Fechamento Md3 SP3
Fechamento Md3 SP3
Fechamento Md3 SP3
Questões:
1) Cite as consequências do uso inadequado de suplementos
dietéticos e subst. Injetáveis.
2) Compreenda a digestão, absorção, armazenamento e excreção
de proteínas. (uréia e creatinina)
3) Descreva e entenda a geração de E, através da quebra de
proteínas.
-4) Compreenda o processo de síntese de proteínas.
-5) Cite e explique os tipos e funções dos aminoácidos e
proteínas.
6) Explique o porquê o excesso de compostos nitrogenados
sobrecarregam o fígado e os rins.
4) A informação genética, armazenada nos cromossomos e transmitida para as células-
filhas por meio da replicação do DNA, é expressa pela transcrição ao RNA e, no caso
do RNAm, pela tradução subsequente em proteínas (cadeias polipeptídicas, Figura 31.1
). A via de síntese proteica é chamada de tradução porque a "linguagem" da sequência
nucleotídica no RNAm é traduzida para a linguagem de uma sequência de aminoácidos.
O processo de tradução necessita de um código genético, por meio do qual a informação
contida na sequência de ácidos nucleicos é expressa para produzir uma sequência
específica de aminoácidos. Qualquer alteração na sequência de ácidos nucleicos pode
resultar na inserção de um aminoácido incorreto na cadeia polipeptídica, causando
potencialmente doenças ou até mesmo a morte do organismo.
Proteínas recém-sintetizadas sofrem vários processos até atingirem a sua forma
funcional. Elas precisam dobrar-se apropriadamente, sendo que o dobramento incorreto
pode resultar na degradação da proteína. Muitas proteínas são modificadas
covalentemente para serem ativadas ou para alterar as suas atividades. Por fim, as
proteínas são direcionadas para seus destinos finais, intracelulares ou extracelulares, por
sinais presentes nelas próprias.
A. Aminoácidos
Todos os aminoácidos que, por fim, aparecem na proteína completa
devem estar presentes no momento da síntese proteica. (Nota: se um
aminoácido está faltando [p. ex., se a dieta não contém um aminoácido
essencial, veja p. 261 ], a tradução é interrompida no códon que especifica
aquele aminoácido. Isso demonstra a importância de se possuir todos os
aminoácidos essenciais em quantidades suficientes na dieta para garantir
uma síntese proteica continuada.)
B. RNA transportador (RNAt)
Pelo menos um tipo específico de RNAt é necessário para cada aminoácido. Em
humanos existem pelo menos 50 espécies de RNAt, ao passo que as bactérias contêm de
30 a 40 espécies. Uma vez que existem somente 20 aminoácidos diferentes
transportados pelos RNAt, alguns aminoácidos possuem mais de uma molécula de
RNAt específica. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles aminoácidos codificados
por vários códons.
C. Aminoacil-RNAt sintetases
Esta família de enzimas é necessária para a ligação dos aminoácidos aos
seus RNAt correspondentes. Cada membro dessa família reconhece um
aminoácido específico e todos os RNAt que correspondem àquele aminoácido
(RNAt isoaceptores). As aminoacil-RNAt sintetases catalisam uma
reação de duas etapas que resulta na ligação covalente do grupamento
carboxila de um aminoácido à extremidade 3' do seu RNAt correspondente
(cognato). A reação geral necessita de trifosfato de adenosina (ATP),
que é clivado em monofosfato de adenosina (AMP) e pirofosfato inorgânico
(PP) (Figura 31.7). A grande especificidade da sintetase no reconhecimento
tanto do aminoácido quanto de seu RNAt específico contribui
para a alta fidelidade da tradução da mensagem genética. Além disso, as
sintetases possuem atividade de "revisão" ou "edição", que pode remover
aminoácidos da enzima ou da molécula de RNAt.
discutida na p. 19. Prolina. A cadeia lateral da prolina e seu N a-amínico formam uma
A. A ligação peptídica
Nas proteínas, os aminoácidos são unidos
covalentemente por ligações
peptídicas, as quais são ligações amida entre o grupo
a-carboxila de um
aminoácido e o grupo a-amino de outro. Por
exemplo, a valina e a alanina
podem formar o dipeptídeo valilalanina, por meio da
formação de uma
ligação peptídica (Figura 2.2). As ligações peptídicas
não são rompidas
por condições desnaturantes, como aquecimento ou
altas concentrações de ureia (veja a p. 20). Deve
haver uma exposição prolongada a um ácido
ou a uma base forte em temperaturas elevadas para
hidrolisar essas ligações
de forma não enzimática.
B. Determinação da composição de aminoácidos de um
polipeptídeo
O primeiro passo para determinar a estrutura primária de um polipeptídeo
é identificar e quantificar seus aminoácidos constituintes. Uma amostra
purificada do polipeptídeo a ser analisado é primeiramente submetida à
hidrólise por um ácido forte, a 11 O ºC durante 24 horas. Esse tratamento
cliva as ligações peptídicas e libera os aminoácidos individuais, os quais
podem ser separados por cromatografia de troca de cátions. Nessa técnica,
uma mistura de aminoácidos é aplicada a uma coluna que contém
uma resina na qual grupos carregados negativamente estão firmemente
aderidos. (Nota: se o grupo aderido for carregado positivamente, a coluna
torna-se trocadora de ânions.) Os aminoácidos ligam-se à coluna
com diferentes afinidades, dependendo das suas cargas, hidrofobicidade
e outras características. Cada aminoácido é sequencialmente liberado
da coluna cromatográfica por eluição com soluções de crescente força
iônica e pH (Figura 2.3). Os aminoácidos separados presentes no eluído
da coluna são quantificados por meio do aquecimento com ninhidrina,
A. Hélice a
Existem várias hélices polipeptídicas diferentes na natureza, mas a hélice
a é a mais comum. Ela apresenta estrutura helicoidal, que consiste em
um esqueleto polipeptídico central espiralado e bem compacto, com as
cadeias laterais dos aminoácidos que a compõem estendendo-se para
fora do eixo central, de modo a evitar a interferência estérica entre si
(Figura 2.6). Um grupo variado de proteínas contém hélices a. As queratinas,
por exemplo, são uma família de proteínas fibrosas bastante relacionadas,
cuja estrutura é quase totalmente constituída de hélices a. Elas
constituem os principais componentes de tecidos como o cabelo e a pele,
e sua rigidez é determinada pelo número de ligações dissulfeto entre as
cadeias polipeptídicas constituintes. Em contraste à queratina, a mioglobina,
cuja estrutura é também formada em grande parte por hélices a, é
uma molécula globular flexível (veja a p. 26).
1. Ligações de hidrogênio. Uma hélice a é estabilizada por uma ampla
formação de ligações de hidrogênio entre os átomos de oxigênio
das carbonilas e os hidrogênios das amidas das ligações peptídicas
que compõem o esqueleto polipeptídico (Figura 2.6). As ligações de
hidrogênio estendem-se de forma paralela à espiral, do oxigênio da
carbonila ao grupo -NH- de uma ligação peptídica quatro resíduos à
frente no polipeptídeo. Isso assegura que todas, exceto a primeira e
a última ligações peptídicas componentes, estejam unidas entre si
por ligações de hidrogênio intracadeia. Essas ligações são individualmente
fracas, mas coletivamente servem para estabilizar a hélice.
2. Aminoácidos por passo. Cada volta completa de uma hélice a
contém 3,6 resíduos de aminoácidos. Assim, os resíduos de aminoácidos
separados por três ou quatro resíduos na sequência primária
estão espacialmente próximos, quando dobrados em hélice a.
3. Aminoácidos que quebram a hélice a. A prolina quebra a hélice
a, pois o seu grupo amino secundário não é compatível geometricamente
com a espiral voltada para a direita da hélice a . Assim,
ela insere uma dobra na cadeia, que interrompe a suave estrutura
helicoidal. Diversos aminoácidos carregados (p. ex., glutamato, aspartato,
histidina, lisina ou arginina) também quebram a hélice pelaformação de ligações iônicas
ou por repulsão eletrostática entre um
e outro. Finalmente, os aminoácidos com cadeias laterais volumosas,
como o triptofano, ou aminoácidos como a valina ou a isoleucina,
que se ramificam no carbono 13 (o primeiro carbono no grupo
R, logo após o carbono a), podem interferir com a formação de uma
hélice a se estiverem em grande número.
B. Folha p
A folha 13 é outra forma de estrutura secundária, na qual todos os componentes
da ligação peptídica estão envolvidos com ligações de hidrogênio
(Figura 2.7A). As superfícies das folhas 13 apresentam uma aparência "pregueada"
e, portanto, essas estruturas são frequentemente denominadas
''folhas 13 pregueadas". Quando são feitas ilustrações da estrutura proteica,
as fitas 13 são, muitas vezes, visualizadas como setas largas (Figura 2.78).
1. Comparação entre a folha Jl e a hélice a. Ao contrário da hélice a,
as folhas 13 são compostas de duas ou mais cadeias peptídicas (fitas
13) ou segmentos de cadeias polipeptídicas, que se apresentam
quase totalmente estendidos. Observe, também, que nas folhas 13
as ligações de hidrogênio são perpendiculares ao esqueleto polipeptídico
(Figura 2.7A).
2. Folhas paralelas e antiparalelas. Uma folha 13 pode ser formada
por duas ou mais cadeias polipeptídicas ou por segmentos de cadeias
polipeptídicas, dispostos de forma antiparalela um ao outro
(com as extremidades N-terminal e e-terminal das folhas 13 alternando-
se, conforme ilustrado na Figura 2.78) ou de forma paralela
(com todos os N-terminais das folhas 13 juntos, conforme ilustrado
na Figura 2.7C). Quando as ligações de hidrogênio são formadas
entre os esqueletos polipeptídicos de cadeias polipeptídicas separadas,
elas são denominadas ligações intercadeias. Uma folha
13 também pode ser formada por uma única cadeia polipeptídica,
dobrando-se sobre si mesma (Figura 2.7C). Nesse caso, as ligações
de hidrogênio são ligações intracadeia. Em proteínas globulares,
as folhas 13 sempre apresentam uma curvatura para a direita,
quando observadas ao longo do esqueleto polipeptídico. (Nota:
as folhas 13 dobradas frequentemente formam a parte central de
proteínas globulares.)
As estruturas em hélice a e em folha 13 proporcionam
o máximo de ligações de hidrogênio aos componentes
da ligação peptídica no interior dos polipeptídeos.
A. Domínios
Os domínios são as unidades funcionais fundamentais com estrutura
tridimensional em um polipeptídeo. As cadeias polipeptídicas maiores
do que 200 aminoácidos de comprimento geralmente apresentam dois
ou mais domínios. O centro de um domínio é formado a partir de combinações
de elementos estruturais supersecundários (motivos). O dobramento
da cadeia peptídica dentro de um domínio em geral ocorre
independentemente do dobramento em outros domínios. Assim, cada
domínio apresenta as características de uma proteína globular pequena
e compacta, estruturalmente independente de outros domínios na cadeia
polipeptídica.
C. Dobramento proteico
As interações entre as cadeias laterais dos aminoácidos determinam como
uma cadeia polipeptídica longa se dobra para formar a intricada conformação
tridimensional de proteínas funcionais. O dobramento proteico, que
ocorre dentro da célula de segundos a minutos, emprega um atalho pelo
labirinto de todas as possibi lidades de dobramento. Com o dobramento
peptídico, as cadeias laterais dos aminoácidos são atraídas ou repelidas
de acordo com suas propriedades químicas. Por exemplo, cadeias laterais
carregadas positiva e negativamente atraem-se umas às outras. Por sua
vez, cadeias laterais com cargas semelhantes repelem-se umas às outras.
Além disso, as interações envolvendo ligações de hidrogênio, interações
hidrofóbicas e pontes dissulfeto podem influenciar o processo de dobramento.
Esse processo de tentativa e erro experimenta muitas (mas não
todas) possibilidades de configuração em busca de um estado no qual as
atrações superem as repulsões. Isso resu lta em uma proteína dobrada corretamente,
com baixo estado energético (Figura 2.12) .
D. Desnaturação de proteínas
A desnaturação proteica resulta no desdobramento e na desorganização
das estruturas secundária e terciária, sem que ocorra hidrólise das ligações
peptídicas. Os agentes desnaturantes incluem calor, solventes orgânicos,
agitação mecânica, ácidos ou bases fortes, detergentes e íons
de metais pesados, como chumbo e mercúrio. A desnaturação pode, sob
condições ideais, ser reversível; nesse caso, a proteína dobra-se novamente
em sua estrutura original (nativa) quando o agente desnaturante for
removido. Entretanto, as proteínas, em sua maioria, uma vez desnaturadas,
ficam permanentemente desordenadas. As proteínas desnaturadas
são, com frequência, insolúveis; portanto, precipitam quando em solução.
HEMEPROTEÍNAS GLOBULARES
Hemeproteínas são um grupo de proteínas especializadas, as quais contêm
heme como grupo prostético firmemente ligado (veja a p. 54 para uma discussão
sobre grupos prostéticos). O papel do grupo heme é determinado pelo
ambiente criado pela estrutura tridimensional da proteína. Por exemplo, o grupo
heme de um citocromo funciona como um carreador de elétrons, sendo alternadamente
oxidado e reduzido (veja a p. 76). Em contraste, o grupo heme
da enzima catalase é parte do sítio ativo da enzima, a qual catalisa a quebra
do peróxido de hidrogênio (veja a p. 148). Na hemoglobina e na mioglobina,
as duas hemeproteínas mais abundantes em humanos, o grupo heme serve
para ligar, de forma reversível, o oxigênio.
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