Arte Dos Anos 60
Arte Dos Anos 60
Arte Dos Anos 60
Pop art
A Pop Art nasceu nos anos 50 primeiro em Londres e depois em
NY. Utilizou uma linguagem figurativa, recorrendo a símbolos,
figuras, objectos próprios da cidade e do quotidiano. Não tinha
subjacente qualquer teoria, sendo, portanto, diametralmente
oposta ao Abstraccionismo. As temáticas da Pop Art estavam
relacionadas com a cultura popular, revelando-se sob a forma de
imagens do quotidiano retiradas de BDs, jornais, revistas,
fotografia, cinema ou televisão.
A arte Pop era produzida essencialmente através de recursos
técnicos mecânicos ou semimecânicos como a fotografia e a
serigrafia. Foi influenciada pelas recolhas dadaístas e surrealistas
de Robert Motherwell, pelos ready-made de Duchanp e pelas
colagens de Kurt Schwitters. Note-se a descontextualização dos
objectos do quotidiano e a sua elevação a ícones nestes casos.
Os artistas de amior renome foram Richard Hamilton, Peter Blake
e David Hockney. Podem considerar-se duas vertentes na Pop
Art: uma vertente mais “neodadaísta” (Robert Rauschenberg) e
outra mais próxima do quotidiano, usando a representação de
figuras famosas, de imagens da BD (Andy Warhol, Roy
Lichtenstein).
Op art
A Op Art designa uma forma de arte que utiliza a ilusão óptica do
movimento. Define-se pela expressão do movimento real ou
aparente, apresentando-o segundo diferentes formas e métodos.
Este movimento teve por base os estudos de professores da
Bauhaus (com as suas esculturas de plástica dinâmica), do
Orfismo e do Futurismo.
Há quatro tipologias principais da Op Art: uma cujas obras
apresentam movimento real, autónomo; outra cujas obras usam
jogos de luz e reflexos luminosos; outra na qual se enquadram os
trabalhos relativos às reacções fisiológicas da percepção visual e
Arte a partir dos anos 60
finalmente uma que é caracterizada por agredir a visão através de
efeitos ópticos densos e persistentes, com linhas e tramas
sobrepostas...
Body art
A Body Art é semelhante às formas anteriores, também
desenvolvendo ações de curta duração e rápido desgaste. No
entanto, aqui o corpo é o protagonista da criação artística. Em
última instância este forma de expressão levou a práticas brutais
como o sado-masoquismo.
Land art
A Land Art é uma manifestação artística ligada a preocupações
ecológicas e contra a arte como objecto comercial. É uma forma
de arte efémera que se esgota no próprio acto de consecução,
ficando posteriormente estudos e registos da planificação que o
autor precisa de fazer ou fotografias, vídeos... da cena.
É, maioritariamente, uma manifestação interventiva na paisagem,
em grandes espaços naturais. Utiliza, para a construção do
objecto, ora elementos naturais que se decompõe ora elementos
artificiais que depois são desmontados.
Minimal art
A minimal art baseia-se na necessidade de recorrer aos elementos
básicos e essenciais da matéria plástica. Apresentou, assim,
desprezo pela figuração e usou o mínimo número de cores e
elementos plásticos, sendo que a obra é feita em materiais
industriais, o que reforça o seu carácter impessoal.
Na maioria, as obras deste movimento são tridimensionais
(“estruturas primordiais”). No caso da pintura, elas caracterizam-
se pelos espaços monocromáticos, pouca qualidade de elementos.
Arte a partir dos anos 60
Hiper-realismo
No final dos anos 60 surgiu nos EUA o Hiper-realismo, que
abrangeu a pintura e a escultura e propôs uma visão fotográfica de
aproximação à realidade. Sendo assim, reagiu às artes mais
intelectualizadas anteriores. Foi provavelmente a expressão
artística mais fria e impessoal. Na Europa o Hiper-realismo teve
algumas repercussões, no entanto não foi muito significativo.
Antes, surgiu a Nova Figuração que, apesar de usar a fotografia
como base para o seu trabalho, enveredou por um discurso mais
alterado, mais pessoal. Lucian Freud, exemplo da Nova
Figuração, dá um tratamento realista à figura humana; contudo
com muito maior carga psicológica. Fracis Bacon, com os seus
temas figurativos, usa a metamorfose, o fragmentado, o
distorcido...
Arte pobre
A Arte Pobre, surgida em Itália em 1967, através do manifesto do
crítico de arte do genovês Germano Celant, é uma forma de arte
constituída por atividades artísticas variadas, pouco definidas,
cujo ponto comum é a sua elaboração com materiais pobres, já
usados ou pouco usuais em arte.