Andrade 9788575413869 06
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ANDRADE, A., PINTO, SC., and OLIVEIRA, RS., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação
[online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. ISBN: 85-7541-015-6. Available from SciELO Books
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Classificação de biotérios quanto à finalidade
INTRODUÇÃO
Os biotérios podem ser classificados por três critérios diferentes:
• quanto à finalidade a que se destinam;
• quanto à existência ou não de uma rotina de controle microbiológico (condição sanitária);
• quanto à rotina existente de métodos de acasalamento dos animais (condição genética).
Este capítulo é destinado ao primeiro critério acima citado, enquanto os demais serão tratados nos capítulos
8 e 9 deste livro.
BIOTÉRIO DE C RIAÇÃO
Quando submetemos diversos animais a um determinado experimento, esperamos obter deles ‘respostas
as mais parecidas possíveis’, de modo que possamos comparar os resultados com a hipótese feita anteriormente.
Para que os animais possam dar respostas similares, deveremos, por conseguinte, procurar controlar todas as
variáveis que esses animais possam ter.
Assim, um biotério de criação é aquele onde se encontram as matrizes reprodutoras das diversas espécies
animais que originam toda a produção e cujos objetivos visam a controlar e definir, antes do experimento, as
seguintes características:
•o estado de saúde do animal;
• sua carga genética;
• o manuseio feito com o animal de modo a torná-lo dócil;
• a alimentação empregada;
• o ambiente adequado;
• outros fatores que possam ocasionar estresse, influenciando, assim, indiretamente, na resposta esperada.
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ANIMAIS DE LABORATÓRIO
Para que todos esses objetivos sejam atingidos, um biotério de criação necessita de uma edificação
especialmente construída para tal fim, pessoal capacitado e uma rotina de trabalho bem definida.
Certamente, essas medidas adotadas determinarão um biotério de qualidade, com baixo índice de
transmissão de doenças e, conseqüentemente, baixa mortalidade.
O grande problema enfrentado pelas diversas instituições científicas é o alto custo que representa a
construção e a manutenção desse tipo de biotério. Porém, devemos lembrar que a precisão e a confiabilidade
nos resultados de pesquisas ou produtos que incidem sobre a saúde de uma população não têm preço.
B IOTÉRIO DE M ANUTENÇÃO
Este tipo de biotério tem duas finalidades específicas:
Todos esses animais devem passar por um período de aclimatação para depois serem utilizados. Essa
aclimatação visará a adaptar o animal ao ambiente de laboratório, à alimentação empregada, ao manuseio
utilizado e ao controle de possíveis doenças (quarentena).
B IOTÉRIO DE E XPERIMENTAÇÃO
Para que o experimento feito no animal tenha o resultado esperado, é necessário controlar, ao máximo, os
fatores que possam interferir, direta ou indiretamente, e só fazer variar aquelas características que se quer estudar.
Assim, em um biotério de experimentação se procura padronizar o ambiente, a alimentação e o manejo de
acordo com as normas dadas pelo experimento.
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Classificação de biotérios quanto à finalidade
Tal como o biotério de criação, o biotério de experimentação deve possuir uma edificação especialmente
projetada, pessoal capacitado e uma rotina de trabalho bem definida, porém, neste caso, adaptada ao experimento.
Quando se tratar de estudos de doenças potencialmente transmissíveis ao homem (zoonoses), a estrutura
desse biotério, bem como a rotina de trabalho terão de, obrigatoriamente, oferecer barreiras à transmissão de
doenças para o funcionário que trabalha no local.
RECOMENDAÇÕES
• Nunca um biotério de experimentação poderá estar anexado ao biotério de criação, pois o primeiro
representa um enorme risco de contaminação para o segundo.
• O biotério de criação deverá estar sempre em uma situação independente quanto à estrutura física,
pessoal e material, em relação aos demais laboratórios da instituição, a fim de provê-lo de maior segurança
e menor risco de contaminações indesejáveis.
• Qualquer animal que entrar em um biotério de criação deverá passar por um período de quarentena.
Do mesmo modo, animais que chegam ao biotério de experimentação terão de passar por um pequeno
período de aclimatação antes de serem utilizados.
BIBLIOGRAFIA
SAIZ MORENO, L.; GARCIA DE OSMA, J. L. & COMPAIRE FERNANDEZ, C. Animales de Laboratório: producción,
manejo y control sanitario. Madrid: Instituto National de Investigações Agrarias/Ministério de Agricultura,
Pesca y Alimentación, 1983.
UNIVERSITIES FEDERATION FOR ANIMAL WELFARE (UFAW). The Ufaw Handbook on the Care and Management of
Laboratory Animals. 5th ed. London/New York: Churchill Livingstone, 1976.
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