccio seguinte. Por exemplo: um produto costuma
ser vendido com lucro bruto de 40% sobre o custo e tem
despesas de venda de 10% do preo de venda. Assim, se ele
custar $ 1.000,00, teremos:
25
Preo de venda
Despesas de venda
1.400,00
(140,00)
Subtotal
1.260,00
31
Unidade I
Preo de venda
Despesas de venda
1.300,00
(130,00)
Subtotal
1.170,00
10
Subtotal
(-) Lucro
1.170,00
(260,00)
910,00
15
32
CONTABILIDADE FINANCEIRA
alternativas para seu clculo. Uma seria tomar seu custo
j incorrido mais uma estimativa dos custos a completar.
Esse valor final seria comparado com o mercado como se
fosse um produto acabado. Por outro lado, para estoques em
5 incio do processo, a melhor forma talvez seja decomp-los
pelas matrias-primas j requisitadas, cujos custos seriam
comparados com o mercado, como se fossem matriasprimas.
Pronunciamento Contbil n 16 Estoques, editado pelo
10 Comit de Pronunciamentos Contbeis: o objetivo desse
pronunciamento estabelecer o tratamento contbil para
os estoques. A questo fundamental na contabilizao dos
estoques quanto ao valor do custo a ser reconhecido como
ativo e mantido nos registros at que as respectivas receitas
15 sejam reconhecidas.
Esse pronunciamento proporciona orientao sobre a
determinao do valor de custo dos estoques e sobre o seu
subsequente reconhecimento como despesa em resultado,
incluindo qualquer reduo ao valor realizvel lquido.
20 Tambm proporciona orientao sobre o mtodo e os critrios
usados para atribuir custos aos estoques. Os estoques, objeto
desse pronunciamento, devem ser mensurados pelo valor de
custo ou pelo valor realizvel lquido; dos dois, o menor.
1.1.4 Proviso para perdas permanentes
Essa proviso foi objeto de estudo na disciplina Contabilidade
25 Societria. Os investimentos avaliados pelo mtodo de custo
devem ser ajustados ao seu valor provvel de realizao,
quando observadas na empresa investida evidncias de que o
valor de custo no ser recupervel em virtude de a investida
estar operando, por exemplo, com prejuzos constantes ou por
30 algum evento que no seja possvel sua recuperao ao longo
dos perodos.
33
Unidade I
1.1.5 Depreciao e exausto
Depreciao a parcela do valor de um imobilizado que no
ser recuperado devido ao seu uso. Na disciplina Contabilidade
Societria tambm foi estudado esse tipo de proviso, que,
apesar do nome Depreciao Acumulada, trata-se, na verdade,
5 de mera proviso redutora do ativo.
Critrios de avaliao
Os direitos classicados no imobilizado, segundo o art. 183
da Lei das S/A, sero avaliados pelo custo de aquisio, deduzido
do saldo da respectiva conta de depreciao, amortizao ou
10 exausto.
Considera-se como custo de aquisio todos os gastos
relacionados com a aquisio do elemento do ativo
imobilizado e os necessrios para coloc-lo em local e
condies de uso no processo operacional da companhia,
15 excludos os impostos recuperveis e os encargos sobre
financiamento, caso esse expediente tenha sido utilizado
na aquisio do imobilizado.
Provises como exigveis
A Deliberao CVM n 489/05 aprovou e tornou obrigatrio,
20 a partir de 1 de janeiro de 2006, para as companhias abertas, o
Pronunciamento NPC (Normas e Procedimentos de Contabilidade)
22, que versa sobre provises, passivos, contingncias passivas
e contingncias ativas, emitido pelo Ibracon (Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil).
25
34
CONTABILIDADE FINANCEIRA
O termo proviso, como tratado na Deliberao CVM n
489/05, refere-se apenas aos passivos com prazo ou valor
incertos. As contas reticadoras do ativo no foram tratadas
nesta deliberao.
5
20
35
Unidade I
1. uma possvel obrigao presente, cuja existncia seja
conrmada somente pela ocorrncia ou no de um ou
mais eventos futuros que no estejam totalmente sob o
controle da entidade; ou
5
10
15
d. remoto.
O tratamento contbil das contingncias passivas dever
seguir o seguinte esquema:
Possibilidade de ocorrncia do desembolso
Provvel
Tratamento contbil
Provisionar
Possvel
Remota
No divulgar em notas
explicativas
36
CONTABILIDADE FINANCEIRA
2 RESERVAS
30
37
Unidade I
2. reservas de lucro: so as contas constitudas pela
apropriao de lucros da empresa: reserva legal, estatutria,
para contingncias, oramentria e lucros a realizar.
2.1 Reservas versus proviso para
contingncias
38
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Note que a proviso gera uma despesa (e uma dvida),
enquanto que a reserva no.
3 PREVISES
39