Auditoria Interna Como Instrumento de Gestão. V2
Auditoria Interna Como Instrumento de Gestão. V2
Auditoria Interna Como Instrumento de Gestão. V2
LUANDA – VIANA
2022
AUDITORIA INTERNA COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO
PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
VIANA______/_______/2022
Folha de aprovação
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Licenciatura, no Curso de
Contabilidade e Administração, do Instituo Superior Técnico de Angola – ISTA.
Presidente:_______________________________
1º Arguente:______________________________
2º Arguente:______________________________
Prestamos os nossos agradecimentos a Deus pai todo-poderoso por nos conceder a graça de
vida e o sustento.
Ao Instituto Superior Técnico de Angola por prover qualidade, confiança e sucesso na
educação.
Ao meu tutor Mestre Sozinho Carlos pela paciência, dedicação, disponibilidade, confiança,
palavras de encorajamento e sugestões para concretização da dissertação.
A empresa Organizações Inácio & Filhos, Lda, por fornecer as informações necessárias e
essenciais para a feitura da monografia.
Aos meus professores Doutor Gaspar João, Doutora Paula Guerras, João Dembo, Mestre
Manuel Quindai, Pedro Gil, entre outros, por educar, ensinar e auxiliaram-me durante o
período de formação.
Aos meus pais Rosalino António Barros Salvador, Constância Teixeira de Carvalho e ao meu
marido Alfredo Manuel Canguende pelo esforço e acompanhamento durante esses anos, pois
apresento os frutos que a muito desejavam. Aos meus irmãos António Barros, Rosalino
Barros João Barros, Indira Barros (em memória), Constância Barros, Fátima Barros,
Domingos Barros, Sónia Salvador, Augusto Salvador e Alícia Salvador e aos demais.
Aos colegas de formação, amigos e a todos que directa ou indirectamente contribuíram para a
feitura da mesma.
Muito Obrigado!
EPÍGRAFE
Charles Handy
RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................13
1.1. Objecto de Estudo..........................................................................................................13
1.2. Problemática da Pesquisa...............................................................................................13
1.3. Objectivos.......................................................................................................................14
1.3.1. Objectivo Geral........................................................................................................14
1.3.2.Objectivos Específicos.............................................................................................14
1.4. Hipóteses........................................................................................................................15
1.5. Justificativa.....................................................................................................................15
1.6 Delimitação.....................................................................................................................15
1.7. Estrutura do Trabalho.....................................................................................................16
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................17
2.1. Definição de Termos e Conceitos..................................................................................17
2.2. Perspectiva Histórica e Origem da Contabilidade Analítica..........................................17
2.3.Auditoria Interna, Breves Considerações........................................................................20
2.4.Objectivos da Auditoria Interna......................................................................................21
2.5. Perfil do Auditor Interno................................................................................................23
2.6. Métodos e Técnicas de Auditoria Interna......................................................................25
2.7.Fases da Auditoria...........................................................................................................27
2.8.Missão da Auditoria Interna............................................................................................29
2.9. O Controlo Interno.........................................................................................................30
2.10. Objectivos dos Controlos Internos...............................................................................34
2.11. Eficiência do controlo..................................................................................................35
2.12. Limitações do Controlo Interno...................................................................................35
2.13 O Enquadramento da Auditoria Interna para Gestão Eficaz das Empresa....................36
2.14. Erros e Irregularidades.................................................................................................38
2.14.1. Distinção entre erro e irregularidade.....................................................................39
1. INTRODUÇÃO
Num mundo cada vez mais global, onde a palavra de ordem é a competitividade, as
empresas sentem a necessidade de obter informações úteis e de forma atempada que lhes
permitam tomar a decisão certas e criar estratégias que lhes permite demarcar-se dos seus
concorrentes. Neste contexto a auditoria interna torna-se muito mais importante, sendo um
instrumento de gestão que auxilia o órgão de gestão traçar estratégias que lhes permite
melhorar a transparência da gestão contribuindo para que esta se torne mais eficaz, eficiente e
fiável. Assim, de acordo com o tema a Auditoria interna como Instrumento de Avaliação do
planeamento estratégico este estudo demonstrou-se, além de um embasamento teórico mais
aprofundado, a obrigatoriedade da auditoria interna em avaliar a estrutura organizacional de
uma entidade.
A auditoria interna tem vindo a assumir um papel de extrema importância, no seio das
organizações na medida em que o reconhecimento da utilidade e relevância desta função
revolucionou a forma de estar das empresas, fazendo com que o campo de atuação das
auditorias se alargasse da vertente contabilístico - financeira para a vertente operacional e
informática, de forma a permitir formular recomendações de melhoria das limitações
identificadas apoiando a gestão no processo decisório, de forma que as decisões sejam
atempadas e adequadas.
O objecto de estudo é o foco central do trabalho, o trabalho teve como foco principal:.
A cada dia que passa a auditoria interna se torna cada vez mais necessária,
principalmente devido ao aumento da competitividade entre as empresas, onde os membros da
alta administração através dos mecanismos de gestão podem controlar as operações realizadas
pela empresa, auxiliando-os na análise das perspectivas futuras, tendências de crescimento,
rentabilidade actual e pagamento de dividendos. Assim sendo, levantamos a seguinte pergunta
de partida: Até que ponto a auditoria interna pode servir como instrumento de avaliação
do planeamneto estratégico?
1.3. Objectivos
1.3.2.Objectivos Específicos
O objectivo específico por sua vez, é caracterizado por ser mais concreto, preciso e
limitado, deslocalizando o tema, para o direccionar num espaço e fenómeno preciso (BIAGI,
2005 apud BACHELARD, 2013).
1.4. Hipóteses
1.5. Justificativa
1.6 Delimitação
Este estudo delimita-se na empresa Organizações Inácio & Filhos, Lda., com sede em
Luanda, e foram analisados os exercícios de 2018 e 2019.
16
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Pinho (2007, p. 3), definia auditoria como sendo um exame de documentos e
instrumentos de avaliação contabilísticas, utilizado para testar, verificar, controlar e analisar
as demonstrações contabilísticas, com o objectivo de representar a situação real da entidade
como um todo, servindo com eficiência e eficácia para tomada de decisões imediatas.
“examinados” ou auditados. Assim sendo, o nome auditor é dado a quem pratica a técnica da
auditoria.
Um fato histórico que muito contribuiu para o crescimento das mais variadas
actividades do homem foi a Revolução Industrial, que também colaborou para a ampliação do
aparato técnico utilizado na actividade da auditoria. Mesmo que de forma indirecta, a
Revolução Industrial imprimiu novas directrizes às técnicas contábeis. Tal facto atingiu
positivamente a auditoria, que sentiu a necessidade de se adaptar para se enquadrar a uma
realidade nova.
características inerentes às empresas, houve uma evolução nas funções de auditoria, passando
da simples verificação, com o sentido de supervisão, para detectar problemas significativos,
com a criatividade, já apresentando sugestões e/ou soluções.
Outro fato que também contribuiu para a evolução foi à ascendência do sistema
capitalista. O sistema, que possui como característica a concorrência acirrada entre as
empresas, provocou a necessidade de controlos internos radicais, para que se alcançasse
redução nos custos. Dessa forma, a empresa poderia apresentar no mercado um produto mais
competitivo. A partir desse momento, a profissão de auditor tomou impulso.
A norma imposta às empresas pelo sistema capitalista fez com que técnicas de
auditoria, que já haviam evoluído, buscassem maiores aprimoramentos, procurando satisfazer,
da melhor maneira possível, as intenções de controlo para a empresa, em conjunto com a
necessidade de segurança para o aplicador que optou por investir na empresa.
20
Na visão de Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 932) Auditoria Internaé uma actividade
independente, de fornecimento de segurançaobjectiva e de consultoria que visa acrescentar
valor a uma organização e melhorarsuas operações. Trazendo para a organização uma
abordagem sistemática e disciplinada para avaliação e melhora da eficácia de seus processos
de gestão de risco, controle e ajuda-a a atingir seus objectivos.
Consiste em controlar as áreas chaves nas empresas a fim de evitar situações que
propiciem fraudes, desfalques e subornos, através de testes regulares nos controles internos
específicos de cada organização.
Quanto aos objectivos, Attie (1992, p.29), sintetiza que a auditoria Interna tem por
objectivo:
Para Goreth (1992, p. 45), a auditoria interna, quando surgiu, possuía o objectivo de
auxiliar os administradores nos controles do cumprimento de normas contabilístico e rotinas
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internas. Dessa forma, a função tomou perfil de um controle incumbido de avaliar a eficiência
e eficácia dos demais. Essa avaliação deveria ser completa e geral para todas as áreas, já que
a auditoria interna é órgão da administração e, portanto, com neutralidade e autonomia em
relação a qualquer outro sector.
Assim, pode-se dizer que o objectivo geral do trabalho de auditoria interna consiste em
prestar assistência a todos os membros da administração, no sentido de levar a um
cumprimento eficiente de suas responsabilidades, proporcionando-lhes análises, avaliações,
recomendações e comentários pertinentes às actividades examinadas, participando do
desempenho/resultado da entidade, evidenciando oportunidades internas e externas,
procurando soluções para os problemas identificados e agregando valor ao produto.
Inspecção;
Observação;
Entrevista;
Confirmação;
Análise;
26
Cálculo.
Para que a auditoria possa atingir os seus objectivos deve ser adequadamente planeada
em função do tipo de auditoria a realizar e das informações previamente recolhidas as quais
permitirão estabelecer a natureza, extensão e profundidade dos procedimentos a adoptar e a
oportunidade da sua aplicação. “Um planeamento adequado contribui para assegurar que seja
dedicada atenção apropriada a áreas importantes da auditoria, que problemas potenciais sejam
identificados e resolvidos numa base tempestiva e que o trabalho de auditoria seja
devidamente organizado e gerido a fim de ser executado de uma maneira eficaz e eficiente. O
planeamento adequado também ajuda à devida atribuição de trabalho aos membros da equipa
de trabalho, facilita a direcção e supervisão dos membros da equipa de trabalho e a revisão do
seu trabalho, e ajuda, quando aplicável, na coordenação do trabalho feito por auditores de
componentes e peritos. A natureza e extensão das actividades de planeamento variarão de
acordo com a dimensão e complexidade da entidade, a anterior experiência do auditor com a
entidade, e as alterações nas circunstâncias que ocorram durante o trabalho de auditoria.”
2.7.Fases da Auditoria
A Dimensão da entidade;
O sector de actividade a que pertence;
28
3ª Fase: Exame Preliminar: A fim de conhecer bem a entidade ou área sujeita a Auditoria, o
auditor interno tem necessidade de efectuar as deslocações, observações, reuniões, recolha
29
documental, etc., que lhe permita obter a descrição preliminar do sistema, da actividade ou do
processo, e acordo com o trabalho a realizar. Pode efectuar uma revisão analítica se
considerar necessário.
A primeira reunião deve ser com o responsável a área sujeita a auditoria e no local a
auditar, a fim de poder efectuar o primeiro esboço do trabalho a executar. Deve também
efectuar a recolha e verificação dos documentos básicos que lhe permitam conhecer e escrever
o sistema, bem como a adequação e eficácia do processo de gestão de risco.
Segundo o AICPA (1999, p.2), o controlo interno pode ser conceituado da seguinte
forma:
metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a adesão às políticas da gestão, a
salvaguarda dos activos, a prevenção e detecção de fraudes e erros, a precisão e plenitude dos
registos contabilísticos e a atempada preparação de informação financeira fidedigna.
O Coso (1992) definiu controlo interno como “um processo levado a cabo pelo
Conselho de Administração, Direcção e outros membros da organização com o objectivo de
proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos seus objectivos” em três
categorias:
O Controlo Interno é a base de qualquer trabalho de auditoria, pois é através dele que
os auditores podem avaliar o processo de gestão, bem como verificar se os erros
irregularidades estão sendo reduzidos. No entanto com as definições citadas anteriormente
pode-se perceber que um sistema de Controlo Interno se estende além dos assuntos
relacionados directamente as funções da contabilidade e dos departamentos financeiros,
engloba também os aspectos operacionais dentro da organização. A verificação da eficácia e
do cumprimento das normas estabelecidas pelo controlo interno, bem como a sua modificação
ou adaptação a novas circunstâncias, é de responsabilidade da administração da empresa.
Assim, o controlo interno, facilita o trabalho dos auditores internos e também dos
auditores externos, visto que os relatórios emitidos pela empresa se tornaram, mais
confiáveis, devido à aplicação de controlos rigorosos na emissão destes, o que
consequentemente fez com que a quantidade de testes a serem aplicados pela
auditoria interna e posteriormente pela auditoria externa fossem diminuídos (ATTIE,
2010, p.148)
Todavia, uma empresa com um fraco controlo interno é muito mais propícia à
ocorrência destes aspectos negativos do que numa situação inversa, dado que um bom sistema
de controlo interno funciona como dissuasor de irregularidades e de fraudes;
Outro ponto fundamental para a boa gestão dos trabalhos de auditoria interna, é a
desmistificação entre os funcionários da empresa em que existe uma actividade de auditoria
interna. Sobre a actuação e participação do auditor interno entende-se que este profissional se
encontra na organização como auxílio no desempenho das tarefas dentro da filosofia da
organização, e não como um “dificultador” que está presente apenas para apontar erros, até
porque ambos são parceiros na procura de um resultado comum.
Nesse aspecto, o perfil actual do auditor interno não pode ser o mesmo do passado,
onde era visto como uma pessoa metódica, desagradável, distanciada dos problemas futuros,
debruçando-se apenas sobre os dados passados.
Ao auditor interno vem sendo exigida uma série de conhecimentos diversificados para
o bom desempenho das suas actividades: contabilidade, domínio de técnicas de gestão,
qualidade total, marketing, organização e métodos, planeamento estratégico, informática,
relações humanas, entre outras.
O auditor interno deve ser um componente activo da engrenagem da gestão interna, fazendo
com que as suas observações recolhidas nos trabalhos de campo, sejam úteis e essenciais na
procura de uma adequada gestão de recursos. A sua opinião e visão crítica dos processos,
deve estar alicerçada em evidências que propiciem aos gestores a correcta valoração das
técnicas utilizadas na gestão do negócio, onde a aceitação de mudanças de rumos por parte da
gestão poderá depender da forma de expressão oral e escrita do trabalho desenvolvido pelo
auditor.
Nesse sentido, o auditor interno deve desempenhar a sua actividade com visão
holística e proactiva, antecipando-se aos factos, de modo que a sua opinião seja de
fundamental importância nos rumos da organização. Ao mesmo tempo, deverá estar atento a
novas tendências no mercado em que a sua organização actua. A sua participação na gestão
operacional das organizações deve ir muito além de uma “fiscalização” sobre os processos,
actuando em sintonia com as solicitações do mercado, com metas e estratégias bem definidas,
que é fundamental para a sobrevivência empresarial.
Perante um futuro incerto, num mundo em mudança com ritmo por vezes muito
acelerado, as organizações têm de observar cada vez mais atenta e continuadamente o seu
meio envolvente, analisar a evolução dos mercados e identificar ameaças e oportunidades,
diagnosticar a sua situação interna e identificar os seus pontos fortes e pontos fracos, definir
os seus objectivos estratégicos, as suas estratégias e políticas globais e analisar
sistematicamente os resultados que vão obtendo.
Estes são descobertos como consequência dos testes e extensão dos exames de
auditoria aplicados correctamente. Exemplo: A descoberta de funcionários fantasma na folha
de pagamento decorre do exame da documentação de registos com o nome constante na folha
e outros exames conclusivos.
administrativas, nível dos seus dirigentes e funcionários, seus controles internos, dos
objectivos a serem atingidos pelos procedimentos e do patamar do risco que o auditor está
propenso a assumir com respeito ao valor dos erros ou irregularidades que eu exame poderá
deixar de detectar.
a) Classificação
Quanto à forma:
Evidências testemunhais – consiste nas provas obtidas pelo auditor através das
respostas e declarações, tanto de natureza oral, quanto escrita. Na Auditoria Operacional
pública as provas testemunhais escritas têm maior utilidade.
Quanto à fonte:
b) Requisitos da evidência
Uma evidência para ser considerada válida, do ponto de vista do trabalho de auditoria,
deve preencher, necessariamente, os seguintes requisitos básicos:
para o objectivo específico da auditoria que ela serve e cada objectivo específico deve ser
coberto.
Utilidade - significa que a informação obtida auxilia tanto o auditor a alcançar suas
conclusões como ajuda a Unidade a atingir suas metas e objectivos. A Utilidade ou Validade
refere-se à força ou credibilidade da evidência em dar suporte às conclusões concernentes à
natureza da entidade sob exame.
Segundo Paula (1999, p.40), a auditoria interna é importante para a entidade porque:
Para isso, é necessária e fundamental que a auditoria interna tenha sua independência
preservada para atender as características das entidades que estejam em fase de mudança.
O auditor deve desempenhar suas actividades com uma visão sistémica, antecipando
os fatos, de modo que sua opinião seja de fundamental importância para a gestão eficaz dos
negócios.
Aos profissionais de auditoria interna vem sendo exigida uma série de conhecimentos
diversificados para o bom desempenho das suas actividades: contabilidade, domínio de
técnicas de gestão, qualidade total, marketing, organização e métodos, planeamento
estratégico, informática, relações humanas, entre outros.
45
De acordo com Pinheiro (2005) defende que o sucesso da auditoria interna passa por
um processo de alquimia, congregando auditores profissionalmente inteligentes, altamente
motivados e comprometidos com o sucesso da empresa onde estão inseridos, com a
responsabilidade de contribuir para a manutenção de um controle interno sadio e ajustado aos
principais objectivos estratégicos da empresa.
Neste novo contexto a função auditoria interna será um centro de excelência para
formar quadros altamente qualificados, para garantir um sistema de controlo interno eficaz no
seio da empresa e com comportamentos éticos irrepreensíveis.
Nesse sentido, a auditoria interna será uma actividade com visão holística e pró-activa,
antecipando-se aos fatos, de modo que a sua opinião importante nos rumos da organização, e
ao mesmo tempo, estará atento a novas tendências no mercado em que a sua organização
actua.
gestão, utilizados para identificar o curso de acções futuras. São utilizados, ainda, para
descrever ou representar os dados importantes de um processo e as suas inter-relações.
Assim, um modelo deve ser delineado de maneira que, apresente a sua estrutura da
melhor forma possível, caracterizando cada detalhe da operação para que o seu auxílio, como
ferramenta de gestão, possa ser eficiente e eficaz, sem, contudo o confundir com o processo
de tomada de decisão.
Com o auxílio da auditoria interna, a gestão alimenta o seu modelo de decisão com
informações adequadas e fidedignas recolhidas e avaliadas diariamente, para que a sua
tomada de decisão seja a mais tempestiva possível.
A auditoria interna deve conhecer o modelo de gestão adoptado pelo órgão de gestão
da organização, levando à gestão as informações úteis para o objectivo pretendido, para que
com estas informações a tomada de decisão conduza a uma gestão eficaz. Já que a auditoria
interna é conhecedora dos actos ocorridos no passado de uma organização, pode prognosticar
o efeito com a escolha de determinada decisão e, portanto, cabe à auditoria interna
47
Para conseguir uma posição competitiva, vantajosa e sustentada, para serem rentáveis
e até mesmo para sobreviver, as organizações precisam ser geridas com eficácia, de modo a
que os objectivos propostos sejam alcançados e, para isso, a auditoria interna, possui função
de apoio, dotada dos conhecimentos neste domínio, desempenha um papel importante. Rego
(2001, p. 19) considera que a auditoria interna preocupa-se, também, com a melhor
rentabilidade dos recursos disponíveis assim como o cumprimento dos objectivos previamente
fixados, servindo as organizações na sua globalidade e não apenas os seus gestores.
Sawyer (1988, p.7) “defendia que a função do auditor interno é fazer aquilo que a
direcção gostaria de fazer se tivesse tempo para fazer e soubesse como fazê-lo”.
A contabilidade passou a exercer papel preponderante dentro de uma visão ampla dos
administradores para o acompanhamento das decisões que só tornam e permitem o arranjo de
novas decisões que se tornem necessárias para conduzir a empresa às metas definidas.
Os aspectos citados passam a fazer parte não só das preocupações da empresa, como
também dos administradores interessados em ser bem sucedidos em suas funções,
especialmente nos pontos primordialmente importantes que medem a eficiência de cada um.
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1. Metodologia
De acordo com Alvarenga (2012, p.43), define pesquisa bibliográfica como o “estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes
electrónicas, isto é, material acessível ao público em geral”.
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Organizações Inácio & Filhos, Lda., é uma empresa de Direito Angolano que actua no
sector de comércio Prestação de serviço de segurança privada, na construção civil e
comercialização de combustíveis. Com filias espalhadas em 14 de Angola. Fundada em 1996
na cidade de Luanda, tem a sua sede social na avenida 21 de Janeiro nº 71 Bairro Sagrada
Esperança, Distrito Urbano de Maianga, município de Luanda.
Visão: resume-se naquilo que pretende alcançar, a curto médio e longo prazo. Para
Organizações Inácio & Filhos, o objectivo é ser a melhor empresa nas suas áreas de actuação
em Angola e qualidade certificada a nível internacional no futuro.
Valores: Valores, padrões sociais geralmente aceitos ou mantidos num grupo; transparência
no seu negócio, Sigilo profissional, Estabelecer um feedback interno e externo (entre clientes,
fornecedores e colaboradores)
53
STAF LINE
Auditoria
QUESTIONÁRIO
PERGUNTAS
Gráfico nº01: O departamento de Auditoria Interna deve ser desenvolvido a partir dos
próprios funcionários existentes na Instituição.
Tabela 1: Departamento da auditoria interna com os funcionários da empresa
Os profissionais actuantes neste sector são, em grande parte, advindos de fora da instituição,
para garantir de uma alguma forma a imparcialidade.
OBS: Imparcialidade: qualidade da pessoa que julga com neutralidade e justiça;
características de quem não toma partido numa situação.
Gráfico nº2: O Auditor líder deve participar das reuniões da alta administração onde
estão sendo definidas as estratégias da Instituição, assim como as tomadas de decisão.
serem definidas. Ressalta-se aqui neste gráfico que a maioria do pessoal entrevistado que
concordaram plenamente da ideia do líder dos auditores participar nas reuniões da alta
administração também concorda que seria fundamental a existência de uma equipa de
auditoria interna para acompanhar passo a passo todas as ocorrências diárias da empresa.
Nota-se que diante da presente afirmação não existe qualquer dúvida de que a
Instituição possui o entendimento sobre a questão dos custos obtidos com o departamento de
Auditoria Interna. Observa-se que na visão dos entrevistados, vêm a Auditoria como parte
58
O fato de ter um ou mais profissionais responsáveis por essas verificações faz com que
os demais departamentos da organização trabalhem de forma correcta para evitarem as
possíveis chamadas de atenção dos Auditores. Por esta razão, 80% dos entrevistados é de
opinião da existência de um departamento de auditoria interna para melhor acompanhar passo
a passo todas as ocorrências.
Neste gráfico, temos uma reacção negativa relativamente a opinião de que os auditores
sejam responsáveis pela criação dos vários procedimentos internos nas diversas áreas da
60
empresa, sem olvidar das sugestões e recomendações fundamentais dos auditores para a
eficácia na realização de alguns trabalhos internos.
Gráfico nº6 O departamento de Auditoria Interna deve ter a "total autonomia" perante
os sectores da Instituição.
25%
45%
Discordo muito
Discordo
10% Concordo muito
20% Concordo
pelos auditores durante a execução dos seus trabalhos, deverão informar aos administradores,
sugerindo possíveis soluções, para que estes tomem a decisão final.
No presente gráfico, de acordo os entrevistados, fica claro a ideia de que a maioria dos
participantes consegue ter uma visão mais aberta sobre a Auditoria Interna. Embora não
existindo a possibilidade de os auditores influenciarem directamente no lucro da Instituição,
62
ela consegue transmitir essa ideia, uma vez eles estão constantemente fiscalizando os
balancetes e todas as ocorrências da empresa.
Apesar do equilíbrio que se verifica entre os que concordam e os que não concordam,
os números mostram uma ligeira vantagem de que a Instituição acredita no trabalho da
Auditoria Interna e em seu potencial para uma correcta gestão de riscos, primando sempre em
63
Neste quadro não restam muitas, quanto mais se investir na formação dos profissionais
de auditoria, mais capacidades e habilidade terão para verificar a autenticidade das
demonstrações contabilística, examinar os critérios e procedimentos adoptados na sua
elaboração.
64
Após a colecta dos questionários aplicados na empresa Organizações Inácio & Filhos,
Lda., pode-se afirmar que a mesma, reconhece o trabalho dos Auditores e que acreditam no
potencial desses profissionais para a organização, pois o sector auxilia directamente na gestão
dos negócios, servindo como principal membro de assessoria para a administração.
Embora não tendo ainda uma equipa de auditoria interna, a Organizações Inácio &
Filhos, Lda., acredita que o sector de Auditoria Interna futuramente será parte integrante da
administração, saindo do antigo conceito, que era apenas para certificar-se de que não havia
desfalques, roubos praticadas por funcionários, em que se trabalhava muito mais nos efeitos
do que nas causas que os possibilitavam.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
No mundo económico actual, onde a globalização da economia é mais que uma
realidade, a aplicação de simples procedimentos técnicos, já não se revelam suficiente para
sobrevivência de qualquer organização, requerendo assim, a implementação de um controlo e
monitorização permanente, onde uma auditoria interna, moderna e voltada para todos os
aspectos de gestão tem uma função sublime e de grande importância.
SUGESTÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
BOYNTON, Willian C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL Walter G. Auditoria. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 4. ed. São Paulo:das
empresas. Revista Brasileira de Contabilidade, Rio de Janeiro, p. 61 a 65. jan./fev. 2001.
CERVO, A. L. BERVIAN, P. A Metodologia científica. São Paulo, SP: Prentice Hall, 2002.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. São Paulo: Atlas, 1989.
GIL, Antônio de Loureiro. Auditoria operacional e de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MARCONI, M.A, Lakatos, E.M. Fundamentos de metodologia científica. 5ª ed. São Paulo.
Atlas. 2003.
OLIVEIRA, Luís Martins. Curso básico de auditoria. 2.ed. São Paulo: Atlas. 2008
Oliveira, Perez Jr. e Silva. Auditoria, conceitos, normas, técnicas e procedimentos. Rio de
Janeiro. Impetus. 2002.
PINHEIRO, J. Leite. Auditoria interna: criar sucesso. Revista de Auditoria Interna. 2005.
APÊNDICES
71
ANEXOS