Plano
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I - IDENTIFICAÇÃO
II - ESTRUTURA DE GOVERNANÇA
Este documento tem como objetivo orientar as Unidades de Ensino pertencentes a Secretaria da Educação
de Alagoas, a partir da adesão ao Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio, para elaboração da Proposta de
Flexibilização Curricular - PFC, com a finalidade de utilizar os recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola
- PDDE Novo Ensino Médio. Para este empreendimento é minimamente importante compreender o Novo
Ensino Médio.
O Novo Ensino Médio pretende atender às necessidades e expectativas dos estudantes, fortalecendo seu
interesse, engajamento e protagonismo, visando garantir sua permanência e aprendizagem na escola.
Também busca assegurar o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores capazes de
formar as novas gerações para lidar com desafios pessoais, profissionais, sociais, culturais e ambientais do
presente e do futuro, considerando a intensidade e velocidade das transformações que marcam as
sociedades na contemporaneidade.
Coerentes com essa perspectiva, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM),
atualizadas pelo Conselho Nacional de Educação - CNE em novembro de 2018, indicam que os currículos
dessa etapa de ensino devem ser compostos por:
- Formação Geral Básica: Conjunto de competências e habilidades das Áreas de Conhecimento (Linguagens
e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas) previstas na etapa do Ensino Médio da Base Nacional Comum Curricular -
BNCC, que aprofundam e consolidam as aprendizagens essenciais do Ensino Fundamental, a compreensão
de problemas complexos e a reflexão sobre soluções para eles, com carga horária total máxima de 1.800
horas;
- Itinerários Formativos: Conjunto de situações e atividades educativas que os estudantes podem escolher
conforme seu interesse, para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma ou mais Áreas de Conhecimento
e/ou na Formação Técnica e Profissional, com carga horária total mínima de 1.200 horas.
A Portaria nº 649 de 10 de julho 2018, que institui o Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio e estabelece
diretrizes, parâmetros e critérios para participação, a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas definiu os
procedimentos para elaboração, validação e desenvolvimento das Propostas de Flexibilização Curricular - PFC
das 162 Unidades de Ensino, elegíveis pelo Ministério da Educação - MEC.
Na estrutura de governança ficam estabelecidos os papéis e responsabilidades da Secretaria de Estado da
Educação e Unidades Escolares, como descrito abaixo:
a. Coordenar e monitorar a elaboração e execução das Propostas de Flexibilização Curricular - PFC das
Unidades de Ensino com adesão ao PDDE Novo Ensino Médio, assegurando o desenvolvimento de
práticas pedagógicas com foco no Protagonismo Juvenil e no Projeto de Vida no ano letivo de 2019;
b. Acompanhar as fases de elaboração, validação, aplicação e análise dos resultados dos questionários de
escuta dos estudantes e outros instrumentos e estratégias criados pelas Unidades de Ensino para escuta
dos moradores, pais e docentes objetivando identificar os interesses, aptidões e necessidades das
juventudes, bem como as potencialidades do território que subsidiarão a definição das ações de
flexibilização curricular para a oferta de pelo menos dois itinerários formativos para cada escola;
c. Acompanhar a implantação dos Ateliês Pedagógicos e sua legitimação como espaço para o
desenvolvimento de práticas pedagógicas (oficinas, projetos, seminários, pesquisas, aulas expositivas,
desafios, situações-problema, laboratórios de aprendizagem, práticas profissionais, simulações, etc)
que fomentem a aprendizagem criativa, a inovação e tecnologia, a cultura maker e a programação;
d. Apoiar as Escolas-piloto, elegíveis de acordo com os critérios estabelecidos pela Portaria MEC nº
649/2018, na experiência inicial de implementação de uma nova proposta curricular que permitirá, a
partir de um planejamento pré-definido, acompanhar, refletir e ajustar as ações nas diversas dimensões
que compõem o processo de implantação do Novo Ensino Médio de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular e o Referencial Curricular de Alagoas;
e. Dar suporte às Unidades de Ensino médio parciais e com adesão ao PDDE Novo Ensino Médio no
processo de transição para o Novo Ensino Médio;
f. Manter diálogo permanente com o GT BNCC para auxiliar no processo de elaboração das novas matrizes
curriculares da Formação Geral Básica e dos Itinerários Formativos;
g. Coletar e analisar dados e informações a fim de realizar a implantação do novo, progressivamente, em
todas as escolas de ensino médio.
4.2. O GT BNCC será composto pelos coordenadores de área do conhecimento do Programa de Apoio
à Implementação da Base Nacional Comum Curricular - ProBNCC, totalizando 04 (quatro)
componentes. Grupos subdivididos por área de conhecimento poderão ser organizados pelos
coordenadores de área, com número variado de membros e para colaborações na construção do
Referencial Curricular de Alagoas. O GT BNCC e suas subdivisões por área de conhecimento terão as
seguintes atribuições:
a. Estudar os documentos curriculares instituídos pela Secretaria da Educação e Conselho Estadual de
Educação de Alagoas; Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica; Marco legal do Novo
Ensino Médio e outros documentos normativos vigentes que legislam sobre o funcionamento do ensino
médio a nível nacional e estadual;
b. Dialogar com as instituições de ensino superior locais para sistematizar contribuições a serem inseridas
na reelaboração do Referencial Curricular de Alagoas;
c. Realizar pesquisas a nível local para compreender o perfil dos estudantes e docentes do ensino médio da
rede estadual de educação;
d. Contribuir na construção dos itinerários formativos das áreas do conhecimento e da formação técnica e
profissional;
e. Elaborar e propor estrutura do organizador curricular a ser avaliado para utilização no Referencial
Curricular de Alagoas;
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f. Participar de momentos de diálogo com instituições de ensino médio da rede privada de educação,
sistematizando contribuições que poderão ser incorporadas ao Referencial Curricular de Alagoas;
g. Elaborar e sugerir Matrizes Curriculares da Formação Geral Básica e dos Itinerários Formativos para
posterior validação da Secretaria da Educação.
1. Instituir GT Escola, composto pela gestão, coordenação pedagógica, articulação de ensino, docentes e
representantes do Grêmio Estudantil.
1
Incluir de educação profissional caso a escola tenha.
2
As Unidades de Ensino que não tiverem Grêmio Estudantil instituído deverão inserir no GT Escola um representante de cada turma do ensino médio.
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PRAZOS ESTABELECIDOS
1. Elaboração das PFC pelas escolas em editor de texto de livre escolha e inserção no
PDDE INTERATIVO: 22/05 a 07/06.
2. Análise e feedback das PFC pela SEDUC: 29/05 a 11/06.
3. Correção das PFC pelas escolas a partir das orientações da SEDUC no PDDE
INTERATIVO: até 20/06.
4. Envio das PFC pela SEDUC para o Ministério da Educação - MEC: até 25/06.
Mapeamento das necessidades e interesses das juventudes, do corpo docente, de representantes dos
pais e dos moradores do entorno escolar.
As Unidades de Ensino com adesão ao PDDE Novo Ensino Médio devem realizar o diagnóstico e o
mapeamento das necessidades e interesses das juventudes, do corpo docente, de representantes dos
pais e dos moradores do entorno, inclusive identificando possíveis parcerias com as famílias e
instituições. Esse mapeamento subsidiará a elaboração das ações de flexibilização curricular, bem
como a construção e execução dos Itinerários Formativos.
Os instrumentos serão:
https://www.escolaweb.educacao.al.gov.br/
2. Rodas de conversa realizadas no GT escola, que devem ter como base os dados
estatísticos coletados por meio dos questionários, com foco na discussão do Novo Ensino
Médio.
IV - DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES
5.1.3 Emails emitidos pela Superintendência de Políticas Educacionais para as Unidades de Ensino
com adesão ao PDDE Novo Ensino Médio;
[email protected]
5.1.4 Grupo de WhatsApp (Novo Ensino Médio)
5.2 Local físico para orientações: Superintendência de Políticas Educacionais - SUPED (CEPA).
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5.2 - Formação
prática de aulas dinâmicas e com relevância para os(as) estudantes. Nessa concepção de trabalho
pedagógico não se pretende apenas abordar o espaço físico, mas ampliar a discussão sobre a
disponibilidade de materiais e equipamentos adequados, para que esse espaço seja utilizado como
um local de efetivo aprendizado.
Mediante estudo sobre as experiências realizadas em uma Unidade de Ensino da Rede
Estadual de Educação3, observaram-se avanços significativos concernentes ao aumento da taxa de
matrículas, de estudantes com acesso ao ensino superior, de desempenho nas avaliações externas;
ao interesse pelas atividades cognitivas e eventos artístico-culturais; ao nível de satisfação dos
docentes. Em função dessas mudanças, detectou-se uma diminuição em episódios de indisciplina.
Tudo isso é resultado de uma proposta de mudança na estrutura e funcionamento do processo de
ensino-aprendizagem em salas ambientes que, na configuração do Novo Ensino Médio em Alagoas,
serão denominadas Ateliês Pedagógicos.
Nessa perspectiva, a Secretaria de Educação propõe uma transformação da sala de aula, a
partir de uma nova ambientação e forma de sistematização e de tratamento didático para os
conteúdos trabalhados, que proporcionem práticas pedagógicas inovadoras e criativas e garantam
experiências de ampliação do conhecimento dos estudantes nas Unidades de Ensino Médio. Essa
proposição, contribui com as novas concepções, os espaços de estudo que ele já conhece, o
exercício da criatividade, a imaginação e as habilidades no processo de ensino-aprendizagem, em
um ambiente que proporcione a criação de novas experiências, as quais consideram as necessidades
e interesses dos(a) estudantes.
Algumas escolas alegam dificuldades para a implantação dos Ateliês, como a quantidade de
salas de aulas não correspondentes ao número de componentes curriculares e de turmas. Porém, há
maneiras concretas de se resolver questões desta natureza, a exemplo da que será apresentada no
tópico “Viabilidades para implantação”. Surge também um receio das escolas em relação à confusão
que poderia gerar para os(as) estudantes durante a troca de aulas ou períodos. No entanto, como
fora citado, já existem Unidades de Ensino que funcionam com essa sistemática no ensino parcial da
rede com experiências exitosas desde 2013. Assim, com planejamento e organização é possível
implantar este método para tornar o ensino mais interativo e atrativo para os(as) estudantes.
Há uma expectativa, portanto, que os Ateliês proporcionem o engajamento dos(as)
estudantes nas atividades educacionais, de modo a estabelecer a relação entre eles e os conteúdos
trabalhados, assim como o diálogo entre o ensino e a aprendizagem para a sua formação integral.
Nesse processo, os(as) estudantes constroem uma possibilidade de maior compreensão dos
conteúdos propostos em cada um dos componentes curriculares e seu diálogo nas áreas do
conhecimento (Linguagens e Suas Tecnologias, Matemática e Suas Tecnologias, Ciências da Natureza
e Suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e na Formação Técnica e Profissional.
JUSTIFICATIVA
3
Escola Estadual Egídio Barbosa da Silva, localizada no Povoado Lagoa do Caldeirão, Zona Rural de Palmeira dos Índios.
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salas existentes para que a escola seja capaz de ampliar o conhecimento de seus(suas) estudantes.
Isso porque, de acordo com as análises e as reflexões sobre várias unidades de ensino da rede,
realizadas pela equipe de técnicos pedagógicos da Comissão do Ensino Médio, verificou-se a
persistência de práticas pedagógicas que não atendem satisfatoriamente às demandas sociais e as
do mercado de trabalho, além da formação humana. Entende-se, pois, que os Ateliês Pedagógicos
serão um contributo importante para preencher as lacunas e ampliar as discussões sobre a
possibilidade de novas práticas no âmbito da escola. .
Nessa perspectiva, organizado de acordo com as peculiaridades de cada área de
conhecimento e formação técnica e profissional, o ateliê pedagógico tornar-se-á um ambiente para
desenvolvimento de estratégias didáticas que proporcionem um aprendizado mais eficaz, além de
otimizar o uso do tempo da aula, já que o docente não precisará deslocar qualquer material escolar
ou montar algum instrumento, uma vez que tudo estará necessariamente disponível no Ateliê
Pedagógico.
Com salas de aula exclusivas para as áreas de conhecimento e formação técnica e
profissional, os(as) professores(as) terão liberdade de organizar e equipar suas salas de acordo com
os conteúdos, grupos de conteúdos e/ou projetos que serão desenvolvidos. De maneira que os
recursos tecnológicos previamente instalados em cada sala despontem como um importante
parceiro do trabalho docente, por possibilitar o acesso aos dispositivos que utilizam a internet,
áudios e vídeos durante as aulas.
Essa proposição ocorre tanto na relação entre docentes, como também entre os ambientes
específicos de cada área de conhecimento. Para isso, é preciso que esses espaços sejam
transformados com o objetivo de estimular a curiosidade e o interesse dos estudantes pela busca
do conhecimento, bem como a garantia da liberdade dos(as) docentes para a construção de práticas
pedagógicas mais efetivas. Assim, a reorganização do espaço escolar em ateliês pedagógicos
traduzir-se-á em oportunidade para que todos os componentes curriculares, em suas áreas do
conhecimento, formação técnica e profissional e atividades complementares, usufruam de
ambientes apropriados, com materiais didáticos reunidos em um mesmo local. Nesse caso, docentes
e estudantes terão a seu favor ambientes diversificados e mais envolventes.
Com essa proposta, a rede estadual de educação busca cumprir seu papel no ensino e no
desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas e socioemocionais. Ao organizar o tempo
e o espaço, esses ambientes estarão proporcionando uma efetiva aprendizagem, porque traduzem-
se também em melhores condições de trabalho e de estímulo à competência profissional dos(as)
docentes, apoiado no uso de equipamentos e materiais de ensino diversificados. Afinal, diante da
pluralidade que os componentes curriculares/áreas de conhecimento do ensino básico apresenta, há
a necessidade de materiais e recursos múltiplos para que seu conteúdo seja assimilado com maior
facilidade pelos(as) estudantes.
OBJETIVOS
Geral:
Implantar um conjunto de práticas pedagógicas que fortaleçam as metodologias de ensino e
aprendizagem relacionadas ao Novo Ensino Médio.
Específicos:
Possibilitar a organização da sala de aula de acordo com a característica da área de conhecimento,
tornando o ambiente mais funcional ao desenvolvimento das práticas pedagógicas, potencializando
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o aprendizado;
Prevenir a evasão escolar e combater o abandono por meio da otimização do uso do tempo
pedagógico e da utilização de novas metodologias de ensino;
Promover a competência profissional a partir de reflexões sobre a prática de organização dos ateliês
pedagógicos e todo contexto que ele envolve;
Proporcionar o desenvolvimento de competências socioemocionais a partir do trabalho colaborativo
entre os(as) estudantes e os(as) docentes;
Viabilizar o uso dos espaços pedagógicos e recursos materiais e tecnológicos existentes na escola ou
adquiridos ou ainda aqueles que possam ser construídos por docentes e estudantes.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete sala ambiente. Dicionário Interativo da
Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/sala-
ambiente/>. Acesso em: 04 de dez. 2018. Acesso em 03 de dezembro de 2018.
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uma prática de trabalho interativa que permita realizações construídas coletivamente, de modo a
privilegiar o manuseio da diversidade de materiais didáticos numa relação de reciprocidade entre
docentes e estudantes.
De modo geral, a sala de aula é um espaço de construção diária, no qual docentes e estudantes
interagem mediados pelo conhecimento. Torná-la um espaço de experiências educativas relevantes
para todos os envolvidos precisa ser uma questão premente para os educadores. De acordo com as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (Resolução nº 3 CNE/CEB, Art. 17),5
(...)
§ 7º As áreas do conhecimento podem ser organizadas em unidades curriculares,
competências e habilidades, unidades de estudo, módulos, atividades, práticas e projetos
contextualizados ou diversamente articuladores de saberes, desenvolvimento transversal ou
transdisciplinar de temas ou outras formas de organização.
(...)
§ 11. A contextualização e a interdisciplinaridade devem assegurar a articulação entre
diferentes áreas do conhecimento, propiciando a interlocução dos saberes para a solução de
problemas complexos.
5
http://novoensinomedio.mec.gov.br/#!/marco-legal
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METODOLOGIA
A carência de materiais suficientes para atender as necessidades de todas as áreas
compromete o uso dos ambientes e dos recursos tecnológicos e materiais, e por conseguinte, a
qualidade do ensino. Visando superar essa carência, além de viabilizar o aproveitamento máximo
das possibilidades deste espaço repleto de significados que é a sala de aula, o Ateliê Pedagógico se
propõe a reorganizar seus espaços, nessa perspectiva tratam-se de salas de aula específicas para o
ensino dos diferentes componentes curriculares nas áreas do conhecimento, onde o docente
organizará seus materiais didáticos e deixará os recursos a serem utilizados em um mesmo local.
Nessa opção de disposição do espaço, são os estudantes que se deslocam pela escola, de uma sala
para outra, e não o docente.
A proposta visa atender todas as turmas do Ensino Médio, com a implantação de recursos
didáticos e multimídia na unidade de ensino como: projetor de multimídia (Datashow), TV, aparelho
de DVD, computador ou notebook e materiais didáticos dos componentes curriculares, áreas de
conhecimento e formação técnica e profissional. Os recursos do PDDE Novo Ensino Médio deverão
ser utilizados para implementação da PFC, que entre outras ações deve investir na implantação dos
ateliês pedagógicos. Estes recursos estão regulamentados pela Portaria nº 1.024/2018 e Resolução
nº 21/2018 que diz:
Art. 9º Os recursos destinados ao financiamento das ações no âmbito deste PDDE serão
repassados às UEx representativas das escolas beneficiadas para a cobertura de despesas de
custeio e de capital, considerando um valor fixo de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por unidade
escolar e um valor per capita de R$ 170,00 (cento e setenta reais), com base no número de
matrículas de ensino médio da unidade escolar registradas no último Censo Escolar da Educação
Básica.
§ 2º Os recursos de que tratam o caput serão repassados na proporção de 40% (quarenta por
cento) na categoria de capital e 60% (sessenta por cento) na categoria de custeio.
Art. 10. Os recursos de que trata o artigo anterior deverão ser destinados ao desenvolvimento da
implantação do Novo Ensino Médio, podendo ser empregados na:
I - aquisição de material de consumo e na contratação de serviços
necessários à elaboração e implementação das PFC;
II - realização de pequenos reparos e adequações de infraestrutura
necessários à implementação da PFC; e
III - aquisição de equipamentos e mobiliários necessários à implementação
PFC.
Componentes Curriculares
Salas Temáticas ou
Fundamental (6º ao Quant. Salas
Ateliês Pedagógicos Ensino Médio
9º)
1 Língua Portuguesa Língua Portuguesa Língua Portuguesa 01
2 Matemática/ Física Matemática Matemática/ Física 01
Química/Física/Ciências Química/Física/Ciências/
3 Ciências 01
/ Biologia Biologia
Inglês/Língua
4 Língua Estrangeira Inglês/Língua Portuguesa 01
Portuguesa
5 História História História 01
6 Geografia Geografia Geografia 01
Artes/Filosofia e Artes/Filosofia e Artes/Filosofia e
7 01
sociologia/Ed. Física sociologia/Ed. Física sociologia/Ed. Física
TOTAL DE SALAS 07
pedagógicos;
No ano da implantação - 2020
- Reuniões para ajustes e avaliação/acompanhamento do funcionamento;
- Aplicação de questionários para verificação da operacionalização dos Ateliês Pedagógicos;
- Desenvolvimento da formação geral básica e dos itinerários formativos de acordo com as
orientações da SEDUC/AL;
Metas para o ano de implantação
- Conservar todo mobiliário, equipamentos e recursos de apoio pedagógico disponibilizados nos
ateliês pedagógicos
-Diminuir ocorrências de indisciplina nos corredores;
-Usar adequadamente os equipamentos e recursos didáticos existentes na escola;
- Ter todas as salas de aulas com a estrutura material necessária para o desenvolvimento de
práticas pedagógicas por área do conhecimento.
A vida é permeada de mudanças e o ser humano vivencia essa experiência desde a sua
concepção. Em cada fase da vida o ser humano sofre diversas transformações. O direcionamento e o
caminho a ser percorrido dependerão do estágio de vida no qual cada um se encontra. Para isso se
faz necessário planejar. Dessa maneira, o Projeto de vida torna-se fundamental para nortear os
rumos para o futuro, através da elaboração de objetivos para que possa conduzir as metas
desejadas.
Nessa perspectiva, o Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino de Alagoas busca motivar e
estimular o jovem estudante a traçar metas para sua vida. Assim, a escola surge como importante
parceira pois, através do investimento pedagógico dos docentes, peça indispensável nessa estrutura,
tem a tarefa de despertar, motivar e orientar esse jovem a refletir sobre suas potencialidades e
compreender que suas ações atuais influenciarão no seu futuro. Portanto é necessário elaborar
objetivos, estratégias, alimentar sonhos e assim, constituir seu projeto de vida, que contribuirá para
um maior engajamento nos estudos e na pesquisa, facilitando suas escolhas e determinando o lugar
que ocupará no futuro.
Para tanto é importante que o jovem seja encorajado a pensar em seu Projeto de Vida a
partir da reflexão dos aspectos:
O lugar que ocupa no mundo, para saber aonde quer chegar;
O estágio da vida em que se encontra;
As suas prioridades atuais e os valores que nortearão suas decisões para o futuro;
Clareza de que as ações de hoje fazem parte de um conjunto de atitudes que conduzirão aos
ideais de amanhã;
Traçar metas e planos para alcançar seus sonhos e assim tornar suas ações mais eficazes;
Manter coerência com aquilo que almeja alcançar;
Pontuar tudo o que tem feito (ou não) para concretizar o que deseja;
Para que o Projeto de Vida seja de fato a expressão máxima dos anseios do jovem, é
importante que ele identifique as suas necessidades físicas e emocionais, avaliando suas
capacidades de atuação. Portanto, procurar conhecer a própria estrutura psicológica e suas
capacidades de suportar determinadas situações que algumas profissões requerem. Identificar as
realidades vivenciadas pelos profissionais da área fortalecem as tomadas de decisões na escolha
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profissional.
O Projeto de Vida leva o jovem a instigar o raciocínio e mergulhar em sua subjetividade,
efetivando o encontro consigo mesmo. O Autoconhecimento favorece a realização do indivíduo,
como ser humano, levando-o a identificar como contribuir para amenizar os conflitos sociais.
Se o jovem tiver objetivo, projeto, aspiração e a lucidez de que a realização de seus sonhos
depende muito de sua garra, comprometimento e força de vontade, manterá uma contínua parceria
com a escola, que lhe ofertará condições para que alcance seu objetivo final, a concretização de seu
sonho. Para isso o estudante deve elaborar um plano de estudos que servirá de subsídio para
alcançar seus objetivos e metas. Ele também poderá listar as perdas, os ganhos, e/ou as
possibilidades que surgem. No entanto, é necessário acolher cada momento com maturidade e
responsabilidade vendo cada fato novo, como uma chance de crescimento.
O registro de todas as informações, de sua vida pregressa, servirá de acervo que subsidiará
a redação do Projeto de Vida. Desse modo também registrará as tarefas, afazeres diários ou ações,
inclusive na vida estudantil o que ajudará a eleger aquelas que são prioridades. É importante abrir
espaço na vida para o crescimento intelectual, mas sem perder o foco na dimensão humana, pois o
emocional, o psíquico e o afetivo interagem nos proporcionando as condições de uma vivência com
autonomia, solidariedade, ética e cidadania de modo que direitos e deveres sejam respeitados e
vividos.
Ratifica-se que a compreensão de um projeto de vida parte da necessidade de buscar o
desenvolvimento de habilidades cognitivas e não cognitivas, visando uma ampla orientação para as
juventudes do estado de Alagoas. De modo que, o trabalho pedagógico em torno de um projeto de
vida consiste em incentivar, motivar e despertar os estudantes para a construção e realização de
seus sonhos. Este empreendimento precisa assegurar aos estudantes um processo de formação que
dialogue com seus percursos e histórias, num investimento que o projete para o estudo e o trabalho,
sem desconsiderar seus estilos de vida.
Um projeto de vida precisa ser entendido como algo processual, resultado de um
envolvimento deliberado com as trajetórias individuais. Neste contexto, é necessário que o
estudante vivencie uma experiência de autoconhecimento, se reconheça em seu território e
vislumbre as diversas possibilidades que lhes são oportunizadas.
É importante destacar que o projeto de vida não se limita à escolha profissional. Ele deve
estar a serviço da apropriação das juventudes no sentido de fortalecer valores e habilidades para
assumir escolhas ao longo da existência. Com essa compreensão inicial sobre o projeto de vida, a
Secretaria de Estado da Educação de Alagoas construiu instrumentos que garantirão os primeiros
encaminhamentos pedagógicos para o trabalho com o projeto de vida. As Cartilhas do Projeto de
Vida são instrumentos que visam situar o docente e o estudante em um investimento processual
projetado para si e para o mundo. Essas cartilhas fazem parte do Documento Orientador do
Programa Alagoano de Ensino Integral - pALei e podem ser utilizadas nas atividades pedagógicas
com projeto de vida. É importante não se limitar a elas. As escolas precisam avançar nessa discussão
e garantir práticas pedagógicas que dialoguem com as juventudes do seu contexto.
A Cartilha da 1ª série apresenta atividades que proporcionarão ao estudante reflexões sobre
o autoconhecimento, sua relação com o outro e seu planejamento de vida. Na 2ª série, a cartilha
continua com atividades que privilegiarão uma retomada do planejamento inicial, reavaliando
objetivos, metas e compromissos firmados. A conclusão do ensino médio traz na cartilha da 3ª série
reflexões para uma preparação da vida para a experiência fora da escola.
Consequentemente, o docente é o grande interlocutor na construção de práticas
pedagógicas que privilegiem o desenvolvimento dos projetos de vida. É importante salientar que o
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projeto de vida não pode ser considerado algo estanque, ele precisa ser operacionalizado, traduzido
em atitudes, compromissos e comportamentos que possam permitir que os estudantes se projetem
para o mundo, tornando-o protagonista de sua existência.
6.2 - Itens que devem fazer parte da execução com os recursos recebidos via PDDE Novo Ensino
Médio.
As Unidades de Ensino deverão utilizar os recursos disponibilizados pelo PDDE Novo Ensino
Médio, respeitando os percentuais de custeio (60%) e capital (40%) conforme estabelecido na
Portaria nº 1.024/2018, Resolução nº 21/2018 e Resolução CD/FNDE nº 10/2013, atentando para
os três tópicos abaixo listados:
O monitoramento tem o objetivo de acompanhar a execução das atividades da PFC pelas unidades
de ensino com adesão ao PDDE Novo Ensino Médio, analisando, com base no planejamento, os
resultados alcançados. Bimestralmente, será realizada a revisão das atividades realizadas e
definidas pelas PFCs, de modo a garantir o suporte e o apoio necessários às unidades escolares na
execução de suas PFCs. Para isso, deverá ser encaminhado ao final de cada bimestre um relatório
de acompanhamento das ações executadas, principais desafios encontrados e sinalizados os
apoios pretendidos junto à SEDUC.
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