Inclusão Crianças Port Nec Especiais
Inclusão Crianças Port Nec Especiais
Inclusão Crianças Port Nec Especiais
Resumo:
Este artigo visa refletir sobre a prática educativa vivenciada diariamente no contexto da
educação infantil na inclusão de crianças com necessidades especiais, possibilitando ao
educador desenvolver um olhar crítico sobre sua atuação e os resultados de suas ações, com o
objetivo de conscientizar e promover reflexões sobre a diferença da ação educativa baseada na
afetividade e espontaneidade, contra aquela que é baseada no autoritarismo, nas diferenças e
nos resultados. Em tempo, é importante ressaltar que utilizamos como referencial teórico:
(AMARAL; AQUINO, 1998); (MANTOAN, 2005); (VYGOTSKY, 1989); (LDB 9394/96). O
resultado esperado desta pesquisa é o de promover uma indicação de mudança de atitudes e de
conceituação do que seja a inclusão e o trabalho desenvolvido neste ambiente através de uma
reflexão crítica sobre a ação do educador.
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Estudante do 4º Semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Fundação Visconde de Cairu- FVC. Contato
eletrônico: [email protected]
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Summary:
This article aims to reflect on the educational practice experienced daily in the context of the
inclusion of preschool children with special needs, enabling the educator to develop a critical
eye on his performance and the results of their actions, aiming to raise awareness and promote
reflection on the difference in the educational activity based on the warmth and spontaneity,
against that which is based on authoritarianism, and the differences in the results. In time, it is
important that we use as a theoretical (Amaral; Aquino, 1998), (Mantoan, 2005) (Vygotsky,
1989), (LDB 9394/96). The expected outcome of this research is to promote an indication of
changing attitudes and concepts of what to include and work in this environment through a
critical reflection upon the role of educator.
INTRODUÇÃO
A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Francisco Leite, localizada na Rua Celika
Nogueira, nº. 146 Bairro de Águas Claras - Salvador/ BA. Com base nos dados da entrevista a
professora nos indica que a escola se fundamenta na teoria sócio construtivista. As atividades
desenvolvidas na sala com as crianças portadoras de necessidades especiais são feitas através
de uma mediação onde o professor auxilia de forma mais próxima e comunica as necessidades
aos pais. Como afirma a fala da professora entrevistada “Eu só vou mais próximo a ela pra
que ela possa estar desenvolvendo essas atividades.”
A professora relata “... Eles não fazem diferenciação de nada e interagem muito bem,
porque o cadeirante mesmo, os meninos levam a cadeira dele na brincadeira, é uma coisa
maravilhosa, eles participam das apresentações, Jamile que tem deficiência mental adora
cantar e dançar... ’’ Portanto, fica evidente que independente da necessidade especial às
crianças interage normalmente. Visto que, para a professora entrevistada o papel do professor
no contexto da inclusão é fazer a interação da criança especial com o resto da turma, e
observamos que de fato não existe rejeição para com as crianças especiais, que recebem a
mesma atenção, brincam juntos, conversam e interagem entre si.
Percebemos a falta de estrutura e apoio da família com algumas crianças, como afirma
a seguinte fala da professora “A família da criança que tem o problema auditivo não está nem
aí pra ela, vai e volta com o irmão sozinho, a mãe totalmente desestruturada, já tem outros
filhos, uma vida sexual muito irregular’’ Isso demonstra o quanto à participação da família é
fundamental no processo de desenvolvimento da criança no contexto escolar. E a professora
afirma um desinteresse de alguns pais em ajudar os seus filhos, como afirma a fala: “Quando
a gente consegue que a mãe vá à escola, porque ela nunca vai, a gente chama e conversa,
venha pra sala pra ficar um dia comigo, pra gente puder ajudar Carolina, mas ela se recusa e
não vai mesmo, os meninos chegam tarde e saem tarde, porque ela não tem esse cuidado com
eles’’. Percebemos que a professora auxilia e esclarece aos pais quanto às necessidades dos
seus filhos, mas não encontra apoio dos mesmos, dificultando assim o seu trabalho. A
professora demonstra prazer no seu trabalho, e fica satisfeita quando percebe avanços no
desenvolvimento das crianças, mas relata que em determinados momentos se sente impotente
quando não vê avanços em determinados alunos.
Declara que gosta de ensinar e que educar é um ato de amor, como afirma a seguinte
fala: “Tem dois fatores primordiais: é você conhecer a criança, o que ela gosta como ela é,
como ela aprende, e amar, eu acho que não tem outra forma, o amor passa por tudo isso’’.
Nesse sentido, fica evidente que o professor tem que ir além do conhecimento teórico, pois é
preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos.
CONCLUSÃO
A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares
na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. O paradigma da inclusão vem ao longo dos
anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e
permanência do aluno com deficiência no ensino regular. É preciso fazer algo para que a
inclusão realmente aconteça. É necessário identificar o problema, fornecer soluções, e o mais
importante é o comprometimento dos educadores em fazer a diferença e realmente fazer a
inclusão, usando de recursos físicos e os meios materiais para a efetivação de um processo
escolar de qualidade. Devem dar prioridade ao desenvolvimento de novas atitudes e formas de
interação na Escola, exigindo mudanças no relacionamento pessoal e social e na maneira de se
processar a aprendizagem.
Concluímos deste modo que o processo de inclusão ocorre a partir da condição que se
dá ao aluno e à turma onde está incluso, a partir de condições de estrutura física, suportes de
serviços psicopedagógicos, serviços técnico-pedagógicos e administrativos, programações
comemorativas, culturais, desportivas, etc., que interagem e dão sustentação ao processo que
se desencadeia na sala de aula e tem como atores os alunos e professor. Essas ações são
fundamentais para a construção de uma educação que atenda às necessidades, às
possibilidades e ao interesse do conjunto da população escolar brasileira. Para isso, todavia,
precisa de profissionais da educação responsáveis e competentes não só do ponto de vista
pedagógico, mas também profissionais que não sejam desvinculados dos condicionamentos
político-sociais.
Quanto à escola foi constatado na observação que a mesma não se preocupa apenas em
admitir a matrícula desses meninos e meninas para cumprir a lei, mas, sim realizando
atividades dinâmicas como: música, teatro, apresentações, danças em um espaço apropriado,
além de uma estrutura física adaptada com rampas de acesso, instalação de barras de apoio e
alargamento das portas oferecendo o acesso adequado aos deficientes físicos (cadeirantes).
Entretanto, ficou evidente que essa escola precisa melhorar em algumas questões cruciais, que
são os serviços de apoio de acordo com as necessidades de cada estudante, ou seja, de
orientações e suporte das associações de assistência de médicos, fonoaudiólogos, professor de
libras, enfim, profissionais de apoio.
Afinal, na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se adapte a
escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção desse aluno especial. E
para isso acontecer é preciso despertar a consciência e a dedicação de todos os envolvidos
nessa questão, sem preconceitos, sem distinção de raça, classe, gênero ou características
pessoais para que a escola se torne aberta ás diferenças e competente para trabalhar com todos
os educando.
REFERÊNCIAS
MANTOAN, Maria Tereza Égler; MARQUES, Carlos Alberto. A integração de pessoas com
deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Ed. SENAC, 1997.
REVISTA Nova Escola, São Paulo: Abril, v.20, n.182, p.24-26, maio. 2005.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1989.
BRASIL. Lei 9394 de 24 de dezembro de 1996. Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394-96 Eca.