Aumento de Coroa Clínica Ebook Karolina e Thamires

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ODONTOLOGIA

KAROLINA LÔBO E THAMIRES RIOS

AUMENTO DE COROA
CLÍNICA

Feira de Santana, setembro de 2019.


1. INTRODUÇÃO
Espaço Biológico Periodontal
 O Espaço Biológico Periodontal é uma
região que fica entre a base do sulco
gengival e o topo da crista óssea alveolar,
tendo de 2 a 3 milímetros. É importante
que, ao se restaurar um dente ou fazer uma
coroa, esse espaço seja respeitado, pois
disso depende a saúde da gengiva. Antes
de o dente ser restaurado é preciso
recuperar o Espaço Biológico.

 Quando ocorre a invasão do espaço


biológico, o organismo promove a
reabsorção do tecido ósseo de sustentação
para compensar o espaço perdido. Com
isso, para que se obtenha êxito no
tratamento restaurador, sem que ocorram
prejuízos ao tecido de sustentação, a
cirurgia para o aumento de coroa clínica
está indicada.
2. DEFINIÇÃO
O que é aumento de coroa clínica?
 É uma cirurgia que, geralmente,
precisa ser feita para recuperar o
Espaço Biológico Periodontal.
 O aumento de coroa clínica não é
uma cirurgia específica, mas uma
série de possíveis procedimentos
que levam à recuperação do Espaço
Biológico (aqueles 2 a 3 milímetros
entre a margem da restauração ou
coroa até o topo da crista óssea)..
3. QUAIS SÃO OS TIPOS?
O aumento cirúrgico da coroa clínica pode ser
feito de três formas diferentes:

1 - Gengivectomia/Gengivoplastia (p. ex. para reduzir hiperplasia gengival);


2 – Osteotomia circunferencial total (p. ex. dentes abrasionados);
3 - Osteoctomia parcial por vestibular (p. ex. aumento de coroa clínica
estética)
1. Quando existe gengiva aderida adequada e o
nível da crista óssea está bem posicionado
havendo apenas uma altura biológica inicial
aumentada (p. ex. situações de hiperplasia
gengival com sulco gengival aumentado), estão
indicadas técnicas de gengivectomia simples
para corrigir o excesso gengival .
Gengivectomia de bisel interno para aumento de coroa clínica dos dentes 1.5 a 2.5
2. Osteoplastia / osteoctomia circunferêncial com reposicionamento apical de
gengiva aderida para manter a quantidade adequada de gengiva aderida,
sobretudo na região vestibular dos dentes (p. ex. dentes abrasionados)

Aumento de coroa clínica pré-protética com osteotomia circunferencial em


dentes abrasionados com impossibilidade de restauração protética
imediata
3. Osteoplastia / ostectomia parcial por vestibular associada a reposicionamento
apical de gengiva aderida (quando não há gengiva aderida suficiente) ou a
gengivectomia seguida de retalho de espessura total para exposição óssea
(quando há gengiva aderida suficiente e adequada). Esta técnica cirúrgica aplica-
se muitas vezes a situações estéticas de regularização da margem gengival
associada a posterior reabilitação com prótese fixa
RESUMO DO PASSO A PASSO
 Avaliação pré-clínica e sequência de tratamento Realizar:
 Sondagem periodontal;
 Sondagem transgengival ou transulcular, a fim de verificar a relação com o osso
alveolar;
 Rx (periapical e bite-wing);
 Observar:
 Extensão apical do defeito;
 A anatomia radicular (possível envolvimento com o tronco radicular);
 Saúde do complexo dento gengival;
 As ameias;
 A estética;
 O estado endodôntico do dente;
 A importância do dente;
 O nível da crista óssea
 1º PASSO : Sondagem – dever ser realizada a sondagem convencional; para isso
utilizamos a sonda periodontal.
 2º PASSO: Anestesia – anestesia infiltrativa terminal para arcada superior ou
troncular para a arcada inferior.
 3º PASSO: Sondagem transulcular – só deve ser realizada com o paciente
anestesiado. Consiste em introduzir a sonda no sulco gengival e realizar uma
pressão capaz de romper o epitélio juncional até o contato com o topo da
crista óssea.
 4º PASSO : Marcação dos pontos sangrantes – os pontos devem ser marcados a
fim de facilitar o traçado da incisão podendo ser realizada com a ponta da
sonda exploradora ou a ponta da sonda periodontal
 5º PASSO: Incisão em bisel interno – deve ser seguir os pontos sangrantes. O
cabo de bisturi deve estar em 45º com o tecido gengival e no sentido cérvico-
apical. Pode ser necessária a inclusão de dois dentes à mesial e dois à distal do
elemento em questão, neste envolvimento se não for necessário a remoção de
tecido gengival a incisão deve ser intra-sulcular a fim de facilitar o
deslocamento do retalho
 6º PASSO: Incisão secundária – deve ser intra-sulcular, complementando a incisão
primária. O ideal é que se conseguir chegar à incisão primária via sulco gengival. Para
isto é necessário introduzir o bisturi paralelo ao longo eixo do dente até sentir a
resistência do tecido duro (crista óssea)
 7º PASSO : Remoção do tecido gengival – o tecido gengival incisionado deve ser
removido com auxílio de curetas universais ou específicas da região
 8º PASSO: Deslocamento do retalho – o retalho deverá ser de espessura total, ou seja,
envolvendo gengiva e periósteo. Nesta fase será verificado o término mais apical do
defeito ou do preparo, coroa e raiz deverão ser raspadas e alisadas caso haja cálculo
remanescente ou alguma irregularidade na superfície radicular.
 9º PASSO: Osteotomia e verificação do término do preparo – a osteotomia deve ser
realizada utilizando os cinzéis ou os micro cinzéis. As brocas diamantadas esféricas
também são utilizadas para remover osso, sua indicação está restrita quase
exclusivamente à mandíbula devido à constituição óssea da mandíbula ser mais
compacta do que na maxila. Após a remoção do tecido ósseo deve ser verificado o
término do defeito ou do preparo
 10º PASSO: Sutura – antes da sutura o retalho deve ser reposicionado e comprimido, a
fim de diminuir a espessura do coágulo e permitir sua melhor adaptação ao tecido
ósseo. A sutura pode ser feita com nó simples entre as papilas. Mesmo que o defeito
não fique totalmente descoberto, realizando-se a osteotomia na altura correta a
gengiva irá retrair e expor o preparo durante o processo de cicatrização, uma vez que
não mais terá o arcabouço ósseo para sustentá-la.
Referências

 ALVES, C.D. Aumento de coroa clínica. Disponivel em:


http://www.manuelneves.com/artigos/2011/CA04.pdf, acesso em 21 de
setembro de 2019.
 LINDHE, J. Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontia Oral. 4ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan. 2005.

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