Tanatologia Forense
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TANATOLOGIA FORENSE
Conceito o captulo da Medicina Legal no qual se estuda a morte e as conseqncias jurdicas a ela inerentes. Assim como se pode definir a vida, teoricamente impossvel conceituar a morte. Por isso, deveria bastar-nos procurar compreender e aceitar essa nica e insofismvel verdade.
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Antes do advento da era da transplantao dos rgos e tecidos aceitava-se a morte como o cessar total e permanente, num , dado instante, das funes vitais. Supera hoje esse conceito o conhecimento de que a morte no o cessamento puro e simples,num timo, das funes vitais, mas, sim, toda uma gama de processos que se desencadeiam inexoravelmente durante certo perodo de tempo, afetando paulatinamente os diferentes rgos da economia.
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Baseado nisso criaram-se moderadamente dois conceitos distintos de morte: a cerebral, teoricamente indicada pela cessao da atividade eltrica do crebro, tanto na cortia quanto nas estruturas mais profundas, pela persistncia de um traado isoeltrico, plano ou nulo, e a circulatria, por parada cardaca irreversvel massagem do corao e as demais tcnicas usualmente utilizadas nessa eventualidade.
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Qualquer que seja a teoria adotada, v-se logo quo difcil estabelecer um critrio de morte. Fiquemos, pois, apenas com as razes indiscutveis de morte: a cessao dos fenmenos vitais, por parada das funes cerebrais, respiratrias e circulatria, e o surgimento dos fenmenos abiticos, lentos e progressivos, que lesam irreversivelmente os rgos e tecidos.
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A morte cerebral pode produzir-se antes que cessem os batimentos cardacos (traumatismo cerebral). Considera-se que o crebro est morto aps 12 horas de inconscincia com ausncia de respirao espontnea, midrase bilateral e eletroencefalograma isoeltrico, ou quando o angiograma revela a parada da circulao intracraniana (durante 30 minutos).
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Modalidade de morte Existem vrias modalidades de morte: Morte anatmica Morte histolgica Morte aparente Morte relativa Morte intermdia Morte real
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Morte anatmica - o cessamento total e permanente de todas as grandes funes do organismo entre si e com o meio ambiente. Morte histolgica No sendo a morte um momento, compreende-se ser a morte histolgica um processo decorrente da anterior, em que os tecidos e as clulas dos rgos e sistemas morrem paulatinamente.
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Morte aparente O adjetivo aparente nos parece aqui adequadamente aplicado, pois o indivduo assemelha-se incrivelmente ao morto, mas est vivo, por dbil persistncia da circulao. O estado de morte aparente poder durar horas, notadamente nos casos de morte sbita por asfixia-submerso e nos recm-natos com ndice de Apgar baixo. possvel a recuperao de indivduo em estado de morte aparente pelo emprego de socorro mdico imediato e adequado.
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Morte relativa O indivduo jaz como, vitimado por parada cardaca diagnosticada pela ausncia de pulso em artria calibrosa, como a cartida comum, a femoral, associada perda de conscincia, cianose, ou palidez marmrea. O ofendido, submetido em tempo hbil massagem cardaca, poder retornar vida.
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Morte intermdia a morte intermdia explicada, pelos que a admitem, como a que precede a absoluta e sucede a relativa, como verdadeiro estgio inicial da morte definitiva.
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Morte real o ato de cessar a personalidade e fisicamente a humana conexo orgnica, por inibio da fora de coeso intermolecular, e de formar-se paulatinamente a decomposio do cadver at o limite natural dos componentes minerais do corpo (gua, anidrido carbnico sais etc).
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Tanatognose a parte da Tanatologia Forense que estuda o diagnstico da realidade da morte. Esse diagnstico ser tanto mais difcil quanto mais prximo o momento da morte. Antes do surgimento dos fenmenos transformativos do cadver, no existe sinal patognomnico de morte. Ento, o perito observar dois tipos de fenmenos cadavricos: os abiticos, avitais ou vitais negativos, imediatos e consecutivos, e os transformativos, destrutivos ou conservadores.
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Fenmenos abiticos imediatos Apenas insinuam a morte: perda de conscincia; abolio do tnus muscular com imobilidade; perda da sensibilidade; relaxamento dos esfncteres; cessao da respirao; ausncia de pulso; fcies hipocrtica; plpebras parcialmente cerradas.
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Fenmenos abiticos consecutivos
resfriamento paulatino do corpo; rigidez cadavrica; espasmo cadavrico; manchas de hipstase e livores cadavricos; dessecamento;
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Dessecamento: decrscimo de peso, pergaminhamento da pele e das mucosas dos lbios; modificaes dos globos oculares; mancha da esclertica; turvao da crnea transparente; perda da tenso do globo ocular; formao da tela viscosa. O resfriamento paulatino do corpo no ocorre com rigorosa uniformidade, influenciada que a sua evoluo por fatores ambientais, idade, panculo adiposo, agasalhos.
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A rigidez cadavrica fenmeno constante no cadver, originado por uma reao qumica da acidificao num estado de contratura muscular que desaparece quando se inicia a putrefao.
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H um tipo de rigidez que se instala ainda em vida, na fase pr-agnica ou agnica, nos acometidos por ttano, nos intoxicados por estricnina, ergotina,magnsio, e nos que a morte resultou de destruio intensa dos tecidos do sistema nervoso central.
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O espasmo cadavrico, tambm denominado rigidez catalptica estatria ou plstica, uma forma particular de rigidez cadavrica instantnea , sem o relaxamento muscular que procede a rigidez comum e com a qual no se confunde. O indivduo acometido, sbita e violentamente, pelo espasmo cadavrico guarda a posio que mantinha quando a morte o surpreendeu.
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As hipstases viscerais so originadas pela deposio do sangue nas partes declivosas do cadver, em torno de 2 a 3 horas aps a morte, em placas, em extensas reas corporais. Constantes, decorridos 8 a 12 horas, fixamse definitivamente nos rgos internos , no mais se descolando qualquer que seja mudana de posio do cadver.
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Fenmenos transformativos Compreendem os destrutivos (autlise, putrefao e macerao) e os conservadores (mumificao e saponificao). Resultam de alteraes somticas tardias to intensas que a vida se torna absolutamente impossvel. So portanto, sinais de certeza da realidade de morte.
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Destrutivos Autlise Aps a morte cessam com a circulao as trocas nutritivas intracelulares, determinando lise dos tecidos seguida de acidificao, por aumento da concentrao inica de hidrognio conseqente diminuio do pH. A vida s possvel em meio neutro; assim, por diminuta que seja a acidez, ser a vida impossvel iniciando-se os fenmenos intra e extracelulares de decomposio.
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Os tecidos se desintegram porque as membranas celulares se rompem e flocula o protoplasma, devido s desordens bioqumicas resultantes da anxia e da baixa do pH intra e extracelular. A autlise afeta precocemente os cadveres de recm-nascidos e aqueles ainda no putrefeitos ou em que esse fenmeno mal se iniciou.
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Putrefao A putrefao, forma de transformao cadavrica destrutiva, se inicia, aps a autlise, pela ao de micrbios aerbios, anaerbios e facultativos em geral sobre o ceco, poro inicial do grosso intestino onde mais se acumulam os gases e que, por guardar relao de contigidade com a parede abdominal da fossa ilaca direta, determina por primeiro, nessa regio, o aparecimento da mancha verde abdominal, a qual, posteriormente, se difunde por todo o tronco, cabea e membros, a tonalidade verde-enegrecida conferindo ao morto o aspecto bastante escuro
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A marcha da putrefao, embora no siga cronologia rigorosa (tanto ser possvel a simultaneidade de vrios perodos transformativos, em regies diferentes,num mesmo cadver), se faz em quatro perodos: Perodo de colorao Perodo gasoso Perodo coliquativo Perodo de esqueletizao
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Perodo de colorao Tonalidade verdeenegrecida dos tegumentos, originada pela combinao de hidrognio sulfurado nascente com a hemoglobina, formando a sulfometemoglobima, surge, em nosso meio, entre 18 e 24 horas aps a morte,durando em mdia, 7 dias.
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Perodo gasoso Os gases internos da putrefao migram para a periferia provocando aparecimento na superfcie corporal de flictenas contendo lquido leucocitrio hemoglobnico com menor teor de albuminas em relao s do sinal de Chambert, e de enfisema putrefativo que crepita palpao e confere ao cadver a postura de boxeador e aspecto gigantesco, especialmente na face, no tronco, no pnis e bolsas escrotais. O odor da putrefao se deve ao aparecimento do gs sulfdrico. Esse perodo dura aproximadamente duas semanas.
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Perodo de coliquativo A coliquao a dissoluo ptrida das partes moles do cadver pela ao conjunta das bactrias e da fauna necrfaga. Os gases se evolam, o odor ftido e o corpo perde gradativamente a sua forma. Dependendo das condies de resistncia do corpo e do local onde est inumado, esse perodo pode durar um ou vrios meses, terminando pela esqueletizao
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Perodo de esqueletizao A ao do meio ambiente e da fauna cadavrica destri os resduos tissulares, inclusive os ligamentos articulares, expondo os ossos e deixando-os completamente livres de seus prprios ligamentos. Os cabelos e os dentes resistem muito tempo a destruio. Os ossos tambm resistem anos a fio, porm terminam por perder progressivamente sua estrutura, tornando-se mais leves, frgeis e, alguns, quebradios.
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Macerao tambm fenmeno de transformao destrutiva que afeta os submersos em meio lquido contaminado (macerao sptica) e o concepto morto a partir do 5. Ms de gestao e retido intra-uterinamente (macerao assptica).
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Conservadores Mumificao a dessecao, natural ou artificial, do cadver. H de ser rpida e acentuada a desidratao.
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A mumificao natural ocorre no cadver insepulto, em regies de clima quente e seco e de arejamento intensivo suficiente para impedir ao microbiana, provocada dos fenmenos putrefativos. Assim que tm sido encontradas mmias naturais, sem caixo, simplesmente na areia ou sobre a terra, ou em catacumbas ou cavernas, sem vestgios de tratamento e to bem conservados quanto as embalsamadas artificialmente, graas a condies favorveis. A mumificao por processo artificial foi praticada historicamente pelos egpcios e pelos incas, por embalsamamento, aps intensa dessecao corporal
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Saponificao um processo transformativo de conservao que aparece sempre aps um estgio regularmente avanado de putrefao, em que o cadver adquire consistncia untuosa, mole, como o sabo o a cera (adipocera), s vezes quebradia, e tonalidade amarelo-escura, exalando de queijo ranoso.
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Cronotanatognose a parte da Tanatologia que estuda a data aproximada da morte. Com efeito, os fenmenos cadavricos, no obedecendo ao rigorismo em sua marcha evolutiva, que difere conforme os diferentes corpos e com a causa mortis e influncia de fatores extrnsecos, como as condies do terreno e da temperatura e umidade ambiental, possibilitam estabelecer diagnstico da data da morte to exatamente quanto possvel, porm no com certeza absoluta. O seu estudo importa no que diz respeito responsabilidade criminal e aos processos civis ligados a sobrevivncia e de interesse sucessrio.
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A cronotanatognose baseia-se num conjunto de fenmenos, a saber: Fenmenos cadavricos: Resfriamento do corpo Rigidez cadavrica Livores e hipstase Mancha verde abdominal Gases de putrefao Decrscimo de peso
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Fenmenos cadavricos Resfriamento do cadver Em nosso meio de 0,5C nas trs primeiras horas; a seguir, o decrscimo de temperatura de 1C por hora, at o restabelecimento do equilbrio trmico com o meio ambiente.
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Rigidez cadavrica Pode manifestar-se tardia ou precocemente. Segundo Nysten-Sommer, ocorre obedecendo seguinte ordem: na face, nuca e mandbula, 1 a 2 horas; nos msculos traco-abdominais, 2 a 4 horas; nos membros superiores, 4 a 6 horas; nos membros inferiores, 6 a 8 horas post mortem. A rigidez cadavrica desaparece progressivamente seguindo a mesma ordem de seu aparecimento, cedendo lugar flacidez muscular, aps 36 a 48 horas de permanncia do bito.
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Livores e hipstases Os livores e as hipstases surgem habitualmente entre 2 a 3 horas, fixando-se definitivamente no perodo de 8 a 12 horas aps a morte.
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Mancha verde abdominal Influenciada pela temperatura do meio ambiente, surge entre 18 a 24 horas, estendendo-se progressivamente por todo o corpo 3 ao 5 dia aps a morte
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Gases de putrefao O gs sulfdrico, detectado pela reao do acetato de chumbo embebido em papis de filtro colocados dentro da boca e em toro das narinas, surge entre 9 a 12 horas aps o bito. Da mesma forma que a mancha verde abdominal, significa putrefao.
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Decrscimo de peso Tem valor relativo por sofrer importantes variaes determinadas pelo prprio corpo ou pelo meio ambiente. Aceita-se, no entanto, nos recm-natos e nas crianas uma perda em geral de 8g/kg peso nas primeiras 24 horas aps o falecimento.
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A cronotanatognose baseia-se num conjunto de fenmenos, a saber: Crioscopia do sangue Cristais do sangue putrefato Crescimento dos plos da barba Contedo gstrico Fauna cadavrica
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Crioscopia do sangue O ponto crioscpico ou ponto de congelao do sangue de -0,55C a -0,57C. So to constantes esses ndices no sangue que Koranyi considera patolgicos os ndices -0,54C a -0,58C. Para a determinao da data da morte, tem a crioscopia validade relativa porque o abaixamento do ponto crioscpico do sangue aps o bito faz-se de modo irregular, tornando difcil o estabelecimento de correlao de ordem cronolgica.
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Cristais do sangue putrefato So os achados cristais de WestenhfferRicha-Valverde, lminas cristalides muito frgeis, entrecruzadas e agrupadas, incolores, que adquirem colorao azul pelo ferrocianeto de potssio, e castanha, pelo iodo, passveis de ser encontradas a partir do 3 dia no sangue putrefato, podendo, segundo Belmiro Valverde, permanecer no mesmo at dias aps a morte.
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Crescimento dos plos da barba Assim como no vivo, nas primeiras horas aps a morte ao plos das regies mentonianas e bucinadoras continuam crescendo razo de 21 milsimos de milmetros por hora. evidentemente, mtodo destitudo de valor, que representa apenas mais uma tentativa de colorao emprica ao estudo da cronologia da morte.
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Contedo gstrico Houve quem pensou que o estmago com repleo alimentar e fenmeno digestivos, em fase intermediria, poderia sugerir ao legisperito ter a morte ocorrido entre 1 a 2 horas aps a ltima refeio; alimentos em fase terminal de digesto, de 4 a 7 horas, e , finalmente, havendo vacuidade gstrica, ter o bito acontecido decorridas mais de 7 horas da ltima. Todavia, o tempo de evacuao gstrica depende essencialmente:
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1 do estado fsico do que foi ingerido: a gua e certos lquidos iniciam de pronto a evacuao do estmago. Os alimentos slidos so transformados em uma pasta semilquida o quimo - , que permanece, por termo mdio, 3 a 4 e horas no estmago; 2 o teor lipdico dos alimentos
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3 da presso intragstrica e bulboduodenal abolida do cadver, e do tono ou relaxamento do esfncter piloro. Avulta aos olhos ser a observao do contedo gstrico mtodo despido de valor, por emprico e pela influncia dos fatores individual, estomacal e alimentar sobre os fenmenos gastrintestinais, como a digesto post mortem, inclusive.
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Fauna cadavrica O seu estudo em relao ao cadver exposto ao ar livre tem relativo valor conclusivo na determinao da tanatocronognose, embora os obreiros ou legionrios da morte surjam, com certa seqncia e regularidade,nas diferentes fases putrefativas adiantadas do cadver.
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Morte natural Morte natural aquela que sobrevm motivada amide por causas patolgicas ou por grave malformao, incompatvel com a vida extra-uterina prolongada
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Morte violenta Entende-se por morte violenta aquela que resulta de uma ao exgena e lesiva (suicdio, homicdio, acidente), mesmo tardiamente, sobre o corpo humano.
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Morte suspeita Morte suspeita aquela que ocorre em pessoas de aparente boa sade, de forma inesperada, sem causa evidente, ou com sinais de violncia indefinidos ou definidos in exemplis, simulao de suicdio objetivando ocultar homicdio -, passvel de gerar desconfiana sobre sua etiologia.
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Morte agnica Morte agnica aquela em que a extino desarmnica das funes vitais processa-se paulatinamente, com estertores, num tempo relativo longo; nela os livores hipostticos formam-se mais lentamente.
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O diagnstico diferencial entre a morte sbita e a morte agnica firmada pelos expertos, habitualmente, durante necropsia; h casos raros,todavia, em que se torna necessria a complementao diagnstica pelas docimasias heptica e supra-renal. Baseiam-se elas na pesquisa de glicose e do glicognio no fgado, e de adrenalina e sua dosagem nas glndulas supra-renais.