Aula 1
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Perícia Forense I
INTRODUÇÃO
É comum ouvir a seguinte frase: “O cadáver fala”. Essa premissa pode soar um pouco assustadora ou totalmente
absurda, pois se constitui em algo que contraria a razão. Na verdade, embora essa a rmação seja um recurso de
linguagem, à luz da criminalística ela faz sentido, uma vez que os vestígios nos trazem informações relevantes sobre a
dinâmica dos fatos.
Nesta aula, conheceremos que alguns vestígios encontrados em locais de crimes têm sua própria linguagem e trazem
em si revelações sobre a autoria, tipo de instrumentos utilizados na cena, assim como permitem estabelecer diagnoses
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OBJETIVOS
Diferenciar vestígio, evidência e indício e a implicação das corretas técnicas de coleta, manuseio e acondicionamento
desses materiais.
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Criminalística
Desde os mais remotos tempos, a humanidade tenta encontrar maneiras de esclarecer os delitos.
Há muita controvérsia acerca do início da investigação forense e, de maneira geral, pode-se a rmar que a investigação
cientí ca aplicada às questões legais teve início na medicina legal. O exame de local era procedido pelo médico, que se
restringia ao exame do cadáver.
Com o tempo, a necessidade de esclarecer a causa da morte, levou esse pro ssional a buscar outros elementos que
explicassem a dinâmica dos fatos, uma vez que, na época, a necropsia não era uma prática permitida.
Saiba mais
,
, , O termo criminalística foi utilizado pela primeira vez em 1893 por Hans Gross, jurista e magistrado,
alemão, professor de Direito penal da Universidade de Graz, na Áustria, que publicou sua obra
intitulada Criminal Investigation: A Pratical Handbook.
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Conceito
Criminalística, também conhecida como Ciência Forense, versa sobre a análise de vestígios (glossário) materiais
extrínsecos relativos ao local periciado, relacionando o modus operandi com a dinâmica descritiva, oferecendo
fundamentação material à instrução penal. Tem por objetivo a interpretação dos vestígios, pela aplicação de diversas
ciências, visando esclarecer tecnicamente os problemas criminais relativos à determinação da existência do delito, a
sua quali cação, a identi cação do criminoso, a legalização e a perpetuação das provas materiais.
Objetivo: estabelecer dinâmica do fato delituoso e apresentar provas materiais para a instrução penal.
A coleta e preservação adequada das evidências (glossário) são aspectos essenciais para qualquer investigação
criminal bem-sucedida. A falta de isolamento e respectiva preservação dos vestígios em um local de crime, no Brasil, é
um dilema com que os peritos lidam diariamente.
A di culdade em preservar o estado das coisas em um local de infração penal pode ser atribuída a uma questão
cultural, em que a população, por curiosidade, se desloca por entre os vestígios, chegando muitas vezes a coletá-los,
imaginando estarem contribuindo com a investigação, comprometendo assim, a legalidade do vestígio.
Com a vigência da Lei nº 8.862/94 que alterou o art. 6º (glossário), incisos I e II, bem como o art. 169 (glossário), do
Decreto Lei nº 3.689/41 (Código de Processo Penal), a responsabilidade pelo isolamento e preservação do local de
crime passou a ser obrigação da autoridade policial que for designada para atender a ocorrência, e também dos
demais segmentos funcionais (socorristas, investigadores, delegados, entre outros) que interagirem no local.
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A di culdade em preservar o local de crime parece ainda mais grave quando a autoridade policial, agente responsável
em preservar e isolar o local, não cumpre a sua obrigação prevista em Lei.
Saiba mais
, Observe que o parágrafo único do art. 169 do CPP obriga ao perito registrar e re etir sobre as
consequências técnicas da não preservação e isolamento do local de infração penal para a análise da
cena do crime deixada pelo(s) infrator(es) e pela(s) vítima(s). Se as condições da integridade física de
um local violado não forem comentadas no laudo, não importando se por motivo justi cado ou não,
fatalmente levarão as investigações e a justiça a erro.
EXEMPLO
Tomemos como exemplo uma vítima que se sentiu mal, caiu sobre o passeio de pedestres, bateu a cabeça e veio a
óbito, ao sofrer a intervenção de bombeiros e/ou paramédicos, teve seu corpo movimentado, os bolsos de suas vestes
vasculhados à procura de documentos que o identi casse, parte de suas roupas cortadas ou removidas para
localização de ferimentos.
Se não for informado ao perito, que chegou posteriormente ao local, e este não comentar em seu laudo os efeitos de
tal intervenção, parecerá que houve latrocínio ou algo parecido.
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Fonte:
O registro pelo perito das condições de isolamento e preservação do local quando feitos de maneira correta
demonstrará a credibilidade dos vestígios materializados e consequentemente a con abilidade da interpretação da
prova.
Por outro lado, um local que foi isolado e preservado adequadamente, garante ao perito estabelecer a dinâmica dos
fatos de maneira con ável. Observe imagens de um local onde ocorreu um disparo anômalo (acidental) de arma de
fogo, quando o portador do armamento desembarcava do veículo.
galeria/aula1/img/09.jpg
Como o local encontrava-se preservado e isolado (note a faixa zebrada), o perito pôde garantir que o
veículo não teve sua posição alterada após o disparo.
galeria/aula1/img/10.jpg
Com isso, pôde estabelecer a trajetória do projétil, que atingiu primariamente a face interna da porta
dianteira direita, acima da dobradiça inferior de xação do veículo.
galeria/aula1/img/11.jpg
Os peritos constataram que a trajetória assumida pelo projétil indicava que a porta encontrava-se com
seu ângulo máximo de abertura no momento do disparo, vindo o projétil a trans xar a lataria e
percorrer toda a extensão do vão existente entre a viatura e a rampa de acesso, aproximadamente
1,48 m (um metro e quarenta e oito centímetros), até atingir a barra metálica da rampa de acesso.
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É importante entender que o vestígio é o elemento sensível do fato, esse conceito deve estar bem
de nido tanto para os peritos como para todos os demais segmentos que interagem no local de crime
ou que manuseiam algum tipo de vestígio.
Todos os vestígios encontrados em um local de crime, em um primeiro momento, são importantes e necessários para
elucidar os fatos, no momento em que os peritos chegam à conclusão de que o vestígio está, de fato, relacionado ao
evento periciado, ele deixará de ser vestígio e passará a denominar-se evidência.
Essas duas expressões (vestígio e evidência) tecnicamente são usadas no âmbito da perícia, no entanto, na fase
processual tais expressões são tratadas como indícios, conforme a de nição do Código de Processo Penal (artigo
239).
Em resumo...
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Tipos de vestígios
Uma vez detectado o vestígio é importante cercar-se de cautela, a m de certi car-se quanto a sua idoneidade, pois
devemos lembrar que antes da chegada do perito a um local de crime, vários outros segmentos funcionais -
socorristas, agentes de trânsito, guardas municipais, bombeiros, policiais militares e civis -, executaram tarefas no
local, e todo esse movimento pelo local pode comprometer a autenticidade do vestígio.
Atenção
, O ato de coletar objetos no local de crime é de responsabilidade legal dos peritos porque, além de
estarem munidos de fé pública, têm competência técnica. Isso parece bastante razoável, uma vez que
uma pessoa leiga não domina a técnica correta do proceder, no caso de recolhimento de evidências
que requerem instrumentos e metodologia própria para a coleta, evitando a contaminação dos
vestígios pelo operador.
As imagens a seguir ilustram procedimentos inadequados de coleta, em que observamos que os pro ssionais não
estão com vestimentas adequadas para o trabalho.
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Fonte: www.nis.wvu.edu/releases/Crimehouse.htm
Fonte: www.dickinson.edu/departments/biol/courses.html
Fonte: www.noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2015/02/28
Sabemos que certos vestígios requerem cuidados especiais nas coletas, com a utilização de materiais e instrumentos
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apropriados para apreensão e acondicionamento. Exemplos de vestígios, com a orientação correta dos cuidados a
serem adotados por ocasião da coleta pelo perito:
Armas de fogo
Cuidados para preservar impressões digitais e resíduos de disparo. Evitar introduzir objetos no cano
da arma.
Terras e Sujidades
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Peças de roupa
Pintura de veículos
Sangue
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As manchas de sangue podem ser encontradas sob a forma líquida (coletar em recipientes com
agente anticoagulante ou soro siológico) ou em crostas — recolher dos próprios suportes, raspadas
ou dissolvidas com soro siológico e transferir para frascos.
As embalagens de papel, são normalmente utilizadas para vários objetos, como por exemplo, roupas, utensílios e
acessórios, fragmentos, amostras oleosas, os de cabelo e bras.
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Para pequenas amostras líquidas, as embalagens de vidro com fechamento rosqueado ou hermético são satisfatórios.
As manchas de sangue são comumente encontradas em cenas de crimes, e de grande importância para a
investigação, uma vez que são capazes de vincular um indivíduo à autoria do ato criminoso e subsidiar a interpretação
da dinâmica da ação delituosa.
No entanto, é fundamental a correta coleta desse tipo de material, pois se não for bem executada poderá acarretar
perda da evidência ou o enfraquecimento desse tipo de prova.
As amostras de sangue coletadas em locais de crime devem, preferencialmente, ser representativas e capazes de
fornecer todas as informações possíveis. São recolhidas não só do corpo da vítima e da área principal da ação, mas
também de suas áreas periféricas.
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Fonte: Shutterstock
As amostras podem ter origem distintas e se apresentar em diferentes estados físicos e condições de preservação,
portanto, devem exigir diversi cadas maneiras de recolhimento.
O DNA presente na amostra pode facilmente ser degradado, se não for adequadamente preservado, assim, amostras
de sangue colocadas em embalagens transparentes e em contato com o ar estão propensas a contaminação
microbiológica, com crescimento microbiano que prejudicaria os exames laboratoriais, tornando-se assim, sem valor
de evidência.
SANGUE SECO
Esse tipo de amostra pode estar ( xa ou solta) disposta sobre superfícies (grandes ou pequenas) que,
por sua vez, podem ser removíveis ou não e se apresentar distribuídas por grandes ou pequenas
áreas, para cada situação haverá um método mais adequado para coleta.
EM SUPERFÍCIES REMOVÍVEIS
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Se a superfície não for removível, mas possível de ser extraído por recorte, desmonte ou
outro método, deverão ser recolhidas amostras em zonas: sem a presença do vestígio, para
controle negativo; com a presença da mancha de sangue. Essas amostras devem ser
acondicionadas em envelope de papel individualmente, diminuindo o risco de contaminação
e perda de amostra.
Se a superfície não for removível, porém capaz de ser extraído por recorte, desmonte ou
outro método, deverão ser recolhidas amostras em zonas: sem a presença do vestígio, para
controle negativo; bem como de parte do objeto, na posição em que se encontra a mancha
de sangue. Essas amostras devem ser acondicionadas em envelope de papel
individualmente, diminuindo o risco de contaminação e perda de amostra.
Saiba mais
,
Transferência adesiva: é uma técnica de fácil efetivação e pouco contato do perito com o vestígio,
portanto, de reduzido risco de diluição ou contaminação da amostra. Pode ser utilizada com sangue
seco e consiste na remoção da mancha de sangue com o auxílio de uma ta adesiva, que deve ser
colocada sobre a mancha e sobre outra área em que não tenha mancha, de forma a ter um controle
negativo.
,,
Raspagem: Possui o mesmo objetivo e agrega a mesma vantagem da técnica da ta adesiva, porém
requer a utilização de um instrumento a ado e está sujeita à eletricidade estática, portanto o material
raspado não deve ser acondicionado em embalagens plástica, pois pode se dispersar e vir a se perder
nas reentrâncias da embalagem, em decorrência da eletricidade estática acumulada, sendo o ideal a
utilização de envelope de papel.
,,
Absorção: Neste caso, a mancha é coletada com o swab umedecido com água destilada, de forma
que seja absorvida a maior quantidade possível de vestígio. Em seguida, os coletores devem ser
secos ao ar, em ambiente não contaminado, bem como acondicionados em envelopes de papel. Essa
técnica, por utilizar água destilada na obtenção da amostra, sofre diluição e pode levar risco de
contaminação do material coletado.
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SANGUE ÚMIDO
Fonte da Imagem:
Como no caso do sangue seco, o úmido pode ser apresentar disposto sobre superfícies (grandes ou pequenas), que
por sua vez podem ser removíveis ou não e se apresentar distribuídas por grandes ou pequenas áreas. Portanto, para
cada situação haverá um método mais adequado de coleta.
EM SUPERFÍCIES REMOVÍVEIS
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Como já discutido até aqui, a preservação e o isolamento adequados do local de crime, visando impedir a alteração e a
eliminação das evidências remanescentes no local, bem como o uso de técnicas corretas de coleta e
acondicionamento dos vestígios são condições essenciais para o sucesso da investigação.
Fonte da Imagem:
Todos os procedimentos relacionados à evidência, desde a coleta, o manuseio e a análise, sem os devidos cuidados e
sem a observação de condições mínimas de segurança, podem acarretar na falta de integridade da prova, provocando
danos irrecuperáveis no material coletado, comprometendo a idoneidade do processo e prejudicando a sua
rastreabilidade.
Desse modo, é necessário que se estabeleça um controle sobre todas as fases desse processo, e, por isso, tem-se
adotado a cadeia de custódia (glossário) como modelo nas mais variadas áreas do conhecimento.
Saiba mais
, A cadeia de custódia é um dos elementos diretamente relacionados com a idoneidade do vestígio,
em que a primeira etapa do processo de custódia tem início no momento do isolamento e
preservação do sítio de ocorrência, com a abordagem e o levantamento do local, seguindo um uxo
de ações que visa a garantir sua idoneidade e permitir a rastreabilidade da sequência dos fatos, com
registro minucioso do caminho que a amostra percorreu, quem manuseou, como manuseou, como o
vestígio foi obtido, como foi armazenado e por que manusearam.
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Fonte: Shutterstock
O art. 170 do CPP determina que “nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material su ciente para a
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográ cas, ou
microfotográ cas, desenhos ou esquemas”.
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O fato de a lei exigir a guarda de amostra do material analisado garante ao investigado a possibilidade de contestação
e defesa.
Se a cadeia de custódia do material analisado não for rigorosamente controlada, ou seja, se os registros dos
pro ssionais que manipularam a evidência, ou ainda, se as condições em que as mesmas foram acondicionadas, não
forem adequadas, poderá representar uma falha na cadeia de custódia, o que enfraquecerá o laudo o cial.
Saiba mais
, O Assistente Técnico foi criado com o advento da Lei nº 11.690, de 2008, que alterou o Código de
Processo Penal, permitindo que esse pro ssional atuasse como scalizador das partes. Observemos
suas atribuições que o art. 159, em seus parágrafos 5º e 6º, do CPP.
Assim, o perito assistente, ao elaborar laudo divergente ao apresentado pelo perito o cial, deverá analisar
primeiramente a cadeia de custódia, certi cando-se de que todas as alterações, como condições de isolamento e
preservação do local, coleta e acondicionamento do material, técnicas empregadas nas análises, foram
adequadamente registradas e empregadas.
Procedimentos essenciais que devem ser observados para uma efetiva e correta cadeia de custódia de vestígios:
Esses três procedimentos devem ser rigorosamente seguidos, a m de evitar suspeição sobre as condições de
determinados objetos ou sobre a própria certeza de ser aquele material que de fato fora apreendido ou periciado.
Assim, o valor probatório de uma evidência ou documento será válido se não tiver sua origem e tramitação
questionadas.
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Questão 1
Vestígio é uma expressão utilizada no meio jurídico que signi ca cada uma das informações relacionadas com o crime.
Indício é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise posterior.
Evidência é o vestígio que, após as devidas análises, tem constatada, técnica e cienti camente, a sua relação com o crime.
Criminalística é a delimitação com a utilização de faixa zebrada ou outro meio a área provável em que tenha ocorrido fato
delituoso, impedindo o acesso de estranhos.
Isolamento é a análise de vestígios materiais extrínsecos relativos ao local periciado, relacionando o modus operandi com a
dinâmica descritiva.
Justi cativa
Questão 2
Um dos requisitos essenciais para que os peritos possam realizar um exame pericial de maneira satisfatória, a m de
não se perder qualquer vestígio, é que o local esteja adequadamente:
Isolado e preservado.
Periciado e isolado.
Examinado e preservado.
Delimitado e preservado.
Analisado e periciado.
Justi cativa
Questão 3
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A vítima.
O perito criminal designado para a realização da perícia no local de crime.
O primeiro policial a chegar no local de crime.
Qualquer pessoa da comunidade que tomar conhecimento do crime.
Somente alguém da familiar da vítima.
Justi cativa
Questão 4
Um dos aspectos mais desa adores da prática forense é a manutenção da cadeia de custódia durante todas as suas
fases, com ênfase em acondicionamento, transporte e entrega da amostra, pois essas fases se referem ao decurso de
tempo em que a evidência é manuseada, incluindo‐se também aí cada pessoa que a manuseou. Acerca desse assunto,
assinale a alternativa correta.
É imperativo que a evidência seja tratada pelo máximo de pessoas necessárias para a conclusão da análise forense.
Para cada uma das etapas da cadeia de custódia, não há necessidade de ser feito registro, pois não há dúvida em relação ao
tratamento e à manipulação dos vestígios, caso haja confronto com declarações de pessoas envolvidas na investigação.
A cadeia de custódia inicia‐se no laboratório de análise, após o registro do material, quando, então, o perito criminal analisa e
procede à prova pericial cientí ca.
Cada vez que um caso criminal for iniciado, vários arquivos do mesmo caso deverão ser criados, com a nalidade de conter a
documentação desse arquivo pelo espaço de tempo requerido pela lei prevalente.
Se os registros dos pro ssionais que manipularam a evidência, ou ainda, se as condições em que as mesmas foram
acondicionadas, não forem adequadas, poderá representar uma falha na cadeia de custódia, o que enfraquecerá o laudo o cial.
Justi cativa
Questão 5
O procedimento adotado para coleta de evidências em local de crime deve seguir um protocolo, objetivando a coleta
adequada dos vestígios. A respeito da coleta de vestígios em local de crime, é correto a rmar que:
Se for mancha de sangue seco e a superfície for de pequena dimensão e removível, deve-se efetuar a coleta do objeto junto
com a amostra, acondicionando em sacos ou envelopes de papel.
No caso de projeteis e estojos (munições) esses devem ser coletados com pinças metálicas, com pegadas na base ou no
corpo do estojo e, no caso de projéteis não há ressalvas quanto a posição da pinça.
Se forem armas de fogo ideal é utilizar luvas para preservar impressões digitais e resíduos de disparo, utilizando-se de
instrumentos para introduzir no cano da arma.
Quando a evidência está depositada em uma superfície absorvente, não é possível recuperá‐la, inviabilizando desse modo os
exames laboratoriais.
Em superfícies absorventes, como carpetes, cortinas, sofás, estofados, almofadas, colchões, entre outros, contendo amostras
de sangue seco serão utilizados bisturis estéreis para raspagem do material.
Justi cativa
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Glossário
CRIMINALÍSTICA
VESTÍGIO
É o elemento essencial para uma investigação objetiva, em melhor análise, são todos os elementos
materiais que encontramos em um local de crime.
EVIDÊNCIA
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ART. 6º
Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais;
Apresentar os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais.
ART. 169º
Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que deverão
instruir seus laudos com fotogra as, desenhos ou esquemas elucidativos.
Parágrafo único – Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no
relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
CADEIA DE CUSTÓDIA
É o conjunto de procedimentos que visa garantir a autenticidade dos materiais que serão submetidos
a exames, desde a coleta até o nal da perícia.
ART. 159º
Indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser xado pelo juiz ou
ser inquiridos em audiência.
§6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão o cial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito
o cial, para exames pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
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