Apostila Op Art e Pop Art

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CPM Eraldo Tinoco

Aluno(a):__________________________________________________Série: 3ºano D Data: _______.2022


Disciplina: Artes Professora: Cris Machado

Apostila de Arte – III Unidade


OP ART
A denominação do movimento Op-art vem da expressão inglesa (optical art), que significa ‘‘arte óptica”,
sendo seu precursor Victor Vasarely (1908- ).
As obras da Op-art apresentam diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas, combinadas
de tal modo que provocam no espectador sensações de movimento. O observador ao mudar de posição, terá
a impressão de que a obra se modifica: os traços se alteram e as figuras se movimentam, formando um novo
conjunto, a arte tenta simbolizar a possibilidade constante de modificações da realidade em que o homem
vive.
As pesquisas de sugestão do movimento a partir das sensações ópticas desenvolveram-se principalmente na
década de 60. A concepção da plástica do movimento propiciou a invenção de móbiles por Alexander
Calder(1898-1976), que associou os retângulos coloridos das telas de Mondrian à ideia de movimento. Os
primeiros trabalhos de Calder eram movidos manualmente pelo observador, mas, após 1932 verificou que se,
mantivesse as formas suspensas, elas se movimentariam pela simples ação das correntes de ar.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
- Uso de recursos visuais (cores, formas, etc.) para provocar ilusões óticas.
- As imagens parecem ter movimento.
- Combinações de formas geométricas simples como, por exemplo, quadrados, retângulos, círculos e
triângulos.
- Em muitas obras, o observador deve se movimentar para visualizar os efeitos da pintura ou escultura. Desta
forma, o observador participa ativamente.
- Uso de linhas paralelas sinuosas ou retas.
- Uso de poucas cores, sendo o preto e o branco as mais usadas.
- Imagens ocultas que podem ser vistas somente de determinados ângulos ou através da focalização de
determinadas áreas da obra.
- Contraste de cores.
- Os artistas da op-art criaram pautas para suas obras de arte.

Vega III (1957-1959): obra de op art de Victor Vasarely.


Optical Motion (2012): obra de Op-Art do português
Henrique Matos.
VICTOR VASSARELY - Nome completo do artísta: Vásárhelyi Győző (nome de registro húngaro).
Vásárhelyi Győző, conhecido artisticamente como Victor Vasarely, foi um artista plástico húngaro do século XX. É
considerado um dos principais representantes do movimento artístico conhecido como Op-art. Trabalhou como escultor,
pintor e designer abstracionista. Porém, foi na pintura que obteve maior sucesso e destaque artístico.
Victor Vasarely nasceu na cidade de Pécs (Hungria) em 9 de abril de 1906. Faleceu em 15 de março de 1997, aos 90 anos de
idade, na cidade de Paris (França).
Os seus trabalhos são então essencialmente geométricos, policromáticos, multidimensionais, totalmente abstratos e
intimamente ligados às ciências. Sugere facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade,
como diz o artista, por outro lado, solicita ou exige a participação ativa do contemplador para que a composição se realize
completamente como uma obra aberta.
Vasarely casou-se em 1930 com a amiga Claire Spinner. O casal teve dois filhos: André e Jean-Pierre. Este segundo seguiu
a carreira do pai e se tornou um artista da Op-art e da Arte Cinética.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ESTILO ARTÍSTICO:

- Presença, em suas obras, de técnicas de designer gráfico.


- Presença da ilusão de profundidade. O artista obtinha esse resultado, através do recurso artístico da criação
de cenas multidimensionais, com várias camadas de padrões.
- Pintou linhas coloridas e formas geométricas para criar a ilusão de movimento.
- Tratou de forma inseparável a forma e a cor.
- Embora grande parte de suas obras tenha como uma das principais características a presença de múltiplas
cores, também pintou telas monocromáticas.

Alexander Calder (1898-1976), escultor e pintor americano, famoso por seus móbiles, placas e discos
metálicos unidos entre si por fios que se agitam tocados pelo vento, assumindo as formas mais imprevistas.
Associou os retângulos coloridos das telas de Mondrian à ideia do movimento. Os seus primeiros trabalhos
eram movidos manualmente pelo observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se mantivessem as
formas suspensas, elas se movimentariam pela simples ação das correntes de ar. Embora, os móbiles
pareçam simples, sua montagem é muito complexa, pois exige um sistema de peso e contrapeso muito bem
estudado para que o movimento tenha ritmo e sua duração se prolongue.
POP ART
Pop Art é um movimento artístico que se caracteriza pela reprodução de temas relacionados ao consumo,
publicidade e estilo de vida americano (american way of life). O termo em inglês significa "arte popular" e
surgiu durante a década de 1950, na Inglaterra. A expressão foi criada pelo crítico Lawrence Alloway
durante encontros de um grupo de artistas, o "Grupo Independente". Depois, espalhou-se durante os anos de
1960, atingindo seu auge em Nova York.

A pop art não deve ser considerada um fenômeno de cultura popular (apesar de estar muito interligada a
ela), mas uma interpretação de seus artistas da cultura dita popular e de massas. Este fenômeno baseou-se,
em grande medida, na estética da cultura de massas, a mesma criticada pela Escola de Frankfurt.
O movimento influenciou muito o grafismo e os desenhos relacionados à moda.

Características da pop art

• Aproximação da arte com a vida cotidiana;


• Utilização de cores intensas e vibrantes;
• Reproduções de peças publicitárias;
• Inspiração na cultura de massa;
• Uso da serigrafia;
• Imitação da estética industrial;
• Reproduções em série do mesmo tema;
• Uso da imagem de celebridades;
• Inspiração no universo das histórias em quadrinhos.

1. A estética das massas

A arte pop foi uma vertente que buscava aproximar a arte do cotidiano das pessoas, utilizando a estética da
cultura de massas como suporte principal.
Os contestadores artistas britânicos e norte-americanos procuravam trabalhar a partir de elementos que
encontravam nos comportamentos e costumes, moldados pela crescente industrialização. A vida não deveria
ser separada da arte, eles acreditavam.
Assim, os artistas da arte pop buscavam na cultura do dia-a-dia a inspiração para o processo criativo.
Diversas obras feitas nesse contexto eram objetos produzidos em grande escala, imagens que imitavam
fotografias de jornais e revistas, uso da técnica de serigrafia, fragmentos de histórias em quadrinhos, imagens
de celebridades e publicidade.

2. Objetos comuns como arte


Pode-se dizer que esse período pulsante das artes foi marcado pela ascensão do uso de objetos comuns e
cotidianos à categoria de objetos artísticos.
Produtos enlatados, garrafas de refrigerante e outros elementos “banais” estampavam grandes painéis,
trazendo à tona a cultura massificada que permeava os anos 60.

“Um par de meias não é menos adequado para um quadro do que óleo sobre tela”. Robert Rochenberg

3. Uso da imagem de celebridades


Assim como os artistas utilizavam a imagem de objetos do cotidiano, eles passaram a usar também imagens
de celebridades em suas obras.
Dessa forma, fotografias de estrelas do cinema e da música eram reproduzidas em larga escala, geralmente
usando a técnica industrial da serigrafia.
A intenção era criar um paralelo entre os objetos e as pessoas que eram muito “consumidas” pela população.
No caso, esse consumo se dava através da televisão e do cinema.
Como exemplo, temos obras emblemáticas de Andy Warhol, em que ele reproduz a figura de Marilyn
Monroe, Elvis Presley e Michael Jackson.
Assim, faz-se uma crítica à própria indústria cultural, que cria mitos contemporâneos e “ídolos”.
4. Oposição ao abstracionismo
O movimento que antecedeu a pop art foi o abstracionismo. Até que, em meados dos anos 50, jovens artistas
como Jasper Johns e Robert Rauschenberg começaram a criticar o abismo entre a arte e a vida e a
externalizar que não se identificavam com o estilo abstrato então em voga.
Eles acreditavam que a arte deveria estar mais próxima do cidadão comum, e não envolta em uma atmosfera
incompreensível, como era o caso da arte abstrata.

5. Crítica social
De dentro da sociedade, os criadores da pop art criticavam a própria sociedade: o consumo excessivo, o
comportamento capitalista sem limites, os hábitos cotidianos desenfreados norte-americanos.
Entretanto, eles se utilizavam justamente dos elementos que criticavam para criar sua arte, criando dessa
forma uma produção que se opunha ao consumo, mas alimentava-se dele.

6. Cores vibrantes
As obras produzidas na altura passaram a ganhar contornos com muitas cores fortes, fluorescentes e algum
brilho. Um exemplo clássico é A banana, consagrada por Andy Warhol e transformada em capa de disco da
banda de rock The Velvet Underground.

Outro exemplo do valor que os adeptos da pop art davam ao brilho foi a criação da obra Mickey Mouse,
também de Andy Warhol. Nela o artista optou por fazer um fundo com pó de diamantes para provocar um
efeito de iluminação à peça:Mickey Mouse, de Andy Warhol.

Mickey Mouse (1981), de Andy Warhol.

A banana, de Andy Warhol. A


banana (1960), de Andy Warhol.

Obras e artistas da pop art

1. Just what is it that makes today's homes so different, so


appealing? (1956), de Richard Hamilton

Richard Hamilton foi desenhista de engenharia e trabalhou com


desenho técnico durante anos. A determinado momento da carreira,
no entanto, optou por colocar a sua habilidade a serviço de
produções mais criativas.

A colagem de Richard Hamilton (que em português poderia ser


traduzida como O que torna as casas de hoje tão diferentes, tão
atraentes?) foi apresentada na Galeria de arte Whitechapel Gallery,
em Londres. O trabalho fez parte da célebre exposição This is
tomorrow.
O artista inglês Richard Hamilton fazia parte na época de um grupo chamado Independent Grup (IG),
formado em 1952 na capital inglesa. Os críticos consideram a colagem como uma das primeiras obras
realmente características da pop art.
Roy Lichtenstein

Lichtenstein ficou bastante conhecido pela sua arte que procurava


valorizar as histórias em quadrinhos. Seu trabalho também misturava
anúncios, comerciais e recortes do dia a dia.
O artista norte-americano fez também profundo uso da técnica
pontilhista. A sua célebre tela Kiss V é um dos exemplos da utilização
dessa técnica.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a
linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do
contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais,
símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.

ANDY WARHOL

Andy Warhol, (1928-1987) foi um pintor e cineasta norte-americano, um importante artista da Pop Art,
lembrado por suas pinturas nas latas de sopa Campbell e principalmente pela sequência de retratos de
Marilyn Monroe.

Andy Warhol nasceu em Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos, no dia 6 de agosto de 1928. Era filho de
imigrantes tchecos que foram para os Estados Unidos na época da Primeira Guerra Mundial. Foi registrado
com o nome de Andrew Warhola. Ainda jovem gostava de desenhar, pintar, cortar e colar imagens e de ir ao
cinema. Durante o ensino médio teve aulas de arte na escola e no Museu Carnegie.
Com o objetivo de se tornar ilustrador comercial, trabalhou na loja de departamentos Home. Estudou arte no
Carnegie Institute of Technology, onde se graduou em 1949.
Logo após concluir a faculdade mudou-se para Nova York. Começou a trabalhar como ilustrador para
importantes revistas, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines e lojas.
Com seu estilo único, tornou-se um dos ilustradores mais bem sucedidos da década de 50, recebendo
diversos prêmios. Em 1956, alguns trabalhos seus foram expostos no MOMA (Museu de Arte Moderna de
Nova York).
Em 1961, Warhol fez suas primeiras pinturas pop, com base em
quadrinhos e garrafas de Coca Cola. Em 1962, estreou a famosa
série “Soup Can Campbell”.
Nesse mesmo ano fez sua primeira exposição na Ferus Gallery
em Los Angeles, quando vendeu todas as telas. Em junho desse
mesmo ano, começou sua produção de retratos de celebridades,
usando a técnica da serigrafia, que permitia, a partir de
fotografias, reproduzir em série com variação das cores. Ficaram famosos os rostos de Elvis Presley, Mona
Lisa, Marilyn Monroe, Liz Taylor, Jacqueline Kennedy, além de Che Guevara.
Além de trabalhar como artista plástico, Wahrol também atuou como cineasta.
O artista veio a falecer somente em 1987, aos 58 anos, após uma cirurgia na vesícula biliar. Apesar da
cirurgia ter corrido bem, o artista faleceu no dia seguinte.

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