Noções de Direito Penal: Crimes Contra A Administração de Justiça - Parte I
Noções de Direito Penal: Crimes Contra A Administração de Justiça - Parte I
Noções de Direito Penal: Crimes Contra A Administração de Justiça - Parte I
Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................4
1. Reingresso de Estrangeiro Expulso.............................................................5
2. Denunciação Caluniosa.............................................................................7
3. Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção....................................... 12
4. Autoacusação Falsa................................................................................ 14
5. Falso Testemunho ou Falsa Perícia............................................................ 15
7. Coação no Curso do Processo.................................................................. 21
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Crimes Contra a Administração da Justiça – Parte I
Prof. Douglas Vargas
Introdução
que integram o capítulo III do Título XI do Código Penal (Crimes contra a Admi-
nistração Pública).
São crimes importantes, que guardam um pouco de relação com os demais cri-
Essa aula está dividida em mais de uma parte, haja vista a quantidade de deli-
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do estrangeiro que:
Art. 65. [...] de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política
ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedi-
mento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais
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estrangeiro que foi expulso do país, motivo pelo qual estamos diante de crime
próprio.
Merece especial atenção o termo reingresso. Sua utilização faz com que o art.
Consumação
território nacional.
tâneo em outra.
Não há previsão legal para a forma culposa do delito em estudo. A ação penal é
pública incondicionada.
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2. Denunciação Caluniosa
guém, fato definido como crime. A denunciação caluniosa, é muito mais grave: O
indivíduo não vai meramente imputar falsamente o crime a alguém, mas vai dar
de sua inocência.
Cuidado!
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Como observado no quadro acima, o tipo penal do art. n. 339 do CP tem por
É crime comum, praticável por qualquer indivíduo (não requer nenhuma condi-
ção especial do autor, ao contrário do que ocorre com o delito do art. n. 338 do CP,
Decreto-Lei n. 2.848/1940).
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É importante ressaltar que alguns fatos criminosos não irão repercutir apenas
cíveis). por esse motivo que, embora o art. n. 339 do Código Penal também tenha
Ademais, note que a denunciação caluniosa requer que a vítima seja determi-
nada e efetivamente inocente para sua caracterização. O dolo deve ser direto,
haja vista que o autor do delito deve ter certeza de que o acusado de praticar
a conduta é inocente.
Denunciação caluniosa
§ 2º – A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
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ta que a vítima será inocente em ambos os casos. Nesse sentido, cabe observar que
a doutrina entende que até mesmo imputar a prática de um crime mais grave
Por exemplo:
Quadro comparativo
pelos examinadores.
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Forma Culposa
Não há previsão.
Consumação
ou da ação de improbidade.
o delito.
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A tentativa é admissível.
Formas especiais
O delito previsto no art. n. 339 do Código Penal possui uma forma majorada e
uma forma minorada. A forma minorada, você já conhece: Quando o fato imputado
Por fim, cabe observar que o art. n. 339 do CP nos apresenta um delito cuja
Outro delito que tutela a Administração da Justiça está descrito no art. n. 340
do Código Penal (Decreto-Lei n. 2.848/1940), que tem por objetivo evitar a inse-
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Em primeiro lugar, como já foi observado nessa aula, o delito previsto pelo art.
n. 340 do Código Penal não se confunde com a denunciação caluniosa, haja vista
340, não há acusação contra pessoa alguma, e sim uma comunicação de crime ou
Note ainda que não basta realizar a comunicação para qualquer pessoa – deve
ser provocada a ação de uma autoridade que tenha poderes para iniciar as apura-
ções do delito.
razão do fato falsamente comunicado para que se configure o delito, do qual trata
Forma Culposa
Consumação
municação realizada.
A tentativa é admissível.
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4. Autoacusação Falsa
É também um crime comum, que pode ser praticado por qualquer indivíduo.
da Justiça.
Forma Culposa
Consumação
trário do que acontece com o delito de comunicação falsa de crime, não há a ne-
sistente (como, por exemplo, na autoacusação feita por escrito, através de carta,
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Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito poli-
cial, ou em juízo arbitral:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Agora sim, um delito com uma pena cominada muito mais séria, haja vista que
crime próprio, visto que exige uma característica especial do autor para ser prati-
cado (não pode, portanto, ser cometido por qualquer pessoa). O sujeito ativo deve
Testemunhas
a depor (art. n, 206, do CPP) e as testemunhas que estão proibidas de depor (art.
207, do CPP):
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Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício
ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada,
quiserem dar o seu testemunho.
que, uma vez que a testemunha decida comparecer em juízo para prestar seu de-
CP, não há concurso de pessoas quando um indivíduo oferece vantagem para que a
qual o corruptor incorrerá nas penas do art. n. 343 do Código Penal, e o corrompido
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Consumação
Forma Culposa
Não há previsão.
Forma Majorada
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Retratação
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o
ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Via de regra, a doutrina entende que a retratação tem caráter pessoal, não se
Observações Relevantes
de falso testemunho.
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prete
Outro delito comum (praticável por qualquer pessoa), e que atinge à Admi-
indivíduo que dá, oferece ou promete dinheiro ou vantagem para que o indivíduo
no entanto, a corrupção ativa da testemunha apresenta uma conduta com uma fina-
testemunho?
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Forma Culposa
Consumação
plurissubsistente, como ocorre com a oferta de vantagem por carta ou correio ele-
Forma Majorada
Existe ainda uma previsão de forma majorada do delito, que aumenta a pena de
vos inquéritos.
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Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio
ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chama-
da a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Por exemplo:
É importante notar que o delito descrito no art. 344 do Código Penal (Decre-
pelas lesões corporais ou pela ameaça, a depender do caso – e não pela coação.
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Forma Culposa
Consumação
gido pratique a ação esperada pelo autor – tal resultado será mero exaurimento.
A tentativa é admissível.
Observações
Lembre-se que o tipo penal prevê que a pena para a coação no curso do pro-
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Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legíti-
ma, salvo quando a lei o permite:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à
violência.
Esse delito é bastante interessante – e seu conceito é muito querido pelos exa-
O delito se configura quando o indivíduo busca fazer justiça pelas próprias mãos,
quando não lhe cabe fazê-lo (haja vista a expressão: salvo quando a lei o permite,
devemos buscar o Estado para satisfazer nossas pretensões – e não resolver o as-
sunto por conta própria. Quando isso não ocorre, em regra, podemos incorrer no
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Veja que não houve mera subtração ou apropriação de um bem de Arya. Sansa
simplesmente fez “justiça com as próprias mãos”, ao satisfazer uma pretensão le-
A pretensão do autor, no delito do art. n 345 do Código Penal, deve ser legítima.
Forma Culposa
Consumação
Existe polêmica na doutrina, haja vista que parte dela entende que o delito se
Já para outra parte, trata-se de delito formal, que se consuma com o mero
emprego de meio arbitrário. Para fins de prova, recomenda-se adotar este últi-
mo, muito embora dificilmente tal assunto será cobrado, por conta da divergência
doutrinária envolvida.
Observações
Assim como ocorre em alguns outros delitos desta aula, o legislador previu o
concurso material entre o exercício arbitrário das próprias razões e a violência fí-
vias de fato.
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Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de
terceiro por determinação judicial ou convenção:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
coisa. A conduta consiste em tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria que
Forma Culposa
Consumação
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como estelionato processual, por conta de sua semelhança com o delito de estelionato.
tração da Justiça) e com uma conduta muito mais específica, que tem como obje-
É um crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive por
Note que, embora o tipo penal do art. n. 347 do Código Penal fale apenas em pro-
fraude processual no âmbito de processo penal, a pena deve ser aplicada em dobro:
lionato e os de fraude processual, para que não restem dúvidas na hora da prova.
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Forma Culposa
Consumação
A tentativa é possível.
Forma Majorada
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Observações
Cuidado para não confundir o delito de fraude processual com o art. n. 312 do
do Desarmamento.
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RESUMO
expulso.
• É crime próprio.
o território nacional.
• Admite a tentativa.
Denunciação Caluniosa
sabe inocente.
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• Além disso, cabe observar que a doutrina entende que até mesmo imputar a
• A tentativa é possível.
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Código Penal!
• O delito citado no art. n. 340 do Código Penal não se confunde com a denun-
ciação caluniosa, haja vista que, no art. n. 339 (também do CP), a acusação
não existiu.
Autoacusação Falsa
• É crime próprio.
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• Vítima não é testemunha e não pode ser responsabilizada pelo delito em es-
interpretação.
duo antes de iniciado o processo, por exemplo, deverá responder pelas lesões
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a vítima.
Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de ter-
• Trata-se de crime próprio, cujo sujeito ativo só pode ser o proprietário da coisa.
suprime o objeto.
Fraude Processual
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QUESTÕES DE CONCURSO
de exploração de prestígio.
inocente.
pessoa pode ser sujeito ativo do delito de sonegação de papel ou objeto de valor
probatório.
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gado pode ser sujeito ativo dos delitos de patrocínio infiel e exploração de prestígio.
Constitui crime de patrocínio infiel solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
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nistração da justiça.
verificado.
afirmar que ocorre o crime de denunciação caluniosa quando o sujeito ativo provo-
perito.
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no intuito de prejudicar seu desafeto, o delegado de polícia civil da cidade, cuja atu-
eles o de corrupção passiva, sabendo que tais fatos não ocorreram. No intervalo
Nesse caso, Cabelo de Anjo responderá pelo delito de calúnia, na forma consumada.
so administrativo, mediante suborno, faz afirmação falsa fica sujeito às penas pre-
tor, por estar com muito ciúme do mesmo, por este ter arranjado uma nova namo-
rada, resolve ir à Delegacia de Polícia e inventar uma história dizendo ter sido agre-
dida por Vitor. Maria, que em momento algum sofreu qualquer agressão por parte
agressão por parte de Vitor e mostra algumas marcas que possuía. Essas na verda-
de, foram em razão de uma queda de bicicleta. O Delegado, diante dos fatos, toma
delito e, logo em seguida, instaura o Inquérito Policial para apurar melhor os fatos.
Diante do quadro acima descrito, é correto afirmar que Maria praticou o delito de
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senta como a autora do delito. Em tese, é correto afirmar que “X” praticou o crime
de autoacusação falsa.
de, atropelou um pedestre que, em razão dos ferimentos, veio a falecer. Seu pai,
“G”, em atitude altruísta, assume a autoria do crime. “G” teria, em tese, praticado
xar de ser punível se, antes da sentença, no processo em que ocorreu o ilícito, o
É correto afirmar que a previsão legal citada se aplica ao crime de fraude proces-
sual.
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DA) O crime de falso testemunho pode ser praticado de forma culposa, excepcio-
DA) O crime de falso testemunho não se caracteriza quando versar sobre tema
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GABARITO
1. C 25. E
2. E 26. E
3. E 27. C
4. E 28. C
5. E 29. E
6. C 30. C
7. E
8. E
9. E
10. E
11. C
12. E
13. E
14. C
15. E
16. C
17. E
18. E
19. E
20. E
21. E
22. E
23. C
24. E
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GABARITO COMENTADO
Certo.
De fato, nesses casos a pena será diminuída, por expressa previsão contida no art.
Denunciação caluniosa
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instau-
ração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administra-
tiva contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela
Lei n. 10.028, de 2000)
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contraven-
ção.
de exploração de prestígio.
Errado.
É claro que não. Conforme estudamos, nesse caso o sujeito ativo pode ser qualquer
pessoa que alegar possuir influência sobre o servidor público em questão, com o
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Errado.
inocente.
Errado.
configura o delito do art. 339, porém, com pena diminuída, nos termos de
Denunciação caluniosa
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instau-
ração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administra-
tiva contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela
Lei n. 10.028, de 2000)
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de
nome suposto.
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
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pessoa pode ser sujeito ativo do delito de sonegação de papel ou objeto de valor
probatório.
Errado.
Na verdade, o delito do art. 359 do CP é crime próprio, cujo sujeito ativo é o ad-
vogado ou procurador:
Certo.
Exatamente. É o que prevê o art. 348 do CP. A única peculiaridade é que a pena
para esse delito varia conforme o tipo de pena que é cominada ao delito. Se for a de
reclusão, o autor irá incidir no caput. Se for de detenção ou prisão simples, incidirá
Favorecimento pessoal
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é
cominada pena de reclusão:
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Pena – detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
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gado pode ser sujeito ativo dos delitos de patrocínio infiel e exploração de prestígio.
Errado.
Rogério Sanches (Manual de Direito Penal – Parte Especial, 2015, p. 886) ensina
que “embora crime comum, isto é, possível de ser praticado por qualquer pessoa,
Errado.
mento, ainda não haverá tempo para saber se o delito irá exercer influência na
Errado.
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Constitui crime de patrocínio infiel solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
Errado.
Mais uma vez o examinador confunde os conceitos de dois delitos. Nessa assertiva,
Certo.
Com certeza. É o que prevê expressamente o parágrafo único do art. 357 do CP:
Exploração de prestígio
Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir
em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, in-
térprete ou testemunha:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que
o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
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Errado.
Mas é claro que tal conduta também configura o delito de coação no curso do pro-
cesso. Veja que o art. 344 do CPP dispõe expressamente sobre sua aplicabilidade
ao processo administrativo:
Errado.
mente, também configura o delito do art. 355, entretanto, em sua forma equipa-
mesmas penas:
Patrocínio infiel
Art. 355. Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudi-
cando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa.
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nistração da justiça.
Certo.
Com certeza. Trata-se da conduta prevista no art. 349-A, a qual é um dos delitos
Errado.
não configurará o delito, haja vista que o tipo penal faz menção apenas a crime.
Autoacusação falsa
Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por ou-
trem:
Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
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Certo.
verificado.
Errado.
ção falsa de crime e contravenção (art. 340 do CP). Muitas questões seguem essa
dinâmica, eis o motivo pelo qual é tão importante ler a letra da lei de forma com-
afirmar que ocorre o crime de denunciação caluniosa quando o sujeito ativo provo-
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Errado.
Mesmo assim, ainda que o examinador tivesse feito isso, faltaria o requisito de que
o agente deve dar causa, sabendo que a vítima é inocente. Afinal de contas, dar
perito.
Errado.
no intuito de prejudicar seu desafeto, o delegado de polícia civil da cidade, cuja atu-
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eles o de corrupção passiva, sabendo que tais fatos não ocorreram. No intervalo
Nesse caso, Cabelo de Anjo responderá pelo delito de calúnia, na forma consumada.
Errado.
procedimento criminal contra indivíduo que sabia ser inocente, de modo que deve-
caluniosa, visto que o delito se consuma apenas com a devida instauração do pro-
Dessa forma, como, por circunstâncias alheias à vontade de Cabelo de Anjo, tal
carta não chegou ao conhecimento do MP, a resposta correta para a assertiva seria
so administrativo, mediante suborno, faz afirmação falsa fica sujeito às penas pre-
Errado.
nho, e não de favorecimento pessoal, motivo pelo qual a assertiva está incorreta.
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tor, por estar com muito ciúme do mesmo, por este ter arranjado uma nova na-
morada, resolve ir à Delegacia de Polícia e inventar uma história dizendo ter sido
agredida por Vitor. Maria, que em momento algum sofreu qualquer agressão por
sofrido agressão por parte de Vitor e mostra algumas marcas que possuía. Essas na
verdade, foram em razão de uma queda de bicicleta. O Delegado, diante dos fatos,
corpo de delito e, logo em seguida, instaura o Inquérito Policial para apurar melhor
os fatos.
Diante do quadro acima descrito, é correto afirmar que Maria praticou o delito de
Errado.
Ora, Maria claramente imputou um fato criminoso específico a uma pessoa também
do era inocente.
senta como a autora do delito. Em tese, é correto afirmar que “X” praticou o crime
de autoacusação falsa.
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Certo.
Essa é uma questão que pode te confundir se você ficar muito afoito(a) na hora de
de, atropelou um pedestre que, em razão dos ferimentos, veio a falecer. Seu pai,
“G”, em atitude altruísta, assume a autoria do crime. “G” teria, em tese, praticado
Errado.
Altruísta, examinador? Foi longe, hein! Praticar um crime é muito diferente de ser
altruísta.
Mas, deixando a opinião pessoal de lado, como você já sabe, “G” praticou o delito
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Errado.
Lembre-se: uma vez que a comunicação de crime não imputou o ilícito a uma pes-
xar de ser punível se, antes da sentença, no processo em que ocorreu o ilícito, o
É correto afirmar que a previsão legal citada se aplica ao crime de fraude proces-
sual.
Errado.
O examinador pegou pesado, mas faz parte. Entre os delitos praticados contra a
Certo.
Uma regra muito útil na resolução de questões é a seguinte: tente evitar o hábito
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de deduzir informações que não foram incluídas pela banca. O examinador não tem
que dar a entender nenhuma informação. Ele deve afirmar, categoricamente, para
Ao dizer que o indivíduo agiu “por vingança”, o examinador nos faz supor que ele
o fato criminoso que jamais ocorreu a uma pessoa determinada, e não podemos,
Ele pode, por exemplo, ter comunicado falsamente o crime para se vingar do dele-
O que nós temos certeza é que houve uma comunicação de um delito que nunca
ocorreu a uma autoridade policial, o que, por si só, configura o delito de comunica-
Certo.
Questão muito fácil. Conforme estudamos, não existe forma culposa para o delito
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
Crimes Contra a Administração da Justiça – Parte I
Prof. Douglas Vargas
DA) O crime de falso testemunho pode ser praticado de forma culposa, excepcio-
Errado.
Cuidado aí! Não existe previsão da modalidade culposa para o delito de falso teste-
DA) O crime de falso testemunho não se caracteriza quando versar sobre tema
Certo.
É isso mesmo!
munho versar sobre temas irrelevantes, não se pode caracterizar o delito em estudo.
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