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PALAVRA PUXA PALAVRA 5 – TESTE DE AVALIAÇÃO

ESCOLA: ______________________________________________ DATA: ____/ ____/ 20__

NOME: _________________________________________________ Nº ____ TURMA: ____

GRUPO I

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Burro mirandês na Quinta Pedagógica

Através de um protocolo1 celebrado entre


a Câmara Municipal de Lisboa e a AEPGA –
Associação para o Estudo e Proteção do
Gado Asinino2, a Quinta Pedagógica dos
5 Olivais recebeu um exemplar masculino da
raça asinina de Miranda, ou seja, um burro de
Miranda do Douro. Este animal viajou
diretamente de Miranda do Douro até à Quinta
Pedagógica de Lisboa com o principal objetivo
10 de promover e divulgar esta raça, a primeira espécie em Portugal a fazer parte do grupo
de raças autóctones3 asininas, protegidas pela União Europeia.
Com a vinda deste burro mirandês, a Quinta Pedagógica dos Olivais associa-se à
AEPGA na sua função de preservação e aproveitamento desta raça autóctone, de forma
a salvar um património genético4, ecológico e cultural único no nosso país.
15 A Quinta Pedagógica dos Olivais pretende, cada vez mais, assumir um papel
determinante na promoção e reconstituição da imagem de ruralidade5 do nosso país.
Um dos principais objetivos do trabalho desenvolvido na quinta é a divulgação e
valorização das raças autóctones e do nosso património cultural, histórico, genético e
ambiental, pretendendo-se, neste caso concreto, valorizar a imagem do burro,
20 particularmente do burro de Miranda, como forma de estimular o interesse público para
o problema da sua extinção.

Quinta Pedagógica dos Olivais – página online: http://quintapedagogica.cm-lisboa.pt


(texto adaptado e com supressões; acedido em novembro de 2016)

Vocabulário
1 protocolo – acordo estabelecido entre duas ou mais entidades.
2 asinino – relativo ao asno ou ao burro.
3 autóctones – naturais de certo local; nativos.
4 genético – relativo à transmissão hereditária, a nível dos genes.
5 ruralidade – relativo ao campo ou à vida agrícola.

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1. Assinala com X a única opção que completa corretamente a frase.


1.1. O objetivo principal deste texto é
a) convencer as pessoas a comprar burros de Miranda do Douro.
b) informar as pessoas sobre a realização de um concurso.
c) dar a conhecer o burro mirandês da Quinta Pedagógica dos Olivais.
d) convidar as pessoas para um passeio de burro.

2. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F) e corrige as


que consideraste falsas.

Afirmações V F
a) A AEPGA celebrou um protocolo com a Câmara Municipal de Miranda
do Douro.
b) A Quinta Pedagógica dos Olivais recebeu um exemplar de burro de
Miranda do Douro.
c) A raça asinina é uma das raças autóctones protegidas pela União
Europeia.
d) Um dos objetivos da AEPGA e da Quinta Pedagógica dos Olivais é
chamar a atenção do público para o problema da abundância do burro
de Miranda.

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3. Na tua opinião, estas iniciativas são importantes para alertar as pessoas para o
problema da extinção de algumas raças de animais? Justifica a tua resposta.
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GRUPO II

Lê o texto que se segue. Se necessário, consulta o vocabulário apresentado.

O príncipe com orelhas de burro

Era uma vez um rei que vivia muito triste por não ter filhos. Um dia, tomado de
impaciência, mandou chamar três fadas conhecidas no reino e pediu-lhes:
– Boas fadas, vejo-me forçado a recorrer aos vossos poderes. Como a sorte não nos
concedeu filhos, vivemos, neste palácio, mergulhados numa tristeza sem medida. E eu não
5 vejo chegar a hora de ter um herdeiro que governe este reino após a minha morte. Fazei, por
favor, com que a rainha me dê um filho.
As fadas prometeram-lhe que os seus desejos seriam satisfeitos e que elas próprias
viriam assistir ao nascimento do príncipe.
Ao fim de nove meses, a rainha deu à luz um menino. E a primeira fada, tocando com a
10 varinha de condão na cabeça da criança, disse:
– Eu te fado1 para que sejas o príncipe mais formoso2 do mundo.
Aproximou-se depois a segunda fada:
– Eu te fado para que sejas muito virtuoso3 e entendido.
Mas a terceira declarou:
15 – Eu te fado para que te nasçam umas orelhas de burro…
Partiram as três fadas de imediato e, para desespero do rei, da rainha e suas aias, logo
cresceu uma orelha de burro de cada lado da cabeça do menino. O rei mandou sem demora
fazer um barrete que o principezinho deveria usar a toda a hora, para esconder as orelhas.
Os anos foram passando e o príncipe crescia em formosura, mas na corte ninguém sabia
20 que ele tinha orelhas de burro. Ao chegar à idade de fazer a barba, mandou o rei chamar o
seu barbeiro e disse-lhe:
– Passarás a barbear o príncipe; se, no entanto, disseres a alguém que ele tem orelhas
de burro, morrerás…
Ora o barbeiro andava com grandes desejos de contar o que vira, mas com receio de que
25 o rei o mandasse matar, calava o segredo consigo. Um dia foi à igreja confessar-se e disse:
– Tenho um segredo que me obrigaram a guardar, mas eu, se o não digo a alguém,
morro; e, se o digo, o rei manda-me matar. Ajude-me, padre, que hei de fazer?
O confessor respondeu-lhe:
– Vai até a um vale onde não vejas vivalma4, faz uma cova na terra e diz o segredo

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30 tantas vezes quantas precisares, até ficares aliviado desse peso. Depois, tapa a cova com
terra.
O barbeiro assim fez. Dirigiu-se a um vale não longe da cidade e, quando se viu em local
deserto, abriu uma cova. Em seguida, pôs-se de gatas e gritou para dentro do buraco com
quanta força tinha:
35 – O príncipe tem orelhas de burro! O príncipe tem orelhas de burro!
Depois de ter tapado a cova, voltou para casa muito descansado.
Passados tempos, nasceu um canavial5 no lugar onde o barbeiro tinha feito a cova. Os
pastores, quando ali passavam com os seus rebanhos, cortavam canas para fazer flautas,
mas assim que começavam a tocar saíam delas umas vozes que diziam: “O príncipe tem
40 orelhas de burro! O príncipe tem orelhas de burro!”
Espalhou-se esta notícia por toda a cidade e o rei mandou vir à sua presença um dos
pastores para que tocasse. Da flauta saíam sempre as mesmas vozes que não paravam de
dizer: “O príncipe tem orelhas de burro! O príncipe tem orelhas de burro!” Para ficar sem
dúvidas, o próprio rei quis tocar, mas o resultado foi o mesmo.
45 Desesperado, mandou chamar as fadas e suplicou-lhes6 que tirassem ao filho as malditas
orelhas. Então elas deram ordens para que toda a corte se reunisse e disseram:
– Ordenamos-te, príncipe, que tires o barrete.
Qual não foi o contentamento do rei, da rainha e do príncipe ao verem que as orelhas de
burro tinham desaparecido! Desde esse dia, as flautas que os pastores faziam das canas
50 deixaram de dizer: “O príncipe tem orelhas de burro!”

João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete (seleção, adaptação e reconto),


Contos e lendas de Portugal e do mundo, Porto, Porto Editora, 2015, pp. 31-36

Vocabulário
1 fado – determino o destino; predestino.
2 formoso – com formas perfeitas; belo.
3 virtuoso – cheio de virtudes; muito bom na execução de algo.
4 vivalma – ninguém.
5 canavial – local onde crescem canas.
6 suplicou-lhes – implorou-lhes; pediu-lhes encarecidamente.

1. O texto que acabaste de ler é um conto de tradição popular.


1.1. A ação da história decorre
a) num tempo indeterminado.
b) num tempo inexistente.
c) há dois séculos.
d) no ano de 1950.

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1.2. Os espaços onde decorre a ação são


a) o palácio do rei, a igreja e uma gruta.
b) o palácio do rei, a igreja e um vale.
c) o palácio do rei, a barbearia e a igreja.
d) o palácio do rei, a casa das fadas e a igreja.

2. Ordena as seguintes informações, de 1 a 8, de acordo com a sequência do texto.

a) A rainha dá à luz um menino e as fadas vêm visitá-los.


b) Quando o príncipe chega à idade de fazer a barba, o rei manda chamar o seu
barbeiro e ameaça-o de morte caso revele o segredo das orelhas do príncipe.
c) Desesperado por contar o segredo a alguém, o barbeiro vai confessar-se ao
padre, pedindo-lhe ajuda.
d) O barbeiro segue o conselho do padre, faz a cova, grita o segredo, tapa-a e vai
embora descansado.

e) O rei manda fazer um barrete para tapar as orelhas de burro do príncipe.

f) O padre aconselha-o a ir a um vale deserto, fazer um cova e gritar o segredo lá


para dentro, tapando-a de seguida.
g) O rei pede ajuda às fadas para ter um herdeiro e estas prometem satisfazer o
seu pedido.
h) A primeira fada concede ao príncipe o dom da formosura, a segunda fada o
dom da virtude e a terceira fada ordena que lhe nasçam umas orelhas de burro.

3. Por que razão a cidade ficou a saber que o príncipe tinha orelhas de burro?
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4. “Da flauta saíam sempre as mesmas vozes que não paravam de dizer: ‘O príncipe
tem orelhas de burro! O príncipe tem orelhas de burro!’” (linhas 42-43).
4.1. Qual foi a reação do rei a estas palavras?
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4.2. Que decisão toma, então, o rei?
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4.3. O problema do príncipe consegue resolver-se? De que forma?


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5. O rei não permitiu que se soubesse que o príncipe tinha orelhas de burro.
Dois alunos, a Rita e o João, apresentaram a sua opinião sobre a atitude do rei.

Na minha opinião, o rei agiu mal.

Eu acho que o rei agiu bem.

Rita João
5.1. Escolhe a opinião com a qual estás mais de acordo e justifica a tua resposta,
apresentando duas razões.
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GRUPO III

1. Completa com a forma do verbo entre parênteses, nos tempo e modo indicados.
a) O rei tinha ____________ (mandar – particípio) chamar as três fadas.
b) O rei e o barbeiro decidiram ____________ (guardar – infinitivo) o segredo.
c) – ____________ (ir – imperativo) até um vale, faz uma cova e grita lá para dentro
o segredo! – ____________ (aconselhar – pretérito perfeito do indicativo) o
padre ao barbeiro.
d) As canas ____________ (reproduzir – pretérito imperfeito do indicativo) as
palavras do barbeiro.
e) Todos ____________ (saber – futuro do indicativo) o segredo do príncipe.

2. “Era uma vez um rei que vivia muito triste por não ter filhos.” (linha 1)
2.1. Indica em que grau se encontra o adjetivo sublinhado na frase anterior.
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2.2. Reescreve a frase, colocando o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.
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3. Acrescenta um prefixo ou um sufixo a cada palavra apresentada, de acordo com o


valor indicado para cada uma, de modo a obteres palavras derivadas por sufixação
ou por prefixação.
a) barba (valor de profissão): ___________________________________________
b) fazer (valor de repetição): ___________________________________________
c) perfeito (valor de negação): __________________________________________
d) cansado (valor de negação): _________________________________________
e) príncipe (valor diminutivo): ___________________________________________

GRUPO IV

Tal como o príncipe da história do Grupo II, imagina uma história em que uma das
personagens tem um segredo que não quer revelar.
Escreve um texto narrativo, com um mínimo de 120 e um máximo de 200 palavras,
que apresente um título adequado e um narrador participante, organizado em:
 introdução: apresentação das personagens, localização no tempo e no espaço;
 desenvolvimento: narração de um acontecimento desencadeador da ação e
de outros acontecimentos que lhe sucederam, incluindo momentos de diálogo;
 conclusão: resolução do problema.
No final, faz a revisão do teu texto, verificando:
 se respeitaste o tema proposto e o género indicado;
 se as partes estão devidamente ordenadas;
 se há repetições que possam ser evitadas;
 se usaste corretamente a pontuação.

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