Aula 08-Direito-Penal
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SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação da aula e sumário 01
I – Dos Crimes contra a Administração da Justiça 02
Questões para praticar 33
Questões comentadas 65
Gabarito 125
Olá, galera!
Bons estudos!
Assim, não basta que o agente se recuse a sair do país. Nesse caso,
o crime não se configura.
Com relação ao momento da entrada no país (reingresso), a Doutrina
diverge. Seria no momento em que ultrapassa as fronteiras do
NOSSO TERRITÓRIO? Ou bastaria que entrasse em Território por
extensão? A posição que prevalece (divergente) é a de que o tipo penal
só abrange o Território propriamente dito, não abrangendo o
território por extensão (navios e aeronaves militares brasileiros, por
exemplo).
A consumação se dá, como vimos, com o reingresso, e a tentativa é
plenamente admissível. É possível, ainda, que o agente pratique o crime
em estado de necessidade (Está sofrendo perseguição política no país de
origem, e não tem para onde ir, ou o país de origem está em guerra, por
exemplo). Neste caso, nada impede que se verifique a causa de exclusão
da ilicitude.
CUIDADO! Aqui vai uma dica de Processo Penal: Parcela da
Doutrina vem entendendo que o CRIME É PERMANENTE,
logo, caberia prisão em flagrante a qualquer momento
(camarada retornou ao país há 05 anos, por exemplo. Não
importa, continuaria a situação de flagrância). Além disso,
sendo crime permanente, aplicar-se-ia a súmula n° 711
do STF, lembram-se? Logo, se o estrangeiro ainda estivesse
no Brasil e sobreviesse lei agravando a pena, ele responderia
pela lei nova.
2
Ver, como exemplo: STJ HC 36287/SP
(HC 75037, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MAURÍCIO
CORRÊA, Segunda Turma, julgado em 10/06/1997, DJ 20-04-2001 PP-00105 EMENT
VOL-02027-04 PP-00687) – ISSO É DECISÃO ISOLADA!
CUIDADO! Ainda que o processo seja todo anulado por algum vício
(incompetência absoluta, por exemplo), o crime permanece!
PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 342, § 2º, DO CÓDIGO PENAL.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. JUSTA CAUSA. RETRATAÇÃO DA TESTEMUNHA.
EXTENSÃO À PACIENTE, DENUNCIADA POR ORIENTAR, INSTRUIR E INFLUENCIAR
AQUELA.
I - É possível a participação no delito de falso testemunho.
(Precedentes desta Corte e do Pretório Excelso).
II - A retratação de um dos acusados, tendo em vista a redação do art. 342, §
2º, do Código Penal, estende-se aos demais co-réus ou partícipes.
Writ concedido.
(HC 36.287/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 17/05/2005,
DJ 20/06/2005, p. 305)
O nome do delito não está previsto no CP, mas é dado pela Doutrina.
Trata-se de delito idêntico ao de corrupção ativo, com a peculiaridade
de que a vantagem deve ser oferecida a uma daquelas pessoas, com a
finalidade (dolo específico) de obter a prática de algum dos atos que
importam em FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA (exceção à
teoria monista, pois, no mesmo fato, quem paga pela afirmação falsa
comete um crime, e quem recebe a vantagem, realizando a afirmação
falsa, comete outro)3.
CUIDADO! Parte da Doutrina entende que se o
destinatário da corrupção é funcionário público (perito
oficial, por exemplo), o crime praticado é o e corrupção
ativa, e não este!
3
Caso queiram, podem analisar o seguinte julgado do STJ, abordando esta questão: REsp 169212/PE
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena
correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede
mediante queixa.
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em
poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
O art. 346, por sua vez, é uma espécie de exercício arbitrário das
próprias razões, com a peculiaridade de que há um objeto que se
encontra em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção,
mas QUE PERTENÇA AO AGENTE.
Nelson Hungria (Talvez o maior penalista brasileiro de todos os
tempos) entendia que este delito não é espécie de exercício arbitrário das
próprias razões, eis que o agente, aqui, não possui qualquer pretensão
legítima a salvaguardar (Faz algum sentido...).
O tipo objetivo consiste em suprimir, tirar, destruir ou danificar.
Perceba, caro aluno, que o sujeito passivo aqui é o Estado, pois se
fosse o dono da coisa, não haveria crime, pois o dono da coisa é o
próprio infrator...
9) Fraude processual
Mediante arrombamento;
Esse crime é PRÓPRIO, pois somente pode ser cometido por presos.
O tipo objetivo é o de reunirem-se os presos, fazendo
baderna, rebelião, PERTURBANDO A ORDEM OU DISCIPLINA DA
PRISÃO.
A Doutrina admite, no entanto, que o crime possa ser praticado, por
exemplo, em veículo de transporte de presos.
Em qualquer caso, é necessário um número expressivo de presos
(não se diz quantos, mas a Doutrina entende que devam ser, pelo menos,
quatro).
O elemento subjetivo é o dolo, consistente na vontade de realizar a
rebelião, o motim, a baderna, independentemente de quais sejam as
finalidades do motim. Não há forma culposa.
O crime se consuma com a efetiva PERTURBAÇÃO DA ORDEM OU
DISCIPLINA DA PRISÃO, por um tempo relevante (Doutrina
majoritária). Não ocorrendo isto, o crime será tentado.
A ação penal é pública incondicionada.
O sujeito ativo aqui pode ser qualquer pessoa, sendo, desta forma,
crime comum. O sujeito passivo primeiramente é o Estado, podendo ser,
também, o funcionário dito como corrupto pelo agente e o terceiro
ludibriado.
O tipo objetivo consiste no ato de alardear possuir influência
sobre as pessoas indicadas no artigo, de forma que o agente
solicita ou recebe dinheiro do terceiro ludibriado, ou qualquer
outra utilidade, acreditando este (o terceiro), que o infrator é
capaz de influenciar alguma daquelas pessoas e lhe trazer algum
benefício.
O elemento subjetivo exigido é o dolo, consistente na vontade de
obter vantagem ou promessa de vantagem da vítima, sob o pretexto de
trazer-lhe benefício decorrente da alardeada influência (que pode ou não
existir).
O crime se consuma, no caso da solicitação, com a mera solicitação,
sendo completamente irrelevante o recebimento da vantagem. Na
modalidade “receber”, quando o agente não pediu dinheiro algum, o
recebimento é o ato que consuma o crime. A tentativa é possível.
O § único prevê uma causa de aumento de pena (1/3) se o
agente alega que parte do dinheiro se destina também ao
funcionário que ele diz ser corrupto e que irá ceder à influência.
A ação penal é pública incondicionada.
Violência;
Grave ameaça;
Fraude;
Oferecimento de vantagem
CUIDADO! Esse delito não se confunde com o tipo penal do art. 335. Lá,
o ato é realizado pelo poder público. Aqui, embora a arrematação seja
autorizada judicialmente, ela é realizada pelo particular interessado!
Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de violência, grave
ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi
suspenso ou privado por decisão judicial:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Bons estudos!
Luiz é muito amigo do magistrado Paulo. Certo dia, sabedor de que seu
vizinho é parte em ação indenizatória a ser julgada por Paulo, oferece
ajuda para exercer influência sobre a decisão do referido magistrado. Para
tanto, solicita que seu vizinho lhe dê 30% do valor a ser obtido em caso
de êxito na ação indenizatória. O magistrado, que não sabia o que estava
ocorrendo, acabou julgando a causa em favor do vizinho de Luiz, que, por
sua vez, cumpriu o combinado, repassando parte do valor obtido a Luiz.
b) receptação.
c) favorecimento pessoal.
d) favorecimento real.
a) delito de calúnia.
A) estelionato.
B) corrupção ativa.
C) exploração de prestígio.
D) advocacia administrativa.
E) favorecimento pessoal.
A) III.
B) I, II e III.
C) I e IV.
E) I, II e IV.
A) de abuso de autoridade.
D) contra a fé pública.
A) arrebatamento de preso.
B) motim de presos.
D) favorecimento pessoal.
A) condescendência criminosa.
B) advocacia administrativa.
C) tráfico de influência.
D) patrocínio infiel.
E) exploração de prestígio.
A) peculato.
B) abuso de poder.
D) concussão.
E) prevaricação.
A) pode ser praticado por qualquer pessoa, ainda que não interessada na
solução do processo.
B) denunciação caluniosa.
C) falso testemunho.
D) fraude processual.
E) autoacusação falsa.
A) desacato.
C) fraude processual.
D) condescendência criminosa.
E) falso testemunho.
Considere:
A) II e III.
B) II.
C) I e III.
D) I e II.
E) I.
d) juízo arbitral.
a) a denunciação caluniosa.
c) o favorecimento pessoal.
d) o patrocínio infiel.
e) a desobediência.
a) de exclusão da imputabilidade.
b) de extinção da punibilidade.
c) de diminuição da pena.
d) de exclusão da culpabilidade.
Considere:
b) favorecimento real.
d) arrebatamento de preso.
c) sempre privada.
c) Extingue-se a punibilidade.
e) Ocorre perempção
a) furto.
b) favorecimento real.
c) favorecimento pessoal.
d) receptação.
e) estelionato.
A) I.
B) II.
D) I e II.
E) II e III.
A) II, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
A) fraude processual.
B) violência arbitrária.
C) condescendência criminosa.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
A) condescendência criminosa.
B) falso testemunho.
C) autoacusação falsa.
D) denunciação caluniosa.
E) prevaricação.
A) I e II.
B) II e III.
C) II.
D) I.
E) III.
A cometeu crime de
a) fraude processual.
c) denunciação caluniosa.
A) deve cumprir pena por exercício arbitrário das próprias razões (CP, art.
345).
D) deve cumprir pena por crime de favorecimento pessoal (CP, art. 348)
E) deve cumprir pena por fuga de pessoa presa (CP, art. 351).
(B) não pode ser considerado funcionário público para fins penais;
(C) não praticou crime contra finanças públicas previsto no Código Penal;
Exploração de prestígio
b) receptação.
c) favorecimento pessoal.
d) favorecimento real.
Favorecimento real
a) delito de calúnia.
Denunciação caluniosa
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Denunciação caluniosa
Calúnia
A) estelionato.
B) corrupção ativa.
C) exploração de prestígio.
D) advocacia administrativa.
E) favorecimento pessoal.
A) III.
B) I, II e III.
C) I e IV.
E) I, II e IV.
A) de abuso de autoridade.
D) contra a fé pública.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena
correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede
mediante queixa.
A) arrebatamento de preso.
B) motim de presos.
D) favorecimento pessoal.
A) condescendência criminosa.
B) advocacia administrativa.
C) tráfico de influência.
D) patrocínio infiel.
E) exploração de prestígio.
Lembrando que este crime somente pode ser praticado por alguém
“externo” ao crime, ou seja, alguém que dele não participou. O comparsa
que assume a culpa sozinho para “livrar a cara” do outro comparsa não
pratica este crime.
A) peculato.
B) abuso de poder.
D) concussão.
E) prevaricação.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena
correspondente à violência.
COMENTÁRIOS:
E) CORRETA: O item está correto, pois trata-se de crime formal, que não
se consuma com a obtenção do resultado, mas com a mera prática da
conduta visando o resultado.
Será na forma consumada, eis que a autoridade praticou algum ato, ainda
que o Inquérito não tenha sido instaurado.
B) denunciação caluniosa.
C) falso testemunho.
D) fraude processual.
E) auto-acusação falsa.
COMENTÁRIO:
Exploração de prestígio
Favorecimento real
Auto-acusação falsa
Patrocínio infiel
D) condescendência criminosa.
E) falso testemunho.
Considere:
B) II.
C) I e III.
D) I e II.
E) I.
Denunciação caluniosa
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.127, de 1995)
d) juízo arbitral.
(...)
a) a denunciação caluniosa.
c) o favorecimento pessoal.
d) o patrocínio infiel.
e) a desobediência.
a) de exclusão da imputabilidade.
b) de extinção da punibilidade.
c) de diminuição da pena.
d) de exclusão da culpabilidade.
b) favorecimento real.
d) arrebatamento de preso.
Favorecimento pessoal
c) sempre privada.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
c) Extingue-se a punibilidade.
e) Ocorre perempção
a) furto.
b) favorecimento real.
c) favorecimento pessoal.
d) receptação.
e) estelionato.
Favorecimento real
Fraude processual
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
COMENTÁRIO:
A) II, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
A) fraude processual.
B) violência arbitrária.
C) condescendência criminosa.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Exploração de prestígio
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.
COMENTÁRIO:
III - ERRADA: O §1º do art. 339 apenas prevê causa de aumento de pena
se o agente se vale do anonimato ou de nome suposto (nome falso).
Exploração de prestígio
Contudo, entendo que nenhuma das respostas está correta, eis que,
nesse caso, o Desembargador (que é um Juiz) não está no exercício de
sua função judicante (função de julgar), de modo que entendo que o
delito em questão seria o de tráfico de influência, previsto no art. 332 do
CP:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.127, de 1995)
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.
COMENTÁRIO:
Exploração de prestígio
Exploração de prestígio
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena
correspondente à violência.
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
COMENTÁRIO:
Denunciação caluniosa
COMENTÁRIO:
A) condescendência criminosa.
B) falso testemunho.
C) autoacusação falsa.
D) denunciação caluniosa.
E) prevaricação.
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi
suspenso ou privado por decisão judicial:
A) I e II.
B) II e III.
C) II.
D) I.
E) III.
Exploração de prestígio
A cometeu crime de
COMENTÁRIOS: Para que não seja punido, o agente, neste caso, poderá
se retratar de sua afirmação falsa, mas deverá fazer isso no próprio
processo em que fez a afirmação falsa, e mesmo assim, antes da
sentença. Vejamos:
a) fraude processual.
c) denunciação caluniosa.
E) deve cumprir pena por fuga de pessoa presa (CP, art. 351).
Favorecimento pessoal
Favorecimento pessoal
(...)
(B) não pode ser considerado funcionário público para fins penais;
1. ALTERNATIVA E
2. ALTERNATIVA D
3. ALTERNATIVA C
4. ALTERNATIVA D
5. ALTERNATIVA A
6. ALTERNATIVA C
7. ALTERNATIVA A
8. ALTERNATIVA E
9. ALTERNATIVA B
10. ALTERNATIVA C
11. ALTERNATIVA E
12. ALTERNATIVA D
13. ALTERNATIVA A
14. ALTERNATIVA C
15. ALTERNATIVA B
16. ALTERNATIVA E
17. ALTERNATIVA C
18. ALTERNATIVA A
19. ALTERNATIVA E
20. ALTERNATIVA B
21. ALTERNATIVA C
22. ALTERNATIVA B
23. ALTERNATIVA B
24. ALTERNATIVA A
25. ALTERNATIVA B