Resumo Psiquiatria (2) - B
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Transtornos de Personalidade
GRUPO A ● relacionamentos imaginários, vívidos,
supersticiosos, temores e fantasias infantis;
Paranoide ● empatia com os sentimentos e pensamentos
● hostil, irritável; do outro;
● desconfiança e suspeita injustificada - ser ● acredita que todos são iguais (todos de
explorado, maltratado, enganado; madeira);
● hipersensibilidade; ● isolados, pouco ou nenhum amigo;
● ciúme, inveja, autoimpotência excessiva; ● podem apresentar sintomas psicóticos
● perplexidade por buscar ajuda psiquiátrica; breves;
● tensão muscular, buscar pistas no ambiente; Tratamento:
● sérios e sem humor; - psicoterapia;
● fala lógica; - antipsicóticos e antidepressivos no caso de
● pensamento → projeção, preconceito, ideias componente depressivo na personalidade.
de referência;
● desdém em relação a indivíduos doentes, GRUPO B
fracos, debilitados e deficientes;
● ideia de profissionalismo e eficiência (que Borderline
geram medo e conflito em outras pessoas); ● neurose+psicose;
Tratamento: ● instabilidade emocional;
- psicoterapia (paciente não muito afetuoso); ● inclinada a discussões, depressão, normal –
- Diazepam e Haloperidol (tratar ansiedade e imprevisível;
agitação). ● automutilação;
● relações interpessoais tumultuadas;
Esquizóide
● frustração – reações exageradas;
● timidez, sensibilidade excessiva;
● caracterização das pessoas como totalmente
● não expressam muita emoção;
boas ou totalm más;
● não mantém contato visual; ● descrição de alucinação rica em detalhes;
● não costumam ter amigos; ● explosão de sentimentos;
● são indiferentes a elogios ou críticas; ● sensação de que não pode ser controlada;
● levam tudo muito a sério; ● alterações do sono – hipo ou hipersonia;
● respostas curtas, evitam conversas; Tratamento:
● fascínio por objetos inanimados; - psicoterapia;
● falta de envolvimento com eventos diários; - antipsicóticos e antidepressivos:
● vida sexual apenas na fantasia, não há benzodiazepínicos, IMAO, alprazolam,
interesse real; anticonvulsivante, agentes serotoninérgicos.
● gastam muita energia com matemática;
Tratamento: Histriônica
- psicoterapia; ● manipulação;
- pequenas doses de antipsicótico, ● buscam ser o centro das atenções em todos
antidepressivos e psicoestimulantes. os cenários e intensa frustração caso não
consiga;
Esquizotípica ● ♀: sexualidade; ♂: masculinidade,
● pensamento mágico, noções, peculiaridades, habilidades físicas;
ideias, referências; ● facilidade para iniciar relacionamentos,
● fala distinta/peculiar; dificuldade para manter;
● desconfiança, ansiedade social excessiva ● impulsividade, hostilidade e teatralidade;
que não reduz com o convívio; ● hipervigilantes, sugestionáveis;
● déficit social e interpessoal;
Gabriella Pérez Mendes - Psiquiatria
● carência; GRUPO C
● catastrofizam problemas;
● não se preocupam com outras pessoas; Evitativa
● ameaçar/tentar suicídio para atenção; ● inibição social por medo de críticas;
● reações infantis; ● evita atividades profissionais, estudantis;
● consideram relações pessoais mais íntimas ● falta de disposição;
do que realmente são; ● vê a si mesmo como socialmente incapaz;
Tratamento: ● evita relacionamentos íntimos.
- psicoterapia (psicanálise, interpessoal, Tratamento:
cognitiva e CC); - psicoterapia;
- farmacoterapia se necessário na - BB (atenolol) e serotoninérgicos.
exacerbação dos sintomas.
Obsessivo-Compulsivo
Narcisista ● preocupação excessiva com detalhes;
● exacerbado amor por si próprio; ● perfeccionismo;
● autoestima frágil; ● dedicação excessiva ao trabalho;
● discurso egocêntrico - ignora ideias do ● excesso de escrúpulos;
próximo; se relaciona para ser amado; ● reluta em trabalhar com outras pessoas,
● impulsividade ou indiferença quanto a reluta em delegar tarefas;
críticas; ● rigidez e teimosia;
● teatralidade para ganho secundário; Tratamento:
● piromania: atear fogo a pessoas, prédios; - psicoterapia;
● exibicionismo; - clonazepam, clomipramina e fluoxetina.
● lida mal com envelhecimento;
Tratamento: Ansiosa
- psicoterapia, terapia de grupo; ● tensão e apreensão constantes;
- lítio, antidepressivos se sintomas ● socialmente incapaz;
depressivos. ● preocupação excessiva de ser criticado ou
Antissocial rejeitado;
● incapacidade de se adequar às regras ● restrição na vida diária.
sociais;
● mentiras, roubos, abuso de substâncias; Dependente
● não exibem sexualidade, nem depressão; ● dependente com frequência de uma pessoa;
● não há delírios; ● não toma decisões sozinho;
● manipulação; ● subordinação necessidades e desejos;
● frangofilia; ● dificuldades em iniciar projetos;
● piromania; ● necessidade que outros assumam suas
● desinibição: exposição a riscos, responsabilidades;
impulsividade e irresponsabilidade; ● falta de confiança em si mesmo;
● crueldade e sadismo; ● pode ir a extremos;
● indiferença e insensibilidade aos ● desamparo;
sentimentos alheios; ● desconforto quando sozinho;
Tratamento: ● medo do abandono;
- psicoterapia; Tratamento:
- metilfenidato. - psicoterapia voltada ao insight;
- desenvolvimento de depressão e ansiedade -
imipramina, benzodiazepínicos,
serotoninérgicos.
Gabriella Pérez Mendes - Psiquiatria
Depressão
Definição - efeito geralmente inicia em 4 semanas (a
É um transtorno afetivo que se manifesta por humor medicação deve ser sempre elevado em dose
disfórico e partida de interesse ou prazer nas máxima antes de considerar ineficaz);
atividades usuais. O transtorno de humor é - tratamento de manutenção por no mínimo 6
predominantemente e relativamente persistente. meses e retirada gradual (1-2 semanas);
- sempre manter a menor dose eficaz;
Quadro clínico - psicoterapia;
● humor entristecido; Primeira linha:
● ↓ energia e fadiga; ● ISRS (sertralina, fluoxetina, paroxetina,
● dificuldades para dormir; escitalopram);
● apatia; ● antidepressivos tricíclicos (amitriptilina,
● pessimismo; imipramina, nortriptilina);
● baixa autoestima; Segunda linha:
● dificuldade de concentração; ● IMAO (moclobemida, tanilcipromina);
● ideias suicidas; ● Trazodona;
● alterações de apetite. ● Mirtazapina;
● Venlafaxina (IRSN).
Diagnóstico
Transtorno Depressivo Maior
Tratamento
- a escolha da medicação leva em conta o
histórico do paciente (familiar, tratamentos
anteriores, comorbidades);
Gabriella Pérez Mendes - Psiquiatria
Esquizofrenia
Definição (podem demorar 3-8 semanas para ter
Transtorno emocional grave de profundidade efeito);
psicótica com afastamento da realidade, delírios, Fase de manutenção:
alucinações, labilidade emocional e comportamento - tem como objetivo prevenir recaída psicótica
regressivo. e ajudar pacientes a melhorar o nível de
Quadro clínico funcionamento;
● Sintomas positivos (mesolímbico): delírios - manter no mínimo 6-12 meses após remissão
(geralmente persecutórios) e alucinações dos sintomas (menor dose eficaz com
(geralmente auditivas), comportamento mínimo de efeitos colaterais).
catatônico; Características Antipsicóticos
● Sintomas negativos (mesocortical): avolia,
expressão emocional diminuída, alogia,
anedonia, falta de sociabilidade, falta de
interação social; relacionado ao uso abusivo
de nicotina e outras substâncias
estimulantes;
● Sintomas afetivos (córtex pré-frontal
ventromedial): embotamento, inapropriação, Antipsicóticos típicos (1ª geração)
incongruência do afeto, ambivalência, - bloqueiam preferencialmente os receptores
instabilidade; D2 dopaminérgicos nos sistemas
● Sintomas cognitivos (córtex pré-frontal mesolímbico, mesocortical, nigroestriatal e
dorsolateral): neologismo, ecolalia, mutismo, túbero-infundibular;
perda da memória, diminuição do insight, - eficazes no tratamento de sintomas
problemas em manter e focalizar atenção; positivos;
Personalidade pré-mórbida: retraimento social e - produzem efeitos colaterais: parkinsonismo,
emocional, poucos amigos, dificuldade na escola e outros efeitos extrapiramidais (rigidez,
no relacionamento com o sexo oposto, preferência discinesia, bradicinesia), galactorreia,
por atividades isoladas. ginecomastia, etc;
Diagnóstico - podem ser de alta (mais efeitos
extrapiramidais) ou de baixa potência (mais
sedativos, de escolha em paciente com
agitação ou insônia);
Antipsicóticos atípicos (2ª geração)
- são medicações mais bem toleradas que
atuam em outros sítios da dopamina e em
outras vias neurotransmissoras;
- eficazes no tratamento de sintomas
negativos;
- usados em caso de intolerância aos típicos
ou em pacientes que têm mais chance de
ocorrer efeitos extrapiramidais;
- obs.: a clozapina é reservada para casos em
que há resistência a outros antipsicóticos;
Tratamento
Fase aguda
- aliviar os sintomas psicóticos mais graves;
- iniciar com doses baixas de um antipsicótico
de 2ª geração, com aumento gradual da dose
Gabriella Pérez Mendes - Psiquiatria
Transtorno Bipolar
Definição
Transtorno afetivo caracterizado por graves
oscilações do humor, com episódios depressivos, de
mania/hipomania e eutimia, com tendência à
remissão e recorrência.
Quadro clínico
Mania
- autoestima inflama ou grandiosidade;
- redução da necessidade de sono;
- mais loquaz ou pressão para continuar
falando;
- fuga de ideias, pensamentos acelerados;
- maior atividade dirigida a objetos;
- agitação psicomotora;
- envolvimento com atividades com elevado
potencial para consequências dolorosas;
Hipomania
- idêntico à mania mas não causa prejuízos no
funcionamento do paciente;
Depressão
Diagnóstico
Tipo I
Tipo II
Tipos
● TB I: episódios depressivos leves a graves,
com fases de normalidade e fases maníacas;
● TB II: episódios depressivos leves a graves,
com períodos de normalidade e seguidos de
fases hipomaníacas, sem ep. maníacos;
● TB de ciclagem rápida: episódios maníacos e
depressivos alternados, separados por
intervalos de 48-72 horas.
Tratamento
Fase aguda
Mania: estabilizador de humor + antipsicótico
Depressão: estabilizador de humor + antidepressivo
*iniciar Lítio com 300 mg/dia; litemia ideal 0,6-1,2]
*solicitar: HMG, eletrólitos, função renal e tireoidiana
Fase de manutenção: monoterapia (preferível):
estabilizador de humor (lítio, valproato e
carbamazepina).
Gabriella Pérez Mendes - Psiquiatria