Colagem de Fragmentos

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Colagem de fragmentos

Fonte:https://www.ident.com.br/FGM/caso-clinico/4300-colagem-de-fragmento-dental
U N I V E R S I D A D E E S TA D U A L D E F E I R A D E S A N TA N A
D E PA R TA M E N T O D E S A Ú D E
ODONTOLOGIA
ESTUDOS INTEGRADOS XVII

T H AM I R E S PAS S O S R I O S

ALBUM SERIADO: COLAGEM DE FRAGMENTOS DENTAIS

Feira de Santana, 2017.


Sumário
1. Definição
2. Indicações
3. Vantagens
4. Desvantagens
5. Classificação
6. Pré-requisitos para colagem de fragmentos
7. Protocolo clinico
8. Orientações ao paciente
1. Definição

• Técnica que aproveita o fragmento dental do próprio dente ou


do dente de outro individuo e pode ser empregada em dentes
vitais e desvitalizados, anteriores ou posteriores.
• Apresenta resultados estéticos e funcionais satisfatórios e
previsíveis nos diferentes tipos de situações clínicas, em
fraturas pequenas e complexas.

• Também representa a opção restauradora mais conservadora


se comparada com as outras alternativas.

Fonte: http://www.rodrigocavalcantiodonto.com.br/colagem_fragmento_dent%C3%A1rio_a1.html
2. Indicações

Fratura coronária Fratura corono-radicular

Fonte imagens: Conceição, E.N. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2012.
3. Vantagens

• Efeito psicológico positivo sobre o paciente


• Tratamento conservador
• Estética
• Manutenção da função
• Técnica simples e segura
• Baixo custo
4. Desvantagens
• Possibilidade de o fragmento deslocar novamente
• Comprometimento estético
• Envolvimento radicular
5. Classificação
• Quanto ao tipo de fragmento dental utilizado
• Autógena: do próprio dente fraturado
• Homógena: dente extraído de outro indivíduo

• Quanto ao momento de realização da técnica de colagem


• Imediata: mesmo dia em que ocorreu a fratura
• Mediata: executada em outro dia

• Quanto a extensão da fratura


• Fratura coronária: limitado a coroa dentária (esmalte, esmalte/dentina, esmalte/dentina
com exposição pulpar)
• Fratura corono-radicular: envolve a coroa dental e área da raiz (sem ou com exposição
pulpar, envolvendo ou não o espaço biológico)
6. Pré – requisitos para colagem
de fragmentos
6. Pré – requisitos para colagem de
fragmentos
6.1 Adaptação do fragmento em relação ao
remanescente dental (só quando tiver boa
adaptação deve ser feita a colagem do
fragmento) (Figura 1)

Figura 1 6.2 Condição do fragmento (apresentar


quantidade suficiente de estrutura dental)
(Figura 2)

6.3 Tamanho do fragmento (fragmentos


extremamente pequenos podem estar
contraindicados para colagem devido a
dificuldade de apreensão e posicionamento
correto)
Figura 2
Fonte imagens: https://www.ident.com.br/FGM/caso-clinico/4300-colagem-de-fragmento-dental
6. Pré – requisitos para colagem de
fragmentos

6.4 Condição pulpar ou


do tratamento
endodôntico (Figura 3)
6.5 Cor do fragmento
6.6 Extensão da fratura
(Figura 4)

Figura 4: Ampla fratura coronária no dente


Figura 3: Presença de fistula na
2.1 envolvendo esmalte dentina com
região vestibular do dente 2.1
exposição da câmara pulpar
evidenciando a necrose pulpar
Fonte imagens: Conceição, E.N. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2012.
6. Pré – requisitos para colagem de
fragmentos

6.7 Idade do paciente (não limita a técnica, mas há um risco maior


de necrose pulpar após traumatismo em um dente totalmente
erupcionado do que em um dente com rizogênese incompleta)
6.8 Expectativa estética por parte do paciente
6.9 Oclusão
6.10 Disponibilidade de instrumentais e materiais necessários a
técnicas adesivas
6.11 Risco do paciente em relação as doenças carie e periodontal
6.12 Grau de desenvolvimento da raiz e condição de saúde bucal
7. Protocolo clínico
7.1 Diagnóstico
7.2 Armazenamento do fragmento dental em água
7.3 Seleção de cor e tipo da resina composta: antes da
colocação do dique de borracha levando-se em conta
especialmente a cor do remanescente dental. (Figura 5)
7.4 Verificação da oclusão
7.5 Anestesia

Figura 5
Fonte imagem: https://editoraplena.com.br/artigo/full-science-14a-
edicao/765/estratificacao-natural-com-resinas-compostas-em-dente-anterior-
fraturado.html
7. Protocolo clínico
7.6 Isolamento absoluto do campo operatório
7.7 Realização de preparo no remanescente e no fragmento
dental: em dentes desvitalizados quando se optar pela colocação de
pino intracanal previamente a realização da colagem, o conduto deve
ser preparado de acordo com a sequencia de pino a ser empregado,
em dentes vitais quando houver exposição pulpar e for realizado
capeamento com hidróxido de cálcio pode ser necessário
confeccionar uma canaleta no fragmento dental com intuito de
propiciar espaço para o cimento de hidróxido de cálcio.
7.8 Limpeza do remanescente e do fragmento dental: com pasta
de pedra-pomes ou com jato de bicarbonato de sódio para eliminar
resíduos orgânicos.
7. Protocolo clínico
7.9 Posicionamento do dispositivo para apreender o fragmento: fixar
com guta-percha, godiva de baixa fusão ou compósito na região incisal.
7.10 Sistema adesivo: o condicionamento ácido do esmalte e da dentina
deve ser aplicado tanto no fragmento quanto no remanescente dental por
15 segundos seguido de lavagem e secagem. Então o sistema adesivo
selecionado deve ser manipulado e aplicado ambos com auxilio de pincel
ou microbrush. (Figura 6)
7.11 Inserção da resina composta: a resina composta selecionada deve
ser colocada na região da fratura no fragmento dental que será levado e
posicionado junto ao remanescente, os excessos do compósito devem ser
removidos com auxilio de pincel e sonda exploradora. A fotoativação deve
ser realizada por pelo menos 40 segundos em cada área que a ponteira
alcançar ao longo da linha de união. Pode-se optar pelo uso de resina
composta quimicamente ativada ou dual. (Figura 7)
7. Protocolo clínico

Figura 6: Condicionamento ácido e sistema adesivo sendo aplicados no fragmento e no remanescente dental.
Fonte imagens: Conceição, E.N. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2012.
7. Protocolo clínico

Figura 7: Inserção de resina tipo Flow, posicionamento do fragmento junto ao remanescente dental e
aspecto após remoção dos excessos e fotopolimerização.
Fonte imagens: Conceição, E.N. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2012.
7. Protocolo clínico
7. 12 Ajuste oclusal: após remoção do dique, testar contato
oclusais em MIH e os movimentos excursivos. Evitar a existencia
de contatos prematuros (Figura 8)
7. 13 Acabamento e polimento: remover eventuais excessos
de adesivo ou de compósito inicialmente com auxilio de lâmina
nº 12. O acabamento na região de união pode ser conduzido
com pontas diamantadas de granulação fina ou brocas
multilaminadas. O polimento pode ser realizado com discos
abrasivos flexíveis em ordem decrescente de abrasividade,
pontas siliconizadas e pastas para polimento.
7. Protocolo clínico

Figura 8: Verificação de contatos oclusais


utilizando papel carbono.
Fonte imagem: https://www.ident.com.br/FGM/caso-clinico/4734-
reabilitacao-funcional-e-estetica-pino-de-fibra-de-vidro-white-post
8. Orientações ao paciente
• Alertar quanto a chances de reincidência do problema e a necessidade de
medidas que evitem a recidiva, como o uso de protetor bucal
(principalmente para pacientes com maior risco como praticantes de
esportes).
• Orientar quanto a minimização da função incisiva
• Recomendar visitas periódicas para acompanhamento clínico e radiográfico,
devido a possibilidade de ocorrência de alterações periodontais, pulpares ou
estéticas.
Referências
• CARVALHO, P.C. Colagem de Fragmento Dental. Disponível em:
https://www.ident.com.br/FGM/caso-clinico/4300-colagem-de-fragmento-dental. Acesso
em 11/12/2017.

• Conceição, E.N. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2007.

• BORBA, C. Colagem de Fragmentos de Dentes. Florianópolis, 2002.

• MESCOLOTTI, NILTON . Colagem de fragmento Dental. Piracicaba,2002.

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