Artigo Nutrigenômica

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Revista Brasileira de

NUTRIÇÃO
FUNCIONAL
Brazilian Journal of Functional Nutrition

ISSN 2176-4522
ano 18. edição 74
www.vponline.com.br

RECEITA
Sopa imunoestimulante de
cará-moela, gengibre e alho-poró

Uma revisão sobre os efeitos benéficos


de fitoquímicos presentes em flores comestíveis

Aplicação da nutrigenômica
na determinação do melhor tipo de dieta

Panorama do desperdício
de alimentos no Brasil
Editorial
Dra. Valéria Paschoal
Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional

A individualidade bioquímica é um pilar fundamental da nutrição funcional, que


direciona condutas personalizadas para cada indivíduo. Esta edição traz uma
revisão que tem como tema central a aplicação da nutrigenômica na determinação
do melhor tipo de dieta, mostrando o impacto das variações genéticas nas nossas
necessidades nutricionais individuais.

Contribuindo para a atualização e prática clínica dos nutricionistas em relação às


doenças crônicas não transmissíveis, duas revisões elucidam o papel da nutrição tanto
na perda e manutenção do peso corporal, evitando o efeito sanfona ao considerar as
variações endócrinas nas fases de perda de peso, quanto na tireoidite de Hashimoto,
trazendo a importância do selênio na modulação desse desequilíbrio tireoidiano.

Na área de fitoterapia funcional, esta edição conta com um artigo esclarecedor


acerca dos efeitos da canela no diabetes mellitus, mostrando resultados promissores
dessa especiaria como agente terapêutico coadjuvante principalmente para o diabetes mellitus tipo
2, em pacientes descompensados.

As flores comestíveis são muito apreciadas na gastronomia por sua beleza, cores vivas e sabores
marcantes. Os benefícios dessas flores vão além das características sensoriais, podendo ser promissores
à saúde humana, e nesta edição você vai conhecer mais sobre algumas dessas flores comestíveis
encontradas em nosso país.

Com a chegada do inverno, torna-se essencial o suporte nutricional ao


sistema imunológico. Na sessão de gastronomia, trazemos uma receita com
propriedades nutricionais voltadas ao fortalecimento do sistema imune e que
ainda valoriza a nossa biodiversidade: sopa imunoestimulante de cará-moela,
gengibre e alho-poró.

Recentemente foi lançada no Brasil a campanha Stop Food Waste Day, que
teve como embaixadora a Dra. Valéria Paschoal. Na matéria jornalística desta
edição, conheça mais sobre essa importante campanha e outras iniciativas
contra o desperdício de alimentos, que é uma temática preocupante no Brasil
e no mundo.
Boa leitura!
Dra. Lenita Salgado
Presidente do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional
Revista Brasileira de Nutrição Funcional

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Revista Brasileira de Nutrição Funcional - 2018 - edição 74


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Diretoras Responsáveis Redação, Publicidade e Administração
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Valéria Paschoal e Andréia Naves VP Centro de Nutrição Funcional
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As condutas nutricionais preconizadas na
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Coordenação e Autores
Conselho Editorial
Ana Cláudia Poletto
Nutricionista pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2002) e mestre em Ciências, com ênfase em
Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo (2006). Pesquisadora (doutoranda, desde 2007) do
programa de Fisiologia Humana da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Fisiologia
Endócrina, atuando nos temas: mecanismos transcricionais envolvidos na regulação da expressão do gene
SLC2A4, sensibilidade à insulina, metabolismo lipídico, obesidade e diabetes mellitus.

Ana Vládia Bandeira Moreira


Nutricionista graduada pela Universidade Estadual do Ceará (1996), mestre em Ciências dos Alimentos pela
Universidade de São Paulo (1999) e doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (2003).
Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Viçosa (MG). Coordenadora do Laboratório
de Análise de alimentos e coordenadora do Projeto de extensão pró-celíaco. Ministra as disciplinas de
Técnica Dietética na Graduação e Dietética Aplicada no Mestrado e Doutorado e Gastronomia Funcional na
especialização na UFV.

Andréia Naves
Nutricionista e Educadora Física. Diplomada pelo The Institute for Functional Medicine (USA) em 2007. Editora
Científica da Revista Brasileira de Nutrição Funcional. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Docente
convidada dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP
Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Autora dos Livros “Nutrição
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Nutrição Clínica Funcional: Obesidade”, “Nutrição Clínica
Funcional: Modulação Hormonal” e “Tratado de Nutrição Esportiva Funcional”. Colaboradora do livro
www.vponline.com.br

“Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos Compostos Bioativos”. Membro do The Institute
for Functional Medicine – USA. Coordenadora científica dos cursos de pós-graduação em Nutrição Esportiva
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul.

3
Coordenação e Autores
Anna Cecília Queiroz de Medeiros
Nutricionista pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestre em Ciências da Saúde pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Docente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição e metabolismo de nutrientes nos diversos estados
fisiológicos.

Fátima Aparecida Arantes Sardinha


Nutricionista. Doutora em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas/USP. Mestre em
Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP/EPM. Especialista em Nutrição e Saúde Pública pela UNIFESP/
EPM. Docente convidada do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição
Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul.

Fernanda Serpa
Diretora e Docente da Empresa Nutconsult. Nutricionista pela Universidade do Estado do RJ/UERJ. Título de
residência em Clínica Médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Pós-graduada em Nutrição Clínica
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Docente
convidada dos cursos de pós-graduação e extensão da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com
a Universidade Cruzeiro do Sul. Mestre em Clínica Médica - IPPMG/UFRJ. Nutricionista Militar do Corpo de
Bombeiros do RJ. Nutricionista Municipal do Hospital Souza Aguiar.

Gilberti Hübscher
Nutricionista. Mestre e Doutora em Fisiologia Cardiovascular pela UFRGS. Especialista em Gestão e Saúde
pela PUC-RS, Gestão em UAN pela UNISINOS e em Saúde da Família pela ULBRA (RS). Docente convidada
dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria
com a Universidade Cruzeiro do Sul e dos cursos de graduação em Nutrição e pós-graduação em Saúde e
Trabalho da Feevale (RS). Membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF).

Márcia Cristina Paiva


Nutricionista, graduada na Universidade de Passo Fundo - RS. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e
pós-graduanda em Fitoterapia Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade
Cruzeiro do Sul. Educadora em diabetes certificada pela empresa Medtronic Brasil de equipamentos médicos
(Bombas de infusão de insulina). Atua em atendimento clínico em clínica de gastroenterologia em São José
dos Campos - SP.

Rosangela Passos de Jesus


Professora Adjunta da Escola de Nutrição da UFBA (ENUFBA). Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade
de Medicina da USP. Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Nutrição
Clínica Funcional, coordenadora do Ambulatório de Nutrição e Hepatologia do Hospital Universitário Prof
Edgard Santos.

Sandra Matsudo
Médica Especializada em Medicina Esportiva pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Doutorado e pós-
doutorado em Ciências pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Diretora Geral do Centro de Estudos do
Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul - CELAFISCS. Coordenadora geral do Projeto Longitudinal
de Envelhecimento e Aptidão Física de São Caetano do Sul. Coordenadora pela IUHPE dos Cursos de Atividade
Física e Saúde Pública - Agita Mundo. Professora Titular do Curso de Educação Física do Centro Universitário
FMU. Editora Executiva da Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Autora dos Livros: “Avaliação do Idoso
- Física e Funcional”, “Envelhecimento e Atividade Física” e “Obesidade e Atividade Física”.
Revista Brasileira de Nutrição Funcional

Valéria Paschoal
Nutricionista. Mestre na área de Nutrição e Pediatria pela UNIFESP – EPM. Editora Científica da Revista
Brasileira de Nutrição Funcional. Coordenadora científica e docente convidada dos cursos de Nutrição
Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a
Universidade Cruzeiro do Sul. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Autora dos Livros “Nutrição
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos
Compostos Bioativos”, “Nutrição Clínica Funcional: câncer” "Tratado de Nutrição Esportiva Funcional" e
"Nutrição & Sustentabilidade: alimentando um mundo saudável". Coordenadora da Comissão Científica do
Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). Membro do The Institute for Functional Medicine – USA.
Nutricionista do CSA Brasil (Community Supported Agriculture - Agricultura Sustentada pela Comunidade).
Membro do conselho consultivo da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários
Regulamentados).
4
Coordenação e Autores
Lista de Autores
Adriano Cavalcanti Nóbrega
Nutricionista, especialista em Nutrição Clínica Funcional, especializando em Fitoterapia Funcional, Educador em Diabetes,
membro da Sociedade Brasileira de Diabetes, professor dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional e
Nutrição Esportiva Funcional da UNICSUL em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional, atende em consultório
particular em Aracaju-SE.

Ana Paula Souza Pereira de Siqueira


Nutricionista graduada pela Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduanda em Nutrição Clínica pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro.

Andrea Plothow
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Católica de Joinville – SC. Mestrado em Imunogenética, Universidade
Federal do Paraná – Curitiba – PR. Graduação em Biologia, UNIVILLE – Joinville - SC.

Andreza Braulos de Mello


Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Católica de Joinville – SC. Estagiária em nutrição na Unidade Básica
de Saúde Ulysses Guimarães.

Camila Buttendorff
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Católica de Joinville – SC.

Camila Komatsu
Nutricionista graduada pela UNESP-Botucatu. Mestre em Ciências Nutricionais pela UNESP- Araraquara. Pós-graduada
em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia Funcional pela UNICSUL em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional.
Pós-graduanda em Terapia Vibracional Quântica pela Uninter.

Cíntia Milene Comelli Bussi


Nutricionista Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. Pós-graduada em Gastronomia – ênfase em
gastronomia saudável – UNIVALI. Pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento pela Universidade Estácio de Sá. Pós-
graduada em Fitoterapia pela Faculdade do Meio Ambiente e de Tecnologia e Negócios, FAMATEC. Pós-graduanda em
Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional. Atua
em atendimento clínico nutricional em consultório e domiciliar. Realiza cursos e consultorias na área de gastronomia
funcional.

Daniela de Araújo Medeiros Dias


Nutricionista. Mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Goiás. Docente do curso de Nutrição do Centro
Universitário UniCEUB.

Fernanda Fontes Cohen


Nutricionista formada pelo Centro Universitário UniCEUB. Pós-graduanda em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro
de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul.

Gabriela Fagundes
Nutricionista formada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Mestre e Doutora em Ciências da
Saúde/ Grupo de Pesquisa em Genética Toxicológica (UNESC). Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia
Funcional (UNICSUL/VP). Pós-graduanda em Nutrição Esportiva Funcional (UNICSUL/VP). Docente do curso de Nutrição
do Centro Universitário Católica de Santa Catarina. Docente do curso de Medicina na Faculdade Estácio de Sá de Jaraguá
do Sul. Docente dos cursos de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia Funcional da VP Consultoria
Nutricional/ UNICSUL.

Nathércia Percegoni
Nutricionista pela UFV. Mestre em Bioquímica - UFV. Doutora em Ciências - Fisiologia Endócrina - IBCCF/UFRJ. Pós-
doutora em Nutrição - INJC/UFRJ. Professora Adjunta III do Departamento de Nutrição - ICB/UFJF. Palestrante.
www.vponline.com.br

Wagner Alessandro dos Reis


Nutricionista formado pelo Centro Universitário Newton Paiva/BH. Especialista em Formação Pedagógica para
Profissionais de Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós-graduado
em Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul. Pós-graduando em Nutrição
Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul. Docente convidado do curso de pós-graduação da Universidade
Cruzeiro do Sul. Docente da Escola Técnica Profissional de Nível Médio do SITIPAN – MG. Nutricionista e diretor do
Espaço Wagner dos Reis. Personal Nutrition Funcional. Realiza palestras em empresas, escolas e academias.
5
Índice

Uma revisão sobre os efeitos benéficos de fitoquímicos presentes em flores comestíveis


7

Aplicação da nutrigenômica na determinação do melhor tipo de dieta


18

A importância do selênio nos níveis dos anticorpos antiperoxidase na tireoidite de


Hashimoto
25

Balanço hormonal e efeito sanfona pós-emagrecimento


33

Uso da canela na prevenção e tratamento do diabetes mellitus


41

Receita: Sopa imunoestimulante de cará-moela, gengibre e alho-poró


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Revista Brasileira de Nutrição Funcional

Panorama do desperdício de alimentos no Brasil 52

6
Andrea Plothow, Andreza Braulos de Mello, Camila Buttendorff, Gabriela Fagundes

Aplicação da nutrigenômica na
determinação do melhor tipo de dieta

Application of nutrigenomics in determination of the best type of diet

Resumo
A genética é uma ciência que estuda a transmissão, as alterações e a expressão dos genes, estudos estes que se tornaram possíveis a
partir do Projeto Genoma Humano. A nutrigenômica se tornou parte de um campo mais amplo, a genômica nutricional, que busca
analisar o controle da expressão gênica, as interações entre os genes e o ambiente. Em determinadas localizações do cromossomo (locus)
pode haver variabilidade devido a mutações na sequência do DNA. Se a mutação é encontrada em uma frequência superior a 1% da
população, denomina-se polimórfica, e esses polimorfismos podem atuar como marcadores genéticos. A aplicação destes conceitos à
nutrição esclarece o impacto das variações genéticas individuais nas necessidades de um determinado nutriente para um determinado
sujeito. Testes genéticos são utilizados para avaliações nutrigenéticas, e vários polimorfismos de nucleotídeos únicos podem ser
determinados em um único teste, havendo posterior análise individual do resultado de cada polimorfismo ou avaliação conjunta com
outros genes também envolvidos com a nutrição. O resultado é uma análise de como cada organismo metaboliza determinados nutrientes
ou substâncias e aponta tendências, como, por exemplo, para obesidade. Isoladamente, não são suficientes para a personalização da
alimentação e não substituem um tratamento médico ou recomendação nutricional, mas, sim, servem como ferramenta auxiliar na
nutrição individualizada e de precisão.

Palavras-chave: Nutrição, polimorfismos, nutrigenética, nutrigenômica.

Abstract
Revista Brasileira de Nutrição Funcional

Genetics is a science that studies the transmission, alterations and expression of genes, and these studies have become possible through
the Human Genome Project. Nutrigenomics has become part of a broader field, the nutritional genomics, which seeks to analyze the
control of gene expression, interactions between genes and the environment. At certain locations of the chromosome (locus) there
may be variability due to mutations in the DNA sequence. If the mutation is found at a frequency greater than 1% of the population it
is called polymorphic, and these polymorphisms may act as genetic markers. The application of these concepts to nutrition clarifies
the impact of individual genetic variations on the needs of a particular nutrient for a particular subject. Genetic tests are used for
nutrigenetic evaluations, and several single nucleotide polymorphisms can be determined in a single test, with subsequent individual
analysis of the result of each polymorphism or joint evaluation with other genes also involved with nutrition. The result is an analysis
of how each organism metabolizes certain nutrients or substances and points out tendencies, such as to obesity. Individually, they are
not enough for food customization and do not replace medical treatment or nutritional recommendation, but serve as an auxiliary tool
for individualized and accurate nutrition.

Keywords: Nutrition, polymorphisms, nutrigenetics, nutrigenomics.

18
Aplicação da nutrigenômica na determinação do melhor tipo de dieta

D
Introdução pesquisar sobre a relação das informações obtidas
a partir das observações realizadas no contexto
Desde o início do século XX, a genética da genômica nutricional, com a possibilidade de
geral se tornou uma promissora área da biologia utilizar essas informações na determinação do
moderna. Essa ciência conceitua-se pelos estudos melhor tipo de dieta.
da hereditariedade, que qualifica as características
gênicas e fenotípicas de indivíduos e que podem Metodologia
ser transmitidas dos pais para os filhos, como, por
exemplo, cor dos owlhos, cabelo, doenças1. Para o levantamento de dados, foi realizada
O Projeto Genoma Humano foi um uma revisão bibliográfica por meio de pesquisa
empreendimento internacional para determinar a em livros e nas bases de dados SciELO, PubMed,
sequência completa do genoma humano, definido SNPedia, com as palavras isoladas ou associadas:
como a soma total de informações genéticas da genética, polimorfismo, nutrigenética, testes
nossa espécie. A genética médica se tornou parte genéticos, obesidade, FTO, MC4R, PPARγC1α,
de um campo mais amplo e busca aplicar uma PPARγ, FADS1, CYP1A2, MCM6, MTHFR, HLA-
análise em grande escala do genoma humano, DQ2 / HLA-DQ8, doença celíaca, intolerância à
incluindo controle da expressão gênica, variação lactose, obesidade, GWAS. Os genes escolhidos
gênica humana e interações entre os genes e o foram aqueles com polimorfismos envolvidos com
ambiente2. efeitos metabólicos e nutrição.
Estudada atualmente, a genômica nutricional
procura fornecer conhecimentos de como os Resultados
nutrientes afetam o balanço entre saúde e doença,
alterando a expressão e/ou estrutura dos genes Com o advento dos estudos de associação
do indivíduo, e tem como objetivo desenvolver ampla do genoma (Genome-wide association
conhecimento que permita estabelecer um study – GWAS), tem-se caminhado a passos largos
tratamento nutricional baseado no genótipo no caminho do entendimento dos fundamentos
individual, mediante dois ramos principais: genéticos da obesidade. Atualmente, sabe-se que
nutrigenética e nutrigenômica3,4. as formas comuns de obesidade são poligênicas,
Muitos testes genéticos são baseados em com cada variante contribuindo com um pequeno
polimorfismos de nucleotídeo único (single efeito7.
nucleotide polymorphism – SNP) de genes Uma vez que os efeitos dos diferentes loci
envolvidos com efeitos metabólicos ou nutrição. envolvidos com alterações no índice de massa
SNPs são variações que podem ocorrer numa corporal (IMC) são pequenos, o risco genético
sequência de DNA em uma porção significativa normalmente é calculado para o indivíduo
(mais de 1%) de uma população. São resultados somando-se o número de alelos de risco dos vários
de mutações, que se propagaram ao longo das loci envolvidos7.
gerações, sendo as mais frequentes formas de O primeiro locus com robustez estatística
variações genéticas, representando 90% delas5. identificado com associação ao IMC foi do gene
Análises dos testes genéticos revelam como FTO, publicado em um GWAS. Uma meta-
cada organismo metaboliza determinados análise com dados de GWAS de descendentes
nutrientes (e.g.: ômega 3) e substâncias (e.g.: de europeus corroborou a associação do FTO
cafeína) e pode apontar tendências genéticas e identificou um outro sinal próximo ao gene
para a obesidade e para o desenvolvimento de receptor de melanocortina-4 (melanocortin-4
intolerâncias alimentares (e.g.: lactose). Essas receptor – MC4R)7.
análises se apresentam como uma peça importante O polimorfismo de nucleotídeo único (single
da orientação nutricional individualizada, uma nucleotide polymorphism - SNP) rs9939609
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vez que consideram as características metabólicas (substituição de uma timina - alelo T - por adenina
de casa indivíduo, porém isoladamente não são - alelo A - risco) do gene FTO tem sido avaliado
suficientes para a personalização da alimentação6. pela sua associação com o acúmulo excessivo
Dessa forma, este artigo teve como objetivo de gordura. Também se avalia a interação desse

19
Andrea Plothow, Andreza Braulos de Mello, Camila Buttendorff, Gabriela Fagundes

polimorfismo com os demais fatores promotores oxigênio, além de atuar na biogênese mitocondrial
do excesso de peso. Contudo, divergências entre e na oxidação de lipídios e glicose17.
resultados para diferentes grupos populacionais A proteína codificada pelo gene PPARγC1α
têm sido encontradas8,9. coativa pelo menos 30 fatores de transcrição
Atualmente, não se sabe ao certo como o envolvidos em vários aspectos do metabolismo
alelo A do polimorfismo rs9939609 do gene energético celular e estase vascular17,18. O gene é
FTO influencia no risco de obesidade, porém expresso em tecidos com alta atividade metabólica,
os mecanismos apontam para interferência no como coração, fígado, rim e tecido adiposo
sistema de saciedade do sistema nervoso central, marrom, e poderia desempenhar um papel
aumentando a ingestão de alimentos (hiperfagia) na regulação da pressão arterial por meio da
e reduzindo a sensação de saciedade10,11. interação com mineralocorticoides e receptores
Outro gene também envolvido com a obesidade de estrogênio ou da destoxificação de oxigênio
é o MC4R, tendo as primeiras descrições sobre a reativo19.
associação entre MC4R e IMC sido publicadas em Associações entre esse polimorfismo
1998 por dois grupos diferentes na mesma edição (rs8192678 G>A) e DM2, HAS, obesidade,
da revista Nature Genetics12,13. dislipidemia, aptidão aeróbica e resistência à
O gene MC4R é expresso principalmente insulina têm sido amplamente relatadas20.
no hipotálamo, onde neurônios POMC (pró- O PPARγ (peroxisome proliferator-activated
opiomelanocortina), situados no núcleo arqueado, receptor gamma) é um membro da superfamília
são ativados pela leptina e pela insulina e de receptores nucleares e um fator de transcrição
produzem o hormônio estimulante α-melanócito ativado por ácidos graxos, prostanoides e
(α-MSH). Este, por sua vez, ativa o receptor tiazolidinediona (glitazonas), regulando a
MC4R, resultando num sinal de saciedade14,15. expressão de genes envolvidos na lipogênese
Mutações no MC4R representam a alteração e adipogênese, a sensibilidade à insulina, o
genética mais comum presente na obesidade balanço energético, inflamação, angiogênese
humana de início precoce, e vários mecanismos e aterosclerose. Tem sido mencionado como
moleculares pelos quais a perda de função um gene candidato para determinar o risco de
(consequente de mutações no gene MC4R) leva síndrome metabólica e outras comorbidades21-23.
a obesidade são possíveis: expressão de MC4R Entre as variantes genéticas do PPARγ, o
anormal na membrana, defeito na resposta polimorfismo de nucleotídeo único rs1801282
agonista e alteração no transporte intracelular C>G, também conhecido como Pro12Ala,
dessa proteína14,15. foi o mais extensivamente estudado, sendo
Embora seja de interesse o conhecimento caracterizado pela substituição de uma prolina
da razão biológica (por exemplo: alteração da (CCA) por uma alanina (GCA) no códon 12 do
via da melanocortina) responsável pela maior exon B, devido à troca de uma citosina por uma
suscetibilidade à obesidade em alguns indivíduos, guanina22.
ainda não existe terapêutica específica disponível. Resultados de meta-análises e estudos
No entanto, o estudo molecular para detectar prospectivos mostraram redução no risco de
indivíduos elegíveis para tratamento pode tornar- DM2 variando de 21% a 27% para o alelo
se necessário em poucos anos, caso surjam polimórfico alanina, provavelmente pela melhora
fármacos específicos, tais como agonistas de na sensibilidade à insulina24-26.
MC4R15,16. Em relação aos indivíduos obesos, as
Revista Brasileira de Nutrição Funcional

Genes associados ao metabolismo energético e associações não são tão fortes, e, de fato,
de carboidratos também podem ser avaliados em pesquisadores têm encontrado associação entre
testes genéticos. A proteína codificada pelo gene o alelo alanina e aumento, e não decréscimo, de
PPARγC1α (peroxisome proliferator-activated peso em indivíduos obesos27.
receptor gamma coactivator 1-alpha) é expressa Em relação aos lipídeos, a capacidade de
em altos níveis em tecidos metabolicamente ativos metabolização e absorção também apresenta
e está envolvida no controle do estresse oxidativo importante componente genético, e tanto a dieta
por meio da desintoxicação de espécies reativas de quanto a variação genética do gene FADS1 podem

20
Aplicação da nutrigenômica na determinação do melhor tipo de dieta

ser fatores importantes que irão influenciar nas certas doenças estão relacionadas com a ingestão
concentrações sanguíneas de ácidos graxos de café, como diminuição da densidade mineral
poli-insaturados de cadeia longa (PUFAs) e seus óssea e aumento do risco de hipertensão, ou ainda
precursores28. como fator protetor na diminuição do risco de
A dessaturação de ácidos graxos é um processo cânceres e contra a doença de Parkinson34.
chave na geração de precursores para a formação A intolerância a produtos lácteos tem se tornado
de eicosanoides anti e pró-inflamatórios, bem uma questão importante para a nutrição, e genes
como LC-PUFA, que tem papéis chave no estão envolvidos na capacidade de síntese da
desenvolvimento cerebral e neuronal29. enzima lactase até a vida adulta. Por muitos anos, o
As proteínas codificadas pelos genes FADS1 termo intolerância à lactose tem sido uma maneira
e 2 (fatty acid desaturase) são membros de uma de distinguir o uso e risco de produtos lácteos
família de dessaturases ômega-3 e ômega-6, que por pessoas de diferentes etnias, uma vez que há
atuam por meio da introdução de ligações duplas ocorrência de sintomas gastrointestinais agudos
entre os carbonos e catalisam o passo final de como inchaço, flatulência, dor abdominal, fezes
formação dos ácidos eicosapentaenoico (EPA) e moles e diarreia ou constipação naqueles que não
araquidônico30-32. têm persistência da atividade de lactase35,36.
A função biológica mais conhecida do FADS1 O SNP do intron 13 do gene da lactase LCT
é a do ácido linoleico, que atua como uma enzima (LCT-13910 C>T ou rs4988235) é o mais
limitante da velocidade de metabolização de prevalente entre os polimorfismos para o gene. Um
LC-PUFA, precursores de eicosanoides e outros indivíduo homozigoto para o alelo C é considerado
mediadores importantes na participação de intolerante à lactose ou lactase não persistente37.
processos inflamatórios30,32. Diferente da maioria das variantes genéticas que
Está localizado em uma região cromossômica apresentam consequências nutrigenômicas de
relacionada a uma variedade de doenças complexas perda de função, mutações no gene LCT resultam
como, por exemplo, doenças cardiovasculares, em persistência da lactase (PL), conferindo a
alterações no metabolismo desses ácidos em habilidade de produzir a enzima lactase até a
mulheres durante a gravidez e lactação, asma, idade adulta38.
atopia, osteoartrite e diabetes tipo 130-32. Manifestações de desconforto intestinal
O polimorfismo do FADS1 (rs174547 C>T) podem ser devidas a outra condição que não a
pode atuar como um importante fator que irá intolerância à lactose, como por exemplo, doença
contribuir para a variabilidade nos níveis de celíaca. Antigamente, a doença celíaca (DC) era
PUFA nos fosfolipídeos séricos e pode estar considerada rara e limitada a crianças, porém
associado com o aumento de triglicerídeos e atualmente estima-se prevalência de 1% (uma em
com a diminuição de colesterol HDL (high cada 100 pessoas tem DC), sendo predominante
density lipoprotein – proteína de alta densidade), em mulheres, na razão de 3:139,40.
aumentando, assim, o risco para doença arterial A DC apresenta base autoimune, multigênica,
30,32
coronariana30,32 . com genes que predispõem a autoimunidade,
A velocidade de metabolização de certas como alelos HLA (human leucocyte antigen)
substâncias, como a cafeína, também é de interesse contribuindo com 36-53% de suscetibilidade41,42.
de estudo, e o gene CYP1A2 (Cytochrome P450 A associação primária é com os genes HLA-DQ2
1A2) pode ser avaliado por teste genético para (DQA1⁎05/DQB1 02) e DQ8 (DQA1⁎0301/
identificação do perfil individual do paciente33. DQB1⁎0302), e a presença dessas proteínas HLA
O polimorfismo rs762551 (-163 C>A) gera é necessária para o desenvolvimento da DC,
aumento de atividade da enzima que participa porém não suficiente para determinar que o fator
da metabolização da cafeína. Indivíduos que ambiental (exposição às proteínas do glúten) gere
carregam o alelo C são metabolizadores lentos resposta imune específica39,43.
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de cafeína, enquanto que o alelo A indica rápida Cerca de 95% dos pacientes diagnosticados
metabolização, ou seja, uma mesma quantidade de com doença celíaca apresentam HLA-DQ2,
cafeína tende a ter efeito mais estimulante naquele e 5% apresentam HLA-DQ8. Contudo,
indivíduo de metabolização lenta33,34. Hoje em dia, aproximadamente 20-30% de caucasianos

21
Andrea Plothow, Andreza Braulos de Mello, Camila Buttendorff, Gabriela Fagundes

saudáveis são HLA-DQ2 positivos, apontando Discussão


para o envolvimento de genes não HLA 40 .
Conhecer o genótipo HLA-DQ é importante para Nutrigenética é a interface entre nutrição e
estabelecer o gradiente de risco, uma vez que a as informações genéticas de cada indivíduo,
ausência dos alelos de risco DQ2 e DQ8 tem um que explica o impacto das variações genéticas
valor negativo preditivo de 99%41,43. individuais nas necessidades ótimas de um
O ácido fólico é um nutriente cujo metabolismo determinado nutriente para um determinado
envolve etapas dependentes de enzimas. Genes que sujeito. Por exemplo, dependendo das informações
sintetizam essas enzimas podem ser polimórficos genéticas, um indivíduo pode se beneficiar de
e avaliados em testes genéticos. No organismo, maneiras variáveis de certas vitaminas ou minerais,
para exercer seus efeitos como doador de grupo tais como ácido fólico ou ferro, entendendo que
metil com importante papel no metabolismo de uma orientação dietética adequada a um indivíduo
um carbono, atuando como coenzima na síntese pode não ser adequada ao outro, ou pode até
de purinas e pirimidinas do DNA, síntese de RNA mesmo ser prejudicial51-53.
e proteínas, além da importância na produção de Polimorfismos podem atuar como marcadores
energia e adequada divisão celular o folato deve genéticos, já que são transmitidos associados a
ser convertido em 5-metil-tetrahidrofolato pela outros genes localizados na região cromossômica
ação da enzima metileno tetrahidrofolato redutase próxima a eles. Dessa maneira, se um gene
– MTHFR44,45. próximo a um marcador causa uma doença, todos
A MTHFR é o principal componente no os indivíduos afetados na família recebem tanto o
metabolismo do folato, e seu gene está localizado marcador como o gene causador da doença5.
no cromossomo 1 p36.3, havendo até o presente Os polimorfismos de interesse na nutrição
mais de 40 mutações pontuais identificadas, onde podem ser analisados por testes genéticos,
C677T e A1298C têm o maior significado clínico, trazendo os conceitos da genômica nutricional
podendo levar a redução de atividade da enzima, para a prática clínica do profissional de nutrição,
interferindo, assim, nos níveis de metilfolato46. com resultados que auxiliam no embasamento da
O polimorfismo rs1801133 (C677T) tem nutrição individualizada personalizada.
como consequência a substituição de alanina em
valina, o que resulta em uma enzima com 65% Conclusões
da sua atividade para heterozigotos e 30% para
homozigotos do alelo de risco, estando associado Vários SNPs podem ser determinados em um
com níveis elevados de homocisteína em indivíduos único teste genético, havendo posterior análise
com baixo nível de folato no plasma 46-48. A individual do resultado de cada polimorfismo
concentração plasmática de homocisteína pode ser ou avaliação conjunta com outros genes também
influenciada tanto por fatores nutricionais, como envolvidos com a nutrição. Podem-se avaliar, por
concentrações de ácido fólico e vitaminas B6 e exemplo, polimorfismos de genes associados ao
B12, quanto por fatores hereditários, em especial risco de desenvolvimento de sobrepeso/obesidade
aqueles ligados às enzimas do metabolismo da (FTO rs9939609 e MC4R rs17782313), genes
metionina e da cisteína. Existem evidências que associados ao metabolismo energético e de
sugerem que a homocisteína possa estar envolvida carboidratos (PPARγ rs1801282 e PPARγC1α
na aterogênese e na trombogênese49,50. rs8192678), genes associados à capacidade de
Polimorfismos em genes específicos, como o metabolização e absorção de lipídeos (FADS1
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MTHFR, podem conferir uma base genética para rs174547), gene associado à velocidade de
riscos de doenças cardiovasculares. A homozigose metabolização da cafeína (CYP1A2 rs762551),
para o polimorfismo C677TT está associada com o gene associado com persistência da enzima lactase
risco de doença arterial coronariana em diferentes (MCM6 rs498823), genes associados com doença
lugares do mundo, como em Israel, na América celíaca (HLA-DQ2, HLA-DQ8), gene associado
do Norte e no Japão; contudo, não está ligada à com a metabolização do ácido fólico (MTHFR).
China50.

22
Aplicação da nutrigenômica na determinação do melhor tipo de dieta

O perfil analisado em um teste não exclui a nutrição individualizada6.


possibilidade da existência de outros marcadores Esse campo tem potencial para otimizar a saúde
associados à característica/condição analisada, humana por meio de boas práticas alimentares
e os resultados do teste não substituem um e recomendações individualizadas de macro e
tratamento médico ou recomendação nutricional, micronutrientes norteadas pelas características
mas, sim, servem como ferramenta auxiliar na polimórficas do indivíduo51.

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