Esquistossomose
Esquistossomose
Esquistossomose
Revisão Ortográfica
Vânia Campos
Disponível em:
http://www2.datasus.gov.br/datasus/index.php?area=0208
http://pide.cpqrr.fiocruz.br
Ficha Catalográfica
ISBN: 978-85-99016-33-6
Todos os direitos autorais estão reservados e protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de fe-
vereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução desta obra, no todo ou em parte,
sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia ou
outros), sem a permissão prévia, por escrito, da editora.
Equipe
Naftale Katz
Coordenador Nacional, Instituto René Rachou, Fiocruz/MG.
Naftale Katz
Apresentação
Introdução ...............................................................................................................1
Marco teórico ..........................................................................................................3
Epidemiologia .......................................................................................................................... 3
Inquéritos de prevalência da esquistossomose mansoni e geo-helmintoses ................................ 6
Hipóteses de trabalho a serem respondidas...........................................................8
Justificativa .............................................................................................................8
Objetivos ..................................................................................................................9
Objetivo Geral .......................................................................................................................... 9
Objetivos Específicos ............................................................................................................... 9
Métodos...................................................................................................................10
Tipo de estudo......................................................................................................................... 10
População de referência .......................................................................................................... 10
População de fonte .................................................................................................................. 10
Amostras dos escolares .......................................................................................................... 10
Procedimentos técnicos e parâmetros do estudo .................................................................... 11
Abordagem analítica ...............................................................................................12
Procedimento de coleta e transporte das amostras ................................................................. 12
Análise de dados ..................................................................................................................... 12
Aspecto ético...........................................................................................................13
Resultados ...............................................................................................................13
Discussão ................................................................................................................36
Recomendações para a utilização dos resultados do INPEG..................................... 42
Referências .............................................................................................................43
Anexo I
Resumo do plano amostral realizado no Inquérito Nacional de Prevalência
da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses (INPEG 2010-2015) ............................................. 45
Anexo II
Número de municípios e de amostras de cada unidade federada, discriminadas
por tipos de áreas com mais ou menos 500.000 habitantes, existentes em cada
unidade da federação, de áreas não endemica e endemica ............................................................. 48
Anexo III
Proporção de Positivos para Esquistossomose, Ascaridíase, Ancilostomíase e Tricuríase
em escolares de 7-17 anos nos municípios que participaram do Inquérito Nacional
de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses (INPEG - 2010/2015).................... 50
Anexo IV
Colaboradores que participaram do INPEG (2010-2015) nos diferentes estados brasileiros .............. 70
Introdução
A esquistossomose mansoni, no Brasil, é uma doença causada pelo trematódeo digenéico Schisto-
soma mansoni que tem o homem como seu principal hospedeiro e, como hospedeiro intermediário, os
caramujos do gênero Biomphalaria.
São três as espécies de Biomphalaria que já foram encontradas naturalmente infectadas, a saber: B.
glabrata (Say, 1818), B. straminea (Dunker, 1848) e B. tenagophila (Orbigny, 1835). Estes caramujos estão
amplamente disseminados pelo país.
A parasitose foi introduzida no Brasil por meio do tráfico dos escravos, oriundos da África. Desde o
século XVI até o XVIII este tráfico trouxe mais de 3,5 milhões de escravos, boa parte deles infectados
pelo S. mansoni e S. haematobium. Só a primeira espécie estabeleceu-se devido à presença do hos-
pedeiro intermediário susceptível, já que para a segunda, é necessário caramujo do gênero Bulinus,
encontrado na África, mas não no Continente Americano.
É sabido que para a instalação do ciclo evolutivo do S. mansoni é absolutamente necessária a pre-
sença de Biomphalaria susceptível que permite a manutenção da transmissão e de outros condicionantes
tais como a falta de saneamento básico, condições de higiene precárias, tratamento inadequado de água
e esgoto, ausência de educação para a saúde, contato frequente do homem com águas naturais con-
taminadas, ou seja, fatores que caracterizam as condições de baixo desenvolvimento socioeconômico.
No início do século XX, o médico baiano Manoel Pirajá da Silva descreveu pela primeira vez, no ano
de 1908, ovos com espícula lateral encontrados em fezes de pacientes no nosso país, que um ano antes
haviam sido descritos como uma nova espécie por Sambon (1907a,b) (Pirajá da Silva, 1908a,b, 1909).
Ao descrever esta nova espécie de Schistosoma, Sambon denominou-a de mansoni em homenagem ao
médico inglês Sir Patrick Manson, considerado o fundador da Medicina Tropical, por este ter intuído que
deveriam haver duas espécies que causavam a doença, na época chamada de Bilharziose, em homena-
gem ao descobridor da mesma, Theodor Bilharz, médico alemão, que trabalhava no Egito. Foi Pirajá da
Silva que, necropsiando vários pacientes na Bahia, fez a descrição completa da morfologia dos vermes.
Sambon só havia visto um verme macho incompleto quando publicou o seu trabalho (Falcão, 1953, 1959,
Katz, 2008). Coube posteriormente a Robert Leiper (1915a,b) fechar o ciclo evolutivo das duas espécies,
seguindo metodologia anterior, descrita por cientistas japoneses, que descreveram o ciclo do S. japoni-
cum (Katsurada, 1904, Miyari & Suzuki, 1914). Coube a Lutz descrever, no Brasil, o ciclo do S. mansoni
definindo seus hospedeiros intermediários, necessários para a manutenção da espécie (Lutz, 1919).
Portanto, desde o início, as contribuições dos médicos e cientistas brasileiros para o conhecimento da
esquistossomose foram muito significativas. Os conhecimentos sobre as manifestações clínicas, fisiopa-
tologia da doença, epidemiologia e controle reforçam que contribuições brasileiras foram extremamente
relevantes (Katz et al, 1994; Carvalho, Passos & Katz, 2009).
Assim sendo, Jansen (1943) tenta, pela primeira vez, em Gameleira, Pernambuco, o controle desta
parasitose, por meio de tratamento quimioterápico da população infectada associado ao combate aos
caramujos, fazendo aplicações de sais de antimônio e de cal virgem. Este trabalho pioneiro deu origem a
uma série de outros que contribuíram muito para o controle da esquistossomose e para o conhecimento
da sua epidemiologia.
1
Em 1975, foi criado pelo Conselho de Desenvolvimento Social liderado pelo Ministério da Saúde, o
Programa Especial de Controle da Esquistossomose (PECE) que investiu durante anos grande soma de
recursos visando o controle dessa endemia. Foram tratados milhões de pessoas, inicialmente com oxa-
miniquina e, posteriormente, com praziquantel, aplicado moluscicidas em larga escala, educação para a
saúde e, em menor escala, melhorias no abastecimento de água, na rede de esgoto e na construção de
lavanderias públicas (Ministério da Saúde, 1976). Este programa de controle sofreu mudanças e adapta-
ções ao longo dos anos. Após mais de 30 anos de atividades quase contínuas, especialmente nos esta-
dos do Nordeste e em Minas Gerais, a comunidade científica brasileira, através da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical, Sociedade Brasileira de Parasitologia, Programa Integrado de Esquistossomose dos
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (PIDE) e outros, solicitaram ao Ministério da Saúde que fosse
feito um novo levantamento da prevalência no país visando uma atualização da situação epidemiológica
desta endemia. Finalmente, em 2010, o Ministério da Saúde, atendendo à sugestão feita pelo grupo de
especialistas que assessorava o mesmo, aprovou o presente Inquérito Nacional de Prevalência da Esquis-
tossomose mansoni e Geo-helmintoses, doravante chamado pela sigla INPEG.
No planejamento inicial do INPEG, além do conhecimento das taxas de positividade nos 26 estados e
no Distrito Federal, constava também uma pesquisa com o objetivo de conhecer o estado atual da forma
hepatoesplênica. Esta seria realizada após a primeira, pois deveriam ser selecionadas as áreas com bai-
xa, média e alta prevalência da esquistossomose. Nas áreas de alta prevalência seriam examinados, após
exame de fezes da população adulta, os indivíduos positivos para esquistossomose, através do exame
de ultrassonografia abdominal. Como não foram encontrados municípios com altas taxas de prevalência,
esta parte do projeto foi cancelada com a aprovação da Superintendência da SVS/MS.
Este INPEG teve como objetivo principal conhecer a prevalência, no âmbito do território nacional, da
esquistossomose, ascaridíase, tricuríase e ancilostomíase, em escolares de 7 a 17 anos.
2
Marco teórico
Epidemiologia
A esquistossomose mansoni tem ampla distribuição geográfica no mundo, atingindo 54 países, espe-
cialmente dos continentes africano e asiático. Nas Américas, é encontrada na Venezuela, ilhas do Caribe,
Suriname e no Brasil, onde está presente em 19 Unidades Federadas (Brasil, 2014). No Brasil, a doença foi
notificada (presença de portadores) em todos os estados. As áreas endêmicas e focais compreendem os
Estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas
Gerais, com predominância no norte e nordeste deste estado. No Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio de
Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e no Distrito Federal, a transmissão
é focal, não atingindo grandes áreas (Figura 1 e Tabela I).
A Organização Mundial de Saúde estimou que 2,5 milhões de pessoas estavam infectadas no País
(WHO, 2007). Entretanto, esta estimativa não é muito confiável, pois é baseada em inquéritos realizados
com cobertura parcial e sem rigor estatístico.
> 15
5 - 15
<5
não endêmico
Figura 1. Distribuição da esquistossomose segundo percentual de positividade em inquéritos coproscópicos. Brasil, 1998 a 2008.
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
3
Tabela I. População examinada, portadores de infecção, percentual de positividade e tratamentos realizados. Brasil, 1975-2012
População Portadores de Percentual de Tratamentos
Ano
examinada infecção positividade (%) realizados
1975 855.921 46.331 5,4 11.580
1976 1.018.496 51.718 5,1 8.760
1977 443.591 103.409 23,3 285.370
1978 626.697 86.111 13,7 1.098.309
1979 663.429 59.905 9,0 1.640.191
1980 1.684.615 164.860 9,8 1.296.703
1981 1.840.626 172.242 9,4 978.358
1982 1.732.907 136.882 7,9 777.617
1983 2.096.268 184.149 8,8 811.112
1984 2.347.810 198.025 8,4 834.588
1985 2.697.910 223.609 8,3 700.975
1986 1.878.728 138.481 7,4 407.354
1987 1.406.844 90.001 6,4 208.322
1988 1.363.606 82.962 6,1 145.600
1989 1.395.202 76.412 5,5 150.821
1990 1.802.675 150.934 8,4 195.430
1991 1.900.761 134.103 7,1 164.576
1992 2.353.970 203.207 8,6 253.666
1993 2.354.390 274.084 11,6 316.077
1994 2.559.051 283.369 11,1 321.203
1995 2.715.259 300.484 11,1 322.666
1996 2.718.164 245.401 9,0 261.533
1997 2.791.831 290.031 10,4 287.131
1998 2.163.354 183.374 8,5 195.402
1999 2.095.765 177.146 8,5 170.580
2000 1.364.240 90.580 6,6 92.351
2001 1.376.867 93.464 6,8 89.557
2002 2.073.970 146.647 7,1 138.198
2003 2.089.180 141.605 6,8 135.072
2004 1.910.739 118.503 6,2 109.169
2005 2.058.592 121.722 5,9 112.468
2006 2.170.027 119.900 5,5 111.722
2007 1.869.005 105.748 5,6 94.908
2008 1.035.216 62.927 6,1 52.419
2009 1.511.043 74.721 4,9 67.987
2010 1.290.372 66.779 5,2 58.215
2011 1.035.492 50.603 4,9 39.884
2012 589.906 26.667 4,5 16.047
Fonte: Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose - SISPCE/SVS/MS.
4
As ações de Vigilância Epidemiológica da esquistossomose realizadas pelo programa do Ministério da
Saúde permitem o diagnóstico e o tratamento dos portadores de S. mansoni, com o objetivo de: a) reduzir
a ocorrência de formas graves e, consequentemente, de óbitos; b) reduzir a prevalência da infecção; c)
indicar medidas para diminuir o risco de expansão da doença.
As formas graves, quando detectadas tardiamente, geralmente exigem hospitalização prolongada e
de alto custo, e frequentemente resultam em óbito, apesar do tratamento.
Devido à complexidade dos mecanismos de transmissão da esquistossomose e à diversidade dos fa-
tores condicionantes, o controle da doença depende de várias ações preventivas: a) diagnóstico precoce
e tratamento; b) vigilância e controle dos hospedeiros intermediários do S. mansoni (caramujos); c) ações
de educação em saúde; d) ações de saneamento para modificação dos fatores domiciliares e ambientais
favoráveis à transmissão.
Dentre as condições que favorecem a ocorrência de casos e a instalação de novos focos de transmis-
são da doença destacam-se: a grande extensão geográfica da distribuição dos caramujos hospedeiros
intermediários: B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila; dos movimentos migratórios, de caráter transi-
tório ou permanente, de pessoas oriundas das áreas endêmicas; da deficiência de saneamento domiciliar
e ambiental e deficiência de educação em saúde das populações sob risco (Passos & Amaral, 1998).
É considerado caso confirmado de esquistossomose todo indivíduo que apresente ovos viáveis de S.
mansoni nas fezes ou comprovação por meio de biópsia (MS, 2008).
A classificação das áreas, de acordo com o risco de transmissão, é pré-requisito para o estabeleci-
mento de objetivos, prioridades e a adequada implementação das ações de vigilância e controle. Essas
áreas são classificadas em: área endêmica, de foco, indene e vulnerável.
A área endêmica corresponde a um conjunto de localidades contínuas ou contíguas em que a trans-
missão da esquistossomose está estabelecida. Nessa área, a ocorrência da doença obedece a um pa-
drão epidemiológico decorrente da combinação de características ambientais relacionadas, ao agente
etiológico e aos hospedeiros (intermediário e definitivo).
O foco é uma área circunscrita dentro de um território que até então era considerado indene e devido
às alterações ambientais ou socioeconômicas ou migração de pessoas provenientes de zona endêmicas
permitiram o estabelecimento da transmissão da doença. Pode ser classificado em ativo (com transmis-
são) ou inativo (transmissão interrompida). As áreas endêmicas podem ser reduzidas a áreas de focos,
como resultado de medidas de controle.
A área indene é aquela em que não há registro de transmissão da esquistossomose. Nessas áreas
deve-se manter a vigilância epidemiológica (notificação, investigação e tratamento de casos), eficiente e
eficaz, impedindo o estabelecimento da transmissão da esquistossomose. Para fins de racionalização das
ações de prevenção e controle, é de fundamental importância considerar a área indene em duas catego-
rias: área indene com potencial de transmissão e área indene sem potencial de transmissão.
Uma área vulnerável é aquela originalmente indene, com a presença do hospedeiro intermediário, ou
por introdução deste nas quais modificações ambientais produzidas natural ou artificialmente possibilitam
o assentamento de populações humanas infectadas, tornando provável o estabelecimento da transmissão.
5
As áreas com prevalências acima de 25% são classificadas como de alta endemicidade. As áreas de
média endemicidade são aquelas com prevalência entre 5 e 25%, e as de baixa endemicidade em locali-
dades com prevalência igual ou inferior a 5% de positividade na população. Nas últimas décadas os casos
foram detectados através de exames parasitológicos de fezes pela técnica de Kato-Katz (uma amostra de
fezes e duas lâminas) (Brasil, 2014).
É importante destacar que o Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose deve estar inte-
grado aos demais programas das Secretarias Municipais de Saúde - SMS, em especial com as equipes
de Saúde da Família - ESF. O trabalho integrado otimiza os recursos, previne solução de continuidade ou
espaçamento dos ciclos de trabalho, o que possibilita maior impacto das ações de vigilância e controle
da esquistossomose.
6
Além da esquistossomose, outras parasitoses como a ascaridíase, a ancilostomíase e a tricuríase
afetam grande parcela da população brasileira em idade escolar, principalmente a rural. Essas parasitoses
também são diagnosticadas pela técnica de Kato-Katz.
As geo-helmintoses de ação gastrointestinal são consideradas cosmopolitas e estão distribuídas em
todo o território nacional. Devido às suas características, geralmente estão associadas às precárias con-
dições socioeconômicas da população atingida. Constitui condição básica para sua disseminação a
contaminação dos ambientes com material fecal de portadores infectados. Portanto, a falta de sanea-
mento básico, associada às péssimas condições e noções higiênicas, o consumo de água não potável, o
andar descalço, a ingestão de alimentos contaminados favorecem os altos índices de prevalência desses
parasitos.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS (1998) as infecções provocadas por geo-
-helmintoses se distribuem por todo o Brasil. Entre 1916 e 1998 foram realizados cinco grandes inquéritos
parasitológicos e os resultados demonstraram uma tendência à diminuição da prevalência dessas parasi-
toses. Contudo, devido à insuficiência de programa específico de controle e de educação para a saúde,
encontram-se ainda altas prevalências de parasitoses em escolares. O levantamento de 1916 realizado
pela Comissão Rockfeller identificou num grupo de 77.436 pessoas uma prevalência de 92,0% e em 1998
o Programa de Controle da Esquistossomose – PCE/MS examinou 3.221 pessoas, pelo método Kato-
-Katz, e encontrou uma taxa de infecção de 36,2%.
O inquérito de Pellon & Teixeira (1953), em escolares de 7 a 14 anos, mostrou uma prevalência de
geo-helmintoses de mais de 90%, nos estados nordestinos e em Minas Gerais.
O inquérito realizado em 1987, com o apoio do Laboratório Rhodia, denominado “Levantamento Mul-
ticêntrico de Parasitoses Intestinais”, em escolares de 7 a 14 anos, de 10 Unidades Federadas: AL, AM,
BA, MG, PA, PE, PI, RJ, RS e SP, que utilizou os métodos de Faust para detecção de protozoários e o de
Kato-Katz para helmintos, encontrou 4,9% de portadores da infecção esquistossomótica, num total de
18.151 exames, quando a maioria dos indivíduos (55%) apresentava pelo menos um tipo de parasitose
(Amaral, 2000).
Dos grupos etários em relação às geo-helmintoses, a faixa infantil é a que deve merecer maior atenção
no que diz respeito às ações preventivas da rede pública. Trata-se de uma parcela da população cujos
efeitos deletérios da ação do parasitismo resultam em retardos no desenvolvimento físico, mental e social.
Retardo no crescimento e no aprendizado, quadros de subnutrição, caquexia e anemia, além de outras
desordens fisiológicas são frequentemente associadas às infecções das geo-helmintoses (Souza et al,
2000, Barçante et al, 2008, Menezes et al, 2008).
Em estudo realizado no Município de Campinas, São Paulo, por Souza et al. (2000) foi relatada a pre-
valência de geo-helmintoses associadas à esquistossomose em estudantes da rede pública municipal.
Foram analisadas 553 amostras fecais por meio do método Kato-Katz, de jovens com idade entre 7 e 23
anos de idade. Neste estudo, observou-se que 16,1 % das amostras foram positivas para algum tipo de
helminto e 2,7% apresentaram mais de um parasito, sendo que 3,07 % foram positivos para S. mansoni,
5,78% para Ascaris lumbricoides e 6,32 % para Trichuris trichiura. Foi observado que a prevalência das
helmintoses estava diretamente relacionada à inadequação dos hábitos de higiene, principalmente em
jovens do sexo masculino com idade entre 7 e 15 anos de idade.
7
Rocha et al. (2000) determinaram, por meio de exames coprológicos, a prevalência de helmintos em
2.901 estudantes da rede publica em Bambuí, Minas Gerais, e avaliaram as características de criadouros de
moluscos no município. Destes estudantes, 20,1% estavam parasitados, sendo que 4,8% foram positivos
para A. lumbricoides e 1,4% para ancilostomídeos, sendo este, mais comum na zona rural. Somente três
amostras apresentaram-se positivas para S. mansoni e não foram encontrados exemplares de B. glabata,
eliminando cercarias.
A análise comparativa dos resultados encontrados no presente Inquérito mostra que a prevalência das
helmintoses sofreu um decréscimo significativo em comparação aos anos anteriores, fato este que pode
ser explicado pelos investimentos em infraestrutura sanitária em decorrência do processo de urbanização
e do tratamento sistemático dos casos diagnosticados.
As hipóteses relativas à redução da prevalência na área endêmica são justificadas pelo grande nú-
mero de casos tratados, mais de 15.000.000 de portadores de S. mansoni, pela eliminação de focos de
transmissão e tratamento de criadouros de caramujos e, especialmente, pela melhoria no abastecimento
de água e do esgotamento sanitário nas áreas endêmicas do nordeste do Brasil e de Minas Gerais, veri-
ficadas nas últimas décadas.
A hipótese sobre a ocorrência de casos de esquistossomose fora da atual área endêmica encontra
justificativa nos relatos de levantamentos coproscópicos realizados.
Justificativa
Os fatos descritos apontam para a necessidade de se buscar o conhecimento, ainda que aproximado,
das prevalências atuais da esquistossomose mansoni e geo-helmintos para avaliar o impacto das medi-
das implementadas pelos três níveis de governo no seu controle. O conhecimento das prevalências atuais
da esquistossomose mansoni e das geo-helmintoses é necessário para a adequada redefinição das
políticas públicas direcionadas à profilaxia e ao tratamento dessas doenças, principalmente da esquistos-
somose, uma das mais importantes como problema de saúde pública. Indicam também, a necessidade
de se obter informação capaz de descrever adequadamente o modo atual de propagação da esquistos-
somose no país, quando se deseja determinar a direção e o sentido das possíveis mudanças ocorridas
nos níveis endêmicos da infecção ou da doença nos últimos 40 anos. O conhecimento da prevalência
da esquistossomose e das geo-helmintoses é necessário também para determinar se o montante de
recursos exigidos no combate dessas doenças que atingem a população brasileira é adequado para o
8
planejamento e programação das ações de vigilância e controle. Adicionalmente será útil na orientação
das equipes de saúde sobre as características da demanda para diagnóstico e tratamento dos portado-
res de S. mansoni e de geo-helmintoses nos serviços de saúde.
Pode-se ainda adicionar, aos argumentos em favor da realização deste novo levantamento da preva-
lência da esquistossomose, a possibilidade de ser executado utilizando o mesmo método diagnóstico
(método Kato-Katz), e poder simultaneamente, obter um levantamento sobre as geo-helmintoses: ascari-
díase, tricuríase e da ancilostomíase, também endêmicas no país. Em dados fornecidos pelo Sistema de
Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose – SISPCE, a prevalência dessas
geo-helmitoses é revelada com valores consideráveis.
No período de 1995 a 2007, de acordo com os dados do SISPCE, foi encontrada uma média de
254.531 (17,9%) pessoas infectadas com A. lumbricoides, 137.543 (9,7%) com ancilostomídeos (Ancilos-
toma duodenale e/ou Necator americanus) e 93.121 (6,6%) parasitadas pela T. trichiura. Todavia, a inten-
sidade e extensão atuais da dispersão dessas parasitoses não estão suficientemente determinadas, além
de não terem sido objeto de levantamentos em escala nacional há mais de 60 anos.
Objetivos
Objetivo Geral
Conhecer a prevalência atual da esquistossomose, da ascaridíase, tricuríase e da ancilostomíase no
Brasil.
Objetivos Específicos
a. Conhecer a prevalência da esquistossomose mansoni, da ascaridíase, da tricuríase e da anci-
lostomíase nas seguintes áreas:
1. endêmica para a esquistossomose, constituída por municípios com menos de 500.000 habi-
tantes, de 16 Unidades Federadas (UF).
2. endêmica para a esquistossomose, constituída por municípios com mais de 500.000 habi-
tantes, de 12 UF.
3. não-endêmica para a esquistossomose, constituída por municípios com menos de 500.000
habitantes, de 26 UF.
4. não-endêmica para esquistossomose, constituída por municípios com mais de 500.000 ha-
bitantes, de 14 UF.
b. Atender às necessidades do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose – PCE e às
reivindicações da comunidade científica visando conhecer a atual prevalência da esquistosso-
mose e das geo-helmintoses no Brasil.
9
Métodos
Tipo de estudo
Estudo de corte transversal, de base populacional, com vistas a conhecer as reais prevalências da
esquistossomose mansoni, da tricuríase, da ancilostomíase e da ascaridíase em escolares de 7 a 17 anos,
de quatro áreas epidemiológicas do território nacional.
População de referência
A população de referência para o inquérito das prevalências da esquistossomose mansoni, da tricurí-
ase, da ancilostomíase e da ascaridíase foi constituída por escolares de 7 a 17 anos de ambos os sexos,
residentes nos municípios das 26 Unidades Federadas do país e no Distrito Federal.
População de fonte
As populações amostradas, ou fonte, do inquérito coproscópico foram as seguintes:
a. População de escolares (7 a 17 anos), de ambos os sexos, expostas ao risco de infecção para
S. mansoni e geo-helmintoses, residentes nos domicílios de 1.298 municípios de 19 Unidades
Federadas da área endêmica brasileira, frequentadoras de unidades escolares da rede de ensi-
no da mesma área.
b. População de escolares (7 a 17 anos) de ambos os sexos, expostas ou não ao risco de infecção
para S. mansoni e geo-helmintoses, residentes nos domicílios dos municípios de 26 estados e
no Distrito Federal da área não endêmica brasileira, frequentadoras de unidades escolares da
rede de ensino da mesma área.
10
As unidades de aglomeração das amostras são as turmas escolares e as unidades amostrais do in-
quérito são escolares de ambos os sexos, com idade entre 7 e 17 anos, registrados nas listas de chamada
das turmas incluídas no estudo.
A seleção dos aglomerados e unidades amostrais, para as amostras de cada área, foi realizada por
sorteio de municípios, entre os existentes em cada área considerada; por sorteio de escolas de ensino
fundamental, entre as existentes nos municípios sorteados e sorteio de turmas escolares entre as exis-
tentes nas escolas sorteadas. Todos os estudantes presentes na turma no dia da visita dos agentes do
inquérito foram convidados a fornecer material para o exame parasitológico de fezes. São considerados
como elemento amostral do inquérito apenas os escolares que entregaram o material fecal requerido para
exame parasitológico, em boas condições de conservação.
Detalhes do plano amostral realizado encontram-se no Anexo I e II.
11
Abordagem analítica
Procedimento de coleta e transporte das amostras
A coleta das amostras de fezes foi feita pelos agentes de saúde dos municípios, sob a orientação
direta de um dos supervisores regionais, estaduais ou municipais do inquérito. Foi realizada nas escolas
e turmas previamente sorteadas para participar do Inquérito.
A primeira visita dos agentes de saúde às turmas nas escolas foi feita para a identificação dos partici-
pantes e para a distribuição de coletores às crianças. Os professores e os responsáveis pelas crianças fo-
ram orientados sobre os procedimentos de coleta e acondicionamento do material nos coletores e sobre
o Inquérito. Cada escolar recebeu um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) a ser assinado
pelos pais ou responsáveis.
O formulário adotado foi o mesmo utilizado nos inquéritos de rotina realizados pelo PCE, que contém
campos para entrada de dados operacionais, inclusive das geo-helmintoses – modelo PCE 101. Esse
mesmo formulário foi utilizado pelos laboratórios que fizeram o exame das lâminas.
A coleta das amostras de fezes foi feita em coletores de plástico resistente (similares aos utilizados
na rotina do PCE), com capacidade de até 20ml. São potes fechados por tampa com diâmetro ideal
para colocação da etiqueta de identificação do participante, com rosca de fechamento hermético con-
tendo pequena espátula no seu interior, entregues aos participantes do inquérito no primeiro contato
com os agentes de saúde responsáveis pela coleta.
O recolhimento dos coletores foi realizado no dia imediatamente subsequente à distribuição de tais
dispositivos. As amostras de fezes coletadas foram imediatamente processadas nas primeiras 24 horas
após o recolhimento e encaminhadas aos laboratórios para preparação e posterior análise.
Foram feitas, de cada amostra de fezes, duas lâminas para exame em laboratório.
As lâminas produzidas nessa etapa do trabalho, após identificadas e organizadas em lotes contendo
50 unidades cada um, foram empacotadas e enviadas, via correio ou veículos disponibilizados para o
Inquérito, aos laboratórios onde foram realizados os exames.
A identificação das lâminas e, consequentemente, dos participantes, foi feita mediante etiquetas nu-
meradas, produzidas em duplicatas (seis etiquetas com o mesmo número identificador) para rotular as
distintas partições do mesmo material e garantir aos participantes o acesso aos resultados dos exames.
Os resultados foram entregues aos pais e aqueles que apresentaram exame positivo para S. mansoni
ou para geo-helmintoses foram encaminhados ao serviço de saúde local para o tratamento.
Análise de dados
Os dados foram digitados por uma firma especializada contratada para este fim, com a utilização de
recursos de processamento de dados do “software” Epidata.
A análise dos dados dos inquéritos foi efetuada em microcomputador, com recursos de processa-
mento estatístico dos “softwares” EpiInfo, versão 3.3.4, ou Stata/MP, versão 13.0, para ambiente de
12
processamento Windows. As variáveis da análise são as registradas nos formulários do Inquérito. Foram
construídas as distribuições de frequências e calculadas as médias, desvios padrões e percentagens in-
dicadas para cada variável. Os intervalos de confiança das estimativas obtidas na análise foram corrigidos
pelos efeitos de estratificação e agrupamentos de unidades amostrais embutidos no modelo amostral
adotado, a fim de se garantir que os intervalos de confiança das estimativas sejam calculados correta-
mente nas áreas endêmicas com população de até 500.000 habitantes.
Aspecto ético
• O projeto do INPEG foi submetido à aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro de
Pesquisas René Rachou – FIOCRUZ e, após aprovação, foi encaminhado a Comissão Nacional
de Ética em Pesquisa – CONEP, onde foi confirmada a sua aprovação.
O projeto foi também aprovado pelo Grupo Gestor de Vigilância em Saúde e apresentado na Reu-
nião Intergestores Tripartite.
Os pais ou responsáveis assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido TCLE que auto-
rizou a coleta do material para o exame. Além do consentimento escrito, foi pedido o aceite verbal
do menor.
Foi confeccionada carta de anuência das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, solicitando
concordância em participar do projeto e informando suas responsabilidades e atividades a serem
realizadas.
• Todos os escolares com exames positivos foram encaminhados ao Posto de Saúde mais próxi-
mo para serem tratados. Foi utilizado o praziquantel (60 mg/kg, dose única oral) para o tratamen-
to da esquistossomose (fabricado por Biomanguinhos/FIOCRUZ) e albendazol (200 mg, dose
única oral) para o tratamento das geo-helmintoses.
Os medicamentos foram fornecidos pelo Ministério da Saúde para as Secretarias de Saúde dos
Estados que reencaminharam para os municípios. Também kits Helm-Test® fabricados por Bio-
manguinhos/FIOCRUZ foram utilizados para a realização do exame parasitológico das fezes pelo
método de Kato-Katz e fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Os dados do INPEG estão disponibilizado no endereço eletrônico do DATASUS:
http://www2.datasus.gov.br/datasus/index.php?area=0208
Resultados
A amostragem prevista inicialmente no projeto do INPEG foi de 220 mil escolares de 7 a 17 anos, am-
bos os sexos nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal, em 541 municípios.
Quando da apuração dos dados, foi visto que participaram 521 municípios ou 96,1% do planejado.
O total de exames de fezes realizados foi de 213.171, dos quais foram excluídos 15.607, após a digitação
dos casos, pois referenciavam-se a maiores de 17 anos. Portanto, foram incluídos para análise 197.564
escolares na faixa de 7 a 17 anos, ou seja 89,8% da amostra programada.
13
A distribuição do número dos municípios planejados e dos efetivamente realizados está na Tabela II.
Em nove estados, o percentual de exames realizados ficou entre 60% e 80%, em seis entre 80% e 100%,
e em nove estados foi superior ao planejado. Destaque-se que nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul e Rio Grande do Sul a adesão foi de 18,8%, 19,9% e 36,9%%, comprometendo a representativi-
dade amostral.
Na Tabela III a e b, encontram-se os resultados de proporção de positivos para esquistossomose nas
regiões endêmicas e não endêmicas, municípios com mais e com menos de 500.000 habitantes. Como
pode ser visto, o Nordeste e o Sudeste são as macrorregiões que apresentaram as maiores taxas de
positividades respectivamente de 1,27% e 2,35%. No Norte foi de 0,01%, no Centro-Oeste de 0,02% e
no Sul de 0,0.
Nas áreas endêmicas a proporção de positivos para o país foi de 0,27% e 3,28% respectivamente nos
municípios com mais ou menos 500.000 habitantes. Já nas áreas não endêmicas foram respectivamente
de 0,05% e 0,13%.
Nas tabelas IV e V, os resultados por estados da Federação podem ser vistos, considerando as re-
giões endêmicas e não endêmicas com mais de 500.000 habitantes. Nas tabelas V e VI os dados são
também por estados nas regiões com menos de 500.000 habitantes.
Com mais de 500.000 mil habitantes, os municípios da área endêmica que apresentaram as maiores
proporções de positivos estavam localizados no Rio de Janeiro (2,80%), em Pernambuco (2,48%) e em
Sergipe (2,28%). Todos os outros estavam próximos ou abaixo de 1%. Já nas áreas endêmicas com po-
pulação até 500.000 mil habitantes destacaram-se os estados do Sergipe (10,67%), Pernambuco (3,77%),
Alagoas (3,35%), Minas Gerais (5,81%) e Bahia (2,91%); com exceção do Espírito Santo (1,02%), em todos
os outros estados a proporção de positivos foi menor que 0,5%.
Na tabela VIII encontram-se os resultados consolidados por estados considerando-se as duas áreas
endêmicas e municípios com mais ou menos de 500.000 habitantes.
Foram encontrados para o Brasil 194.900 escolares negativos e 2.664 eliminando ovos de S. mansoni.
A proporção de positivos foi de 0,99% com intervalo de confiança (95%) de 0,20 a 1,78. Estes dados bem
como a distribuição por estados podem ser vistos nas Tabelas Tabelas III a, b, IV e V.
Dos 17 estados considerados endêmicos, baseado em dados anteriores existentes no Ministério da
Saúde ou na literatura, foram encontrados no presente Inquérito 14 estados considerados endêmicos e
o Distrito Federal. Neste último, foi encontrado um caso positivo em 2.576 exames. No estado do Mato
Grosso do Sul foram encontrados cinco exames de fezes positivos para S. mansoni. Na investigação
epidemiológica realizada, três dos cinco casos eram irmãos e vieram do Recife, Pernambuco e, portanto,
podem não ser autóctones. Os outros dois não foram encontrados.
Os estados que têm focos endêmicos conhecidos, mas que foram negativos neste INPEG, foram
Ceará, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os estados que mostravam proporção de positivos acima de 1% foram, por ordem decrescente, Ser-
gipe (8,19%), Minas Gerais (3,86%), Alagoas (2,31%), Bahia (2,19%), Pernambuco (2,14%) e Rio de Janeiro
(1,65%). Abaixo de 1%, pela ordem, Espírito Santo (0,71%), Mato Grosso do Sul (0,19%), Paraíba (0,18%),
Maranhão (0,13%), São Paulo (0,04%), sendo Pará, Rio Grande do Norte e Distrito Federal 0,02% cada.
14
No Piauí foi encontrado um único caso em 7004 escolares examinados, morador de Picos, município
conhecido há décadas como endêmico. O percentual de municípios endêmicos para a esquistossomose
por estado foi variável de 2,41% a 68,18%.
Na Figura 2 estão representados os municípios examinados e as taxas de positividade para esquis-
tossomose encontrada neste INPEG.
0,00
< 5,00
5,00 - 15,00
> 15,00
Nos 2.664 escolares positivos, a média aritmética do número de ovos foi de 128 ovos por grama de
fezes com intervalo de confiança de -72 a + 328. Embora o INPEG tenha planejado desde o início avaliar o
número de ovos de S. mansoni por grama visando conhecer a intensidade de infecção, o grande número
de municípios, localidades e escolas e o pequeno número de casos positivos encontrados, não permitiu
que se fizesse nenhuma correlação.
Em relação às geo-helmintoses, cabe chamar a atenção para uma limitação do método de Kato-Katz
em relação aos ovos de ancilostomídeos. Enquanto a morfologia dos ovos de Ascaris e Trichiuris fica bem
preservada na lâmina por muito tempo (alguns anos), o mesmo não se pode dizer dos ancilostomídeos,
que mostram a morfologia dos blastômeros adequada para diagnóstico até 6 horas após o preparo da
lâmina. A partir daí, os ovos vão ficando transparentes dificultando ou mesmo impedindo a sua identifi-
cação. Desta maneira, os resultados em relação aos ancilostomídeos, estão seguramente subestimados
15
Tabela II. Percentual de municípios planejados e realizados e, de exames parasitológicos planejados e realizados, nas cinco regiões, 26
estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG - 2010/2015)
% municípios % exames
Nº municípios Nº municípios Nº exames Nº exames
UF Estados (planejado x (planejado x
planejados realizados planejados realizados
realizado) realizado)
11 Rondônia 13 13 100,0 2182 3217 147,4
12 Acre 10 10 100,0 2180 1616 74,1
13 Amazonas 16 15 93,8 4361 2935 67,3
14 Roraima 7 7 100,0 2180 1443 66,2
15 Pará 20 19 95,0 8183 6198 75,7
16 Amapá 6 5 83,3 2181 1408 64,6
17 Tocantins 14 13 92,9 2182 1393 63,8
Total Norte 86 82 96,5 23449 18210 77,7
21 Maranhão 23 23 100,0 9281 9214 99,3
22 Piauí 19 19 100,0 6002 7004 116,7
23 Ceará 21 21 100,0 8459 8533 100,9
24 Rio Grande do Norte 20 20 100,0 8462 8918 105,4
25 Paraíba 21 21 100,0 9999 8415 84,2
26 Pernambuco 29 29 100,0 15559 19025 122,3
27 Alagoas 25 24 96,0 10922 11813 108,2
28 Sergipe 22 22 100,0 10519 10302 97,9
29 Bahia 47 47 100,0 27675 28382 102,6
Total Nordeste 227 226 99,6 106878 111606 104,4
31 Minas Gerais 58 56 96,6 36084 29689 82,3
32 Espírito Santo 16 16 100,0 7101 6554 92,3
33 Rio de Janeiro 23 21 91,4 7073 5111 72,3
35 São Paulo 25 23 92,0 4363 3119 71,5
Total Sudeste 122 116 95,1 54621 44473 81,4
41 Paraná 21 21 100,0 8685 6638 76,4
42 Santa Catarina 18 18 100,0 5180 5897 113,8
43 Rio Grande do Sul 17 14 82,3 4362 1611 36,9
Total Sul 56 53 96,6 18227 14146 77,6
50 Mato Grosso do Sul 16 13 81,3 4360 818 18,8
51 Mato Grosso 16 12 75,0 4363 867 19,9
52 Goiás 18 18 100,0 6018 4868 80,9
53 Distrito Federal 1 1 100,0 2180 2576 118,2
Total Centro-Oeste 51 44 86,3 16921 9129 54,0
Total geral do Brasil 542 521 96,1 220096 197564 89,8
16
Tabela III a. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni nos municípios amostrados, endêmicos e não endêmicos, < ou
≥ que 500 mil habitantes, das diferentes regiões brasileiras. (INPEG - 2010/2015)
Total de
Total da Total de Total de Proporção Intervalo de Confiança
Regiões municípios
Amostra Negativos Positivos de Positivos (95%)
amostrados
Norte 82 18210 18208 2 0,01 0,00 0,02
Área endêmica 3
< 500.000 hab 2 2545 2544 1 0,15 NC NC
>= 500.000 hab 1 2242 2241 1 0,10 NC NC
Área não endêmica 79
< 500.000 hab 77 12444 12444 0 0,00 NC NC
>= 500.000 hab 2 979 979 0 0,00 NC NC
Nordeste 226 111606 109544 2062 1,27 0,39 2,14
Área endêmica 89
< 500.000 hab 81 65475 63691 1784 2,67 0,25 5,09
>= 500.000 hab 8 16446 16244 202 0,39 0,00 1,74
Área não endêmica 137
< 500.000 hab 134 23105 23041 64 0,29 0,00 0,63
>= 500.000 hab 3 6580 6568 12 0,03 NC NC
Sudeste 116 44473 43879 594 2,35 0,00 6,02
Área endêmica 49
< 500.000 hab 47 31907 31365 542 5,12 0,00 14,22
>= 500.000 hab 2 2359 2339 20 0,27 NC NC
Área não endêmica 67
< 500.000 hab 55 6997 6970 27 0,22 0,00 0,46
>= 500.000 hab 12 3210 3205 5 0,18 0,00 0,48
Sul 53 14146 14146 0 0,00 0,00 0,00
Área endêmica 5
< 500.000 hab 4 2008 2008 0 0,00 NC NC
>= 500.000 hab 1 1790 1790 0 0,00 NC NC
Área não endêmica 48
< 500.000 hab 45 5952 5952 0 0,00 NC NC
>= 500.000 hab 3 4396 4396 0 0,00 NC NC
Centro Oeste 44 9129 9123 6 0,02 0,00 0,06
Área endêmica 3
< 500.000 hab 2 1020 1020 0 0,00 NC NC
>= 500.000 hab 1 2576 2575 1 0,02 NC NC
Área não endêmica 41
< 500.000 hab 40 3498 3493 5 0,03 0,00 0,08
>= 500.000 hab 1 2035 2035 0 0,00 NC NC
NC = não calculado, hab = habitantes
17
Tabela III b. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni nos municípios amostrados, endêmicos e não endêmicos, < ou ≥ que
500 mil habitantes, do Brasil. (INPEG - 2010/2015)
Total de
Total da Total de Total de Proporção Intervalo de Confiança
Regiões municípios
Amostra Negativos Positivos de Positivos (95%)
amostrados
Brasil 521 197564 194900 2664 0,99 0,20 1,78
Área endêmica 149 128368 125817 2551 2,71 0,00 5,45
< 500.000 hab 136 102955 100628 2327 3,28 0,00 6,55
>= 500.000 hab 13 25413 25189 224 0,27 0,00 1,07
Área não endêmica 372 69196 69083 113 0,12 0,01 0,23
< 500.000 hab 351 51996 51900 96 0,13 0,00 0,25
>= 500.000 hab 21 17200 17183 17 0,05 0,00 0,12
NC = não calculado, hab = habitantes
Tabela IV. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni nos municípios amostrados, endêmicos, ≥ que 500 mil habitantes, de dife-
rentes regiões brasileiras. (INPEG - 2010/2015)
Total de
escolares de
Total de muni-
7-17 anos de
Total de cípios endêmi- Proporção Intervalo de
Unidade Total da municípios Total de Total de
municípios cos com mais de Confiança
Federativa Amostra endêmicos Negativos Positivos
amostrados de 500.000 Positivos (95%)
com mais
habitantes
de 500.000
habitantes
Norte 18210 18208 2 0,01 0,00 0,02
15 19 1 6198 2242 2241 1 0,10 NC NC
Nordeste 111606 109544 2062 1,27 0,39 2,14
21 23 1 9214 1922 1918 4 0,24 NC NC
24 20 1 8918 2561 2561 0 0,00 NC NC
25 21 1 8415 1556 1536 20 1,10 NC NC
26 29 1 19025 3444 3356 88 2,48 NC NC
27 24 1 11813 2507 2470 37 1,20 NC NC
28 22 1 10302 2218 2168 50 2,28 NC NC
29 47 2 28382 2238 2235 3 0,16 NC 99,08
Sudeste 44473 43879 594 2,35 0,00 6,02
31 56 1 29689 1963 1956 7 0,26 NC NC
33 21 1 5111 396 383 13 2,80 NC NC
Sul 14146 14146 0 0,00 0,00 0,00
41 21 1 6638 1790 1790 0 0,00 NC NC
Centro
9129 9123 6 0,02 0,00 0,06
Oeste
53 1 1 2576 2576 2575 1 0,02 NC NC
NC = não calculado
18
Tabela V. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni nos municípios amostrados, não endêmicos, ≥ que 500 mil habitantes, de
diferentes regiões brasileiras. (INPEG - 2010/2015)
Total de
escolares de
Total de
7-17 anos de
municípios não
Total de municí- Proporção
Unidade endêmicos Total da Total de Total de Intervalo de
municípios pios não de
Federativa com mais Amostra Negativos Positivos Confiança (95%)
amostrados endêmicos Positivos
de 500.000
com mais
habitantes
de 500.000
habitantes
19
Tabela VI. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni nos municípios amostrados, endêmicos, < que 500 mil habitantes, de dife-
rentes regiões brasileiras. (INPEG - 2010/2015)
Total de
Total de escolares de
municípios 7-17 anos de
Total de Proporção Intervalo de
Unidade endêmicos Total da municípios Total de Total de
municípios de Confiança
Federativa com até Amostra endêmicos Negativos Positivos
amostrados Positivos (95%)
500.000 com até
habitantes 500.000
habitantes
Norte 18210 18208 2 0,01 0,00 0,02
15 19 2 6198 2545 2544 1 0,15 NC NC
Nordeste 111606 109544 2062 1,27 0,39 2,14
21 21 6 9214 4976 4968 8 0,13 0,01 1.38
22 19 2 7004 1714 1713 1 0,15 NC NC
23 21 5 8533 4107 4107 0 0,00 NC NC
24 20 5 8918 3790 3787 3 0,10 NC NC
25 21 7 8415 4467 4446 21 0,33 0,09 1,19
26 29 11 19025 9660 9378 282 3,77 0,54 22,01
27 24 8 11813 7004 6789 215 3,35 0,60 16,56
28 22 8 10302 5856 5315 541 10,67 2,26 38,14
29 47 29 28382 23901 23188 713 2,91 0,73 10,89
Sudeste 44473 43879 594 2,35 0,00 6,02
31 56 38 29689 25281 24785 485 5,81 1,41 20,96
32 16 6 6554 4640 4592 48 1,02 NC 99,86
33 21 3 5111 1986 1977 9 0,29 NC NC
Sul 14146 14146 0 0,00 0,00 0,00
41 21 3 6638 1434 1434 0 0,00 NC NC
42 18 1 5897 574 574 0 0,00 NC NC
Centro
9129 9123 6 0,02 0,00 0,06
Oeste
52 18 2 4868 1020 1020 0 0,00 NC NC
NC = não calculado
20
Tabela VII. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni nos municípios amostrados, não endêmicos, < 500 mil habitantes, de dife-
rentes regiões brasileiras. (INPEG - 2010/2015)
Total de
escolares de
Total de
7-17 anos de
Total de municípios Proporção Intervalo de
Unidade Total da municípios Total de Total de
municípios endêmicos com de Confiança
Federativa Amostra endêmicos Negativos Positivos
amostrados até 500.000 Positivos (95%)
com até
habitantes
500.000
habitantes
Norte 18210 18208 2 0,01 0,00 0,02
11 13 13 3217 3217 3217 0 0,00 NC NC
12 10 10 1616 1616 1616 0 0,00 NC NC
13 15 14 2935 2185 2185 0 0,00 NC NC
14 7 7 1443 1443 1443 0 0,00 NC NC
15 19 15 6198 1182 1182 0 0,00 NC NC
16 5 5 1408 1408 1408 0 0,00 NC NC
17 13 13 1393 1393 1393 0 0,00 NC NC
Nordeste 111606 109544 2062 1,27 0,39 2,14
21 21 16 9214 2316 2311 5 0,12 0,01 1,13
22 19 16 7004 3271 3271 0 0,00 NC NC
23 21 15 8533 2553 2553 0 0,00 NC NC
24 20 14 8918 2567 2567 0 0,00 NC NC
25 21 13 8415 2392 2392 0 0,00 NC NC
26 29 16 19025 3233 3230 3 0,21 0,04 0,96
27 24 15 11813 2302 2298 4 0,23 0,06 0,86
28 22 13 10302 2228 2210 18 1,14 0,59 2,19
29 47 16 28382 2243 2209 34 1,48 0,31 6,68
Sudeste 44473 43879 594 2,35 0,00 6,02
31 56 15 29689 1673 1670 3 0,11 0,00 0,74
32 16 10 6554 1914 1913 1 0,04 0,00 0,42
33 21 14 5111 1551 1528 23 1,86 0,55 6,12
35 23 16 3119 1859 1859 0 0,00 NC NC
Sul 14146 14146 0 0,00 0,00 0,00
41 21 16 6638 2058 2058 0 0,00 NC NC
42 18 16 5897 2298 2298 0 0,00 NC NC
43 14 13 1611 1596 1596 0 0,00 NC NC
Centro
9129 9123 6 0,02 0,00 0,06
Oeste
50 13 13 818 818 813 5 0,19 0,02 1,53
51 12 12 867 867 867 0 0,00 NC NC
52 18 15 4868 1813 1813 0 0,00 NC NC
NC = não calculado
21
Tabela VIII. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG -
2010/2015)
Proporção de Intervalo de
Unidade Federativa Estados Total da Amostra Total de Positivos
Positivos Confiança (95%)
22
Na Tabela IX pode ser visto que dos 197.564 escolares examinados foram encontrados 5.192 com
ovos de ancilostomídeos nas fezes, dando uma proporção de positivos de 2,73% com intervalo de con-
fiança de 1,98 a 3,49. É na região amazônica que se encontram os estados com as maiores taxas de
positividade, a saber, Pará (7,21%), Tocantins (6,06%) e Amazonas (3,14%). Os outros estados nesta região
apresentaram positividade em torno de 1%. No Nordeste, chama atenção a positividade no Maranhão
(15,79%), Sergipe (6,62%), Paraíba (5,09%) e Bahia (4,23%). Nos outros estados nordestinos a positividade
esteve abaixo de 2% e no resto do país abaixo de 1%, sendo do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul,
abaixo de 0,5%.
Apesar dos níveis que ainda exigem ação imediata de controle desta parasitose nas regiões Norte e
Nordeste, destaca-se que, se comparado com o inquérito de Pellon & Teixeira, 1953, o decréscimo de
positividade para esta verminose foi altamente significativo.
Na Figura 3 estão representados os municípios examinados e as taxas de positividade para ancilos-
tomídeos encontrados neste INPEG.
0,00
< 5,00
5,00 - 15,00
> 15,00
23
Dos 197.564 examinados foram positivos para a ascaridíase (A. lumbricoides) 11.531 escolares sendo
a proporção dos positivos de 6% com intervalo de confiança de 5,05 a 6,96. Os dados sobre a ascaridí-
ase podem ser vistos na Tabela X. Nas regiões do Norte e Nordeste foram encontradas as maiores taxas
de positividade, a saber, Amazonas (19,14%), Maranhão (17,49%), Alagoas (14,26%), Sergipe (12,86%) e
Pará (11,78%). Nos outros estados destas regiões a positividade girou em torno de 5% com exceção de
Roraima (0,71%) e Rondônia (0,80%). No Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul a
proporção dos positivos também foi por volta de 5%. Já em Minas Gerais e Espírito Santo, que na década
de 1950 apresentavam mais de 90% dos escolares infectados, estão com taxas respectivamente de 1,43
e 2,73%.
Na Figura 4 estão representados os municípios examinados e as taxas de positividade para ascaridí-
ase encontrada neste INPEG.
0,00
< 5,00
5,00 - 15,00
> 15,00
24
Em relação a tricuríase, os dados de distribuição são semelhantes aos da ascaridíase (Tabela XI). Do
total de 197.564 examinados, foi encontrada uma taxa de positividade de 5,41% (IC: 4,06 a 6,77), isto é,
10.654 escolares positivos. As maiores proporções de positivos estão nas regiões do Norte e Nordeste
sendo no Amazonas (21,79%), Pará 20,69%), Sergipe (16,99%) e Alagoas (15,04%). Amapá, Acre, Mara-
nhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, em
torno de 5% e nos outros estados brasileiros em torno de 2% ou menos, com destaque para a região
Centro-Oeste, com exceção do Mato Grosso, onde a taxa de positividade, gira em torno de 0,1%, repe-
tindo os dados encontrados para a ascaridíase nesta mesma região.
Na Figura 5 estão representados os municípios examinados e as taxas de positividade para tricuríase
encontrada neste INPEG.
0,00
< 5,00
5,00 - 15,00
> 15,00
25
Tabela IX. Proporção de positivos para ancilostomíase, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG - 2010/2015)
Proporção de Intervalo de
Unidade Federativa Estados Total da Amostra Total de Positivos
Positivos Confiança (95%)
Norte 18210 547 4,90 0,90 8,89
11 Rondônia 3217 34 1,18 0,16 2,20
12 Acre 1616 19 1,49 0,03 2,95
13 Amazonas 2935 95 3,14 1,54 4,73
14 Roraima 1443 11 0,95 0,24 1,66
15 Pará 6198 312 7,21 0,00 17,84
16 Amapá 1408 5 0,41 0,00 1,31
17 Tocantins 1393 71 6,06 2,07 10,04
Nordeste 111606 4203 4,53 3,26 5,81
21 Maranhão 9214 1105 15,79 11,09 20,49
22 Piauí 7004 57 1,46 0,00 3,13
23 Ceará 8533 41 0,45 0,17 0,73
24 Rio Grande do Norte 8918 103 1,02 0,00 2,59
25 Paraíba 8415 599 5,09 2,97 7,21
26 Pernambuco 19025 285 1,72 0,53 2,90
27 Alagoas 11813 644 4,56 2,53 6,59
28 Sergipe 10302 487 6,62 2,98 10,25
29 Bahia 28382 882 4,23 1,44 7,02
Sudeste 44473 397 0,69 0,36 1,02
31 Minas Gerais 29689 300 0,90 0,43 1,37
32 Espírito Santo 6554 61 0,89 0,40 1,38
33 Rio de Janeiro 5111 24 0,44 0,00 0,94
35 São Paulo 3119 12 0,28 0,04 0,52
Sul 14146 13 0,08 0,00 0,18
41 Paraná 6638 7 0,12 0,00 0,32
42 Santa Catarina 5897 5 0,01 0,00 0,04
43 Rio Grande do Sul 1611 1 0,01 0,00 0,04
Centro Oeste 9129 32 0,25 0,07 0,44
50 Mato Grosso do Sul 818 0 0,00 0,00 0,00
51 Mato Grosso 867 4 0,44 0,00 1,08
52 Goiás 4868 26 0,28 0,02 0,54
53 Distrito Federal 2576 2 0,02 NC NC
Brasil 197564 5192 2,73 1,98 3,49
26
Tabela X. Proporção de positivos para ascaridíase, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG - 2010/2015)
Proporção de Intervalo de
Unidade Federativa Estados Total da Amostra Total de Positivos
Positivos Confiança (95%)
27
Tabela XI. Proporção de positivos para tricuríase, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG - 2010/2015)
Proporção de Intervalo de
Unidade Federativa Estados Total da Amostra Total de Positivos
Positivos Confiança (95%)
28
Os resultados que mostram o percentual de municípios por UF positivos para esquistossomose, as-
caridíase, ancilostomíase e tricuríase podem ser vistos na Tabela XII. Estes percentuais variaram bastante
em cada UF, porém, deve-se destacar que o número de municípios positivos estiveram diretamente
associados à taxa de positividade nas UF. Por exemplo, no que se refere aos geo-helmintos, todos os
municípios examinados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão e Alagoas apresentaram-se positivos
para um ou mais dos parasitas intestinais. Nos outros estados, a positividade nos municípios foi também
muito frequente e em nenhuma das UF houve negatividade total. Já em relação a esquistossomose, foram
totalmente negativos os municípios dos estados do Norte com exceção do Pará onde 2 (10,53%) apre-
sentaram-se endêmicos nos 19 examinados. No Nordeste, apenas no estado do Ceará todos municípios
estavam negativos nos 21 examinados, e no Rio Grande do Norte apenas 1 positivo em 20 examinados.
Também no Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não houve município positivo. Na região
Centro-Oeste apenas 1 positivo (7,69%) em 13 municípios do Mato Grosso do Sul e um único caso no
Distrito Federal. No Mato Grosso e Goiás foram totalmente negativos. No Brasil, no total de 521 municípios
examinados em 137 (26,30%) foram encontrados casos de esquistossomose. Já a ascaridíase foi detec-
tada em 393 (75,43%) dos municípios examinados, os ancilostomídeos em 295 (56,62%) e a tricuríase,
em 352 (67,56%).
Na Tabela XIII encontram-se os dados da taxa de positividade para esquistossomose e geo-helmin-
toses nos escolares, por idade, no Brasil. Não foram detectadas diferenças significativas das taxas de
positividades das crianças na faixa etária de 7 a 17 anos.
29
Tabela XII. Total de municípios positivos para esquistossomose, ascaridíase, ancilostomíase e tricuríase, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros
e no distrito federal. (INPEG - 2010/2015)
30
Tabela XIII. Proporção de Positivos para esquistossomose, ascaridíase, ancilostomíase e tricuríase, por idade, (INPEG - 2010/2015)
No que se refere ao total de positividade por sexo para as quatro verminoses, embora sempre os do
sexo masculino apresentassem taxas de positividade maiores que os do sexo feminino, não foram encon-
tradas diferenças significativas (Tabelas XIV, XV, XVI e XVII).
Os resultados encontrados por estados e municípios referentes à esquistossomose, ascaridíase, an-
cilostomíase e tricuríase podem ser vistos nas tabelas do Anexo III.
31
Tabela XIV. Proporção de positivos para esquistossomose mansoni, por sexo, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal.
(INPEG - 2010/2015)
Sexo
Norte 18210 9660 0,02 0,00 0,04 8550 0,00 0,00 0,00
11 Rondônia 3217 1643 0,00 0,00 0,00 1574 0,00 0,00 0,00
12 Acre 1611 1147 0,00 0,00 0,00 469 0,00 0,00 0,00
13 Amazonas 2935 1601 0,00 0,00 0,00 1334 0,00 0,00 0,00
14 Roraima 1443 734 0,00 0,00 0,00 709 0,00 0,00 0,00
15 Pará 6198 3038 0,04 0,00 0,10 3160 0,00 0,00 0,00
16 Amapá 1408 765 0,00 0,00 0,00 643 0,00 0,00 0,00
17 Tocantins 1393 732 0,00 0,00 0,00 661 0,00 0,00 0,00
Nordeste 111606 56282 1,37 0,45 2,29 55324 1,15 0,28 2,03
21 Maranhão 9214 4618 0,17 0,00 0,52 4596 0,09 0,00 0,21
22 Piauí 7004 3725 0,00 0,00 0,00 3279 0,01 0,00 0,05
23 Ceará 8533 4459 0,00 0,00 0,00 4074 0,00 0,00 0,00
24 Rio Grande do Norte 8918 4363 0,03 0,00 0,08 4555 0,01 0,00 0,02
25 Paraíba 8415 4343 0,18 0,06 0,30 4072 0,18 0,01 0,34
26 Pernambuco 19025 9420 2,13 0,00 4,68 9605 2,15 0,00 5,53
27 Alagoas 11813 5895 2,74 0,71 4,77 5918 1,89 0,00 4,42
28 Sergipe 10302 5165 10,79 0,86 20,73 5137 5,55 2,12 8,98
29 Bahia 28382 14294 2,29 0,00 4,77 14088 2,09 0,00 4,39
Sudeste 44473 22765 3,15 0,00 8,08 21708 1,51 0,00 3,80
31 Minas Gerais 29689 14973 5,17 0,00 12,35 14716 2,47 0,00 5,94
32 Espírito Santo 6554 3509 0,65 0,00 1,32 3045 0,77 0,00 2,17
33 Rio de Janeiro 5111 2767 2,25 0,00 4,93 2344 0,71 0,00 1,72
35 São Paulo 3119 1516 0,06 0,00 0,14 1603 0,03 0,00 0,10
Sul 14146 7115 0,00 0,00 0,00 7031 0,00 0,00 0,00
41 Paraná 6638 3340 0,00 0,00 0,00 3298 0,00 0,00 0,00
42 Santa Catarina 5897 2935 0,00 0,00 0,00 2962 0,00 0,00 0,00
43 Rio Grande do Sul 1611 840 0,00 0,00 0,00 771 0,00 0,00 0,00
Centro
9129 4424 0,02 0,00 0,05 4705 0,03 0,00 0,09
Oeste
50 Mato Grosso do Sul 818 407 0,12 0,00 0,45 411 0,25 0,00 0,80
51 Mato Grosso 867 416 0,00 0,00 0,00 451 0,00 0,00 0,00
52 Goiás 4868 2334 0,00 0,00 0,00 2534 0,00 0,00 0,00
53 Distrito Federal 2576 1267 0,04 NC NC 1309 0,00 0,00 0,00
Brasil 197564 100246 1,20 0,16 2,24 97318 0,78 0,23 1,33
32
Tabela XV. Proporção de Positivos para Ancilostomíase, por sexo, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG -
2010/2015)
Sexo
Norte 18210 9660 5,37 1,52 9,21 8550 4,36 0,02 8,69
11 Rondônia 3217 1643 1,37 0,33 2,42 1574 0,99 0,00 2,17
12 Acre 1616 1147 1,64 0,00 3,38 469 1,04 0,00 3,17
13 Amazonas 2935 1601 3,93 1,99 5,88 1334 2,11 0,39 3,83
14 Roraima 1443 734 1,91 0,02 3,80 709 0,13 0,00 0,47
15 Pará 6198 3038 8,11 0,00 19,05 3160 6,36 0,00 16,92
16 Amapá 1408 765 0,25 0,00 0,78 643 0,59 0,00 2,42
17 Tocantins 1393 732 7,10 1,47 12,74 661 4,85 1,18 8,52
Nordeste 111606 56282 5,20 3,67 6,74 55324 3,83 2,72 4,94
21 Maranhão 9214 4618 18,19 12,79 23,60 4596 13,27 8,53 18,00
22 Piauí 7004 3725 1,79 0,00 4,05 3279 1,06 0,04 2,07
23 Ceará 8533 4459 0,50 0,01 1,00 4074 0,39 0,00 0,81
24 Rio Grande do Norte 8918 4363 1,27 0,00 3,04 4555 0,75 0,00 2,25
25 Paraíba 8415 4343 5,87 3,50 8,24 4072 4,16 1,85 6,47
26 Pernambuco 19025 9420 1,75 0,13 3,37 9605 1,69 0,81 2,56
27 Alagoas 11813 5895 5,11 2,95 7,27 5918 4,03 1,64 6,43
28 Sergipe 10302 5165 7,90 2,90 12,91 5137 5,32 1,77 8,87
29 Bahia 28382 14294 4,85 1,65 8,05 14088 3,60 1,12 6,08
Sudeste 44473 22765 0,75 0,44 10,48 21708 0,63 0,18 1,08
31 Minas Gerais 29689 14973 0,85 0,43 1,26 14716 0,95 0,30 1,59
32 Espírito Santo 6554 3509 1,16 0,60 1,72 3045 0,60 0,04 1,16
33 Rio de Janeiro 5111 2767 0,53 0,00 1,18 2344 0,30 0,00 0,80
35 São Paulo 3119 1516 0,47 0,00 0,94 1603 0,10 0,00 0,23
Sul 14146 7115 0,12 0,00 0,32 7031 0,03 0,00 0,10
41 Paraná 6638 3340 0,20 0,00 0,55 3298 0,06 0,00 0,18
42 Santa Catarina 5897 2935 0,02 0,00 0,08 2962 0,00 0,00 0,01
43 Rio Grande do Sul 1611 840 0,03 0,00 0,09 771 0,00 0,00 0,00
Centro Oeste 9129 4424 0,44 0,10 0,78 4705 0,09 0,00 0,23
50 Mato Grosso do Sul 818 407 0,00 0,00 0,00 411 0,00 0,00 0,00
51 Mato Grosso 867 416 0,56 0,00 1,51 451 0,33 0,00 1,05
52 Goiás 4868 2334 0,56 0,02 1,10 2534 0,03 0,00 0,06
53 Distrito Federal 2576 1267 0,05 NC NC 1309 0,00 0,00 0,00
Brasil 197564 100246 3,18 2,32 4,04 97318 2,27 1,57 2,97
33
Tabela XVI. Proporção de Positivos para Ascaridíase, por sexo, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG - 2010/2015)
Sexo
Masc. Fem. Intervalo de
Unidade Total da Intervalo de
Estados Confiança
Federativa Amostra N % Confiança (95%) N % (95%)
Norte 18210 9660 11,66 7,05 16,27 8550 9,82 5,59 14,05
11 Rondônia 3217 1643 1,33 0,11 2,56 1574 0,30 0,00 0,71
12 Acre 1616 1147 7,67 3,18 12,16 469 4,04 0,00 8,72
13 Amazonas 2935 1601 19,61 14,78 24,45 1334 18,54 11,84 25,24
14 Roraima 1443 734 1,30 0,05 2,55 709 0,21 0,00 0,63
15 Pará 6198 3038 13,01 0,00 26,14 3160 10,62 1,16 20,08
16 Amapá 1408 765 8,57 2,79 14,35 643 4,55 0,73 8,37
17 Tocantins 1393 732 5,33 0,00 12,15 661 4,53 0,00 10,40
Nordeste 111606 56282 8,91 7,19 10,64 55324 7,57 6,03 9,11
21 Maranhão 9214 4618 18,89 14,58 23,20 4596 16,03 12,47 19,58
22 Piauí 7004 3725 5,31 0,00 11,31 3279 2,18 0,38 3,98
23 Ceará 8533 4459 5,18 2,05 8,31 4074 4,54 2,09 6,99
24 Rio Grande do Norte 8918 4363 5,41 0,00 11,09 4555 4,22 0,00 8,51
25 Paraíba 8415 4343 5,48 2,99 7,97 4072 5,08 2,80 7,37
26 Pernambuco 19025 9420 7,91 3,65 12,16 9605 5,25 2,96 7,53
27 Alagoas 11813 5895 14,37 10,26 18,48 5918 14,17 8,64 19,69
28 Sergipe 10302 5165 13,89 5,36 22,42 5137 11,73 5,98 17,48
29 Bahia 28382 14294 8,36 4,85 11,87 14088 7,35 3,81 10,90
Sudeste 44473 22765 2,02 1,24 2,80 21708 2,05 0,80 3,30
31 Minas Gerais 29689 14973 1,48 0,92 2,03 14716 1,39 0,81 1,97
32 Espírito Santo 6554 3509 2,57 1,43 3,70 3045 2,90 1,55 4,25
33 Rio de Janeiro 5111 2767 5,36 0,00 11,90 2344 3,82 0,45 7,18
35 São Paulo 3119 1516 2,27 0,35 4,18 1603 2,82 0,00 6,06
Sul 14146 7115 4,26 2,43 6,09 7031 3,20 1,19 5,22
41 Paraná 6638 3340 5,08 3,33 6,83 3298 3,18 1,37 4,99
42 Santa Catarina 5897 2935 5,21 0,00 11,46 2962 5,00 0,00 11,75
43 Rio Grande do Sul 1611 840 0,46 0,00 1,11 771 0,66 0,16 1,15
Centro
9129 4424 1,45 0,35 2,55 4705 0,96 0,00 2,17
Oeste
50 Mato Grosso do Sul 818 407 0,00 0,00 0,00 411 0,25 0,00 0,81
51 Mato Grosso 867 416 4,71 0,00 9,63 451 3,94 0,00 9,44
52 Goiás 4868 2334 0,40 0,00 0,83 2534 0,01 0,00 0,02
53 Distrito Federal 2576 1267 0,78 NC NC 1309 0,42 NC NC
Brasil 197564 100246 6,59 5,52 7,67 97318 5,40 4,46 6,34
NC = não calculado
34
Tabela XVII. Proporção de positivos para Tricuríase, por sexo, nas cinco regiões, 26 estados brasileiros e no distrito federal. (INPEG - 2010/2015)
Gênero
Norte 18210 9660 15,10 6,82 23,39 8550 15,05 5,70 24,39
11 Rondônia 3217 1643 1,34 0,16 2,52 1574 0,75 0,00 1,59
12 Acre 1616 1147 5,98 0,57 11,38 469 4,47 0,00 10,01
13 Amazonas 2935 1601 21,62 16,04 27,21 1334 22,00 15,16 28,85
14 Roraima 1443 734 0,06 0,00 0,21 709 0,69 0,00 1,72
15 Pará 6198 3038 21,73 0,00 45,12 3160 19,73 0,00 42,11
16 Amapá 1408 765 9,56 0,00 21,13 643 4,44 0,00 9,14
17 Tocantins 1393 732 1,23 0,00 2,59 661 2,00 0,36 3,64
Nordeste 111606 56282 6,50 5,07 7,94 55324 5,32 4,22 6,42
21 Maranhão 9214 4618 6,53 0,93 12,13 4596 4,98 2,04 7,92
22 Piauí 7004 3725 2,13 0,00 5,66 3279 0,71 0,00 1,71
23 Ceará 8533 4459 4,87 1,67 8,06 4074 4,28 1,61 6,95
24 Rio Grande do Norte 8918 4363 6,59 0,00 13,39 4555 5,32 0,90 9,74
25 Paraíba 8415 4343 5,85 3,42 8,28 4072 4,96 3,05 6,86
26 Pernambuco 19025 9420 4,87 2,67 7,07 9605 4,24 1,95 6,53
27 Alagoas 11813 5895 17,03 10,92 23,13 5918 13,11 6,90 19,32
28 Sergipe 10302 5165 19,45 11,02 27,88 5137 14,52 8,18 20,85
29 Bahia 28382 14294 6,27 3,66 8,87 14088 5,24 3,02 7,45
Sudeste 44473 22765 1,95 1,02 2,88 21708 1,58 0,49 2,67
31 Minas Gerais 29689 14973 0,69 0,46 0,92 14716 0,65 0,38 0,92
32 Espírito Santo 6554 3509 2,13 0,57 3,70 3045 2,43 0,46 4,40
33 Rio de Janeiro 5111 2767 6,98 0,00 15,38 2344 4,39 1,36 7,42
35 São Paulo 3119 1516 3,36 0,98 5,74 1603 2,71 0,00 5,55
Sul 14146 7115 4,54 2,55 6,52 7031 3,70 1,27 6,13
41 Paraná 6638 3340 5,73 3,25 8,22 3298 4,08 0,66 7,50
42 Santa Catarina 5897 2935 4,85 0,00 10,86 2962 4,68 0,00 11,10
43 Rio Grande do Sul 1611 840 0,42 0,00 1,15 771 0,94 0,50 1,38
Centro
9129 4424 0,07 0,00 0,16 4705 0,60 0,00 1,68
Oeste
50 Mato Grosso do Sul 818 407 0,16 0,00 0,51 411 0,12 0,00 0,38
51 Mato Grosso 867 416 0,17 0,00 0,55 451 2,50 0,00 7,32
52 Goiás 4868 2334 *0,00 **0,00 **0,00 2534 0,06 0,00 0,19
53 Distrito Federal 2576 1267 0,07 NC NC 1309 0,00 0,00 0,00
Brasil 197564 100246 5,85 4,44 7,27 97318 4,96 3,61 6,31
35
Discussão
O INPEG foi realizado graças a dedicação e competência dos coordenadores responsáveis pelas cin-
co regiões brasileiras, pelo trabalho desenvolvido no desenho amostral, pela participação ativa dos téc-
nicos, dos funcionários e dos empregados dos estados e municípios. Sem estes esforços somados não
teria sido possível concluir este Inquérito. Esperava-se a colaboração e o envolvimento de autoridades
que deveriam ter acolhido este INPEG desde o início, pela sua importância e atualidade. No entanto, nem
sempre isto se deu. Felizmente, estas ocorrências representaram uma minoria, considerada insignificante
no conjunto das ações. O Inquérito demandou grandes esforços dos coordenadores e deve ser destaca-
da a presença e o apoio constante da direção da SVS/MS que, quando solicitada, atendeu a tempo e a
hora. Foram muitas reuniões e viagens dos coordenadores para o convencimento da necessidade deste
Inquérito e para vencer resistências pontuais.
Após o treinamento dos técnicos e das reuniões locais com os trabalhadores das secretarias que se-
riam envolvidos, iniciou-se o projeto que levou um pouco mais de tempo do que o estimado inicialmente.
Foi cumprido 90% do planejado.
Talvez, a primeira deficiência tenha sido encontrada ao se analisarem os dados de mais de 220 mil
escolares participantes. Pôde-se constatar que um grande número de exames realizados não poderiam
ter sido incluídos. De fato, 15.607 pessoas foram inseridas indevidamente, pois eram maiores de 17 anos
e, portanto, tiveram que ser retiradas.
Os resultados do INPEG surpreenderam positivamente. Quando os dados são comparados com os
dois inquéritos nacionais realizados anteriormente, isto é, o de Pellon & Teixeira, 1950 a 1953 (esquistos-
somose e geo-helmintoses) e o do PECE, 1975 a 1977 (somente esquistossomose), a queda nas taxas de
positividade em todos os estados brasileiros, é altamente significativa. Se considerarmos o Brasil como um
todo, a positividade para esquistossomose cai de 10% no primeiro inquérito para 6,9% em 1977 e agora
para cerca de 1%. Na Tabela XVIII podem ser vistos os resultados dos três inquéritos em 11 estados do
Nordeste e Sudeste considerados endêmicos. Observa-se queda significativa da positividade da esquis-
tossomose entre 1949, 1977 e 2015 que passou, respectivamente de 10,09 para 9,24 e atualmente 1,79%.
36
Tabela XVIII. Resultados dos três Inquéritos para esquistossomose mansoni, de maior abrangência, realizados no Brasil.
Pellon & Teixeira (1949) PECE (1977-81) INPEG (2010/2015)
Estados Nº % para Nº % para Nº % para
examinados S. mansoni examinados S. mansoni examinados S. mansoni
Maranhão 12.733 0,46 13.754 3,2 9.214 0,13
Piauí 10.424 0,04 8.518 0,0 7.004 0,001
Ceará 41.218 0,94 20.460 2,9 8.533 0,00
R. G. do Norte 18.808 2,32 11.870 0,6 8.918 0,02
Paraíba 21.715 7,49 10.294 5,8 8.415 0,18
Pernambuco 50.971 25,09 23.495 13,1 19.025 2,14
Alagoas 17.668 19,75 15.487 21,5 11.813 2,31
Sergipe 17.229 29,80 6.085 31,7 10.302 8,19
Bahia 74.590 16,55 NR NR 28.382 2,19
Espírito Santo 12.939 1,62 11.057 2,6 6.554 0,71
Minas Gerais 162.491 4,96 55.785 10,1 29.689 3,86
Total Geral 440.786 10,09 176.805 9,24 147.849 1,79
NR = não realizado
37
A favor da possibilidade de comparação existe o dado do tamanho das amostras incluídas nos inqué-
ritos anteriores de mais de 350 mil no segundo e mais de 400 mil no primeiro. Isto quando a população
brasileira era bem menor que a atual. No presente Inquérito foi considerada a população do ano de 2010
de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação ao presente
Inquérito a amostragem seguiu rígidos princípios estatísticos, podendo ser considerada fidedigna e repre-
sentativa a taxa de positividade encontrada nos estados e no país.
Outra ressalva baseia-se em publicações recentes, no Brasil e no exterior, mostrando que, em áreas
de baixa endemicidade para esquistossomose e, consequentemente, com pacientes apresentando bai-
xas cargas parasitárias, o uso de 2 lâminas de Kato-Katz vai subestimar significativamente a prevalência
real da doença, pois somente 25 a 30% dos infectados serão detectados (De Vlas e Gryseels, 1992, Ut-
zinger et. al, 2001, Enk et al, 2008, Siqueira et al., 2011, 2015). No Brasil a grande maioria das áreas endê-
micas pode ser classificada como de baixa endemicidade (abaixo de 10,0% com 2 lâminas de Kato-Katz).
Os estudos recentes acima mencionados usaram associações de métodos parasitológicos e aumento
do número de lâminas de Kato-Katz (até 24 lâminas por paciente). Obviamente que tais procedimentos
em um estudo com a amplitude deste seria impraticável. Ressalta-se ainda que o inquérito realizado pelo
PECE, usando o método Kato-Katz, também usou 2 lâminas no levantamento e esta padronização favo-
rece análises comparativas. Portanto, pode-se inferir que, dado a situações atuais da esquistossomose
no Brasil, onde a grande maioria dos municípios apresenta baixo número de casos e com baixa carga
parasitária, é possível que a prevalência da parasitose seja realmente 2 a 3 vezes maior. Estudos devem
ser realizados para que um fator de correção possa estimar a provável prevalência, pois seria impossível
para qualquer sistema de saúde fazer este grande montante de lâminas e exames.
Os resultados do presente Inquérito mostram uma taxa de positividade de 0,99%, significando uma
queda de 10 e 7 vezes, considerando-se respectivamente os inquéritos anteriores. Deve-se mencionar que
foram encontrados apenas 14 estados endêmicos e um caso no Distrito Federal, comparando-se aos 17
anteriormente considerados. Destaque-se que como é sabido e já foi exaustivamente repetido, a esquistos-
somose é uma endemia focal, o que dificulta a identificação dos locais de transmissão. Sabe-se, por exem-
plo, que no Ceará, Paraná e em outros estados, foram descritos diversos focos que não foram detectados
neste Inquérito por não terem sido sorteados os respectivos municípios. Os resultados ora obtidos, embora
possam ser considerados válidos e corretos para conhecer a prevalência da esquistossomose no país e
nos estados, deverão ser complementados com o estudo de áreas com presença de transmissores onde
houver notificação de casos e áreas anteriormente consideradas endêmicas.
Em relação às geo-helmintoses também, ficou clara a significativa diminuição das taxas de positivi-
dade em relação aos inquéritos anteriores. Todavia, chama a atenção que vários estados do Norte e do
Nordeste ainda apresentam elevada taxa de positividade para estes helmintos, a saber, Maranhão, Ama-
zonas, Pará, Alagoas e Sergipe.
É interessante relacionar os dados do saneamento básico e a prevalência destas helmintoses. Sabe-
-se que os estados do Norte e Nordeste apresentam um maior número de municípios e localidades sem
condições adequadas de abastecimento de água, esgoto e disposição de lixo. No Gráfico I pode-se ver
a evolução destes serviços no Brasil em diferentes períodos.
38
90
Água (rede geral)
60
50
40
30
20
10
0
1970 1980 1991 2000 2010
Gráfico I. Domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário no Brasil em 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010.
Fonte: IBGE, 2010 - Saiani e Toneto Jr., 2010
Embora constate-se que houve significativo aumento destes serviços, fica claro que a implementação
tem sido lenta e aquém da necessidade, especialmente se considerarmos o esgotamento sanitário onde
pouco mais da metade dos domicílios tem rede de esgoto e em apenas metade destes, algum tipo de
tratamento. Mesmo assim, esta melhoria dos serviços nas últimas décadas deve ser uma das respon-
sáveis pela diminuição das taxas de positividade das parasitoses ora consideradas, à qual associa-se,
ainda, o número de tratamentos específicos realizados em larga escala no Brasil desde o fim da década
de 70, acrescenta-se também o uso de calçados com a melhoria das condições socioeconômicas da
população, especialmente nos últimos anos, quando milhões de brasileiros deixaram a faixa da miséria
e da pobreza, ascendendo de classe social. Todavia, a disparidade nacional ainda é bastante evidente
sendo as regiões norte e nordeste aquelas que apresentam os índices menores de domicílios com abas-
tecimento de água ou coleta de dejetos (Gráfico II).
39
100
90
80
70
60
50
40
30
20 1970
2010
10
0
Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-oeste Brasil
Gráfico II. Domicílios com abastecimento de água por rede geral em 1970 e 2010.
Fonte: IBGE, 2010 - Saiani e Toneto Jr., 2010
Para corroborar também a diminuição da prevalência destes parasitos no país, no Gráfico III pode-se
ver os índices de mortalidade e morbidade (medida pela taxa de internação) da esquistossomose, nas
últimas décadas.
2,7
2,4
2,1
1,8
Mortalidade
1,5 Internação
1,2
0,9
0,6
0,3
0
09
03
05
01
07
9
3
5
9
7
7
1
13
79
11
7
9
8
8
7
20
20
20
20
20
20
20
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
Gráfico III. Taxa de Mortalidade e Internação Hospitalar por Esquistossomose, por 100 mil habitantes no Brasil (1977-2013).
Fonte: Sistema de Informação Sobre Mortalidade – SIM; Sistema de Informações Hospitalares – SIH/SUS.
40
Segundo o Institute for Health Metrics and Evaluation, a esquistossomose foi responsável por 0,034%
do total das mortes no Brasil ocorrido em 2010. Já as geo-helmintoses responderam por 0,004% do total
de mortes (GBD, 2010). Também os dados do presente Inquérito mostram uma expressiva diminuição da
prevalência das geo-helmintoses quando comparadas com as taxas dos inquéritos anteriores realizados
no Brasil (Tabela XIX). Não houve praticamente mudança na taxa de positividade das geo-helmintoses de
1916 a 1951. Esta taxa decresceu mais de 90% em escolares em 1947, para cerca de 9% em 2015, ou
seja, uma redução de mais de dez vezes.
41
Recomendações para a utilização dos resultados
do INPEG
1. Em alguns estados brasileiros a taxa de positividade para esquistossomose ainda está alta, indi-
cando claramente a necessidade de intervenção com medidas de controle mais efetivas. Neste
caso, deve-se citar os estados de Sergipe, Minas Gerais, Alagoas, Bahia, e Pernambuco.
2. Esforços adicionais devem ser realizados também nos outros estados nordestinos onde a pre-
valência encontra-se bem menor do que era e onde já se vislumbra a possibilidade de sua elimi-
nação como doença de saúde pública como preconizado pela Organização Mundial da Saúde,
aceito e adotado pelo Ministério da Saúde do Brasil.
3. Nas áreas ainda indenes como parecem ser, por exemplo, os estados de Rondônia, Mato Gros-
so e Mato Grosso do Sul, são necessárias medidas de diagnóstico e tratamento dos migrantes
de outras regiões endêmicas para evitar a instalação de focos. A prevenção, no caso, é a me-
dida mais eficaz e econômica e deve ser preocupação urgente e abrangente das autoridades
sanitárias.
4. Nos outros estados brasileiros também deve-se continuar atuando, pois já se vislumbra a possi-
bilidade da sua eliminação como doenças de saúde pública.
5. Em relação aos geo-helmintos as maiores taxas de positividade foram encontradas nas regiões
Norte e Nordeste. Nestas regiões, fica clara a necessidade de intensificar as medidas de con-
trole.
6. Diagnóstico e tratamento dos casos positivos de esquistossomose e geo-helmintos devem con-
tinuar a ser executados em todo país com maior intensidade.
7. O saneamento básico deve ser priorizado, especialmente visando o abastecimento de água nos
domicílios e a coleta adequada com posterior tratamento do esgoto. Investimentos em sanea-
mento devem aumentar de valor, serem intensos e sem interrupções.
Como conclusão, o INPEG mostra que houve uma diminuição significativa da taxa de positividade da
esquistossomose e das geo-helmintoses no Brasil como um todo, mas que continua havendo desigualda-
de regional destas doenças endêmicas parasitárias alcançando ainda nível inaceitável em vários estados
e muitas localidades.
O Ministério da Saúde junto aos outros ministérios que compõem o governo brasileiro devem intensifi-
car e ampliar as ações visando ao controle destas doenças parasitárias, cuja ocorrência em pleno século
XXI depõe contra os princípios civilizatórios que tem como objetivos o bem estar de sua população, atra-
vés do término da iniquidade, privilegiando a justiça social.
42
Referências
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44
Anexo I
Resumo do plano amostral realizado no Inquérito Nacional de Prevalência
da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses (INPEG 2010/2015)
Objetivo do Plano: Obter amostras aleatórias independentes de menores em idade escolar de aglo-
merados de municípios, de três áreas não endêmicas para a esquistossomose de cada Estado ou Uni-
dade da Federação, e de municípios de uma quarta área (a área “endêmica” do antigo PCE) existente em
alguns estados ou UFs.
Áreas amostradas: Áreas endêmicas de populações municipais menores, iguais ou maiores que
500.000 habitantes e áreas não endêmicas de populações menores, iguais ou maiores que 500.000
habitantes.
45
Resumo amostral das áreas endêmicas e não endêmicas com populações municipais acima e abaixo de 500.000 habitantes do
Inquérito nas unidades federadas do país
< 500.000 hab >= 500.000 hab < 500.000 hab >= 500.000 hab
46
Quantidade de menores em idade escolar selecionada para cada município da área endêmica do país
incluído no inquérito:
Prevalência média = 6,34 %
Precisão da amostra: 6,34 x 0,20
Erro alfa: 5 %
Potência da amostra: 90 %
Quantidade prevista de menores de idade de cada município da área endêmica do país: 820.
Área endêmica de municípios com >= 500.000 habitantes e área não endêmica.
Prevalência média = 50,0 %
Precisão da amostra: 3,0%
Erro alfa: 5 %
Potência da amostra: 80 %
Quantidade prevista de menores de idade de cada da área do em cada estado ou UF: 2.100.
OBS: A quantidade de municípios de cada área, em cada UF, foi determinada pela divisão da quantidade
de menores prevista na amostra da área dividida por 140 (quantidade esperada de menores existentes
nos municípios muito pequenos).
47
Anexo II
Número de amostras e de municípios não endêmicos e endêmicos < e ≥ 500mil habitantes, das cinco regiões, 26 estados brasileiros e do Distrito
Federal. (INPEG - 2010/2015)
Área Não Endêmica
< 500.000 hab. >= 500.000 hab.
N N N N N N
UF Estados UF Estados
Amostra Municípios Amost/Mun. Amostra Municípios Amost/Mun.
Norte Norte
11 Rondônia 3217 13 247,5
12 Acre 1616 10 161,6
13 Amazonas 2185 14 156,1 13 Amazonas 750 1 750,0
14 Roraima 1443 7 206,1
15 Pará 1182 15 78,8 15 Pará 229 1 229,0
16 Amapá 1408 5 281,6
17 Tocantins 1393 13 107,2
Nordeste Nordeste
21 Maranhão 2316 16 144,8
22 Piauí 3271 16 204,4 22 Piauí 2019 1 2019,0
23 Ceará 2553 15 170,2 23 Ceará 1873 1 1873,0
24 R. G. do Norte 2567 14 183,4
25 Paraíba 2392 13 184,0
26 Pernambuco 3233 16 202,1 26 Pernambuco 2688 1 2688,0
27 Alagoas 2302 15 153,5
28 Sergipe 2228 13 171,4
29 Bahia 2243 16 140,2
Sudeste Sudeste
31 Minas Gerais 1673 15 111,5 31 Minas Gerais 772 2 386,0
32 Espírito Santo 1914 10 191,4
33 Rio de Janeiro 1551 14 110,8 33 Rio de Janeiro 1178 3 392,7
35 São Paulo 1859 16 116,2 35 São Paulo 1260 7 180,0
Sul Sul
41 Paraná 2058 16 128,6 41 Paraná 1356 1 1356,0
Santa
42 Santa Catarina 2298 16 143,6 42 3025 1 3025,0
Catarina
43 R. G. do Sul 1596 13 122,8 43 R. G. do Sul 15 1 15,0
Centro Centro
Oeste Oeste
50 M. G. do Sul 818 13 62,9
51 Mato Grosso 867 12 72,3
52 Goiás 1813 15 120,9 52 Goiás 2035 1 2035,0
Total 51996 351 148,1 Total 17200 21 819,0
48
Anexo II. Continuação. Número de amostras e de municípios não endêmicos e endêmicos < e ≥ 500mil habitantes, das cinco regiões, 26
estados brasileiros e do Distrito Federal. (INPEG - 2010/2015)
Área Endêmica
< 500.000 hab. >= 500.000 hab.
N N N N N N
UF Estados UF Estados
Amostra Municípios Amost/Mun. Amostra Municípios Amost/Mun.
Norte Norte
15 Pará 2545 2 1272,5 15 Pará 2242 1 2242,0
Nordeste Nordeste
21 Maranhão 4976 6 829,3 21 Maranhão
22 Piauí 1714 2 857,0
23 Ceará 4107 5 821,4
24 R. G. do Norte 3790 5 758,0 24 R. G. do Norte 2561 1 2561,0
25 Paraíba 4467 7 638,1 25 Paraíba 1556 1 1556,0
26 Pernambuco 9660 11 878,2 26 Pernambuco 3444 1 3444,0
27 Alagoas 7004 8 875,5 27 Alagoas 2507 1 2507,0
28 Sergipe 5856 8 732,0 28 Sergipe 2218 1 2218,0
29 Bahia 23901 29 824,2 29 Bahia 2238 2 1119,0
Sudeste Sudeste
31 Minas Gerais 38 665,3 111,5 31 Minas Gerais 1963 1 1963,0
32 Espírito Santo 6 773,3 191,4
33 Rio de Janeiro 3 662,0 110,8 33 Rio de Janeiro 396 1 396,0
Sul Sul
41 Paraná 1434 3 478,0 41 Paraná 1790 1 1790,0
42 Santa Catarina 574 1 574,0
Centro Centro
Oeste Oeste
52 Goiás 1020 2 510,0
Distrito
53 2576 1 2576,0
Federal
Total 102955 136 757,0 Total 25413 13 1954,8
Amostra do país 197564
49
Anexo III
Proporção de positivos para esquistossomose, ascaridíase, ancilostomíase e tricuríase, nos municí-
pios que participaram do Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmin-
toses (INPEG - 2010/2015)
Rondônia
Acre
50
Amazonas
Roraima
51
Pará
Amapá
52
Tocantins
S.mansoni A. lumbricoides Ancilostomídeos T. trichiura Total de
Municípios escolares
N % N % N % N % examinados
Araguatins 0 0,00 4 5,26 5 6,58 4 5,26 76
Babaçulândia 0 0,00 2 1,08 21 11,29 6 3,23 186
Bandeirantes Do Tocantins 0 0,00 2 2,82 11 15,49 0 0,00 71
Barra Do Ouro 0 0,00 1 0,94 12 11,32 0 0,00 106
Darcinópolis 0 0,00 6 5,26 15 13,16 2 1,75 114
Dois Irmãos Do Tocantins 0 0,00 2 1,33 0 0,00 1 0,67 150
Gurupi 0 0,00 1 0,42 0 0,00 4 1,68 238
Miracema Do Tocantins 0 0,00 0 0,00 3 4,05 0 0,00 74
Palmas 0 0,00 1 0,92 1 0,92 1 0,92 109
Paraíso Do Tocantins 0 0,00 2 1,57 0 0,00 0 0,00 127
Santa Fé Do Araguaia 0 0,00 11 15,71 2 2,86 1 1,43 70
Tocantinópolis 0 0,00 0 0,00 1 3,03 2 6,06 33
Tupirama 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 39
Maranhão
S.mansoni A. lumbricoides Ancilostomídeos T. trichiura Total de
Municípios escolares
N % N % N % N % examinados
Bom Jarddim 1 0,13 196 24,65 152 19,12 32 4,03 795
Cajapió 0 0,00 47 6,11 99 12,87 63 8,19 769
Cedral 0 0,00 21 8,71 67 27,80 13 5,39 241
Codó 0 0,00 66 13,81 15 3,14 10 2,09 478
Coelho Neto 0 0,00 294 35,08 134 15,99 15 1,79 838
Fernando Falcão 0 0,00 9 10,47 12 13,95 0 0,00 86
Graça Aranha 0 0,00 8 7,62 7 6,67 0 0,00 105
Imperatriz 0 0,00 58 50,88 56 49,12 9 7,89 114
Itinga Do Maranhão 0 0,00 9 8,18 2 1,82 0 0,00 110
João Lisboa 0 0,00 16 18,82 46 54,12 2 2,35 85
Luís Domingues 5 4,27 19 16,24 23 19,66 18 15,38 117
Marajá Do Sena 0 0,00 25 16,89 21 14,19 0 0,00 148
Mirador 0 0,00 2 2,35 16 18,82 0 0,00 85
Palmeirândia 3 0,39 157 20,52 118 15,42 55 7,19 765
Pastos Bons 3 0,31 13 1,36 5 0,52 3 0,31 958
Pedreiras 0 0,00 9 6,08 15 10,14 2 1,35 148
Pedro do Rosário 0 0,00 26 20,16 4 3,10 24 18,60 129
Pio XII 0 0,00 16 13,01 4 3,25 15 12,20 123
Raposa 0 0,00 20 24,39 11 13,41 17 20,73 82
Santa Quitéria do Maranhão 0 0,00 42 23,20 57 31,49 23 12,71 181
São João dos Patos 0 0,00 12 14,29 2 2,38 0 0,00 84
São Luís 4 0,21 192 9,99 59 3,07 91 4,73 1922
São Vicente Ferrer 1 0,12 108 12,69 180 21,15 48 5,64 851
53
Piauí
54
Ceará
55
Rio Grande do Norte
56
Paraíba
57
Pernambuco
58
Alagoas
59
Sergipe
60
Bahia
S.mansoni A. lumbricoides Ancilostomídeos T. trichiura Total de
Municípios escolares
N % N % N % N % examinados
Andorinha 1 0,06 99 5,57 2 0,11 23 1,29 1778
Araci 0 0,00 12 5,31 29 12,83 21 9,29 226
Bom Jesus da Lapa 0 0,00 115 12,14 59 6,23 0 0,00 947
Botuporã 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 146
Cabeceiras do Paraguaçu 28 2,89 28 2,89 6 0,62 49 5,05 970
Caculé 1 0,12 2 0,23 4 0,47 3 0,35 856
Caldeirão Grande 2 0,27 10 1,37 5 0,69 9 1,23 729
Canápolis 0 0,00 244 26,78 66 7,24 0 0,00 911
Canarana 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 96
Candeias 4 0,43 86 9,22 1 0,11 145 15,54 933
Cansanção 0 0,00 1 0,75 20 15,04 3 2,26 133
Carinhanha 0 0,00 24 17,27 1 0,72 0 0,00 139
Catolândia 27 9,96 0 0,00 0 0,00 0 0,00 271
Catu 1 0,09 92 8,44 1 0,09 101 9,27 1090
Conceição do Coité 1 0,45 9 4,04 20 8,97 12 5,38 223
Conceição do Jacuípe 13 1,47 41 4,63 24 2,71 57 6,43 886
Dom Basílio 0 0,00 13 1,64 7 0,88 10 1,26 792
Dom Macedo Costa 3 1,14 10 3,79 3 1,14 25 9,47 264
Feira de Santana 1 0,22 19 4,09 12 2,59 24 5,17 464
Formosa do Rio Preto 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 79
Ibipeba 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 112
Ibotirama 1 0,12 19 2,31 75 9,11 2 0,24 823
Ipupiara 0 0,00 3 0,39 10 1,29 0 0,00 774
Irajuba 30 3,46 7 0,81 6 0,69 19 2,19 867
Iramaia 11 1,06 16 1,55 8 0,77 25 2,42 1034
Itagibá 44 5,18 119 14,02 41 4,83 252 29,68 849
Itarantim 3 0,47 24 3,80 15 2,37 20 3,16 632
Jeremoabo 51 6,48 35 4,45 0 0,00 18 2,29 787
Juazeiro 0 0,00 0 0,00 2 0,26 2 0,26 772
Laje 14 1,64 115 13,47 16 1,87 164 19,20 854
Lauro de Freitas 3 0,33 75 8,24 16 1,76 73 8,02 910
Licínio de Almeida 0 0,00 1 0,93 0 0,00 0 0,00 108
Mairi 1 0,43 1 0,43 3 1,30 0 0,00 231
Mata de São João 0 0,00 13 11,02 1 0,85 18 15,25 118
Muniz Freire 11 1,99 38 6,86 31 5,60 84 15,16 554
Nilo Peçanha 238 50,00 277 58,19 78 16,39 164 34,45 476
Nova Viçosa 27 16,07 130 77,38 78 46,43 73 43,45 168
Olindina 10 1,11 54 5,99 201 22,28 82 9,09 902
Planalto 30 3,66 49 5,98 1 0,12 46 5,62 819
61
Bahia
Minas Gerais
S.mansoni A. lumbricoides Ancilostomídeos T. trichiura Total de
Municípios escolares
N % N % N % N % examinados
Água Boa 21 4,79 22 5,02 31 7,08 4 0,91 438
Além Paraíba 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4 2,82 142
Andradas 2 1,75 2 1,75 1 0,88 1 0,88 114
Belo Horizonte 7 0,36 8 0,41 2 0,10 11 0,56 1963
Bonito de Minas 30 4,07 7 0,95 64 8,67 3 0,41 738
Capela Nova 0 0,00 5 1,15 1 0,23 2 0,46 434
Cipotânea 4 0,67 31 5,18 0 0,00 9 1,50 599
Claro das Poções 0 0,00 2 0,45 2 0,45 0 0,00 440
Conselheiro Pena 24 2,53 2 0,21 8 0,84 1 0,11 948
Curvelo 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,38 523
Dores do Turvo 0 0,00 3 0,26 0 0,00 5 0,43 1168
Engenheiro Caldas 3 0,40 14 1,86 3 0,40 14 1,86 753
Frei Gaspar 5 0,59 6 0,71 15 1,77 6 0,71 846
Frei Lagonegro 27 4,75 9 1,58 22 3,87 1 0,18 569
Governador Valadares 43 4,30 14 1,40 12 1,20 14 1,40 1000
Grão Mogol 2 0,30 24 3,63 11 1,66 0 0,00 661
Ipatinga 1 0,45 4 1,79 1 0,45 4 1,79 223
Iraí de Minas 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 60
Jaguaraçu 0 0,00 0 0,00 1 1,16 0 0,00 86
Januária 1 0,16 5 0,82 0 0,00 1 0,16 611
Japonvar 1 0,14 3 0,42 17 2,38 0 0,00 713
José Raydan 0 0,00 1 0,22 9 1,99 0 0,00 453
Juiz de Fora 0 0,00 5 0,83 1 0,17 5 0,83 605
Ladainha 96 12,34 61 7,84 42 5,40 12 1,54 778
Lavras 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 158
62
Minas Gerais
63
Espírito Santo
S.mansoni A. lumbricoides Ancilostomídeos T. trichiura Total de
Municípios escolares
N % N % N % N % examinados
Barra de São Francisco 12 1,32 22 2,42 37 4,07 8 0,88 908
Bom Jesus do Norte 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 1,59 126
Cachoeiro de Itapemirim 0 0,00 10 3,66 0 0,00 7 2,56 273
Domingos Martins 7 0,90 13 1,68 16 2,07 5 0,65 774
Jaguaré 0 0,00 2 3,08 0 0,00 2 3,08 65
Linhares 0 0,00 33 10,86 1 0,33 45 14,80 304
Marechal Floriano 7 0,85 8 0,98 2 0,24 4 0,49 820
Mimoso do Sul 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 116
Mucurici 0 0,00 1 0,93 0 0,00 3 2,78 108
Muniz Freire 18 2,71 10 1,51 1 0,15 0 0,00 663
Rio Bananal 3 0,43 11 1,57 2 0,28 17 2,42 702
Serra 1 0,13 28 3,62 2 0,26 32 4,14 773
Sooretama 0 0,00 3 4,35 0 0,00 2 2,90 69
Viana 1 0,79 2 1,59 0 0,00 2 1,59 126
Vila Velha 0 0,00 13 3,90 0 0,00 4 1,20 333
Vitória 0 0,00 28 7,11 0 0,00 19 4,82 394
Rio de Janeiro
S.mansoni A. lumbricoides Ancilostomídeos T. trichiura Total de
Municípios escolares
N % N % N % N % examinados
Barra Mansa 6 0,61 12 1,22 0 0,00 7 0,71 985
Belford Roxo 0 0,00 12 4,80 1 0,40 6 2,40 250
Cabo Frio 1 1,04 12 12,50 10 10,42 11 11,46 96
Duque de Caxias 1 0,37 9 3,33 0 0,00 6 2,22 270
Iguaba Grande 0 0,00 2 4,26 0 0,00 1 2,13 47
Itaboraí 0 0,00 1 0,83 1 0,83 0 0,00 120
Itaocara 1 0,81 0 0,00 1 0,81 1 0,81 124
Magé 10 7,81 4 3,13 0 0,00 9 7,03 128
Mesquita 0 0,00 1 1,02 0 0,00 2 2,04 98
Miguel Pereira 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,14 88
Nova Friburgo 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 48
Nova Iguaçu 0 0,00 17 4,63 3 0,82 21 5,72 367
Paracambi 3 0,57 0 0,00 1 0,19 1 0,19 522
Petrópolis 0 0,00 5 11,90 2 4,76 8 19,05 42
Porciúncula 0 0,00 1 0,21 2 0,42 3 0,63 479
Quatis 2 5,26 6 15,79 0 0,00 8 21,05 38
Rio de Janeiro 0 0,00 16 2,96 0 0,00 13 2,40 541
São Gonçalo 13 3,28 1 0,25 2 0,51 10 2,53 396
Teresópolis 1 3,03 2 6,06 0 0,00 1 3,03 33
Valença 8 2,76 3 1,03 0 0,00 1 0,34 290
Volta Redonda 0 0,00 0 0,00 1 0,67 2 1,34 149
64
São Paulo
65
Paraná
66
Santa Catarina
67
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
68
Goiás
Distrito Federal
69
Anexo IV
Colaboradores que participaram do INPEG (2010/2015) nos diferentes es-
tados brasileiros
Acre
José da Conceição Guimarães*, Maria Eliane Oliveira e Silva, Maria Ione Alves de Holanda,
Maria Zenieta de Souza e Silva, Tricia Negreiros Rosas
Alagoas
Jean Lúcia*, Lúcia de Fátima Araújo, Djalma Miquelino Pinho, Haeligton Gomes da Silva, Jadson Luz Ferro, José
Cícero Aprígio de Menezes, José Luciano Belarmino de Carvalho, José Porfírio dos Santos, Luiz Horácio da Silva,
Luiz Virgínio da Silva Filho, Newton Ferreira da Silva Júnior, Paulo César Basílio da Silva, Roque Batista dos Santos,
Sandoval Jorge de Omena
Amapá
Alexandre Furtado da Silva* , Marta Almeida, Maria Francisco Lobato
Amazonas
Adelaide da Silva Nascimento*, Ademir Roberto Lopes Soares, Dayane Costa de Souza, Ivaneide Pereira da Silva,
Janice Costa Nina, Luiz Joeci Jacques de Macedo, Maria das Graças Ribeiro de Oliveira, Maria do Socorro Moraes
Morales, Maria Gerlanici Barbosa de Oliveira, Maria Heliane Romano de Matos, Mariazinha Umberlino de Queiroz,
Vilma Lopes do Nascimento, Wilton Pereira Pavão
Bahia
Pedro Paulo Gonçalves de Freitas*, Ademario Santos Botelho, Adriano Carlos Barbosa Júnior, Aécio Meireles de S.,
Dantas Filho, Alcinvan Pinto, Alfazamite Tonhã Alves Santos, Almir da Cunha Bastos, Antonio Carlos Bertoldo Lima,
Antonio Lima Ferreira, Antonio Lucena, Antonio Ribeiro dos Santos, Arnaldo Cruz Filho, Cadimir Desterro Santos,
Carlos Alberto Alves da Silva, Carlos Alberto Machado da Silva, Carlos Almir Silva, Carlos Autram de A. Rocha
Lima, Celso Fernandes da Silva, Cléofas Marques dos Anjos, Dailton Freitas Barnabé, Diolirio Pereira da Silva, Edila
Mara Oliveira Rocha, Edilson Reis Gomes, Edivando Moreira Pereira, Edna Maria Pagliarini, Edson Cordeiro Ribeiro,
Eduardo Alves Barbosa, Eliane Góes Nascimento, Eliezer Gonçalves de Araújo, Elisete Rocha de Souza, Everaldo
Almeida Pereira, Everaldo de Jesus Gomes, Floriano Luiz Júnior, Francisco Borges dos Reis Neto, Francisco Nelson
Filho, Francisco Rubens Feitoza, Genival Novais dos Santos, Gercino José Nogueira, Gilberto Pereira Cunha, Gil-
dasio José da Silva, Gilson de Jesus Nascimento, Gilson Goês de Souza, Gilson Lemos de Oliveira, Gilvan Araujo
Ribeiro, Giovani Spavier Alves, Gleicielle Aparecida Andrade, Gleiser Gonçalves de Araújo, Hayana Barbosa Leal,
Islan Santos Nascimento, Itabajara Azevedo dos Santos, Jasé Aldir Mendes e Silva, Jesuina do Socorro M. Castro,
Joana de Santana Monteiro, João José de Matos, João Raimundo da Silva, João Santos Lima, João Vicente, Nunes
de Souza, Joaquim Leal Neto, Jonas de Araújo Filho, Jorge de Souza Chagas, José Aldir M. da Silva, José Carlos
Pereira Lima, José Carlos Soares Santos, José dos Santos Mendes, José Gercino Nogueira, José Germano Pereira
Pires, José Jorge da Cruz Silva, José Maieiro dos Santos, Jose Marcos Soares, José Mota Sampaio, José Ricardo
Cardoso Santos, José Valter Araújo da Silva, Joseilton da Silva Matos, Joselito Oliveira Lima, Leilane Grazziela N.
Almeida, Lenilson Santos Cardoso, Lilian Rita de Souza Meireles, Lucrécia Maria Lopes da Rocha, Luis Anselmo de
Assis Souza, Luiz Anselmo de Assis Souza, Manoel Almeida Santos, Manoel Barbosa Leite, Manoel Pereira Leite,
Marcos Manoel S. do Nascimento, Maria Aparecida de A. Figueiredo, Maria Carmo dos Santos Coutinho, Maria da
Graça P. Costa, Maria do Carmo Duarte, Maria Doroteia Teixeira Santos Reis, Maria Eva Rodrigues da Silva, Maria
Helena Oliveira da Silva, Marilene Oliveira de Souza, Marlon Moreno das Virgens, Merlúcia Costa da Silva, Messias
Gomes de Ramos, Nilton Oliveira Guedes, Nilton Silva, Osvaldo Pereira de Castro, Paulo Anunciação dos Santos,
Paulo Macedo dos Santos, Paulo O. Lima Pereira, Pedrito Alves Amorim, Pedro Barbosa de Souza, Pedro Batista
70
dos Santos, Pedro Batista Gomes de Oliveira, Raimundo Souto Silva, René de Santana Silva, Rosalvo Dessa Por-
to, Rosany Carvalho da Luz, Salvador Lopes da Costa, Samuel Alves Sales, Sebastião Antônio dos Santos, Sylvia
Samara S. Dias, Tadeu Domingues Menezes, Terezinha Silva B. Dantas, Valtecio Novares de Oliveira, Verônica Silva
Araújo, Virgilio Geraldo Filho, Walson Pereira de Souza, Wilmar Borges de Souza, Yndiara Novaes Santos Oliveira,
Zenilda Jacob, Zulmira Mata Souza
Ceará
Vivian da Silva Gomes*, Alexandra da C.M. Nogueira, Ana Lourdes Vieira Esmeraldo, Ana Lúcia Mendes Pardo,
Ângela Maria Cardoso Gurgel, Antonio Alberto Bezerra de Brito, Antonio José Araújo, Azevedo Quirino de Sousa,
Benedita de Oliveira, Carlos Alberto dos Santos Zuza, Cícera Valtenira da Silva, Clemilson Paiva Nogueira, Fran-
cisca Risalba G. da Silveira, Francisca Rosimeire A. dos Santos, Francisca Samya Silva de Freitas, Francisco Airto
Girão, Francisco Barbosa dos Santos, Francisco Helder Lopes, Francisco Roger Aguiar Cavalcante, Georgina Freire
Machado, Gilmar Carlos de Oliveira, Igor Daniel Barbosa Martins, Israel Guimarães Peixoto, Ivan Luiz de Almeida,
Izabel Letícia Cavalcante Ramalho, Jarilo Holanda dos Santos, Joanna Karinny de França Carlos, João Eudes Aze-
vedo Cavalcante, Jorge Bezerra Silva, José Francisco Barros, Juarez de Oliveira Barbosa, Lázaro Pereira da Cunha,
Luciana Barreto Araújo, Manuel Dias da Fonseca Neto, Marcélia Souza Silva, Marcos Antônio Bezerra Couto, Maria
das Graças Leitão Lessa, Maria de Lourdes C. de A. Barreto, Maria do Socorro Leitão Lima, Maria Lucila Magalhães
Rodrigues, Maria Mariza de Lima, Maria Nizete Sampaio Herculano, Maria Verônica Sales da Silva, Maria Zélia Santa-
na de Sousa, Mere Benedita do Nascimento, Moisés Linhares Arruda, Paulo Henrique da Cruz Café, Pedro Augusto
Esmeraldo, Rita de Cássia do N. Leitão, Rita Maria Costa de Almeida, Roberto Marcelino do Nascimento, Sebastião
Nogueira da Silva, Tupany Lustosa Rodrigues Pereira, Valdemar Cipriano de Sousa Filho
Distrito Federal
Cristiane Resende*, Adair Fonseca Trindade Vittorassi, Adriana Borges de Lemos Carlos, Amabel Fernandes Correa,
Evânio Celestino de Brito, Januacélis Pereira da Silva Sena, João Batista Coelho de Moraes, Jorge André Veiga de
Menezes, Lucidalva Brito do Nascimento, Marly Gonçalves, Paulo Guilherme Nery
Espiríto Santo
Geraldo Antônio da Silva*, Alonso Santos da Silva, Altemar Rodrigues Marques, Ana Cristina Lopes Soares,
Carlos Benedito Basílio, Gilmar Cordeiro, Jaciele Santa Clara da Silva, Jorge Luiz de Souza Pascoal, Júlio Cé-
sar, Rodrigues de Oliveira, Kaick Pereira, Lúcia Helena Rodrigues Demuner, Luciano Teixeira, Márcio Carlos da
Silva, Obadias Gonçales de Oliveira, Oscar dos Santos Pereira, Silvanei Zahn, Sirlene Patrocínio Dias de Araújo,
Vanuza Trarbach
Goiás
Nivea Costa*, Hellen Simone Falone *, Hélio Filho*, Aline Dalma Forgato, Andreia dos Santos Silva, Márcia Regina Pe-
reira da Silva, Maxiliano Freitas Silva, Nelsilene Gonçalves Pessoni, Priscylla Silva Oliveira Barros, Renata Gonçalves
dos Santos, Rogério Caetano Gomes, Vanderli Ferreira de Miranda
Maranhão
Orzinete Soares*, Francelena de Sousa Silva*, Afrânio Carvalho Vieira, Ajorlan de Jesus Lira Lima, Alcelino de Almei-
da Sousa, Alcelino de O Sousa, Alene Sampaio da Silva, Amanda Carvalho de Sá, Ana Maria Nazaré de Almeida,
Angeline Pimentel Sousa, Antonia Dias de Oliveira, Antônia Rita Campos Freire, Antonia Rosa de O Silva, Antonio
Agostinho dos Santos, Antonio Carlos Leal Nunes, Antonio da C N Sousa, Antônio Henrique da Cruz Pereira, An-
tonio Klerisson B. dos Santos, Antonio Macedo Moura, Antonio Vital Bento, Arinaldo Machado dos Santos, Arlene
Antunes Lima, Arlindo dos Santos, Auriene Dias Costa, Azione Barros Evangelista, Bernardo Lopes dos Santos,
Cândido Diniz dos Santos Neto, Carlos Alberto Coelho de Sousa, Carlos Alberto R de Araújo, Carlos Antônio Ribei-
ro Reis, Carlos Fernandes Muniz Brandão, Carlos Márlio S de Sousa, Célia Maria Ribeiro, Cláudio Roberto Costa,
Clotides Carvalho Nascimento, Conceição de Fátima G. Lima, Cristina Dias da Silva, Darlanilson Bezerra Palhano,
Donatilia de Fátima G. da Silva, Douglas Bezerra dos Santos, Edmilson Cavalcante Sousa, Ednalva Aguiar Pereira,
71
Elcina Ferreira Frota, Elias Martins de Melo, Elinete Oliveira Quaresma, Eloisa Martins da Silva, Evaldino Azevedo
Costa, Evanilson Queiroz Machado, Fracidalva da Conceição Aguiar, Francieudes Bezerra Silva, Francileila Pereira
da Cruz, Francineide Silva, Francisco Celestino F. Miranda, Francisco Clemente de Araújo, Francisco Izaias R. do
Nascimento, Francisco Machado Cantanhede, Francisco Pereira G Filho, Francisco Tavares de Oliveira, Francisco
Tiago Borges, Francisco Vieira Filho, Francivaldo de Sousa Nascimento, Gênese da Silva Costa, Gilberto Sousa Vale,
Helton Mendes Moreira, Hildglan dos Santos Siqueira, Isabel Cristina Pinheiro Abreu, Ismênia Milena Nunes Araújo,
Izabel Rodrigues Rocha, Izael Cunha Mendes, Jean dos Reis, João de Deus C Cutrim, José A. A. Pinheiro, José de
Ribamar Mendes Santos, José de Ribamar Nunes Ferreira, José Evangelista Rodrigues, José Milhomem da Costa,
José Orlando N. Cavalcante, José Ribamar Bento Cardoso, José Ribamar Silva Santos, José Wilker S Costa, Josélio
silva da Costa, Josiel Pereira de Sousa, Juciane Pereira da Costa Araújo, Júlio César Maia Pereira, Karla Rosân-
gela Silva Diniz, Keila Maria Moreira Gomes da Silva, Lorenna dos Santos Guimarães, Lúcia Maria Jardins Castro,
Lucidalva Gonçalves Sousa, Lucinete Pavão Sousa, Luelson Ferreira de Sá, Luis de Matos Neto, Luzimar Sousa
Freitas, Manoel Mendes, Marcelo S C Leite, Marcos Aurélio Santos Rodrigues, Maria Clarisse Guerra Ferreira, Maria
Conceição de Azevedo Silva, Maria de Fátima A Melo, Maria de Fátima C Pacheco, Maria de Fátima Coelho Pereira,
Maria do Socorro M Silva, Maria do Socorro M Silva, Maria dos Milagres de Brito, Maria Felix de Sá, Maria Goreth
Abreu Brandão, Maria Ildene da Silva Vaz, Maria José da Rocha Gouveia, Maria José F dos Santos, Maria Lourença
R. Costa Ferreira, Maria Roberta Abreu, Maria Silva Lopes do Nascimento, Maria Suely da Silva, Maria Virtudes P
Araújo, Mary Angeli Areira de Sousa, Newton Freitas Filho, Nielson S Almeida, Nielson Silva Fonseca, Oderly Oliveira,
Olindina Moraes, Onanciano Alves de Abreu, Osias de Jesus Gusmão, Paulo César Monteiro de Sousa, Raimunda
Liberato S Amorim, Raimundo Farias Rodrigues, Raimundo G Pacheco, Raimundo Galvão Filho, Raimundo Linhares
de Paiva, Raimundo Nonato Cunha, Raimundo Nonato Ferreira Mota, Raimundo Nonato Lima de Moraes, Raimundo
Nonato R. da Silva, Raimundo P Lopes, Robert Frederico Machado Farias, Robson Sebastião Dias Filho, Rosângela
Santos Souza, Rublédo Prudêncio Coelho, Samira Teixeira Cardoso, Sebastião Dias Araújo, Sérgio Muniz de Araújo,
Ubirajara Sousa Aranha, Valber Silva do Nascimento, Vilma Evangelista Lima, Wanderson Cavalcante da Costa,
Weliton Castro Rocha, Wilson França Ribeiro, Wilson Silva Sampaio, Wilson Viana Sousa
Mato Grosso
Alba Valéria Melo*, Abelina Pereira Lacerda, Adejar Gonçalves Pereira, Altair Timóteo Araujo, Ana Paula Godoy Almei-
da, Angelica Fatima Bonatti, Betânia Favalessa Pinheiro, Cibelly R. de Souza Carvalho, Cristiane Fontes dos Santos
Jabur, Cristiano Socrates Ferreira, Daniella Borges Tavares, Eliamarta A. Machado Costa, Fernanda Santos de Je-
sus, Flávio Azevedo do Nascimento, Gislene Vânia Pereira, Gonçalo Gomes Souza, Janayne Fernandes da Silva, Ja-
queline A.de Moraes Pasini, Jean Jorge Ramos Barbosa, João Oraldo Mendes, Jose Vicente Gomides, Laiton Paulo
Soares, Lucelia Cícera dos Santos Silva, Luiz Casemiro Deluqui Moraleco, Maquilaine Henriqueta Miranda, Marcos
da Cunha Rufino, Marcos da Silva Alves, Mari Rose de Oliveira Silva, Maria Auxiliadora Rodrigues Rego, Neuza do
Nascimento Pinheiro, Nilza Nobre, Malheiros Hayashi, Oscar Luiz Pereira da Silva Neto, Patricia Barbosa Gonçalves,
Patrícia Pereira Martins, Paula Rieko Taniuchi, Reodino Serversut Neto, Rita de Cassia Rodrigues Gomes, Roger
Willian Carvalho, Wanderlaine Tessinari da S. Zanol
Minas Gerais
Mariana Gontijo de Brito*, Giselle Aparecida de Faria Pereira*, Kauara Brito Campos*, Renata Rubinstein*, Ademir
Rodrigues Santiago, Adilson da Costa Lima, Adriana Valéria Alves Teixeira, Alan Montalto da Conceição, Almir da
Silva Lopes, Andreia Maria de Souza, Andréia Maria Molica, Andreílson Lima da Silva, Andressa Regina dos Reis,
Anísio Cunha Júnior, Antônio Carlos Estevam, Antônio Olney, Atos Toffel, Caroline Vieira de Freitas, Cássia Siqueira
de Souza, Claucídes Alves da Luz Cláudia Barbosa Amorim Silva, Cláudio Roberto Alves Guedes, Clodoir Ferreira
de Amorim, Clóvis Cândido de Oliveira, Clóvis Henrique Dias, Décio Gonçalves Lima, Domingos Sávio Pereira,
Edelson Inácio Vieira, Ediléia Maria Ramos de Oliveira, Eduardo Geraldo Fernandes, Eldonilson Fernandes Fagun-
des, Elizabeth Lacerda Lins, Ernando Gonçalves Pimenta, Fábio Leite Nunes, Felisberto Dourado Neves, Fernando
72
Marcos de Oliveira, Florense Moura Rosa, Geison Farley Gomes Alves, Genivaldo Soares Veloso, Giovani Adilson
Grande, Givaldo Gomes de Menezes, Hebert Serafim Caetano, Jacqueline Aparecida Ribeiro Paiva, Jair Gonçalves
dos Santos, Jefferson Rodrigues, João Batista dos Santos Barbosa, Joaquim Idalmo Ferreira Barral, Jorge da Silva
Leite, José Adriano Pinto, José Dias Cardoso, José Lacerda Coutinho, José Lindauro Ferreira, José Maria Gonçalves
Pimenta, José Oliveira Pires, José Ronaldo Barbosa, Josiane de Freitas Neto, Juniel Searabelli, Karen Soray Ham-
dan, Laerte Fialho Garcia, Liliane de Souza Vieira, Lourival Santigo de Macedo, Margareth de Oliveira Rocha, Maria
Aparecida Pimenta, Maria das Graças Rodrigues, Mariana Carolina Vieira Pereira, Mauritônio Luiz Rodrigues, Miriam
de Fátima Oliveira, Natália Fonseca, Nenilson Silva Batista, Neusa Cardoso de Melo, Nilson dos Santos, Nívea Mara
dos Santos, Noemia Gonçalves da Silva, Núbia Cassiana Gomes, Paulo Afonso da Silva, Raimundo Santos Lima,
Ronaldo Evangelista da Silva, Sebastião Carlos de Freitas, Sebastião Feliciano de Araújo, Sérgio Ricardo Fernandes,
Sinval Marques de Oliveira, Sirlei Ferreira Botelho, Tita Angêla de Souza Oliveira, Vanessa Abrão Mesquita, Vanessa
Aparecida da Cruz, Vera Lúcia Ribeiro dos Santos, Wallace Jorge de Oliveira
Pará
Maria de Fátima Cordeiro*, Antônio Carlos Barbosa Nogueira Filho, Cinacleia de Souza Paiva, Claudimiro Wolf Mourão
Filho, Fábio Júnior de Almeida Caldas, Heyde Araújo Tavares, Joelma Cristina Cordeiro Barbosa, Luciano Guimarães
Ferreira, Maciel de Oliveira Sobrinho, Magno da Silva Ribeiro, Maria Angélica Castro Rodrigues, Maria de Belém dos
Santos Coelho, Maria Melo de Souza, Mário Célio Moraes da Silva, Rosineide Bassalo Vieira, Vinícius Reis de Oliveira
Paraíba
Antônio Neto*, Adelson Alcides da Silva, Adevaldo Ferreira Fonseca, Aldenair da Silva Torres, Amanda Coeli Ca-
valcante, Ana Cristina de Paula Mendes, Ana Pereira Leite Nóbrega, Antonieta Martins de Souza, Antônio Carlos
da Silva, Aretusa Nascimento dos Santos, Argemiro Soares de Souza, Carlos Alberto Miranda, Claudete Mota de
Sousa, Daniel Luiz de França, Devanildo de Lima Ferreira, Edmilson Gonçalves de Miranda, Eliana Gaudino do Nas-
cimento, Ely Batista Lopes, Emanoel Ferreira da Fonseca, Eraldo de Oliveira, Eugênio Pacceli Silva de Oliveira, Evaldo
Ferreira da Silva, Evandes Antônio de Lima, Fabrício de Souza e Silva, Francisco Assis de Queiroga, Francisco de
A. Rodrigues e Silva, Francisco Jacinto Araújo Souto, Gercino Costa, Gilmario do Nascimento, Gilvanete Rocha Du
Bu, Hércules Cesário de Lima, Hermano José Tavares Lins, Hernani Mendes da Cruz Filho, Irenaldo Laurentino da
Silva, Ivanildo Clementino dos Santos, Jocélia Jânio Cartaxo, Jorge Marcos B. de Vasconcelos, José Cândido Ribei-
ro, José de Arimatéia do Nascimento, José Diniz da Silva, José Eroizo de Medeiros, José Gouveia de Araújo Filho,
José Hildebrando A. do Nascimento, José Jailson Moreira da Silva, José Ribamar de Oliveira Silva, José Rizonildo
da Silva, José Romero de Sousa, José Vanderlei Dias Costa, Joseane Albuquerque de Araújo, Juraci de Lima Flor,
Kerson Paullinnely B. Brito, Lidiane Ferreira Marreiro, Lucia de Fátima Mesquita da Silva, Luciano Fabiano Ferreira,
Luis Batista Guedes, Luis Carlos Nunes Machado, Luiz Bandeira André, Manoel Melo, Manoel Pereira da Silva Filho,
Márcia Nogueira, Marco Antônio Brandão, Marcos Aurélio Pereira Martins, Maria Augusta de Souza, Maria Berna-
dete R. Antão de Brito, Maria da Luz de Sousa, Maria das Graças Medeiros Couto, Maria José dos Santos Oliveira,
Maria Suely dos Santos Silva, Marinaldo Lima da Silva, Marly Brasil Ferreira, Otoniel Bezerra da Paz, Paulo Roberto
de Oliveira, Pedro Alves Diniz, Roberto Ferreira, Sérgio Manoel Santos, Severino C. de Vasconcelos, Tadeu de Lima
Souza, Talita Matias Alves, Williams Jovem de Araújo.
Paraná
Sandra Mara Reikdal*, Ademilson Constâncio de Lima, Clóvis Spiacci Pereira, Hélio Aparecido Barbosa, José Car-
los Lavorato, Marco Antônio Batista, Marcos Tonet Pinheiro, Nivaldo Paulino, Rubens Massafera, Vinicius Lorini da
Costa, Valdeci Aparecido Fagundes.
Pernambuco
Aluisio Augusto da Silva, Ariosvaldo Rocha Moreira, Barnabe Tabosa, Edna Rodrigues Chaves, Fabiane Aragão
Rodrigues, Fernando Gonçalves, Jocemá Pedro José de Lima, Jorge Luiz Cruz, José Ricardo Lins de Medeiros,
Josileny de Lima Barbosa, Julyana Viegas, Lidya Ângelo, Lisenildo Ferreira do Nascimento, Maria de Fatima da Silva,
Neusa Maria E. Magalhães, Valdeci Oliveira, Wheverton Correia, Maria de Fátima Pereira de Farias.
73
Piauí
Inácio Lima*, Aldenora Maria Ximenes Rodrigues, Antônio Joaquim Ferraz e Silva, Charles Lindberg N. de Almeida,
Edmundo Pereira da Silva, Emilayne Maria Ximenes Rodrigues, Evanildo de Araújo Luz, Fabiana Veloso Sá, Francisco
C. Rodrigues de Andrade, Gessyra Maria Moura e Silva, Humberto Feitosa Pereira, Jânio Gomes Pereira, Jéssica
Laís Couto Machado, Luís Venilton de Sousa Lima, Manoel Anisio Rodrigues, Manoel Pedro da Luz, Márcia Beatriz
do Vale, Maria do Rosário O. Santos Borges, Maria José Almeida, Mauro Fernando Barbosa Chagas, Raimundo
Costa de Sousa, Raimundo Gonçalo da Silva, Roberto Coelho de Farias, Ronaldo Costa, Sandra Maria Ferreira da
Silva, Valmir Gomes da Silva, Vespasiano Pinto de Carvalho.
Rio de Janeiro
Patrícia Ganzenmüller Moza*, Adelaide Alves Lopes Anjos, Adriana Cardoso Camargo, Alana Brandão, André Fre-
derico Martins, Andressa da Silva Nascimento, Angela Cristina Veltri, Antonio Luiz da Silva, Bruno Dias Monteiro de
Castro, Carina de Oliveira P. Gonçalves, Carlos Alberto de Moraes Nogueira, Caroline Silveira dos Santos, Claudia
dos Santos Rodrigues, Helena Regina dos Santos, José Carlos Benfica dos S. Júnior, José de Arimatea B. Lourenço,
Josué Mauricio Ferreira, Laís Cristina Cruz dos Santos, Luciene Ribeiro da Costa Silva, Márcia da Rocha Santos,
Maria Aparecida Camara Ornellas, Maria Stella Barros de Souza, Marleide de Souza Calixto, Miriam Telles Prado,
Monica da Hora Dutra, Paula Maria Pereira de Almeida, Renata Gomes da Silva, Rita de Cássia Vassoler Gomes,
Sandra Helena Gonçalves de Souza, Sebastiana Elisa Nunes Gerbassi, Sheiliana Ferreira dos Santos Alves, Solange
Hottz da Motta, Tânia Maria de Andrade Assumpção, Verônica de Lima, Zilpa Reis da Silva.
Rondônia
Eleildon Mendes*, Adriana do Vale Monteiro, Carlos Antonio Amante, Cristiana Leopoldina C. da Silva, Edilaine Valé-
rio, Edineia Paulo de Souza, Elaine Cristina Arcanjo, Eliziane Lucia de Souza, Ivaneide Morais Moreira Sabai, Joaquim
Lucas de Oliveira, Joelma Antonia dos Santos, Joelma das Vitorias Silva de Lima, José Flavio de Oliveira, Leozemir
Reys Peres, Lucia Maria Basilio, Marcilene Ermita Silva, Maria de Nazaré Reis Alves, Maria Emilia do Rosário, Marina
da Silva Pereira, Marizele da Cunha, Miguel da Rosa Pires, Regiane Monica dos Reis, Resilene Xavier, Walmir Martins
de Souza.
Roraima
Maria Eliane Oliveira e Silva, Rita Suely Bacuri Queiroz, Wocilane Amaral Chaves.
Santa Catarina
Eida Maria de Oliveira França*, Altieres Bugarelli, Amanda de Azevedo Marques, Denise Iglesias, Denise Macedo, Di-
lza Ribeiro, Dirce Goes Meurer, Eleide Cidral, Eliana Maria de Almeida, Elisabete Veríssimo, Elisane do Carmo Koller,
Ericksein Mafra, Fabiany Cristiny Buéri, Fernanda Suhr, Flávia Westphal Luckner, Gilson Luiz Borges Correa, Giovanni
Carlo Carraro, Gustavo Teixeira Gonzaga, Isidoro José da Silva, Isonir Fernandes, Jaqueline Pereira, Jonathan Rai-
mundo Budal, Lisiane Pagnussat, Marco Aurélio Koerich, Maria da Graça Teixeira Portes, Maria Eunice Bosco, Paulo
Roberto Vieira, Roniele Balvedi Lacovski Mibielli, Sonia Regina Colsani, Suely Maria Horta Torrens, Tadiana Maria
Alves Moreira, Ziliani da Silva Buss.
São Paulo
Nubia Virgina D’avila Limeira de Araújo*, Ana Aparecida Spolador, Andressa Alves de Almeida Cruz, Aparecida Hele-
na de Souza, Aparecida Regina Pereira Moura, Celso Silva Vieira, Cybele Gargioni, Gislene Aparecida Barretine, Jane
Aparecida Scopinho Batista, Jane Pereira dos Santos, Madalena Hisako T. Okino, Maria Nazareth de Jesus, Nilma
Maria de Moraes, Patrícia Moura da Cunha Souza, Pedro Luis Silva Pinto, Rosa Maria Zini Flávio Costa, Silva Regina
Baraldi, Sueli Felix dos Santos, Valdirene de Oliveira Silva.
74
Tocantins
Adriene Aires Mendes*, Valdete Moura*, Adilson Martins Rezende, Alcione Machado de Melo, Alessandra Guerra
Cunha, Alseral Alves de Araujo, Ana Paula D. de Almeida Cecco, Delermano Max Cardoso, Diego Bucas Rosa, Digna
Pereira Venâncio, Edna Marques Ribeiro, Eva Aparecida de Melo Linhares, Fernando Igor S. Ferreira, Genecy Bar-
bosa Souza, Gilmar Moacir Vidal, Helena Montelo Campos, Iroá Nonato de Matos, João Pereira da Silva, Jucimária
Dantas Galvão, Leda Maria A. dos Santos Mota, Luzineide Sousa Lacerda, Marcia Regina Santos Genú, Maria do
Socorro R. S. Nobre, Marli da Silva Alves, Meiry Vânia A. de Carvalho, Nábia Souza Gomes, Nayara Trindade*, Neusa
Maria Dumont de Castro, Paula M. Santana dos Anjos Rezende, Paulo de T. Souza Ramos, Roberto Jose de Sá
Rocha, Rosemberg Saraiva do Nascimento, Silvoneide Maria dos Santos Araújo, Talita Raquel dos Santos Ferreira,
Talles Carvalho Maciel, Wilson Carvalho Ferreira.
75
Formato: 178x248mm
Composto por: Dyno e Helvetica Neue LT
Belo Horizonte, 2018