GEIPOT BICI PlanCicDiagNac-2001 PDF
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APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................... III
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................................ IX
CAPÍTULO 1 – ANTECEDENTES....................................................................................................1
1.1 – ORIGENS E HISTÓRIA......................................................................................................1
1.2 – A PRODUÇÃO DE BICICLETAS NO BRASIL.....................................................................3
4
4.13.3 – Governador Valadares...................................................................................147
4.13.4 – Ipatinga.......................................................................................................... 150
4.13.5 – Juiz de Fora...................................................................................................153
4.13.6 – Montes Claros................................................................................................154
4.13.7 – Patos de Minas..............................................................................................156
4.13.8 – Teófilo Otoni...................................................................................................161
4.14 – ESTADO DO PARÁ.......................................................................................................162
4.14.1 – Belém.............................................................................................................162
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES....................................................................................................165
5.1 – O QUE FOI POSSÍVEL CONHECER..............................................................................165
5.2 – O QUE É PRECISO REALIZAR.....................................................................................165
5.2.1 – Crescimento Numérico e Fomento à Organização de Comunidades Ciclísticas
................................................................................................................... 166
5.2.2 – Estruturação de Órgãos de Planejamento nos Municípios...........................166
5.2.3 – Tratamento e Análise dos Dados sobre Acidentes com Ciclistas na Via Pública
.................................................................................................................... 166
5.2.4 – Ampliação do Parque Fabril Voltado à Produção de Bicicletas no País.......167
5.2.5 – Estímulo às Indústrias e às Escolas para Construção de Bicicletários.........167
5.2.6 – Busca de Soluções mais Baratas no Provimento de Infra-estrutura Favorável
ao Uso da Bicicleta nos Espaços Públicos Urbanos e Rurais.....................168
5.2.7 – Atividades Permanentes...............................................................................168
5.3 – ORGANIZAÇÃO DAS MEDIDAS POR PRAZO DE REALIZAÇÃO.................................169
5.3.1 – Ações de Curto Prazo.........................................................................................169
5.3.2 – Ações de Médio Prazo (horizonte de até dois anos)...........................................169
5.3.3 – Ações de Longo Prazo (acima de dois anos)......................................................170
5.4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................170
5
LISTA DE FIGURAS
6
35 – Ciclistas na Ciclovia da Av. Santos Dumont, Implantada em 1983...................................73
36 – Ciclistas na Av. Francisca de Paula Leite, de Grande Movimentação de Bicicletas.........74
37 – Ciclistas na Av. Francisca de Paula Leite.........................................................................74
38 – Vista Aérea da Área Urbana do Município.......................................................................75
39 – Poste no Meio de Via Ciclável Implantada.......................................................................76
40 – Ciclovia na Entrada da Cidade.........................................................................................77
41 – Ciclovia na Entrada da Cidade.........................................................................................77
42 – Ciclistas Trafegando no Bordo do Asfalto da Av. Anchieta...............................................78
43 – Ciclistas Trafegando no Bordo da Pista da Av. Marginal à Linha Férrea..........................79
44 – Ciclistas Saindo da Ciclovia e Cruzando a Av. Ayrton Senna...........................................80
45 – Viaduto Atribuna, Alargado para Ciclistas........................................................................81
46 – Ciclovia à Beira-mar, com 14,1km de Extensão...............................................................81
47 – Centro Urbano do Município............................................................................................82
48 – Bicicletas Amarradas ao Poste de Sinalização, na Área Central......................................83
49 – Ciclistas Trafegando no Cruzamento da Av. 2 com a Rua 3.............................................84
50 – Sinalização da Ciclovia da Av. Brasil, do Centro Urbano à Área Industrial.......................84
51 – Bicicletário Implantado na Praça Lateral à Prefeitura.......................................................85
52 – Bicicletário e, ao Fundo, Ciclistas em Trânsito.................................................................85
53 – Ciclistas Trafegando na Ciclofaixa da Av. Portuária.........................................................86
54 – Passeio Ciclístico da 1ª Velo Santista 99, na Av. Beira-mar.............................................87
55 – Ciclovia Desativada no Canteiro Central da Av. Affonso Pena.........................................87
56 – Ciclovia Próxima ao Passeio Público...............................................................................88
57 – Ciclovia na Beira da Calçada da Av. Mariano Torres........................................................89
58 – Ciclovia na Av. Iguaçu, Próxima à Rodoviária..................................................................89
59 – Ciclovia às Margens do Canal do Rio Belém, na Saída do Bosque do Papa...................90
60 – Ciclovia/Calçada da Rua João Bettega, na Cidade Industrial..........................................90
61 – Ciclovia do Trabalhador, na Faixa de Domínio da RFFSA...............................................91
62 – Interseção da Ciclovia do Trabalhador com Ciclovia Secundária.....................................92
63 – Cruzamento da Ciclovia do Trabalhador com a BR-376...................................................93
64 – Ciclovia na Av. dos Pinheirais..........................................................................................93
65 – Av. das Araucárias, de Grande Circulação de Ciclistas....................................................94
66 – Ciclovia na Av. Tancredo Neves.......................................................................................95
67 – Ciclovia no Parque Municipal Danilo Galafassi................................................................96
68 – Ciclovia no Canteiro Central da Av. Contorno do Parque do Ingá....................................97
69 – Canteiro Central da Av. Pedro Taques, com Ciclovia em Projeto.....................................97
70 – Conflito Ciclistas X Veículos, na Av. Pedro Taques..........................................................97
71 – Ciclovia Maringá-Paiçandu..............................................................................................98
72 – Ciclistas-operários, no Horário de Saída do Trabalho......................................................99
73 – Faixa de Domínio da RFFSA, com Ciclovia em Projeto para Atender aos Bairros
Operários Vizinhos.......................................................................................................... 99
74 – Ciclovia com Plataforma Elevada na Faixa de Domínio da RFFSA...............................100
75 – Ciclista Utilizando Via Fechada ao Tráfego de Veículos Automotores............................101
7
76 – Ciclofaixa na Orla do Rio Guaíba, no Bairro de Ipanema...............................................102
77 – Corredor de Transporte Coletivo, na Rua Érico Veríssimo, Utilizado aos Domingos pelos
Ciclistas......................................................................................................................... 103
78 – Ciclovia com Jardins e Arborização Mantidos pela Comunidade...................................104
79 – Detalhe de Acesso à Ciclovia.........................................................................................104
80 – Ciclovia ao Lado de Trecho Rodoviário..........................................................................104
81 – Ciclistas e Pedestres Compartilhando Trecho de Ciclovia.............................................105
82 – Ciclistas Circulando na Contra-mão de Via Urbana.......................................................106
83 – Detalhe da Quantidade de Areia Acumulada na Ciclofaixa............................................108
84 – Uso de Bloco de Concreto como Separador da Ciclofaixa.............................................108
85 – Ciclovia em Canteiro Central, Recentemente Inaugurada..............................................109
86 – Ciclistas-operários, Trafegando no Horário de Saída para Almoço................................109
87 – Estudantes da Escola Mascarenhas de Morais, ao Término das Aulas..........................110
88 – Bicicletas na Escola Estadual Érica Marques.................................................................110
89 – Rua Fernando Machado, no Centro da Cidade, em Projeto para ser Transformada em
Uso Preferencial de Pedestres e Ciclistas.....................................................................112
90 – Ciclovia na Av. Beira-mar Norte......................................................................................113
91 – Alameda Rio Branco, com Projeto de Ciclovia no Canteiro Central...............................114
92 – Ciclofaixa Implantada em Antigo Estacionamento de Automóveis..................................115
93 – Desvio para Baia de Ônibus na Ciclofaixa da Rua Antônio Treis....................................115
94 – Ciclovia Implantada às Margens do Rio Itajaí-mirim.......................................................117
95 – Mobiliário Urbano para Fixação de Bicicletas.................................................................118
96 – Ciclovia no Parque Náutico Cordeiro..............................................................................119
97 – Ciclistas no Bairro São Vicente, Gerador de Viagens por Bicicletas para o Centro........120
98 – Bicicletários em Frente às Lojas do Comércio Local......................................................120
99 – Ciclovia Compartilhada com Pedestres em Bairro Próximo ao Centro...........................122
100 – Ciclovia Compartilhada com Pedestres........................................................................123
101 – Ciclovia Sinuosa Recentemente Implantada................................................................124
102 – Ciclovia no Canteiro Central da BR-116.......................................................................125
103 – Distância Média Percorrida..........................................................................................106
104 – Motivos para Utilização da Bicicleta.............................................................................126
105 – Tempo Médio de Deslocamento...................................................................................126
106 – Ciclofaixa na Av. Beira-mar..........................................................................................127
107 –Travessia da Ciclovia da Av. Washington Soares..........................................................127
108 – Ciclovia no Canteiro Central da Av. Washington Soares..............................................128
109 – Bicicletário com mais de 700 Lugares, na Ceasa.........................................................129
110 – Ciclovia na Estrada Fortaleza/ Pacatuba......................................................................129
111 – Início de Ciclovia na Rodovia Fortaleza/ Maranguape..................................................130
112 – Ciclista em Passagem Lateral na Ponte do Rio Potengi...............................................131
113 – Ciclovia com Pavimento em Mau Estado, na Via Costeira...........................................132
114 – Ciclista sobre a Ponte da Av. Presidente Dutra............................................................133
115 – Ciclovia na Av. Tancredo Neves....................................................................................134
116 – Ciclistas no Bordo da Av. Josefa Taveira, Bairro Mangabeira.......................................134
8
117 – Ciclovia na Área do Projeto Cura, em Boa Viagem......................................................136
118 – Ciclovia na 1ª Perimetral..............................................................................................137
119 – Praia de Boa Viagem, em Proposta de Ciclofaixa........................................................137
120 – Ciclofaixa na PE-15, Próximo de Olinda......................................................................138
121 – Ciclista no Cruzamento da Av. Rio Branco/ Rua Tiradentes.........................................139
122 – Ciclovia Leste–Oeste...................................................................................................140
123 – Trafegando na Estrada Cachoeira do Mirim.................................................................140
124 – Ciclista no Cruzamento da Av. Gal. Hermes/ Leste–Oeste...........................................141
125 – Início da Ciclovia Sete Coqueiros, na Av. Beira-mar....................................................142
126 – Passarela de Ciclistas e Pedestres, na Ponte João Luís Ferreira................................143
127 – Ciclovia na Saída da Ponte João Luís Ferreira............................................................143
128 – Ciclovia na Av. Maranhão, às Margens do Rio Parnaíba..............................................144
129 – Sinalização Vertical Indicativa de Cruzamento com Ciclovia........................................146
130 – Pavimento e Sinalização de Ciclovia no Canteiro Central de Rodovia.........................146
131 – Ciclofaixa no Bordo da Pista, na Área Central.............................................................147
132 – Ciclofaixa em Via com Comércio Intenso.....................................................................148
133 – Cruzamento no Início de Ciclovia.................................................................................149
134 – Ciclistas Circulando em Vias do Centro Urbano...........................................................150
135 – Bicicletas sobre a Calçada, Encostadas em Postes e Árvores.....................................150
136 – Ciclovia Próxima ao Portão de Acesso da Usiminas....................................................151
137 – Ciclofaixa Próxima a Canteiro Central, em Área Vizinha ao Centro Urbano................152
138 – Av. Presidente Costa e Silva – Bairro São Pedro – Ciclistas Compartilhando Via........153
139 – Av. Rio Branco – Centro – Ciclistas Compartilhando Via e Desrespeitando o Semáforo
...................................................................................................................................... 154
140 – Ciclovia em Bairro da Periferia da Cidade....................................................................155
141 – Bicicletas Estacionadas ao Longo do Meio-fio, na Área Central..................................156
142 – Ciclistas Compartilhando o Tráfego de Automóveis.....................................................156
143 – Ciclistas Trafegando na Contra-mão, em Via da Área Suburbana...............................156
144 – Ciclistas Próximos a Cruzamento, no Bordo Esquerdo da Via.....................................158
145 – Ciclista na Aproximação de Cruzamento Sinalizado....................................................159
146 – Ciclofaixa no Bordo Esquerdo da Via e Estacionamento de Bicicletas.........................160
147 – Ciclofaixa em Via Marginal à Lagoa.............................................................................160
148 – Ciclistas e Veículos Motorizados em Travessia de Cruzamento...................................161
149 – Ciclistas entre Estacionamento e Pista de Rolamento.................................................162
9
LISTA DE TABELAS
10
34 – Dados Gerais de Nova Iguaçu................................................................................................62
35 – Dados Gerais de Volta Redonda............................................................................................63
36 – Dados Gerais de São Paulo...................................................................................................64
37 – Quadro Geral de Investimentos e Implantação de Ciclovias (dez./1996)...............................66
38 – Dados Gerais de Araçatuba....................................................................................................68
39 – Dados Gerais de Cubatão......................................................................................................69
40 – Dados Gerais de Guarujá.......................................................................................................71
41 – Dados Gerais de Indaiatuba...................................................................................................73
42 – Dados Gerais de Itanhaém.....................................................................................................75
43 – Dados Gerais de Lorena........................................................................................................ 76
44 – Dados Gerais de Peruíbe.......................................................................................................78
45 – Dados Gerais de Praia Grande..............................................................................................79
46 – Dados Gerais de Ribeirão Preto.............................................................................................81
47 – Dados Gerais de Rio Claro.....................................................................................................83
48 – Dados Gerais de Santos........................................................................................................ 86
49 – Dados Gerais de Curitiba.......................................................................................................88
50 – Dados Gerais de Arapongas...................................................................................................91
51 – Dados Gerais de Araucária.....................................................................................................93
52 – Dados Gerais de Cascavel.....................................................................................................94
53 – Dados Gerais de Maringá.......................................................................................................96
54 – Dados Gerais de Rolândia.....................................................................................................98
55 – Dados Gerais de Sarandi.....................................................................................................100
56 – Dados Gerais de Porto Alegre..............................................................................................101
57 – Dados Gerais de Campo Bom..............................................................................................103
58 – Dados Gerais de Novo Hamburgo........................................................................................105
59 – Dados Gerais de Pelotas......................................................................................................106
60 – Distribuição de Acidentes nas Vias de Pelotas.....................................................................107
61 – Dados Gerais de São Leopoldo............................................................................................107
62 – Dados Gerais de Terra de Areia...........................................................................................109
63 – Dados Gerais de Florianópolis..............................................................................................111
64 – Dados Gerais de Blumenau..................................................................................................113
65 – Dados Gerais de Brusque.....................................................................................................115
66 – Dados Gerais de Criciúma....................................................................................................117
67 – Dados Gerais de Itajaí.......................................................................................................... 118
68 – Dados Gerais de Joinville.....................................................................................................120
69 – Dados Gerais de Tubarão.....................................................................................................123
70 – Dados Gerais de Fortaleza...................................................................................................124
71 – Dados Gerais de Maracanaú................................................................................................128
72 – Dados Gerais de Natal.........................................................................................................130
73 – Dados Gerais de Mossoró....................................................................................................132
11
74 – Dados Gerais de João Pessoa.............................................................................................133
75 – Dados Gerais de Campina Grande.......................................................................................135
76 – Dados Gerais de Recife.......................................................................................................136
77 – Dados Gerais de Caruaru.....................................................................................................138
78 – Dados Gerais de Maceió......................................................................................................139
79 – Ciclovias Existentes em Maceió...........................................................................................141
80 – Dados Gerais de Teresina....................................................................................................142
81 – Dados Gerais de Belo Horizonte..........................................................................................144
82 – Dados Gerais de Betim........................................................................................................145
83 – Dados Gerais de Governador Valadares..............................................................................147
84 – Fluxo de Veículos em alguns Trechos de Governador Valadares.........................................149
85 – Dados Gerais de Ipatinga.....................................................................................................150
86 – Acidentes Envolvendo Ciclistas em Ipatinga........................................................................152
87 – Dados Gerais de Juiz de Fora..............................................................................................153
88 – Dados Gerais de Montes Claros...........................................................................................154
89 – Dados Gerais de Patos de Minas.........................................................................................156
90 – Cruzamento da Rua General Osório X Rua Major Gote, Movimentos à Frente e
Conversão à Esquerda – 8/6/99....................................................................................157
91 – Estatísticas e Volumes de Tráfego em Patos de Minas – 1997............................................158
92 – Estatísticas e Volumes de Tráfego em Patos de Minas – 1998............................................159
93 – Dados Gerais de Teófilo Otoni..............................................................................................161
94 – Dados Gerais de Belém.......................................................................................................162
12
LISTA DE QUADROS
13
CAPÍTULO 1
ANTECEDENTES
Segundo BORGES, Ilmar2, "o uso da bicicleta variou tanto na intensidade como nos
propósitos de viagem". No Brasil, a presença da bicicleta data aproximadamente de fins do
século XIX, quando vieram os primeiros migrantes europeus para o sul do país. Também é
dessa época o nascimento do embrião do que viria a ser a primeira fábrica de bicicletas
brasileira, a Casa Luiz Caloi. Inicialmente, como importadora e oficina de consertos de
bicicletas, a fábrica iniciou a montagem de sua primeira bicicleta, o modelo Bianchi, aro 28,
masculina, em 1949. Daquela data até o ano 2000, muitos foram os modelos lançados. Hoje, a
empresa Bicicletas Caloi S.A. é também importadora de produtos, principalmente através de
sua subsidiária nos Estados Unidos da América, a Caloi USA, em Jacksonville – Flórida3.
Desde sua chegada ao Brasil, a bicicleta foi muito popular entre os trabalhadores,
especialmente junto aos empregados de indústrias, de pequenos estabelecimentos comerciais
e de serviços das grandes áreas urbanas. Esse quadro sofreu modificações no final da década
de 50, com o surgimento da indústria automobilística brasileira que permitiu a produção de
automóveis de passeio e a instalação de algumas empresas fabricantes de ônibus para
transporte coletivo urbano. O uso da bicicleta experimentou, então, acentuada queda na
participação do trânsito nas principais cidades do país. Esse momento coincidiu também com a
substituição dos bondes elétricos por ônibus movidos a diesel.
No interior brasileiro, nas vilas e cidades com população inferior a 20 mil habitantes,
o burro e o cavalo eram os meios de transporte predominantes. Essa situação somente veio a
modificar-se, a partir do início da década de 80, quando a população rural substituiu suas
montarias pela bicicleta.
Foi sob tais circunstâncias que o GEIPOT publicou, em março de 1976, o manual
Planejamento Cicloviário – Uma Política para as Bicicletas, após uma visita dos técnicos
responsáveis pela execução do estudo ao sul do país, para conhecimento de algumas iniciativas
em curso. A primeira cidade visitada foi Curitiba, que implantava sua rede cicloviária no interior de
parques e em conexões entre alguns deles. No entanto, as obras careceram de planejamento
prévio, com sua execução precedida apenas pela elaboração de um anteprojeto geométrico.
Naquele momento, não havia qualquer literatura técnica no país.
A segunda cidade visitada foi Joinville, cuja fama de cidade de maior uso da bicicleta
no país ainda persistia. Essa impressão assentava-se, principalmente, na observação do que
ocorria na Fundição Tupy, maior empresa da cidade. A indústria havia construído recentemente
um estacionamento coberto para bicicletas, com 2.400 vagas, bomba de ar comprimido, espaço
numerado para cada um dos veículos, controlador de ciclistas na entrada e na saída, além de
outras facilidades de acesso. Foi a primeira vez que se tomou conhecimento da palavra
bicicletário. Curioso observar que, próximo, havia um estacionamento para automóveis, com cerca
de 50 vagas, sem cobertura. Esse fato, somado à consideração de que a Fundição Tupy possuía
mais de cinco mil funcionários ciclistas, forneceu aos técnicos a certeza de que a cidade
tinha atitude diversa de outros locais do país quanto ao provimento de infra-estrutura para a
bicicleta.
Nos anos 80, muitas cidades realizaram planos diretores, estudos e projetos voltados
à melhoria das condições de circulação e segurança de ciclistas e de suas bicicletas. À frente de
muitos desses projetos estava o GEIPOT, que incorporou essas preocupações nos Estudos de
Após 1992, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo buscaram melhorar suas
infra-estruturas em prol das bicicletas, tentando acompanhar os passos de Curitiba e Governador
Valadares, que já detinham mais de 30km de vias implantadas. Enquanto São Paulo fazia opção
por projetos em parques da cidade, o Rio de Janeiro desenvolvia projetos em dois campos
distintos: atendimento da demanda por construção de ciclovias de lazer e implantação de vias
cicláveis em bairros operários da zona norte do município.
Está claro que fatores como ausência de tratamento específico para problemas e
demandas dos ciclistas contribuíram para essa situação, mas muitas outras causas devem ser
consideradas:
TABELA 1
CONSUMO APARENTE DE BICICLETAS – BRASIL
1979-1983
(u)
ANO PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO CONSUMO APARENTE
1979 1.846.427 208 204.322 1.642.313
1980 2.797.603 647 192.807 2.605.443
1981 2.454.896 129 157.737 2.297.288
1982 2.185.439 212 35.037 2.150.614
1983 2.050.000 94 27.097 2.022.997
Fonte: Estatísticas de Produção, pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas
(Abraciclo).
Quase uma década depois, esse quadro é totalmente diverso. Além de registrar um
decréscimo aparente no consumo, percebe-se que houve um salto nas importações, sendo
também constatado que a produção brasileira hoje é muito mais de montagem de produtos
fabricados no exterior do que de produtos genuinamente nacionais.
TABELA 2
MERCADO DE BICICLETAS – BRASIL
1991-1999
(u)
VENDAS
MONTADORAS SUBTOTAL DA
MONTADORAS
ANO GRANDE PRODUÇÃO IMPORTAÇÕES TOTAL
MÉDIO PORTE
PORTE NACIONAL
1991 2.040.000 101.177 2.141.177 35.402 2.176.579
1992 2.342.000 187.551 2.529.551 66.536 2.596.087
1993 3.812.000 456.962 4.268.962 312.554 4.581.516
1994 3.923.000 590.104 4.513.104 552.016 5.065.120
1995 2.997.158 586.517 3.583.675 340.125 3.923.800
1996 2.240.000 1.140.000 3.380.000 319.985 3.699.985
1997 2.236.320 1.360.000 3.596.320 449.770 4.046.090
1998 1.700.000 1.910.000 3.610.000 301.577 (*) 3.911.577
1999 2.330.000 880.000 3.210.000 55.953 (*) 3.265.953
Fonte: Associação Brasileira dos Fabricantes, Distribuidores e Importadores de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi.
Obs: 1999 – estimativa (queda de 18 a 22% nas vendas do 1º Semestre de 1999 com relação ao 1º Semestre de 1998).
(*) Importações 1998/1999: Dados estimados uma vez que a Secex somente fornece informações em US$ e t.
Montadoras de Grande Porte: Até 1998 – Caloi e Monark.
Montadoras de Médio Porte: Até 1998 – CBB, Prince Bike (Manaus); Fischer (Jaraguá do Sul); De Angeli/Begatti (São Paulo).
A partir de 1999: Prince Bike; Fischer; De Angeli/Begatti; Houston (Teresina, em implantação); Pererê (Feira de Santana);IBB
(Bahia, infantil) e Vergos (São Paulo).
17
uma década com a outra, esse crescimento foi de mais de 1.000%, embora no ano de 1999 a
desvalorização cambial tenha refreado muito essa tendência.
Essas tabelas são aqui apresentadas para demonstrar que a bicicleta tem um papel
importante na produção industrial e como veículo de transporte e de lazer na vida brasileira. As
bicicletas utilizadas como meio de transporte (populares, tipo barra-forte) são as mais vendidas
no país, com cerca de 45% das vendas, vindo a seguir as infanto-juvenis, com 30% e as
esportivas acima de uma marcha, com 25%, segundo a Abraciclo. A Abradibi já informa que as
bicicletas de transportes detêm 55% das vendas.
Diante de tais quadros, está claro que ocorre um crescimento significativo do uso
da bicicleta no país. Da frota estimada em 45 milhões de veículos, quase 2/3 é utilizada como
transporte, destacando-se o fato de que a classe operária hoje também utiliza, para transporte,
as mountain-bike, tipo esportivo desse veículo.
18
CAPÍTULO 2
METODOLOGIA DA PESQUISA
19
2.2.1 Questionário
FIGURA 1
MODELO DO QUESTIONÁRIO APLICADO
20
QUESTIONÁRIO APLICADO JUNTO AO ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA GERÊNCIA DE
TRÁFEGO, TRANSPORTE OU DE PLANEJAMENTO DA CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO
3. Cite onde é mais intenso o uso da bicicleta em seu município. Em que horários do dia
isso ocorre, e quais são as causas dessa circulação acentuada?
5. Com relação aos conflitos envolvendo ciclistas, quais os locais em que eles ocorrem
com maior freqüência ou gravidade? (Indique no mapa e caracterize o conflito).
7. Existe algum tipo de análise do acidente envolvendo o ciclista? Em caso positivo, como
isso é aproveitado na formulação de medidas corretivas na via pública?
21
10. Existe alguma parceria com a iniciativa privada nesses projetos? Qual?
11. Que medidas consideraria necessárias para promover o uso da bicicleta em sua
cidade?
12. Existem associações de ciclistas em sua cidade? Como elas atuam? Que tipo de
parceria é realizada entre elas e o poder público local? (Informe o endereço delas).
13. Que tipo de parceria V.Sa. estima possível/desejável com a iniciativa privada para
aumentar o uso da bicicleta em seu município? E com as associações de ciclistas?
14. Que tipo de compromisso seu município estaria disposto a realizar visando
estabelecer uma parceria com instituições de crédito internacionais (avalizadas pelo
governo federal) na obtenção de recursos para ampliar a infra-estrutura voltada ao uso da
bicicleta em seu município? O município estaria disposto a conceder contrapartida
financeira para projetos voltados à melhoria da circulação de ciclistas?
22
Para responder a Questão nº 15, considere o seguinte:
Obs. Vale lembrar que a resposta a essa pergunta não substitui as respostas às perguntas
anteriores. Em verdade, ela visa extrair uma noção sobre como a autoridade avalia, de forma
subjetiva, o envolvimento de seu município com o uso da bicicleta e as medidas favoráveis a esse
tipo de transporte/esporte.
Ainda quanto à forma, revelou-se pouco claro o conceito adotado para os subitens
"b” a "g", da Pergunta nº 15. Os conceitos pouquíssimo, pouco, muito e muitíssimo não
concederam uma boa distinção ao entrevistado, o que acarretou respostas dúbias quanto à
realidade de sua cidade. Observou-se que algumas autoridades municipais responderam haver
baixa simpatia dos moradores para com o uso da bicicleta, muito embora dados de pesquisas
revelassem haver grande participação desses veículos no tráfego de suas cidades.
23
Para corrigir tal deficiência, a equipe do projeto adotou algumas variações durante a
tabulação, classificando as respostas como: Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa; ou
ainda: Muito, Regular, Pouco ou Nenhum. Essas estratificações, entretanto, estão longe de
permitir uma avaliação reflexiva da realidade, ao se referirem ao uso de um equipamento
público ou de um modal de transporte. Permitem, entretanto, revelar a sensibilidade das
autoridades locais quanto ao comportamento de parte da comunidade local onde atuam.
Um aspecto muito positivo da metodologia foi o fato de ter sido adotado, no mesmo
questionário, simultaneamente, perguntas subjetivas e objetivas. Com esse procedimento, foi
possível observar a coerência de muitas das respostas dos entrevistados, além de perceber
como está o nível de informação das autoridades sobre o uso da bicicleta em sua cidade. Esse
aspecto específico pôde ser revelado na comparação das respostas obtidas com pesquisas
recentes realizadas no município, presentes em documentos fornecidos pelas próprias
autoridades entrevistadas ou por outros agentes públicos, não necessariamente municipais.
24
CAPÍTULO 3
RESULTADO NACIONAL DA PESQUISA
– apen
as o Rio de Janeiro tem órgão específico para tratar exclusivamente das demandas
dos ciclistas e das necessidades da circulação da bicicleta. É a única cidade com
orçamento anual para implantar infra-estrutura, melhorias e manutenção da rede
instalada;
– somente
Belém, Cascavel, Indaiatuba, Ipatinga, Porto Alegre, Ribeirão Preto, Santos e
Teresina fazem tratamento dos acidentes de bicicletas de forma específica; a
maioria considera o acidente de bicicleta como atropelamento de pedestres;
– apenas
cinco municípios visitados não estão interessados em realizar medidas favoráveis à
circulação da bicicleta, sob alegação de que esse não é o veículo preferencial para
o transporte e uso da população, de que a cidade não possui topografia adequada
para tal uso ou de que a bicicleta atrapalha o tráfego;
– a
comunidade de Campo Bom (RS) possui uma associação encarregada da
realização da manutenção de algumas ciclovias do município. Pode-se afirmar que
as ciclovias se inserem entre as mais bonitas do país, observando-se os canteiros
floridos que as margeiam;
– no Rio
de Janeiro, um shopping da zona sul tem convênio com a prefeitura para a
manutenção de cerca de 300m de ciclovia, em trecho de rede situado nas
proximidades de sua edificação, além de patrocinar a publicação de um Mapa da
26
Rede Cicloviária da Zona Sul do Rio, onde no verso são apresentados: endereços e
telefones de serviços de utilidade pública; localizações de pontos turísticos, de
museus e de pontos de aluguel de bicicleta; endereço de lojas de bicicletas;
principais monumentos da zona sul; e regras de uso de ciclovias. A cidade também
editou um guia chamado O ABC do Ciclista, que concede as principais normas
sobre o uso das ciclovias cariocas;
– a
Associação dos Ciclistas de Santos elaborou um Relatório de Estatística de
Acidentes de Trânsito, que monitorou o acidente com bicicleta naquela cidade, de
janeiro a novembro de 1998;
– a
Cidade de São Paulo lançou, em julho de 1999, durante a 2ª Semana Velo-
paulistana, o manual Ciclorede no Vale do Rio Pinheiros, que apresenta um
conjunto de rotas para o ciclista, identificadas de acordo com a seguinte
classificação: a) recomendadas; b) com atenção; c) perigosas; d) aclives, porém
viáveis; e) ciclovias; f) vias muito perigosas. A infra-estrutura cicloviária em São
Paulo está localizada basicamente nos parques, sendo a cidade brasileira com a
maior quilometragem de infra-estrutura implantada nesses locais, com mais de
30km de ciclovias e ciclofaixas;
– a
Prefeitura de Teófilo Otoni (MG) tentou resolver o problema do desrespeito às leis
de trânsito por parte dos ciclistas, adotando uma medida pouco ortodoxa. Todo
ciclista flagrado desrespeitando as leis de trânsito tem sua bicicleta apreendida e
depositada num dos morros mais altos da cidade, de difícil acesso a pé e sem linha
de transporte coletivo. Após serem apreendidas mais de 600 bicicletas num
semestre, os sinais de trânsito passaram a ser considerados e, atualmente, os
próprios ciclistas são mais respeitados na via pública;
– a
Prefeitura Municipal de Fortaleza realizou, no primeiro semestre de 1999, pesquisas
de contagem volumétrica de movimentação de bicicletas nas vias públicas e
entrevistas junto a ciclistas, para conhecer o motivo da realização de viagens, a
distância média percorrida, o tempo médio de deslocamento e as razões para o uso
da bicicleta.
TABELA 3
INTERESSE DAS AUTORIDADES MUNICIPAIS PELO TRANSPORTE CICLOVIÁRIO
(VALORES ABSOLUTOS)
Por fim, foram incluídos como de “grande interesse” no tema, os municípios que, não
somente explicitaram essa opinião, mas também relacionaram razões e projetos para demonstrar
esse seu interesse.
FIGURA 2
28
INTERESSE DAS AUTORIDADES MUNICIPAIS PELO
TRANSPORTE CICLOVIÁRIO
(VALORES RELATIVOS)
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
A pesquisa revela o acerto, por parte dos técnicos do projeto, quanto ao critério
adotado para a seleção dos municípios. Tal afirmativa decorre da observação de que em apenas
três municípios, as autoridades mostraram pouco interesse em promover o uso da bicicleta. Outro
ponto a destacar é o fato desses municípios se localizarem em diferentes regiões do território
brasileiro, não revelando uma tendência regional, mas apenas uma posição exclusivamente local.
Observou-se ainda que mesmo em municípios com relevo muito acentuado, como Belo Horizonte
e Barra Mansa, houve manifestação de médio interesse no tema.
TABELA 4
SITUAÇÃO ATUAL DO USO DA BICICLETA
Em São Paulo, há muito interesse, como revela a resposta à pergunta anterior. Nesse
caso, as autoridades admitem encontrar dificuldades para potencializar o uso dessa modalidade
em face do elevado índice de motorização em grande parte das vias da cidade. Por sua vez, o
Município de Araçatuba alega uma migração do uso de bicicletas para o de motocicletas, com
mais de 30 mil desses veículos registrados no município.
QUADRO 1
MEDIDAS PARA A PROMOÇÃO DO USO DA BICICLETA
RJ Barra Mansa Fazer estudos que indiquem projetos adequados ao uso da bicicleta.
29
ESTADO MUNICÍPIO RESPOSTA
30
ESTADO MUNICÍPIO RESPOSTA
31
QUADRO 1
MEDIDAS PARA A PROMOÇÃO DO USO DA BICICLETA
32
QUADRO 1
MEDIDAS PARA A PROMOÇÃO DO USO DA BICICLETA
Muitas são as medidas sugeridas como necessárias para promover o uso da bicicleta,
mas sua viabilização depende apenas do próprio poder municipal. Isso revela, por um lado, a
prioridade estabelecida para a questão e, por outro, a oportunidade de realizar medidas concretas
para favorecer o segmento cicloviário em nível local.
33
órgão de trânsito local para realizar curso sobre normas de condução na via e conhecimento da
legislação constante do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
TABELA 5
LOCAIS DE MAIOR INTENSIDADE DE USO DA BICICLETA
REGIÃO DO MUNICÍPIO
4 18 26 38 1
O número de respostas sobre o local onde é mais intenso o uso da bicicleta nas
cidades, muitas vezes, é superior ao número de municípios pesquisados, já que alguns
entrevistados apontaram mais de uma alternativa. Esse aspecto da resposta, além de ter ocorrido
nessa pergunta, aconteceu também em outras ao longo da tabulação do questionário.
O uso é mais acentuado na periferia das cidades e, em segundo plano, nos bairros
vizinhos ao centro. Muitas respostas apontaram para os bairros localizados em regiões costeiras,
o que caracteriza o uso para fins de lazer.
TABELA 6
HORÁRIOS DE MAIOR CIRCULAÇÃO DE BICICLETAS
MANHÃ TARDE
6h-8h 11h-12h 13h-14h 17h-19h
48 15 9 48
34
Rio de Janeiro, Barra Mansa, Cabo Frio, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Barra Mansa, Cabo Frio,
Campos, Duque de Caxias, Volta Redonda Duque de Caxias, Campos, Duque de Caxias, Volta Redonda,
Araçatuba, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Itanhaém, Rio Araçatuba, Cubatão, Indaiatuba, Itanhaém,
Lorena, Peruíbe, Praia Grande, Ribeirão Claro, Curitiba, Lorena, Peruíbe, Praia Grande, Ribeirão
Rio Claro, Campo
Preto, Santos, Arapongas, Araucária, Pelotas, Terra de Preto, Santos, Arapongas, Araucária,
Bom, Terra de
Cascavel, Maringá, Rolândia, Sarandi, Areia, Blumenau, Cascavel, Maringá, Rolândia, Sarandi,
Areia, Blumenau,
Campo Bom, Novo Hamburgo, Pelotas, Terra Brusque, Campo Bom, Novo Hamburgo, Pelotas, Terra
Brusque,
de Areia, Florianópolis, Blumenau, Brusque, Maracanaú, de Areia, Florianópolis, Blumenau, Brusque,
Maracanaú,
Criciúma, Itajaí, Joinville, Tubarão, Fortaleza, Teresina, Criciúma, Itajaí, Joinville, Tubarão, Fortaleza,
Teresina, Montes
Maracanaú, Natal, Mossoró, João Pessoa, Governador Maracanaú, Natal, Mossoró, João Pessoa,
Claros, Belém,
Campina Grande, Recife, Teresina, Betim, Valadares, Campina Grande, Recife, Teresina, Betim,
Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Montes Claros, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de
Fora, Montes Claros, Patos de Minas, Teófilo Patos de Minas, Fora, Montes Claros, Patos de Minas, Teófilo
Otoni, Belém Belém Otoni, Belém
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 7
CAUSAS DA CIRCULAÇÃO DE BICICLETAS
39 27 15 12 5
Rio de Janeiro, Barra Mansa, Duque
Campos, Araçatuba, Duque de Caxias,
de Caxias, Volta Redonda, Cubatão,
Cubatão, Indaiatuba, Indaiatuba,
Guarujá, Indaiatuba, Lorena, Rio
Itanhaém, Peruíbe, Praia Itanhaém, São Rio de Janeiro,
Claro, Santos, Arapongas, Araucária,
Grande, Rio Claro, Santos, Leopoldo, Terra de Magé, São Paulo,
Cascavel, Maringá, Rolândia,
Arapongas, Cascavel, Areia, Florianópolis, Araçatuba, Praia
Sarandi, Campo Bom, Novo Cabo Frio, Nova
Maringá, Pelotas, São Blumenau, Grande, Ribeirão
Hamburgo, Pelotas, Terra de Areia, Iguaçu, Niterói,
Leopoldo, Criciúma, Itajaí, Brusque, Itajaí, Preto, Curitiba,
Blumenau, Brusque, Criciúma, Porto Alegre,
Maracanaú, Mossoró, Maracanaú, Recife, Novo Hamburgo,
Joinville, Tubarão, Fortaleza, Caruaru
Campina Grande, Recife, Governador Florianópolis, Natal,
Maracanaú, Natal, Mossoró, João
Teresina, Betim, Valadares, Juiz de Maceió, Belo
Pessoa, Campina Grande, Maceió,
Governador Valadares, Fora, Montes Horizonte
Betim, Governador Valadares,
Ipatinga, Montes Claros, Claros, Patos de
Ipatinga, Juiz de Fora, Montes
Patos de Minas, Belém Minas
Claros, Patos de Minas, Belém
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
35
Nos municípios com muito uso da bicicleta, as autoridades entrevistadas assinalaram
várias respostas, para usos de trabalho e estudo, principalmente. Isto denota que seus habitantes
usam a bicicleta como transporte efetivo para realizar várias atividades ao longo do dia.
12 21 13 17 34 7
Rio de Janeiro, Barra Mansa,
Niterói, Araçatuba, Indaiatuba, Volta Redonda, Cubatão,
Araçatuba,
Cubatão, Itanhaém, Itanhaém, Guarujá, Lorena, Rio Claro,
Indaiatuba,
Rio de Janeiro, São Santos, Arapongas, Rolândia, Terra Santos, Curitiba, Arapongas,
Peruíbe, Praia
Paulo, Praia Grande, Rolândia, Pelotas, de Areia, Araucária, Cascavel, Cabo Frio,
Grande, Cascavel,
Ribeirão Preto, São Leopoldo, Terra Blumenau, Maringá, Rolândia, Sarandi, Campos,
Maringá, Criciúma,
Curitiba, Cascavel, de Areia, Criciúma, Brusque, Itajaí, Campo Bom, Novo Duque de
Florianópolis,
Maceió, Novo Itajaí, Mossoró, Recife, Hamburgo, Terra de Areia, Caxias, Nova
Maracanaú, Natal,
Hamburgo, Natal, Campina Grande, Governador Blumenau, Brusque, Iguaçu, Porto
Recife, Teresina,
Maceió, Belo Teresina, Betim, Valadares, Criciúma, Joinville, Tubarão, Alegre,
Governador
Horizonte, Governador Ipatinga, Fortaleza, Maracanaú, João Caruaru, Juiz
Valadares, Montes
Governador Valadares, Ipatinga, Montes Claros, Pessoa, Maceió, Betim, de Fora
Claros, Patos de
Valadares Montes Claros, Patos Patos de Governador Valadares,
Minas, Teófilo
de Minas, Teófilo Minas, Teófilo Ipatinga, Montes Claros,
Otoni, Belém
Otoni Otoni Patos de Minas, Teófilo Otoni,
Belém
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
36
3.4.3 Acidentes com Bicicletas
QUADRO 2
CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES COM BICICLETAS
Nº MUNICÍPIO CONFLITO
01 Rio de Janeiro Com os pedestres
02 São Paulo Com automóveis particulares e veículos pesados
03 Cubatão Nas calçadas das avenidas Joaquim Miguel (Centro) e 9 de Abril
04 Guarujá Atropelamento de pedestres por bicicletas na contramão
05 Lorena Com automóveis particulares e veículos pesados
06 Indaiatuba Desrespeito dos ciclistas às normas de Segurança
07 Itanhaém Ciclistas na contramão
08 Praia Grande Com automóveis e pedestres
09 Ribeirão Preto Saídas de garagem, cruzamentos, atropelamentos pela traseira
10 Curitiba Saídas de garagem, pedestres nas ciclovias compartilhadas
11 Arapongas Via estreita, com grande circulação de bicicletas
12 Cascavel Invasão da ciclovia pelos pedestres para prática de exercícios físicos
13 Campo Bom Negligência de ciclistas nos cruzamentos, não uso das ciclovias
14 Blumenau Trechos com passeio irregular ou inexistente
15 Florianópolis Automóveis e ônibus não respeitam o espaço das bicicletas
Ciclistas atropelam pedestres nas calçadas e são atropelados nos
16 Terra de Areia
acostamentos da BR-101
17 Belo Horizonte Com ônibus, nas pistas exclusivas à circulação de transporte coletivo
18 Gov. Valadares Ciclistas atropelam pedestres e são atropelados por automóveis
Nas BR-458 e BR-381, os ciclistas são atropelados por autos. Na Av. Selin de
19 Ipatinga
Salles, há colisões com autos e ciclistas atropelam pedestres.
20 Juiz de Fora Ciclistas não respeitam as leis de trânsito
21 Montes Claros Desobediência generalizada às leis de trânsito
22 Patos de Minas Ciclistas atropelam pedestres e há colisão com automóveis.
23 Teófilo Otoni Atropelamento de pedestres e choque com outros veículos
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 9
EXISTÊNCIA DE DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE ACIDENTES COM BICICLETAS
NÃO SEM
SIM NÃO
IDENTIFICADOS RESPOSTA
33 23 3 1
Rio de Janeiro, Barra Mansa, Cabo
Campos, São Paulo, Araçatuba, Guarujá, Indaiatuba,
Frio, Duque de Caxias, Magé, Niterói,
Itanhaém, Ribeirão Preto, Santos, Curitiba, Cascavel,
Nova Iguaçu, Volta Redonda,
Maringá, Rolândia, Sarandi, Porto Alegre, Campo
Cubatão, Lorena, Rio Claro, Peruíbe,
Bom, Novo Hamburgo, Pelotas, São Leopoldo,
Araucária, Terra de Areia, Arapongas, Montes Praia Grande
Blumenau, Criciúma, Fortaleza, Natal, João Pessoa,
Florianópolis, Brusque, Itajaí, Claros
Campina Grande, Recife, Teresina, Belo Horizonte,
Joinville, Tubarão, Maracanaú,
Betim, Governador Valadares, Ipatinga, Patos de
Mossoró, Caruaru, Maceió,
Minas, Teófilo Otoni, Belém
Juiz de Fora
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 10
TRATAMENTO DOS DADOS ESTATÍSTICOS DE ACIDENTES COM BICICLETAS
(VALORES ABSOLUTOS)
QUEDA DE
INDIVIDUAL COMO ATROPELAMENTO INEXISTEM S/INFORMAÇÃO
BICICLETA
14 14 1 22 10
São Paulo, Indaiatuba, Barra Mansa, Cabo Frio, Duque de
Rio de Janeiro, Campos, Magé, Araçatuba,
Santos, Curitiba, Porto Caxias, Nova Iguaçu, Volta
Araucária, Cascavel, Lorena, Peruíbe,
Alegre, Pelotas, Campina Redonda, Cubatão, Guarujá,
Sarandi, São Leopoldo, Praia Grande,
Grande, Teresina, Belo Itanhaém, Ribeirão Preto, Rio
Terra de Areia, Niterói Arapongas,
Horizonte, Betim, Claro, Maringá, Rolândia, Campo
Florianópolis, Brusque, Blumenau, Mossoró,
Governador Valadares, Bom, Novo Hamburgo, Itajaí,
Criciúma, Tubarão, Recife, Montes
Ipatinga, Patos de Minas, Joinville, Maracanaú, João Pessoa,
Fortaleza, Natal, Belém Claros
Teófilo Otoni Caruaru, Maceió, Juiz de Fora
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
FIGURA 3
TRATAMENTO DE DADOS SOBRE ACIDENTES COM BICICLETAS
(VALORES RELATIVOS)
Sabe-se, pela literatura internacional e algumas nacionais, que nos diversos tipos de
sinistros envolvendo a bicicleta há causas diferenciadas. Tanto ocorre o atropelamento de ciclistas
pela traseira, em trechos lineares, como são comuns os choques provocados por abertura de
portas de automóveis junto ao meio fio. Também nas colisões em cruzamentos, o comportamento
muito pouco difere da análise da colisão entre dois veículos automotores.
39
Entretanto, se não houver coleta específica dos dados no campo e análise criteriosa
da informação, a tendência será a consideração mais simples e o veredito mais banal:
atropelamento de ciclista devido à invasão da pista de rolamento destinada à circulação de
automóveis. Porém, não consta do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que as vias públicas sejam
exclusivas ou têm uso prioritário dos automóveis.
QUADRO 4
RESPONSABILIDADE SOBRE OS DADOS ESTATÍSTICOS DE ACIDENTES COM BICICLETAS
ÓRGÃO RESPONSÁVEL
MUNICÍPIO
COLETA TRATAMENTO
Barra Mansa, Cabo Frio, Duque de Caxias, Magé,
Nova Iguaçu, Volta Redonda, Tubarão, Maracanaú, Não existe Não existe
Caruaru, Montes Claros
Rio de Janeiro C.Bombeiros, P.M., Guarda Munic. CET - RIO
Campos Polícia Militar EMUT - Emp. Mun. Transp.
Niterói Corpo de Bombeiros Sutran
São Paulo Polícia Civil, Polícia Militar.. CET-SP
Araçatuba Sem resposta Cia. de Policiam. Feminino
Cubatão, Rio Claro, Itanhaém, Arapongas, Ribeirão
Polícia Militar Não existe
Preto, São Leopoldo, Gov. Valadares, Juiz de Fora
Guarujá, Lorena Polícia Militar Polícia Milita, Polícia Civil.
Indaiatuba Polícia Militar Deptº Municipal de Trânsito
Peruíbe Sem resposta S.S.P.
Praia Grande Sem resposta S.S.P./Setran
Santos Polícia Militar., Polícia Civil, IML CET
Curitiba Diretran (Mun.), Detran (Est.) Diretran
Araucária Polícia de Trânsito Não existe
Siate (Serv. Integ. de Atendim. ao
Cascavel Batalhão da Polícia Militar Trauma e Emergência) – C. de
Bomb. (mantido p/ Prefeitura)
Maringá, Rolândia Batalhão da Polícia Militar.
Sarandi Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Não existe
Porto Alegre Delegacia de Delitos de Trânsito EPTC/SMT
Campo Bom Brigada Militar Não existe
Novo Hamburgo Semtras Não existe
Pelotas Delegacia Regional do Trabalho Não existe
Deptº. de Trâns. - Serv. Mun. Term.
Blumenau Não existe
Rod. de Blumenau (SETERB)
Brusque Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Não existe
Criciúma Setor de Trânsito da Del. Reg. Pol. S.S.P. (est)
Florianópolis Polícia Militar COPOM
Itajaí P.M., Polícia Civil Não existe
Joinville Delegacia de Trânsito Não existe
Fortaleza Detran-CE Não existe
Bptran, Hosp. Walfredo Gurgel e
Natal Detran
ITEP
Campina Grande CPTRAN, IML STTP, Detran
João Pessoa, Maceió Detran DETRAN
Recife Sem resposta” EMTU
Teresina BPTRAN-PI STRANS-PI
Mossoró Polícia Militar Detran-RN
Terra de Areia Polícia Civil Não existe
Belo Horizonte Polícia Militar. Detran e BHTRANS
Betim Polícia Militar. TransBetim
Ipatinga Polícia Militar Dir. Deptº Transp. e Trâns.
Teófilo Otoni Polícia Militar Polícia Militar.
Patos de Minas Polícia Militar Div. Transporte e Trânsito
Belém CTBel CTBel
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
É preciso destacar que onze das sessenta prefeituras entrevistadas afirmaram não
existir órgão responsável pela coleta e pelo tratamento das informações sobre acidentes
envolvendo bicicletas em seus municípios. Outras doze, mesmo tendo identificado o órgão
40
responsável pela coleta regular de dados sobre acidentes, informaram não haver responsável
pelo tratamento de dados.
TABELA 11
EXISTÊNCIA DE ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS DE
ACIDENTES COM BICICLETAS
SIM NÃO
6 54
Rio de Janeiro, Barra Mansa, Cabo Frio, Campos, Duque de Caxias,
Magé, Niterói, Nova Iguaçu, Volta Redonda, São Paulo, Araçatuba,
Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Lorena, Peruíbe, Praia Grande, Ribeirão
Preto, Rio Claro, Curitiba, Arapongas, Araucária, Maringá, Rolândia,
Indaiatuba, Santos, Cascavel,
Sarandi, Campo Bom, Novo Hamburgo, Pelotas, São Leopoldo, Terra de
Porto Alegre, Teresina,
Areia, Florianópolis, Blumenau, Brusque, Criciúma, Itajaí, Joinville,
Ipatinga
Tubarão, Fortaleza, Maracanaú, Natal, Mossoró, João Pessoa, Campina
Grande, Caruaru, Recife, Maceió, Belo Horizonte, Betim, Governador
Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Patos de Minas, Teófilo Otoni,
Belém
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
Nota-se que até mesmo cidades como São Paulo, Curitiba e Joinville nada realizam
quanto ao tratamento da informação sobre acidentes com bicicletas. Esses municípios são citados
por sua respeitável tradição no emprego da engenharia de tráfego e na produção de técnicas
voltadas à análise do comportamento de veículos e condutores na via pública. Algumas cidades
pretendem implantar esse tipo de análise brevemente, outras afirmaram que ela ainda não existe.
41
3.4.4 Planejamento Cicloviário
TABELA 12
EXISTÊNCIA DE ESTUDOS E PLANOS CICLOVIÁRIOS
43
São muitos os municípios que já realizaram estudos cicloviários no passado, mas
também muitos são aqueles que, tendo estudos e projetos concluídos, pouco fizeram para
implantar as propostas elaboradas e dar continuidade à expansão de suas malhas cicloviárias. No
entanto, o que se ressalta na Tabela 13 é a grande quantidade de municípios com total ausência
de planos e estudos voltados à inserção da bicicleta no perfil dos transportes urbanos de suas
cidades. Foram vinte e sete respostas negativas à pergunta sobre a existência de um plano diretor
ou de um estudo mais sistemático ao provimento de facilidades à bicicleta.
Não obstante tal informação, muitos municípios dentre aqueles que informaram não
possuir estudos e planejamento permanente para as bicicletas desenvolveram alguns projetos,
como pode ser observado na Tabela 14. Esse fato ressalta, então, a baixa difusão do
planejamento nos municípios brasileiros, em especial quanto à estruturação urbana e aos
transportes urbanos. A vontade de realização imediata de ações e projetos prevalece entre os
administradores municipais.
Por outro lado, apesar do conjunto de informações levantadas, não foi possível obter
uma informação precisa sobre a quilometragem de infra-estrutura implantada nas sessenta
cidades pesquisadas. Porém, considerando os dados apresentados, acredita-se que foram
levantadas a maioria das cidades com infra-estrutura no território brasileiro. Também, acredita-se
estarem presentes nesse grupo que preencheu o questionário, os dez maiores municípios do país
em termos de uso da bicicleta como veículo de transporte habitual da população.
44
3.4.5 Parceria com a Iniciativa Privada
TABELA 14
EXISTÊNCIA DE PARCERIA COM A INICIATIVA PRIVADA
SIM NÃO
12 48
Rio de Janeiro: a ciclovia e os canteiros ( 250m) de um shopping na zona sul são Barra Mansa, Cabo Frio, Campos,
mantidos pela administradora do shopping. Também custearam a impressão de mapa de Magé, Niterói, Nova Iguaçu, Volta
bolso das ciclovias da Zona Sul do Rio. Redonda, Araçatuba, Cubatão,
Duque de Caxias: ciclovia construída pela administradora da Rodovia Washington Luís. Itanhaém, Lorena, Peruíbe, Praia
Grande, Ribeirão Preto, Arapongas,
São Paulo: Projeto Ciclorede (impressão de mapas, cessão de recursos humanos e
Araucária, Cascavel, Maringá,
financeiros).
Rolândia, Sarandi, Porto Alegre,
Guarujá: com uma companhia de seguros para Orientação e Educação no Trânsito. Campo Bom, Novo Hamburgo, São
Indaiatuba: com empresas de empreendimentos imobiliários. Leopoldo, Terra de Areia, Blumenau,
Rio Claro: com comerciantes, para construção e manutenção de bicicletários. Brusque, Criciúma, Itajaí, Joinville,
Santos: com a Sociedade de Amigos da Bicicleta, para campanha, estudos e projetos. Tubarão, Fortaleza, Maracanaú,
Natal, Mossoró, João Pessoa,
Pelotas: Projeto da Av. Fernando Osório, que conta com o apoio de grupo de empresários
Caruaru, Recife, Maceió, Teresina,
(comerciantes) com estabelecimentos na mesma via.
Belo Horizonte, Betim, Gov.
Curitiba: bicicletário explorado pela iniciativa privada no passeio público. Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora,
Florianópolis: nos terminais de integração. Montes Claros, Patos de Minas,
Campina Grande: com uma refinadora de milho, no projeto da ciclofaixa da Av. Almeida Teófilo Otoni
Barreto.
Belém: na área de planejamento, com a Monark.
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
Por fim, observa-se que ainda são poucas as iniciativas locais na busca de parcerias
com a iniciativa privada para construção de infra-estrutura, promoção de campanhas e elaboração
de planos e projetos. Deve-se destacar que bicicletas representam um segmento de mais de 45
milhões de unidades em todo o país, não sendo, portanto, desprezível em termos de mercado.
Por outro lado, a imagem da bicicleta está intimamente ligada à boa saúde dos cidadãos, o que
permite agregar campanhas ressaltando aspectos de qualidade de vida.
QUADRO 5
PARCERIA POSSÍVEL COM A INICIATIVA PRIVADA
Nº MUNICÍPIO RESPOSTA
Estimular empresas a criar condições favoráveis ao uso das bicicletas (com construção
01 Rio de Janeiro
de bicicletários, vestiários e financiamento à aquisição de bicicletas).
Campanha educativa para evitar acidentes;
02 Barra Mansa
Realização de passeios ciclísticos.
Campanha educativa sobre normas de circulação;
03 Campos Construção e operação de bicicletários;
Construção e implantação de placas de sinalização.
Projetos de ciclovias;
04 Duque de Caxias
Seminários sobre eventos ciclísticos e outras Campanhas Educativas.
45
Nº MUNICÍPIO RESPOSTA
05 Magé Qualquer tipo de parceria, desde que apresentado algum projeto específico.
Campanha educacional;
06 Niterói
Cadastramento junto a lojistas do número de bicicletas vendidas.
07 Nova Iguaçu Campanha educativa.
No incentivo a competições;
08 Volta Redonda
No incentivo a passeios ciclísticos.
Com fabricantes de bicicletas para a adoção de medidas de incentivo ao uso;
09 São Paulo Com empresas de mecânica e de comércio de bicicletas, para criar rede de apoio a
usuários.
No financiamento da construção de ciclovias;
10 Araçatuba
Na realização de palestras e orientações educativas voltadas aos ciclistas.
Na adoção de projeto de lei federal, substituindo o vale-transporte pela concessão de
bicicleta a trabalhadores com residência até 10km do local de trabalho;
11 Cubatão
Com fabricantes e revendedores de bicicletas, no convencimento de outros setores
econômicos da sociedade para promoção do uso da bicicleta.
12 Guarujá Campanhas educativas sobre trânsito.
13 Indaiatuba Campanhas educativas sobre trânsito.
Campanhas educativas sobre trânsito;
14 Itanhaém
Passeios ciclísticos e gincanas.
Instalação de bicicletários junto ao comércio e na rede de ensino privada;
15 Peruíbe Na implantação de ciclovia turística à Av. Beira Mar, com possibilidade de exploração
comercial na orla.
Construção de ciclovias;
16 Ribeirão Preto
Exploração de bicicletários.
17 Rio Claro Campanhas educativas sobre trânsito.
18 Santos Campanhas educativas sobre trânsito.
Manutenção de ciclovias existentes;
19 Curitiba Melhoria nas sinalizações (vertical e horizontal);
Campanha educativa sobre trânsito para motorista e ciclista.
20 Arapongas Com indústrias para promoção do uso.
Campanhas publicitárias para incentivo ao uso;
21 Araucária
Passeios ciclísticos e outros incentivos às crianças, para o esporte e o lazer.
Para financiamento de obras (ciclovias/ciclofaixas);
22 Cascavel
Campanhas educativas sobre trânsito para motoristas, ciclistas e pedestres.
Campanhas educativas sobre trânsito;
23 Maringá Para financiamento de sinalização;
Na construção de bicicletários.
Manutenção de vias bem sinalizadas;
24 Rolândia
Manutenção de vias contíguas aos fundos de vale.
25 Campo Bom Com indústrias com alto número de funcionários, visando incentivar o uso.
26 Novo Hamburgo Construção de bicicletários.
27 São Leopoldo Implantação de bicicletários.
Adoção da manutenção de percursos cicloviários;
Financiamento da sinalização de ciclovias;
28 Florianópolis
Campanhas educativas sobre trânsito;
Promoção de passeios ciclísticos.
Estímulo a funcionários de indústrias com ciclovias ao uso da bicicleta;
29 Blumenau Solicitar ás indústrias que implantem bicicletários;
Construção de trechos de ciclovias lindeiros às indústrias.
Construção de bicicletários, isentando empresas de taxas;
30 Brusque
Campanhas de promoção do uso das bicicletas.
(continua)
QUADRO 5
PARCERIA POSSÍVEL COM A INICIATIVA PRIVADA
Nº MUNICÍPIO RESPOSTA
Construção de bicicletários nas indústrias;
31 Criciúma
Campanhas educativas junto às escolas.
32 Joinville Em obras para construção de infra-estrutura, para promover o uso das bicicletas.
Com lojas revendedoras de bicicletas em eventos esportivos;
33 Tubarão
Na infra-estrutura de sinalização viária.
34 Fortaleza Para campanhas de incentivo ao uso das ciclovias;
46
Nº MUNICÍPIO RESPOSTA
Campanhas educativas sobre trânsito e comportamento do ciclista diante do novo
Código.
Para realização de palestras nas empresas visando esclarecer a forma correta do uso
35 Maracanaú
das bicicletas nas vias públicas.
Na elaboração de projetos e sua execução;
Em campanhas educativas e publicitárias;
36 Natal
Na infra-estrutura de sinalização viária (a prefeitura se predispõe a conceder em troca
incentivos fiscais).
Campanha educativa;
Campanha para promoção do uso das bicicletas;
37 Teresina
Construção de bicicletários;
Em mecanismos de financiamento ao funcionário para aquisição de bicicletas.
Para incorporar nos projetos de trânsito equipamentos de apoio, sinalização e
38 Belo Horizonte tratamento específico para orientação, informação, regulamentação e segurança de
ciclistas
39 Gov. Valadares Campanha educativa.
Campanha educativa, com produção de material didático;
40 Ipatinga
Conservação de ciclovias implantadas.
Em campanhas educativas;
41 Montes Claros Produção de material didático (cartilhas, panfletos etc.);
Criação e conservação de bicicletários.
Na concessão de facilidades para venda de bicicletas à população;
42 Teófilo Otoni Em campanhas educativas de trânsito;
Na implantação de ciclovias.
Nos custos de obras p/implantação de ciclovias/ciclofaixas, com cessão de espaços
43 Belém
junto à infra-estrutura implantada p/publicidade. Ex.: Ciclovia Caloi, Ciclofaixa Monark.
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
47
3.4.6 Associações de Ciclistas
TABELA 15
EXISTÊNCIA DE ASSOCIAÇÕES DE CICLISTAS
Apresenta-se, a seguir, a forma como elas atuam e que tipo de parceria elas possuem
com o poder público local:
QUADRO 6
PARCERIA POSSÍVEL COM ASSOCIAÇÕES DE CICLISTAS
MUNICÍPIO RESPOSTA
Em campanhas educativas junto a colégios municipais, estaduais e
Duque de Caxias
particulares do município.
48
MUNICÍPIO RESPOSTA
Para concederem instruções aos seus membros e ao público em geral
São Paulo
quanto aos equipamentos colocados à disposição dos ciclistas.
Ribeirão Preto Educação de trânsito para ciclistas.
Organização de eventos ciclísticos (passeios);
Curitiba
Pressão junto ao poder público para viabilizar melhorias cicloviárias.
Educação de Trânsito (com ciclistas-instrutores orientando a outros ciclistas
Ipatinga
como se conduzir no trânsito).
Belém Campanhas Educativas (para ciclistas e motoristas).
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 16
EXISTÊNCIA DE DISPONIBILIDADE DE CONTRAPARTIDA FINANCEIRA
QUADRO 7
TIPO DE COMPROMISSO DE CONTRAPARTIDA FINANCEIRA
Nº MUNICÍPIO RESPOSTA
Na construção de infra-estrutura;
01 Duque de Caxias
Na realização de projetos de cicloturismo no 4º Distrito.
02 Nova Iguaçu Para projeto de ciclovia na Estrada Abílio Augusto Távora.
03 Volta Redonda No desenvolvimento de projetos.
04 Cubatão Todas instituições de crédito seriam convidadas para negociação.
05 Indaiatuba Depende da municipalização do trânsito.
06 Peruíbe Para projeto e construção de infra-estrutura.
07 Praia Grande Na construção de passagens subterrâneas em rodovias que cortam o
49
Nº MUNICÍPIO RESPOSTA
município.
08 Ribeirão Preto Na implantação do Plano Diretor Cicloviário.
Montagem de Plano Cicloviário;
Desenvolvimento de projetos/programas/orçamento cicloviário;
09 Curitiba
Campanhas publicitárias de incentivo ao uso;
Estudos para a integração bicicletas e transporte coletivo.
10 Araucária Desenvolvimento de projetos para ciclovias.
Na aplicação de programas tipo “Quebra de barreiras arquitetônicas –
11 Cascavel
cidade para todos”, promovido pelo Ministério da Justiça.
12 Maringá Implantação de malha cicloviária e melhorias à circulação de bicicletas.
13 Rolândia Para melhoria do sistema de circulação de bicicletas.
Já está em andamento convênio entre a PMPOA e o Banco Interamericano
14 Porto Alegre
de Desenvolvimento (BID), para configuração espacial da malha cicloviária.
15 São Leopoldo Financiamento para aumento e melhoria da rede cicloviária.
Desenvolvimento do Projeto Blumenau - Séc. XXI, que gera melhorias aos
16 Blumenau
ciclistas.
17 Brusque Para construção de ciclovias.
18 Criciúma Para desapropriações e elaboração de projetos.
Para implantação de obras de infra-estrutura;
19 Florianópolis
Para elaboração de projetos executivos.
20 Joinville Para implantação do Plano Cicloviário.
21 Tubarão Na elaboração de projetos para infra-estrutura.
Para desenvolvimento de Plano Cicloviário, visando a montagem de rede
22 Fortaleza
cicloviária.
23 Caruaru Para desenvolvimento de projetos.
24 Recife Na construção de fábrica de bicicletas.
25 Maceió Para estudo voltado ao controle dos ciclistas.
Na elaboração de projetos para ampliação da rede;
26 Teresina
Na construção de ciclovias e ciclofaixas.
27 Ipatinga Para o desenvolvimento de projetos.
28 Teófilo Otoni Para compromissos amplos
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
50
um projeto qualificado, considerando que o projeto seria contratado, como também a dificuldade
das administrações locais em produzir projetos dessa natureza.
51
3.4.8 Grau de Facilidades para a Bicicleta
TABELA 17 FIGURA 4
INFRA-ESTRUTURA CICLOVIÁRIA INFRA-ESTRUTURA CICLOVIÁRIA
(VALORES ABSOLUTOS) (VALORES RELATIVOS)
ESTADO
MUNICÍPIO > 30km
GRAU 12% 0km
RJ > 10km
22%
Rio de Janeiro < = 30km
5 12%
Barra Mansa
1
> 5km < = 5km
Cabo Frio
1 < = 10km 32%
22%
Campos
3
Duque de Caxias
3
Magé
2
Niterói
4
Nova Iguaçu
2
Volta Redonda
2 Sete municípios apresentam mais de 30km
SP de infra-estrutura implantada exclusiva à circulação de
São Paulo bicicletas (ciclovias, ciclofaixas, pontes especiais,
5 estacionamentos de curta duração, bicicletários, etc.):
Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Campo Bom,
Araçatuba
1 Governador Valadares, Ipatinga e Belém.
Cubatão
2
Rio de Janeiro e Curitiba são os municípios
que mais investem em infra-estrutura, com destaque
Guarujá para o primeiro, que vem implantando uma rede
2
cicloviária que deverá estar concluída até o ano 2001,
Indaiatuba com mais de 120km de ciclovias de norte a sul da
3 cidade.
Itanhaém
2 São Paulo implantou recentemente um
Lorena
programa que definiu 45km de vias com uso favorável à
2 circulação de bicicletas. Esse número, somado aos mais
de 38km de ciclovias e ciclofaixas, fazem do município o
Peruíbe
1 terceiro em infra-estrutura cicloviária do país.
Santos LEGENDA
2
PR Grau 1 → 0km
2 → 5km
52 3 → > 5km 10km
4 → > 10km 30km
5 → > 30km
Curitiba
5
Arapongas
4
Araucária
2
Cascavel
3
Maringá
4
Rolândia
1
Sarandi
2
RS
Porto Alegre
2
Campo Bom
5
Novo Hamburgo
1
Pelotas
3
São Leopoldo
3
Terra de Areia
1
SC
Florianópolis
3
Blumenau
2
Brusque
2
Criciúma
1
Itajaí
3
Joinville
3
Tubarão
2
NE
Fortaleza
3
Maracanaú
3
Natal
3
Mossoró
1
João Pessoa
2
Campina Grande
53
2
Recife
2
Caruaru
1
Maceió
4
Teresina
4
MG
Belo Horizonte
2
Betim
3
Gov. Valadares
5
Ipatinga
5
Juiz de Fora
1
Montes Claros
2
Patos de Minas
4
Teófilo Otoni
1
PA
Belém
5
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 18
FREQÜÊNCIA DE CAMPANHAS FIGURA 5
PROMOCIONAIS FREQUÊNCIA DE CAMPANHAS PROMOCIONAIS
(VALORES ABSOLUTOS) (VALORES RELATIVOS)
ESTADO
MUNICÍPIO
GRAU
RJ
Rio de Janeiro
2
Barra Mansa
2
Cabo Frio
1
Campos
1
Duque de Caxias
4
Magé
1
Niterói
3
Nova Iguaçu
1
54
Volta Redonda
1
SP
São Paulo
1
Araçatuba
1
Cubatão
1
Guarujá
1
Indaiatuba
3
Itanhaém
1
Lorena
5
Peruíbe
1
Praia Grande
1
Ribeirão Preto
1
Rio Claro
2
Santos
1
PR
Curitiba
2
Arapongas
Apenas dois municípios foram
2 entrevistados – Duque de Caxias e Lorena – que
afirmaram promover freqüentes campanhas
Araucária
1 promocionais para o aumento do uso da bicicleta
junto à população do seu município. A grande maioria,
Cascavel num total de quarenta cidades, respondeu que pouco
2
ou nada investe em campanhas promocionais em
Maringá favor da bicicleta.
1
Campo Bom
3
Novo Hamburgo
1
Pelotas
1
São Leopoldo
3 LEGENDA
Grau 1 = pouquíssimo
2 = pouco
55 3 = regular
4 = muito
5 = muitíssimo
Terra de Areia
1
SC
Florianópolis
1
Blumenau
1
Brusque
1
Criciúma
1
Itajaí
1
Joinville
1
Tubarão
1
NE
Fortaleza
1
Maracanaú
1
Natal
1
Mossoró
2
João Pessoa
1
Campina Grande
3
Recife
2
Caruaru
1
Maceió
1
Teresina
2
MG
Belo Horizonte
1
Betim
1
Gov. Valadares
1
Ipatinga
2
Juiz de Fora
1
Montes Claros
1
Patos de Minas
1
Teófilo Otoni
56
1
PA
Belém
1
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 19
FREQÜÊNCIA DE CAMPANHAS FIGURA 6
PARA MOTORISTAS FREQUÊNCIA DE CAMPANHAS PARA
(VALORES ABSOLUTOS) MOTORISTAS
(VALORES RELATIVOS)
ESTADO
MUNICÍPIO
GRAU
RJ
Rio de Janeiro
1
Barra Mansa
2
Cabo Frio
1
Campos
3
Duque de Caxias
3
Magé
1
Niterói
3
Guarujá
4
Indaiatuba
4
Itanhaém
2
Lorena
5
Peruíbe
1
Praia Grande
1
Ribeirão Preto
1
Santos
5
PR
Curitiba
2
Arapongas
2
Araucária
1
Cascavel
2
Maringá
1
Rolândia
1
Sarandi
2
RS
Porto Alegre
1
Campo Bom
3
Novo Hamburgo
1
Pelotas
1
São Leopoldo
3
Terra de Areia
1
SC
Florianópolis
2
Blumenau
1
Brusque
1
Criciúma
1
Itajaí
1
Joinville
2
Tubarão
1
NE
Fortaleza
1
Maracanaú
2
Natal
1
Mossoró
2
58
João Pessoa
2
Campina Grande
1
Recife
2
Caruaru
2
Maceió
1
Teresina
3
MG
Belo Horizonte
1
Betim
1
Gov. Valadares
1
Ipatinga
4
Juiz de Fora
1
Montes Claros
2
Patos de Minas
1
Teófilo Otoni
3
PA
Belém
1
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 20
ESTUDOS E PROJETOS PARA FIGURA 7
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS ESTUDOS E PROJETOS PARA SOLUÇÃO DE
CICLOVIÁRIOS PROBLEMAS CICLOVIÁRIOS
(VALORES ABSOLUTOS) (VALORES RELATIVOS)
ESTADO
MUNICÍPIO
GRAU
RJ
Rio de Janeiro
5
Barra Mansa
1
Cabo Frio
2
Campos
2
Duque de Caxias
5
Magé
1
59
Niterói
3
Nova Iguaçu
2
Volta Redonda
5
SP
São Paulo
2
Araçatuba
1
Cubatão
3
Dezessete municípios declararam estar
Guarujá em um dos dois mais altos graus da escala, em
4 relação à elaboração de estudos e projetos voltados à
Indaiatuba criação de facilidades e solução de problemas do
4 tráfego de bicicletas. O mesmo número situa-se na
faixa intermediária da escala. No entanto, nem
Itanhaém
2 sempre aqueles com maior número de projetos
realizados são os que apresentam maior infra-
Lorena
5
estrutura implantada.
Maringá
3
LEGENDA
Grau 1 = pouquíssimo
Rolândia 2 = pouco
3 3 = regular
4 = muito
Sarandi 5 = muitíssimo
2
RS
Porto Alegre
3
Campo Bom
1
Novo Hamburgo
1
60
Pelotas
2
São Leopoldo
4
Terra de Areia
5
SC
Florianópolis
5
Blumenau
4
Brusque
3
Criciúma
3
Itajaí
2
Joinville
3
Tubarão
1
NE
Fortaleza
3
Maracanaú
4
Natal
1
Mossoró
5
João Pessoa
3
Campina Grande
2
Recife
3
Caruaru
1
Maceió
3
Teresina
2
MG
Belo Horizonte
1
Betim
3
Gov. Valadares
3
Ipatinga
2
Juiz de Fora
2
Montes Claros
61
1
Patos de Minas
2
Teófilo Otoni
1
PA
Belém
2
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 21
NÍVEL DE CONHECIMENTO FIGURA 8
DA POPULAÇÃO QUANTO ÀS NÍVEL DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO
NORMAS DO CTB QUANTO ÀS NORMAS DO CTB
(VALORES ABSOLUTOS) (VALORES RELATIVOS)
ESTADO
MUNICÍPIO
GRAU
RJ
Rio de Janeiro
1
Barra Mansa
1
Cabo Frio
1
Campos
1
Duque de Caxias
4
Peruíbe
1 LEGENDA
Grau 1 = pouquíssimo
62 2 = pouco
3 = regular
4 = muito
5 = muitíssimo
Praia Grande
3
Ribeirão Preto
1
Rio Claro
2
Santos
3
PR
Curitiba
2
Arapongas
2
Araucária
1
Cascavel
2
Maringá
2
Rolândia
3
Sarandi
2
RS
Porto Alegre
2
Campo Bom
1
Novo Hamburgo
2
Pelotas
2
São Leopoldo
2
Terra de Areia
2
SC
Florianópolis
2
Blumenau
3
Brusque
1
Criciúma
1
Itajaí
1
Joinville
3
Tubarão
1
NE
Fortaleza
1
Maracanaú
63
1
Natal
1
Mossoró
1
João Pessoa
1
Campina Grande
1
Recife
3
Caruaru
2
Maceió
1
Teresina
-
MG
Belo Horizonte
1
Betim
1
Gov. Valadares
1
Ipatinga
3
Juiz de Fora
1
Montes Claros
3
Patos de Minas
1
Teófilo Otoni
4
PA
Belém
2
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 22
USO DA BICICLETA NA FAIXA FIGURA 9
ETÁRIA DE 10 A 35 ANOS USO DA BICICLETA NA FAIXA ETÁRIA
(VALORES ABSOLUTOS) DE 10 A 35 ANOS
(VALORES RELATIVOS)
ESTADO
MUNICÍPIO
GRAU
RJ
Rio de Janeiro
3
Barra Mansa
3
Cabo Frio
5
Campos
2
64
Duque de Caxias
5
Magé
4
Niterói
3
Nova Iguaçu
3
Volta Redonda
3
SP
São Paulo
2
Araçatuba
4
Cubatão
4
Guarujá
4 A maioria, 52% dos entrevistados,
declarou ser elevada (níveis 4 e 5) a intensidade de
Indaiatuba
5 uso da bicicleta por munícipes na faixa etária de 10 a
35 anos, totalizando trinta e uma respostas contra
Itanhaém apenas nove que informaram ser baixa tal
4
intensidade.
Lorena
5
O Estado de Minas Gerais foi novamente
Peruíbe aquele com maior número de municípios
4 apresentando alta intensidade, ou seja, quatro entre
Praia Grande os oito deram essa informação.
4
Os municípios de Novo Hamburgo, Natal
Ribeirão Preto
3 e Juiz de Fora informaram que o uso da bicicleta
pode ser enquadrado no nível 1, o mais baixo da
Rio Claro
4
escala. O percentual de 5% para essa resposta e
10% para o nível 2 demonstram, mais uma vez, que
Santos o conjunto de cidades escolhidas pela pesquisa é
2
PR representativo.
Curitiba
4
Arapongas
4
Araucária
3
LEGENDA
Cascavel
3 Grau 1 = pouquíssimo
2 = pouco
Maringá 3 = regular
4 4 = muito
5 = muitíssimo
Rolândia
4
Sarandi
4
RS
Porto Alegre
3
65
Campo Bom
5
Novo Hamburgo
1
Pelotas
3
São Leopoldo
2
Terra de Areia
5
SC
Florianópolis
3
Blumenau
3
Brusque
3
Criciúma
3
Itajaí
5
Joinville
4
Tubarão
3
NE
Fortaleza
3
Maracanaú
5
Natal
1
Mossoró
4
João Pessoa
2
Campina Grande
3
Recife
4
Caruaru
3
Maceió
4
Teresina
3
MG
Belo Horizonte
2
Betim
5
Gov. Valadares
5
Ipatinga
66
5
Juiz de Fora
1
Montes Claros
4
Patos de Minas
5
Teófilo Otoni
4
PA
Belém
3
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999.
TABELA 23
GRAU DE SIMPATIA DOS MUNÍCIPES FIGURA 10
POR CICLISTAS E PELO USO DE GRAU DE SIMPATIA DOS MUNÍCIPES POR
BICICLETAS CICLISTAS E PELO USO DE BICICLETAS
(VALORES ABSOLUTOS) (VALORES RELATIVOS)
ESTADO
MUNICÍPIO
GRAU
RJ
Rio de Janeiro
4
Barra Mansa
3
Cabo Frio
3
Campos
Pode-se dizer que os dados da pesquisa em
5 alguns municípios surpreendem, pois muitos foram
aqueles que, tendo respondido ser intensa a
Duque de Caxias
5 movimentação de bicicletas em sua cidade, acabaram
por apontar como regular o grau de simpatia dos
Magé moradores para com os ciclistas e para com a bicicleta.
2
Cubatão
3
Guarujá
1
Indaiatuba
4
Itanhaém LEGENDA
3
Grau 1 = pouquíssimo
2 = pouco
67 3 = regular
4 = muito
5 = muitíssimo
Lorena
3
Peruíbe
3
Praia Grande
4
Ribeirão Preto
1
Rio Claro
3
Santos
1
PR
Curitiba
4
Arapongas
5
Araucária
3
Cascavel
4
Maringá
3
Rolândia
3
Sarandi
3
.RS
Porto Alegre
3
Campo Bom
5
Novo Hamburgo
3
Pelotas
3
São Leopoldo
4
Terra de Areia
4
SC
Florianópolis
2
Blumenau
4
Brusque
3
Criciúma
4
Itajaí
3
Joinville
2
Tubarão
68
3
NE
Fortaleza
1
Maracanaú
3
Natal
2
Mossoró
3
João Pessoa
2
Campina Grande
1
Recife
3
Caruaru
3
Maceió
3
Teresina
3
MG
Belo Horizonte
3
Betim
4
Gov. Valadares
5
Ipatinga
4
Juiz de Fora
3
Montes Claros
2
Patos de Minas
3
Teófilo Otoni
3
PA
Belém
3
Fonte: GEIPOT/Finatec – ago./nov./1999
TABELA 24
GRAU DE FACILIDADES PARA BICICLETAS: ESCALA DE CLASSIFICAÇÃO
DOS MUNICÍPIOS
GRAU DE FACILIDADES
CLASSIFICAÇÃO MUNICÍPIO
A B C D E F G
1º Duque de Caxias 3 4 3 5 4 5 5
2º Curitiba 5 2 2 4 2 4 4
3º Ipatinga 4 2 4 2 3 5 4
Muito Cicláveis
4º Praia Grande 4 1 1 5 3 4 4
5º Indaiatuba 3 3 4 4 3 5 4
6º Lorena 2 5 5 5 3 5 3
69
GRAU DE FACILIDADES
CLASSIFICAÇÃO MUNICÍPIO
A B C D E F G
7º Campo Bom 5 3 3 1 1 5 5
8º Gov. Valadares 5 1 1 3 1 5 5
Cicláveis 9º Rio de Janeiro 5 2 1 5 1 3 4
Grupo I 10º Arapongas 3 2 2 4 2 4 5
11º Guarujá 2 1 4 4 1 4 1
12º Terra de Areia 1 1 1 5 2 5 4
13º Maringá 4 1 1 3 2 4 3
14º Maceió 4 1 1 3 1 4 3
15º Betim 3 1 1 3 1 5 4
Cicláveis 16º São Leopoldo 3 3 3 4 2 2 4
Grupo II 17º Maracanaú 3 1 2 4 1 5 3
18º Blumenau 2 1 1 4 3 3 4
19º Teófilo Otoni 1 1 3 1 4 4 3
20º Patos de Minas 4 1 1 2 1 5 3
Medianamente 21º Volta Redonda 2 1 1 5 1 3 4
Cicláveis 22º Mossoró 1 2 2 5 1 4 3
Grupo I 23º Araçatuba 1 1 1 1 3 4 4
24º Peruíbe 1 1 1 4 1 4 3
25º Niterói 4 3 3 3 1 3 3
Medianamente 26º Teresina 4 2 3 2 - 3 3
27º Cascavel 3 2 2 3 2 3 4
Cicláveis
28º Joinville 3 1 2 3 3 4 2
29º Recife 2 2 2 3 3 4 3
30º Cubatão 2 1 3 3 2 4 3
Fonte: GEIPOT/FINATEC – Ago a Nov/1999
Legenda de graus de facilidades: A = Infra-estrutura exclusiva
B = Freqüência de campanhas promocionais
C = Freqüência de campanhas para motoristas
D = Elaboração de estudos e projetos
E = Nível de conhecimento do CTB
F = Uso por munícipes de 10 a 35 anos
G = Simpatia por ciclistas e bicicletas
A classificação dos municípios foi assim definida:
Muito Cicláveis - mais de três incidências de respostas com grau “4” ou “5”
Cicláveis - Grupo I - três incidências com grau “4” ou “5”
Cicláveis - Grupo II - duas incidências com grau “4” ou “5” e pelo menos duas com
grau “3”
Medianamente Cicláveis - Grupo I - duas incidências com grau “4” ou “5”
Medianamente Cicláveis - Grupo II - uma incidência com grau “4” ou “5” e pelo
menos três com grau “3”.
70
Para o desempate de municípios com igual número de respostas, seria considerado
mais bem classificado aquele com maior nível de infra-estrutura implantada, vindo em seguida o
com maior grau de simpatia dos moradores para com os ciclistas e bicicletas e, finalmente, aquele
com maior quantidade de respostas com o nível “3”.
71
CAPÍTULO 4
PANORAMA DO USO DA BICICLETA EM MUNICÍPIOS
BRASILEIROS
Deve ser lembrado que nem sempre os municípios que apresentaram maior número
de informações são os mais desenvolvidos em termos do uso ou da infra-estrutura cicloviária. No
entanto, certamente eles estão no grupo daqueles mais motivados ao desenvolvimento da
bicicleta como meio de transporte ou de lazer de sua população.
Após a elaboração dos panoramas, enviou-se, via e-mail, fax ou correio, os textos
concernentes a cada município para análise e retorno com sugestões e eventuais alterações.
Como resultado dessa consulta, foram recebidas dezenove respostas, permitindo ao GEIPOT
acreditar estarem absolutamente corretos os textos dos outros quarenta e dois municípios.
72
4.2 ESTADO DO RIO DE JANEIRO
TABELA 25
DADOS GERAIS DO RIO DE JANEIRO
Área 1.264,20km²
População 5.551.538 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 88,3km de ciclovias e ciclofaixas
Infra-estrutura em projeto ou em implantação: diversos projetos descritos no
texto abaixo.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O Município do Rio de Janeiro tem um sítio físico muito acidentado, não sendo essa,
entretanto, a única característica do seu relevo. Alternando com as grandes elevações
montanhosas da vertente da Serra do Mar, que no Rio recebe o nome de Serra da Tijuca, podem
ser encontradas extensas áreas de várzeas, planícies e restingas planas à beira-mar. É
exatamente nesses locais, onde a ocupação urbana é mais intensa, que é maior a participação da
bicicleta como veículo de transporte e de lazer.
Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, até o ano de 1994, existiam cerca de 1,5
milhões de bicicletas e 1,2 milhões de automóveis e, em 1999, esses números aumentaram para
3 milhões de bicicletas e 1,65 milhões de automóveis, fato conseqüente dos investimentos na
criação do sistema cicloviário municipal.
TABELA 26
EXTRATO DOS PRINCIPAIS DADOS DA PESQUISA NA ZONA OESTE
DO RIO DE JANEIRO
(%)
BANGU CAMPO GRANDE SANTA CRUZ
ENTREVISTADOS
(Pop.: 595.352 hab.) (Pop.: 380.057 hab.) (Pop.: 254.363 hab.)
Possuem bicicletas 64 48 44
Utilizariam a bicicleta com infra-estrutura
80 84 77
cicloviária
Utilizariam a bicicleta todos os dias com
53 48 37
a construção de ciclovias
Pedalariam mais de 40 min/dia com
53 45 47
ciclovias
Consideram muito importante a
87 93 84
construção de ciclovias no bairro
73
(continua)
TABELA 26
EXTRATO DOS PRINCIPAIS DADOS DA PESQUISA NA ZONA OESTE
DO RIO DE JANEIRO
(%)
BANGU CAMPO GRANDE SANTA CRUZ
ENTREVISTADOS
(Pop.: 595.352 hab.) (Pop.: 380.057 hab.) (Pop.: 254.363 hab.)
POSSUEM BICICLETAS: BANGU CAMPO GRANDE SANTA CRUZ
Utilizam como esporte 52 64 56
Utilizam como meio de transporte 14 5 6
Usam todo o dia 48 51 53
Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro – dez./1994. Pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisas
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CEPUERJ).
TABELA 27
LISTA DAS CICLOVIAS IMPLANTADAS NO RIO DE JANEIRO
FIGURA 11
CICLOVIA NA AV. ATLÂNTICA, EM COPACABANA
FIGURA 12
CICLOVIA NA AV. VIEIRA SOUTO, EM IPANEMA
75
FIGURA 13
BICICLETÁRIO NO PÁTIO DA PREFEITURA DO RIO
FIGURA 14
CICLOVIA NO JARDIM AMÉRICA
FIGURA 15
ÁREA DE TRAVESSIA NA CICLOVIA DA AV. ATLÂNTICA, EM COPACABANA
76
FIGURA 16
PLACA DE ADVERTÊNCIA NA CICLOVIA FERNANDO PINTO, EM BANGU
TABELA 28
DADOS GERAIS DE BARRA MANSA
Área 548km²
População 166.745 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: sem registro.
Infra-estrutura em execução ou em implantação: sem registro.
* Fonte: IBGE – 1996.
• Características Gerais
77
permite rápido escoamento de sua produção industrial e facilidade no recebimento de insumos do
interior de Minas Gerais.
TABELA 29
DADOS GERAIS DE CABO FRIO
Área 404km²
População 101.401 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 1,5km de ciclofaixa na Av. Joaquim Nogueira.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
78
pesqueira e turismo. As duas primeiras atividades dominaram a economia até meados da década
de 60, sendo suplantadas pela indústria do turismo, que terminou alavancando a construção civil.
O município possui uma população flutuante muito grande, devido à forte presença de
turistas no período de veraneio e nos fins de semana ao longo de todo ano. Por estar
dimensionado para períodos regulares da demanda, o serviço de transporte coletivo torna-se
ineficiente nos períodos de veraneio, não conseguindo atender ao acréscimo de passageiros e
não ofertando um serviço satisfatório a todos os usuários. Assim, a população operária mais
humilde acaba por fazer uso da bicicleta para acessar suas residências e outros locais
demandados pelos turistas.
A atual administração pretende construir uma ciclovia na Av. dos Passageiros, local de
grande demanda de usuários da bicicleta. Destaca-se a contagem volumétrica de 20 ciclistas por
minuto, realizada na Ponte Feliciano Sodré, pesquisada no período de 6h às 7h e de 17h30min às
18h30min de um dia típico.
FIGURA 18
CICLISTAS NA PONTE FELICIANO SODRÉ
TABELA 30
DADOS GERAIS DE CAMPOS DOS GOITACAZES
Área 4.037,80km²
População 389.547 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: anel cicloviário parcialmente implantado.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação: ciclovia nas Avenidas
Oswaldo Cardoso de Melo e Alair Ferreira.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
79
Localizado no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, o Município de Campos já
esteve entre os de maior uso de bicicleta no Estado do Rio e no país. Mesmo tendo perdido essa
condição para outros municípios do estado, sua população revela uma grande simpatia pelas
bicicletas, sendo visível a movimentação de ciclistas nos períodos de entrada e saída do trabalho
nos estabelecimentos industriais e comerciais da cidade.
O município tem uma vasta extensão territorial, sendo um dos maiores no Estado do
Rio de Janeiro e mesmo na Região Sudeste do país. Sua economia está assentada em três
atividades básicas: agricultura, principalmente agroindústria açucareira, que responde por 45% de
sua economia; produção de petróleo no mar e setor de serviços, decorrente de sua condição de
maior pólo regional do norte fluminense e do sul do Estado do Espírito Santo.
Essas competições são organizadas pelo munícipe Geraldo Maria Ferraiouli Patesko.
FIGURA 19
CICLISTAS NA CICLOVIA PATESKO
TABELA 31
DADOS GERAIS DE DUQUE DE CAXIAS
Área 465,70km²
População 715.089 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 5,7km de ciclovias, principalmente ao longo de
rodovias.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação: em andamento projeto para dotar
cada distrito do município com pelo menos uma ciclovia ou ciclofaixa.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Em 2001, está previsto que Xerém deverá sediar o 1º Pan-Americano de down hill.
Essa e outras fazem de Xerém um importante pólo de desenvolvimento do ciclismo no Estado do
Rio de Janeiro. Esse fato, juntamente com as iniciativas quanto à expansão da sua infra-estrutura
para bicicleta, vai transformando o Distrito de Xerém numa referência nacional. Observe-se que
estão em Xerém 4,9 dos 5,7km das ciclovias do município, sendo 1,9km na área urbana e 3km na
ciclovia de Santa Cruz da Serra.
82
4.2.6 Magé
TABELA 32
DADOS GERAIS DE MAGÉ
Área 386,60km²
População 183.113 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: ciclovia no Bairro de Piabetá com aproximadamente
4km.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
A única ciclovia existente fica na Rua Guarani, no Bairro de Piabetá, com extensão
aproximada de 4km. Entretanto, segundo um assessor técnico do município, essa ciclovia não
está totalmente concluída, faltando ainda a sua sinalização. Mesmo com a grande intensidade do
uso da bicicleta no município, não há projetos em andamento para a ampliação do uso desse tipo
de transporte.
FIGURA 21
CICLISTAS NA PRAÇA PIO XII
83
4.2.7 Niterói
TABELA 33
DADOS GERAIS DE NITERÓI
Área 131,80km²
População 450.364 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente (13km de ciclovias):
– 5km na Estrada Velha de Maricá;
– 8km na Rua Everton Xavier (vulgo Av. Central). Foi construída uma ciclofaixa
em um dos lados da via, estando em obras a do outro lado da mesma. Ao fim
da obra, a via passará a ter duas ciclofaixas, uma para cada sentido de
tráfego.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação:
– 14km na Av. Caetano Monteiro, atualmente em obras. A ciclovia que está
sendo construída ocupará toda a extensão da avenida.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
84
Além dos bairros de Pendutiba e Rio D’Ouro, deve ser destacado que toda a orla de
Niterói, no Bairro de Icaraí e outros, a exemplo do que ocorreu na orla da cidade do Rio de
Janeiro, apresenta grande potencial para implantação de infra-estrutura favorável ao uso da
bicicleta. A opção pelo turismo, realizada pela atual administração, deve incluir a bicicleta como
um fator a mais nos empreendimentos imobiliários, espelhando-se no Rio de Janeiro, que assim
obteve resultados promissores.
FIGURA 22
CICLISTA EM FAIXA DE TREINAMENTO, NA AV. QUINTINO BOCAIÚVA
FIGURA 23
BICICLETÁRIO NO BAIRRO CANOINHAS, EM FRENTE À CABINE DA PM
85
4.2.8 Nova Iguaçu
TABELA 34
DADOS GERAIS DE NOVA IGUAÇU
Área 559,40km²
População 826.188 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: ciclovia da Via da Light.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Nova Iguaçu possui uma ciclovia ao longo da Av. da Light, em asfalto, sinalizada,
totalmente segregada e afastada de contato lateral com a pista de circulação de veículos
automotores. Destaca-se o fato dessa ciclovia margear extensa área de parque, ter boa
sinalização horizontal e tratamento adequado nos pontos de travessia com as vias de circulação
de automóveis. Sua localização é vizinha ao centro do município.
FIGURA 24
CICLISTA EM TRAVESSIA SINALIZADA, NA SAÍDA DA CICLOVIA DA VIA DA LIGHT
86
4.2.9 Volta Redonda
TABELA 35
DADOS GERAIS DE VOLTA REDONDA
Área 182,80km²
População 232.287 hab.
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: duas ciclovias, com cerca de 5km de extensão.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação: estudo da Reurbanização da
Rua dos Cicles.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O Município de Volta Redonda tem um sítio físico muito acidentado, que varia entre
350 e 707 m² e sua área urbana está confinada entre as margens do Rio Paraíba do Sul e as
serras do Mar e da Mantiqueira. É conhecido por abrigar a maior empresa de siderurgia do país, a
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
87
FIGURA 25
CICLISTA EM DIREÇÃO AO CENTRO URBANO, NA AV. NELSON GONÇALVES
Destaca-se o pavimento em paviés de uma das ciclovias do município, com bom nível
construtivo e iluminação adequada.
Atualmente o IPPU tem a intenção de reurbarnizar a Rua dos Cicles, para melhorar os
fluxos de ciclistas e pedestres.
TABELA 36
DADOS GERAIS DE SÃO PAULO
Área 1.528,50km²
População 9.839.436 hab. (IBGE – 1996)
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: pouco menos de 30km de ciclovias e ciclofaixas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: Av. Faria Lima – continuidade da
ciclovia.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Com quase 10 milhões de habitantes, o Município de São Paulo é uma das áreas mais
congestionadas do planeta. Ainda que Cidade do México e Tóquio sejam regiões metropolitanas
mais populosas do que a Grande São Paulo, a maior metrópole brasileira supera-as em número
de veículos automotores circulando no seu sistema viário. São mais de 4 milhões de veículos
diários que provocam, vez por outra, congestionamentos que superam 120km de extensão. No
inverno, a ação combinada dos resíduos dos combustíveis, lançados ao ar pelos escapamentos
dos veículos e pelas chaminés das fábricas, provoca graves problemas atmosféricos. Esse quadro
verificado em São Paulo é extremamente desfavorável aos ciclistas, dificultando a circulação das
bicicletas no município.
88
A cidade abriga duas das maiores fábricas de bicicletas do país, a Caloi e a Monark,
assim como está presente, na sua Região Metropolitana, outra grande empresa do setor – a CBB.
Das diversas legislações criadas após a Lei nº10.907, de 18/12/90, destaca-se a Lei nº
12.044, de 17/04/1996, que instituiu, no âmbito do Município de São Paulo, a Semana da
Bicicleta, realizada sempre na segunda semana do mês de julho. Esse evento passou a integrar o
calendário oficial da cidade. Menciona-se ainda a Lei nº 11.005, de 18/01/1991, que dispõe sobre
o local para depósito de bicicletas e triciclos nos parques municipais, sobre a criação de
bicicletários e liberação de sua exploração comercial no interior dos parques.
FIGURA 26
CERCA DE PROTEÇÃO LADEANDO PISTA EM DECLIVE, NO PARQUE ANHANGÜERA
89
Entre os projetos desenvolvidos e implantados pela Secretaria do Verde e do Meio
Ambiente, estão os dos parques Anhangüera, do Ibirapuera e do Carmo, além de ciclofaixas em
vias do Jardim Lusitânia e ciclovias nas avenidas Sumaré e Faria Lima. De um programa, previsto
em dezembro de 1994, para construção de 300km de ciclovias e ciclofaixas, sendo 21,9km em
áreas internas e de acesso a parques e o restante junto ao sistema viário, foi possível realizar
26,4km até 1996, como mostrado na Tabela 37.
TABELA 37
QUADRO GERAL DE INVESTIMENTOS E IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIAS
(dez./1996)
(R$ 1.000,00)
OBRA SINALIZAÇÃO TOTAL DAS OBRAS
VIAS KM GASTOS GASTOS GASTOS
VALOR VALOR VALOR
P/KM P/KM P/KM
Faria Lima 1,3 120 92 38 (E) 29 158 121
Jardim Lusitânia 2,8 200 71 45 16 245 87
Águas Espraiadas 0,5 60 120 - - 60 120
Sumaré 1,4 150 107 43 31 193 138
Subtotal 6,0 530 88 126 21 656 109
GASTOS GASTOS GASTOS
PARQUES KM VALOR VALOR VALOR
P/KM P/KM P/KM
Ibirapuera 6,9 135 19 115 17 250 36
• Joel Nelli 1,4 80 57 45 (1) 32 125 89
FIGURA 27
CICLISTAS NA CICLOVIA DO PARQUE ANHANGÜERA
90
FIGURA 28
TRICICLO UTILIZADO PARA MANUTENÇÃO DE JARDINS, NO PARQUE IBIRAPUERA
FIGURA 29
CICLOVIA COM SEPARAÇÃO PARA PEDESTRES, NO PARQUE DO CARMO
92
4.3.2 Araçatuba
TABELA 38
DADOS GERAIS DE ARAÇATUBA
Área 1.170,50km²
População 162.577 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 30
DETALHE DE VIA DE GRANDE MOVIMENTAÇÃO DE CICLISTAS
4.3.3 Cubatão
TABELA 39
DADOS GERAIS DE CUBATÃO
93
Área 142,60km²
População 97.257 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 1,8km de ciclovia.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: ciclovias no Parque do Porto
Geral do Cubatão.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O real interesse das autoridades de Cubatão nas bicicletas data do início da década
de 90. Em 26/08/92, a Prefeitura de Cubatão criou o Decreto nº 6.599, que estabelecia a Política
de Incentivo ao Uso da Bicicleta como Meio de Transporte Urbano. As medidas constantes nos
diversos artigos envolviam medidas, como:
94
uma ciclovia principal e outras pistas com menor extensão, visando integrá-las ao sistema
cicloviário cubatense que está sendo projetado.
FIGURA 31
CICLOVIA JARDIM CASQUEIRO/CARAGUATÁ, RECÉM CONSTRUÍDA
FIGURA 32
CICLOVIA JARDIM CASQUEIRO/CARAGUATÁ, COM CICLISTAS DENTRO
E FORA DA PISTA
4.3.4 Guarujá
TABELA 40
DADOS GERAIS DE GUARUJÁ
Área 143km²
População 226.365 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 3,9km de ciclovia e de ciclofaixa.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: Projeto de Nova Estação de
Passageiros e de Balsa para Travessia de Bicicletas.
* IBGE – 1996.
95
• Características Gerais
Com 3,9km de infra-estrutura voltada à circulação das bicicletas, elas estão presentes
nas aproximações da Estação de Passageiros das Travessias de Barcas Santos/Guarujá. Existe
uma ciclovia, com 3,5km de extensão, na Av. Santos Dumont, no Bairro Vicente de Carvalho, e,
próximo ao terminal de balsas, no Bairro Vila Sonia, há uma faixa exclusiva para as bicicletas,
com cerca de 400m, que segue em prolongamento da Av. Adhemar de Barros.
FIGURA 33
CICLISTAS NA RUA VICENTE DE CARVALHO
FIGURA 34
SALÃO DE EMBARQUE DE CICLISTAS NA ESTAÇÃO DE LANCHAS PARA SANTOS
96
Os ciclistas de Guarujá envolvem-se, diariamente, em aproximadamente 10 acidentes.
Todos eles constam do Boletim de Ocorrência da Polícia Militar. Se esse fato revela a grande
presença do ciclista no tráfego da cidade, revela também que os ciclistas de Guarujá não estão
preparados para o entendimento da legislação de trânsito e o respeito à sinalização e às
prioridades no uso da via pública. Exatamente em função dessa estatística desconfortável é que a
municipalidade está buscando parceria com empresas de seguros e com escolas da rede de 1º
grau de ensino para mudanças na atitude dos ciclistas, através da distribuição de material didático
para a educação do condutor da bicicleta e dos motoristas.
FIGURA 35
CICLISTAS NA CICLOVIA DA AV. SANTOS DUMONT, IMPLANTADA EM 1983
4.3.5 Indaiatuba
TABELA 41
DADOS GERAIS DE INDAIATUBA
Área 311,30km²
População 121.906 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: aproximadamente 10km de ciclovias e ciclofaixas.
97
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 36
CICLISTAS NA AV. FRANCISCA DE PAULA LEITE, DE GRANDE MOVIMENTAÇÃO
DE BICICLETAS
FIGURA 37
CICLISTAS NA AV. FRANCISCA DE PAULA LEITE
4.3.6 Itanhaém
TABELA 42
DADOS GERAIS DE ITANHAÉM
Área 597,40km²
População 58.017 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 1,5km de ciclovia.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: 7,5km de ciclovias na orla.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 38
VISTA AÉREA DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO
99
As atividades principais são o turismo, a construção civil e a produção agrícola de
hortifrutigranjeiros. O município, nos períodos de verão, mais do que quintuplica sua população,
estimando as autoridades que essa chega a atingir 250 mil habitantes. O contingente adicional de
mais 200 mil pessoas traz ao município novas oportunidades para os moradores, pois é grande a
demanda por serviços e obras de melhorias nas residências de veraneio. São, então, os
trabalhadores que atendem a essas demandas, os maiores usuários da bicicleta.
As autoridades locais estimam que existam 30 mil bicicletas em Itanhaém. Isso, sem
contar as bicicletas trazidas pelos veranistas para o período de férias. O município tem uma única
ciclovia, com 1,5km de extensão, localizada na Av. Adutora, que liga a área do aeroclube ao
centro da cidade. Há intenção de ampliar o número de ciclovias, na orla da praia, seguindo
tendência de outras praias da Baixada Santista, e na ligação Centro–Bairro Belas Artes.
FIGURA 39
POSTE NO MEIO DE VIA CICLÁVEL IMPLANTADA
100
4.3.7 Lorena
TABELA 43
DADOS GERAIS DE LORENA
Área 417,50km²
População 73.296 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Lorena está situada abaixo da Serra da Mantiqueira, na diretriz da atual SP-62, antiga
Rodovia Washington Luís, que fazia a ligação entre as capitais dos estados do Rio de Janeiro e
São Paulo. É exatamente ao longo dessa rodovia que estão localizadas a maioria de suas
indústrias, que rivalizam em arrecadação com a sua produção agrícola, destacando-se nessa o
cultivo do arroz e do milho. A presença de unidade do exército também é aspecto a ser
considerado, dada a grande movimentação de serviços que seus militares produzem no
município.
101
• Uso da Bicicleta e Infra-estrutura Destinada à sua Circulação
FIGURA 40
CICLOVIA NA ENTRADA DA CIDADE
Existe uma ciclofaixa implantada na SP-62, no trecho situado entre a interseção SP-
62/BR-459 e o centro de Lorena. A ciclofaixa é construída com separadores de blocos pré-
moldados, pintados de amarelo, utilizando o mesmo pavimento da rodovia, que sofreu redução
em sua caixa de rolamento nesse trecho. Atualmente, o DER-SP está desenvolvendo estudo e
projeto para construção de uma ciclovia na SP-62, no trecho ligando a interseção citada à entrada
de Cachoeira Paulista, com 9,5km, passando pelo distrito de Canas.
FIGURA 41
CICLOVIA NA ENTRADA DA CIDADE
102
4.3.8 Peruíbe
TABELA 44
DADOS GERAIS DE PERUÍBE
Área 321,70km²
População 41.398 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O Município de Peruíbe está localizado no litoral sul do Estado de São Paulo, cerca de
80km ao sul de Santos e 140km da capital do estado. De forma similar a Itanhaém, tem a Serra
dos Itatins e a orla marítima como limites oeste e leste. Em verdade, constitui seu litoral uma
extensão do litoral de Itanhaém, sendo também a topografia de Peruíbe sensivelmente plana.
FIGURA 42
CICLISTAS TRAFEGANDO NO BORDO DO ASFALTO DA AV. ANCHIETA
103
As atividades principais são o turismo e os serviços de apoio a este. O município, nos
períodos de verão, aumenta em mais de cinco vezes sua população, a exemplo de Itanhaém e de
todo o litoral da Baixada Santista, chegando a atingir 200 mil habitantes. O uso da bicicleta é
intenso, tanto pelos seus moradores permanentes como entre os veranistas. Um dos grandes
atrativos turísticos a mencionar é a Estação Ecológica da Juréia-Itatins, onde são encontradas
praias, morros, cachoeiras e ruínas do Brasil Colonial.
Hoje não existe infra-estrutura implantada em favor das bicicletas, porém é grande o
interesse da municipalidade em criar facilidades à circulação e guarda das bicicletas. Atualmente,
a prefeitura espera pronunciamento da Câmara dos Vereadores quanto à aprovação do Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município, no qual existe um capítulo contendo o Plano
Cicloviário Municipal. Existe um projeto executivo para construção da Ciclovia Caraguava/Telesp,
em início de licitação. Entre as parcerias pretendidas pelo município, com o governo do estado ou
com a iniciativa privada, estão dois projetos:
FIGURA 43
CICLISTAS TRAFEGANDO NO BORDO DA PISTA DA AV. MARGINAL À LINHA FÉRREA
TABELA 45
DADOS GERAIS DE PRAIA GRANDE
Área 143,90km²
População 150.388 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 12km de ciclovias e 1km de ciclofaixa.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: 13km de ciclovias na orla marítima
e nos bairros Flórida e Solemar.
* IBGE – 1996.
104
• Características Gerais
O Município de Praia Grande está localizado no litoral sul do Estado de São Paulo, cerca
de 80km da capital do estado e 12km ao sul de Santos. Como seu próprio nome indica, trata-se
de uma das maiores extensões de praia do litoral sul da Baixada Santista, praticamente uma praia
única com 23km de extensão. Tem divisa ao norte e a noroeste com São Vicente, a oeste com a
Serra do Mongaguá e com vários cursos d'água do grande manguezal da Baixada Santista, ao sul
com o Município de Mongaguá e a leste com o Oceano Atlântico. À exceção do morro na ponta de
sua área central, separando-a da Praia de Itaipu, das faldas da Serra do Mongaguá e do Morro do
Estaleiro, a topografia é plana, respondendo por mais de 90% do seu território. Também a
ocupação do município está concentrada em seis quarteirões à beira-mar.
FIGURA 44
CICLISTAS SAINDO DA CICLOVIA E CRUZANDO A AV. AYRTON SENNA
105
A prefeitura está executando o projeto para a construção de mais 6km de ciclovia na
orla marítima. Para o ano 2000, estão previstas a implantação desse projeto na beira-mar e a
construção dos projetos já concluídos para implantação de ciclovias nos bairros Flórida e Solemar,
com aproximadamente 7km de extensão.
FIGURA 45
VIADUTO ATRIBUNA, ALARGADO PARA CICLISTAS
FIGURA 46
CICLOVIA À BEIRA-MAR, COM 14,1KM DE EXTENSÃO
106
TABELA 46
DADOS GERAIS DE RIBEIRÃO PRETO
Área 652,20km²
População 456.252 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O documento afirmava ainda "Ribeirão Preto oferece viáveis condições para implantação
de um sistema cicloviário. Considerando-se que há uma bicicleta para cada 4 habitantes, este
sistema seguramente contribuirá para atender uma significativa demanda, além de ser um
elemento importante na minimização do conflito automóvel x bicicleta". No entanto, passados
quase seis anos, o plano vem encontrando dificuldades para ser executado.
FIGURA 47
CENTRO URBANO DO MUNICÍPIO
Um projeto com tal magnitude chamou muito a atenção da imprensa e o Jornal Estado
de São Paulo chegou a estampar na capa do seu caderno Cidades, em 12 de março de 1994:
Ciclovias serão alternativa de transporte urbano. Uma semana antes, o Diário Oficial do Município
publicava, na sua capa, ampla matéria, debaixo do título – Greenpeace vem a Ribeirão auxiliar
projeto de implantação de ciclovia – A presença da Organização Não-Governamental no município
considerava que Ribeirão Preto havia sido escolhida como única cidade do interior no Brasil a
integrar programa de 13 cidades no mundo participantes da campanha Cidades Livres de Carros.
FIGURA 48
BICICLETAS AMARRADAS AO POSTE DE SINALIZAÇÃO, NA ÁREA CENTRAL
TABELA 47
DADOS GERAIS DE RIO CLARO
Área 499,90km²
População 153.389 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 3km de ciclovia e 20 bicicletários, de 10 vagas a 45
vagas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: implantação de novos
bicicletários.
* IBGE – 1996.
108
• Características Gerais
Localizado no centro do Estado de São Paulo, Rio Claro caracteriza-se por ser
importante pólo industrial e avicultor do estado. Desde o surgimento do povoado, entre 1821 e
1824, passando por sua fundação, em 1827, pela inauguração do ramal ferroviário Campinas –
Rio Claro, em 1827, pela crise do café em 1929, e até a inauguração do Distrito Industrial, em
1970, a cidade atravessou muitas transformações. Conforme o último levantamento da ONU, do
1º semestre de 1999, Rio Claro é a 6ª cidade em qualidade de vida do Estado de São Paulo.
Segundo informações constantes do Guia Turístico Oficial da Cidade, "Rio Claro tem
tradição no uso da bicicleta, desde o século passado, estimulado pela topografia plana da cidade,
principalmente na Área Central. Em 1910, o Velo Clube de Rio Claro foi fundado como clube de
ciclismo por um grupo de entusiastas desse esporte e cujo nome foi derivado de velódromo.
Atualmente, o meio de transporte mais utilizado, principalmente por estudantes e trabalhadores, é
a bicicleta, inclusive com a construção da primeira ciclovia do município”.
FIGURA 49
CICLISTAS TRAFEGANDO NO CRUZAMENTO DA AV. 2 COM A RUA 3
FIGURA 50
SINALIZAÇÃO DA CICLOVIA DA AV. BRASIL, DO CENTRO URBANO
À ÁREA INDUSTRIAL
109
Para atender a totalidade da demanda por vagas para estacionar no centro de Rio
Claro, a prefeitura elaborou o Decreto nº 5.787, de 15 de abril de 1998. Nele concede permissão,
a título precário, pelo prazo de um ano, para empresas privadas implantarem bicicletários e
explorarem o espaço comercial com duas placas de identificação e promoção.
No final de 1999, o Instituto IPK, de São Paulo, aplicou outra pesquisa no município,
detectando que 17% dos deslocamentos na cidade são feitos por bicicleta.
FIGURA 51
BICICLETÁRIO IMPLANTADO NA PRAÇA LATERAL À PREFEITURA
110
FIGURA 52
BICICLETÁRIO E, AO FUNDO, CICLISTAS EM TRÂNSITO
4.3.12 Santos
TABELA 48
DADOS GERAIS DE SANTOS
Área 280,90km²
População 412.243 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 53
CICLISTAS TRAFEGANDO NA CICLOFAIXA DA AV. PORTUÁRIA
111
Sobre a infra-estrutura existente há uma única ciclovia localizada na área portuária,
com cerca de 2km. Registra-se que até pouco tempo existiam mais duas, uma na avenida de
entrada da cidade e outra na Av. Afonso Pena. Essa última, com cerca de 5km, possuía longo
trecho sobre calçada lateral à estrada de ferro e conectava o centro da cidade ao porto.
FIGURA 54
PASSEIO CICLÍSTICO DA 1ª VELO SANTISTA 99, NA AV. BEIRA-MAR
112
FIGURA 55
CICLOVIA DESATIVADA NO CANTEIRO CENTRAL DA AV. AFFONSO PENA
4.4.1 Curitiba
TABELA 49
DADOS GERAIS DE CURITIBA
Área 430,90km²
População 1.476.253 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: mais de 70km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 56
CICLOVIA PRÓXIMA AO PASSEIO PÚBLICO
113
• Uso da Bicicleta e Infra-estrutura Destinada à sua Circulação
FIGURA 57
CICLOVIA NA BEIRA DA CALÇADA DA AV. MARIANO TORRES
FIGURA 58
CICLOVIA NA AV. IGUAÇU, PRÓXIMA À RODOVIÁRIA
114
Foram realizados três levantamentos:
Alguns desses dados foram muito significativos para a montagem da proposta de rede:
FIGURA 59
CICLOVIA ÀS MARGENS DO CANAL DO RIO BELÉM, NA SAÍDA DO BOSQUE DO PAPA
115
FIGURA 60
CICLOVIA/CALÇADA DA RUA JOÃO BETTEGA, NA CIDADE INDUSTRIAL
116
Por último, vale destacar a qualidade do acabamento da infra-estrutura implantada,
com destaque para as sinalizações vertical e horizontal. Sobre a primeira, deve ser dito que ela
segue o mesmo padrão da sinalização indicativa adotada para o tráfego de veículos e pedestres
em geral. Sobre os traçados em direção aos parques, ressaltam-se os abrigos construídos ao
longo dessas ciclovias, utilizando as características da arquitetura da etnia dominante no parque
para o qual a pista tem origem ou se destina.
4.4.2 Arapongas
TABELA 50
DADOS GERAIS DE ARAPONGAS
Área 370,90km²
População 75.038 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 8km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: 1,4km de ciclofaixa.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 61
CICLOVIA DO TRABALHADOR, NA FAIXA DE DOMÍNIO DA RFFSA
117
A pesquisa junto às indústrias revelou alguns dados significativos:
– 89,8% das viagens realizadas pelos operários das indústrias eram do tipo casa–
trabalho;
– entre os conflitos citados pelos operários 47,3% ocorriam com automóveis;
– entre os diferentes motivos apontados para o uso da bicicleta 72,2% referiam-se à
economia;
– quanto ao motivo para não usar, 41,9% alegaram que isso se devia a morarem
próximo do local de trabalho, 17,9% devia-se ao custo da bicicleta, 10,2% referiram-
se ao tráfego perigoso;
– nas 35 empresas pesquisadas, foram contabilizadas 1.075 vagas para o
estacionamento de bicicletas;
– dos 2.965 funcionários dessas 35 empresas, 731 deles possuíam bicicleta e 658
utilizavam-nas para ir ao trabalho.
Como reflexo desse quadro, a equipe técnica do GEIPOT apresentou projeto final de
engenharia, com projeto geométrico completo e projeto de sinalização para cerca de 14km de
ciclovias e ciclofaixas.
FIGURA 62
INTERSEÇÃO DA CICLOVIA DO TRABALHADOR COM
CICLOVIA SECUNDÁRIA
118
FIGURA 63
CRUZAMENTO DA CICLOVIA DO TRABALHADOR COM A BR-376
4.4.3 Araucária
TABELA 51
DADOS GERAIS DE ARAUCÁRIA
Área 370,90km²
População 75.038 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 4,2km de ciclovia na Av. dos Pinheirais.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: 5,4km na Av. das Araucárias.
* IBGE – 1996.
119
• Características Gerais
FIGURA 64
CICLOVIA NA AV. DOS PINHEIRAIS
A combinação dessas duas riquezas industriais, ou seja, petróleo e soja, faz com que
o município atraia grande quantidade de caminhões, que chegam com a soja do interior para as
indústrias de transformação, retornando carregados de uréia da Ultrafértil, para fertilização da
áreas rurais recém cultivadas.
FIGURA 65
AV. DAS ARAUCÁRIAS, DE GRANDE CIRCULAÇÃO DE CICLISTAS
120
4.4.4 Cascavel
TABELA 52
DADOS GERAIS DE CASCAVEL
Área 2.103,13km²
População 219.652 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 10,2km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: 3,0km de ciclovia.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
A presença da bicicleta ocorre em dois segmentos distintos: entre a classe média, para
lazer, e entre os operários com renda situada entre um e três salários mínimos. Essa é a razão
para a ocorrência de dois tipos de infra-estrutura implantada: ciclovia no Parque Municipal Danilo
Galafassi, com cerca de 3km de extensão e ciclovias nas avenidas Brasil (2,9km), Tancredo
Neves (4km), Piriqui (1,2km) e Barão do Rio Branco (1,2km).
FIGURA 66
CICLOVIA NA AV. TANCREDO NEVES
121
Entre os conflitos gerados pela bicicleta menciona-se os existentes com os pedestres
que, segundo os técnicos locais, decorre principalmente do fato desses utilizarem as ciclovias
para realizar exercícios físicos, em especial na Av. Tancredo Neves. Quanto aos demais
acidentes, merece registro ainda o relatório do Serviço de Atendimento ao Trauma em Emergência
(Siate). Em 14 meses de existência (até setembro de 1999), o serviço tinha atendido a 2.698
ocorrências. Dessas, 280 envolveram a bicicleta, ou seja, 10,5% do total, destacando-se a colisão
com automóveis, com 112 observações.
FIGURA 67
CICLOVIA NO PARQUE MUNICIPAL DANILO GALAFASSI
122
4.4.5 Maringá
TABELA 53
DADOS GERAIS DE MARINGÁ
Área 490,90km²
População 267.942 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 11km.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: 4km de ciclovia na Av. Pedro
Taques.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 68
CICLOVIA NO CANTEIRO CENTRAL DA AV. CONTORNO DO PARQUE DO INGÁ
123
No contorno do Parque do Ingá, cuja extensão é de 3km, havia, diariamente, conflitos
entre os ciclistas e os pedestres. Isso devido ao fato de muitos pedestres realizarem exercícios
físicos sobre a ciclovia, exatamente no horário de saída dos ciclistas de seus locais de emprego. A
solução encontrada pela administração local foi a retirada da sinalização de ciclovia e a utilização
da pista como calçada.
FIGURA 69
CANTEIRO CENTRAL DA AV. PEDRO TAQUES, COM CICLOVIA EM PROJETO
FIGURA 70
CONFLITO CICLISTAS X VEÍCULOS, NA AV. PEDRO TAQUES
FIGURA 71
CICLOVIA MARINGÁ–PAIÇANDU
124
4.4.6 Rolândia
TABELA 54
DADOS GERAIS DE ROLÂNDIA
Área 458,29km²
População 44.374 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: sem registro.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: ciclovia projetada com 5,8km.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 73
FAIXA DE DOMÍNIO DA RFFSA, COM CICLOVIA EM PROJETO
PARA ATENDER AOS BAIRROS OPERÁRIOS VIZINHOS
4.4.7 Sarandi
126
TABELA 55
DADOS GERAIS DE SARANDI
Área 104,30km²
População 60.212 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: ciclovia na avenida principal, com cerca de 3km.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: ciclovia ao longo da RFFSA.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O Município de Sarandi está localizado no norte do Paraná, tendo sido criado dentro
do mesmo projeto de colonização efetuado pela companhia de Terras do Norte do Paraná.
Pertencente a um grupo empresarial de origem inglesa, a companhia criou, entre Londrina e
Maringá, uma rede de cidades, estando cada uma delas distantes entre si cerca de 10km, em
mais de 150km de extensão. Esse processo de colonização ocupou, diferentemente de outros
projetos de colonização no país, as terras a partir do espigão e não dos fundos de vales. Essa é a
razão para terem todas as cidades ao longo da BR-369/BR-376 topografia mais ou menos plana.
Sarandi faz limite direto com Maringá e atua como cidade dormitório dessa, sendo
muitos de seus moradores empregados das indústrias do município vizinho, razão pela qual
ocorre intenso uso da bicicleta em direção àquele município, ao longo do dia.
A infra-estrutura existente consiste numa ciclovia com cerca de 3km na Av. Ademar
Buenia, que permite interligar o centro de Sarandi ao Município de Maringá. Como infra-estrutura
planejada há uma outra ciclovia, ao longo da estrada de ferro, mas sem extensão determinada.
FIGURA 74
CICLOVIA COM PLATAFORMA ELEVADA NA FAIXA DE DOMÍNIO DA RFFSA
TABELA 56
DADOS GERAIS DE PORTO ALEGRE
Área 496,10km²
População 1.288.879 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: menos de 5km de ciclovias e ciclofaixas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: lançamento do edital para
contratação da execução do Plano Diretor Cicloviário.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 75
CICLISTA UTILIZANDO VIA FECHADA AO TRÁFEGO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
128
para circulação de ônibus, o que permite o acesso de ciclistas vindos da Av. Ipiranga para o
Parque da Marinha aos domingos. Esse conjunto de medidas veio como decorrência da criação
da Lei nº 6.781, de 4/1/91, que instituiu o Sistema Municipal de Bicicletas e, também, da Lei nº
6.987, de 27/12/91, que instituiu o Programa Municipal de Ciclovias.
FIGURA 76
CICLOFAIXA NA ORLA DO RIO GUAÍBA, NO BAIRRO DE IPANEMA
FIGURA 77
CORREDOR DE TRANSPORTE COLETIVO, NA RUA ÉRICO VERÍSSIMO
UTILIZADO AOS DOMINGOS PELOS CICLISTAS
129
4.5.2 Campo Bom
TABELA 57
DADOS GERAIS DE CAMPO BOM
Área 59,90km²
População 52.096 hab.
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: mais de 30km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Essa recente mudança não mudou, porém, a sua característica de cidade que fez do
uso da bicicleta o principal veículo de transporte de sua população. Essa é a razão pela qual
Campo Bom tem mais de 30km de ciclovias implantadas, algumas delas com traçado geométrico
bem planejado e com detalhes paisagísticos laterais.
FIGURA 78
CICLOVIA COM JARDINS E ARBORIZAÇÃO MANTIDOS PELA COMUNIDADE
130
A implantação de ciclovias no município data de 1977, com a construção da primeira
delas. A partir dessa data foi construído um anel cicloviário e ciclovias na área central e ligando
bairros residenciais às áreas industriais. Um aspecto a destacar é o fato de grupos de voluntários
se encarregarem da manutenção de algumas ciclovias. Esse fato tem permitido que as ciclovias
sejam mais bem aceitas por toda a comunidade, inclusive por aquelas que não as utilizam ou que
o façam apenas esporadicamente.
FIGURA 79
DETALHE DE ACESSO À CICLOVIA
FIGURA 80
CICLOVIA AO LADO DE TRECHO RODOVIÁRIO
FIGURA 81
CICLISTAS E PEDESTRES COMPARTILHANDO TRECHO DE CICLOVIA
131
4.5.3 Novo Hamburgo
TABELA 58
DADOS GERAIS DE NOVO HAMBURGO
Área 216km²
População 226.070 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: sem registro.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Interessante notar que as duas autoridades com as quais foram mantidos contatos
acabaram enviando questionários preenchidos com posicionamentos diametralmente opostos.
Uma delas afirmou que prover o usuário da bicicleta de um transporte seguro exigiria muitos
investimentos e de que eles seriam elevados, chegando a afirmar que a bicicleta "em
conseqüência não é prioridade nossa". A outra autoridade afirmou haver muito espaço para o
desenvolvimento do uso da bicicleta no município, citando projetos cicloviários existentes e
indicando locais para a implantação de ciclovias.
FIGURA 82
CICLISTAS CIRCULANDO NA CONTRA-MÃO DE VIA URBANA
132
De concreto há o fato da inexistência de qualquer infra-estrutura cicloviária implantada,
apesar da citação dos bairros de Canudos e Santo Afonso como áreas onde há alguma
intensidade no uso da bicicleta.
4.5.4 Pelotas
TABELA 59
DADOS GERAIS DE PELOTAS
Área 1.647,90km²
População 304.276 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O uso de bicicletas é mais intenso nas avenidas Duque de Caxias, Fernando Osório e
Domingos de Oliveira. É por essas vias que passam, nos horários de entrada e saída do trabalho,
os ciclistas moradores dos bairros mais populosos (Fragata, Três Vendas e Areal) em direção ao
centro da cidade.
TABELA 60
133
DISTRIBUIÇÃO DE ACIDENTES NAS VIAS DE PELOTAS
TABELA 61
DADOS GERAIS DE SÃO LEOPOLDO
Área 107km²
População 180.617 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
São Leopoldo está situado na Região Metropolitana de Porto Alegre, sendo mais
conhecido nacionalmente pela Unisinos, complexo universitário que atrai estudantes de todo o
país. Atravessada pelas BR-116 e RS-240, além do sistema metropolitano de trem de passageiros
(Trensurb), a cidade está perfeitamente integrada a seus municípios vizinhos, sendo considerada
como importante pólo de desenvolvimento econômico e educacional.
FIGURA 83
DETALHE DA QUANTIDADE DE AREIA ACUMULADA NA CICLOFAIXA
134
Atualmente, a cidade desenvolve o Plano Diretor Cicloviário, estando em fase inicial
de pesquisa. Um dos propósitos do plano é a implantação de bicicletários na área central e a
adequação ao sistema viário destinado ao tráfego motorizado. Sobre os bicicletários, já se
encontra na Câmara de Vereadores local um projeto de lei, de autoria do Poder Executivo,
definindo como ação municipal prioritária a construção de bicicletários.
FIGURA 84
USO DE BLOCO DE CONCRETO COMO SEPARADOR DA CICLOFAIXA
FIGURA 85
CICLOVIA EM CANTEIRO CENTRAL, RECENTEMENTE INAUGURADA
135
4.5.6 Terra de Areia
TABELA 62
DADOS GERAIS DE TERRA DE AREIA
Área 338,30km²
População 10.732 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 86
CICLISTAS-OPERÁRIOS, TRAFEGANDO NO HORÁRIO DE SAÍDA PARA ALMOÇO
FIGURA 87
136
ESTUDANTES DA ESCOLA MASCARENHAS DE MORAIS, AO TÉRMINO DAS AULAS
O fato de não ter nenhuma infra-estrutura voltada ao uso da bicicleta não se tem
constituído fator inibidor à sua circulação. No entanto, os ciclistas usuários dos bairros de Serraria
e Olaria, localizados às margens da BR-101 correm, diariamente, graves riscos ao atravessar a
rodovia para chegar a suas residências. Essa situação fica mais evidente na Figura 88, na qual
pode ser observada também a precária situação dos acostamentos, em ambos os lados da BR.
FIGURA 88
BICICLETAS NA ESCOLA ESTADUAL ÉRICA MARQUES
137
4.6 ESTADO DE SANTA CATARINA
4.6.1 Florianópolis
TABELA 63
DADOS GERAIS DE FLORIANÓPOLIS
Área 436,50km²
População 271.281 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente (13km de ciclovias):
6,5km de ciclovias na Beira Mar Norte.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação:
– 5,8km de ciclovia, em vias que ligam as praias de Ingleses e Saltinho;
– 1,5km de ciclovia junto ao Viaduto do CIC e no alargamento da Av. da
Saudade;
– mais de 30km de ciclovias no Plano Planície Entremares, no centro-sul da
ilha;
– cerca de 2,5km de ciclovias e ciclofaixas na área central do município, dentro
do Projeto Rede Cicloviária de Florianópolis.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Pode-se dizer que o município tem, além da sua divisão físico-territorial (parte no
continente e parte na ilha), uma outra divisão importante – a área urbana central, com seus
bairros periféricos; e a parte dos balneários, com a presença de colônias de pescas e a infra-
estrutura de apoio ao turista, que cresce geometricamente no período de verão. Esse fato faz com
que a ilha, nesse período, triplique sua população nos fins de semana, sendo significativa a
presença de argentinos, muitos deles com residências de veraneio no município.
Dentro desse plano, o Projeto Redes Locais de Bicicleta (Integração com Terminais)
constitui o principal elemento dentro do objetivo de desestimular o uso do automóvel. Para tanto, a
implantação de uma rede cicloviária e a integração desta aos terminais de transporte coletivo a
serem implantados são dois atributos importantes do programa. Espera-se, num horizonte de 10
anos, reduzir 434 viagens de automóveis por dia, propiciando uma redução de cerca de 390 mil
litros de combustível anualmente.
FIGURA 89
RUA FERNANDO MACHADO, NO CENTRO DA CIDADE, EM PROJETO PARA
SER TRANSFORMADA EM USO PREFERENCIAL DE PEDESTRES E CICLISTAS
FIGURA 90
CICLOVIA NA AV. BEIRA-MAR NORTE
139
4.6.2 Blumenau
TABELA 64
DADOS GERAIS DE BLUMENAU
Área 510,30km²
População 231.401 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente (13km de ciclovias):
– 4,5km de ciclovias nas ruas Engº Paul Werner, Humberto de Campos,
Francisco Valdieck e Antônio Treis.
Infra-estrutura em projeto ou em implantação:
– 75km de ciclovias e ciclofaixas, na lateral de 33 vias da cidade, paraciclos e
bicicletários.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
140
– necessidade de amenizar os graves problemas de transporte;
– principais vias de acesso aos bairros com declividade inferior a 10%;
– estação seca prolongada;
– tradição de uso da bicicleta pela influência da colonização alemã;
– espaços livres nos fundos de vales ao longo dos ribeirões (faixas não edificáveis) e
no leito abandonado da estrada de ferro;
– industrialização acentuada, com o operário apresentando vocação natural para o
uso da bicicleta (dados apontaram haver, em média, 14% de usuários de bicicletas
entre o operariado).
FIGURA 91
ALAMEDA RIO BRANCO, COM PROJETO DE CICLOVIA NO CANTEIRO CENTRAL
FIGURA 92
CICLOFAIXA IMPLANTADA EM ANTIGO ESTACIONAMENTO DE AUTOMÓVEIS
141
FIGURA 93
DESVIO PARA BAIA DE ÔNIBUS NA CICLOFAIXA DA RUA ANTÔNIO TREIS
4.6.3 Brusque
TABELA 65
DADOS GERAIS DE BRUSQUE
Área 292,75km²
População 66.558 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 4km de ciclovias.
– Infra-estrutura em projeto: sem registro (exceção às informações prestadas
nos mapas mencionados no texto).
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Segundo maior pólo industrial do Vale do Itajaí, o Município de Brusque possui metade
de sua área com ocupação urbana, tendo essa se expandido ao longo do Rio Itajaí-Mirim, que o
corta no sentido sudoeste–noroeste. O sítio físico da área urbana se desenvolveu entre estreitos
vales e ao longo das várzeas do seu principal rio.
Brusque conta hoje com 28,7 mil veículos, incluindo 19,4 mil automóveis, 5,2 mil
motocicletas, 2,5 mil caminhões de todo o porte, 1,5 mil tratores e outros, atingindo uma taxa de
3,4 hab/veículo. O documento relata ainda a existência de duas empresas de transporte público
urbano, e afirma que elas operam com baixa qualidade de serviço, praticando alta tarifa junto à
população, em sua maioria, operários e estudantes.
O documento destaca a baixa largura das caixas de vias do seu sistema viário,
intervalo situado entre 7,00 e 12,00 metros, tanto nos bairros mais distantes como na sua área
central. Também menciona a tipologia do pavimento de muitas ruas em paralelepípedo, com
problemas de fixação irregular e deformações, além de ter mais de um terço do seu sistema viário
básico sem qualquer pavimentação.
Consta ainda, no estudo, que Brusque já possuiu muito mais bicicletas do que
atualmente. Essa diminuição tanto é atribuída à insegurança dos ciclistas, com o aumento dos
veículos motorizados, como à qualidade do pavimento do seu sistema viário. Embora tenha
manifestado interesse na ampliação da infra-estrutura cicloviária, a atual administração alega
dificuldades decorrentes da reduzida caixa das vias urbanas.
FIGURA 94
CICLOVIA IMPLANTADA ÀS MARGENS DO RIO ITAJAÍ-MIRIM
143
Em outro mapa, elaborado pela equipe técnica responsável pela revisão do Plano
Diretor do Município, é apresentada uma rede de vias existentes e projetadas com possibilidade
de receber ciclovia. Para a rede existente, prevê a Secretaria que mais de 70km podem receber
essa infra-estrutura. Para a rede projetada, afirma-se que mais de 20km podem vir a receber esse
benefício. Destaque especial é dado à ciclovia às margens do Rio Itajaí-Mirim, única infra-
estrutura voltada exclusivamente ao uso da bicicleta, com 4km de ciclovia implantada, nos dois
lados do rio, margeando o sistema viário recentemente recuperado.
4.6.4 Criciúma
TABELA 66
DADOS GERAIS DE CRICIÚMA
Área 210km²
População 159.101 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: ciclovia abandonada, não considerada pelo poder
público local.
Infra-estrutura em projeto: projeto para ciclovias nas avenidas Universitária,
Rodovia Luiz Rosso e no Rodoanel, além da criação de bicicletários em vários
locais da cidade.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 95
MOBILIÁRIO URBANO PARA FIXAÇÃO DE BICICLETAS
4.6.5 Itajaí
TABELA 67
DADOS GERAIS DE ITAJAÍ
Área 303,60km²
População 134.942 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 8km de ciclovias.
Infra-estrutura em execução ou em projeto: 1,5km na Rodovia Osvaldo Reis.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
145
• Uso da Bicicleta e Infra-estrutura Destinada à sua Circulação
– a topografia plana;
– a concentração urbana, com pequenos trajetos (em média ao redor de 6km).
FIGURA 96
CICLOVIA NO PARQUE NÁUTICO CORDEIRO
FIGURA 97
CICLISTAS NO BAIRRO SÃO VICENTE, GERADOR DE VIAGENS POR
BICICLETAS PARA O CENTRO
146
FIGURA 98
BICICLETÁRIOS EM FRENTE ÀS LOJAS DO COMÉRCIO LOCAL
4.6.6 Joinville
TABELA 68
DADOS GERAIS DE JOINVILLE
Área 1.081,70km²
População 397.951 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: menos de 5km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto: planejamento de rede cicloviária.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
147
O sítio físico da sua área urbana alterna elevações isoladas, com declividades
superiores a 10%, e grandes áreas planas, limitadas pela BR-101 na sua área oeste e pelos
mangues formados pela foz do Rio Cubatão e de pequenos rios nascidos no interior da sede
municipal, que vão desaguar na Baía de São Francisco do Sul. Essa característica de baixa
variação da sua topografia, aliada à presença de munícipes de origem germânica e à presença de
muitos operários, fez com que durante anos Joinville fosse conhecida em todo o Brasil como a
cidade das bicicletas, condição que veio a perder a partir dos últimos anos da década de 70.
FIGURA 99
CICLOVIA COMPARTILHADA COM PEDESTRES EM BAIRRO
PRÓXIMO AO CENTRO
A pesquisa de 1984, de Ilmar Borges, revelou que 69,9% dos ciclistas alegavam que
um dos grandes problemas de segurança decorria do fato de que faltavam pistas próprias para a
circulação das bicicletas (ciclovias), vindo em seguida o trânsito intenso de automóveis (34,7%), o
desrespeito dos motoristas (29,1%), falta de estacionamento (20,1%), falta de sinalização (15,3%)
e outros itens com menores ocorrências. Quinze anos depois da apresentação desses dados, a
Fundação IPPUJ está disposta a reverter o quadro atual, pois afirma "A Fundação IPPUJ está
desenvolvendo o plano cicloviário de Joinville, sendo que o mesmo prevê a implantação de uma
rede cicloviária projetada para a cidade". Atualmente, a cidade conta com menos de 5km de
ciclovias implantadas. Algumas ciclovias foram implantadas às margens de vias, separadas por
terrapleno gramado e, como inexistem passeios de pedestres no lado em que estão dispostas,
elas operam com tráfego partilhado para pedestres e ciclistas.
FIGURA 100
CICLOVIA COMPARTILHADA COM PEDESTRES
149
4.6.7 Tubarão
TABELA 69
DADOS GERAIS DE TUBARÃO
Área 313km²
População 83.728 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 2km de ciclovia.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: ciclovias às margens do Rio
Tubarão.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
No entanto, não são o rio e a ferrovia, que têm diretriz um pouco distante do centro
urbano, os principais impedimentos à integração das populações habitantes dos diferentes bairros
de Tubarão, mas sim a rodovia. A BR-101, ao mesmo tempo em que atrai, secciona a área de
expansão urbana do centro tradicional do município.
150
Vargas, que margeiam os lados do rio, na Rua Chile, na Rua Silvio Cargnin, no Bairro de Oficinas,
e sob a ponte do Rio Tubarão, no Bairro de Passagem.
FIGURA 101
CICLOVIA SINUOSA RECENTEMENTE IMPLANTADA
4.7.1 Fortaleza
TABELA 70
DADOS GERAIS DE FORTALEZA
Área 313,80km²
População 1.965.513 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: menos de 10km de ciclovias implantadas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: Programa de Transportes Urbanos
de Fortaleza.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O Município de Fortaleza está localizado à beira mar. À exceção das dunas que
caracterizam sua orla, a maioria do seu território tem topografia plana, com ondulações muito
suaves, sendo inteiramente propício à circulação da bicicleta. Possui clima seco, com estiagem
prolongada em mais de 8 meses ao ano, aspecto que também favorece o uso da bicicleta.
FIGURA 102
CICLOVIA NO CANTEIRO CENTRAL DA BR-116
A seguir são apresentados alguns gráficos que permitem melhor visualização dos
resultados encontrados na pesquisa.
FIGURA 103
DISTÂNCIA MÉDIA PERCORRIDA
FIGURA 104
MOTIVOS PARA UTILIZAÇÃO DA BICICLETA
152
FIGURA 105
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO
FIGURA 106
CICLOFAIXA NA AV. BEIRA-MAR
FIGURA 107
TRAVESSIA DA CICLOVIA DA AV. WASHINGTON SOARES
153
FIGURA 108
CICLOVIA NO CANTEIRO CENTRAL DA AV. WASHINGTON SOARES
4.7.2 Maracanaú
TABELA 71
DADOS GERAIS DE MARACANAÚ
Área 98,60km²
População 160.065 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: menos de 10km de ciclovias implantadas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
A bicicleta, junto com o transporte de carga, está entre os dois modos de transporte
mais utilizados pelo município, conforme resposta, no questionário, à pergunta sobre a
intensidade do uso na cidade: “altíssimo, todo mundo usa!”.
FIGURA 109
BICICLETÁRIO COM MAIS DE 700 LUGARES, NA CEASA
Sobre medidas a adotar, a prefeitura informou que está em elaboração o Plano Diretor
de Desenvolvimento Urbano (PDDU), no qual deverá ser incluída a obrigação de construir
ciclovias junto às avenidas existentes e nas novas vias a serem construídas.
FIGURA 110
CICLOVIA NA ESTRADA FORTALEZA/PACATUBA
155
FIGURA 111
INÍCIO DE CICLOVIA NA RODOVIA FORTALEZA/MARANGUAPE
4.8.1 Natal
TABELA 72
DADOS GERAIS DE NATAL
Área 169,90km²
População 656.037 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 6,8km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
156
O Município de Natal está localizado na Região Nordeste, entre a orla marítima e as
margens da foz do Rio Potengi. Algumas barreiras naturais são significativas, como o grande
rendilhado do Potengi em sua foz, a grande quantidade de dunas de areia entre a orla marítima e
o centro administrativo da cidade, a grande área de salinas em uma das margens do rio, o
seccionamento da cidade em duas partes pelo mesmo rio e algumas ondulações em seus bairros
mais para o interior.
FIGURA 112
CICLISTA EM PASSAGEM LATERAL NA PONTE DO RIO POTENGI
157
assim como construção de bicicletários e realização de pesquisa de mercado para conhecer o
impacto das ações de curto prazo e outras medidas administrativas.
FIGURA 113
CICLOVIA COM PAVIMENTO EM MAU ESTADO, NA VIA COSTEIRA
Quanto aos acidentes envolvendo bicicleta, um resultado positivo foi obtido em 1998,
com 184 acidentes, comparado ao ano de 1997, quando ocorreram 258, o que ocasionou uma
redução de 28,7%. Esse dado é mais significativo ao se observar que, no cômputo geral, os
acidentes aumentaram, entre 1997 e 1998, em 9,65%, como reflexo do natural aumento da frota
automobilística e da maior circulação de veículos nas vias de Natal.
4.8.2 Mossoró
TABELA 73
DADOS GERAIS DE MOSSORÓ
Área 2.108,90km²
População 205.822 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
158
Localizado na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Norte, às margens do Rio
Apodi, o Município de Mossoró tem a segunda maior população do estado, constituindo
importante pólo industrial da região. A topografia da sua área urbana é sensivelmente plana e as
chuvas são poucas ao longo de todo o ano, razões que tornam a bicicleta um atraente veículo de
transporte para seus moradores.
FIGURA 114
CICLISTAS SOBRE A PONTE DA AV. PRESIDENTE DUTRA
TABELA 74
DADOS GERAIS DE JOÃO PESSOA
Área 210,80km²
População 549.363 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: menos de 2km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: ciclovias no Bessa, na Av. Flávio
R. Coutinho e na Av. Argemiro de Figueiredo.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
159
A capital do Estado da Paraíba está situada na margem esquerda da foz do Rio
Sanhauá, afluente do Rio Paraíba. Foi edificada sobre suaves colinas e apresenta três planos: na
parte baixa está o Porto de Cabedelo, o comércio atacadista, a estação ferroviária, os bancos e
uma área industrial. Um pouco acima, encontra-se o centro urbano, em torno de movimentada
praça, conhecida como Ponto de Cem Réis e onde se situa o comércio varejista. Na parte mais
alta fica a área residencial.
FIGURA 115
CICLOVIA NA AV. TANCREDO NEVES
FIGURA 116
CICLISTAS NO BORDO DA AV. JOSEFA TAVEIRA, BAIRRO MANGABEIRA
160
4.9.2 Campina Grande
TABELA 75
DADOS GERAIS DE CAMPINA GRANDE
Área 644,10km²
População 340.316 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: possui menos de 5km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: ciclofaixa na Av. Almeida Barreto.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
161
– campanha educativa junto aos ciclistas, visando conscientizá-los a respeitar as leis
de trânsito;
– melhoria na identificação dos ciclistas;
– realização de mais passeios ciclísticos;
– construção de ciclofaixas em vias com baixa interferência no tráfego automotor;
– construção de bicicletários no centro da cidade e em pólos geradores de tráfego de
ciclistas;
– campanha de divulgação de respeito aos ciclistas.
162
4.10 ESTADO DE PERNAMBUCO
4.10.1 Recife
TABELA 76
DADOS GERAIS DE RECIFE
Área 218,70km²
População 1.346.045 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: menos de 5km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: projeto para 23,7km de ciclovias.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 117
CICLOVIA NA ÁREA DO PROJETO CURA, EM BOA VIAGEM
163
– Rua 21 de Abril, ao longo de todo o dia, devido à importância do bairro Afogados
como centro de comércio e serviços secundários num extremo e à presença da
Ceasa no outro;
– Av. Recife, nos horários das 5h e das 17h, em função do fluxo de trabalhadores que
se deslocam nas fábricas localizadas no Bairro do Curado;
– Av. Beira Mar, devido a sua natureza de área de lazer do Recife e de toda a Região
Metropolitana, além de ser uma via de ligação com escola e comércio para os
residentes no Bairro de Brasília Teimosa, situado na extremidade de Boa Viagem;
– Av. Norte, no horário da manhã, com a presença de moradores dos morros, que
descem com suas bicicletas em direção ao centro secundário de Encruzilhada;
– Av. Caxangá, em todos os horários do dia, por se operar essa via como entrada e
saída da cidade, além de ter um comércio lindeiro intenso.
FIGURA 118
CICLOVIA NA 1ª PERIMETRAL
FIGURA 119
PRAIA DE BOA VIAGEM, EM PROPOSTA DE CICLOFAIXA
164
Atualmente, Recife tem menos de 5km de ciclovias, mas os técnicos da empresa de
urbanização afirmam que esse quadro deverá mudar brevemente. Tais afirmações estão
baseadas nos seguintes argumentos e projetos em andamento:
FIGURA 120
CICLOFAIXA NA PE-15, PRÓXIMO DE OLINDA
4.10.2 Caruaru
TABELA 77
DADOS GERAIS DE CARUARU
Área 932km²
População 231.989 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
165
• Uso da Bicicleta e Infra-estrutura Destinada à sua Circulação
FIGURA 121
CICLISTA NO CRUZAMENTO DA AV. RIO BRANCO/RUA TIRADENTES
4.11.1 Maceió
TABELA 78
DADOS GERAIS DE MACEIÓ
Área 512,80km²
População 723.230 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: mais de15km de ciclovias e ciclofaixas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: ciclovias no projeto de
melhoramento da "Via Expressa" e no Corredor Exclusivo de Ônibus na Av.
Fernandes Lima.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O Município de Maceió está situado à beira mar, entre o estuário da vazão da Lagoa
do Mundaú e as praias que se sucedem ao norte da foz. Mais de 60% do seu território está
localizado em região plana, banhado pela brisa marinha constante, permitindo boas condições à
prática do ciclismo. Sua condição de exportadora de produtos derivados da salgema para o resto
do país, assim como de cana de açúcar, fazem de seu porto importante espaço de trabalho e de
166
aglutinação de cargas e trabalhadores, razão pela qual é forte a presença de ciclistas em toda a
área do mesmo.
Segundo autoridades locais o uso da bicicleta em Maceió é discreto. Ele ocorre pelo
motivo trabalho, no seu porto, em determinados horários do dia, como lazer, em toda a orla
marítima e lagunar, ao longo do dia; por todos os motivos, nos bairros populares localizados na
periferia do seu centro urbano, em todos os horários. Cita-se, ainda, como tendo algum significado
o Distrito Industrial da cidade e a construção civil nos bairros da orla marítima.
FIGURA 122
CICLOVIA LESTE–OESTE
Acredita-se que o uso da bicicleta é hoje muito inferior ao verificado tempos atrás. Em
1977, o GEIPOT, dentro do Estudo de Transportes Urbanos de Maceió, elaborou amplo estudo
que ficou conhecido como Estudos Especiais – Bicicletas. Nele, aproveitando-se de dados obtidos
de pesquisa domiciliar, foram apresentados diversos projetos para a construção de infra-estrutura
em favor da bicicleta para Maceió. Esse plano veio a se constituir a primeira proposta de rede
cicloviária elaborada no Brasil.
FIGURA 123
CICLISTA TRAFEGANDO NA ESTRADA CACHOEIRA DO MIRIM
167
168
Os técnicos do GEIPOT, na época, tomaram a decisão de elaborar a proposta a partir
de pesquisa que identificou, nas 34 Zonas de Tráfego nas quais o município foi dividido, o fato dos
moradores de 10 delas terem tido posição favorável à criação de facilidades para as bicicletas,
enquanto 13 ZTs demonstraram-se neutras e em 11 ZTs tiveram atitude desfavorável ao tema.
Embora houvesse maioria entre aqueles que não tinham simpatia pela bicicleta, esta rejeição foi
superior a 60% em apenas 6 das 34 Zonas de Tráfego. Esse dado demonstrava que a média de
45% de aceitação das propostas poderia ser aceitável para a tomada de uma posição favorável à
montagem de uma rede cicloviária, ao considerar o conjunto total da população da cidade.
FIGURA 124
CICLISTA NO CRUZAMENTO DA AV. GAL. HERMES/LESTE–OESTE
TABELA 79
CICLOVIAS EXISTENTES EM MACEIÓ
DIMENSÕES
TIPO DE CONSER-
LOCALIZAÇÃO LARGURA COMPRIMENTO CONDIÇÃO
PAVIMENTO VAÇÃO
(m) (km)
Orla Jatiúca/Ponta Verde 3,00 2,2 Camada de Asfalto Satisfatória Existente
Orla Pajuçara 3,00 1,52 Placa de Concreto Satisfatória Existente
Orla Avenida/Sobral 3,00 2,78 Camada de Asfalto Insatisfatória Existente
Orla Laguna Mundaú 3,00 8,68 Camada de Asfalto Insatisfatória Existente
Jaraguá 3,00 0,86 - - Projeto
Av. da Paz - - - - A resgatar
Fonte: Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
FIGURA 125
INÍCIO DA CICLOVIA SETE COQUEIROS, NA AV. BEIRA-MAR
169
4.12 ESTADO DO PIAUÍ
4.12.1 Teresina
TABELA 80
DADOS GERAIS DE TERESINA
Área 1.679,80km²
População 654.276 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: pouco mais de 15km de ciclovias e ciclofaixas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 126
PASSARELA DE CICLISTAS E PEDESTRES, NA PONTE JOÃO LUÍS FERREIRA
170
A infra-estrutura hoje implantada, ou seja, pouco mais de 15km de ciclovias, data da
década de 80 e os investimentos em favor da bicicleta foram praticamente paralisados. No
entanto, algumas curiosidades merecem ser destacadas: Teresina foi a primeira cidade a construir
uma transposição de curso d' água exclusivamente para ciclistas e, também, uma escada entre
duas vias localizadas em planos diferentes, com uma rampa lateral para o ciclista empurrar sua
bicicleta. Atualmente, a administração local está recuperando o pavimento da ciclovia localizada
na Av. João XXIII, através da colocação de blocos de concreto intertravado.
FIGURA 127
CICLOVIA NA SAÍDA DA PONTE JOÃO LUÍS FERREIRA
FIGURA 128
CICLOVIA NA AV. MARANHÃO, ÀS MARGENS DO RIO PARNAÍBA
171
4.13 ESTADO DE MINAS GERAIS
Área 331,90km²
População 2.091.448 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: pouco mais de 3km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
O Município de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, tem seu relevo
extremamente acidentado, o que tem impedido a popularização do uso da bicicleta. Mesmo entre
as cidades vizinhas, devido a mesma característica de suas topografias, não existe tradição no
uso da bicicleta por seus moradores.
Terceiro pólo industrial do país, Belo Horizonte exerce, dentro de sua Região
Metropolitana, o papel de centro comercial e de serviços, com alta especialização administrativa.
Essa característica, aliada à condição de sua topografia, faz com que o uso da bicicleta seja muito
mais para lazer do que para veículo de transporte.
172
As autoridades da BHTRANS acreditam haver grande potencial para o uso da bicicleta
como veículo complementar no sistema de transporte, integrando-a ao transporte coletivo. Isso,
"desde que sejam resolvidos os problemas provocados por conflitos ciclista x pedestres x
motoristas".
Para tentar melhorar o comportamento dos diferentes usuários das vias públicas, a
BHTRANS elaborou e distribuiu, em 1998 e 1999, inúmeros exemplares de cartilhas sobre o
comportamento dos diferentes atores da via (motoristas de automóveis, motoristas de ônibus,
motociclistas, pedestres e ciclistas). Para os ciclistas, a cartilha ressalta alguns aspectos
imprescindíveis à condução de suas bicicletas, tais como: uso do capacete; prioridade de
passagem aos veículos de maior porte; conselhos sobre não circular na contra-mão de direção, ou
quanto á "pegar carona" na traseira de caminhões, dentre outros.
4.13.2 Betim
TABELA 82
DADOS GERAIS DE BETIM
Área 346,80km²
População 249.451 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: pouco menos de 10km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: 23km de ciclovias com recursos
próprios.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Betim é conhecida nacionalmente por abrigar uma unidade fabril da FIAT no Brasil.
Esse fato justifica a forte presença de indústrias no município, em particular fábricas de
fornecedores de peças e implementos para a grande montadora de automóveis.
FIGURA 129
SINALIZAÇÃO VERTICAL INDICATIVA DE CRUZAMENTO COM CICLOVIA
FIGURA 130
PAVIMENTO E SINALIZAÇÃO DE CICLOVIA NO CANTEIRO CENTRAL DE RODOVIA
FIGURA 131
CICLOFAIXA NO BORDO DA PISTA, NA ÁREA CENTRAL
TABELA 83
DADOS GERAIS DE GOVERNADOR VALADARES
Área 2.355,40km²
População 231.242 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: mais de 30km de ciclovias.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
175
• Características Gerais
FIGURA 132
CICLOFAIXA EM VIA COM COMÉRCIO INTENSO
TABELA 84
FLUXO DE VEÍCULOS EM ALGUNS TRECHOS DE
GOVERNADOR VALADARES
176
Rua Marechal Floriano
6.873 829 589 2.964
Barão do Rio Branco/Av. Minas Gerais
Av. Minas Gerais/Peçanha 8.241 1.160 516 4.340
Rua Peçanha/Belo Horizonte 7.932 975 946 4.302
Fonte: MT-GEIPOT, Seplan-MG, DER-MG, PMG-Valadares – 1982.
FIGURA 133
CRUZAMENTO NO INÍCIO DE CICLOVIA
FIGURA 134
CICLISTAS CIRCULANDO EM VIAS DO CENTRO URBANO
177
FIGURA 135
BICICLETAS SOBRE A CALÇADA, ENCOSTADAS EM POSTES E ÁRVORES
4.13.4 Ipatinga
TABELA 85
DADOS GERAIS DE IPATINGA
Área 166km²
População 195.793 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: 28,55km de ciclovias e 3,25km de ciclofaixas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Nas duas rodovias da cidade, que operam como eixos estruturantes dos fluxos de
veículos em direção à Usiminas e em suas proximidades, os conflitos são maiores nas interseções
e alças de acesso às vias arteriais que se dirigem ao centro urbano de Ipatinga. Na Av. Selin de
Salles, os conflitos existem em toda a sua extensão, uma vez que ela está localizada no centro de
5 dos 6 bairros geradores de tráfego de bicicletas da cidade, de acordo com referência realizada
em mapa pelo Diretor de Transporte e Trânsito do município.
FIGURA 136
178
CICLOVIA PRÓXIMA AO PORTÃO DE ACESSO DA USIMINAS
TABELA 86
ACIDENTES ENVOLVENDO CICLISTAS EM IPATINGA
FIGURA 137
179
CICLOFAIXA PRÓXIMA A CANTEIRO CENTRAL, EM ÁREA VIZINHA
AO CENTRO URBANO
TABELA 87
DADOS GERAIS DE JUIZ DE FORA
AÁrea A 1.434,69 Km
População 424.479 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projetos e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
180
A cidade de Juiz de Fora é um importante pólo econômico, com uma massa
significativa de trabalhadores. Apesar desse fator, a bicicleta não tem uma participação
significativa como meio de transporte, sendo seu uso relativamente baixo, voltado mais ao lazer.
Em verdade, para que o modal bicicleta possa ganhar relevância na cidade de Juiz de
Fora, seria necessário induzir seu uso através de campanhas educativas e com a criação de infra-
estrutura para o ciclista.
FIGURA 138
AV. PRESIDENTE COSTA E SILVA – BAIRRO SÃO PEDRO – CICLISTAS COMPARTILHANDO VIA
FIGURA 139
AV. RIO BRANCO – CENTRO – CICLISTAS COMPARTILHANDO VIA
E DESRESPEITANDO O SEMÁFORO
181
As autoridades da SMT, entretanto, afirmaram que não existe nenhum estudo ou
projeto efetivo visando ao incremento do uso do transporte cicloviário na cidade, sendo também
muito baixo o grau de interesse do órgão em relação a esse modal, posição expressa numa
resposta ao questionário aplicado: “em princípio, a SMT nunca trabalhou e não está interessada
em trabalhar com o transporte cicloviário”.
TABELA 88
DADOS GERAIS DE MONTES CLAROS
Área 3.594,10km²
População 271.608 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: Menos de 5km de ciclovias. São duas ciclovias: na
Av. João XXIII e na Av. Deputado Plínio Ribeiro.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Situado no norte de Minas Gerais, Montes Claros tem grande extensão territorial,
predominando, em sua economia, a produção agrícola, com destaque para a criação de gado. O
município possui topografia plana, tanto na maioria dos seus bairros como no centro, onde se
concentram comércio e serviços que atendem a todos os distritos do seu grande território.
182
• Uso da Bicicleta e Infra-estrutura Destinada à sua Circulação
FIGURA 140
CICLOVIA EM BAIRRO DA PERIFERIA DA CIDADE
Por fim, destaca-se que em Montes Claros a bicicleta é utilizada essencialmente para
deslocamentos casa–trabalho, casa–comércio (em direção à área central) e para as escolas. Esta
popularidade da bicicleta, entretanto, é muito maior junto aos estudantes do 2º grau, pois se
observa que o segundo pólo gerador citado, logo em seguida ao Distrito Industrial, foi a Escola
Técnica.
183
FIGURA 142
CICLISTAS COMPARTILHANDO O TRÁFEGO DE AUTOMÓVEIS
FIGURA 143
CICLISTAS TRAFEGANDO NA CONTRA-MÃO, EM VIA DA ÁREA SUBURBANA
184
TABELA 89
DADOS GERAIS DE PATOS DE MINAS
Área 3.198,90km²
População 112.712 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: mais de 20km de ciclovias e ciclofaixas. São 2
ciclovias: na Av. JK e Rua José de Santana. São várias as ciclofaixas, nas ruas:
Major Gote, Olegário Maciel, General Osório, Agenor Maciel, Padre Caldeira,
Gabriel Pereira, Av. Getúlio Vargas e Av. Paranaíba.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
Para melhor entender a intensidade desse uso, foram apresentados, pelo diretor da
Divisão de Trânsito e Transporte, alguns resultados estatísticos de pesquisa realizada em junho
de 1999, mostrada na Tabela 90.
TABELA 90
CRUZAMENTO DA RUA GENERAL OSÓRIO X RUA MAJOR GOTE, MOVIMENTOS À FRENTE E
CONVERSÃO À ESQUERDA
8/6/99
185
Dos dados constantes na Tabela 90, ressalta-se que há uma concentração de viagens de
bicicletas próximo ao horário do almoço e também no final da tarde, quando encerram os horários
de bancos e do segundo turno de trabalho do dia.
FIGURA 144
CICLISTAS PRÓXIMOS A CRUZAMENTO, NO BORDO ESQUERDO DA VIA
TABELA 91
ESTATÍSTICAS E VOLUMES DE TRÁFEGO EM PATOS DE MINAS
1997
AUTOMÓ- % BICICLETAS/
NÚMERO DE
MÊS VEL DE ÔNIBUS CAMINHÃO MOTO BICICLETA OUTROS TODOS
ACIDENTES
PASSEIO VEÍCULOS
Janeiro 92 113 4 9 28 19 1 20,65
Fevereiro 94 111 3 16 33 16 4 17,02
Março 103 125 4 18 19 15 2 14,56
Abril 119 125 6 19 27 28 5 23,53
Maio 150 176 9 24 34 26 2 17,33
Junho 98 102 2 19 24 20 2 20,41
Julho 106 92 3 24 30 20 2 18,87
Agosto 99 114 1 14 20 16 3 16,16
Setembro 93 98 7 26 20 15 0 16,13
Outubro 118 144 5 21 29 22 8 18,64
Novembro 142 166 9 23 30 26 22 18,31
Dezembro 145 185 2 27 32 21 20 14,48
Total 1.359 1.551 55 240 326 244 71 17,99
Fonte: Pesquisa de Contagem de Tráfego – Divisão de Transporte e Trânsito de Patos de Minas.
186
Uma segunda tabela, para o ano de 1998, permite fazer novas constatações.
TABELA 92
ESTATÍSTICAS E VOLUME DE TRÁFEGO EM PATOS DE MINAS
1998
AUTOMÓ- % BICICLETAS/
NÚMERO DE
MÊS VEL DE ÔNIBUS CAMINHÃO MOTO BICICLETA OUTROS TODOS
ACIDENTES
PASSEIO VEÍCULOS
Janeiro 89 95 2 13 13 16 1 17,98
Fevereiro 59 85 0 14 15 8 0 13,56
Março 77 94 0 16 16 15 2 19,48
Abril 84 110 0 13 19 15 0 17,86
Maio 69 93 2 14 12 11 0 15,94
Junho 109 135 3 19 23 14 2 12,84
Julho 82 86 2 17 16 23 1 28,05
Agosto 116 145 3 17 29 23 0 19,83
Setembro 100 122 0 19 27 0 0 0
Outubro 87 125 2 2 21 15 0 17,24
Novembro 58 77 5 9 6 8 1 13,79
Dezembro 95 128 0 12 17 21 0 22,11
Total 1.025 1.295 19 165 214 169 7 16,49
Fonte: Pesquisa de Contagem de Tráfego – Divisão de Transporte e Trânsito de Patos de Minas.
FIGURA 145
CICLISTA NA APROXIMAÇÃO DE CRUZAMENTO SINALIZADO
187
O mesmo documento revelou também que o desestímulo ao uso da bicicleta podia ser
atribuído às seguintes razões:
FIGURA 146
CICLOFAIXA NO BORDO ESQUERDO DA VIA E ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS
FIGURA 147
CICLOFAIXA EM VIA MARGINAL À LAGOA
188
4.13.8 Teófilo Otoni
TABELA 93
DADOS GERAIS DE TEÓFILO OTONI
Área 3.253,40km²
População 127.499 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: nenhuma.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: sem registro.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
FIGURA 148
CICLISTAS E VEÍCULOS MOTORIZADOS EM TRAVESSIA DE CRUZAMENTO
189
Entretanto, nem sempre foi essa a situação vivida por Teófilo Otoni. Essa realidade
começou a mudar a partir de 1998, quando houve uma ação coercitiva intensa do policiamento
sobre os ciclistas. Nas primeiras operações de campo da polícia de trânsito, foram apreendidas
cerca de 360 bicicletas por dia, em média. Eram retidas bicicletas quando os ciclistas trafegavam
na contra-mão; não respeitavam a sinalização semafórica e ultrapassavam o sinal vermelho nos
cruzamentos; quando andavam sobre as calçadas de pedestres; e quando estacionavam as
bicicletas em locais proibidos. As sanções utilizadas pela fiscalização municipal e pelo
policiamento de trânsito foram as seguintes:
FIGURA 149
CICLISTAS ENTRE ESTACIONAMENTO E PISTA DE ROLAMENTO
Com esses procedimentos nada comuns, a prefeitura logrou sucesso em seu intento
de disciplinar o comportamento dos ciclistas na via pública. Não obstante isso, entre janeiro e
outubro de 1999 ocorreram 206 acidentes na cidade. Esse número pode ser considerado elevado,
observando-se o novo comportamento dos ciclistas quanto ao respeito às leis de trânsito.
Exatamente em função desses dados é que a municipalidade pretende viabilizar parcerias para
construir ciclovias e realizar campanhas de trânsito.
190
4.14 ESTADO DO PARÁ
4.14.1 Belém
TABELA 94
DADOS GERAIS DE BELÉM
Área 1.070,10km²
População 1.144.312 hab.*
Infra-estrutura Infra-estrutura existente: pouco mais de 30km de ciclovias e ciclofaixas.
Infra-estrutura em projeto e em implantação: continuidade na elaboração de
projetos para a rede cicloviária da cidade.
* IBGE – 1996.
• Características Gerais
191
– 38% alegaram que usavam bicicleta por motivo de economia, 37% por
conveniência própria, 16%, devido a flexibilidade de horário e 9%, devido à
proximidade da residência ao local de trabalho.
Além desse projeto, Belém tem 26km de ciclofaixa na Av. Augusto Montenegro,
ciclovias em Icoaraci e ciclovias e ciclofaixas na Av. 1º de Dezembro. No total, Belém tem hoje
pouco mais de 30km de infra-estrutura para a circulação da bicicleta, sendo uma das referências
nacionais para esse tipo de transporte.
192
CAPÍTULO 5
CONCLUSÕES
193
desse veículo pesquisados na cidade de Fortaleza, em 1999, e as mais de 45 milhões de
bicicletas existentes no país, demonstram que há todo um campo de trabalho a ser
desenvolvido no âmbito municipal.
5.2.3 Tratamento e Análise dos Dados sobre Acidentes com Ciclistas na Via
Pública
Essa é uma atividade que necessita ser melhorada com urgência, pois,
percentualmente, o total de acidentes envolvendo ciclistas, em várias capitais de estados
brasileiros, vem aumentando nos últimos anos.
195
5.2.6 Busca de Soluções mais Baratas no Provimento de Infra-estrutura
Favorável ao Uso da Bicicleta nos Espaços Públicos Urbanos e Rurais
Contudo, novas soluções devem ser buscadas pelos técnicos das prefeituras para
baratear custos e aumentar o volume e a abrangência das medidas nos municípios. É
importante, por exemplo, construir redes cicloviárias com segurança máxima nas interseções,
cruzamentos e passagens de nível, o que pode ser obtido mediante a utilização de todos os
recursos técnicos disponíveis, como: ciclovias, ciclofaixas, caminhos partilhados, caminhos
com restrição de uso.
196
percentual de participação dos ciclistas nos acidentes de trânsito, é justa a aplicação de
recursos em investimentos voltados ao aumento da segurança na circulação de bicicletas.
197
5.3 ORGANIZAÇÃO DAS MEDIDAS POR PRAZO DE REALIZAÇÃO
Deve-se considerar, ainda, as ações de iniciativa do poder público em favor das
bicicletas, a serem realizadas de acordo com os prazos necessários à sua implementação.
Para os municípios
Para os municípios
Para os estados
Para os municípios
200
ANEXO I
RELAÇÃO DE ENTIDADES CONTACTADAS
RIO DE JANEIRO
201
SÃO PAULO
Prefeitura:
Rua Mário 358-2000
202
Praça Rio
Branco,
s/nº - Centro
José Valter Figueiredo
Diretor CEP: 14010- 623-8014;
Fax: 610-0261
906
Deptº: Rua José Andreolli
165 - Jardim Califórnia
CEP: 14026-130
Enéas Rente Ferreira Avenida Doze, 269 (19) 526-7250 / 534-
Secretaria Municipal de
Diretor de Trânsito e CEP: 13500-250 1051, 534-9444
Segurança e Defesa Civil
Transportes [email protected]
Rio Claro
Avenida Visconde de [email protected]
Secretaria Municipal de
Raquel Boro Brescansin Rio Claro, 290 534-9709
Turismo
Secretaria CEP: 11500-580 526-7114
João Paulo Tavares Papa Avenida Rangel Pestana,100
Companhia de Vila Mathias CEP: 11013-932 (13) 233-9565 / 233-9559
Diretor Presidente
Santos Engenharia de Tráfego Prefeitura: Praça Visconde Fax: 234-1492/1052
de Santos Mauá s/nº Centro [email protected]
Márcio Lara CEP: 11010-000
203
PARANÁ
Rolândia
Dorival Campaner Secretaria do Rua Pres. Bernardes, (43) 255-2399
Secretário Planejamento 809 - CEP: 86600-000 Fax: 256-1358
Rua José Emiliano de
(44) 264-2777
Izabela Lesso Casa Gusmão, 565
Sarandi Prefeitura prefeitura.sarandi@wnet.
Grande Cx Postal 71
com.br
CEP: 86985-000
204
SANTA CATARINA
MINAS GERAIS
ALAGOAS
CEARÁ
PARAÍBA
206
PIAUÍ
PARÁ
207
ANEXO II
LISTA DE MATERIAL COLETADO NAS CIDADES
RIO DE JANEIRO
• Esquema das Linhas da Flumitrens
• Planta de Situação e Localização de Bicicletário na Estação Bangu – CBTU
• Planta Baixa, Cortes e Fachadas – Projeto Tipo Bicicletário – CBTU
• Planta de Cobertura e Detalhes – Projeto Tipo Bicicletário – CBTU
BARRA MANSA
• Folheto “Uma Lição de Cidadania”
• Planta Geral da Cidade
• Projeto Educação no Trânsito – Prefeitura Municipal de Barra Mansa
• Revista Perfil de Barra Mansa – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
CABO FRIO
• Mapa da Cidade – Prefeitura Municipal
• Planta – Construção da Ciclovia na Avenida Joaquim Nogueira – Prefeitura Municipal
NITERÓI
• Dicas e Comentários sobre o Código de Trânsito Brasileiro – Prefeitura de Niterói
NOVA IGUAÇU
• Mapa da Cidade – Prefeitura Municipal
• Mapa – Sinalização Semafórica – Secretaria Municipal de Obras e Serviço Público – Prefeitura
VOLTA REDONDA
• Plano Diretor Cicloviário de Volta Redonda – IPPU – Prefeitura Municipal
208
• Portaria Municipal Nº 394/93 – Relatório Final – Projeto Ciclista – SVMA – Prefeitura
ARAÇATUBA
• Mapa da Cidade – 1994 – Seplan
CUBATÃO
• Decreto nº 6.599, de 26 de Agosto de 1992 – Prefeitura Municipal
• Manual do Ciclista – Prefeitura Municipal
• Plano Diretor da Cidade – 1997 – Prefeitura Municipal
INDAIATUBA
• Guia Educativo Indaiatuba – Orientando e Educando – Prefeitura Municipal
• Planta da Cidade – Seplan
• Projeto Parcelamento do Solo – Planta de Situação
ITANHAÉM
• Guia Educação para o Trânsito – Prefeitura Municipal
• Levantamento Planimétrico Cadastral-1999 – Prefeitura Municipal
• Planta Geral do Município – Prefeitura Municipal
GUARUJÁ
• Anteprojeto – Concepção de Fluxo de Usuários e Sinalização Horizontal – Dersa
• Anteprojeto – Elevação e Cortes do Terminal de Passageiros – Dersa
• Anteprojeto – Implantação Semafórica – Dersa
• Anteprojeto – Planta Baixa e Elevação do Terminal de Passageiros – Dersa
LORENA
• Diagnóstico de Potenciais Econômicos do Município – Sebrae/SP
• Planta da Cidade – Secretaria de Arquitetura, Urbanismo e Meio-Ambiente
PERUÍBE
• Mapa da Cidade – Prefeitura Municipal
• Proposta do Plano Diretor
PRAIA GRANDE
• Mapa do Município – Prefeitura de Estância Balneária de Praia Grande
RIBEIRÃO PRETO
• Estatísticas – Acidentes 1991 – Ribeirão Preto
• Projeto de Lei do Plano Viário de Ribeirão Preto – Seplan
• Relatório do Programa Cicloviário – Prefeitura Municipal
RIO CLARO
• Decreto nº 5787 – Prefeitura Municipal
• Documento “Características da Cidade e Uso da Bicicleta”
• Guia Turístico de Rio Claro-SP – Prefeitura Municipal
• Mapa da Cidade – Prefeitura Municipal
• Planta geral da Av. Brasil – Prefeitura Municipal
• Proposta – Rio Claro Investindo no Transporte do Futuro – 1997
• Relatório das placas de sinalização da ciclovia – Prefeitura Municipal
209
SANTOS
• Boletim informativo do vereador José Antônio Marques
• Relatório trimestral de acidentes – 2º trimestre 1999 – PM/CET–Prefeitura Municipal
210
ESTADO DO PARANÁ
CURITIBA
• Lay-out Placas Padrão Ciclovia – IPPUC – Prefeitura Municipal
• Mapa da Rede de Ciclovias de Curitiba – Prefeitura Municipal – IPPUC
• Mapa Digital de Arruamento – Rede de Ciclovias – IPPUC
• Mapa Padrão Calçada/Ciclovia – IPPUC – Prefeitura Municipal
• Plano de Recuperação da Rede de Ciclovias
• Relatório – Ciclovias de Curitiba – IPPUC
ARAPONGAS
• Mapa da Cidade – Ciclovia – Programa Pró-Infra – Min. Planejamento
ARAUCÁRIA
• Mapa do Perímetro Urbano de Araucária – Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação
CASCAVEL
• Histórico do SIATE – Prefeitura Municipal/Governo do Estado
• Mapa de Abertura da Rua e Ciclovia no Canteiro Central – SPDU – Prefeitura Municipal
• Mapa da Ciclovia da Av. Brasil São Cristóvão/Cataratas – SPDU – Prefeitura Municipal
• Mapa da Ciclovia da Av. Tancredo Neves – SPDU – Prefeitura Municipal
• Mapa da Cidade com Ciclovias
• Mapa de Paisagismo da Região do Lago – SPDU – Prefeitura Municipal
• Planta de Implantação da Ciclovia da Av. Corbélia – Secretaria de Planejamento
MARINGÁ
• Mapa da Cidade
• Mapas da Ciclovia da Av. Pedro Taques – SETRAN – Prefeitura Municipal
ROLÂNDIA
• Mapa da Cidade -1990
• Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Rolândia/PR
• Projeto de Seções Transversais da Ciclovia lateral à Linha Férrea – Prefeitura Municipal
• Projeto de Ciclovia lateral à Linha Férrea – Prefeitura Municipal
SARANDI
• Mapa do Município – Prefeitura Municipal
PORTO ALEGRE
• Mapas de Ciclovias em Regiões da Cidade
CAMPO BOM
• Planta Baixa da Ciclovia – Av. dos Municípios – Prefeitura Municipal
• Planta do Plano Diretor da Cidade
NOVO HAMBURGO
• Mapa do Sistema Viário Principal
SÃO LEOPOLDO
211
• Manual de Orientação de Trânsito – Governo Municipal
• Mapa de Ciclovia da Av. Mauá – São Leopoldo
TERRA DE AREIA
• Mapa do Perímetro Urbano da Cidade – Prefeitura Municipal
• Mapa do Sistema Viário Urbano – Secretaria Municipal de Obras e de Trânsito – Prefeitura
FLORIANÓPOLIS
• Mapa do Plano do Santinho – Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo – IPUF
• Mapa do Plano Planície Entremares
• Parque Urbano Beira-mar Norte – IPUF
• Projeto Cidade, Energia e Meio Ambiente – IPUF/IDAE/AECI
• Projeto Rede Cicloviária de Florianópolis – IPUF
• Projeto Viaduto do CIC e Alargamento da Av. da Saudade
BLUMENAU
• Estudo Preliminar da Ciclovia na Alameda Rio Branco – Prefeitura Municipal – IPPUB
• Estudo Preliminar da Ciclovia na Av. Beira Rio – Prefeitura Municipal – IPPUB
• Projeto do Sistema Cicloviário de 1990 – Prefeitura Municipal
• Projeto do Sistema Cicloviário de 1991 – Prefeitura Municipal
• Projeto do Sistema Cicloviário – Localização, Secção e Apresentação – IPPUB
• Proposta de Ciclovia à margem do Rio Itajaí – Prefeitura Municipal – IPPUB
• Sistema Cicloviário – 1ª Etapa – IPPUB
BRUSQUE
• Mapa do Município – Fluxo de Bicicletas – Secretaria de Educação, Cultura e Esporte
• Mapa do Município – Sistema Viário e Cicloviário – Secretaria de Obras
CRICIÚMA
• Planta da Cidade – Pólos Geradores de Tráfego – Prefeitura Municipal
ITAJAÍ
• Planta Geral da Área Urbana – Prefeitura Municipal
JOINVILLE
• Planta da Cidade – 1984
• Plano Cicloviário de Joinville – IPPUJ
TUBARÃO
• Levantamento Aerofotogramétrico da Cidade – Prefeitura Municipal
BELO HORIZONTE
• Mapa do Sistema Viário para Projeto em 1996 – BHTRANS
BETIM
• Estatísticas dos acidentes com bicicletas – 1998 – Transbetim
212
• Plano Diretor de Betim – Mapa – Anexo I – Prefeitura Municipal
• Plano Diretor de Betim – Sumário – Prefeitura Municipal
• Planta Semi-Cadastral de Betim – Prefeitura Municipal
213
GOVERNADOR VALADARES
• Mapa da Cidade
• Tratamento da Área Central – ETURB – CPM/MG/Prefeitura Municipal
IPATINGA
• Dados estatísticos de acidentes envolvendo ciclistas – 1999 – Seção de Trânsito
• Lay-out do município de Ipatinga
JUIZ DE FORA
• Guia Educativo – Programa Educacional de Trânsito (PET)
• Mapa da cidade de Juiz de Fora
• Viabilidade de Implantação de Ciclovias no Município – Relatório da Macroplan
MONTES CLAROS
• Mapa da Cidade – Seplan
PATOS DE MINAS
• Diagnóstico e Diretrizes para o Plano Diretor do Município – Prefeitura Municipal
• Planta de Cidade – Prefeitura Municipal
TEÓFILO OTONI
• Mapas da Cidade – Prefeitura Municipal
ESTADO DO CEARÁ
FORTALEZA
• Mapa – Área de Concentração de Ciclistas – ETTUSA – Prefeitura Municipal
• Relatório Final – Pesquisas de Contagem Volumétrica e Entrevistas de Bicicletas – Prefeitura
Municipal
MARACANAÚ
• Planta da cidade de Maracanaú
NATAL
• Plano Cicloviário Municipal de Natal
• Projeto de Geometria Viária e Duplicação da Avenida do Jiqui
ESTADO DE PERNAMBUCO
RECIFE
• Mapa da Malha Cicloviária Macro para a Cidade do Recife
ESTADO DO PIAUÍ
TERESINA
• Mapa da Cidade
• Mapa da Ciclovia na Av. Duque de Caxias – PDTU – Teresina
• Mapa da Ciclovia na Av. Centenário – PDTU – Teresina
214
• Mapa de Macrozonas de Tráfego – PDTU – Teresina
• Matriz de Viagens por Macrozonas – PDTU – Teresina
215
ANEXO III
CATALOGAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
ARAGON. Governo de. Pedalea por tu ciudad: guia de ciclismo urbano. Zaragoza: Servicio de
medio ambiente del ayuntamiento, 1996. 20p.: il.
ARY, José Carlos Aziz. Estudos de transporte cicloviário; instruções para o planejamento. Brasília,
GEIPOT, 1984. 54p. il.
BASTOS, Maria Luiza de Lavenère. Estudos de transporte cicloviário; trechos lineares. Brasília,
GEIPOT, 1984. 53p. il.
BIKE-AID 1997: Pedaling for the planet. San Francisco: [S.nº, 1996]. 60p.: il.
BRASIL. Imprensa Nacional. Lei nº. 9.503, de 23.9.97: institui o código de trânsito brasileiro.
Brasília: Imprensa Nacional, 1997. 166p.
Car free cities network cooperation between cities towards sustanable mobility. Bruxelas: Car free
cities, 1997. 6p.: il.
CLARKE, Andy. Bicycle – Friendly Cities: key ingredients for success. Bicycle Federation of
America. Washington, 1992.
FEDERACIÓ CATALANA DE CICLISME. Open verd muntain bike. Barcelona: FCC, 1997. 6p.: il.
FERREIRA, Antonio Olinto. No guidão da liberdade: a incrível história do brasileiro que eu a volta
ao mundo em uma bicicleta. São Paulo: Sundown, [1998]. 273p.: il.
THE GOOD ENVIROMENT GUIDE; or what you can do. Staffordshire: Staffordshire Enviroment
Forum, 1997, 69p.: il.
GRAZ TOURISMUS. a short tale of graz. [Austria]: Osterreich, [1997]. 16p. il.
GRINBERG, Elisabeth (org.). O futuro das cidades. São Paulo: Pólis, 1994. 92p. (publicações
pólis, 16)
HERRSTEDT, Lene et. al. Safety of cyclists in urban areas: report 10 – 1994. [S.I.]: [S.nº], 1994.
119f.
INTERNATIONAL BICYCLE PLANNING CONFERENCE (11.: Austria, Graz: 1999). Velocity '99:
proceedings. Austria: [S.n], 1999. 670p.: il.
MIRANDA. Antonio Carlos et BECK. Roberta Vieira. Al. Mudança de postura na análise dos dados
de acidentes com bicicletas na via pública. [S.I.: s. nº, 1998]. 7f.
MIRANDA, Antonio C. M. et BRANDÃO, Rui Franco. TRANCOL – Ciclovia da BL-1; Belém, Pará,
GEIPOT, 1979/1980.
PROVELO. La velo brabanconne grans rallye à vélo dans le brabant wallon. [Dimanche]: Provelo,
[1998]. 2p.: il.
REGIO RODAM. Stadsfiets te leen in Rotterdam. Rotterdam: Regio Rodam, [199-]. 8p.: il.
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O ABC do ciclista. Rio de Janeiro:
Imprensa Cidade Rio, [1996], 62p.: il.
217
La ROUTE VERTE. Rerouting the future. Montreal: la Route verte, [1995].
SÃO PAULO. Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Agenda 21 local de São Paulo com
ciclovia: projeto ciclista. São Paulo: SVMA, 1997
Quadro geral de investimentos de implantação: projeto ciclista. São Paulo: SVMA, 1993. 6p.: il.
SCUOLA ITALIANA MONTAIN BIKE. Cicloturismo in Montain Bike. Italia: Geotur, [1996]. 7p. il:
TOURING CLUB ITALIANO. Ferrara by bicycle: from the guide "Emilia-Romagna in bicicleta" .
Itália: Federazione Italiana Amici della bicicletta, 1996. 16.: il.
VELO BOREALIS. Let's go for a ride: na international bycicle conference. Trondheim: DBS, 1998.
10p.: il.
VELO BOREALIS '98: conference proceedings. Trodheim: Statens Vegvesen, 1998. 147p.: il.
WRIGHT, Charles L. Fast wheels, slow traffic: urban transport choices. Filadelfia: Temple
University Press, 1992. 288p.
218