Relatório Análise Volumétrica

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Experimento 7: Análise Volumétrica

Djael Olimpio da Silva


Jonathan José Silva de Lima
Keliane Francielle dos Santos Nascimento

Maceió

Outubro/2019

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Djael Olimpio da Silva
Jonathan José Silva de Lima
Keliane Francielle dos Santos Nascimento

Experimento 7: Análise Volumétrica

Relatório requerido pelo Professor Alan John


Duarte de Freitas, da disciplina de Química Experimental,
para a obtenção de nota parcial no curso de Licenciatura em
Química, 2° período.

Maceió

Outubro/2019

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Sumário

1. Introdução 4
2. Objetivo 6
3. Materiais e Reagentes 6
4. Metodologia 6
5. Cálculos, Resultados e Discussões 7
6. Conclusão 7
7. Referências 8
8. Lista de Exercícios 8

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1. Introdução

O intuito da análise volumétrica é determinar a quantidade de substâncias


desconhecidas por meio de medidas de volumes, fazendo reagir quantitativamente com
uma solução de concentração conhecida (solução padrão) com a amostra cuja
concentração ou quantidade é desconhecida (CONSTANTINO, 2004). O volume da
solução de concentração conhecida será determinado quando ela reagir completamente
com a solução de concentração desconhecida, ou seja, as soluções envolvidas devem
reagir entre si.
A Titulação é uma das técnicas de laborátorio mais comuns de determinação da
concentração de um soluto. “Em uma titulação, o volume de uma das soluções é
conhecido, e mede-se o volume da outra solução necessário para a reação completa”,
por Atkins & Jones.
As titulações normalmente são titulações ácido-base, nas quais um ácido reage
com uma base, ou titulações redox, nas quais ocorre reação entre um agente redutor e
um oxidande.
A solução a ser analisada é chamada de analito, e a solução padrão é
denominada titulante. Nesta técnica, o titulante é vertido por uma bureta, que é
adicionado lentamente à solução problema (analito), que está em um erlenmeyer
adicionado de umas gotas de algum indicador químico, até que todo o analito tenha
reagido (Figura 1).
Figura 1 – Titulação ácido-base,
com indicador fenolftaleína.

O volume de titulante utilizado é a diferença das leituras dos volumes inicial e


final na bureta. O indicador químico adicionado ao analito ajuda a detectar o final da
reação, chamado de ponto estequiométrico, pois o excesso de titulante altera o pH do
analito, mudando sua coloração.

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Em uma titulação ácido-base, o analito é uma solução de uma base e o titulante,
a solução de um ácido, ou virse-versa. A reação entre um ácido e uma base é chamada
de reação de neutralização e o composto iônico produzido na reação é chamado de sal
(ATKINS, 2012). A forma geral de uma reação de neutralização de um ácido forte por
uma base forte em água é

ácido + hidróxido de metal  sal + água

A equação iônica simplificada para qualquer reação de neutralização é:


H3O+(aq) + OH-(aq)  2H2O(l)

No ponto estequiométrico, a quantidade de OH- (ou H3O+) adicionada como


titulante é igual a quantidade de H3O+ (ou OH-) inicialmente presente no analito. Ou
seja, as quantidades de matéria (n) de ácido e de base são iguais. Logo:

𝑛 = 𝑀 × 𝑉, onde M=concentração molar (mol/L), e V=volume da solução (L).

No ponto estequiométrico:

𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜  𝑀𝑏 × 𝑉𝑏 = 𝑀𝐴 × 𝑉𝐴

É possível calcular o pH de uma solução sendo titulada em cada ponto da


titulação, se forem conhecidas as concentrações do ácido e da base. O pH de uma
solução que está sendo titulada pode ser colocado em um gráfico sob forma de curva de
titulação, que mostra a variação do pH da solução em função de qualquer volume de
titulante adicionado (RUSSEL, 1994). Ver Figura 2.

Uma titulação em que um ácido forte é adicionado a uma base forte,


inicialmente, o pH cai lentamente. Quando o ponto estequiométrico se aproxima, ocorre
um decréscimo repentino do pH, passando pelo valor 7. Neste ponto, um indicador
muda de cor. Então a reação termina.

Figura 2 – Curva de pH x Volume de ácido adicionado

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2. Objetivo

Determinar a concentração de uma solução problema através de uma solução


previamente padronizada, por meio da análise volumétrica.

3. Materiais e Reagentes

1 – Balão volumétrico 100 mL 1 – Suporte universal

1 – Pipeta volumétrica 25 mL

3 – Erlenmeyer 250 mL Pisseta com água destilada

1 – Béquer 100 mL Solução HCl (concentração desconhecida)

1 – Bureta 25 mL Solução NaOH 0,1 M

1 – Pipetador 25 mL Indicador Fenolftaleína

4. Metodologia

4.1. Com o auxílio de uma pipeta de 25 mL, transferiu-se 25,0 mL de solução problema
(HCl) para um balão volumétrico de 100 mL e completou-se o volume (até o menisco)
com água destilada. Homogeneizou-se;

4.2. Retirou-se 25 mL desta solução do balão volumétrico, com o auxílio de uma pipeta
25 mL, e transferiu-se para o Erlenmeyer (este chamou-se de V1), e adicionou-se 2 gotas
de indicador fenolftaleína;

4.3. Transferiu-se 25 mL de solução de NaOH a 0,10 mol/L para a bureta de 25 mL


(presa ao suporte universal), utilizando um béquer de 100 mL.

4.4. Colocou-se o Erlenmeyer com a solução problema embaixo da torneira da bureta e


iniciou-se o gotejamento, agitando o Erlenmeyer até o término da reação.

4.5. Anotou-se o volume gasto de NaOH, este chamou-se de V2.

4.6. Repetiu-se o procedimento por mais 2 vezes.

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5. Cálculos, Resultados e Discussões.

Os volumes de NaOH necessários para a neutralização de 25 mL do ácido nos


três Erlenmeyers foram:

Erlenmeyer 1 Erlenmeyer 2 Erlenmeyer 3

Volume de NaOH (V2) 2,2 mL 2,4 mL 2,3 mL

Para um valor mais exato, fez-se a média destes volumes:


2,2+2,4+2,3
𝑉2 = → 𝑉2 = 2,3 𝑚𝐿 𝑁𝑎𝑂𝐻
3

Sabendo-se que no ponto estequiométrico, as quantidades de matéria de ácido e


de base são equivalentes, pode-se calcular a concentração molar do ácido (M1):

Reação: NaOH + HCl  NaCl + H2O

Dados: M2(NaOH) = 0,1 mol/L V2 = 2,3 mL V1 = 25 mL M1(HCl) = ?

𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜  𝑀1 × 𝑉1 = 𝑀2 × 𝑉2

𝑀1 × 25 = 0,1 × 2,3

0,23
𝑀1 =  𝑀1 = 9,2 × 10−3 𝑚𝑜𝑙/𝐿
25

Como foi feita a diluição da solução problema, esta concentração M1 é da


solução diluída. Utilizou-se a fórmula da diluição para encontrar a concentração da
solução problema:
𝑀 × 𝑉 = 𝑀1 × 𝑉1

𝑀 × 25𝑚𝐿 = (9,2 × 10−3 )𝑚𝑜𝑙/𝐿 × 100𝑚𝐿

0,92
𝑀=  𝑴 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟔𝟖𝒎𝒐𝒍/𝑳
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6. Conclusão

As técnicas de titulação são de grande importância para o profissional de


química, por permitir determinar a concentração de ácidos e bases e associá-los de
maneira sistemática aos conteúdos de química abordados. Porém, na realização de uma
experiência deste tipo, os resultados obtidos podem ser pouco exatos, o que se deve ao
facto de, experimentalmente, não encontrarmos o ponto de equivalência, mas sim o
ponto final da titulação. Uma determinação pouco exata do ponto de equivalência

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reflete-se num cálculo errado da concentração do titulado, já que o volume de titulante
gasto pode ter sido mal medido.

7. Referências

ATKINS, P; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio


ambiente. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

CONSTANTINO, M. G. Química Orgânica: Curso Básico Universitário. Vol. 3. São


Paulo: USP, 2006.

RUSSEL, J. B. Química Geral. 2ª ed. vol. 2. São Paulo: Pearson, 1994.

8. Lista de Exercícios

1° O que é uma análise volumétrica?

É a técnica analítica que permite determinar a concentração de uma solução de


concentração desconhecida através de outra de concentração previamente conhecida
(solução padrão), baseada na medida dos volumes das soluções reagentes.

2° Calcule o volume médio da titulação.


2,2+2,4+2,3
𝑉2 = → 𝑉2 = 2,3 𝑚𝐿 𝑁𝑎𝑂𝐻 necessários na titulação.
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3° Faça uma busca na literatura e explique o porquê de as análises serem


realizadas em triplicata.

É preciso esta repetição do procedimento para que haja uma redução da margem
de erro, e se obtenha valores mais precisos nas análises.

4° Determine a concentração de HCl na solução problema.

NaOH + HCl  NaCl + H2O

𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜  𝑀1 × 𝑉1 = 𝑀2 × 𝑉2 𝑀 × 𝑉 = 𝑀1 × 𝑉1

𝑀1 × 25 = 0,1 × 2,3 𝑀 × 25𝑚𝐿 = (9,2 × 10−3 )𝑚𝑜𝑙/𝐿


× 100𝑚𝐿
0,23
𝑀1 =  𝑀1 = 9,2 × 10−3 𝑚𝑜𝑙/𝐿
25 0,92
𝑀=  𝑴 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟔𝟖𝒎𝒐𝒍/𝑳
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