Resumo Expandido Seminário - Paty Yasmin
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1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde definiu, em 1978, a hipertensão arterial
como sendo uma doença caracterizada por uma elevação crônica da pressão arterial
sistólica e/ou pressão arterial diastólica (LOLIO, 1990). A patologia pode acometer
diferentes indivíduos, desde os jovens até idosos, ocasionando riscos à saúde se não
devidamente tratada.
É considerada importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável por pelo menos 40%
das mortes por acidente vascular cerebral, por 25% das mortes por doença arterial
coronariana e, em combinação com o diabetes mellitus, 50% dos casos de
insuficiência renal terminal (BRASIL, 2006).
No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35%
da população de 40 anos ou mais. E esse número é crescente; seu aparecimento está
cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianças e adolescentes
também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela morbimortalidade
devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um problema
grave de saúde pública no Brasil e no mundo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Sabe-se que modificações no estilo de vida, como a implementação de hábitos
saudáveis aliados ao uso correto dos medicamentos são a “chave” para uma boa
evolução no tratamento da HAS. Segundo o CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA nº
15 de 2006, é incontestável a importância das Estratégias de Saúde da Família para a
abordagem desses fatores relacionados a hábitos e estilos de vida que reduzirão o risco
de exposição, proporcionando benefícios individuais e coletivos para a prevenção da
HAS e redução da carga de doenças devida às doenças cardiovasculares em geral.
Assim sendo, este relato de experiência tem por objetivo descrever a vivência
de discentes da área da saúde na vivência em saúde pública, promovendo, por meio
das visitas domiciliares, conhecimentos acerca da realidade da população em
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territórios específicos da comunidade com vistas ao desenvolvimento de planos de
cuidado em saúde.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de um relato de experiência, desenvolvido na disciplina de Vivências
Multiprofissionais em Saúde da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ no primeiro
semestre de 2021 por discentes dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Biomedicina.
Inicialmente os alunos discutiram em sala virtual as temáticas referentes ao
Sistema Único de Saúde e Saúde Pública. O produto final da disciplina foi realizar
visitas domiciliares específicas a um paciente, sendo que na primeira visita domiciliar
ocorreria o levantamento de problemáticas de saúde enfrentadas, e a segunda visita
ocorreria a implementação de um plano de cuidados ao paciente, conforme sua adesão.
Inicialmente, em duplas, os alunos deslocaram-se acompanhados por Agentes
Comunitárias de Saúde para um território específico de um município do interior do
estado do Rio Grande do Sul. A visita domiciliar foi realizada em paciente do sexo
feminino, 58 anos, hipertensa e sem demais patologias diagnosticadas. Para
levantamento das informações sobre a paciente, utilizou-se de um roteiro norteador
sobre dados sócio demográficos, ocupacionais e de saúde. Após a visita, as discentes
retornaram à Estratégia de Saúde da Família e, com auxílio da docente orientadora,
estabeleceram um plano de cuidados iniciais, objetivando retornar, em uma próxima
visita e apresenta-lo à paciente.
Na segunda visita domiciliar, as acadêmicas utilizaram como material de
orientação, guias de alimentação saudável e exercícios físicos adequados a condição
da paciente, bem como, uma tabela de monitoramento da pressão arterial, visando
auxiliar na obtenção de melhores índices pressóricos e dessa forma, melhorar a
qualidade de vida da paciente.
Salienta-se que a cartilha de orientações sobre atividades físicas
disponibilizada, apresentava exercícios adaptáveis com móveis e utensílios simples do
domicílio, onde é possível a paciente disponibilizar poucos minutos do seu tempo
diário para realizar atividades de melhoria e manutenção da sua saúde.
A visita domiciliar a essa paciente foi avaliada como uma vivência em saúde
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concordar com o plano de cuidados proposto, demostrando gratidão pela atenção das
acadêmicas à sua condição de saúde.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Visita Domiciliar permite uma proximidade com as famílias para o
desenvolvimento de ações destinadas à promoção e recuperação da saúde. A educação
em saúde e a participação ativa do paciente vêm diminuindo os índices de internações
e controlando os sintomas desagradáveis de doenças crônicas comuns (CHIBA et al.,
2013). A educação em saúde executa-se de forma gradativa e contínua por meio do
atendimento individualizado.
Para a ESF, a Visita Domiciliar é uma tecnologia de interação no cuidado à
saúde, sendo de fundamental importância quando adotada pela equipe de saúde no
conhecimento das condições de vida e saúde das famílias sob sua responsabilidade.
Estabelece o rompimento do modelo hegemônico, centrado na doença, no qual
predomina uma postura profissional tecnocrática e de pouca interação com o usuário,
voltando-se à nova proposta de atendimento integral e humanizado do indivíduo
inserido em seu contexto familiar (Cunha C L F & Gama M E A, 2012).
Para o paciente a Visita Domiciliar torna-se além de uma avaliação de
demandas de saúde, ela possibilita o estabelecimento de vínculos entre os profissionais
da Estratégia com todo o ambiente familiar ali inserido. Dessa forma, além da
assistência curativa é possível a aplicação de práticas de educação em saúde, como
também socioculturais entre todos os envolvidos, trazendo múltiplos benefícios a
comunidade.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, o relato de experiência apresentado proporcionou as discentes uma
extensão do conhecimento teórico para o prático, trazendo uma vivência relevante em
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desenvolvimento de empatia para as condições adversas que, enquanto profissionais
em saúde, estarão sendo vivenciados no cotidiano de trabalho.
Assim sendo, é notável a importância da visita domiciliar para a promoção e
manutenção da saúde do paciente, sendo assim a interação entre o domicilio e a
atenção primária em saúde tem um grande papel na saúde pública, pois assim o
profissional da Enfermagem pode saber as demandas da sua área de uma forma mais
pontual, podendo assim elencar as demandas e necessidades desta população, tendo
em vista que a área a tal qual se refere este estudo seja uma área de grande
vulnerabilidade social acredita-se que quanto mais a equipe multidisciplinar estiver
envolvida com os aspectos socioculturais que tangem esta área podem ser planejadas
intervenções e ações de promoção e prevenção de saúde.
O enfermeiro e sua equipe será o profissional que irá exercer um grande
protagonismo frente os pacientes que necessitam das visitas domiciliares, pois assim
conhecendo o ambiente, as condições e limitações em que os mesmos se encontram
poderão ser elaborados planos de cuidados mais adequados de acordo com a situação
individualmente de cada paciente, cabe ressaltar que a paciente elegida para a visita
domiciliar demonstrou grande interesse pelo conhecimento acerca de sua patologia,
bem como pelas orientações propostas assim trazendo boas expectativas para as
discentes e docentes em cima da adesão ao plano de cuidados que fora planejado
diante desta premissa.
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REFERÊNCIAS
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