TCC. Final - Santos Peleque PDF
TCC. Final - Santos Peleque PDF
TCC. Final - Santos Peleque PDF
1
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
ENGENHARIA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
BEIRA
2019
ii
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
ENGENHARIA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
BEIRA
2019
iii
Declaro que o trabalho previsto no âmbito do seu Relatório de Estágio foram concluídos
com sucesso.
__________________________________________
iv
DECLARAÇÃO
Eu Santos João Peleque declaro por minha honra, que o presente trabalho com o tema,
Estudo dos Parâmetros Físicos-Químicos do Mosto da Cerveja Impala Milho e suas
Influências no Processo de Fermentação, é o resultado de um estágio laboral na fábrica
de cervejas – CDM, complementado com uma investigação e que os factos nele
apresentados são da minha autoria e está a ser submetida para a obtenção do grau de
Licenciatura em Engenharia de Processos Industriais na Universidade Zambeze, Beira.
Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em
nenhuma outra universidade.
O autor
__________________________________________
v
DEDICATÓRIA
Em memória da minha mãe (Adelaide Tavares) que muito cedo partiu para junto do
nosso senhor.
Dedico o presente trabalho a toda minha família de modo particular a meu pai (João
Peleque) e a meu irmão mais velho (Herminio João Peleque), pois são fonte da minha
inspiração.
vi
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais João Peleque e Adelaide Tavares, pela confiança e apoio incansável
desde o meu primeiro ano de escolaridade até já. Pelo pouco do seu ensinamento e
sobretudo por ter sido uma mãe maravilhosa em todos os dias da sua vida. Que Deus a
tenha. Aos meus queridos irmãos Herminio Peleque, Gonçalves Peleque, Anselmo
Peleque, Stela Peleque, Osvaldo Peleque e Márcia Carlos, de modo particular ao
Herminio pela confiança e apoio desde moral e material.
Ao meu supervisor Eng.º Nicolau Penicela Rafael Chirinza, distante dele com muita
paciência e sempre esteve disponível para esclarecer as dúvidas ao longo de estágio e
realização do trabalho. A todos os docentes do Departamento de Engenharia de
Processos Industriais pelo conhecimento transmitidos.
Aos meus colegas da turma, amigos e companheiros pela presença deles na minha vida
facilmente tornaram meus familiares (Nelson Nipasse, Ramadane Omar, Tiago Capito,
Zacarias Manharage, Pitódia Meneses, John Mary, Artemisa Ali, Elton Samuel, Etelvina
Cipriano, Oldenil Juliasse, Herminigildo Anselmo, Walter Caetano, Marcelino
Mahicuamala, Tivane Jemusse) pelo apoio e forças dado para continuar e mostrar
verdadeiramente o meu potencial.
vii
ÍNDICE
DECLARAÇÃO ............................................................................................................... v
DEDICATÓRIA ................................................................................................................vi
1.2. OBJECTIVOS........................................................................................................... 3
viii
2.2.2. Quanto a cor.......................................................................................................... 8
2.3. Matérias-primas........................................................................................................ 9
ix
3.1. Local de estágio ..................................................................................................... 23
4.1.2. Resultados das análises dos parâmetros físico-químicos da cerveja impala milho
no fim do processo de fermentação. ............................................................................. 47
x
4.1.2.3. Análise do pH no final do processo de fermentação ........................................ 50
RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................... 57
APÊNDICES ................................................................................................................. 61
ANEXOS ....................................................................................................................... 71
Glossário ....................................................................................................................... 74
xi
Resumo
A cerveja é uma bebida que resulta de um processo biotecnológico, tradicionalmente
descontínuo, que envolve etapas de processos bioquímicos e enzimáticos realizados
com o apoio de diversas operações unitárias. Uma das etapas com maior influência na
qualidade do produto final é a de fermentação, embora ela depende de um processo
bem-sucedido nas etapas anteriores, sendo importante o monitoramento de todos os
parâmetros de modo a se obter um produto com qualidade desejada. O presente trabalho
tem como objectivo estudar os parâmetros físico-químicos do mosto da cerveja impala
milho e suas influências no processo de fermentação, resultante de um estágio na fábrica
Cervejas de Moçambique-Nampula num período de cinco (5) meses fortificado com
experiencia profissional. Para análise dos parâmetros empregou-se os métodos
recomendados por THE INSTITUTE OF BREWING AND DESTILLING, (2008), foram
analisados do mosto, Extracto Original, Extracto Limite, pH e a cor, constituindo as
entradas a fermentação, enquanto para o controlo do processo e final da fermentação,
foram analisados o Teor de Álcool, Extracto Real, pH, coloração e Grau Real de
Fermentação. A apresentação dos resultados foi feita a partir de tabelas e gráficos de
carta de controlo para variáveis, a interpretação dos mesmos foi baseado com a norma
ISO (8258). Os valores dos variáveis analisados foram comparados com os padrões da
fábrica e internacionais.
xii
Abstract
xiii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE FIGURA
Figura3.2:Ilustração de um agitador………………………………………………………..35
Figura3.4:Ilustração de um pH metro……………………………………………………….36
Figura3.5:Ilustração de espetrofotómetro………………………………………………….37
LISTA DE GRÁFICO
xiv
Gráfico 4.14: Carta de controlo das amplitudes de pH de cervejaem diferentes tanques
de fermentacao ............................................................................................................. 51
Gráfico 4.15: Carta de controlo das médias da cor de cervejaem diferentes tanques de
fermentacao .................................................................................................................. 52
Gráfico 4.16: Carta de controlo das amplitudes da cor da cervejaem diferentes tanques
de fermentacao ............................................................................................................. 52
Gráfico 4.17: Carta de controlo das médias de RDF no fim da fermentação em diferentes
tanques de fermentacao................................................................................................ 53
Gráfico 4.18: Carta de controlo das amplitudes de RDF no fim da fermentação em
diferentes tanques de fermentacao ............................................................................... 54
xv
LISTA DE SÍMBOLOS
h – Horas
oC – Graus Celcius
oP – Graus Platôs
R - Amplitude
X – Variável analisado
LISTA DE ABREVIATURAS
2M – Mac Mahon
a.C. – Antes de Cristo
AB InBev - Anheuser-Bush InBev
ATP Adenosina Trifosfato
BBT – Tanques de cerveja acabada
CDM – Cervejas de Moçambique
CIP - Clean In Place
EBC - European Brewery Convention
EI – Especificação inferior
ES – Especificação superior
FAN - Compostos de Nitrogénio Livres
FIPAG – Fundo de investimento património e abastecimento de água
FV – Tanques de fermentação
hL – hectolitro
ISO - Organização Internacional de normalização
Kg – Quilograma
LCC - Limite central de controlo
LCI - Limite de controlo inferior
LCS - Limite de controlo superior
xvi
LE – Extracto limite
OE – Extracto original
pH – Potencial de Hidrogénio
RDF – Grau Real de Fermentação
SV – Tanques de maturação
xvii
CAPITULO I: ELEMENTOSINTRODUTÓRIOS
1.1. Introdução
1
curso para a obtenção do grau de licenciatura no curso de Engenharia de Processos
Industriais ministrado na Universidade Zambeze - Faculdade de Ciências e Tecnologias.
2
1.2. OBJECTIVOS
3
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Cerveja é uma bebida que contém compostos que lhe conferem um valor nutritivo
elevado, como antioxidantes, minerais, algumas vitaminas, fibra e possui, para além
disso, um baixo teor alcoólico (BAMFORTH, 2009).
4
Entretanto a cerveja é o resultado de um processo biotecnológico, tradicionalmente
descontínuo, que engloba um conjunto de processos bioquímicos e enzimáticos,
realizados com o apoio de diversas operações unitárias.
A cerveja é uma bebida com milhares de anos de existência, produto da mais antiga
actividade biotecnológica de que há na memória, produzida de um modo empírico desde
os tempos da babilónia antiga, (DA ROCHA, 2014).
5
2.1.3. História da cerveja em Moçambique
Em 2017 SABMiller vendeu sua parte maioritária das acções para companhia belga-
brasileira AB Inbev, contudo a companhia AB Inbev opera com as três fábrica
nomeadamente de Maputo, Beira e Nampula, brevemente a companhia contará com
uma nova fabrica e a maior de todas que esta na fase de implantação no distrito de
Marracuene, província de Maputo.
6
Os produtos produzidos nessa empresa são distribuídos por uma rede de depósitos
e distribuidores independentes em todo o país. Possui diversas variedades de marcas
de bebidas alcoólicas tais como 2M, Laurentina Preta, Manica, Impala Milho e Mandioca,
e internacionais como Castle Lite, Grolsch e Flying Fish. Actualmente, a CDM- Nampula
produz cinco marcas nomeadamente Impala Milho com 3.5% de álcool, 2M com 4.5% de
álcool, Manica com 5% de álcool, Laurentina preta com 5% e Impala Mandioca com 5.5%
de álcool.
De forma geral pode-se afirmar que existem duas grandes famílias de cerveja as "
Ales e Lagers " (LIMA et al, 2011). A principal diferença entre elas é o tipo de fermentação
empregada no processo.
Para DENNIS (2004, apud LILANDOMA, 2012), as cervejas podem ser classificada:
Cerveja leve, a que apresentar extracto original igual ou maior a7,0% e menor a
11,0%, em peso;
Cerveja comum, a que apresentar extracto original igual ou maior a 11,0% e
menor a 12,5% em peso;
7
Cerveja extra, a que apresentar extracto original igual ou maior a12,5% e menor
a 14,0%, em peso;
Cerveja forte, a que apresentar extracto original igual ou maior a14,0%, em
peso.
Cerveja clara, a que tiver cor correspondente a menos de 15 unidades EBC (European
Brewery Convention);
Cerveja sem álcool, quanto seu conteúdo em álcool for menor que 0,5% em volume,
não sendo obrigatório a declaração no rotulo do conteúdo alcoólico.
Cerveja com álcool, quando seu conteúdo em álcool for igual ou mais a 0,5% em volume
sendo obrigatoriamente constar no rótulo o percentual de álcool em volume, sendo:
Cerveja de baixo teor alcoólico a que tiver mais de 0.5% ate 2.0% de álcool;
Cerveja de médio teor alcoólico a que tiver mais de 2.0 ate 4.5% de álcool;
Cerveja de alto teor alcoólico a que tiver mais de 4.5 a 7.0% de álcool.
Cerveja puro malte, aquela que possui 100% de malte, em peso sobre o extracto
original, como fonte de açúcares;
Cerveja, aquela que possuir proporção de malte maior ou igual a 50%, em peso
sobre o extracto original, como fonte de açúcares;
8
Cerveja com o nome do vegetal predominante, aquela que possuir proporção
de malte maior do que 20% e menor do que 50%, em peso sobre o extracto
original, como fonte de açúcares.
2.3. Matérias-primas
2.3.1. Malte
9
importância na formação da espuma (LIMA, BASSO & AMORIM2001; ARAÚJO, DE
OLIVEIRA&SERRANO, 2015).
2.3.2. Lúpulo
10
essenciais do lúpulo aromático (DA COSTA, 2014). Os alfas-ácidos vão ser oxidados
durante a fase de fermentação, influenciando o envelhecimento da cerveja.
2.3.3. Água
2.3.4. Levedura
11
BRIGGS, BOULTON, BROOKES&STEVENS, 2004; WILLAERT, 2007, apud Da Costa
2014).
2.3.5. Adjuntos
Adjuntos podem ser genericamente definidos como produtos ou materiais que
fornecem carboidratos e proteínas ao mosto cervejeiro, este tipo de materiais podem ser
cereais preparados (como por exemplo, flocos de milho ou arroz, farinha de trigo, grits
de arroz ou milho) ou podem ser extractos de malte, açúcares ou xaropes. Eles poderão
substituir de forma parcial o malte de cevada e assim impactar nas características físico-
químico e organolépticas da cerveja, devendo-se constantemente preservar qualidade
da cerveja. Não há regra geral com relação à utilização de adjunto, cada cervejeira defini
a proporção malte/adjunto para cada tipo de cerveja que produz (ALMEIDA & SILVA,
2015; BANDINELLI, 2005; DA COSTA, 2014; DE OLIVEIRA et al, 2015).
Os cereais preparados devem ser misturados com o malte no processo de produção
de mosto, para que o amido dos adjuntos seja hidrolisado pelas enzimas presentes no
malte. Por outro lado, os extractos de malte, açúcares ou xaropes podem ser adicionados
na caldeira de ebulição, providenciando mais extracto, concentrando o mosto, diluindo o
nitrogénio solúvel e ajustando a fermentabilidade do mosto (DA COSTA, 2014).
Para além dos adjuntos cervejeiros, algumas fábricas cervejeiras optam por usar
alguns químicos que ajuda a melhorar os parâmetros durante a empastagem, como é o
caso dos ácidos, bases e sais para ajuste do pH, e aumento de iões cálcio para controlar
a quantidade de cálcio no momento da conversão, as enzimas sintética para maior
desempenho da conversão (LILANDOMA, 2012).
O processo de fabricação da cerveja passa por diversas etapas e cada uma pode
ser realizada de diferentes maneiras, o conhecimento profundo de cada etapa é
importante para evitar problemas nas etapas subsequentes. Lima et al, (2001), afirma
12
que o processamento industrial de cerveja pode ser dividido em três fases, a saber: produ
ção do mosto, fermentação e acabamento ou pós-tratamento da cerveja.
2.4.1.1. Moagem
13
Nesta etapa irá ocorrer a mistura do malte moído com a água, nas proporções e na
temperatura e pH correcta de modo a obter-se o empaste (mistura da água com o malte
ou adjuntos), que vão sofrer degradação por acção enzimática, a uma temperatura
controlada. Durante esses períodos de estabilização vão existir alterações bioquímicas
necessárias à obtenção de extracto (ARAÚJO, 2013; BRIGGS et al, 2004). Os patamares
de estabilização podem ser realizados nas seguintes temperaturas (WILLAERT, 2007):
14
processo fermentativo. Esta conversão é denominada por sacarificação e ocorre a
temperaturas mais elevadas, cerca de 75°C (ESSLINGER &NARZISS, 2005
O'ROURKE, 2002; EBC, 2007 apud ARAÚJO 2013).
A ebulição do mosto tem por finalidade extrair o aroma e o gosto amargo do lúpulo,
dissolver o adjunto açucarado (quando for usado), esterilizar, desenvolver cor, inactivar
enzimas e coagular proteínas presentes no mosto, bem como aumento da concentração
de extracto através da evaporação da água e diminuição do pH. Durante essa etapa, o
lúpulo é adicionado e ácidos insolúveis são extraídos e convertidos em iso-alfa-ácidos,
com solubilidade maior, sendo que a reacção é acelerada com o aumento de temperatura
15
(LIMA et al 2001, RIBEIRO 2016).O tempo da ebulição depende do tipo de cerveja a ser
fabricada.
16
2.4.2. Processo de fermentação
17
sabor. Embora a maioria dos subprodutos formado durante a fermentação contribuam
positivamente para o sabor, alguns que influenciam negativamente também são
metabolizados, como o diacetil, diketonas e compostos sulfurados, os quais são em sua
maioria eliminados ainda durante a fermentação (PINTO, KATER, WIKERT & SCHMIDT,
2017).
Mosto
As características do mosto tem uma influência directa sobre os resultados da
fermentação, para garantir o metabolismo da levedura e necessário conhecer a
composição do mosto em relação a:
18
b) Extracto Limite: Indica nível ao qual a fermentação poderá ir e
consequentemente o álcool e o nível de açúcar que poderá remanesce ao final da
fermentação (açúcares não fermentescíveis).
Aeração/ Oxigenação
Ao mosto deseja-se que seja de maior claridade possível e se assegure que não
haja partículas de trub que possam cobrir a célula de levedura e interferir na acção de
fermentação. Haja redução da quantidades de lípidos que poderiam levar a multiplicação
excessiva de células de levedura, afectar negativa na qualidade da espuma e na
estabilidade do sabor por mecanismos de oxidação dos lípidos.
Temperatura
Cada cerveja tem o seu próprio perfil de fermentação (tempo em função da
temperatura) e a temperatura de partida para esta é crítica
Volume
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dar uma indicação do extracto total. Obviamente, se for baixo em seguida, a gravidade
é alto ou pode haver perda de extracto na cervejaria. Se o volume for alto, então isso
pode levar a um excesso de espuma no fermentador com a perda de cerveja associado
e perda de potencial de espuma.
Adição de levedura:
Como a fermentação alcoólica tem o seu início devido á intervenção das leveduras,
por isso a quantidade de células vivas de levedura devem ser acordado e estabelecida
de acordo com as características da marca.
20
2.4.2.1. Maturação da cerveja
Depois de estável, a cerveja deve ser filtrada para remover a levedura residual e as
restantes partículas em suspensão, de modo a clarificar a cerveja, tornando-a mais
brilhante. Esta é a última fase de produção de cerveja antes do enchimento (BRITGGS
et al., 2004).
Para realizar-se a filtração da cerveja conta-se com diversos tipos de meio filtrante,
sendo os mais comuns os filtros de velas verticais ou placas horizontais, além do uso de
terra diatomácea utiliza-se também (denominada Kiesselguhr) como elemento auxiliar à
filtração. Pode haver ainda uma etapa final, de filtração com filtro de cartucho, para
polimento, no final, são adicionados aditivos como agentes estabilizantes, corantes ou
açúcar, para o acerto final do paladar do produto. Antes de ser enviada para o
enchimento ajusta-se o valor de dióxido de carbono através da injecção do mesmo
21
produzido durante a fase de fermentação, de acordo com o tipo de cerveja que se deseja
produzir (LILANDOMA, 2012).
A cerveja após filtrada é depositada em tanques de cerveja pronta, na qual pode ser
engarrafada em latas, garrafas ou barris. Para finalizar a produção de cerveja e garantir
a sua estabilidade sensorial e microbiológica, esta sofre uma pasteurização. A
pasteurização pode ocorrer depois que a cerveja ser engarrafada, num túnel de
pasteurização ou antes de ser engarrafada, pasteurização flash (BRIGGS et al., 2004).
Por sua vez ela pode ser esterilizada por pasteurização ou ultra filtração. A
pasteurização é realizada em túneis onde a temperatura é elevada até cerca de 60ºC e
mantém-se por período necessário para garantir a destruição dos microrganismos, sendo
em seguida resfriada a temperatura ambiente.
22
CAPITULO III: METODOLOGIA
23
utilizada é fornecida pela FIPAG, antes de uso primeiro é tratada internamente na
estação de tratamento de água da fábrica, aliada ao sector das utilidades do
departamento de energias e fluidos. Ver no apêndice II fluxograma de tratamento da
água.
A pós o tratamento da água segue a primeira etapa de produção da cerveja que
inicia com a produção do mosto, seguida pela fermentação que é dividida em duas fases,
a fase primária que dura 6 a 8 dias e a fase secundária (maturação) leva 3 a 4 dias, no
final da maturação a cerveja vai ser filtrada através de filtro de velas com auxílio dos pós
filtrante, com objectivo de remover a levedura residual e outras partículas suspensas.
24
De modo geral é dessa forma que é fabricada a cerveja impala milho. Ver no
apêndice III fluxograma de produção.
25
I. Moagem
II. Empastagem
O processo de empastagem inicia na caldeira de adjuntos (adjunct cooker), nessa
unidade ocorre a mistura do grits de milho com 95hl de água a uma temperatura que
varia de 45 a 55 oC, durante a mistura é adicionado 6kg de sulfato de cálcio, que garante
a concentração de íons cálcio (Ca2+) estes íons presente na mostura protege a actividade
da alfa amílase e melhora a filtrabilidade do mosto, a mistura é homogenezada cerca de
10 minutos, de seguida colhe-se amostra para proceder-se com análise do pH. Caso o
pH esteja fora de 5,40 a 5,80 faixa aceitável na empastagem para actuação das enzimas
é ajustado pela adição de ácido lático caso o pH esteja alto, caso contrário adiciona-se
hidróxido de cálcio.
26
condições necessárias para a activação das enzimas, responsáveis pela conversão do
amido na maior quantidade de extracto possível, durante a empastagem são feitas dois
estacionamentos o primeiro a 65 oC e o segundo a 85 oC. Após o segundo
estacionamento segue-se com o teste de sacarificação, que consiste na retirada de
colhe-se amostra para a análise da sacarificação que é feita através do teste de iodo
quando a pasta não sacarifica obtém-se uma solução de tons azul/roxo entretanto se
sacarifica o iodo não reage e obtém-se uma solução amarela/castanha. (Ver no apêndice
IV).
Após a sacarificação ser confirmada o que dita todo o amido converteu-se em açúcar
passa-se para a outra fase que é filtração.
Após de atingir o volume total do filtrado (primeiro mosto) para marca impala milho
vária de 115 a 130hl, inicia-se a lavagem da camada filtrante (bagaço) que consiste em
adicionar 135hl em média de água quente a 85⁰C para recuperar todo extracto
remanescente na camada filtrante. Restando 5hl para completar o volume total de
lavagem (segundo mosto) colhe-se outra amostra para fazer a leitura do pH quantidade
de extracto mínimo existente e a partir dele pode-se calcular as quebras de extracto e as
possíveis causas. A filtração e lavagem leva de 3 a 4 horas de tempo.
27
No momento em que ocorre a filtração do mosto, o mesmo é transferido para o
tanque de espera (Wort collect vesel), para posterior ser pré-aquecimento no permutador
de calor (de placas), que transfere calor para o mosto durante a transferência para a
caldeira de ebulição com a água quente que sai do tanque de recuperação de energia,
cuja temperatura ronda entre 96 a 98 oC.
I. Propagação
29
II. Processo de fermentação
30
contagem da levedura é feito na base diária até ao fim da maturação. Basicamente, o
yeast count consiste em contar as células de leveduras utilizando um microscópio óptica,
com o objectivo de avaliar e controlar a multiplicação das leveduras, de modo a cerveja
seja filtrada posteriormente com o mínimo possível de levedura tendo ≤ 2. 106 de células.
𝑌
𝑌𝑒𝑎𝑠𝑡 𝑐𝑜𝑢𝑛𝑡 = ( ) . 25. 104 Equação 3.1
𝑍
Onde:
31
V. Recuperação e autólise da levedura
NTC−NTM
𝑉𝑖𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = × 100% Equação 3.2
NTC
Onde: NTC representa número total de célulcas enquanto NTM é número total de
célulcas mortas
32
passa pelo permutador de calor, sendo aquecida por vapor. A levedura circula entre o
tanque da levedura rejeitada e o permutador de calor com auxílio de uma bomba, após
um determinado período onde se supõe a levedura estar morta é então descartada.
33
soda cáustica, tanque de água e de ácido. O CIP feito nos tanques de fermentação é a
frio. Os CIP’s são feito antes e depois de serem usados as unidades.
As amostras colhidas foram clarificadas por filtração com ajuda de um papel de filtro
contendo pó filtrante (kiesselguhr) em contraparte, filtrou-se a levedura com ajuda de um
funil de Buchner auxiliado com uma bomba a vácuo, de modo a retirar a humidade, por
aproximadamente 30 minutos.
Procedimentos
34
Figura 3.1:Ilustração de clarificação do mosto a) e leitura de OE do mosto b). Fonte: Autor, 2019
5. Colocou-se o filtrado em uma cuvete e com ajuda de uma DMA 4500 acoplado ao
alcoolímetro (Alcolyzer Beer Me) (Figura 3.5) leu-se o valor de LE.
35
Figura 3.3: Ilustração de DMA 4500 (Densímetro) e alcoolímetro, Fonte: Autor, 2019
a) Determinação do pH
36
Figura 3.5: Ilustração de espetrofotómetro, Fonte: Autor, 2019
Procedimentos
37
Passou-se a amostra por três (3) vezes na cuvete e prosseguiu-se com as leituras da
intensidade da cor.
De acordo com as regras da Norma ISO 8258 (1991), um processo encontra-se fora
de controlo estatístico quando se verifica uma das situações seguintes:
38
Para saber se o processo esta produzindo com qualidade desejada fez-se a
comparação dos limites da carta (que representa o desempenho actual do processo)
com as normas estabelecida pela companhia e por outros autores.
Para ter-se melhor interpretação dos dados, foram agrupados, analisados e processado
pela ferramenta Microsoft Off Excel 2010, para tal seguiu-se a seguinte metodologia,
definido pelo autor.
Colecta e análise de dados;
Calculo dos limites da carta;
Construção dos gráficos;
Interpretação dos resultados.
Para se proceder com os cálculos dos limites foram usadas as seguintes expressões
matemáticas apresentada na tabela 3.1, que foram introduzidas no Microsoft Excel
39
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
40
Gráfico4.1:Carta de controlo das médias de OE do mosto em diferentes fabricos. Fonte: Autor, 2019.
Gráfico 4.2:Carta de controlo da amplitude de OE do mosto em diferentes fabricos. Fonte: Autor, 2019.
41
da fábrica. Apesar das oscilações dos resultados em algumas amostras obtém-se o
mosto concentrado. ALMEIDA & SILVA, (2005) CASTRO, (2014) afirmam que o mosto
com OE na faixa de 14 à 16 oP é considerado como mosto concentrado, que ao final do
processo de fermentação espera-se obter cerca de 9,5 %v/v de teor de álcool.
Para o gráfico das amplitudes mostra uma preocupação de investigação por
apresentar um ponto fora do limite superior de controlo e quatro pontos consecutivos
abaixo da linha de central. Porém durante as análises observou-se que dos 50 fabricos
analisados 23 apresentam resultados mínimos de OE conforme a norma da fábrica (ver
apêndice V). Estes resultados do OE foram causado pelo maior volume do mosto colecta
no fim do arrefecimento, que ultrapassou o volume estabelecido, possivelmente
influenciado pela proporção malte, milho e água ou pela baixa taxa de evaporação na
etapa de ebulição, o que significa o mosto pode obter quantidades baixas de açúcares
fermentáveis o qual dificultará na obtenção de um bom teor de álcool na cerveja.
Para os gráficos 4.3 e 4.4 mostra os resultados das médias e das amplitudes da
análise do extracto limite do mosto. A tabela do apêndice oito (VIII) foram apresentado
os resultados para construção dos gráficos.
Gráfico 4.3:Carta de controlo das médias de LE do mosto em diferentes fabricos. Fonte: Autor, 2019.
42
Gráfico 4.4:Carta de controlo das amplitudes de LE em diferentes fabricos. Fonte: Autor, 2019.
De acordo com a carta de controlo das médias do extracto limite (LE) mostra para
este parâmetro que o processo não está subcontrolo estatístico por apresentar 1 ponto
fora do limite superior e 1 ponto fora de limite inferior e 4 pontos consecutivos abaixo do
limite central. Em relação a carta das amplitudes também não apresenta o controlo do
mesmo com 1 ponto fora da linha central, observa-se que a maior dispersão dos pontos
em relação a linha central.
Porém estes resultados podem ser condicionados pela composição do mosto ou pela
levedura usada, portanto este parâmetro indica até que ponto o mosto pode fermentar,
influenciando assim a qualidade do produto final, é este extracto que confere o sabor um
pouco adocicado a cerveja, entretanto ausência ou excesso dele compromete a
qualidade da cerveja.
43
Gráfico 4.5:Carta de controlo das médias de pH do mosto em diferentes fabricos. Fonte: Autor, 2019.
Gráfico 4.6:Carta de controlo das amplitudes de pH do mosto em diferentes fabricos. Fonte: Autor, 2019.
44
(7) dos dez (10) tanques de fermentação analisados estiveram acima do recomendado
pela fábrica e internacionalmente, de modo geral constatou-se que o processo não está
subcontrolo estatístico por apresentar pontos fora dos limites do controle em relação a
carta das médias e das amplitudes. De acordo com THE INSTITUTE OF BREWING AND
DESTILLING (2008), o pH do mosto deve estar entre 5,0 a 5,60 os mesmo valores são
utilizados na África do Sul, Brasil e também recomendados por (MEILGAARD, 1977).
45
Gráfico 4.7:Carta de controlo das médias da cor do mosto em diferentes fabricos. Fonte: Autor, 2019.
Gráfico 4.8:Carta de controlo das amplitudes da cor do mosto em diferentes fabricos. Fonte: Autor,
2019.
De acordo com a carta de controlo da variável cor não apresenta pontos fora dos
limites de controlo, todavia o parâmetro analisado está subcontrolo estatístico.
Comparando com as especificações da fábrica é notório de dois (2) de dez (10) tanques
suas médias estiveram dentro das especificações. A dispersão dos resultados foi
46
causada pelo arrastamento de trub do Whirlpool para o tanque de fermentação. Realçar
a coloração é influenciado pela qualidade e coloração do malte utilizado e pela qualidade
da água utilizada durante a produção do mosto, sendo necessário o controlo desses
aspectos para que a cor esteja nas condições recomendadas.
Gráfico 4.9:Carta de controlo das de teor de álcool em diferentes tanques de fermentação. Fonte: Autor,
2019.
47
Gráfico 4.10:Carta de controlo das amplitudes de teor de álcool em diferentes tanques de fermentação.
Fonte: Autor, 2019.
48
Gráfico 4.11:Carta de controlo das médias de extracto real da cerveja em diferentes tanques de
fermentação. Fonte: Autor, 2019.
Gráfico 4.12:Carta de controlo das amplitudes do extracto real da cerveja em diferentes tanques de
fermentação. Fonte: Autor, 2019.
49
recomendado, visto que todos os pontos estão abaixo do limite inferior da especificação.
Para ROSA, (2016) este tipo de cerveja no final da fermentação deve ter RE na faixa de
3.15 a 3.25 oP. Para o desvio do parâmetro esta aliada ao processo de empastagem
(conversão do amido em açúcares fermentáveis) afectando a composição do mosto,
variação de dosagem de oxigénio influenciando na multiplicação da levedura e elevação
na conversão dos açúcares em álcool e dióxido de carbono.
Gráfico 4.13: Carta de controlo das de pH de cerveja em diferentes tanques de fermentação. Fonte:
Autor, 2019.
50
Gráfico 4.14: Carta de controlo das amplitudes de pH de cerveja em diferentes tanques de fermentação.
Fonte: Autor, 2019.
51
devendo para tal utilizar-se as escalas de classificação desenvolvidas pela EBC, porem
quanto maior o valor mais escura é a cerveja (FERNANDES, 2015).
Gráfico 4.15: Carta de controlo da cor de cerveja em diferentes tanques de fermentação. Fonte: Autor,
2019.
Pode-se claramente perceber-se para este parâmetro da cerveja verde que não esta
em sob controlo estatístico por apresentar os pontos fora dos limites das cartas.
52
Verificou-se dos dez (10) tanques analisados três (3) estiveram dentro das
recomendações da fábrica e os restantes estiveram abaixo da especificação inferior da
fábrica. A alta cor da cerveja foi causado pela não sedimentação completa dos sólidos
insolúveis e da levedura durante a fermentação, pela não aderência do plano das purga
contribuindo para o aumento da turbidez fazendo com que a cerveja tivesse uma
coloração alta. Conforme com os resultados obtidos a cerveja é do estilo clara. Para
ROSA, (2016) são considerados como cervejas claras todas que as tiver menos de vinte
(20) de coloração, para a marca em destaque esta sendo produzido com os valores
recomendado para cervejas claras.
Gráfico 4.17:Carta de controlo de RDF em diferentes tanques de fermentação. Fonte: Autor, 2019.
53
Gráfico 4.18:Carta de controlo da amplitude de RDF em diferentes tanques de fermentação. Fonte:
Autor, 2019.
54
4.2. ALTERNATIVAS DE SOLUÇÕES DO INCUMPRIMENTO DOS PARÂMETROS
FÍSICO-QUÍMICOS
Para poder-se cumprir com os resultados dos parâmetros estudados sugere-se para
a fábrica particularmente o departamento de fabricação a fazer:
55
CONCLUSÕES
Para os fabricos que tiveram desvios dos parâmetros foram causados pelo baixo
rendimento do malte, pela qualidade da água, baixa taxa de evaporação na etapa de
ebulição e pelo eazyferm. E para o fim da fermentação os resultados obtidos tiveram um
desvio ligeiro influenciado pela composição do mosto, nível de oxigénio dissolvido no
mosto e pela levedura.
56
RECOMENDAÇÕES
Para os responsáveis do departamento recomenda-se.
Instalar uma unidade para a dosagem de aditivos complementares (ácidos, sais,
bases e enzimas);
Instalar pontos de amostragem para colecta de amostras na unidade de adjunct
cooker (Caldeira de adjunto), mash tan (Caldeira de empastagem), e lauter tan
(Caldeira de filtração de mosto).
Instalar uma planta piloto para o realização das experiencias, pois será fácil
reformular a receita de acordo com a qualidade da matéria-prima e na resolução
dos possíveis problemas que podem surgir durante a produção.
Criar um plano de treinamento dos operadores em mátrias de cerveja, com
objectivo de melhorar na compreensão e aperfeiçoamento do processo. Para que
sejam capazes de distinguir e criar medidas eficazes de prevenção contra as
causas das variações.
Para os operadores recomenda-se
Controlar o pH e alcalinidade da água antes do arranque de qualquer produção e
ao longo da produção, sendo água como maior constituinte da matéria-prima de
cerveja tem maior influência na qualidade do produto final.
Determinar a alcalinidade de eazyferm antes de adicionar na caldeira de
centrifugação.
Para levarem cada etapa do processo produtivo de uma forma séria,
principalmente a etapa de empastagem e ebulição.
A calibrarem os equipamentos usados para analise dos parâmetros sempre que
termina e iniciar um novo turno, de modo a se obter resultados sem influência de
mau funcionamento dos equipamentos.
Para os académicos recomenda-se
Para os trabalhos futuros dar-se continuidade na análise das causas dos desvios
dos parâmetros físico-químicos de acordo com os padrões internacionais e da
fábrica e fazer um estudo semelhante para outras marcas pertencentes à fábrica.
57
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60
APÊNDICES
APÊNDICE I: Matérias-primas utilizada para produção da cerveja impala milho.
61
APÊNDICE III: Fluxograma do processo de produção de cerveja impala milho
CaSO4 Caldeira de
Enzimas Adjuntos
Caldeira de
Empastage
m
Levedura CO2
Fermentação
Maturação
Filtração
Carbonatação
Enchimento
Pasteurização
Cerveja acabada
63
APÊNDICE VI: Fórmulas para cálculo de limites de controlo da carta.
̅)
Para gráfico das médias(𝑿 Para gráfico das amplitudes (R)
𝑛
𝑋𝑖
𝑋̅ = ∑
𝑛 𝑅 = 𝑋𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 − 𝑋𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝑛=1
𝑛 𝑛
𝑋̅𝑖 𝑅𝑖
𝑋̿ = ∑ 𝑅̅ = ∑
𝑛 𝑛
𝑛=1 𝑛=1
3𝜎 LSC(R) = 𝑅̅ + 3𝑑3 × 𝜎
𝐿𝑆𝐶(𝑋̅) = 𝑋̿ +
√𝑛
3𝜎 LSC(R) = 𝑅̅ − 3𝑑3 × 𝜎
𝐿𝐼𝐶(𝑋̅) = 𝑋̿ −
√𝑛
𝐿𝐶𝐶(𝑋̅) = 𝑋̿ LSC(R) = 𝑅̅
𝑅̅
𝜎=
𝑑2
Onde:
LSC – Limite superior de controlo;
LIC – Limite inferior de controlo;
LCC – Limite central de controlo;
ES – especificação superior;
EI – especificação inferior;
n – tamanho da amostra
R – amplitude
𝑋̿ – Média das médias dos subgrupos das amostras
𝑅̅ – Media das amplitudes das amostras
Xi – Valor individual de cada amostra
d2, d3 – constantes que dependem do tamanho da amostra
64
APÊNDICE VII: Análise de extracto original do mosto da cerveja impala milho
LSCx= 15.11; LCCx = (𝑋̿) = 14.92; LICx= 14.73, LSCr= 0.69; LCCr= 0.33; LICr= 0;
ES = 15.20; EI = 14.80
65
7 FV11 (8/5/2019) 1.98 2.03 2.45 2.29 2.05 2.16 0.47
8 FV3 (10/5/2019) 2.41 2.19 2.79 1.72 2.45 2.31 1.07
9 FV6 (16/5/2019) 2.73 2.59 2.18 1.73 2.04 2.25 1.00
10 FV3 (24/5/2019) 1.67 1.89 1.89 1.65 1.71 1.76 0.24
Fonte: Autor, 2019
LSCx= 3.37; LCCx = (𝑋̿) = 2.75; LICx= 2.13, LSCr= 2.23; LCCr= 1.07; LICr= 0;
LSCx= 5.80; LCCx = (𝑋̿) = 5.67; LICx= 5.50, LSCr= 0.62; LCCr= 0.30; LICr= 0;
ES = 5.30; EI = 5.10
66
Subgrupo (Data de inicio) X1 X2 X3 X4 X5
s das
amostras
1 FV5 (17/4/2019) 13.21 13.90 13.96 14.53 13.82 13.88 1.32
2 FV10 (21/4/2019) 18.35 13.85 14.20 13.62 13.56 14.72 4.79
3 FV11 (27/4/2019) 19.41 15.23 15.23 19.77 13.24 16.58 6.53
4 FV7 (28/4/2019) 14.50 15.32 14.93 15.52 14.21 14.90 1.31
5 FV4 (29/4/2019) 15.32 16.56 13.4 19.77 16.25 16.25 6.42
6 FV9 (6/5/2019) 14.07 16.91 15.32 15.32 15.68 15.46 2.84
7 FV11 (8/5/2019) 14.96 13.13 15.22 15.28 17.25 15.17 4.12
8 FV3 (10/5/2019) 15.94 17.99 15.22 17.06 12.03 15.65 5.96
9 FV6 (16/5/2019) 17.13 17.40 16.25 14.50 14.63 15.98 2.90
10 FV3 (24/5/2019) 11.08 16.37 18.68 18.98 12.25 13.47 9.70
Fonte: Autor,2019
LSCx= 17.85; LCCx = (𝑋̿) = 15.21; LICx= 12.56, LSCr= 9.54; LCCr= 4.59; LICr= 0;
ES = 5.30; EI = 5.10
67
10 FV3 (24/5/2019) 7.84 7.84 0.25
Fonte: Autor,2019
LSCx= 7.83; LCCx = (𝑋̿) = 7.72; LICx= 7.61, LSCr= 0.41; LCCr= 0.20; LICr= 0;
ES = 8.10; EI = 7.65
LSCx= 2.80; LCCx = (𝑋̿) = 2.52; LICx= 2.25, LSCr= 0.99; LCCr= 0.48; LICr= 0;
ES = 3.17; EI = 3.04
68
3 FV11 (27/4/2019) 3.55 3.55 0.3
4 FV7 (28/4/2019) 3.55 3.54 0.01
5 FV4 (29/4/2019) 3.20 3.20 0.34
6 FV9 (6/5/2019) 3.53 3.53 0.33
7 FV11 (8/5/2019) 3.41 3.41 0.12
8 FV3 (10/5/2019) 3.40 3.40 0.01
9 FV6 (16/5/2019) 3.47 3.47 0.07
10 FV3 (24/5/2019) 3.46 3.46 0.01
Fonte: Autor,2019
LSCx= 3.48; LCCx = (𝑋̿) = 3.41; LICx= 3.34, LSCr= 0.25; LCCr= 0.12; LICr= 0;
ES = 4.15; EI = 3.85
LSCx= 13.26; LCCx = (𝑋̿) = 12.77; LICx= 12.28, LSCr= 1.76; LCCr= 0.85; LICr= 0;
ES = 18; EI = 13.50
69
APÊNDICE XV: Resultados da análise de RDF no fim da fermentação
LSCx= 84.80; LCCx = (𝑋̿) = 83.27; LICx= 81.75, LSCr= 5.49; LCCr= 2.64; LICr= 0;
ES = 78.50; EI = 75.5
70
ANEXOS
ANEXO I: Parâmetros da água de boa qualidade para produção da cerveja.
71
ANEXO III: Mapa de fermentação
72
ANEXOIV: Valores das constantes, cujos valores dependem do tamanho das
amostras.
73
Glossário
74