Plano Diretor

PLANO DIRETOR DO ARCO METROPOLITANO
IGUAU NOVA
O2 de Maio de 2007
RELATRIO FINAL
MAIO/2011
Governador
Srgio Cabral Filho
Vice-Governador e Secretrio de Estado Obras

Luiz Fernando de Souza Pezo
Secretrio de Estado de Desenvolvimento Economico, Energia, Industria e Servios

Julio Cesar Carmo Bueno
Secretrio de Estado do Ambiente

Carlos Minc
Secretrio de Estado de Planejamento e Gesto

Srgio Ruy Barbosa
Secretrio de Estado da Casa Civil

Regis Velasco Fichtner Pereira
Equipes Tcnicas
UGP - Unidade de Gerenciamento de Programas
Secretaria Executiva - Secretaria de Estado de Obras

Titular: Vicente de Paula Loureiro
Suplente: Paulo Csar Silva Costa
Ncleo de Desenvolvimento Urbano - Secretaria de Estado de Obras

Paulo Gustavo Pereira Bastos (Coordenador), Milton de Mello Bastos, Affonso Junqueira
Accorsi e Jos Semeo Metran Curado
Ncleo de Desenvolvimento Econmico - Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Econmico, Energia, Indstria e Servios
Srgio Jos Teixeira (Coordenador), Lucia Helena do Nascimento, Carol Bastos e Mnica
Vettori Lage Martins
Assessoria Internacional - Secretaria de Estado da Casa Civil

Viviane Vanni Leffingwell
Ncleo de Gesto - Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto

Paulo Nunes Teixeira Braga (Coordenador), Ctia Maria Cavalcanti Pereira, Roberto
Amarante Campos e Marcelo Dreicon
Ncleo do Ambiente - Secretaria de Estado do Ambiente

Elizabeth Cristina da Rocha Lima (Coordenadora) , Elosa Elena Torres e Joo Batista Dias
Consrcio Tecnosolo - Arcadis Tetraplan
Vera Cansano e Delson de Queiroz - Coordenao Geral

Ada Maria Pereira Andreazza - Coordenadora do Componente Avaliao Ambiental
Estratgica
Ricardo Pontual - Coordenador do Componente Desenvolvimento Urbano
Mauro Osrio da Silva - Coordenador do Componente Econmico e Social
NDICE
Pgina
1. APRESENTAO............................................................................................................. 1
2. OBJETO............................................................................................................................ 3
2.1. Consideraes Iniciais...................................................................................................... 3
2.2. rea de Abrangncia do Arco Metropolitano.................................................................... 5
2.3. Aspectos Gerais de Ocupao na rea de Abrangncia do Arco Metropolitano............. 9
2.4. Empreendimento Alicerce................................................................................................. 21
2.5. Empreendimentos ncora................................................................................................. 24
2.6. Empreendimentos Aderentes............................................................................................ 34
2.7 Agregao de Empreendimentos Estruturantes............................................................... 36
2.8. Empreendimentos Complementares................................................................................. 37
3. CENA ATUAL.................................................................................................................... 46
3.1. Aspectos Ambientais......................................................................................................... 46
3.2. Desenvolvimento Urbano............................................................................................... 147
3.3. Desenvolvimento Econmico e Social............................................................................ 240
3.4. Governana...................................................................................................................... 360
4. SIMULAO DE CENRIOS DA REGIO DE INFLUNCIA DO ARCO
METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO NO PERODO DE 2007 AT
2030.................................................................................................................................. 384
4.1 Fatores de Desenvolvimento Urbano da Regio de Influncia do Arco Metropolitano.. 388
5. REPERCUSSES E MUDANAS................................................................................ 437
5.1. Qualidade Ambiental..................................................................................... ................. 437
5.2. Desenvolvimento Urbano................................................................................................ 457
5.4. Governana...................................................................................................................... 559
6. SISTEMA DE INDICADORES E MODELO DE GESTO................................................ 560
6.1 Apresentao.................................................................................................................... 560
6.2 Modelo de Gesto............................................................................................................. 563
6.3 Viso Conceitual do Sistema de Indicadores Metropolitano............................................. 599
6.4 Construo do Sistema de Indicadores Metropolitanos................................................... 619
6.5 Mdulo de Administrao................................................................................................ 637
6.6 Mdulo de Consulta......................................................................................................... 645
6.7 Estrutura Analtica de Dados (EAD) ................................................................................ 652
6.8 Bibliografia Consultada..................................................................................................... 660
Apndice A: DDL do Sistema de Indicadores................................................................... 662
7. DIRETRIZES ESTRATGICAS................................................................................... 676
7.1. Qualidade Ambiental....................................................................................................... 676
7.2. Desenvolvimento Urbano................................................................................................ 688
7.4. Governana...................................................................................................................... 742
1. APRESENTAO
A construo do Arco Metropolitano acontece em um momento decisivo para o estado, em
especial para a sua capital e Regio Metropolitana, onde vrios empreendimentos j esto em
andamento e vultosos investimentos no curto prazo esto a caminho em valores que superam
os R$ 59 bilhes. Nesse contexto, o Arco Metropolitano permitir a to necessria sustentao
dos investimentos pblicos e privados previstos para o estado, nos prximos anos, e
contribuir, sem dvida, na atrao de novos investimentos para o seu redor.
O traado do Arco Metropolitano vai aproximar importantes plos de desenvolvimento do

estado: ele se conectar ao Comperj, em Itabora, Companhia Siderrgica do Atlntico
(CSA), em Santa Cruz, (bairro do Rio de Janeiro) e ao complexo porturio de Itagua. A
otimizao do acesso ao Porto de Itagua propiciar a reduo do custo do transporte de
mercadorias oriundas de pelo menos seis estados brasileiros So Paulo, Esprito Santo,
Minas Gerais, Gois, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul , alm do Distrito Federal. A
conexo entre o Porto de Itagua e o Comperj, juntamente com os ramais ferrovirios
existentes, transformar a Regio Metropolitana em umas das maiores reas logsticas do
mundo, gerando novas perspectivas econmicas regionais.
O projeto do Arco Metropolitano apia-se em trs funes bsicas:
(i) integrao do Porto de Itagua malha rodoviria nacional e ao futuro Complexo

Petroqumico do Rio de Janeiro (Comperj);
(ii) ligao entre os eixos rodovirios beneficiados pelo projeto sem a necessidade de circulao
pela Avenida Brasil e Ponte Rio-Niteri, desviando o fluxo das principais vias de acesso
capital e;
(iii) aumento dos nveis de acessibilidade dos municpios prximos ao Arco e que concentram
grande contingente populacional.
Por outro lado, a construo do Arco Metropolitano induzir fluxos migratrios para as reas
diretamente beneficiadas, reforando o processo de aglomerao a se iniciar com a prpria
obra rodoviria e com os empregos por ela gerados.
Nesse panorama de infindveis oportunidades e, tambm, de grandes desafios sociais,

econmicos e ambientais, o Plano Diretor Estratgico de Desenvolvimento Sustentvel do Arco
Metropolitano do Rio de Janeiro se apresenta como a ferramenta indispensvel de apoio ao
1
planejamento, elaborao de polticas de desenvolvimento integrado e ao contnuo e
permanente monitoramento destas polticas para a regio.
A partir de projetos integrados e complementares, o Plano Diretor do Arco Metropolitano

pretende apontar solues para as reas de desenvolvimento econmico e social,
infraestrutura urbana, saneamento, habitao, transporte e mobilidade. No mbito do Plano
Diretor tambm est includo o controle das aes sobre o territrio e o ambiente, alm do
aperfeioamento da gesto institucional do espao metropolitano, com participao social.
Considerando os impactos e as repercusses dessa nova realidade sobre o desenvolvimento,

o territrio e o ambiente metropolitano, como um todo, e sobre os municpios da rea de
influncia do Arco, o Plano Diretor visa criao de polticas pblicas que antecipem e
potencializem os efeitos sinrgicos e cumulativos das aes que promovero estes impactos.
O Plano Diretor permitir ao Governo do Rio de Janeiro a efetiva coordenao do

desenvolvimento sustentvel de toda a rea de influncia do Arco Metropolitano.
Este relatrio apresenta uma primeira sntese dos principais componentes do Plano Diretor
Estratgico de Desenvolvimento Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano do Rio de
Janeiro, que adiante ser denominado apenas por Plano Diretor do Arco Metropolitano. Sua
elaborao atende especificaes do Contrato 040/2008 entre o Governo do Estado do Rio de
Janeiro e o Consrcio Tecnosolo e ARCADIS Tetraplan, conforme solicitao de Propostas
SDP N 01/08 da Unidade de Gerenciamento de Programas UGP, seguindo as indicaes do
Termo de Referncia - TR, e do Plano de Trabalho deste Plano Diretor.
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2. OBJETO
2.1. Consideraes Iniciais

A demanda de infra-estrutura econmica no Brasil, notadamente associada a modais de
transportes e logsticas variadas crescente, e seu atendimento por parte das polticas
pblicas tem sido lento, trazendo custos sistmicos produo nacional, tolhendo sua
competitividade e j cunhando no passado a expresso custo Brasil, constrangedor exemplo
de estrico ao desenvolvimento do Pas.
Por outro lado, o Modelo Nacional de Desenvolvimento atual, expressivo em associao ao

mercado externo, traduz sua dimenso estruturante tambm nos desdobramentos
verticalizados, desencadeando animao econmica regional, ao criar e consolidar cadeias de
valor.
O Estado do Rio de Janeiro participa desse movimento, com programas de vigoroso

recrudescimento econmico, ao mesmo tempo em que fortalece sua conduta ambiental,
cuidando de seus recursos naturais na perspectiva de processos sustentveis.
nesse contexto que o Arco Metropolitano est concebido, ao ofertar nova logstica a um
mosaico de demandas e impor, na dinmica econmica do Estado do Rio de Janeiro,
transformaes de magnitude e importncia, com alto valor estratgico.
Trata-se de um projeto estruturante, de grande porte e presena com forte multiplicao de

fatores de produo, mercados, renda e emprego, obedecendo a um ciclo longo de maturao,
integrando os investimentos na produo e capitais fsicos logsticos que do sustentao ao
Plano de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, rumo a uma maior diversificao de
sua base produtiva e a uma nova organizao espacial.
A elaborao do presente Plano Diretor exige o conhecimento dos investimentos que se

localizaro na rbita de influncia do Arco Metropolitano, contemplando esse conjunto
integrado no sentido de criar referncias que subsidiem decises atuais, com amplitudes a
mdio e longo prazo, e orientem a formulao de diretrizes e recomendaes, para a
internalizao desse capital fsico vertebrador da dinmica de desenvolvimento regional.
3
Em outras palavras, necessrio conhecer e analisar a configurao agregada dos
investimentos logsticos, industriais e de servios que tende a se estabelecer na rea de
abrangncia do Arco Metropolitano.
Esta configurao agregada construda pelo Arco Metropolitano e pelo mosaico de

investimentos contemplados na sua rea de abrangncia, cujas dimenses alcanam o
estruturante e as associam sinergicamente a ele.
Essa associao sinrgica galga poder para mudar o rumo dos acontecimentos, induzindo
crescimento socioeconmico de forma irreversvel, um point-of-no-return, que transcende sua
prpria dimenso; exige um novo olhar estratgico atravs do Plano Diretor para se propor
alternativas de sustentao ambiental e, ao mesmo tempo, oferecer opes de
desenvolvimento regional rumo s finalidades maiores de sua aplicao.
Nesses termos, envolver decises pblicas de natureza estratgica, mas tambm privadas,
em tempos-prazos prprios, impondo compartilhamentos, colaborao e gesto conjunta
entre o pblico e o privado, com seu debruar na competitividade empresarial ambientalmente
sustentada e parcerias entre as polticas pblicas e a iniciativa privada, que convivero na
regio do Arco Metropolitano.
Desta forma, o objeto do Plano Diretor constitudo da regio de abrangncia do Arco

Metropolitano e dos empreendimentos estruturantes nela localizados. Os empreendimentos
estruturantes so constitudos por um empreendimento alicerce o Arco Metropolitano ,
empreendimentos ncora, empreendimentos aderentes e empreendimentos complementares,
estes ltimos formados por Distritos Industriais j existentes na regio ou em fase de
planejamento para implantao.
4
2.2. rea de Abrangncia do Arco Metropolitano
Segundo definies dos Termos de Referncia, a rea de abrangncia do Arco Metropolitano
envolve 21 municpios, j considerando as reas de Planejamento APs 5 (5.2 e 5.3) e 3, do
municpio do Rio de Janeiro.
Esta definio se deu, basicamente, em funo da identificao dos municpios interceptados

pelo traado do Arco, bem como pela identificao inicial dos municpios que receberiam outros
investimentos estruturantes e que, portanto, poderiam sofrer efeitos diretos e indiretos
decorrentes da implantao desses empreendimentos e do prprio eixo rodovirio. Neste
sentido, os 9 municpios interceptados so: Itagua, Seropdica, Rio de Janeiro, Japeri, Nova
Iguau, Duque de Caxias, Mag, Itabora e Guapimirim e os outros 12 municpios so:
Mangaratiba, Paracambi, Queimados, Mesquita, Nilpolis, So Joo do Meriti, Belford Roxo,
So Gonalo, Tangu, Niteri, Maric e Cachoeiras de Macacu.
Conforme os Termos de Referncia, essa rea de abrangncia compartimenta-se em trs

grandes pores territoriais (Figura 2.1), definidas por trs conjuntos de municpios que
apresentam caractersticas metropolitanas e realidades diferenciadas sob o ponto de vista
fsico-territorial, econmico, social e, sobretudo, demogrfico.
Figura 2. 1 - Mapa das reas de Abrangncia dos Estudos do Plano Diretor
5
rea de Estudo I
A rea I constituda pelos municpios de Itagua, Seropdica, Mangaratiba e pelas

subreas de planejamento 5.3 e 5.2, da rea de Planejamento 5, AP-5, do municpio do
Rio de Janeiro, considerando-se como fatores determinantes complementares dessa
compartimentao, a presena da serra do Gericin/Mendanha, do macio da Pedra Branca e
as vertentes da Serra das Araras, a oeste.
Nesta rea situam-se 10 empreendimentos estruturantes, alm dos Segmentos B e parte do C

do Arco Metropolitano. Destaca-se ainda a existncia do Porto de Itagua e sua retrorea e do
Terminal de Minrios da Ilha da Guaba e o seu ramal ferrovirio de cargas.
Nesta rea tambm se localizaro duas das sete interligaes virias principais do Arco: BR
116 em Seropdica e BR 101 sul em Itagua.
Destaca-se ainda que Mangaratiba se configura como vetor potencial de ocupao com
vocao para atividades residenciais e lazer, o que lhe confere papel de destaque no contexto
regional do Arco.
rea de Estudo II
Constituda por praticamente a totalidade da regio denominada Baixada Fluminense, fazendo

parte os municpios de Japer, Paracambi, Queimados, Nova Iguau, Mesquita, Nilpolis,
So Joo do Meriti, Belford Roxo, Duque de Caxias e Mag. Inclui-se aqui a regio da AP-3
(rea de Planejamento 3) do municpio do Rio de janeiro, considerando-se o fato de nela se
localizar o entroncamento da BR-116 com a BR-101, a presena de uma rea residencial
densa, atividade industrial e de logstica, a localizao do CENPES na ilha do Fundo, uma
atividade importante no setor da indstria naval, e a importncia logstica do Aeroporto
Internacional Antnio Carlos Jobim para o transporte de cargas e passageiros.
Nesta rea situam-se 4 empreendimentos (RIOPOL e REDUC em Duque de Caxias, Bayer em

Belford Roxo e Estaleiro Ilha S.A. no Rio de Janeiro), alm de parte do Segmento C e o
Segmento D do Arco.
Deve-se destacar a polaridade intra-regional dos municpios de Nova Iguau, por conter um
dos mais importantes centros de comrcio e servios na escala metropolitana, e de Duque de
6
Caxias, por suas caractersticas internas e localizao, considerando-se tambm a presena
da REDUC e a Rio Polmeros.
rea de Estudo III
Esta rea tem como plo principal o municpio de Itabora, em funo da localizao do
COMPERJ e da intercesso entre o Segmento A do Arco Metropolitano e a BR-101 norte. Em
Guapimirim se localiza o outro trecho do Segmento A.
Destaca-se neste grupo So Gonalo, no somente pela sua importncia econmica e

demogrfica no contexto metropolitano, mas tambm por abrigar os futuros Centros de
Escoamento e de Inteligncia do COMPERJ.
No caso de Tangu, atravessado pela BR-101 norte, semelhana de Mangaratiba (rea de

Estudo I), no extremo oeste, o municpio poder se comportar como o vetor de expanso, a
leste, do Arco.
Os municpios de Niteri, Maric e Cachoeiras de Macacu fazem parte tambm desta rea
de estudo, ressaltando-se o papel compartimentador das serras do Tiririca, Malheiro e
Calaboca e o eixo de estruturao formado pelas rodovias Amaral Peixoto, RJ-106, a RJ-114,
vetores secundrios de expanso oeste do Arco Metropolitano.
Nesta rea situam-se 3 empreendimentos estruturantes (COMPERJ em Itabora e Estaleiros

Aliana e Mau em Niteri).
O Quadro 2.1 apresenta informaes sobre os municpios integrantes das reas de Estudo I, II
e III.
7
Quadro 2. 1 - reas de Estudo do Arco Metropolitano
rea de Municpios Aspectos Relevantes

Abrangncia
RJ-109
Itagua
BR-101 / (trecho div. munic. Mangaratiba a Av. Brasil)
Seropdica RJ-109 (confluncia com a BR-116)

rea de Estudo
I Poro Retro rea do porto de Itagua, terminal de minrios da ilha da
Guaba e ramal ferrovirio de cargas, vocao do municpio para
Oeste Mangaratiba
atividades residenciais e lazer, que lhe confere um papel de
destaque como provvel vetor de expanso oeste do Arco.
Rio de Janeiro - rea de

Planejamento 5 (5.3 e BR - 101
1
5.2)
RJ-109 (cruzamento e paralelismo c/ ramal ferrovirio Japeri Trem

Japeri
Metropolitano Supervia)
Paracambi Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
Queimados Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
Nova Iguau RJ-109
Mesquita Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
Nilpolis Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

rea de Estudo So Joo do Meriti Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
II Poro
Central Belford Roxo Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
Duque de Caxias RJ-109
Mag BR-493
Atravessada pela BR-101, a presena de uma rea residencial

densa, atividade industrial e de logstica, o CENPES na ilha do
Rio de Janeiro - rea de Fundo, uma atividade importante no setor da indstria naval e a
2
Planejamento AP 3 importncia logstica do Aeroporto Internacional Antnio Carlos
Jobim para o transporte de cargas e passageiros, no conjunto dos
empreendimentos do Arco
BR-493 (COMPERJ)
Itabora
BR-101 norte
Guapimirim Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
Localizao dos Centros de Escoamento e de Inteligncia do

rea de Estudo So Gonalo COMPERJ
III Poro
Muito embora no seja atravessado pelo Arco, os efeitos espaciais
Leste Tangu
do evento podero se fazer presentes, pela contiguidade
Niteri Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
Maric Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
Cachoeiras de Macacu Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica
1
AP 5.2 XVIII Campo grande / AP5.3 XIX Santa Cruz e XXVI Guaratiba.
2
AP 3 Bairros Ilha do Governador, Penha, Ramos, Olaria, Bonsucesso, Iraj, etc.
8
2.3. Aspectos Gerais de Ocupao na rea de Abrangncia
do Arco Metropolitano
De forma geral, dois vetores principais constituem o Arco Metropolitano:
Vetor principal de aproximadamente 119 km de extenso, partindo do municpio de Itagua

em direo ao municpio Itabora, conectando as rodovias federais BR-101, BR-116 (Norte
e Sul), BR-465, BR-040 e BR-493 (Segmentos A, C e D):
Itagua (BR-101) a Duque de Caxias (BR-040) construo de rodovia, com

aproximadamente 72 km.
Duque de Caxias (BR-040) a Mag (BR-493) rodovia duplicada existente, com
aproximadamente 22 km.
Mag (BR-493) a Itabora/Manilha (BR101) rodovia a duplicar, com
aproximadamente 24,9 km.
Vetor complementar (duplicao) com aproximadamente 43 km de extenso, ligao
Itagua Av. Brasil BR-101 (Segmento B).
BR 101 entre o final do trecho atualmente duplicado (municpio do Rio de Janeiro /

RJ 097) e Itacuru (municpio de Mangaratiba): duplicao em aproximadamente
43 km.
Entroncamento da BR-101 e BR-493 em Entroncamento da BR-493 e BR-116 em Mag

Manilha/Itabora
9
Entroncamento da BR-493 e BR-040 em Duque Ao fundo Baia de Sepetiba em Itagua prximo
de Caxias CSN
Pode-se afirmar que nas proximidades das rodovias federais desenvolveram-se as principais
ocupaes urbanas da regio de interesse. Outras importantes ocupaes encontram-se
associadas s vias arteriais, ferrovias de cargas, ruas locais e estradas rurais no trecho do
Arco Metropolitano a construir (Duque de Caxias BR-040 a Itagua).
O Arco Metropolitano, sobretudo no trecho de ligao entre os municpios de Duque de Caxias

e Itagua, tem seu traado definido em terrenos planos e semi-planos, privilegiando a
passagem por vales e regies com presena de campos (pastos), onde a presso de ocupao
histrica pela agricultura e a recente urbanizao reduziram em muito a cobertura vegetal,
alterando as paisagens naturais.
O trecho desde Itagua regio de Nova Iguau se desenvolve entre reas residenciais e
extensas reas de pastos e de pequenas culturas sazonais de baixa importncia para a
economia dos municpios e, em determinadas regies, em reas degradadas e de baixa
ocupao tendo como exemplo, reas de explorao mineral (areais). J no trecho nas
cercanias de Duque de Caxias em direo a Mag, a rea se caracteriza pela predominncia
de rea urbana consolidada e em plena expanso.
10
De forma geral, como destacado no Estudo de Impacto Ambiental - EIA da BR-493/ RJ-109
(Tecnosolo - Concremat, Jun/07) nos casos de ocupao por reas residenciais, predominam
construes de baixo padro, com casas simples, sem a presena marcante de infra-estrutura
bsica e oferta de equipamentos pblicos que atendam ao processo de ocupao em
andamento. Ocorre, tambm, a presena de regies de stios de veraneio ao longo deste
trecho. Vale destacar que estes so os perfis mais comuns atravessados pelo traado, que
abriga tambm locais de depsitos de lixos, campos de golfe, diversos campos de futebol,
entre outros equipamentos de lazer.
No trecho a construir, entre os municpios de Itagua e Duque de Caxias (BR-040), so poucas

as indstrias e empresas nos bairros e localidades atravessadas, prevalecendo o perfil
residencial, com predominncia, quando h, do desenvolvimento de atividades econmicas
primrias, como pequena agricultura, pecuria, piscicultura, e extrao de areia.
Essa situao, contudo, apresenta em alguns trechos sinais da transio econmica vivida na
regio e que tende a se afirmar com a implantao do Arco Metropolitano. Na proximidade de
centros industriais como Duque de Caxias, Itabora e Itagua, muitas zonas industriais esto
sendo criadas pelos Planos Diretores dos municpios para atender nova dinmica de
desenvolvimento regional, observando-se a instalao de algumas unidades de menor porte.
A rede viria local marcada pela presena de muitas estradas vicinais, bem como vias de
acesso a localidades mais isoladas, como o caso de Xerm (Duque de Caxias), Adrianpolis,
Tingu e Rio dOuro (Nova Iguau). Essas estradas so importantes eixos de ocupao da
regio, permitindo a formao de novos bairros. Algumas so observadas ao longo do traado
e podero ser impactadas pela implantao do Arco Metropolitano, tendo em vista as
alteraes na dinmica socioeconmica, gerando a necessidade de reorganizao dos
espaos e do cotidiano social da populao presente.
No trecho que compreende os municpios de Duque de Caxias a Mag a ocupao composta

por rea urbana que se desenvolveu no vetor e entorno da prpria rodovia BR-493. Ainda, no
trecho do Arco Metropolitano que compreende a duplicao Mag a Manilha/Itabora
destaca-se a existncia da APA de Guapimirim e de outras Unidades de Conservao,
notadamente criadas em funo da sua grande importncia para a conservao dos
manguezais e outras formaes vegetais presentes.
11
A regio que compreende os bairros de Itambi e Manilha no municpio de Itabora, tambm se
configura como reas urbanizadas.
A seguir, apresenta-se uma sntese da caracterizao do Uso da Terra e Cobertura Vegetal em

cada uma das trs reas de Estudo, mediante a espacializao e a quantificao do
comportamento dos eventos socioambientais que se expressam nas diferentes formas de
apropriao do territrio, com apoio no mapeamento das formas de uso da terra e cobertura
vegetal remanescente.
rea de Estudo I Poro Oeste
No segmento inicial do Arco Metropolitano, na confluncia com a rodovia BR-101, nas

proximidades da rea urbana de Itagua, vale destacar a forte presena do porto de Itagua
(Baa de Sepetiba) e empreendimentos associados localizados na Ilha da Madeira (Companhia
Siderrgica do Atlntico - CSA, Termeltrica de Furnas Santa Cruz, Sepetiba Tecon CSN,
Base Area de Santa Cruz, Cosgua, entre outros).
Ainda seguindo pela BR-101 em direo ao municpio de Mangaratiba, nota-se a presena de

vegetao associada a Serra do Itaguu / Serra da Mazomba. A presena de significativas
reas classificadas como manguezal arbreo tambm merecem destaque, associadas faixa
litornea.
A rea urbana do municpio de Itagua concentra-se entre a BR-101, precisamente ao sul desta
rodovia, e ao norte do porto de Itagua.
A partir da ligao do eixo do Arco Metropolitano com a BR-101, prximo ao ramal ferrovirio
de Itagua em direo a Seropdica, a ocupao assume caractersticas rurais em meio ao
setor de expanso da cidade de Itagua ao longo da estrada local (estrada do Cacau).
Extensas reas de pastagens predominam na regio de Chaper, com parcelas de campos
sujeitos a inundao dominando a paisagem, com existncia de vrias reas de extrao de
areia j em Seropdica, a sudeste da Serra das Araras.
A noroeste da sede urbana de Seropdica, o traado do Arco cruza as rodovias BR-465 (antiga
Rio-So Paulo), notando-se a presena da Floresta Nacional Mrio Xavier e do cruzamento
com a BR-116 (atual Rio-So Paulo Rodovia Presidente Dutra), percorrendo regio ainda
12
marcada por reas voltadas atividade de extrao de areia para a construo civil, prximo
RJ-125, cruzando o rio Guandu na divisa com o municpio de Japeri.
Rio Guandu em Seropdica. Nota-se a Praa de Pedgio BR-116 em Seropdica. Em

presena de extensos pastos e esparsas segundo plano, nota-se trevo com a BR-125 no
ocupaes por edificaes e fragmentos trecho previsto para implantao do Arco
florestais Metropolitano
Vista geral de Itagua. Observa-se transio Porto de Itagua. Instalaes da CSN. Ao

entre a rea urbana e a ocupao voltada a fundo observa-se Serra de Itaguu e Serra da
pasto (rural) Mazomba
Com relao rea de estudo I, e segundo o mapeamento de uso e ocupao do solo que
ser detalhado no item 3.2, pode-ser dizer que cerca de 70% de seu territrio caracterizado
13
pela soma dos usos Campo/Pastagem (27%), Formaes Originais (26%) e Vegetao
Secundria (15%). Os municpios atravessados pelo Segmento B e parte do Segmento C do
Arco Metropolitano (Seropdica, Itagua e rea de Planejamento 5.3 do municpio Rio de
Janeiro) apresentam caractersticas rurais com predominncia de reas de campo/pastagem,
reas agrcolas e pequenas parcelas de reas urbanas.
rea de Estudo II Poro Central
De maneira geral, a rea do traado do Arco na rea de Estudo II est em processo acelerado
de ocupao residencial, sendo uma das principais franjas e/ou bordas de urbanizao da
RMRJ ao norte dos municpios de Duque de Caxias, Belford Roxo, Nova Iguau, Queimados e
a sudeste da sede de Japeri.
Segundo o Estudo de Impacto Ambiental - EIA da BR-493/ RJ-109 (Tecnosolo - Concremat,

Jun/07), a regio do trecho correspondente ao entroncamento com a BR-040/116 em direo a
Itagua seguindo pela RJ-109, tendo como paralelismo o eixo do ramal ferrovirio de Japeri (a
partir do municpio de Nova Iguau), possui uma grande dinmica de ocupao, fruto de uma
sucesso histrica de usos e processos de ocupao intensos e diferenciados, baseados em
ciclos econmicos consecutivos (produo de cana-de-acar e laranja, bem como entrepostos
no transporte de gneros produzidos no interior do Pas: ouro e caf).
Aps esses ciclos, as reas de produo rural entraram em decadncia, sendo

progressivamente incorporadas ao processo de urbanizao metropolitana, especialmente a
partir dos anos 50; como resultado, a regio apresenta grande heterogeneidade de ocupao,
mesclando reas residenciais e agropecurias, com presena de algumas zonas industriais e
Unidades de Conservao.
Em decorrncia do esgotamento e conseqente valorizao das reas ocupveis na periferia

direta da cidade do Rio de Janeiro e dos municpios mais prximos da Baixada Fluminense, a
periferia de municpios como Nova Iguau, Japeri, Duque de Caxias e Itagua, em zonas
consideradas localmente como rurais, palco de um processo de ocupao intenso e
contnuo, representado por novos bairros residenciais e zonas industriais; essa dinmica tem
alterado o mercado imobilirio local, com novos loteamentos, novas reas de construo,
demandas por infra-estrutura etc.
14
O traado do Arco Metropolitano segue a sudeste da sede urbana de Japeri, prximo divisa
municipal com o municpio de Seropdica. Aps cruzar o rio Guandu, a rodovia segue na
direo leste, cruzando com a RJ-093 j ao norte de Engenheiro Pedreira, contornando a face
norte da rea urbana do municpio de Queimados, em direo a Nova Iguau, em rea
ocupada por extensos pastos, reas midas, fragmentos florestais em trecho paralelo (ao
norte) ao ramal ferrovirio.
J em Nova Iguau, o traado do Arco Metropolitano desenvolve-se em rea semi-urbanizada

e esparsos fragmentos florestais, na regio do bairro de Vila de Cava, localizada ao norte da
rea urbana da cidade. Prximo ao limite intermunicipal com Duque de Caxias, nota-se a
presena de propriedades e edificaes diversas, provavelmente, voltadas ao uso como casas
de veraneio em local conhecido como Vale da Madame.
Aps percorrer o municpio de Nova Iguau, o traado do Arco Metropolitano continua a seguir
em direo leste, passando pelo municpio de Duque de Caxias at a ligao com as rodovias
BR-040 e BR-116. Neste contexto, o eixo da rodovia, em territrio municipal de Duque de
Caxias percorre rea federal de aproximadamente 19 ha no distrito de Pilar, a Cidade dos
Meninos3. Esta rea conhecida historicamente pela extensa contaminao por HCH
(hexaclorociclohexano) pesticida.
A partir da ligao com a BR-040 em Duque de Caxias, o traado passa a ser constitudo pelo
trecho duplicado existente - BR-493 em direo a Mag e Guapimirim. Nota-se, tanto no vetor
da BR-040, quanto nos arredores da BR-493, uma consolidada ocupao urbana,
principalmente ao norte da Refinaria de Duque de Caxias REDUC implantada na dcada de
60. Esta ocupao possibilitou a expanso da mancha urbana do municpio de Duque de
Caxias, na rea a noroeste da poro central deste municpio. Hoje, esta regio se caracteriza
como rea urbana de baixa a mdia densidade.
3
A Cidade dos Meninos uma rea federal, municpio de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, na rea metropolitana do Rio
de Janeiro. L, nos anos 40, foi fundado um complexo educacional para crianas carentes, pela ento primeira dama, D.Darcy
Vargas. Pouco tempo aps, o Ministrio da Sade instalava dentro de seus muros uma fbrica de pesticidas para enfrentar a
malria ento endmica na regio. Nos anos 50 a fbrica foi desativada e todo o material ali abandonado comeou a se espalhar e
se infiltrar pelo solo, iniciando um longo processo de contaminao do meio ambiente e da populao, sem soluo at hoje
(Herculano 2002).
15
J em direo a leste, entre a divisa dos municpios de Duque de Caxias e Mag, a
configurao da ocupao do entorno, ainda se apresenta como rea urbana contgua ao vetor
da prpria BR-493, seguida por uma ocupao voltada a reas de culturas em meio ao avano
da prpria mancha urbana destes municpios.
Ainda nesta regio, notam-se esparsas reas voltadas a pastagens contornando vegetao
associada ao relevo e respectivas reas ocupadas, indicando a presso antrpica
caracterstica deste trecho.
No sentido de Mag, j nas proximidades da divisa com o municpio de Guapimirim, a rea

urbana consolidada se torna mais evidente, confirmando a influncia da BR-493 como indutora
de ocupao.
Ocupao caracterstica com morrotes/morros rea urbana ao norte de Nova Iguau. Ao

em meio a pastos e audes no municpio de fundo observa-se ramal ferrovirio em trecho
Japeri. prximo a implantao do Arco Metropolitano.
16
rea urbana ao norte de Nova Iguau prximo Trecho prximo a divisa municipal de Nova
a estrada Adrianpolis com presena de Iguau e Duque de Caxias em regio marcada
habitaes unifamiliares pela presena de pastos e areais com
respectivas lagoas
Ocupao por pastos, chcaras e esparsos rea urbana de Duque de Caxias. Em primeiro
fragmentos de vegetao no municpio de plano destaca-se a BR-493
Duque de Caxias, prxima a rea urbana
17
Trecho urbano prximo a divisa municipal rea urbana de Mag (bairro Suru). Observa-se
entre Duque de Caxias e Mag. trevo rodovirio na BR-493 de acesso ao bairro.
rea urbana de Mag, prximo a sede Conurbao entre Mag e Guapimirim.

municipal Observa-se curso dgua afluente da Baia de
Guanabara e divisa municipal
Segundo o mapeamento de uso e ocupao do solo da rea de abrangncia do Arco, que ser
abordado em maiores detalhes no prximo item deste relatrio, a regio onde se encontra a
rea de Estudo II possui classes de uso mais heterogneos, apresentado a maior
concentrao de reas urbanas (42%) dentre as trs reas de Estudo. A predominncia desse
uso acontece devido grande mancha urbana dos municpios da Baixada Fluminense e norte
do municpio do Rio de Janeiro.
18
rea de Estudo III Poro Leste
Nesta rea de estudo, no sentido leste, a partir de Guapimirim aps o municpio de Mag, o
traado do Arco Metropolitano permanece em rea urbana consolidada com transio para
rea de culturas e pastos (rea rural de baixa densidade de ocupao), no entorno do eixo da
rodovia. Este trecho localmente conhecido com Estrada do Contorno da Baa (da
Guanabara).
Este segmento caracterizado tambm pela presena de culturas, contornando a rea de

extenso manguezal, contgua baa de Guanabara, APA Guapimirim e APA Bacia do Macacu.
Neste trecho, em direo a Itabora, a ocupao urbana rarefeita, observando-se a presena
de fazendas, campos alagveis e pastos.
Ainda seguindo em direo a Itabora, aps transpor a divisa municipal com Guapimirim, o
traado do Arco Metropolitano segue por rea urbana de baixa densidade em local conhecido
como Itambi. Com a aproximao BR-101, a ocupao no entorno do eixo da BR-493
consolida-se como rea urbana de baixa a mdia densidade, configurada por ocupaes
residenciais e tambm por edificaes voltadas a um intenso comrcio, alm da presena de
indstrias.
De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental desenvolvido para este trecho

(Concremat/2008), a regio de Manilha possui uma estrutura de comrcio bastante
diversificada, com a presena de fbricas de cermicas, granito, bem como a presena variada
de grandes empresas e galpes de porte industrial, alm de postos de combustveis, escolas,
restaurantes, igrejas, etc.
Por fim, o traado do Arco Metropolitano percorre o distrito de Manilha no municpio de Itabora,
finalizando o percurso na confluncia com BR-101 em rea urbanizada.
19
rea urbana de Guapimirim com transio Municpio de Guapimirim. Observa-se afluente
para rea rural da Baia de Guanabara em rea com
predominncia voltada a pastos e culturas
diversas
BR-493 em trecho a duplicar, no municpio de Transio da rea rural para rea urbana j no
Guapimirim (contorno leste da Baia de municpio de Itabora
Guanabara)
20
rea urbana de Itabora as margens da BR- rea urbana de Itabora as margens da BR-493
493. j em Manilha. Observa-se a confluncia com
a BR-101 esquerda e ao fundo.
A rea de Estudo III apresenta caractersticas de reas rurais fortemente antropizadas; no

entanto, o percentual de reas urbanas (17%) notvel, visto que nessa rea de Estudo
encontra-se a mancha urbana dos municpios de Itabora e Niteri.
2.4. Empreendimento Alicerce

O traado do Arco Metropolitano representado pelo e sua espacialidade o componente fulcral
do Plano Diretor.
21
Figura 2. 2 Arco Metropolitano Empreendimento Alicerce
O Arco Metropolitano, investimento estratgico para o Estado do Rio de Janeiro, compreende

uma rodovia que ligar dois importantes eixos de desenvolvimento do Estado: o eixo leste,
onde est sendo construdo o COMPERJ, em Itabora, e o eixo Sepetiba, onde se localiza a
provncia porturia de Sepetiba. Ir transformar a Baixada Fluminense numa grande rea de
logstica e desenvolver de forma integrada todo o Estado.
O Arco Metropolitano um anel virio que contornar a Regio Metropolitana do Rio de

Janeiro, permitindo o acesso adequado de cargas provncia porturia de Sepetiba por toda a
malha rodoviria do Pas, atravs da interseco com cinco grandes eixos rodovirios
(Rio/Vitria, Rio/Bahia, Rio / Belo Horizonte, Rio / So Paulo e Rio/Santos, formando um elenco
de esquinas privilegiadas que convergem para o Rio de Janeiro.
22
Figura 2. 3 Arco Metropolitano - Interligaes Privilegiadas
Figura 2. 4 Projeto do Arco Metropolitano: pistas duplas em toda extenso
23
Figura 2. 5 - Projeto do Arco Metropolitano: trevos com todos os movimentos
2.5. Empreendimentos ncora

O Arco Metropolitano, cujo traado delineia expressiva conexo logstica, firma-se em duas
ncoras de magnitude estruturante:
O Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro COMPERJ, em Itabora; e

A Provncia Porturia de Sepetiba, significativo conjunto de empreendimentos
logsticos, associados a instalaes industriais, a ser implantado em Itagua.
Figura 2. 6 Empreendimentos ncoras
24
Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro COMPERJ
Com o crescimento da produo de petrleo, e agora tambm com o grande volume

programando para vir da camada pr-sal, o governo sinalizou a inteno de suprir a demanda
interna de derivados petroqumicos e intensificar sua exportao.
Nesse sentido, vem se alinhar o Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro COMPERJ -, ora
em implantao, elevando a produo nacional de produtos petroqumicos, cuja demanda,
segundo estudos da Petrobrs, dever passar de 6 milhes de toneladas/ano em 2010 para 10
milhes de toneladas/ano em 2020.
O Complexo ter capacidade para processar 150 mil barris/dia de leo pesado nacional em
uma mesma planta industrial, que transformar diretamente e num nico local, o petrleo em
resinas plsticas e outros produtos petroqumicos de uso variado.
Seu processo produtivo ter uma Unidade de Refino e de 1 gerao para produo de
petroqumicos bsicos, alm de um conjunto de unidades de 2 gerao, que vai transformar
estes produtos bsicos em produtos petroqumicos.
Haver ainda uma Central de Utilidades (UTIL), responsvel pelo fornecimento de gua, vapor
e energia eltrica necessrios para a operao de todo o Complexo.
Suas capacidades de produo em dimenso plena contemplam:
Petroqumicos bsicos (1 gerao): eteno (1,3 milho de toneladas/ano), propeno (880

mil toneladas/ano), benzeno (600 mil toneladas/ano), butadieno (157 mil toneladas/ano)
e paraxileno (700 mil toneladas/ano);
Petroqumicos de 2 gerao: estireno (500 mil toneladas/ano), etileno-glicol (600 mil
toneladas/ano), polietilenos (800 mil toneladas/ano), polipropileno (850 mil
toneladas/ano) e PTA/PET (500 mil/600 mil toneladas/ano).
J empresas de 3 gerao, que podero ser atradas pelo COMPERJ e se instalar tambm
nos municpios vizinhos e ao longo do Arco Metropolitano, sero responsveis por transformar
esses produtos petroqumicos de 2 gerao em bens de consumo, tais como: componentes
25
para as indstrias montadoras de automveis, materiais cirrgicos e linha branca como
eletrodomsticos, dentre outros.
De acordo com estudos da PETROBRAS (2007), h potencial para a instalao de cerca de

720 empresas na indstria de transformao, para a produo de plsticos a partir dos
produtos do COMPERJ.
Figura 2. 7 COMPERJ: Terraplanagem
26
Figura 2. 8 - COMPERJ: Perspectiva
Provncia Porturia da Baa de Sepetiba
Portos constituem aspectos crticos da rede logstica, fazendo a interao do transporte

martimo com o rodo-ferrovirio e so seus ns fundamentais. Criam, ao integrar os diversos
elementos do sistema de transporte, vantagens locacionais comparativas, gerando reas de
maior atratividade para novos investimentos, intensificando a ocupao do seu entorno.
Instauram um processo de crescimento em causao circular cumulativa, com economias de
aglomerao.
A viabilizao de conexes internacionais amplia o tamanho de mercado, permitindo a

realizao de exportaes e gerando divisas para o pas. Expande a demanda agregada e,
assim, contribui para o crescimento do PIB.
Esse contexto associado vocao histrica da baa de Sepetiba e grande demanda mundial
est provocando o boom de investimentos porturios no Estado do Rio de Janeiro,
especialmente nesse lcus privilegiado.
inegvel a atrao de variados investimentos para o Rio de Janeiro, provocando mudana de

patamar em seu crescimento, recrudescendo sua dinmica de expanso. Entre esses, a infra-
estrutura da cadeia de apoio minerao contribui para diversificao da economia estadual,
27
dando-lhe um papel estratgico no setor de servios avanados de logstica. Prev-se um
crescimento bem acima da mdia nacional.
Entre 2008 e 2012, o investimento previsto na explorao mineral dever alcanar US$ 47
bilhes no Brasil. Em minrio de ferro, sua produo vai quase duplicar, contemplando uma
expanso da extrao de minrio de ferro nos prximos anos de 350 para 650 milhes de
toneladas/ano (PDP, 2008), com investimento estimado de US$ 30 bilhes.
Nessa trajetria, essa demanda logstica porturia da produo do minrio de ferro de Minas
Gerais ter que convergir, em grande parte, para o Estado do Rio de Janeiro, alm do Esprito
Santo, como condio natural na otimizao do custo que perdura, o de transporte, fazendo da
baa de Sepetiba uma provncia porturia privilegiada para abrigar terminais com a melhor
logstica para exportaes crescentes de minrio de ferro do Quadriltero Ferrfero de MG.
Figura 2. 9 - Distncias lineares - quadriltero ferrfero MG / portos de embarque
28
No obstante a ampliao da fronteira mineral beneficiada pelas condies de acessibilidade
s reservas minerais da Regio Norte, a produo de minrio de ferro da provncia mineral do
sudeste brasileiro continua crescendo e, particularmente, o quadriltero ferrfero de Minas
Gerais permanece expressivo, representando algo como 70% do total das exportaes
brasileiras, portanto, com papel primaz.
Nesse contexto, a baa de Sepetiba se revela uma Provncia Porturia e, no por acaso, objeto
de desejo de grandes exportadores da cadeia extrativa de minrio de ferro e de outras cargas
(containers, geral etc.), considerando que, em um raio de 500 km encontra-se algo como 50%
do PIB brasileiro.
O estudo contempla, assim, esta ncora, a provncia porturia de Sepetiba, abrigando um

elenco de investimentos concretos e perspectivos em novas instalaes porturias com
terminais privados, aprovados pelo governo do Estado:
CSA - Companhia Siderrgica do Atlntico: complexo siderrgico que engloba alm de uma
usina, um terminal porturio para exportao de produtos siderrgicos e importao de carvo.
Sua capacidade de produo de 5 milhes de ton/ano de placas de ao, destinadas ao
mercado externo.
29
Figura 2. 10 - Porto CSA Siderrgica do Atlntico Terminal offshore
LLX - PORTO SUDESTE: Terminal para exportao de minrio de ferro, com capacidade de
50 milhes/ano e importao de granis slidos, principalmente carvo. No projeto, est
prevista a construo de ptios para estocagem e manuseio de minrio de ferro e de outros
granis slidos com uma rea total de 51,2 hectares
30
Figura 2. 11 - LLX Porto Sudeste - Terminal offshore e Ptio Logstico
GERDAU: Terminal offshore para movimentao de minrio de ferro e produtos siderrgicos,

em conexo com sua usina siderrgica no distrito de Santa Cruz Itagua.
USIMINAS: Porto com terminal offshore de embarque para exportao de minrio de ferro e
pellets, projetado com capacidade inicial de 25 Mtpa e plena de 50 Mtpa.
Empreendimento alinhado com sua nova estratgia de verticalizao da cadeia produtiva e

autonomia em minrio de ferro, hoje suprido pela Vale, que passar a ser fornecido
integralmente pelo prprio grupo e possibilitar que a empresa detenha segurana e controle
no abastecimento deste insumo estratgico como tambm passe a atuar no mercado
internacional, como exportadora.
Maior complexo siderrgico de aos planos da Amrica Latina, com produo de mais de 9
Mtpa, iniciou esta estratgia com a aquisio da mineradora J. Mendes, com minas na regio
de Itauna MG, onde ir construir uma usina de peletizao com capacidade de 7 Mtpa.
A participao da Usiminas no capital da operadora ferroviria MRS assegura capacidade

logstica necessria para o escoamento da produo de minrio de ferro e pellets para a
31
exportao. Para o retroporto do terminal na baa de Sepetiba, adquiriu a rea da antiga Ing,
com 96 ha e j em processo de recuperao ambiental,
PETROBRS: Porto com o projeto mais expressivo, abrigando terminais para lquidos e
slidos, instalaes para gs natural, recebimento de petrleo para refinarias.
O porto da Petrobras, alm de ser utilizado para a movimentao de produtos petroqumicos,

ser tambm base de apoio e operao da empresa para a explorao dos campos do pr-sal
da Bacia de Santos.
Especificamente para o COMPERJ abrange recebimento de petrleo, movimentao e

exportao de seus petroqumicos slidos. Tambm ter exportao de coque de petrleo,
minrio de ferro (50 Mtpa), ferro gusa, carga geral e importao de carvo mineral, coque,
fertilizantes e instalaes para supply boats. Retrorea com 1000 ha, 75% aproveitveis.
PLATAFORMA LOGSTICA CSN: contempla um conjunto de quatro projetos distintos:
Expanso do Tecon (Terminal de Contineres)

Expanso do Tecar (Terminal de Cargas): aumento da capacidade para 100 Mtpa de
minrio de ferro e para 8 Mtpa de carvo.
Implantao do Centro de Apoio Logstico com capacidade de armazenagem e
movimentao de 900 mil TEUs / ano.
Implantao do Porto Privativo Lago da Pedra com dois piers e de sua retrorea.
Pier 1: carga geral, produtos siderrgicos e contineres
Pier 2, carvo e minrio de ferro.
A capacidade de movimentao nos piers ser de 60 Mpta de minrio de ferro, 12 Mpta de
carvo e outras cargas diversas, 11 Mpta de carga geral e produtos siderrgicos e 1 Milho de
TEUs/ano. A retrorea contar com ptios de estocagem de 120 ha.
CDRJ - PORTO DE ITAGUA
Investimento na dragagem do Porto de Itagua, que passar a ter profundidade de 20 metros,

contra os atuais 17,5, para o acesso de navios de maior porte aumentando a dinmica de
movimentao de embarcaes.
32
Tambm vai ampliar a extenso do canal das Docas para a CSA Siderrgica do Atlntico que
tem cais prprio, mas, para chegar ao seu porto, ser necessrio passar pelo canal do Porto de
Itagua.
Esse investimento possibilitar aumento significativo da capacidade do Porto para atender a

demanda por transporte de cargas. A perspectiva de que a capacidade de movimentao do
porto de Itagua aumente em 50% aps as obras de dragagem
Figura 2. 12 - Porto de Itagua
A orientao do Governo do Estado para que as empresas com empreendimentos porturios

na baa de Sepetiba e com reas onshore contguas, desenvolvessem projetos conjuntos
convergentes a tudo o que for comum a eles, como canal de entrada, dragagem, etc.,
induzindo potenciais parcerias entre LLX / Usiminas e CSN / Gerdau / Petrobrs, no retira a
individualidade dos seus terminais offshore e assim esto considerados neste estudo.
A perspectiva dos projetos de terminais offshore considerados est exposta no desenho da

baa de Sepetiba, legitimando a percepo de dimenso Provncia Porturia. A configurao
dos empreendimentos abrigados nesta ncora est visualizada na Figura 2.13
33
Figura 2. 13 - Provncia Porturia da Baa de Sepetiba
2.6. Empreendimentos Aderentes

Em sincronia com o Arco Metropolitano e os investimentos colocalizados que constroem o
alicerce e as ncoras, h outro elenco de empreendimentos que potencialmente pode ser
agregado, com essa mesma natureza para esta dimenso, situados neste eixo de
desenvolvimento, em maturao temporal convergente no tempo, magnitude estruturante e
espacialmente evidenciados na rbita de interferncia do Arco Metropolitano, identificando-se
como elementos estratgicos dessa construo.
Abrigam-se neste conjunto perspectivo de empreendimentos aderentes aos investimentos

estruturantes, o aporte expressivo da indstria naval, a usina siderrgica 2 da CSN, em Itagua,
para produo de 4,5 MTPA destinadas ao mercado externo e tambm os empreendimentos
delineados na implantao da Coquepar, as ampliaes da Bayer e REDUC, cujo valor
estratgico os adiciona nesta dimenso.
Exemplifica esta aderncia o projeto Coquepar, que tem como objetivo a construo de uma
unidade com escala de 250 mil ton/ano, para a produo de coque calcinado de petrleo
34
destinado ao mercado de alumnio primrio e direcionada em sua maior parte (85%) ao
mercado externo.
Tambm a indstria naval na rea de abrangncia do Arco Metropolitano tem nos estaleiros
Mau, Eisa, Aliana e STX Europe representatividade em dimenso estruturante, com as
encomendas para construo de navios-tanque, embarcaes para transporte de produtos
derivados de petrleo, OSCV (Offshore Support and Construction Vessel), ROV (Remote
Operated Vehicle Vessel), navios tipo Panamax e navios porta-contineres, em expressivo
valor de investimento.
Figura 2. 14 - Empreendimentos aderentes
Outros empreendimentos previstos e que oferecem potencial estruturante na regio podem ser
citados: RIOPOL - Rio Polmeros S/A; Hermes (expanso do centro de distribuio da
empresa); Linde (construo de uma fbrica de gases - oxignio, nitrognio e argnio);
construo de equipamentos para a indstria nuclear da NUCLEP; expanso dos estaleiros da
Marinha do Brasil, estaleiro Renave, estaleiro Rionave, estaleiro da antiga Ishibrs.
35
2.7. Agregao de Empreendimentos Estruturantes
A consolidao dos empreendimentos - alicerce, ncoras e aderentes, apresenta sua
expresso em valor de investimento segmentada por rea de Estudo do Plano Diretor no
Quadro 2.2.
Quadro 2. 2 - Investimentos Previstos Alicerce, ncoras e Empreendimentos Aderentes
REA
INVESTIMENTO
EMPREENDIMENTO MUNICPIO DE SETOR
R$
ESTUDO
Itabora, Guapimirim,
Mag, Duque de Transportes
Arco Metropolitano Caxias, Nova Iguau, I, II, III Logstica 1.200.000.000
Japeri, Seropdica e
Itagua
TOTAL INVESTIMENTO REA I, II, III 1.200.000.000
Plataforma Logstica CSN

Expanso TECON
Expanso TECAR Itagua 4.700.000.000
Plo Logstico
Porto Privativo Lago da Transportes
Pedra Logstica
Porto Sudeste LLX Itagua 1.500.000.000
Porto Petrobrs Itagua 4.000.000.000
Porto Usiminas Itagua 1.000.000.000
Porto Gerdau Itagua 1.100.000.000
Porto Itagua CDRJ Itagua 86.000.000
I
CSA Siderurgia
Usina Siderrgica Rio de Janeiro Transportes 13.100.000.000
Porto CSA Logstica
CSN Itagua Siderurgia 7.600.000.000
Usina Siderrgica 2
Coquepar Seropdica Petroqumica 524.000.000
TOTAL INVESTIMENTO REA I 33.610.000.000
REDUC Ampliao Refinaria Duque de Caxias Petroqumica 1.500.000.000

Bayer Expanso Belfort Roxo Qumica 100.000.000
Estaleiro EISA Rio de Janeiro II Indstria 3.285.000.000
Naval
TOTAL INVESTIMENTO REA II 4.885.000.000
36
REA
INVESTIMENTO
EMPREENDIMENTO MUNICPIO DE SETOR
R$
ESTUDO
COMPERJ Itabora / So Petroqumica 17.600.000.000
Gonalo III
STX Europe Niteroi Indstria 1.100.000.000
Estaleiro Mau Niteroi Naval 627.200.000
Estaleiro Aliana Niteroi 211.000.000
TOTAL INVESTIMENTO REA III 19.538.200.000
INVESTIMENTO TOTAL 59.233.200.000
2.8. Empreendimentos Complementares

Mais do que um complexo logstico, o Arco Metropolitano constitui uma dimenso que
condiciona o desenvolvimento de novas indstrias e servios. Sua existncia constitui fator de
importncia para a arquitetura do sistema produtivo agregado em sua rea de abrangncia,
com novos empreendimentos em relao de causa e efeito tecnolgico e mercadolgico.
Nesse entendimento, o objeto de estudo articulador, ao provocar a incluso dos Distritos

Industriais existentes no eixo logstico do Arco Metropolitano e embrio de um parque produtor
expandido, no contexto de novos empreendimentos dentro de sua geografia, incitados pelo
adensamento industrial ordenado em sua natureza distrito industrial e potencializados pela
disponibilidade locacional neles remanescente.
Essa natureza e geografia envolvem os Parques Industriais Santa Cruz, Campos Elseos,
Fazenda Botafogo, Queimados e Paracambi, fortalecidos sob incentivo conhecido como o
Programa de Fomento ao Desenvolvimento Industrial Sustentvel do Estado do Rio de Janeiro
Rio Ecopolo e ao abrigo da conduo CODIN. A identificao do status de cada um forma a
massa crtica para essa repercusso futura do Arco Metropolitano.
Distrito Industrial de Santa Cruz
Localizado no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro/RJ, teve sua implantao
sob o referido programa Rio Ecopolo em 2002, quando as empresas industriais que integravam
o Distrito Industrial de Santa Cruz estabeleceram um termo de compromisso para manter um
rumo de desenvolvimento sustentvel.
37
Possui uma rea total de 737 ha. Deste total, 462 ha so destinados para as atividades
industriais, havendo atualmente 332 ha vendidos e 58 ha disponveis para negociao futura.
Sua tipologia industrial, embora expressiva, diversificada e sem convergncia maior em
complementaridade tecnolgica ou mercadolgica.
Quadro 2. 3 - Distrito Industrial de Santa Cruz Tipologias Representativas
Empresa Tipologia
Aciqumica Reciclagem
Basf Qumica
Casa da Moeda do Brasil Grfica
Ecolab Produtos higiene
Fabrica Carioca de Catalisadores Petroqumica
GERDAU Cosigua Siderurgia
Usina Termoeltrica de Santa Cruz Energia
Latasa Metalurgia
Novartis Biocincias Farmacutica
Pan Americana Qumica
SICPA Qumica
Valesul Metalurgia
H fatores especficos de animao, com a presena de empreendimentos estruturantes, como

a GERDAU e a proximidade com a Provncia Porturia de Sepetiba, que incitaro a entrada de
novos empreendimentos integrantes de sua matriz produtiva e plenitude de ocupao, em
simbiose induzida pelo Arco Metropolitano.
Figura 2. 15 - Distrito Industrial de Santa Cruz
38
Distrito Industrial Campo Elseos
Localizado no municpio de Duque de Caxias, tambm teve sua implantao sob o programa
Riopolo em 2002, quando as indstrias que compunham esse plo petroqumico realizaram um
termo de compromisso de desenvolvimento sustentvel.
Possui rea total em torno de 970 ha. Diante da sua atual ocupao territorial, que se encontra
no limite, qualquer nova instalao industrial somente poderia ocorrer mediante expanso de
sua rea.
Sua tipologia industrial reflete forte complementaridade tecnolgica e mercadolgica, induzida

pela presena da Petrobrs, com a REDUC, cuja expanso est contemplada no conjunto de
empreendimentos aderentes do estudo e fator de animao para sua ocupao locacional
plena, exponencializando essa complementaridade, com novos empreendimentos induzidos
pelo Arco Metropolitano.
Quadro 2. 4 - Distrito Industrial de Campos Elseos Tipologias Representativas
Empresa Tipologia
Petrobrs Distribuidora Industrializao e distribuio de leos, lubrificantes e
parafinas.
Petrobrs Distribuidora Comrcio atacadista de combustveis
Ipiranga Refino de petrleo
Nitriflex Qumica, fabricao de elastmeros.
Petroflex Qumica, fabricao de elastmeros.
Polibrasil Resinas Petroqumica
Real Minas Distribuio combustveis.
REDUC Refino de Petrleo
Rio Polmeros Qumica, produo de polietileno
Supergasbras Distribuio de GLP
Termo Rio Energia
White Martins Manufatura e distribuio de gases
39
Figura 2. 16 - Distrito Industrial Campo Elseos
Distrito Industrial da Fazenda Botafogo
Localizado em Acari, no municpio do Rio de Janeiro, o Distrito Industrial da Fazenda Botafogo

tambm realizou em 2002 o compromisso de desenvolvimento sustentvel sob o programa
Riopolo, unindo suas empresas sob esta conduta.
Com tipologia diversificada, o Distrito possui uma rea total de 157 ha. Deste total, 79,4 ha so
destinados para as atividades industriais, havendo atualmente 74,4 ha vendidos e 5 ha
disponveis para negociao futura (CODIN).
Quadro 2. 5 - Distrito Industrial Fazenda Botafogo Tipologias Representativas
Empresa Tipologia
Armco Staco Metalurgia
C.R.R. Reciclagem
Ciba Especialidades qumicas
Cromos Tintas grficas
Eninco Engenharia
Estoque Indstria frigorfica
King Fabricao de aparelhos e equipamentos de sinalizao
Pan-Americana Qumica
Socan Produtos alimentcios
40
Empresa Tipologia
S.R.R. Equipamentos para Construo Pesada
Sumatex Qumica
Usina Nova Amrica Qumica
A figura a seguir apresenta as empresas e sua localizao no Distrito Industrial de Botafogo.
Figura 2. 17 - Distrito Industrial da Fazenda Botafogo
Distrito Industrial de Queimados
Localizado no municpio de Queimados, na rea de abrangncia do Arco Metropolitano, conta

tambm com tipologia industrial diversificada. Possui rea total de 232 ha, com cerca de 177
ha destinados para atividades industriais. Para novas negociaes industriais ainda so
disponveis em torno de 88 ha.
41
Um significativo fator especfico de animao, com a implantao do Arco Metropolitano, ser a
reduo dos atuais 50 km rodovirios entre o Distrito Industrial e o Porto de Sepetiba, para 10
km.
Quadro 2. 6 - Distrito Industrial de Queimados Tipologias Representativas
Empresa Tipologia
ArFrio I e II Armazns gerais frigorficos
Citycol Txtil
Sanes Brasil Indstria Alimentos
Quartzolit Argamassa
Multibloco Artefatos de concreto
Nebraska Fundio
Power Boats Ind. Nutica
JMR21 Ind. de Plsticos e reciclagem
Reluz Cosmticos
Knauf do Brasil Artefatos de gesso
Ecopack Telhas ecolgicas
Kaiser Cervejaria
Deca Louas sanitrias
Amcor Alumnio
Vig Xavier Vigilncia e segurana
Sayoart Txtil
Figura 2. 18 - Distrito Industrial de Queimados

42
Distrito Industrial de Paracambi
Este Distrito Iindustrial, localizado no municpio de Paracambi, empreendimento em fase de

maturao. Sua concepo o diferencia do convencional, ao contemplar interao planejada
em seu projeto de infra-instrutura viria e servios de transporte, de energia, de gua, de
servios comuns, com arquitetura e construo sustentveis.
Esta singularidade e sua proximidade, cerca de 13 km apenas, com Japeri, municpio cortado
pelo Arco Metropolitano, o coloca com uma extenso da rea de abrangncia do Plano.
As tipologias industriais que integram seu cenrio de planejamento, ainda que em diversidade,
j contemplam co-processamentos e induzem simbioses com receptores potenciais.
Quadro 2. 7 - Distrito Industrial de Paracambi Tipologias Representativas
TIPOLOGIAS INDUSTRIAIS CONSIDERADAS

Txtil fabricao Tecidos
Metalurgia ferrosos e no ferrosos fabricao arames
Co-processamento de resduos / cimenteira
Metalurgia fabricao de pregos
Manufatura de tintas
Reciclagem de produtos plsticos
Galvanoplastia
Beneficiamento de mrmore, ardsia, granito e outras pedras
Fabricao de material eletrnico
Reciclagem de materiais associados a atividades de artesanato
Estao de tratamento de efluentes
A figura esquemtica a seguir apresenta a distribuio perspectiva das reas industriais do

Distrito Industrial de Paracambi.
43
Figura 2. 19 - Distrito Industrial Paracambi - Distribuio das reas industriais
Agregao dos Distritos Industriais
O tema indutor de empreendimentos complementares na construo do objeto do estudo

assume a seguinte expresso:
Quadro 2. 8 - Empreendimentos complementares
Distrito Tipologia Industrial Fator de Animao rea ha

Localizao
Industrial Predominante Especfico Total Disponvel
Santa Cruz Rio de Janeiro Diversificada GERDAU
Proximidade 737 58
rea de Estudo I Provncia Porturia
Sepetiba
Campos Duque de Caxias Gaso-Petroqumica REDUC 970 0
Elseos rea de Estudo II
Faz. Rio de Janeiro Diversificada -------- 157 5
Botafogo rea de Estudo I
Queimados Queimados Diversificada Proximidade 232 88
rea de Estudo II Provncia Porturia
Sepetiba
Paracambi Paracambi Diversificada Concepo 250 (Em
rea de estudo II inovadora construo)
44
Figura 2. 20 - Agregao dos Distritos Industriais
45
3. CENA ATUAL
3.1. Aspectos Ambientais
3.1.1. Cobertura Vegetal e reas Protegidas

O presente item trata da cobertura vegetal e da presena de reas protegidas na rea de
abrangncia do Arco Metropolitano, bem como de aspectos ecolgicos da vegetao do bioma
Mata Atlntica, predominante na regio.
3.1.1.1. Definies e Conceitos sobre a Flora Regional

A paisagem da rea de abrangncia do Arco Metropolitano caracterizada pela presena do
bioma de Mata Atlntica. Destacam-se inmeros morros e colinas, que se localizam na regio
de transio entre as baixadas e os macios da Serra do Mar. A grande diversidade fsica
existente nesta unidade geogrfica influi nas condies altimtricas, geolgicas, hidrolgicas,
pedolgicas e microclimticas, que por sua vez, resultam na presena de distintas formaes
vegetacionais.
De acordo com o Sistema de Classificao da Vegetao Brasileira proposto oficialmente pelo

IBGE (1993), grande parte da rea de influncia do Arco Metropolitano est inserida na regio
de Domnio Fitoecolgico da Floresta Ombrfila Densa, tambm denominada Floresta Pluvial
Tropical, devido ntima relao desta fisionomia com ambientes ombrfilos, caracterizados
por elevadas temperaturas (mdias de 25C) e alto ndice pluviomtrico, com precipitaes
bem distribudas ao longo do ano e ausncia de perodos secos.
Originalmente, esta fisionomia da Mata Atlntica revestia, de forma contnua, toda a rea
abrangida pela Serra do Mar, pelas Colinas e Macios Costeiros e partes das plancies
litorneas do Estado do Rio de Janeiro, estendendo-se desde o nvel do mar at cotas acima
de 1.500 metros de altitude.
Com o processo de colonizao e explorao do Brasil, foram devastadas extensas reas

florestais e drasticamente reduzida a cobertura vegetal primitiva da Mata Atlntica (Dean,1997),
restando os remanescentes da Floresta Ombrfila Densa, agora encontrados somente nas
46
agudas escarpas da cadeia da Serra do Mar, prximo ao Oceano Atlntico, e nos cumes das
montanhas. Restou muito pouco das formaes exuberantes que embelezavam as baixadas
litorneas e as inclinaes mais suaves em direo a Oeste, que sofreram uma devastao
sem resistncias, em decorrncia da ocupao antrpica da Serra do Mar.
Para muitos autores, este processo de explorao a qualquer preo fez com que o bioma
acabasse por ficar inserido nos maiores plos industriais e agropecurios do Pas, alm dos
mais importantes aglomerados urbanos. Como resultado deste processo, menos de 8% da
rea atual do bioma Mata Atlntica preserva suas caractersticas biticas originais (Fundao
CIDE, 2003).
As caractersticas ecolgicas da rea de abrangncia do Arco Metropolitano destacam-se pela

heterogeneidade das condies ambientais e de uso e ocupao do solo. A seguir so
apresentadas as principais categorias vegetacionais, com base na classificao do IQM Verde
II, realizado em 2003 pela Fundao CIDE.
a) Floresta
Vegetao primria, formada por indivduos de porte arbreo em forma contnua, com as
espcies dispostas, segundo a altura, em at quatro estratos definidos, variando entre 20 e
30 metros de altura. Nesta legenda, incluem-se, alm das Florestas Ombrfila Densa,
Ombrfila Mista e Estacional Semidecidual, as secundrias antigas com porte arbreo,
estrutura florestal e ocorrncia de espcies clmax.
A Floresta Ombrfila Densa (Floresta Pluvial Tropical) recobre as encostas do litoral e das
Serras do Mar e da Mantiqueira. D lugar, nas reas dos Planaltos da Bocaina e de Itatiaia,
acima de 800 metros, Ombrfila Mista. Ambas esto relacionadas a ambientes com
menos de 60 dias secos no ano, sendo constitudas por rvores de folhas perenes.
A Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Semicaduciflia Tropical) apresenta-se

bastante fragmentada tanto no Norte e Noroeste Fluminenses quanto no Mdio-Baixo Vale
do rio Paraba do Sul. Est relacionada a ambientes com mais de 60 dias secos no ano,
apresentando entre 20% e 50% de espcies que perdem suas folhas na estao seca.
47
Em geral, os tipos florestais podem se apresentar em duas subclasses, uma correspondente
formao aluvial e outra reunindo as formaes denominadas florestas de terras
baixas, de encostas e de montanhas.
b) Vegetao secundria
Compreende tanto reas abandonadas aps diferentes tipos e intensidades de uso - o que
pode conduzir a diferentes padres de regenerao - quanto reas naturais ou em
regenerao submetidas a diferentes nveis de degradao, devido a fatores como fogo e
explorao de madeira. O resultado apresenta-se, geralmente, na forma de um mosaico,
com a ocorrncia de diferentes situaes numa mesma rea.
A Resoluo CONAMA n 010, de 1/10/1993, assim define Vegetao Secundria ou em

Regenerao: vegetao resultante dos processos naturais de sucesso, aps supresso
total ou parcial da vegetao primria por aes antrpicas ou causas naturais, podendo
ocorrer rvores remanescentes da vegetao primria.
b.1) Vegetao secundria em estgio de sucesso de inicial a mdio

Compreende tanto a vegetao herbceo-arbustiva de porte baixo, com cobertura
vegetal variando de fechada a aberta (estgio de regenerao inicial; Res. CONAMA
010/1993) quanto a vegetao arbrea e/ou arbustiva - predominando sobre a
herbcea e podendo constituir estratos diferenciados -, com fisionomia de aberta a
fechada e ocorrncia eventual de indivduos emergentes (estgio de regenerao
mdio; Res. CONAMA 010/1993).
Em certos casos, inclui manchas de rea degradada, devido dificuldade de se fazer a

distino entre ambas as classes, em decorrncia da escala adotada.
b.2) Vegetao secundria em estgio de sucesso avanado

Vegetao arbrea, dominante sobre as demais, formando um dossel fechado e
relativamente uniforme no porte, podendo apresentar rvores emergentes com
diferentes graus de intensidade e copas superiores horizontalmente amplas (Res.
CONAMA 010/1993).
48
c) Manguezal
Ambiente halfilo da desembocadura dos cursos dgua no mar, onde se desenvolve uma
vegetao que pode apresentar fisionomia arbrea ou herbcea (RADAMBRASIL, 1983).
constitudo de ...uma flora especializada, ora dominada por gramneas (Spartina) e

amarilidceas (Crinum), que lhe conferem uma fisionomia herbcea, ora dominada por
espcies arbreas dos gneros Rhizophora, Laguncularia e Avicennia. De acordo com a
dominncia de cada gnero, o manguezal pode ser classificado em mangue vermelho
(Rhizophora), mangue branco (Laguncularia) e mangue siriba (Avicennia), os dois
primeiros colonizando os locais mais baixos e o terceiro, os locais mais altos e mais
afastados da influncia das mars. (Res. CONAMA 010/1993).
Os Mangues podem ser encontrados em subtipos: manguezal arbreo e manguezal

herbceo.
d) Restinga
Vegetao pioneira de porte varivel encontrada sobre terrenos sedimentares quaternrios
marinhos, assim como sobre dunas e depresses arenosas inundveis costeiras. ...
tambm considerada comunidade edfica, por depender mais da natureza do solo do que
do clima. Ocorre em mosaico (...), apresentando, de acordo com o estgio sucessional,
estrato herbceo, arbustivo e arbreo, este ltimo mais interiorizado. (Res. CONA MA
010/1993). As espcies que a vivem (flora e fauna) possuem mecanismos para suportar os
fatores fsicos dominantes, como: salinidade, extremos de temperatura, forte presena de
ventos, escassez de gua, solo instvel e insolao forte e direta.
A Restinga pode ser subdividida em: restinga arbrea, restinga arbrea inundvel e restinga
arbustiva/ herbcea.
e) Campo inundvel
Vegetao pioneira sobre terrenos sedimentares quaternrios aluviais, sujeitos a
inundaes peridicas. Sua composio ... varia de acordo com a intensidade e durao da
inundao, apresentando originalmente fisionomia arbustiva ou herbcea (RADAMBRASIL,
1983). O arbustivo conhecido como brejo e o herbceo, como campo de vrzea.
f) Campo de altitude
49
Campo rupestre em rea de Refgio Vegetacional (IBGE, 2001) ou Ecolgico alto-montano
(RADAMBRASIL, 1983), caracterstico das reas superiores a 1.500 m do Macio do Itatiaia.
O campo de altitude ... apresenta uma cobertura herbceo-graminide intercalada por
pequenos arbustos, caracterizando-se pela ocorrncia de um grande nmero de famlias e
vrios gneros endmicos. (RADAMBRASIL, 1983).
g) Campo/Pastagem
Esto considerados nesta classe os campos antrpicos encontrados nas reas onde a
vegetao natural primitiva foi substituda por prticas de agricultura ou para o criatrio de
animais. No primeiro caso, o declnio da agricultura deu lugar a extensas reas recobertas
por vegetao herbcea sem nenhum uso atual (a fisionomia mais comum no territrio
fluminense). Os campos utilizados como criatrios so encontrados em escala menor. Nesta
classe, esto includos os campos que se instalaram no lugar dos remanescentes de savana
(cerrado), da Bacia Terciria de Resende.
Tambm so includas como reas antropizadas, reas degradadas e reas urbanas.
3.1.1.2. Unidades de Conservao

Os esforos para conservar remanescentes da cobertura vegetal nativa so de mrito das
Unidades de Conservao, com respaldo na legislao ambiental brasileira e em polticas
pblicas voltadas conservao ambiental.
A Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de

Conservao SNUC define Unidade de Conservao como:
O espao territorial e seus recursos ambientais, incluindo as guas jurisdicionais, com

caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com
objetivos de conservao e limites definidos, sob regime especial de administrao, ao
qual se aplicam garantias adequadas de proteo.
Com base no SNUC, as unidades de conservao esto organizadas em dois grandes grupos:
50
Unidades de Proteo Integral, com a finalidade de preservar a natureza, sendo admitido
apenas o uso indireto dos recursos naturais. Pertencem a esse grupo as categorias:
Estao Ecolgica ESEC;

Reserva Biolgica REBIO;
Parque Nacional PARNA;
Refgio de Vida Silvestre; e
Monumento Natural.
Unidades de Uso Sustentvel, visando conciliar a conservao da natureza com o

uso sustentvel de parte dos recursos naturais. Esse grupo constitudo pelas
categorias:
rea de Proteo Ambiental APA;

rea de Relevante Interesse Ecolgico ARIE;
Floresta Nacional FLONA;
Reserva Extrativista RESEX;
Reserva de Fauna;
Reserva de Desenvolvimento Sustentvel;
Reserva Particular do Patrimnio Natural - RPPN.
As UCs podem ser criadas pelo poder pblico federal, estadual ou municipal, sendo regidas e
administradas por legislao especfica dessas esferas de governo.
Os Planos de Manejo das UCs definem os usos que so permitidos dentro dos limites das
Unidades de Uso Sustentvel, visto que nas UCs de Proteo Integral, no so permitidos
usos antrpicos.
A Figura 3.1 apresenta a distribuio das Unidades de Conservao existentes na rea de

abrangncia do Arco Metropolitano.
51
3.1.1.3. Corredores Ecolgicos
Em reas com intenso crescimento populacional, a atividade humana transformou a paisagem
original em um mosaico fragmentado, que dominado por uma matriz antropizada, geralmente
resultante de atividades agropastoris e inseres urbanas ou de servios. Inseridas na matriz,
encontram-se manchas de ecossistemas originais ou deles derivadas, que funcionam como
habitats naturais.
As conexes entre os fragmentos so denominadas corredores ecolgicos, pois funcionam

como meio de passagem para a biota que os ocupa. Cada unidade da paisagem possui
estrutura, condies ambientais, funcionamento e percepes prprios e inerentes sua rea,
disposio espacial e/ou forma (Forman, 1995; Putz et al., 2001). A estrutura da paisagem de
suma importncia para a conservao de populaes biolgicas, pois dela depende a dinmica
de populaes (Collinge, 1996).
De acordo com o Programa de Proteo das Florestas Tropicais (PP-G7), no Estado do Rio de
Janeiro, com exceo dos fragmentos florestais localizados na Regio Norte Fluminense,
prximos divisa com os Estados do Esprito Santo e Minas Gerais, todos os demais
remanescentes da Mata Atlntica esto inseridos no Corredor Ecolgico da Serra do Mar,
tambm conhecido como Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar ou Corredor Sul da
Mata Atlntica (Aliana, 2009).
O Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar engloba um mosaico de usos e ocupaes do

solo, integrando reas protegidas, reas de cultivo, pastagens, centros urbanos e atividades
industriais. Apesar de circundar as duas maiores metrpoles do Brasil So Paulo e Rio de
Janeiro , este corredor possui a maior extenso contgua preservada da Mata Atlntica
localizada ao sul de sua distribuio geogrfica original.
No Corredor Ecolgico da Serra do Mar vrios remanescentes da Mata Atlntica esto

protegidos em 65 Unidades de Conservao de Proteo Integral, administradas pelos poderes
pblicos federal, estadual e municipal. Alm disto, existem 100 Reservas Particulares do
Patrimnio Natural (RPPN), que correspondem a 50% das reas florestais remanescentes da
Mata Atlntica na regio, contribuindo para a conservao de espcies endmicas e
ameaadas de extino.
52
Figura 3. 1 - Unidades de Conservao na rea de abrangncia do Arco Metropolitano
3.1.1.4. reas Prioritrias para Conservao da Biodiversidade

Desde a Conveno sobre Diversidade Biolgica (CDB) realizada em 1992, o governo
brasileiro vem desenvolvendo importantes instrumentos para possibilitar a efetiva conservao
da diversidade biolgica do Pas. Para cumprir com as diretrizes e as demandas da CDB,
elaborou-se a Poltica Nacional de Diversidade Biolgica, e o Programa Nacional da
Diversidade Biolgica - PRONABIO, viabilizando as aes propostas pela Poltica Nacional
(MMA, 2002).
Objetivando apoiar iniciativas que ofeream informaes e subsdios bsicos para a elaborao
tanto da Poltica como do Programa Nacional, criou-se o Projeto de Conservao e Utilizao
Sustentvel da Diversidade Biolgica Brasileira PROBIO. Este projeto tem como misso
53
avaliar e identificar reas e aes prioritrias para a conservao dos biomas brasileiros.
Atravs do PROBIO, foram realizados workshops e estudos (entre 1997-2000), tendo-se
definido as principais reas prioritrias para conservao na Amaznia, Caatinga, Cerrado e
Pantanal, Mata Atlntica e Campos Sulinos, e na Zona Costeira e Marinha.
Os critrios utilizados para a definio das reas mais relevantes foram baseados nas
informaes disponveis sobre biodiversidade e presso antrpica, que incluem os ndices de
diversidade biolgica, grau de ameaa das espcies, presena de ecorregies, entre outros
critrios. A metodologia utilizada consiste na reunio de um conjunto de informaes, no
somente dos aspectos biolgicos, mas tambm dos aspectos sociais e econmicos de uma
regio, para servir de apoio definio de reas e de aes prioritrias para a conservao
(MMA, 2002).
Desta forma, as reas definidas como prioritrias foram mapeadas e classificadas em quatro
nveis de importncia:
rea de extrema importncia biolgica;

rea de muito alta importncia biolgica;
rea de alta importncia biolgica; e
rea insuficientemente conhecida, mas de provvel importncia biolgica.
No final do processo, foram escolhidas 900 reas que foram reconhecidas pelo Decreto n
5092, de 21 de maio de 2004 e institudas pela Portaria n 126, de 27 de maio de 2004, do
Ministrio do Meio Ambiente.
Neste momento, a atualizao das reas e Aes Prioritrias para Conservao, Utilizao
Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade, em funo da disponibilidade de
novas informaes e instrumentos, de responsabilidade do MMA, em consonncia com as
estratgias sugeridas pela Conveno sobre Diversidade Biolgica (CDB), pelo PAN-Bio -
Diretrizes e Prioridades do Plano de Ao para Implementao da Poltica Nacional de
Biodiversidade, aprovado na 9 Reunio Extraordinria (Deliberao CONABIO n 40 de
07/02/06); e pelo Plano Nacional de reas Protegidas - PNAP, institudo pelo Decreto n 5758
de 13/04/2006.
54
Vale destacar que na Regio Sudeste, extensas reas foram indicadas como prioritrias; tm
incio no litoral norte do Paran e acompanham a costa at a divisa do Estado do Rio de
Janeiro e do Esprito Santo, incluindo algumas das reas mais bem conservadas de floresta
ombrfila densa atlntica do Brasil: trechos da conhecida Serra do Mar, com vrias
denominaes regionais e serras mais interiores, em que essa formao constitui amplas reas
de transio (ectonos) com a floresta estacional semidecidual (MMA, 2002).
Segundo MMA (2002), embora a Regio Sudeste concentre um conjunto substancial das mais
renomadas instituies de pesquisa na rea ambiental, nela foi localizada a maioria das reas
consideradas de provvel importncia biolgica, mas insuficientemente conhecida. Grande
parte dessas reas representa justamente remanescentes de floresta estacional semidecidual,
sendo por isso necessrio um maior esforo para analisar o efeito da fragmentao florestal na
composio quali-quantitativa e na dinmica da vegetao.
Na rea de abrangncia do Arco Metropolitano, uma das reas que se sobressai a Serra dos
rgos, localizada no extremo norte da rea de Estudo III. A Serra dos rgos constitui rea
contnua de Floresta Ombrfila Densa Montana e Alto - Montana, compreendendo Unidades de
Conservao de uso sustentvel e proteo integral, mas que, no entanto, necessitam de
implementao efetiva. A rea apresenta expressiva riqueza tanto da flora quanto da fauna,
com ndices de endemismo e ameaadas de extino (MMA, 2002).
A Figura 3.2 apresenta a distribuio das reas prioritrias para conservao da biodiversidade
na regio de estudo, conforme definies do PROBIO, e o Quadro 3.1 quantifica essas reas
por municpio da rea de abrangncia do Arco Metropolitano. Verifica-se que 32% do territrio
da rea de abrangncia do Arco Metropolitano esto indicados pelo PROBIO como reas de
alta, muito alta e extremamente alta prioridade para conservao.
55
Figura 3. 2 - reas Prioritrias para conservao da biodiversidade definidas pelo PROBIO na
rea de abrangncia do Arco Metropolitano
56
Quadro 3. 1 - reas Prioritrias para Conservao da Biodiversidade na rea de Abrangncia do
Arco Metropolitano
rea do Prioridade para Conservao (km)

Municpio Municpio rea de Estudo Muito Extremamente
(km) Alta
Alta Alta
AP 5.2 Rio de Janeiro 291,24 rea de estudo I 16,29
AP 5.3 Rio de Janeiro 163,49 rea de estudo I 21,46
AP 3 Rio de Janeiro 203,27 rea de estudo II 1,59 0,87
Belford Roxo 77,76 rea de estudo II
Cachoeiras de Macacu 957,09 rea de estudo III 177,31 451,20
Duque de Caxias 465,05 rea de estudo II 70,31 34,88
Guapimirim 357,41 rea de estudo III 179,53
Itabora 429,11 rea de estudo III 75,98 42,96
Itagua 278,96 rea de estudo I 11,04 138,13
Japeri 81,99 rea de estudo II 8,62
Mag 390,51 rea de estudo II 1,15 130,38 15,43
Mangaratiba 369,62 rea de estudo I 105,08 1,71 19,06
Maric 363,05 rea de estudo III 173,28 36,13
Mesquita 41,62 rea de estudo II
Nilpolis 19,31 rea de estudo II
Niteri 134,59 rea de estudo III 9,29
Nova Iguau 519,04 rea de estudo II 69,73 22,14
Paracambi 188,35 rea de estudo II 82,69
Queimados 76,43 rea de estudo II
Seropdica 265,04 rea de estudo I 12,01
So Gonalo 248,31 rea de estudo III 9,95 4,00
So Joo de Meriti 34,98 rea de estudo II
Tangu 141,85 rea de estudo III 36,95
Total: 6.098,08 315,88 748,82 894,45
57
3.1.1.5. Descrio por rea de Estudo
Os Quadros 3.2 e 3.3., abaixo, resumem os dados dos padres de uso do solo e cobertura
vegetal por municpio inserido em cada rea de Estudo da rea de abrangncia do Arco
Metropolitano, ilustrados pela Figura 3.3, verificando-se a presena tanto de reas
antropizadas quanto de reas que ainda possuem cobertura vegetal nativa e em diferentes
estgios de sucesso. Os Quadros 3.4 a 3.6 apresentam a quantificao detalhada do uso do
solo e cobertura vegetal por municpio.
Quadro 3. 2 - Total de rea Antropizada na rea de abrangncia do ARCO RJ.

2
rea de Estudo rea Total rea antropizada (km ) Percentual de rea
2 antropizada (%)
(km )
rea de Estudo I 1.368,35 744,92 54,4
rea de Estudo II 2.098,31 1.335,91 63,7
rea de Estudo III 2.631,43 1.457,02 55,4

2 2
Total 6.098,09 km 3537,85 km 58,0%
Quadro 3. 3 - Total de Vegetao Nativa presente na rea de abrangncia do ARCO RJ.
rea de Estudo rea Total rea de vegetao Percentual de vegetao

2 2
(km ) nativa (Km ) nativa (%)
rea de Estudo I 1.368,35 522,66 38,2
rea de Estudo II 2.098,31 712,39 34,0
rea de Estudo III 2.631,42 1.100,01 42,0

2 2
Total 6.098,09 km 2.335,06 km 38,3%
Conforme observa nos quadros acima, destaca-se que em cada rea de Estudo, os ndices de
antropizao superam mais da metade do total de cada rea. Dessa forma, 58% de toda a rea
de abrangncia do Arco Metropolitano se encontra ocupada principalmente por
campos/pastagem, culturas, reas degradadas e/ou reas urbanizadas.
58
Nota-se que a rea de Estudo II apresenta maior porcentagem de reas antropizadas,
ocupando 1.335,91 km2, o que corresponde a 63,7% do total da regio de estudo.
A Figura 3.4 sintetiza os padres de uso do solo e cobertura vegetal, agrupados pelas
principais tipologias.
A rea de Estudo II apresenta tambm a maior rea de ocupao urbana (807,62 km2), o que
corresponde a 38,5% do total. Porm, a rea de Estudo I que apresenta a maior poro de
rea degradada, o que se encontra principalmente no municpio de Itagua.
Tanto a rea de Estudo I como a III apresentam ndices de antropizao relativamente

semelhantes, apresentando em mdia 55% de suas reas ocupadas, principalmente, por
campos/pastagem e reas urbanizadas. Observa-se que a maior parte da rea ocupada por
campos/pastagem se encontra na rea de Estudo III total de 676,20 km2 (25,7% do total da
rea), com destaque para os municpios de Cachoeiras do Macacu, Itabora, Maric e Tangu.
Porm, a rea de Estudo I, em relao s outras duas, a que apresenta a maior porcentagem
de rea ocupada por campos/pastagem (27,3% do total de sua rea).
59
Figura 3. 3 - Mapa do Uso e ocupao do solo e cobertura vegetal na rea de
abrangncia do Arco Metropolitano
Conforme j exposto no item 3.1.1.1, a cobertura original da Mata Atlntica foi drasticamente
reduzida na regio, devido intensa atividade humana, restando somente fragmentos de
florestas nativas em diversos estgios sucessionais e nveis de preservao. Desta forma, o
que resta da Floresta Ombrfila Densa e dos tipos vegetacionais nativos da regio encontra-se
em nveis crticos de preservao.
O Quadro 3.3, antes exposto, mostra a quantificao da cobertura vegetal na regio de estudo,
verificando-se que apenas 38,3% do total de toda rea de abrangncia do Arco apresenta-se
com algum tipo de formao florestal ou vegetao natural. Destaca-se, como j comentado
60
anteriormente, que a rea de Estudo III possui maior rea de remanescentes de vegetao
nativa e a rea de Estudo II a menor proporo de rea com cobertura vegetal.
Figura 3. 4 - Mapa de Uso e ocupao do solo e cobertura vegetal na rea de abrangncia

do Arco sntese
A maior poro de florestas e vegetao nativa da regio avaliada est presente na rea de
Estudo III, apresentando 1.100 km2, ou 42% do total da rea ocupada por algum tipo de
vegetao nativa. Destaca-se uma faixa de floresta de terras baixas/encostas (482 km2.
18,3%), somando-se ainda os remanescentes de florestas em estgio sucessional avanado
(243,3 km2; 9,2%) e florestas em estgio de sucesso inicial/mdio (289 km2; 11%).
61
Quadro 3. 4 - Quantificao dos padres de uso do solo para anlise de vegetao nativa e nveis
de antropizao da rea de Estudo I de Estudo I
Veg.secundr
Campos Floresta de Veg.secundr ia
rea do Mangueza
/ terras baixas, Manguezal Restinga ia em estgio em estgio rea rea
Municpio Municpio Cultura l
Pastage encostas e herbceo arbustiva de sucesso de sucesso degradada urbana
(km) arbreo
m montanhas avanado inicial a
mdio
AP 5.2 291,24 22,13 0,89 14,18 17,94 18,75 4,40 0,90 57,65 11,51 135,85
AP 5.3 163,49 21,45 31,07 0,00 5,19 0,97 0,00 2,26 4,00 0,00 72,59
Itagua 278,96 137,69 9,06 20,70 3,37 0,00 0,78 51,97 10,64 32,26 0,00
Mangaratiba 369,62 27,96 1,76 229,76 1,19 0,00 1,57 27,60 30,15 4,88 9,88
Seropdica 265,04 163,97 20,81 0,00 0,00 0,00 0,00 5,91 12,78 0,00 41,16
Total Km2 1368,35 373,2 63,59 264,64 27,69 19,72 6,75 88,64 115,22 48,65 259,48
Total % 27,3 4,6 19,3 2,0 1,4 0,5 6,5 8,4 3,6 19,0
Fonte: Mapa de Uso e Ocupao do Solo, Fundao CIDE (2001;2003).
importante destacar que reas de manguezais e restingas foram intensamente ocupadas e

substitudas por atividades produtivas e/ou ocupao urbana. Isto se confirma com ausncia
quase completa desses tipos de vegetao nas trs reas de Estudo. Nenhuma das reas de
Estudo apresenta ndices maiores que 2,5% de mangue ou restinga; no entanto, observa-se,
no municpio de Guapimirim (rea de Estudo III) e Duque de Caxias (rea de Estudo II), dois
municpios localizados nas bordas da Baa da Guanabara, expressiva presena de manguezal
do tipo arbreo.
62
de antropizao da rea de Estudo II
Floresta de
Veg.secundria Veg.secundria
rea do terras rea
Campos / Manguezal Manguezal Restinga em estgio de em estgio de rea
Municpio Municpio Cultura baixas,
Pastagem arbreo herbceo arbustiva sucesso sucesso urbana
(km) encostas e degradada
avanado inicial a mdio
montanhas
AP 3 203,27 0,31 0,00 0,00 1,23 0,24 0,00 3,08 3,37 10,56 179,89
Belford Roxo 77,76 3,62 1,41 0,00 0,00 0,00 0,00 3,01 0,02 5,19 64,01
Duque de Caxias 465,05 65,93 12,13 119,07 25,22 5,49 0,00 21,89 11,80 0,87 188,35
Japeri 81,99 39,23 5,88 0,00 0,00 0,00 0,00 4,72 0,31 0,00 30,74
Mag 390,51 56,98 46,76 109,73 13,96 0,26 0,00 63,53 4,82 0,00 89,02
Mesquita 41,62 3,88 0,00 19,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 3,10 14,32
Nilpolis 19,31 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,54
Nova Iguau 519,04 102,09 16,27 168,21 0,00 0,00 0,00 20,50 33,64 8,80 159,64
Paracambi 188,35 95,79 8,49 0,00 0,00 0,00 0,00 44,87 29,84 0,00 7,40
Queimados 76,43 32,37 7,69 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00 2,10 0,00 30,73
So Joo de Meriti 34,98 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,65 33,98
Total Km2 2098,31 400,49 98,63 416,46 40,41 5,99 0 163,6 85,93 29,17 807,62
Total % 19,1 4,7 19,8 1,9 0,3 0,0 7,8 4,1 1,4 38,5
63
de antropizao da rea de Estudo III.
Floresta de
Veg.secundria Veg.secundria
rea do terras
Campos / Manguezal Manguezal Restinga em estgio de em estgio de rea rea
Municpio Municpio Cultura baixas,
Pastagem arbreo herbceo arbustiva sucesso sucesso inicial degradada urbana
(km) encostas e
avanado a mdio
montanhas
Cachoeiras de
Macacu 957,09 201,49 135,13 357,30 0,00 0,00 0,00 65,49 179,51 0,00 15,24
Guapimirim 357,41 55,66 84,75 84,09 38,04 0,04 0,00 37,87 1,84 1,03 47,47
Itabora 429,11 185,53 90,35 0,00 19,08 0,00 0,00 25,41 7,56 0,00 97,56
Maric 363,05 115,50 4,54 22,29 0,00 0,00 0,66 77,41 24,45 0,00 70,82
Niteri 134,59 3,28 0,00 18,28 0,01 0,00 0,00 9,65 20,34 1,09 70,87
So Gonalo 248,31 44,70 0,38 0,01 0,00 27,73 0,00 10,65 18,96 0,84 142,50
Tangu 141,85 70,06 4,39 0,03 0,00 0,00 0,00 16,89 36,45 0,00 13,85
Total Km2 2631,42 676,20 319,54 482,00 57,12 27,76 0,66 243,36 289,11 2,97 458,31
Total % 25,7 12,1 18,3 2,2 1,1 0,03 9,2 11,0 0,1 17,4
A seguir, apresenta-se uma anlise mais detalhada das condies de cobertura vegetal e da
presena de Unidades de Conservao em cada rea de Estudo.
rea de Estudo I (Poro Oeste)
A regio que compreende a rea de Estudo I caracterizada como importante plo econmico
para a regio Metropolitana do Rio de Janeiro, exercida pela presena do porto de Itagua e
empreendimentos siderrgicos.
No passado, a rea de Estudo I encontrava-se originalmente coberta por Floresta Ombrfila

Densa, incluindo formaes florestais, manguezais, matas ciliares e comunidades aluviais.
Atualmente, uma rea composta predominantemente por campo (periodicamente alagvel),
formado, principalmente, por ervas invasoras. Esta situao reflete o antropismo estabelecido
64
no local, que resultou em uma reduo significativa das unidades florestais em bom nvel de
integridade ambiental.
A rea de entorno do Arco Metropolitano abrange um mosaico de vegetao constitudo de

ambientes florestais e campestres. As comunidades vegetais distribuem-se em faixas e
manchas irregulares ao longo da plancie costeira. Estes ambientes encontram-se em distintos
estados de conservao, conforme o tipo de ao antrpica em cada trecho. De um modo
geral, as reas situadas na poro setentrional, mais afastadas do mar, encontram maior nvel
de degradao, sendo ocupadas mormente por pastagens associadas a restos de vegetao
nativa, formada por pequenos fragmentos de cobertura arbustivo-arbrea.
Na regio central e noroeste da rea de Estudo I, destaca-se a heterogeneidade da paisagem,

que assume caractersticas rurais. Nesta regio, onde se encontra o municpio de Seropdica,
percebe-se um mosaico de paisagens composto por campos e fragmentos florestais bastante
degradados. Mesmo assim, esto presentes importantes unidades de conservao, com
destaque para a Floresta Nacional de Mrio Xavier, alm de RPPNs que cumprem a funo de
proteo ambiental dos remanescentes que ainda resistem presso antrpica da regio.
Por apresentar forte influncia nas condies ambientais da baa de Sepetiba e em todo o
ecossistema associado a florestas de encostas e manguezais, toda a poro oeste da rea de
Estudo I classificada como de prioridade muito alta e extremamente alta para a conservao
da biodiversidade, conforme critrios determinados pelo PROBIO (MMA, 2002), e segundo
ilustra a Figura 3.2, antes apresentado.
O Quadro 3.7 quantifica as reas definidas pelo PROBIO para conservao da biodiversidade,
de acordo com sua prioridade, na rea de Estudo I, verificando-se que cerca de 24% do seu
territrio esto indicados como de alta e extremamente alta prioridade para conservao da
biodiversidade.
Quadro 3. 7- Distribuio percentual das reas definidas pelo PROBIO para conservao da
biodiversidade na rea de Estudo I
65
Prioridade para Conservao (%)
rea do
Municpio Extremamente
Municpio (km) Alta Muito Alta
Alta
AP 5.2 Rio de Janeiro 291,2 5,6 0,0 0,0
AP 5.3 Rio de Janeiro 163,5 13,1 0,0 0,0
Itagua 279,0 4,0 0,0 49,5
Mangaratiba 369,6 28,4 0,5 5,2
Seropdica 265,0 0,0 0,0 4,5
Total 1.368,4 11,2 0,1 12,4
O Quadro 3.8 relaciona as Unidades de Conservao presentes na rea de Estudo I. Foram

consideradas tambm as UCs localizadas em municpios fora da rea de abrangncia do Arco,
mas que possuem parte de seus limites nos municpios inseridos em alguma das reas de
Estudo.
A rea de Estudo I apresenta 296,34 km2 de reas protegidas inseridas no sistema de

Unidades de Conservao, o que representa 22% da sua rea total sob proteo ambiental.
Mesmo existindo tais Unidades, nota-se que as reas protegidas presentes enquadram-se
somente na categoria de Uso Sustentvel, no havendo UCs de Proteo Integral.
Quadro 3. 8 - Unidades de Conservao da localizadas na rea de Estudo I
Nome_UC Jurisdio Tipo_UC Municpio rea da UC Bioma

66
no Municpio
FN Mrio Xavier Federal US Seropdica 4,92 Mata Atlntica
RPPN Stio Poranga Federal US Itagua 2,12 Mata Atlntica

RPPN Fazenda
Federal US Mangaratiba 0,94 Cerrado
Cachoeirinha
RPPN Gotas Azuis Estadual US Seropdica 0,07 Mata Atlntica
Mangaratiba, Angra
APA de Mangaratiba Estadual US 255,18 Mata Atlntica/Costeiro
dos Reis
AP 5.3, Itagua,
APA do Rio Guandu Municipal US 33, 1 Mata Atlntica
Seropdica
2
rea Total = 296,34 km
PI Proteo Integral. US - Uso Sustentvel.
Fonte: Mapa de Uso e Ocupao do Solo. Fundao CIDE (2001).
Ao sul da rea de Estudo I, onde se encontra a baa de Sepetiba, esto instaladas indstrias
de grande porte e o porto de Itagua. Esta regio apresenta elevado ndice de ocupao
urbana, concentrando-se entre a BR-101 e ao norte do Porto de Itagua. expressiva a
presena de reas classificadas como manguezal arbreo associadas faixa litornea.
O municpio de Mangaratiba destaca-se pela presena da vegetao que se encontra em

encostas e terras baixas. O que resta das formaes florestais ainda presentes se encontra
sob proteo de Uso Sustentvel, pela presena de Unidades de Conservao como a APA de
Mangaratiba, APA do Rio Guandu e RPPN Fazenda da Cachoeirinha.
Resumindo, destacam-se para a rea de Estudo I as seguintes caractersticas:
Maior percentual de rea ocupada por campos/pastagem (27,3%);

Maior percentual de reas degradadas: 48,7 km2 (3,6%);
Menor poro de reas protegidas em Unidades de Conservao: 296,34 Km2 (22%);
Ausncia de Unidades de Conservao da categoria de Proteo Integral.
67
rea de Estudo II
A cobertura vegetal ao longo do traado do Arco Metropolitano que inclui a rea de Estudo II
constitui-se de pequenos e mdios fragmentos florestais. Os fragmentos esto representados
por matas secundrias em diferentes estgios de recuperao, dispostas em torno de alguns
ncleos urbanos e reas rurais, relativamente prximas a manchas de vegetao maiores,
geralmente includas em Unidades de Conservao.
Ao norte do Segmento C/D do Arco, percorrendo os municpios de Paracambi, Nova Iguau,

Duque de Caxias e Mag, destacam-se importantes fragmentos de florestas em estgio
sucessional avanado, inicial e mdio, alm de florestas de terras baixas e de encosta.
Grande parte da vegetao conservada encontra-se protegida por Unidades de Conservao,

com destaque para a Reserva Biolgica de Tingu (norte de Nova Iguau e Duque de Caxias),
alm de RPPNs que se encontram no municpio de Mag (Quadro 3.9).
Quadro 3. 9 - Unidades de Conservao localizadas na rea de Estudo II
rea da
Nome_UC Jurisdio Tipo_UC Municpio UC no Bioma
Municpio
PE da Pedra Branca Estadual PI Rio de Janeiro 125,23 Mata Atlntica/Costeiro
RB e Arqueolgica de
Estadual PI Rio de Janeiro 36,02 Mata Atlntica/Costeiro
Guaratiba
Nova Iguau, Duque de

RB do Tingu Federal PI 248,41 Mata Atlntica
Caxias
PNM de Nova Iguau Municipal PI Nova Iguau 11,37 Mata Atlntica
PN da Serra dos Mag e (Petrpolis,

Federal PI 18,23 Mata Atlntica
rgos* Guapimirim,Terespolis)
Federal US Rio de Janeiro 0,97 Mata Atlntica/Costeiro

RPPN Stio Granja
68
rea da
Municpio
So Jorge
RPPN Centro
Ecolgico Metodista Federal US Rio de Janeiro 1,02 Mata Atlntica/Costeiro
Ana Gonzaga
RPPN Querncia Federal US Mag 1,13 Mata Atlntica/Costeiro
RPPN El Nagual Federal US Mag 1,13 Mata Atlntica
Mag, Duque de Caxias

APA de Petrpolis* Federal US e (Guapimirim, 127,84 Mata Atlntica
Petrpolis)
APA das Serras do Nova Iguau, Mesquita,

Estadual US 68,61 Mata Atlntica
Gericin-Mendanha Rio de Janeiro
Japeri, Nova Iguau,

APA do Rio Guandu Municipal US 30,88 Mata Atlntica
Paracambi,Queimados
APA do Xerm Municipal US Duque de Caxias 100,09 Mata Atlntica
APA de Pedra Lisa Municipal US Japeri 17,71 Mata Atlntica
APA do Morro de
Municipal US Japeri, Paracambi 6,58 Mata Atlntica
Japeri
APA do Rio D'Ouro Municipal US Nova Iguau 25,39 Mata Atlntica
APA do Rio Santana Municipal US Nova Iguau, Paracambi 1,43 Mata Atlntica
Municipal US Nova Iguau 17,38 Mata Atlntica

APA do Rio So
69
rea da
Municpio
Pedro de Jaceruba
APA do Rio Tingu/

Municipal US Nova Iguau 47,53 Mata Atlntica
Iguau
APA Tinguazinho Municipal US Nova Iguau 11,71 Mata Atlntica
2
Para a rea de Estudo II, as UCs na categoria de Uso Sustentvel representam 52% (459,4
km2) do total de reas protegidas. Esto presentes tambm nesta regio UCs de Proteo
Integral, apresentando o total de 439,26 km2, equivalente a 20,9% do total da rea da rea de
Estudo II. Portanto, tm-se 43% do territrio da rea de Estudo sob proteo legal em
Encontra-se, ainda, a sudoeste do Segmento C, uma grande extenso de florestas de terras

baixas e encostas, ocupando parte significativa dos municpios de Nova Iguau e Mesquita.
Nesta zona, esto inseridas reas protegidas municipais, destacando-se o Parque Natural
Municipal de Nova Iguau e a APA das Serras do Gericin-Mendanha.
O Parque Natural Municipal de Nova Iguau (PNMNI) o primeiro geoparque1 do Estado de

Rio de Janeiro. Criado em 1998, localiza-se na Baixada Fluminense, na Serra de Madureira, na
sua vertente iguauana. Junto com o Parque Municipal do Mendanha/RJ faz parte da APA do
Gericin-Mendanha, uma rea de importante valor ecolgico, considerada Reserva da Biosfera
1
Segundo a definio da UNESCO, um geoparque "um territrio de limites bem definidos com uma rea suficientemente
grande para servir de apoio ao desenvolvimento s cio local". Deve abranger um determinado nmero de stios geolgicos de
relevo ou um mosaico de entidades geolgicas de especial importncia cientfica, raridade e beleza, que seja representativa de
uma regio e da sua histria geolgica, eventos e processos. Poder possuir no s significado geolgico, mas tambm ao nvel
da ecologia, arqueologia, histria e cultura (PNMIG, 2009).
70
pela UNESCO em 1996. Em 05 de junho de 2004, foi elevado categoria de geoparque, em
funo dos inmeros atrativos geolgicos existentes. O PNMNI constitui um importante
remanescente da Mata Atlntica, onde se destacam vrios exemplos da flora e fauna da regio
(PNIMIG, 2009).
So grandes os esforos para a conservao da biodiversidade local, j que esta regio

atravessada por importante malha viria (BR 116, BR 101, RJ 097), induzindo a ocupao
antrpica. Observa-se no Quadro 3.10, a seguir, as reas destacadas como de alta, muito alta
e extremamente alta prioridade para conservao da biodiversidade na rea de Estudo II, com
predomnio da categoria muito alta.
A rea de Estudo II destaca-se pelas seguintes caractersticas:
Maior rea de ocupao urbana: 807,62 km2 (38,5%);

Maior percentual de rea antropizada (63,7%);
Menor percentual de rea com cobertura de vegetao nativa (34%);
Maior rea relativa conservada sob regime de Unidades de Conservao: 898,66 Km2
(43%);
Maior rea com a presena de Unidades de Conservao sob categoria de Uso Sustentvel
(459,4 km2).
71
Quadro 3. 10 - Distribuio percentual das reas definidas pelo PROBIO para conservao da
biodiversidade na rea de Estudo II

rea do
Alta
AP 3 Rio de Janeiro 203,3 0,8 0,4 0,0
Belford Roxo 77,8 0,0 0,0 0,0
Duque de Caxias 465,0 15,1 7,5 0,0
Japeri 82,0 0,0 10,5 0,0
Mag 390,5 0,3 33,4 4,0
Mesquita 41,6 0,0 0,0 0,0
Nilpolis 19,3 0,0 0,0 0,0
Nova Iguau 519,0 13,4 4,3 0,0
Paracambi 188,4 0,0 43,9 0,0
Queimados 76,4 0,0 0,0 0,0
So Joo de Meriti 35,0 0,0 0,0 0,0
Total 2.098,3 6,8 13,3 0,7
rea de Estudo III
Na rea de Estudo III encontra-se a totalidade do Segmento A do Arco Metropolitano. Essa

rea apresenta grande densidade demogrfica, desde o municpio de So Gonalo at
72
Itabora. Mesmo assim, observa-se ao norte e nordeste da rea, a presena de fragmentos de
florestas nativas em estgio de sucesso avanado e sucesso inicial/mdio.
Com base em informaes do Instituto Nacional de Pesquisas do Jardim Botnico do Rio de

Janeiro, a vegetao local predominantemente florestal (Floresta Ombrfila Baixo Montana e
Floresta Ombrfila Montana), com pequenos trechos de vegetao rupcola em algumas
escarpas.
A Floresta Baixo - Montana recobre a maior parte da regio norte da rea de Estudo III, onde
se encontram os pontos mais altos de algumas serras. O dossel atinge at cerca de 25 m de
altura, com emergentes relativamente freqentes, que em geral ultrapassam 35 m de altura. O
sub-bosque ralo e rico em arbustos e indivduos jovens de espcies arbreas. A riqueza de
trepadeiras lenhosas notvel e caracteriza a fisionomia da floresta nesta regio. As epfitas
so pouco expressivas, sendo encontradas em maior abundncia apenas nas grotas e
margens dos rios. A flora desta regio, representada atravs da quantificao do inventrio
realizado por pesquisas do Instituto de Pesquisas do Jardim Botnico, apresenta uma das mais
elevadas riqueza de espcies em Mata Atlntica no Rio de Janeiro (consulta on line - JBRJ,
2009).
Ao norte dessa rea de Estudo, localizam-se os municpios de Guapimirim (a noroeste) e

Cachoeiras de Macacu (a nordeste), sendo o primeiro caracterizado como municpio serrano,
situado no sop da Serra dos rgos. Guapimirim o municpio com maior nmero de
Unidades de Conservao na rea de Estudo III; em seguida, vem o municpio de Cachoeira
de Macacu.
O Quadro 3.11 relaciona as Unidades de Conservao presentes na rea de Estudo III.
Quadro 3. 11 - Unidades de Conservao da localizadas na rea de Estudo III
Nome_UC Jurisdio Tipo_UC Municipio rea da UC no Bioma
73
Municpio
PE da Serra da Tiririca Estadual PI Niteri, Maric, So 23,37 Mata Atlntica/Costeiro
Gonalo
PN da Serra dos Federal PI Guapimirim e (Mag, 27,08 Mata Atlntica

rgos Terespolis Petrpolis)
EE do Paraso Estadual PI Cachoeiras de 49,32 Mata Atlntica

Macacu, Guapimirim
PE dos Trs Picos Estadual PI Cachoeiras de 463,18 Mata Atlntica

Macacu, Terespolis
etc.
APA de Guapimirim Federal US Guapimirim, Itabora 139,27 Mata Atlntica/Costeiro

etc.
APA da Bacia do Rio Federal US Cachoeiras de Macacu 61,95 Mata Atlntica/Costeiro

So Joo/Mico-Leo- e outros municpios
Dourado vizinhos.
APA de Maca de Estadual US Cachoeiras de Macacu 0,88 Mata Atlntica

Cima e outros municpios
vizinhos
APA da Bacia do Rio Estadual US Cachoeiras de 194,98 Mata Atlntica/Costeiro

Macacu Macacu, Itabora,
Guapimirim
APA de Maric Estadual US Maric 9,69 Costeiro
Guapimirim e (Mag, 23,80

Duque de Caxias,
APA de Petrpolis* Federal US Petrpolis) Mata Atlntica
2

Verifica-se que a rea de Estudo III se destaca por apresentar maior quantidade de reas
protegidas em Unidades de Conservao. As Unidades de Uso Sustentvel totalizam 430,57
74
km2, correspondendo a 16,4% do total de reas protegidas. As Unidades de Proteo Integral
apresentam 562,95 km2, o que equivale a 21,4% do total da rea de Estudo.
Portanto, rea de Estudo III apresenta 37,8% de reas sob proteo ambiental abrigadas em
As principais reas protegidas existentes se destacam, no somente pelo potencial turstico,

mas pela presena de corpos dgua que desguam na baa de Guanabara, banham a regio
da APA do Guapimirim e da estao Ecolgica do Paraso. Nesta zona se encontram, ainda, o
Parque Nacional da Serra dos rgos, o Parque Estadual dos Trs Picos e a APA da Bacia do
Rio Macacu.
Segundo o Projeto Manguezal, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas do Jardim

Botnico do Rio de Janeiro desde 2001, a APA do Guapimirim engloba os manguezais da
poro oriental da baa de Guanabara, nos municpios de Mag, Guapimirim, Itabora e So
Gonalo, tornando-se a primeira Unidade de Conservao especfica de manguezais (JBRJ,
2001).
Alm de manguezais, a APA de Guapimirim compreende regies ocupadas por atividades

agrcolas e zonas urbanas, que so compostas por pequenos ncleos de pescadores,
agricultores e populao de baixa renda, que respondem por alguns dos principais entraves
adequada gesto da APA: aterros, invases, vazadouros de lixo, desmatamentos, queimadas e
despejo de esgoto. Soma-se a isto, a presena do plo industrial instalado na bacia da baa de
Guanabara e os acidentes ocorridos, principalmente por derrames de leo (Amador, 1997).
Embora a estrutura fsica da APA no seja suficiente para efetivar a recuperao dos danos
ambientais, a partir do rompimento do oleoduto da Petrobras, ocorrido em janeiro de 2000, foi
iniciada uma srie de investimentos, na tentativa de contribuir para a preservao deste que
um dos maiores remanescentes de manguezal do Estado do Rio de Janeiro (consulta on line
JBRJ, 2009).
A rea de Estudo III destaca-se ainda por fazer parte da proposta de um corredor ecolgico no
Rio de Janeiro denominado Cordo da Mata. O corredor proposto pelo Instituto Estadual de
Florestas do Rio de Janeiro procura interligar remanescentes florestais da Regio Serrana e do
75
Norte Fluminense, envolvendo diversas iniciativas em vrias escalas. Esto inseridos neste
corredor os Parques Estaduais dos Trs Picos e do Desengano (Fundao CIDE, 2001).
A regio sul da rea de Estudo III destaca-se pela presena de fragmentos florestais de terras
baixas e manguezais arbreos e herbceo, alm da presena de corpos dgua e salinas. Uma
faixa de vegetao, que se estende desde sudeste a sudoeste, apresenta remanescentes de
florestas de terra baixa e encosta, vegetao secundria em estgio de sucesso avanada e
inicial/mdia.
Apesar da presena de vegetao nativa na regio sudeste - sudoeste da rea de Estudo III,
importante destacar que ela se encontra cercada por reas de cultivos, pecuria e forte
presso urbana. Por este motivo, os remanescentes de vegetao encontrados nos municpios
de Niteri, Maric, Itabora e Tangu apresentam-se como reas de muito alta e extremidade
alta prioridade para implantao de estratgias de conservao da biodiversidade, segundo as
diretrizes do PROBIO (MMA, 2002), e quantificado no Quadro 3.12, abaixo.
Conforme j mencionado, o Segmento A do Arco Metropolitano est totalmente inserido na

rea de Estudo III, percorrendo os municpios de Mag, Guapimirim e Itabora. Em sua rea de
influncia direta, percorre o extremo noroeste da baa de Guanabara, passando pela APA de
Guapimirim, onde se encontram manguezais arbreos e uma poro de vegetao em estagio
de sucesso inicial. A rea se caracteriza pela forte presso antrpica, devido presena
significativa de reas urbanas, concentradas em ncleos que acompanham quase que de
forma contnua os eixos rodovirios, com destaque para o aglomerado So Gonalo-Itabora,
ao longo das rodovias BR 101 e BR 493 (Boher et al., 2007).
Os dados abaixo destacam as caractersticas da rea de Estudo III:

Maior rea de campos/pastagem (676,20 Km2), mas a segunda em proporo (25,7%) do
total da rea III;
Maior percentual de culturas agrcolas: 319,54 km2 (12,1% ocupados por culturas);
Maior rea com cobertura de vegetao nativa: 1.100 km2 (42%);
Segunda maior rea conservada sob regime de Unidades de Conservao: 993 m2 (38%);
Segunda maior rea com a presena de Unidades de Conservao sob categoria de Uso
Sustentvel (430 km2 16,4%)
76
Maior rea com presena de Unidades de Conservao da categoria de Proteo Integral
(563 km2 21,4%);
Maior percentual de reas classificadas pelo PROBIO como de muito alta (18,7%) e
extremamente alta (27%) prioridade para conservao.
Quadro 3. 12 - Distribuio percentual das reas definidas pelo PROBIO para conservao da
biodiversidade na rea de Estudo III

rea do
Alta
Cachoeiras de Macacu 957,1 0,0 18,5 47,1
Guapimirim 357,4 0,0 0,0 50,2
Itabora 429,1 0,0 17,7 10,0
Maric 363,1 0,0 47,7 10,0
Niteri 134,6 6,9 0,0 0,0
So Gonalo 248,3 4,0 1,6 0,0
Tangu 141,9 0,0 26,0 0,0
Total 2.631,4 0,7 17,8 27,0
3.1.2. Recursos Hdricos e Usos das guas

Os municpios atravessados pelo Arco Metropolitano inserem-se predominantemente em duas
grandes bacias hidrogrficas a bacia da Baa da Guanabara e a bacia da Baa de Sepetiba .
Ambas tm sua rede de drenagem contribuinte diretamente ao Oceano Atlntico.
Essas duas bacias constituem duas das sete Macrorregies Ambientais (MRAs) em que foi
subdividido o Estado do Rio de Janeiro (Decreto Estadual n 26.058 de 14 de maro de 2000),
77
para efeitos do planejamento e interveno da gesto ambiental, a MRA1 e a MRA2, que esto
assim definidas:
MRA 1 Bacia da Baa da Guanabara, das Lagoas Metropolitanas e Zona Costeira

Adjacente: envolve as sub-bacias dos rios que desembocam na Baa de Guanabara,
destacando-se os rios Iguau, Carioca, Iraj, So Joo de Meriti, Estrela, Surui,
Roncador, Guapi, Guarai, Macabu, Caceribu, Guaxindiba, Imboassu e Bomba, e os
canais do Fonseca e de Icara;
MRA 2 Bacia Contribuinte Baa de Sepetiba: contempla as sub-bacias do crrego

Caratuacaia e os rios Jacare, Grande, Ingaiba, So Braz, do Saco, Sa, Joo Gago,
Muriqui, Catumbi, Muxiconga, da Draga, Botafogo, Tingussu, Timirim, Mazomba-Cao,
da Guarda, Guandu-canal de So Francisco, Guandu-Mirim-canal Guandu, canal de
So Fernando, Canais do It e Pau Flexas e os rios do Ponto, Piraqu-Cabuu, Piraco,
Portinho e Joo Correia.
O Quadro 3.13 apresenta a distribuio da rea territorial dos municpios da rea de

abranncia do Arco Metropolitano nas duas grandes bacias hidrogrficas antes referidas.
Quadro 3. 13 - Distribuio Territorial dos Municpios da rea de Abrangncia do Arco Metropolitano nas
Bacias Hidrogrficas das Baas da Guanabara e Sepetiba
78
% do Municpio na Bacia
rea de
Municpio rea do Municpio Baa da
Estudo Baa de Sepetiba
Guanabara
Belford Roxo 77,76 rea de estudo II 100,0 -
Cachoeiras de Macacu 957,09 rea de estudo III 91,2 -
Guapimirim 357,41 rea de estudo III 96,9 -
Itabora 429,11 rea de estudo III 100,0 -
Itagua 278,96 rea de estudo I - 100,0
Japeri 81,99 rea de estudo II - 100,0
Mag 390,51 rea de estudo II 98,9 -
Mangaratiba 369,62 rea de estudo I 2,5 95,1
Maric 363,05 rea de estudo III 13,6 -
Mesquita 41,62 rea de estudo II 89,8 10,2
Nilpolis 19,31 rea de estudo II 100,0 -
Niteri 134,59 rea de estudo III 96,2 -
Paracambi 188,35 rea de estudo II - 99,7
Queimados 76,43 rea de estudo II 1,9 98,2
Rio de Janeiro - AP - 3 203,27 rea de estudo I 100,0 -
Rio de Janeiro - AP - 5.2 291,24 rea de estudo I 11,1 88,8
Rio de Janeiro -AP - 5.3 163,49 rea de estudo I - 100,0
So Gonalo 248,31 rea de estudo III 98,9 -
So Joo de Meriti 34,98 rea de estudo II 100,0 -
Seropdica 265,04 rea de estudo I - 100,0
Tangu 141,85 rea de estudo III 100,0 -
79
Figura 3. 5 Mapa de bacias hidrogrficas
O Quadro 3.14 apresenta a distribuio da rea territorial dos municpios da rea de

abrangncia do Arco Metropolitano nas duas grandes bacias hidrogrficas antes referidas.
80
Quadro 3. 14 - Distribuio Territorial dos Municpios da rea de Abrangncia do Arco Metropolitano nas
Bacias Hidrogrficas das Baas da Guanabara e Sepetiba
% do Municpio na Bacia
rea de
Municpio rea do Municpio Baa da
Estudo Baa de Sepetiba
Guanabara
Belford Roxo 77,76 rea de estudo II 100,0 -
Cachoeiras de Macacu 957,09 rea de estudo III 91,2 -
Guapimirim 357,41 rea de estudo III 96,9 -
Itabora 429,11 rea de estudo III 100,0 -
Itagua 278,96 rea de estudo I - 100,0
Japeri 81,99 rea de estudo II - 100,0
Mag 390,51 rea de estudo II 98,9 -
Mangaratiba 369,62 rea de estudo I 2,5 95,1
Maric 363,05 rea de estudo III 13,6 -
Mesquita 41,62 rea de estudo II 89,8 10,2
Nilpolis 19,31 rea de estudo II 100,0 -
Niteri 134,59 rea de estudo III 96,2 -
Paracambi 188,35 rea de estudo II - 99,7
Queimados 76,43 rea de estudo II 1,9 98,2
Rio de Janeiro - AP - 3 203,27 rea de estudo I 100,0 -
Rio de Janeiro - AP - 5.2 291,24 rea de estudo I 11,1 88,8
Rio de Janeiro -AP - 5.3 163,49 rea de estudo I - 100,0
So Gonalo 248,31 rea de estudo III 98,9 -
So Joo de Meriti 34,98 rea de estudo II 100,0 -
Seropdica 265,04 rea de estudo I - 100,0
Tangu 141,85 rea de estudo III 100,0 -
81
Os municpios de Cachoeiras de Macacu, Niteri e So Gonalo tm pequenas parcelas de
seus territrios inseridas nas bacias de Maca e Contribuintes da Lagoa Feia, e na bacia do rio
So Joo e Complexo Lagunar. J o municpio de Maric possui 86% de sua rea inserida na
bacia do rio So Joo e Complexo Lagunar.
Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Mag, Mangaratiba e Paracambi tm

pequenas pores de suas reas localizadas na bacia do Baixo Paraba do Sul.
Contudo, para efeitos da presente anlise, so de maior destaque as bacias da Baa da

Guanabara e da Baa de Sepetiba, onde se espera que sejam mais evidentes os efeitos da
implantao do Arco Metropolitano e dos empreendimentos a ele integrados.
Em termos da distribuio territorial das trs reas de Estudo nas duas principais bacias
hidrogrficas consideradas, a situao a mostrada no Quadro 3.15.
Quadro 3. 15 - Distribuio das reas de Estudo nas Principais Bacias Hidrogrficas da Regio
Insero na Bacia da Baa da Insero na Bacia da Baa de

Guanabara Sepetiba
rea de Estudo
2 2
km % km %
2
I 1.572 km 245 15,6 1.318 83,8
2
II 1.895 km 1.251 66,0 632 33,4
2
III 2.631 km 2.215 84,2 0 0,0
Verifica-se o predomnio da rea de Estudo I na bacia da Baa de Sepetiba, e das reas de

Estudo II e III na bacia da Baa da Guanabara, sendo que a rea de Estudo III no possui
reas inseridas na bacia da Baa de Sepetiba.
Verifica-se que a maior parte dos municpios insere-se, total ou parcialmente, na bacia da Baa
da Guanabara, sendo que seis municpios possuem seus territrios integralmente inseridos
nessa bacia, enquanto quatro municpios, na bacia da Baa de Sepetiba.
82
De acordo com o Mapa Geoambiental do Estado do Rio de Janeiro, a rea de abrangncia do
Arco Metropolitano faz parte do Domnio Geoambiental I Faixa Litornea, e compreende as
Colinas Isoladas (colinas residuais sustentadas por gnaisses, granitoides e granodioritos) e as
Baixadas (plancies constitudas por sedimentos fluviais recentes).
Do ponto de vista geomorfolgico, as baias da Guanabara e de Sepetiba constituem blocos

rebaixados e afogados pelo mar, limitados ao sul pelo oceano e pela restinga de Marambaia,
respectivamente. Muitos dos morrotes que hoje pontilham a baixada da bacia do rio Guandu
constituam-se de pequenas ilhas isoladas unidas recentemente pela sedimentao
quaternria.
As Colinas Isoladas se formaram pela sedimentao fluvial nos baixos cursos dos principais
rios da regio, que destacou as litologias remanescentes situadas no graben da Baia da
Guanabara. Suas amplitudes topogrficas so inferiores cota 50 m.
Os terrenos deste Domnio so susceptveis a eroso nas reas mais baixas e planas, entre as
colinas isoladas, e de moderada susceptibilidade nas vertentes mais declivosas. No entanto,
nas vertentes convexas, a susceptibilidade a eroso baixa.
Os processos de meteorizao so intensos, formando solos residuais e coluviais de

espessura considervel, com moderada a alta capacidade de carga.
Ocorrem aqferos livres a confinados, restritos aos vales planos, com potencial hidrogeolgico
baixo a nulo.
No Domnio da Baixada, ocorrem solos hidromrficos associados a locais com maior restrio
de drenagem e solos aluviais distrficos associados a plancies mais bem drenadas. So os
sedimentos quaternrios argilo-arenosos e/ou areno-argilosos resultantes do trabalho dos rios
da regio, que formam terrenos inundveis nas margens desses rios, e onde devem ser
evitadas intervenes.
O lenol fretico elevado e passvel de contaminao. O potencial hidrogeolgico dos

aqferos sedimentares considerado de alta qualidade.
83
Ao norte da rea de estudo, destacam-se os contrafortes da Serra do Mar, em uma sucesso
de cristas, vales e escarpas, formados a partir do final do Cretceo, somente consolidados no
Quaternrio Inferior, a partir do qual foi sendo gerado o complexo serrano-baixada,
principalmente por rochas do Complexo Paraba do Sul, apresentando algumas intruses de
rochas alcalinas.
No sul e leste da rea, predominam sedimentos de idade Quaternria, representados

predominantemente por areias quartzosas formando praias, cordes litorneos e, at mesmo,
dunas j estabilizadas.
As formas de relevo do Domnio da Baixada foram elaboradas principalmente durante o

perodo Tercirio.
Os vales so constitudos por sedimentos fluviais, coluviais e depsitos de talus. Junto ao

litoral, a bacia dos rios Guandu e da Guarda, principais contribuintes da Baa de Sepetiba,
apresenta sedimentos fluviais argilosos, caractersticos de ambientes de deposio lagunar,
apresentando ainda extensas reas de brejo com o lenol fretico praticamente aflorando na
superfcie.
Na foz dos rios Guandu e da Guarda (Baa de Sepetiba) e Iguau (Baa da Guanabara), ainda
so encontrados mangues com seus depsitos caractersticos de sedimentos finos (argilosos).
Quanto aos parmetros climticos, a temperatura mdia do ar na regio em estudo varia de 20

C a 28 C, sendo que o trimestre mais quente ocorr e de dezembro a fevereiro e o mais frio, de
junho a agosto.
A umidade mdia relativa do ar atinge valor mximo (88%) no perodo de maior pluviosidade
(dezembro-maro) e valor mnimo (65%) entre maio e setembro, podendo apresentar variaes
intermensais que podem atingir at 8%. A regio em estudo, por estar prxima linha da costa
recebe, normalmente, maior contribuio de umidade do ar de origem marinha devido s
circulaes atmosfricas predominantes, trazida pelos ventos alsios. Dessa forma, apresenta
sempre ndices elevados de umidade (maiores que 70%).
84
Os efeitos orogrficos, a proximidade do mar e a direo das massas de ar combinam-se para
produzir microclimas e variaes de regime pluvial a curtas distncias na regio de estudo. A
precipitao mdia anual situa-se entre 1.000 mm e mais de 2.230 mm. As serras apresentam
precipitaes superiores s zonas de baixada. O perodo de precipitao pluviomtrica mxima
vai de dezembro a maro (vero) e o de precipitao mnima, de junho a agosto (inverno). O
ms mais seco junho, com uma precipitao mdia mensal de 30 mm, e o mais chuvoso e
janeiro, com mdia mensal de 110 mm.
As precipitaes pluviomtricas que atingem a regio esto associadas aos diversos

mecanismos atmosfricos, tais como: frentes frias (todo o ano), linhas de instabilidade
(primavera vero) e formaes convectivas regionais (primavera, vero e outono), originadas
de sistemas provenientes do setor norte - noroeste. As entradas de frentes frias, normalmente,
so de carter mais intenso para chuvas e, principalmente, ventos, apos o sistema frontal
passar pelo litoral sul e adentrar a regio da Baa da Guanabara.
Os efeitos de orografia e as entradas de frentes frias so responsveis pela ocorrncia de

eventos extremos de precipitao, caracterizados por chuvas de grande intensidade.
3.1.2.1. Bacia da Baa da Guanabara

A Baa de Guanabara possui uma superfcie de aproximadamente 381 km2, comportando um
volume de gua de 3 bilhes de metros cbicos, circundado por um permetro de 131 km.
A bacia hidrogrfica tem rea de 4.081 km2, apresentando topografia diversificada, constituda
por plancies, das quais se destaca uma grande depresso denominada baixada fluminense,
pelas colinas e macios costeiros e pelas escarpas da Serra do Mar.
Os divisores de guas tm incio no Po de Acar e prosseguem pelas cristas da Serra da

Carioca, dos Macios da Tijuca e Pedra Branca e pelas Serras de Madureira-Mendanha,
Tingu, do Couto, da Estrela, dos rgos, Maca de Cima, Santana, Botija, Samb, Barro de
Ouro, Sapucaia, Cacorotiba, Tiririca e Grande, tendo seu trecho final no Morro da Virao, em
Niteri, nas proximidades da Fortaleza de Santa Cruz.
85
A Serra dos rgos se estende como um paredo abrupto e contnuo, com altitudes que
oscilam entre 800 e 1800 metros, chegando a apresentar picos que ultrapassam 2.200 metros.
A distncia entre a Serra do Mar e o litoral , em mdia, de 40 km, sendo que o trecho mais
afastado se situa na regio nordeste da bacia. Esta barreira orogrfica , em grande parte,
responsvel pelas condies climticas verificadas em toda a bacia.
Na regio, todas as serras esto situadas na rea de preservao permanente da Reserva

Biolgica do Tingu, administrada pelo IBAMA.
Nos macios litorneos, localizados bem prximos ao mar, as altitudes so menores: entre 400
e 1.000 metros, sendo que os localizados na regio oeste (Serras da Tijuca e da Pedra Branca)
so bem mais elevados que os da Serra da Tiririca, situada na regio leste da bacia.
A rea de drenagem contribuinte Baa da Guanabara limita-se a sudoeste com as sub-bacias

hidrogrficas da baixada de Jacarepagu e da Lagoa Rodrigo de Freitas; a oeste com a bacia
da Ba de Sepetiba, ao norte, com a bacia do rio Paraba do Sul (rios Piabanha e Dois Rios), a
leste, com as sub-bacias dos rios Maca e So Joo e a sudeste com as bacias das lagunas
de Piratininga Itaipu e Maric.
A diviso adotada atualmente para a bacia da Baa da Guanabara considera 25 bacias e sub-
bacias, sendo a rea de drenagem do rio Iguau uma Unidade Hidrogrfica.
A bacia hidrogrfica da Baa da Guanabara abarca os maiores centros urbanos e concentra

mais de 70% da populao fluminense, bem como a maioria das indstrias de maior porte do
Rio de Janeiro. Engloba a poro territorial mais desenvolvida do Estado e grande parte da
regio metropolitana, estando nela contidos 16 municpios, sendo 10 integralmente e 6
parcialmente.
A rede de drenagem da bacia composta de 50 rios e riachos, sendo os principais os rios

Macacu, Iguau, Estrela e Sarapu. Os trechos de baixo curso de muitos rios vm sendo
modificados desde o final dos sculos XIX e incio do XX, por obras de drenagem executadas
por Prefeituras, Governo do Estado e pela Unio.
86
As intervenes mais significativas se deram nas dcadas de 30 e 40, devido s obras de
dragagem, retificao e construo de canais, empreendidas pela Comisso de Saneamento
da Baixada Fluminense e posteriormente pelo hoje extinto Departamento Nacional de Obras e
Saneamento DNOS. As imensas reas urbanizadas resultaram na retificao e canalizao
em concreto de centenas de quilmetros de cursos dgua.
Os principais usos da gua identificados na bacia so o abastecimento de gua e a diluio de

efluentes domsticos e industriais.
Em relao ao abastecimento de gua, vrios rios situados nas vertentes das serras de So
Pedro, do Macuco e da Estrela, nos municpios de Nova Iguau e Duque de Caxias,
apresentam pontos de captao de gua para abastecimento, sendo os sistemas formados por
conjuntos de barragens e adutoras. Essas captaes compem seis mananciais superficiais
denominados: So Pedro, Rio dOuro, Parada Cachoeira, Tingia, Xerm e Mantiqueira.
As adutoras desses mananciais foram implantadas entre 1877 e 1912 e representavam at

1940 cerca de 80% do volume dgua disponvel para o abastecimento da cidade do Rio de
Janeiro, constituindo o mais antigo sistema de suprimento de gua da capital do Estado.
Atualmente, atendem, quase que exclusivamente, reas urbanizadas dos municpios da
Baixada Fluminense. As guas so de boa qualidade; o tratamento adotado inclui, alm de pr-
decantao, desinfeco com cloro.
Quanto ao balano entre oferta e demandas hdricas, segundo LIMA/COPPE (2008), o Plano
Diretor de Recursos Hdricos da Bacia da Baa da Guanabara indica que, j para o ano de
2005, so verificados dficits nos sistemas produtores de gua existentes (Quadro 3.16).
Para o ano de 2020, a demanda para abastecimento da populao urbana da bacia, inclusive
perdas, dever alcanar 52 m3/s, sendo que 35 m3/s corresponderiam s reas atualmente
atendidas pelo sistema Guandu/Ribeiro das Lajes. Os restantes 17 m3/s seriam atendidos
pelos mananciais locais. Esse valor representa 61% do total das disponibilidades obtidas com o
somatrio da vazo Q7,10 de todos os rios afluentes bacia (27,8 m3/s).
87
Conforme a mesma fonte, uma anlise deste resultado indica que, em 2020, se forem mantidas
as condies atuais de oferta de gua, o crescimento da populao levar a dficits hdricos
ainda maiores nos mananciais utilizados, conforme o quadro abaixo.
Quadro 3. 16 - Dficits hdricos dos sistemas Guandu, Saracuruna e Imunana 2005-2020
Sistema de Abastecimento Dficit em 2005 Dficit em 2020

3 3
(m /s) (m /s)
Rio Guandu/Ribeiro da Lajes 0,255 1,148
Barragem do Saracuruna 0,003 0,005
Rio Saracuruna 0,309 0,706
Canal do Imunana/Laranjal 3,376 6,491
Total 3,943 8,350

Fonte: adaptado de LIMA/COPPE (2008), com base em dados do Plano Diretor de Recursos
Hdricos da Bacia da Baa da Guanabara
O dficit de 1,148 m3/s no sistema Guandu/Ribeiro das Lajes afetar o municpio do Rio de
Janeiro e grande parte dos municpios da Baixada Fluminense.
J o dficit de 6,491 m3/s no canal de Imunana afetar os municpios de Itabora, So Gonalo

e Niteri, alm de reas fora da bacia hidrogrfica contribuinte para a bacia da Baa da
Guanabara (regio litornea de Niteri e Maric).
A diluio de esgotos domsticos e industriais representa um dos principais usos da gua

identificados na bacia. Aproximadamente 265 km de extenso de rios so usados com essa
finalidade, recebendo efluentes, direta ou indiretamente. O sistema de esgotamento sanitrio
operado pela CEDAE do tipo separador absoluto, que pode ou no receber os despejos
industriais, preliminarmente tratados, mas, em muitos casos, est associado ao sistema de
drenagem urbana.
Segundo LIMA/COPPE (2008), um problema de grandes dimenses associado s guas

pluviais contaminadas o grande nmero de favelas na regio da Baa da Guanabara, reas
88
muito difceis de serem esgotadas. Os esgotos gerados pela populao favelada formam valas
negras e acabam chegando aos sistemas de drenagem urbana e da aos rios e prpria baa.
Outros fatores que contribuem para a deteriorao da qualidade da gua da rede de drenagem
e da baa so os aterros do espelho dgua, as altas taxas de assoreamento decorrentes do
desmatamento e da destruio dos manguezais.
Como resultado dessa situao, a maioria dos cursos dgua das sub-bacias dos canais do
Mangue, do Cunha e dos rios Iraj, So Joo, Acari, Iguau e Estrela, que se encontra
canalizada de forma aberta ou subterrnea, apresenta suas guas extremamente poludas
pelas cargas de esgoto domstico e industrial que recebem.
O esgoto coletado na regio encaminhado para as Estaes de Tratamento de Esgotos

ETEs Pavuna e Sarapui.
As condies sanitrias dos rios da bacia impossibilitam sua utilizao como reas de lazer,
exceo de alguns locais situados prximo aos cursos superiores dos rios. A rea mais
expressiva situa-se nas imediaes da sede do distrito de Tingu, prximo aos limites da
Reserva Biolgica. Nesse local foi construda uma srie de bares, ao longo da margem direita
do rio Tingu, que oferece como atrativo para a populao a formao de piscinas naturais
devido ao represamento de alguns trechos.
Os rios Guapi e Macacu tm a melhor qualidade de gua, servindo como fonte de

abastecimento pblico para Niteri e So Gonalo. Nessa regio, localiza-se a APA de
Guapimirim, que engloba as desembocaduras dos rios Guapi, Macacu, Cacerebu e
Guaxindiba.
Quanto qualidade dos sedimentos da rede de drenagem e da prpria baa da Guanabara,

segundo LIMA/COPPE (op. cit.), estudos realizados pela FEEMA no final da dcada de 1990
mostraram que as concentraes de metais pesados foram maiores na poo noroeste da baa
da Guanabara, entre as desembocaduras dos rios Iraj, So Joo de Meriti, Sarapu e Iguau,
decrescendo em direo parte central e a entrada da baa. As concentraes de mercrio
foram maiores nos rios Acari / So Joo de Meriti, devido aos despejos da Cia.Eletroqumica
Panamericana. Em relao ao cromo, as maiores concentraes foram encontradas nos rios
89
Sarapu e Iguau, devido aos lanamentos da Bayer e REDUC. No caso do cobre, a maior
concentrao foi detectada no rio Inhomirim, afluente do rio Estrela.
Alm dos metais pesados, esto tambm presentes nos sedimentos da baa da Guanabara os
hidrocarbonetos de petrleo, processo que se intensificou aps os acidentes de derramamento
de petrleo ocorridos no ano 2000.
3.1.2.2. Bacia da Baa de Sepetiba

A Baa de Sepetiba um corpo dgua com 520 km2 e 170,5 km de permetro. A bacia da Baia
de Sepetiba, semelhana da que contribui para a Baa de Guanabara, pode ser classificada
tambm como uma regio hidrogrfica.
Abrange total ou parcialmente o territrio de 12 municpios fluminenses, a saber: Itagua,

Seropdica, Mangaratiba, Queimados, Japeri e Paracambi, Rio de Janeiro, Nova Iguau, Paulo
de Frontin, Miguel Pereira, Pirai e Rio Claro.
A bacia hidrogrfica contribuinte Baa de Sepetiba abrange uma superfcie de cerca de 2.711
km2 e possui dois conjuntos fisiogrficos distintos: o Domnio Serrano, representado por
montanhas e escarpas da vertente ocenica da Serra do Mar e pelos macios costeiros (Pedra
Branca, Mendanha, Ilha da Marambaia); e o Domnio da Baixada, representado por uma
extensa plancie flvio-marinha. Ocorrem ainda colinas residuais de transio entre os
domnios Serrano e Baixada.
Os divisores de gua, partindo da Pedra de Guaratiba, passam pelas Serras Preto do Cabuu,
Madureira, Gericino, Tingu, do Couto, So Pedro, Catumbi, Araras, Cacador, Leandro,
Itaguau e Lajes, terminando na Ponta de Gambelo, em Mangaratiba.
A bacia confronta-se a oeste com a bacia do rio Jacuacanga (bacia da Baa da Ilha Grande), ao
norte, com a bacia do rio Paraba do Sul (sub-bacias dos rios Pira, Alegre, Ub e Piabanha), a
leste, com a bacia da Baa da Guanabara e a sudeste, com a bacia da Baixada de
Jacarepagu.
O perodo de guas altas vai de dezembro a maro, sendo que as maiores vazes ocorrem
com maior freqncia em janeiro. O perodo de guas baixas vai de junho a setembro, com as
90
vazes mnimas ocorrendo mais freqentemente em julho. As descargas em geral
acompanham os ndices de precipitao.
Os rios que desembocam na baa esto sujeitos ao das mars, que influencia o
escoamento, e penetrao da cunha salina, que eleva os teores de cloretos e oxignio e
permite que os manguezais se instalem nas suas margens.
Os principais rios da bacia so o Guandu, da Guarda, canal Guandu, Mazomba, Piraqu,

Piracao, Portinho, Ingaiba, So Braz, do Saco e Sa.
A maioria dos rios apresenta seus baixos cursos bastante modificados em relao ao que eram
originalmente. Devido s inundaes constantes a que estava sujeita a regio, em face de sua
topografia plana, desde o sculo XVII os cursos dgua vm sendo retificados, dragados,
canalizados, unidos por vales etc.
Entre 1935 e 1941, o extinto DNOS realizou obras em praticamente todos os trechos fluviais de
baixada, incluindo no somente as bacias dos rios Guandu, da Guarda e dos rios da Zona
Oeste/RJ, mas tambm em algumas bacias de Mangaratiba e at na Restinga da Marambaia.
Foram concludas obras de 270 quilmetros de canais, 620 quilmetros de valetas e erguidos
50 quilmetros de diques.
Em termos ambientais, essas obras eliminaram ou reduziram drasticamente as vrzeas

alagadas e, conseqentemente, as matas paludosas e a vegetao herbcea aluvial.
Atualmente, o principal vetor de ocupao da bacia o avano da rea urbana. Em linhas

gerais, a Baixada pode ser caracterizada como rea de fronteira metropolitana.
Felizmente, intervenes pblicas marcantes na regio tm sido responsveis pela criao de

Unidades de Conservao, tal como descrito no item 3.4 deste relatrio.
Os recursos hdricos da bacia so utilizados para abastecimento pblico e industrial, recreao,

gerao de energia e diluio de efluentes.
As guas utilizadas para o abastecimento dos municpios do Rio de Janeiro e da Baixada

Fluminense (Nova Iguau, Duque de Caxias, Nilpolis, So Joo de Meriti, Belford Roxo,
91
Queimados e Japeri) provm dos Sistemas Paraba - Guandu (45,0 m3/s), ribeiro das Lajes
(5,1 m3/s), Acari (1,2 m3/s) e, ainda, de pequenos mananciais locais (0,3 m3/s).
O Sistema Guandu foi concebido considerando o atendimento rea do atual municpio do Rio
de Janeiro, ento Estado da Guanabara, at o ano 2000. Contudo, a fuso dos Estados do Rio
de Janeiro e da Guanabara ampliou a rea de influncia do sistema, reduzindo sensivelmente
o horizonte de auto-suficincia de abastecimento projetado.
O abastecimento de gua potvel na nova rea beneficiada pelo Sistema Guandu iniciou-se
com a construo da Adutora Principal da Baixada Fluminense, a partir da ETA do Guandu. A
Adutora da Baixada, embora ainda insuficiente para o atendimento da totalidade da regio,
possibilitou uma grande ampliao do sistema e a construo de alguns reservatrios.
Contudo, a rede de distribuio no se encontra setorizada, implicando um controle
operacional deficiente, o que, aliado ao baixo ndice de medio, acarreta um elevado nvel de
perdas.
Em conseqncia de todas essas obras terem sido realizadas em carter de emergncia, e

sempre com alcances inferiores demanda da poca, as expanses de rede foram sempre,
inevitavelmente, superiores capacidade de aduo do sistema.
A necessidade de reduo do dficit de produo de gua tratada, que afeta principalmente as

regies da Baixada Fluminense e Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, fez com que a
CEDAE iniciasse a execuo das obras de ampliao do complexo de produo do Guandu,
de forma a viabilizar a melhoria do abastecimento de gua da Baixada Fluminense (acrscimo
de 4 m3/s) e da cidade do Rio de Janeiro (3 m3/s), principalmente da Zona Oeste com 2 m3/s.
Recentemente, o Sistema Guandu sofreu ampliao para uma capacidade de aduo de cerca
de 47 m3/s e tratamento no entorno de 42 m3/s.
As obras de ampliao acopladas aos programas de setorizao e de desenvolvimento

operacional, em que so previstas aes contnuas para reverter o baixo ndice de medio,
permitiro o equacionamento dos problemas da continuidade do abastecimento no municpio
do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.
92
O tratamento efetuado atravs da ETA do Guandu, e os sistemas de desinfeco dos demais
mananciais, garantem a qualidade da gua distribuda populao.
A bacia da Baa de Sepetiba conta com importantes usinas de gerao hidreltrica do Estado
do Rio de Janeiro. As principais usinas esto situadas na parte de montante da bacia do rio
Guandu, e apenas uma delas, uma PCH particular, situa-se no rio Santana, tributrio da
margem esquerda do rio Guandu.
Em 1905, foi construda a barragem e o reservatrio de Lajes, no ribeiro das Lajes, bem como
a Usina Hidreltrica de Fontes. Posteriormente, em 1911, a bacia passou a receber as guas
do rio Pira, atravs de uma barragem neste rio e de um tnel que desembocava no
reservatrio de Lajes. Nos anos de 1940 e 1943, a barragem de Lajes foi alteada. Em 1952,
foram concludas as obras de desvio do rio Paraba do Sul - Pira e a Usina Hidreltrica de Nilo
Peanha.
A bacia da Baia de Sepetiba possui uma populao estimada superior a 1.300.000 habitantes.
A carga orgnica produzida na bacia superior a 70.000 kg/dia, em termos de DBO, lanada,
na prtica, diretamente nos corpos dgua, j que uma parcela muito pouco significativa
dotada de algum tratamento.
Nas reas desprovidas de esgotamento sanitrio, situao em que se encontra a maior parte
da bacia, os efluentes so conduzidos a fossas spticas individuais, geralmente sem
sumidouro, ou, na maioria dos casos, para as galerias de guas pluviais ou diretamente para
valas ou para fundos de vale e cursos dgua locais.
Como resultado, tem-se a degradao dos ecossistemas aquticos de toda a bacia

hidrogrfica. A situao sanitria da regio muito grave, principalmente nas reas de baixada,
sujeitas a inundaes peridicas.
Essa condio agravada pela falta de uma atuao das prefeituras no sentido de
conscientizar a populao sobre a importncia da limpeza peridica das fossas spticas que,
com o tempo, passam a operar como simples caixas de passagem, com pouca ou at mesmo
nenhuma depurao dos esgotos.
93
Em relao s atividades agrcolas, pode-se citar a oleicultura e a fruticultura como as
principais, predominando, em Itagua e Santa Cruz, a fruticultura, basicamente a cultura de
banana e coco.
Na regio do canal de So Francisco, localizam-se algumas reas com atividades

agropecurias. A utilizao de defensivos agrcolas e carrapaticidas intensa, podendo trazer
graves conseqncias, tanto para os rios quanto para as guas da baia, tendo em vista que
muitos desses compostos so resistentes e cumulativos na cadeia biolgica.
O parque industrial da bacia da Baa de Sepetiba constitui um dos maiores plos industriais do
Estado do Rio de Janeiro. Este fato, alm de contribuir para o agravamento da poluio
proveniente dos efluentes lquidos, aumenta tambm o risco de poluio por acidentes no
transporte de produtos, nas rodovias que cruzam os rios.
Se por um lado, a rea drenante Baa de Sepetiba j registra um nmero significativo de

indstrias de mdio porte, por outro lado, o nmero de indstrias de grande porte reduzido, o
que representa riscos ambientais bastante diferenciados, uma vez que, alguns setores
industriais apresentam melhor nvel de tecnologia ambiental e, conseqentemente, melhor
desempenho do que outros.
As principais tipologias industriais identificadas, no conjunto do parque industrial da bacia da

Baa de Sepetiba, so as seguintes: metalurgia, qumica, txtil, bebidas, minerais no metlicos
e editorial/grfico.
O setor de bebidas o mais moderno e o de melhor desempenho na bacia, oferecendo uma

adequada e contnua operao da estao de tratamento de efluentes lquidos, enquanto que
os setores providos de tecnologia mais antiga lanam no meio ambiente praticamente a quase
totalidade de seu potencial poluidor.
Por comparao com os outros setores, o setor metalrgico o de maior relevncia, tanto em
funo de quantidade produzida, quanto de importncia econmica. Seu potencial poluidor
considervel, seja ao nvel de rejeitos lquidos, seja ao de gerao de resduos slidos.
94
A indstria qumica, quanto ao potencial de contaminao por efluentes lquidos e por resduos
slidos, a segunda mais importante a ser considerada.
O Distrito Industrial de Nova Iguau, onde se localizam empresas poluidoras significativas,

motivo de grande preocupao, por constituir a maior ameaa tomada dgua da CEDAE no
rio Guandu, especialmente em funo de sua localizao, a apenas 7 km a montante da
captao.
As indstrias com maior potencial txico esto estabelecidas nos municpios de Queimados,
Itagua e na Zona Industrial de Santa Cruz.
Em termos de toxicidade, a descarga em grande quantidade de uma substncia de baixa

toxicidade supera, em termos de danos ambientais, a descarga de uma substncia
considerada de alta periculosidade, porm em quantidade reduzida. Deve-se salientar, ainda,
que no basta considerar somente o efluente industrial, dissociando a importante relao entre
o corpo dgua e as substncias potencialmente txicas de efluentes industriais, sendo, neste
sentido, de fundamental importncia promover avaliaes ecotoxicolgicas e estudos do corpo
receptor, tendo em vista, tambm, que a caracterizao dos efluentes, por si s, possui
limitaes.
Atualmente, a poluio ambiental mais relevante associada ao setor industrial relacionada

com a contaminao ambiental dos recursos hdricos por metais pesados, que se acumulam
nos sedimentos de fundo da Baa de Sepetiba, em especial na sua poro leste. A Cia.
Industrial Mercantil Ing, com lanamentos e derramamentos acidentais diretamente na costa,
figura como a principal geradora deste tipo de poluio.
Contudo, a poluio orgnica de origem industrial de menor relevncia frente aos nveis de
poluio de origem domstica verificados na bacia, em face do bom desempenho ambiental
das principais indstrias com potencial de gerao desse tipo de carga.
Os principais cursos dgua que recebem efluentes industriais so: rio Poos/Queimados, que
drena reas industriais do municpio de Queimados; Prata do Mendanha e Campinho, afluentes
do Guandu-Mirim, que drenam as reas industriais de Campo Grande, sendo que o primeiro
tambm recebe as guas de lavagem da ETA-Guandu; o canal do It, que drena as reas
95
industriais da poro leste da R.A. de Santa Cruz e o canal Santo Agostinho, que drena o D.I.
de Santa Cruz.
Quanto aos resduos slidos, considervel potencial poluidor existente na bacia, o problema
mais urgente situa-se no equacionamento dos passivos ambientais, em especial,
considerando-se a precariedade das condies de estoque dos resduos acumulados em
vrios pontos da bacia.
A regio de Itagua a principal supridora de areia para a Regio Metropolitana do Rio de

Janeiro, sendo intensa a atividade de extrao no leito dos rios e por meio de cavas. As lavras
de areia, principalmente em ambientes de cavas submersas, alcanam profundidades muito
grandes, formando lagos de colorao verde piscina. So observadas, tambm, cavas abertas,
de contorno irregular e de grande profundidade, muitas vezes interligadas em superfcie com a
calha do rio.
Esta atividade a causa de grandes danos ambientais, cuja reparao muito difcil, quando
se procura restabelecer as condies naturais.
No rio Guandu, a captao da CEDAE seriamente prejudicada pelas mudanas fsico-

qumicas da gua provocadas pela extrao de areia.
Alm disso, a descaracterizao das margens propicia o seu repovoamento por um tipo de
vegetao que, alm de no fix-las, se desprende, trazendo, tambm, problemas operacionais
para a captao na ETA Guandu.
Em face desses fatos a Comisso Estadual de Controle Ambiental, por meio da deliberao
CECA no 3.554, de 02 de outubro de 1996, procurou traar diretrizes para o disciplinamento e
controle da atividade no Estado, principalmente na sub-bacia do rio Guandu, com a suspenso
da concesso de novas licenas para empreendimentos de extrao de areia e, para aqueles
j instalados, que no tenham requerido a licena de extrao no leito do rio Guandu, no trecho
compreendido entre a Usina Pereira Passos e a Barragem da ETA Guandu.
96
O condicionamento de adoo de projetos de recuperao das margens do rio e de medidas
compensatrias por danos ambientais, imposta aos ncleos de extrao de areia e esta
deliberao, aplica-se tambm, aos contribuintes do rio Guandu.
Aspectos Oceanogrficos da Baa de Sepetiba 1
Tendo em vista a previso de construo de diversos empreendimentos na baa de Sepetiba,

no municpio de Itagua, constituintes do objeto da presente Avaliao Ambiental Estratgica,
importa conhecer os principais aspectos oceanogrficos da baa.
Temperatura
A distribuio espacial da temperatura apresenta um padro similar, independentemente da

estao do ano, havendo diferenas apenas no valor da temperatura da gua na superfcie e
no fundo. Os valores mdios anuais so da ordem de 25C no vero e de 22C no inverno.
A distribuio da temperatura da gua resulta do volume de aporte dos rios, da penetrao

ocenica e do grau de insolao.
A gua superficial da regio central da baa apresenta valores mais elevados de temperatura,
mdia superior a 25C, principalmente no entorno da s ilhas de Itacuru e da Madeira, devido
pouca circulao e baixa profundidade. Nas extremidades da baa, no pequeno canal de
comunicao com o oceano em Barra de Guaratiba e no canal principal entre as ilhas Grande e
Marambaia a temperatura mdia de 24C.
Salinidade
A baa de Sepetiba classificada segundo a Resoluo CONAMA n 357, de 17 de maro de

2005, como um corpo hdrico de guas salinas, Classe 1. O teor de salinidade na baa
compreende valores entre 32 e 25, em sua maior parte, sendo que, no fundo e em reas
costeiras, margem continental da baa, a partir da ilha de Itacuru, so verificados valores
de salinidade inferiores a 30. Na parte central, prxima Ilha de Jaguanum e na comunicao
com o oceano, so encontrados valores superiores a 32.
1
Fonte das informaes: COMPANHIA SIDERRGICA DO ATLNTICO CSA / ECOLOGUS ENGENHARIA
CONSULTIVA, 2005. EIA/RIMA do Terminal Porturio Centro Atlntico.
97
De acordo com dados de 1990 da FEEMA o aporte de gua doce, principalmente dos canais
de So Francisco e Guandu, tem influncia significativa na distribuio da salinidade no
interior da baa, evidenciado nos baixos valores encontrados naquela rea de desge, que
so menores que 14.
Regime de Mars
A anlise das constantes harmnicas permite concluir que o regime de mar na baa de
Sepetiba do tipo semidiurno, com desigualdade diurna. Naturalmente, os contornos da baa e
sua batimetria so fatores que influenciam a maior ou menor defasagem dos perodos de mar
no interior da mesma. A desigualdade diurna (diferena de altura entre duas preamares ou
baixa-mares sucessivas em um mesmo dia) provoca diferentes intensidades nas duas
correntes de enchente e de vazante que ocorrem diariamente.
Segundo informaes consultadas nas tbuas de mars para o Porto de Sepetiba fornecidas
pela Diretoria de Hidrografia e Navegao (DHN), a amplitude mdia das mars para o perodo
de quadratura de 0,50 m e para o perodo de sizgia de 1,4 m.
Regime de Ondas
A penetrao de ondas ocenicas na baa pequena ou desprezvel; as ondas no interior da

baa so geradas pelos ventos incidentes sobre o corpo lquido, basicamente os de Leste,
Sudeste e Nordeste, que provocam perturbaes na superfcie da gua.
A mdia da altura mxima de onda prevista para o entorno da baia de 0,25 m, para a regio
central de 0,35 m e nas reas sul e sudoeste da ilha de Itacuru a maior altura prevista de
0,50 m, devido influncia do canal de navegao da baa e da maior proximidade sua
entrada.
Correntes
A baa de Sepetiba um corpo dgua semiconfinado com dois acessos ao mar.
O acesso principal fica a Oeste, onde ocorrem as correntes de maior intensidade, alm de um
maior volume de guas renovadas. O outro fica a Leste, sendo constitudo por um canal
estreito (Canal do Bacalhau) que desgua na localidade de Barra de Guaratiba.
98
Hidraulicamente, esse canal tem pouca ou nenhuma influncia na circulao das guas na
baa. A circulao de guas na baa regida pelo fluxo e refluxo da mar.
A onda da mar do tipo estacionria, caracterstica tpica de baas e esturios. As

velocidades de corrente mxima, devido a este tipo de onda, ocorrem prximo s meias mars,
ou seja, na enchente e na vazante. As correntes de uma onda estacionria no dependem
tanto da profundidade, mas, principalmente, da amplitude e de outros fatores fsicos como
ventos, morfologia de fundo e configurao de canais. No caso da baa de Sepetiba, os fatores
determinantes da circulao so a mar, a morfologia costeira e de fundo e o vento.
A profundidade da baa maior na parte central, e vai diminuindo na medida em que se avana
para as bordas e para o fundo. Isto faz com que as guas escoem preferencialmente para a
parte mais profunda, formando uma espcie de canal central.
Hidrodinmica da Baa.
O comportamento hidrodinmico da baa de Sepetiba definido pelos principais fenmenos

que ocorrem no corpo dgua.
Estudos hidrulicos realizados pelo Instituto de Pesquisas Hidrovirias - INPH na baa de

Sepetiba entre agosto de 1974 e dezembro de 1975 mostraram que a circulao da gua na
regida predominantemente pela mar. Os efeitos meteorolgicos e aqueles associados s
descargas fluviais dos pequenos rios que desguam na baa so desprezveis.
Dessa forma, a mar o principal fator de renovao das guas da baa. Segundo Rodrigues o
padro de circulao da gua acompanha a morfologia do fundo e as correntes de enchente,
tanto na quadratura quanto na sizgia, so mais intensas do que as correntes de vazante.
A existncia dessas correntes preferenciais pode ser confirmada pela observao de imagens
suborbitais, que mostram as desembocaduras dos rios e canais da regio com forte inflexo
para Leste (foto abaixo), caracterizando a deriva desses deltas em funo das correntes.
99
Foz retificada do Canal de So Francisco, notando-se a ilha criada pela descarga slida e a deriva do delta, como
funo da corrente preferencial no sentido Leste (Fonte: CSA/ECOLOGUS, 2005, op.cit, apud Relatrio INPH n
002-2001)
As inverses de corrente ocorrem simultaneamente ao longo da vertical, caracterizando um

corpo d'gua no estratificado.
Na regio da baa de Sepetiba conclui-se, portanto, que a velocidade das correntes pode ser
bem representada por meio de valores mdios na vertical, sendo desnecessria a incluso de
gradientes de presso devido a gradientes de densidade. Alm da quase homogeneidade da
coluna dgua, o escoamento relevante nas situaes de interesse para aplicao de modelos
de simulao da circulao de gua na baa de Sepetiba predominantemente horizontal,
sendo os gradientes horizontais de presso devidos aos declives da superfcie livre muito
maiores que os devidos s variaes de densidade.
Aporte e Deposio de Sedimentos Fluviais na Baa
O transporte de sedimentos para a baa de Sepetiba um fenmeno natural determinado pelos

condicionantes fsicos da bacia de drenagem. No entanto, vem sendo agravado nos ltimos
quarenta anos em decorrncia de diversas atividades antrpicas, que concorrem para a
degradao dos solos e a reduo da cobertura vegetal, de forma disseminada em todo o
100
espao da bacia. Estas aes contribuem em menor ou maior grau para a intensificao da
produo e do transporte dos sedimentos, cujo resultado se faz sentir atravs do assoreamento
das calhas dos rios e finalmente na baa de Sepetiba.
Verifica-se que a deposio de sedimentos intensa, sobretudo na poro leste da baa, entre
a Ilha da Madeira e Guaratiba. Essa deposio provocou e vem provocando, em poucas
dcadas, o surgimento do delta do canal de So Francisco.
Os sedimentos que so arrastados para o extremo leste da baa, regio de Guaratiba,

possuem pequena mobilidade, ocasionada pela baixa circulao de gua nesta regio,
contribuindo assim para um processo de assoreamento e reduo da profundidade da baa.
Verifica-se, por exemplo, que na foz do Cabuu-Piraqu, os sedimentos em suspenso ficam
ao sabor do vai-e-vem das mars, adentrando os esturios (5 a 10 km) at onde a energia da
mar os possa levar.
A deposio cumulativa de sedimentos no extremo leste da baa, como decorrncia do delta,

provoca deslocamento das correntes para o Sul, com eventual repercusso sobre a costa
interior da restinga.
Na parte oeste da baa, o transporte de sedimentos se d com menor intensidade, existindo

situaes isoladas, em que o carreamento de sedimentos oriundos das encostas de solo
residual, colocadas a descoberto com a implantao de sistema virio na vertente ocenica da
serra do Mar, em especial a Rio-Santos, ir provocar o engordamento das praias da costa.
O aporte global de sedimentos baa de Sepetiba pode ser estimado em 1.150.000 t/ano, dos
quais 75% so oriundos do rio Guandu, a includos os sedimentos transpostos da bacia do
Paraba do Sul (28% do total). Entre os cursos dgua afluentes baa de Sepetiba destacam-
se aqueles responsveis pela maior parcela dos aportes lquidos e slidos, sobretudo no
tocante aos sedimentos finos, que se apresentam concentrados ao longo de uma extenso de
4 km, entre a foz do Mazomba e a foz do rio Guandu-Mirim. As fotos a seguir ilustram feies
crticas do processo de sedimentao que ocorre junto linha de costa, na poro leste da
Baa de Sepetiba.
101
Praia de Guaratiba (Praia da Capela) completamente recoberta por sedimentos finos e alta carga orgnica. (Fonte:
CSA / ECOLOGUS, 2005, op. cit.)
Intenso processo de sedimentao e assoreamento do Saco da Coroa Grande (Fonte: CSA / ECOLOGUS, 2005, op.
cit.)
102
3.1.2.3. guas Subterrneas
Regio da Bacia da Baa da Guanabara
Segundo apresentado no EIA/RIMA do COMPERJ (CONCREMAT, 2007), os aqferos

encontrados na regio da bacia da Baia da Guanabara dividem-se em: Aqfero Cristalino,
Aqfero Alviolacustre, Aqfero Macacu e Aqfero Sedimentar Marinho. Os aqferos
sedimentares Macacu e Alviolacustre so, certamente, mais relevantes do ponto de vista de
seu potencial hidrogeolgico, merecendo, assim, ateno especial quanto sua
vulnerabilidade ao antrpica.
Poos cadastrados na regio indicam que a Sudeste da bacia o pacote de sedimentos tem, em
mdia, 50 m de espessura, encontrando o embasamento, por vezes, aos 30 m de
profundidade. As maiores espessuras de sedimentos esto a noroeste da bacia.
O Aqfero Cristalino de mdia a baixa favorabilidade para explotao de gua subterrnea.

Na bacia, os poos cadastrados captam gua do sedimento e das fraturas com freqncia,
caracterizando uma captao mista, que dificulta a anlise dos parmetros hidrogeolgicos.
O Aqfero Alviolacustre caracteriza-se como semi-confinado, multicamadas, com camadas

arenosas produtivas at 20 m de profundidade, com vazes especficas superiores a 1,0
m3/h/m. A gua considerada de boa qualidade, porm, sensvel contaminao, devido
falta de tratamento de esgotos domsticos e industriais em reas de maior ocupao antrpica.
O Aqfero Macacu constitui uma unidade semi-confinada, sendo o aqfero produtor

representado pelas camadas arenosas intercaladas aos sedimentos mais finos. Esses pacotes
tm espessuras de at 200 m e vazes especficas entre 0,5 m3/h/m e 1,0 m3/h/m.
As captaes de gua geralmente so feitas por poos rasos, cacimbas ou poos escavados
com ponteiras, exceto nos locais de maior espessura dos aqferos, onde existem poos
tubulares construdos em formaes sedimentares. O Aqfero Macacu possui alto potencial de
explotao, com guas de boa qualidade, levemente ferruginosas.
103
O Plano Diretor de Recursos Hdricos da Bacia da Baa da Guanabara (citado por
LIMA/COPPE, 2008) apresenta os dados do quadro abaixo, relativos s reservas estimadas
dos aqferos da regio:
Quadro 4.17 - Reservas estimadas dos aqferos da regio da Baa da Guanabara
9 3 8 3 Rendimento mdio
Aqfero Rp = 10 m Rr = 10 m
3
por poo (m /h)
Alviolacustre 1,03 1,48 10 a 20
Macacu 0,39 0,39 20
Fluvio-marinho argilo-arenoso 0,92 0,69 5 a 10
Fonte: LIMA/COPPE (2008), com base em dados do Plano Diretor de Recursos Hdricos da Bacia da Baa da
Guanabara
A Reserva Permanente (Rp) obtida assumindo-se valores tpicos de porosidade efetiva dos
mananciais e calculando-se uma espessura mdia saturada. A Reserva Renovvel (Rr) a
quantidade de gua renovada, por ano, no meio aqfero, obtida atravs do conhecimento da
precipitao anual, taxa de infiltrao e rea do meio avaliado.
A recarga dos sistemas aqferos sedimentares (livres e semi-confinados) d-se pela infiltrao
direta das guas das chuvas nas superfcies aflorantes da Formao Macacu e dos sedimentos
quaternrios. As reas localizadas prximo ao sop das escarpas da Serra do Mar so
privilegiadas quanto recarga, uma vez que a barreira orogrfica representada pela serra
determina uma maior concentrao das chuvas.
De modo geral, os poucos estudos realizados na regio apontam o sentido de fluxo da gua
Sudoeste, controlados pelas diferenas de gradiente. Prximo aos canais dos rios Caceribu e
Macacu, o fluxo segue em direo a esses canais.
As guas salgadas e salobras que ocorrem nas reas de manguezais adentram os aluvies na
poro Oeste da rea. Valores altos de cloretos verificados em alguns poos existentes nas
proximidades da margem esquerda do rio Macacu resultam da entrada da cunha salina;
contudo, esse rio configura-se como barreira hidrogeolgica, visto que no foram encontrados
altos teores de cloretos em poos localizados na sua margem direita.
104
Regio da Bacia da Baa de Sepetiba
Segundo o Macroplano de Gesto e Saneamento Ambiental da Baa de Sepetiba (SMA/

CONSRCIO ETEP/ECOLOGUS/SM GROUP, 1997), de um modo geral, os aqferos
existentes na rea da bacia hidrogrfica da baa de Sepetiba podem ser divididos em duas
dominncias expressivas Aqfero Cristalino e Aqfero Sedimentar.
O primeiro domnio hidrogeolgico - Rochas do Embasamento Cristalino (aqferos

fissurados/manto de intemperismo) constitudos essencialmente por rochas metagneas do pr-
cambriano, bastante tectonizadas, ocupa a maior parte da rea.
As rochas cristalinas no formam um aqfero regional contnuo, mas apresentam condies

aqferas locais (rochas fraturadas e manto de intemperismo) e so exploradas por alguns
poos.
Os sedimentos quaternrios formam o segundo domnio, considerado como o principal sistema

aqfero da regio - Aqfero Sedimentar Quaternrio - abrangendo a rea de baixada,
representada por extensas plancies de origem flvio-marinha.
As vertentes mais acentuadas e os topos das elevaes, bem como divisores hidrogrficos
(interflvios) so considerados como zonas morfolgicas com limitao para acumulao de
gua subterrnea, independentemente do tipo de rocha ou grau de fraturamento. Ao contrrio,
os vales e as reas de plancie (baixada) apresentam situao morfolgica favorvel para
armazenar gua subterrnea.
A influncia exercida pelas lineaes tectnicas no comportamento de gua subterrnea

constitui, assim, situaes favorveis locao de poos tubulares profundos para o seu
aproveitamento. J a influncia da hidrografia na qualidade da gua subterrnea relativa, pois
depende da qualidade da gua superficial; tendo esta boa qualidade, a sua contribuio
positiva, pois sua infiltrao promove a circulao e renovao da gua subterrnea. Nesse
caso, a explorao nos vales fluviais ser favorvel, pois haver melhor quantidade e boa
qualidade de gua. Contido, a seleo desses locais somente ter sentido em funo da
proximidade com ncleos populacionais urbanos ou rurais para usufruir desse benefcio.
105
As reas com coberturas vegetais expressivas, como a oeste da Baa de Sepetiba,
proporcionam maiores volumes armazenados de gua no subsolo, pois a presena da
vegetao dificulta o escoamento superficial e propicia condies de maior infiltrao e
melhores condies de recarga aos aqferos (trechos das sub-bacias do Alto Guandu,
Santana, So Pedro, Queimados, Guandu-Mirim, Mazomba e Prata-Sa).
As coberturas inconsolidadas (manto de intemperismo) constitudas geralmente por material

areno-argiloso funcionam como camada reguladora da recarga, limitando a infiltrao, mas
podem constituir fonte de recarga importante para as rochas fraturadas subjacentes, pois
atuam como fonte de captao da gua precipitada em toda superfcie permevel ou semi-
permevel, diminuindo a perda por escoamento e evaporao.
A escolha de reas para explotao com coberturas inconsolidadas deve estar associada sua
constituio granulomtrica, evitando-se coberturas sltico-argilosas, relevo movimentado ou
bordas de elevao. No Macroplano antes referido, o manto de intemperismo foi englobado
no mesmo domnio dos aqferos fissurados pela ntima associao existente entre eles.
As fraturas e falhas constituem zonas do meio rochoso com acrscimo localizado de

porosidade, funcionando como polarizadores do fluxo dgua. Um poo locado sobre fraturas
ou falhas, dever apresentar maiores potencialidades aqferas. Locaes em cruzamentos de
fraturas constituem situaes mais favorveis que em fraturas simples (caracterizando duas ou
trs vezes mais a potencialidade aqfera).
No domnio sedimentar quaternrio, as camadas de areia esto intercaladas com material fino
(argilas e siltes), ocasionando variaes nos sentidos vertical e horizontal, em cada plancie e,
tambm, de uma plancie para outra. As camadas de areia entre as camadas argilosas e
siltosas, formam, por vezes, um aqfero lenticular que pode ser subdividido em sub-aqferos
confinados pelas camadas pouco permeveis.
A espessura dos aqferos quaternrios, com camadas confinantes bastante varivel.
No domnio sedimentar quaternrio, estima-se alcanar at 150-200 metros em alguns locais.

Em certas reas, o aqfero sedimentar influenciado pela cercania do mar, causando uma
106
intruso salobra e salina nesses sistemas. Em muitos lugares, pode acontecer a contaminao
dos aqferos relacionados s aglomeraes urbanas e industriais.
Nas reas de restinga e alagadios, o lenol fretico muito prximo da superfcie, em funo
da proximidade do mar e da prpria horizontalidade deste tipo de formao geomorfolgica. Os
aqferos so abundantes, porm, existe uma forte presena de gua salobra, devido
principalmente intruso da cunha salina por sub-superfcie.
No embasamento cristalino, estudos realizados no mbito do Plano Diretor de Abastecimento

de gua da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, indicam que as profundidades mdias
alcanadas dos poos so de 104 m no municpio de Paracambi, 79 m em Itagua, 86 m em
Queimados e 77 m em Seropdica. No entanto, a maior ocorrncia de gua subterrnea
verifica-se, em geral, at uma profundidade mdia de 60 m. As vazes so pequenas e a
qualidade da gua na maioria dos poos boa. Alguns poos captam gua de aluvies, manto
de intemperismo (rocha decomposta) e nas fraturas da rocha s, simultaneamente, sem
incremento sensvel de vazo.
Em muitos pontos da regio, so observados processos irregulares de ocupao das margens

dos canais de drenagem, quer seja por favelas e submoradias, quer por instalaes comerciais
(postos de gasolina, pequenas fbricas e oficinas). A ocupao inadequada dessas reas
alagadias promove o recalque em fundaes, aterros, infra-estrutura subterrnea e
pavimentos virios, por adensamento dos pacotes plsticos argilosos.
Dificuldades crescentes ao escoamento das guas de chuva so impostas pela ocupao

urbana totalmente desordenada. Solapamentos das margens e assoreamento do canal dos rios
so observados em praticamente todos os rios e crregos que atravessam zonas urbanizadas,
com o agravante de contaminao das guas subterrneas e de superfcie, por lanamento de
esgoto domstico e industrial.
A m utilizao do solo em grandes parcelas da regio refora os processos naturais de

assoreamento do sistema de drenagem, acentuando as condies de inundao e
comprometendo, at mesmo, a qualidade de praias adjacentes, uma vez que a contaminao
107
do lenol fretico decorrente da inexistncia de um sistema eficiente de processamento de
guas servidas.
Verifica-se, assim, que as fontes potenciais de poluio dos aqferos na regio da bacia da
Baa de Sepetiba so os esgotos domsticos e industriais, resduos slidos urbanos,
fertilizantes, resduos de origem animal, inseticidas e intruso de gua salgada. Vrios
efluentes e guas superficiais poludas penetram nos aqferos e poos de abastecimento de
gua, principalmente nos poos rasos domsticos que servem setores da populao,
produzindo gua de m qualidade.
A reduo do volume total de resduos perigosos dispersos na rea da bacia e sua gesto
podem resultar numa reduo das presses exercidas sobre as guas de superfcie e
subterrneas, assim como uma reduo de substncias nocivas causadoras de poluio
atmosfrica e poeiras transportadas pelo vento, no caso de armazenamento, por exemplo, de
minrio em pilhas.
Outro problema verificado na regio a intensa explorao de areia, atravs do sistema de

cavas, o que provoca alteraes significativas no padro de circulao das guas sub-
superficiais, alm de expor o lenol fretico, presente em pequenas profundidades,
contaminao devido formao das lagoas. O Macroplano refere que, durante os trabalhos
exploratrios de campo, observou-se que muitos canais e valas que atravessam a regio
estavam praticamente secos, o que pode significar que as guas de sub-superfcie passaram a
alimentar as cavas dos areais ao invs dos canais e valas que cortavam a regio.
Os consumidores potenciais de gua subterrnea so:
os rgos municipais responsveis pelo abastecimento domstico, de pequenas indstrias,

de instituies pblicas e de outras demandas hdricas;
o setor industrial, incluindo as indstrias de mdio e grande porte;
o setor agrcola, que inclui o abastecimento de propriedades rurais, atividades pastoris e
principalmente irrigao
108

rea degradada por explorao de areia na bacia da Baa de Sepetiba (fonte: SMA/ CONSRCIO
ETEP/ECOLOGUS/SM GROUP, 1997, op. cit.)
O aproveitamento de gua subterrnea de pequena profundidade, atravs de poos rasos

(cisternas ou cacimbas), especialmente nas reas no servidas por rede de distribuio de
gua e nas zonas rurais de todos os municpios constitui uma fonte importante de
abastecimento de gua.
O Quadro 4.18 resume as principais informaes sobre as guas subterrneas da bacia da

Baa de Sepetiba.
109
Quadro 4.18 - Principais caractersticas das guas subterrneas na bacia da Baa de
Sepetiba
Domnio Municpios Litologia Compartimento Caractersticas

Hidrogeolgico Principais
Predominante Topogrfico
(Predominncia)
Sedimentar Rio de Janeiro Sedimentos Baixadas, Deficincia hdrica;
Quaternrio flviomarinhos colinas: 100- adensamentos urbanos;
E granitos 200m e 400- vegetao degradada;
manguezais
600m
Rochas do Rio de Janeiro Granitos e Baixadas, Deficincia hdrica;

Embasamento sedimentos colinas; 400- adensamentos urbanos e
Cristalino fluviais 600m industriais; vegetao

degradada; eroso
superficial; sujeita a
inundao e
assoreamento
Rochas do Queimados Gnaisses e Baixada, Deficincia hdrica;

Embasamento migmatitos colinas, 100- adensamentos urbanos;
Cristalino 200m e 600- vegetao degradada
800m
Rochas do Queimados e Gnaisses, Baixada, Elevados ndices de chuva

Embasamento Nova Iguau migmatitos, colinas, 100- nas cabeceiras do rio
Cristalino granodioritos.e 200m e 400- Queimados; adensamento

urbano; vegetao
rochas alcalinas 600m
degradada; ocorrncia de
assoreamento e
enchentes
Rochas do Nova Iguau Granodioritos e 600-800 m e Reserva Biolgica do

Embasamento rochas alcalinas >800m Tingu com matas
Cristalino preservadas, clima

chuvoso; ocupao urbana
incipiente
110
(Predominncia)
Rochas do Miguel Pereira Gnaisses, 200-400m, Desnivelamentos
Embasamento e Eng. Paulo migmatitos e 400-600m e topogrficos acentuados;
Cristalino de granodioritos 600-800m degradao da vegetao;
Frontin eroso nas encostas;

clima chuvoso
Rochas do Paracambi e Granitides, Colinas, 100- Principal fonte de

Embasamento Eng. Paulo de gnaisses e 200m, 200- sedimentos para a
Cristalino Frontin migmatitos 400m e 400- Baixada de Sepetiba;

vegetao degradada;
600m
predomnio de gramneas;
baixa densidade de
populao
Sedimentar Seropdica e Sedimentos Baixada e Densa rede de canais;

Quaternrio/ Itagua flviomarinhos, colinas deficincias hdricas no
Rochas do gnaisses vero; alta densidade
e migmatitos populacional
Embasamento
Cristalino
Rochas do Itagua e Sedimentos Baixada e 400- Alto ndice de chuva nas

Embasamento Mangaratiba fluviomarinhos, 600m cabeceiras de drenagem;
Cristalino/ gnaisses elevados gradientes;
e migmatitos vegetao degradada;

Sedimentar
solo pouco espesso;
Quaternrios
movimento de massa,
assoreamento e
enchentes na baixada.
Rochas do Mangaratiba Granitos, 100-200m, Fortes gradientes nas

Embasamento gnaisses 200-400m cabeceiras de drenagem;
Cristalino e migmatitos vegetao conservada

(matas), eroso por
movimento de massa
111
(Predominncia)
Rochas do Rio Claro Pira Gnaisses, 400-600m;600- Desnivelamentos
Embasamento migmatitos e 800m (planalto topogrficos significativos;
Cristalino granitides mdio Paraba encostas ngremes;

captao das guas da
do Sul
Represa de Ribeiro das
Lajes para abastecer o Rio
de Janeiro
Sedimentar Itagua, Sedimentos Baixada e Lenol fretico pouco

Quaternrio Seropdica, fluviais colinas profundo; adensamento
Queimados e urbano industrial;
Japeri atividades mineradoras

(areia)
Sedimentar Itagua Sedimentos Baixada Grande densidade de

Quaternrio flviomarinhos canais naturais e artificiais;
zona litornea
influenciada por mar com
penetrao da cunha
salina; solos
argilosos com alto teor de
enxofre; assoreamento;
lenol
fretico prximo
superfcie
112
3.1.3. Bacias Areas, Qualidade do Ar e Rudos
3.1.3.1. Bacias Areas e Qualidade do Ar

Atravs da Portaria Normativa n. 348 de 14/03/90 o IBAMA estabeleceu os padres nacionais
de qualidade do ar e os respectivos mtodos de referncia, ampliando o nmero de parmetros
anteriormente regulamentados atravs da Portaria GM 0231 de 27/04/76. Os padres
estabelecidos atravs dessa portaria foram submetidos ao CONAMA em 28.06.90 e
transformados na Resoluo CONAMA n 03/90.
So estabelecidos dois tipos de padres de qualidade do ar: os primrios e os secundrios.

So padres primrios de qualidade do ar as concentraes de poluentes que, SE
ultrapassadas, podero afetar a sade da populao. Podem ser entendidos como nveis
mximos tolerveis de concentrao de poluentes atmosfricos, constituindo metas de curto e
mdio prazo. So padres secundrios de qualidade do ar as concentraes de poluentes
atmosfricos abaixo das quais se prev o mnimo efeito adverso sobre o bem-estar da
populao, assim como o mnimo dano fauna e flora, aos materiais e ao meio ambiente em
geral. Podem ser entendidos como nveis desejados de concentrao de poluentes,
constituindo meta de longo prazo.
Assim, caso a concentrao de poluentes em um dado local venha a ultrapassar os valores do

quadro anterior, o ar considerado inadequado. Para cada poluente so tambm fixados
nveis para caracterizao de estados crticos de qualidade do ar: nveis de alerta, ateno e
emergncia.
O diagnstico de qualidade do ar deve ser feito, preferencialmente, pela utilizao de dados de

monitoramento obtido em estaes fixas, com srie histrica de dados e monitoramento
contnuo.
O Arco Metropolitano dever cruzar grande parte da RMRJ, sendo que a mais importante
regio por onde no dever passar a via de trfego justamente a maior parte do municpio do
Rio de Janeiro onde, por outro lado, espera-se uma influncia indireta do Arco, ao aliviar
importantes vias de trfego na regio, melhorando a fluidez geral e, conseqentemente,
diminuindo as emisses totais de poluentes na RMRJ.
113
Quadro 3. 17 - Padres Nacionais de Qualidade do Ar (CONAMA 03/90)
Poluente Tempo de Padro primrio Padro secundrio

amostragem g/m3 g/m3
24 horas 1 240 150
partculas totais em
suspenso
MGA 2 80 60
24 horas 1 150 150

partculas inalveis
MAA 3 50 50
24 horas 1 150 100

fumaa
MAA 3 60 40
24 horas 1 365 100

dixido de enxofre
MAA 3 80 40
24 horas 1 320 190

dixido de nitrognio
MAA 3 100 100
1 hora 1 35 ppm 35 ppm

Monxido de carbono
8 horas 1 9 ppm 9 ppm
oznio 1 hora 1 160 160
1- No deve ser excedido mais que uma vez por ano

2- Mdia geomtrica anual
3- Mdia aritmtica anual
114
Portanto, para a caracterizao da qualidade do ar atual na rea de abrangncia do Arco,
deve-se considerar toda a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, sendo que parte dela
dever receber um acrscimo de emisses, pela proximidade do traado do Arco, enquanto
outras reas sofrero um efeito positivo, pelo oferecimento de uma futura rota alternativa de
trfego em regies atualmente saturadas.
A Regio Metropolitana do Rio de Janeiro apresenta um sistema de circulao atmosfrica

que, embora complexo, eficiente em vrios pontos da cidade, pois combina os efeitos de
brisa com as canalizaes proporcionadas pela topografia local. Este fato resultou em que,
durante muito tempo, as aes de controle da qualidade do ar fossem colocadas em segundo
plano na regio, acreditando-se que no viriam a ocorrer problemas mais srios.
No entanto, a presena da segunda maior populao do Brasil, intensa frota de veculos e

vasto parque industrial levaram a concentraes inadequadas de poluentes em diversas reas,
principalmente o material particulado, medido na rede manual de amostragem, que vem ao
longo dos anos revelando nveis acima do padro ambiental na maior parte das reas
monitoradas.
Quanto aos resultados obtidos na rede automtica de monitoramento da qualidade do ar, no

ano de 2007, dentre os poluentes monitorados na regio, oznio, partculas totais, partculas
inalveis (MP10) e dixido de nitrognio apresentaram concentraes acima do padro de
qualidade do ar. Do total de ultrapassagens do padro, o oznio responde por 98,5% destas,
como ser visto adiante, apresentando-se como o poluente de maior preocupao atual, a
exemplo do que ocorre em outras Regies Metropolitanas do Brasil e exterior. O oznio um
poluente secundrio, formado na atmosfera atravs da reao entre os compostos orgnicos
volteis e xidos de nitrognio em presena de luz solar. Conseqentemente, as aes de
controle devem ter como alvo a reduo de seus precursores.
O grande nmero de violaes ao PQAR por oznio deve-se, basicamente, localizao das
reas monitoradas, visto que as estaes que registraram quase a totalidade das violaes por
oznio, mais de 99%, encontram-se instaladas na rea de influncia do plo petroqumico e
prximas a duas grandes redes virias, Rodovias Washington Luiz e Rio- Terespolis.
115
Em termos de controle das emisses de fontes veiculares, que constituem os principais
precursores dos oxidantes fotoqumicos, representados pelo oznio, embora as novas fases do
PROCONVE estabeleam limites mais restritivos para emisses de poluentes a partir de 2009,
principalmente para os percussores de oznio, a frota de veculos vem apresentando
acentuada curva de crescimento ao longo dos ltimos anos, e tais medidas isoladamente no
sero suficientes para garantir a reduo ou uma tendncia de estabilizao do teor de
poluentes oriundos de fontes mveis. Dentre as alternativas existentes, destaca-se a
necessidade urgente de melhoria da distribuio modal de transporte pblico e da matriz
energtica. Neste sentido, a implantao do Arco Metropolitano pode ter um importante papel
ao permitir um rearranjo geral do sistema de transportes na RMRJ, particularmente de cargas,
realizado basicamente por caminhes, que constituem uma das principais fontes de emisso
de xidos de nitrognio, um dos precursores dos oxidantes fotoqumicos.
As condies climticas e topogrficas influenciam fortemente a qualidade do ar, sendo que na

RMRJ os macios da Tijuca e da Pedra Branca, paralelos orla martima, atuam como barreira
fsica aos ventos predominantes do mar, no permitindo a ventilao adequada das reas
situadas mais para o interior.
No perodo de maio a setembro, devido atuao dos sistemas de alta presso que dominam
a regio, ocorrem com freqncia situaes de estagnao atmosfrica e elevados ndices de
poluio.
Alm desses fatores, deve ser considerado tambm que a regio est sujeita s caractersticas
do clima tropical, com intensa radiao solar e temperaturas elevadas, favorecendo os
processos fotoqumicos e outras reaes na atmosfera, com gerao de poluentes
secundrios.
Levando-se em considerao as influncias da topografia e da meteorologia, a Regio

Metropolitana foi dividida em quatro sub-regies, de acordo com a figura a seguir.
116
Figura 3. 6 - Delimitao das sub-regies da RMRJ
Fonte: FEEMA, 2007.
Sub-regio I - com uma rea de 730 km, compreende os distritos de Itagua e Coroa
Grande, no municpio de Itagua; os municpios de Seropdica, Queimados e Japer e as
regies administrativas de Santa Cruz e Campo Grande, no municpio do Rio de Janeiro;
Sub-regio II - com uma rea de cerca de 140 km, envolve as regies administrativas de
Jacarepagu e Barra da Tijuca, no municpio do Rio de Janeiro;
Sub-regio III - ocupa uma rea de cerca de 700 km. Abrange os municpios de Nova
Iguau, Belford Roxo e Mesquita; os distritos de Nilpolis e Olinda, no municpio de
Nilpolis; os distritos de So Joo de Meriti, Coelho da Rocha e So Mateus, no municpio
de So Joo de Meriti; os distritos de Duque de Caxias, Xerm, Campos Elseos e Imbari,
no municpio de Duque de Caxias; os distritos de Guia de Pacobaba, Inhomirim e Suru, no
municpio de Mag e as regies administrativas de Porturia, Centro, Rio Comprido,
Botafogo, So Cristvo, Tijuca, Vila Isabel, Ramos, Penha, Mier, Engenho Novo, Iraj,
117
Madureira, Bangu, Ilha do Governador, Anchieta e Santa Tereza, no municpio de Rio de
Janeiro;
Sub-regio IV - com rea de cerca de 830 km, abrange parte do municpio de Niteri, alm
dos municpios de So Gonalo, Itabora, Mag e Tangu.
Portanto, a rea de influncia do Arco Metropolitano inclui as Bacias Areas I, III e IV.
Para a determinao das principais Fontes Fixas e Fontes Mveis da Regio Metropolitana, a
FEEMA realizou um inventrio de fontes, considerando as principais fontes fixas, sendo que
500 empresas so responsveis por mais de 90% dos poluentes emitidos.
Quadro 3. 18 - Taxa de Emisso por Bacia Area de poluentes industriais (x1000 ton/ano)
Fonte: FEEMA, 2007.
Os resultados demonstram que na Bacia Area III esto localizadas as fontes fixas que mais
contribuem com a emisso de poluentes para a atmosfera. Em seguida, aparece com a
segunda posio a regio da Bacia Area I, rea da Regio Metropolitana de maior
crescimento industrial previsto, ambas na rea de influncia do Arco Metropolitano.
Para as fontes mveis, foram contabilizadas as emisses provenientes dos veculos

automotores que circulam nas principais vias estruturais e arteriais da RMRJ. Desse modo,
foram selecionadas 187 vias, que foram devidamente segmentadas em razo dos respectivos
traados ou fluxo, consideradas como as mais significativas quanto ao volume de trfego na
118
Regio Metropolitana, e responsabilizadas como as principais contribuintes de emisses de
poluentes atmosfricos de origem veicular, totalizando 260 fontes.
Quadro 3. 19 - Percentual de Emisses das principais vias
Fonte: FEEMA, 2007.
Verifica-se que a Avenida Brasil responsvel por 25% a 30% do total de poluentes do ar
emitidos pelas principais vias de trfego na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro.
O quadro a seguir apresenta os totais de emisso de poluentes de fontes mveis e fixas

(industriais).
Quadro 3. 20 - Taxas de Emisso por tipo de Fonte na RMRJ (x 1000 ton/ano)
Fonte: FEEMA, 2007.
Observa-se que a contribuio das fontes fixas majoritria em relao a material particulado
inalvel e dixido de enxofre, contribuindo com 58% e 88%, respectivamente.
119
Quanto aos hidrocarbonetos e monxido de carbono, a contribuio das fontes mveis
significativamente superior, representando 67% e 98%, respectivamente. Com relao aos
xidos de nitrognio, as fontes mveis so responsabilizadas pela maior quantidade emitida,
66%, embora a parcela de contribuio das fontes fixas tambm seja considervel, 37%.
A rede de monitoramento da qualidade do ar da Regio Metropolitana composta por 32

estaes manuais e 4 estaes automticas fixas e duas mveis, capacitadas realizao de
medies contnuas das concentraes de poluentes gasosos, partculas inalveis, alm de
parmetros meteorolgicos, direo e velocidade dos ventos, umidade e temperatura do ar.
A Figura 3.7 apresenta a localizao das estaes de monitoramento da qualidade do ar na

Regio Metropolitana do Rio de Janeiro.
Figura 3. 7 - Estaes de monitoramento da qualidade do ar na RMRJ
Fonte: LIMA, 2008
So apresentados, a seguir, os dados de monitoramento do ano de 2007, ltimo relatrio de

monitoramento de qualidade do ar divulgado pela FEEMA.
120
Figura 3. 8 - Concentrao Mdia Anual - Partculas Totais em Suspenso (Rede manual)
Fonte: FEEMA, 2007.
Observa-se, nesta figura, que em diversas estaes ocorreu ultrapassagem do padro de

qualidade do ar, tanto nas localizadas na rea de influncia direta do Arco Metropolitano,
quanto naquelas na rea de influncia indireta.
O mesmo quadro se repete na anlise das partculas inalveis mais caractersticas das
fontes mveis, veculos diesel conforme apresentado na figura a seguir.
121
Figura 3. 9- Concentrao Mdia Anual de Partculas Inalveis Rede Manual
Fonte: FEEMA, 2007.
O diagrama a seguir apresenta os ndices de qualidade do ar nas estaes da rede manual,

onde se monitora material particulado (total e inalvel), apresentando o percentual de tempo de
exposio a cada ndice.
Observa-se, por esses dados, que, na maior parte do tempo, a qualidade do ar atende aos
padres de qualidade (Boa ou Regular), sendo que algumas estaes na rea de influncia
direta do empreendimento, como Belford Roxo, Nova Iguau e So Joo do Meriti, entre
outras, apresentam qualidade do ar prximo a um nvel de saturao, com incidncia de
episdios de ultrapassagem dos padres de qualidade do ar e raras ocasies de qualidade
boa.
A rede automtica de monitoramento da qualidade do ar na Regio Metropolitana do Rio de

Janeiro constituda por 4 estaes de amostragem contnua de poluentes do ar e parmetros
meteorolgicos, localizadas nos bairros do Centro e de Jacarepagu, no municpio do Rio de
Janeiro, no Centro do municpio de Nova Iguau e no municpio de So Gonalo. Tambm se
encontram incorporadas rede FEEMA, no s uma estao de monitoramento contnuo
pertencente UTE Barbosa Lima Sobrinho, localizada em Japeri/Engenheiro Pedreira, como
tambm 4 estaes da REDUC e uma da TERMORIO, na regio de Duque de Caxias, todas
122
capacitadas a medir continuamente no s poluentes do ar, como tambm parmetros
meteorolgicos.
Figura 3. 10 - Evoluo do IQAr da rede manual da RMRJ
Fonte: FEEMA, 2007.
Nessas estaes da rede automtica, embora em menor quantidade, monitoram-se gases

poluentes, alm do material particulado, sendo que as de Duque de Caxias, Nova Iguau e So
Gonalo encontram-se na rea de influncia direta do Arco Metropolitano.
A figura a seguir apresenta as mdias anuais de dixido de enxofre nas diversas estaes
automticas, onde se pode observar que em todas elas inclusive naquelas prximas
refinaria em Duque de Caxias , os valores anuais esto bem abaixo do padro de qualidade
123
do ar, demonstrando no ser este poluente um agente de maiores preocupaes, desde que se
passou a utilizar combustveis com baixo teor de enxofre nos principais centros urbanos
brasileiros.
Figura 3. 11 - Concentrao Mdia Anual de Dixido de Enxofre
Fonte: FEEMA, 2007.
Com relao ao dixido de nitrognio, como pode ser observado nas figuras a seguir, embora
as mdias anuais se apresentem bem abaixo do padro de qualidade do ar, os nveis mximos
se aproximaram muito ou ultrapassaram os padres horrios, indicando que eventualmente as
concentraes deste poluente atingem valores de saturao, particularmente na regio de
Duque de Caxias, na rea de influncia do empreendimento.
124
Figura 3. 12 - Concentrao Mdia Anual de Dixido de Nitrognio.
Fonte: FEEMA, 2007.
125
Figura 3. 13 - Concentrao Mxima Horria de Dixido de Nitrognio
Fonte: FEEMA, 2007.
J o CO, tpico poluente de origem veicular, especialmente veculos leves, apresenta valores
de mdia de 8 horas sempre abaixo de 50 % do padro, sendo desta ordem de grandeza na
estao do centro do Rio de Janeiro, indicando que este poluente no constitui problema na
RMRJ, como pode ser observado na figura a seguir.
126
Figura 3. 14 - Concentrao mxima em 8 horas de Monxido de Carbono
Fonte: FEEMA, 2007.
As duas prximas figuras apresentam, respectivamente, as mdias anuais e mxima diria de

partculas inalveis monitoradas na rede automtica, onde se observa que em ambos os
parmetros os valores de diversas estaes encontram-se prximos ao padro de qualidade do
ar, indicando condies de saturao atmosfrica para este elemento, como j havia sido
observado dos resultados do monitoramento da rede manual.
127
Figura 3. 15 - Concentraes Mdia Anual de Partculas Inalveis
Fonte: FEEMA, 2007.
Figura 3. 16 - Concentrao Mxima Diria de Partculas Inalveis
Fonte: FEEMA, 2007.
128
Finalmente, o oznio, como indicador dos oxidantes fotoqumicos, conforme j mencionado
anteriormente, apresenta-se como o poluente mais crtico, com concentraes mximas acima
dos padres em todas as estaes de monitoramento da RMRJ, e com diversos episdios
crticos de qualidade do ar, como pode ser visto na figura a seguir.
Deve-se ressaltar que a presena de altas concentraes de oznio em uma dada estao, por
se tratar de um poluente secundrio, no significa que os precursores tenham sido emitidos
nas proximidades, pois as reaes fotoqumicas levam algumas horas para ocorrer, fazendo
com que os picos de oznio venham a ser verificados, freqentemente, em locais distantes das
fontes de emisso.
Figura 3. 17 - Concentrao Mxima de 1 hora de Oznio
Fonte: FEEMA, 2007.
129
O diagrama a seguir apresenta a incidncia dos ndices de qualidade do ar nas estaes
automticas, observando-se que nas estaes de Duque de Caxias ocorreu grande incidncia
de dias com qualidade Inadequada, lembrando que a maior parte das ultrapassagens dos
PQAR verificadas nestas estaes deve-se aos oxidantes fotoqumicos.
Figura 3. 18- Evoluo do IQAr da rede automtica RMRJ
Fonte: FEEMA, 2007
3.1.3.2. Rudo
No Brasil, a legislao pertinente aos nveis de rudo a Resoluo do Conselho Nacional do
Meio Ambiente CONAMA - n 01/90, que determina que sejam atendidos os critrios
estabelecidos pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT -, em sua norma tcnica
NBR 10.151 (reviso de 2000) Avaliao do Rudo em reas Habitadas, Visando o Conforto
da Comunidade, para rudos emitidos em decorrncia de quaisquer atividades industriais,
comerciais, sociais ou recreativas.
Os nveis mximos de rudo externo que a norma tcnica NBR 10.151 considera
recomendveis para conforto acstico so apresentados no Quadro 3.21, a seguir.
130
A reao pblica a uma fonte de rudo normalmente s ocorre se for ultrapassado o limite
normalizado, e tanto mais intensa quanto maior o valor desta ultrapassagem.
Quadro 3. 21 - Limites de Rudo conforme NBR10.151
Tipos de reas Diurno Noturno

reas de stios e fazendas 40 35
rea estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de

50 45
escolas
rea mista, predominantemente residencial 55 50
rea mista, com vocao comercial e administrativa 60 55
rea mista, com vocao recreacional 65 55
rea predominantemente industrial 70 60
Obs.: Caso o nvel de rudo preexistente no local seja superior aos relacionados nesta tabela,
ento este ser o limite.
Segundo a NBR 10.151, reviso de 1987: Diferenas de 5 dB(A) so insignificantes; queixas

devem ser certamente esperadas se a diferena ultrapassar 10 dB(A). Embora este critrio
no possua efeito legal, til para a qualificao da magnitude de eventuais impactos
negativos de rudo, e servir de base para a priorizao da implantao de medidas corretivas.
Conforme requerido pela norma NBR 10.151, a classificao do tipo de uso e ocupao do solo
nos pontos receptores medidos deve ser realizada por observao local imediata durante as
medies dos nveis de rudo.
Desta forma, a classificao de uso e ocupao nos pontos receptores no representa,

necessariamente, o zoneamento oficial do municpio, pois freqentemente a ocupao real no
131
corresponde a ele. Por outro lado, os padres de rudo so estabelecidos em funo da
sensibilidade dos agentes receptores, que esto intrinsecamente relacionados com o tipo de
ocupao existente.
A caracterizao acstica de uma regio s pode ser feita com preciso atravs de medies
de nvel de rudo. No entanto, o rudo ambiente altera-se significativamente em curtas
distncias. Por exemplo, ao lado de uma avenida de trfego pesado, os nveis sonoros podem
atingir valores superiores a 80 dB(A) e, distanciando-se dela, em uma rea residencial, com
reduzido trfego de veculos, em poucas quadras j se atingem valores adequados para a
ocupao residencial, inferiores a 55 dB(A).
Isto se d porque o decaimento sonoro da ordem de 6 dB(A) a cada vez que se dobra a
distncia at a fonte sonora, se considerada a propagao em campo aberto. Como, na
prtica, sempre existem obstculos propagao sonora, este decaimento ainda mais
intenso.
No caso de proximidade de fontes industriais, existem ainda outras peculiaridades. Se, por um
lado, a fonte fixa e frequentemente de intensidade pouco varivel, ocorrem muitas vezes
dificuldades na aplicao dos padres legais de rudo. A indstria est, via de regra, em uma
rea industrial, onde a legislao, como j exposto, determina padres de rudo mais
permissivos. J os pontos receptores de interesse residncias, por exemplo estaro em
uma rea mista, ou residencial, onde seriam aplicveis padres sonoros bem mais restritivos.
Desta forma, muito comum que a emisso de rudo por uma atividade industrial esteja
atendendo aos padres dentro da rea industrial, mas ultrapassando-os junto aos receptores,
em uma rea residencial vizinha. Por este motivo, fundamental, para se evitar estas
incongruncias legais, que haja um adequado planejamento e regulamentao do uso do solo,
de modo a se criar reas de transio entre as diferentes ocupaes.
Por essas razes, uma medio de rudo realizada em um local pode diferir significativamente
de outra realizada a poucos metros de distncia. No existe, portanto, ao contrrio da anlise
de qualidade do ar, a possibilidade de determinao de nveis sonoros que sejam
representativos de reas extensas, sendo indispensvel que a avaliao acstica seja
realizada em diversos pontos receptores de rudo, relativamente prximos um do outro.
132
No existe, assim, um Boletim de Qualidade Acstica, ou um mapeamento sonoro da Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro, pois no haveria a possibilidade de se gerar um documento
com estas caractersticas que fosse representativo de alguma regio.
O Arco Metropolitano, dada a sua extenso e caractersticas, com trechos em traados novos e
outros seguindo o eixo de vias j existentes, algumas com intenso trfego de veculos, como a
BR-116, apresenta condies acsticas muito diversas, desde locais em reas rurais, com
nveis sonoros inferiores a 50 dB(A), passando por reas urbanas residenciais compostas por
ruas de trfego local, com nvel sonoro de 50 a 60 dB(A), outras reas urbanas servidas por
avenidas de trfego arterial, com nveis sonoros da ordem de 65 a 70 dB(A); at reas de
intensa atividade e trfego pesado, superando os 75 dB(A) de nvel de rudo ambiente.
Obviamente, com a implantao do Arco Metropolitano, o rudo de trfego gerado dever

elevar o nvel sonoro resultante na rea lindeira via, sendo que o grau de incmodo dever
ser tanto maior quanto menor o rudo ambiente atual. Ou seja, as reas menos ocupadas,
onde atualmente o nvel sonoro de menor intensidade, constituem os pontos potencialmente
mais crticos, pois nestes locais a operao da via de trfego resultaria em um nvel de rudo
muito mais elevado em relao aos nveis prvios. Este efeito ambiental s poder ser
quantificado futuramente, pela comparao dos resultados de medio de rudo realizadas
antes da entrada em operao da via, em pontos potencialmente crticos, que so reas
residenciais, com instituies de sade ou de ensino, localizadas a uma distncia de at 300 m
da futura via, com as medies realizadas nos mesmos pontos e segundo a mesma
metodologia aps a entrada em operao normal do Arco Metropolitano.
Visto que as medies de rudo devam ser realizadas nos locais mais prximos via de trfego
a ser implantada, enquanto no se define o seu traado exato, qualquer avaliao acstica
feita indicar apenas a ordem de grandeza do rudo caracterstico de cada regio de ocupao
homognea, tendo efeito limitado como base de referncia na avaliao futura.
Os empreendimentos industriais coligados ao Arco Metropolitano, embora em sua maioria

ocupem reas de uso unicamente industrial o que no demanda maiores preocupaes, pela
ausncia de receptores devem tambm ser avaliados pontualmente, verificando a eventual
existncia de receptores potencialmente crticos dentro de sua rea de influncia acstica.
133
Especial ateno, neste sentido, assim como para a via de trfego, deve ser dada instalao
de empreendimentos industriais em reas atualmente de baixa ocupao, pois so justamente
os locais onde os receptores eventualmente existentes so mais sensveis a novas fontes
sonoras. Tambm nas reas de ocupao industrial, j existentes, a ampliar ou a implantar, a
avaliao acstica dever ser realizada junto aos pontos receptores potencialmente mais
crticos dentro da rea de influncia de cada empreendimento.
Dentre a documentao disponvel para obteno de dados nesta anlise, o EIA do Projeto de
Implantao do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro BR-493/RJ-109, realizado pelo
Consrcio Concremat / Tecnosolo em 2007, apresenta os resultados de medies feitas em 18
pontos receptores localizados ao longo dos 74 km deste trecho, apresentando nveis de rudo
ambiente que variam entre 44 e 82 dB(A), o que confirma o anteriormente exposto, sobre a
grande variabilidade do nvel sonoro, conforme a localizao. Ressalta-se, no entanto, que
estes valores apresentados no EIA podero vir a constituir importante referncia na futura
comparao com novas medies, a serem realizadas aps a entrada em operao da via de
trfego.
No caso de uma via com as caractersticas e objetivos funcionais do Arco Metropolitano, alm
do efeito de aumento do nvel de rudo resultante nas vizinhanas imediatas deste, haver
tambm um potencial de reduo nos nveis de rudo de trfego em vias que atualmente
servem de ligao entre as diversas regies a serem servidas pelo Arco Metropolitano, que
devero ter o seu fluxo total de veculos aliviado, com a conseqente reduo proporcional das
emisses sonoras. Valem, neste caso, as mesmas consideraes j tecidas quanto
variabilidade do nvel de rudo ambiente em funo das caractersticas de ocupao da rea.
Seja como for, pode-se considerar que, dada a grande urbanizao e alta densidade
demogrfica da RMRJ, na maior parcela da rea de influncia do empreendimento o nvel
sonoro atual j deve ultrapassar os padres recomendveis conforme a NBR 10151, indicando
por um lado uma saturao sonora (que implica em impossibilidade legal de incremento nos
nveis de rudo atuais) e por outro lado uma baixa sensibilidade da populao a novas fontes
de rudo, por j estar submetida a condies acsticas acima dos padres recomendveis.
134
Deve-se ter especial ateno, neste sentido, aos locais onde existam receptores atualmente
sujeitos a nveis adequados de rudo, particularmente bairros residenciais distantes de vias de
trfego intenso, localizados a uma distncia de at 300 m do traado do Arco Metropolitano,
que devero constituir os pontos receptores potencialmente mais crticos.
3.1.4. Resduos Slidos

Este item trata da questo dos resduos slidos na rea de abrangncia do Arco Metropolitano,
abordando os trs tipos principais de resduos urbanos, industriais e dos servios de sade.
Alm disso, so inseridos comentrios sobre as aes previstas pelo Programa de Despoluio
da Baa da Guanabara, no que diz respeito s solues propostas para gesto dos resduos
slidos na regio.
3.1.4.1. Resduos Slidos Urbanos

Os municpios integrantes da rea de abrangncia do Arco Metropolitano geram uma mdia
diria de 14.000 toneladas de resduos slidos urbanos, cuja destinao final se divide entre
aterros sanitrios, aterros controlados, e lixes:
Aterros sanitrios: so reas que possuem uma infra-estrutura voltada minimizao de

impactos sobre o meio ambiente, havendo basicamente a impermeabilizao do solo,
coleta e tratamento do chorume gerado, cobertura peridica do local de disposio,
controlando problemas quanto proliferao de odores desagradveis, assim como atrao
de animais/vetores;
Aterros controlados: podem ser entendidos como locais de destinao sem

impermeabilizao inferior, criando potencial de impactos do solo e guas subterrneas por
meio da percolao do chorume, havendo apenas a realizao da cobertura peridica dos
resduos depositados;
Lixes: possuem as piores condies operacionais. No h impermeabilizao inferior, no

existe a atividade de cobertura diria dos resduos, geram odores desagradveis, servem
135
de atrativo para animais e criam a possibilidade de se vincular atividades paralelas, como a
catao de materiais reciclveis e respectivo comrcio.
O Quadro 3.22 exibe os 21 municpios da rea de abrangncia do Arco Metropolitano, sua

gerao diria de resduos urbanos, condies da destinao final, alm de aspectos
operacionais relevantes. Alguns dados referentes aos municpios de Mangaratiba, Seropdica
e Maric ou no esto disponveis, ou mostraram inconsistncias, e sero devidamente
contemplados nos prximos produtos deste estudo, aps sua consolidao.
Quadro 3. 22 - Gerao diria dos resduos slidos urbanos na rea de abrangncia do Arco
Metropolitano 2000
Gerao Aspectos
Sub-bacia ndice de Destinao
Municpio diria operacionais
contemplada coleta (%) final
(toneladas) relevantes
Aterro Operao
Baa de Guanabara Itagua 88,6 100
controlado inadequada
Baa de
Guanabara/Baixo Em Em Em
Mangaratiba Em consolidao
Paraba do consolidao consolidao consolidao
Sul/Guandu
CTR Gericin Os locais esto

Baia de
Rio de Janeiro 98,87 9.089 e Aterro de em fase final de
Guanabara/Guandu
Gramacho vida til
Em Operao
Guandu Seropdica 80,2 Lixo
consolidao inadequada
Operao
Baia de Guanabara Belford Roxo 88,42 375 Lixo
inadequada
Baa de
Guanabara/Baixo Duque de Aterro de Fase final de vida
88,95 750
Paraba do Caxias Gramacho til
Sul/Guandu
Operao
Guandu Japeri 57,6 28 Lixo
inadequada
Baia de
Operao
Guanabara/Baixo Mag 84,05 130 Lixo
inadequada
Paraba do Sul
Baia de Aterro de Fase final de vida

Mesquita 98,91 95
Guanabara/Guandu Gramacho til
136
Gerao Aspectos
Sub-bacia ndice de Destinao
Municpio diria operacionais
contemplada coleta (%) final
(toneladas) relevantes
Aterro de Fase final de vida
Baia de Guanabara Nilpolis 99,00 125
Gramacho til
Baia de CTR Nova Aproveitamento

Nova Iguau 87,15 1.000
Guanabara/Guandu Iguau de biogs
Baixo Paraba do Operao

Paracambi 89,6 76 Lixo
Sul/Guandu inadequada
Baa de Aterro Operao

Queimados 86,7 53
Guanabara/Guandu controlado inadequada
So Joo do Aterro de Fase final de vida

Baia de Guanabara 97,70 300
Meriti Gramacho til
Baa de
Guanabara/Baixo
Paraba do Cachoeira de Operao
71,44 23 Lixo
Sul/Guandu/So Macacu inadequada
Joo e Complexo
Baia de
Aterro Operao
Guanabara/Baixo Guapimirim 78,39 20
controlado inadequada
Paraba do Sul
Operao
Baia de Guanabara Itabora 60,05 110 Lixo
inadequada
Baia de
Em
Guanabara/So Joo Maric 71,8 81 Em consolidao
consolidao
e Complexo Lagunar
Baa de
Aterro Fase final de vida
Guanabara/So Joo Niteri 96,92 750
controlado til
e Complexo Lagunar
Baa de
Aterro Fase final de vida
Guanabara/So Joo So Gonalo 91,19 870
controlado til
e Complexo Lagunar
Operao
Baa de Guanabara Tangu 77,53 16 Lixo
inadequada
Fonte: LIMA/COPPE, 2008.
137
3.1.4.2. Resduos Slidos Industriais
Para um melhor conhecimento das condies dos resduos industriais, o Conselho Nacional de
Meio Ambiente CONAMA definiu, em 2002, uma resoluo especfica para inventariar as
geraes e o prprio gerenciamento dos resduos provenientes dos processos industriais,
diferenciados principalmente pela periculosidade e potencial gerao de impactos ambientais.
Sua aplicabilidade no se tornou efetiva, pois grande parte das empresas no atende tal
exigncia legal.
Os dados a seguir discutidos foram obtidos de levantamento estadual promovido pelo Instituto
Estadual do Ambiente INEA , no ano 2000, na poca denominada Fundao Estadual de
Meio Ambiente FEEMA.
Os dados se resumem situao industrial da Baia de Guanabara, nica rea abrangida no

trabalho do INEA, que obteve registros de 636 empresas.
Numa viso geral da gerao dos resduos industriais inventariados, 31,48% so classificados
como Classe I Perigosos, segundo a Norma Tcnica ABNT NBR 10.004/2004. Do restante,
12,06% so Classe IIA No Inertes, e 56,46% so Classe IIB Inertes.
Os municpios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias so responsveis por 76,60% de todo o

resduo Classe I Perigoso produzido e 75,11% dos resduos Classe II No Perigosos,
mostrando seu alto grau de industrializao.
O quadro a seguir apresenta de forma detalhada as geraes dos resduos industriais

inventariados e registrados no INEA.
138
Quadro 3. 23 - Resduos slidos industriais inventariados 2000
Resduos Gerados (t/ano)

Municpio
Classe I Classe IIA Classe IIB Total
Belford Roxo 4.568,88 783,36 3.887,28 9.239,52
Cachoeiras de 0 0,36 0 769,96

Macacu
Duque de Caxias 42.890,04 17.695,32 58.386,24 11.8971,6
Guapimirim 0 60 1.539,84 1599,84
Itabora 45,6 185,16 1.385,4 1.616,16
Mag 24 123,6 605,52 753,12
Nilpolis 8,64 0,24 32,76 41,64
Niteri 148,44 504,72 2.423,16 3.076,32
Nova Iguau 16.611,24 3.987,72 8.785,08 29.384,04
Rio de Janeiro 49.731,6 14.108,16 107.460,12 171.299,88
So Gonalo 6.873 7.290,6 32.208,36 46.371,96
So Joo de 0,6 24,48 18,48 43,56

Meriti
Tangu 0 1.560 63,6 1.623,6
Total 120.902,04 46.323,72 216.795,84 384.791,20
Fonte: INEA, 2000.
A grande preocupao no mbito do processo de gerenciamento ambiental dos resduos

slidos escolher a forma mais adequada para o seu tratamento e/ou deposio final. A
melhor indicao sempre estar voltada aos locais licenciados pelo rgo ambiental, pois
corresponder a um processo conhecido tecnicamente e avaliado ambientalmente, trazendo
uma segurana ao gerador quanto gerao de potenciais impactos ambientais associados.
Para o tratamento dos resduos, o mercado fornece como principais opes: reciclagem,
incinerao e coprocessamento. Demais formas se resumem em procedimentos onde o
resduo permanece existente por um perodo considerado de longo prazo. Este o caso
bsico dos aterros, onde o resduo depositado num espao especfico, permanecendo
139
existente, estabelecendo desta forma uma relao de responsabilidade ambiental do gerador
sobre o resduo.
Tal relao de responsabilidade se estende por um longo perodo, at mesmo aps o

encerramento das atividades do aterro, pois no local remanescer um passivo ambiental que
necessariamente precisa de cuidados/monitoramentos peridicos, de modo a comprovar a
inexistncia de impactos negativos, criando-se um compromisso de adequaes tcnicas,
sempre que pertinente.
Como a cobrana ambiental entre o gerador e o seu resduo possui uma tendncia de
crescimento, grande parte das empresas est deixando de lado a opo dos aterros,
exatamente pelo longo tempo de responsabilidade a ser assumido pelo passivo depositado,
passando assim para as opes trmicas de tratamento, especialmente o coprocessamento.
Este tratamento, alm de aproveitar o poder calorfico do resduo, elimina a questo de
disposio, sendo ento incorporado ao produto final do processo industrial (cimenteira).
Toda a forma de destinao final de um resduo sempre estar ligada s suas caractersticas
fsico-qumicas, passveis de prvia avaliao e aprovao pelo rgo ambiental.
Segundo o levantamento do INEA (2000), os principais sistemas de destinao utilizados pelas

indstrias so: recuperao/reciclagem (40,88%), aterros municipais (31,70%) e
coprocessamento (15,68%).
A figura a seguir exibe as condies gerais das destinaes finais.
140
Figura 3. 19 - Destinaes finais aplicveis aos resduos industriais no Estado do Rio de Janeiro
Fonte: INEA, 2000.
Dos resduos inventariados 68,38% correspondem aos classificados como Classe II No

Perigosos, enquadrando os que possuem um valor comercial agregado, como o papel, plstico,
metal, vidro, entre outros. Devido a este fato, h um maior quantitativo de empresas licenciadas
exatamente para absorver este mercado.
Para esses resduos, no ano 2000, existiam cerca de 120 empresas licenciadas, com portes
variados, contemplando as atividades de transporte e comercializao.
Outro resduo comercializado, mas classificado como Classe I Perigoso, o leo utilizado
nos processos industriais. Em 2000, existiam apenas trs empresas autorizadas legalmente
para operar com a reciclagem desse resduo, processo este denominado rerrefino.
Como a destinao final pode ser realizada em outros Estados, mediante prvia autorizao do
INEA, parte era direcionada para demais destinatrios brasileiros, no ano considerado.
O Brasil atualmente experimenta um processo de estruturao para atender demanda dos

resduos slidos. Apresenta-se a seguir a quantificao das estruturas licenciadas e
capacitadas a receber os resduos industriais no Brasil. Estes dados foram obtidos na
Associao Brasileira de Empresas de Tratamento de Resduos ABETRE.
141
Quadro 3. 24 - Empresas que atuam na destinao dos resduos industriais no Brasil
Tipo de destinao e Regio Brasileira Quantidade de empresas

capacidade
Aterro Classe IIA Nordeste 4
Sudeste 23
Capacidade: sem informaes Sul 9
Aterro Classe I Nordeste 2
Sudeste 8
Capacidade: 4.000.000 t Sul 6
Norte 2
Coprocessamento (cimenteiras)
Nordeste 5
Sudeste 14
Capacidade: 1.500.000 t/ano
Centro Oeste 5
Sul 4
Unidades de Blend(*) Nordeste 1
Sudeste 6
Capacidade: 380.000 t/ano Centro Oeste 1
Sul 2
Incineradores Norte 2
Nordeste 2
Capacidade: 97.000 t/ano Sudeste 8
Fonte: LIMA/COPPE, 2008; (*) Blend: atividade de homogeneizao de resduos industriais para
posterior tratamento trmico por meio do coprocessamento. Esta homogeneizao necessria para
evitar desvios do processo produtivo da empresa cimenteira.
3.1.4.3. Resduos Slidos de Servio de Sade

Os resduos provenientes das atividades dos servios de sade merecem um destaque, pois
possuem especificidades quanto ao potencial de patogenicidade, podendo originar impactos
socioambientais negativos caso no gerenciados da maneira correta.
Os procedimentos de manuseio e, principalmente, de acondicionamento e destinao final

desses resduos so estabelecidos pela Resoluo da Diretoria Colegiada RCA/Agncia
Nacional de Vigilncia Sanitria - ANVISA 306/04, complementados pela Resoluo do
Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA 358/05.
142
Os resduos so divididos em cinco grupos, de acordo com as respectivas caractersticas
patognicas e /ou de periculosidade.
De acordo com as prescries das resolues antes referidas, todos os geradores devem
elaborar um Plano de Gerenciamento conforme suas atividades desenvolvidas e quantitativos
relacionados.
Mesmo esta exigncia sendo formulada no ano 2005, sua implementao prtica ainda
deficiente, de modo que no existe um banco de dados confivel, principalmente pela ausncia
de fiscalizao, criando uma falta de compromisso entre os geradores desse tipo de resduo
perigoso.
Estimativas dos quantitativos de gerao de resduos dos servios de sade podem ser feitas
tomando como base referencial um levantamento mundial efetuado pelo Instituto International
Health Care Network, no ano 1997.
Segundo esse trabalho, para a estimativa de gerao dos resduos dos servios de sade nos
municpios da rea de abrangncia do Arco Metropolitano, adota-se como referncia a gerao
de 03 kg/leito hospital geral, podendo este ndice ser modificado mediante atividade
desenvolvida e tipo de resduo criado; para os qumicos, so 0,5 kg/leito perfuro cortantes, 0,04
kg/leito e embalagens 0,5 kg/leito.
O quadro a seguir exibe as estimativas de quantitativos realizadas pelo IBGE, para os

municpios da rea de abrangncia do Arco Metropolitano.
Os resduos de servios de sade, na prtica, ainda no so inventariados numa dimenso

confivel e muito menos possuem um gerenciamento ambiental adequado, sendo em grande
parte incorporados ao sistema de coleta pblica e enviados aos locais de disposio dos
resduos urbanos, contrariando a legislao brasileira, que exige a destinao para incinerao
ou aterro sanitrio; neste ltimo caso, ainda necessrio um tratamento prvio para a
minimizao do potencial patognico dos resduos.
143
Quadro 3. 25 - Estimativas quantitativas municipais dos resduos de servio de sade.
Gerao
N de N de leitos Aspectos operacionais
Municpio diria
estabelecimentos hospitalares relevantes
estimada (kg)
Itagua 41 183 549 Coleta inadequada
Mangaratiba Em consolidao Em Em Em consolidao

consolidao consolidao
Rio de Janeiro 1.595 21.103 63.309 Destinao sem pr-
tratamento
Seropdica 28 18 54 Sem informao
Belford Roxo 26 189 567 Coleta inadequada; disposio

em lixo
Duque de Caxias 212 949 2.847 Coleta inadequada; disposio
sem pr-tratamento
Japeri 12 182 546 Coleta inadequada; disposio
sem pr-tratamento
Mag 58 451 1.353 Coleta inadequada; disposio
sem pr-tratamento
Mesquita 17 0 0 Coleta inadequada; disposio
sem pr-tratamento
Nilpolis 28 65 195 Coleta inadequada; disposio
sem pr-tratamento
Nova Iguau 107 1.021 3.063 Coleta adequada com pr-
tratamento
Paracambi 27 1.176 3.528 Sem informao
Queimados 17 146 438 Sem informao
So Joo do 72 1.016 3.048 Coleta inadequada; disposio

Meriti sem pr-tratamento
Cachoeira de 24 68 204 Coleta inadequada; disposio
Macacu em lixo
Guapimirim 12 39 117 Coleta inadequada; disposio
sem pr-tratamento
Itabora 70 364 1.092 Coleta diferenciada; disposio
sem pr-tratamento
144
Gerao
N de N de leitos Aspectos operacionais
Municpio diria
estabelecimentos hospitalares relevantes
estimada (kg)
Maric 29 104 312 Coleta inadequada; disposio
sem pr-tratamento
Niteri 272 2.534 7.602 Coleta diferenciada; possui
tratamento trmico
So Gonalo 200 1.991 5.973 Coleta diferenciada; possui
tratamento trmico
Tangu 4 200 600 Coleta inadequada; disposio

sem pr-tratamento
Fonte: IBGE, 2005.
3.1.4.4. Consideraes sobre o Programa de Despoluio da Baia de Guanabara

PDBG
O PDBG est dividido em trs fases distintas:
Fase I Programa de Despoluio da Baa de Guanabara;

Fase II Programa de Recuperao Ambiental da Bacia da Baa de Guanabara;
Fase III Programas Ambientais Complementares.
A questo dos resduos slidos est contemplada na Fase I, distribuindo-se entre os seguintes
componentes:
Componente I Saneamento: esgotos sanitrios e abastecimento dgua;

Componente II Drenagem urbana (macrodrenagem);
Componente III Resduos slidos;
Componente IV Programas ambientais complementares;
Componente V Mapeamento digital.
O Componente III do PDBG, tem como objetivos a implementao de aes para disposio,
destinao e tratamento do lixo urbano, construo de incineradores, instalao de usinas de
reciclagem e compostagem, alm da recuperao de aterros existentes.
145
O PDBG pretende atingir o recolhimento de 90% dos resduos urbanos com disposio
adequada em aterros sanitrios, beneficiando 2,8 milhes de habitantes e resultando em
impactos ambientais positivos, como a reduo dos assoreamentos dos corpos dgua e a
minimizao da carga poluidora e melhoria da qualidade das guas superficiais e subterrneas.
A implantao de aterros sanitrios, devido existncia de impermeabilizao do solo, coleta e

tratamento do chorume gerado, evitaria a percolao desta carga poluidora lquida no solo,
reduzindo a contaminao do solo e das guas subterrneas, que ocorre em aterros
controlados e lixes.
Segundo auditoria operacional do PDBG, efetuada em 2006 pelo Tribunal de Contas do Estado
do Rio de Janeiro, constatou-se o seguinte:
Dentre as metas estabelecidas pelo PDBG, consta a implantao de Estaes de

Transferncia, que, segundo dados da SEMADUR, j foi atingida;
A Estao de Transferncia de Resduos Urbanos de So Joo de Meriti est operando

atravs dos servios prestados pela empresa SERVIFLU, que participa, entre outras
atividades, com o transporte de estimadas 400 toneladas dirias ao Aterro Gramacho;
Paralelamente, est em operao a Estao de Transferncia de Nilpolis, de onde so

dirigidas cerca de 140 toneladas dirias para o mesmo aterro (Gramacho);
No que se refere aos municpios de So Gonalo e Niteri, respectivas usinas de

triagem/reciclagem e compostagem esto em andamento, existindo nas proximidades um
grande nmero de catadores;
Os aterros de So Gonalo, Niteri e Mag no tiveram andamento. No caso de So

Gonalo, em razo de um Mandato de Intimao do Ministrio Pblico Estadual, devido
reao negativa da populao local quanto implantao do aterro;
Em Niteri, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta TAC para o

encerramento das atividades do aterro Morro do Cu e, paralelamente, o incio de
implantao de um aterro sanitrio, visto que o atual opera sob o regime de aterro
controlado.
146
3.2. Desenvolvimento Urbano
3.2.1. Rede e centralidades urbanas

As metrpoles de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia esto no contexto de primeiro nvel de
gesto territorial de acordo com a Hierarquia dos Centros Urbanos Brasileiros, pois a principal
ligao externa de cada uma destas metrpoles se d com outras metrpoles regionais.
neste contexto que se encontra o Arco Metropolitano, inserido na Regio Metropolitana no Rio
de Janeiro, interligando as principais rodovias federais e possibilitando tambm a ligao
rodoviria entre Itagua (porto de Itagua / empreendimentos siderrgicos) e Itabora
(COMPERJ).
O Rio de Janeiro Metrpole Nacional tem projeo no prprio Estado, no Esprito Santo, em
parcela do sul da Bahia, e na Zona da Mata de Minas Gerais, onde divide influncia com Belo
Horizonte. Essa rede conta com 11,3% da populao do Pas e 14,4% do PIB nacional. O PIB
per capita da ordem de R$ 15 mil no centro, e R$ 14,8 mil nos demais municpios da rede.
Compem a rede do Rio de Janeiro: Vitria, como capital regional A; Juiz de Fora, capital
regional B; e Cachoeiro de Itapemirim, Campos dos Goytacazes e Volta Redonda - Barra
Mansa, capitais regionais C. Os centros sub-regionais A de Barbacena, Muria, Ub, Teixeira
de Freitas, Colatina, So Mateus, Cabo Frio, Itaperuna, Maca e Nova Friburgo; e os Centros
sub-regionais B de Cataguases, Linhares, Resende, Angra dos Reis e Terespolis tambm
integram a rede do Rio de Janeiro.
Ressalta-se que os municpios considerados como integrantes da Regio Metropolitana do Rio

de Janeiro, ou Grande Rio, so: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itabora, Japeri,
Mag, Mesquita, Nilpolis, Niteri, Nova Iguau, Paracambi, Queimados, Rio de Janeiro, So
Gonalo, So Joo de Meriti, Seropdica e Tangu. Portanto, de acordo com o REGIC (IBGE,
2008, op. cit.), importante considerar que para a anlise realizada no contexto do Plano Diretor,
considera-se de extrema importncia a prpria dinmica urbana entre estes municpios, ou
seja, os municpios integrantes da Regio Metropolitana exercem importante relao entre si.
147
3.2.2. Polarizao e Determinantes da Funcionalidade Intrametropolitana
Aps o estudo de Lysia Bernardes ( O Rio de Janeiro e a sua regio, IBGE, Rio de
Janeiro,1964), o IBGE, seguindo a metodologia adaptada para o caso brasileiro proposta por
M.Rochefort e Hartreau(La fonction rgionale de larmature urbaine franaise, Ed. Ministre
de la Construction et de lquipement, Paris, 1963 e Mtodos de Estudo das Redes urbanas,
in Boletim Geogrfico no.19, Rio de Janeiro, 1961), vem publicando h vrios anos os
resultados das pesquisas sobre as Regies de influncia das cidades no pas. Entretanto, a
referncia de base espacial para as pesquisas tem sido primordialmente o conjunto dos
aglomerados metropolitanos nas 9 Regies Metropolitanas oficiais.
Assim, no caso do Rio de Janeiro, identificada como a segunda metrpole nacional, as funes
urbanas so analisadas, via redes de influncia, a partir das demandas e das ofertas do seu
conjunto metropolitano, no qual a capital est inserida e representa uma parcela majoritria
desta influncia espacial.
Com efeito, e segundo os resultados recentes (Regies de influncia das cidades-2007,

IBGE, Rio de Janeiro, 2008), a Regio metropolitana do Rio de Janeiro polariza, alm de todo o
interior de seu estado, um total de 264 municpios da federao, abrangendo uma rea de
influncia de mais de 137 mil kms2 e onde esto assentados mais de 20,7 milhes de
habitantes. Esta polarizao tcnica, embora se contraindo com o passar dos tempos em
1964, a polarizao da cidade alcana um territrio que se estende at a capital de Braslia,
incluindo todo o estado de Minas Gerais, o Esprito Santo, o sul da Bahia e o do estado de
Gois -, ela abarca ainda o estado do Esprito Santo, o sul da Bahia e a Zona da Mata mineira,
at o municpio de Juiz de Fora onde j compartilha a sua polarizao com a capital mineira de
Belo Horizonte. Segundo o IBGE esta rea de influncia conta com 11,3% da populao do
pas e responde, aproximadamente, por 14,4% do PIB nacional.
Desta forma, o estudo das centralidades e subcentralidades do territrio intrametropolitano em

questo fica prejudicado pela abrangncia e principalmente, pela base espacial eleita para
estes estudos do IBGE, a no ser pela evidncia da polarizao tcnica, e mesmo, psicolgica,
inequvoca da metrpole do Rio de Janeiro sobre todo o seu espao estadual.
148
A identificao das centralidades e subcentralidades do territrio intrametropolitano, entretanto,
no um exerccio complexo, pois muitas populaes dos ncleos urbanos que foram
emancipados aps a Constituio de 1988, demandam por funes urbanas, salvo raras
excees, cuja presena e distribuio dos bens e servios emanam ainda, principalmente, dos
respectivos 1os. distritos municipais de origem que ainda so, sem dvida alguma, a principal
referncia de oferta dessas funes.
Seguindo a dinmica e as caractersticas de funcionamento dos centros urbanos, no caso

municipais (1. Distrito), e suas redes de influncia, acima apontadas, procedemos,
primeiramente com a anlise do conjunto de municpios de cada uma das 3 parties sugeridas
para, em seguida, identificar as redes entre estas sub-regies do territrio intrametropolitano.
Algumas entrevistas pontuais vide, Questionrio padro em anexo -, no comrcio varejista, e
junto alguns servios essenciais (mdicos, dentistas, veterinrias, laboratrios de anlises
clnicas, etc.), bem como s administraes municipais (hospitais gerais e especializados,etc.)
foram realizadas nestas localidades, procurando entender e identificar estas redes de influncia
intrametropolitanas.
Nos quadros, abaixo, apresentamos a evoluo das populaes municipais e de seus

respectivos distritos, bem como as taxas mdias geomtricas de crescimento anual entre os
perodos censitrios e as respectivas densidades demogrficas em fim de perodo. O critrio
para a caracterizao dos diferentes municpios foi, respectivamente: Taxa mdia geomtrica
de crescimento anual, verificada nos perodos censitrios, no municpio sendo superior quelas
observadas para o conjunto da Regio metropolitana, para o Estado do Rio de Janeiro e para o
pas, significando uma forte atratividade no perodo. Nesses casos, a colorao indicativa, nos
quadros abaixo, sendo vermelha. A taxa mdia geomtrica de crescimento anual, verificada
nos perodos censitrios, no municpio sendo inferior quelas observadas para toda a Regio
metropolitana, para o Estado do Rio de Janeiro e para o pas, significando uma fraca
atratividade no perodo. Nesses casos, a colorao indicativa, nos quadros abaixo, sendo a
amarela. A colorao laranja indica uma atratividade mdia do municpio, uma vez que as
taxas mdias geomtricas de crescimento anual se apresentaram apenas superiores quelas
verificadas para o pas, sendo inferiores quelas das escalas metropolitana e estadual. A
colorao verde identifica aqueles distritos, de uma mesma circunscrio municipal, com taxas
149
mdias geomtricas de crescimento mdio superiores ao verificado no prprio municpio,
significando uma atratividade relativa importante, por perodo censitrio, ao nvel intramunicipal.
Centralidades da rea de Estudo 1
So trs os municpios, Itagua, Seropdica e Mangaratiba, mais a rea de Planejamento 5 (AP

5) do municpio da capital, formada pelo bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Guaratiba,
Bang e Realengo que compem esta rea de Estudo 1 do territrio da meso regio. Os
municpios de Itagua e o de Seropdica estaro sob influncia direta dos futuros
empreendimentos estruturantes do Arco metropolitano, enquanto o municpio de Mangaratiba e
a AP 5 do Rio de Janeiro, devem receber uma influncia indireta destas operaes. Pode-se
perceber que todos os municpios desta rea, inclusive a AP 5 do Rio de Janeiro, vem
crescendo demograficamente acima das taxas verificadas no prprio estado do Rio de Janeiro,
bem como na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. Este crescimento aponta
indubitavelmente para o fenmeno da forte atratividade populacional exercida, desde ento,
pelos mesmos nesta rea de estudo.
No que tange a centralidade funcional desta sub-regio de estudo e suas reas de influncia a
partir dos ncleos urbanos presentes, podemos perceber que, na realidade, trata-se de um
espao com ausncia efetiva de uma centralidade definida em matria de oferta de bens e
servios urbanos. Com efeito, as funes urbanas presentes no municpio de Itagua so ainda
tmidas e mesmo, inexistentes, fruto de um assentamento desordenado e rarefeito de seus
ncleos urbanos (Ibituporanga e Seropdica, por exemplo), ocupado notadamente pelos
transbordamentos da capital metropolitana polarizante, sobretudo sob trilhos como vimos
anteriormente.
O atual municpio de Seropdica, por sua vez, emancipado aps a Constituio de 1988, ainda
tem uma relativa dependncia funcional com o seu ex primeiro distrito (Itagua), entretanto,
vem compartilhando, nos ltimos anos, esta dependncia com o municpio de Paracambi (na
sub-regio 2) visto a fcil acessibilidade, em termos de distncia e de transportes (BR-116 e a
antiga rodovia Rio-So Paulo, a BR- 465), onde, estas rodovias cortam o seu territrio. Vale
lembrar que este municpio metropolitano conta apenas com 2 agncias bancrias, e um posto
avanado do Banco do Brasil S.A. da agncia de Itagua, situado nas dependncias da
150
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em seu territrio, bem como a ausncia de
funes de Entretenimento (teatros, cinemas, museus), com apenas 1 biblioteca, e de Sade,
com apenas 17 clnicas especializadas particulares e sem um leito sequer, e nenhum hospital
geral. preciso enfatizar aqui o fim do pedgio rodovirio, cobrado at recentemente na
principal agulha de acesso a este municpio de Seropdica, prximo a antiga rodovia Rio-So
Paulo(BR-465), que dinamizou esta procura por bens e servios urbanos relativamente mais
sofisticados no municpio contiguo e de menor porte de Paracambi. Em dezembro de 2009, o
referido pedgio voltou a ser cobrado, entretanto, os veculos de passeio ou no, com placas
de imatriculao em Seropdica e Paracambi esto isentos, no alterando, portanto, a
tendncia verificada quando da pesquisa de campo.
O municpio de Mangaratiba e a rea de Planejamento 5 da capital metropolitana, que devem

sofrer respectivamente uma influncia indireta dos empreendimentos estruturantes do Arco
metropolitano, possuem funes urbanas diferenciadas entre elas e mesmo, no seu interior.
Com efeito, na AP 5 da capital percebe-se o aparecimento, cada vez mais, de funes
urbanas mais nobres e sofisticadas em seu bairro de Guaratiba, fruto de uma populao
residente de padro de renda mais elevado e onde, inclusive, j comea a impactar e logo, a
atender as demandas, de bairros como o de Santa Cruz, este ltimo com funes urbanas
mais precrias e rarefeitas. No caso do municpio de Mangaratiba, fortemente polarizado pela
capital metropolitana, suas funes urbanas so estritamente locais e atendem, de uma forma
restrita, as populaes presentes em seus distritos, no influenciando funcionalmente os
municpios contguos como, por exemplo, o de Itagua. O ramificao ferroviria de Santa Cruz(
RJ) at o distrito de Itacuruss, que funcionou at a dcada dos anos 80, muito contribui para
a fixao das populaes dos distritos do municpio de Mangaratiba.
O municpio de Itagua deve, no futuro prximo, ao receber um forte impacto dos inmeros
empreendimentos estruturantes vinculados a seu porto, exercer uma maior influncia nesta
sub-regio e assim apresentar uma centralidade funcional de referncia neste espao
metropolitano da referida sub-regio.
151
Centralidades na rea de Estudo 2
Com uma rea de mais de 2.000 km2, esta rea de estudo (Quadro 2) indubitavelmente a
mais extensa do traado do Arco metropolitano do Rio de Janeiro e aquela com um nmero
maior de municpios sob a influncia deste futuro arco rodovirio. Sua populao residente
atual de mais de 3 milhes de habitantes.
Entretanto, embora vasta em extenso, esta sub-regio aquela que apresenta o maior
nmero de municpios de pequenas dimenses geogrficas e geralmente, com grandes
concentraes demogrficas. Isto pode ser explicado pelas inmeras emancipaes distritais
ocorridas aps a Constituio federal de 1988 e onde distritos populosos, salvo algumas
excees e com ausncia de funes urbanas mnimas que, quando existentes so de
natureza tmida ou inexpressiva, se tornaram municpios da federao. Compe esta sub-
regio 10 municpios fluminenses mais a rea de planejamento 3 da capital metropolitana,
formada pelos bairros de Bonsucesso, Penha, Ramos, Olaria, Iraj, Mar e Ilha do
Governador. Os municpios de Paracambi, Japer, Queimados, Belforf Roxo, Nova Igua,
Duque de Caxias, Mag estaro sob a influncia direta dos empreendimentos estruturantes,
enquanto os demais ou seja, Mesquita, Nilpolis, So Joo de Meriti e a AP 3 da capital
metropolitana devem receber uma influncia mais indireta do Arco Metropolitano do Rio de
Janeiro.
Como salientamos acima, todos esses municpios so polarizados pela capital metropolitana e
seus assentamentos se devem ao processo de transbordamento desta capital sobre os
mesmos, no havendo inclusive, em sua grande maioria, descontinuidades espaciais nas
ocupaes. Entretanto, embora no passado recente, caracterizassem basicamente como
cidades-dormitrio, com o incremento relativo da renda, em alguns deles, e de certo modo um
empreendorismo local, percebe-se o aparecimento e o crescimento de funes urbanas,
embora muitas vezes tmida e as vezes, de baixa qualificao urbana, todas supridas
naturalmente pela capital metropolitana que guarda ainda uma forte referncia funcional.
A presena, mais recentemente, de grandes redes de hipermercados (Carrefour,Makro,

Atacado, etc.) nos limites administrativos de Belford Roxo, Nova Igua e Mesquita e ao longo
da BR-116(Rio- So Paulo) corrobora este fato, atendendo uma grande parte destas
152
populaes, inclusive, aquelas da periferia da metrpole Rio de Janeiro (os bairros de Iraj,
Pavuna, Acar, etc, por exemplo).
De qualquer forma, algumas centralidades esto presentes nesta sub-regio polarizada pela
cidade do Rio de Janeiro. Os municpios de Nova Igua e Duque de Caxias so exemplos
marcantes dessas centralidades funcionais.
No primeiro caso, Nova Igua, tem a sua centralidade funcional sobre os municpios de
Japeri, Queimados, Mesquita, Nilpolis e So Joo de Meriti, todos ex- distritos emancipados
do primeiro no passado recente, a exceo de So Joo de Meriti.
Estes municpios e suas populaes encontram ainda neste primeiro, a referncia funcional
necessria, que os supre de bens e de servios essenciais e que no so encontrados em
seus territrios municipais. O mesmo ocorrendo com o municpio de Duque de Caxias cuja
influncia funcional se estende ao municpio de Mag e tambm, em parte, ao de So Joo de
Meriti, onde este ltimo divide a influncia funcional com o municpio de Nova Igua, devido
principalmente ao fcil acesso ao primeiro. O municpio de Japeri, por sua vez, cuja influncia
funcional exercida por Nova Igua e notadamente pelo Rio de Janeiro, com as melhorias
da RJ-093 (Japeri-Paracambi-Eng. P. de Frontin - Mendes), bem como a ramificao
ferroviria, tem recorrido,nos ltimos anos, s funes urbanas de Paracambi relativamente
mais diversificadas do que aquelas encontradas em seus respectivos e distintos ncleos
urbanos, Engenheiro Pedreira e Japer.
Quanto a AP3, onde integram os bairros da capital supracitados, sua influncia sobre os
municpios perifricos incontestvel, uma vez que nela so encontradas funes urbanas
nobres e diversificadas e de um certo modo, mais dinmicas do que as da AP5 na sub-regio
de estudo 1.
Centralidades na rea de Estudo 3
So 7 os municpios,que compem esta rea de Estudo 3 do territrio da meso regio. Os

municpios de Itabora, Guapimirim, So Gonalo, Niteri estaro certamente sob influncia
direta dos futuros empreedimentos estruturantes do Arco metropolitano, enquanto o municpio
153
de Maric, Tangu e Cachoeira de Macacu, devem receber uma influncia indireta destas
operaes.
Pode-se perceber pelo Quadro 3, abaixo, que praticamente todos os municpios desta rea
vem crescendo demograficamente acima das taxas verificadas no pas, no estado do Rio de
Janeiro, bem como na prpria Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, exceo do municpio
de Niteri, cuja urbanizao se apresenta bastante consolidada e em termos de funes
urbanas e, um pouco menos, o municpio de So Gonalo o qual apresenta, em fim de perodo,
uma mdia atratividade, medida e comparada com as taxas de crescimento verificadas no pas
e no prprio estado no mesmo perodo.
Podemos considerar que, em quase toda a sua totalidade, o crescimento relativo verificado nos
municpios desta rea de estudo aponta indubitavelmente para uma forte atratividade
populacional exercida, desde ento, pelos mesmos, nesta meso regio intrametropolitana.
No que tange as redes de influncia, exercidas pela oferta de bens e servios, nos diferentes
municpios, a ex-capital fluminense Niteri apresenta indiscutivelmente uma forte polarizao.
Com efeito, o municpio de Niteri, embora polarizado pela metrpole nacional do Rio de
Janeiro, exerce uma centralidade muito expressiva nesta sub-regio e onde, o leque
relativamente diversificado de suas funes urbanas atrai grande parte da populao destes
municpios do leste da Baa da Guanabara, como Maric, Tangu, Itabora, Cachoeiro de
Macacu e principalmente, o municpio contguo de So Gonalo. Com efeito, com uma
densidade demogrfica importante e a atuao de economias de aglomerao, apoiado pelo
aumento gradativo da renda local, proporcionaram nos dias atuais o aparecimento de funes
urbanas mais nobres que atendem um horizonte espacial importante, atendendo praticamente
este conjunto de municpios.
Assim, os municpios de Tangu, Itabora, So Gonalo e Maric, embora fortemente

polarizados pela metrpole, encontram suas respectivas referncias funcionais em Niteri e no
caso do municpio de Cachoeira de Macacu, alm da mesma dependncia funcional
encontrada por estes primeiros municpios, esta vem sendo compartilhada com o municpio
contguo de Terespolis, fora da rea metropolitana e da influncia futura do Arco
metropolitano.
154
Entretanto, o municpio de Niteri, mesmo exercendo uma centralidade importante diante
destes municpios da sub-regio, a proximidade relativa com a capital nacional do Rio de
Janeiro faz com que estas populaes municipais recorram a metrpole, a qual ainda serve de
referncia maior, visando o atendimento de suas demandas essenciais.
O municpio de Guapimirim (ex-distrito, emancipado aps a Constituio de 1988, do municpio

de Mag) tem suas funes urbanas complementadas de forma diferente dos anteriores. Com
efeito, Guapimirim encontra sua demanda por bens e servios ainda no seu ex-primeiro distrito
de Mag, com uma forte tendncia a recorrer ao municpio contiguo de Terespolis em funo,
principalmente, do fcil acesso, em termos de distncia e de transportes (BR-116, Rio-
Terespolis) e onde encontra a presena de funes urbanas relativamente mais diversificadas
e de nvel bem superior queles encontrados tanto no primeiro distrito de Mag como em seu
prprio territrio municipal. Assim, o leque de opes de Guapimirim diversificado em termos
de atendimento do conjunto de funes urbanas pois, mesmo encontrando uma oferta de bens
e servios relativamente tmidos no municpio de Mag, vem compartilhando com o municpio
de Terespolis, a procura por bens e servios, este ltimo com funes urbanas mais
sofisticadas e diversificadas, embora ainda com uma forte opo pela metrpole. A
acessibilidade ao municpio de Terespolis, tanto em termos de distncia como de transporte,
proporciona a Guapimirim esta condio de dependncia face a precariedade da oferta de suas
respectivas funes urbanas.
Em suma, nesta sub-regio de estudo 3, embora os municpios encontram-se ainda fortemente

polarizados pela metrpole do Rio de Janeiro, estes tm em Niteri a sua referncia principal,
em matria de oferta de funes urbanas, e onde o municpio de Guapimirim se apresenta
como a grande exceo.
3.2.3. As subcentralidades na regio do Arco metropolitano

Entende-se por subcentralidades espaciais em um dado territrio, os ncleos urbanos de
segunda ordem, onde a populao, seja urbana ou rural, recorre por referncia s funes
urbanas que lhe so ofertadas em um dado municpio.
155
Em cada circunscrio municipal, geralmente, esta localidade exercida pelo ncleo urbano do
1. Distrito municipal, onde encontram-se localizados, alm dos Poderes Executivo e
Legislativo municipal, o conjunto destas funes urbanas. Todavia e em certos casos, este
lugar central de referncia do municpio, pelo fato de abrigar funes ainda de natureza muito
tmida ou mesmo, inexistentes, as populaes buscam suprir algumas de suas necessidades
bsicas em ncleos urbanos geograficamente mais prximos e externos respectiva
circunscrio municipal, alm da opo por ncleos urbanos de primeira grandeza no territrio
ou seja, localidades centrais de primeira ordem ou mesmo, se voltarem para a metrpole
polarizadora.
A mesorregio do Arco metropolitano do Rio de Janeiro formada por cerca de 21 municpios,

onde muitos deles obtiveram sua emancipao aps a Constituio de 1988, os quais so
caracterizados, em sua grande maioria, apenas por um ncleo urbano. Entretanto, devido a
proximidade destes com as antigas cidades-sedes (1. Distrito) de seus ex-municpios, bem
como pela notria carncia das respectivas funes urbanas, as populaes ainda buscam
suprir, geralmente, suas necessidades bsicas nestes ltimos. Trata-se, portanto, de uma
situao sui generis encontrada em grande parte dos municpios intrametropolitanos do estado
do Rio de Janeiro. Vejamos a seguir, por rea de Estudo da meso regio do Arco
metropolitano, as subcentralidades existentes neste territrio. Os resultados aqui apresentados
um dos subprodutos da pesquisa de campo supramencionada, realizada junto as principais
cidades-sedes(1. Distrito) municipais da meso regio em questo, Mangaratiba, na rea de
Estudo 1, da meso regio do Arco metropolitano um municpio polarizado, como vimos
anteriormente, pela metrpole do Rio de Janeiro. Com efeito, nela que as populaes
residentes nos 4 (quatro) distritos administrativos recorrem s funes urbanas mais nobres.
Entretanto, no 1. Distrito do municpio de Mangaratiba que as populaes, rurais e urbanas,
buscam suprir suas necessidades bsicas. Com efeito, a subcentralidade deste territrio
exercida pelo 1. Distrito de Mangaratiba. De uma forma geral, as funes urbanas de seus
distritos litorneos, a saber, Conceio de Jacare, Vila Muriqui e Itacuruss, so muito tmidas
e voltadas basicamente para as atividades de veraneio, uma das caractersticas econmicas
de toda esta municipalidade Na mesma rea de estudo, encontra-se o municpio de Itagua,
formado por seu 1. Distrito, tambm de natureza litornea, e o Distrito de Ibituporanga. Este
ltimo, pela proximidade geogrfica com a AP5 do Rio de Janeiro e, em especial, o bairro de
156
Santa Cruz, sua populao diminuta busca,cada vez mais, neste bairro suburbano do Rio de
Janeiro suprir as suas necessidades bsicas. Diferentemente do municpio de Mangaratiba, o
1. Distrito de Itaguai no apresenta hoje uma subcentralidade em sua circunscrio municipal
antes, inclusive, formado pelo atual municpio de Seropdica, desservindo to somente e
precariamente sua populao distrital.
Seropdica um dos municpios que se emanciparam aps a Constituio de 1988,

guardando, at pouco tempo, um vnculo funcional com o 1. Distrito de Itagua. um dos
municpios metropolitanos emancipados sem divises administrativas distritais e onde o seu
ncleo urbano situa-se, principalmente, ao longo da rodovia BR 465(antiga rodovia Rio-So
Paulo). Trata-se de um municpio com funes urbanas tmidas e rarefeitas ao longo desta
rodovia, onde a populao supre suas necessidades bsicas, quase sempre, nos municpios
vizinhos e contguos, como por exemplo de Paracambi ( na rea de Estudo 2), bem como na
AP5 (Santa Cruz)do Rio de Janeiro, deixando, portanto, de recorrer, cada vez mais, as funes
urbanas, ainda tmidas e rarefeitas, do seu ex- 1. Distrito de Itagua, conforme mencionado na
anlise sobre centralidades da meso regio.
Na rea de Estudo 2 da meso regio do Arco metropolitano, por sua vez, encontram-se muitos
municpios que se emanciparam aps a Constituio de 1988, quase sempre, possuindo
apenas um ncleo urbano principal, ou seja suas cidades-sedes(1s. Distritos).
importante enfatizar aqui, que esta rea da meso regio metropolitana possui duas
centralidades ou seja,respectivamente o 1s.Distritos de Nova Iguau e de Duque de Caxias,
alm da metrpole do Rio de Janeiro que a polariza, onde as populaes municipais, rurais e
urbanas, buscam suprir suas necessidades bsicas.
O municpio de Paracambi, nesta rea da regio, embora com funes modestas, trata-se de
um subcentro de referncia para os municpios contguos de Seropdica (rea 1), como vimos
anteriormente, mas tambm para o municpio de Japer. Com efeito, as respectivas populaes
recorrem a este municpio em busca de algumas funes ofertadas (Mercados varejistas,
bancos, etc.), principalmente aps as boas condies de trfego da rodovia RJ-093, ligando
este ltimo at os municpios de Eng. Paulo de Frontin e de Mendes. Constatou-se tambm,
157
que um dos ncleos urbanos do municpio de Japeri, o de Engenheiro Pedreira, sua populao,
urbana e rural, pela fcil acessibilidade, recorre algumas funes do municpio de Queimados
(Clinicas infantil e especializadas e mercado varejista,etc.), municpio este, com funes
urbanas ainda modestas e igualmente, emancipado de Nova Igua aps a Constituio de
1988.
Os municpios de Japeri, Queimados, Belford Roxo e Mesquita obtiveram suas emancipaes

do municpio de Nova Iguau aps da Constituio de 1988. Contatou-se pela pesquisa de
campo realizada nos respectivos 1s.Distritos (distritos nicos) que suas populaes ainda
recorrem ao 1. Distrito de Nova Igua para satisfazerem suas necessidades bsicas, mais
nobres e diversificadas do que aquelas encontradas e seus respectivos 1s. Distritos. Como
vimos anteriormente, o municpio de Nova Iguau trata-se de um dos municpios centrais de
referncia nesta rea de estudo da meso regio do Arco metropolitano do Rio de Janeiro.
Os municpios de So Joo de Meriti e de Nilpolis possuem funes urbanas relativamente

superiores do que aquelas at aqui verificadas nesta rea da meso regio metropolitana,
entretanto, suas populaes, pela acessibilidade ao 1. Distrito (nico) de Nova Iguau,
encontram funes superiores e mais diversificadas neste ltimo, recorrendo de forma
espordica para satisfazerem as suas necessidades bsicas(comrcio atacadista, hospitais e
clnicas especializadas, etc.) no encontradas em seus territrios municipais. Uma parte da
populao de So Joo de Miriti recorre igualmente s funes urbanas de Nova Iguau,
sobretudo aquelas redidentes em seu Distrito de Coelho da Rocha. No caso do municpio de
Nilpolis, pela fcil acessibilidade ferroviria alguns bairros suburbanos do Rio de Janeiro,
suas populaes (Distrito de Olinda) recorrem a estes ltimos para satisfazerem suas
necessidades bsicas.
Finalmente, ainda nesta rea de estudo 2 da regio, encontram-se os municpios de Mag,
onde suas funes ainda se apresentam bastante tmidas e o municpio de referncia de
Duque de Caxias, onde apresenta funes urbanas importantes e diversificadas,
principalmente o seu 1. Distrito de mesmo nome. Com efeito, as populaes, urbanas e rurais,
de Mag, inclusive seus 5(cinco) Distritos administraivos - Surui, Inhomirim, Guia de Pacobaba
, Santo Aleixo e o 1. Distito de Mag, bem como os 4(quatro) Distritos de Duque de Caxias-
158
Campos Elsios, Embarie e Xerm encontram no 1. Distrito de Duque de Caxias as funes
urbanas requeridas e muitas vezes, necessrias para suprir as respectivas demadas bsicas.
Na rea 3 de estudo da meso regio do Arco metropolitano encontra-se como localidade
central o municpio de Niteri. A ex- capital do antigo estado do Rio de Janeiro ainda exerce
uma influncia importante diante dos municpios do leste geogrfico da Baia de Guanabara,
embora fortemente polarizado pela metrpole do Rio de Janeiro. As populaes dos municpios
de Marica, So Gonalo, Itabora, Cachoeiro de Macacu e Tangu encontram neste municpio
e principalmente em seu 1. Distrito de Niteri, o centro urbano de referncia de grande parte
das funes urbanas (Sade, Educao tcnica e universitria, Comrcio atacadista e
varejista, etc.), onde ainda procuram suprir suas necessidades bsicas.
As populaes residentes nos municpios de Guapimirim (ex-distrito de Mag) e Cachoeira de

Macacu, embora tenham sua referncia central no 1. Distrito de Niteri dividem a opo por
este ncleo urbano de referncia com o municpio de Terespolis, principalmente pela fcil
acessibilidade a este ltimo (BR-116,Rio Terespolis),o qual apresenta, por sua vez, uma
oferta de funes urbanas nobre e diversificada.
Com a exceo do municpio de So Gonalo, onde suas funes urbanas, principalmente em

seu 1. Distrito, tm-se diversificado de forma relativa, no qual, inclusive, pela fcil
acessibilidade sua circunscrio (Rio-Manilha BR-101) tem acolhido populaes do
municpio de Itabora, os municpios inserido nesta rea 3 de estudo apresentam uma
ausncia efetiva de subcentralidades em seu territrio, diferentemente das reas de estudo
analisadas anteriormente. Niteri, principalmente, ainda apresenta o papel de lugar central para
a demanda destas populaes municipais desta rea, seguido, de uma forma tmida e pontual,
pelo municpio de So Gonalo.
No Quadro 3.26, abaixo, apresenta um resumo esquematizado das centralidades e

subcentralidades verificadas na meso regio do Arco metropolitano do Rio de Janeiro, bem
como a influncia a nvel distrital dos diferentes municpios
159
Quadro 3. 26 - Centralidades e subcentralidades da mesorregio do Arco
Metrpole Localidade central Subcentralidade Municipio/Distrito subordinado
Rio de Janeiro ----------------------------------------------------------------................................. Itagua

Ibituporanga
Seropedica(*)
Mangaratiba .............. Conceio de Jacare
Itacurussa
Vila Muriqui
Paracambi................ Seropdica (*)
Japeri (*)
Eng. Pedreira(*)
Nova Iguau .......................................................... Japeri(*)
Eng. Pedreira(*)
Queimados
Belford Roxo
Mesquita
Nilpolis
Olinda
Duque de Caxias .............. ........................................ Campos Elysios
Imbari
Xerm
So Joo de Miriti
Coelho da Rocha
So Mateus
Mag
Guapimirim(*)
Terespolis .......... ................................................. Guapimirim(*)
Cachoeira de Macacu(*)
Niteri................................................................................. Itaipu
So Gonalo ............... .Ipiiba
Monjolo/Neves
Sete Pontes
Itabora
CabuuSambaetiba
Itambi/Porto das Caixas
Tangu
Maric/Manoel Ribeiro/Inoa
Cachoeiro da Macacu(*)
Jacuba/Papucaia
Subaio(*)
(*) Indica que o ncleo urbano e a sua periferia rural imediata subordinam-se tambm a uma outra localidade central
160
3.2.4. Demografia
3.2.4.1. O contexto
A rede urbana do Estado do Rio de Janeiro tem uma caracterstica altamente primaz, na qual a
populao do centro principal, com cerca de 6,32 milhes de habitantes, seis vezes maior
que a da segunda cidade mais populosa, So Gonalo, com cerca de 1 milho de habitantes.
As relaes entre as populaes dos dois mais populosos centros urbanos de outros estados
importantes da federao so bem inferiores: Belo Horizonte/Uberlndia cerca de 3,9;
Salvador/Feira de Santana 4,8; Curitiba/Londrina cerca de 3,6; Porto Alegre/Caxias do Sul
cerca de 3,25; Recife/Jaboato dos Guararapes 2,32; e Goinia/Aparecida de Goinia
2,85. A exceo constituda pela capital de So Paulo, cuja populao cerca de 9 vezes a
de Guarulhos, segundo mais populoso centro e, alm disso, os dois municpios ficam na
mesma Regio Metropolitana2, como no Rio de Janeiro. Ocorre, porm, que no obstante a
primazia da cidade de So Paulo, a rede de centros regionais daquele Estado altamente
equilibrada tanto relativamente s bases populacionais como s econmicas, contando o
Estado com trs Regies Metropolitanas (So Paulo, Campinas e Baixada Santista). A
propsito, Minas Gerais conta com duas Regies Metropolitanas (as de Belo Horizonte e do
Vale do Ao) e o Paran tem trs (as de Curitiba, Londrina e Maring). bem verdade que o
Estado do Rio de Janeiro, ocupando 43,7 mil km2, tem uma das menores reas territoriais, s
ficando frente dos Estados de Alagoas (27,77 mil km2) e Sergipe (21,91 km2). Note-se
tambm que num raio de 250 km da capital (um percurso de um pouco mais de 3 horas de
carro) esto localizadas todas as cidades mais economicamente importantes do Estado. Esse
fato aliado ao centralismo poltico da Nao, exercido pelo Rio de Janeiro durante quase
duzentos anos, certamente contriburam de alguma maneira para a formao dessa autntica
macrocefalia do sistema urbano do Estado a qual, como ser visto, no tende a mudar
significativamente nas prximas duas dcadas3.
2
Os municpios do Recife e de Jaboato dos Guararapes tambm se situam na mesma Regio Metropolitana.
3
Essa macrocefalia foi expressa de forma mais intensa no interior da RMRJ devido separao administrativa entre o ncleo e
a periferia, que contribuiu para que aumentasse o gap existente entre essas duas reas, em funo do melhor desempenho da
economia carioca em relao do antigo Estado do Rio. Assim, o crescimento populacional da baixada fluminense resultou na
criao das chamadas cidades dormitrio, cujos habitantes trabalhavam na cidade do Rio de Janeiro (Santos, 2003, p. 98). A
161
No cabe, na presente anlise, um exame exaustivo dos fatores polticos e econmicos que
tm historicamente condicionado a preponderncia to acentuada da RMRJ. No entanto, para
apoiar a anlise desse item, tentou-se caracterizar, de forma bem resumida, o que pareceu ser
os dois grandes perodos, iniciando-se na segunda metade do sculo passado, que marcaram
a histria recente da RMRJ, para a partir da se conjecturar sobre o futuro demogrfico da
Regio. As mudanas no cenrio econmico nacional e internacional complementadas pelas
transformaes positivas mais recentes na administrao do Estado comeam a marcar o que
pode ser considerado um novo perodo nesse processo evolutivo o que determinante e
decisivo nos movimentos demogrficos.
O primeiro perodo corresponde ao incio de um longo processo de esvaziamento econmico e

de declnio da importncia poltica4, marcado pela transferncia, nos anos 60 do sculo
passado, da capital da Repblica, do ento Estado da Guanabara, centro hegemnico da
regio, para Braslia. Segundo Lessa (2008, p. 345), esse incio de esvaziamento passou
despercebido pelos efeitos da poltica de desenvolvimento industrial implementada pelos
Governos do Estado da Guanabara5 e continuada aps a fuso, em 1975, com o Estado do
Rio de Janeiro, alm do dinamismo econmico, ento em pleno vigor, resultado do modelo de
poltico-econmico implantado pelo regime militar. No entanto, j se consolidava a tendncia de
diminuio da competitividade do Rio e sua regio de influncia frente ao maior dinamismo de
outros centros, principalmente, So Paulo. Inmeras indstrias se transferiram para outros
Estados ou simplesmente encerraram as suas atividades, como a Fbrica Nacional de Motores
(FNM) e empresas da indstria naval. Em consequncia, o Estado do Rio de Janeiro passou a
perder sua posio relativa na participao do PIB brasileiro, a qual, a custo de fatores, entre
os anos de 1970 e 2007, se reduziu de 16,7% para 11,0% (-34%), sendo a contrao no caso
da participao do PIB da RMRJ no conjunto dos PIBs das principais Regies Metropolitanas
do pas, de 27,17% para 18,41% (-32%)6. A crise na economia mundial, iniciada com o choque
do petrleo, em fins dos anos 70, na qual o Brasil mergulha um tanto tardiamente no incio dos
referida separao administrativa fincou razes to profundas que at hoje manifesta, sob diversas formas, a primazia que os
governos do estado e da federao do ao municpio do Rio de Janeiro no tratamento das necessidades a serem atendidas.
4
A rigor, a perda da hegemonia econmica do Rio de Janeiro para So Paulo comeou a ocorrer no incio dos anos 30 com o
processo de industrializao do pas (Santos 2003, p.94).
5
No incio dos anos 70, eram 9 os Distritos Industriais instalados no Rio de Janeiro (Lessa, 2001, p. 348).
6
Dados extrados do Relatrio do Produto 2, Componente 3 Reviso 2, ago. 2009 (p. 81/82).
162
anos 80 contribuiu para agravar ainda mais a situao de declnio econmico do Estado do Rio
de Janeiro, somando-se a isso uma srie de governos estaduais, que se sucederam desde os
anos 707, incapazes de definir polticas e estratgias para reverter a progressiva perda de
competitividade da economia estadual e, o que foi mais grave, impedir a guetizao de
bairros inteiros dos subrbios cariocas, onde as famlias perderam seus empregos pelos efeitos
econmicos diretos, indiretos e induzidos pela fuga das indstrias para outras regies e da
perda das funes de capital nacional, e a tolerncia, se no incentivo, disseminao de
assentamentos habitacionais informais em toda a Regio Metropolitana. Formaram-se assim
verdadeiros territrios independentes onde as leis e a ordem eram ditadas pelas quadrilhas de
bandidos que fizeram desses territrios base de suas operaes de trfico de drogas. O Rio de
Janeiro virou um dos smbolos internacionais de cidade violenta e partida. O sentimento, ento
muito comum, entre seus moradores era o desejo de mudar para outros centros o que se
completava com o medo dos forneos de vir para o Rio, seja a ttulo de negcio ou turismo,
ensejando uma perspectiva altamente pessimista para o futuro dessa regio. Assim, no
apenas ampliou-se o esvaziamento econmico da regio como se criou um formidvel estoque
de carncias sociourbanas, ainda no resolvidas, que permanecem como desafio para os trs
nveis da administrao pblica e para a sociedade como um todo.
O segundo perodo se caracteriza pelo incio de um saudvel processo de descentralizao

econmica do Estado, iniciada em fins da dcada de 80, com a consolidao, nos municpios
do Norte Fluminense, das atividades da indstria petrolfera e, na regio do mdio Vale do
Paraba, com a ampliao da atividade siderrgica em Volta Redonda e o desenvolvimento do
segmento metal mecnico/automobilstico, envolvendo diversos outros municpios dessa
regio. Teve tambm importncia significativa nessa fase o desenvolvimento das atividades de
turismo e lazer nos municpios das Baixadas Litorneas e da Baa da Ilha Grande (Costa
Verde). Esses fatos propulsores foram importantes no surgimento de novos subcentros de
porte mdio no interior do Estado.
7
O governo Geisel (1974/79) lanou o II PND, cuja principal estratgia era a de manter as elevadas taxas de crescimento do PIB,
que j dava sinais de tendncia de declnio, no obstante a taxa mdia de crescimento do PIB per capita durante toda a dcada
de 70 ter sido de 5, 52%.
163
No entanto, esse incio de processo de desconcentrao das oportunidades econmicas entre
as regies do Estado ainda no teve representatividade significativa na reduo da
concentrao da populao do Estado na RMRJ, a qual em vinte anos diminuiu menos de 2%
(Quadro 3.27). Possivelmente a retomada das atividades da indstria naval em Niteri, a
ampliao da COSIGUA (j sob a direo do Grupo GERDAU) na Zona Oeste do municpio do
Rio de Janeiro, a ampliao das atividades porturias na Baa de Guanabara e em
Sepetiba/Itagua, associadas ao comrcio exterior crescente e s atividades de explorao e
produo do petrleo e gs natural na costa brasileira, particularmente nas Bacias de Campos
e Santos, contriburam para que a RMRJ mantivesse seu quociente populacional praticamente
inalterado, mesmo nesse novo quadro de incio mais firme do processo de descentralizao
econmica do Estado.
Quadro 3. 27 Populao da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro na populao do Estado do

Rio de Janeiro
Proporo da populao da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro na

populao do Estado do Rio de Janeiro
1991 - 2000 - 2010
Populao
1991 2000 2010
Abs. Abs. Abs.
% % %
(1000) (1000) (1000)
RMRJ 9.689 75,6 10.869 75,5 11.839 74,0
Estado RJ 12.808 100,0 14.391 100,0 15.993 100,0
Fonte: IBGE/Censos Demogrficos 1991, 2000 e 2010
importante ser levado em conta que das 20 cidades do Estado com populao entre 100 mil
a 1 milho de habitantes, 10 delas Duque de Caxias, Itabora, Mag, Niteri, Nova Iguau,
Belford Roxo, Queimados, So Gonalo, So Joo do Meriti e Nilpolis esto localizadas na
RMRJ. Por outro lado, no conjunto das populacionalmente mais importantes Regies
164
Metropolitanas do pas, a RMRJ ainda permanece como a detentora da maior proporo da
populao do Estado8.
Para o terceiro perodo existe uma percepo geral de que a economia do Estado, aps a
longa fase de invernada, comea a se recuperar com a possibilidade de vir a ser ampliada de
forma significativa a participao do setor industrial na oferta do emprego9, sem prejuzo da
tendncia de significativa elevao no setor de servios que j apresenta um maior dinamismo
na oferta de empregos da regio10. Essa fase, iniciada pelo processo de descentralizao
regional j referido, estaria tendo continuidade e maior amplitude, principalmente a partir dos
ltimos anos da dcada passada, com o srio esforo que vem sendo desenvolvido,
conjuntamente, pelas administraes dos trs nveis de governo, para enfrentamento dos
velhos problemas que fragilizaram o papel do municpio do Rio de Janeiro como centro
dinamizador do desenvolvimento do Estado.
Esse quadro no indicou ainda a possibilidade de a RMRJ voltar a atrair migrantes de outras
Unidades da Federao, embora tenha havido significativa redistribuio da populao entre os
municpios do prprio Estado.
Observa-se que no perodo 2001/2009, de acordo com dados das PNADs, a populao da
RMRJ aumentou em cerca de 645 mil pessoas (5,90%). Dessas, 304 mil eram naturais do
prprio municpio e 345 mil no o eram. Desse ltimo grupo, os no nascidos no Estado do Rio
de Janeiro (migrantes de outros Estados) se reduziu em 46 mil pessoas (2,21%) e os que eram
originrios do prprio Estado, mas no nascidos no municpio de atual residncia se elevou em
391 mil pessoas (31,36%). Em concluso, houve uma reduo de alguma expresso na
populao originria de outros Estados da Federao, mas o nmero de pessoas do prprio
8
Somente a Regio Metropolitana de Macap, no Amap, apresenta concentrao maior (76,4 %) do que a da RMRJ (GARSON,
2009, p.116/117).
9
O Relatrio do Produto 2, Componente 3, do Plano Diretor do Arco Metropolitano (p.133), com base nos dados RAIS/MTE,
indica que em 2008, na Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, a participao deste setor representava, apenas, 13,6
% do total do emprego formal, enquanto nas periferias das RMSP e RMBH essa participao era de, respectivamente, 30,5 % e
32,58 %. bem verdade que se tomadas as Regies Metropolitanas como um todo, essas propores mudam bastante (9,72 %
na RMRJ; 18,24 % na RMSP e 13,4 % na RMBH). Isso no altera, contudo, a existncia de bem menor capacidade de gerao
de oportunidades de trabalho das indstrias localizadas nas duas regies do Rio de Janeiro consideradas relativamente s das
demais regies referidas.
10
Ainda, de acordo com a mesma fonte, em 2008, os setores comrcio, servios e administrao pblica da RMRJ ocupavam 84
% dos empregos formais enquanto essa proporo era de, respectivamente 76,05 % na RMSP e 76,32 % na RMBH.
165
Estado, seja de outro municpio da RMRJ ou de municpio de outra regio, bastante
impressionante.
A prpria construo do Arco Metropolitano ocupar um nmero estimado de pessoas da

ordem de 56,1 mil e est previsto, para aps incio dos empreendimentos, que mais de 10 mil
se localizaro ou ampliaro suas atividades na sua regio de influncia.
Quadro 3. 28 Populao residente na RMRJ, segundo a naturalidade (Municpio e Estado)
Populao residente na RMRJ, segundo a naturalidade (municpio e Estado)

2001 e 2009
Populao (1.000) Proporo (%) Variao
Item 2001 2009 2001-2009 (B)-(A)
2001 2009
(A) (B) Abs.(1000) %
Total 10.937 11.582 100,00 100,00 645 5,90
Total 7.606 7.910 69,54 68,29 304 4,00
Naturais do
municpio Sempre residiram no municpio - 6.865 - 59,27 - -
Total 3.328 3.673 30,42 31,71 345 10,37

e naturais da unidade da federao 1.247 1.638 11,40 14,14 391 31,36
No naturais e no naturais da unidade da federao 2.081 2.035 19,03 17,57 -46 -2,21
do municipio
e naturais da unidade da federao -
sempre residiram na unidade da 1.183 1.474 10,81 12,73 291 24,60
federao
de naturalidade em relao unidade
- - - - - -
Sem da federao
declarao de naturalidade em relao ao
4 - 0,04 - -4 -
municpio
Fonte: IBGE/PNAD 2001 e 2009 (Tab1850)
As mudanas em curso na administrao pblica em geral e particularmente na gesto

financeira, melhoria significativa da segurana pblica, inclusive com a retomada de reas
gerenciadas por grupos de criminosos (UPPs), com a reduo da violncia na capital que
tender a se estender para as demais reas da RMRJ e para o interior, e a sinalizao positiva
de novos investimentos privados em grandes projetos industriais e porturios, como o caso
de Au e Itagua, alm dos investimentos em capacidade de pesquisa e desenvolvimento no
campus da UFRJ, na Ilha do Fundo, com a participao da PETROBRAS e de grandes
empresas nacionais e internacionais (maior centro de ps-graduao e pesquisa tecnolgica
da Amrica Latina) e do interesse empresarial crescente nos terminais porturios e estaleiros
166
da Baa de Guanabara, podem ser fatos condutores a um futuro regional a um s tempo mais
dinmico e sustentvel.
Lessa (2001, p.376), analisando os horizontes que se abrem para o Estado do Rio de Janeiro
e, particularmente, sua Regio Metropolitana, considera que a operao do Porto de Sepetiba,
dadas suas caractersticas intrnsecas e as possibilidades de sua interligao logstica com o
aeroporto do Galeo revivido, poder tornar o Rio o principal centro multimodal intercontinental,
articulando pases da Amrica do Sul com as redes mundiais, desde que estabelecidos
eficientes meios de comunicao e sistemas de apoio como hotis, centros de convenes etc.
ao turismo de negcios. Conclui-se que No descabido pensar que o binmio porto-
aeroporto, combinado com servios sofisticados urbanos que o Rio pode oferecer, venha a
compor o portal por onde a Amrica do Sul principalmente o Mercosul articular-se- com
as correntes comerciais do mundo. O Rio ser reposicionado na economia nacional a partir de
Sepetiba.
A materializao dessas perspectivas para o futuro para a RMRJ, entre outras medidas,
pressupe: i) a introduo de mudanas na administrao pblica em geral e particularmente
na gesto urbana; ii) a integrao fsico-espacial dos investimentos setoriais dos diferentes
nveis da administrao; iii) a criao de uma forte articulao Estado/Municpios que poder
ser viabilizada com a criao efetiva de um agncia metropolitana com a responsabilidade de
promover o planejamento integrado do desenvolvimento da regio de forma racional e
autossustentvel nas dimenses socioeconmica, ambiental e fsico-territorial; iv) a
disponibilizao de uma fonte permanente de recursos que fique, pelo menos em parte,
protegida das flutuaes das dotaes oramentrias.
3.2.4.2. O crescimento demogrfico no perodo 2000-2010

Os dados do Quadro 3.29 indicam que a taxa de crescimento mdio anual na Regio do Arco
foi de 0,99%. Para a RMRJ e o municpio do Rio de Janeiro as taxas foram de,
respectivamente 0,86% e 0,77%. A populao da RMRJ passou de 10,86 milhes para 11,83
milhes. Dessa forma, no obstante a desacelerao do crescimento populacional dessa
Regio se manter a taxa de crescimento no perodo anterior, 1991-2000, foi de 1,36% a.a.
a base populacional to grande que, mesmo crescendo a um ritmo mais reduzido, gerou
um acrscimo populacional de mais de 900 mil pessoas, ou cerca de 90 mil/ano.
167
Quadro 3. 29 Populao do Arco Metropolitano, Regio Metropolitana do Rio de janeiro e
Municpio do Rio de Janeiro
Populao - Regio do Arco Metropolitano, Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e Municipio do Rio de
Janeiro
2000 - 2010
Populao
2000 2010
Proporo Proporo Taxa mdia
na na anual de
Setor Municpio Acrscimo
populao populao crescimento
Abs. Abs. 2000/2010
da Regio da Regio 2000/2010
do Arco do Arco (%)
(%) (%)
Itagua 82.003 109.163 27.160 2,9
Seropdica 65.260 78.183 12.923 1,8
1
Mangaratiba 24.901 36.311 11.410 3,8
Rio de Janeiro-AP5 (1) 1.556.505 1.774.608 218.103 1,3
Subtotal Setor 1 1.728.669 19,2% 1.998.265 20,1% 269.596 1,5
Japeri 83.278 95.391 12.113 1,4
Paracambi 40.475 47.074 6.599 1,5
Queimados 121.993 137.938 15.945 1,2
Nova Iguau (2) 754.519 795.212 40.693 0,5
Mesquita (2) 166.080 168.403 2.323 0,1
2 Nilpolis 153.712 157.483 3.771 0,2
So Joo de Meriti 449.476 459.356 9.880 0,2
Belford Roxo 434.474 469.261 34.787 0,8
Duque de Caxias 775.456 855.046 79.590 1,0
Mag 205.830 228.150 22.320 1,0
Rio de Janeiro-AP3 (1) 2.353.590 2.548.802 195.212 0,8
Subtotal Setor 2 5.538.883 61,6% 5.962.116 60,0% 423.233 0,7
3 Itabora 187.479 218.090 30.611 1,5
Guapimirim 37.952 51.487 13.535 3,1
So Gonalo 891.119 999.901 108.782 1,2
Tangu 26.057 30.731 4.674 1,7
Niteri 459.451 487.327 27.876 0,6
Maric 76.737 127.519 50.782 5,2
Cachoeiras de Macacu 48.543 54.370 5.827 1,1
Subtotal Setor 3 1.727.338 19,2% 1.969.425 19,8% 242.087 1,3
Total Regio do Arco 8.994.890 100,0% 9.929.806 100,0% 934.916 1,0

Total RMRJ 10.869.255 11.838.752 969.497 0,9
Total Municpio do Rio de Janeiro 5.857.904 6.323.037 465.133 0,8
Fonte: IBGE/Censos Demogrficos 2000 e 2010 e IPP/PMRJ-Armazm de Dados para as populaes de 2000 das Aps 3 e 5 do Rio de Janeiro
Notas: (1) As populaes de 2010 da AP3 e da AP5 foram estimadas com base nas taxas mdias de crescimento anual verificadas no perodo
2000/10, respectivamente, nos municpios do Setor 2 (0,80%) e do Setor 3 (1,32%).
(2) Populao de Nova Iguau em 2000 j deduzida da populao de Mesquita, que se desmembrou em 2001. Populao de Mesquita em 2000 obtida
no IBGE/Censo Demogrfico 2000-Resultados do Universo- Municpios instalados em 2001.
Vale notar que, no obstante a metrpole vir mantendo, praticamente, a mesma participao
da sua populao na populao do Estado, muito forte a tendncia de transbordamento do
168
crescimento assinalado para os municpios da periferia dessa Regio. Em alguns municpios
perifricos observaram-se taxas de crescimento trs vezes aquela da RMRJ Maric (5,21%),
Mangaratiba (3,84%), Guapimirim (3,10%) e Itagua (2,9%) no entanto, a base populacional
desses municpios ainda relativamente reduzida no contexto da Regio.
Analisando-se os resultados do conjunto dos 3 Setores da Regio do Arco, o Setor 1 foi o que
apresentou a mais elevada taxa mdia anual de crescimento (1,46%) e o segundo mais
importante acrscimo populacional, cerca de 270 mil pessoas. Quanto ao Setor 2, que deteve o
maior acrscimo populacional, cerca de 423 mil pessoas com exceo dos municpios de
Japeri, Paracambi e Queimados11, que tiveram taxas expressivas para os demais, as taxas
foram estveis ou bem reduzidas, como Mesquita, So Joo de Meriti, Nilpolis, e Belford
Roxo.
Julgou-se importante nesta anlise estabelecer uma associao entre a velocidade de

crescimento demogrfico e o acrscimo populacional apresentado pelos municpios que esto
acima dos valores medianos desses dois indicadores. Certamente as unidades que renem
esses dois atributos apresentam maiores condies potenciais para passarem a exercer novos
papis na hierarquia das centralidades e subcentralidades urbanas da Regio. Esto nesse
caso os municpios de So Gonalo, Itabora, Itagua, Maric e a AP5/RJ.
11
A dinmica populacional dos municpios de Japeri, Paracambi e Queimados est mais prxima da registrada para os
municpios do Setor 1 do que a do Setor 2 do Estudo. Certamente este fato mais um elemento que refora a recomendao,
contida no Relatrio dos Produtos 6 e 7 do Componente 3 (p. 12), de que faz mais sentido, para fins de coordenao
econmica, que aqueles 3 municpios passem a integrar o Setor 1.
169
Quadro 3. 30 Acrscimo populacional e taxa mdia anual de crescimento, em ordem
decrescente Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
Acrscimo populacional e taxa mdia anual de

crescimento, em ordem decrescente - Municpios da
Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
2000 - 2010
Acrscimo Tx mdia anual
Municpio populacional de crescimento
2000-2010 %
Maric 50.782 5,2%
Mangaratiba 11.410 3,8%
Guapimirim 13.535 3,1%
Itagua 27.160 2,9%
Seropdica 12.923 1,8%
Tangu 4.674 1,7%
Itabora 30.611 1,5%
Paracambi 6.599 1,5%
Japeri 12.113 1,4%
Rio de Janeiro - AP5 218.103 1,3%
Queimados 15.945 1,2%
So Gonalo 108.782 1,2%
Cachoeiras de Macacu 5.827 1,1%
Mag 22.320 1,0%
Duque de Caxias 79.590 1,0%
Rio de Janeiro-AP3 195.212 0,8%
Belford Roxo 34.787 0,8%
Niteri 27.876 0,6%
Nova Iguau 40.693 0,5%
Nilpolis 3.771 0,2%
So Joo de Meriti 9.880 0,2%
Mesquita 2.323 0,1%
Mediana 19.133 1,2%
Finalmente, cabe registrar um fato importante que vem acontecendo paralelamente ao

aumento da populao. A porcentagem de famlias com rendimento mensal de at 2 salrios
mnimos aumentou de 23,2% em 2001 para 27,9% em 2009 e a de famlias com rendimento
mensal de at 5 salrios mnimos se elevou de 56,59% para 65,21%. Em sentido inverso,
170
ocorreu uma certa contrao do nmero de famlias nas faixas mdias e altas de rendimento.
Ou seja, aumentou a concentrao de famlias nas classes de rendimentos familiares menores.
Quadro 3. 31 Mudana do perfil do rendimento mdio mensal de famlias residentes em

domiclios particulares Regio Metropolitana do Rio de Janeiro 2001-2009
Mudana no perfil do rendimento mdio mensal de famlias residentes em

domiclios particulares - Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
2001 - 2009
Diferena
2001 2009
Classe de rendimento 2009-2001
(Salrios Mnimos) (C)=(B)-(A)
% (A) Acumulado % (B) Acumulado
(%)
Sem rendimento 3,2 3,2 2,1 2,1 -1,0
At 1 6,3 9,5 7,7 9,9 1,4
Mais de 1 a 2 13,7 23,2 18,0 27,9 4,3
Mais de 2 a 3 12,7 35,9 16,8 44,6 4,1
Mais de 3 a 5 20,7 56,6 20,6 65,2 -0,1
Mais de 5 a 10 21,6 78,2 16,0 81,3 -5,6
Mais de 10 a 20 10,7 88,9 7,4 88,7 -3,3
Mais de 20 6,4 95,3 3,9 92,6 -2,5
Sem declarao 4,7 100,0 7,4 100,0 2,7
Total 100,0 100,0
Fonte: IBGE/PNAD 2001 e 2009
O aumento do poder de compra das referidas classes certamente impulsionado pela poltica
de transferncia de renda para os mais pobres, aumentos reais do valor do salrio mnimo e
ampliao significativa da oferta de emprego fica mais evidenciado quando analisado o valor
total dos rendimentos por faixa, calculado em Reais, deflacionando-se o salrio mnimo
nominal pelo ndice de Preos ao Consumidor Ampliado (IPCA), conforme mostrado na Quadro
3.32. Verifica-se que a elevao dos rendimentos totais, em valores constantes, nas trs
primeiras faixas, foi superior a 100%.
171
Quadro 3. 32 Rendimento total mensal das famlias residentes em domiclios particulares (1)
Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
Rendimento total mensal das famlias residentes em

domiclios particulares (1) - Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro
2001 - 2009
Rendimentos familiares
Variao
Classe de rendimento totais
2001/09
(Salrios Mnim os) (R$ milhes) (2)
(%)
2001 2009
At 1 61 124 104,7%
Mais de 1 a 2 237 528 122,8%
Mais de 2 a 3 354 790 123,5%
Mais de 3 a 5 911 1.518 66,7%
Mais de 5 a 10 1.691 2.106 24,6%
Mais de 10 a 20 1.650 1.926 16,7%
Mais de 20 2.723 2.657 -2,5%
Total 8.011 10.415 30,0%
Fonte: IBGE/PNAD/SIDRA 2001 e 2009
Notas: (1) Somente f amlias com declarao de rendimentos.
(2) Calculado com o ndice de Preos ao Consumidor Ampliado - IPCA.
Esses resultados sinalizam para a ocorrncia de importantes mudanas de comportamento nos

padres de consumo e de expectativas, principalmente relacionadas s famlias das referidas
faixas. Entre essas mudanas esto, certamente, a possibilidade de acesso ao financiamento
de itens como a casa prpria e o automvel, e a disseminao por toda a periferia da regio de
novos pontos de comrcio e de negcios, modificando e pressionando a demanda de terras e
de infraestrutura urbana. Alm disso, iro impor a necessidade de mudana na qualidade de
atendimento dos servios pblicos.
3.2.4.3. Projeo para o crescimento demogrfico 2020-2030

De acordo com as projees realizadas12, no cenrio tendencial ou de referncia, a populao
da Regio do Arco at 2030 dever atingir cerca de 11,24 milhes de pessoas (85,17% da
12
Na realizao dessas projees populacionais foi adotado o mtodo de tendncia de crescimento demogrfico que
normalmente empregado pelo IBGE. Este mtodo consiste em elaborar estimativas de populao para reas menores no
caso, os municpios e APs do RJ que integram a Regio do Arco a partir das projees populacionais do IBGE para o Brasil
e o Estado do Rio de Janeiro em 2020 e 2030. O cenrio mdio utilizado nestas projees que a porcentagem da populao do
Estado do Rio morando na Regio do Arco e tambm nas Aps 1, 2 e 4 do Rio, de 74,6 % em 2010, se mantm constante em
2020 e 2030.
172
populao da RMRJ), com um acrscimo da ordem de 1,31 milhes de pessoas nesse
intervalo, correspondendo a um incremento mdio anual, no perodo, de 65,71 mil habitantes
(Quadro 3.33). Dessa forma a taxa mdia anual de crescimento, que no perodo 2000/2010 foi
de 0,99%, se reduz para 0,62% ao longo das prximas duas dcadas. evidente que se trata
de um perodo muito longo, no qual a velocidade das transformaes que vm ocorrendo nos
campos socioeconmico, poltico, nos arranjos de ocupao territorial e no papel do Brasil na
economia mundial, no permitem vislumbrar, com doses mnimas de segurana, a forma como
a populao se distribuir entre os municpios da Regio objeto do presente Estudo.
Podem-se antever, contudo, formidveis presses que ocorrero em todos os j saturados e

insuficientes servios e infraestruturas urbanos, caso essa evoluo demogrfica no seja
acompanhada por macios investimentos nesses setores e dentro de processos eficientes e
eficazes de planejamento integrado.
Apenas um dado pode ilustrar bem o tamanho dos desafios a enfrentar: mantida a atual
proporo de 3,25 veculos por habitante, verificada para a RMRJ13, no perodo 2010-2030 a
frota atual de cerca de 3,6 milhes de veculos passar a ter cerca de 4 milhes, ou seja 400
mil unidades a mais circulando.
As projees realizadas mantm a mesma ordem hierrquica dos municpios hoje vigente,
considerado o tamanho de suas populaes. No entanto, muito provavelmente, essa ordem
no se manter inalterada, devido, tambm, s grandes diferenas entre as foras propulsoras
do desenvolvimento em cada municpio e os espaos disponveis para abrigar o crescimento
populacional e novas funes urbanas etc.
Quanto a este ltimo aspecto, convm indicar que a Regio caminha para um processo de
esgotamento do estoque de reas urbanizadas. No intervalo entre 2001 e 2010 a rea
urbanizada da Regio do Arco passou de 1.084,76 km2 para 1.526,62 km2, com um acrscimo
de 441,86 km2, ou seja, 49,10 km2/ano. Como natural que acontea, no obstante no ser o
ideal, na medida em que as cidades se expandem para as periferias a densidade ocupacional
13
Considera o total de veculos matriculados nos municpios da RMRJ, incluindo automveis, caminhonetas, caminhes, nibus,
motocicletas etc. Conforme o Relatrio DENATRAN de Dez/2010, obtido no site - http://www.denatran.gov.br/frota.htm.
173
do solo vai se reduzindo. No caso da Regio do Arco a reduo entre 2001 e 2010 foi de
8.211,06 para 6.845,71/pessoas por km2, cerca de 17%. Assim, na melhor das hipteses, no
considerando essa progressiva reduo da densidade ocupacional do solo, o total da rea dos
vazios disponveis para receber usos urbanos na Regio do Arco (646,63 km2) se esgotaria em
cerca de 13 anos.
Quadro 3. 33 Projeo da populao Regio do Arco Metropolitano, Regio Metropolitana do

Rio de Janeiro e Municpio do Rio de Janeiro 2010-2030
Projeo da populao - Regio do Arco Metropolitano, Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e Municipio do Rio de Janeiro
2010 - 2030
Taxa mdia anual de
Populao Acrscimo
Setor Municpio crescimento (%)
2010 2020 2030 2010/20 2020/30 2010/2030 2010/20 2020/30 2010/30
Itagua 109.163 133.279 147.342 24.116 14.063 38.179 2,0 1,0 1,5
Seropdica 78.183 89.657 96.349 11.474 6.692 18.166 1,4 0,7 1,1
1
Mangaratiba 36.311 46.442 52.350 10.131 5.908 16.039 2,5 1,2 1,8
Rio de Janeiro-AP5 (*) 1.774.608 1.968.263 2.081.197 193.656 112.933 306.589 1,0 0,6 0,8
Subtotal Setor 1 1.998.265 2.237.642 2.377.238 239.377 139.596 378.973 1,1 0,6 0,9
Japeri 95.391 106.146 112.418 10.755 6.272 17.027 1,1 0,6 0,8
Paracambi 47.074 52.933 56.350 5.859 3.417 9.276 1,2 0,6 0,9
Queimados 137.938 152.096 160.352 14.158 8.256 22.414 1,0 0,5 0,8
Nova Iguau 795.212 831.344 852.415 36.132 21.071 57.203 0,4 0,3 0,3
Mesquita 168.403 170.466 171.668 2.063 1.203 3.265 0,1 0,1 0,1
2 Nilpolis 157.483 160.831 162.784 3.348 1.953 5.301 0,2 0,1 0,2
So Joo de Meriti 459.356 468.129 473.244 8.773 5.116 13.888 0,2 0,1 0,1
Belford Roxo 469.261 500.149 518.161 30.888 18.013 48.900 0,6 0,4 0,5
Duque de Caxias 855.046 925.715 966.926 70.669 41.212 111.880 0,8 0,4 0,6
Mag 228.150 247.968 259.525 19.818 11.557 31.375 0,8 0,5 0,6
Rio de Janeiro-AP3 (*) 2.548.802 2.722.133 2.823.214 173.331 101.081 274.412 0,7 0,4 0,5
Subtotal Setor 2 5.962.116 6.337.910 6.557.059 375.794 219.149 594.943 0,6 0,3 0,5
Itabora 218.090 245.270 261.120 27.180 15.850 43.030 1,2 0,6 0,9
Guapimirim 51.487 63.505 70.513 12.018 7.008 19.026 2,1 1,1 1,6
So Gonalo 999.901 1.096.490 1.152.817 96.589 56.327 152.916 0,9 0,5 0,7
3 Tangu 30.731 34.881 37.301 4.150 2.420 6.570 1,3 0,7 1,0
Niteri 487.327 512.078 526.513 24.751 14.434 39.186 0,5 0,3 0,4
Maric 127.519 172.609 198.904 45.090 26.295 71.385 3,1 1,4 2,2
Cachoeiras de Macacu 54.370 59.544 62.561 5.174 3.017 8.191 0,9 0,5 0,7
Subtotal Setor 3 1.969.425 2.184.377 2.309.729 214.952 125.352 340.304 1,0 0,6 0,8
Total Regio do Arco 9.929.806 10.759.929 11.244.026 830.123 484.098 1.314.221 0,8 0,4 0,6
Total RMRJ 11.838.752 12.699.580 13.201.584 860.828 502.004 1.362.832 0,7 0,4 0,5
Total Municpio do Rio de Janeiro 6.323.037 6.736.034 6.976.879 412.997 240.845 653.842 0,6 0,4 0,5
Fonte: IBGE/Censo Demogrfico 2010 e projees realizadas por David Vetter Consultoria Econmica Ltda.
Nota (*): As populaes de 2010 da AP3 e da AP5 foram estimadas com base nas taxas mdias de crescimento anual verificadas no perodo 2000/10, respectivamente, nos
municpios do Setor 2 (0,80%) e do Setor 3 (1,32%).
174
Quadro 3. 34 Crescimento da rea urbanizada Regio do Arco Metropolitano e Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro 2001-2010
Crescimento da rea urbanizada - Regio do Arco Metropolitano e Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
2001 - 2010
Aumento da rea
Densidade Densidade rea de Proporo
urbanizada
rea urbanizada mdia rea urbanizada Populao mdia vazios de vazios
Populao urbana 2001-2010 (km2)
Regio 2001 populacional 2010 urbana residente populacional urbanizveis no Arco
residente 2000
(km2) urbana (km2) 2010 urbana Mdia em 2010 2.010
Total
2000/2001 2010 anual (km2) (%)
Arco Setor 1 244,62 1.706.470 6.976 378,84 1.975.186 5.214 134,22 14,91 159,58 24,7%
Metro- Setor 2 556,94 5.520.168 9.912 718,43 5.932.919 8.258 161,49 17,94 202,71 31,3%
politano Setor 3 283,20 1.680.387 5.934 429,35 1.951.721 4.546 146,15 16,24 284,33 44,0%
Total 1.084,76 8.907.025 8.211 1.526,62 10.450.797 6.846 441,86 49,10 646,63 100,0%
RMRJ 1.228,96 10.793.857 8.783 1819,35 11.780.449 6.475 590,39 65,60 601,00
Fonte: IBGE/Censos Demogrficos 2000 e 2010 e estudo feito por David Vetter Consultoria Econmica Ltda.
3.2.5. Emprego
A taxa anual do aumento de emprego formal (dados de RAIS) na RMRJ durante o perodo
2000/09 foi 3,4%. O incremento mdio anual foi de mais de 85.000 empregos neste perodo
(768.443 empregos em total). Quadro 3.35 e Figuras 3.20 e 3.21. A taxa anual maior foi da
construo civil (8,3% a.a.), porm, em termos absolutos o setor de servios foi de longe o
mais importante com um aumento de quase 338.000 empregos durante o perodo (44,0% do
aumento total).
Quadro 3. 35 RMRJ Variao do emprego por setor 2000-2009
Variao 2000/09
Setor 2000 2009 Variao % anual % total
Agropecuria 3.923 3.029 (894) -2,8% -0,1%
Indstria 218.585 276.889 58.304 2,7% 7,6%
Utilidade Pblica 34.647 39.914 5.267 1,6% 0,7%
Construo Civil 76.468 156.658 80.190 8,3% 10,4%
Comrcio 372.820 549.861 177.041 4,4% 23,0%
Servios 1.022.720 1.360.638 337.918 3,2% 44,0%
Adm. Pblica 447.701 558.530 110.829 2,5% 14,4%
TOTAL de Empregos 2.177.076 2.945.519 768.443 3,4% 100,0%
Fonte: RAIS/TEM
175
10.0%
8.3%
8.0%
6.0%
4.4%
4.0% 3.4%
Taxa anual
3.2%
2.7% 2.5%
2.0% 1.6%
0.0%
L
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-2.0%
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id
Co
il
Ut
-2.8%
-4.0%
Figura 3. 20 Taxa anual de variao do emprego por setor na Regio do Arco 2000-2009
350,000 337,918
300,000
250,000
200,000 177,041
150,000
110,829
100,000 80,190
58,304
50,000
(894) 5,267
-
a
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(50,000)
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Figura 3. 21 Variao do emprego por setor na Regio do Arco 2000-2009
176
A taxa anual de variao do emprego total da RMRJ (3,4%) foi inferior s taxas das Regies
Metropolitanas de So Paulo e Belo Horizonte, da Regio Sudeste e do Brasil (Figura 3.22).
7.0% 6.8%
6.5%
6.0%
5.5%
5.1%
Taxa anual %
5.0%
4.6% 4.6%
4.5%
4.5% 4.3% 4.2%
3.9%
4.0%
3.4%
3.5%
3.0%
2.5%
2.0%
Regio RMRJ Estado RMSP Periferia RMBH Sudeste Brasil Periferia
do Arco do RJ RMSP RMBH
Figura 3. 22 Taxa anual de variao do emprego total Regio do Arco, Regies Metropolitanas
de RJ, SP e BH, Periferias de RMSP e RMBH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil 2000-2009
Na Regio do Arco, o total de empregos aumentou mais nas APs 3 e 5/RJ (92.550 e 68.179
empregos) e nos municpios de Duque de Caxias (75,856) e Niteri (60.288) durante o perodo
2000/09 (Quadro 3.36 e Figuras 3.23 e 3.24).
177
Quadro 3. 36 Regio do Arco Variao do emprego formal total 2000-2009
Setor Municpio Emprego Variao 2000/09
2000 2009 (*) Absoluto % % anual

1 Itagua 11.208 27.628 16.420 146,5% 10,5%
Seropdica 5.113 9.781 4.668 91,3% 7,5%
Mangaratiba 4.351 9.692 5.341 122,8% 9,3%
Rio de Janeiro-AP5(1) 93.232 161.411 68.179 73,1% 6,3%
Subtotal Setor 1 113,904 208.512 94.608 83.1% 6,9%
2 Japeri 1.606 4.881 3.275 203,9% 13,1%
Paracambi 6.037 5.223 -814 -13,5% -1,6%
Queimados 7.365 12.337 4.972 67,5% 5,9%
Nova Iguau 65.974 86.721 20.747 31,4% 3,1%
Mesquita (2) 8.660 12.945 4.285 49,5% 4,6%
Nilpolis 13.585 18.916 5.331 39,2% 3,7%
So Joo de Meriti 29.335 51.002 21.667 73,9% 6,3%
Belford Roxo 15.841 28.347 12.506 78,9% 6,7%
Duque de Caxias 83.632 159.488 75.856 90,7% 7,4%
Mag 12.450 18.365 5.915 47,5% 4,4%
Rio de Janeiro-AP3(1) 406.783 499.333 92.550 22,8% 2,3%
Subtotal Setor 2 651,268 897.558 246.290 37.8% 3,6%
3 Itabora 13.688 25.637 11.949 87,3% 7,2%
Guapimirim 2.768 5.379 2.611 94,3% 7,7%
So Gonalo 70.561 97.363 26.802 38,0% 3,6%
Tangu 1.810 3.120 1.310 72,4% 6,2%
Niteri 114.393 174.681 60.288 52,7% 4,8%
Maric 6.340 11.290 4.950 78,1% 6,6%
Cachoeira de Macacu 5.681 7.265 1.584 27,9% 2,8%
Subtotal Setor 3 215,241 324.735 109.494 50.9% 4,7%
Total: Regio do Arco 980,413 1.430.805 450.391 45.9% 4,3%
Total: RMRJ 2.203,284 2.984.437 781.153 35.5% 3,4%
Total Mun. RJ 1.732,918 2.231.333 498.415 28.8% 2,8%
Fonte: RAIS/ MTE
Nota: (*) As estimativas do emprego na RA3 e RA5/RJ em 2009 foram elaboradas com os dados de IPP de 2008.
178
Taxa anual (%)
Variao de emprego 2000/09
-2.0%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
Ita
-1,000
9,000
29,000
39,000
49,000
59,000
69,000
79,000
89,000
Se g u
ro a Ita 99,000
R p Se g u
a
io M ro
10.5%
R p
de an dic
a io M d
19,000 16,420
Ja ga de an ic
7.5%
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9.3%
P5 -A
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4,668 5,341
P5
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6.3%
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4.6%
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3.7%
4,285 5,331
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6.3%
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26,802
3.6%
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1,310
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6.2%
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60,288
ra a de ric
4.8%
de ric M
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4,950
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6.6%
u
Figura 3. 23 Regio do Arco Variao do emprego formal total 2000-2009
ac
u
1,584
2.8%
Figura 3. 24 Regio do Arco Taxa Anual de variao do emprego formal total 2000-2009
179
Como era de se esperar, as maiores taxas anuais de crescimento de emprego formal
ocorreram em alguns municpios mais afastados dos centros tradicionais:
Quadro 3. 37 Regio do Arco Variao do emprego formal total 2000-2009
Taxas anuais de
Municpios Crescimento de emprego
formal
Japeri 13,15%
Itagua 10,54%
Mangaratiba 9,31%
Guapimirim 7,66%
Seropdica 7,47%
Duque de Caxias 7,44%
Itabora 7,22%
Belford Roxo 6,68%
Marica 6,62%
So Joo de Meriti 6,34%
Rio de Janeiro-AP5(1) 6,29%
Tangu 6,24%
3.2.6. Habitao
3.2.6.1. Introduo
Os estudos sobre o funcionamento do setor habitacional em geral concentram suas
metodologias, fortemente, no exame de duas questes bsicas, o dficit habitacional
180
significando a necessidade de reposio de novas unidades ao estoque existente e a
inadequao habitacional correspondendo s unidades que apresentam um ou mais tipos
de precariedade que devem ser corrigidas para elevar suas condies de habitabilidade. Se
bem que indispensveis para balizarem metas para as polticas habitacionais, necessrio que
essas metodologias sejam complementadas com o estudo da real capacidade dessas polticas
acompanharem a evoluo do estoque de moradias, contrastando-a com o que produzido
pelos programas habitacionais financiados com recursos pblicos e privados. No primeiro caso
o foco o estoque, no segundo o fluxo. A presente abordagem trata de examinar essas duas
questes.
A Regio Metropolitana do Rio de Janeiro possua, em 2000, 3,214 milhes de domiclios e uma
populao de 10,915 milhes de pessoas. Estudos desenvolvidos pela Fundao Joo
Pinheiro16 apuraram para essa Regio um dficit habitacional, naquele ano, de mais de 500 mil
habitaes e 1,1 milho de inadequaes17.
Significa dizer que 11,6% da populao habitava em situao de absoluta precariedade, na

maioria dos casos, sem condies de acesso, por seus prprios meios, a uma moradia digna.
Pontuava, tambm, aquele estudo, que 74% do dficit estavam concentrados na populao
mais vulnervel, aquela com menos de trs salrios mnimos de renda mensal.
Por outro lado, mesmo dentre as famlias que possuam um teto, estas muitas das vezes
conviviam com inadequaes que geravam insegurana quanto propriedade do imvel,
desconfortos e mesmo riscos sade (habitaes sem infraestrutura, sem banheiro, densidade
excessiva de moradores por dormitrio e inadequao fundiria).
Estava formado o quadro com o qual a RMRJ se depararia no incio deste sculo e cuja
mitigao estava diretamente relacionada ao desenvolvimento de uma poltica suficientemente
14
IBGE Censo 2000.
15
Idem.
16
Dficit Habitacional no Brasil 2000 Fundao Joo Pinheiro (FJP).
17
A metodologia adotada pela FJP para clculo das inadequaes no permite a soma das diversas inadequaes, uma vez que
diferentes anomalias podem estar presentes em um nico domiclio. Por esta razo este documento no menciona o nmero de
domiclios inadequados, mas a quantidade de inadequaes a serem combatidas.
181
abrangente, que propiciasse meios para o enfrentamento da diversidade de aes que
necessitavam ser implementadas.
Evoluo do estoque de domiclios e do dficit habitacional
As consideraes a seguir apresentadas, em funo da falta de dados municipais atualizados

sobre o dficit habitacional, referem-se Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, que encerra
19 municpios da rea de Influncia do Arco Metropolitano representando, este, pouco mais de
80% tanto em termos de populao como em quantidade de domiclios da RMRJ (apenas os
municpios de Mangaratiba e Cachoeiras de Macacu no pertencem RMRJ).
Entre 2000 e 2008 a adoo de medidas para o incremento do financiamento habitacional

propiciou uma significativa reduo relativa do dficit habitacional na RMRJ que, de 11,6% do
total de domiclios em 2000, passou a representar 9,1% em 2008. A Tabela a seguir apresenta
os dados representativos do total do Estado do Rio de Janeiro e da Regio Metropolitana do
Rio de Janeiro.
Quadro 3. 38 Domiclios e Deficit habitacional Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e

Estado do Rio de Janeiro 2000-2008
182
Domiclios e dficit habitacional - Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e
Estado do Rio de Janeiro - 2000 - 2008
Representatividade do
RMRJ Estado RJ
Ano dficit
Domiclios Dficit Domiclios Dficit RMRJ Estado RJ
2000 3.246.257 375.314 4.253.763 505.201 11,6% 11,9%
2008 4.124.328 375.461 5.712.155 490.230 9,1% 8,6%
Fontes: IBGE/Censos Demogrficos 2000 e 2010, com interpolao para obteno dos domiclios em 2008;
Dficit habitacional no Brasil 2005 - Fundao Joo Pinheiro (dados de 2000) e Dficit Habitacional no Brasil
2008 - Fundao Joo Pinheiro (dados publicados pelo Ministrio das Cidades e ajustados para a mesma
metodologia do Dficit 2000).
Esta foi, contudo uma reduo menos significativa do que a do total do Estado (de 2,5 pontos
percentuais na RMRJ e 3,1 no total do Estado), fazendo pressupor, entre outras possibilidades:
i) que a elevao da renda da populao se refletiu na melhoria do estoque habitacional mais
intensamente no resto do Estado do que na RMRJ; ii) que os agentes imobilirios, pblicos e
privados, tiveram melhores condies de atuao nos municpios do interior (maior oferta de
terrenos com preos inferiores na composio dos custos dos empreendimentos idem para
a mo de obra menos burocracia na aprovao do projetos e mais apoio dos governos
locais etc.).
Em termos absolutos, o dficit na RMRJ e no Estado do Rio de Janeiro se mantiveram estveis

entre 2000 e 2008, enquanto o estoque de domiclios no mesmo perodo teve uma evoluo de
27% e 34%, respectivamente, novamente com crescimento mais representativo no total do
Estado, sinalizando a tendncia de desconcentrao populacional ocorrida nesse perodo.
A estratificao do dficit habitacional urbano segundo faixas de renda salarial apresentada na

tabela abaixo aponta que, a partir de 2006, com exceo da faixa de at 3 salrios mnimos,
vem ocorrendo redues nas demais faixas. Para a RMRJ o dficit pode at mesmo ser
considerado residual, nas faixas de 3 a 5 salrios mnimos (16 mil unidades) e acima de 5
salrio mnimos (17 mil unidades). Como resultado, tem-se que, entre 2000 e 2008, a
concentrao na faixa de renda inferior a 3 salrios mnimos foi alterada de 74% para 91% do
dficit, numa clara demonstrao da forte dose de regressividade das polticas habitacionais
adotadas, historicamente mais voltadas para as faixas de renda mdia e alta.
183
Quadro 3. 39 Deficit habitacional urbano por faixa de renda Estado do Rio de Janeiro e Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro 2000-2008
184
Dficit habitacional urbano por faixa de renda - Estado do Rio de Janeiro e Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro - 2000 - 2008
Nmeros absolutos
Faixa de renda
Total
Ano <3 SM 3 A 5 SM > 5 SM
Estado RMRJ Estado RMRJ Estado RMRJ Estado RMRJ
2000 368.879 274.986 60.416 46.949 62.380 50.675 491.675 372.610
2005 508.736 386.582 32.010 29.093 30.867 25.126 571.614 440.801
2006 544.933 415.007 26.233 21.364 25.041 18.182 596.207 454.553
2007 480.400 379.146 36.872 29.100 17.100 13.496 534.371 421.742
2008 436.305 340.306 32.355 16.063 21.570 17.183 490.230 373.552
Distribuio percentual
Faixa de renda
Total
2000 75% 74% 12% 13% 13% 14% 100% 100%
2005 89% 88% 6% 7% 5% 6% 100% 100%
2006 91% 91% 4% 5% 4% 4% 100% 100%
2007 90% 90% 7% 7% 3% 3% 100% 100%
2008 89% 91% 7% 4% 4% 5% 100% 100%
Evoluo
Faixa de renda
Total
2005/2000 38% 41% -47% -38% -51% -50% 16% 18%
2006/2005 7% 7% -18% -27% -19% -28% 4% 3%
2007/2006 -12% -9% 41% 36% -32% -26% -10% -7%
2008/2007 -9% -10% -12% -45% 26% 27% -8% -11%
2008/2000 18% 24% -46% -66% -65% -66% 0% 0%
Fonte: Dficit Habitacional no Brasil - 2005, 2006, 2007 e 2008 - FJP
OBS: o Dficit de 2008 foi divulgado pelo MCidades em julho de 2010.
A inverso da curva de crescimento do dficit habitacional foi possvel em razo de diversos

fatores, os principais voltados ao aumento da renda mdia real dos trabalhadores ocorrido a
partir do Plano Real, ao aumento do nvel de emprego com carteira assinada que reflete
diretamente nas disponibilidades do FGTS, alterao dos regulamentos que regem os
depsitos em cadernetas de poupana, que resultou em um forte impulso dos financiamentos
do SBPE, segurana na concesso do crdito propiciada pela criao da figura da alienao
185
fiduciria de bens imveis em garantia dos financiamentos habitacionais e, mais recentemente,
ao direcionamento de recursos do OGU, em volume significativo, para a rea habitacional18.
Conquanto estas medidas tenham propiciado impacto direto na reduo do dficit habitacional,
seus efeitos nas classes de renda menos favorecidas (especialmente aquela com renda inferior
a 3 salrios mnimos) so pouco significativos, uma vez que em sua grande maioria so
famlias sem acesso ao mercado imobilirio formal. Alie-se a este fato os nmeros da
inadequao habitacional, traduzidos em habitaes insalubres e sem titulao, muitas vezes
localizadas em reas de risco e habitadas, em sua maioria, por essas famlias com baixos
rendimentos. Os nmeros apresentados nos estudos desenvolvidos pela Fundao Joo
Pinheiro para a inadequao habitacional apontam que a inadequao permaneceu estvel em
nmeros absolutos, tanto no Estado do Rio de Janeiro como em sua Regio Metropolitana,
seguindo o mesmo comportamento da evoluo do dficit habitacional em relao ao estoque
de domiclios.
A soluo para a questo habitacional, contudo, no se resume ao atendimento do passivo

hoje existente em termos de dficit e de inadequao. A formulao de uma poltica que vise o
equacionamento da questo como um todo levar em conta, tambm, as estimativas de
crescimento da populao e sua relao com a evoluo da densidade domiciliar (que vem se
reduzindo desde os anos 80), que resultar na necessidade de novos domiclios para abrigar
esta populao em condies adequadas.
Quadro 3. 40 Domiclios Urbanos e Inadequaes Estado do Rio de Janeiro e Regio

Metropolitana do Rio de Janeiro 2000 e 2007
18
Com o Plano de Acelerao do Crescimento - PAC e o Programa Minha Casa Minha Vida PMCMV.
186
Domiclios Urbanos e Inadequaes Estado do Rio de Janeiro e Regio Metropolitana
do Rio de Janeiro - 2000 e 2007
Representatividade das
RMRJ Estado do Rio de Janeiro
inadequaes
Ano
Estado do
Domiclios Domiclios
Inadequaes Inadequaes RMRJ Rio de
urbanos urbanos
Janeiro
2000 3.246.257 826.373 4.097.733 1.128.197 25,5% 27,5%
2007 4.124.328 753.471 5.303.554 1.130.511 18,3% 21,3%
Fontes:IBGE/ Censos Demogrficos 2000 e 2010, com interpolao para obteno dos domiclios em 2007; Dficit
Habitacional no Brasil 2005 Fundao Joo Pinheiro (dados de 2000) e Dficit Habitacional no Brasil 2007
Fundao Joo Pinheiro
Projees efetuadas para os prximos 20 anos (Quadro 3.41) apontam para o incremento de
1,2 milho de moradias na rea de Influncia do Arco Metropolitano. De acordo com o cenrio
apresentado, que no considera o impacto do desenvolvimento decorrente da execuo do
Arco nem das reas do COMPERJ e do polo de Itagua, as APs 3 e 5 do Municpio do Rio de
Janeiro concentram 41% do crescimento previsto 500 mil unidades seguidas de So
Gonalo, com cerca de 100 mil unidades. Ou seja, apenas estas trs sub-regies devero
abrigar 50% do crescimento previsto at 2030.
Se considerarmos o impacto desse crescimento sobre o territrio, seis municpios 3 situados

no Setor 1 e 3 no Setor 319 concentram os casos que vo requerer maior ateno. O Setor 1,
que j sofre o impacto das instalaes do Porto de Itagua, o que ter maior crescimento
domiciliar, com 3 dos 4 municpios que o compem com crescimento superior a 50% e com o
caso extremo de Mangaratiba, que dever dobrar o nmero de domiclios em duas dcadas. A
AP5 do Rio de Janeiro, no Setor 1, embora sofra um impacto percentual menor, abrigar cerca
de 200 mil novos domiclios, mais do que a soma dos trs outros municpios do Setor.
A observao do resultado das projees para o Setor 3 apresenta outro caso extremo, o do
municpio de Maric, que tambm dever abrigar crescimento expressivo do estoque de
domiclios de mais de 80% em relao a 2010. Tambm Guapimirim e Cachoeiras de Macacu
19
No Setor 1: Itagua, Seropdica e Mangaratiba; e no Setor 3: Guapimirim, Maric e Cachoeiras de Macacu.
187
devero merecer um olhar especial, uma vez que so projetados aumentos superiores a 50%
dos domiclios em 20 anos.
Quadro 3. 41 Projeo do nmero de domiclios Municpios da Regio do Arco Metropolitano

do Rio de Janeiro 2020-2030
Projeo do nmero de domiclios - Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro - 2020 - 2030
Domiclios Crescimento absoluto Crescimento %
Setor Municpio Projees
2000 2010 2010/2020 2020/2030 2010/2030 2010/2020 2020/2030 2010/2030
2020 2030
Itagua 22.969 41.131 49.684 64.258 8.553 14.573 23.127 21% 29% 56%
Seropdica 18.114 30.854 36.854 47.077 6.000 10.223 16.223 19% 28% 53%
1 Mangaratiba 7.189 31.627 43.136 62.745 11.509 19.609 31.118 36% 45% 98%
Rio de Janeiro-AP5 (1) 438.882 592.115 664.281 787.237 72.166 122.956 195.122 12% 19% 33%
Total Setor 1 487.154 695.727 793.956 961.317 98.229 167.361 265.589 14% 21% 38%
Japeri 22.987 30.496 34.032 40.058 3.536 6.025 9.562 12% 18% 31%
Paracambi 11.419 17.196 19.917 24.552 2.721 4.636 7.356 16% 23% 43%
Queimados 33.334 46.007 51.975 62.144 5.968 10.169 16.137 13% 20% 35%
Nova Iguau (2) 213.630 276.007 305.384 355.436 29.377 50.052 79.429 11% 16% 29%
Mesquita (2) 47.023 57.839 62.933 71.612 5.094 8.679 13.773 9% 14% 24%
Nilpolis 44.428 54.828 59.726 68.071 4.898 8.345 13.243 9% 14% 24%
2
So Joo de Meriti 129.390 157.481 170.711 193.251 13.230 22.540 35.770 8% 13% 23%
Belford Roxo 121.619 157.875 174.950 204.042 17.075 29.092 46.167 11% 17% 29%
Duque de Caxias 219.977 295.100 330.480 390.759 35.380 60.279 95.659 12% 18% 32%
Mag 58.097 87.787 101.770 125.593 13.983 23.824 37.806 16% 23% 43%
Rio de Janeiro-AP3 (1) 724.147 963.378 1.076.044 1.268.005 112.667 191.960 304.627 12% 18% 32%
Total Setor 2 1.626.051 2.143.994 2.387.921 2.803.522 243.927 415.601 659.529 11% 17% 31%
Itabora 53.346 82.519 96.258 119.667 13.739 23.409 37.148 17% 24% 45%
Guapimirim 10.622 21.339 26.386 34.986 5.047 8.599 13.647 24% 33% 64%
So Gonalo 262.892 345.793 384.836 451.356 39.043 66.520 105.563 11% 17% 31%
Tangu 7.286 11.187 13.024 16.154 1.837 3.130 4.967 16% 24% 44%
3
Niteri 143.924 191.014 213.191 250.977 22.177 37.785 59.963 12% 18% 31%
Maric 22.853 67.347 88.302 124.004 20.955 35.702 56.657 31% 40% 84%
Cachoeiras de Macacu 13.905 23.172 27.536 34.972 4.364 7.436 11.800 19% 27% 51%
Total Setor 3 514.828 742.371 849.533 1.032.116 107.162 182.582 289.745 14% 21% 39%
Total Regio do Arco 2.628.033 3.582.092 4.031.410 4.796.955 449.318 765.545 1.214.863 13% 19% 34%
Total RMRJ 3.246.257 4.378.706 4.912.038 5.820.725 533.332 908.687 1.442.019 12% 18% 33%
Total Municpio do Rio de Janeiro 1.802.347 2.406.906 2.691.626 3.176.729 284.720 485.103 769.823 12% 18% 32%
Estado do Rio de Janeiro 4.253.763 6.149.030 7.041.614 8.562.393 892.584 1.520.778 2.413.363 15% 22% 39%
Fontes: IBGE/Censos Demogrficos 2000 e 2010; IPP/PMRJ-Armazm de Dados para as Aps 3 e 5 do Rio de Janeiro em 2000 e Projees para 2020 e 2030 realizadas por David Vetter Consultoria Econmica Ltda.
Notas: (1) Os nmeros de domiclios das APs3 e 5/RJ em 2010 f oram estimados com base na taxa mdia de crescimento anual 2000-2010 dos municpios do Setor 2 (2,80%) e da RMRJ (3,04%), respectivamente.
(2) Domiclios de Nova Iguau em 2000 j deduzidos os correspondentes a Mesquita, que se desmembrou em 2001. Domiclios de Mesquita em 2000 obtidos reduzindo-se o nmero de domiclios, de Nova Iguau, na mesma
proporo observada entre as respectivas populaes no mesmo ano.
A anlise das necessidades habitacionais e da projeo do acrscimo de domiclios para os

prximos 20 anos nos d uma ideia aproximada do problema a ser enfrentado no mbito do
Estado do Rio de Janeiro e de sua Regio Metropolitana. De fato, a soluo do dficit
habitacional existente e o atendimento demanda futura vislumbram a necessidade da
construo, no Estado, de quase 3 milhes de novas moradias das quais 63% na RMRJ (1,8
milho) e a soluo para 1,1 milho de inadequaes hoje existentes, concentradas em 67%
na RMRJ (753 mil).
188
Quadro 3. 42 Necessidades habitacionais e projeo do nmero de domiclios Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro e Estado do Rio de Janeiro 2010-2030
Necessidades habitacionais e projeo do nmero de domiclios

Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e Estado do Rio de Janeiro
2010 - 2030
Estado do Proporo
Situao RMRJ Rio de RMRJ/Est.
Janeiro RJ
(A) Dficit em 2008 375.461 490.230 77%
Aumento do nmero de domiclios
(B) 1.442.019 2.413.363 60%
2010/2030
(A)+(B) Novos domiclios 1.817.480 2.903.593 63%
(C) Inadequaes em 2007 753.471 1.130.511 67%
Uma ao efetiva que propicie a soluo das necessidades habitacionais existentes bem como
a oferta de habitaes adequadas demanda que se prenuncia exigir esforos conjuntos de
todas as esferas de governo e da iniciativa privada, por meio da oferta de um quadro
institucional e normativo que d agilidade e facilidades ao processo construtivo, da existncia
de estruturas administrativas modernas e de equipes capacitadas que deem respostas rpidas
s demandas da sociedade civil no mbito habitacional e da disponibilidade de recursos para
fazer frente a este desafio.
Especificamente com relao RMRJ, a adoo de novos conceitos para a

operacionalizao da poltica habitacional, com caractersticas prprias, poder se
traduzir em instrumento fundamental no enfrentamento da questo. Ser de fundamental
importncia que os projetos e intervenes habitacionais no estratifiquem a demanda por
faixa de renda nem impeam que seja financiada, juntamente com a interveno habitacional, a
urbanizao de reas para atividades comerciais e de servios teis populao e geradoras
de renda e trabalho, na linha de pequenos ou grandes bairros completos, tambm chamados
projetos habitacionais integrados.
189
3.2.6.2. Participao dos programas habitacionais na formao do estoque
Sobre a disponibilidade de recursos, dados apresentados pela Caixa Econmica Federal
relativos a financiamentos concedidos sob sua gesto20 no perodo 2005-2010 (Quadros 3.43 e
3.44) apresentam os resultados dos investimentos realizados no Brasil, no Estado do Rio de
Janeiro e nos municpios da rea de Influncia do Arco Metropolitano, provenientes das
diversas fontes de recursos operadas pela CAIXA.
O dado mais visvel, numa primeira abordagem, diz respeito ao crescimento exponencial do
crdito no total do pas, entre 2005 e 2010, como consequncia dos fatores mencionados
anteriormente. Mais impactante ainda so os resultados observados quando se compara o
nmero de famlias atendidas com financiamento habitacional no perodo 1990-2002, que no
chegou a 2,4 milhes em13 anos, dos quais 160 mil no Estado do Rio de Janeiro21.
De se comentar, ainda, que os dados contidos nos Quadros 3.43 e 3.44 refletem apenas os
financiamentos concedidos pela CAIXA, no contando com dados dos demais agentes do
SBPE. Ao agregarmos os dados desses agentes, o total no perodo passa para 5 milhes de
financiamentos, conforme Quadro 3.43 a seguir:
Quadro 3. 43 Atendimentos habitacionais Brasil 2005-2010
Atendimentos habitacionais - Brasil - 2005 - 2010

Agente Financiador 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Caixa Econmica Federal 420.701 543.261 584.785 528.129 926.074 1.176.819 4.179.769
Demais Agentes do SBPE
(exclusive SBPE Caixa) 39.539 63.674 121.562 200.147 149.998 241.682 816.602
Total 460.240 606.935 706.347 728.276 1.076.072 1.418.501 4.996.371
Fontes: Caixa Econmica Federal e ABECIP (w w w .abecip.org.br)
Como os dados dos demais agentes no permitem uma desagregao por estado, nem
especificam financiamentos para novas unidades, as anlises desenvolvidas levaram em
considerao apenas os dados da CAIXA.
20
Inclui recursos do FGTS, OGU, SBPE (Caixa), FAR, FAT, FDS e Consrcio (Caixa)
21
O Financiamento Habitacional pelo Setor Pblico Federal: 1990-2002 Roberto Zamboni / IPEA - 2004
190
Dos 4,2 milhes de financiamentos concedidos no perodo 2005-2010, apenas 255 mil se
destinaram ao Estado do Rio de Janeiro, equivalendo a uma mdia anual de 6% do total
nacional. Considerando que o Estado do Rio abriga 9% dos domiclios do pas e sua segunda
maior Regio Metropolitana, entende-se que o desempenho das operaes com origem em
recursos administrados pelo Governo Federal est aqum do perfil da demanda local. Apenas
as operaes da CAIXA com recursos do SBPE e recursos prprios se aproximam de um perfil
considerado satisfatrio, com 8% dos financiamentos nacionais.
Dados mais recentes publicados pelo Banco Central para o SBPE apontam a participao do
Estado do Rio no entorno de 10% da produo nacional com aqueles recursos, refletindo um
desempenho mais aproximado da demanda estadual.
Ao fazermos a analogia entre os financiamentos concedidos e o incremento estimado do

estoque de domiclios entre 2005 e 2010 e mesmo considerando a totalidade dos
financiamentos concedidos, nem sempre voltados para a produo de novas moradias,
podemos observar que toda a produo financiada do perodo foi responsvel por apenas 1/3
do aumento do estoque. Considerando que no perodo 2005-2008 os nmeros do dficit
habitacional tiveram pequeno acrscimo em valores absolutos, de 38 mil unidades, enquanto o
estoque de domiclios evoluiu em 600 mil unidades, pode-se considerar que a construo
individual (sem financiamento) ainda responsvel pela maior parte do crescimento do
estoque e que esta produo vem se desenvolvendo dentro dos padres desejveis, uma vez
que no h impacto no dficit.
Ou seja, o financiamento habitacional fundamental na conteno do dficit habitacional, mas,

mais importante a existncia de instrumentos de planejamento eficientes, com legislao
clara e simplificada, aliada a uma gesto que d agilidade aos processos, facilitando a
construo habitacional individual, que se sobrepe em muito construo financiada.
191
Quadro 3. 44 Financiamentos, estoque de domiclios e dficit habitacional Estado do Rio de
Janeiro 2005-2010
Financiamentos, estoque de domiclios e dficit habitacional - Estado do

Rio de Janeiro - 2005 - 2010
Financiamentos Caixa 255.062
(1) 81.660
Financiamentos Outros Agentes
Total Financiamentos 336.722
Crescimento do estoque de domiclios 2005-2010 (2) 1.034.686
Financiamentos / cresc. estoque 33%
Dficit Habitacional
2005 (3) 441.127
2008 478.901
Crescimento do dficit 2005/2008 37.774
(2) 597.810
Crescimento do estoque de domiclios 2005-2008
Notas; (1) considerada a mdia de 10% dos financiamentos totais, presente nos relatrios
divulgados pelo BACEN
(2) crescimento do estoque estimado pela interpolao do nmero de domiclios em 2000 e 2010
no Est RJ - Censo IBGE
(3 Dficit habitacional ajustado pela metodologia que considera apenas parte das famlias
conviventes como dficit habitacional - FJP
Ainda com relao analogia entre os financiamentos concedidos e o incremento estimado do

estoque de domiclios entre 2005 e 2010, embora no seja possvel a anlise dos dados
incluindo os financiamentos do SBPE dos agentes privados, nem se possa definir com
preciso, em alguns casos, a quantidade de financiamentos para imveis novos22, os
elementos disponibilizados pela CEF nos permitem verificar o comportamento bastante
desigual entre os municpios que compem a Regio do Arco. Enquanto no municpio de
Niteri os financiamentos foram responsveis por 69% do incremento do estoque, no extremo
oposto, no municpio de Mangaratiba, as habitaes financiadas pela CEF alcanaram apenas
2% da evoluo do estoque. Dentre os municpios que foram mais impactados com
financiamentos da CEF temos, alm de Niteri, os municpios de Queimados e Rio de Janeiro,
onde a relao financiamento x crescimento do estoque superou os 40%. Porm, aos
22
A exemplo do financiamento para materiais de construo, cujos dados no especificam se destinados a reforma ou a
construo de imvel novo, e que representa 33% do total das unidades financiadas. Alm desta modalidade de financiamento,
nos Programas Pr-Cotista/FGTS, Pr-Moradia/FGTS, PPI Favelas/OGU, Urbanizao de Assentamentos, tambm os dados
no nos permitem separar a quantidade de imveis novos das outras modalidades de atendimento.
192
considerarmos apenas a modalidade de financiamento para imveis novos, verificamos uma
grande diferena no municpio de Niteri. Como no temos elementos para discriminar, nas
demais formas de financiamento, os destinados a imveis novos, o conhecimento real da
situao do municpio dependeria de um estudo mais aprofundado dos investimentos
habitacionais ali ocorridos.
De uma maneira geral, os municpios situados no Setor 1 tiveram impacto insignificante dos
financiamentos da CEF no crescimento do estoque de domiclios. Entre os municpios situados
no Setor 2, foi possvel verificar um impacto razovel, exceo de Nova Iguau que, embora
tenha sido o segundo municpio mais beneficiado com financiamentos na Baixada, os mesmos
perdem significado face ao tamanho do seu estoque de domiclios.
Verifica-se tambm uma forte concentrao de investimentos no municpio do Rio de Janeiro.

Porm, da mesma forma como ocorre em Niteri, no h como medir com exatido o impacto
do financiamento de imveis novos no dficit habitacional, tendo em vista que, dos 134 mil
financiamentos concedidos no municpio, apenas 33 mil esto discriminados como
direcionados a imveis novos.
Quadro 3. 45 Representatividade dos financiamentos habitacionais (*) no crescimento do

estoque de domiclios Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro e Estado
do Rio de Janeiro
193
Representatividade dos financiamentos habitacionais (*) no crescimento do estoque de domiclios - Municpios da
Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro e Estado do Rio de Janeiro
2005 - 2010
Financiamentos Representatividade
Financiamentos Crescimento Representatividade
de imveis dos
Municpio totais do estoque dos financiamentos
novos financiamentos
2005-2010 2005-2010 de imveis novos
2005-2010 totais
Itagua 540 261 10.394 5% 3%
Seropdica 757 647 7.213 10% 9%
Mangaratiba 344 149 16.548 2% 1%
Japeri 105 67 4.019 3% 2%
Paracambi 102 5 3.183 3% 0%
Queimados 2.916 2.504 6.846 43% 37%
Nova Iguau 4.249 2.462 33.183 13% 7%
Mesquita 1.720 1.053 5.688 30% 19%
Nilpolis 1.496 260 5.473 27% 5%
So Joo de Meriti 2.090 886 14.735 14% 6%
Belford Roxo 3.364 2.598 19.309 17% 13%
Duque de Caxias 5.253 2.139 40.315 13% 5%
Mag 918 398 16.372 6% 2%
Itaborai 2.106 802 16.171 13% 5%
Guapimirim 208 36 6.284 3% 1%
So Gonalo 8.752 3.510 44.286 20% 8%
Tangu 291 216 2.159 13% 10%
Niteroi 17.338 1.417 25.208 69% 6%
Maric 4.925 3.443 28.116 18% 12%
Cachoeiras de Macacu 540 261 5.222 10% 5%
Rio de Janeiro 133.719 32.905 324.100 41% 10%
Estado do Rio de Janeiro 255.062 68.831 1.034.686 25% 7%
Regio do Arco (exceto mun. RJ) 58.014 23.114 307.432 19% 8%
Regio do Arco (com mun. RJ) 191.733 56.019 631.532 30% 9%
(1) No inclui os financiamentos do SBPE com os demais Agentes Financeiros
Em nmeros globais, temos que, dos cerca de 250 mil imveis financiados pela CEF entre
2005 e 2010, 37% destinaram-se especificamente aquisio de imveis usados, 27%
194
aquisio de imveis novos e os restantes 36%, parte foi destinada a imveis novos, parte a
imveis usados e parte a reforma de imveis j existentes.
Quadro 3. 46 Destinao dos financiamentos habitacionais da Caixa Econmica Federal

Estado do Rio de Janeiro 2005-2010
Destinao dos financiamentos habitacionais da Caixa

Econmica Federal - Estado do Rio de Janeiro
2005 - 2010
Destinao Quantidade % do total

Imvel novo 68.831 27%
Imvel usado 93.749 37%
Imvel novo ou usado ou reforma ou
materiais de construo 73.322 29%
Outros 19.160 8%
Total 255.062 100%
Fonte: Caixa Econmica Federal/RJ
Quadro 3. 47 Total de financiamentos habitacionais da Caixa Econmica Federal (*) Brasil, Estado do Rio
de Janeiro e Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro 2005-
195
2010
Total de financiamentos habitacionais da Caixa Econmica Federal (*) - Brasil, Estado do Rio de Janeiro e
Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro - 2005 - 2010
Localizao 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Brasil 420.701 543.261 584.785 528.129 926.074 1.176.819 4.179.769
Estado do Rio de Janeiro 22.705 34.411 26.459 30.462 67.145 73.880 255.062
Estado do Rio de Janeiro/Brasil 5,4% 6,3% 4,5% 5,8% 7,3% 6,3% 6,1%
Municpios da Regio do Arco Metropolitano 17.533 17.241 20.998 23.716 53.682 58.563 191.733
Municpios da Regio do Arco Metropolitano/Estado do
77% 50% 79% 78% 80% 79% 75%
Rio de Janeiro
Municpios da Regio do Arco Metropolitano/Brasil 4,2% 3,2% 3,6% 4,5% 5,8% 5,0% 4,6%
Detalhamento por fonte de recursos

Brasil
Fonte de recursos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
Total 420.701 543.261 584.785 528.129 926.074 1.176.819 4.179.769
FGTS (inclui MCMV FGTS) 302.738 361.931 287.643 255.461 303.348 370.990 1.882.111
CAIXA (SBPE+recursos prprios) 59.321 86.634 106.976 203.370 455.005 546.855 1.458.161
FAT 5.163 4.943 959 36 - - 11.101
FDS (inclui MCMV FDS) 1.268 4.843 5.682 8.108 1.882 4.366 26.149
OGU (inclui PSH) 14.938 39.177 155.700 40.855 11.184 3.105 264.959
FAR (inclui MCMV FAR) 33.629 40.178 19.358 9.781 144.265 240.529 487.740
Consrcio CAIXA 3.644 5.555 8.467 10.518 10.390 10.974 49.548
Estado do Rio de Janeiro

Total 22.705 34.411 26.459 30.462 67.145 73.880 255.062
FGTS (inclui MCMV FGTS) 13.526 13.559 9.229 12.655 18.312 18.831 86.112
CAIXA (SBPE+recursos prprios) 5.411 7.115 9.546 15.599 35.719 47.478 120.868
FAT 304 310 58 19 - - 691
FDS (inclui MCMV FDS) - 151 70 - 100 - 321
OGU (inclui PSH) 133 10.614 6.223 2.189 1.422 - 20.581
FAR (inclui MCMV FAR) 3.331 2.662 1.333 - 11.592 7.571 26.489
Consrcio CAIXA - - - - - - -
Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro

Total 17.533 17.241 20.998 23.716 53.682 58.563 191.733
FAT 210 171 12 19 - - 412
OGU (inclui PSH) 132 29 5.745 1.703 796 - 8.405
FAR (inclui MCMV FAR) 3.331 1.695 540 - 11.592 6.995 24.153
Fonte: Caixa econmica Federal
Nota (*): Inclui imveis novos e usados, reformas e interveno em reas degradadas
196
Quadro 3. 48 Financiamentos habitacionais da Caixa Econmica Federal para imveis novos
Brasil, Estado do Rio de Janeiro e Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
2005-2010
Financiamentos habitacionais da Caixa Econmica Federal para imveis novos - Brasil, Estado do Rio de
Janeiro e Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro - 2005 - 2010
Localizao 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Brasil 109.063 150.846 164.676 164.389 332.241 555.611 1.476.826
Estado do Rio de Janeiro 6.205 5.815 6.544 7.358 21.105 21.804 68.831
Estado do Rio de Janeiro/Brasil 5,7% 3,9% 4,0% 4,5% 6,4% 3,9% 4,7%
Municpios da Regio do Arco Metropolitano 5.468 4.112 4.318 5.697 18.795 17.629 56.019
Municpios da Regio do Arco Metropolitano/Estado do
88% 71% 66% 77% 89% 81% 81%
Rio de Janeiro
Municpios da Regio do Arco Metropolitano/Brasil 5,0% 2,7% 2,6% 3,5% 5,7% 3,2% 3,8%
Detalhamento por fonte de recursos

Brasil
Total 109.063 150.846 164.676 164.389 332.241 555.611 1.476.826
FAT 327 24 - 19 - - 370
FDS (inclui MCMV FDS) 1.268 4.843 5.682 8.108 1.882 4.366 26.149
OGU (inclui PSH) 9.006 5.008 16.603 28.007 343 1.785 60.752
FAR (inclui MCMV FAR) 33.629 40.178 19.358 9.781 144.265 240.529 487.740
Estado do Rio de Janeiro

TOTAL 6.205 5.815 6.544 7.358 21.105 21.804 68.831
CAIXA (SBPE+REC. PRPRIOS) 445 991 1.381 2.176 3.711 5.511 14.215
FAT 21 - - 19 - - 40
OGU (inclui PSH) - 18 698 2.017 - - 2.733
FAR (inclui MCMV FAR) 3.331 2.662 1.333 - 11.592 7.571 26.489
CONSRCIO CAIXA - - - - - - -
Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro

Total 5.468 4.112 4.318 5.697 18.795 17.629 56.019
CAIXA (SBPE+recursos prprios) 333 723 972 1.475 2.573 4.032 10.108
FAT 11 - - 19 - - 30
OGU (inclui PSH) - - 333 1.532 - - 1.865
FAR (inclui MCMV FAR) 3.331 1.695 540 - 11.592 6.995 24.153
Fonte: Caixa econmica Federal
197
3.2.6.3. Instrumentos de poltica urbana
Dados publicados pelo IBGE na Pesquisa de Informaes Municipais MUNIC de 2009, nos
do uma viso bastante detalhada dos instrumentos disponveis nos municpios brasileiros e
que regem, dentre outras, as questes urbanas. De acordo com os dados apresentados na
Tabela que segue, embora 90% dos municpios do Arco contem com Fundo Municipal de
Habitao e 62% tenham j instalado Conselhos Municipais de Habitao, tais instrumentos
ainda no se refletiram na conduo da poltica urbana municipal. Podemos verificar que os
Conselhos, embora instalados, ainda no possuam funcionamento pleno, j que apenas 24%
deles tiveram reunies nos 12 meses que antecederam a pesquisa. No que se refere
existncia de Planos Locais de Habitao de Interesse Social PLHIS, apenas quatro dos
municpios do Arco informaram ter Planos concludos (Niteri, Paracambi, Mangaratiba e
Japeri) e 1 municpio (Mag) informou que ainda no tinha sido iniciada sua formulao
(embora tenha recebido recursos federais para elaborao no oramento de 200823).
Os Planos, Conselhos e Fundos de Habitao foram instrumentos tornados obrigatrios por

legislao federal de 200524 e sua implantao vem ocorrendo lentamente. Inicialmente
previsto o prazo de 2009, este vem sendo sucessivamente prorrogado, uma vez que so
reconhecidas as dificuldades de alterao do modelo nos mais de 5,5 mil municpios e 27
unidades da federao. importante se ter em conta que a legislao federal prev que a
disponibilidade desses instrumentos ser condio indispensvel para que os municpios
possam continuar a ter acesso aos recursos do OGU para os programas habitacionais25.
Ao nos determos sobre a legislao urbana, todos os municpios do Arco contam com Plano
Diretor atualizado, Lei de Zoneamento e Cdigo de Obras e a maioria possui Cdigos de Obras
e de Posturas, Leis de Parcelamento do Solo e de Zonas Espaciais de Interesse Social ZEIS.
Com a implantao do Arco Metropolitano e a instalao do COMPERJ e Polo de Itagua,
devero ser incentivadas as operaes urbanas consorciadas, cuja legislao est hoje
23
De acordo com dados publicados pelo Ministrio das Cidades em sua pgina da internet, 15 municpios do Arco receberam
recursos para formulao de seus PLHIS, entre eles o municpio de Mag.
24 o
Lei n 11.124, de 16 de junho de 2005, instituiu o Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social SNHIS, criou o Fundo
Nacional de Habitao de Interesse Social FNHIS e instituiu o Conselho Gestor do FNHIS.
25
De acordo com norma do Ministrio das Cidades, o referido prazo foi prorrogado at o dia 31/12/2011.
198
presente em apenas 2 municpios do Arco (So Joo de Meriti e Mangaratiba). atravs deste
tipo de interveno que sero viabilizadas as transformaes urbansticas estruturais propostas
neste estudo, as quais devero contar com a participao conjunta do poder pblico e
investidores privados.
Quadro 3. 49 Instrumentos de Poltica Urbana Municpios do Estado do Rio de Janeiro e da

Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro 2009
Instrumentos de Poltica Urbana - Municpios do Estado do Rio de Janeiro e da Regio do

Arco Metropolitano do Rio de Janeiro - 2009
Estado Munic. da Regio do Arco
Instrumento
Total % Estado Total % Arco
PLHIS 23 25% 4 19%
em elaborao 43 47% 16 76%
CONSELHO DE HABITAO 58 63% 13 62%
reunies nos ltimos 12 meses 30 33% 5 24%
FUNDO DE HABITAO 67 73% 19 90%
LEGISLAO
Plano Diretor 70 76% 21 100%
em elaborao 13 14% 0
Lei de Zoneamento 78 85% 21 100%
Cdigo de Obras 89 97% 21 100%
Cdigo de Posturas 86 93% 20 95%
Lei de Parcelamento do Solo 77 84% 18 86%
Lei de ZEIS 58 63% 17 81%
Lei de ZEIE 59 64% 17 81%
Lei de Estudo de Impacto de Vizinhana 36 39% 14 67%
Lei de Solo Criado 45 49% 11 52%
Lei de Contribuio de Melhorias 45 49% 10 48%
Lei de Operaes Urbanas Consorciadas 10 11% 2 10%
PROGRAMA DE REGULARIZAO FUNDIRIA 29 32% 11 52%
CADASTRO HABITACIONAL 88 96% 21 100%
informatizado 53 58% 17 81%
ARTICULAO INTERINSTITUCIONAL
Consrcio pblico com o Governo Federal 26 28% 8 38%
Consrcio pblico com o Estado 23 25% 5 24%
Consrcio pblico intermunicipal 4 4% 2 10%
Convnio de parceria com o setor privado 6 7% 2 10%
Apoio do setor privado ou de comunidades 5 5% 2 10%
Fonte: IBGE/MUNIC-2009
A questo se torna preocupante quando verificamos a baixa articulao entre os municpios do

Arco. Na poca da ltima pesquisa MUNIC/IBGE publicada em 200926, os municpios se
26
A anlise da articulao dos municpios aqui apresentada foi baseada em dados da MUNIC/IBGE 2009, fornecidos
formalmente ao IBGE pelos municpios. Comparando-se os dados da Tabela 3.13 com os da Tabela Anexa 1, que consolida as
informaes relativas a este assunto, contidas no Relatrio dos Produtos 3 e 4 do Componente 3 deste Plano Diretor, verifica-se
199
relacionavam, apenas, tenuamente entre si. Na verdade, as articulaes intermunicipais so as
menos presentes, tanto no nvel do Estado quanto no nvel dos Municpios do Arco, juntamente
com as parcerias com a sociedade civil. Os municpios se relacionam mais com o Governo
Federal diretamente e, em menor significado, com o governo estadual. Pode-se deduzir que as
parcerias so majoritariamente implementadas com a finalidade de repasse de recursos das
instncias de governo de instncias superiores, com pouca ou nenhuma articulao no nvel de
um desenvolvimento urbano integrado.
Quadro 3. 50 Articulao interinstitucional Municpio da Regio do Arco Metropolitano
Articulao interinstitucional - Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de

Janeiro - 2009
Consrcio Convnio Apoio do
Consrcio Consrcio
pblico com o de parceria setor privado
Municpio pblico com pblico
Governo com o setor ou de
o Estado intermunicipal
Federal privado comunidades
Itagua x
Seropdica
Mangaratiba x
Japeri
Paracambi
Queimados
Nova Iguau x x x x
Mesquita
Nilpolis
So Joo de Meriti x x
Belford Roxo
Duque de Caxias x x x x
Mag
Itabora
Guapimirim x
So Gonalo x
Tangu x x
Niteri x x
Maric x
Cachoeiras de Macacu
Fonte: IBGE/ MUNIC-2009
hoje a existncia de nmero bem maior de instrumentos de colaborao intermunicipal na Regio do Arco. No entanto, como
registrado no referido Relatrio, as opinies colhidas indicam, de modo quase unnime, que so poucos os frutos dessa
colaborao, no obstante a maioria considerar necessria a existncia de uma entidade que cuide dos interesses comuns dos
municpios da RMRJ, dando nfase ao enfrentamento do problema da desigualdade de recursos tcnicos disponveis a cada um
para transformarem em projetos e aes efetivas as linhas de financiamento e custeio de programas oferecidos pelos governos
federal e estadual. Daquele estudo, destaca-se, tambm, que nenhum dos mecanismos de colaborao intermunicipal citados se
refere questo habitacional.
200
3.2.6.4. Instrumentos de gesto urbana
Em geral muito reduzida a possibilidade de os municpios exercerem um efetivo
acompanhamento e controle do crescimento urbano sem sistemas de informaes adequados.
Em geral os dados decorrentes do dia a dia da gesto urbanstica (i.g. loteamentos aprovados
e respectivo nmero de lotes; licenas para construo e de habite-se concedidos, com o
nmero de unidades quando se tratar de habitao multifamiliar) so insuficientes ou mesmo
inexistentes em meio informatizado. Entre outras vantagens que poderiam ser oferecidas para
os planejadores, administradores e conselheiros municipais, alm de entidades pblicas e
privadas interessadas, est o conhecimento sobre as reais dimenses e dinmica da
informalidade habitacional, em geral de grandes propores27. No obstante defasadas, as
informaes do Quadro 3.51 mostram as reduzidas propores do nmero de licenas para
construes habitacionais e concesso de habite-se, em relao ao aumento do estoque
habitacional, em alguns municpios da RMRJ que participaram do Programa Habitar
Brasil/BID28.
27
O IBGE publica entre as informaes dos Censos, dados referentes aos aglomerados denominados subnormais. Eles
permitem uma viso aproximada da informalidade habitacional no entanto mais relacionadas s ocupaes tipo favelas
mas o nico produzido para todo o pas. Alm de no abranger todas as modalidades da informalidade habitacional, salvo
rarssimas excees, no expressa de forma adequada a verdadeira dimenso desse problema. Alm disso, o levantamento
desse dado tem periodicidade decenal, o que o torna rapidamente superado.
28
O Programa Habitar Brasil/BID HBB, custeou projetos de desenvolvimento institucional na rea habitacional (82
municpios) e na urbanizao de favelas (119 municpios).
201
Quadro 3. 51 Dados de Controle urbanstico de alguns municpios da Regio Metropolitana do
Rio de Janeiro
Dados de controle urbnstico de alguns municpios da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
% em relao ao crescimento do estoque de domiclios

Municpio licenas para obra Perodo da informao
"Habite-se"concedidos
concedidas
Belford Roxo 2,27 2,27 2002
Duque de Caxias 6,37 0,83 1997/1998

Mag 2,90 0,36 1997/1998
Niteri s/ informao 40,1 1997/1998
s/ informao 26,46 2002/2003
Nova Iguau s/ informao s/ informao 1997/1998
Rio de Janeiro 39,9 23,2 1997/1998
So Joo de Meriti 6,97 6,97 1997/1998
Fonte: Planos Municipais Estratgicos - PEMAS, financiados pelo Programa Habitar-Brasil/BID
Essa fragilidade das instituies municipais no tratamento de importantes questes urbanas e

habitacionais recomenda que o Estado, a par de outras medidas visando elevar a capacitao
institucional dos municpios, atribua prioridade a este setor pela importncia que tem na
estruturao dos espaos urbano/metropolitanos.
3.2.6.5. Instrumentos financeiros

Os programas administrados pela CAIXA, principal rgo de financiamento dos programas
habitacionais de interesse social no pas, nem sempre contemplam ou, mesmo admitem, a
possibilidade serem aplicados para resolver uma multiplicidade de carncias ou aproveitar
inmeras oportunidades existentes, entre elas:
na forma de edificaes de grande porte, antigos prdios de escritrios, fbricas e

galpes que tm permanecido ociosas (p.ex. ao longo da Av. Brasil)29;
29
O aproveitamento desses imveis pelos governos, especialmente no caso de proprietrios inadimplentes com suas obrigaes
fiscais, deveria ser prioritrio.
202
em intervenes no convencionais, como exemplo: a densificao de quadras/bairros
residenciais, inclusive em assentamentos habitacionais regularizados, onde isso
naturalmente v ocorrer espontaneamente, mas de forma desorganizada se no houver
um processo planejado;
renovao de reas nos centros mais antigos;
aluguel social, para famlias sem condies de serem transformadas em proprietrios30;
Projetos habitacionais integrados de grande porte/bairros verdes;
Urbanizao de reas livres para revenda s incorporadoras.
Por isso, os programas alternativos pioneiros de alguns Estados e Municpios surgem muito
mais em funo de apoio de entidades internacionais de fomento, principalmente BID e BIRD,
ou ento de iniciativas de governos que criaram linhas prprias para financiamento de seus
programas e projetos. Provavelmente, a mais significativa iniciativa de dispor de uma fonte
autnoma, permanente e de fluxo significativo de recursos a do Governo do Estado de So
Paulo31.
Uma outra sria limitao atual dos programas geridos pela CAIXA que repete experincias
do passado o fato de que, na construo dos novos conjuntos habitacionais, a escolha dos
terrenos, em geral, se fundamenta nas oportunidades do mercado de terras identificadas pelos
agentes habitacionais e/ou empresrios, e no em estratgias que poderiam ter sido
estabelecidas no processo de planejamento da organizao territorial e do sistema de
transportes pela autoridade municipal competente. evidente que, nesse caso, o problema
30
Uma das experincias mais interessantes de que temos conhecimento sobre o aluguel social foi desenvolvida pela Prefeitura
do Municpio de So Paulo para moradores muito pobres residentes nas ruas, favelas e cortios no centro de So Paulo.
Infelizmente essa experincia foi muito prejudicada pela descontinuidade administrativa e por falhas ocorridas na
implementao e na gesto no perodo ps-ocupao das unidades habitacionais (BID/PBLM 2007).
31
O Estado de So Paulo vinculou por lei uma parcela correspondente a 1% do ICMS para os programas habitacionais da ento
CECAP, hoje CDHU. Apesar de atualmente os aportes do Governo CDHU no representarem o total da referida proporo
da arrecadao do ICMS, trata-se de montante bem significativo R$ 700 a R$ 800 milhes/ano, pois do prprio Estado,
podendo ser aplicado de forma independente ou associado a programas geridos pela CAIXA ou de outras origens. Esse
sistema, permitiu que o Governo do Estado de So Paulo desse continuidade aos seus programas habitacionais junto aos
municpios no longo perodo de vacas magras do FGTS quando, praticamente, foram paralisados os financiamentos
concedidos atravs daquela fonte.
203
no s da CAIXA uma vez que os municpios raramente dispem de planos ou estudos e
capacidade de controle para orientar essas escolhas de reas.
Sobre essa questo, bom lembrar que h mais de 10 anos, com a Lei n 10.257, de
10/07/2001, tornaram-se disponveis instrumentos (Direito de preempo; Parcelamento,
edificao ou utilizao de compulsrios; Operaes urbanas consorciadas, Consrcio
imobilirio, ZEIS etc.) para viabilizar aquele tipo de ao das Prefeituras e possibilitar
estratgias no convencionais para a implantao de grandes projetos habitacionais
integrados. No entanto, at o momento poucas so as experincias que se podem encontrar
que tirem proveito dos referidos instrumentos.
Cabe, portanto, na ocasio em que se cogita o estabelecimento de novas estratgias para o

enfrentamento dos velhos problemas habitacionais que afligem as populaes dos municpios
da periferia da RMRJ, criar novas alternativas de disponibilizao de recursos.
Entre as alternativas de novas fontes de recursos para os programas habitacionais a serem

promovidos pelo Estado estariam:
A exemplo do Estado de So Paulo, a destinao por Lei de uma parcela anual da arrecadao
do ICMS ao Fundo Estadual de Habitao de Interesse Social - FEHIS. Estimando-se a
referida vinculao em 1% do ICMS, o aporte de recursos oriundos dessa fonte alcanaria
valor de R$ 204 milhes/ano32.
Criao da obrigatoriedade de formao da poupana habitacional prvia como pr-requisito

para entrar num sistema estadual de atendimento habitacional, modalidade amplamente
aplicada em pases desenvolvidos e, mais notoriamente no sistema habitacional chileno33.
Adotando-se os critrios desse sistema na RMRJ e admitindo-se, para a proporo de
32
Tomando-se como base uma arrecadao do ICMS mensal mdia de R$ 1,7 bilhes (2010.)
33
Sistema Habitacional Chileno: formao de uma poupana mnima com depsitos de U$ 10 durante 60 meses e proporo de
contas de poupana habitacional equivalente a 13% da populao do municpio. Possivelmente mais importante do que
canalizar recursos adicionais para o sistema habitacional, esse processo comprovou ser um instrumento altamente educativo
no sentido de preparar os poupadores quanto s suas responsabilidades de pagamento das prestaes quando passarem
condio de muturios. Ele permite uma mais imediata a comprovao de responsabilidade financeira dos interessados
dispensando a comprovao de renda. Essa comprovao o principal critrio que tem sido usado no Brasil para selecionar a
demanda e tem-se revelado muito limitadora e ineficaz.
204
poupadores, apenas 6,5% da populao da RMRJ, haveria a possibilidade de um aporte anual
de recursos da ordem de cerca de R$ 15 milhes.
Recolhimento de uma parcela das mais-valias criadas em funo dos grandes projetos
habitacionais integrados e de reas verdes promovidos por iniciativa do Estado atravs de
PPPs.
3.2.7. Saneamento Bsico
3.2.7.1. Abastecimento de gua

No obstante a melhora significativa que vem apresentando o fornecimento de gua tratada
populao, na ltima dcada o atendimento nos municpios da Regio do Arco ter-se-ia
elevado de cerca de 61% para 74%34, ainda insatisfatria a situao em muitas localidades.
Como pode ser visto na tabela abaixo em 2010 ainda existam 3 municpios (Maric, Tangu e
Itabora) nos quais apenas metade ou menos dos domiclios contavam com gua fornecida
pela rede de geral.
A situao bem menos favorvel do Setor 3 do Arco apenas cerca de 74% de atendimento
reflete a insatisfatria situao dos atuais sistemas de tratamento e distribuio de gua
nessa sub-regio e do no aproveitamento de reservas de captao j identificadas35.
34
Convm observar que na poca de elaborao deste Relatrio ainda no estavam disponveis os dados do Censo de 2010 sobre
as condies gerais dos domiclios, tendo-se assim estimado a situao dos domiclios em 2010 atravs da modelagem das
tendncias verificadas na dcada.
35
Informaes da CEDAE do conta que esta situao ser bastante melhorada com projetos, cujos recursos esto assegurados,
que beneficiaro os municpios da sub-regio leste do Arco, entre eles o de construo de nova captao, melhoria operacional
do Sistema Imunana-Laranjal com a execuo da nova adutora de gua bruta e otimizao da Estao de Tratamento de gua.
205
Quadro 3. 52 Domiclios com instalao de gua canalizada (rede geral) Regio do Arco
Metropolitano
Domiclios com instalao de gua canalizada (rede geral)- Regio do Arco Metropolitano
2000 2010
Com gua canalizada rede Estimativa: Estimativa: com gua
Setor Municpio
Total geral Total canalizada rede geral
Abs % domiclios Abs %
Itagua 22.969 17.314 75,4% 41.131 32.554 79,1%
Seropdica 18.114 15.531 85,7% 30.854 27.204 88,2%
1
Mangaratiba 7.189 4.639 64,5% 31.627 21.911 69,3%
Rio de Janeiro-AP5(1) 438.882 424.637 96,8% 592.115 576.515 97,4%
Subtotal Setor 1 487.154 462.121 94,9% 695.727 658.185 94,6%
Japeri 22.987 14.531 63,2% 30.496 20.754 68,1%
Paracambi 11.419 7.712 67,5% 17.196 12.391 72,1%
Queimados 33.334 22.137 66,4% 46.007 32.675 71,0%
Nova Iguau 213.630 210.894 98,7% 276.007 273.149 99,0%
Mesquita (2) 47.023 46.421 98,7% 57.839 57.240 99,0%
2 Nilpolis 44.428 42.731 96,2% 54.828 53.126 96,9%
So Joo de Meriti 129.390 123.467 95,4% 157.481 151.614 96,3%
Belford Roxo 121.619 87.847 72,2% 157.875 120.505 76,3%
Duque de Caxias 219.977 152.548 69,3% 295.100 217.536 73,7%
Mag 58.097 27.113 46,7% 87.787 45.679 52,0%
Rio de Janeiro-AP3(1) 724.147 713.692 98,6% 944.699 933.665 98,8%
Subtotal Setor 2 1.626.051 1.449.092 89,1% 2.125.315 1.918.335 90,3%
Itabora 53.346 12.893 24,2% 82.519 23.370 28,3%
Guapimirim 10.622 4.837 45,5% 21.339 10.861 50,9%
So Gonalo 262.892 211.334 80,4% 345.793 288.933 83,6%
3 Tangu 7.286 1.807 24,8% 11.187 3.247 29,0%
Niteri 143.924 112.747 78,3% 191.014 156.178 81,8%
Maric 22.853 4.916 21,5% 67.347 17.079 25,4%
Cachoeira de Macacu 13.905 9.657 69,4% 23.172 17.103 73,8%
Subtotal Setor 3 514.828 358.191 69,6% 742.371 548.787 73,9%
Total: Regio do Arco 2.628.033 2.269.404 86,4% 3.563.413 3.125.306 87,7%
Total: RMRJ 3.246.257 2.879.641 88,7% 4.378.706 3.940.301 90,0%
Total Mun. RJ 1.802.347 1.762.861 97,8% 2.406.906 2.364.190 98,2%
Fonte: IBGE, Censo 2000; Projeo para 2010 realizada por David Vetter Consultoria Econmica Ltda
importante salientar que o fato de o domiclio estar ligado rede pblica de gua no
significa que disponha do fornecimento ininterrupto. A pergunta nas pesquisas censitrias no
incluiu a qualidade desse fornecimento.
3.2.7.2. Esgotamento sanitrio

Certamente o esgotamento sanitrio , junto com o transporte e habitao, uma das questes
mais crticas enfrentadas pelas populaes dos municpios da periferia da RMRJ. No apenas
pelos problemas que causam sade da populao como pelos impactos que as guas no
tratadas provocam no meio ambiente.
206
O Quadro 3.53 demonstra a precariedade desse servio em muitos dos municpios da Regio
do Arco, sendo de apenas 57,90% a mdia dos domiclios nos municpios do Arco que contam
com esse servio. mais crtica a situao de 8 daqueles municpios que esto situados
abaixo dessa mdia, Seropdica, Mangaratiba, Tangu, Maric, Paracambi, So Gonalo,
Itabora e Nova Iguau.36
No entanto, no obstante esse quadro nada animador, a carncia neste setor ainda mais
grave quando se considera que o esgoto coletado no significa, necessariamente, que
receber tratamento, j que parte dele lanado diretamente nos corpos receptores. Os dados
do IBGE no permitem fazer a distino entre o destino dos lanamentos das guas servidas.
A outra alternativa para analisar este assunto utilizar como base os dados do Sistema
Nacional de Informaes do Setor de Saneamento SNIS, do Ministrio das Cidades, produzido
com dados das prestadoras municipais e estaduais desse servio, conforme Tabela mais
adiante.
36
Convm observar que na poca de preparo deste Relatrio ainda no estavam disponveis os dados do Censo de 2010 sobre as
condies gerais dos domiclios.
207
Quadro 3. 53 Domiclios com instalaes sanitrias de esgoto (rede coletora ou pluvial)
Regio do Arco Metropolitano
Domiclios com istalaes sanitrias de esgoto (rede coletora ou pluvial) - Regio do Arco Metropolitano
2000 2010
Com instalaes Estimativa: Estimativa: com instalaes
Setor Municpio
Total sanitrias rede coletora Total sanitrias rede coletora
Abs % domiclios Abs %
Itagua 22.969 9.401 40,9% 41.131 22.755 55,3%
Seropdica 18.114 2.052 11,3% 30.854 5.735 18,6%
1
Mangaratiba 7.189 1.056 14,7% 31.627 7.442 23,5%
Rio de Janeiro-AP5(*) 438.882 218.490 49,8% 592.115 378.492 63,9%
Subtotal Setor 1 487.154 230.999 47,4% 695.727 414.425 59,6%
Japeri 22.987 6.320 27,5% 30.496 12.319 40,4%
Paracambi 11.419 6.812 59,7% 17.196 12.475 72,5%
Queimados 33.334 11.517 34,6% 46.007 22.334 48,5%
Nova Iguau 213.630 133.855 62,7% 276.007 206.984 75,0%
Mesquita (2) 47.023 29.463 62,7% 57.839 43.375 75,0%
2 Nilpolis 44.428 35.310 79,5% 54.828 47.906 87,4%
So Joo de Meriti 129.390 86.284 66,7% 157.481 123.077 78,2%
Belford Roxo 121.619 65.019 53,5% 157.875 106.164 67,2%
Duque de Caxias 219.977 124.030 56,4% 295.100 205.954 69,8%
Mag 58.097 17.097 29,4% 87.787 37.487 42,7%
Rio de Janeiro-AP3(*) 724.147 628.767 86,8% 944.699 870.788 92,2%
Subtotal Setor 2 1.626.051 1.144.474 70,4% 2.125.315 1.688.863 79,5%
Itabora 53.346 14.821 27,8% 82.519 33.620 40,7%
Guapimirim 10.622 2.276 21,4% 21.339 6.992 32,8%
So Gonalo 262.892 105.936 40,3% 345.793 189.060 54,7%
3 Tangu 7.286 1.812 24,9% 11.187 4.158 37,2%
Niteri 143.924 105.129 73,0% 191.014 158.323 82,9%
Maric 22.853 2.243 9,8% 67.347 10.966 16,3%
Cachoeira de Macacu 13.905 6.412 46,1% 23.172 14.011 60,5%
Subtotal Setor 3 514.828 238.629 46,4% 742.371 450.569 60,7%
Total: Regio do Arco 2.628.033 1.614.102 61,4% 3.563.413 2.636.669 74,0%
Total: RMRJ 3.246.257 2.164.983 66,7% 4.378.706 3.422.328 78,2%
Total Mun. RJ 1.802.347 1.405.606 78,0% 2.406.906 2.078.625 86,4%
Mdia dos Municpios do Arco 57,90%
Fonte: IBGE, Censo 2000; Projeo para 2010 realizada por David Vetter Consultoria Econmica Ltda
(*) Todas as Regies Administrativas das AP5 eAP3
Contrastando o volume de esgoto tratado 368,5 milhes m3/ano com 1,43 bilhes m3/ano
de gua efetivamente distribuda para consumo, verifica-se que o primeiro representa a
absurdamente reduzida proporo de cerca de 26%. Pelo menos 13 municpios no contam
com qualquer tratamento de esgoto. Niteri, que detm a melhor situao, conta apenas com
61% do seu esgoto tratado, enquanto no municpio do Rio de janeiro, segundo melhor
colocado, essa proporo no chega a 30%.
208
Assim, no toa que a Baa de Guanabara e, praticamente, a maior parte dos cursos
naturais das guas e as lagoas estejam em estgio to crtico de poluio (nveis altssimos de
coliformes fecais, metais pesados e poluentes orgnicos). Esse problema agravado pela falta
de uma atitude responsvel de parte da populao que descarta todo tipo de material,
principalmente plsticos e embalagens usadas em geral, e pela existncia de lixes e aterros
sanitrios no controlados, o que provoca ainda a obstruo das galerias pluviais, com isso
reduzindo a capacidade de vazo e facilitando a inundao das reas urbanas mais baixas,
sobretudo quando chuvas fortes se associam a mars altas.
Quando se utiliza o conjunto de dados acima, do SNIS, montado pelo Ministrio das Cidades,
que se apoia em informaes fornecidas pelas Concessionrias, verifica-se que o
abastecimento de gua potvel em rede e, sobretudo, o esgotamento sanitrio em redes
exclusivas, ligadas a estaes de tratamento do efluente final, representam desafios crticos ao
desenvolvimento sustentvel da regio de estudo.
Os dados demonstram que parte significativa da gua produzida e distribuda no coletada

nas redes de esgoto, indicando que grande volume de guas servidas, com milhes de
coliformes termotolerantes por cada 100 ml, entre outros poluentes mais txicos, destinado
diretamente, in natura, aos corpos receptores. Comparando-se ainda o volume de esgoto
sanitrio coletado (438,5 milhes de m3/ano) com o que alegadamente tratado (368,5 milhes
de m3/ano) indicando um descarte adicional in natura de mais 190 mil toneladas por dia nos
corpos receptores chega-se magnitude do verdadeiro desafio em saneamento bsico, que
no caso inclui a despoluio da Baa de Guanabara, apenas considerando-se a situao atual,
sem um acrscimo anual de cerca de 50 km2 de reas urbanizadas e mais de 83 mil habitantes
que ir ocorrer nas duas prximas dcadas na Regio de Influncia do Arco.
Alm disso, os dados do SNIS mostram, em primeiro lugar, que dos cerca de 1,7 bilhes de
m3/ano de gua produzida (ou 1,4 bilhes de m3/ano de gua tratada) na regio de estudo,
apenas cerca de 820 milhes de m3/ano so efetivamente faturados. Trata-se de perdas
tcnicas e comerciais inaceitveis, que evidenciam gastos extraordinrios desnecessrios em
energia e insumos diversos, para no mencionar as implicaes ambientais negativas, alm
dos custos excessivos das contas de cobrana aos usurios. Mas a sequncia da anlise
209
mostra ainda que apenas 438 milhes de m3/ano so coletados nas redes de esgoto no
sistema de separao absoluta adotado pelas concessionrias da regio, o que significa o
descarte direto pelas redes de gua pluvial e sistema natural de drenagem, de um volume de
guas servidas no mnimo da ordem de 400 milhes de m3/ano ou praticamente 1,1 milhes de
toneladas por dia de esgoto in natura nos corpos receptores, entre os quais se destaca a Baa
de Guanabara. Se levarmos em conta que a eficincia mdia dos sistemas de tratamento
secundrio de esgoto existentes atinge no mximo 90% no que se refere remoo de
coliformes fecais, sem que se saiba com maior preciso a concentrao de outros poluentes no
descarte final efetivo, pode-se entender ainda melhor a magnitude do desafio enfrentado neste
setor.
A adoo de tecnologias alternativas aos sistemas de coleta e tratamento de esgoto de grande

porte, utilizados em todo o mundo, de forma isolada para novos assentamentos, vem sendo
implementada, ao que consta, no licenciamento de muitos desses projetos na regio. Sem
entrar no mrito dos custos e benefcios sociais das alternativas comercialmente disponveis, e
reconhecendo-se a inviabilidade de solues convencionais por bacia/sub-bacia no curtssimo
prazo, entende-se que as solues individuais devem ser adotadas, sobretudo no caso de
grandes projetos.
Mas torna-se urgente e prioritrio enfrentar o desafio representado pelos atuais e previsveis
nveis de descarte de esgoto in natura nos corpos receptores da regio. Trata-se de promover
o diagnstico detalhado da situao por bacia/sub-bacia da regio, considerando-se a
capacidade atual e possvel das ETEs existentes, ao mesmo tempo em que so identificadas
as demandas futuras derivadas do crescimento urbano previsto e/ou induzido pelos projetos
integrados de desenvolvimento dos vazios urbanizveis ou pelo adensamento seletivo de reas
de ocupao incipiente e reservar reas estrategicamente localizadas para a construo de
novas ETEs, alm de garantir a possibilidade de ampliao das existentes.
Nesse sentido, cabe aqui introduzir o mapa das principais bacias hidrogrficas de interesse na
regio, bem como a localizao das ETEs existentes e previstas, alm das propostas do
esforo JICA (2004)
210
3.2.7.3. A Bacia da Baia de Guanabara
Em funo da maior importncia relativa, socioeconmica e ambiental, da regio hidrogrfica
da Baa de Guanabara no contexto da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e da Regio do
ARCO, passa-se a um exame sucinto do quadro atual, com nfase na questo do esgotamento
sanitrio, setor reconhecidamente chave na despoluio desse ambiente natural extraordinrio.
A Regio Hidrogrfica da Baa de Guanabara (RHBG) possui rea de 4.198 km2 e abrange a
maioria dos municpios da regio metropolitana do Rio de Janeiro com cerca de dez milhes de
habitantes, o que corresponde a aproximadamente 80% da populao do Estado, so eles:
Duque de Caxias, So Joo de Meriti, Belford Roxo, Nilpolis, So Gonalo, Mag,
Guapimirim, Itabora, Tangu e partes dos municpios do Rio de Janeiro, Niteri, Nova Iguau,
Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito e Petrpolis.
Essa regio apresenta alto grau de degradao ambiental, com reduo das reas de
manguezais, que originalmente ocupavam 260km2 da bacia e atualmente correspondem a
apenas 82km2. Essa alterao reduz a capacidade de reproduo de diversas espcies de vida
aqutica e intensifica o processo de assoreamento que, ao longo do tempo, resulta na
progressiva reduo de profundidade da Baa.
Em suas reas mais densamente urbanizadas, os rios so quase todos canalizados e em

muitos trechos so cobertos, conduzindo guas de pssima qualidade. Esta regio tambm
apresenta carncia habitacional para a populao de baixa renda, o que resulta na ocupao
espontnea de rea como encostas, margens de rios e reas inundveis.
211
Quadro 3. 54 Principais ameaas Baa de Guanabara
Ameaas Formas Consequncias
s caractersticas Modificao do sistema de

diminuio do espelho d'agua, atravs de aterros
morfolgicas (relativas circulao das guas
assoreamento (acmulo de sedimentos atravs do
forma, Reduo da vida mdia da
depsito de areia, terra, detritos etc)
configurao) Baa
eutrofizao (grande concentrao de nutrientes) e

aumento da concentrao de matria orgnica Alterao dos processos
principalmente devido ao lanamento de esgoto in naturais de depurao
natura Crescimento anormal de
qualidade das guas
contaminao qumica e microbiana pelos fluentes algas
domsticos e industriais, pela dissoluo de lixo Reduo da vida mdia da
descartado indevidamente e pela lixiviao e Baa
chorume de aterros no controlados
Eliminao de "habitats" de
muitas espcies de
crustceos, moluscos e
biota (Conjunto de destruio de manguezais peixes
seres animais e poluio das guas Diminuio do potencial
vegetais) poluio do sedimento pesqueiro
Contaminao qumica e
microbiana da fauna
Contaminao do pescado
Prejuzos navegao
presena de lixo
Diminuio da pesca
contaminao microbiana da gua
Aos usos Perda de valor esttico e
assoreamento
recreativo-turstico
presena de leo
Prejuzos paisagem
212
Esgoto sanitrio
A FEEMA (hoje INEA), em 2006, estimava que, at o incio do PDBG 1, a Baa recebia cerca
de 17 m/s de efluentes domsticos sem tratamento, correspondendo a 465 t./dia de carga
orgnica (expressa em DBO demanda biolgica de oxignio, cerca de 54 g/hab./dia). Esse
volume equivale a um estdio do Maracan por dia. Em clculo anterior nesta seo mostra-se
que os dados do SNIS para 2008 indicam um descarte dirio de pelo menos cerca de 1 milho
de metros cbicos por dia de esgoto in natura, confirmando a ordem de grandeza divulgada
naquela ocasio pela FEEMA.
Ineficincia na coleta e destino final do lixo
A deficincia na coleta e a falta de locais adequados para receber o lixo gerado pela populao
so um dos principais problemas da bacia da Baa de Guanabara, causando grandes danos
ambientais como:
focos de proliferao de doenas;
contaminao do solo;
poluio das guas superficiais e subterrneas;
obstruo dos sistemas de drenagem.
Das quase 13.000 toneladas por dia de lixo geradas na Bacia da Baa de Guanabara, 4.000
toneladas no chegam a ser coletadas, sendo vazadas em terrenos baldios, rios e canais. Das
9.000 toneladas por dia que so coletadas, 8.000 toneladas vo para o aterro de Gramacho,
cuja vida til estar esgotada em poucos anos. O restante do lixo lanado em vazadouros,
sem medida de controle adequada.
Os resduos hospitalares, apesar de representarem pequena parcela do volume total de lixo

gerado na Bacia, devem ser prioridade devido presena de micro-organismos patognicos,
resduos qumicos e materiais cortantes. S o Municpio do Rio de Janeiro mantm atualmente
um sistema aceitvel de coleta e destino final desse tipo de resduo (site FEEMA, 2006).
213
Poluio industrial
estimado que 64 toneladas de carga orgnica e sete toneladas de leo so lanadas por dia
na Baa, contendo 0,3 tonelada de metais pesados como chumbo, cromo, zinco e mercrio. As
responsveis por essa carga poluente so as indstrias alimentcias e qumicas, especialmente
as petroqumicas. Das 450 indstrias classificadas como prioritrias para controle, estima-se
que 55 so responsveis por 80% da carga poluidora (site FEEMA, 2006).
Em que pese o avano dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto na Bacia, bem como do
controle dos resduos urbanos e da poluio industrial, o programa de despoluio da Baia de
Guanabara no gerou at esta data os resultados esperados.
A seguir apresenta-se um quadro com localizao das ETEs existentes e em processo de

ampliao/melhoria, bem como as previstas em 2003 no Plano Estratgico de Esgotamento
Sanitrio da Baa de Guanabara37.
O Plano de Esgotamento Sanitrio desenvolvido para a bacia da Baa de Guanabara, com um

horizonte de 2020, compreende 16 sistemas de esgotamento independentes, cobrindo cerca
de 2.970 km2 de rea esgotada e atendendo 9.4 milhes de pessoas (JICA, 2003). Em 2006
estaria sendo includo o Sistema do Emissrio Submarino de Ipanema por absorver os esgotos
sanitrios da Zona Sul e de parte do Centro, integrantes da bacia contribuinte da Baa de
Guanabara.
O Quadro 3.55 apresenta as populaes de projeto para as bacias de esgotamento da bacia da

Baa de Guanabara, estimadas a partir do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica (IBGE) de 2000, que se constituram em dados bsicos para o desenvolvimento dos
sistemas de rede e tratamento de esgotos. As informaes tcnicas pertinentes encontram-se
em processamento GIS para utilizao no presente estudo na finalizao da avaliao
multicriterial dos vazios urbanizveis e reas adensveis.
37
Plano de Esgotamento Sanitrio desenvolvido como parte dos estudos conduzidos pela JAPAN INTERNATIONAL
COOPERATION AGENCY (JICA). The Study on Management and Improvement of Environmental Conditions of Guanabara
Bay in Rio de Janeiro. Final Report. Main Report. Outubro2003.
214
A vazo de contribuio per capita de esgotos foi estimada em 80% do volume de consumo per
capita de gua, assumindo-se uma taxa de retorno de 80% da gua consumida. O efluente
industrial foi considerado como parte do efluente domstico e a vazo mdia per capita de
esgotos foi estimada em 300 litros dirios. No desenvolvimento dos sistemas de rede e
tratamento de esgotos foi, tambm, assumida a hiptese de que, mesmo em 2020, 10% da
populao da rea esgotvel da bacia contribuinte, no teria acesso a servios de esgotos. A
taxa de infiltrao foi estimada na faixa de 0,05 1,0 L/s.km de rede de esgotamento.
215
Quadro 3. 55 Caractersticas das ETEs existentes e propostas (JICA2004)
216
3.2.8. Mobilidade e Transporte
3.2.8.1. Introduo
A questo dos transportes na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro uma das mais crticas
a serem enfrentadas para que a regio possa alcanar novos patamares de desenvolvimento.
As cidades e metrpoles so corpos vivos cujo adequado funcionamento depende de um
eficiente sistema de circulao de pessoas e mercadorias, tanto quanto o organismo humano
necessita que a circulao sangunea irrigue de forma adequada todas as partes do corpo.
O Arco Metropolitano quando entrar em operao em sua totalidade trar um grande alvio ao
sistema virio metropolitano, facilitando enormemente os movimentos inter-regionais e
permitindo o fluxo direto entre os grandes polos industriais do COMPERJ, da REDUC e da
Zona Oeste do municpio do Rio de Janeiro/Itagua, assim contribuindo para diminuir o
congestionamento dos principais eixos rodovirios da Regio Metropolitana, inclusive aqueles
de caractersticas expressas ou arteriais que permitem a articulao dos bairros com o sistema
rodovirio federal. No entanto, ainda ser insuficiente para reduzir os grandes gargalos que
travam ou impedem a fluidez desse sistema principalmente nas horas de pico.
Os problemas a serem enfrentados esto em vrias frentes: i) estrutura radial, fortemente

centralizada no municpio do Rio de Janeiro, da maioria dos sistemas de transporte existentes
para os deslocamentos na metrpole. A maior parte dos nibus municipais e intermunicipais, e
o transporte alternativo, se dirigem rea central da metrpole enquanto so inexistentes ou
precrias as alternativas de transporte pblico direto entre as cidades e os bairros da periferia
(i.g. um passageiro do sistema de transporte pblico para se deslocar entre os municpios de
Nova Iguau e Duque de Caxias tem que fazer esse percurso vindo ao centro do Rio de
Janeiro); ii) como consequncia direta e da grande concentrao do emprego no municpio
polo da regio formam-se nas horas de pico, cada vez mais ampliadas, longos
engarrafamentos nas vias troncais elevando enormemente os custos de transporte, o tempo
gasto nesses deslocamentos que, com frequncia chega a mais de 2 horas entre localidades
que no distam mais de 40 km, elevando, tambm, os nveis de poluio atmosfrica; iii) falta
de alternativas virias e sistemas municipais bem hierarquizados para que o trfego entre
localidades prximas no tenha que utilizar as vias troncais intermunicipais; vi) grande
217
descoordenao intermodal; v) preferncia dada ao transporte rodovirio sobre a alternativa
ferroviria, que gerou a desativao de diversos ramais ferrovirios, os quais seriam hoje de
grande importncia funcional para racionalizar o sistema de circulao na metrpole. Quanto a
esse ltimo aspecto, como ser visto mais adiante, apenas 7 % das viagens por coletivos so
feitas utilizando trem ou metr.
Segundo o Plano Diretor de Transporte Urbano da Regio Metropolitana (PDTU/2005) o

congestionamento nas principais vias de trnsito da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro,
em especial nos acessos cidade do Rio de Janeiro (...) que em 2003 foi de 55 km, poder
chegar em 2013 a 133 km, com intensos rebatimentos para a periferia da Regio Metropolitana
atravs da Avenida Brasil, da Ponte Rio-Niteri, da Rodovia Washington e da Rodovia
Presidente Dutra 38.
Estudo recente desenvolvido pelo IPPUR aponta a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
como a rea em que a populao despende o maior tempo no percurso casa-trabalho entre as
10 maiores RM do Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios do
IBGE (PNAD), nas 10 regies metropolitanas pesquisadas, tem aumentado o nmero de
pessoas que passam mais tempo no trajeto casa-trabalho. Ao compararmos o percentual de
pessoas que demoravam mais de 1 hora para se deslocarem diariamente de suas casas at
seu local de trabalho, ou vice-versa, entre 2001 e 2008, percebemos que ocorreu um aumento
em quase todas as metrpoles. (...) Surpreendentemente, a Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro onde existe um maior percentual de pessoas que levam mais de 1 hora no trajeto
casa-trabalho, mais que So Paulo, inclusive39.
3.2.8.2. Diviso modal

Muitas viagens so realizadas diariamente pelas pessoas utilizando-se de mais de um modo de
deslocamento. Considerado apenas o modo principal das viagens realizadas na RMRJ, cerca
38
Conforme citado no Anexo 6, Subproduto 1, Componente 2 do Plano Diretor do Arco Metropolitano, set. 2010 (p.11).
39
Juciano M. Rodrigues.
218
de 12,5 milhes, tem-se que 33,85 % so feitas a p e os restantes 66,15% por algum tipo de
veculo motorizado40.
Figura 3. 25 Percentual de pessoas que gastam mais de 1 hora segundo o tempo de

deslocamento casa-trabalho
Verifica-se no Quadro 3.56 que das viagens motorizadas, 26% corresponde ao transporte
individual e 74% ao coletivo. Dessas ltimas, 66,1% so realizadas por nibus (municipais,
intermunicipais e transporte alternativo) apenas a irrisria proporo de 7% utiliza o sistema
ferrovirio (metr 4% e trem 3%41), reduzindo-se para um pouco menos de 5% se considerada
a totalidade das modalidades motorizadas. J para o sistema aquavirio (barca,
aerobarco/catamar), a carga representa apenas 0,9 % (ou 0,7% do total), isso no obstante: i)
o grande potencial oferecido pela Baa de Guanabara para esse tipo de deslocamento; ii) a
existncia de uma enorme demanda de transporte entre as comunidades situadas no anel
urbano situado no entorno dessa Baa; iii) e, no menos importante, ser o aquavirio o meio de
40
PDTU - Relatrio 9 (2005, p.12).
41
O sistema de bondes tem participao inferior a 1%.
219
transporte menos poluidor e mais eficiente no uso de energia. Ou seja, os veculos com roda
de borracha, como dizem alguns, contrariamente tendncia dos centros mais desenvolvidos,
predominam completamente entre as modalidades de transporte da populao, gerando todas
as bem conhecidas consequncias negativas que essa alternativa acarreta.
Quadro 3. 56 Diviso Modal das viagens motorizadas Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
2005
Diviso modal das viagens motorizadas - Regio Metropolitana do Rio de

Janeiro - 2005
%
Modo de transporte Viagens realizadas
Modo Total
Condutor de auto 2.106.591 64,1% 16,8%
Passageiro de auto 863.043 26,3% 6,9%
Transporte Txi 139.109 4,2% 1,1%
individual Motocicleta 100.922 3,1% 0,8%
nibus executivo 47.233 1,4% 0,4%
Caminho 29.448 0,9% 0,2%
Total modo individual 3.286.346 100,0% 26,2%
nibus municipal 5.254.848 56,8% 41,9%
nibus intermunicipal 1.331.894 14,4% 10,6%
Transporte alternativo 1.630.985 17,6% 13,0%
Metr 355.404 3,8% 2,8%
Transporte
Trem 303.578 3,3% 2,4%
coletivo
Transporte escolar 190.262 2,1% 1,5%
Transporte fretado 92.150 1,0% 0,7%
Barco/Aerobarco/Catamar 82.091 0,9% 0,7%
Bonde 2.195 0,0% 0,0%
Total modo coletivo 9.243.409 100,0% 73,8%
Total 12.529.755 100,0%
Fonte: PDTU/2005
3.2.8.3. Veculos circulantes (excludos os sistemas aquavirio, metrovirio e

ferrovirio)
Segundo dados do DETRAN-RJ, o nmero de veculos motorizados matriculados nos
municpios da RMRJ passou de 2,8 milhes em dezembro de 2005 para 3,6 milhes em
dezembro de 2010, com uma elevao de mais de 825,6 mil veculos (29,3 %), ou 165,1 mil
220
veculos/ano. Excetuados os veculos grupados em outros, impressiona a elevao das
propores de motocicletas e motonetas cerca de 199 mil (86 %), ou 40 mil a mais a cada
ano e de nibus/micro-nibus (cerca de 11 mil unidades, com 26 % de acrscimo).
Quadro 3. 57 Aumento da frota de veculos Regio do Arco Metropolitano, Regio

Metropolitana e Municpio do Rio de Janeiro 2005-2010
Aumento da frota de veculos - Regio do Arco

Metropolitano, Regio Metropolitana e Municpio do
Rio de Janeiro
2005 - 2010
Acrcimo
Municpio 2005 2010
2005-2010
Itagua 31.370 41.568 10.198

Seropdica 5.840 11.308 5.468
Mangaratiba 3.924 8.226 4.302
Japeri 3.788 8.461 4.673
Paracambi 6.389 12.536 6.147
Queimados 11.104 19.133 8.029
Nova Iguau 133.495 180.445 46.950
Mesquita 11.090 24.345 13.255
Nilpolis 26.930 38.472 11.542
So Joo de Meriti 73.150 102.771 29.621
Belford Roxo 31.163 57.977 26.814
Duque de Caxias 151.690 211.660 59.970
Mag 25.065 41.144 16.079
Itabora 36.746 53.614 16.868
Guapimirim 5.227 8.790 3.563
So Gonalo 122.987 188.023 65.036
Tangu 2.499 4.307 1.808
Niteri 190.341 236.770 46.429
Maric 18.401 36.798 18.397
Cachoeiras de Macacu 9.717 15.846 6.129
Rio de Janeiro 1.929.502 2.364.329 434.827
Total ( ARCO+ tot. Rio) 2.830.418 3.666.523 836.105
RMRJ 2.816.777 3.642.451 825.674

Mdia de acrscimo anual 165.135
Fonte: DETRAN/RJ (Posio dez- 2005 e dez- 2010)
221
Excetuando-se os municpios do Rio de Janeiro e de Niteri, todos os demais apresentaram
crescimento da frota de veculos acima da mdia da RMRJ (29,3 %), sendo que os municpios
de Japeri, Mesquita, Mangaratiba, Maric e, praticamente, Paracambi e Seropdica, dobraram
o tamanho de suas frotas em apenas 5 anos.
Figura 3. 26 Elevao da produo de veculos nos municpios da Regio e na RMRJ 2005-

2010
Esses dados so bons sinalizadores do agravamento dos problemas dos congestionamentos

hoje existentes, sendo que a grande elevao do nmero de motocicletas que alcanou
cerca de 178 % em Belford Roxo e cerca de 170% em Mesquita justifica-se por ser o veculo
motorizado de custo mais baixo e pelo momento de melhoria do poder aquisitivo das famlias
de mais baixa renda. No entanto, a referida elevao, pode ser explicada tambm por
constituir-se a motocicleta a forma que a populao encontra para tentar minimizar os
problemas causados pelos enormes engarrafamentos.
222
3.2.8.4. Sistema ferrovirio
O sistema ferrovirio da regio, que surgiu para atender, inicialmente, necessidade de
transporte de carga, notadamente de produtos agrcolas, at o porto42, desempenhou uma
funo importante como principal indutor na expanso urbana para o interior da capital. Com o
crescimento da populao e o surgimento, no entorno das estaes ferrovirias, de bairros
residenciais o sistema passou a transportar cada vez mais passageiros. Por outro lado, as ruas
adjacentes s vias frreas tornaram-se longos eixos de acesso aos bairros atingindo os
municpios vizinhos da regio metropolitana, compondo uma estrutura urbana baseada em
corredores rodoferrovirios de disposio radiada, tendo como ncleo os centros do Rio de
Janeiro e de Niteri. A construo das rodovias de acesso ao Rio, Av. Brasil (BR-101), na
direo da Zona Oeste, a Rodovia Washington Lus (BR-040), atravessando o municpio de
Caxias em direo ao norte (municpios da regio serrana), e a Rodovia Presidente Dutra (BR-
116), cruzando So Joo de Meriti e Nova Iguau, na Baixada Fluminense, no caminho de So
Paulo, passaram a oferecer aos bairros e centros comerciais mais distantes acesso mais
rpido e direto que o oferecido pelos eixos adjacentes s vias frreas (FUNDREM/Jaime
Lerner Planejamento Urbano Ltda., 1984, p.9). Com a primazia conferida ao transporte
rodovirio, em funo do impulso dado indstria automobilstica, e ampliao da malha
viria, vrios ramais foram sendo desativados enquanto entrava em colapso o transporte
ferrovirio. Com a privatizao dos servios oferecidos pela Rede Ferroviria Federal houve
recuperao do fluxo de passageiros nos ramais que foram mantidos. A quantidade de
passageiros transportados, entre 2000 e 2009, se elevou em cerca de 46 mil/ano (57 %). No
obstante essa modalidade de transporte ainda estar muito aqum da importncia que poderia
ter no sistema metropolitano.
42
A primeira ferrovia, linha Central, foi inaugurada em 1858, cobrindo o percurso de 48 km entre a estao Pedro II e
Queimados. Um ano depois essa linha estendida at Japeri (FUNDREM/Jaime Lerner Planejamento Urbano Ltda., 1984, p.9)
223
Quadro 3. 58 Passageiros do sistema de transporte ferrovirio Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro
Passageiros do sistema de transporte ferrovirio

2001 - 2009
Passageiros transportados/ano
(em mil)
Item
Var. 2001-
2001 2009
2009 (%)
Total 80.247 126.185 57,2%
Deodoro 37.184 60.117 61,7%
Santa Cruz 10.305 19.285 87,1%
Ramal
Saracuruna 9.176 11.265 22,8%
ferrovirio
Berford Roxo 2.759 5.488 98,9%
Japeri 20.823 30.031 44,2%
Fonte: Diversas, segundo mencionado no Anexo 6/Relatrio do Subproduto
1/Componente 2 do Plano Diretor do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
3.2.8.5. Sistema metrovirio

O sistema metrovirio passou a operar desde 1979 e, segundo dados do PDTU (2005),
participava apenas com 2,8% do total no modal de viagens motorizadas na RMRJ, proporo
esta um pouco maior do que a do sistema ferrovirio (2,4%). Entre 2000 e 2005, a quantidade
de passageiros transportados aumentou em 126 mil/dia (30%). Em extenso de linhas, com 42
km, o terceiro maior do pas ficando atrs do de So Paulo e o do Distrito Federal.
Atualmente conta com 35 estaes e obras em andamento para ampliao da linha 1 at a
Barra da Tijuca. opinio unnime entre os especialistas que essa malha metroviria muito
insatisfatria, especialmente, quando se considera a capacidade de transporte por metr em
outros grandes centros43.
43
O Metr de Buenos Aires conta com 74 estaes, 75 km de linhas e transporta diariamente cerca de 1,7 milhes de pessoas. O
Metr da Cidade do Mxico tem 175 estaes, 201 km de linhas, transporta 3,9 milhes de passageiros/dia.
224
Quadro 3. 59 Passageiros de transporte metrovirio Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
2000-2009
Passageiros do sistema de transporte metrovirio

2000 - 2009
Fluxo mdio de passageiros /dia til

(em mil)
Var. 2000-2009
2000 2009
(%)
Total 422 548 29,9%
Linha 1 321 414 29,0%
Linha 2 101 134 32,7%
Fonte: Diversas,segundo mencionado no Anexo 6/Relatrio do
Subproduto 1/Componente 2 do Plano Diretor do Arco
Metropolitano do Rio de Janeiro
3.2.8.6. Sistema aquavirio

De acordo com a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios ANTAQ, na comparao com
outros modais o aquavirio leva enormes vantagens, as quais podem ser resumidas nos
seguintes parmetros:
Maior Menor
Eficincia energtica Consumo de combustvel
Emisso de poluentes (alteraes climticas e

Capacidade de concentrao de cargas
efeito estufa)
Vida til da infraestrutura Congestionamento de trfego
Vida til dos equipamentos e veculos Nmero de acidentes
Segurana de carga Custo operacional
Impacto ambiental
Emisso de rudo
225
Algumas dessas vantagens so quantificadas abaixo, destacando-se; i) maior eficincia
energtica (5,0 tonelada/HP, contra apenas 0,17 no rodovirio e contra 0,75 no ferrovirio);
menor emisso de poluentes (20 kg/1.000 tku de CO2, contra 34 no ferrovirio e 116 no
rodovirio; menor consumo de combustvel (5 litros/1.000 tku, contra 10 no ferrovirio e 96 no
rodovirio);44
Figura 3. 27 Aspectos Ambientais Relevantes
Ocorre que, no obstante tais vantagens, essa modalidade de transporte vem perdendo
importncia na matriz de transportes da RMRJ. Entre 2000 e 2009, a reduo de passageiros
transportados/ano reduziu de 24,9 milhes para 22,6 milhes, ou seja 9%, no obstante o
enorme incremento na demanda de transporte que havia nesse intervalo. Acresce a esse
aspecto o fato de ainda ser muito reduzido o nmero de ligaes atendidas por esse sistema
(Rio-Niteri; Rio Paquet; Rio-Cocot e Rio-Charitas).
44
Fonte: http://www.antaq.gov.br/portal/pdf/palestras/Mar0817PiracicabaAlexOliva.pdf.
226
Quadro 3. 60 Passageiros do sistema de transporte aquavirio Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro 2000-2009
Passageiros do sistema de transporte aquavirio

2000 - 2009
Passageiros transportados/ano (em mil)
2000 2009 Var. 2000-2009 (%)
24.949 22.684 -9,1%

Fonte: Conerj/Barcas S.A. e Transtur, segundo mencionado no
Anexo 6/Relatrio do Subproduto 1/Componente 2 do Plano
Diretor do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
Potencial de ampliao do sistema aquavirio na Baa de Guanabara
Em 1998, quando a operao das ligaes aquavirias foi passada para a

iniciativa privada, a concessionria vencedora teve a opo contratual de exercer
direito de explorao de mais trs linhas, Praa XV-So Gonalo, Praa XV-Guia
de Pacotiba (Mag) e Praa XV- Barra da Tijuca, com prazo de implantao de
dois anos para as duas primeiras e de trs anos para a ltima. Nenhuma das
linhas opcionais foi implantada.
Alm disso, um estudo concludo em 2001, patrocinado pelo BNDES, indicou a

viabilidade tcnico-econmica de outras oito ligaes entre municpios
localizados no entorno da Baa de Guanabara: Gradim-Praa XV; Niteri-Santos
Dumont; Rio-So Gonalo-Itabora; Duque de Caxias-Niteri; Duque de Caxias-
Rio de Janeiro (Armazm 18); Mag (Guia de Pacotiba) Cocot Niteri; Mag
(Guia de Pacotiba)- Cocot-Praa XV e Charitas-Botafogo.
227
3.2.8.7. Anlise dos dados das viagens intra e intermunicipais
Estudo realizado a partir do Sistema de Informaes da Mobilidade Urbana (ANTP, 2008) e
informaes das concessionrias de nibus urbanos e interurbanos da RMRJ mostra que, nos
municpios da rea de Influncia do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, foram realizadas em
2007, em mdia, 22,2 milhes de viagens dirias, a consideradas as intra e intermunicipais.
Desse total, 9,7 milhes (44%) foram intermunicipais.
A rea formada por municpios com grandes disparidades de funes urbanas e de oferta de
emprego, o que explica, em parte, a grande quantidade de viagens intermunicipais. Dos cinco
municpios com maior percentual de viagens para fora de suas fronteiras, apontados no estudo
acima mencionado (Quadro 3.61) Mag com 85%, Guapimirim com 78%, Itabora com 74%,
So Gonalo com 73% e Cachoeiras de Macacu com 70 %, quatro pertencem ao Setor 3, e um
pertence ao Setor 2. No entanto, considerada a proporo dessas viagens no total das viagens
intermunicipais, as originadas nos municpios do Rio de Janeiro (38,7%) e So Gonalo
(22,5%), so as que exercem a maior presso no sistema virio metropolitano.
A anlise dos dados apresentados permite verificar o grande volume de trfego metropolitano a
partir do municpio do Rio de Janeiro, com cerca de 3,8 milhes de deslocamentos dirios
intermunicipais, ou seja, mais do que a soma dos deslocamentos nos setores 1, 2 e 3
(descontadas as AP 3 e 5 do Rio de Janeiro pela indisponibilidade do dado). O que surpreende
nesta informao que, apesar de ser o municpio ainda hoje o catalizador das atividades da
regio, 32% de sua populao se desloca para atividades dirias em outros municpios. Isto
refora o entendimento das interdependncias tpicas de regies metropolitanas e o
reconhecimento do interesse metropolitano, supramunicipal, tambm no setor de transportes,
pois os piores problemas do municpio capital do estado, assim como dos demais, s tero
melhor soluo quando integrados a solues metropolitanas. Em outras palavras, os
congestionamentos nos acessos e travessias das reas centrais do municpio do Rio ou de
Niteri, dependem de solues coordenadas entre os rgos concedentes do transporte
coletivo rodovirio intramunicipal (Municpios) e intermunicipal (Secretaria de Estado dos
Transportes) bem como de investimentos adequados nos sistemas de transporte coletivo
ferrovirio, metrovirio e aquavirio, com nfase na integrao multimodal, inclusive e
228
particularmente com o transporte rodovirio, atravs de ramais de grande capacidade para
reas centrais, estaes de transbordo confortveis e bilhetagem nica.
Conforme apresentado no Relatrio 2 do Componente 2 Polticas Pblicas de

Desenvolvimento Urbano, os cinco primeiros municpios possuem uma baixa dinmica
econmica, resultando na grande incidncia do movimento pendular nos transportes, com a
populao tendo de se deslocar de seus municpios para buscar servios e funes urbanas de
grau mais elevado, em especial trabalho, sade e educao.
O imenso trfego a partir do municpio do Rio de Janeiro, com cerca de 3,8 milhes de viagens
intermunicipais dirias, cerca de 38% do total, surpreende por ser o municpio catalizador das
atividades da regio.
Os setores 1 e 2, excludas as AP 3 e 5 do municpio do Rio de Janeiro, apresentam resultados

semelhantes em termos percentuais, porm com fluxo muito mais expressivo no Setor 2, em
funo de sua populao, estimada em cerca de 3,7 milhes de habitantes em 2007, o que
resulta em cerca de 2,8 milhes de deslocamentos dirios intermunicipais.
Estudo mais detalhado sobre o comportamento do transporte rodovirio intermunicipal de

passageiros apresentado a seguir, a partir de trabalho desenvolvido pelo GETEMA/COPPE
com base nos dados primrios da Secretaria de Estado de Transportes do Rio de Janeiro para
o PDTU 2005. O estudo envolve, diferentemente dos dados contidos no Quadro 3.61, dados
especficos sobre as AP3 e 5 do municpio do Rio de Janeiro, permitindo uma viso mais
apurada da rea de Influncia do Arco Metropolitano.
229
Quadro 3. 61 Viagens dirias realizadas Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio
de Janeiro 2007
Viagens dirias realizadas - Municpios da Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro - 2007 (*)
Viagens c/ origem e destino no Viagens metropolitanas
municpio (/1000) (%)
Estimativa da
populao No total c/
Setor Municpio Metropo- origem e No total da
residente Municipais Total
(A) litanas destino no Regio do
(B) (D)=(B)+(C)
(C) municpio Arco (F) (%)
(E)=(C )/(D)
Itagua 108.790 58 62 120 51,7% 0,6%
Setor 1 Seropdica 81.462 37 35 72 48,6% 0,4%
Mangaratiba 33.668 15 12 27 44,4% 0,1%
Total Setor 1 223.920 110 109 219 49,8% 1,1%
Japeri 105.341 44 72 116 62,1% 0,7%
Paracambi 45.562 21 29 50 58,0% 0,3%
Queimados 151.110 71 88 159 55,3% 0,9%
Nova Iguau 910.528 615 208 823 25,3% 2,1%
Mesquita 196.270 89 57 146 39,0% 0,6%
Setor 2
Nilpolis 148.207 107 55 162 34,0% 0,6%
So Joo de Meriti 479.266 361 304 665 45,7% 3,1%
Belford Roxo 527.173 345 655 1.000 65,5% 6,7%
Duque de Caxias 910.728 791 709 1.500 47,3% 7,3%
Mag 258.736 120 690 810 85,2% 7,1%
Total Setor 2 3.732.921 2.564 2.867 5.431 52,8% 29,5%
Itabora 247.786 147 425 572 74,3% 4,4%
Guapimirim 50.458 17 61 78 78,2% 0,6%
So Gonalo 1.030.981 807 2.193 3.000 73,1% 22,5%
Setor 3 Tangu 29.586 12 21 33 63,6% 0,2%
Niteri 488.729 699 241 940 25,6% 2,5%
Maric 114.681 138 30 168 17,9% 0,3%
Cachoeiras de Macacu 59.018 9 21 30 70,0% 0,2%
Total Setor 3 2.021.239 1.829 2.992 4.821 62,1% 30,7%
1e2 Rio de Janeiro 6.186.710 8.057 3.763 11.820 31,8% 38,7%
Total Regio do Arco 12.164.790 12.500 9.731 22.231 43,8% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo GETEMA/UFRJ a partir de dados disponveis no Sistema de Informaes da Mobilidade Urbana Relatrio Geral 2008 (ANTP) e
informaes das concessionrias de nibus urbanos e interurbanos da RMRJ
Nota (*): Inclui todos os modais de transporte (coletivo, automvel, motocicleta, bicicleta e a p).
3.2.8.8. Viagens intermunicipais de passageiros

A leitura do Quadro 3.61, que mede os deslocamentos rodovirios dirios intermunicipais de
passageiros na rea de Influncia do Arco, nos permite, numa primeira leitura, verificar a
concentrao de deslocamentos na rea 2, no eixo Nova Iguau, Belford Roxo, So Joo de
Meriti, Duque de Caxias, Mesquita, Nilpolis e Rio de Janeiro AP3 e na rea central da regio
do Arco. As reas onde esto sendo executadas as obras do Seguimento C do Arco, o mais
prximo dos municpios citados, so hoje pouco povoadas e relativamente distantes dos
230
centros urbanos municipais. A concentrao de deslocamentos est situada mais ao sul, na
confluncia das sedes municipais e no municpio do Rio de Janeiro. A Figura 3.28, que
espacializa os deslocamentos superiores a 5 mil passageiros/dia, permite a visualizao desta
concentrao, que totaliza cerca de 600 mil viagens/dia, em dados de 2005.
Figura 4.39 Deslocamentos rodovirios superiores a 5000 passageiros/dia
Figura 3. 28- Deslocamentos rodovirios superiores a 5 passageiros/dia
Se agregarmos as viagens intermunicipais nos trechos com menos de 5 mil passageiros/dia,

veremos, este fluxo se estendendo a Queimados, Japeri e, com menor intensidade, a
Paracambi. Com estes municpios fica totalizada a rea 2, com cerca de 700 mil
passageiros/dia. Ou seja, em 2005, 84% do fluxo rodovirio da rea 2 estava concentrado no
eixo Nova Iguau, Belford Roxo, So Joo de Meriti, Duque de Caxias, Mesquita, Nilpolis e
Rio de Janeiro AP3 fazendo pressupor que esta concentrao permanece at a atualidade,
uma vez que no houve ocorrncias de impacto na rea.
231
Chama a ateno, no entanto, o fato de que especialmente a sede de Japeri encontra-se bem
prxima ao Arco e seu fluxo principal corta esse eixo, devendo ser dada especial ateno a
este trecho.
Figura 3. 29- Deslocamentos rodovirios totais
Os deslocamentos na rea 3, embora menos numerosos do que os deslocamentos na rea 2,

incluem o trecho de maior fluxo, com mais de 100 mil passageiros/dia entre So Gonalo e
Niteri. Verifica-se tambm um importante fluxo entre So Gonalo e Itabora e, com menor
intensidade, entre Maric e So Gonalo/Niteri. J o Municpio de Guapimirim, no extremo
norte da rea, possui maior interface com Mag, na rea 2.
J os municpios da rea 1 se relacionam menos entre si e com os municpios das outras

reas. Apenas entre Itagua e o Rio de Janeiro AP3 existem fluxos superiores a 5 mil
viagens/dia.
232
Pode-se tambm verificar que, exceo das AP3 e 5 do Rio de Janeiro, que possuem fluxos
intensos em todas as direes, a maior quantidade de viagens intermunicipais ocorre
internamente s reas de Estudo 1, 2 e 3.
Os grficos a seguir apresentam os deslocamentos rodovirios intermunicipais dirios com

origem em todos os municpios do Arco, quanto no que se refere aos deslocamentos dentro da
mesma rea.
Figura 3. 30 Deslocamento Intermunicipal dirio de passageiros
233
Figura 3. 31 Deslocamento intermunicipal dirio de passageiros no mesmo setor do Arco
Relacionando-se estes fluxos ao traado do Arco Metropolitano, especial ateno dever ser
dada aos municpios de Itabora, Mag, Japeri, Seropdica e Itagua, cujas sedes municipais
encontram-se prximas ao traado da Rodovia, recebendo os maiores impactos iniciais
decorrentes do incio de operao. Nas tabelas acima, pode-se verificar que, exceo de
Itabora, so hoje municpios de pequeno significado nos deslocamentos intermunicipais,
situao que tende a ser revertida com a entrada em operao do Arco Metropolitano.
Tambm o trecho da BR 040 entre Duque de Caxias e o Arco, onde j existe um ncleo urbano
bastante sedimentado, inclusive contando com as instalaes da REDUC Refinaria Duque de
Caxias e RIOPOL Rio Polmeros S/A, dever ser objeto de estudo especial.
234
3.2.9. Educao e Sade
Para caracterizar o nvel de atendimento em educao e sade nos municpios da Regio
Metropolitana, utilizamos os indicadores de sade e educao do ndice FIRJAN de
Desenvolvimento Municipal de 2007 (IFDM):45 Emprego & Renda, Educao e Sade
constituem as trs esferas contempladas pelo IFDM, todas com peso igual no clculo para
determinao do ndice de desenvolvimento dos municpios brasileiros. O ndice varia de 0 a 1,
sendo que, quanto mais prximo de 1, maior ser o nvel de desenvolvimento da localidade, o
que permite a comparao entre municpios ao longo do tempo. Por ter periodicidade anual,
recorte municipal e abrangncia nacional, a metodologia do IFDM possibilita o
acompanhamento do desenvolvimento humano, econmico e social de todos os municpios
brasileiros.
Fonte: Sistema FIRJAN: IFDM.
Figura 3. 32 As variveis componentes do IFDM por rea de desenvolvimento
45
Os indicadores IFDM para todos os municpios Brasileiros e a metodologia utilizada em seu clculo esto disponveis no
Sistema FIRJAN/ IFDM: http://www.firjan.org.br/data/pages/2C908CE9229431C90122A3B25FA534A2.htm
O excelente site IpeaData tambm fornece estes indicadores, o que facilita a anlise das relaes entre os ndices IFDM e as
muitas outras variveis disponveis nesse site: http://www.ipeadata.gov.br/
235
A Figura 3.32 anterior mostra as variveis utilizadas no clculo do ndice FIRJAN de
Desenvolvimento Municipal por Emprego & Renda, Educao e Sade.
O Quadro 3.62 mostra os ndices IFDM para as trs reas de desenvolvimento nos municpios
da Regio do Arco em 2007.
Quadro 3. 62 Municpios da Regio do Arco: IFDM por reas de desenvolvimento:2007
Educao Sade Emprego IFDM

Municpios
ndice Ordem ndice Ordem & Renda Geral
Rio de Janeiro 0.799 1 0.839 4 0.851 0.830
Niteri 0.797 2 0.890 1 0.849 0.845
Mangaratiba 0.779 3 0.794 9 0.634 0.736
Paracambi 0.725 4 0.875 2 0.239 0.613
Marica 0.722 5 0.804 5 0.552 0.693
Cachoeiras de Macacu 0.700 6 0.795 8 0.386 0.627
Itagua 0.696 7 0.799 6 0.955 0.817
Nilpolis 0.683 8 0.778 11 0.570 0.677
So Gonalo 0.678 9 0.853 3 0.699 0.743
Seropdica 0.675 10 0.797 7 0.557 0.676
Itabora 0.659 11 0.747 14 0.725 0.710
Nova Iguau 0.650 12 0.727 18 0.778 0.718
Tangu 0.643 13 0.728 17 0.497 0.623
Mesquita 0.634 14 0.777 12 0.551 0.654
Guapimirim 0.625 15 0.738 15 0.344 0.569
So Joo de Meriti 0.620 16 0.734 16 0.703 0.686
Queimados 0.618 17 0.663 21 0.507 0.596
Mag 0.612 18 0.779 10 0.546 0.646
Duque de Caxias 0.609 19 0.763 13 0.896 0.756
Belford Roxo 0.570 20 0.694 20 0.556 0.607
Japeri 0.550 21 0.702 19 0.369 0.540
Como era de esperar, existe uma correlao forte entre os ndices de educao e sade
(Coeficiente de correlao Spearman = 0,81). Por exemplo, os ndices dos municpios de
236
Japeri, Belford Roxo e Queimados so relativamente baixos tanto para educao como sade,
e por outro lado os ndices de Niteri e Rio de Janeiro so mais altos.
IFDM - Educao: Variao 2000/07
O Quadro 3.33 mostra que as variaes nas ordenaes (i.e., rankings) dos municpios da
Regio do Arco segundo os ndices IFDM-educao em 2000 e 2007 foram relativamente
pequenas com as excees de Seropdica, Itabora e Tangu que melhoraram bastante suas
posies, e Belford Roxo e Duque de Caxias que caram nas suas posies. O coeficiente de
correlao Spearman entre os ndices nos dois anos foi 0,82.
0.90
Niteri
Paracambi
0.85 So Gonalo
Rio de Janeiro
Maric
0.80 Cachoeiras de Macacu
Itagua Mangaratiba
Seropdica
Sade
Mesquita
Mag Nilpolis
Duque de Caxias
0.75 Itabora
Guapimirim
So Joo de Meriti
Tangu
Nova Iguau
0.70 Japeri
Belford Roxo
Queimados
0.65
0.50 0.55 0.60 0.65 0.70 0.75 0.80 0.85
Educao
Figura 3. 33 Municpios da Regio do Arco: A correlao entre os ndices IFDM de educao e

sade: 2007
237
Quadro 3. 63 Municpios da Regio do Arco: IFDM Educao:2000/2007 ndices e
Ordenaes
Ordenaes: IFDM
ndice IFDM Educao
Educao
Municpios
Variao
2000 2007 2000 2007
2000/07
Rio de Janeiro 0.748 0.799 1 1 0
Niteri 0.719 0.797 2 2 0
Paracambi 0.663 0.725 3 4 -1
Mangaratiba 0.639 0.779 4 3 1
So Gonalo 0.622 0.678 5 9 -4
Maric 0.620 0.722 6 5 1
Cachoeiras de
0.603 0.700 7 6 1
Macacu
Nilpolis 0.599 0.683 8 8 0
Itagua 0.596 0.696 9 7 2
Mesquita (*) 0.555 0.634 12 14 -2
Nova Iguau 0.582 0.650 10 12 -2
Belford Roxo 0.557 0.570 11 20 -9
Duque de Caxias 0.555 0.609 12 19 -7
So Joo de Meriti 0.545 0.620 14 16 -2
Seropdica 0.520 0.675 15 10 5
Queimados 0.520 0.618 16 17 -1
Itabora 0.515 0.659 17 11 6
Guapimirim 0.486 0.625 18 15 3
Mag 0.476 0.612 19 18 1
Japeri 0.449 0.550 20 21 -1
Tangu 0.449 0.643 21 13 8
Nota: (*) Mesquita 2000 = Nova Iguau 2000.
IFDM - Sade: Variao 2000/07
O Quadro 3.64 mostra que as variaes nas ordenaes (i.e., rankings) dos municpios da
Regio do Arco segundo os ndices IFDM-sade em 2000 e 2007 foram mais significativas que
238
as de IFDM-educao. Mesquita, Paracambi e Cachoeiras de Macacu apresentaram as
maiores melhorias em suas posies e Guapimirim, Mag e Itabora caram mais. O coeficiente
de correlao Spearman entre os ndices nos dois anos foi 0,64.
Quadro 3. 64 Municpios da Reviso do Arco: IFDM Sade:2000-2007
ndice IFDM - Sade Ordenaes: IFDM - Sade

Municpio 2000 2007 2000 2007 Variao
2000/07
Niteri 0.875 0.890 1 1 0
So Gonalo 0.858 0.853 2 3 -1
Guapimirim 0.810 0.738 3 15 -12
Mag 0.802 0.779 4 10 -6
Mangaratiba 0.789 0.794 5 9 -4
Rio de Janeiro 0.779 0.839 6 4 2
Itabora 0.773 0.747 7 14 -7
Maric 0.769 0.804 8 5 3
Itagua 0.757 0.799 9 6 3
Seropdica 0.756 0.797 10 7 3
Paracambi 0.747 0.875 11 2 9
So Joo de Meriti 0.746 0.734 12 16 -4
Tangu 0.742 0.728 13 17 -4
Japeri 0.739 0.702 14 19 -5
Nilpolis 0.738 0.778 15 11 4
Cachoeiras de Macacu 0.732 0.795 16 8 8
Duque de Caxias 0.705 0.763 17 13 4
Mesquita (*) 0.653 0.777 20 12 8
Nova Iguau 0.692 0.727 18 18 0
Belford Roxo 0.665 0.694 19 20 -1
Queimados 0.653 0.663 20 21 -1
Nota: (*) Mesquita 2000 = Nova Iguau 2000.
239
3.3. Desenvolvimento Econmico e Social
3.3.1. Evoluo Econmica da rea de Influncia dos Municpios do Arco

46
Metropolitano
Quando analisada a evoluo do nmero de empregos para os municpios da rea de influncia
do Arco Metropolitano, verifica-se que, do ponto de vista industrial, os municpios que compem
o Arco metropolitano47 apresentam, entre 2000 e 2007, um crescimento total de 32,87%,
bastante prximo do que ocorre na periferia de So Paulo, de 32,24%48.
Na mesma direo, quando observada evoluo do emprego industrial49, por municpio da

regio de influncia do Arco, nesta dcada, vemos que, dos dezenove municpios com dados
disponveis50 para o perodo 2000/2007, dez municpios apresentam um crescimento positivo do
emprego industrial com um percentual superior ao ocorrido na periferia de So Paulo.
Entre os cinco municpios que mais empregam na rea industrial, na regio de influncia do
Arco Metropolitano, apresentam, entre 2000 e 2007, um crescimento percentual superior ao da
mdia do Arco, 32,87%, e ao da periferia da RMSP, 32,24%, os municpios de Duque de
Caxias, 48,02%; Niteri, 110,20%; e So Joo de Meriti, 45,70%.
46 Os municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano totalizam vinte, participando todos os municpios da
regio metropolitana, excluindo a cidade do Rio de Janeiro, e incluindo Mangaratiba e Itagua, pertencentes
Regio da Costa Verde, e Cachoeiras de Macacu e Maric, pertencentes Regio das Baixadas Litorneas.
47
Volto a lembrar que, alm dos municpios da periferia da cidade do Rio de Janeiro que compem o estudo do
Plano Diretor do Arco Metropolitano, apresentaremos tambm neste relatrio, em separado, um exame das regies
administrativas de Santa Cruz, Campo Grande, Guaratiba e Bangu, que fazem parte da rea de Planejamento 5 da
Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
48
Neste trabalho, no que diz respeito questo econmica, privilegiamos, em alguns momentos, comparar a
evoluo dos municpios do Arco Metropolitano com a evoluo da periferia de SP, principal concentrao
industrial e econmica do pas, no que diz respeito periferia das metrpoles brasileiras.
49
No trabalho de desenho do Plano Diretor do Arco Metropolitano, no componente econmico, damos prioridade
ao exame do setor industrial como elemento privilegiado de anlise, no s porque os empreendimentos
estruturantes so hegemonicamente do setor secundrio mas, tambm pela capacidade de encadeamentos e efeitos
que podem gerar para trs e para frente em outras atividades econmicas.
50
No foi possvel fazer anlise para o municpio de Mesquita por no existirem dados na base da RAIS para o ano
de 2000. Acreditamos que isso se deva ao fato dele ter sido criado em 25 de setembro de 1999.
240
Entre os cinco municpios que mais empregam na rea industrial encontram-se com uma taxa
de crescimento do emprego neste setor inferior ao do Arco e ao da periferia da RMSP, os
municpios de So Gonalo, 10,59%, e Nova Iguau, -2,07%.
A evoluo de So Gonalo refora a importncia de, em nosso trabalho, auxiliar na construo

de estratgias que possam permitir o melhor aproveitamento possvel do ponto de vista
econmico-social para o municpio dos investimentos previstos e possveis a partir da
implantao do COMPERJ, tendo em vista que o mesmo estar instalado nos municpios de
Itabora e So Gonalo.
Acredita-se que o municpio de Nova Iguau deve ser foco de anlise tendo em vista a sua
importncia e os benefcios que pode vir a obter com a construo do Arco. Alm do municpio
apresentar entre 2000 e 2007 uma pequena queda do nmero de empregos gerados no setor
industrial, quando organizamos um ranking do peso do emprego industrial no emprego total de
cada municpio do Arco, vemos que o municpio de Nova Iguau encontra-se apenas na 10
posio, tendo, em 2007, um percentual de empregos industriais vis-a-vis o emprego total no
municpio de 12,81% .
Na mesma direo, quando analisada a importncia em cada municpio do Arco Metropolitano

do peso do nmero de estabelecimentos industriais no total de estabelecimentos, vemos que
Nova Iguau encontra-se apenas na 17 posio, com um percentual de estabelecimentos
industriais vis-a-vis de 7,22%.
A possibilidade de Nova Iguau vir a se beneficiar do Arco Metropolitano se refora pelo fato de
que, pelo trabalho realizado sobre o potencial de desenvolvimento produtivo do COMPERJ, feito
pela FIRJAN51, Nova Iguau pode vir a ser o terceiro municpio mais beneficiado em termos de
distribuio da capacidade produtiva, por municpio da regio de influncia ampliada do
51
COMPERJ: Potencial de Desenvolvimento Produtivo. In: Estudos para o Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, n
1, maio 2008, FIRJAN (Elaborao tcnica: Fundao Getlio Vargas).
241
COMPERJ52, podendo vir a absorver em torno de 9% da alocao da capacidade produtiva
quando o COMPERJ j estiver em operao.
Alm disso, quando analisado, os cinco principais setores industrias mais importantes no
municpio, indica-se que o maior destaque em termos de empregos a fabricao de produtos
qumicos, 2.486 empregos. O municpio possui ainda um nmero considervel de empregos em
indstrias tradicionais nos setores de produtos alimentcios e bebidas, 1.638 empregos,
fabricao de mveis e indstrias diversas, 1.536 empregos, e confeco de artigos do
vesturio e acessrios, 843 empregos.
Entende-se que o investimento na construo do Arco Metropolitano; os investimentos

estruturantes j em execuo ou previstos na RMRJ e no estado do Rio de Janeiro; e uma
adequada estratgia de fomento ao adensamento de cadeias produtivas pode vir a trazer
vantagens competitivas do ponto de vista logstico e da ampliao de emprego, renda e
mercado, o que pode vir a beneficiar as indstrias vinculadas a bens de consumo no durveis.
Dessa forma, indica-se que no Plano Diretor do Arco Metropolitano seja inserida uma anlise
das potencialidades e formas de fomento indstria de bem de consumo no durvel, tendo em
vista a sua significativa presena em diversos municpios da regio de influncia do Arco
Metropolitano, sendo estes tambm os setores industriais com maior disseminao pelos
municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano. O setor de fabricao de produtos
alimentcios e bebidas encontram-se presente entre os cinco setores industriais mais
importantes em 16 dos 20 municpios da regio de influncia do Arco Metropolitano e o setor de
confeco do vesturio e acessrios apresenta presena em 13 dos 20 municpios.
52
O estudo da Firjan sobre o potencial do desenvolvimento produtivo do Comperj apontou como regio de influncia ampliada
a composta pelos municpios que teriam potencial de atrao de indstrias da terceira gerao do Comperj setor plstico.
Encontram-se includos nessa relao os municpios de Duque de Caxias, So Gonalo, Nova Iguau, Queimados, Itabora,
Mag, Guapimirim, Tangu, Cachoeiras de Macacu, Belford Roxo, Mesquita, Nilpolis, So Joo de Meriti, Maric e Niteri,
no que diz respeito aos municpios que encontram-se includos no Plano Diretor do Arco Metropolitano. Alm disso, esto
apontados tambm como tendo potencial de atrao de indstria plstica os municpios de Rio Bonito, Casimiro de Abreu,
Terespolis, Silva Jardim, Nova Friburgo, Petrpolis e Saquarema, que no esto includos no Plano Diretor do Arco
Metropolitano. Por ltimo, a cidade do Rio de Janeiro tambm citada como tendo potencialidade para ficar com 5,8% da
alocao da capacidade produtiva da indstria plstica. Encontram-se includas no termo de referncia do Plano Diretor do Arco
Metropolitano regies administrativas situadas na rea de Planejamento 5 que sero objeto de estudo em separado neste
trabalho, como j apontado.
242
Alm disso, quando analisado o percentual de empregos formais existentes em 2007 nos
setores de fabricao de produtos alimentcios e bebidas e de confeco de artigos de vesturio
e acessrios, em relao ao total do emprego industrial, nos municpios do Arco Metropolitano e
das periferias da RM SP e BH, identificado um nvel de concentrao mais significativo na
rea de influncia do Arco.
Em 2007, o setor de fabricao de produtos alimentcios e bebidas representa 14,83% do total

de empregos industriais gerados na rea de influncia do Arco, contra um percentual para esse
setor vis--vis o total de empregos industriais nas periferias das RMs de SP e BH de,
respectivamente, 6,01% e 10,21%. Alm disso, ao analisar os nmeros absolutos de empregos,
verifica-se que no setor de fabricao de produtos alimentcios e de bebidas foram gerados nos
municpios da rea de influncia do arco metropolitano em 2007, 13.697, o que um nmero
praticamente igual ao existente na periferia da RMBH, 14.889 empregos. Nesse aspecto
importante ressaltar ainda que para o total do emprego em todos os setores industriais vemos
92.332 postos de trabalho na rea de influncia do arco contra 145.808 na periferia da RMBH.
No setor de fabricao de produtos alimentcios e bebidas aparecem com destaque Duque de

Caxias, com 3.090 empregos em 2007; So Gonalo, com 3.095; Nova Iguau, com 1.638; e
Mag, com 1.049. Deve-se ressaltar que este setor tambm aparece com destaque em
Cachoeiras de Macacu, com 755 empregos diretos. Neste municpio, o setor de produtos
alimentcios e bebidas detm 65,09% do total de empregos, tendo em vista centralmente a
instalao da Schincariol no municpio em 2000.
Com relao a esse ponto, devemos lembrar, ainda, que o estado do Rio de Janeiro j vem
sendo palco de significativos investimentos no setor de bebidas nos ltimos anos.
Da mesma forma, em 2007 o setor de confeco de artigos do vesturio e acessrios

representa 9,98% do total de empregos industriais gerados na rea de influncia do Arco, contra
um percentual para esse setor vis--vis o total de empregos industriais nas periferias das RMs
de SP e BH de apenas, respectivamente, 2,07% e 1,88%. Neste setor, apesar da
significativamente mais baixa densidade industrial do arco metropolitano, encontra-se um total
de empregos no arco de 9.216 postos, prximo ao existente da periferia RMSP, de 12.468 e
bastante superior ao existente no total da periferia RMBH de 2.736 empregos formais.
243
No setor de confeco de artigos do vesturio e acessrios destacam-se So Gonalo, com
2.429 empregos; Duque de Caxias, com 2059; e So Joo de Meriti, com 1.463.
Por ltimo, com relao a esse ponto, importante lembrar que os grandes empreendimentos
estruturantes do Arco so, via de regra, intensivos em capital e relativamente pouco geradores
de empregos diretos. Isso refora novamente a convenincia de analisar-se tambm a
potencialidade de setores industriais tradicionais na rea de influncia do Arco Metropolitano.
Voltando anlise da evoluo do emprego nos municpios do Arco Metropolitano, entre 2000 e
2007, verifica-se que no setor comrcio, os municpios do Arco Metropolitano apresentam um
baixo desempenho. Entre 2000 e 2007, o emprego nesse setor cresce, na mdia nesses
municpios, 52,88%, contra um crescimento para o total das periferias da RMSP e RMBH
respectivamente de 74,11% e 81,14.
Apresentam um desempenho superior ao da periferia da RMSP apenas os municpios de

Seropdica, 157,18%; Duque de Caxias, 85,56%; Japeri, 98,03%; Queimados, 86,11%;
Guapimirim, 150,38%; e Tangu, 75,80% .
J quando analisada a variao dos estabelecimentos, seja para o total de atividades, seja para
o total da indstria, verifica-se que a maioria dos municpios, como j fora apontado na
Introduo deste trabalho, apresenta um crescimento inferior ao da RMSP. Para todas as
atividades identifica-se um crescimento do nmero de estabelecimentos no Arco Metropolitano
de apenas 14,16%, contra um crescimento na periferia da RMSP de 32,66% e na periferia de
RMBH de 34,43%.
Para o setor industrial, identifica-se um crescimento no nmero de estabelecimentos no total do

Arco Metropolitano de apenas 10,72%, contra um crescimento de 24,45% na periferia da RMSP
e de 35,37% na periferia da RMBH. Alm disso, apresentam um crescimento no nmero de
estabelecimentos industriais superior periferia da RMSP apenas sete municpios: Japeri,
122,22%; Tangu, 92,86%; Mangaratiba, 62,50%; Maric, 49,15%; Queimados, 31,11%;
Seropdica, 27,27%; e Belford Roxo, 25,37%. Deve-se ressaltar que esses municpios
apresentam uma boa evoluo, mas partem de uma base muito pequena de nmero de
estabelecimentos industriais. Em 2007, seis desses sete municpios apresentam um nmero de
244
estabelecimentos industriais inferior a 100, Belford Roxo apresentando um nmero de
estabelecimentos de 168. No caso de Belford Roxo, apesar da existncia de uma grande
empresa, como a Bayer, a disseminao de empreendimentos industriais bastante pequena.
No que diz respeito a esse aspecto, entre os cinco municpios que possuem o maior nmero de
estabelecimentos industriais, nenhum apresenta um crescimento superior ao da periferia da
RMSP.
Mesmo o municpio de Duque de Caxias, que vem se beneficiando de significativos

investimentos industriais, como a implantao da Rio Polmeros e a expanso da Reduc,
apresenta um crescimento do nmero de estabelecimentos de apenas 17,08%.
Acredita-se que o exame do sucesso e dificuldade na organizao de um plo de gs-qumico

na regio de Caxias at o momento; ao lado do estudo que apresentado no segundo relatrio
sobre as perspectivas dos setores petroqumico e de plstico e das entrevistas que realizadas
junto s empresas que compem os empreendimentos estruturantes do Arco permitir de
forma articulada aos estudos j existentes um refinamento das estratgias para esses setores
em Caxias e na rea de influncia do Arco Metropolitano.
No que diz respeito ao setor de fabricao de artigos de borracha e plstico - apesar da ainda
limitada evoluo do nmero de estabelecimentos industriais em Duque de Caxias percebe-se
uma boa evoluo do nmero de estabelecimentos e emprego entre 2000 e 2007. No que diz
respeito ao nmero de estabelecimentos temos um crescimento no setor de artigos de borracha
e plstico em Duque de Caxias de 68,12%, contra um crescimento para um total de atividades
industriais no municpio, de 17,08%. J para o emprego formal encontra-se um crescimento de
178,06%, entre 2000 e 2007 para o setor em exame contra um crescimento para o total de
indstria no municpio de 48,02%.
Outro destaque que acredito merecer ser dado aqui - ainda no que diz respeito a evoluo de
estabelecimentos no arco metropolitano - o fato de o municpio de Niteri, apesar da
reativao da indstria naval e de apresentar um crescimento de empregos para o total das
atividades industriais de 110,20%, ter tido no perodo entre 2000 e 2007 um crescimento dos
estabelecimentos industriais de apenas 0,97%. Nesse aspecto, importante ressaltar que, entre
os cinco setores industriais mais importantes em Niteri, do ponto de vista da gerao de
245
emprego, encontra-se entre os dois primeiros a fabricao de outros equipamentos de
transporte e o de extrao de petrleo e servios relacionados. Dessa forma, Niteri j
apresenta uma significativa relao com a indstria naval e o setor petrleo, podendo vir a se
beneficiar com o Arco logstico metropolitano, o Pr-Sal e a instalao da base de operao da
Petrobras para a atuao do Pr-Sal em Itagua. Acredita-se que as possibilidades para Niteri
nessas reas devem ser analisadas nos prximos relatrios. Uma das anlises que podem ser
feitas, por exemplo, a possibilidade de Niteri e a regio do Arco virem a se beneficiar atravs
da produo de barcos de apoio para a Petrobras.
Ainda na anlise relativa evoluo do nmero de estabelecimentos no Arco, entre 2000 e

2007, vemos, tambm no caso do comrcio, uma evoluo para o total do Arco de apenas
13,84%, contra um crescimento na periferia da RMSP de 41,80% e na periferia da RMBH de
35,88%. Nesse aspecto, deve-se ressaltar que apresenta um crescimento superior s periferias
da RMSP e RMBH somente os municpios de Seropdica, 50,50%; Maric 48,13% .
Quando analisada a evoluo no nmero de estabelecimentos por porte, percebe-se que a pior
evoluo da gerao de estabelecimentos formais nos vinte municpios em exame relativamente
ao existente na periferia das RMs de SP e BH est concentrada nos micro estabelecimentos.
Foi verificada que a pior evoluo da abertura de novos empreendimentos formais em todas as
atividades econmicas, excetuando-se as indstrias, est compreendida na periferia da cidade
do Rio de Janeiro principalmente nas micro empresas. Para as micro empresas encontra-se um
crescimento entre 2000 e 2007 no nmero de estabelecimentos formais de apenas 8,81%
contra um percentual de abertura de novas micro empresas nas periferias das RMs de SP e BH
de respectivamente 30,72% e 38,67%.
Da mesma forma quando analisada a variao do nmero de estabelecimentos por tamanho de

empresa na rea industrial vemos um crescimento, tambm entre 2000 e 2007,
significativamente menor para micro estabelecimentos no Arco vis-a-vis as outras duas regies
analisadas. Nesse perodo ocorre um crescimento dos micros estabelecimentos industriais nos
municpios do Arco Metropolitano de apenas 3,70% contra um crescimento nas periferias das
RMs de SP e BH de respectivamente 19,34% e 42,25%. Por outro lado, ao analisar os grandes
empreendimentos industriais vemos um crescimento na rea de influncia do Arco
246
Metropolitano de significativos 144,44% contra um crescimento de 53,70% na periferia da
RMSP e de 176,47% na periferia da RMBH53.
Novamente verifica-se que no basta atrair grandes empreendimentos para a regio,

necessrio a organizao de estratgias integradas de desenvolvimento econmico-social.
Nesse sentido ser de fundamental importncia, no correr do trabalho do plano diretor do Arco
Metropolitano, a realizao do desenho de propostas de estmulo formalizao e abertura de
micro estabelecimentos, com base nos empreendimentos ncora que se organizaro na rea de
influncia do Arco e do crescimento econmico que dever ocorrer.
Quando analisada a evoluo do PIB total a custo de fatores dos municpios da rea de
influncia do Arco Metropolitano, entre 2002 e 2006, verifica-se que comparativamente
evoluo das periferias da RMSP, de 26,54%(14,92), e da RMBH, de 36,24%(22,69), s
apresentam uma evoluo positiva os municpios de Duque de Caxias e Mangaratiba com um
crescimento de, respectivamente, 45,52% e 21,98% .
Quando analisado os dados relativos evoluo, entre 2002 e 2006, do PIB do setor industrial,
por municpio54 do Arco Metropolitano, verifica-se que a maioria no apresenta uma boa
evoluo vis-a-vis a ocorrida nas periferias da RMSP e RMBH. Nesse perodo, apresentam um
crescimento superior ao ocorrido para o total da periferia da RMSP, 15,64%, apenas os
municpios de Duque de Caxias, 105,88%, Cachoeiras de Macacu, 61,30%, e Mangaratiba,
35,65%.
No caso de Duque de Caxias, a evoluo positiva do PIB industrial deve derivar dos macro
investimentos j citados. No caso de Cachoeiras de Macacu, o resultado positivo da evoluo
do PIB industrial deve advir da criao de uma fbrica da Schincariol no municpio.
53
Analisada aqui a evoluo dos estabelecimentos separadamente, tendo em vista que o SEBRAE faz uma classificao
diferente do porte de empresas dependendo do setor. Para o setor industrial a classificao a seguinte: micro empresa, as que
tm de 0 a 19 empregados; pequena empresa, as que tm de 20 a 99 empregados; mdia empresa, as que tm de 100 a 499
empregados; e grande empresa acima de 499 empregados. Para o total dos demais setores, a classificao a seguinte: micro
empresa, as que possuem de 0 a 9 empregados; pequena empresa, as de 10 a 49 empregados; mdia empresa, as de 50 a 99
empregados; e como grande empresa as acima de 99 empregados.
54
Adota-se aqui os dados do PIB existentes no IBGE. A no opo pelos dados da Fundao CEPERJ deve-se ao fato de que a
metodologia adotada pela CEPERJ diferente da do IBGE, no permitindo a comparabilidade com outras regies fora do ERJ.
247
O caso de Cachoeiras de Macacu mostra claramente que no basta atrair para o municpio um
grande empreendimento, mas que, alm de realizar essa atrao, preciso pensar polticas
integradas, como a proposta do Plano Diretor do Arco Metropolitano. Ao comparar os dados da
evoluo do PIB industrial deste municpio que acopla o valor adicionado gerado pelo grande
empreendimento com outros dados de evoluo do emprego e de estabelecimentos, verifica-
se que no houve uma irradiao significativa.
No que diz respeito evoluo do emprego, entre 2000 e 2007, verifica-se que para o total dos
setores, Cachoeiras de Macacu apresentou um crescimento de apenas 17,48%, contra um
crescimento no total do Arco Metropolitano de 41,99%, e na periferia da RMSP de 37,72%.
Por sua vez, na indstria o crescimento do emprego em Cachoeiras de Macacu foi de 27,89%,
contra um crescimento no Arco de 32,87%, na periferia da RMSP de 32,24% e na periferia da
RMBH de 56,65%.
No que tange evoluo do nmero de estabelecimentos, no mesmo perodo, encontra-se um

crescimento em Cachoeiras de Macacu, para o total de atividades, de apenas 6,48%, contra um
crescimento no Arco de 14,16%; na periferia da RMSP de 32,66%; e na periferia da RMBH de
34,43%. Para o setor industrial, Cachoeiras de Macacu apresenta um crescimento do nmero
de estabelecimentos de 9,09%, contra um crescimento no Arco Metropolitano de 10,72% e na
periferia da RMSP de 24,45%. No comrcio, a evoluo de Cachoeiras de Macacu de apenas
7,24%, contra um crescimento no Arco Metropolitano de 13,84%, na periferia da RMSP de
41,80% e na periferia da RMBH de 35,88%. Por ltimo, para o setor servios, encontra-se uma
evoluo em Cachoeiras de Macacu, do nmero de estabelecimentos, de -0,65%, contra
16,65% no Arco, 28,19% na periferia da RMSP e 39,59% na periferia da RMBH.
Os dados relativos evoluo do PIB de servios em Cachoeiras de Macacu, por sua vez,
mostram um crescimento, entre 2002 e 2006, de apenas 0,31%. Por ltimo, os dados do PIB
agropecurio desse municpio apresenta uma queda de 17,28%.
No que diz respeito, ainda, evoluo do PIB de servios, entre 2002 e 2006 no Arco
Metropolitano, no identifica tambm um bom cenrio. Nesse aspecto verifica-se um
crescimento no Arco de apenas 4,41%, contra um crescimento na periferia da RMSP de 16,29%
248
e na periferia da RMBH de 20,68%. Nesse aspecto, apresenta um crescimento prximo ou
superior aos das periferias das RMs SP e BH apenas os municpios de Duque de Caxias e
Mangaratiba com crescimento do PIB de servios entre 2002 e 2006 de, respectivamente,
20,76% e 20,65%.
Com relao evoluo do PIB do setor servios, importante ressaltar que a evoluo positiva
de Mangaratiba aparentemente deve-se apenas a um benefcio fiscal na rea de ISS que
permite que empresas sem nenhum vnculo real de atividade no municpio venham formalmente
a se registrar nele. curioso que, dos 19.887 empregos gerados no municpio de Mangaratiba,
15.405 estejam no setor de servios prestados principalmente s empresas, ou seja, 77,46%.
Alm disso quando olhamos o nmero de empregos industriais formais em Mangaratiba em

2007 aponta-se apenas 58, contra um total de empregos para os 20 municpios da rea de
influncia do arco metropolitano de 92.332.
Entre 2002 e 2006, nove entre os vinte municpios analisados apresentam uma queda do PIB de
servios.
Acredita-se que esses resultados, no que diz respeito principalmente evoluo nos municpios
da rea de influncia do Arco Metropolitano, dos estabelecimentos, entre 2000 e 2007, e do
PIB, entre 2002 e 2006, tenham relao com o fato de a periferia da cidade do Rio de Janeiro
apresentar de forma qualitativamente mais importante caracterstica de cidade dormitrio vis--
vis a situao das periferias das RMSP e RMBH, carncia de investimentos em infra-estrutura,
precria ambincia social-econmica e histrica ausncia de estratgias regionais no estado
do Rio de Janeiro, na RMRJ e particularmente em sua periferia.
A pouca densidade de atividades econmicas nos municpios da rea de influncia do Arco

Metropolitano aparece novamente quando analisado o nmero de empregos em relao
249
populao economicamente ativa - PEA - em 2000 e em relao ao total da populao no ano
de 200755.
Pode-se verificar que para um ranking entre os municpios que compem o Arco Metropolitano e
os municpios das periferias das RMs SP e BH com 50 mil ou mais habitantes -, comparando
o total da populao economicamente ativa com o total do emprego formal em 2000, verifica-se
que, entre municpios analisados, apenas uma pequena minoria dos municpios do Arco
Metropolitano apresenta-se entre os 29 primeiros colocados, na primeira metade da tabela56
reforando assim a existncia de uma baixa densidade econmica no Arco vis-a-vis as outras
duas principais periferias de metrpole na regio Sudeste
No caso da comparao do percentual do emprego sobre a populao total em 2007, vemos

que, entre os 29 primeiros colocados, encontra-se apenas 4 municpios do Arco Metropolitano,
na seguinte ordem: Mangaratiba, Niteri, Itagua e Duque de Caxias. importante ressaltar
ainda que no caso de Mangaratiba pode-se supor que a imensa maioria dos empregos seja
gerada no municpio apenas formalmente, pelo j apontado.
Alm disso, quando construdo um ranking do nmero de empregos industriais formais sobre
a PEA no ano 2000 e o total da populao no ano de 2007, tambm para os municpios da rea
de influncia do Arco Metropolitano e das periferias da RMSP e RMBH, verifica-se com mais
clareza o quanto rarefeita a atividade econmica na rea em anlise.
No que tange a um ranking do nvel de emprego industrial no ano 2000 em relao a PEA
(2000) nos municpios do Arco Metropolitano e periferias das regies metropolitanas de SP e
BH com 50 mil ou mais habitantes encontra-se neste ano entre os 29 primeiros apenas o
55
Para essa comparao so utilizados os dados relativos a PEA, que s esto disponveis para o ano 2000, comparando com o
total do emprego formal no mesmo ano e para uma viso em perodo mais recente optou-se por fazer uma comparao do total
do emprego existente em 2007 com o total da populao estimada por municpio para o mesmo ano.
56
Neste trabalho foram analisados os dados comparando os municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano e das
periferias das RMs de SP e BH optou-se por incluir todos os vinte municpios integralmente localizados na rea de influncia do
Arco e os municpios das periferias das RMs de SP e BH com 50 mil ou mais habitantes. Este critrio foi definido pelo fato de
quase todos os municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano terem 50 mil ou mais habitantes, excetuando-se
Guapimirim, Mangaratiba, Tangu e Paracambi, enquanto na RMSP temos 9 municpios com menos de 50 mil habitantes e na
RMBH temos 23 municpios.
250
municpios de Paracambi. importante ressaltar que entre 2000 e 2007 houve uma queda no
total do emprego industrial em Paracambi de 86,55%.
Na mesma direo no que diz respeito ao ranking do nvel de emprego industrial por habitante
nos municpios da rea de influncia do Arco metropolitano e nas periferias das RMs de SP e
BH, no ano de 2007, o primeiro municpio do Arco Metropolitano a aparecer o municpio de
Duque de Caxias, apenas na 31 posio, com um percentual de empregos industriais formais
no ano de 2007 vis-a-vis o total da populao de 3,08%. Alm disso, entre os 24 ltimos
colocados, encontram-se 18 municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano .
A importante falta de densidade econmica ainda existente nos municpios da rea de influncia
do Arco Metropolitano pode ser tambm verificada quando realisado um ranking comparando
a participao percentual da administrao pblica no clculo do PIB de cada municpio do Arco
com os municpios das periferias das RMs de SP e BH.
Verifica-se que, entre os 11 municpios mais dependentes centralmente da receita pblica e de

transferncias estaduais e federais para a formao de seu PIB, todos so municpios da rea
de influncia do Arco metropolitano57.
Na mesma direo, quando analisada a participao de cada setor do IBGE no total de

empregos dos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano e das periferias da RMSP
e RMBH, verifica-se novamente a maior rarefao de atividades econmicas no territrio dos
municpios do Arco Metropolitano. Enquanto para o setor industrial verifica-se um percentual de
participao dos municpios do Arco Metropolitano no total de empregos em 2007 de 13,73%,
para as periferias da RMSP e RMBH vemos, respectivamente, uma participao de 30,89% e
32,37%. Para o setor comrcio verifica-se uma participao de 25,89% no Arco Metropolitano e,
na periferia das RMs de SP e BH, respectivamente, 17,79% e 18,86%. Ou seja, a pequena
expresso industrial da regio e o fato de uma parcela expressiva da populao trabalhar fora
57
Uma exceo o municpio de Seropdica, que acredita-se derivar o peso da administrao pblico no seu PIB em boa
medida da existncia de instalaes da Universidade Federal Rural no municpio. Realizada uma anlise dos dez setores mais
importantes na gerao de emprego no municpio, a primeira colocao fica com a rea de educao, com 1.979 empregos,
derivando em torno de 1.800 da Universidade (tabela 44 anexa).
251
do Arco fazem com que o setor industrial tenha uma participao percentual menor e o setor
comercial uma participao percentual maior.
Quando analisado o salrio mdio dos trabalhadores formais no setor privado verifica-se que a
mdia salarial no Arco Metropolitano em 2007, R$ 976,51, era menor do que a existente na
periferia da RMBH, R$ 1.126,51, e na periferia da RMSP, R$ 1.477,88. Acredita-se que esse
salrio mdio maior nas periferias de SP e BH derive da menor densidade industrial no Arco
Metropolitano - compensada em alguma medida pelos salrios pagos em grandes indstrias
como, por exemplo, a REDUC em Duque de Caxias pelo fato de outras atividades como as
vinculadas ao comrcio necessitarem menos de uma mo-de-obra especializada e pagarem,
hegemonicamente, um salrio mdio menor.
Um dado interessante, que a cidade de Niteri, tradicionalmente apontada como tendo forte
participao da classe mdia, possui um salrio mdio do setor privado em dezembro de 2007
de R$ 1.089,00, inferior ao existente em Duque de Caxias, de R$ 1.246,88.
Acredita-se que isso derive do fato de que provavelmente os assalariados de renda mais alta
em Niteri venham a trabalhar em boa medida na cidade do Rio de Janeiro. Por outro lado, uma
boa parcela dos trabalhadores de maior salrio no setor privado no municpio de Duque de
Caxias no reside no prprio municpio. Em Duque de Caxias costuma se apontar, inclusive,
que a Ilha do Governador seria o quinto distrito do municpio, servindo como local de
residncia para quem trabalha em Duque de Caxias e possui uma renda maior.
Dessa forma, acredita-se que uma prioridade em uma poltica para a rea de influncia do Arco
Metropolitano seria procurar estimular a residncia dos trabalhadores com salrios mais altos
nos prprios municpios em que trabalhem ou venham a trabalhar, principalmente em um
momento em que melhorar a logstica de acesso regio e ocorrero diversos investimentos
dos empreendimentos estruturantes. Isto permitir uma maior apropriao de renda e de
emprego na prpria localidade do investimento; uma menor necessidade de deslocamento dos
trabalhadores; uma maior qualidade de vida e uma maior densidade e interao social em cada
municpio, gerando assim a possibilidade de ampliao do capital social em cada cidade.
252
Nesse aspecto, interessante a definio de uma agenda de investimentos na rea de infra-
estrutura, polticas sociais e tambm em polticas voltadas para a rea de entretenimento e de
valorizao do acervo histrico e cultural que venham a estimular a ampliao da fixao de
trabalhadores de classe mdia nesses municpios.
Com relao ao assunto, o Caderno Baixada do Jornal Extra do dia 29 de agosto de 2009 traz
matria intitulada Bens tombados da Baixada poderiam ser belos pontos tursticos, mas
encontram-se em situao de abandono. Um dos pontos citados a rea em torno do antigo
Porto Iguau, localizado no municpio de Nova Iguau, por onde se escoava na primeira
metade do Sculo XIX (...) cerca de 70% do caf trazido do interior para o Rio.
De acordo com a matria, no entorno do antigo porto localizava-se a Vila Iguau, principal
povoado da regio, cuja sede possua, alm da Igreja de Nossa Senhora de Iguau, de 1760,
um quartel, uma cadeia e a Cmara Municipal. Ainda de acordo com a matria, o conjunto da
Vila Iguau um de dezenas de bens tombados na Baixada em estado de abandono.
Polticas nessas reas, como tambm na rea ambiental em regies como a Reserva do
Tingu, podem, alm de trazer benefcios tursticos, ajudar a criar uma imagem positiva dos
municpios e da regio, estimulando a localizao de pessoas com renda mais alta e melhorar a
auto-estima dos moradores. De acordo com economistas, como Albert Hirschman58, a questo
da auto-estima uma varivel fundamental em uma estratgia de desenvolvimento.
3.3.2. Indicadores Sociais nos Municpios da rea de Influncia do Arco

Metropolitano
A periferia da cidade do Rio de Janeiro apresenta um pesado crescimento populacional entre
1940 e 2000, de acordo com dados do IBGE. Nesse perodo, a regio de influncia do Arco
Metropolitano apresenta um crescimento populacional de 956,13%.
Da mesma forma, entre 1940 e 2000, as periferias da RMSP e RMBH apresentam tambm um
pesado crescimento populacional percentual, de respectivamente 2.978,97% e 1.058,05%, o
58
HIRSCHMAN, Albert O. Estratgia do desenvolvimento econmico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1958.
253
que gera nas periferias das RMs uma importante necessidade de investimentos sociais e em
infra-estrutura.
No entanto, deve-se lembrar que o dinamismo econmico na RMRJ, principalmente a partir dos
anos 1970, qualitativamente pior do que o existente nas outras duas RMs, gerando assim
endogenamente menos recursos fiscais. Alm disso, deve-se lembrar que, entre 1960 e 1974,
enquanto as periferias das RMs de SP e BH beneficiavam-se de estarem sob a mesma unidade
federativa e de receberem de forma obrigatria e voluntria recursos do imposto estadual -
arrecadado principalmente no ncleo dinmico, ou seja, a capital dessas regies - a periferia da
cidade do Rio de Janeiro, por estar em outra unidade federativa, no recebia tal benefcio,
limitando a capacidade de investimentos59.
Isso gera uma situao particularmente grave na periferia da RMRJ, seja do ponto de vista do
investimento em infra-estrutura para atrair atividades produtivas, seja do ponto de vista de
recursos para atrair investimentos em sade, educao e infra-estrutura social, como veremos a
seguir.
Inicialmente, analisado a situao do ponto de vista do nvel educacional no Arco Metropolitano

vis-a-vis a situao existente nas periferias das RMs de SP e BH, visando verificar a situao
social nesse aspecto e fazer uma primeira avaliao da competitividade da rea do Arco
Metropolitano do ponto de vista educacional.
De acordo com dados da RAIS/MTE para 2007, encontra-se a seguinte situao do ponto de
vista do percentual de trabalhadores em todos os setores excluindo o item administrao
pblica, que ser analisado posteriormente em separado com o fundamental completo, mdio
completo e superior completo no Arco Metropolitano, periferia da RMSP e periferia da RMBH.
59
Deve-se lembrar que o antigo ERJ, tambm denominado velha provncia, passa desde o fim do ciclo cafeeiro a ter um
crescimento bastante dependente da cidade do Rio de Janeiro e uma capacidade prpria de gerao de recursos tributrios
estaduais para investimentos em infra-estrutura bastante limitada. Sobre o assunto, ver SILVA, Mauro Osorio. Rio Nacional,
Rio Local: mitos e vises da crise carioca e fluminense. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, 2005. Sobre o assunto ver tambm a
anlise de Joo Paulo de Almeida Magalhes, no documento intitulado: Federao das Indstrias do Estado da Guanabara;
Centro Industrial do Rio de janeiro. A fuso dos estados da Guanabara e da Rio de Janeiro [S.1], 1969.2 v. Neste documento
Joo Paulo de Almeida Magalhes aponta que a existncia de uma nica unidade federativa na regio do Estado de So Paulo
permitiu que recursos tributrios estaduais gerados no ncleo central dessa regio, cidade de So Paulo fossem destinados
de forma organizada para investimentos em infra-estrutura que facilitaram o florescimento da rea industrial do ABC Paulista.
254
Com o fundamental completo verificado um percentual para os municpios do Arco
Metropolitano de 21,21%, contra um percentual na periferia da RMSP de 14,99% e na periferia
da RMBH de 21,00%. No que diz respeito ao percentual com nvel mdio completo, encontra-se
no Arco um total de 36,20%, contra um percentual de 43,68% na periferia da RMSP e de
37,42% na periferia da RMBH. Com o superior completo detecta-se 8,84% no Arco
Metropolitano, 10,40% na periferia da RMSP e 6,59% na periferia da RMBH.
Ou seja, por anos de estudo, o Arco Metropolitano apresentaria uma situao pior do que a
periferia da RMSP e semelhante situao da periferia da RMBH.
No que diz respeito ao nvel de escolaridade especificamente no setor industrial, observado

que o padro existente no Arco Metropolitano inferior ao existente nas periferias da RMSP e
da RMBH. Com o fundamental completo encontra-se no Arco Metropolitano um percentual de
trabalhadores de 24,42%, contra um percentual nas periferias da RMSP e RMBH de,
respectivamente, 15,50% e 21,54%. Com o nvel mdio completo, por sua vez, encontra-se um
percentual no Arco de 33,02%, contra 44,71% na periferia da RMSP e 39,89% na periferia da
RMBH. Com nvel superior completo, encontra-se um percentual no Arco de 6,08%, contra
percentuais nas periferias da RMSP e RMBH de, respectivamente, 9,61% e 6,26% .
Alm disso, ao analisar os resultados do Ministrio da Educao atravs das mdias do ndice
de Desenvolvimento da Educao Bsica de 2007, na rede pblica do ensino fundamental de 1
a 4 srie e de 5 a 8 srie, observado uma situao fortemente pior, do ponto de vista da
qualidade do ensino, nos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano vis-a-vis a
situao existente nas periferias das RMs de SP e BH.
Atravs da organizao de um ranking dos resultados para essas trs regies, em 2007,
observa-se que, no que diz respeito aos resultados do IDEB para alunos da 1 a 4 srie, os
municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano encontram-se posicionados de forma
fortemente pior, apresentado os 16 piores resultados entre os 59 municpios aqui analisados.
Da mesma forma, para os resultados para alunos da 5 a 8 srie da rede pblica do ensino
fundamental tambm observado um pssimo resultado relativo para os municpios do Arco
255
Metropolitano. Entre os municpios analisados nas trs regies citados, encontra-se entre os 20
piores resultados 17 municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano.
Ou seja, os resultados aqui apresentados na rea educacional mostram no s um nvel mdio

de qualificao dos trabalhadores pior no Arco Metropolitano vis-a-vis as duas outras regies
analisadas, para o total das atividades produtivas e para especificamente o setor industrial, mas
principalmente apontam um padro educacional pior para a oferta futura de mo de obra na
regio.
Isso aponta a necessidade de uma articulao com o poder pblico e entidades empresariais,
no s para a melhoria do ensino tradicional como tambm para ampliao dos anos de estudo
dos trabalhadores e, tambm, uma poltica de formao tcnica. Com relao ao segundo
ponto, ocorrer um detalhamento em relatrios posteriores.
Ainda no que diz respeito ao nvel educacional, deve-se lembrar, no entanto, que existe um
percentual significativamente maior de cidados que residem nos municpios da rea de
influncia do Arco Metropolitano, mas que trabalham em outras regies, vis-a-vis a situao
encontrada nas periferias das RMs de SP e BH.
Alm disso, ao analisar o padro educacional do total da populao dos municpios da rea de
influncia do Arco Metropolitano e das periferias das RMs de SP e BH ou seja, levando em
considerao os que l residem e no os que l trabalham , encontra-se uma situao
equivalente no Arco metropolitano vis-a-vis as periferias das RMs de SP e BH.
De acordo com dados do IBGE para o censo do ano 2000 dados mais recentes disponveis
, verificado que apresentam fundamental completo 12,41% da populao do Arco, vis-a-vis
11,58% na periferia da RMSP e 10,82% na periferia da RMBH. Com nvel mdio completo
encontra-se no Arco 15,04%, contra nas periferias das RMs de SP e BH, respectivamente,
15,66% e 13,05%. No que tange a parcela da populao com 12 anos ou mais de estudo
observa-se um percentual de 6,26% no Arco e, nas periferias das RMs de SP e BH, um
percentual de, respectivamente, 7,36% e 3,37%.
256
Ou seja, do ponto de vista do padro educacional da populao nessas trs regies encontra-se
um nvel de qualificao no Arco Metropolitano prximo ao existente na periferia da RMSP e
superior ao existente na periferia da RMBH, ao menos at o ano 2000.
Dessa forma, com a melhoria de logstica futura, os investimentos estruturantes previstos e uma
poltica de fomento a encadeamentos, poder ocorrer, simultaneamente a uma ampliao da
oferta de empregos, uma ampliao do padro educacional daqueles que trabalham na rea de
influncia do Arco Metropolitano, com um maior aproveitamento da populao l residente,
inclusive da parcela com maior nvel educacional, pelo adensamento e sofisticao da atividade
econmica.
Na rea de sade, da mesma forma, no identificada uma boa situao nos municpios
localizados na rea de influncia do Arco Metropolitano. Recentemente, a Firjan divulgou os
dados do ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal IFDM, que contempla todo o pas para o
ano de 2006.
O ndice Firjan trabalha com as variveis emprego e renda, educao, sade e um ndice
incorporando essas trs variveis. De acordo com os dados divulgados, para o total do ERJ
encontra-se, no que se refere ao IFDM geral, que incorpora todas as variveis citadas, uma
melhoria, entre 2005 e 2006, maior do que no estado de So Paulo. De 2005 para 2006 ocorreu
uma melhoria do ndice para a totalidade dos municpios fluminenses de 3,1%, contra uma
melhoria para o total dos municpios do Estado de So Paulo de 1,6%. Essa melhoria reflete a
redinamizao econmica que o ERJ comea a apresentar a partir da segunda metade dessa
dcada. No entanto, o IFDM aponta que a melhoria deve-se centralmente varivel emprego e
renda, no tendo ocorrido ainda uma melhoria significativa nas variveis educao e sade.
O IFDM Sade busca avaliar a qualidade do sistema de sade municipal referente ateno
bsica. As variveis acompanhadas por esse indicador so: quantidade de consultas pr-natal;
taxa de bitos mal definidos; e taxa de bitos infantis por causas evitveis.
Quando analisado o IFDM Sade para os municpios da rea de influncia do Arco

Metropolitano, observa-se que, alm do ERJ no ter apresentado uma boa evoluo entre 2005
e 2006, encontram-se essas localidades, na grande maioria dos municpios, em uma situao
257
bastante ruim, no quadro dos 92 municpios fluminenses. Em um ranking do IFDM Sade no
ERJ, encontra-se no Arco Metropolitano razoavelmente bem posicionados, entre os 92
municpios fluminenses, apenas Niteri, 10 posio; Paracambi, 27; e So Gonalo, 29.
Todos os demais 17 municpios do Arco Metropolitano encontram-se entre a 58 e a 92
posio, sendo Tangu o 90; Queimados o 91; e Belford Roxo o 92 colocado.
Alm disso, ao realizar um ranking comparativo para o IFDM sade, levando em conta os
municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano e os municpios com 50 mil habitantes
ou mais das periferias das RMs de SP e BH, verifica-se que os municpios do Arco
Metropolitano encontram-se mal posicionados. Em uma boa posio relativa no que diz respeito
s trs regies analisadas, identifica-se apenas Niteri, na 7 posio em 2006; Paracambi, na
15; e So Gonalo na 20. Nas 10 piores posies, encontra-se 8 municpios da rea de
influncia do Arco, que so, pela ordem decrescente: Guapimirim, Itabora, Japeri, Nova Iguau,
So Joo de Meriti, Tangu, Queimados e Belford Roxo.
No que se refere aos indicadores de infra-estrutura dos domiclios urbanos, aproveita-se aqui os
dados organizados na tese de doutorado da economista Sol Garson60, fazendo um comparativo
da situao nas periferias da RMRJ, RMSP e RMBH. Nesse caso, os dados existentes so para
o ano 2000 e cobrem apenas os municpios do Arco que esto na periferia da RMRJ, ficando
dessa forma, fora dessas tabelas, os municpios de Cachoeiras de Macacu, Itagua,
Mangaratiba e Maric, por estarem localizados fora da classificao atual da RMRJ61.
Com base no anexo estatstico dessa tese de doutorado so analisadas as informaes

referentes participao total dos domiclios atendidos nos seguintes itens: existncia de
calamento; existncia de esgotamento sanitrio; iluminao pblica; e coleta de lixo.
Ao analisar as tabelas 118, 119, 120, 121 e 122, verifica-se, em sua maioria, um mau
posicionamento dos municpios da periferia da RMRJ vis-a-vis as outras duas regies
60
As tabelas com dados relativos a situao das periferias das RMS RJ, SP e BH foram organizadas com base no anexo
estatstico existente na tese de Sol Garson Braule Pinto intitulada Regies Metropolitanas: Obstculos institucionais a
cooperao em polticas urbanas, defendida no Instituto de Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional da UFRJ no ano de
2007.
61
Nas tabelas de infra-estrutura foi realizada uma comparao entre todos os municpios da periferia da RMRJ com os
municpios das periferias das RMs de SP e BH com 50 mil ou mais habitantes, tendo em vista a metodologia adotada.
258
analisadas. No caso de calamento/pavimentao, encontram-se particularmente mal
posicionados os municpios de Seropdica, Queimados, Itabora, Japeri e Tangu, ocupando
cinco das seis ltimas posies nesse ranking, com respectivamente 65,9%; 67,1%; 70,7%; e
82% de seus domiclios no atendidos.
No que diz respeito aos servios de gua aos domiclios, encontram-se nas quatro ltimas
posies no ranking os municpios de Mag, Guapimirim, Tangu e Itabora, com
respectivamente 53,3%, 54,5%, 75,2% e 75,8% de domiclios no atendidos.
De acordo com os dados existentes na tese de Sol Garson, o municpio de Itabora tambm
um dos piores posicionados entre todas as 30 regies metropolitanas brasileiras. Isso
particularmente preocupante pelo forte impacto que o municpio receber com a instalao do
Comperj.
No que diz respeito aos servios de esgoto, identifica-se uma situao um pouco melhor da
periferia da RMRJ vis-a-vis os municpios com 50 mil ou mais habitantes das periferias das RMs
de SP e BH. Nesse item, encontram-se particularmente mal posicionados os municpios de
Itabora, Guapimirim, Tangu, Mag, Japeri e Seropdica, com respectivamente 30,1%; 32,3;
33,4; 38,1%; 39,9%; e 41% dos domiclios no atendidos.
No que tange aos servios de iluminao pblica, encontra-se particularmente mal posicionados
no ranking os municpios de Mag, Guapimirim, Japeri, Tangu e Itabora, com respectivamente
18,7%; 20,6%; 26,0%; 32,8% e 37,1% dos domiclios no atendidos .
No que se refere aos servios de coleta de lixo aos domiclios urbanos no ano de 2000,
identifica-se uma situao particularmente ruim na periferia da RMRJ, com os municpios dessa
regio ocupando 10 das 15 piores posies no ranking. Encontram-se, em ordem decrescente,
entre esses 10 municpios, Belford Roxo, Nova Iguau, Mesquita, Queimados, Mag,
Seropdica, Guapimirim, Tangu, Itabora e Japeri. As duas situaes mais graves so de
Itabora e Japeri, com respectivamente 39,9% e 42,4% dos seus domiclios no atendidos.
No que diz respeito ainda sade, uma boa notcia refere-se ao municpio de Itabora, que de
acordo com o jornal O Globo de tera-feira 1 de setembro de 2009, pgina 18, virou modelo de
combate tuberculose conseguindo superar metas da OMS, enquanto Estado do Rio tem
259
maior taxa de incidncia da doena no pas. De acordo com a matria, um dos municpios
mais pobres do Estado est na 66 posio entre os 92 do Rio, segundo o ndice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Itabora acaba de conquistar um lugar de destaque em outro
mapa social: tornou-se referncia nacional no tratamento de tuberculose pulmonar, segundo a
Organizao Mundial de Sade e a Organizao Pan-Americana de Sade (OPAS). O
programa de combate doena implantado no municpio reduziu o ndice de abandono do
tratamento de 30% para 4% e aumentou o de cura de 60% para 88%, nos ltimos cinco anos.
Especialistas atribuem o bom resultado cobertura do Programa de Sade da Famlia no
municpio. Enquanto no [municpio do] Rio o projeto s atinge 3,5% da populao, em Itabora a
cobertura de quase 70%.
Esse dado particularmente alvissareiro tendo em vista os indicadores existentes para Itabora,
j analisados. Mostra, inclusive, como possvel realizar, principalmente em um momento em
que a receita corrente lquida dos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano
apresenta crescimento real nesta dcada como informado mais adiantes neste trabalho; em
que ocorre incremento nos investimentos privados; e em que comea a se trabalhar no Estado
do Rio de Janeiro com planejamento, como o caso do Plano Diretor do Arco Metropolitano e o
Plano Estratgico do Governo do Rio de Janeiro 2007-2010.
No trabalho do Arco Metropolitano proposto tambm medidas no que diz respeito articulao
institucional. Atualmente, alm dos pssimos indicadores hegemnicos na rea de sade, existe
uma particular fragilidade no Estado do Rio de Janeiro e sua Regio Metropolitana no que
respeito organizao de consrcios intermunicipais na rea de sade. Uma hiptese
importante para ser analisada avaliar a possibilidade de comear a construir uma
institucionalidade para a RMRJ e a rea de influncia do Arco Metropolitano com consrcios
setoriais, particularmente no que diz respeito rea de sade.
Uma sugesto inicial tambm procurar fortalecer a unidade de gerenciamento criada pelo
governo do estado para acompanhar a elaborao do Plano Diretor do Arco Metropolitano,
criando assim um primeiro embrio de discusso e articulao no que diz respeito a elaborao
e execuo de polticas para a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e os municpios
includos na rea de influncia direta do Arco Metropolitano.
260
3.3.3. Dados Fiscais dos Municpios na rea de Influncia do Arco Metropolitano
Do ponto de vista da possibilidade de gasto em cada municpio, verificada atravs da receita

corrente lquida per capita, em 2007, dos municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano, que para o total dos municpios dessa regio encontra-se uma capacidade de
gasto menor do que a existente nas periferias das RMs de SP e BH. Enquanto no Arco temos
uma receita mdia de R$868,12, nas periferias das RMs de SP e BH verifica-se
respectivamente uma receita corrente lquida per capita de R$1.448,53 e R$1.092,14. Ou seja,
a disponibilidade por habitante nas periferias das RMs de SP e BH so superiores relativamente
aos municpios da rea de influncia do Arco em, respectivamente, 66,86% e 25,81%.
Com receita corrente lquida per capita superior a do total do Arco Metropolitano e das periferias
das RMs de SP e BH, encontram-se apenas os municpios de Mangaratiba, R$5.006,25;
Itagua, R$2.356,67; Niteri, R$1.877,31; e Paracambi, R$1.660,29.
Com uma disponibilidade de gasto superior mdia do Arco Metropolitano R$868,12

encontram-se os municpios de Guapimirim, R$1.342,98; Cachoeiras de Macacu, R$1.328,55;
Tangu, R$1.303,74; Duque de Caxias, R$1.110,69; Maric, R$1.031,97; Seropdica,
R$992,63; Japeri, R$930,67; e Itabora, R$900,22.
Por ltimo com uma disponibilidade de gasto por habitante inferior mdia do Arco
metropolitano, encontram-se Mag, R$762,19; Nilpolis, R$756,42; Nova Iguau, R$683,90;
Queimados, R$635,22; Belford Roxo R$579,11; So Joo de Meriti, R$540,87; Mesquita,
R$526,62; e So Gonalo, apenas R$349,63.
Um dado positivo que a variao percentual real da receita corrente lquida entre 2000 e 2007,
dos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano, obteve um crescimento de 64,04%,
contra uma variao positiva para as periferias das RMs de SP e BH respectivamente de
49,39% e 55,55% .
Com um crescimento inclusive superior ao da mdia do Arco, localizam-se os municpios de

Mangaratiba, 211,42%; Paracambi, 176,29%; Itagua, 139,91%; Japeri, 100,87%; Guapimirim,
100,51%; Cachoeiras de Macacu, 100,20%; Mag, 93,12%; Nilpolis, 89,99%; Maric, 89,68%;
Duque de Caxias, 71,04%; e Itabora, 68,88%.
261
Na evoluo da receita corrente lquida, entre 2000 e 2007, encontra-se como destaque
negativo, a inspirar cuidados, o municpio de So Gonalo, que, alm de apresentar a menor
receita corrente lquida per capita da rea de influncia do Arco Metropolitano, apresenta uma
queda de 3,74%.
Esta ampliao da receita de forma significativa da grande maioria dos municpios da rea de
influncia do Arco Metropolitano - ao lado do esforo de planejamento iniciado no atual governo,
das perspectivas de crescimento econmico e de receita pblica com base na melhoria logstica
e de estratgias de fomento melhoria da gesto pblica e ao desenvolvimento econmico-
social que podem ser implementadas, pode possibilitar o incio de uma inverso da situao e
trajetria da periferia da cidade do Rio de Janeiro.
Na mesma direo, quando elaborado um ranking da receita corrente lquida per capita em
2007 para os municpios da rea de influncia do Arco e das periferias das RMs de SP e BH
com populao igual ou superior a 50 mil habitantes, encontra-se como lder o municpio de
Mangaratiba, com uma receita corrente lquida per capita de R$5.006,25, superior inclusive
existente em So Caetano do Sul, de R$4.572,3562.
Alm disso, encontram-se bem posicionados no ranking da receita corrente lquida per capita,
em 2007, para as trs regies em exame, os municpios de Itagua, na 7 posio, Niteri, na 9
posio, e Paracambi, na 12 posio. Mesmo municpios, como Guapimirim, Cachoeiras de
Macacu, Tangu, Duque de Caxias, Seropdica, Japeri e Itabora encontram-se posicionados
nesta tabela em situao melhor do que a encontrada no ranking da maioria dos indicadores
sociais.
Ainda com uma posio bastante ruim no ranking da receita corrente lquida per capita em 2007
para os municpios do Arco Metropolitano e periferias das RMs de SP e BH com 50 mil
habitantes mais, encontram-se, em ordem decrescente de receita pblica per capita, os
municpios de Mag, Nilpolis, Nova Iguau, Queimados, Belford Roxo, So Joo de Meriti,
Mesquita e So Gonalo.
62
. importante apontar que, de acordo com o recm divulgado ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal IFDM, para o
ano de 2006, que contempla as variveis emprego e renda, educao e sade, o municpio de So Caetano do Sul apresentou o
melhor resultado entre todos os municpios brasileiros
262
Dessa forma, acredita-se que numa articulao e organizao de uma governana para os
municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano seria importante pensar uma poltica
especfica para aqueles que j tiveram alguma melhoria na disponibilidade de renda pblica
municipal e uma outra levando em considerao a situao daqueles municpios que ainda
apresentam um dado ainda claramente ruim de receita corrente lquida per capita.
Quando so analisados os dados relativos ao ISS per capita de 2007, vemos que como
reflexo da baixa densidade de atividade econmica na rea de influncia do Arco Metropolitano
vis-a-vis a situao existente nas periferias das RMs de SP e BH, como j analisado
apresentam um valor superior ao existente para o total da periferia da RMSP, R$163,36, apenas
os municpios de Itagua, R$561,11; Mangaratiba, R$524,42; e Niteri, R$208,57.
Mesmo ao comparar os dados da receita per capita de ISS, em 2007, dos municpios do Arco
com o existente no total da periferia da RMBH, R$69,78, verifica-se adicionalmente apenas o
municpio de Paracambi, R$84,51.
Os demais municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano apresentam um valor

bastante baixo, sendo que o pior posicionado So Joo de Meriti, com apenas R$19,24.
Da mesma forma, como conseqncia da baixa densidade econmica dos municpios da rea
de influncia do Arco Metropolitano, ao analisar o ICMS per capita em 2007 observa-se que o
valor para o total do Arco de apenas R$194,81, contra um valor para a periferia da RMSP de
R$440,51 e para a periferia da RMBH de R$418,08.
Na mesma direo, no que diz respeito ainda receita de ICMS per capita disponvel em 2007,
em um ranking das trs regies aqui analisadas, encontram-se nas dez piores posies, em
ordem decrescente, sete municpios do Arco, que so: Itabora, Nilpolis, Nova Iguau,
Mesquita, So Gonalo, Mag e So Joo de Meriti.
No que tange variao percentual da transferncia de ICMS entre 2000 e 2007, para as trs
regies aqui analisadas, verifica-se novamente uma boa variao para o total do Arco
Metropolitano, de 55,75%, contra variaes na periferia das RMs de SP e BH de,
respectivamente, 28,35% e 66,80%. Os destaques aqui so os municpios de Mangaratiba, com
um crescimento de 499,22%, e Itagua, com um crescimento de 198,96%.
263
No que se refere a Itagua, acredita-se que j seja resultado do crescimento econmico com
base na ampliao do Porto, o que dever se ampliar fortemente nos prximos anos, tendo em
vista os importantes novos investimentos previstos. Isso, se, por um lado, pode gerar otimismo,
por outro aumenta a responsabilidade no desenho e execuo de estratgias, visando evitar
uma expanso desordenada, como j ocorrida em outros locais.
Deve-se lembrar que, se os empreendimentos estruturantes per si no geraro desenvolvimento

econmico-social, a sua simples instalao ou ampliao, no entanto, dever gerar no municpio
em que estiver localizado cada empreendimento uma ampliao do valor adicionado e um
aumento da transferncia de ICMS.
Por ltimo, ainda na questo tributria, importante ressaltar que, ao analisar o IPTU per capita
em 2007, encontra-se para o total do Arco Metropolitano um valor de R$54,72, contra um valor
nas periferias da RMSP e RMBH de, respectivamente, R$133,18 e R$33,22.
curioso que, neste caso, o IPTU per capita do Arco inclusive significativamente superior ao
da periferia da RMBH. No entanto, diversos municpios, apresentam ainda valores
extremamente baixo, como Japeri que apresenta uma receita de IPTU per capita em 2007 de
R$3,77.
Da mesma forma, ao realizar um ranking do IPTU per capita para 2007 levando em conta os
municpios do Arco Metropolitano e da periferia das RMs de SP e BH com 50 mil ou mais
habitantes, encontram-se entre os dez ltimos colocados sete municpios do Arco que, em
ordem decrescente, so: Cachoeiras de Macacu, Mesquita, Paracambi, Seropdica,
Queimados, Belford Roxo e Japeri.
No caso da variao do IPTU, no encontrado uma evoluo da receita to favorvel no Arco

metropolitano, entre 2000 e 2007 vis-a-vis as outras duas regies analisadas neste trabalho.
Nesse perodo, a variao real no total do Arco Metropolitano foi de 18,24%, contra uma
variao nas periferias das RMs de SP e BH, respectivamente, de 54,14% e 14,94%.
Dessa forma, pode ser interessante avaliar a situao da administrao tributria municipal no
que diz respeito ao ISS e ao IPTU, visando propor parcerias e modernizao da mesma.
264
importante ressaltar que, apesar da melhora da relao entre as esferas pblicas no atual
governo do estado, continua-se a apresentar uma baixa participao no cenrio federativo do
uso dos recursos do BNDES relativos ao PMAT, que visa apoiar a melhoria da gesto pblica e
tributria municipal.
Deve-se lembrar que o aprimoramento de uma poltica nesse sentido, em bases organizadas,
pode se beneficiar no s do bom relacionamento atual do governo estadual com o federal,
mas, tambm, do fato de a InvesteRio ter passado recentemente a ser agente do BNDES nesse
aspecto e esse banco funcionar na cidade do Rio de Janeiro.
265
Quadro 3. 65 - Participao das Unidades Federativas no Produto Interno Bruto Nacional a Custo
de Fatores e Variao Percentual da participao entre 1970 e 2006.
Part.% Part.% Var.%

Unidades Federativas 1970 2006 70-06
Acre 0,13 0,22 65,89
Alagoas 0,68 0,69 2,03
Amap 0,11 0,24 118,84
Amazonas 0,69 1,62 134,95
Bahia 3,80 4,06 6,75
Cear 1,44 2,00 38,56
Distrito Federal 1,26 3,94 212,32
Esprito Santo 1,18 2,10 77,63
Gois 1,52 2,47 62,78
Maranho 0,82 1,26 54,07
Mato Grosso 1,09 1,52 39,74
Mato Grosso do Sul - 1,02 -
Minas Gerais 8,28 9,22 11,38
Par 1,10 1,96 77,98
Paraba 0,71 0,88 23,75
Paran 5,43 5,88 8,24
Pernambuco 2,91 2,34 -19,50
Piau 0,37 0,56 51,25
Rio de Janeiro 16,67 11,49 -31,07
Rio Grande do Norte 0,54 0,89 64,20
Rio Grande do Sul 8,60 6,67 -22,47
Rondnia 0,10 0,57 467,64
Roraima 0,03 0,17 454,04
Santa Catarina 2,68 4,01 49,59
So Paulo 39,43 33,15 -15,93
Sergipe 0,43 0,66 54,21
Tocantins - 0,43 -
Brasil 100,00 100,00 -
Fonte: IBGE, Contas Regionais do Brasil, e IPEAData.
266
Quadro 3. 66 - Participao das Principais Regies Metropolitanas no Produto Interno Bruto das
Regies Metropolitanas a Custo de Fatores e Variao Percentual da participao entre 1970 e
2006.
Principais Regies Part.% Part.% Var.%

Metropolitanas 1970 2006 70-06
BELEM 1,19 1,65 39,12
FORTALEZA 1,58 3,11 97,22
RECIFE 3,28 3,71 13,10
SALVADOR 3,25 4,83 48,57
BELO HORIZONTE 5,15 7,66 48,77
RIO DE JANEIRO 27,17 18,83 -30,72
SAO PAULO 49,06 46,88 -4,43
CURITIBA 2,70 5,81 115,39
PORTO ALEGRE 6,63 7,52 13,49
Total das Principais
Regies Metropolitanas 100,00 100,00 --
Fonte: IBGE, Contas Regionais do Brasil, e IPEAData.
267
Quadro 3. 67 - Variao percentual do total de empregos formais segundo Setores do IBGE por
Grandes Regies e Unidades Federativas entre 1985 e 2007.
Agropecu- Serv. Ind. Constru- Admin.

Unidade Territorial Indstria Comrcio Servios Total
ria Util. Pb. o Civil Pblica
Regio Norte
787,06 108,90 59,91 130,98 331,09 153,87 202,84 184,40
Rondnia 3.161,15 229,07 25,32 25,74 478,68 197,00 140,98 200,35
Acre 1.829,41 230,51 8,97 305,40 534,33 162,31 108,33 166,28
Amazonas 199,89 81,54 30,46 152,15 200,43 174,80 175,59 143,00
Roraima 1.860,00 487,85 146,12 1.481,12 475,08 281,79 89,84 210,54
Para 518,52 94,51 36,82 68,64 250,70 86,93 165,96 137,29
Amap 9.533,33 15,63 80,59 263,99 759,73 624,48 260,40 302,53
Tocantins - - - - - - - -
Regio Nordeste 341,99 72,08 10,60 67,17 188,47 114,41 102,28 109,54
Maranho 723,17 89,00 32,31 21,71 317,83 140,12 150,73 147,55
Piau 511,35 136,07 -5,22 27,60 254,06 141,86 110,42 128,35
Ceara 186,69 141,13 -4,10 113,08 163,99 147,22 84,63 120,66
Rio Grande do Norte 495,00 103,14 60,56 188,68 344,24 181,74 108,66 149,60
Paraba 941,86 107,12 70,12 63,93 234,76 112,58 77,78 104,10
Pernambuco 209,01 6,41 1,91 42,55 151,71 92,51 87,77 74,20
Alagoas 72,58 121,32 47,26 42,40 183,14 41,16 104,13 92,53
Sergipe 551,23 67,91 38,27 89,71 182,88 209,64 90,34 128,83
Bahia 572,12 74,60 -14,18 76,81 165,04 101,56 120,52 114,47
Regio Sudeste 248,46 8,76 28,02 83,35 144,20 86,49 74,54 68,64
Minas Gerais 403,71 77,75 36,72 95,51 202,76 95,55 140,14 119,83
Esprito Santo 506,19 67,60 73,84 167,39 264,22 147,93 96,61 137,32
Rio de Janeiro 161,64 -23,46 -1,06 50,35 81,70 52,31 40,15 37,10
So Paulo 186,51 2,10 43,46 85,69 149,38 98,04 68,15 64,00
Regio Sul 248,20 73,96 29,66 108,28 137,51 101,88 42,11 88,22
Paran 250,46 145,41 46,82 25,56 162,48 100,86 85,84 116,06
Santa Catarina 232,98 91,38 35,54 398,54 248,09 153,47 72,96 128,37
Rio Grande do Sul 254,67 29,80 13,02 151,53 79,50 82,12 0,56 50,65
Regio Centro-Oeste 849,31 288,03 6,97 127,23 252,17 132,39 100,99 157,13
Mato Grosso do Sul 804,26 267,66 -10,95 150,60 192,97 120,86 120,14 169,86
Mato Grosso 900,33 437,35 7,00 193,73 440,56 165,14 289,25 303,67
Gois 1.051,61 287,07 10,70 59,12 227,35 143,53 111,53 166,41
Distrito Federal 202,11 130,03 10,85 220,96 227,39 118,91 61,39 100,51
BRASIL 314,36 35,33 24,50 88,38 160,79 97,35 86,45 83,52
Fonte: RAIS/MTE.
Obs: O setor Indstria o somatrio dos setores de Extrativa Mineral e Indstria de Transformao
268
Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, principais Regies Metropolitanas, Estado do RJ, Interior
Fluminense, Sudeste e Brasil entre 1985 e 2007.
Serv.
Agropecu- Ind. Util. Constru- Admin.
Unidade Territorial ria Indstria Pub. o Civil Comrcio Servios Pblica Total
RMRJ -13,37 -35,33 -11,38 26,93 62,63 38,96 20,24 22,77

RMSP 117,62 -26,16 18,15 52,43 127,05 99,50 48,98 44,57
RMBH 226,99 45,21 29,92 39,54 159,68 107,13 89,38 88,69
Principais Regies
Metropolitanas 88,45 -11,87 6,99 46,23 110,06 84,69 36,77 47,97
Estado do RJ 161,64 -23,46 -1,06 50,35 81,70 52,31 40,15 37,10
Interior Fluminense 290,10 10,55 98,31 181,48 184,46 159,96 254,95 121,79
Sudeste 248,46 8,76 28,02 83,35 144,20 86,49 74,54 68,64
Brasil 314,36 35,33 24,50 88,38 160,79 97,35 86,45 83,52
Fonte: RAIS/MTE.
Obs 1: Nas Principais Regies Metropolitanas encontram-se as Regies Metropolitanas do RJ, SP, BH,
Belm, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.
Obs 2: Na periferia da RMRJ, RMSP e RMBH encontram-se includos todos os municpios dessas RMs
menos as respectivas capitais.
Obs 3: No interior Fluminense esto includas as Macro-regies Noroeste Fluminense, Norte Fluminense,
Serrana, Mdio Paraba, Baixadas Litorneas, Centro-Sul Fluminense e Costa Verde
269
Grandes Regies e Unidades Federativas entre 1995 e 2007.
Agropecu- Serv. Ind. Constru- Admin.

Unidade Territorial Indstria Comrcio Servios Total
ria Util. Pub. o Civil Pblica
Regio Norte 254,52 110,66 -9,50 192,72 218,85 78,72 113,71 114,76
Rondnia 292,91 154,20 -9,49 125,55 261,98 100,68 59,66 106,24
Acre 61,38 151,92 26,62 401,60 267,31 -28,41 226,32 91,06
Amazonas 273,98 103,11 68,97 126,17 142,46 77,75 116,77 101,76
Roraima 195,34 151,26 255,74 247,79 231,09 237,19 35,88 113,69
Para 228,49 92,73 37,44 177,70 218,39 72,34 87,14 102,17
Amap 93,31 103,51 -85,33 239,20 311,62 268,58 473,30 179,92
Tocantins 596,04 367,04 101,98 575,95 316,77 195,34 252,37 258,88
Regio Nordeste 36,13 70,50 -5,35 83,49 127,42 63,29 72,01 70,41
Maranho 175,59 64,02 -13,90 205,62 204,03 82,53 82,58 94,79
Piau 141,91 43,45 4,68 67,07 173,17 115,50 32,37 62,07
Ceara 141,78 99,75 -32,90 19,44 118,48 40,78 118,02 77,73
Rio Grande do Norte 46,27 106,75 21,87 164,45 185,79 111,24 30,91 74,30
Paraba 26,20 66,63 41,74 61,47 135,52 31,32 53,87 54,16
Pernambuco -8,83 26,45 -10,34 54,25 108,92 43,25 79,17 50,24
Alagoas -32,96 62,19 27,70 94,28 135,65 41,39 39,80 47,66
Sergipe 79,20 91,45 -6,69 149,63 96,93 56,29 104,11 79,60
Bahia 60,51 102,22 -12,87 103,61 113,68 92,37 84,68 87,57
Regio Sudeste 20,94 26,27 -6,24 35,51 88,58 60,30 38,93 47,38
Minas Gerais 31,75 55,90 -3,37 49,49 109,95 69,65 69,55 65,67
Esprito Santo 76,20 78,35 31,36 77,46 130,76 65,08 71,09 78,71
Rio de Janeiro -8,86 4,34 -10,26 37,95 60,24 41,90 46,42 36,37
So Paulo 14,37 21,78 -7,36 25,30 90,27 65,60 20,87 43,73
Regio Sul 15,69 62,61 7,16 36,81 100,98 74,91 19,82 58,58
Paran 18,66 93,60 17,06 20,92 111,68 64,97 21,76 62,66
Santa Catarina 47,47 71,67 20,60 84,83 141,80 106,05 63,57 86,83
Rio Grande do Sul 0,32 36,72 -8,07 26,96 71,52 69,74 -0,93 40,29
Regio Centro-
147,16 152,57 3,60 67,13 160,05 83,77 52,02 87,35
Oeste
Mato Grosso do Sul 63,89 185,21 9,01 112,80 128,01 85,09 48,80 84,95
Mato Grosso 306,50 149,62 -20,97 273,26 222,87 96,40 111,81 145,92
Gois 173,58 165,46 -11,76 60,43 156,31 99,41 80,97 107,71
Distrito Federal 28,25 66,10 57,02 18,62 144,24 68,85 25,11 50,15
BRASIL 37,18 45,16 -3,58 50,13 104,79 65,08 50,21 58,31
Fonte: RAIS/MTE.
Obs: O setor Indstria o somatrio dos setores de Extrativa Mineral e Indstria de Transformao.
270
Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, principais Regies Metropolitanas, Estado do RJ, Interior
Fluminense, Sudeste e Brasil entre 1995 e 2007.
Serv.
Agropecu- Ind. Util. Constru- Admin.
Unidade Territorial ria Indstria Pb. o Civil Comrcio Servios Pblica Total
RMRJ -58,35 -9,80 -14,93 21,17 49,37 33,09 37,02 26,99
RMSP -24,31 -3,23 -11,94 15,01 77,32 65,31 18,56 35,19
RMBH -12,93 29,31 2,22 52,19 84,22 64,55 43,91 51,16
Principais Regies
Metropolitanas -31,09 9,34 -9,26 26,62 72,86 56,24 25,90 37,67
Estado do RJ -8,86 4,34 -10,26 37,95 60,24 41,90 46,42 36,37
Interior
Fluminense 13,04 41,48 17,47 112,12 106,60 98,63 95,43 79,78
Sudeste 20,94 26,27 -6,24 35,51 88,58 60,30 38,93 47,38
Brasil 37,18 45,16 -3,58 50,13 104,79 65,08 50,21 58,31
Fonte: RAIS/MTE.
Obs 1: Nas Principais Regies Metropolitanas encontram-se as Regies Metropolitanas do RJ, SP, BH, Belm,
Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.
Obs 2: Na periferia da RMRJ, RMSP e RMBH encontram-se includos todos os municpios dessas RMs menos
as respectivas capitais.
Serrana, Mdio Paraba, Baixadas Litorneas, Centro-Sul Fluminense e Costa Verde
271
Quadro 3. 71 - Taxa de crescimento da produo fsica da Indstria de Transformao 1995/2008.
Unidade Territorial Var. %

Brasil 36,60
Cear 46,11
Pernambuco 4,74
Bahia 43,06
Minas Gerais 52,26
Esprito Santo 57,73
Rio de Janeiro -2,40
So Paulo 41,31
Paran 42,06
Santa Catarina 26,21
Rio Grande do Sul 19,51
Fonte: IBGE, PIM-PF
272
Quadro 3. 72 - Variao percentual do total de empregos formais segundo Setores do IBGE por Regies
Metropolitanas do RJ, SP e BH, Periferias das Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, principais
Regies Metropolitanas, Estado do RJ, Interior Fluminense, Sudeste e Brasil entre 2000 e 2007.
Serv.
Agrope- Ind. Util. Constru- Admin.
Unidade Territorial curia Indstria Pub. o Civil Comrcio Servios Pblica Total
RMRJ* -10,78 17,81 14,85 48,08 38,16 22,36 37,02 28,33
Periferia RMRJ* -7,23 32,66 50,93 56,21 52,78 30,62 46,52 39,46
RMSP 2,46 22,56 18,78 34,78 54,71 42,92 8,75 33,02
Periferia RMSP -15,72 32,24 58,55 59,04 74,11 28,17 39,84 37,72
RMBH 15,79 42,95 30,77 52,63 54,09 -2,06 193,02 39,73
Periferia RMBH 17,87 56,65 -45,75 66,86 81,14 61,83 72,43 63,31
Principais Regies
Metropolitanas* 1,63 27,69 18,23 34,14 50,96 33,62 21,32 32,21
Estado do RJ* 6,22 31,58 21,74 54,86 41,42 27,00 43,36 34,13
Interior Fluminense* 9,63 63,61 64,04 75,08 52,52 51,81 73,13 57,46
Sudeste* 17,92 39,01 23,74 49,45 54,49 33,22 39,53 38,95
Brasil* 28,89 45,50 25,59 47,83 60,90 38,14 39,03 43,31
Fonte: RAIS/MTE
* Verificamos inconsistncia na base de dados da RAIS para o numero de empregados no Setor

Administrao Publica no ano de 2000 nos municpios de Belford Roxo, Itagua e So Joo de Meriti. Por
esse motivo as variaes da administrao pblica nestes municpios encontram-se excludas nas linhas da
RMRJ, periferia RMRJ, principais Regies Metropolitanas, Estado do RJ, Interior Fluminense, Sudeste e
Brasil.
Obs 1: Nas Principais Regies Metropolitanas encontram-se as Regies Metropolitanas do RJ, SP, BH,
Belm, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.
Obs 2: Na periferia da RMRJ, RMSP e RMBH encontram-se includos todos os municpios dessas RMs
menos as respectivas capitais.
Serrana, Mdio Paraba, Baixadas Litorneas, Centro-Sul Fluminense e Costa Verde.
273
Quadro 3. 73 - Variao percentual dos empregos por setor nos Municpios da rea de influencia do
Arco Metropolitano, Regies Metropolitanas de SP e BH, Periferias de SP e BH, Estado do RJ, Sudeste
e Brasil entre 2000 e 2007.
Agropecu-
SERV IND Constru- ADM TOTAL de
Municpios ria Indstria UP o Civil Comercio Servios PUBL Empregos
rea 1
Itagua -21,53 39,74 -49,02 135,12 48,45 10,27 *** ***
Mangaratiba 60,71 -84,32 -100,00 -30,91 56,08 562,29 92,63 357,07
Seropdica* -66,67 87,88 - -6,21 157,18 243,08 -28,69 53,53
rea 2
30,88
Belford Roxo* -44,00 468,75 124,57 -27,72 27,11 *** ***
Duque de Caxias 97,14 48,02 -71,14 111,42 85,56 57,44 70,50 63,54
Japeri* -57,14 175,97 - -54,84 98,03 76,96 235,90 162,20
Mag 0,00 -6,84 338,33 20,72 62,29 -23,56 31,82 15,34
Mesquita** - - - - - - - -
Nilpolis* - 109,50 -85,71 -11,52 51,78 17,15 6,32 26,83
Nova Iguau 7,81 -2,07 487,07 175,75 40,77 5,95 49,99 27,58
Paracambi -35,09 -86,55 -82,35 62,50 62,41 -22,55 -5,09 -36,94
Queimados 500,00 30,12 333,33 1,54 86,11 35,49 19,08 37,79
So Joo de Meriti* - 45,70 317,50 -5,01 68,20 17,28 *** ***
rea 3
Cachoeiras de Macacu -2,62 27,89 25,14 -18,42 67,86 -20,11 28,70 17,48
Guapimirim 63,89 6,21 -3,57 -97,76 150,38 0,53 563,14 85,59
Itabora 1,84 53,79 714,29 -60,95 43,18 75,44 44,08 43,84
Maric -29,06 160,44 -100,00 -18,70 56,44 25,29 76,22 51,97
Niteri -18,69 110,20 43,29 26,88 37,25 27,66 35,69 34,94
So Gonalo 430,77 10,59 -37,68 8,80 59,68 18,37 38,77 29,13
Tangu 22,37 70,16 -44,83 1236,17 75,80 -19,53 15,75 56,41
Tota Arco
Metropolitano*** -6,74 32,87 48,90 56,83 52,88 36,52 47,53 41,99
Periferia RMSP -15,72 32,24 58,55 59,04 74,11 28,17 39,84 37,72
Periferia RMBH 17,87 56,65 -45,75 66,86 81,14 61,83 72,43 63,31
RMRJ*** -10,78 17,81 14,85 48,08 38,16 22,36 37,02 28,33
RMSP 2,46 22,56 18,78 34,78 54,71 42,92 8,75 33,02
RMBH 15,79 42,95 30,77 52,63 54,09 -2,06 193,02 39,73
Estado do RJ*** 6,22 31,58 21,74 54,86 41,42 27,00 43,36 34,13
Sudeste*** 17,92 39,01 23,74 49,45 54,49 33,22 39,53 38,95
Brasil*** 28,89 45,50 25,59 47,83 60,90 38,14 39,03 43,31
Fonte: MTE/RAIS 2007
274
* O numero de empregos em 2000 era zero por isso no h variao.
** No h dados para o municpio de Mesquita por ele ter sido criado em 25 de setembro de 1999 de acordo
com a lei estadual 3253. O municpio de Mesquita anteriormente era um distrito de Nova Iguau.
*** Verificamos inconsistncia na base de dados da RAIS para o numero de empregados no Setor
Administrao Pblica no ano de 2000 nos municpios de Belford Roxo, Itagua e So Joo de Meriti.
275
Quadro 3. 74 - Ranking do total de empregos gerados pela indstria nos municpios de influncia
do Arco Metropolitano no ano de 2007.
Total de empregos
# Municpios
no setor industrial
1 Duque de Caxias (RMRJ) 25.978
2 So Gonalo (RMRJ) 15.040
3 Niteri (RMRJ) 13.148
4 Nova Iguau (RMRJ) 10.784
5 So Joo de Meriti (RMRJ) 5.423
6 Itabora (RMRJ) 4.363
7 Queimados (RMRJ) 2.804
8 Belford Roxo (RMRJ) 2.526
9 Mag (RMRJ) 2.098
10 Itagua (RJ) 1.941
11 Nilpolis (RMRJ) 1.565
12 Mesquita (RMRJ) 1.213
13 Seropdica (RMRJ) 1.163
14 Cachoeiras de Macacu (RJ) 1.160
15 Maric (RJ) 1.060
16 Guapimirim (RMRJ) 770
17 Tangu (RMRJ) 536
18 Japeri (RMRJ) 356
19 Paracambi (RMRJ) 346
20 Mangaratiba (RJ) 58
Fonte: RAIS/MTE
276
Quadro 3. 75 - Ranking do percentual do nmero de empregos gerados pela indstria em relao
ao emprego total no ano de 2007.
# Municpios Participao (%)

1 Queimados 27,63
2 Itabora 22,16
3 Duque de Caxias 18,99
4 Tangu 18,93
5 Cachoeiras de Macacu 17,38
6 So Gonalo 16,51
7 Guapimirim 14,99
8 Seropdica 14,82
9 Mag 14,61
10 Nova Iguau 12,81
11 So Joo de Meriti 11,96
12 Maric 11,00
13 Mesquita 10,87
14 Belford Roxo 10,21
15 Itagua 9,38
16 Paracambi 9,09
17 Nilpolis 9,08
18 Niteri 8,52
19 Japeri 8,45
20 Mangaratiba 0,29
- Arco Metropolitano 13,73
- Periferia RMSP 30,89
- Periferia RMBH 32,37
- Sudeste 19,75
- Brasil 19,32
Fonte: RAIS/MTE
277
Quadro 3. 76 - Participao percentual do nmero de estabelecimentos industriais no total de
estabelecimentos no ano de 2007.
# Municpios Percentual
1 Seropdica 19,55
3 Mesquita 14,17
5 Itabora 12,09
6 Tangu 11,95
7 So Gonalo 11,05
8 Guapimirim 10,89
9 Paracambi 10,25
11 Queimados 9,49
12 Japeri 9,22
14 Mag 8,44
15 Itagua 8,10
16 Maric 8,04
17 Nova Iguau 7,22
18 Nilpolis 7,13
19 Niteri 4,38
20 Mangaratiba 3,33
- Arco Metropolitano 9,12
- Periferia RMSP 14,58
- Periferia RMBH 14,80
- Sudeste 10,38
- Brasil 10,77
Fonte: RAIS/MTE
278
Quadro 3. 77 - 5 principais setores Industriais na gerao de empregos nos municpios da rea de
influncia do Arco Metropolitano em 2007.
Duque de
Setores Niteri Setores
Caxias
TOTAL de empregos 154.364 TOTAL de empregos 136.768
Total dos 5 setores industriais Total dos 5 setores industriais mais
mais importantes (6,29% do total de 9.713 importantes (10,48% do total de 14.332
empregos) empregos)
Fabricao de outros equipamentos
6.063 Fabricao de produtos qumicos 3.638
de transporte
Extrao de petrleo e servios Fabricao de artigos de borracha e
1.057 3.156
relacionados plstico
Confeco de artigos do vesturio e Fabricao de produtos alimentcios e

921 3.090
acessrios bebidas
Edio, impresso e reproduo de Fabricao de coque, refino de petrleo,
918 2.389
gravaes elaborao de combustveis nu....
Confeco de artigos do vesturio e
Fabricao de produtos qumicos 754 2.059
acessrios
Setores Itagua Setores Mangaratiba

Total dos 5 setores industriais Total dos 5 setores industriais mais
mais importantes (8,02% do total de 1.658 importantes (0,22% do total de 44
empregos) empregos)
Fabricao de produtos de metal Fabricao de produtos alimentcios e

672 18
exclusive maquinas e equipamentos bebidas
Fabricao de outros equipamentos de
Extrao de minerais no-metlicos 533 18
transporte
Fabricao de produtos de minerais no
Metalurgia bsica 276 7
metlicos
Fabricao de maquinas, aparelhos Fabricao de moveis e industrias
96 1
e materiais eltricos diversas
Fabricao de produtos de minerais No h empregados nos outros
81
no metlicos setores industriais
Fonte: RAIS/MTE
279
Setores So Gonalo Setores Nova Iguau

Total dos 5 setores industriais Total dos 5 setores industriais
mais importantes (10,50% do total 9.564 mais importantes (8,43% do total de 7.096
de empregos) empregos)
Fabricao de produtos alimentcios
3.095 Fabricao de produtos qumicos 2.486
e bebidas
Confeco de artigos do vesturio e Fabricao de produtos alimentcios
2.429 1.638
acessrios e bebidas
Fabricao de equipamentos de
Fabricao de moveis e industrias
instrumentao para usos mdico- 1.557 1.536
diversas
hospitalares
Fabricao de produtos qumicos 1.357 843
acessrios
Fabricao de artigos de borracha e Fabricao de maquinas e
1.126 593
plstico equipamentos
So Joo de
Setores Setores Belford Roxo
Meriti
mais importantes (7,77% do total de 3.522 mais importantes (7,30% do total de 1.806
empregos) empregos)

1.463 Fabricao de produtos qumicos 785
acessrios
Fabricao de produtos alimentcios Fabricao de produtos de metal -

894 310
e bebidas exclusive maquinas e equipamentos
Fabricao de artigos de borracha e Fabricao de produtos de minerais

724 306
plstico no metlicos
Fabricao de moveis e industrias Preparao de couros e Fabricao

231 236
diversas de artefatos de couro, artigos de...
Fabricao de celulose, papel e Fabricao de produtos alimentcios

210 169
produtos de papel e bebidas
Fonte: RAIS/MTE
280
Setores Itabora Setores Nilpolis

mais importantes (17,96% do total 3.536 mais importantes (6,83% do total de 1.177
Fabricao de produtos de minerais Fabricao de produtos alimentcios
2.080 498
no metlicos e bebidas
Fabricao de produtos de metal - Fabricao de moveis e industrias
551 356
exclusive maquinas e equipamentos diversas
378 Fabricao de produtos qumicos 129
e bebidas
Fabricao de celulose, papel e Fabricao de produtos de minerais
313 104
produtos de papel no metlicos
Fabricao de outros equipamentos Confeco de artigos do vesturio e
214 90
de transporte acessrios
Setores Mag Setores Queimados

mais importantes (12,26% do total 1.760 mais importantes (23,32% do total 2.367
de empregos) de empregos)
Fabricao de produtos alimentcios Fabricao e montagem de veculos
1.049 669
e bebidas automotores, reboques e carroceria...
Fabricao de produtos qumicos 295 Fabricao de produtos txteis 575
Confeco de artigos do vesturio e Fabricao de produtos de metal -
173 398
acessrios exclusive maquinas e equipamentos
134 397
Fabricao de moveis e industrias Confeco de artigos do vesturio e
109 328
diversas acessrios
Fonte: RAIS/TEM
281
Quadro 3. 80 5 principais setores Industriais na gerao de empregos nos municpios da rea
de influncia do Arco Metropolitano em 2007.
Setores Seropdica Setores Mesquita

mais importantes (13,71% do total 1.076 mais importantes (7,60% do total de 848
Fabricao de produtos alimentcios Fabricao de produtos alimentcios
394 326
e bebidas e bebidas
Fabricao de produtos de minerais Fabricao de maquinas e
254 197
no metlicos equipamentos
Fabricao de produtos de metal -
exclusive maquinas e equipamentos
Fabricao de produtos de metal - Confeco de artigos do vesturio e

122 108
exclusive maquinas e equipamentos acessrios
Fabricao de artigos de borracha e Fabricao de moveis e industrias
93 93
plstico diversas
Setores Paracambi Setores Japeri

mais importantes (7,43% do total de 283 mais importantes (7,81% do total de 329
empregos) empregos)
Confeco de artigos do vesturio e Fabricao de produtos de minerais
109 182
acessrios no metlicos
Fabricao de produtos de metal - Confeco de artigos do vesturio e
82 64
exclusive maquinas e equipamentos acessrios
Fabricao de produtos de minerais
38 Extrao de minerais no-metlicos 36
no metlicos
Fabricao de produtos txteis 29 24

25 23
e bebidas e bebidas
Fonte: RAIS/TEM
282
Quadro 3. 81- 5 principais setores Industriais na gerao de empregos nos municpios da rea de
Setores Guapimirim Setores Tangu

mais importantes (12,89% do total 662 mais importantes (17,56% do total 497
de empregos) de empregos)
392 285
Fabricao de moveis e industrias Confeco de artigos do vesturio e
89 83
diversas acessrios
e bebidas
Fabricao de produtos de minerais Fabricao de celulose, papel e
52 24
no metlicos produtos de papel
Fabricao e montagem de veculos
Metalurgia bsica 45 22
automotores, reboques e carroceria...
Cachoeiras
Setores Setores Maric
de Macacu
mais importantes (16,80% do total 1.121 mais importantes (9,75% do total de 939
755 474
e bebidas e bebidas
Confeco de artigos do vesturio e Fabricao de produtos de minerais
173 231
acessrios no metlicos
Fabricao de artigos de borracha e
Fabricao de produtos de madeira 124 99
plstico

Fabricao de produtos de minerais

no metlicos
Fonte: RAIS/MTE
283
Quadro 3. 82 - Atividades industriais e municpios em que so citados como estando entre as 5
mais importantes do ponto de vista da gerao de empregos na rea de influncia do Arco
Metropolitano
Setores Municpios
Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Itabora,
Fabricao de produtos
1 Japeri, Mag, Mangaratiba, Maric, Mesquita, Nilpolis, Nova Iguau,
alimentcios e bebidas
Paracambi, Rio de Janeiro, So Gonalo, So Joo de Meriti, Seropdica
Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Japeri, Mag, Mesquita, Nilpolis,
Confeco de artigos do vesturio
2 Niteri, Nova Iguau, Paracambi, Queimados, Rio de Janeiro, So Gonalo,
e acessrios
So Joo de Meriti, Tangu
Fabricao de produtos de Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itabora,Itagua, Japeri,
3
minerais no metlicos Mangaratiba, Maric, Nilpolis, Paracambi,Queimados, Seropdica, Tangu
Belford Roxo, Itabora, Itagua, Japeri, Maric, Mesquita, Paracambi,
4 exclusive maquinas e
Queimados, Seropdica
equipamentos
Belford Roxo, Duque de Caxias, Mag, Nilpolis, Niteri, Nova Iguau, Rio de
5 Fabricao de produtos qumicos
Janeiro, So Gonalo
Fabricao de moveis e industrias Guapimirim, Mag, Mangaratiba, Mesquita, Nilpolis, Nova Iguau, So Joo
6
diversas de Meriti
Extrao de minerais no-
7 Cachoeiras de Macacu, Itagua, Japeri, Maric, Seropdica, Tangu
metlicos
Fabricao de celulose, papel e
8 Guapimirim, Itabora, Mag, So Joo de Meriti, Tangu
produtos de papel
Fabricao de artigos de borracha
9 Duque de Caxias, Maric, So Gonalo, So Joo de Meriti, Seropdica
e plstico
Fabricao de maquinas e
10 Mesquita, Nova Iguau, Rio de Janeiro
equipamentos
Fabricao de outros
11 Itabora, Mangaratiba, Niteri
equipamentos de transporte
12 Fabricao de produtos txteis Paracambi, Queimados
Edio, impresso e reproduo
13 Niteri, Rio de Janeiro
de gravaes
14 Metalurgia bsica Guapimirim, Itagua
Fabricao e montagem de
15 veculos automotores, reboques e Queimados, Tangu
carrocerias
Extrao de petrleo e servios
16 Niteri
relacionados
Preparao de couros e
17 fabricao de artefatos de couro, Belford Roxo
artigos de...
Fabricao de produtos de
18 Cachoeiras de Macacu
madeira
Fabricao de coque, refino de
19 petrleo, elaborao de Duque de Caxias
combustveis
Fabricao de maquinas,
20 Itagua
aparelhos e materiais eltricos
Fabricao. de equip. de
21 instrumentao para usos mdico- So Gonalo
hospitaleiros
Fonte: RAIS/TEM
284
Quadro 3. 83 - Participao do setor de Fabricao de Produtos Alimentcios e Bebidas no total
do emprego formal industrial em 2007 segundo os municpios do Arco Metropolitano e periferias
das Regies Metropolitanas de So Paulo e Belo Horizonte.
Municpios do Fabricao de Produtos Total

Part. %
Arco Metropolitano Alimentcios e Bebidas Indstria
Belford Roxo 169 2.526 6,69
Cachoeiras de Macacu 755 1.160 65,09
Duque de Caxias 3.090 25.978 11,89
Guapimirim 84 770 10,91
Itabora 378 4.363 8,66
Itagua 78 1.941 4,02
Japeri 23 356 6,46
Mag 1.049 2.098 50,00
Mangaratiba 18 58 31,03
Maric 474 1.060 44,72
Mesquita 326 1.213 26,88
Nilpolis 498 1.565 31,82
Niteri 645 13.148 4,91
Nova Iguau 1.638 10.784 15,19
Paracambi 25 346 7,23
Queimados 49 2.804 1,75
So Gonalo 3.095 15.040 20,58
So Joo de Meriti 894 5.423 16,49
Seropdica 394 1.163 33,88
Tangu 15 536 2,80
Total Municpios Arco 13.697 92.332 14,83
Periferia RMSP 36.276 603.599 6,01
Periferia RMBH 14.889 145.808 10,21
Fonte: RAIS/MTE.
285
Quadro 3. 84 - Participao do setor de Confeco de Artigos do Vesturio e Acessrios no total
do emprego formal industrial em 2007 segundo os municpios do Arco Metropolitano e periferias
das Regies Metropolitanas de So Paulo e Belo Horizonte.
Municpios do Confeco de Artigos do Total

Part. %
Arco Metropolitano Vesturio e Acessrios Indstria
Belford Roxo 137 2.526 5,42
Cachoeiras de Macacu 173 1.160 14,91
Duque de Caxias 2.059 25.978 7,93
Guapimirim 10 770 1,30
Itabora 209 4.363 4,79
Itagua 4 1.941 0,21
Japeri 64 356 17,98
Mag 173 2.098 8,25
Mangaratiba 0 58 0,00
Maric 5 1.060 0,47
Mesquita 108 1.213 8,90
Nilpolis 90 1.565 5,75
Niteri 921 13.148 7,00
Nova Iguau 843 10.784 7,82
Paracambi 109 346 31,50
Queimados 328 2.804 11,70
So Gonalo 2.429 15.040 16,15
So Joo de Meriti 1.463 5.423 26,98
Seropdica 8 1.163 0,69
Tangu 83 536 15,49
Total Municpios Arco 9.216 92.332 9,98
Periferia RMSP 12.468 603.599 2,07
Periferia RMBH 2.736 145.808 1,88
Fonte: RAIS/MTE.
286
Quadro 3. 85 - Variao percentual por setor dos estabelecimentos nos municpios da rea de
influencia do Arco Metropolitano, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, total dos municpios do
Arco Metropolitano, periferias de SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil entre os anos de 2000 e
2007.
Agrope- Serv. Ind. Constru-

MUNICIPIOS curia Indstria til. Pb. o Civil Comrcio Servios Total
rea 1
Itagua -4,49 5,62 0,00 -4,65 18,95 31,03 18,49
Mangaratiba -17,39 62,50 -100,00 55,56 38,78 36,84 34,02
Seropdica* -46,67 27,27 - 42,11 50,50 68,33 43,20
rea 2
Belford Roxo -40,00 25,37 100,00 14,04 27,00 44,02 31,02
Duque de Caxias 6,25 17,08 109,09 9,28 19,30 23,05 20,04
Japeri* -50,00 122,22 - 0,00 28,87 -3,08 19,89
Mag 6,90 -17,12 300,00 37,14 22,92 14,32 15,83
Mesquita** - - - - - - -
Nilpolis* - -5,83 -66,67 -8,82 1,98 9,11 3,73
Nova Iguau -31,58 -19,43 83,33 -31,14 -1,34 6,41 -0,90
Paracambi -29,41 8,82 0,00 66,67 10,63 19,23 12,11
Queimados 150,00 31,11 0,00 14,29 26,79 19,88 24,90
So Joo de Meriti* - 7,83 -66,67 -18,07 6,43 17,41 9,56
rea 3
Cachoeiras de Macacu 10,86 9,09 -20,00 0,00 7,24 -0,65 6,48
Guapimirim 39,13 -10,42 0,00 -62,50 37,69 44,09 27,01
Itabora 3,26 16,88 200,00 -23,64 19,27 38,67 21,62
Maric -4,65 49,15 -100,00 15,00 48,13 39,93 41,29
Niteri 109,09 0,97 0,00 -5,18 6,84 10,02 8,59
So Gonalo 125,00 18,86 50,00 -13,21 12,92 15,61 13,93
Tangu 36,67 92,86 0,00 60,00 33,33 40,63 41,25
Arco Metropolitano 14,94 10,72 28,07 -4,37 13,84 16,65 14,16
Periferia SP 5,20 24,45 43,15 28,81 41,80 28,19 32,66
Periferia BH 16,75 35,37 -18,60 22,98 35,88 39,59 34,43
RMRJ 14,85 3,01 68,86 -7,35 8,96 10,28 8,85
RMSP 2,09 11,25 46,05 19,42 28,91 18,96 21,58
RMBH 24,65 16,68 63,24 4,28 23,80 21,55 20,67
Estado do RJ 8,38 8,25 47,54 -5,69 13,86 13,51 12,47
Sudeste 11,34 18,44 5,92 7,24 31,20 23,15 23,53
Brasil 21,83 26,14 16,16 14,22 40,95 28,02 31,29
Fonte: MTE/RAIS
* Os valores em 2000 eram nulos, por isso no h variao
** No h dados para o municpio de Mesquita por ele ter sido criado em 25 de setembro de 1999 de acordo
com a lei estadual 3253. O municpio de Mesquita anteriormente era um distrito de Nova Iguau.
287
Quadro 3. 86 - Nmero total de estabelecimentos formais segundo Setores do IBGE nos
municpios da rea de influencia do Arco Metropolitano, total do Arco Metropolitano Regies
Metropolitanas de SP e BH, Periferias de SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil no ano de 2007.
Agrope- Serv. Ind. Constru-

Municpios curia Indstria Util. Pb. o Civil Comrcio Servios Total
rea 1
Itagua 85 94 1 41 521 418 1.160
Mangaratiba 19 13 0 14 136 208 390
Seropdica 8 70 0 27 152 101 358
rea 2
Belford Roxo 3 168 2 65 875 530 1.643
Duque de Caxias 17 1.001 23 212 3.270 2.514 7.037
Japeri 1 20 0 8 125 63 217
Mag 31 121 4 48 799 431 1.434
Mesquita 0 84 0 14 296 199 593
Nilpolis 0 97 1 31 669 563 1.361
Nova Iguau 13 398 11 115 2.721 2.257 5.515
Paracambi 12 37 1 10 177 124 361
Queimados 5 59 1 16 336 205 622
So Joo de Meriti 5 427 2 68 1688 1180 3.370
rea 3
Cachoeiras de Macacu 245 60 4 8 237 153 707
Guapimirim 32 43 1 6 179 134 395
Itabora 95 187 3 42 718 502 1.547
Maric 41 88 0 23 554 389 1.095
Niteri 138 520 12 311 4.186 6.717 11.884
So Gonalo 9 731 6 138 3.243 2.488 6.615
Tangu 41 27 1 8 104 45 226
Arco Metropolitano 800 4.245 73 1.205 20.986 19.221 46.530
Periferia RMSP 1.478 14.928 209 3.152 43.687 38.917 102.371
Periferia RMBH 1.973 4.317 35 1.841 11.907 9.089 29.162
RMRJ 727 10.683 282 3.996 57.458 87.330 160.476
RMSP 2.103 42.614 555 10.989 135.735 145.885 337.881
RMBH 3.110 9.604 111 6.217 35.110 41.337 95.489
Estado do Rio de Janeiro 7.515 17.154 450 6.303 86.765 112.963 231.150
Regio Sudeste 152.516 155.356 2.649 54.903 581.733 550.212 1.497.369
Brasil 310.935 314.565 6.758 110.643 1.173.362 1.004.166 2.920.429
Fonte: MTE/RAIS
288
Quadro 3. 87 - Total e variao percentual do emprego formal nas atividades do Setor
Petroqumico, no total da indstria e no total das atividades econmicas no municpio de Duque
de Caxias entre 2000 e 2007.
Atividades do Setor Petroqumico 2000 2007 Var. %
Fabricao de artigos de borracha e plstico 1.135 3.156 178,06
Total da indstria 17.550 25.978 48,02
Fonte: RAIS/MTE.
Quadro 3. 88 - Total e variao percentual dos estabelecimentos nas atividades do Setor

Petroqumico, no total da indstria e no total das atividades econmicas no municpio de Duque
de Caxias entre 2000 e 2007.
Atividades do Setor Petroqumico 2000 2007 Var. %
Fabricao de artigos de borracha e plstico 69 116 68,12
Total da indstria 855 1.001 17,08
Fonte: RAIS/MTE.
289
Quadro 3. 89 - Variao do nmero de estabelecimentos no setor privado exclusive o industrial
por tamanho de empresa nos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano, Periferias
de SP e BH, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil entre os anos
de 2000 e 2007.
Micro Pequena Media Grande

Municpios Empresa Empresa Empresa Empresa Total
rea 1
Itagua 15,42 50,96 40,00 0,00 19,78
Mangaratiba 33,06 28,13 100,00 20,00 33,22
Seropdica 44,03 68,97 -16,67 400,00 47,69
rea 2
Belford Roxo 25,23 81,40 28,57 18,18 31,70
Duque de Caxias 13,22 59,35 44,00 72,22 20,60
Japeri 10,13 38,46 - 100,00 14,53
Mag 17,88 37,82 46,67 0,00 20,24
Mesquita - - - - -
Nilpolis -1,16 36,30 115,38 -7,69 4,55
Nova Iguau -5,10 33,93 33,75 13,70 0,91
Paracambi 11,90 21,43 -16,67 50,00 12,50
Queimados 18,60 55,77 60,00 75,00 24,28
So Joo de Meriti 3,49 47,44 78,38 16,67 9,81
rea 3
Cachoeiras de Macacu 4,17 16,98 125,00 100,00 6,24
Guapimirim 33,18 38,24 75,00 -50,00 33,84
Itabora 17,70 52,63 47,06 14,29 22,30
Maric 36,61 70,67 114,29 -33,33 40,64
Niteri 3,63 38,33 31,69 16,51 8,97
So Gonalo 6,35 53,41 45,33 41,67 13,35
Tangu 35,48 44,44 0,00 100,00 36,30
Arco Metropolitano 8,81 47,21 45,44 31,88 14,52
Periferia RMSP 30,72 53,00 48,86 32,11 34,19
Periferia RMBH 38,67 67,56 70,14 71,43 42,83
RMRJ 3,40 29,80 26,32 19,53 7,82
RMSP 19,85 38,40 44,80 40,46 23,25
RMBH 19,48 43,55 39,77 39,39 23,07
Estado do RJ 8,83 35,14 32,33 25,14 12,84
Sudeste 21,55 41,46 42,10 39,80 24,16
Brasil 29,78 47,33 45,10 43,32 31,96
Fonte: RAIS/MTE
290
Obs 1: A rea de influncia do Arco Metropolitano composta por todos os Municpios da Regio Metropolitana
excluindo a cidade do Rio de Janeiro e somando Mangaratiba e Itagua pertencentes Regio da Costa Verde e
Cachoeiras de Macacu e Maric pertencentes Regio das Baixadas Litorneas
Obs 2: Participam tambm da rea de influncia do Arco Metropolitano as regies administrativas de Santa Cruz,
Campo Grande, Guaratiba e Bangu. Estas, no entanto, sero objeto de anlise no item 5 deste relatrio.
Obs 3: A classificao utilizada foi a do Sebrae, que aponta para as atividades econmicas no industriais, como
micro empresa as que possuem de 0 a 9 empregados, como pequena empresa as de 10 a 49 empregados, como
mdia empresas as de 50 a 99 empregados e como grande empresa as acima de 99 empregados.
291
Quadro 3. 90 - Variao do nmero de estabelecimentos no setor industrial por tamanho de
empresa nos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano, Periferias de SP e BH,
Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil entre os anos de 2000 e
2007.
Micro Pequena Media Grande

Municpios Total
Empresa Empresa Empresa Empresa
rea 1
Itagua -4,11 33,33 300,00 0,00 5,62
Mangaratiba 85,71 - -100,00 0,00 62,50
Seropdica 18,87 300,00 200,00 0,00 27,27
rea 2
Belford Roxo 28,45 0,00 100,00 0,00 25,37
Duque de Caxias 14,62 16,44 86,36 100,00 17,08
Japeri* 133,33 66,67 - 0,00 122,22
Mag -14,88 -23,81 -75,00 - -17,12
Mesquita** - - - - -
Nilpolis -16,67 150,00 100,00 0,00 -5,83
Nova Iguau -21,00 -19,12 -11,54 - -19,43
Paracambi 26,92 -33,33 - -100,00 8,82
Queimados 33,33 30,00 0,00 - 31,11
So Joo de Meriti 4,86 33,33 -25,00 - 7,83
rea 3
Cachoeiras de Macacu 1,96 100,00 0,00 - 9,09
Guapimirim -16,67 50,00 0,00 0,00 -10,42
Itabora 10,74 22,22 200,00 0,00 16,88
Maric 49,06 33,33 - 0,00 49,15
Niteri -3,27 35,56 9,09 - 0,97
So Gonalo 17,43 38,24 -9,09 33,33 18,86
Tangu 81,82 200,00 0,00 0,00 92,86
Arco Metropolitano 3,70 17,92 23,15 144,44 6,39
Periferia RMSP 19,34 39,79 25,23 53,70 24,45
Periferia RMBH 42,25 52,13 36,42 176,47 44,19
RMRJ -0,02 9,55 -2,31 52,38 1,48
RMSP 7,65 27,05 15,71 37,63 11,25
RMBH 15,95 38,24 31,16 168,18 19,51
Estado do RJ 6,10 19,61 9,61 67,74 8,25
Sudeste 15,35 33,94 25,97 61,79 18,44
Brasil 24,06 37,27 31,29 63,38 26,14
Fonte: RAIS/MTE
292
Obs 1: A rea de influncia do Arco Metropolitano composta por todos os Municpios da Regio Metropolitana
excluindo a cidade do Rio de Janeiro e somando Mangaratiba e Itagua pertencentes Regio da Costa Verde e
Cachoeiras de Macacu e Maric pertencentes Regio das Baixadas Litorneas
Obs 2: Participam tambm da rea de influncia do Arco Metropolitano as regies administrativas de Santa Cruz,
Campo Grande, Guaratiba e Bangu. Estas, no entanto, sero objeto de anlise no item 5 deste relatrio.
Obs 3: A classificao utilizada foi a do Sebrae, que aponta, para as atividades econmicas industriais, como
micro empresas as que possuem de 0 a 19 empregados, como pequena empresa as de 20 a 99 empregados,
como mdia empresas as de 100 a 499 empregados e como grande empresa as acima de 499 empregados.
293
Quadro 3. 91 - PIB a custo de fatores dos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano,
Periferias das Regies Metropolitanas de SP e BH, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH,
Sudeste e Brasil. PIB a preos de 2006 e variao percentual real entre 2002 e 2006
2002 2006
Municpios (R$ 1.000) (R$ 1.000) Variao(%)
rea 1
Itagua 1.787.626 1.731.290 -3,15
Mangaratiba 252.897 308.482 21,98
Seropdica (RMRJ) 450.665 424.104 -5,89
rea 2
Belford Roxo (RMRJ) 2.836.170 2.716.420 -4,22
Duque de Caxias (RMRJ) 13.668.233 19.890.401 45,52
Japeri (RMRJ) 394.655 403.765 2,31
Mag (RMRJ) 1.329.324 1.268.208 -4,60
Mesquita (RMRJ) 963.287 1.015.284 5,40
Nilpolis (RMRJ) 1.072.941 1.014.230 -5,47
Nova Iguau (RMRJ) 5.621.596 5.718.851 1,73
Paracambi (RMRJ) 300.510 280.271 -6,73
Queimados (RMRJ) 956.135 806.708 -15,63
So Joo de Meriti (RMRJ) 2.941.818 2.716.420 -8,34
rea 3
Cachoeiras de Macacu 472.223 521.964 10,53
Guapimirim (RMRJ) 275.564 293.030 6,34
Itabora (RMRJ) 1.288.992 1.290.679 0,13
Maric 629.957 687.040 9,06
Niteri (RMRJ) 6.522.584 6.620.143 1,50
So Gonalo (RMRJ) 6.561.028 6.398.615 -2,48
Tangu (RMRJ) 169.623 160.749 -5,23
Arco Metropolitano 48.495.827 54.246.646 11,86
Periferia RMSP 360.969.463 414.838.099 14,92
Periferia RMBH 123.266.422 151.238.860 22,69
RMRJ 190.774.114 217.812.433 14,17
RMSP 579.002.974 650.479.436 12,34
RMBH 147.641.242 178.414.148 20,84
Estado do RJ 205.946.421 233.813.921 13,53
Sudeste 992.151.467 1.138.640.567 14,76
Brasil 1.780.173.602 2.034.734.000 14,30
Fonte: IBGE, PIB dos Municpios.
Obs: Variao real calculada atravs do Deflator Implcito do PIB Nacional (SCN 2000). O PIB a custo de fatores exclui
imposto e subsdios, equivalente ao Valor Adicionado Bruto (VAB).
294
Quadro 3. 92 - PIB do setor Industrial a custo de fatores dos municpios do Arco Metropolitano,
Regies Metropolitanas de RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil. PIB a preos de 2006 e
variao percentual real entre 2002 e 2006.
2002 2006
Municpios (R$ 1.000) (R$ 1.000) Variao (%)
rea 1
Itagua (RJ) 141.805 158.245 11,59
Mangaratiba (RJ) 28.799 39.065 35,65
Seropdica (RMRJ) 104.645 64.426 -38,43
rea 2
Belford Roxo (RMRJ) 602.367 625.293 3,81
Japeri (RMRJ) 43.793 46.919 7,14
Mag (RMRJ) 163.108 143.664 -11,92
Mesquita (RMRJ) 106.806 112.581 5,41
Nilpolis (RMRJ) 116.758 104.378 -10,60
Nova Iguau (RMRJ) 809.524 821.928 1,53
Paracambi (RMRJ) 50.357 33.367 -33,74
Queimados (RMRJ) 246.091 158.986 -35,40
So Joo de Meriti (RMRJ) 324.666 281.864 -13,18
rea 3
Cachoeiras de Macacu (RJ) 84.454 136.220 61,30
Guapimirim (RMRJ) 54.981 57.746 5,03
Itabora (RMRJ) 228.110 187.842 -17,65
Maric (RJ) 78.369 76.379 -2,54
Niteri (RMRJ) 829.167 952.265 14,85
So Gonalo (RMRJ) 1.057.851 878.790 -16,93
Tangu (RMRJ) 31.946 26.044 -18,48
Periferia da RMSP 121.214.173 140.167.489 15,64
Periferia da RMBH 38.406.347 51.642.273 34,46
RMRJ 44.958.598 70.843.964 57,58
RMSP 173.512.609 194.595.973 12,15
RMBH 42.150.194 56.230.632 33,41
Estado do RJ 50.074.374 76.633.157 53,04
Sudeste 285.554.715 354.465.091 24,13
Brasil 481.571.364 585.602.000 21,60
Obs 1: Variao real calculada atravs do Deflator Implcito do PIB Nacional (SCN 2000). O PIB a custo de
fatores exclui imposto e subsdios, equivalente ao Valor Adicionado Bruto (VAB).
295
Quadro 3. 93 - PIB do setor de Servios a custo de fatores dos municpios do Arco Metropolitano,
Regies Metropolitanas de RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil. PIB a preos de 2006 e
variao percentual real entre 2002 e 2006.
2002 2006
Municpios (R$ 1.000) (R$ 1.000) Variao(%)
rea 1
Itagua 1.633.257 1.558.982 -4,55
Mangaratiba 216.206 260.862 20,65
Seropdica (RMRJ) 340.518 354.097 3,99
rea 2
Belford Roxo (RMRJ) 2.232.391 2.089.372 -6,41
Japeri (RMRJ) 347.742 354.284 1,88
Mag (RMRJ) 1.148.860 1.105.096 -3,81
Mesquita (RMRJ) 856.152 902.431 5,41
Nilpolis (RMRJ) 956.183 909.851 -4,85
Nova Iguau (RMRJ) 4.804.020 4.889.105 1,77
Paracambi (RMRJ) 247.991 245.320 -1,08
Queimados (RMRJ) 707.492 645.844 -8,71
So Joo de Meriti (RMRJ) 2.616.547 2.413.748 -7,75
rea 3
Cachoeiras de Macacu 369.491 370.624 0,31
Guapimirim (RMRJ) 214.837 231.099 7,57
Itabora (RMRJ) 1.055.250 1.097.786 4,03
Maric 546.793 606.883 10,99
Niteri (RMRJ) 5.683.182 5.654.351 -0,51
So Gonalo (RMRJ) 5.484.147 5.495.530 0,21
Tangu (RMRJ) 135.959 133.180 -2,04
Periferia RMSP 224.978.535 261.620.430 16,29
Periferia RMBH 70.404.733 84.964.556 20,68
RMRJ 144.917.852 146.056.148 0,79
RMSP 390.688.015 442.813.370 13,34
RMBH 91.035.703 107.551.348 18,14
Estado do RJ 154.752.450 156.028.704 0,82
Sudeste 671.375.744 749.053.358 11,57
Brasil 1.180.796.889 1.337.903.000 13,31
Obs: Variao real calculada atravs do Deflator Implcito do PIB Nacional (SCN 2000). O PIB a custo de
296
Quadro 3. 94 - PIB do setor agropecuria a custo de fatores dos municpios da rea de influncia
do Arco Metropolitano, Regies Metropolitanas de RJ, SP e BH, Sudeste e Brasil. PIB a preos de
2006 e variao percentual real entre 2002 e 2006.
2002 2006
Municpios (R$ 1.000) (R$ 1.000) Variao (%)
rea 1
Itagua (RJ) 12.564 14.063 11,93
Mangaratiba (RJ) 7.892 8.555 8,40
Seropdica (RMRJ) 5.503 5.581 1,41
rea 2
Belford Roxo (RMRJ) 1.412 1.754 24,24
Duque de Caxias (RMRJ) 5.986 6.446 7,69
Japeri (RMRJ) 3.120 2.562 -17,87
Mag (RMRJ) 17.356 19.448 12,05
Mesquita (RMRJ) 330 271 -17,82
Nilpolis (RMRJ) * * -
Nova Iguau (RMRJ) 8.052 7.818 -2,91
Paracambi (RMRJ) 2.162 1.585 -26,71
Queimados (RMRJ) 2.552 1.878 -26,42
So Joo de Meriti (RMRJ) 604 800 32,52
rea 3
Cachoeiras de Macacu (RJ) 18.278 15.120 -17,28
Guapimirim (RMRJ) 5.746 4.185 -27,17
Itabora (RMRJ) 5.632 5.051 -10,32
Maric (RJ) 4.795 3.777 -21,22
Niteri (RMRJ) 10.235 13.527 32,16
So Gonalo (RMRJ) 19.030 24.295 27,67
Tangu (RMRJ) 1.718 1.525 -11,20
Arco Metropolitano 132.966 138.241 3,97
Periferia da RMSP 14.776.755 13.050.181 -11,68
Periferia da RMBH 14.455.342 14.632.032 1,22
RMRJ 897.664 912.320 1,63
RMSP 14.802.351 13.070.093 -11,70
RMBH 14.455.344 14.632.168 1,22
Estado do RJ 1.119.598 1.152.060 2,90
Sudeste 35.221.008 35.122.118 -0,28
Brasil 117.805.349 111.229.000 -5,58
Obs 1: Variao real calculada atravs do Deflator Implcito do PIB Nacional (SCN 2000). O PIB a custo de
297
Quadro 3. 95 - Ranking dos 10 setores mais importantes no que diz respeito ao nmero de
empregos formais gerados na rea de influncia do Arco Metropolitano em 2007.
Duque de
Setores Niteri Setores
Caxias
Total dos 10 setores mais importantes Total dos 10 setores mais importantes
119.358 104.707
(77,32% do total de empregos) (76,56% do total de empregos)
Comrcio varejista e reparao de objetos Comrcio varejista e reparao de objetos
26.693 22.120
pessoais e domsticos pessoais e domsticos
Administrao publica, defesa e seguridade Servios prestados principalmente as 18.456
18.404
social empresas
Servios prestados principalmente as Administrao publica, defesa e seguridade

15.143 14.745
empresas social
Educao 11.509 Transporte terrestre 12.055
Atividades imobilirias 10.707 Construo 9.759
Comrcio por atacado e representantes

Sade e servios sociais 9.266 9.307
comerciais e agentes do comrcio
Alojamento e alimentao 8.371 Educao 5.599
Construo 7.330 Alojamento e alimentao 4.822
Fabricao de outros equipamentos de

6.063 Sade e servios sociais 4.206
transporte
Transporte terrestre 5.872 Fabricao de produtos qumicos 3.638
Fonte: RAIS/MTE
298
Setores So Gonalo Setores Nova Iguau

69.750 64.225
19.189 19.309
Administrao publica, defesa e seguridade Administrao publica, defesa e seguridade
15.449 8.951
social social
Transporte terrestre 8.027 Construo 6.210
Servios prestados principalmente as

Educao 6.339 5.608
empresas
Servios prestados principalmente as empresas 4.654 Educao 5.053
Comrcio por atacado e representantes Comrcio por atacado e representantes

4.329 4.636
comerciais e agentes do comrcio comerciais e agentes do comrcio
Sade e servios sociais 3.156 Transporte terrestre 4.341
Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 3.095 Alojamento e alimentao 4.001
Alojamento e alimentao 2.830 Sade e servios sociais 3.421
Comrcio e Representao de veculos

Construo 2.682 automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 2.695
de combustveis
Fonte: RAIS/MTE
299
So Joo de
Setores Setores Belford Roxo
Meriti
37.450 21.669
Comrcio varejista e reparao de objetos Administrao publica, defesa e seguridade
12.336 8.588
pessoais e domsticos social
Comrcio varejista e reparao de objetos
Transporte terrestre 6.323 5.096
pessoais e domsticos
Administrao publica, defesa e seguridade

5.303 Transporte terrestre 2.495
social

3.395 Educao 1.463
empresas
914
Alojamento e alimentao 2.346 Construo
Comrcio por atacado e representantes Servios prestados principalmente as

2.287 788
comerciais e agentes do comrcio empresas
Educao 1.934 Fabricao de produtos qumicos 785

1.463 Sade e servios sociais 678
acessrios
Sade e servios sociais 1.169 Alojamento e alimentao 436

Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 894 automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 426
de combustveis
Fonte: RAIS/MTE
300
Setores Itabora Setores Nilpolis
15.441 14.729
Administrao publica, defesa e seguridade Comrcio varejista e reparao de objetos

3.569 4.427
social pessoais e domsticos

3.549 3.466

2.080 Educao 2.167
metlicos

1.351 Transporte terrestre 1.110
empresas
Transporte terrestre 1.189 Sade e servios sociais 807

Educao 863 786
empresas
Alojamento e alimentao 841 Alojamento e alimentao 578

automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 831 Construo 507
de combustveis

617 Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 498
Fabricao de produtos de metal - exclusive Comrcio por atacado e representantes

551 383
mquinas e equipamentos comerciais e agentes do comrcio
Fonte: RAIS/MTE
301
Setores Mag Setores Queimados
11.536 8.122
4.874 2.384
2.291 2.066
Fabricao e montagem de veculos

Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 1.049 669
automotores, reboques e carrocerias
Construo 734 Educao 668
Educao 616 Fabricao de produtos txteis 575
Comrcio por atacado e representantes Fabricao de produtos de metal - exclusive

562 398
comerciais e agentes do comrcio mquinas e equipamentos

Sade e servios sociais 421 397
metlicos

357 Transporte terrestre 372
empresas
Atividades anexas e auxiliares do transporte e Confeco de artigos do vesturio e

337 328
agencias de viagem acessrios

Fabricao de produtos qumicos 295 265
Fonte: RAIS/MTE
302
Setores Seropdica Setores Mesquita

6.932 9.790
Educao* 1.979 Transporte terrestre 3.044

1.844 1.919
social social

886 1.400

Transporte terrestre 689 1.391
empresas

Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 394 497
Construo 332 Educao 464

254 Correio e telecomunicaes 356
metlicos
Extrao de minerais no-metlicos 213 Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 326
Atividades anexas e auxiliares do transporte e

193 Fabricao de mquinas e equipamentos 197
agencias de viagem
Comrcio e Representao de veculos Comrcio e Representao de veculos

automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 148 automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 196
de combustveis de combustveis
Fonte: RAIS/TEM
* De acordo com os dados da RAIS, do total do emprego na educao, 1.804 empregos esto vinculados ao
setor publico federal.
303
Setores Paracambi Setores Japeri
3.413 3.972
1.138 2.526
social social
965 670

Sade e servios sociais 514 217

Transporte terrestre 201 182
metlicos
Educao 172 Educao 106

109 Sade e servios sociais 102
acessrios

automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 92 64
acessrios
de combustveis
Alojamento e alimentao 84 Atividades associativas 37
Fabricao de produtos de metal - exclusive

mquinas e equipamentos

Intermediao financeira 56 32
empresas
Fonte: RAIS/MTE
304
Quadro 3. 102 - Ranking dos 10 setores mais importantes no que diz respeito ao numero de
empregos formais gerados na rea de influencia do Arco Metropolitano em 2007.
Setores Guapimirim Setores Tangu

4.482 2.561
2.069 632
social social
920 Construo 628
Fabricao de celulose, papel e produtos de Comrcio varejista e reparao de objetos

392 437
papel pessoais e domsticos
Comrcio por atacado e representantes Fabricao de produtos de minerais no

251 285
comerciais e agentes do comrcio metlicos
Alojamento e alimentao 173 Sade e servios sociais 114
Agricultura, pecuria e servios relacionados 172 Alojamento e alimentao 110
Comrcio e Representao de veculos Comrcio e Representao de veculos

automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 161 automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 98
de combustveis de combustveis
Transporte terrestre 120 Agricultura, pecuria e servios relacionados 91

Atividades imobilirias 113 83
acessrios

empresas
Fonte: RAIS/MTE
305
Cachoeiras
Setores Setores Maric
de Macacu
5.845 8.472
1.915 2.709
1.262 2.705
Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 755 Transporte terrestre 642
Agricultura, pecuria e servios relacionados 699 Educao 586

420 Atividades imobilirias 479
empresas
Alojamento e alimentao 176 Fabricao de produtos alimentcios e bebidas 474
Confeco de artigos do vesturio e Fabricao de produtos de minerais no

173 231
acessrios metlicos
Transporte terrestre 160 Alojamento e alimentao 218

Educao 154 automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 215
de combustveis
Eletricidade, gs e gua quente 131 Construo 213
Fonte: RAIS/MTE
306
Setores Itagua Setores Mangaratiba

18.412 19.541
Administrao publica, defesa e seguridade Servios prestados principalmente as
6.564 15.405
social empresas
Servios prestados principalmente as Administrao publica, defesa e seguridade
3.489 1.672
empresas social

2.664 Alojamento e alimentao 924

Construo 1.185 467

1.100 Atividades imobilirias 381
agencias de viagem
Atividades de informtica e servios

Alojamento e alimentao 874 205
relacionados

automotores e motocicletas, Comrcio a varejo 728 177
agencias de viagem
de combustveis
Fabricao de produtos de metal - exclusive

672 Atividades recreativas, culturais e desportivas 175
mquinas e equipamentos
Transporte terrestre 603 Agricultura, pecuria e servios relacionados 81
Extrao de minerais no-metlicos 533 Pesca, aqicultura e servios relacionados 54
Fonte: RAIS/MTE
307
Quadro 3. 105 - Ranking do nvel de emprego em relao PEA (2000) nos Municpios do Arco
Metropolitano e periferias das Regies Metropolitanas de SP e BH para os municpios com 50 mil
ou mais habitantes.
% Emprego
Municpios sobre a
# PEA(2000)
1 Cajamar (RMSP) 164,74
2 Barueri (RMSP) 132,83
3 So Caetano do Sul (RMSP) 125,47
4 Santana de Parnaba (RMSP) 86,52
5 Po (RMSP) 81,38
6 So Bernardo do Campo (RMSP) 52,85
7 Embu (RMSP) 51,87
8 Nova Lima (RMBH) 50,37
9 Niteri 50,20
10 Cotia (RMSP) 46,86
11 Betim (RMBH) 40,75
12 Diadema (RMSP) 40,53
13 Contagem (RMBH) 40,18
14 Mangaratiba 39,09
15 Guarulhos (RMSP) 38,01
16 Santo Andr (RMSP) 35,84
17 Pedro Leopoldo (RMBH) 35,44
18 Paracambi 35,29
19 Itagua 30,89
20 Caieiras (RMSP) 30,70
21 Osasco (RMSP) 29,89
22 Mogi das Cruzes (RMSP) 29,79
23 Taboo da Serra (RMSP) 29,44
24 Aruj (RMSP) 29,28
25 Suzano (RMSP) 27,64
26 Mairipor (RMSP) 26,97
27 Ribeiro Pires (RMSP) 26,56
30 Embu-Guau (RMSP) 23,38
31 Itapecerica da Serra (RMSP) 21,52
32 Vespasiano (RMBH) 21,2
33 Mau (RMSP) 19,19
34 Jandira (RMSP) 19,17
308
% Emprego
Municpios sobre a
# PEA(2000)
35 Itaquaquecetuba (RMSP) 19
36 Itapevi (RMSP) 18,89
37 Nilpolis 18,86
38 Maric 18,06
39 Seropdica 17,89
40 Ferraz de Vasconcelos (RMSP) 16,88
41 So Gonalo 16,79
42 Guapimirim 16,46
43 Nova Iguau 16,03
44 Itabora 15,92
45 Tangu 15,39
46 Esmeraldas (RMBH) 15,33
47 Sabar (RMBH) 15,04
49 Queimados 14,05
50 Mag 14,01
51 Santa Luzia (RMBH) 13,94
52 Franco da Rocha (RMSP) 13,71
53 Ibirit (RMBH) 11,21
54 Carapicuba (RMSP) 11,08
56 Ribeiro das Neves (RMBH) 7,48
57 Francisco Morato (RMSP) 6,2
58 Japeri 4,87
59 Mesquita *
Fonte: RAIS/MTE 2000
Censo IBGE 2000
* No h dados para o municpio de Mesquita por ele ter sido criado

em 25 de setembro de 1999 de acordo com a lei estadual 3253. O
municpio de Mesquita anteriormente era um distrito de Nova
Iguau.
309
Quadro 3. 106 - Relao entre o nmero de empregos e o nmero de habitantes nos municpios
do Arco Metropolitano e periferias das Regies Metropolitanas de SP e BH para os municpios
com 50 mil ou mais habitantes no ano de 2007.
% Emprego
sobre a
# Municpios
Populao
Total
3 Mangaratiba 67,98
6 Po (RMSP) 37,22
9 Niteri 32,57
19 Itagua 21,69
27 Embu (RMSP) 15,12
29 Mau (RMSP) 13,32
34 Guapimirim 11,49
310
% Emprego
sobre a
# Municpios
Populao
Total
35 Nilpolis 11,22
37 Seropdica 10,83
39 Nova Iguau 10,13
40 Tangu 10,00
41 Itaquaquecetuba (RMSP) 9,86
44 So Gonalo 9,48
45 Maric 9,15
47 Itabora 9,12
49 Paracambi 8,97
52 Queimados 7,79
54 Mag 6,19
55 Mesquita 6,11
59 Japeri 4,52
Fonte: IBGE e MTE/RAIS
311
Quadro 3. 107 - Ranking do nvel de emprego industrial no ano de 2000 em relao PEA(2000)
nos Municpios do Arco Metropolitano e Periferias das Regies Metropolitanas de SP e BH para
os municpios com 50 mil ou mais habitantes.
Emprego no setor
# Municpios Industrial sobre a
PEA(2000)
9 Paracambi 15,03
21 Po (RMSP) 10,12
26 Mau (RMSP) 8,02
28 Embu (RMSP) 7,18
312
Emprego no setor
# Municpios Industrial sobre a
PEA(2000)
37 Guapimirim 4,31
39 Queimados 4,11
40 Itagua 3,83
41 Mangaratiba 3,32
42 Itabora 3,30
43 So Gonalo 3,24
44 Niteri 2,74
45 Tangu 2,68
46 Nova Iguau 2,68
48 Mag 2,53
50 Seropdica 2,17
54 Maric 1,16
55 Nilpolis 1,04
57 Japeri 0,39
59 Mesquita *
Fonte: MTE/RAIS 2000, Censo IBGE 2000
* No h dados para o municpio de Mesquita por ele ter sido criado

em 25 de setembro de 1999 de acordo com a lei estadual 3253. O
municpio de Mesquita anteriormente era um distrito de Nova Iguau.
313
Quadro 3. 108 - Ranking do nvel de emprego industrial por habitantes nos Municpios do Arco
Metropolitano e Periferias das Regies Metropolitanas de SP e BH para os municpios com 50 mil
ou mais habitantes no ano de 2007.
Participao do
Emprego
# Municpios
Industrial no Total
da Populao
8 Aruj (RMSP) 10,42
16 Po (RMSP) 6,31
17 Mau (RMSP) 6,16
29 Embu (RMSP) 3,92
30 Niteri 3,49
34 Rio Bonito 3,28
314
Participao do
Emprego
# Municpios
Industrial no Total
da Populao
37 Terespolis 2,46
39 Itagua 2,09
42 Tangu 1,96
43 Itabora 1,77
44 Queimados 1,68
45 Seropdica 1,63
46 So Gonalo 1,50
47 Guapimirim 1,49
48 Nova Iguau 1,49
50 Mag 1,08
53 Maric 0,94
54 Paracambi 0,82
55 Nilpolis 0,77
56 Mesquita 0,75
59 Japeri 0,44
61 Mangaratiba 0,15
Fonte: Populao IBGE 2008
Empregos MTE/RAIS 2008
315
Quadro 3. 109 - Participao percentual da Administrao Pblica (APU) no PIB municipal (2007)
para os municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano e periferias de SP e BH.
Municpios Part. %
Metropolitanos APU/PIB
1 Japeri (RMRJ) 55,76
2 Tangu (RMRJ) 45,21
3 Belford Roxo (RMRJ) 42,69
4 Mag (RMRJ) 42,36
5 Seropdica (RMRJ) 41,84
6 Itabora (RMRJ) 41,67
7 Mesquita (RMRJ) 41,62
8 Guapimirim (RMRJ) 40,35
9 Paracambi (RMRJ) 40,24
10 Queimados (RMRJ) 39,82
11 So Joo de Meriti (RMRJ) 38,74
12 Nilpolis (RMRJ) 36,47
13 Maric (RJ) 35,60
14 So Gonalo (RMRJ) 33,96
16 Nova Iguau (RMRJ) 33,36
17 Mangaratiba (RJ) 33,36
20 Cachoeiras de Macacu (RJ) 28,06
21 Terespolis (RJ) 26,80
30 Niteri (RMRJ) 19,44
34 Rio Bonito (RJ) 15,72
35 Embu (RMSP) 15,56
316
Municpios Part. %
Metropolitanos APU/PIB
37 Itagua (RJ) 14,00
39 Po (RMSP) 12,44
40 Mau (RMSP) 12,22
47 Duque de Caxias (RMRJ) 9,85
Fonte: IBGE PIB Municpios
317
Quadro 3. 110 - Participao Percentual de cada setor do IBGE no total de empregos nos
municpios da rea de Influncia do Arco Metropolitano, total do Arco Metropolitano, Periferias de
SP e BH, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil no ano de 2008.
Agrope- SERV Constru- ADM

Municpios cuaria Indstria IND UP o Civil Comrcio Servios PUBL TOTAL
rea 1
Itagua 0,74 8,90 0,11 3,07 15,71 45,67 25,80 100,00
Mangaratiba 0,42 0,26 0,00 0,60 3,22 72,18 23,31 100,00
Seropdica 0,75 14,94 0,42 5,72 15,68 42,71 19,77 100,00
rea 2
Belford Roxo 0,02 10,43 0,08 3,73 22,24 24,65 38,84 100,00
Duque de Caxias 0,04 17,96 0,35 7,41 25,86 38,11 10,28 100,00
Japeri 0,08 12,00 0,00 2,15 26,47 12,60 46,70 100,00
Mag 0,63 17,68 1,72 2,86 40,15 21,83 15,12 100,00
Mesquita 0,00 11,03 0,04 0,92 19,29 54,02 14,69 100,00
Nilpolis 0,00 7,32 0,01 1,56 29,58 39,91 21,62 100,00
Nova Iguau 0,11 15,17 2,43 6,70 32,19 33,63 9,76 100,00
Paracambi 0,95 10,24 0,17 0,61 30,77 29,19 28,07 100,00
Queimados 0,07 23,50 0,17 6,09 23,50 22,63 24,03 100,00
So Joo de Meriti 0,01 10,23 0,23 1,55 34,23 43,84 9,91 100,00
rea 3
Cachoeiras de Macacu 8,45 15,41 3,20 5,92 19,61 18,34 29,07 100,00
Guapimirim 2,53 15,65 0,76 1,06 30,80 17,77 31,43 100,00
Itabora 1,12 18,11 0,76 15,79 24,65 22,67 16,90 100,00
Maric 1,37 11,82 0,00 2,32 34,08 26,67 23,75 100,00
Niteri 0,07 9,71 2,18 5,28 19,96 53,84 8,95 100,00
So Gonalo 1,88 6,92 0,10 5,29 14,87 62,15 8,80 100,00
Tangu 0,08 15,43 0,27 3,56 28,09 35,11 17,46 100,00
Arco Metropolitano 3,08 21,46 0,04 14,72 21,86 12,90 25,95 100,00
Periferia RMSP 3,28 13,77 0,05 4,17 25,77 39,06 13,89 100,00
Periferia RMBH 0,44 13,16 0,96 5,18 24,84 41,12 14,30 100,00
RMRJ 0,40 30,50 0,89 4,00 18,40 38,43 7,37 100,00
RMSP 1,36 32,59 0,19 6,09 19,68 28,82 11,27 100,00
RMBH 0,10 9,72 1,42 4,63 18,91 46,24 18,99 100,00
Estado do RJ 0,20 18,24 0,79 4,72 17,70 42,30 16,05 100,00
Sudeste 0,60 13,40 1,43 8,25 14,94 37,17 24,21 100,00
Brasil 0,64 11,80 1,34 4,92 19,25 43,41 18,64 100,00
Fonte: RAIS/MTE
318
Quadro 3. 111 - Salrio Mdio dos trabalhadores formais no setor privado por municpios do Arco
Metropolitano, Periferias de SP e BH, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ,
Sudeste e Brasil Salrio Mdio de dezembro de 2008.
Salrio Mdio do
Municpios setor privado em
dezembro de 2008
rea 1
Itagua R$ 1.503,36
Mangaratiba R$ 481,45
Seropdica R$ 2.069,79
rea 2
Belford Roxo R$ 1.025,33
Duque de Caxias R$ 1.324,31
Japeri R$ 901,12
Mag R$ 794,95
Mesquita R$ 840,80
Nilpolis R$ 938,84
Nova Iguau R$ 869,87
Paracambi R$ 752,21
Queimados R$ 1.039,63
So Joo de Meriti R$ 830,56
rea 3
Cachoeiras de Macacu R$ 945,22
Guapimirim R$ 784,00
Itabora R$ 847,45
Maric R$ 715,48
Niteri R$ 1.320,27
Rio Bonito R$ 792,15
Sao Gonalo R$ 854,84
Tangu R$ 747,67
Terespolis R$ 859,05
Arco Metropolitano R$ 1.079,87
Periferia RMSP R$ 1.607,34
Periferia RMBH R$ 1.252,86
RMRJ R$ 1.534,51
RMSP R$ 1.779,64
RMBH R$ 1.257,32
Estado do Rio de Janeiro R$ 1.485,50
Regio Sudeste R$ 1.441,81
Brasil R$ 1.285,60
319
Quadro 3. 112 - Variao da populao residente entre 1940 e 2000 nas cidades de SP, BH, RJ,
nas Regies Metropolitanas de SP, BH, RJ, Estado do RJ, Sudeste e Brasil.
Municpios 1940 2000 Variao
Cidade do Rio de Janeiro 1.764.141 5.857.904 232,05

Arco Metropolitano 481.455 5.084.795 956,13
RMRJ 2.198.634 10.710.515 387,14
Cidade de So Paulo 1.326.261 10.434.252 686,74
Periferia RMSP 241.784 7.444.451 2.978,97
RMSP 1.568.045 17.878.703 1.040,19
Cidade de Belo Horizonte 211.377 2.238.526 959,02
Periferia RMBH 182.281 2.110.899 1.058,05
RMBH 393.658 4.349.425 1.004,87
Estado do RJ 3.611.998 14.391.282 298,43
Sudeste 18.278.837 72.412.411 296,15
Brasil 41.169.321 169.799.170 312,44
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, Censos Demogrficos (dados
do RJ e Arco Metropolitano); IPEAData (dados de SP, BH, Sudeste e Brasil)
320
Quadro 3. 113 - Nvel de escolaridade dos empregados formais no setor privado segundo os anos
de estudo nos municpios do Arco Metropolitano, periferias de SP e BH, Regies Metropolitanas
de SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil no ano de 2008 em percentual do total de
empregados.
SUPERIO
FUND. FUND. MEDIO MEDIO SUPERIOR
R TOTAL
INCOMPL. COMPL. INCOMPL. COMPL. INCOMPL.
Municpios COMPL.
rea 1
Itagua 25,63 15,83 9,28 33,19 3,10 12,95 100,00
Mangaratiba 37,18 15,28 9,07 28,87 4,86 4,73 100,00
Seropdica 19,18 17,90 6,72 32,08 1,66 22,47 100,00
rea 2
Belford Roxo 17,14 22,01 10,95 40,22 1,94 7,75 100,00
Duque de Caxias 20,94 22,28 8,92 35,85 3,94 8,08 100,00
Japeri 25,86 20,29 6,92 36,19 2,17 8,57 100,00
Mag 21,75 21,00 8,85 40,42 2,40 5,58 100,00
Mesquita 19,75 30,34 9,11 34,25 1,68 4,87 100,00
Nilpolis 12,24 20,37 9,10 41,38 2,75 14,16 100,00
Nova Iguau 17,88 20,10 8,79 42,37 2,72 8,13 100,00
Paracambi 22,01 15,01 11,80 40,85 2,79 7,54 100,00
Queimados 22,59 20,00 8,68 37,24 2,22 9,27 100,00
So Joo de Meriti 17,97 24,54 8,47 40,09 2,76 6,17 100,00
rea 3
Cachoeiras de Macacu 29,74 20,46 8,33 33,02 3,49 4,95 100,00
Guapimirim 29,32 18,66 12,33 31,97 3,06 4,67 100,00
Itabora 33,76 19,74 10,27 29,73 1,61 4,88 100,00
Maric 19,73 26,34 10,41 36,19 1,93 5,40 100,00
Niteri 18,14 15,61 7,67 39,40 3,43 15,76 100,00
Rio Bonito 28,44 19,89 8,43 34,28 3,12 5,85 100,00
Sao Gonalo 18,05 21,95 9,71 40,34 2,26 7,69 100,00
Tangu 31,23 31,57 9,94 22,61 1,22 3,43 100,00
Terespolis 30,06 20,37 9,27 27,74 3,34 9,22 100,00
Arco Metropolitano 20,70 20,06 8,79 37,66 3,07 9,72 100,00
Periferia RMSP 16,03 14,15 8,70 45,33 4,73 11,06 100,00
Periferia RMBH 20,97 19,64 9,94 39,37 3,21 6,86 100,00
RMRJ 17,75 17,99 7,81 36,63 4,67 15,14 100,00
RMSP 15,39 13,39 8,11 42,04 5,66 15,42 100,00
RMBH 20,35 16,73 8,70 39,76 3,80 10,66 100,00
Estado do Rio de Janeiro 19,12 18,21 8,15 36,48 4,29 13,75 100,00
Regio Sudeste 19,47 15,82 8,90 39,45 4,27 12,10 100,00
Brasil 20,42 15,34 9,47 39,68 4,26 10,84 100,00
Fonte: RAIS/MTE
Obs: Na coluna com o percentual dos que possuem at o fundamental incompleto esto includos os analfabetos.
321
Quadro 3. 114 - Nvel de escolaridade em percentagem dos empregados no setor industrial
segundo os anos de estudo. Municpios do Arco Metropolitano, Periferias de SP e BH, Regies
Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil no ano de 2008.
FUND. FUND. MEDIO MEDIO SUPERIOR SUPERIOR

TOTAL
Municpios INCOMPL. COMPL. INCOMPL. COMPL. INCOMPL. COMPL.
rea 1
Itagua 35,21 23,24 5,91 26,11 1,57 7,95 100,00
Mangaratiba 36,17 36,17 6,38 19,15 0,00 2,13 100,00
Seropdica 32,52 19,97 11,44 32,52 1,89 1,66 100,00
rea 2
Belford Roxo 8,73 22,94 9,17 48,68 1,96 8,53 100,00
Duque de Caxias 19,03 25,37 9,71 34,88 3,50 7,51 100,00
Japeri 38,76 27,29 9,17 22,48 0,46 1,83 100,00
Mag 32,08 25,46 8,92 30,08 1,04 2,42 100,00
Mesquita 16,62 34,38 11,93 33,52 1,78 1,78 100,00
Nilpolis 14,08 23,16 12,85 46,89 1,06 1,96 100,00
Nova Iguau 22,01 21,95 11,46 38,22 2,24 4,12 100,00
Paracambi 35,05 10,87 16,85 32,34 2,45 2,45 100,00
Queimados 30,73 19,12 8,55 34,79 2,20 4,62 100,00
So Joo de Meriti 27,04 30,31 10,94 29,05 1,34 1,32 100,00
rea 3
Guapimirim 29,83 19,89 10,64 35,22 1,38 3,04 100,00
Itabora 48,09 16,58 13,72 18,99 1,05 1,56 100,00
Maric 27,22 28,02 12,01 30,25 1,07 1,42 100,00
Niteri 21,41 18,63 9,90 39,34 3,05 7,67 100,00
Rio Bonito 50,64 15,32 10,06 20,23 1,29 2,46 100,00
Sao Gonalo 18,99 26,45 10,27 37,66 2,19 4,44 100,00
Tangu 32,60 38,01 11,32 16,39 1,01 0,68 100,00
Terespolis 33,70 20,19 11,72 28,99 2,31 3,08 100,00
Periferia RMSP 14,87 14,20 8,87 47,18 4,50 10,37 100,00
Periferia RMBH 17,47 19,98 10,27 42,33 3,52 6,43 100,00
RMRJ 17,63 20,68 9,16 34,30 4,01 14,21 100,00
RMSP 15,49 15,27 9,13 43,11 4,78 12,23 100,00
RMBH 17,25 20,29 10,20 41,21 3,39 7,66 100,00
Estado do Rio de Janeiro 19,47 19,67 9,21 36,07 3,67 11,92 100,00
Regio Sudeste 19,37 17,05 9,72 41,27 3,60 8,98 100,00
Brasil 23,38 16,88 10,70 38,66 3,48 6,90 100,00
Fonte: RAIS/MTE
Obs: Na coluna com o percentual dos que possuem at o fundamental incompleto esto includos os analfabetos.
322
Quadro 3. 115 - Ranking dos municpios do Arco Metropolitano e dos municpios das periferias
das Regies Metropolitanas de SP e BH com 50 mil ou mais habitantes, segundo as mdias do
IDEB 2007, na rede pblica do ensino fundamental da serie inicial a quarta srie.
# Municpios 2007
1 BARUERI (RMSP) 5,2

2 SO BERNARDO DO CAMPO (RMSP) 5,1
3 RIBEIRAO PIRES (RMSP) 5,0
4 ARUJA (RMSP) 4,9
5 CAIEIRAS (RMSP) 4,9
6 SANTO ANDRE (RMSP) 4,9
7 TABOAO DA SERRA (RMSP) 4,9
8 CAJAMAR (RMSP) 4,8
9 DIADEMA (RMSP) 4,8
10 MAUA (RMSP) 4,8
11 POA (RMSP) 4,8
12 PEDRO LEOPOLDO (RMBH) 4,8
13 MOGI DAS CRUZES (RMSP) 4,7
14 NOVA LIMA (RMBH) 4,7
15 COTIA (RMSP) 4,6
16 EMBU-GUACU (RMSP) 4,6
17 ITAPEVI (RMSP) 4,6
18 JANDIRA (RMSP) 4,6
19 OSASCO (RMSP) 4,6
20 SUZANO (RMSP) 4,6
21 CONTAGEM (RMBH) 4,6
22 RIBEIRAO DAS NEVES (RMBH) 4,6
23 PARACAMBI (RMRJ) 4,5
24 CARAPICUBA (RMSP) 4,5
25 EMBU (RMSP) 4,5
26 FERRAZ DE VASCONCELOS (RMSP) 4,5
27 ITAPECERICA DA SERRA (RMSP) 4,5
28 BETIM (RMBH) 4,5
29 FRANCISCO MORATO (RMSP) 4,4
30 FRANCO DA ROCHA (RMSP) 4,4
31 GUARULHOS (RMSP) 4,4
32 SANTANA DE PARNAIBA (RMSP) 4,4
33 SANTA LUZIA (RMBH) 4,4
34 MARICA (RJ) 4,3
35 ESMERALDAS (RMBH) 4,3
36 SABARA (RMBH) 4,3
37 IBIRITE (RMBH) 4,2
38 TERESOPOLIS (RJ) 4,2
39 RIO BONITO (RJ) 4,2
38 NITEROI (RMRJ) 4,1
39 VESPASIANO (RMBH) 4,1
40 MANGARATIBA (RMRJ) 4,0
323
# Municpios 2007
41 ITAQUAQUECETUBA (RMSP) 4,0

42 MAIRIPORA (RMSP) 4,0
43 CACHOEIRAS DE MACACU (RJ) 3,9
44 NILOPOLIS (RMRJ) 3,9
45 ITAGUAI (RJ) 3,8
46 NOVA IGUACU (RMRJ) 3,8
47 SO GONCALO (RMRJ) 3,8
48 ITABORAI (RMRJ) 3,7
49 MESQUITA (RMRJ) 3,7
50 QUEIMADOS (RMRJ) 3,7
51 TANGUA (RMRJ) 3,7
52 DUQUE DE CAXIAS (RMRJ) 3,6
53 JAPERI (RMRJ) 3,6
54 MAGE (RMRJ) 3,6
55 SEROPEDICA (RMRJ) 3,6
56 BELFORD ROXO (RMRJ) 3,5
57 GUAPIMIRIM (RMRJ) 3,5
58 SO JOAO DE MERITI (RMRJ) 3,5
59 SO CAETANO DO SUL (RMSP) -
Fonte: INEP/MEC
324
Tabela 3.116 - Ranking dos municpios do Arco Metropolitano e dos municpios das periferias das
Regies Metropolitanas de SP e BH com 50 mil ou mais habitantes, segundo as mdias do IDEB
2007, na rede pblica do ensino fundamental de quinta a oitava srie.
# Municpios 2007
1 SAO CAETANO DO SUL (RMSP) 4,5
2 BARUERI (RMSP) 4,4
3 RIBEIRAO PIRES (RMSP) 4,3
4 CAIEIRAS (RMSP) 4,2
5 SANTO ANDRE (RMSP) 4,2
6 SAO BERNARDO DO CAMPO (RMSP) 4,2
7 MAUA (RMSP) 4,1
8 TABOAO DA SERRA (RMSP) 4,1
9 BETIM (RMBH) 4,1
10 CONTAGEM (RMBH) 4,1
11 ARUJA (RMSP) 4,0
12 EMBU-GUACU (RMSP) 4,0
13 MAIRIPORA (RMSP) 4,0
14 SANTANA DE PARNAIBA (RMSP) 4,0
15 SUZANO (RMSP) 4,0
16 ITAPECERICA DA SERRA (RMSP) 3,9
17 MOGI DAS CRUZES (RMSP) 3,9
18 PEDRO LEOPOLDO (RMBH) 3,9
19 CARAPICUBA (RMSP) 3,8
20 DIADEMA (RMSP) 3,8
21 OSASCO (RMSP) 3,8
22 POA (RMSP) 3,8
23 SABARA (RMBH) 3,8
24 CAJAMAR (RMSP) 3,7
25 COTIA (RMSP) 3,7
26 FERRAZ DE VASCONCELOS (RMSP) 3,7
27 FRANCISCO MORATO (RMSP) 3,7
28 FRANCO DA ROCHA (RMSP) 3,7
29 GUARULHOS (RMSP) 3,7
30 ITAPEVI (RMSP) 3,7
31 JANDIRA (RMSP) 3,7
32 ESMERALDAS (RMBH) 3,7
33 VESPASIANO (RMBH) 3,7
34 EMBU (RMSP) 3,6
325
# Municpios 2007
35 IBIRITE (RMBH) 3,6
36 MARICA (RJ) 3,5
37 ITAQUAQUECETUBA (RMSP) 3,5
38 CACHOEIRAS DE MACACU (RJ) 3,4
39 PARACAMBI (RMRJ) 3,4
40 NOVA LIMA (RMBH) 3,4
41 RIBEIRAO DAS NEVES (RMBH) 3,4
42 NITEROI (RMRJ) 3,3
43 SEROPEDICA (RMRJ) 3,3
44 ITABORAI (RMRJ) 3,2
45 TANGUA (RMRJ) 3,2
46 SANTA LUZIA (RMBH) 3,2
47 MANGARATIBA (RJ) 3,1
48 GUAPIMIRIM (RMRJ) 3,0
49 NILOPOLIS (RMRJ) 3,0
50 NOVA IGUACU (RMRJ) 3,0
51 SAO GONCALO (RMRJ) 3,0
52 MAGE (RMRJ) 2,9
53 MESQUITA (RMRJ) 2,9
54 BELFORD ROXO (RMRJ) 2,8
55 ITAGUAI (RJ) 2,8
56 QUEIMADOS (RMRJ) 2,8
57 DUQUE DE CAXIAS (RMRJ) 2,7
58 JAPERI (RMRJ) 2,7
59 SAO JOAO DE MERITI (RMRJ) 2,6
Fonte: INEP/MEC
326
Quadro 3. 117 - Participao percentual do nvel de estudo da populao nos municpios do Arco
Metropolitano, Periferias do RJ, SP e BH, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ,
Sudeste e Brasil no ano de 2000
SEM FUND FUND MEDIO MEDIO 12 ANOS
Municpios TOTAL
INSTRUO INCOMP COMP INCOMP COMP OU MAIS
rea 1
Itagua 8,28 57,27 10,35 6,78 12,94 4,36 100,00
Mangaratiba 7,99 51,70 11,83 5,69 16,43 6,37 100,00
Seropdica 8,18 58,85 10,23 7,37 10,99 4,38 100,00
rea 2
Belford Roxo 8,01 58,51 13,29 6,86 11,07 2,26 100,00
Duque de Caxias 7,38 54,94 13,41 7,00 13,39 3,88 100,00
Japeri 10,63 63,59 10,15 5,84 8,40 1,41 100,00
Mag 8,70 58,25 11,78 6,20 12,33 2,75 100,00
Mesquita* - - - - - - -
Nilpolis 3,63 45,24 14,08 9,74 20,09 7,20 100,00
Nova Iguau 7,09 53,14 12,95 7,55 14,81 4,46 100,00
Paracambi 11,36 54,20 10,65 6,34 13,88 3,59 100,00
Queimados 8,97 58,63 12,07 6,61 11,57 2,15 100,00
So Joo de Meriti 5,19 53,26 14,78 7,91 15,32 3,54 100,00
rea 3
Guapimirim 10,10 59,84 11,24 5,08 9,91 3,82 100,00
Itabora 10,22 61,88 9,80 6,00 9,22 2,89 100,00
Maric 7,84 51,94 9,36 7,24 15,65 7,98 100,00
Niteri 3,48 32,34 9,63 7,05 21,08 26,42 100,00
Rio Bonito 11,43 59,21 7,44 5,16 12,33 4,43 100,00
So Gonalo 5,60 50,14 12,62 8,18 18,11 5,37 100,00
Tangu 13,75 64,93 7,25 3,76 8,61 1,70 100,00
Terespolis 9,28 57,55 8,16 5,39 10,96 8,66 100,00
Periferia RMSP 6,13 50,89 11,58 8,38 15,66 7,36 100,00
Periferia RMBH 6,53 59,03 10,82 7,20 13,05 3,37 100,00
RMRJ 5,35 45,05 12,32 7,49 17,58 12,20 100,00
RMSP 5,27 46,53 11,61 8,07 16,77 11,77 100,00
RMBH 5,45 51,41 10,66 7,51 16,13 8,84 100,00
Estado do RJ 6,22 47,70 11,65 7,20 16,47 10,76 100,00
Sudeste 7,20 50,91 10,57 7,20 14,96 9,15 100,00
Brasil 11,05 53,65 9,01 6,49 12,85 6,95 100,00
Fonte: IBGE Censo 2000
* No h dados para o municpio de Mesquita por ele ter sido criado em 25 de setembro de 1999 de acordo com a lei estadual 3253. O
municpio de Mesquita anteriormente era um distrito de Nova Iguau.
Obs 1: Os dados do censo no permitem criar uma coluna com nvel de escolaridade de superior completo, por isso colocou-se somente a
coluna de mais de 12 anos de estudo ao contrario das demais tabelas de escolaridade deste trabalho.
Obs 2: Nas tabelas de nvel de escolaridade dos empregados formais pela RAIS o percentual de trabalhadores sem instruo para o total
de atividades econmicas e para os empregados do setor privado extremamente baixo. Por isso, nessas tabelas no foram destacados os
sem instruo. No caso dos dados do censo, que mede o universo, o percentual de sem instruo tem expresso, por isso foi includo.
327
Quadro 3. 118 - ndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) Geral, Emprego e Renda,
Educao e Sade 2005 e 2006 dos estados do Rio de Janeiro e So Paulo. ndice e posio no
ranking nacional nos anos de 2005 e 2006 e variao percentual do ndice entre 2005 e 2006.
IFDM
UF 2005 Posio 2006 Posio Variao %
Rio de Janeiro 0,7793 4 0,8035 3 3,1
So Paulo 0,8499 1 0,8637 1 1,6
IFDM Emprego e Renda

Rio de Janeiro 0,8058 4 0,8872 2 10,1
So Paulo 0,8379 1 0,8890 1 6,1
IFDM Educao
Rio de Janeiro 0,7257 6 0,7132 7 -1,7
So Paulo 0,8580 1 0,8384 1 -2,3
IFDM Sade
Rio de Janeiro 0,8063 8 0,8101 9 0,5
So Paulo 0,8540 2 0,8637 2 1,1
Fonte: IFDM/FIRJAN.
328
Quadro 3. 119 - Ranking do IFDM/Sade 2006 para os municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano dentro do Estado do RJ.
Ranking
IFDM/Sade
Municpios Sade do
2006
ERJ
Niteri (RMRJ) 0,8912 10
Paracambi (RMRJ) 0,8614 27
So Gonalo (RMRJ) 0,8512 29
Rio de Janeiro (RMRJ) 0,8347 35
Seropdica (RMRJ) 0,8008 58
Mangaratiba (RJ) 0,7961 61
Cachoeiras de Macacu (RJ) 0,7906 63
Itagua (RJ) 0,7863 65
Maric (RJ) 0,7824 67
Nilpolis (RMRJ) 0,7744 71
Mesquita (RMRJ) 0,7675 73
Duque de Caxias (RMRJ) 0,7654 74
Mag (RMRJ) 0,7572 77
Guapimirim (RMRJ) 0,7395 80
Itabora (RMRJ) 0,7384 81
Japeri (RMRJ) 0,7277 84
Nova Iguau (RMRJ) 0,7265 85
So Joo de Meriti (RMRJ) 0,7254 86
Tangu (RMRJ) 0,7000 90
Queimados (RMRJ) 0,6946 91
Belford Roxo (RMRJ) 0,6895 92
Total do Estado do RJ 0,8101 -
Brasil 0,7699 -
Fonte: ndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
Obs: indicador IFDM/ Sade visa avaliar a qualidade do Sistema de

Sade Municipal referente Ateno Bsica. As variveis
acompanhadas por este indicador so: Quantidade de Consultas Pr-
Natal; Taxa de bitos Mal-Definidos; e, Taxa de bitos Infantis por
Causas Evitveis.
329
Quadro 3. 120 - Ranking comparativo do IFDM Sade em 2005 e 2006, para os municpios do Arco
Metropolitano e periferias das RMs SP e BH com 50 mil ou mais habitantes.
IFDM/Sade Ranking IFDM/Sade Ranking

Municpios
# 2005 Brasil 2006 Brasil
1 Barueri (RMSP) 0,9306 182 0,9475 111
2 Caieiras (RMSP) 0,9278 200 0,9321 225
3 So Caetano do Sul (RMSP) 0,9230 234 0,9304 239
4 Santana de Parnaba (RMSP) 0,8869 607 0,9139 406
5 So Bernardo do Campo (RMSP) 0,9032 431 0,9099 444
6 Osasco (RMSP) 0,8868 610 0,8931 655
7 Niteri 0,8961 508 0,8912 682
8 Santo Andr (RMSP) 0,8782 716 0,8857 765
9 Diadema (RMSP) 0,8884 593 0,8854 767
10 Jandira (RMSP) 0,8638 912 0,8738 933
11 Mairipor (RMSP) 0,8656 889 0,8718 963
12 Mau (RMSP) 0,8648 903 0,8681 1.016
13 Ribeiro Pires (RMSP) 0,8603 967 0,8665 1.037
14 Carapicuba (RMSP) 0,8510 1.117 0,8634 1.094
15 Paracambi 0,8461 1.193 0,8614 1.127
16 Nova Lima (RMBH) 0,9246 220 0,8603 1.144
17 Cajamar (RMSP) 0,8153 1.659 0,8580 1.182
18 Francisco Morato (RMSP) 0,8396 1.300 0,8573 1.200
19 Guarulhos (RMSP) 0,8379 1.328 0,8534 1.270
20 So Gonalo 0,8468 1.182 0,8512 1.305
21 Itapecerica da Serra (RMSP) 0,8468 1.181 0,8470 1.363
22 Franco da Rocha (RMSP) 0,8273 1.491 0,8430 1.427
23 Cotia (RMSP) 0,8332 1.408 0,8404 1.482
24 Taboo da Serra (RMSP) 0,8346 1.389 0,8395 1.496
25 Betim (RMBH) 0,8231 1.545 0,8370 1.536
26 Itapevi (RMSP) 0,8388 1.312 0,8362 1.553
27 Contagem (RMBH) 0,8201 1.579 0,8356 1.563
28 Mogi das Cruzes (RMSP) 0,8087 1.760 0,8313 1.636
29 Ibirit (RMBH) 0,7957 1.982 0,8273 1.698
30 Embu-Guau (RMSP) 0,8185 1.608 0,8256 1.735
31 Aruj (RMSP) 0,8023 1.872 0,8246 1.754
32 Embu (RMSP) 0,8041 1.844 0,8185 1.837
33 Po (RMSP) 0,8065 1.797 0,8087 1.996
34 Pedro Leopoldo (RMBH) 0,7789 2.237 0,8082 1.998
35 Seropdica 0,7878 2.101 0,8008 2.118
36 Esmeraldas (RMBH) 0,7880 2.097 0,8000 2.133
330
IFDM/Sade Ranking IFDM/Sade Ranking
Municpios
# 2005 Brasil 2006 Brasil
37 Mangaratiba 0,7993 1.930 0,7961 2.197
38 Ferraz de Vasconcelos (RMSP) 0,7802 2.217 0,7960 2.199
39 Cachoeiras de Macacu 0,7876 2.106 0,7906 2.270
40 Sabar (RMBH) 0,7806 2.204 0,7906 2.271
41 Itagua 0,7763 2.269 0,7863 2.342
42 Maric 0,7562 2.508 0,7824 2.389
43 Nilpolis 0,7824 2.180 0,7744 2.479
44 Suzano (RMSP) 0,7620 2.441 0,7738 2.485
45 Mesquita 0,7679 2.374 0,7675 2.580
46 Vespasiano (RMBH) 0,7546 2.527 0,7668 2.593
47 Duque de Caxias 0,7473 2.628 0,7654 2.609
48 Santa Luzia (RMBH) 0,7527 2.555 0,7612 2.671
49 Mag 0,7632 2.432 0,7572 2.738
50 Itaquaquecetuba (RMSP) 0,7398 2.718 0,7514 2.813
51 Ribeiro das Neves (RMBH) 0,7448 2.662 0,7483 2.856
52 Guapimirim 0,7559 2.513 0,7395 2.966
53 Itabora 0,7530 2.550 0,7384 2.984
54 Japeri 0,7458 2.650 0,7277 3.129
55 Nova Iguau 0,7287 2.874 0,7265 3.149
56 So Joo de Meriti 0,7198 3.002 0,7254 3.157
57 Tangu 0,7153 3.054 0,7000 3.506
58 Queimados 0,7032 3.195 0,6946 3.578
59 Belford Roxo 0,6931 3.322 0,6895 3.646
Fonte: ndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
Obs: indicador IFDM/ Sade visa avaliar a qualidade do Sistema de Sade Municipal referente Ateno
Bsica. As variveis acompanhadas por este indicador so: Quantidade de Consultas Pr-Natal; Taxa de
bitos Mal-Definidos; e, Taxa de bitos Infantis por Causas Evitveis.
331
Quadro 3. 121- Domiclios urbanos Ranking de eficincia de servios urbanos - calamento /
pavimentao (2000). Todos os municpios da periferia da RMRJ e municpios com 50 mil ou mais
habitantes das periferias das RMSP e RMBH.
Total de
Participao
Domiclios
Municpios metropolitanos no Total de
com
Domiclios
deficincia
1 So Caetano do Sul (RMSP) 0 0,0
2 Barueri (RMSP) 837 1,5
3 Nilpolis (RMRJ) 750 1,7
4 Caieiras (RMSP) 774 4,1
5 Jandira (RMSP) 1.200 4,9
6 Taboo da Serra (RMSP) 3.344 6,4
7 Diadema (RMSP) 6.502 6,6
8 Santo Andr (RMSP) 12.658 6,8
9 Nova Lima (RMBH) 1.537 9,2
10 Contagem (RMBH) 13.263 9,3
11 Carapicuba (RMSP) 10.244 11,3
12 Osasco (RMSP) 23.177 12,8
13 Mau (RMSP) 13.928 14,1
14 Niteri (RMRJ) 20.969 14,6
15 Po (RMSP) 3.835 15,3
16 Paracambi (RMRJ) 1.763 15,4
17 So Bernardo do Campo (RMSP) 32.043 16,2
18 Cajamar (RMSP) 2.307 16,8
19 Aruj (RMSP) 2.574 17,0
20 Ferraz de Vasconcelos (RMSP) 6.331 17,3
21 Ribeiro Pires (RMSP) 4.967 17,6
22 Cotia (RMSP) 7.617 19,8
23 Mogi das Cruzes (RMSP) 17.958 20,2
24 Sabar (RMBH) 6.117 20,9
25 Embu (RMSP) 11.363 21,5
26 Guarulhos (RMSP) 63.818 22,0
27 So Joo de Meriti (RMRJ) 30.239 23,4
28 Pedro Leopoldo (RMBH) 3.780 27,1
29 Vespasiano (RMBH) 5.881 30,7
30 Betim (RMBH) 24.218 30,9
31 Santa Luzia (RMBH) 15.025 32,1
32 Itapecerica da Serra (RMSP) 10.949 32,5
33 Franco da Rocha (RMSP) 9.020 34,3
34 Duque de Caxias (RMRJ) 75.648 34,4
35 Mesquita (RMRJ) 17.979 38,2
36 Santana de Parnaba (RMSP) 7.438 40,0
37 Suzano (RMSP) 23.855 40,0
38 Guapimirim (RMRJ) 4.586 43,2
39 So Gonalo (RMRJ) 120.603 45,9
40 Nova Iguau (RMRJ) 99.664 46,7
41 Ibirit (RMBH) 16.511 49,0
42 Belford Roxo (RMRJ) 59.689 49,1
43 Mag (RMRJ) 28.814 49,6
332
Total de
Participao
Domiclios
com
Domiclios
deficincia
44 Itaquaquecetuba (RMSP) 35.396 51,4
45 Ribeiro das Neves (RMBH) 32.297 52,1
46 Mairipor (RMSP) 8.772 54,4
47 Itapevi (RMSP) 23.170 55,5
48 Embu Guau (RMSP) 8.126 56,6
49 Francisco Morato (RMSP) 20.751 61,1
50 Seropdica (RMRJ) 11.944 65,9
51 Queimados (RMRJ) 22.361 67,1
52 Itabora (RMRJ) 37.728 70,7
53 Esmeraldas (RMBH) 9.338 77,9
54 Japeri (RMRJ) 18.844 82,0
55 Tangu (RMRJ) 6.423 88,6
Fonte: IBGE (2000) com base no anexo estatstico existente na tese de
doutorado de Sol Garson Braule Pinto intitulada Regies Metropolitanas:
Obstculos institucionais a cooperao em polticas urbanas, defendida no
Instituto de Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional da UFRJ no ano de
2007.
Observao: a deficincia em calamento e pavimentao definida pela

inexistncia de calamento/pavimentao na localidade onde o domiclio est
instalado.
333
Quadro 3. 122 - Domiclios urbanos Ranking de eficincia de servios urbanos - gua (2000)
Todos os municpios da periferia da RMRJ e municpios com 50 mil ou mais habitantes das
periferias das RMSP e RMBH.
Total de
Participao no
Domiclios
Municpios metropolitanos Total de
com
Domiclios
deficincia
2 Diadema (RMSP) 902 0,9
3 Carapicuba (RMSP) 910 1,0
5 Po (RMSP) 298 1,2
6 Osasco (RMSP) 2.608 1,4
7 Taboo da Serra (RMSP) 856 1,6
8 Ibirit (RMBH) 602 1,8
9 Mau (RMSP) 1.805 1,8
10 Barueri (RMSP) 1.335 2,4
14 Jandira (RMSP) 916 3,7
15 Betim (RMBH) 3.001 3,8
16 Nilpolis (RMRJ) 1.697 3,8
19 Embu (RMSP) 2.545 4,8
20 Caieiras (RMSP) 1.006 5,3
25 Sabar (RMBH) 1.822 6,2
26 Pedro Leopoldo (RMBH) 895 6,4
31 Itapevi (RMSP) 3.894 9,3
32 Aruj (RMSP) 2.147 14,1
34 Cajamar (RMSP) 1.952 14,2
36 Suzano (RMSP) 8.849 14,9
38 Cotia (RMSP) 5.836 15,2
41 So Gonalo (RMRJ) 51.558 19,6
42 Niteri (RMRJ) 31.177 21,7
334
Total de
Participao no
Domiclios
Municpios metropolitanos Total de
com
Domiclios
deficincia
48 Japeri (RMRJ) 8.456 36,8
52 Mag (RMRJ) 30.984 53,3
54 Tangu (RMRJ) 5.479 75,2
55 Itabora (RMRJ) 40.453 75,8
2007.
Observao: a deficincia em gua definida pela existncia somente de poo

ou nascente na propriedade ou outra forma de abastecimento de gua que no
seja encanada na localidade onde o domiclio est instalado.
335
Quadro 3. 123 - Domiclios urbanos Ranking de eficincia de servios urbanos - esgotamento
(2000) Todos os municpios da periferia da RMRJ e municpios com 50 mil ou mais habitantes das
Total de
Participao
Domiclios
com
Domiclios
deficincia
2 Nilpolis (RMRJ) 1.472 3,3
5 Po (RMSP) 1.779 7,1
12 Niteri (RMRJ) 18.644 13,0
14 Caieiras (RMSP) 2.607 13,7
16 Osasco (RMSP) 26.493 14,6
17 Jandira (RMSP) 3.741 15,3
18 Mau (RMSP) 15.901 16,1
23 So Gonalo (RMRJ) 50.133 19,1
24 Sabar (RMBH) 5.715 19,5
28 Suzano (RMSP) 13.056 21,9
31 Cajamar (RMSP) 3.574 26,0
32 Embu (RMSP) 14.123 26,7
33 Cotia (RMSP) 10.345 27,0
37 Betim (RMBH) 23.490 29,9
38 Itabora (RMRJ) 16.592 31,1
41 Tangu (RMRJ) 2.434 33,4
42 Itapevi (RMSP) 14.738 35,3
336
Total de
Participao
Domiclios
com
Domiclios
deficincia
44 Mag (RMRJ) 22.140 38,1
45 Japeri (RMRJ) 9.166 39,9
49 Aruj (RMSP) 7.035 46,3
50 Ibirit (RMBH) 15.793 46,8
2007.
Observao: a deficincia em esgotamento definida pela existncia somente

de fossa rudimentar ou esgoto jogado diretamente em vala, rio, lago ou mar na
localidade onde o domiclio est instalado.
337
Quadro 3. 124- Domiclios urbanos Ranking de eficincia de servios urbanos - iluminao (2000)
Todos os municpios da periferia da RMRJ e municpios com 50 mil ou mais habitantes das
Total de Participao
Municpios metropolitanos Domiclios com no Total de
#
deficincia Domiclios
4 Po (RMSP) 468 1,9
9 Nova Lima (RMBH) 584 3,5
10 Sabar (RMBH) 1.112 3,8
14 Betim (RMBH) 3.420 4,4
15 Vespasiano (RMBH) 835 4,4
16 Niteri (RMRJ) 6.733 4,7
17 Pedro Leopoldo (RMBH) 674 4,8
18 Ibirit (RMBH) 1.689 5,0
19 Paracambi (RMRJ) 639 5,6
23 Jandira (RMSP) 1.785 7,3
24 Suzano (RMSP) 4.433 7,4
30 Osasco (RMSP) 15.002 8,3
32 Mau (RMSP) 8.445 8,5
34 Aruj (RMSP) 1.500 9,9
39 Embu (RMSP) 5.690 10,8
42 So Gonalo (RMRJ) 37.473 14,3
338
Total de Participao
# Municpios metropolitanos Domiclios com no Total de
deficincia Domiclios
44 Cajamar (RMSP) 2.253 16,4

45 Itapevi (RMSP) 6.871 16,4
46 Cotia (RMSP) 6.648 17,3
47 Mag (RMRJ) 10.887 18,7
51 Japeri (RMRJ) 5.978 26,0
53 Tangu (RMRJ) 2.377 32,8
54 Itabora (RMRJ) 19.782 37,1
Fonte: IBGE (2000) com base no anexo estatstico existente na tese de doutorado
de Sol Garson Braule Pinto intitulada Regies Metropolitanas: Obstculos
institucionais a cooperao em polticas urbanas, defendida no Instituto de
Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional da UFRJ no ano de 2007.
Observao: a deficincia em iluminao definida pela inexistncia de iluminao

pblica na localidade onde o domiclio est instalado.
339
Quadro 3. 125 - Domiclios urbanos Ranking de eficincia de servios urbanos - coleta de lixo
(2000) Todos os municpios da periferia da RMRJ e municpios com 50 mil ou mais habitantes das
Total de
Participao
Domiclios
com
Domiclios
deficincia
2 Santo Andr (RMSP) 315 0,2
3 Diadema (RMSP) 404 0,4
4 Mau (RMSP) 365 0,4
5 Jandira (RMSP) 124 0,5
6 Po (RMSP) 136 0,5
8 Taboo da Serra (RMSP) 308 0,6
9 Barueri (RMSP) 396 0,7
12 Osasco (RMSP) 2.123 1,2
14 Embu (RMSP) 815 1,5
15 Ribeiro Pires (RMSP) 428 1,5
17 Cotia (RMSP) 784 2,0
19 Ferraz de Vasconcelos (RMSP) 968 2,6
21 Nova Lima (RMBH) 490 2,9
22 Niteri (RMRJ) 4.428 3,1
23 Santana de Parnaba (RMSP) 687 3,7
26 Suzano (RMSP) 2.572 4,3
27 Betim (RMBH) 3.459 4,4
28 Itapevi (RMSP) 1.869 4,5
30 Aruj (RMSP) 885 5,8
32 Cajamar (RMSP) 1.175 8,5
33 So Gonalo (RMRJ) 23.162 8,8
34 Ibirit (RMBH) 3.009 8,9
340
Total de
Participao
Domiclios
com
Domiclios
deficincia
45 Mag (RMRJ) 9.263 15,9
48 Sabar (RMBH) 6.208 21,2
51 Tangu (RMRJ) 1.637 22,5
53 Itabora (RMRJ) 21.310 39,9
54 Japeri (RMRJ) 9.753 42,4
Fonte: IBGE (2000) com base no anexo estatstico existente na tese de doutorado de
Sol Garson Braule Pinto intitulada Regies Metropolitanas: Obstculos institucionais a
cooperao em polticas urbanas, defendida no Instituto de Pesquisa em Planejamento
Urbano e Regional da UFRJ no ano de 2007.
Observao: a deficincia em coleta de lixo definida pela inexistncia de coleta de lixo

e/ou quando o lixo queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio,
logradouro, rio, lago ou mar, ou tem outro destino que no seja a coleta de lixo na
localidade onde o domiclio est instalado.
341
Quadro 3. 126 - Receita Corrente lquida per capita em 2007 dos municpios da rea de Influncia
do Arco Metropolitano.
Municpios RCL
Per Capita
Belford Roxo 579,11
Cachoeiras de Macacu 1.328,55
Duque de Caxias 1.110,69
Guapimirim 1.342,98
Itabora 900,22
Itagua 2.356,67
Japeri 930,57
Mag 762,19
Mangaratiba 5.006,25
Maric 1.031,97
Mesquita 526,62
Nilpolis 756,42
Niteri 1.877,31
Nova Iguau 683,90
Paracambi 1.660,29
Queimados 635,22
So Gonalo 349,63
So Joo de Meriti* 540,87
Seropdica* 992,63
Tangu 1.303,74
Total do Arco Metropolitano 868,12
Periferia de So Paulo 1.448,53
Periferia de Belo Horizonte 1.092,14
Fonte: FINBRA 2007 e Contagem de Populao 2007 /
IBGE
* No foram apresentados no FINBRA valores para Seropdica e os de So

Joo de Meriti mostraram-se incorretos, portanto os valores considerados
para tais municpios foram aqueles obtidos atravs do Tribunal de Contas do
Estado do Rio de Janeiro.
Obs 1: Valores corrigidos pelo IPCA Maio de 2009
Chamamos de Receita Corrente lquida a Receita Corrente subtrados os

repasses legais do municpio para composio do FUNDEB.
342
Quadro 3. 127- Variao Percentual Real da Receita Corrente lquida entre 2000 e 2007 dos
municpios da rea de Influncia do Arco Metropolitano.
Municpios 2000 2007 Var. %
Belford Roxo 185.762.468,94 278.292.734,76 49,81

Cachoeira de Macacu 35.195.932,86 70.462.320,88 100,2
Duque de Caxias 547.223.205,49 935.960.508,67 71,04
Guapimirim 29.933.704,49 60.020.345,76 100,51
Itabora 115.030.829,67 194.260.090,52 68,88
Itagua 93.669.598,45 224.722.833,63 139,91
Japeri 43.175.535,24 86.726.732,16 100,87
Mag 91.633.580,58 176.958.939,00 93,12
Mangaratiba 47.025.241,47 146.447.768,14 211,42
Maric 57.286.513,34 108.660.598,96 89,68
Nilpolis 61.145.227,93 116.171.286,93 89,99
Niteri 545.318.346,63 889.847.324,07 63,18
Nova Iguau 353.582.776,65 568.096.010,00 60,67
Paracambi 25.492.584,34 70.434.359,73 176,29
Queimados 52.112.603,12 82.753.821,78 58,8
So Gonalo 348.917.584,74 335.863.596,66 -3,74
So Joo de Meriti* 174.231.789,23 251.116.279,55 44,13
Seropdica* 38.796.570,66 71.931.936,71 85,41
Tangu 23.005.068,28 36.924.500,09 60,51
Mesquita - 96.105.238,48 -
Total do Arco Metropolitano 2.868.539.162,11 4.705.651.988,00 64,04
Periferia de So Paulo 8.070.144.730,80 12.056.150.545,95 49,39
Periferia de Belo Horizonte 1.750.263.331,28 2.722.481.030,69 55,55
Fonte: FINBRA 2000 e 2007
* No foram apresentados no FINBRA valores para Seropdica e os de So Joo de Meriti

mostraram-se incorretos, portanto os valores considerados para tais municpios foram aqueles
obtidos atravs do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Chamamos de Receita Corrente lquida a Receita Corrente subtrados os repasses legais do

municpio para composio do FUNDEB.
343
Quadro 3. 128- Ranking da Receita Corrente lquida per capita em 2007 dos municpios da rea de
influncia do Arco Metropolitano e das periferias das Regies Metropolitanas de SP e BH com 50
mil ou mais habitantes.
RCL
# Municpios Per Capita
1 Mangaratiba RJ 5.006,25
2 So Caetano do Sul - RMSP 4.572,35
3 Barueri RMSP 3.575,72
4 Santana de Parnaba - RMSP 2.877,87
5 Nova Lima RMBH 2.781,06
6 Cajamar RMSP 2.476,35
7 Itagua RJ 2.356,67
8 So Bernardo do Campo - RMSP 2.350,55
9 Niteri RMRJ 1.877,31
10 Betim RMBH 1.788,80
11 Santo Andr RMSP 1.700,77
12 Paracambi RMRJ 1.660,29
13 Cotia RMSP 1.614,10
14 Taboo da Serra - RMSP 1.407,88
15 Aruj RMSP 1.377,16
16 Guarulhos RMSP 1.369,54
17 Po RMSP 1.355,76
18 Mairipor RMSP 1.352,80
19 Guapimirim RMRJ 1.342,98
20 Cachoeiras de Macacu - RJ 1.328,55
21 Tangu RMRJ 1.303,74
22 Caieiras RMSP 1.231,69
23 Osasco RMSP 1.226,86
24 Mogi das Cruzes - RMSP 1.226,03
25 Diadema RMSP 1.211,51
26 Jandira RMSP 1.149,17
27 Duque de Caxias - RMRJ 1.110,69
28 Pedro Leopoldo - RMBH 1.105,55
29 Suzano RMSP 1.100,12
30 Contagem RMBH 1.076,05
31 Mau RMSP 1.062,65
32 Itapecerica da Serra - RMSP 1.044,87
33 Itapevi RMSP 1.040,02
34 Ribeiro Pires RMSP 1.037,31
35 Maric RJ 1.031,97
36 Embu-guau RMSP 1.020,15
37 Seropdica* - RMRJ 992,63
344
RCL
# Municpios Per Capita
38Japeri RMRJ 930,57
39Itabora RMRJ 900,22
40Franco da Rocha - RMSP 898,26
41Francisco Morato - RMSP 811,82
42Sabar RMBH 804,22
43Vespasiano RMBH 799,64
44Ibirit RMBH 778,29
45Embu RMSP 766,86
46Mag RMRJ 762,19
47Nilpolis RMRJ 756,42
48Esmeraldas RMBH 713,63
49Nova Iguau RMRJ 683,90
50Santa Luzia RMBH 676,54
51Itaquaquecetuba - RMSP 670,03
52Ferraz de Vasconcelos - RMSP 663,04
53Queimados RMRJ 635,22
54Belford Roxo RMRJ 579,11
55So Joo de Meriti* - RMRJ 540,87
56Mesquita RMRJ 526,62
57Carapicuba RMSP 473,02
58Ribeiro das Neves - RMBH 390,46
59So Gonalo RMRJ 349,63
Fonte: FINBRA 2007 e Contagem de Populao 2007 / IBGE
* No foram apresentados no FINBRA valores para Seropdica e os de So Joo

de Meriti mostraram-se incorretos, portanto os valores considerados para tais
municpios foram aqueles obtidos atravs do Tribunal de Contas do Estado do Rio
de Janeiro.
Chamamos de Receita Corrente lquida a Receita Corrente subtrados os repasses

legais do municpio para composio do FUNDEB.
345
Quadro 3. 129- Posicionamento dos municpios do Arco Metropolitano em relao aos municpios
da periferia das RMs SP e BH com 50 mil ou mais habitantes ou mais nos rankings de infra-
estrutura.
Posicionamento no que Posicionamento no que diz Posicionamento no que diz

diz respeito ao total de respeito ao total de domiclios respeito ao total de
domiclios com com deficincia em domiclios com deficincia
Municpios deficincia em iluminao calamento e pavimentao em coleta de lixo
rea 1
Itagua (RJ) - - -
Mangaratiba (RJ) - - -
Seropdica (RMRJ) 41 50 47
rea 2
Belford Roxo (RMRJ) 20 42 40
Duque de Caxias (RMRJ) 27 34 37
Japeri (RMRJ) 51 54 54
Mag (RMRJ) 47 43 45
Mesquita (RMRJ) 22 35 42
Nilpolis (RMRJ) 2 3 10
Paracambi (RMRJ) 19 16 35
Nova Iguau (RMRJ) 29 40 43
Queimados (RMRJ) 37 51 44
So Joo de Meriti (RMRJ) 5 27 18
rea 3
Cachoeiras de Macacu (RJ) - - -
Guapimirim (RJ) 49 38 50
Itabora (RMRJ) 54 52 53
Maric (RJ) - - -
Niteri (RMRJ) 16 14 22
So Gonalo (RMRJ) 42 39 33
Tangu (RMRJ) 53 55 51
Fonte: IBGE, Censo de 2000; FINBRA 2007
Obs 1: As colunas com dados relativos s deficincias de servios pblicos nos domiclios so baseadas no anexo
estatstico existente na tese de doutorado de Sol Garson Braule Pinto intitulada Regies Metropolitanas: Obstculos
institucionais a cooperao em polticas urbanas, defendida no Instituto de Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional
da UFRJ no ano de 2007.
Obs 2: Os municpios com trao (-) esto includos na rea de influncia do Arco Metropolitana, porm no integram a
RMRJ. Na tese, a autora compilou dados das RMs brasileiras.
Obs 3: Esta tabela de posicionamento no ranking foi obtida com base em outras tabelas apresentadas neste relatrio e que
contm os municpios da periferia da RMRJ, e os municpios com 50 mil ou mais habitantes das periferias da RMSP e
RMBH.
Obs 4: O municpio de So Joo de Meriti apresentou valores incorretos no FINBRA 2007 e o de Seropdica no
apresentou valor algum, sendo assim os valores utilizados so aqueles apresentados pelo TCE-RJ.
346
Quadro 3. 130 - Posicionamento dos municpios do Arco Metropolitano em relao aos
municpios da periferia das RMs SP e BH com 50 mil ou mais habitantes ou mais nos rankings
sociais.
Posicionamento no que diz Posicionamento no que diz

Municpios respeito ao IFDM Sade respeito ao IDEB 1 a 4 srie
rea 1
Itagua (RJ) 41 45
Mangaratiba (RJ) 37 40
Seropdica (RMRJ) 35 55
rea 2
Belford Roxo (RMRJ) 59 56
Duque de Caxias (RMRJ) 47 52
Japeri (RMRJ) 54 53
Mag (RMRJ) 49 54
Mesquita (RMRJ) 45 49
Nilpolis (RMRJ) 43 44
Paracambi (RMRJ) 15 23
Nova Iguau (RMRJ) 55 46
Queimados (RMRJ) 58 50
So Joo de Meriti
(RMRJ) 56 58
rea 3
(RJ) 39 43
Guapimirim (RJ) 52 57
Itabora (RMRJ) 53 48
Maric (RJ) 42 34
Niteri (RMRJ) 7 38
So Gonalo (RMRJ) 20 47
Tangu (RMRJ) 57 51
Fonte: FIRJAN e Ministrio da Educao/ IDEB; FINBRA 2007
Obs 1: Esta tabela de posicionamento no ranking foi obtida com base em outras tabelas apresentadas
neste relatrio e que contm os 59 municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano e das periferias
da RMSP e RMBH com 50 mil ou mais habitantes.
Obs 2: O municpio de So Joo de Meriti apresentou valores incorretos no FINBRA 2007 e o de

Seropdica no apresentou valor algum, sendo assim os valores utilizados so aqueles apresentados pelo
TCE-RJ.
347
Quadro 3. 131- ISS per capita em 2007 dos municpios da rea de Influncia do Arco
Metropolitano.
Municpios R$
Belford Roxo 24,78
Cachoeiras de Macacu 33,10
Duque de Caxias 137,19
Guapimirim 67,29
Itabora 22,66
Itagua 561,11
Japeri 24,74
Mag 36,06
Mangaratiba 524,42
Maric 34,94
Mesquita 19,82
Nilpolis 33,77
Niteri 208,57
Nova Iguau 41,90
Paracambi 84,51
Queimados 33,23
So Gonalo 29,33
Seropdica* 62,76
Tangu 25,90
Arco Metropolitano 74,69
Periferia RMSP 163,36
Periferia RMBH 69,78
* No foram encontrados valores para Seropdica no ano de 2007 e os

de So Joo de Meriti mostraram-se incorretos ao comparar os dados
de 2007 com o de 2006.
Obs: Valores corrigidos pelo IPCA Maio de 2009
348
Quadro 3. 132- Variao Percentual da arrecadao de ISS entre 2000 e 2007 dos municpios da
rea de Influncia do Arco Metropolitano
Belford Roxo 7.528.696,30 11.909.915,64 58,19

Cachoeiras de Macacu 666.096,39 1.755.488,43 163,55
Duque de Caxias 51.643.430,24 115.607.502,22 123,86
Guapimirim 1.666.671,64 3.007.221,45 80,43
Itabora 3.217.754,53 4.890.529,17 51,99
Itagua 9.495.250,43 53.505.663,00 463,50
Japeri 519.716,56 2.305.288,99 343,57
Mag 5.285.277,46 8.371.440,61 58,39
Mangaratiba 6.809.366,52 15.340.909,66 125,29
Maric 1.507.909,98 3.679.082,23 143,99
Nilpolis 2.498.972,90 5.187.183,91 107,57
Niteri 53.853.366,07 98.861.468,01 83,58
Nova Iguau 22.254.670,89 34.802.111,39 56,38
Paracambi 2.117.970,27 3.585.087,96 69,27
Queimados 1.900.341,08 4.328.577,89 127,78
So Gonalo 22.090.696,70 28.172.273,67 27,53
So Joo de Meriti* 9.245.585,93 8.932.984,94 -3,38
Seropdica* 2.754.589,03 4.548.278,14 65,12
Tangu 792.275,91 733.667,40 -7,40
Mesquita - 3.617.645,73 -
Total do Arco Metropolitano 205.848.638,83 409.524.674,71 98,94
Periferia de So Paulo 688.714.521,67 1.359.610.914,03 97,41
Periferia de Belo Horizonte 95.545.399,96 172.706.879,08 80,76
Fonte: FINBRA 2000 e 2007
* No foram encontrados valores para Seropdica no ano de 2007 e os de So Joo de Meriti

mostraram-se incorretos ao comparar os dados de 2007 com o de 2006.
349
Quadro 3. 133 - Ranking do ISS per capita em 2007 dos municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano e das periferias das Regies Metropolitanas de So Paulo e Belo Horizonte com 50
# Municpios R$
1 Barueri - RMSP 1.029,10

2 So Caetano do Sul - RMSP 753,10
3 Santana de Parnaba - RMSP 718,82
4 Itagua - RJ 561,11
5 Mangaratiba - RJ 524,42
6 Nova Lima - RMBH 462,34
7 Cajamar - RMSP 377,03
8 Po - RMSP 353,58
9 Cotia - RMSP 253,19
10 So Bernardo do Campo - RMSP 226,22
11 Niteri - RMRJ 208,57
12 Osasco - RMSP 187,25
13 Santo Andr - RMSP 174,91
14 Duque de Caxias - RMRJ 137,19
15 Caieiras - RMSP 128,57
16 Taboo da Serra - RMSP 107,74
17 Diadema - RMSP 103,21
18 Betim - RMBH 100,89
19 Guarulhos - RMSP 97,96
20 Mogi das Cruzes - RMSP 93,87
21 Aruj - RMSP 93,12
22 Contagem - RMBH 87,91
23 Paracambi - RMRJ 84,51
24 Mairipor - RMSP 78,97
25 Ribeiro Pires - RMSP 74,73
26 Mau - RMSP 72,12
27 Pedro Leopoldo - RMBH 72,11
28 Itapevi - RMSP 69,96
29 Guapimirim - RMRJ 67,29
30 Jandira - RMSP 64,68
32 Suzano - RMSP 53,76
33 Itapecerica da Serra - RMSP 46,59
350
# Municpios R$
34Embu - RMSP 46,12

35Vespasiano - RMBH 44,82
36Itaquaquecetuba - RMSP 43,21
37Nova Iguau - RMRJ 41,90
38Embu-Guau - RMSP 40,15
39Franco da Rocha - RMSP 38,84
40Sabar - RMBH 37,42
41Mag - RMRJ 36,06
42Maric - RJ 34,94
43Nilpolis - RMRJ 33,77
44Queimados - RMRJ 33,23
45Cachoeiras de Macacu - RJ 33,10
46Ibirit - RMBH 29,65
47So Gonalo - RMRJ 29,33
48Tangu - RMRJ 25,90
49Belford Roxo - RMRJ 24,78
50Japeri - RMRJ 24,74
51Itabora - RMRJ 22,66
52Carapicuba - RMSP 22,07
54Mesquita - RMRJ 19,82
56Santa Luzia - RMBH 19,08
58Esmeraldas - RMBH 11,06
* No foram encontrados valores para Seropdica no ano de 2007 e os de So

Joo de Meriti mostraram-se incorretos ao comparar os dados de 2007 com o de
2006.
351
Quadro 3. 134 - ICMS per capita em 2007 dos municpios da rea de Influncia do Arco
Metropolitano.
Municpios R$
Belford Roxo 122,62

Guapimirim 244,23
Itabora 108,81
Itagua 832,66
Japeri 142,88
Mag 88,38
Mangaratiba 1.756,51
Maric 142,67
Mesquita 93,82
Nilpolis 102,93
Niteri 258,76
Nova Iguau 100,11
Paracambi 249,28
Queimados 131,82
So Gonalo 91,21
Seropdica* 173,45
Tangu 315,95
Periferia de So Paulo 440,51
Periferia de Belo Horizonte 418,08
* No foram encontrados valores para Seropdica no ano de 2007 e os

de So Joo de Meriti mostraram-se incorretos ao comparar os dados
de 2007 com o de 2006.
352
Quadro 3. 135- Ranking do ICMS per capita em 2007 dos municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano e das periferias das Regies Metropolitanas de So Paulo e Belo Horizonte com 50
# Municpios R$
1 Mangaratiba RJ 1.756,51
2 Barueri RMSP 1.565,35
4 Betim RMBH 1.146,82
5 Nova Lima RMBH 917,23
6 Cajamar RMSP 838,64
7 Itagua RJ 832,66
9 Cotia RMSP 530,48
10 Suzano RMSP 508,04
11 Diadema RMSP 504,77
12 Guarulhos RMSP 488,58
13 Mau RMSP 467,25
16 Santo Andr RMSP 380,23
19 Cachoeiras de Macacu - RJ 371,31
20 Contagem RMBH 371,12
21 Aruj RMSP 338,72
23 Tangu RMRJ 315,95
25 Osasco RMSP 311,67
26 Jandira RMSP 301,26
27 Caieiras RMSP 282,15
28 Ribeiro Pires RMSP 261,34
29 Niteri RMRJ 258,76
30 Paracambi RMRJ 249,28
31 Franco da Rocha - RMSP 244,83
32 Guapimirim RMRJ 244,23
33 Itapevi RMSP 244,21
34 Po RMSP 223,22
353
# Municpios R$
35 Embu-Guau RMSP 195,16

36 Sabar RMBH 194,37
37 Embu RMSP 191,96
38 Vespasiano RMBH 188,29
39 Ibirit RMBH 186,62
41 Mairipor RMSP 173,28
42 Itaquaquecetuba - RMSP 143,6
43 Japeri RMRJ 142,88
44 Maric RJ 142,67
45 Santa Luzia RMBH 141,46
46 Queimados RMRJ 131,82
47 Ferraz de Vasconcelos - RMSP 128,01
48 Belford Roxo RMRJ 122,62
49 Carapicuba RMSP 122,08
50 Itabora RMRJ 108,81
51 Nilpolis RMRJ 102,93
52 Nova Iguau RMRJ 100,11
53 Mesquita RMRJ 93,82
54 So Gonalo RMRJ 91,21
55 Mag RMRJ 88,38
56 Francisco Morato - RMSP 86,67
57 So Joo de Meriti* - RMRJ 85,33
58 Esmeraldas RMBH 61,28
59 Ribeiro das Neves - RMBH 46,07
* No foram encontrados valores para Seropdica no ano de 2007 e os de

So Joo de Meriti mostraram-se incorretos ao comparar os dados de 2007
com o de 2006.
354
Quadro 3. 136 - Variao Percentual da transferncia de ICMS entre 2000 e 2007 nos municpios
da rea de Influncia do Arco Metropolitano.
Belford Roxo 47.926.980,70 58.923.313,48 22,94

Cachoeiras de Macacu 12.712.226,87 19.693.308,51 54,92
Duque de Caxias 200.414.073,12 369.632.073,58 84,43
Guapimirim 9.615.612,62 10.914.926,71 13,51
Itabora 20.979.100,04 23.480.771,36 11,92
Itagua 26.558.272,34 79.398.705,05 198,96
Japeri 7.279.009,86 13.316.400,04 82,94
Mag 19.953.693,15 20.519.540,43 2,84
Mangaratiba 8.574.988,55 51.383.278,30 499,22
Maric 8.327.287,09 15.021.959,75 80,39
Nilpolis 13.408.334,07 15.808.482,39 17,9
Niteri 77.447.979,22 122.653.876,68 58,37
Nova Iguau 69.731.787,21 83.159.044,51 19,26
Paracambi 8.755.624,57 10.575.409,73 20,78
Queimados 20.256.644,85 17.173.452,70 -15,22
So Gonalo 74.726.968,78 87.616.655,98 17,25
So Joo de Meriti* 36.183.899,48 39.617.208,04 85,33
Seropdica* 9.091.141,23 12.569.573,86 38,26
Tangu 8.900.485,35 8.948.423,59 0,01
Mesquita - 17.121.784,93 -
Total do Arco Metropolitano 680.844.109,10 1.060.406.404,69 55,75
Periferia de So Paulo 2.856.528.388,08 3.666.344.267,75 28,35
Periferia de Belo Horizonte 620.315.621,97 1.034.704.022,95 66,80

355
Quadro 3. 137 - IPTU per capita em 2007 dos municpios da rea de Influncia do Arco
Metropolitano.
Municpios R$
Belford Roxo 12,63

Guapimirim 31,04
Itabora 24,89
Itagua 97,09
Japeri 3,77
Mag 23,74
Mangaratiba 268,77
Maric 122,02
Mesquita 18,95
Nilpolis 33,19
Niteri 304,22
Nova Iguau 29,27
Paracambi 18,22
Queimados 14,20
So Gonalo 28,60
Seropdica* 16,86
Tangu 22,73
* No foram encontrados valores para Seropdica no ano de 2007 e os de
So Joo de Meriti mostraram-se incorretos ao comparar os dados de 2007
com o de 2006.
356
Quadro 3. 138- Ranking do IPTU per capita em 2007 dos municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano e das periferias Regies Metropolitanas de So Paulo e Belo Horizonte com
populao com 50 mil ou mais habitantes.
# Municpios R$
1 Santana de Parnaba RMSP 461,79

2 Niteri RMRJ 304,22
3 So Caetano do Sul RMSP 289,88
4 Mangaratiba RJ 268,77
5 Nova Lima RMBH 244,14
7 Santo Andr RMSP 207,46
8 Mairipor RMSP 170,64
9 Diadema RMSP 166,56
10 Mogi das Cruzes RMSP 164,75
11 Aruj RMSP 156,67
12 Guarulhos RMSP 151,09
13 Cotia RMSP 147,28
14 Osasco RMSP 142,97
15 Cajamar RMSP 136,08
16 Maric RJ 122,02
17 Suzano RMSP 105,43
18 Caieiras RMSP 104,26
19 Ribeiro Pires RMSP 101,16
20 Mau RMSP 98,71
21 Itagua RJ 97,09
22 Embu-Guau RMSP 66,19
23 Taboo da Serra RMSP 62,97
24 Po RMSP 57,73
25 Itapevi RMSP 53,63
26 Jandira RMSP 51,27
27 Itaquaquecetuba RMSP 49,73
28 Embu RMSP 49,45
29 Itapecerica da Serra RMSP 47,3
30 Barueri RMSP 44,66
31 Franco da Rocha RMSP 44,4
32 Pedro Leopoldo RMBH 40,97
33 Carapicuba RMSP 40,85
34 Duque de Caxias RMRJ 37,67
35 Betim RMBH 36,06
357
# Municpios R$
36Contagem RMBH 35,89

37Nilpolis RMRJ 33,19
40Guapimirim RMRJ 31,04
41Nova Iguau RMRJ 29,27
42So Gonalo RMRJ 28,6
44Esmeraldas RMBH 25,26
45Itabora RMRJ 24,89
46Sabar RMBH 24,32
47Ibirit RMBH 24,09
48Mag RMRJ 23,74
49Tangu RMRJ 22,73
50Cachoeiras de Macacu - RJ 19,48
51Mesquita RMRJ 18,95
52Vespasiano RMBH 18,44
53Paracambi RMRJ 18,22
54Seropdica* - RMRJ 16,86
55Santa Luzia RMBH 16,2
56Queimados RMRJ 14,2
57Belford Roxo RMRJ 12,63
59Japeri RMRJ 3,77
* No foram encontrados valores para Seropdica no ano de 2007 e os de So
Joo de Meriti mostraram-se incorretos ao comparar os dados de 2007 com o de
2006.
358
Quadro 3. 139 - Variao Percentual da arrecadao de IPTU entre 2000 e 2007 dos municpios da
rea de Influncia do Arco Metropolitano.
Belford Roxo 6.449.247,15 6.068.769,96 -5,90

Cachoeiras de Macacu 842.583,39 1.033.123,23 22,61
Duque de Caxias 28.761.085,21 31.745.785,88 10,38
Guapimirim 1.114.599,26 1.387.384,46 24,47
Itabora 3.316.809,20 5.370.319,65 61,91
Itagua 4.518.517,05 9.257.891,92 104,89
Japeri 288.338,72 351.337,38 21,85
Mag 2.836.601,50 5.511.598,97 94,30
Mangaratiba 6.130.326,33 7.862.418,60 28,25
Maric 9.407.211,96 12.848.008,59 36,58
Nilpolis 3.210.847,85 5.096.813,02 58,74
Niteri 108.603.855,39 144.202.630,57 32,78
Nova Iguau 20.783.881,30 24.315.636,78 16,99
Queimados 1.789.357,00 1.849.545,46 3,36
So Gonalo 40.755.928,92 27.475.282,95 -32,59
So Joo de Meriti* 11.413.921,41 12.218.472,82 7,05
Seropdica* 1.828.080,76 1.222.032,69 -33,15
Tangu 363.684,60 643.866,65 77,04
Mesquita - 3.457.662,70 -
Paracambi - 772.924,31 -
Total do Arco Metropolitano 252.414.877,00 298.460.919,58 18,24
Periferia de So Paulo 719.155.541,96 1.108.485.648,89 54,14
Periferia de Belo Horizonte 71.534.300,46 82.224.513,20 14,94
359
3.4. Governana
3.4.1. Governana Municipal

A rea de abrangncia do Arco Metropolitano engloba municpios com grandes diferenas, que
vo desde a sua dimenso populacional at o porte de suas economias. A governana
municipal configura tambm um quadro regional diverso, conforme apresentado anteriormente
no item 3.5.6.
Alm da implantao do Arco Metropolitano, outros vrios empreendimentos dos setores de

transporte e logstica, indstria naval, petroqumica e siderurgia, tambm constituintes do
objeto do estudo, podero alterar as dinmicas municipais, principalmente na rea de Estudo I,
onde se localiza a maioria dos investimentos, sendo tambm de destaque o grande porte do
COMPERJ, situado na rea de Estudo III.
A grande maioria desses empreendimentos localiza-se em municpios que so cortados pelo

traado do Arco Metropolitano, com destaque para os municpios de Itagua e do Rio de
Janeiro, onde se localizam dez e sete, respectivamente.
Entretanto, deve-se observar a governana municipal da rea de abrangncia luz das

alteraes que j esto em andamento ou previstas, principalmente dos municpios que
sofrero intervenes diretas do Arco Metropolitano e dos demais empreendimentos. Dentre
eles, o Rio de Janeiro, como j era de se esperar, o municpio com a melhor governana da
rea de abrangncia do Arco.
J Itagua o municpio que concentra a maioria dos empreendimentos constituintes do

estudo, onde tambm ocorrero intervenes para a implantao do Arco, principalmente nas
proximidades de sua rea urbana, localizada entre a rodovia BR-101 e o porto de Itagua. A
governana municipal de Itagua classificada no arqutipo Baixa Capacidade de Gesto. O
municpio tem fraca capacidade de gesto municipal, e alta capacidade financeira. O municpio
no possui conselho de poltica urbana, desenvolvimento urbano ou da cidade, e tambm
possui um baixo percentual de funcionrios da administrao municipal com ensino superior.
360
Mas um dos municpios da rea de abrangncia do Arco Metropolitano com a melhor
capacidade financeira. A promoo do fortalecimento da gesto pblica municipal de Itagua
desponta como um aspecto relevante a ser considerado.
Nova Iguau um dos mais importantes centros de comrcio e servios na escala

metropolitana. As suas antigas reas rurais hoje so palco de um processo de expanso
urbana intensa, com novos bairros residenciais e zonas industriais. Sua populao, em 2000,
era de quase 800 mil habitantes. A governana de Nova Iguau caracteriza-se, principalmente,
pela sua baixa capacidade financeira, com forte dependncia dos recursos estaduais e
federais, apesar da importncia do seu setor tercirio.
Em Japeri, que possui rea urbana com grande dinmica de ocupao, o trecho do Arco
Metropolitano ser paralelo ao eixo do ramal ferrovirio existente. A sua governana municipal
caracteriza-se, principalmente, pela baixa capacidade financeira. o municpio com a menor
capacidade de investimento e a menor capacidade de arrecadao, dependendo quase que
totalmente de repasses externos. Sua capacidade de gesto razovel, sendo menos
desenvolvida na rea ambiental, pois o municpio no possui conselho ou fundo de meio
ambiente, nem integra nenhum comit de bacia hidrogrfica.
No municpio de Mag, a sua rea urbana, que est em expanso, contgua rodovia BR-
493. o municpio com a pior governana municipal, com baixa capacidade de gesto (poucos
funcionrios com nvel superior, no possui conselho de desenvolvimento urbano nem de meio
ambiente, to pouco fundo municipal de meio ambiente) e baixa capacidade financeira (receita
prpria pequena e baixa receita per capita). Dessa forma, Mag, sob o aspecto de sua
governana, muito frgil.
Em Itabora localiza-se o COMPERJ, empreendimento de grande porte no somente para o

municpio, mas para todo o Estado do Rio de Janeiro ora em implantao. Tambm no
municpio, o traado do Arco Metropolitano intercepta a rodovia BR-101 norte. A governana
municipal de Itabora caracteriza-se como de baixa capacidade financeira (tanto de
investimento como de arrecadao), em contraposio sua boa capacidade de gesto. A
instalao de um empreendimento do porte do COMPERJ em Itabora, municpio que em 2000
361
tinha menos de 200 mil habitantes, j vem provocando grandes alteraes na dinmica intra e
intermunicipal.
Guapimirim merece ateno, sobretudo pela contigidade espacial com o municpio de

Itabora. Grande parte da sua rea urbanizada encontra-se ao longo da rodovia BR-493,
principal vetor de dinamizao da ocupao urbana. O municpio tem uma frgil governana,
uma das piores da rea de abrangncia do Arco, com baixa capacidade financeira e de gesto.
E, assim como Mag, no possui conselho de desenvolvimento urbano ou de meio ambiente,
nem fundo municipal de meio ambiente.
Tangu poder se comportar como um dos vetores de expanso, a leste, do Arco. um

municpio de pequeno porte; sua populao, em 2000, era de menos de 30 mil habitantes. A
proximidade de Itabora, e do COMPERJ, j tem reflexos neste pequeno municpio,
principalmente com relao oferta de empregos. A governana municipal de Tangu
caracterizada por baixa capacidade financeira, mas com razovel capacidade de gesto, que
poder ser aprimorada, principalmente com relao administrao municipal.
3.4.2. Dados de Gesto Pblica dos Municpios na rea de Influncia do Arco

Metropolitano
Com relao anlise da situao da gesto pblica nos municpios do Arco Metropolitano, um
primeiro ponto a avaliar o fato de que, apesar desses municpios aparecerem, em mdia, de
forma pior classificada nos rankings feitos nesse trabalho, comparando os indicadores
econmico-sociais do Arco com as periferias das RMs de SP e BH com 50 mil habitantes ou
mais, o salrio mdio do setor pblico no Arco Metropolitano, de R$ 1203,01, maior do que o
existente para o total da periferia da RMBH, R$ 1103,45.
Ainda com relao ao salrio mdio na administrao pblica nos municpios do Arco
Metropolitano verificado que Duque de Caxias apresenta o maior salrio mdio, R$ 2231,11,
e Cachoeiras de Macacu o que apresenta o menor salrio mdio, R$ 621,91 .
362
interessante verificar que o municpio de Duque de Caxias, apesar de apresentar o maior
salrio mdio para os municpios do Arco Metropolitano e o sexto melhor salrio mdio na
administrao pblica em um Ranking do Arco e das periferias da RMRJ e RMSP para
municpios com 50 mil ou mais habitantes, apresenta um pssimo posicionamento no que diz
respeito aos indicadores do IDEB para o ensino fundamental da srie inicial quarta srie e do
ndice FIRJAN de desenvolvimento municipal na rea de sade.
Pode ser verificado que no ranking do Arco com os municpios das periferias das RMs de SP e
BH, os nove menores salrios mdios entre os municpios analisados em dezembro de 2007
so todos da regio de influncia do Arco Metropolitano: So Gonalo, R$917,85; Mangaratiba,
R$896,38; Tangu, R$872,50; Nilpolis, R$833,12; Paracambi, R$736,65; Japeri, R$736,45;
Mag, R$692,87; Guapimirim, R$689,85; e Cachoeiras de Macacu, R$621,91. Isto apesar de o
salrio mdio no setor pblico para o total dos vinte municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano ser 9% superior ao salrio mdio encontrado para os municpios da periferia da
RMBH63.
Ao analisar o nvel de qualificao por anos de estudo no setor pblico verificado, ao contrrio
da maioria dos indicadores, um bom posicionamento dos municpios do Arco Metropolitano vis-
a-vis a situao existente para o total das periferias das RMs de SP e BH. No que diz respeito
ao nmero de anos de estudos dos trabalhadores no setor pblico no Arco Metropolitano,
encontra-se, na faixa do mdio completo, 39,50% dos servidores, e na faixa com do superior
completo, 38,88%, contra um percentual, nas duas faixas citadas, na periferia da RMSP de
35,29% e 32,19% e na periferia da RMBH de 33,71% e 30,88%.
Pode-se verificar ainda uma tima situao do municpio de Duque Caxias do ponto de vista da
escolaridade dos servidores pblicos. No existe na prefeitura, de acordo com os dados do
Ministrio do Trabalho, funcionrios analfabetos, com nvel mdio incompleto encontramos
0,21% do total dos servidores; com nvel mdio completo 1,44%; com nvel superior incompleto
63
Nos indicadores sobre a situao fiscal e a gesto pblica, em alguns momentos priorizados a comparao com a
periferia da RMBH, com 50 mil habitantes ou mais, vis-a-vis a periferia da RMSP, com 50 mil habitantes ou mais,
tendo em vista a disponibilidade fiscal da periferia da RMBH ser mais prxima da realidade de receita corrente
lquida per capita municipal existente nos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano.
363
0,41%. Em Duque de Caxias quase todos os servidores tem nvel superior completo, ou seja,
95,29% do total de funcionrios municipais.64
Com relao ainda escolaridade dos servidores pblicos, observa-se uma importante
precarizao do municpio de Cachoeiras de Macacu, que apresenta 14,38% do total de seus
servidores na situao de analfabetismo.
No que diz respeito ao salrio mdio dos servidores, j apontamos que este ligeiramente
maior para o total dos municpios da rea de influncia do Arco vis-a-vis o que ocorre para o
total da periferia da RMBH. No entanto, quando se analisa o nvel salarial por faixa, observada
na faixa de at um salrio mnimo 7,55% dos servidores municipais do Arco, contra um
percentual do total das periferias da RMSP e RMBH de respectivamente 2,13% e 4,14%. J na
faixa entre 3 e 10 salrios mnimos, encontra-se um percentual de 33,20% no Arco contra um
percentual de 32,17% no total da periferia da RMBH. Por outro lado, na faixa de 1 a 3 salrios
mnimos encontra-se uma menor concentrao relativa de funcionrios no Arco Metropolitano,
52,29% do total, contra um percentual de 56,68% no total da periferia da RMBH .
Ou seja, no Arco metropolitano, em primeiro lugar, verifica-se que apesar do salrio mdio para
os servidores no total dos vinte municpios ser ligeiramente superior ao existente para o total da
periferia da RMBH, encontra-se nas nove ltimas posies somente municpios da rea de
influncia do Arco. Em segundo lugar, os salrios dos municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano estariam com maior concentrao relativa, vis-a-vis o encontrado na periferia da
RMBH nas faixas at um salrio mnimo e de 3 a 10 salrios mnimos, contra uma menor
concentrao relativa nas faixas de 1 a 3 salrios mnimos.
Esses dois fatores parecem denotar um pior nvel organizacional nos municpios do Arco
Metropolitano no que diz respeito a gesto de pessoal. Um outro ponto ainda a ressaltar nessa
tabela que Cachoeiras de Macacu apresenta 49,71% dos seus servidores na faixa at 1
salrio mnimo.
64
Com relao situao educacional dos servidores em Duque de Caxias, o nvel particularmente alto. Visando
realizar uma verificao, foram tabulados tambm os dados de 2006 e encontrados coerncia com os dados de
2007.
364
Alm disso importante apontar que, alm de Cachoeiras de Macacu, diversos municpios do
Arco Metropolitano apresentam mais de 10% de seus trabalhadores na faixa at 1 salrio
mnimo. Nessa situao encontram-se Guapimirim com 23,48% dos funcionrios nessa faixa,
So Gonalo com 16,02%, Mag com 15,89%, Belford Roxo com 14,03% e Nilpolis com
11,08%.
Ao analisar o peso da administrao pblica no emprego total atravs de um ranking dos

municpios do Arco Metropolitano e das periferias das RMs de SP e BH. Neste ranking pode-se
observar por um lado Mangaratiba apresentando apenas 8,41% do total de empregos formais
gerados no municpio no setor pblico e por outro que os 4 municpios que apresentam maior
peso de emprego na administrao pblica vis-a-vis o emprego total so Itagua com 31,74%,
Belford Roxo com 34,64%, Guapimirim 40,28% e Japeri 59,99%. Alm disso, neste ranking
observa-se ainda nas oito ltimas posies a presena tambm dos municpios de Maric com
27,84% dos trabalhadores atuando no setor pblico, Cachoeiras de Macacu com 28,69% e
Paracambi com 29,89%.
No caso de Mangaratiba acredita-se que o pequeno peso do emprego na administrao pblica

vis-a-vis as demais atividades no seja resultado de uma pujana privada. Na verdade como j
apontado isso deriva de um artificialismo pelo incentivo fiscal de ISS. O que gera a instalao
apenas do ponto de vista formal de empresas no municpio que de fato atuam em outras
regies.
Por outro lado a existncia de sete municpios entre os oito com maior peso do emprego no
setor pblico no total do emprego no ranking acima citado das trs regies aqui analisadas
deve-se novamente a pequena densidade econmica da rea de influncia do Arco
Metropolitano
Foi verificada a relao existente no que diz respeito ao total de habitantes e servidores nos
municpios do Arco Metropolitano comparando com a situao existente nos municpios das
periferias das RMs de SP e BH procurando avaliar a existncia de excesso ou falta de
servidores.
365
Um primeiro ponto a destacar que aparece com um nmero significativo de servidores
relativamente ao nmero de habitantes no municpio a cidade de So Caetano do Sul que
aparece via de regra bastante bem colocada nos indicadores sociais, de infra-estrutura e
servios pblicos que foi organizada neste trabalho. Alm disso no ndice FIRJAN de
Desenvolvimento Municipal divulgado recentemente pela FIRJAN para o ano de 2006 a cidade
de So Caetano do Sul aparece como a mais bem colocada entre todos os municpios
brasileiros.
Isso faz sentido quando identificado que o setor pblico altamente intensivo em pessoal, tendo
em vista principalmente as reas de sade e educao. Por outro lado, da mesma forma
verifica-se que um maior salrio mdio no setor pblico pode no significar um melhor servio,
um nmero maior de servidores vis-a-vis o nmero de habitantes pode no gerar, desarticulado
de um estratgia e poltica geral, resultados positivos.
Neste mesmo ranking de habitantes por servidor aparecem nas sete ltimas posies ou seja,
entre aqueles nas trs regies que possuem o maior nmero de habitantes vis-a-vis o nmero
de servidores seis municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano, que so: So
Gonalo, So Joo de Meriti, Mag, Mesquita e Nova Iguau. Esses municpios, por sua vez,
tm aparecido no conjunto de indicadores sociais tambm mal posicionados, o que leva a supor
a existncia de uma carncia de servidores para atender a populao.
No caso de Nova Iguau ainda no ranking de habitantes por servidor devemos ressaltar que
aqueles municpios com um maior nmero de habitantes como o caso deste municpio com
855.500 habitantes estimados em 2008- ocorre um ganho de escala que permite uma
necessidade menor de servidores em relao ao nmero de habitantes.
No que se refere poltica de investimento das prefeituras verifica-se que alguns municpios na
rea de influncia do Arco Metropolitano com investimento per capita significativo no ano de
2007 como conseqncia do crescimento da receita pblica per capita disponvel ocorrida entre
2000 e 2007 como j apontado nesse trabalho. Nesse aspecto destacam-se positivamente os
municpios de Itagua, com investimento per capita em 2007 de R$ 720,22, Mangaratiba R$
606,28 e Tangu com investimento per capita de R$ 243,71 superiores ao investimento
existente na periferia de Belo Horizonte de R$ 184,40 .
366
Com o investimento tambm com alguma significao encontram-se os municpios de
Guapimirim R$ 185,23, Mag R$ 172,61, Japeri R$ 159,90, Duque de Caxias R$ 137,04. Em
uma situao ainda preocupante do ponto de vista da capacidade de inverso pblica municipal
localizam-se com investimentos per capita inferiores a R$ 100,00 ao ano e menos da metade do
ocorrido na periferia da RMBH os municpios de: Nilpolis R$ 80,74, Mesquita R$ 78,54,
Queimados R$ 50,52, So Gonalo R$ 41,59 e So Joo de Meriti R$ 24,21. importante
ressaltar que esses municpios excetuando-se Nilpolis aparecem, via de regra, com pssimos
indicadores do ponto de vista social, de infra-estrutura e de servios pblicos.
Ainda sobre investimento per capita em 2007 organizado um ranking com os municpios da rea
de influncia do Arco Metropolitano e das periferias das RMs de SP e BH com 50 mil ou mais
habitantes. Verifica-se que encontram-se na primeira metade deste ranking de 59 municpios
Itagua, Mangaratiba, Tangu, Guapimirim, Mag, Japeri, Duque de Caxias e Paracambi. Estas
localidades do Arco Metropolitano so encontradas via de regra mal posicionados ao ponto de
vista dos indicadores econmicos sociais de infra-estrutura e servios pblicos municipais.
Isto pode ser fruto ou do fato de ter havido uma maior disponibilidade de investimentos per
capita somente a partir de perodo recente ou de um mau aproveitamento de recursos pblicos
ou ainda de menor apoio e articulao no que diz respeito s esferas pblicas estadual e
federal.
Em ordem decrescente entre os 29 primeiros colocados ainda no que se refere ao valor do

investimento per capita para o ranking das trs regies aqui analisadas encontram-se: Itagua,
terceiro colocado; Mangaratiba, quarto; Tangu, dcimo segundo; Guapimirim, dcimo nono;
Mag, vigsimo; Japeri, vigsimo terceiro; Duque de Caxias, vigsimo stimo; Paracambi
vigsimo nono.
Do ponto de vista do custeio per capita em 2007 verificado tambm em um ranking dos
municpios da regio de influncia do Arco Metropolitano e das periferias das RMs de SP e BH
com 50 mil ou mais habitantes que oito municpios da rea de influncia do Arco encontram-se
na primeira metade do ranking, entre os 29 primeiros. O dado preocupante a ser analisado em
primeiro lugar que entre esses municpios encontram-se neste ranking do custeio per capita
para as trs regies analisadas os municpios de Mangaratiba e Itagua respectivamente na
367
segunda posio e na dcima primeira. Esses municpios apesar de terem tido um expressivo
crescimento da receita disponvel per capita ainda encontram-se com indicadores sociais de
infra-estrutura e servios pblicos bastante precrios.
Um segundo dado a ser levado em considerao que encontra-se ainda na primeira metade
do ranking do custeio per capita os municpios de Guapimirim, cachoeiras de Macacu, Maric e
Tangu, que tambm apresentam precrios indicadores sociais de infra-estrutura e de servios
pblicos municipais das trs regies analisadas.
Como uma primeira anlise para conhecimento e base de ao do plano diretor do Arco
Metropolitano apontado que os vinte municpios componentes da rea encontra-se uma
escolaridade mdia no setor pblico em termos de anos de estudos competitiva com a existente
nas periferias das RMs de SP e BH.
Um segundo que apesar dos indicadores significativamente piores dos municpios da rea de
influncia do Arco Metropolitano vis-a-vis o encontrado na periferia da RMBH vemos que o
salrio mdio no setor pblico no Arco Metropolitano ligeiramente superior ao da periferia da
RMBH.
Por outro lado ao analisar a distribuio das faixa salariais verifica-se tambm indicadores que
apontam as necessidades de importantes investimentos em melhoria de estratgia e gesto nos
municpios do Arco.
No que se refere ao nmero de servidores por habitante identifica-se que entre os municpios
que apresentam a menor disponibilidade de servidores vis-a-vis o nmero de habitantes so via
de regra exatamente aqueles que apresentam os piores indicadores sociais de infra-estrutura e
de servios pblicos.
Um ltimo aspecto a destacar no que diz respeito aos dados j identificados sobre a gesto
pblica municipal que verifica-se que apesar da existncia de alguns municpios com uma boa
capacidade de investimento per capita em 2007, ainda identifica-se, via de regra, um pssimo
posicionamento na mdia dos indicadores organizados neste trabalho.
368
Entende-se que uma sugesto neste momento em que inicia-se uma etapa qualitativamente
diferente de planejamento no mbito do estado e da RMRJ o governo do estado procurar
articular parcerias com os municpios do Arco Metropolitano e do governo federal levando em
considerao os indicadores de gesto pblica existentes.
Possivelmente, pelo que j foi observado, em algum deles a questo ser, em maior nvel o
apoio ampliao da capacidade de gesto pblica, tendo em vista a capacidade de
investimento per capita j adquirido. Em outros alm da melhoria de gesto provavelmente ser
necessrio um ingresso mais importante de recursos das esferas estadual e federal.
369
Quadro 3. 140 - Salrio Mdio dos trabalhadores na Administrao Publica Municipal nos
municpios do Arco Metropolitano, periferias de SP e BH, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH,
Estado do RJ, Sudeste e Brasil Salrio Mdio de dezembro de 2007
Salrio Mdio da
Administrao Publica
Municpios
Municipal em
dezembro de 2007
rea 1
Itagua R$ 977,42
Mangaratiba R$ 896,38
Seropdica R$ 940,63
rea 2
Belford Roxo R$ 976,00
Duque de Caxias R$ 2.231,11
Japeri R$ 736,45
Mag R$ 692,87
Mesquita R$ 1.198,66
Nilpolis R$ 833,12
Nova Iguau R$ 1.271,94
Paracambi R$ 736,65
Queimados R$ 1.136,36
So Joo de Meriti R$ 1.152,57
rea 3
Cachoeiras de Macacu R$ 621,91
Guapimirim R$ 689,85
Itabora R$ 1.178,45
Maric R$ 1.056,97
Niteri R$ 1.549,93
So Gonalo R$ 917,85
Tangu R$ 872,50
Arco Metropolitano R$ 1.203,01
Periferia RMSP R$ 1.807,51
Periferia RMBH R$ 1.103,45
RMRJ R$ 1.768,33
RMSP R$ 2.052,39
RMBH R$ 1.694,65
Estado do Rio de Janeiro R$ 1.412,16
Regio Sudeste R$ 1.401,92
Brasil R$ 1.301,87
370
Quadro 3. 141 - Ranking do Salrio Mdio dos trabalhadores da Administrao Publica municipal
entre os municpios do Arco Metropolitano e municpios com mais de 50 mil habitantes das
periferias das Regies Metropolitanas de BH e SP Salrios mdios de dezembro de 2007
Salrio Mdio da
MUNICIPIOS Administrao Publica em
# dezembro de 2007
1 Barueri (RMSP) R$ 3.705,53
2 Mogi das Cruzes (RMSP) R$ 2.944,94
3 So Bernardo do Campo (RMSP) R$ 2.265,45
4 Duque de Caxias R$ 2.231,11
5 Diadema (RMSP) R$ 2.164,95
6 So Caetano do Sul (RMSP) R$ 2.119,35
7 Santo Andr (RMSP) R$ 2.098,48
8 Guarulhos (RMSP) R$ 2.026,86
9 Betim (RMBH) R$ 1.899,04
10 Itapevi (RMSP) R$ 1.814,25
11 Esmeraldas (RMBH) R$ 1.732,42
12 Aruj (RMSP) R$ 1.720,21
13 Embu (RMSP) R$ 1.708,25
14 Taboo da Serra (RMSP) R$ 1.692,60
15 Suzano (RMSP) R$ 1.661,18
16 Caieiras (RMSP) R$ 1.631,59
17 Francisco Morato (RMSP) R$ 1.618,96
18 Itapecerica da Serra (RMSP) R$ 1.555,56
19 Contagem (RMBH) R$ 1.551,22
20 Niteri R$ 1.549,93
21 Po (RMSP) R$ 1.510,91
22 Itaquaquecetuba (RMSP) R$ 1.497,41
23 Cajamar (RMSP) R$ 1.485,34
24 Embu-Guau (RMSP) R$ 1.375,85
25 Cotia (RMSP) R$ 1.347,34
26 Mau (RMSP) R$ 1.334,05
27 Osasco (RMSP) R$ 1.287,41
28 Nova Iguau R$ 1.271,94
29 Franco da Rocha (RMSP) R$ 1.252,23
30 Carapicuba (RMSP) R$ 1.236,36
31 Mairipor (RMSP) R$ 1.205,05
32 Mesquita R$ 1.198,66
33 Vespasiano (RMBH) R$ 1.196,82
34 Santa Luzia (RMBH) R$ 1.196,20
35 Santana de Parnaba (RMSP) R$ 1.183,82
36 Itabora R$ 1.178,45
37 Nova Lima (RMBH) R$ 1.158,69
371
Salrio Mdio da
MUNICIPIOS Administrao Publica em
# dezembro de 2007
38 So Joo de Meriti R$ 1.152,57
39 Jandira (RMSP) R$ 1.144,36
40 Queimados R$ 1.136,36
41 Ferraz de Vasconcelos (RMSP) R$ 1.126,46
42 Ribeiro das Neves (RMBH) R$ 1.114,75
43 Maric R$ 1.056,97
44 Ibirit (RMBH) R$ 992,48
45 Itagua R$ 977,42
46 Belford Roxo R$ 976,00
47 Sabar (RMBH) R$ 941,41
48 Seropdica R$ 940,63
49 Ribeiro Pires (RMSP) R$ 929,94
50 Pedro Leopoldo (RMBH) R$ 918,58
51 So Gonalo R$ 917,85
52 Mangaratiba R$ 896,38
53 Tangu R$ 872,50
54 Nilpolis R$ 833,12
55 Paracambi R$ 736,65
56 Japeri R$ 736,45
57 Mag R$ 692,87
58 Guapimirim R$ 689,85
59 Cachoeiras de Macacu R$ 621,91
Fonte: MTE/RAIS
372
Quadro 3. 142 - Nvel de escolaridade em percentagem dos empregados na Administrao Pblica
Municipal segundo os anos de estudo para os municpios do ARCO Metropolitano, periferias de
SP e BH, Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil no ano de 2007
ANALFA- FUND. FUND. MEDIO MEDIO SUPERIOR SUPERIOR
Municpios TOTAL
BETO INCOMPL. COMPL. INCOMPL. COMPL. INCOMPL. COMPL.
rea 1
Itagua 0,59 10,55 8,63 3,08 45,46 4,32 27,37 100,00
Mangaratiba 0,07 12,12 4,56 5,83 37,55 12,12 27,75 100,00
Seropdica 0,00 8,19 4,07 7,43 13,72 18,33 48,26 100,00
rea 2
Belford Roxo 0,00 5,93 3,66 2,19 16,27 2,27 69,67 100,00
Duque de
2,23 0,42 0,21 1,44 0,41 95,29 100,00
Caxias 0,00
Japeri 0,00 10,85 15,04 3,84 49,52 1,39 19,36 100,00
Mag 0,00 8,69 20,21 4,41 49,06 2,79 14,84 100,00
Mesquita 0,00 0,36 2,92 2,29 42,21 10,21 42,00 100,00
Nilpolis 0,00 12,46 18,81 8,08 33,27 3,17 24,21 100,00
Nova Iguau 0,09 5,22 5,89 2,97 29,57 9,88 46,39 100,00
Paracambi 0,10 5,52 9,56 2,86 71,53 0,10 10,34 100,00
Queimados 0,08 7,93 10,07 3,61 40,90 5,87 31,54 100,00
So Joo de
7,58 15,87 2,36 46,81 3,85 23,53 100,00
Meriti 0,00
rea 3
Cachoeiras de
0,05 29,59 0,05 41,45 0,00 14,48 100,00
Macacu 14,38
Guapimirim 0,10 23,15 8,70 4,20 48,67 1,16 14,02 100,00
Itabora 0,00 21,99 8,03 2,89 34,06 2,92 30,10 100,00
Maric 0,00 9,17 8,02 2,57 17,23 3,62 59,40 100,00
Niteri 0,00 27,86 18,96 11,08 26,47 1,61 14,01 100,00
So Gonalo 0,00 0,41 1,54 1,57 92,48 0,39 3,60 100,00
Tangu 0,63 19,30 12,34 4,75 44,62 1,58 16,77 100,00
Arco
Metropolitano 0,38 7,41 7,47 2,93 39,50 3,44 38,88 100,00
Periferia
RMSP 0,39 15,55 9,89 3,34 35,29 3,35 32,19 100,00
Periferia
RMBH 0,45 18,31 10,37 3,42 33,71 2,85 30,88 100,00
RMRJ 0,01 10,11 8,19 1,54 35,57 3,33 41,25 100,00
RMSP 0,20 12,03 13,20 1,96 30,83 1,95 39,83 100,00
RMBH 0,31 14,78 8,58 3,15 31,36 2,39 39,43 100,00
Estado do Rio
13,06 9,28 2,53 37,03 2,92 34,89
de Janeiro 0,29 100,00
Regio
0,47 18,08 10,81 3,20 32,07 2,85 32,52
Sudeste 100,00
Brasil 0,70 18,09 10,58 3,80 35,95 3,26 27,62 100,00
Fonte: RAIS/MTE 200
373
Quadro 3. 143 - Participao percentual de cada nvel de rendimento dos empregados na
Administrao Publica Municipal nos Municpios do Arco Metropolitano, Periferias de SP e BH,
Regies Metropolitanas do RJ, SP e BH, Estado do RJ, Sudeste e Brasil em 2007
Em salrios mnimos
Municpios ATE 1 1A3 3 A 10 MAIS DE 10
SM SM SM SM
rea 1
Itagua 0,81 70,42 23,25 1,97
Mangaratiba 0,75 75,77 18,18 1,12
Seropdica 0,11 81,02 17,52 0,92
rea 2
Belford Roxo 14,03 50,90 29,56 1,64
Duque de Caxias 1,55 16,01 68,09 11,26
Japeri 7,21 76,21 13,66 1,23
Mag 15,89 71,19 6,77 0,26
Mesquita 0,78 45,23 49,82 1,98
Nilpolis 11,08 66,36 20,05 0,52
Nova Iguau 1,91 46,10 44,86 2,66
Paracambi 2,36 81,18 13,60 0,00
Queimados 3,02 61,83 32,84 1,89
So Joo de Meriti 1,49 63,49 32,11 2,11
rea 3
Cachoeiras de Macacu 49,71 40,83 9,30 0,00
Guapimirim 23,78 63,90 8,36 0,19
Itabora 0,17 56,36 40,49 1,74
Maric 0,07 66,07 30,57 1,57
Niteri 1,81 68,09 18,30 9,64
So Gonalo 16,02 48,26 26,04 0,89
Tangu 2,06 77,22 17,09 0,00
Arco Metropolitano 7,55 52,29 33,20 3,17
Periferia RMSP 2,13 38,03 48,45 8,66
Periferia RMBH 4,14 56,68 32,17 4,44
RMRJ 3,46 34,74 53,11 6,43
RMSP 2,42 34,34 49,04 12,24
RMBH 2,82 46,98 38,29 9,78
Estado do Rio de Janeiro 3,20 45,64 40,80 4,42
Regio Sudeste 4,20 49,85 36,63 5,82
Brasil 11,47 54,60 26,80 3,51
374
Quadro 3. 144- Ranking da participao percentual do numero de empregados na Administrao
Publica no total de empregos dos municpios da rea de influncia do Arco Metropolitano e
municpios das periferias de SP e BH com mais de 50 mil habitantes em 2007
Numero de Participao da
Numero de
Municpios empregos na ADM PUBL no
empregos total
ADM PUBL emprego total
#
1 Barueri (RMSP) 7.603 199.737 3,81
2 Mogi das Cruzes (RMSP) 3.617 76.359 4,74
3 So Caetano do Sul (RMSP) 5.195 104.352 4,98
4 Cajamar (RMSP) 2.162 39.393 5,49
5 Po (RMSP) 2.162 39.043 5,54
6 So Bernardo do Campo (RMSP) 14.000 247.777 5,65
7 Santo Andr (RMSP) 9.868 166.806 5,92
8 Guarulhos (RMSP) 16.705 271.693 6,15
9 Contagem (RMBH) 10.402 164.228 6,33
10 Diadema (RMSP) 6.507 100.488 6,48
11 Mangaratiba 1.672 19.887 8,41
12 Caieiras (RMSP) 1.289 14.875 8,67
13 Suzano (RMSP) 3.718 41.947 8,86
14 Aruj (RMSP) 1.311 14.669 8,94
15 Cotia (RMSP) 5.213 57.792 9,02
16 Taboo da Serra (RMSP) 4.645 51.002 9,11
17 Ribeiro Pires (RMSP) 2.377 23.902 9,94
18 Embu (RMSP) 3.639 35.883 10,14
19 Nova Lima (RMBH) 2.589 25.397 10,19
20 Santana de Parnaba (RMSP) 6.189 59.222 10,45
21 Nova Iguacu 8.911 84.169 10,59
22 Duque de Caxias 14.745 136.768 10,78
23 Mau (RMSP) 5.885 53.645 10,97
24 Betim (RMBH) 11.261 96.706 11,64
25 Sao Joao de Meriti 5.302 45.331 11,70
26 Niteroi 18.333 154.364 11,88
27 Carapicuba (RMSP) 4.104 33.536 12,24
28 Osasco (RMSP) 16.769 133.781 12,53
29 Itaquaquecetuba (RMSP) 4.252 33.014 12,88
30 Ferraz de Vasconcelos (RMSP) 2.015 15.427 13,06
31 Santa Luzia (RMBH) 3.273 24.176 13,54
32 Pedro Leopoldo (RMBH) 2.095 13.722 15,27
33 Embu-Guau (RMSP) 1.074 7.027 15,28
375
Numero de Participao da
Numero de
Municpios empregos na ADM PUBL no
empregos total
ADM PUBL emprego total
#
34 Mairipor (RMSP) 1.885 12.100 15,58
35 Mage 2.291 14.360 15,95
36 Franco da Rocha (RMSP) 1.789 11.080 16,15
37 Itapecerica da Serra (RMSP) 2.945 18.220 16,16
38 Sao Goncalo 15.449 91.113 16,96
39 Mesquita 1.919 11.157 17,20
40 Jandira (RMSP) 2.534 14.293 17,73
41 Itaborai 3.566 19.689 18,11
42 Itapevi (RMSP) 3.556 18.417 19,31
43 Nilopolis 3.466 17.230 20,12
44 Vespasiano (RMBH) 2.359 11.565 20,40
45 Tangua 632 2.831 22,32
46 Sabar (RMBH) 3.038 13.011 23,35
47 Seropedica 1.844 7.850 23,49
48 Queimados 2.384 10.148 23,49
49 Ribeiro das Neves (RMBH) 3.868 16.233 23,83
50 Esmeraldas (RMBH) 1.235 4.769 25,90
51 Francisco Morato (RMSP) 1.824 6.799 26,83
52 Maric 2.682 9.635 27,84
53 Cachoeiras de Macacu 1.915 6.674 28,69
54 Ibirit (RMBH) 3.261 11.213 29,08
55 Paracambi 1.138 3.807 29,89
56 Itaguai 6.564 20.683 31,74
57 Belford Roxo 8.572 24.747 34,64
58 Guapimirim 2.069 5.137 40,28
59 Japeri 2.526 4.211 59,99
Fonte: RAIS/MTE
376
Quadro 3. 145 - Populao, nmero de servidores pblicos municipais e nmero de habitantes
por servidor pblico em 2008 nos municpios do Arco Metropolitano e municpios com mais de 50
mil habitantes das periferias das Regies Metropolitanas de SP e BH
Funcionarios da
Populao Habitantes
# Municipios Adm Publica
2008 por servidor
2008
1 Mangaratiba 31.848 3.749 8,50
2 Itagua 103.515 6.042 17,13
3 Santana de Parnaba (RMSP) 110.730 5.877 18,84
4 Guapimirim 48.688 2.278 21,37
5 Cachoeiras de Macacu 56.529 2.318 24,39
6 So Caetano do Sul (RMSP) 151.103 5.878 25,71
7 Nova Lima (RMBH) 75.530 2.872 26,30
8 Cajamar (RMSP) 62.522 2.205 28,35
9 Pedro Leopoldo (RMBH) 58.635 2.057 28,51
10 Barueri (RMSP) 264.619 8.800 30,07
11 Contagem (RMBH) 617.749 19.016 32,49
12 Tangu 30.139 912 33,05
13 Vespasiano (RMBH) 99.557 2.990 33,30
14 Japeri 100.055 2.917 34,30
15 Paracambi 44.629 1.300 34,33
16 Cotia (RMSP) 179.109 5.190 34,51
17 Niteri 477.912 13.299 35,94
18 Betim (RMBH) 429.507 11.775 36,48
19 Ibirit (RMBH) 155.290 3.955 39,26
20 Osasco (RMSP) 713.066 17.462 40,84
21 Sabar (RMBH) 125.285 3.047 41,12
22 Taboo da Serra (RMSP) 224.757 5.395 41,66
23 Mairipor (RMSP) 77.443 1.843 42,02
24 Ribeiro Pires (RMSP) 111.402 2.595 42,93
25 Seropdica 77.618 1.800 43,12
26 Jandira (RMSP) 110.325 2.553 43,21
27 Maric 119.231 2.676 44,56
28 Diadema (RMSP) 394.266 8.848 44,56
29 Itapecerica da Serra (RMSP) 159.102 3.438 46,28
30 Itapevi (RMSP) 201.995 4.202 48,07
31 Esmeraldas (RMBH) 58.307 1.197 48,71
32 Nilpolis 159.005 3.040 52,30
33 Itaquaquecetuba (RMSP) 351.493 6.674 52,67
34 Embu-Guau (RMSP) 61.701 1.168 52,83
35 So Bernardo do Campo (RMSP) 801.580 15.024 53,35
36 Guarulhos (RMSP) 1.279.202 22.928 55,79
37 Queimados 137.870 2.465 55,93
38 Itabora 225.309 3.979 56,62
39 Santo Andr (RMSP) 671.696 11.715 57,34
377
Funcionarios da
Populao Habitantes
# Municipios Adm Publica
2008 por servidor
2008
40 Aruj (RMSP) 78.960 1.335 59,15
41 Mau (RMSP) 412.753 6.928 59,58
42 Francisco Morato (RMSP) 155.224 2.560 60,63
43 Belford Roxo 495.694 8.117 61,07
44 Franco da Rocha (RMSP) 129.304 2.079 62,20
45 Carapicuba (RMSP) 388.532 6.009 64,66
46 Po (RMSP) 111.016 1.709 64,96
47 Embu (RMSP) 245.093 3.771 64,99
48 Santa Luzia (RMBH) 227.438 3.491 65,15
49 Caieiras (RMSP) 86.698 1.306 66,38
50 Ribeiro das Neves (RMBH) 340.033 4.476 75,97
51 Suzano (RMSP) 279.394 3.634 76,88
52 So Gonalo 982.832 12.227 80,38
53 So Joo de Meriti 468.309 5.823 80,42
54 Mag 240.940 2.587 93,13
55 Ferraz de Vasconcelos (RMSP) 175.939 1.875 93,83
56 Mesquita 187.949 1.956 96,09
57 Nova Iguau 855.500 7.785 109,89
58 Mogi das Cruzes (RMSP) 371.372 3.363 110,43
59 Duque de Caxias 864.392 * *
Fonte: IBGE 2008
IBGE - Pesquisa de Informaes Bsicas Municipais - Gesto Pblica 2008
* No h dados para Duque de Caxias
378
Quadro 3. 146 - Investimento per capita em 2007 dos municpios da Zona de Influncia do Arco
Metropolitano
MUNICIPIO R$
Belford Roxo 40,87
Guapimirim 185,23
Itabora 63,83
Itagua 727,22
Japeri 159,90
Mag 172,61
Mangaratiba 606,28
Maric 107,59
Mesquita 78,54
Nilpolis 80,74
Niteri 85,48
Nova Iguau 96,55
Paracambi 132,95
Queimados 50,52
So Gonalo 41,59
Tangu 243,71
So Joo de Meriti -
Seropdica -
Observao: Valores corrigidos pelo IPCA Maio de 2009
Os investimentos que nos referimos so a soma dos Grupos de
Despesa Investimentos e Inverses Financeiras.
379
Quadro 3. 147 - Investimento per capita em 2007 dos municpios das Regies Metropolitanas do
Rio de Janeiro, So Paulo e Belo Horizonte com populao superior a 50 mil habitantes
# MUNICIPIO R$
2 So Caetano do Sul - RMSP 781,57
3 Itagua - RJ 727,22
4 Mangaratiba - RJ 606,28
5 Nova Lima - RMBH 554,85
12 Tangu - RMRJ 243,71
13 Po - RMSP 241,20
15 Cajamar - RMSP 231,85
16 Ibirit - RMBH 229,13
17 Aruj - RMSP 213,18
20 Mag - RMRJ 172,61
23 Japeri - RMRJ 159,90
29 Paracambi - RMRJ 132,95
34 Maric - RJ 107,59
36 Mau - RMSP 100,71
37 Nova Iguau - RMRJ 96,55
38 Embu - RMSP 96,32
39 Vespasiano - RMBH 91,30
380
# MUNICIPIO R$
41 Sabar - RMBH 86,37
42 Niteri - RMRJ 85,48
43 Nilpolis - RMRJ 80,74
45 Mesquita - RMRJ 78,54
47 Santa Luzia - RMBH 71,68
48 Embu-guau - RMSP 69,59
49 Itabora - RMRJ 63,83
50 Franco Rocha - RMSP 63,03
51 Carapicuba - RMSP 62,32
53 Esmeraldas - RMBH 54,96
54 Queimados - RMRJ 50,52
55 So Gonalo - RMRJ 41,59
56 Belford Roxo - RMRJ 40,87
- So Joo de Meriti - RMRJ -
- Seropdica - RMRJ -
Os investimentos que nos referimos so a soma dos
Grupos de Despesa Investimentos e Inverses
Financeiras.
381
Quadro 3. 148 - Custeio per capita em 2007 nos municpios da rea de influencia do Arco
metropolitano e das periferias das Regies Metropolitanas de So Paulo e Belo Horizonte com 50
mil ou mais habitantes
MUNICIPIO R$
2 Mangaratiba - RJ 1.963,24
3 Nova Lima - RMBH 1.334,50
4 Cajamar - RMSP 1.249,66
6 Paracambi - RMRJ 1.052,49
7 Niteri - RMRJ 1.041,92
8 So Bernardo do Campo - RMSP 1.000,56
11 Itagua - RJ 731,68
19 Mau - RMSP 603,71
21 Po - RMSP 535,65
23 Aruj - RMSP 498,51
25 Maric - RJ 492,93
26 Tangu - RMRJ 474,37
30 Japeri - RMRJ 429,58
35 Nova Iguau - RMRJ 391,09
36 Embu-Guau - RMSP 383,83
38 Itabora - RMRJ 346,72
382
MUNICIPIO R$
41 Mag - RMRJ 331,37
43 Franco da Rocha - RMSP 318,65
44 Sabar - RMBH 302,42
46 Vespasiano - RMBH 268,42
47 Embu - RMSP 266,87
48 Esmeraldas - RMBH 249,95
49 Mesquita - RMRJ 232,10
50 Nilpolis - RMRJ 225,98
51 Belford Roxo - RMRJ 224,04
52 Santa Luzia - RMBH 222,29
53 Carapicuba - RMSP 210,36
54 Ibirit - RMBH 203,06
55 Queimados - RMRJ 197,77
57 So Gonalo - RMRJ 121,00
58 So Joo de Meriti - RMRJ 67,20
- Seropdica - RMRJ -
383
4. SIMULAO DE CENRIOS DA REGIO DE
INFLUNCIA DO ARCO METROPOLITANO DO RIO DE
JANEIRO NO PERODO DE 2007 AT 2030
A construo de uma metodologia que incorpore as futuras transformaes da regio de
influncia do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro deve considerar como conjunto de anlise
toda a paisagem compreendida na rea de recorte definida pelos municpios referidos no
Termo de Referncia (TR) e todo o municpio do rio de janeiro, e no s as reas de
Planejamento 3 e 5 como esta definida pelo TR. Assumindo esta premissa, estamos
modificando a rea de estudo definida pelo Termo de Referncia, quando assumimos todo o
municpio do Rio de Janeiro e no apenas as suas reas de Planejamento 3 e 5. A definio
desta premissa, que se baseia no conceito de paisagem empregada nos estudos geogrficos,
se justifica, pelo fato de estarmos tratando de modelar as dinmicas da expanso do tecido
urbano na regio de influncia do Arco Metropolitano. As informaes histricas do
crescimento das reas urbanas no Rio de Janeiro e conseqentemente na regio de influncia
do Arco Metropolitano no podem deixar de levar em considerao a influncia em que todo o
territrio do municpio do Rio de Janeiro possuiu na determinao dos fatores que governam
esta dinmica, sendo parte integrante do processo a evoluo do crescimento das reas
urbanas desta regio estratgica para a Regio Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
Nestes termos a rea de estudos definida para a simulao do crescimento urbano da rea de
Influncia do Arco Metropolitano, se estende em todo o territrio dos 21 municpios definidos
pelo Termo de referncia, considerando toda a extenso do municpio do Rio de Janeiro.
A construo dos cenrios se baseia na observao e simulao das dinmicas e dos impactos
que re-configuram a realidade, multiplicando-a e diversificando-a. Estas alteraes na matriz
espacial existente so resultados da soma da natureza local e metropolitana. O que se
pretende com a construo dos cenrios atender a demanda por prever transformaes
futuras no territrio. Os componentes de Gesto do Plano Diretor utilizaram os cenrios como
referncia para a sua tomada de deciso.
Para auxiliar na simulao das dinmicas territoriais futuras a ocorrer na Regio de Influncia
do Arco Metropolitano, utilizou-se uma plataforma de simulao de crescimento urbano eu se
baseia no modelo de Simulao de Cenrios de Crescimento Urbano e Transformao do Uso
do Solo, conhecido por SLEUTH. Este modelo resultado da evoluo do modelo de
Simulao de Crescimento Urbano da Universidade de Clarke, Califrnia (EUA). SLEUTH um
384
simulador de crescimento urbano que tambm acopla a funcionalidade de simulao do
processo dinmico de transformao da paisagem, atravs do mdulo desenvolvido sobre o
modelo de transio do uso e cobertura do solo.
Para a construo do modelo de simulao de crescimento urbano da regio de influncia do

Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, foram levantadas informaes sobre os fatores que
governam a dinmica de crescimento urbano da regio a partir de um quadro geral, Figura 1
Fatores e Crescimento Urbano, que sintetiza a contribuio dos componentes deste Plano
Diretor, nas dimenses: Ambiental, Econmico Social e Urbano.
Utilizando o quadro de informaes descrito acima, obtidos atravs da anlise dos fatores que
compreendem a cena atual sobre a Regio do Arco Metropolitano, foi construda uma
representao espacial da realidade do espao de desenvolvimento urbano, que servir de
entrada para o modelo de simulao de crescimento urbano. Para compor esta representao
espacial da realidade atual, foram organizados dois conjuntos de fatores sobre o histrico de
desenvolvimento urbano da regio de estudo.
O primeiro conjunto de fatores apresenta uma descrio dos fatores fsicos e de uso do solo
urbano, neste conjunto so sintetizadas as informaes de: Crescimento urbano da regio,
abrangendo os perodos de 1975, 1994, 2001 e 2007. Dinmica do uso do Solo nos perodos
de 1975 e 2007; Caracterizao fsica do relevo da regio, da qual foram derivados os dados
de declividade e sombreamento do terreno, obtidos a partir do modelo digital do terreno (DEM),
tendo como base os dados do SRTM de 3 arco de segundo, gerados pela NASA para todo o
Mundo.
O segundo grupo de fatores organiza as informaes referentes: Ao Ordenamento Territorial; A

representao espacial da dimenso territorial dos empreendimentos estruturantes e suas
Foras de atrao e alterao do uso e ocupao do solo; A representao espacial do
conjunto estruturado dos Planos Diretores Municipais; As polticas de proteo da
biodiversidade e o desenvolvimento da malha de transporte, a partir dos mapas histricos
obtidos junto ao DER-RJ. Para este conjunto de fatores foram organizados os seguintes planos
de informao:
A disposio espacial das reas de proteo da natureza, abrangendo o conjunto de

unidades de conservao de Proteo Integral e de Uso Sustentvel de todos os nveis
administrativos (Federais Estaduais e Municipais);
385
As informaes sobre as reas institucionais pertencentes s foras armadas e demais
instituies pblicas;
O conjunto dos Planos Diretores Municipais e sua representao espacial sobre a rea
de estudo;
As reas ocupadas pelos empreendimentos estruturantes e a representao espacial
das reas de influncia do Complexo Porturio Industrial de Itagua e a rea de
Influncia do COMPERJ, estas representando as foras de atrao e dinamismo
territorial destes complexos produtivos;
Mapa da evoluo histrica do desenvolvimento da rede de transporte da regio e um
mapa com o poder de atrao gravitacional das estradas, representando o padro de
uso e ocupao do solo influenciado pelo desenvolvimento e atrao dos eixos de
circulao e mobilidade.
Esta etapa de organizao e sistematizao dos fatores de desenvolvimento urbano esta

sintetizada no quadro abaixo, que descreve os dois grupos de fatores utilizados na simulao
de crescimento urbano. Todos os fatores so representados por mapas. Em alguns casos so
apresentadas tabelas e grficos para representar as tendncias da distribuio espacial do
fator em anlise.
386
Figura 4.1 - Esquema Geral Fatores de Crescimentos Urbano
387
4.1 Fatores de Desenvolvimento Urbano da Regio de
Influncia do Arco Metropolitano
4.1.1 Histrico de crescimento Urbano da Regio do Arco Metropolitano
O histrico de crescimento urbano representa a evoluo do tecido urbano da Regio de

Influncia do Arco Metropolitano. A investigao desta evoluo foi realizada pelo resgate das
informaes histricas dos mapas de uso e ocupao do solo, produzidos por diferentes
instituies responsveis pelo mapeamento e levantamentos geogrficos e estatsticos da
ocupao do territrio do Estado do Rio de Janeiro. A representao da evoluo histrica
neste documento esta organizada em mapas de reas urbanas, abrangendo as datas de 1975,
gerado a partir do mapa de uso do solo pelo IBGE/DSG (Mapa 4.1). O mapa das reas
urbanas do ano de 1994 (Mapa 4.2) foi gerado a partir do projeto GEROE desenvolvido pela
Fundao CIDE, hoje denominada Fundao CEPERJ. O mapa das reas urbanas de 2001
(Mapa 4.3), foi gerado a partir dos dados do Projeto IQmVerde tambm da Fundao CIDE e o
mapa das reas urbanas de 2007 (Mapa 4.4) foi gerado a partir dos dados do mapa de uso e
ocupao do solo desenvolvido pelo projeto do ZEE-RJ.
A evoluo das reas urbanas no perodo de 1975 at o ano de 2007 est organizada na
tabela 4.1, em ordem decrescente de percentual de urbanizao para o ano de 2007. A partir
desta tabela podemos observar que os municpios que apresentam as maiores reas urbanas
em relao rea do municpio para o ano de 2007, so os municpios de So Joo de Meriti,
que apresenta 93,67% da sua rea urbanizada, o municpio de Belford Roxo, com 60,60% da
sua rea coberta por reas urbanizadas e o municpio de Nilpolis com 52,2% de sua rea
considerada urbanizada. No extremo oposto encontram-se os municpios com as menores
propores de reas urbanizadas em seus territrios, estes municpios so: Cachoeiras de
Macac o municpio com a menor rea urbanizada, 1,33%; Mangaratiba com 2,45% do seu
territrio com reas urbanizadas e o municpio de Paracambi, com 3,36% da rea do seu
territrio sendo de uso urbano.
388
Tabela 4.1 Percentual de rea Urbanizada por Municpio para os anos de 1975, 1994, 2001 e 2007.
% de rea Urbana no Municpio

rea do
Municpio
Municpio (Km) 1975 1994 2001 2007
So Joo de Meriti 35 75,40% 86,64% 92,79% 93,67%
Belford Roxo 78 22,40% 44,25% 59,52% 60,60%
Nilpolis 19 48,66% 49,34% 49,87% 52,05%
Rio de Janeiro 1182 20,18% 33,28% 44,13% 48,50%
So Gonalo 248 16,69% 33,67% 42,17% 45,99%
Niteri 134 14,86% 27,20% 34,01% 41,09%
Mesquita 39 19,60% 31,70% 33,46% 34,16%
Duque de Caxias 468 5,74% 19,92% 25,10% 26,73%
Queimados 76 9,60% 16,72% 20,73% 24,85%
Japer 82 4,88% 16,60% 20,22% 22,44%
Nova Iguau 521 5,77% 14,59% 19,35% 21,64%
Maric 363 0,42% 9,16% 12,67% 17,87%
Itabora 430 0,13% 9,72% 12,76% 15,61%
Itagua 276 1,65% 5,70% 9,43% 14,21%
Mag 389 0,56% 6,70% 9,28% 10,76%
Seropdica 284 1,00% 4,51% 5,57% 10,64%
Tangu 146 0,27% 4,37% 5,75% 7,24%
Guapimirim 361 0,01% 2,87% 4,88% 5,63%
Paracambi 180 0,46% 1,40% 2,06% 3,36%
Mangaratiba 353 0,50% 1,00% 1,60% 2,45%
Cachoeiras de Macac 954 0,09% 0,39% 0,71% 1,33%
389
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Fontes: Localizao: Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro

560000 620000 680000 740000 800000
Mapa de Uso e Ocupao do Solo Consrcio
IBGE/DSG
7600000
7600000
Legenda
MG
Projeto
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Universal Transversa de Mercartor Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
Datum Horizontal - WGS84 Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
7520000
7520000
RJ
Ttulo
rea urbana
SP Mapa de reas Urbanas do Ano de 1975
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.1
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

560000 620000 680000 740000 800000
Projeto GEREO/Fundao CIDE - RJ
7600000
7600000
Legenda
MG
Projeto
7520000
7520000
RJ
Ttulo
rea Urbana
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.2
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

560000 620000 680000 740000 800000
Projeto IQMVerde/Fundao CIDE - RJ
7600000
7600000
Legenda
MG
Projeto
7520000
7520000
RJ
Ttulo
rea Urbana
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.3
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Fontes:
Localizao: Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro

Mapa de Uso e Ocupao do Solo 560000 620000 680000 740000 800000
Projeto ZEE - RJ Consrcio
(Zoneamento Ecolgico Econmico - RJ)
7600000
7600000
Legenda
MG
Projeto
7520000
7520000
RJ
Ttulo
rea Urbana 2007
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.4
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
4.1.2 Caracterizao do Relevo da Regio do Arco Metropolitano
Os Condicionantes Fsicos do relevo foram derivados dos dados do Modelo SRTM/NASA. O

modelo SRTM uma representao do relevo mundial obtida a partir dos dados de elevao
do terreno gerados atravs de mtodos interferomtricos por radar de todo o globo terrestre.
Estes dados esto disponveis na internet de forma gratuita com a escala de 3 arco por
segundo. Para a construo das variveis dos condicionantes fsicos do relevo da regio de
influncia do arco metropolitano do RJ, foram gerados a partir dos dados de elevao do
SRTM, os valores da Declividade em porcentagem e os valores de iluminao e sombreamento
do terreno. Estes dois fatores esto representados nos mapas 4.5 e 4.6.
Para permitir uma anlise agregada dos dados de declividade por municpio foram agregados
os valores de declividade em quatro classes: classe 1 (0-5%), classe 2 (5-20%), classe 3 (20-
35%) e classe 4 (35-100%). A tabela 4.2 apresenta os dados de declividade por municpio. A
partir dos dados da tabela, podemos destacar que os municpios que apresentam os menores
valores porcentuais de sua cobertura na Classe 4 (35-100% de declividade) so os mesmos
municpios que apresentam os maiores porcentuais de reas urbanizadas em seu territrio,
estes municpios so os: Nilpolis, que possui 0% de sua regio em reas com declividade
acima de 35%, o municpio de So Joo de Meriti, que possui 5% de sua rea com valores de
declividade na classe 4 e o municpio de Belford Roxo que possui 7% de sua rea com valores
de declividade acima de 35% (Classe 4).
A relao entre declividade e urbanizao representa a influncia que a declividade exerce

sobre o processo de urbanizao do territrio. As reas urbanas ocupam prioritariamente as
reas de baixa declividade, conseqncia dos custos de construo e dos riscos oriundos da
ocupao das reas com relevo acidentado. A regio metropolitana do Rio de Janeiro
apresenta um relevo muito acidentado, fato que condicionou a ocupao da cidade as suas
regies com relevo suave. Esta caracterstica da cidade condicionou seu desenvolvimento
deste a sua origem, no inicio da colonizao. Avanos na tecnologia de construo e no
desenvolvimento da engenharia fizeram com que a cidade sobrepusesse seus obstculos,
atravessando suas montanhas, estabilizando suas encostas e modificando seu relevo, para
permitir o avano da urbanizao e a interligao das suas reas urbanas e bairros
desconectados entre si. Obras de construo de tneis, aterros e desmonte de morros foram
realizadas em vrias partes da cidade, alterando seu relevo original e permitindo o crescimento
e o espraiamento de seu tecido urbano. Esta relao entre declividade e reas urbanas pode
394
ser visualizada no grfico 4.1, que apresenta a relao entre as reas urbana do ano de 2007 e
as classes de declividade consideradas anteriormente, a saber: classe 1 (0-5%), classe 2 (5-
20%), classe 3 (20-35%) e classe 4 (35-100%). Com base neste grfico observa-se que mais
de 60% das reas urbanas da regio de influncia do arco metropolitano ocupam a classe 1 de
declividade, que a classe com as reas mais planas do relevo. Todavia as reas urbanas
esto localizadas em menos de 5% em reas de maior declividade, isto , acima de 35% de
declividade.
70%
65%
60%
% da rea Urbana em 2007
55%
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
1 2 3 4
Classe de Decividade
Grfico 4.1 Percentual de reas urbanas por classe de declividade
395
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Fontes: Legenda Localizao: Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro

560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Modelo Digital de Elevao (MDE) Arco Metropolitano
SRTM/NASA/USGS
7600000
7600000
Classes de Declividade MG
Projeto
Universal Transversa de Mercartor Classe 1 (0-5%) Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
Datum Horizontal - WGS84 do Rio de Janeiro
7520000
7520000
Classe 2 (5-20%) RJ
Ttulo
Classe 3 (20-35%) SP Mapa de Classes de Declividade em %
0 5 10 20 30 40 Classe 4 (>35%)
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.5
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
4.1.3. Histrico de Uso e Ocupao do Solo
O Uso e Ocupao do Solo esta representado para os anos de 1975 (IBGE/DSG) e para o ano
de 2007 (ZEE-RJ) (Mapas 4.7 e 4.8). Estes dois mapas foram utilizados pelo modelo de
simulao de crescimento urbano SLEUTH, como dados de entrada para a simulao da
dinmica de uso e ocupao da regio em estudo. Com base nestes dados o modelo de
simulao pode obter as taxas de transio entre as classes de uso e ocupao do solo e
prever para o ano de 2030 a nova dinmica da paisagem e sua representao espacial. O
modelo de simulao da dinmica da paisagem resultara na espacializao do processo de
transformao do uso do solo para o ano de 2030, identificando a dinmica entre as classes de
uso do solo, possibilitando uma avaliao da tendncia de modificao da paisagem. A tabela
4.2, representa a configurao de uso do solo dos municpios da rea de influncia do Arco
Metropolitano, e esta organizada de forma decrescente pelo percentual de rea urbana no
municpio. Nesta tabela podemos destacar os municpios que possuem rea com maior
cobertura de florestas e aqueles que apresentam maiores reas destinadas produo
agrcola e pecuria. Dentro deste espectro os municpios com os maiores percentuais de reas
cobertas por uso Florestal so: Mangaratiba, Cachoeiras de Macac e Mag. Os municpios
que apresentam as maiores pores do seu territrio cobertos por uso Agropastoril, so os
municpios: Seropdica, Queimados, Japeri e Itabora.
Uma viso geral da paisagem da Regio de Influncia do Arco Metropolitano apresenta uma
configurao de uso e ocupao do solo em que, 46% da regio esta coberta por
Ecossistemas Naturais, 26% se destina ao uso agropastoril, 22% so reas urbanas em
diferentes graus de urbanizao e 1% so outros usos, em que so compreendidos as reas
de praia, solos expostos e afloramentos rochosos. Estas informaes esto sumarizadas no
grfico 4.2, e destaca a relevncia das reas de ecossistemas naturais para a manuteno dos
servios ambientais de proteo aos mananciais hdricos, de proteo das encostas, de
conforto trmico, de regulao da temperatura, de suporte a vida silvestre, de proteo dos
rios, de qualidade de vida, que representam a importncia e vocao natural para a
disseminao de uma cultura de desenvolvimento sustentvel, a qual a regio de influncia do
Arco Metropolitano e neste caso tambm a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, possuem
para se tornarem referncia nos processos de Planejamento Metropolitano que compatibilizem
o desenvolvimento econmico em bases sustentveis.
398
Tabela 4.2 Percentual de cobertura de uso do solo Agropastoril, Florestal e Urbano dos Municpios da rea
de influncia do arco metropolitano em 2007.
Municpio Agropastoril% Floresta % Urbano %

So Joo de Meriti 6% 0% 94%
Belford Roxo 26% 12% 62%
Nilpolis 47% 2% 51%
Rio de Janeiro 17% 32% 49%
So Gonalo 27% 27% 46%
Niteri 8% 45% 41%
Mesquita 15% 53% 34%
Duque de Caxias 22% 50% 27%
Queimados 66% 5% 25%
Japer 60% 18% 22%
Nova Iguau 26% 52% 22%
Maric 20% 57% 18%
Itabora 60% 23% 16%
Itagua 42% 43% 14%
Mag 23% 65% 11%
Seropdica 71% 11% 11%
Tangu 59% 33% 7%
Guapimirim 34% 58% 6%
Paracambi 53% 43% 3%
Mangaratiba 10% 87% 2%
Cachoeiras de Macac 27% 71% 1%
50%
45%
40%
35% Agropastoril
30% Areas midas
25% Floresta
20% Outros
15% Urbana
10%
5%
0%
Agropastoril Areas midas Floresta Outros Urbana
Grfico 4.2 Percentual das Classes de Uso e Ocupao do Solo da Regio de Influncia do Arco
Metropolitano no ano de 2007.
399
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Legenda Localizao: Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro

Fontes: 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Arco Metropolitano
Mapa de Uso do Solo IBGE/DSG 1975
7600000
7600000
Classes de Uso do Solo 1975 MG
Projeto
Universal Transversa de Mercartor gua Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
7520000
7520000
RJ
Mata / Floresta Ttulo
Mapa de Uso e Ocupao do Solo do
Outros usos
SP Ano de 1975
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
rea Urbana Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.7
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Fontes:
Legenda

Mapa de Uso e Ocupao do Solo 2007 Arco Metropolitano 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Projeto ZEE-RJ
(Zoneamento Ecolgico Econmico - RJ) Uso e Ocupao do Solo
7600000
7600000
MG
Outros Usos Projeto
Universal Transversa de Mercartor Agropastoril Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
7520000
7520000
RJ
Vegetao Natural Ttulo
Mapa de Uso e Ocupao do Solo do
reas Urbanas
SP Ano de 2007
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
reas midas Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.8
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
4.1.3 Unidades de Conservao
O sistema de Unidades de Conservao Brasileiro esta regido pela Lei N 9.985, de 18 de julho
de 2000. Esta Lei regulamenta o art. 225, 1o, incisos I, II, III e VII da Constituio Federal. As
unidades de conservao nos termos desta legislao agrupam as categorias de unidades de
conservao em dois grupos: As Unidades de Proteo Integral e as Unidades de Uso
Sustentvel. De acordo com o art. 7, pargrafos 1 e 2, os objetivos bsicos dos dois grupos de
unidades de conservao so:
1o O objetivo bsico das Unidades de Proteo Integral preservar a natureza, sendo

admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceo dos casos previstos
nesta Lei.
2o O objetivo bsico das Unidades de Uso Sustentvel compatibilizar a conservao

da natureza com o uso sustentvel de parcela dos seus recursos naturais.
Neste trabalho foram levantadas 21 Unidades de Conservao de Proteo Integral e 23

Unidades de Conservao de Uso Sustentvel. Abaixo segue uma lista das Unidades de
Conservao levantadas neste estudo (Tabela 4.3). A organizao espacial e o padro de
distribuio das Unidades de Conservao na rea de influncia do Arco Metropolitano esto
representados nos Mapa 4.9 e Mapa 4.10, sendo este ltimo com os nomes das unidades de
Conservao no mapa.
Tabela 4.3 Relao das Unidades de Conservao Levantadas por Grupo de Unidade de Conservao
definidos pelo SNUC.
GRUPO
Nome da Unidade de Conservao Proteo Integral Uso Sustentvel
APA da Bacia do Rio So Joo/Mico-Leo-
Dourado x
APA da Regio Serrana de Petrpolis x
APA das Serras do Gericin-Mendanha x
APA de Guapi-Mirim x
APA de Maca de Cima x
APA de Mangaratiba x
APA de Maric x
APA de Pedra Lisa x
APA do Morro de Japeri x
APA do Retiro x
APA do Rio D'Ouro x
APA do Rio Guandu x
APA do Rio Santana x
402
GRUPO
Nome da Unidade de Conservao Proteo Integral Uso Sustentvel
APA do Rio So Pedro de Jaceruba x
APA do Rio Tingu/ Iguau x
APA do Xerm x
APA dos Frades x
APA Morro Agudo x
APA Municipal de Mesquita x
APA Tinguazinho x
APARio Guandu x
ARIE Ilha das Cagarras x
ESEC da Guanabara x
ESEC do Paraso x
FLONA Mrio Xavier x
PARNA da Serra dos rgos x
PARNA da Tijuca x
Parque Estadual do Cunhambebe x
PE da Chacrinha x
PE da Pedra Branca x
PE da Serra da Tiririca x
PE do Graja x
PE dos Trs Picos x
PNM de Nova Igua x
REBIO do Tingu x
REBIO e Arqueolgica de Guaratiba x
RPPN Ceflusmme x
RPPN Centro Ecolgico Metodista Ana Gonzaga x
RPPN El Nagual x
RPPN Fazenda Cachoeirinha x
RPPN Gotas Azuis x
RPPN Querncia x
RPPN Stio Granja So Jorge x
RPPN Stio Poranga x
Total 21 23
Uma anlise estratgica sobre o estado de conservao dos ecossistemas naturais dos municpios da
rea de influncia do Arco Metropolitano foi realizada computando-se as reas naturais protegidas por
unidades de conservao dos dois grupos (Proteo Integral e Uso Sustentvel) e as reas naturais no
protegidas, dentro de cada municpio. Vale ressaltar que o conceito de ecossistema natural aqui
utilizado, representa a soma das reas das classes de uso e ocupao do solo de 2007, a saber:
Floresta, Mangue, Restinga e Vegetao Secundria. A tabela 4.4 apresenta a relao percentual de
reas de ecossistemas naturais protegidos para cada grupo de unidade de conservao e as reas de
ecossistemas naturais no protegidos por municpio.
403
Tabela 4.4 Percentual de reas de ecossistemas naturais protegidos e no protegidos por municpio da
rea de influncia do arco Metropolitano.
Ecossistemas Naturais
Protegidos
Proteo Uso Ecossistemas Naturais
Municpio Integral Sustentvel no Protegidos
So Joo de Meriti 0,0% 0,0% 100,0%
Tangu 0,0% 0,0% 100,0%
Belford Roxo 0,0% 0,1% 99,9%
Maric 4,4% 2,1% 93,5%
Queimados 0,0% 11,4% 88,6%
Niteri 15,9% 0,0% 84,1%
Nilpolis 0,0% 17,3% 82,7%
Itabora 6,4% 13,2% 80,4%
So Gonalo 0,0% 22,5% 77,5%
Itagua 5,8% 18,7% 75,5%
Seropdica 0,0% 24,7% 75,2%
Cachoeiras de Macacu 38,0% 6,9% 55,1%
Rio de Janeiro 43,1% 4,1% 52,8%
Mag 6,6% 41,7% 51,7%
Guapimirim 25,1% 36,6% 38,4%
Japeri 0,0% 68,7% 31,3%
Duque de Caxias 41,1% 36,2% 22,7%
Mangaratiba 34,0% 50,4% 15,5%
Nova Iguau 49,3% 39,6% 11,1%
Paracambi 0,0% 99,8% 0,2%
Mesquita 13,0% 87,0% 0,1%
Total Regio do Arco 28,1% 26,8% 45,0%
Atravs da tabela acima podemos destacar que na rea de influncia do Arco Metropolitano,
55% dos ecossistemas naturais esto inseridos em reas de Unidades de Conservao, sendo
28% em unidades de conservao de Proteo Integral e 27% em reas de Uso Sustentvel.
Ao todo a regio possui 45% das suas reas de ecossistemas naturais fora de Unidades de
Conservao.
Dentre as formaes naturais existentes na regio de influncia do arco metropolitano

encontram-se reas de Floresta Atlntica e seus ecossistemas associados de Mangue e
Restinga, alm de reas com Floresta Ombrfila em diferentes estgios de desenvolvimento
que so denominadas por vegetao secundria. A tabela 4.5 apresenta a distribuio das
reas de ecossistemas naturais desagregadas em suas diferentes classes para a regio de
influncia do Arco Metropolitano. Na regio do arco metropolitano dos 28% de reas de
proteo integral 31% so florestas, 20% so reas de manguezais e 2% so de reas de
404
Floresta em estgio inicial de regenerao. No grupo de unidades de conservao de uso
sustentvel, do total de 27% de reas de ecossistema Natural, 28% so florestas, 41% so
Manguezais, 8% so de reas de Restinga e 9% so reas de vegetao em estgio inicial de
regenerao. Dentre as reas de ecossistemas naturais no protegidos, que representam 45%
do total de reas de ecossistemas naturais, encontram-se 42% de reas de Floresta, 39% de
reas de manguezal, 92% das reas de restinga e 90% de reas de vegetao em estgio
inicial de regenerao. Esta ultima provenientes da regenerao de reas abandonadas de
pastagens e de antigas reas de cultivo.
Tabela 4.5 Percentual de reas de ecossistemas naturais protegidos e no protegidos por municpio da
rea de influncia do arco Metropolitano.
Ecossistema Natural
Uso do Solo
Proteo Integral Uso Sustentvel No Protegido
Floresta 31% 28% 42%
Mangue 20% 41% 39%
Restinga 0% 8% 92%
Vegetao em Estgio Inicial 2% 9% 90%
Total 28% 27% 45%
405
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Legenda 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Secretaria Estadual de Meio Ambiente - RJ
INEA - Instituto Estadual do Ambiente Arco Metropolitano
7600000
7600000
MG
Projeto
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM Unidades de Uso Sustentvel Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Datum Horizontal - WGS84 Unidades de Proteo Integral do Rio de Janeiro
7520000
7520000
RJ
Ttulo
SP Mapa de Unidades de Conservao
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.9
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
APA dos Frades

7520000
7520000
APA de Maca de Cima
PE dos Trs Picos
PARNA da Serra dos rgosESEC do Paraso
APA da Regio Serrana de Petrpolis

REBIO do Tingu
APA do Rio Santana
APA do Rio So Pedro de Jaceruba APA do Xerm
APA de Pedra Lisa APA da Bacia do Rio So Joo/Mico-Leo-Dourado
APA do Rio Tingu/ Iguau
APARio Guandu
APA do Rio Guandu APA do Rio D'Ouro RPPN Querncia
7490000
7490000
RPPN Gotas Azuis APA do Retiro
APA Tinguazinho
FLONA Mrio Xavier APA Morro Agudo APA de Guapi-Mirim
ESEC da Guanabara
PNM de Nova Igua

RPPN Stio Poranga APA das Serras do Gericin-Mendanha
APA Municipal de Mesquita
APA de Mangaratiba RPPN Stio Granja So Jorge PE do Graja

RPPN Centro Ecolgico Metodista Ana GonzagaPE da Pedra Branca PE da Serra da Tiririca
7460000
7460000
PARNA da Tijuca APA de Maric
Parque Estadual do Cunhambebe
RPPN Ceflusmme
REBIO e Arqueolgica de Guaratiba
APA Tamoios ARIE Ilha das Cagarras
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Legenda 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Secretaria Estadual de Meio Ambiente - RJ
INEA - Instituto Estadual do Ambiente Arco Metropolitano
7600000
7600000
MG
Projeto
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM Unidades de Uso Sustentvel Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Datum Horizontal - WGS84 Unidades de Proteo Integral do Rio de Janeiro
7520000
7520000
RJ
Ttulo
SP Mapa de Unidades de Conservao
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.10
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
4.1.4 Histrico da Rede de Transporte
A Rede histrica de transporte foi desenvolvida a partir da digitalizao dos mapas da rede de
transporte do Estado do Rio de Janeiro, obtidos junto ao DER-RJ (Figuras 2 a 9). Os mapas
foram georrefernciados e comparados com a malha de estradas e ferrovias obtidas atravs
das bases de dados do IBGE e do ZEE RJ para a rede de transporte. Para representar a
rede de transporte foi gerado um mapa contendo a rede de transporte atual e as vias previstas
e planejadas, representando a evoluo histrica da rede de transporte (Mapa 4.11), que
fornece para o modelo de simulao de crescimento urbano informaes sobre a
transformao dos aspectos da mobilidade e da acessibilidade da Regio em estudo. Outro
fator derivado da rede de transporte o fator de atrao gravitacional exercido pelas estradas.
Este fator representa o poder de transformao territorial o qual as estradas exercem na
dinmica de desenvolvimento urbano de uma regio. O poder gravitacional das estradas esta
relacionado ao padro de ocupao e uso do solo ao longo dos eixos de transporte, que se
configuram como locais que apresentam relaes com a facilidade de mobilidade, a
organizao logstica de escoamento da produo a acesso a infra-estrutura e a servios
urbanos. O Mapa 4.12 representa espacialmente o fator de atrao gravitacional da rede de
transporte da regio de influncia do arco metropolitano.
408
409
410
411
412
413
414
415
416
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
B R 11 6
B R 49
3
7490000
7490000
BR116
BR 040
B
01
BR 1
R
5
46
l
r asil
B R 101 - A vB
10 1
BR
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Mapas histricos da Rede de Transporte
do Estado do Rio de Janeiro - DER-RJ Legenda
7600000
7600000
MG
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM Arco Metropolitano Projeto
Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Datum Horizontal - WGS84 Rodovias Estaduais e Municipais do Rio de Janeiro
7520000
7520000
RJ
Ttulo
Rodovia Federal
SP Mapa dos Eixos de Transporte Rodovirios
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.11
Quilmetros
560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000
Legenda 670000 700000 730000 760000

Arco Metropolitano
Fontes: 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Principais Rodovias
7600000
7600000
Mapas Histricos da Rede de Transporte
MG
do Estado do Rio de Janeiro DER - RJ reas_Institucionais Projeto
Empreendimentos Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM do Rio de Janeiro
Universal Transversa de Mercartor
7520000
7520000
Datum Horizontal - WGS84 Fator de Atrao das Rodovias RJ
Ttulo
Atrao
SP Mapa do Fator de Atrao das Rodovias
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.12
Quilmetros Neutro
560000 620000 680000 740000 800000
4.1.5 Aglomerados Econmicos como indutores do Desenvolvimento Urbano
Sinergicamente ao Arco Metropolitano foram levantados os Empreendimentos Estruturantes

previstos para implantao na regio atravessada pelo Arco Metropolitano, e que, juntamente
com o eixo rodovirio, constituem um fator de influncia ao desenvolvimento Urbano da Regio
de influncia do Arco Metropolitano. As transformaes esperados oriundas dos
empreendimentos so de ordem local e regional, ocasionando desdobramentos na dinmica
populacional, apropriao de recursos naturais e ordenamento do territrio, o que vai exigir
opes estratgicas para a rea alvo do Plano Diretor.
Na construo da Simulao dos Cenrios, os Aglomerados Econmicos formados pelo

agrupamento estratgico de grupos de Empreendimentos Estruturantes, so tratados como
plos de crescimento os quais seu fortalecimento e suas capacidades de arrasto produtivo so
precedentes, considerados para a efetiva gerao dos efeitos multiplicadores sobre a
totalidade do territrio. Cabe ressaltas que as formas de organizao logstico-produtivas
influenciam a forma de organizao territorial e vice-versa.
O Arco Metropolitano e os Empreendimentos Estruturantes formam uma configurao

agregada, que exige uma previso estratgica das transformaes conjuntas, oriundas das
repercusses econmicas, sociais e nas interferncias no meio ambiente, para oferecer opes
de desenvolvimento regional, que envolver decises pblicas de natureza estratgica, e
decises privadas que se debrua na competitividade empresarial, impondo
compartilhamentos, colaborao e gesto conjunta a serem previstas para a regio alvo do
Plano Diretor.
Na rea de Influncia do Arco Metropolitano, os principais Aglomerados Econmicos so o

Metal-Mecnico (Situado em Itagua) e o Qumico-Farmacutico (Situado em Itabora
COMPERJ).
No Aglomerado Econmico de Itagua os principais empreendimentos que o constituem so:

Destaca-se o conjunto de unidades concentradas nas imediaes da estrutura porturia de
Itagua que se estende ao extremo oeste da AP5 do MRJ (dentro do Distrito Industrial de Santa
Cruz), incluindo: Porto Pblico de Itagua administrado por Companhia DOCAS/RJ (com
419
Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR1, ambos terminais da CSN, e os terminais da VALE2),
Plataforma Logstica da CSN (expanso de Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR, bem como,
futuramente, implantao de Centro de Apoio Logstico, Porto Privativo Lago de Pedra com
retrorea), Porto Sudeste-MMX e Porto Usiminas (escoamento de minrio de ferro), Base
Naval Militar da Marinha (com estaleiro de submarinos), parques siderrgicos da ThyssenKrupp
Companhia Siderrgica do Atlntico CSA e da Gerdau Aos Longos (Cosigua), Nuclebrs
Equipamentos Pesados NUCLEP (produo de estruturas metlicas e caldeiraria pesada),
Fbrica Carioca de Catalisadores FCC (produo de compostos usados no refino de
petrleo). Nessa regio, existem tambm outros projetos em discusso: terreno a ser licitado
por DOCAS/RJ, a princpio, apontado como rea Multiuso (mas, poder se tornar um novo
estaleiro); Porto Petrobrs (rea de apoio offshore); Porto Gerdau (escoamento de produtos
siderrgicos e importao de carvo); e usina siderrgica CSN II (a princpio, aos longos).
Chama ateno o papel estruturante que o COMPERJ poder desempenhar enquanto ncora,
a ponto de transformar Itabora em uma grande centralidade econmica da rea de Estudo 3.
Dessa forma, recomenda-se incentivar o desenvolvimento de um Plo Petroqumico baseado
em Petrleo para caracterizar Itabora enquanto ncleo motriz de um Complexo Qumico-
Farmacutico regional. Cabe ainda ressaltar que, alm de fortalecer internamente esse
complexo, deve ser buscado estimular sua unificao com o complexo Qumico-Farmacutico
nucleado futuramente por Duque de Caxias (rea de Estudo 2).
No Aglomerado Econmico de Itabora, o Porto Pblico de Itagua poder desempenhar

enquanto ncora, uma sinergia local ao ponto de transformar Itagua na principal centralidade
econmica da rea de Estudo 1. Dessa forma, recomenda-se incentivar a consolidao de
uma concepo Porto-Indstria planejado para caracterizar Itagua enquanto ncleo motriz de
um Complexo Metal-Mecnico regional. Cabe ainda ressaltar que, alm de fortalecer
internamente esse complexo, deve-se buscar estimular sua unificao com o complexo Metal-
Mecnico nucleado por Volta Redonda na Regio do Mdio Paraba.
A incorporao dos efeitos portadores de futuro ocasionados pela influncia dos

empreendimentos, nas trajetrias de desenvolvimento urbano da regio alvo do Plano Diretor,
esta representada nos Mapas 4.13 e 4.14, respectivamente, Influncia dos Aglomerados
1
Respectivamente, Terminal de Contineres e Terminal de Cargas. Quanto ao Sepetiba TECAR, sua movimentao
basicamente de suprimento de carvo e escoamento de minrio de ferro.
2
Trata-se dos terminais da Companhia Porturia Baa de Sepetiba CPBS e da antiga Valesul.
420
Econmicos de Itagua e Influncia dos Aglomerados Econmicos de Itagua e Itabora. Estes
mapas so constitudos por uma superfcie contnua que representa a fora gravitacional dos
aglomerados econmicos considerados nos cenrios investigados neste estudo, e que esto
previstos para a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro.
421
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Fontes:

Biblioteca do INEA de Estudos de
Impacto Ambiental de Empreendimentos Legenda 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Industriais
7600000
7600000
Arco Metropolitano MG
Projeto
Universal Transversa de Mercartor Fator de Atrao Cluster Econmicos Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
7520000
7520000
Atrao RJ
Ttulo
SP Mapa do Fator de Atrao dos Clusters de
Desenvolvimento Econmico
0 5 10 20 30 40 Neutralidade
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.13
Quilmetros 560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Fontes:

Biblioteca do INEA de Estudos de
Impacto Ambiental de Empreendimentos Legenda 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Industriais
7600000
7600000
Arco Metropolitano MG
Projeto
Universal Transversa de Mercartor Fator de Atrao Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
7520000
7520000
Atrao RJ
Ttulo
SP Mapa do Fator de Atrao do Cluster de
Desenvolvimento Econmico - Itagua
0 5 10 20 30 40 Neutralidade
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.14
Quilmetros 560000 620000 680000 740000 800000
4.1.6 Foras de Atrao e Repulso ao Crescimento Urbano Cenrio Normativo
Para representar as foras de atrao e repulso ao desenvolvimento econmico da regio de

influncia do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, foi construdo um mapa de foras de
atrao e repulso ao crescimento urbano para cada um dos dois cenrios de desenvolvimento
econmico, representados pelas dinmicas territoriais oriundas do poder de transformao dos
aglomerados econmico de Itagua e de Itabora, do poder de atrao da rede de transporte,
incluindo as transformaes oriundas dos fatores transformadores induzidos pela implantao
do Arco Metropolitano, conjugado aos Fatores de Controle Normativo regulados pelas regras
de ocupao do territrio definidas pelas leis ambientais e as leis que atuam no processo de
uso e ocupao do solo. O primeiro cenrio considera as foras de dinamismo oriundas do
aglomerado econmico de Itagua, e para o segundo cenrio so avaliadas as transformaes
dinmicas do territrio pela anlise conjunta dos efeitos sinrgicos dos aglomerados
econmicos de Itagua e Itabora, tal diviso visa atender as especificaes de construo de
cenrios definidas pelo Edital. A construo do mapa de atrao e repulso foi realizada
atravs da combinao dos pesos de atrao das rodovias, multiplicado pelo peso de atrao
dos Clusters econmicos para cada um dos cenrios de simulao, e o resultado destes foi
combinado com o mapa de foras de controle, representado pelo peso das unidades de
conservao e da resistncia do relevo (Declividade), em conjunto com a delimitao das reas
de excluso a urbanizao destacando-se as reas institucionais e a definio adotada pela
organizao poltico territorial. O resultado do mapa de atrao e repulso ao crescimento
urbano para cada um dos cenrios de simulao pode ser resumido na equao abaixo:
F = (Fator de Atrao das Estradas * Fator de Atrao dos Empreendimentos) - (Fator de

Controle das Unidades de Conservao * Fator de Resistncia da Declividade * Fator de
ordenamento territorial)
424
A seguir so apresentados os mapas gerados na construo dos cenrios investigados. O
primeiro mapa apresenta a superfcie de atrao ao crescimento urbano para o cenrio 1 que,
leva em considerao a fora de atrao gravitacional das estradas conjugada com a fora
de transformao territorial do aglomerado econmico de Itagua (Mapa 4.15). O segundo
mapa apresenta as foras de atrao ao crescimento urbano para o cenrio 2, que considera a
fora indutora de desenvolvimento dos eixos de transporte e o rebatimento espacial da
influncia ao crescimento econmico induzida pela ao conjunta dos aglomerados
econmicos de Itagua e Itabora (Mapa 4.16). Para a composio das foras de controle ao
crescimento urbano, foram levantadas todas as unidades de conservao existentes na regio
de estudo, as reas institucionais e as zonas territoriais mais restritivas a urbanizao definida
pelos planos diretores, a conjugao destes fatores esto reunidas no Mapa 4.17. A construo
das foras de atrao e repulso dos cenrios utilizados para a modelagem do crescimento
urbano da Regio do Arco Metropolitano esto representadas nos mapas 4.18 e 4.19, que so
respectivamente o mapa de atrao e repulso ao crescimento urbano do cenrio 1 e o mapa
de atrao e repulso ao crescimento urbano do cenrio 2.
425
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Fontes:
560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Mapa derivado da lgebra de Mapas Arco Metropolitano
entre o fator de atrao das Estradas e
7600000
7600000
o Fator de atrao do Cluster Econmico Principais Rodovias MG
Projeto
em Itagua. Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Fatores de Atrao Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
do Rio de Janeiro
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM
7520000
7520000
Neutralidade RJ
Universal Transversa de Mercartor Ttulo
Datum Horizontal - WGS84 SP Mapa dos Fatores de Atrao Cenrio 1
0 5 10 20 30 40 Atrao
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.15
Quilmetros 560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Fontes:
560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Mapa derivado da lgebra de Mapas Arco Metropolitano
entre o fator de atrao das Estradas e
7600000
7600000
o Fator de atrao dos Clusters Econmicos Principais Rodovias MG
Projeto
em Itagua e Itabora. Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Fatores de Atrao Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
do Rio de Janeiro
7520000
7520000
Neutralidade RJ
Universal Transversa de Mercartor Ttulo
Datum Horizontal - WGS84 SP Mapa dos Fatores de Atrao Cenrio 2
0 5 10 20 30 40 Atrao
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.16
Quilmetros 560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Legenda

560000 620000 680000 740000 800000
Mapa derivado da lgebra de Mapas
Arco Metropolitano Consrcio
entre o fator de declividade, as

7600000
7600000
Principais Rodovias MG
Unidades de Conservao de Proteo Integral e Projeto
as res Instiucionais. Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Unidades de Proteo Integral Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
Fatores de Controle
do Rio de Janeiro
7520000
7520000
RJ
Universal Transversa de Mercartor Ttulo Mapa dos Fatores de Controle do
Datum Horizontal - WGS84 Repulso SP Desenvolvimento Urbano
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
Neutralidade 1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.17

Quilmetros 560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Legenda

Fontes: Arco Metropolitano 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Mapa derivado da lgebra de Mapas Principais Rodovias

7600000
7600000
entre os fatores de controle e os fatores MG
reas_Institucionais Projeto
de atrao do scenrio 1.
Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
Unidades de Proteo Integral do Rio de Janeiro
7520000
7520000
RJ
Universal Transversa de Mercartor Fatores de Atrao e Controle Ttulo
Mapa dos Fatores de Controle e
Datum Horizontal - WGS84 SP Atrao ao Crescimento Urbano Cenrio 1
Controle
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.18
Quilmetros Atrao 560000 620000 680000 740000 800000
7520000 580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000
Legenda

Fontes: Arco Metropolitano 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
Mapa derivado da lgebra de Mapas Principais Rodovias

7600000
7600000
entre os fatores de controle e os fatores MG
reas_Institucionais Projeto
de atrao do scenrio 2.
Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
Unidades de Proteo Integral do Rio de Janeiro
7520000
7520000
RJ
Universal Transversa de Mercartor Fatores de Controle e Atrao Ttulo
Mapa dos Fatores de Controle e
Datum Horizontal - WGS84 SP Atrao ao Crescimento Urbano Cenrio 2
Controle
0 5 10 20 30 40
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.19
Quilmetros Atrao 560000 620000 680000 740000 800000
4.1.7 Simulao de Crescimento Urbano para o Ano de 2030. A Dinmica da
Paisagem da Regio de Influncia do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.
Nesta etapa so apresentados os resultados da simulao de crescimento urbano previstos

para os dois cenrios investigados neste estudo. As simulaes empregadas se baseiam na
plataforma de simulao de crescimento urbano desenvolvida pelo Servio Geolgico
Americano em colaborao com o Departamento de Geografia da Universidade da Califrnia,
em Santa Barbara (EUA). Estas duas instituies desenvolveram pesquisas sobre a dinmica
urbana atravs de modelos de simulao de crescimento urbano. Seus estudos baseiam-se na
utilizao e evoluo do modelo de simulao de crescimento urbano Clarke Urban Grow
Model (SLEUTH). Este modelo baseia-se no uso de autmatos celulares, modelos digitais do
terreno, mapeamento do terreno, e a modelagem da cobertura da terra, para predizer cenrios
de crescimento urbano. Este modelo foi aplicado com sucesso para simulaes de crescimento
urbano para as regies de So Francisco, Chicago, Washington-Baltimore, Sioux Falls e a
Costa Sul da Califrnia. Neste produto esta ferramenta foi base de simulao para a predio
dos cenrios futuros de crescimento urbano para a Regio de Influncia do Arco Metropolitano
do Rio de Janeiro.
As pesquisas desenvolvidas atravs do software SLEUTH foram reunidas em um projeto e

seus resultados so apresentados no site do projeto Gigalopolis, programa desenvolvido pela
U.S. Geological Survey. Este programa destina-se ao estudo de sistemas urbanos oriundos da
conectividade e interligao de subsistemas urbanos regionais conhecidos por Megalopolis. A
conectividade dos estabelecimentos urbanos regionais considerada uma das foras
dominantes da mudana global no sculo 21. Seus efeitos ocasionam impactos na paisagem,
na atmosfera, e nos recursos hdricos. Os objetivos em longo Prazo do projeto desenvolver e
refinar estas ferramentas para aprimorar as previses de crescimento urbano nas escalas
regionais, continentais e globais. O projeto Gigalopolis aprimora o modelo SLEUTH de
crescimento urbano, possibilitando uma nova abordagem adaptada s escalas regionais,
continentais e globais.
Os resultados da simulao para os cenrios 1 e cenrio 2 esto apresentadas nos mapas

4.20 e 4.21, respectivamente. Cada um dos Mapas representa uma superfcie de probabilidade
de urbanizao, que define a possibilidade de determinado local se urbanizar no perodo
investigado, neste caso o perodo investigado esta entre os anos de 2010 a 2030. A superfcie
gerada pela simulao esta dividida em classes de probabilidade que variam de 0-10%, 10-
431
20%, 20-30%, 30-40%, 40-50%, 50-60%, 60-70%, 70-80%, 80-90% e de 90-100%. O grfico
4.3 apresenta a relao entre a rea prevista na simulao para cada uma das classes de
probabilidade em cada um dos cenrios investigados. Por meio desta tabela observamos que o
cenrio 2 apresenta uma concentrao maior de reas destinadas a classe de probabilidade de
urbanizao nas classes de 100% (aproximadamente 100 Km) e nas classes de 20-30% e de
30-40%, estas diferenas so observadas espacialmente comparando-se os mapas 4.20 e
4.21, nos quais observamos uma maior ocorrncia de reas com probabilidades de 90-100%
de urbanizao relacionadas a influncias de organizao espacial exercidas pelo aglomerado
econmico de Itabora e nas demais classes as variaes esto relacionadas a influncia
conjunta das foras de transformao espacial advindas da interao dos aglomerados
econmicos de Itagua e Itabora. Tais resultados nos orientam para a definio de diretrizes e
propostas de organizao e controle e do aproveitamento dos potenciais de transformao
destes locos de organizao espacial para evitar a deteriorao destes espaos e dinamizar
suas potencialidades oferecendo as condies de suporte poltico-territoriais as quais esto
organizadas no captulo de Repercusses e Mudanas e Diretrizes Estratgicas.
900
800
700
600
rea em KM
500 Cenrio 1
400 Cenrio 2
300
200
100
0
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Probabilidade de Urbanizao
Grfico 4.3 Percentual Probabilidade de Urbanizao.
432
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

7520000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
0 5 10 20 30 40
Quilmetros
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Fontes:
Resultado do Modelo de Simulao Legenda Localizao: Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
de Crescimento URbano - SLEUTH. 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
(Cenrio 1) Arco Metropolitano % Urbanizao 2030
Com Base nos dados de:
7600000
7600000
Uso do Solo ZEE-RJ - 2007 Principais Rodovias rea Urbana 2007 MG
Projeto
Uso do Solo IBGE/DSG - 1975 Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Uso do Solo da Fundao CIDE reas_Institucionais 0-20% Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
do Rio de Janeiro
(Projetos GEROE e IQMVerde)
7520000
7520000
Empreendimentos 20-40% RJ
Ttulo
Rede de Transporte Histrica DER-RJ Mapa de Simulao de Crescimento Urbano
Fatores de Atrao e Controle - Cenrio 1 Unidades de Proteo Integral 40-60% SP
Cenrio 1 - Cluster Itagua
60-80%
7440000
7440000
reas no Urbanizadas Escala Data Mapa
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM 1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.20
Universal Transversa de Mercartor 80-100%
Datum Horizontal - WGS84 560000 620000 680000 740000 800000
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

7520000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
0 5 10 20 30 40
Quilmetros
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Fontes:
Resultado do Modelo de Simulao Legenda Localizao: Regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
de Crescimento URbano - SLEUTH. 560000 620000 680000 740000 800000
Consrcio
(Cenrio 2) Arco Metropolitano % Urbanizao 2030
Com Base nos dados de:
7600000
7600000
Uso do Solo ZEE-RJ - 2007 Principais Rodovias rea Urbana 2007 MG
Projeto
Uso do Solo IBGE/DSG - 1975 Plano Diretor Estragico de Desenvolvimento
Uso do Solo da Fundao CIDE reas_Institucionais 0-20% Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
do Rio de Janeiro
(Projetos GEROE e IQMVerde)
7520000
7520000
Unidades de Proteo Integral 20-40% RJ
Ttulo
Rede de Transporte Histrica DER-RJ Mapa de Simulao de Crescimento Urbano
Fatores de Atrao e Controle - Cenrio 2 Empreendimentos 40-60% SP
Cenrio 2 - Clusters Itagua e Itabora
60-80%
7440000
7440000
reas no Urbanizadas Escala Data Mapa
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM 1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.21
Universal Transversa de Mercartor 80-100%
Datum Horizontal - WGS84 560000 620000 680000 740000 800000
Um outro produto derivado da simulao de crescimento urbano realizada atravs da
plataforma de simulao SLEUTH a representao espacial da dinmica da paisagem
prevista para o ano de 2030, levando em considerao o crescimento urbano como um fator de
controle deste processo. O resultado um mapa (Mapa 4.22), que representa a condio de
uso e ocupao do solo prevista para o ano de 2030, tendo como base os resultados da
simulao de crescimento urbano descritas anteriormente como fatores que governam a
transformao da paisagem. Para simplificar o modelo foram considerados na modelagem da
transformao da paisagem trs tipos de classes de uso do solo, sendo elas: Florestas, Outros
usos (Pastagens e Cultivos) e reas urbanas. Para o ano de 2030 observa-se que a classe de
outros usos, se torna cada vez mais menos expressiva na paisagem, padro ocasionado pela
falta de dinamismo das cadeias produtivas e das aes polticas e econmicas relacionadas
atividade pecuria e aos cultivos nas regies rurais inseridas na regio de influencia do arco
metropolitano (Grfico 4.4). A perda de dinamismo destas reas ocasiona um avano das
reas urbanas para a periferia das regies urbanas j consolidadas. Em relao s florestas se
mantidas as condies de controle e considerando os avanos na legislao florestal, e ainda
considerando a maior participao da sociedade nas discusses ambientais, ocasionadas pela
maior conscientizao sobre as questes ambientais, verifica-se uma manuteno das reas
naturais protegidas e seus servios ambientais, e em alguns locais observa-se a regenerao
da floresta em rea de pastagens abandonadas. Estas implicaes assumem relevncia que
colocam a regio de influncia do arco metropolitano como uma regio que apresenta a
possibilidade de implementar um plano de desenvolvimento econmico sustentvel, que
pretende ampliar suas bases econmicas atravs da diversificao da sua economia
conjugada a uma estratgia que amplie a manuteno dos servios florestais oferecidos pelos
seus ecossistemas naturais.
Dinmica de Uso do Solo
50
45
% de Cobertura (Ha)
40
35
30 Uso 2007
25
20 Uso 2030
15
10
5
0
Floresta Outros Urbano
Classes de Uso
Grfico 4.4 Dinmica de Uso de solo.
435
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

7520000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
0 5 10 20 30 40
Quilmetros
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Legenda 560000 620000 680000 740000 800000
Mapa de uso e Ocupao do Solo - 2030 Consrcio
Resultado da Simulao da Dinmica da Arco Metropolitano Uso do Solo 2030
7600000
7600000
Paisagem pelo Software SLEUTH. MG
Principais Rodovias Agua Projeto
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
reas_Institucionais Floresta
Universal Transversa de Mercartor do Rio de Janeiro
7520000
7520000
Datum Horizontal - WGS84 RJ
Empreendimentos Outros Ttulo
Mapa de Uso e Ocupao do Solo
Urbano
SP Ano de 2030
7440000
7440000
Escala Data Mapa
1:500.000 10/04/2011 MAPA 4.22
560000 620000 680000 740000 800000
5. REPERCUSSES E MUDANAS
5.1. Qualidade Ambiental

Os processos desencadeados pela implantao do Arco Metropolitano com potencial de mudana
nos padres de uso e ocupao da sua rea de abrangncia esto representados na Figura 5.1,
que ilustra a seguinte dinmica, tpica da introduo de um novo eixo de transportes em uma dada
regio:
i. a implantao de infra-estrutura de transportes valoriza a rea do entorno, que se torna

atrativa para a ocupao;
ii. atividades econmicas ou urbanas de grande porte (indstrias ou shopping centers, por
exemplo) so atradas para estas reas em funo dos novos ndices de acessibilidade
(por vezes, a infra-estrutura de transporte implantada justamente para beneficiar essas
atividades, porm a oferta de acessibilidade que viabiliza o incio do processo de
ocupao);
iii. as atividades econmicas ou urbanas de grande porte, juntamente com a infra-estrutura de

transportes, atraem atividades complementares, como empresas, comrcio e servios,
dinamizando o processo de ocupao da rea;
iv. o desenvolvimento econmico da rea gera crescimento populacional e,

conseqentemente, demanda por habitao, entre tantas outra demandas cones
associadas a educao, sade, sistema virio. Em alguns casos, quando as reas urbanas
esto saturadas, a simples implantao de infra-estrutura de transporte atrai habitao,
como o caso das ocupaes irregulares que se desenvolveram ao longo de vias
importantes, como a Avenida Brasil, Linha Vermelha e outras. Em outros casos, o aumento
da acessibilidade de determinada rea antes desvalorizada para a moradia a torna atrativa
para o mercado imobilirio, como por exemplo, o municpio de Niteri aps a construo
da Ponte Rio-Niteri e Duque de Caxias, aps a inaugurao da segunda parte da Linha
Vermelha.
Os processos aqui representados muito provavelmente constituiro as grandes mudanas da

regio, no mbito dos padres atuais de uso e ocupao do solo.
439
USO DO SOLO
VALOR DA TERRA VIAGENS /

MOVIMENTOS
DEMANDA DE
ACESSIBILIDADE TRANSPORTE
OFERTA DE
TRANSPORTE
necessidade de interveno no
espao urbano para garantir
INVESTIMENTOS EM
PERDA DE ATRIBUTOS
INFRA-ESTRUTURA
LOCACIONAIS aumento da atratividade da
rea p/ a ocupao
deseconomias de
aglomerao
>
vantagens desfrutadas
AUMENTO DO
ADENSAMENTO
VALOR DA
/ SETORIZAO
atrao de novos
intensificao ALTERAES DE USO /
agentes e
da ocupao OCUPAO DO SOLO
Figura 5. 1- Interrelaes entre infraestrutura de transportes e uso e ocupao do solo
Como resultado desses processos, antev-se a possibilidade de que se desencadeiem ocupaes

irregulares/desordenadas, bem como presso pelo uso de reas protegidas e Unidades de
440
Conservao, com localizao predominante ao longo do Arco Metropolitano.
Alguns pontos merecem ateno especial, destacando-se, no contexto das repercusses

antevistas:
- Aumento de densidade em reas urbanas (Manilha, Mag, Duque de Caxias, Nova

Iguau, Queimados, Seropdica e Itagua, por exemplo) ou ocupao de novas reas
(Itabora, Japeri, Paracambi, Engenheiro Pedreira, Cidade dos Meninos), gerando
sobrecarga no trfego do Arco Metropolitano, especialmente nos pontos de entroncamento
com vias, estradas e rodovias existentes;
- Estrangulamento da rea urbana de Seropdica, que fica limitada a norte pela FLONA
Mrio Xavier, a nordeste pela BR-116 (Dutra), a noroeste pelo Arco Metropolitano
(Segmento C) e a sul e sudeste pela ferrovia existente e pelo campus da UFRRJ.
Expanso da rea central condicionada ocupao na faixa oposta do Arco, gerando
presso para ocupao da FLONA Mrio Xavier;
- Presso para ocupao de reas de Proteo Ambiental (APA de Pedra Lisa, APA do
Rio So Pedro de Jaceruba, APA Rio dOuro, APA do Rio Tingu do Iguau, APA
Tinguazinho, APA de Xerm);
- Alterao de uso com possibilidade de impactos econmicos positivos de

localidades (consolidao como centro de comrcio e servio regional) que ficaro livres
do trfego de passagem (BR-101 sul AP5 do Rio de Janeiro; BR-116 Dutra Nova
Iguau, Belford Roxo, Mesquita e So Joo de Meriti; BR-040 Duque de Caxias.
441
Figura 5. 2 - reas mais impactadas positivamente pela implantao do Arco Metropolitano
Poder ocorrer tambm a ocupao de novas reas ao longo do Arco e de outras vias, com riscos
de formao de aglomeraes subnormais, favelizao e especulao imobiliria.
Tambm esperado adensamento de reas j urbanizadas, atravessadas pelo Arco ou que

venham a gozar de maiores acessibilidades, bem como a possibilidade de intensificao do
isolamento de reas urbanas, hoje j fragmentadas.
442
Figura 5. 3 - reas de alvio de trfego
Considerando que os Planos Diretores Urbanos Municipais apresentam uma grande diversidade
de tipologias e diretrizes no mbito dos seus zoneamentos, antev-se que possam se
desencadear conflitos de uso do solo intermunicipais, que, no momento, no possuem
ordenamento definido ao nvel regional respaldado por instrumentos legais adequados.
No mbito desse estudo, que tem como objeto a implantao de obra viria de grande porte e de
empreendimentos industriais distribudos ao longo de uma Metrpole, o domnio sobre as
questes referentes dinmica da morfologia urbana nas diferentes regies da rea de estudo
prioritrio.
443
Figura 5. 4 - Riscos de novas ocupaes antrpicas
Os fenmenos de crescimento e adensamento do tecido urbano metropolitano apresentam

complexidade muito maior do que os mesmos fenmenos em municpios isolados. As
interdependncias entre as atividades econmicas desempenhadas pelos diferentes municpios
que compe uma mesma mancha urbana provocam fluxos que se manifestam e se distribuem ao
longo da paisagem sem necessariamente incorporar uma identidade municipal.
A maneira diferenciada com que cada municpio aborda a problemtica do planejamento territorial
a partir do seu zoneamento no permite composio dos diferentes Planos no formato de um
mosaico capaz de amparar um diagnstico direto.
444
Figura 5. 5 - Adensamento de reas urbanizadas
O conjunto da legislao que determina o Uso e Ocupao do Solo e o Zoneamento nos

municpios pertencentes rea de abrangncia do Arco Metropolitano revela uma fragmentao
das estratgias de gesto do territrio da RMRJ. Percebe-se no mosaico de Cartas de
Zoneamento e de Macrozoneamento dos municpios que no existe padro nas propostas de
zonas de uso. O nome e a quantidade de Zonas propostas variam grandemente entre os
municpios.
445
Figura 5. 6 - Mancha urbana isolada
.
A metodologia utilizada pelos municpios varia na medida em que eles elegem categorias e temas
distintos para se referir s diferentes configuraes do territrio. Enquanto alguns municpios
apropriam-se de nomenclatura tradicional, atribuindo categorias direcionadas delimitao dos
usos permitidos em cada trecho do territrio como, por exemplo, Seropdica, que delimita zonas
residenciais, industriais, comerciais etc., outros municpios elegem temas relacionados a estgios
diferenciados de urbanizao como, por exemplo, Belford Roxo, que define Zonas de Ocupao
Estratgica, Zonas de Consolidao Urbana, Zonas de Ocupao Controlada, entre outras.
Apesar de muitas Leis demonstrarem preocupao em delimitar zonas de preservao ambiental,

zonas de produo agrcola, zonas urbanas, entre outras, muitas vezes, a fronteira entre dois
municpios apresenta usos distintos e at conflitantes. A variedade e a fragmentao do conjunto
das propostas referentes gesto das atividades no territrio urbano. Uma vez que no existe
446
padro da metodologia utilizada no zoneamento territorial entre os diferentes municpios, o
controle e a regulao do conjunto deste territrio so prejudicados.
Verifica-se em muitos casos que o zoneamento utilizado mais como uma cartografia urbana,
mapeando os diferentes cenrios encontrados nos municpios muito mais como uma espcie de
diagnstico dos padres vigentes do que uma atividade de planejamento, em que o poder pblico
atua definindo prioridades e diretrizes de ordenamento do territrio.
O objetivo de se obter uma leitura do conjunto das polticas pblicas reguladoras do espao nos
municpios integrantes da rea de abrangncia do Arco Metropolitano compreender como as
diferentes gestes municipais contribuem para o controle ou descontrole do crescimento e da
transformao do espao construdo.
Boa parte desses municpios apresenta tecido urbano conurbado, apresentando conflitos ligados
ao cotidiano de seus habitantes. A falta de legislao urbana integrada compromete a soluo de
muitos desses conflitos, por no ser capaz de responder s especificidades e caractersticas de
um tecido urbano metropolitano. Enquanto alguns locais oferecem grande oportunidade de
emprego, de servios e equipamentos pblicos, outros so prioritariamente residenciais, mais
conhecidos como cidade dormitrio. Tais relaes demandam polticas pblicas metropolitanas
que satisfaam concomitantemente a particularidade dos municpios e a complexidade dos
diferentes fluxos existentes entre eles.
Para minimizar a disparidade da paisagem urbana no conjunto dos municpios pertencentes

Metrpole Carioca, a gesto integrada de polticas pblicas voltadas ao controle das atividades
desempenhadas no solo urbano deve ser prioritria. A disposio adequada das infraestruturas,
dos equipamentos pblicos, das reas de lazer, do sistema de transporte pblico e das zonas de
uso ao longo do territrio permite a constituio de morfologia urbana homognea. A distribuio
equilibrada das estruturas urbanas e das estratgias de gesto da Metrpole permite a
homogeneizao dos usos ao longo do tecido urbano e conseqentemente minimiza a
necessidade de deslocamentos pendulares, refletindo-se na melhora do trnsito, na qualidade de
vida dos habitantes e na economia de tempo e de dinheiro.
Vale salientar que a implantao de novos ncleos produtivos impulsionados pelos

empreendimentos Objeto AAE nos municpios que foram identificados como mais aptos a
447
absorver novos empreendimentos (o Ncleo Potencial Referncia Desagregado), associados a
novos contingentes populacionais, poder provocar mudanas nos papis atuais de alguns
desses municpios (com destaque a Mangaratiba, Seropdica, Nova Iguau, Mag, So Gonalo,
Itabora e Rio Bonito), alterando os padres de centralidades vigentes e impactando os
movimentos pendulares da populao para estudo e trabalho.
Figura 5. 7 - Municpios que podero representar novos papis na rede urbana regional
O Arco Metropolitano, pela sua localizao, bem como outros novos eixos de transporte que
podero ser implantados devero ampliar as condies de acesso s Unidades de Conservao
de proteo integral situadas ao norte da rea alvo do Plano Diretor e s suas zonas de
amortecimento, podendo comprometer o desenvolvimento das atividades tursticas a
desenvolvidas, com reflexos negativos na atuao das associaes existentes, tais como a que
atua na regio da REBIO do Tingu.
448
Figura 5. 8 - Maior acessibilidade REBio do Tingu
Os remanescentes vegetais existentes e as Unidades de Conservao estaro sujeitos a

presses devidas possibilidade de ampliao das reas urbanizadas, principalmente ao longo
do Arco Metropolitano e seu entorno prximo, e nas reas a serem ocupadas pelos grandes
empreendimentos industriais, tais como o COMPERJ, requerendo medidas para disciplinamento
do uso e ocupao dessas reas.
O adensamento de atividades industriais na regio da baa de Sepetiba a implantao de outros

empreendimentos de grande porte, tais como o COMPERJ, resultaro num aumento das
emisses de efluentes lquidos e na gerao de resduos slidos na regio.
449
Figura 5. 9- Presso sobre as Unidades de Conservao
Tambm dever haver aumento do volume de resduos slidos gerados naqueles municpios que
vierem a receber novos investimentos, com provvel aumento de contingentes populacionais, com
destaque a Seropdica e Mangaratiba, na rea de Estudo I; Duque de Caxias, Mag, Nova
Iguau e Queimados, na rea de Estudo II; e Niteri, So Gonalo e Rio Bonito, na rea de
Estudo III.
450
Figura 5. 10 - Concentrao de empreendimentos na baa de Sepetiba
A qualidade do ar na regio de implantao do COMPERJ e na Provncia Porturia de Sepetiba

dever sofrer alteraes, devido s novas emisses atmosfricas previstas, contribuindo para uma
piora das condies atuais das Bacias Areas I e IV; da mesma forma, o aumento do trfego de
veculos em reas hoje no urbanizadas pode levar a concentraes mximas de oznio ainda
maiores que as atualmente apuradas, principalmente na Bacia Area III.
Eventuais acidentes com cargas perigosas ao longo do Arco Metropolitano podem resultar em
poluio/contaminao de mananciais atravessados pela rodovia, com reflexos negativos sobre a
biota aqutica, alm de potencializar riscos de incndios em reas de mata.
451
Figura 5. 11 - Interferncias do Arco em mananciais hdricos
Intervenes diretas nas baas de Sepetiba e Guanabara, tais como servios de dragagem e
aumento do trfego de navios podero ocasionar impactos negativos aos ecossistemas aquticos
e estuarinos, com reflexos na qualidade da gua das baas, j bastante comprometida, e na biota
marinha, alm de afetar as atividades de pesca e maricultura.
A ressuspenso dos sedimentos de fundo, durante o transporte (overflow) e a disponibilizao do

sedimento na coluna dgua durante o procedimento de disposio dos materiais dragados altera
as caractersticas fsico-qumicas da gua, biota e a morfologia de fundo da regio dragada e da
rea de disposio.
Alm disso, os atrativos naturais, principalmente as enseadas e as ilhas da Madeira, Martins,

Jaguarnum e Itacuru (em Sepetiba) e Ilha Fiscal e Ilha de Paquet (na baa de Guanabara)
garantem uma forte vocao para as atividades tursticas. O turismo, associado aos esportes
nuticos, com destaque para a pesca esportiva, bastante praticado em funo da riqueza do
patrimnio natural e do ecossistema associado, na baa de Sepetiba. No entorno dessa baa
existem importantes ecossistemas ainda preservados de florestas, restingas como a da
452
Marambaia e manguezais.
Figura 5. 12 - Ilustrao de procedimentos de dragagem
Adicionalmente, a baa de Sepetiba desempenha tambm um importante papel no abrigo de

espcies de aves nativas, endmicas e ameaadas de extino; no refgio de aves costeiras; bem
como serve de rea de descanso para bandos de aves que procuram abrigo em sua vegetao.
Os esturios da regio, por sua vez, guardam uma imensa riqueza biolgica tpica de ambientes
de transio. Debaixo dgua esta situao se repete; os alevinos buscam proteo contra os
predadores nas razes submersas da vegetao do mangue, que conforma um dos mais
importantes ecossistemas aquticos do Estado do Rio de Janeiro, sendo uma rea natural de cria
e desenvolvimento de comunidade de peixes.
Essa condio poder ser alterada, caso no sejam tomados os cuidados necessrios tanto
453
durante as operaes de dragagem da baa quanto durante o trfego de navios, que dever se
intensificar aps a implantao dos novos terminais porturios previstos.
De modo a avaliar em nvel global o grau dos impactos sinrgicos e cumulativos decorrentes da
implantao das atividades industriais que compem o grupo de investimentos integrante do
Objeto AAE, foi consultada o MN-050.R-2 da FEEMA, de 2007, que classifica as atividades
poluidores em diferentes graus de potencial poluidor.
Nesse documento, a FEEMA define poluio como a degradao da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a sade, a segurana e o bem-estar da populao;

b) criem condies adversas s atividades sociais e econmicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condies estticas ou sanitrias do meio ambiente;
e) lancem matrias ou energia em desacordo com os padres ambientais
estabelecidos.
O manual da FEEMA apresenta o potencial poluidor terico para subgrupo de atividades definidos
conforme classificao do IBGE. O potencial poluidor (PP) corresponde ao potencial poluidor mais
elevado entre os potenciais de poluio da gua e do ar, o potencial de degradao ambiental e o
potencial de risco.
A metodologia adotada pela FEEMA prev quatro nveis de potencial poluidor, a saber:
A alto
M mdio
B baixo
I insignificante
O critrio adotado para definio dos nveis de potencial poluidor de cada tipologia
eminentemente emprico, e estabelece o potencial terico por tipologia e no o potencial real por
atividade, para o qual seria necessrio considerar as especificidades de cada tipologia e das
diferentes tcnicas utilizadas.
454
Contudo, a classificao da FEEMA adequada para os objetivos do Plano, que busca avaliar as
questes de interesse em nveis de abstrao compatveis com dimenses espaciais e temporais
amplas e num contexto de decises de natureza estratgica. As questes pontuais e especficas
de cada empreendimento so tratadas pelos Estudos de Impacto Ambiental.
O Quadro 3.abaixo relaciona os empreendimentos estruturantes e seu potencial poluidor, segundo

a classificao da FEEMA, observando-se que todos eles apresentam alto potencial.
Quadro 5. 1- Potencial poluidor dos Empreendimentos Estruturantes
REA DE POTENCIAL
EMPREENDIMENTO MUNICPIO SETOR
ESTUDO POLUIDOR *
Itabora, Guapimirim,
Mag, Duque de Transportes Alto (construo)
Arco Metropolitano Caxias, Nova Iguau, I, II, III Logstica
Japeri, Seropdica e
Itagua
Plataforma Logstica CSN
Expanso TECON
Expanso TECAR Itagua Alto
Plo Logstico
Porto Privativo Lago da Transportes
Pedra Logstica
Porto Sudeste LLX Itagua Alto
Porto Petrobrs Itagua Alto
Porto Usiminas Itagua Alto
Porto Gerdau Itagua Alto
Porto Itagua CDRJ Itagua Alto
I
CSA Siderurgia
Usina Siderrgica Rio de Janeiro Transportes Alto
Porto CSA Logstica
CSN Itagua Siderurgia Alto
Usina Siderrgica 2
Coquepar Seropdica Petroqumica Alto
REDUC Ampliao Refinaria Duque de Caxias Petroqumica Alto
Bayer Expanso Belfort Roxo Qumica Alto
Estaleiro EISA Rio de Janeiro II Indstria Naval Alto
COMPERJ Itabora / So Gonalo Petroqumica Alto
STX Europe Niteri III Indstria Naval Alto
Estaleiro Mau Niteri Alto
Estaleiro Aliana Niteri Alto
* Fonte: FEEMA, 2007. MN-050.R-2 Classificao de Atividades Poluidoras.
Cabe salientar, porm, que todos os empreendimentos j foram, esto sendo ou sero
obrigatoriamente licenciados pelo INEA, e que os respectivos estudos necessrios para as fases
de obteno de Licenas Prvia, de Instalao e de Operao contemplam medidas adequadas
455
para evitar, mitigar ou compensar impactos negativos. Cabe inserir tais medidas em um
arcabouo de aes que visualize e considere o seu conjunto.
Sob o ponto de vista dos aspectos relacionados com transporte e logstica, a implantao do Arco
Metropolitano contribuir para desonerar o modo rodovirio das principais rodovias que
atravessam a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, com destaque BR-101, BR-116 e BR-
040, passando por reas de ocupao rarefeita distantes de zonas densamente ocupadas, o que
resulta num um efeito positivo de alta relevncia para a regio.
Contribuir, tambm, para induzir a implantao de outros trechos rodovirios, mediante

construo/melhoria de novos acessos a reas urbanas e reas industriais, bem como para
recuperao de rodovias existentes.
Figura 5. 13 - Interligaes Arco vs. principais eixos virios da regio
456
Figura 5. 14 - Carregamento atual dos eixos de transporte da RMRJ
Figura 5. 15 - Condies atuais da BR-493
457
Dadas as mudanas previstas em decorrncia da implantao do Arco Metropolitano e das suas
articulaes com outros eixos virios, espera-se que as localidades listadas no Quadro 5.2 sejam
as mais beneficiadas pelo aumento dos seus nveis atuais de acessibilidade.
Quadro 5. 2 - Localidades mais beneficiadas pelo aumento dos nveis de acessibilidade

proporcionados pelo Arco Metropolitano
ARTICULAES MUNICPIOS / REAS BENEFICIADOS
SEGMENTO C
Porto de Itagua (final do Arco)
BR-101 (sul) Itagua (leste via Rodovia Rio-Santos)
Retira trfego de passagem do municpio do Rio com destino aos municpios do CONLESTE
Paracambi (norte via Dutra e RJ-127 sem pedgio)
BR-465 Seropdica (sul rodovia funciona como via urbana Av. Min. Fernando Costa presso para ocupao
entre BR-101, Serra da Mazomba / Calada, BR-116 e UFRRJ)
Retira trfego de passagem dos municpios de Queimados, Nova Iguau, Belford Roxo, Mesquita, So Joo
BR-116 (Dutra)
de Meriti e Nilpolis com destino aos municpios do CONLESTE
Japeri (norte direto pela RJ-125 para rea central)
Paracambi (norte via Estrada Japeri-Paracambi para rea central)
RJ-125
Seropdica (sul entre o Rio Guandu, BR-116 e RJ-127)
Vias Laterais beneficiando as reas adjacentes para ocupao.
Japeri (norte via Estrada Engenheiro Pedreira para rea central)
Paracambi (norte via Estrada Japeri-Paracambi para rea central)
Santo Antnio, Japeri (norte entre o Arco, a ferrovia, a Serra da Bandeira e a RJ-113 presso na APA de
RJ-093
Pedra Lisa e na APA do Rio So Pedro de Jaceruba)
Engenheiro Pedreira, Japeri (sul direto pela RJ-093)
Queimados (sul via Estrada Santo Antnio / Padre Jos Anchieta para rea central)
Vila Cava, Nova Iguau (norte e sul presso na APA Rio DOuro e na APA do Rio Tingu do Iguau)
RJ-113 (Rio dOuro) Nova Iguau (sul Av. Henrique Duque Estrada Mayer para rea central)
Queimados (sudoeste via Estrada Tinguazinho / Av. Irmos Guinle presso na APA Tinguazinho)
Xerm, Duque de Caxias (norte via Estrada Rio DOuro presso na APA de Xerm)
Cidade dos Meninos, Duque de Caxias (sul Estrada do Amap presso para ocupao)
RJ-085 / RJ-115
Belford Roxo (sul via Estrada Rio DOuro / Estrada do Amap para rea central)
Duque de Caxias (sul via Estrada do Amap / Av. Pres. Kenedy para rea central
Alterao de uso no entroncamento da BR-040 com a nova rodovia (grandes desapropriaes). rea urbana
BR-040
consolidada de Duque de Caxias.
SEGMENTO D
Imbari
Vias laterais
(mesmo nvel)
RJ-107 Inhomirim / Petrpolis (serra pesada)
Piabet Piabet / Fragoso / Pau Grande / Inhomirim

Suru Suru / Guia de Pacobaba / Baro do Inin
BR-116 (norte) Guapimirim / Terespolis
SEGMENTO A
Mag (2) rea urbana de Mag. Servida de via lateral, ocupao dos dois lados da rodovia.
Mag (1) rea urbana de Mag. Servida de via lateral, ocupao dos dois lados da rodovia.
Vale das Pedrinhas Distrito de Guapimirim, onde est localizada a APA de Guapimirim
COMPERJ Itamb, Itabora acesso principal ao COMPERJ

Manilha. Servida de via lateral, ocupao dos dois lados da rodovia. Entroncamento importante com a BR-101
BR-101 (Manilha)
e a Rodovia Niteri-Manilha.
458
ARTICULAES MUNICPIOS / REAS BENEFICIADOS
SEGMENTO B
Distrito Industrial Distrito Industrial de Santa Cruz (sul)

Itagua, rea central (oeste)
Itagua
RJ-099 (nordeste, para Seropdica UFRRJ)
Mazomba, Itagua (noroeste via Estrada da Mazomba)
Mazomba
rea residencial (Jardim Accias, Brisa Mar, Vila Margarida), Itagua
Porto de Itagua Entroncamento com o Arco Metropolitano (Segmento C) para o Porto de Itagua
Coroa Grande Coroa Grande, Magaratiba (sul via Rua Roberto Landell de Moura)
Itacuru Itacuru, Mangaratiba (sudoeste via RJ-014)
4.2.1. Evoluo urbana

O territrio da regio de abrangncia constitudo por 21 municpios e para fins analticos, est
subdividido em trs conjuntos de municpios bastante distintos. Com efeito, torna-se necessrio
enfatizar que esse espao no seu conjunto e mesmo, no que tange a cada uma das trs parties
sugeridas, apresentam caractersticas bastante diferentes e diversificadas tanto no que concerne
base produtiva como urbanizao.
Assim, encontram-se no mbito do territrio sob a futura influncia do Arco Metropolitano,

espaos com perfil produtivo e econmico relativamente densos e dinmicos, como os casos do
municpio de Itagua e a AP 5 (rea de planejamento) do municpio da capital, esta ltima formada
principalmente pelos bairros de Sta. Cruz, Guaratiba, Campo Grande, etc., todos pertencentes a
rea de Estudo 1 e os municpios de Niteri e de So Gonalo, ambos na rea de Estudo 3,
como espaos descontnuos e heterogneos, inclusive de vocao ainda agro-pastoril, como os
municpios de Paracamb, Japer, Queimados, Mesquita, Nova Igua, Nilpolis, So Joo de
Merit, Belford Roxo, Duque de Caxias e Mag, todos pertencentes a rea de Estudo 2, bem
como AP 3 (rea de planejamento) do municpio da capital - formada basicamente pelos bairros
da orla oeste da Baa de Guanabara, como a Ilha do Governador, Mar, Bonsucesso, Ramos,
Penha, etc.
No que se refere urbanizao, a situao pr-existente deste territrio se apresenta com
459
caractersticas urbanas bastante heterogneas. Neste territrio encontram-se desde reas com
densidades demogrficas importantes caso da rea de estudo 3, na orla leste da Baa de
Guanabara (So Gonalo e Niteri) e reas de baixa densidade, muitas vezes esparsas e
rarefeitas e com tecido urbano descontnuo e vazios demogrficos casos das reas de Estudo 1
( Seropdica) e 2 (Nova Iguau, Paracambi e Mag) e 3 (Tangu, Itabora, Guapimirim).
Ainda neste contexto e mais precisamente no que tange s funes urbanas a situao no
diferente. Com efeito, verificam-se reas portadoras de funes nobres e diversificadas - reas
municipais perifricas do entorno do municpio da capital e, notadamente a AP 3 do Rio de
Janeiro, bem como outras, com funes urbanas tmidas e mesmo inexistentes principalmente,
nas reas de Estudo 1 (municpio de Seropdica, por exemplo) e 2 (municpios de Japeri e de
Mag, por exemplo), que poderamos qualificar como espaos de urbanizao de baixa
qualificao.
Este perfil tanto no que diz respeito s questes urbanas como ao econmico fruto dos
antecedentes histricos do padro da ocupao metropolitana. Com efeito, a expanso da cidade-
municpio do Rio de Janeiro (ex-Distrito Federal e depois, ex-estado da Guanabara) ocorreu alm
dos seus limites administrativos, num processo de expanso do tpico excntrico em termos
locacionais, incorporando assim, em seu processo de metropolizao ncleos urbanos, outrora
com vida independente e/ou simplesmente reas rurais que se urbanizaram em funo do seu
poder de atrao.
Formou-se, assim, uma ntida sub-regio com centro na antiga capital federal e que hoje abrange,
total ou parcialmente, os municpios fluminenses perifricos de Nilpolis, So Joo de Meriti,
Duque de Caxias, Nova Igua (e por emancipao, a partir da Constituio de 1988, os seus
distritos de Mesquita, Queimados, Belford Roxo e Japeri) e Itagua (e seu ex-distrito de
Seropdica).
Ao mesmo tempo e em menor cadncia do que o ncleo anterior, acima indicado, a ex-capital
fluminense Niteri, como cidade central, que embora polarizada pela ex-capital federal e depois o
ex-estado da federao, o da Guanabara, no se pode deixar de reconhecer a sua forte
polarizao sobre os municpios de seu entorno imediato, abrangendo, nesse sentido, os
municpios de So Gonalo, Itabora, Rio Bonito (e mais tarde, por emancipao, o distrito de
Tangu), Maric e Mag. Aqui, na ocasio, a malha ferroviria influenciou, embora de uma forma
460
menos contundente, a ocupao desta periferia da ex-capital fluminense e a sua evoluo (ramal
ferrovirio Niteri So Gonalo Itabora), onde nos anos recentes, com o rodoviarismo em
voga e a forma muito precria pela qual vem ainda operando este trecho ferrovirio, vamos
encontrar uma explicao em outros fatores que ditam a dinmica dos diferentes assentamentos
e, mesmo, das funcionalidades locais.
Como enfatizou Lysia Bernardes (A rea metropolitana do Rio de Janeiro, in Revista de

Administrao Municipal, no. 109 Rio de Janeiro, nov./dez, 1971, pp. 50-60),....... trata-se, sem
dvida, de um complexo metropolitano cuja estrutura peculiar por abranger duas cidades
centrais, mas sua unidade indubitvel.
Com efeito, se este transbordamento da ex-capital fluminense de Niteri para os municpios do

seu entorno imediato pode ser considerado tmido em termos de assentamentos populacionais e
de funes urbanas, se processando basicamente por conta do status poltico-administrativo
vigente na ocasio ou seja, de capital de um ente da federao, aqueles ocorridos a partir do
primeiro ncleo urbano ou seja, da metrpole do Rio de Janeiro, ocorreram de forma mais
contundente e em boa medida podem ser explicado pelas possibilidades de deslocamento de
pessoas, geralmente de baixa renda, viabilizado em muitos casos pelos transportes sobre trilhos.
Nesse sentido, o ramal de Japeri, da estao Central do Brasil at Paracambi (ex-Tairet); a linha
auxiliar da estao Central do Brasil ao ento distrito de Belford Roxo; o ex-ramal da Leopoldina,
da estao da Leopoldina (hoje assumido pela estao da Central do Brasil) at Duque de Caxias
e Saracuruna, com ramificaes at Inhomirim e ao ento ex-distrito de Mag, Guapimirim
ocasionaram fortemente, no tempo, os assentamentos diferenciados e do tipo excntrico da ento
capital federal.
O mesmo fenmeno ocorreu com o espao da AP 5 da capital (principalmente os seus bairros de

Santa Cruz e Campo Grande), onde a ocupao de vastas zonas rurais se deu pelo ramal de
Santa Cruz, ligando o percurso da estao da Central do Brasil at o municpio de Itaguai.
Tratava-se de assentamentos urbanos de natureza descontnua, onde populaes de baixa renda
e de origem militar e para fins residenciais geraram, quase sempre, funes urbanas de baixa
qualificao, como salientam vrios autores (Curso de Geografia da Guanabara, FIBGE,Rio de
Janeiro,1968). No caso do bairro de Guaratiba, seu processo de assentamento populacional se
deu mais recentemente com a abertura dos corredores rodovirios da capital (linha amarela) e
461
onde, as populaes residentes de renda mais alta atraem, cada vez mais, funes nobres para
este espao da zona oeste da capital.
At meados da dcada de 70, quase todos esses municpios do entorno da cidade-estado da

Guanabara ainda eram considerados cidades-dormitrio da capital e mais tarde, com o declnio
e/ou precariedade dos transportes sobre trilhos, substitudos primordialmente pelos transportes
rodovirios intermunicipais e/ou por veculos de passeio, concomitantemente com um certo
empreendorismo local e o aumento da demanda local por bens e servios, ocasionaram o
aparecimento de funes urbanas de mercado mnimo, embora, muitas vezes tmidas e/ou
rarefeitas e de baixa qualificao urbana.
As relaes de causa e efeito desses processos so inequvocas por conta, por um lado, da
acessibilidade, pelos trilhos e mais tarde, rodovirio, e por outro lado, pelo aumento da oferta local
de bens e servios ou seja, das funes urbanas locais, muitas vezes tmidas e/ou rarefeitas,
evidenciando a formao e a atual configurao deste territrio intrametropolitano.
De qualquer forma, o territrio em questo, diferenciado urbanisticamente e ainda fortemente

polarizado pela capital do Rio de Janeiro, apresenta j neste novo sculo, centralidades e
subcentralidades funcionais nas parties acima definidas, sem dvida hierarquizadas em funo
da atuao, em maior ou menor grau, das economias de aglomerao atuantes em seus
respectivos ncleos centrais.
4.2.2. Repercusses do Arco Metropolitano na Regio

Em um nvel intermedirio de agregao espacial, tambm merece ateno especial o estudo de
subgrupamentos de municpios definidos, por exemplo, pelo critrio da distncia de cada
municpio medida em relao ao traado do Arco. De forma mais simplificada, os municpios e
distritos da meso regio podem ser tentativamente agrupados em dois subconjuntos, contguos
definidos como: i) aqueles mais prximos ou sujeitos a influncia ou impacto imediato da
implantao do Arco e ii) aqueles mais distantes e ditos de impacto comparativamente remoto.
Visualmente, o conjunto das duas reas teria um formato alongado de forma a acompanhar o
traado do Arco e a de influncia imediata formaria uma espcie de ncleo interno da meso
462
regio. Ademais, a anlise dessas duas reas justifica-se na medida que cada uma delas reaja de
forma diferenciada a implantao do Arco. Assim, para fins do presente relatrio admite-se como
verdadeiras as seguintes hipteses de trabalho:
(i) O impacto da implantao do Arco sobre a rea de influncia mais imediata tende a ser de
natureza primordialmente urbana/metropolitana; o que abrange os impactos de natureza
demogrfica assim como os novos requisitos em termos de investimentos voltados para
melhorar as condies de acessibilidade infraestrutura social.
(ii) O impacto da implantao do Arco sobre a rea de influncia remota tende a ser de
natureza primordialmente regional e se refere aos impactos sobre a (localizao, escala e
composio) da produo e sobre os requisitos de investimentos na infraestrutura
econmica (complementar) de Transporte (vias alimentadoras, por exemplo), Energia,
gua industrial, treinamento tcnico-profissional e induo de capacidade gerencial na
regio.
Antes de prosseguir, cumpre fazer algumas consideraes adicionais sobre a varivel distncia,
critrio utilizado para definir as reas de influncia imediata e remota. Por simplificao ou por
razes dificuldades estatsticas, usual medir a distncia em termos fsicos (kms.). No obstante,
o critrio correto a ser utilizado nestes casos deve empregar o conceito de distncia econmica,
medida pelo tempo percorrido ou preferencialmente pelos custos unitrios (terminais e variveis)
requeridos para acessar o eixo troncal do Arco. Dessa forma tambm possvel incorporar na
anlise outros fatores tais como a presena de vias secundrias/alimentadoras, entroncamentos,
pontos de transbordo etc.
Nessas condies, o principal objetivo deste captulo 5 preliminarmente identificar para mais
tarde, nos prximos relatrios, quantificar os impactos econmicos mais relevantes da
implantao e eventual consolidao do Arco Metropolitano, segundo as duas reas acima
discutidas. Mais precisamente, procurar-se- enfatizar a disponibilidade presente e futura de infra-
estrutura de transportes e facilidades de acesso ao arco. Na seqncia, sero apresentadas, para
fins de discusso, as bases de uma proposta metodolgica a ser utilizada, ao longo do trabalho,
para avaliar impacto econmico desse empreendimento. Nesse ltimo aspecto, vale destacar
inicialmente, a discusso dos critrios utilizados para melhor definir o que se convencionou
chamar de rea de influncia imediata e rea de influncia remota ou regional do Arco
463
metropolitano. Outra questo bsica diz respeito gerao de carga para o complexo de
transporte em estudo, ou em outras palavras, os requisitos necessrios para que as regies de
influncia sejam capazes de assegurar o carregamento do Arco. Alm dos prximos relatrios,
um documento final dever reunir as implicaes de poltica econmica mais relevantes do estudo
para fins de avaliao das potencialidades futuras do Arco e superao dos obstculos a sua
consolidao.
Embora se reconhea a importncia das externalidades sociais e ambientais decorrentes da

implantao do Arco metropolitano, convm notar que o enfoque aqui adotado primordialmente
econmico e sua maior limitao tem a ver com as dificuldades de acesso informaes
estatsticas consistentes e detalhadas sobre a implantao e operao do Arco. Dados relativos a
cronogramas de investimento, custos operacionais, assim como simulaes de carregamento e
projees de carga so difceis de obter e, quando disponveis, no resistem a uma avaliao
crtica um pouco mais severa.
Vale lembrar que os transportes representam parcela de custo relevante na composio dos
preos CIF dos produtos em geral, e em particular, das exportaes e importaes. Entendidos no
seu sentido mais amplo, tais custos incluem, em acrscimo s tarifas, outros adicionais
associados ao uso das facilidades de armazenagem e emprego da mo de obra, alm de
despesas necessrias para resolver entraves legais, administrativos e outras restries no-
tarifrias incidentes sobre a movimentao de bens e servios. No caso brasileiro, alguns desses
adicionais so freqentemente denominados de Custo Brasil, a fim de colocar em destaque as
ineficincias da infra-estrutura de transporte, em especial, a porturia.
A implantao, operao e eventual expanso de um projeto de infra-estrutura com as

caractersticas do Arco Metropolitano produzem necessariamente um forte impacto econmico
sobre a economia como um todo e, em especial, sobre a regio sob a sua influncia direta.
Ademais, tal impacto tende a ser diferenciado durante as vrias etapas do projeto. A fase de
implantao, por exemplo, envolve essencialmente atividades de engenharia e construo civil,
com predominncia da mo de obra tpica desses setores. A fase seguinte, de operao do
complexo rodo-ferrovirio, exige mo de obra com qualificao especfica, certamente muito
diversa daquela utilizada na fase anterior. Significa dizer que se, por lado, os coeficientes de mo
de obra por unidade de capital investido tendem a ser bem superiores (em mdulo) aos
464
coeficientes de mo de obra observados durante a operao do complexo (medidos em horas
trabalhadas por unidade de carga movimentada), por outro, os salrios mdios pagos durante a
implantao tendem a ser inferiores a remunerao mdia da mo de obra requerida para a
operao (em condies normais) das rodovias e ferrovias.
Cabe ainda lembrar que projetos dessa ordem de magnitude costumam criar toda sorte de
problemas especficos, uma vez concluda a implantao do complexo. Muitos desses problemas
derivam da necessidade de realocao setorial e/ou espacial da mo de obra empregada
durante a fase de implantao, uma vez que mesma no possui a qualificao necessria para
ser absorvida no prprio complexo ou pelas atividades produtivas atradas para o seu entorno.
Note-se que projetos dessa natureza tambm envolvem longos perodos de maturao e a mo
de obra empregada durante a implantao acaba desenvolvendo fortes vnculos com a regio
onde se localiza o complexo, dando origem a fortes resistncias a eventual transferncia para
outras regies. Uma possvel soluo parcial envolve o re-treinamento da mo de obra ou a
criao de linhas de crdito para incentivar localmente novos negcios por conta prpria ou
atividades produtivas de natureza familiar. Contudo, na prtica, dificilmente tais artifcios
conseguem resolver, em definitivo, os problemas de congestionamento do mercado de trabalho
local. O resultado o agravamento dos desequilbrios de natureza mais duradoura, tais como
invases de terra, aumento do subemprego e da pobreza, criminalidade e comprometimento da
infra-estrutura urbana na rea de influncia imediata do complexo.
Similarmente, a questo do horizonte de tempo utilizado na avaliao do impacto econmico do

Arco merece ateno especial. Problemas de curto prazo, tais como a capacidade de resposta da
rede de transportes em perodos de pico ou questes associadas sazonalidade da demanda,
requerem tratamento e anlises especficas. Conforme j foi dito acima, o presente captulo
preocupa-se primordialmente com os impactos econmico-espaciais do complexo a mdios e
longos prazos, ou seja, com horizontes de tempo da ordem de cinco a quinze anos. Neste
perodo, o foco da anlise concentra-se nas transformaes estruturais da produo e nas
alteraes das preferncias locacionais dos agentes econmicos. Considera-se igualmente
relevante analisar os rebatimentos dessas transformaes sobre os padres locais de uso do solo
e sobre as necessidades de novos investimentos na infra-estrutura urbana.
A idia da avaliao do impacto de um empreendimento da magnitude do Arco Metropolitano
465
requer tambm, que se explicite claramente o que a literatura especializada denomina de
indicadores de desempenho. Trata-se de variveis que permitem identificar e, principalmente,
mensurar as principais tendncias das variaes espao-temporais do fenmeno sendo analisado.
Assim, do ponto de vista metodolgico, prope-se que sejam utilizados trs tipos ou categorias de
indicadores, a saber:
a) Indicadores associados ao desempenho demogrfico da regio de influncia. Nesta

primeira categoria de indicadores, a preocupao maior com os impactos do Arco sobre
os padres de crescimento populacional, com especial destaque para as mudanas no
comportamento migratrio e nveis de bem estar da populao residente nas reas de
influncia do arco;
b) Indicadores associados ao impacto do complexo de transporte sobre as necessidades de

investimentos na infra-estrutura urbana (habitao, saneamento, lazer, etc.) nas reas de
influncia;
c) Indicadores de desempenho da atividade produtiva, mais precisamente escala, localizao

e composio (mix) das atividades produtivas situadas nas reas de influncia.
Cumpre ainda ressaltar que, conforme ser visto em maior detalhe nos prximos relatrios, a
avaliao dos impactos do Arco sobre a rea de influncia imediata baseia-se primordialmente no
comportamento dos indicadores do tipo a e b acima, ao passo que nas reas de influncia
(regional) mais remotas a nfase nos indicadores de produo (c).
O quadro 1, abaixo, apresenta os diferentes municpios, nas trs reas de Estudo da

mesorregio do Arco metropolitano do Rio de Janeiro, especificando o que ficou convencionado
acima de se chamar de municpio sob a influncia direta do Arco metropolitano (em negrito) e
aqueles sob a influncia remota. No referido quadro 5, apresentamos nas diferentes colunas,
respectivamente (i) a situao espacial em relao ao Arco metropolitano; (ii) o(s) evento(s)
presentes(s) e/ou previsto(s) , isto a infra-estrutura instalada e/ou projetada para o horizonte de
tempo estipulado no Plano Diretor Estratgico de Desenvolvimento, bem como a principal
caracterstica da urbanizao presente e (iii) o(s) Projeto(s) principal(is), isto os investimentos
estruturantes programados.
466
Quadro 5. 3 - Municpios nas reas de Influncia Imediata e Remota do Arco Metropolitano (critrio
distncia do Arco e Entroncamentos pertinentes)
Principais
Municpio(*) Situao Infra-Estrutura
Projetos
ITAGUAI Entroncamento do Arco Porto de Itagua, Porto do Sudeste, Porto Usiminas, Estaleiro Complexo
Metropolitano com a BR-101 da Marinha, Estaleiro CDRJ, Plataforma Logstica da CSN, Porturio,
e acesso ao Porto, alm de Porto Vale, Zona de Apoio Logstico, ligao ferroviria CSN
vias de pequena significao (MRS)
para o trfego de cargas e
passageiros (Estr. do
Caador, Estr. das
Palmeiras, Rua Tocantins,
Estr. Dona Elizabeth e Estr.
do Mazomba).
RIO DE Intercepta o arco atravs da Possui quatro Distritos Industriais (Santa Cruz, Campo CSA
JANEIRO / BR-101, lote 4, que integra o Grande, Palmares e Pacincia), o que garante regio a Michelin
AP5 sistema. grande atratividade. Mas o grande investimento estruturante Flowserve
para os prximos anos o Complexo da CSA, com uma Hermes
siderrgica e um porto. O PNLT prev a construo da Linde
Hidrovia dos Jesutas, ligando a Baa de Sepetiba BR 116, Cosigua
criando um novo sistema de transporte na regio, o
hidrovirio, por balsas.
SEROPDICA Entroncamento do Arco rea destinada ao Distrito Industrial cortada pelo Arco Coquepar
Metropolitano com as BR- Metropolitano e pelo ramal da MRS, ladeado pela BR 116 e
116 e BR-465, com o ramal circundado pelo canal de So Francisco para onde est
da MRS que acessa o Porto prevista a construo da Hidrovia dos Jesutas
de Itagua e RJ-125 - Estrada
Japeri-Miguel Pereira, alm
467
Principais
Projetos
PARACAMBI Sem entroncamento ou rea destinada ao Distrito Industrial com 2,5 km, h 13 km Light S.A.
interseo com o Arco do Arco Metropolitano.
JAPERI Entroncamento do Arco rea destinada ao Distrito Industrial cortada pelo ramal da Light e
Metropolitano com o ramal MRS, ladeado pelo canal de So Francisco para onde est Granado
da MRS que acessa os prevista a construo da Hidrovia dos Jesutas.
portos de Itagua e do Rio de
Janeiro, RJ-093 - Estrada
dos Coqueiros e vias de
pequena significao para o
trfego de cargas e
passageiros (Estr. da
Saudade, Estr. Aljezur, Rua
Odorico Rocha, Estr. Santo
Antnio 2, Estr. Ari Schiavo,
Av. Eduardo Souto Barbosa).
QUEIMADOS Sem entroncamento ou Seu Distrito Industrial de 2,3 km (com possibilidade de Nihil
interseo com o Arco. expanso para 9 km) se localiza junto BR 116, podendo
acessar rapidamente o Arco Metropolitano e o ramal da MRS
que acessa o Porto de Itagua.
Mesquita Sem entroncamento ou Registra alta densidade populacional e poucas opes para Nihil
interseo com o Arco. grandes empreendimentos.
Nilpolis Sem entroncamento ou Registra alta densidade populacional e poucas opes para Nihil
interseo com o Arco. grandes empreendimentos.
NOVA Entroncamentos com o Arco O municpio no possui Distrito Industrial e poucas reas Nihil
IGUAU Metropolitano atravs de vias para expanso industrial no entorno direto do Arco
de pequena significao para Metropolitano, que corre paralelo ao ramal da MRS que
o volume de trfego interno acessa o porto do Rio de Janeiro. Em Amba est previsto a
de cargas e passageiros recuperao dos trilhos que se conectam com So Bento,
(Estr. do Retiro, Estr. Iguau em Duque de Caxias, parte do projeto de revitalizao da
Velho, Estr. So Bernardino, ferrovia de contorno da baa de Guanabara, o que ir criar o
Rua Cel. Alberto Melo, Estr. Arco Ferrovirio do Rio de Janeiro.
Santa Perciliana, Av. Vilar
468
Principais
Projetos
Registra alta densidade populacional e poucas opes para Nihil

Sem entroncamento ou
Belford Roxo grandes empreendimentos.
interseo com o Arco.
Registra alta densidade populacional e poucas opes para Nihil

So Joo Sem entroncamento ou
grandes empreendimentos.
de.Meriti interseo com o Arco.
DUQUE DE Entroncamento do Arco REDUC

CAXIAS Metropolitano com BR-040 e O municpio possui um grande distrito industrial prximo ao Suzano
-116/493, RJ 085 e RJ 115 - entrocamento do Arco Metropolitano,BR-040 e BR- 116/493. Riopol
Estrada de Xerm, alm de Com a implantao da Ferrovia de contorno da Baa da Turbomeca
vias de pequena significao Guanabara, que correr paralela ao Arco, se torna, como
para o trfego de cargas e Seropdica, um dos municpios de maior infraestrutura
passageiros (Av. Canal do logstica potencial.
Rio Calomb, Rua Local).
MAG Entroncamento do Arco O municpio no possui Distrito Industrial, mas reserva Nihil
Metropolitano com BR- 116 e grandes reas livres ao longo das BR-116 e -493
- 493 (integrantes do Arco Metropolitano), que sero
acompanhadas pela Ferrovia de Contorno da Baa da
Guanabara. A proximidade com o Comperj um forte fator
de atrao para investimentos.
GUAPIMIRIM No h entroncamentos O municpio no possui Distrito Industrial, mas reserva Nihil

significantes grandes reas livres ao longo da BR-493 (Arco
Metropolitano), que sero acompanhadas pela Ferrovia de
Contorno da Baa da Guanabara. A proximidade com o
Comperj um forte fator de atrao para investimentos.
ITABORA Entroncamento do Arco O municpio no possui distrito industrial, mas o Comperj o COMPERJ
Metropolitano com a BR-101 principal investimento estruturante em implantao no
estado do Rio de Janeiro. A existncia de grandes reas no
entorno direto do Arco Metropolitano e a Ferrovia de
469
Principais
Projetos
Rio de Janeiro Sem entroncamento ou Possui o mais importante centro tecnolgico da Petrobrs no EISA,
/ AP3 interseo com o Arco. Brasil, alm de um Centro Tecnolgico e do principal Petrobrs
Registrar reduo do fluxo campus universitrio do estado (UFRJ)
de veculos de carga na
Linha Vermelha oriundos da
BR- 040.
TANGU No h entroncamentos O municpio no possui Distrito Industrial, mas reserva Nihil
significantes grandes reas livres com capacidade para atrair
investimentos de apoio ao COMPERJ. A reativao da linha
martima da FCA, integrando a ferrovia de contorno da Baa
da Guanabara, ligando o COMPERJ, o Porto do Au, o Porto
de Itagua e o corredor So Paulo - Rio da MRS tem
potencial para tornar o municpio logisticamente atrativo.
Maric Caso o Arco Metropolitano O municpio no possui Distrito Industrial, mas o Nihil
seja complementado com a prolongamento do Arco, caso ocorra, atrair investimentos
RJ-114, Maric ser uma das para seu entorno. H estudos para a construo de um porto
pontas da rodovia. ou estaleiro no municpio.
Niteri Sem entroncamento ou O municpio no possui Distrito Industrial e densamente C.Naval
interseo com o Arco. ocupado.
SO Sem entroncamento ou O municpio est em fase de implantao do Distrito Porto
GONALO interseo com o Arco. Industrial de Guaxindiba, prevendo utilizar no futuro o porto Schulz
que a Petrobrs constri para movimentar equipamentos
destinados ao COMPERJ. densamente ocupado, mas se
favorecer da implantao do Centro de escoamento e do
centro de Inteligncia do Comperj.
CACHOEIRAS Sem entroncamento ou Municpio com baixa densidade urbana. Pode se favorecer Nihil
DE MACACU interseo com o Arco. da proximidade com o COMPERJ para atrair investimentos.
(*) Os municpios que sujeitos a uma influncia mais direta do Arco metropolitano esto em caixa
alta e em negrito neste Quadro.
470
O ordenamento do territrio na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, que sempre foi uma
questo importante, se tornou imprescindvel e inadivel nos ltimos anos com o advento de
grandes investimentos estruturantes nos setores porturio, siderrgico, petroqumico e logstico,
que ditaro o rumo do crescimento da RMRJ nas prximas dcadas.
Esses investimentos provocaro grandes transformaes no perfil da ocupao do solo na RMRJ.

Com maior impacto sobre o territrio esto o COMPERJ, em Itabora, e a provncia porturia, em
Itagua. Separados por uma regio densamente ocupada, sem conexo ferroviria e com o
sistema rodovirio saturado, esses investimentos foram o impulso final para a construo do Arco
Rodovirio Metropolitano do Rio de Janeiro, que ligar as duas cabeceiras da RMRJ, conectando
as rodovias BR 101 Norte, em Manilha, no municpio de Itabora, ao Porto de Itagua. Sua
construo aliviar a presso por mobilidade de carga na zona central da RMRJ, que no possui
capacidade para uma nova onda de adensamento no trfego destinado ao porto de Itagua co
origem no COMPERJ, Norte Fluminense e Regio Serrana (vindo em especial da Zona da Mata
Mineira), ou originrio deste com sentido contrrio que seria concentrando, por trechos, na BR
040, na Linha Vermelha e na BR 116, atravessando reas de grande densidade urbana at
Queimados, onde a presso urbana diminui, mas no o fluxo do trfego.
A Construo do Arco Metropolitano provocar uma completa transformao desse fluxo de

trfego, que ser retirado da Zona Urbana Metropolitana a partir da conexo da BR 493/116 com
a BR 040, de onde partir o traado do Arco, uma rodovia originalmente planejada para servir
basicamente ao movimento de cargas, mas que sofrer os impactos do trfego urbano pelo
avano da ocupao do solo para suas margens a partir das oportunidades que sero geradas
pelos investimentos estruturantes j anunciados e pelos investimentos que sero realizados na
cadeia produtiva desses classificados como estruturantes.
Esta fase do estudo sobre as polticas urbanas na regio do Arco Metropolitano tem o objetivo de
identificar as zonas de ocupao urbana, distritos ou zonas de interesse industrial e espaos
vazios nos municpios, apontando o provvel comportamento a ser seguido pela ocupao do solo
nas prximas dcadas, induzido pelos investimentos estruturantes, em especial COMPERJ em
Itabora e provncia porturia em Itagua e seu elo, o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.
471
O estudo Deciso Rio: 2010-2012, do Sistema FIRJAN, apontou investimentos de R$ 126 bilhes
no Rio de Janeiro no perodo, destacando a regio de entorno do Porto de Itagua e do Arco
Metropolitano como um dos principais eixos de desenvolvimento do estado. Denominado Eixo
Sepetiba, a regio se caracteriza pelas oportunidades criadas a partir da construo do trecho
virgem do Arco Metropolitano, de sua conexo com os portos j existentes e em construo na
Baa de Sepetiba e pelos investimentos industriais em andamento no seu entorno, como a
Companhia Siderrgica do Atlntico.
Um evento que traria um forte componente de presso sobre a RMRJ foi desarticulado, alterando
parcialmente o perfil que vinha se desenhando para a ocupao do solo: a deciso da Petrobras,
que elegeu como prioridade estratgica para a explorao do pr-sal a Bacia de Santos, em So
Paulo, optando pela construo de sua base de operaes na cidade de Santos, o perfil da
ocupao do Eixo Sepetiba se direciona para o apoio logstico ao complexo porturio de Itagua.
Partindo dessa condio, foi realizada a anlise do impacto do Arco Metropolitano e da provncia
porturia sobre o ordenamento urbano dos municpios que seriam mais diretamente atingidos pelo
investimento, a saber: Itagua, Seropdica, Paracambi, Japeri e Queimados, que integram o
Sistema de Apoio Industrial ao Porto de Sepetiba, criado por legislao estadual em 1998
(tambm integram o Sistema os Distritos Industriais da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro
Campo Grande, Pacincia, Palmares e Santa Cruz). A criteriosa avaliao dos espaos urbanos e
das demandas projetadas de investimentos contribui para a discusso do ordenamento territorial
no Eixo Sepetiba.
Os impactos da provncia porturia so definidos a partir do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.

De fato, o ganho logstico criado com o Arco Metropolitano que pode reduzir em at 20% o custo
de transporte de/para o porto de Itagua1 ir atrair empresas e centros logsticos para o trecho
virgem situado nos municpios analisados. Para 2015 a previso de uma movimentao diria
de 2,8 mil veculos de carga no Arco Metropolitano com origem/destino no porto2, atravessando
reas pouco adensadas e com perfil topogrfico que favorecem investimentos de pequeno a
grande porte em variados segmentos, de logstica de apoio (armazenamento e transporte),
1
Avaliao dos Impactos Logsticos e Socioeconmicos da Implantao do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro,
Sistema FIRJAN e Coppead/UFRJ, 2008.
2
Idem.
472
passando por fabricao industrial (peas e equipamentos) at indstrias de base (siderrgicas e
metalrgicas).
Considerando a atuao integrada do Arco Metropolitano e do complexo porturio e cruzando

com as demandas industriais projetadas, as reas disponveis e as infraestruturas logsticas
existentes e em implantao, foi possvel apontar as principais vocaes dos municpios da regio
frente s perspectivas. Vale lembrar que os municpios sob influncia imediata do Arco
Metropolitano, sob o critrio da distncia econmica, esto acentuados, abaixo, em negrito.
ITAGUA
Concentra os investimentos porturios e embora no tenha um Distrito Industrial delimitado,
possui duas reas com as caractersticas necessrias para receber investimentos industriais.
A primeira, com 14,9 km se localiza ao longo do Arco Metropolitano, na divisa com
Seropdica, com plena acessibilidade aos portos de Itagua e do Sudeste e Plataforma
Logstica da CSN - que negocia com Petrobrs e a Gerdau a implantao de um porto
conjunto. A segunda, com 14,5 km, est localizada entre o ramal da MRS e a RJ-099, com
acesso BR-101. Somadas, as reas equivalem a quase seis vezes o Distrito Industrial de
Santa Cruz/RJ, onde esto instaladas 32 empresas com rea mdia de 95 mil m, entre elas
Novartis e Casa da Moeda.
Itagua no apresenta restries a empreendimentos em seu Plano Diretor e na Lei de

Zoneamento, mas em sincronia com o complexo industrial-porturio e pelo fato de ser a
cabeceira do Arco Metropolitano, acena com preferncias para atividades nos setores
porturio (armazenagem e transporte empresas de logstica, especialmente), naval
(mquinas e equipamentos) e siderrgico. 96,6% dos 2.560 estabelecimentos do municpio3,
so micro e pequenos. Os segmentos de servios e comrcio renem 84,2% dos
estabelecimentos e a indstria 12%, concentrada nas reas de construo civil e extrao
mineral. Segundo a Fundao Centro Estadual de Estatsticas, Pesquisas e Formao de
Servidores Pblicos do Rio de Janeiro CEPERJ4, em 2006 o PIB ficou em R$ 1,9 bilho,
3
Fonte: RAIS 2007.
4
Todas as informaes sobre o PIB dos municpios constam nos Estudos Socioeconmicos dos Municpios do Estado do
Rio de Janeiro, do TCE/RJ, com informaes da Fundao CIDE, que foi extinta com a criao da Fundao CEPERJ. A
opo por utilizar o PIB de 2006 se deve ao fato de ser o mais recente com informaes setorizadas.
473
tendo como principais setores comrcio (27,6%), transportes (10,6%) e aluguis (7,2%). A
indstria ocupou a 10 posio, contribuindo com apenas 0,7% do PIB.
SEROPDICA
Com um importante entroncamento formado pelas Rodovias Presidente Dutra (BR 116), BR
465 (antiga Rio So Paulo), Arco Metropolitano e o ramal da MRS que acessa o complexo
porturio de Itagua, o municpio possui uma grande rea destinada ao Plo Industrial.
Localizado entre a BR-116, o Rio Guandu e a RJ-125 o terreno possui 19,5 km, dos quais
apenas 5% esto ocupados pelas empresas Eletrobolt e Panco. A Coquepar, um
empreendimento em implantao avaliado em R$ 524 milhes, principal investimento
industrial no municpio, se localiza fora dos limites do Plo.
A Lei de Zoneamento define como empreendimentos de interesse indstrias de mdio a

grande porte e empresas de negcios e extrao mineral, mas o governo busca aproveitar
programas de incentivos do governo estadual voltados para os setores txtil, caladista, de
jias, cosmticos, frmacos, eletrnicos, bebidas (alcolicas, cerveja e refrigerante), grfico,
metalmecnico, mquinas e equipamentos agropecurios e industriais, parafusos,
autopropulsores e tico. A legislao municipal probe a implantao de indstrias cujos
efluentes finais contenham substncias de alto grau de toxidade e que no sejam degradveis,
indstrias que lancem substncias cancergenas em seus efluentes finais e indstrias que
operem com reator nuclear.
Em 2006 o setor de aluguis respondeu por 26% do PIB de R$ 395 milhes, o que se explica
pelo fato de a economia municipal gravitar ao redor da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ). A administrao pblica respondeu por 24% do PIB e a construo civil por
10%. O setor industrial contribui com 3,9%, sendo o sexto setor em importncia. 98% dos 871
estabelecimentos formais de Seropdica so micros e pequenos, sendo 40% de servios, 37%
agropecurios e 21% industriais, em especial nos segmentos de extrao mineral e
construo civil.
474
JAPERI
A rea reservada para o Distrito Industrial possui 396 mil m. Localiza ao longo da Estrada do
Guandu, na bifurcao da malha da MRS para os portos de Itagua e do Rio de Janeiro5, est
a menos de 1 km da RJ 125, que margeia o Distrito Industrial de Seropdica e se conecta ao
Arco Metropolitano e Rodovia Presidente Dutra. Ainda em fase de planejamento, possui rea
superior ao Distrito Industrial de Pacincia no Rio de Janeiro (333,5 mil m), onde funcionam
13 empresas, com tamanho mdio de 21 mil m. No h restries a empreendimentos na
legislao municipal, que tambm no apresenta definio dos segmentos industriais
desejados. A rea depende da implantao de infraestruturas bsicas (gua, saneamento,
telecomunicaes e outras) para se tornar atrativa para investidores.
A indstria tem pouco peso na economia municipal, tendo respondido em 2006 por apenas 1%
do PIB de R$ 345 milhes. O setor de aluguis respondeu por 38% do PIB, a administrao
pblica por 35% e transportes por 7%. 99% dos 653 estabelecimentos so micros e pequenos,
sendo que 45% so do setor agropecurio, 42% de servios e 12% industriais - principalmente
da construo civil.
QUEIMADOS
Possui um Distrito Industrial de 2,3 km com gs canalizado, telefonia digital, subestao de
energia eltrica e abastecimento de gua, sendo o nico da regio analisada realmente
implantado (os demais esto em fase de implantao ou so apenas projetos). Segundo a
Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (CODIN) 32 empresas
esto instaladas no distrito, ocupando 49% de sua rea. Localizado a 6,5 km do ramal da MRS
que acessa o porto de Itagua, a 10 km do Arco Metropolitano e margeado pela Rodovia
Presidente Dutra, o distrito possui forte vantagem competitiva e atratividade. As empresas j
instaladas atuam principalmente nas reas de construo (civil e metalrgica), transportes,
armazenamento e fabricao de instrumentos e componentes tecnolgicos.
5 Ramal que a partir de Amba, em Nova Iguau, integrar a ferrovia de contorno da Baa da Guanabara, que far a conexo entre o
porto do Au (em So Joo da Barra), o Comperj (em Itabora) e o porto de Itagua e criar uma ligao ferroviria com So Paulo
para escoar a produo do Comperj e do Distrito Industrial do Au.
475
A legislao no restringe investimentos, mas diante do perfil atual as atividades mais
indicadas esto relacionadas quelas j praticadas, como por exemplo: armazns gerais
frigorficos; indstrias alimentcias; bebidas alcolicas, cerveja e refrigerantes; txtil; de
artefatos de concreto; argamassa; gesso; metalmecnico; nutica; cosmticos; louas; e
alumnio. Por no haver restries a atividades e grande rea disponvel no h impeditivo
para novos segmentos, principalmente pela possibilidade de expanso em 6,7 km, o que
elevaria a rea do distrito para 9 km, equivalente ocupada pela CSA em Santa Cruz, no Rio
de Janeiro.
O PIB de 2006, de R$ 686 milhes, ficou concentrado nos setores de aluguis (28%),
administrao pblica (24%) e construo civil (10%). A indstria contribuiu com 8%, sendo o
quarto principal setor econmico do municpio. 98% dos 1.468 estabelecimentos so de micro
e pequeno portes e os segmentos de servios e agropecuria concentram, cada um, 44% dos
estabelecimentos. A indstria, focada na construo civil, representa 11% dos
estabelecimentos.
PARACAMBI
O municpio possui um Distrito Industrial em fase de implantao em um terreno de 2,5 km ao
longo da rodovia RJ 127 (que acessa a BR-116). Seu projeto prev a instalao de
infraestrutura viria, servios de transporte, de energia, de gua e de telecomunicaes.
Apesar de estar a 13 km do Arco Metropolitano, em Japeri, se localiza na rea de influncia
direta do Arco. Sua ocupao j possui atividades definidas pelo governo municipal:
desdobramento de madeira; destilao de lcool e cervejarias; frigorfico; fundio de peas;
indstria cermica; indstria de artefatos de cimento e usinas de concreto; indstria qumica;
indstria eletromecnica; indstria mecnica; indstria metalrgica; indstria de biodiesel;
montagem de veculos; produo de leos vegetais e outros produtos; produo de leos,
gorduras e ceras vegetais e animais; torrefao e moagem de cereais; laticnio, fbrica de
farinhas (moinho); aparelho, peas e acessrios para agropecuria; e fbrica de espumas e
derivados.
Alm do Distrito Industrial planejado Paracambi possui na Lei de Zoneamento uma Zona de
Interesse Industrial localizada na divisa com Seropdica e Japeri, junto do ramal da MRS, com
1,7 km. A rea no possui importantes vias rodovirias, com exceo da Estrada dos
476
Macacos, que acessa o Centro de Paracambi, e da Estrada Paracambi-Japeri.
O PIB de Paracambi no perodo de referncia foi de R$ 262 milhes, concentrado em aluguis

(23%%), administrao pblica (21%) e servios industriais de utilidade pblica (7%). A
indstria contribuiu com 6%, sendo o quarto principal setor econmico do municpio. 99% dos
962 estabelecimentos do municpio so de micros e pequenos, sendo que 48% so do
segmento de servios, 40% agropecurios e 11% industriais em especial confeco,
laticnios e extrao mineral.
Faz-se necessrio ressaltar que a anlise apresentada das reas destinadas expanso
industrial do Eixo Sepetiba considerou no apenas a legislao e o atual perfil municipal, mas
tambm a lei estadual n. 3055/98, que criou o Sistema de Apoio Industrial ao Porto de
Sepetiba, destinado a incrementar a instalao de estabelecimentos industriais nas reas de
convergncia para o Porto de Sepetiba. A lei, alm de definir os distritos industriais, prev a
implantao de duas usinas termeltricas em Seropdica e Paracambi (para onde est prevista
ainda uma hidreltrica). Outra legislao importante para a atratividade industrial dos municpios
a Lei n. 5636/10, publicada em 06/01/2010 pelo governo do estado e que dispe sobre poltica de
recuperao industrial regionalizada no Rio de Janeiro. A lei incluiu os distritos industriais de
Japeri, Paracambi e Queimados entre os beneficiados pelo regime especial de tributao e
recolhimento do Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre
Prestaes de Servios de Transporte Interestadual ou Intermunicipal e de Comunicaes
ICMS, fixando em 2% a alquota do imposto recolhido sobre o valor das operaes de sada por
transferncia e por venda, deduzidas as devolues. A lei um forte incentivo para a atrao de
investimentos, uma vez que os benefcios podero ser aplicados na importao, desde que o
desembarao das aquisies realizadas no exterior seja realizado atravs dos portos e aeroportos
fluminenses.
Fora do chamado Eixo Sepetiba, que sentir mais diretamente os impactos do conjunto Arco
Metropolitano Provncia Porturia em Itagua, e do Eixo Leste, que ter os impactos diretos do
conjunto Arco Metropolitano COMPERJ est um grupo de municpios com grande densidade
populacional, formado por Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilpolis, Nova Iguau e
So Joo de Meriti.
477
Estes municpios tero impactos diferenciados, considerando dois fatores: oferta de espaos
vazios para atrair investimentos e proximidade com o Arco Metropolitano, que desse grupo
atravessa apenas os municpios de Nova Iguau e Duque de Caxias.
BELFORD ROXO
Sem entroncamento ou interseco com o Arco Metropolitano, o municpio no possui um
distrito industrial estabelecido e registra alta densidade populacional, o que gera poucas
opes para empreendimentos que exigem grandes reas.
As opes para a expanso do uso do solo, tanto para novas reas residenciais quanto para
reas industriais, se concentram nas regies de Bela Vista, Parque Aurora e So Vicente, no
norte do municpio. Nestas reas empreendimentos podero ser beneficiados pela
reimplantao do ramal ferrovirio de cargas entre Amba (Nova Iguau) e So Bento (Duque
de Caxias), e pela proximidade que ter com o Arco Metropolitano, dependendo de
adequaes em vias de acesso nos municpios de Duque de Caxias e Nova Iguau, como
Estrada Amap e Estrada Rio Douro, sem o que o acesso regio fica comprometido, com
quase exclusividade pelas vias urbanas de acesso BR 116, no Sul do municpio.
Diante desse quadro o municpio possui perfil mais adequado para investimentos nas reas de
prestao de servios e, com a implantao do ramal Amba So Bento, para segmentos de
armazenamento e fabricao de instrumentos e componentes tecnolgicos.
Em 2006 o PIB do municpio foi de R$ 2,9 bilhes, o 11 maior do estado com a atividade
econmica do municpio concentrada na indstria de transformao (29%), com destaque para
o segmento qumico-farmacutico com 99%; aluguis (23%); e administrao pblica (21%).
Esses setores no originam grandes presses por novas zonas de habitao, mas a
reativao do ramal Amba So Bento tende a despertar o interesse industrial pelos espaos
vazios em seu entorno.
478
DUQUE DE CAXIAS
O municpio de Duque de Caxias possui importantes entroncamentos com o Arco
Metropolitano. O primeiro ocorre no Trevo das Margaridas, incio do trecho virgem. Outros
entroncamentos importantes ocorrem nas RJs 085 e 115 - Estrada de Xerm, alm de vias de
pequena significao para o trfego de cargas e passageiros (Av. Canal do Rio Calomb, Rua
Local).
Sua estruturao industrial est bem definida, com um grande distrito prximo ao
entroncamento entre o Arco Metropolitano e BRs-040 e 116/493. Com a implantao da
Ferrovia de contorno da Baa da Guanabara, que correr paralela ao Arco, se torna um dos
municpios de maior infraestrutura logstica potencial, inserindo neste contexto sua
proximidade com o Aeroporto Internacional do Galeo Tom Jobim e com o Porto do Rio de
Janeiro.
O municpio possui vazios adequados para expanso urbana prximo a Pilar e Chcara Rio
Petrpolis, e para expanso industrial na poro Leste, prximo ao Distrito Industrial e
Reduc, embora exija fortes investimentos em infraestruturas devido s condies do solo.
A expanso da capacidade da Reduc a partir da implantao do COMPERJ e a atrao de

atividades da indstria petroqumica de segunda e terceira geraes provocaro um forte
impulso na ocupao do solo no municpio, havendo o risco de, no se implantando um
sistema de controle, o processo culminar no aumento da favelizao. Dos municpios
localizados na Baixada Fluminense Duque de Caxias o que dispe de melhores condies
para aproveitar o crescimento econmico impulsionado pelo conjunto Arco COMPERJ
Provncia Porturia, mas em contrapartida o municpio que tender a sofrer mais fortemente
as presses por ocupao do solo e os riscos de um processo desordenado.
Diante desse quadro o municpio possui perfil adequado para investimentos nas reas
petroqumica de primeira, segunda e terceira geraes, fabricao de instrumentos e
componentes tecnolgicos, frmacos, eletrnicos, metalmecnico, mquinas e equipamentos
industriais, autopropulsores e tico.
479
econmica do municpio concentrada na indstria de transformao (60%), com destaque para
o segmento qumico com 93%; aluguis (9,8%); e administrao pblica (6%).
MESQUITA
distrito industrial estabelecido e possui alta densidade populacional, o que oferece poucas
O municpio est espremido entre Nova Iguau, Belford Roxo, Nilpolis e a serra, sem opes
para a expanso urbana e industrial. Distante do Arco Metropolitano e ladeado pela BR 116, o
benefcio indireto dos grandes empreendimentos poder se concentrar na melhoria da
mobilidade urbana em direo s demais cidades da RMRJ, em especial quelas que, por
possurem vazios urbanos, atrairo grandes investimentos.
econmica do municpio concentrada na construo civil (51%); aluguis (15%); e
administrao pblica (13%).
NILPOLIS
O municpio est espremido entre So Joo de Meriti, Mesquita, o Rio de Janeiro e a serra,
sem opes para a expanso urbana e industrial. Distante do Arco Metropolitano e ladeado
pela BR 116 e pela Avenida Brasil, o benefcio indireto dos grandes empreendimentos poder
se concentrar na melhoria da mobilidade urbana em direo s demais cidades da RMRJ, em
especial quelas que, por possurem vazios urbanos, atrairo grandes investimentos.
Em 2006 o PIB do municpio foi de R$ 919 milhes, o 24 maior do estado com a atividade
econmica do municpio concentrada nos aluguis (22%); administrao pblica (21%); e
construo civil (20%).
480
NOVA IGUAU
O municpio possui entroncamentos com o Arco Metropolitano atravs de vias de pequena
significao para o volume de trfego interno de cargas e passageiros (Estr. do Retiro, Estr.
Iguau Velho, Estr. So Bernardino, Rua Cel. Alberto Melo, Estr. Santa Perciliana, Av. Vilar
Novo, Av. Vilar Grande, Estrada de Adrianpolis e Queimados Rio DOuro).
Nova Iguau no possui Distrito Industrial, mas existem vazios urbanos que podem ser
utilizados para expanso industrial no entorno direto do Arco Metropolitano, que em um longo
percurso corre prximo ao ramal da MRS que acessa o porto do Rio de Janeiro. Em Amba
est previsto a recuperao dos trilhos que se conectam com So Bento, em Duque de
Caxias, parte do projeto de revitalizao da ferrovia de contorno da baa de Guanabara, o que
ir criar o Arco Ferrovirio do Rio de Janeiro.
Diante desse quadro o municpio possui perfil adequado para investimentos nas reas de
armazns gerais; indstrias alimentcias; txtil; de artefatos de concreto; argamassa; gesso;
metalmecnico; e cosmticos.
Uma questo importante a ser discutida a regularizao das reas de Proteo Ambiental
existentes no municpio, algumas ainda no reconhecidas pelos rgos federais e estaduais.
indstria de transformao (11%), com destaque para os segmentos de material de
transportes (13,45%) e produtos alimentares (10%).
SO JOO DE MERITI
O municpio est espremido entre Nilpolis, Rio de Janeiro, Belford Roxo e Duque de Caxias,
481
sem opes para a expanso urbana e industrial. Distante do Arco Metropolitano e ladeado
pela BR 116 e pela Avenida Brasil, o benefcio indireto dos grandes empreendimentos poder
se concentrar na melhoria da mobilidade urbana em direo s demais cidades da RMRJ, em
especial para a Zona Oeste do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Itagua, que concentram
grandes investimentos estruturantes e possuem vazios urbanos que se tornam foras de
atrao para novos investimentos.
econmica do municpio concentrada na construo civil (27%) aluguis (22%); e
No Eixo Leste esto os municpios que recebero mais diretamente os impactos da construo co
COMPERJ, em Itabora. Estes municpios guardam outra grande vantagem em relao Baixada
Fluminense: assim como o Eixo Sepetiba, possuem grandes vazios urbanos que permitem a
expanso tanto da ocupao imobiliria quanto de projetos industriais. So estes os municpios de
Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itabora, Mag, Maric, Niteri, So Gonalo e Tangu.
CACHOEIRAS DE MACACU
Sem entroncamento ou interseco com o Arco Metropolitano Cachoeiras de Macacu no
integra a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. O municpio no possui um distrito industrial
estabelecido, mas sua proximidade com o COMPERJ, em Itabora, e a existncia de grandes
vazios urbanos pode fazer com que se beneficie dos transbordamentos dos investimentos que
se seguiro ao COMPERJ, como a petroqumica de segunda e terceira geraes, assim como
pode passar a exercer uma funo de amortecimento da expanso urbana de Itabora.
Em 2006 o PIB do municpio foi de R$ 516 milhes, o 34 maior do estado com a atividade
econmica do municpio concentrada na indstria de transformao (38%) aluguis (24%); e
GUAPIMIRIM
Embora cortado pelo Arco Metropolitano o municpio no possui, em seu territrio, um
entroncamento significante com o mesmo. Guapimirim no possui Distrito Industrial, mas
482
reserva grandes reas livres ao longo da BR-493 (Arco Metropolitano), que sero
acompanhadas pela Ferrovia de Contorno da Baa da Guanabara, oferecendo oportunidades
para investimentos industriais e imobilirios. A proximidade com o COMPERJ um forte fator
de atrao industrial, oferecendo oportunidade para o setor petroqumico de segunda de
terceira geraes, alm de segmentos como construo civil, transportes e armazenagem.
Em 2006 o PIB do municpio foi de R$ 288 milhes, o 42 do estado com a atividade

servios industriais de utilidade pblica (11%).
ITABORA
Com o investimento no COMPERJ se consolidar como o centro econmico do Eixo Leste da
RMRJ. O Arco Metropolitano garantir o escoamento da produo do COMPERJ para o Porto
de Itagua e um acesso mais fcil para So Paulo, uma vez que deixar de ser utilizada a BR
116, que corta a rea urbana na RMRJ. Com os investimentos aderentes ao COMPERJ, como
a petroqumica de segunda e terceira geraes, o municpio sofrer grandes presses sobre o
uso do solo nas prximas dcadas, necessitando de um elaborado processo de ordenamento
do territrio para garantir a melhor ocupao e reduzir os riscos de um avanado processo de
favelizao, natural em regies onde ocorrem grandes investimentos estruturantes que geram
dezenas de milhares de empregos na construo e reduzem drasticamente a utilizao da
mo-de-obra na fase de operao.
Com vistas produo do COMPERJ e das indstrias aderentes avanam as negociaes

para a implantao da Ferrovia do Contorno da Baa da Guanabara, que criaria condies de
escoar a produo do complexo para o principal mercado consumidor brasileiro, o estado de
So Paulo, atravs do modo ferrovirio, o que reduziria o fluxo de veculos no Arco
Metropolitano, garantindo melhores opes de ocupao de seu entorno imediato.
Existe a necessidade de se definir, de forma clara, uma legislao de ocupao do solo que
permita o crescimento das plantas industriais sem estrangular a expanso urbana e de forma
a evitar a favelizao.
483
Considerando o entroncamento entre a BR 493 e a BR 101 Norte em Manilha, esse ponto se
torna um objeto de grande preocupao, que ser tratado no relatrio sobre a infraestrutura de
transportes na RMRJ, que indicar propostas para melhorar a integrao entre os municpios
e utilizar o transporte pblico como ferramenta para evitar a ocupao desordenada do solo
nos municpios onde se concentraro os investimentos estruturantes.
Em 2006 o PIB do municpio foi de R$ 1 bilho, o 22 do estado com a atividade econmica do

municpio concentrada nos aluguis (31%); administrao pblica (28%); e construo civil
(13%).
MAG
O municpio possui um entroncamento do Arco Metropolitano na bifurcao das BRs 116 e
493, prximo do ramal ferrovirio que compor a Ferrovia de Contorno da Baa da Guanabara,
pertencente Linha Martima da Ferrovia Centro Atlntica (FCE). Mag no possui Distrito
Industrial, mas reserva grandes reas livres ao longo das BR-116 e 493 e do ramal ferrovirio
adequados para investimentos industriais (petroqumica se segunda e terceira geraes,
armazenagem, transporte e metalmecnico) e residenciais, dependendo de uma definio de
ocupao mais objetiva e adaptada nova realidade econmica do municpio nas prximas
dcadas, sob a influncia do COMPERJ.
Em 2006 o PIB do municpio foi de R$ 1,15 bilho, o 21 do estado com a atividade econmica
do municpio concentrada nos aluguis (28%); administrao pblica (26%); e construo civil
(6%).
MARIC
O municpio est na ponta leste da RMRJ, sem conexo direta com o Arco Metropolitano, cujo
projeto original termina no entroncamento da BR 493 com a BR 101 Norte, em Manilha,
Itabora. Existe um projeto para que o arco seja estendido at Maric, atravs da RJ 114,
fazendo do municpio uma das pontas da rodovia. Para que seja implementado o governo do
estado precisar realizar a obra, por se tratar de uma via estadual.
484
O municpio no possui Distrito Industrial, mas o prolongamento do Arco, caso ocorra, atrair
investimentos para seu entorno. H estudos para a construo de um porto ou estaleiro no
municpio, o Complexo Industrial Porturio de Jacon, cujo objetivo atuar no apoio
explorao dos campos do pr-sal na Bacia de Santos. Defensor da proposta o governo do
municpio busca vender o projeto para investidores privados. Em 2006 o PIB do municpio foi
de R$ 527 milhes, o 32 do estado com a atividade econmica do municpio concentrada nos
aluguis (26%); administrao pblica (23%); e construo civil (5%).
NITERI
O municpio no possui entroncamento ou interseo com o Arco Metropolitano, alm de
apresentar grande adensamento populacional, o que reduz a possibilidade de receber
investimentos que exigem grande extenso de rea. Embora no possua um distrito industrial,
tem seu perfil econmico ligado indstria naval, mantendo forte atratividade para
investimentos no setor.
O porto do municpio se especializou em servios de apoio indstria off shore, o que faz o
porto se estabelecer como um dos que atingem os maiores valores agregados do pas. A
retomada dos investimentos na indstria naval apresenta perspectivas de alavancar a oferta
de empregos no municpio, que devido sua ligao direta com o Rio de Janeiro atravs da
Ponte Presidente Costa e Silva e com os municpios da Baixada e Oeste da RMRJ atravs de
uma ampla rede de trens urbanos faz com que Niteri apresente menores possibilidades de
sofrer uma exploso populacional incentivada por estes investimentos, em especial devido
falta de vazios urbanos destinados a essa ocupao.
econmica concentrada em servios (30%); indstria de transformao (12%); e construo
civil (10%), com destaque para os segmentos material de transporte (83%) e qumica (8%).
SO GONALO
O municpio no possui entroncamento ou interseo com o Arco Metropolitano, mas receber
os impactos diretos da construo do COMPERJ, onde funcionar o Centro de Escoamento e
o Centro de Inteligncia do COMPERJ. So Gonalo est em fase de implantao do Distrito
485
Industrial de Guaxindiba, prevendo utilizar no futuro o porto que a Petrobrs constri para
movimentar equipamentos destinados ao COMPERJ.
O municpio densamente ocupado, o que cria empecilhos para grandes investimentos

industriais. Os vazios urbanos existentes so mais indicados para a expanso urbana.
econmica concentrada nos aluguis (24%); administrao pblica (22%); e construo civil
(13%).
TANGU
O municpio no possui entroncamento ou interseo com o Arco Metropolitano. Tangu
possui Distrito Industrial, mas reserva grandes reas livres com capacidade para atrair
investimentos de apoio ao COMPERJ. A reativao da linha martima da FCA, integrando a
Ferrovia de Contorno da Baa da Guanabara, ligando o COMPERJ, o Porto do Au, o Porto de
Itagua e o corredor So Paulo - Rio da MRS tem potencial para tornar o municpio
logisticamente atrativo.
Em 2006 o PIB do municpio foi de R$ 121 milhes, o 63 do estado com a atividade

econmica concentrada nos aluguis (32%); administrao pblica (29%); e construo civil
(11%).
4.3.1. Anlise da Dinmica Espacial dos Complexos Logsticos-Produtivos na rea

de Influncia do Arco Metropolitano
Uma ordem de prioridades apontadas no captulo 1 foi a consolidao de plos de crescimento e
o fortalecimento de sua capacidade de arrasto produtivo gerando maiores efeitos multiplicadores
sobre a totalidade do territrio. Esse captulo visa oferecer recomendaes para transformar plos
de crescimento territorialmente concentrados em plos de desenvolvimento regional, logo, na
direo de uma desconcentrao econmica para periferia metropolitana que d suporte
competitividade das cadeias produtivas.
486
Inicialmente, importante advertir que nem todas aglomeraes econmicas podem ser
consideradas clusters (enquanto arranjos locais organizados) nem levam necessariamente
configurao de plos de crescimento. Quanto ao primeiro aspecto, certas aglomeraes
podem gerar insatisfatoriamente interdependncias entre os agentes locais, no havendo ganhos
significativos de eficincia coletiva. Quanto ao segundo aspecto, certas aglomeraes podem se
caracterizar pela pouca contribuio para circulao de renda e fluxos de produo em termos
regionais, muitas vezes sua dinmica se restringindo a dependncia de relaes externas. Ao
contrrio, a configurao de um plo definida como uma concentrao dispersa, marcada pelo
surgimento de um ncleo motriz e uma relao sinrgica destacada com espaos de
espraiamento dentro de um mesmo territrio. Nesse quadro virtuoso, inclusive as relaes
externas so um estmulo a mais para o dinamismo regional.
Por isso, Chaves e Simes (2007) chamaram ateno que o incentivo s aglomeraes
econmicas deve ser considerado diante de suas vantagens para o processo de
adensamento das cadeias produtivas. Mesmo que se consolidem como clusters, as
aglomeraes precisam ser tratadas de forma integrada organizao industrial em um contexto
mais amplo que a localidade. Como lembrou Brando (2007), polticas que s valorizem
aglomeraes iro enfrentar srias limitaes medida que desconsiderem a espacialidade das
relaes intersetorias imersas em processos produtivos supralocais. preciso deixar claro que
no se desconsidera a importncia de serem incentivados ganhos de eficincia coletiva por
interaes localizadas, mas se deseja enfatizar as oportunidades de estimular ganhos de
dinamismo ao longo das cadeias produtivas.
fundamental que seja superada a porosidade na formao regional das cadeias produtivas de
acordo com o potencial aglomerativo de seus elos em articulao com outras cadeias associadas
a mesma base tcnica. Nesse sentido, a viso estratgica est centrada na valorizao de
sinergias atravs da consolidao de complexo logstico-produtivos. Cabe lembrar que um
complexo geralmente formado por vrias concentraes geogrficas da produo em que suas
cadeias so articuladas logisticamente.
Na rea de Influncia do Arco Metropolitano, os principais complexos so o Metal-

Mecnico e o Qumico-Farmacutico (como definidos em HAGUENAUER et al., 2001)6. Em
6
Embora esses complexos no estejam completos dentro da regio, envolvem os fluxos de produo dominantes.
487
suas articulaes intra e inter-regionais, o primeiro pode englobar as seguintes atividades:
Extrao de carvo; Extrao de minerais metlicos; Metalurgia Bsica (Siderurgia est
enquadrada); Produtos de Metal; Reciclagem de Sucatas Metlicas; Mquinas e Equipamentos;
Material Eltrico; Material Eletrnico e Comunicaes; Veculos Automotores; Construo Naval; e
Outros Equipamentos de Transporte. J o segundo pode englobar as seguintes atividades:
Extrao de petrleo e gs natural; Derivados de Petrleo e lcool; Outros Produtos Qumicos
(Petroqumica est enquadrada); Borracha; Transformados Plsticos; Reciclagem de
Transformados Plsticos; Farmacuticos e Veterinrios; e Perfumaria, sabes e velas
(Cosmticos est enquadrado).
Na sequncia a proposta de articulao espacial das atividades econmicas ser apresentada

mais detalhadamente. Essa proposta est associada a avaliao dos potenciais estruturantes dos
empreendimentos ncoras j existentes ou com implantao definida, bem como associada aos
novos investimentos sugeridos. Segundo a noo de plos de crescimento (PERROUX, 1967),
pretende-se destacar as principais aglomeraes econmicas candidatas a se tornar ncleos
motrizes e seus provveis espaos de espraiamento imediato e no imediato. Posteriormente,
tambm sero enfatizados alguns pontos centrais para o maior desenvolvimento do potencial
turstico na rea de Influncia do Arco Metropolitano.
Cabe esclarecer que o tratamento que ser dado aos complexos logstico-produtivos est voltado
para explicitar as especificidades regionais e qualific-las. Como salientou Coutinho (1973), (...)
necessrio qualificar muito bem a complexidade das estruturas econmicas regionais e da sua
inter-relao os complexos industriais devem ser planejados dentro desta perspectivas; de
outro modo (...) perde o poder de captar as interaes dinmicas.
4.3.2. rea de Estudo 1 (redefinida): espao de polarizao para um Complexo

Metal-Mecnico
No Termo de Referncia, a rea de Estudo 1 foi definida com o conjunto formado por: rea de
Planejamento 5 do Municpio do Rio de Janeiro (AP5 do MRJ), Itagua, Mangaratiba e Seropdica.
Contudo, para fins de coordenao econmica, prope-se que sejam tambm includos:
Queimados, Japeri e Paracambi (antes admitidos na rea de Estudo 2). O mapa 5.1 no anexo
oferece a visualizao da rea de Estudo 1 aps as alteraes propostas.
488
Condicionantes ocupao econmica
Segundo o critrio de distncia econmica7, quase todos os municpios da rea de Estudo 1

(redefinida) esto sob influncia imediata do Arco Metropolitano. A nica exceo Mangaratiba.
De uma maneira geral, essa rea se configura como grandes vazios intercalados por uma
atividade agropastoril e franjas urbanas concentradas no entorno dos principais eixos virios (vide
mapa 1.2 no captulo 1). Destaca-se ainda importantes unidades de conservao ambiental em
Mangaratiba e Paracambi. Alerta-se que o ordenamento territorial deve se ater ao risco de
surgirem diversas ocupaes subnormais e favelizao.
Segundo Quadro 5.4, entre 2000 e 2010, chama ateno um crescimento populacional acima de
10,0% em Mangaratiba, Itagua, Seropdica, Paracambi e Japeri (em grande parte, reflexo de um
processo migratrio interno8). Desses caso, o mais significativo, em termos absolutos, foi Itagua
(18.359). Cabe ainda lembrar que a AP5 do MRJ j sofre tambm intensa presso populacional.
Recomenda-se maior ateno das polticas pblicas urbanas porque justamente Itagua e AP5 do
MRJ esto recebendo grandes projetos de investimento em siderrgica e em terminais porturios,
havendo expectativa de expanso econmica associada a estrutura de movimentao de cargas
(o que inclui contineres). Alm disso, Mangaratiba e Paracambi possuem importantes unidades
de conservao ambiental, logo, tambm recomenda-se maior ateno das polticas ambientais.
Quanto ao zoneamento do territrio, a mancha urbana (rosa), as reas dos principais

empreendimentos ncoras (roxo claro) e das reas definidas para uso industrial (roxa escuro)
esto delimitadas na Figura 5.16.
7
Para maiores detalhes, consultar P2 do PDU.
8
O quadro 5.3 do anexo permite reforar essa interpretao em termos estaduais, pois, no perodo 2005/2008 foi
significativa a expanso da populao no natural do municpio e natural do estado. Cabe ainda lembrar que todas as
previses mostram uma continuidade de queda da taxa de crescimento populacional para o total da Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro e para o Estado do Rio de Janeiro.
489
Quadro 5. 4 - Variao da populao percentual e absoluta da populao nos Municpios da
rea de influencia do Arco Metropolitano, Regio Metropolitana do RJ, Estado do RJ e
Sudeste entre 2000 e 2010
Variao (%) Crescimento

Municpios Populao 2000 Populao 2010
2000/2010 absoluto na dcada
REA DE ESTUDO 1 (redefinida)
Itagua 82.003 100.362 22,39 18.359
Japeri 83.278 91.933 10,39 8.655
Mangaratiba 24.901 34.966 40,42 10.065
Paracambi 40.475 46.251 14,27 5.776
Queimados 121.993 131.163 7,52 9.170
Seropdica 65.260 76.045 16,53 10.785
Belford Roxo 434.474 455.598 4,86 21.124
Duque de Caxias 775.456 818.432 5,54 42.976
Mag 205.830 218.307 6,06 12.477
Mesquita N/A* 159.685
Nilpolis 153.712 154.232 0,34 520
Nova Iguacu 920.599 767.505 -16,63 -153.094
So Joo de Meriti 449.476 439.497 -2,22 -9.979
REA DE ESTUDO 3
Cachoeiras de Macacu 48.543 51.727 6,56 3.184
Guapimirim 37.952 51.198 34,90 13.246
Itabora 187.479 210.780 12,43 23.301
Maric 76.737 116.216 51,45 39.479
Niteri 459.451 441.078 -4,00 -18.373
So Gonalo 891.119 945.752 6,13 54.633
Tangu 26.057 29.355 12,66 3.298
Total Arco* 5.084.795 5.340.082 5,02 255.287
Regio Metropolitana 10.792.518 11.077.397 2,64 284.879
ERJ 14.391.282 15.180.636 5,48 789.354
Regio Sudeste 72.412.411 77.656.762 7,24 5.244.351
Fonte: Censo Demogrfico / IBGE

Nota: (*) No includo valores para reas de Planejamento 3 e 5 do Municpio do Rio de Janeiro.
490
COQUEPAR
(Seropdica)
Distrito Industrial
de Queimados
Estrutura Porturia (Itagua), incluindo: terminal

de continer no Porto Pblico de DOCAS/RJ,
estaleiro de submarinos na Base Naval Militar
da Marinha, Plataforma Logstica, CSN Porto
Sudeste-MMX e Porto Usiminas
NUCLEP (Itagua)
Distrito Industrial de Santa Cruz (AP5

do MRJ), incluindo: ThyssenKrupp
(CSA), Gerdau (COSIGUA) e FCC
Figura 5. 16 - Mancha urbana e macrozoneamento dos principais empreendimentos

ncoras e e das reas definidas para uso industrial na rea de Estudo 1 (redefinida)
Fonte: Elaborao prpria a partir de dados dos Planos Diretores Municipais, dados dos empreendimentos, e na
Base Cartogrfica Integrada do Brasil ao Milionsimo IBGE 2005.
Principais empreendimentos ncoras:
Destaca-se o conjunto de unidades concentradas nas imediaes da estrutura porturia

de Itagua que se estende ao extremo oeste da AP5 do MRJ (dentro do Distrito
Industrial de Santa Cruz), incluindo: Porto Pblico de Itagua administrado por
Companhia DOCAS/RJ (com Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR9, ambos terminais
da CSN, e os terminais da VALE10), Plataforma Logstica da CSN (expanso de
9
Respectivamente, Terminal de Contineres e Terminal de Cargas. Quanto ao Sepetiba TECAR, sua movimentao
basicamente de suprimento de carvo e escoamento de minrio de ferro.
10
491
Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR, bem como, futuramente, implantao de Centro
de Apoio Logstico, Porto Privativo Lago de Pedra com retrorea), Porto Sudeste-MMX
e Porto Usiminas (escoamento de minrio de ferro), Base Naval Militar da Marinha (com
estaleiro de submarinos), parques siderrgicos da ThyssenKrupp Companhia
Siderrgica do Atlntico CSA e da Gerdau Aos Longos (Cosigua), Nuclebrs
Equipamentos Pesados NUCLEP (produo de estruturas metlicas e caldeiraria
pesada), Fbrica Carioca de Catalisadores FCC (produo de compostos usados no
refino de petrleo).
Nesse regio, existem tambm outros projetos em discusso: terreno a ser licitado por
DOCAS/RJ, a princpio, apontado como rea Multiuso (mas, poder se tornar um novo
estaleiro); Porto Petrobrs (rea de apoio offshore); Porto Gerdau (escoamento de
produtos siderrgicos e importao de carvo); e usina siderrgica CSN II (a princpio,
aos longos). Alm disso, em Seropdica, h a COQUEPAR (produtora de insumo para
cadeia de alumnio).
reas definidas para uso industrial:
Ressalta-se grandes espaos disponveis em Seropdica. Tambm merecem destaque

Queimados (particularmente, seu distrito industrial), AP5 do MRJ (enfatizando, o Distrito
Industrial de Santa Cruz) e Itagua. Em menor medida ainda se observa algumas reas
em Japeri e Paracambi.
Cabe ressalvar que prximo aos parques da ThyssenKrupp (CSA) e da Gerdau (Cosigua)
existe uma aglomerao relacionada cadeia siderrgica. Contudo, no se trata de um cluster,
ou seja, um arranjo local organizado com ganhos de eficincia coletiva por interaes
localizadas. No obstante, importante polticas para torn-lo um plo ao incentivar o
adensamento da cadeia, inclusive com fabricao de produtos de metal.
O Quadro 5.5 no anexo apresenta, de forma resumida, as principais informaes e

caractersticas dos distritos industriais implantados ou projetados na rea de Influncia do Arco
Metropolitano. Segundo esse quadro, o Distrito de Santa Cruz possui infra-estrutura
minimamente adequada (embora carea de investimentos), com cerca de 4,6 milhes de m2.
Atualmente, j tem rea ocupada de 3,3 milhes de m2 , sendo 14 indstrias operando: Gerdau
(Cosigua), Casa da Moeda, Aciqumica, Liarte, Rexan Latasa, Temporal, Morganite, Misel, IDM,
492
Transcor, CSN, Ecolab, Fabrica Carioca de Catalisadores, Sicpa. Ainda h 12,6% de espao
disponvel para atrao de novos empreendimentos.
Na rea de Estudo 1 (redefinida), j esto implantados tambm os distritos de Itagua,

Queimados, Campo Grande (MRJ), Pacincia (MRJ) e Palmares (MRJ). Entre eles, destaca-se
o Distrito de Queimados junto a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra/Rio-So Paulo), que servir
para poder acessar o Arco Metropolitano. Atualmente, esse distrito est praticamente todo
ocupado, mas j est em discusso seu projeto de expanso. Recomenda-se maior
acompanhamento para que a execuo desse expanso ganhe maior agilidade.
Existem ainda alguns projetos de distritos em Japeri, Paracambi e Seropdica, bem como da
rea industrial em Paracambi que dependem de obras de infraestrutura. O distrito de Japeri
possuir como principal vantagem logstica o prprio Arco Metropolitano, que ainda ter um
entroncamento com um ramal ferrovirio da MRS que acessa o Porto do Rio de Janeiro
(carecendo da reconstruo do ramal Amba So Bento, j projetada). Alm disso, poder
aproveitar as economias de aglomerao pela proximidade com o Distrito de Queimados. Sem
acesso direto ao Arco Metropolitano, o distrito e a rea industrial em Paracambi tero como
vantagem logstica a proximidade com a RJ-127 para acess-lo atravs da BR-116.
Quanto ao distrito de Seropdica trata-se de uma rea de cerca de 20 milhes de m2 com

excepcional potencial logstico: cortada pelo Arco Metropolitano, pelo ramal ferrovirio da MRS
que liga o Porto de Itagua e ladeado pela BR-116. Nesse sentido, tem potencial para se tornar
o principal eixo de articulao logstica, por um lado, das unidades concentradas nas
imediaes da estrutura porturia de Itagua e se estendendo ao extremo oeste da AP5 do
MRJ, e, por outro lado, das unidades concentradas nos Distritos de Queimados e, futuramente,
nos distritos de Japeri e Paracambi.
Cabe ressaltar que o distrito de Queimados, bem como os distritos de Japeri e Paracambi,
quando implantados definitivamente, j dispem de um importante benefcio tributrio atravs
da lei n 5.636/2010 (Lei Cabral). Para maiores detalhes, o Quadro 5.5 no anexo apresenta, de
forma resumida, as principais disposies do programa de incentivos fiscais do Governo do
Estado do Rio de Janeiro.
Apesar da oportunidades oferecidas para maior ocupao, quase todos os municpios da rea
de Estudo 1 (redefinida) ainda possuem porte econmico modesto. Como mostra o Quadro 5.5,
493
a nica exceo Itagua. Esse ltimo municpio possui mdio porte, com 3,5% do valor
agregado bruto no total da rea de Influncia do Arco Metropolitano. Cabe lembrar que Itagua
possui como um de seus principais fatores de competitividade os servios porturios, incluindo
a atividade do Porto Pblico de Itagua - DOCAS/RJ com os terminais Sepetiba TECON e
Sepetiba TECAR. Por isso, recomenda-se que esses servios seja mais estimulados a fim de
aumentar o porte econmico municipal e provocar rebatimentos sobre outros municpios que
passem a desempenhar o papel de retroporto.
Quadro 5. 5 - Participao percentual dos municpios no valor agregado bruto (VAB) por
setores no total da rea de influencia do Arco Metropolitano, 2007
Municpios Agropecuria Indstria Servios Administrao Pblica Total

Itagua 10,0 1,1 4,4 2,1 3,5
Japeri 1,7 0,3 0,8 1,6 0,7
Mangaratiba 6,5 0,3 0,7 0,8 0,6
Paracambi 1,6 0,2 0,6 0,8 0,5
Queimados 1,2 1,0 1,5 2,2 1,3
Seropdica 4,1 0,5 0,8 1,3 0,7
Belford Roxo 1,3 3,7 4,9 8,3 4,6
Duque de Caxias 4,8 68,5 28,6 16,5 39,3
Mag 14,1 0,9 2,7 4,0 2,2
Mesquita 0,2 0,7 2,2 3,1 1,8
Nilpolis 0,0 0,7 2,2 2,8 1,8
Nova Iguau 5,0 5,1 11,9 14,3 10,1
So Joo de Meriti 0,6 1,8 5,7 7,7 4,7
REA DE ESTUDO 3
Cachoeiras de Macacu 8,5 0,7 0,9 1,1 0,9
Itabora 4,1 1,1 2,6 3,9 2,2
Guapimirim 3,1 0,4 0,6 0,9 0,5
Maric 2,7 0,5 1,5 1,9 1,3
Niteri 10,4 7,1 14,1 10,1 12,2
So Gonalo 18,7 5,3 13,0 15,9 11,0
Tangu 1,4 0,2 0,3 0,5 0,3
Total Arco* 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Produto Interno Bruto dos Municpios 2003-2007 / IBGE.
Nota: (*) No includo valores para reas de Planejamento 3 e 5 do Municpio do Rio de Janeiro.
494
Atualmente, a rea de Estudo 1 (redefinida) j vem passando por um considervel ciclo de
investimentos produtivos, a maioria deles trata de implantao de novos empreendimentos.
Como principais investimentos recentes, destacam-se:
Incio de operao de plantas instaladas recentemente:
Companhia Siderrgica do Atlntico/CSA ThyssenKrupp e Vale (AP5 do MRJ)
Construo de um parque siderrgico produtor de placas de aos planos, a princpio, voltado

para exportao para unidades de laminao da ThyssenKrupp nos Estados Unidos e na
Europa. Ressalva-se que possvel a instalao futuramente de uma laminadora dentro do
parque, o que recomenda-se que sua viabilizao seja objeto de polticas.
Base Naval Militar (inclui estaleiro de submarinos) Marinha do Brasil (Itagua).
Construo de um estaleiro de submarinos convencionais e nucleares, de uma base de

operaes na atividade (base para submarinos do Municpio do Rio de Janeiro ser transferida
para esse complexo), bem como de um laboratrio de manuteno ambiental da Baa de
Sepetiba.
Companhia de Coque Calcinado de Petrleo/COQUEPAR Petrobrs, Energy

Investments e Unimetal (Seropdica)
Construo de uma usina calcinadora de coque verde, matria-prima que derivada do refino
do petrleo. Destaca-se que o coque calcinado um importante insumo para indstria de
alumnio, sendo utilizado como condutor de energia eltrica para a reduo da alumina. A
princpio, produo voltada para exportao, tendo como diferencial competitivo o baixo teor de
enxofre. Trata-se da segunda fbrica desse tipo no Brasil (anteriormente, s existia a
Petrocoque no Estado da Bahia).
Modernizao e projeto de expanso fsica em curso:
Porto Pblico de Itagua DOCAS/RJ, incluindo Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR

CSN (Itagua)
Conjunto de obras, que incluem: obras de dragagem (projeto includo no Programa de

Acelerao do Crescimento - PAC do governo federal), estudos de viabilidade econmica para
495
licitao de dois novos terminais (um terminal lquido e outro de granis slidos), e projeto de
ampliao de Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR - CSN (respectivamente, Terminal de
Contineres e Terminal de Cargas11). Ressalta-se que as duas ltimas iniciativas pela CSN
esto includas dentro de seu planejamento para o projeto de implantao de uma plataforma
logstica.
Rcentemente, a companhia DOCAS/RJ anunciou que ser agilizada a licitao do novo

terminal de granis slidos no Porto Pblico de Itagua: conhecido como "porto do meio", por
ser localizado entre os terminais da Vale e da CSN, ter rea de 245,5 mil m2 e capacidade de
embarque de 25 milhes de toneladas por ano. Os maiores interessados na licitao so
empresas de minerao de Minas Gerais (regio de Serra Azul, no quadriltero ferrfero):
Arcelor Mittal, Ferrous Resources, Usiminas, dentre outras. Atualmente, essas mineradoras
no tm uma "janela para o mar" para exportar seu minrio de ferro, e ficam na dependncia
de um espao para escoar o produto nos terminais da Vale e da CSN.
Em estgio de negociao para implantao efetiva:
Porto Sudeste - MMX e Porto USIMINAS (Itagua)
Porto Sudeste um terminal porturio privativo para exportao de minrio de ferro trazido de
Minas Gerais atravs do ramal ferrovirio da MRS. Diante da falta de aceso martimo no
terreno vizinho de sua propriedade, a USIMINAS j vem negociando com a MMX para seu
escoamento tambm ocorrer atravs desse terminal. Alm disso, a licitao do novo terminal
de granis slidos no Porto Pblico de Itagua oferece mais uma alternativa. Isso porque a
companhia DOCAS/RJ declarou que, segundo acordos realizados, o futuro arrendatrio ter
que dividir o novo terminal pblico com a USIMINAS que ser parceira em sua construo.
Plataforma Logstica CSN, Porto Gerdau e Porto Petrobrs (Itagua)
A Plataforma Logstica CSN se refere construo de um centro de apoio logstico e de um

novo terminal chamado de Porto Privativo Lago da Pedra com retrorea em rea externa ao
Porto Pblico de Itagua, bem como s expanses de Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR
dentro do Porto Pblico de Itagua. O Porto Gerdau se refere a construo de um porto
11
Quanto ao Sepetiba TECAR, sua movimentao basicamente de suprimento de carvo e escoamento de minrio de ferro.
496
privativo voltado para o escoamento de produtos siderrgicos e importao de carvo. J o
Porto Petrobrs se refere a uma base de apoio para operao offshore.
Diante da impossibilidade fsica para construo de trs espaos de atracao para o Porto
Lago de Pedra, Porto Gerdau e Porto Petrobrs, os responsveis pelos empreendimentos
esto buscando um entendimento sobre a gesto conjunta da "janela para o mar", apesar de
possurem terrenos prprios para finalidades particulares. Inclusive a Petrobrs vem
estudando, como alternativa, o aproveitamento do terminal porturio da NUCLEP (atualmente
subtilizado devido o elevado assoreamento).
Em fase de projeto para futura implantao:
Novo estaleiro em terreno de DOCAS/RJ a ser licitado, inicialmente chamado de rea

Multiuso (Itagua).
Ressalta-se a dificuldade atual para se definir novas reas para a construo naval no Estado
do Rio de Janeiro diante de limites fsicos. Por se tratar de um grande terreno, ele pode
comportar inclusive uma estaleiro de porte. Recomenda-se empenho do governo estadual para
acelerar essa licitao junto a DOCAS/RJ pois aumentaria a competitividade da indstria naval
estadual na disputa por grandes encomendas de embarcaes no pas.
Usina CSN II (Itagua)
Construo de um parque siderrgico produtor de aos longos. J possui a EIA/RIMA

(respectivos estudo e relatrio de impacto ambiental).
Nova unidade da Fbrica Carioca de Catalisadores/FCC Petrobrs e Albemarle (AP5

do MRJ)
Ampliao para produo do catalisador para HPC (Hidroprocessamento), que se somar

produo j existente para o FCC (Craqueamento Cataltico Fluido). Trata-se de outro tipo de
catalisador tambm usado no refino de petrleo, mas voltado para atender as rigorosas
especificaes de enxofre nos combustveis (ou seja, ambientalmente mais adequados). Dessa
forma, o empreendimento diversifica sua produo com ampliao da capacidade produtiva
significativa. O investimento ser realizado dentro do terreno que j possuem no Distrito
Industrial de Santa Cruz.
497
Desconsiderando a COQUEPAR que se encontra em Seropdica, todos os demais
investimentos mencionados se referem Itagua e AP5 do MRJ. Portanto, a tendncia que
os grandes empreendimentos reforcem a concentrao econmicas nessas duas reas. Nesse
sentido, fundamental uma poltica de coordenao para que a instalao do Arco
Metropolitano contribua com uma desconcentrao econmica para a periferia metropolitana
que d suporte competitividade das cadeias produtivas.
Chama ateno o papel estruturante que o Porto Pblico de Itagua poder desempenhar
enquanto ncora, a ponto de transformar Itagua na principal centralidade econmica da
rea de Estudo 1 (redefinida). Dessa forma, recomenda-se incentivar a consolidao de
uma concepo Porto-Indstria planejado para caracterizar Itagua enquanto ncleo
motriz de um Complexo Metal-Mecnico regional. Cabe ainda ressaltar que, alm de
fortalecer internamente esse complexo, deve ser buscado estimular sua unificao com o
complexo Metal-Mecnico nucleado por Volta Redonda na Regio do Mdio Paraba. Inclusive,
isso poderia levar ao aproveitamento de encadeamentos com a indstria automobilstica de
Resende e Porto Real, bem como a maior intermodalidade logstica com a construo do
Aeroporto do Vale do Ao (entre Barra do Pira e Volta Redonda).
Principais segmentos do complexo a ser fomentado
O fortalecimento de um complexo Metal-Mecnico na rea de Estudo 1 (redefinida) est

centrado na competitividade das seguintes atividades:
Cadeia siderrgica e fabricantes de produtos de metal
J existem duas usinas siderrgicas, uma da Gerdau (Cosigua) e outra da ThyssenKrupp

(CSA). Destaca-se ainda a NUCLEP para produo de estruturas metlicas e caldeiraria
pesada, incluindo encadeamentos com o setor de construo naval e offshore. Essa atividade
ainda pode ser reforada pela execuo do projeto da usina CSN II. Recomenda-se um poltica
de coordenao que estimule compras conjuntas de suprimentos pelas usinas siderrgica a fim
de organizar uma rede de fornecedores locais, bem como rearticular um parque de fabricantes
de produtos de metal. Essa inicitativas devem objetivar a configurao de um Plo Siderrgico
efetivamente.
498
Alm disso, chama ateno que, caso se recuperasse as atividades produtoras de alumnio
poderiam estimular tambm maiores encadeamentos em segmentos metlicos no ferrosos.
Afinal, a COQUEPAR j comea a produzir coque calcinado usado como insumo na cadeia de
alumnio. Nesse ponto, destaca-se a instalao recente da Unimetal junto a prpria
COQUEPAR em Seropdica e a existncia da Metalsul (Ex-Valesul) a ser reestruturada12 na
AP5 do MRJ.
Cadeia naval e offshore
J ocorreu a instalao do estaleiro de submarinos da Marinha. Todavia, importante estimular

a criao de um novo estaleiro no apenas para atividade de construo, mas tambm para
desenvolver servios de reparo naval (aguardando concluso de licitao de DOCAS/RJ).
Como ambos empreendimentos se referem a Itagua, o foco de efeitos multiplicadores deve
ficar inicialmente no prprio municpio. Contudo, um possvel desenvolvimento da cadeia
poder se estender para outras localidades prximas.
Logstica retroporturia
A atividade de logstica possui diversas potencialidades ligadas a crescente circulao de

cargas junto a dinamismo porturio e expanso de sua rea de retroporto. Nesse nterim,
existe possibilidade de encadeamento direto com produo de base metal-mecnica (uso de
ao). Alm disso, existe tambm um leque mais amplo de oportunidades, como a produo de
plsticos para embalagem e qualquer produo voltada para exportao (por exemplo,
processamento de gros e carnes) ou que se beneficie de transporte de cabotagem.
Particularmente, fundamental fortalecer a movimentao de contineres no Porto de Itagua.

Associado a isso, recomenda-se a construo de terminais reguladores que acentuem o
potencial logstico ao buscar aproveitar a possibilidade de intermodalidade rodoviria-
ferroviria-porturia na rea de Estudo 1 (redefinida). Entre os atributos de acessibilidade,
alm do prprio Arco Metropolitano, esto: a BR-116/Rodovia Presidente Dutra (a principal
estrada nacional, fazendo ligao RioSo Paulo), a BR-101/Rodovia Translitornea (via
12
Em abril de 2009, ainda como Valesul, o empreendimento passou a desempenhar apenas a atividade de fundio a partir do
emprego de lingotes de alumnio primrio e sucata comprados de terceiros. Em Janeiro de 2010, a Vale anunciou a venda para o
grupo Metalis dos ativos da produo de alumnio (embora manteve a posse da estrutura porturia antes associada). A dificuldade
para retomar a fase de reduo de alumina se deve aos altos custos de energia eltrica, pois exige elevado consumo.
499
troncal entre as duas cabeceiras do Arco Metropolitano, incluindo Rio-Santos, Avenida Brasil e
Ponte Rio-Niteri), e o ramal ferrovirio da MRS (chegando at o Porto de Itagua).
Quanto a esse ltimo, torna-se prioritrio acelerar sua rebitolagem a fim de unific-lo com os
ramais da FCA (ligando Leste Metropolitano, Norte Fluminense e Esprito Santo), e da ALL
(ligando com So Paulo). Da mesma forma, fundamental maior presso poltica para a
segregao dentro da cidade de So Paulo e acelerar a construo do Tramo Norte do
Ferroanel ao redor deste municpio, pois reduziram distncias econmicas para o
escoamento de toda a produo do Sul e do Centro-Oeste brasileiro. Destacam-se tambm
outros projetos virios, como: a Hidrovia dos Jesutas (ligando Baia de Sepetiba BR-116, via
canal de So Francisco, criando um transporte de cargas por balsas) e o projeto do acesso
rodovirio direto do Distrito de Santa Cruz ao Porto de Itagua (evitando cruzar a rea da
cidade).
Alm do estmulo a movimentao de contineres no Porto de Itagua, importante que sejam

executadas polticas para maior utilizao da estrutura porturia da NUCLEP, inclusive para
atender essa demanda da cadeia do Petrleo e Gs Natural (interesse j manifestado pela
Petrobrs). Quanto a esse ltimo ponto, chama ateno as oportunidades existentes na Baa
de Sepetiba para construo de centros de fornecimento de equipamentos e apoio logstico ao
pr-sal, aproveitando a proximidade com a Bacia de Santos. Para isso, recomenda-se o maior
acompanhamento da negociao para a execuo do projeto Porto Petrobrs. Da mesma
forma, devem ser trabalhadas as sinergias a partir da modernizao e expanso do Terminal
Porturio de Angra dos Reis (TEPAR) junto ao projeto de construo de uma fbrica de tubos
flexveis, iniciativas anunciadas pela Technip (arrendatrio do TEPAR desde 2009)13.
Cabe enfatizar que, atravs da atividade logstica, surgem oportunidades de desencadear uma
desconcentrao econmica significativa na rea de Estudo 1 (redefinida). Todavia, a
capacidade de arrasto depende da expanso da atividade logstica retroporturia estar
associada organizao de polticas setoriais especficas que induzam a complementaridade
entre atividade produtivas afins na totalidade do territrio, fortalecendo o Complexo Metal-
Mecnico. Caso contrrio, h o risco de ser acentuada crescentemente a concentrao
13
Embora o municpio da Angra dos Reis no faa parte da rea de Influncia do Arco Metropolitano, sua proximidade com a
rea de Estudo 1 permite que as sinergias a partir desse empreendimento sejam trabalhadas.
500
econmica nas proximidades do plo de crescimento em Itagua sem configurar um plo de
desenvolvimento regional.
Proposta de ordenamento econmico do territrio
Recomenda-se que o planejamento indutor esteja voltado para conformar Itagua como ncleo
motriz, e AP5 do MRJ, Seropdica e Queimados como seus espaos de espraiamento
imediato. Nesse sentido, a poltica de coordenao deve ter como foco que as condies
gerais de produo para a rea de Estudo 1 (redefinida) dependem, em grande parte, da
articulao desse conjunto de municpios para efetivar os principais encadeamentos latentes
(diretos). Para isso, o fator fundamental incentivar a expanso da movimentao de
contineres no Porto Pblico de Itagua e a consolidao produtiva da retrorea porturia,
evitando a ocupao desordenada e estimulando a montagem de terminais reguladores
prximos s principais vias. Alm disso, ganha importncia estimular a unificao com o
complexo Metal-Mecnico nucleado por Volta Redonda na Regio do Mdio Paraba.
Quanto aos demais municpios (Mangaratiba, Paracambi e Japeri), caracterizam-se como

espaos de espraiamento no imediato. A princpio, esses municpios podero aproveitar
oportunidades em atividades complementares e encadeamentos inesperados (indiretos) que
devem ser objeto de negociao para superar suas restries atuais.
A Figura 5.17 apresentam a distribuio espacial das foras no territrio para o fortalecimento
do Complexo Metal-Mecnico na rea de Estudo 1 (redefinida):
501
Figura 5. 17 - Distribuio espacial do ncleo motriz e dos espaos de espraiamento do
Complexo Metal-Mecnico na rea de Estudo 1 (redefinida)
Fonte: Elaborao prpria
Nota: Demarcou-se de acordo com as divises poltico-administrativas, porm as ocupaes econmicas j

existentes ou possveis so uma parcela de cada municpio (e no sua totalidade).
Para cada elemento integrante da rea de Estudo 1 (redefinida), sobressaem-se as seguintes

questes-chave:
Itagua
A questo-chave alcanar a maior dinamizao a partir do seu perfil econmico j

existente, particularmente, incentivo a consolidao de sua estrutura porturia dentro
de uma concepo Porto-Indstria planejado. Soma-se a isso a importncia de passar
a desempenhar um papel de centralidade na rede urbana.
502
Trata-se do ncleo motriz para o Complexo Metal-Mecnico. Em uma concepo Porto-
Indstria planejado, alm de servios porturios, devem ser incentivados as seguintes
atividades: servio de apoio a indstria petrolfera, Construo Naval e Offshore (o que inclui
servios de reparo), e atividades de logstica de retroporto. Torna-se fundamental incentivar
sua capacidade de transmitir em termos regionais as vantagens de sua estrutura porturia
(particularmente, em movimentao de contineres), acentuando sua competitividade para
concentrar cargas gerais.
Destaca-se que diante da importncia dos incentivos ao fortalecimento de sua centralidade

econmica, sua centralidade urbana deve ser incentivada tambm. Assim, recomenda-se
estimular o desenvolvimento de suas funes urbanas junto aos investimentos fundamentais
em infraestrutura.
rea de Planejamento do Municpio do Rio de Janeiro (AP5 do MRJ)
A questo-chave no apenas buscar maior dinamismo, mas tambm sua

generalizao na estrutura econmica a ponto de superar os riscos de sobre-
especializao. Por enquanto, sua dinmica depende dos impactos locais de alguns
grandes empreendimentos. Destaca-se a importncia de incentivar, de forma integrada,
indstrias dos segmentos metal-mecnicos, bem como a execuo de um programa de
investimentos em infraestrutura urbana que permitam construir melhores vantagens
competitivas (por exemplo, em logstica).
Trata-se de uma parcela do espao de espraiamento imediato para o Complexo Metal-

Mecnico. Diante disso, devem ser incentivados os encadeamentos regionais a respeito da
cadeia siderrgica e dos fabricantes de produtos de metal a fim de se consolidar como uma
das principais aglomeraes produtivas do complexo Metal-Mecnico. Um encadeamento
importante se refere ao maior aproveitamento do potencial da NUCLEP em Itagua, produtora
de grandes estruturas metlicas sob encomenda. Ademais, h um leque de oportunidades em
atividades diversas que estejam voltadas para escoamento martimo, dado sua vantagem
logstica com a proximidade da estrutura porturia de Itagua (vantagem reforada com a
duplicao da BR-101 j realizada, embora ainda seja importante a execuo do projeto de um
acesso rodvirio direto por fora da cidade).
Seropdica
503
A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de aproveitar melhor outras
oportunidades que aquelas oferecidas pela atividade extrativa em areais e pedreiras
(com considervel passivo ambiental). Destaca-se seu potencial para ser o centro
concentrador da atividade logstica (hub logstico) na rea de Estudo 1 (redefinida),
com a instalao de centros de distribuio atacadistas e varejistas. Para isso, cabe ser
redefinido seu perfil econmico para a funo de retroporto. Alm disso, importante
que seja revalorizado o papel da UFFRJ como ncora econmica.

Mecnico. preciso enfatizar que possui as principais reas de vazios aptas para a
implantao de novos empreendimentos (inclusive grande porte)14, inclusive com possibilidade
de criar um espao contguo junto ao distrito de Queimados e ao futuro Distrito de Japeri.
Contudo, necessrio enfrentar srios desafios de infra-estrutura para tornar a rea adequada.
Alm disso, tambm preciso valorizar sua localizao geogrfica estratgica: cruzado pelo
Arco Metropolitano, ter entroncamento no seu territrio com BR-116, BR-465 e com o ramal
ferrovirio da MRS. Esse entroncamento ser excepcional para logstica de cargas, ligando-se
diretamente com as atividades industriais na AP5 do MRJ e com o Porto de Itagua. Segundo
P2 do PDU, um dos municpios de maior infraestrutura logstica potencial junto com Duque
de Caxias (rea de Estudo 2), tendo vantagens para a instalao de centros de distribuio
atacadistas e varejistas.
Nesse aspecto, precisa ser redefinindo seu perfil para a funo de retroporto (inclusive, possui
100 km2 de reas livres na fronteira com Itagua). Devem ser feitas polticas para estimular a
produo voltada para escoamento porturio, por exemplo: agroindstria (incluindo produo
agrcola, avicultura e indstria para processamento de carnes e gros) e silvicultura. Alm
disso, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ) deve ser considerada
politicamente uma ncora regional, cabendo ser incentivado seu papel indutor para estimular
agronegcio e de atividades de base tecnolgica.
14
Diante da implantao do aterro sanitrio, preciso um planejamento cuidadoso para no comprometer as vantagens para
atrao de maiores investimentos produtivos.
504
Queimados
A questo-chave alcanar uma maior dinamizao industrial, aproveitando melhor seu

potencial logstico ao redefinir seu perfil para funo de retroporto. A ocupao e
expanso de seu distrito industrial so iniciativas fundamentais.

Mecnico. Destaca-se a vantagem de possuir um distrito j instalado e com expectativa de
expanso ladeado pela BR-116, estando a 9,4 km do traado do Arco Metropolitano e a a 6,5
km do ramal ferrovirio da MRS. A ocupao e expanso de seu distrito industrial so
iniciativas fundamentais, bem como discutir a possibilidade de criar um espao contguo com
os futuros distritos de Seropdica e Japeri. Ademais, preciso ser redefinindo seu perfil para a
funo de retroporto, com polticas para estimular a produo voltada para escoamento
porturio, por exemplo, a agroindstria (incluindo processamento de carnes e gros).
Japeri
A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de superar um quadro de

pouca competitividade de sua atividade agrcola (basicamente horticultura). preciso
ser redefinindo seu perfil para a funo de retroporto e o enfrentamento de srios
desafios de infraestrutura urbana.
Trata-se de uma parcela do espao de espraiamento no imediato para o Complexo Metal-

Mecnico. Cabe ser estimulado o aproveitamento das economias de aglomerao pela
proximidade do distrito industrial de Queimados com vista a criar um espao contguo,
possivelmente somando o futuro distrito de Seropdica. Da mesma forma, cabem ser
executadas polticas para estimular produes voltada para escoamento porturio, por
exemplo: agroindstria (incluindo produo agrcola e indstria para processamento de carnes
e gros) e silvicultura.
Paracambi
Questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de superar um quadro de

desarticulao de sua indstria txtil e de pouca competitividade de sua atividade
agrcola (basicamente horticultura). preciso ser redefinindo seu perfil para a funo de
retroporto e o enfrentamento de srios desafios de infraestrutura urbana.
505
Mecnico. preciso criar novas vantagens competitivas com base na redefinio de seu perfil
para a funo de retroporto e em melhorias nas condies de escoamento e de capacitao
empresarial e produtiva na cadeia txtil (particularmente, no setor de vesturio e acessrios).
Segundo P2 do PDU, trata-se de uma subcentralidade urbana, o que lhe confere outras
oportunidades a serem melhor aproveitadas na prestao de servios locais diante da
expectativa de efeito multiplicador da renda urbana em termos regionais.
Mangaratiba
A questo-chave dinamizar o perfil j existente voltado para o turismo nutico-

ocenico. Destaca-se seu potencial em prestao de servios locais e atividades
residenciais, ambas sustentadas pelo efeito multiplicador da renda urbana em termos
regionais.

Mecnico. preciso construir amenidades e sustentabilidade ambiental, j que se encontra
entre uma grande unidade de conservao na Serra do Mar e o Oceano Atlntico. Segundo P2
do PDU, trata-se de uma subcentralidade urbana. Destaca-se ainda as vantagens que possui
para o desenvolvimento do turismo nutico-ocenico, sendo fundamentais iniciativas como: a
recuperao de reas degradadas, a proteo de reas de encosta e uma poltica de
preservao da Baa de Sepetiba.
4.3.3. rea de Estudo 2 (redefinida): espao de polarizao para um Complexo

Qumico-Farmacutico
No Termo de Referncia, a rea de Estudo 2 foi definida com o conjunto formado por: Belford
Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mag, Mesquita, Nilpolis, Nova Iguau, Paracambi,
Queimados, So Joo de Meriti e rea de Planejamento 3 do Municpio do Rio de Janeiro (AP3
do MRJ). Contudo, para fins de coordenao econmica, prope-se que sejam excludos:
Queimados, Japeri e Paracambi (agora admitidos na rea de Estudo 1). O mapa 5.1 no anexo
oferece a visualizao da rea de Estudo 2 aps as alteraes propostas.
506
Segundo o critrio de distncia econmica15, somente Duque de Caxias, Mag e Nova Iguau
so os municpios da rea de Estudo 2 (redefinida) sob influncia imediata do Arco
Metropolitano. Por conseguinte, Belford Roxo, Mesquita, Nilpolis, So Joo de Meriti e AP3 do
MRJ esto sob influncia apenas remota.
De uma maneira geral, essa rea se configura como espaos urbanos densamente ocupados,
constituindo uma das principais manchas urbanas da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
(vide mapa 1.2 no captulo 1). Apresenta tambm importantes unidades de conservao
ambiental (principalmente, na franja norte). Alerta-se que o ordenamento territorial deve se ater
ao risco de surgirem diversas ocupaes subnormais e favelizao. Afinal, todos os seus
municpios j sofrem intensa presso populacional.
Os casos mais preocupantes so Duque de Caxias e Belford Roxo que continuam com
elevados crescimentos em termos absolutos. Como mostrou o quadro 2.1, entre 2000 e 2010,
respectivamente, aumentaram em 42.976 e em 21.124 habitantes a mais. Particularmente,
recomenda-se maior ateno das polticas pblicas urbanas porque Duque de Caxias
concentra grandes oportunidades de desenvolvimento em diversas atividades, o que, em parte,
estende-se para imediaes como Belford Roxo atravs de um conjunto de indstrias e
servios de suporte associados s atividades petrolferas e qumicas (incluindo a petroqumica)
.
Quanto ao zoneamento do territrio, a mancha urbana (rosa), as reas dos principais

empreendimentos ncoras (roxo claro) e das reas definidas para uso industrial (roxa escuro)
esto delimitadas na Figura 5.18.
15
507
Distrito Industrial de Xerm
(Duque de Caxias)
Cluster de Cosmticos e
Higiene Pessoal (Nova Iguau)
Cluster Gs-Qumico / rea

Industrial de Campos Elseos
(Duque de Caxias)
Parque industrial da Estrutura Aeroporturia

Bayer (Belford Roxo) do Galeo (AP3 do MRJ)
Atividades do Complexo
da Sade (AP3 do MRJ)
Parque tecnolgico da
UFRJ (AP3 do MRJ)
Figura 5.18 - Mancha urbana e macrozoneamento dos principais empreendimentos

ncoras e das reas definidas para uso industrial na rea de Estudo 2 (redefinida)
Nota: Na escala do mapa, no possvel visualizar as reas do Parque tecnolgicos da UFRJ, porm foi apontada
sua localizao aproximada. As atividades tecnolgicas do Complexo da Sade bem como o Cluster de Cosmticos
e Higiene Pessoal so compostos de unidades dispersas no constituindo uma rea contgua, assim a localizao
apontada apenas indicativa.
Nas proximidades da Refinaria Duque de Caxias/REDUC, destaca-se o conjunto de

unidades do Cluster Gs-Qumico na rea Industrial de Campos Elseos. Chama
ateno tambm o parque tecnolgico da UFRJ (alm dos laboratrios do CENPES, da
COPPE, do Instituto de Macromolculas e da Faculdade de Qumica), as atividades
tecnolgicas do Complexo da Sade (por exemplo: Fiocruz, Instituto Vital Brasil, Plo de
Biotecnologia do Rio de Janeiro BIO RIO e os laboratrios da Faculdade de Farmcia
da UFRJ) e a Estrutura Aeroporturia do Galeo, todos os trs conjuntos de atividades
dentro da AP3 do MRJ. Alm disso, h a presena do Cluster de Cosmticos e Higiene
508
Pessoal em Nova Iguau (integrando empresas como: Niely, Embelleze e Aroma do
Campo) e do parque industrial da Bayer em Belford Roxo (produo de defensivos
agrcolas e matrias-primas bsicas para fabricao de Poliuretano16).
Ressalta-se que os principais espaos disponveis esto dentro de Mag e Duque de

Caxias (incluindo Distrito Industrial de Xerm). Em menor medida, destaca-se uma rea
prxima Bayer em Belford Roxo. Cabe observar que possui vazios de menor extenso
em comparao as reas de Estudo 1 (redefinida) e rea de Estudo 3, logo, a
instalao de novos empreendimentos de porte exige maior ateno para o
ordenamento do territrio.
Justifica-se tratar a aglomerao de fbricas de cosmticos e de produtos de higiene pessoal

em Nova Iguau e imediaes como um cluster por causa das economias externas importantes
(interdependncias no intencionais). Contudo, nota-se srias dificuldade para se estabelecer
prticas cooperativas (interdependncias intencionais). Assim, existem entraves para garantir
ganhos de eficincia coletiva sustentados. Por isso, recomenda-se polticas que busquem
estimular a consolidao desse cluster.
Da mesma forma, justifica-se tratar a aglomerao nas proximidades da REDUC como um

cluster por se tratar de um arranjo local organizado com economias externas importantes
(interdependncias no intencionais) e prticas cooperativas efetivas (interdependncias
intencionais), o que garante ganhos de eficincia coletiva. Alm da REDUC (e outros
segmentos da Petrobrs, como BR Distribuidora e TRANSPETRO), sobressaem-se um
conjunto de unidades econmicas interdependentes em segmentos de qumica bsica e
energia: borracha sinttica (Nitriflex e Lanxess), resinas petroqumicas (antigas unidades da
Rio Polmeros e Polibrasil Resinas adquirias pela Brasken), gerao termoeltrica (TermoRio) e
distribuio de gases (White Martins, Ultrags, Supergasbras, Minasgs e Nacionalgs).
Todavia, ainda existem dificuldades para a formao de um parque de fabricantes de
Transformados Plsticos em sua proximidade. Por conseguinte, recomenda-se polticas
16
Poliuretano um bem intermedirio para produo de espumas, tintas/vernizes, adesivos, e alguns tipos de
plsticos/borracha sinttica.
509
voltadas para a consolidao do plo relacionado a cadeia petroqumica. Destaca-se ainda sua
articulao com a Fbrica Carioca de Catalisadores FCC no Distrito de Santa Cruz na rea
de Estudo 1.
Embora no seja oficialmente uma distrito, a rea Industrial de Campos Elseos (Duque de
Caxias) possui inclusive uma associao prpria atuante (Associao das Empresas de
Campos Elseos - ASSECAMP). Possui infra-estrutura minimamente adequada, mas que
carecem de investimentos em melhoria do acesso logstico. Para isso, recomenda-se polticas
integradas aos principais projetos de infraestrutura: restaurao de vias rodovirias prximas,
construo de um anel virio (permitindo ligao direta com o Arco Metropolitano) e construo
de um ptio para caminhes (Truck Center). Cabe ressaltar que essas polticas so
fundamentais para a execuo de planos de expanso da rea industrial, inclusive para
atrao de fabricantes de Transformados Plsticos.
Na rea de Estudo 2 (redefinida), j est implantado tambm o Distrito Industrial de Xerm

(Duque de Caxias) e em projeto a rea industrial de Mag. Quanto ao distrito de Xerm,
possuindo 1,0 milho de m2, ainda dispe de 1/3 de sua rea total para instalao de novos
empreendimentos, inclusive de grande porte. Alm de possuir infra-estrutura minimamente
adequada (embora, carea de investimentos), possui as vantagens de ter o campus de
laboratrios do Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial
INMETRO. Sua proximidade BR-040 tambm oferece grandes vantagens: alm do acesso
ao Arco Metropolitano, facilita a articulao tanto ao parque tecnolgico da UFRJ e s
atividades tecnolgicas do Complexo da Sade na AP3 do MRJ, como tambm com a
produo intensiva em tecnologia dentro de Petrpolis (por exemplo, GE Celma que passou a
ser fabricante de turbinas de avio). Quanto ao projeto de rea industrial em Mag, sua
principal vantagem logstica ser o prprio Arco Metropolitano.
Como mostrou o Quadro 5.5, os municpios da rea de Estudo 2 (redefinida) possuem portes
econmicos variados. Duque de Caxias e Nova Iguau so aqueles que mais se destacam
representando, respectivamente, 39,3% e 10,1% do valor agregado bruto no total da rea de
Influncia do Arco Metropolitano. So Joo de Meriti e Belford Roxo so de mdio porte,
respectivamente, com 4,7% e 4,6% do valor agregado bruto no total da rea de Influncia do
Arco Metropolitano. J o demais municpios (Mag, Mesquita e Nilpolis) so de pequeno
porte.
510
As posies destacadas de Duque de Caxias e de Nova Iguau se explicam pelos diferenciais
de competitividade que possuem. Segundo relatrio do produto 2 do Plano de
Desenvolvimento Urbano (P2 do PDU), trata-se de importantes centralidade urbanas, sendo as
principais referncias para a oferta de funes urbanas na Baixada Fluminense. Alm disso,
aglomeram atividades produtivas relevantes em termos estaduais, particularmente em
indstrias qumicas.
Atualmente, a rea de Estudo 2 (redefinida) vem recebendo alguns projetos de investimentos

induzidos pela prpria execuo da atividades industriais. Como principais investimentos,
destacam-se:
Modernizao:
Bayer (Belford Roxo)
Melhorias no processo de produo, bem como negociao para atrao de novas empresas
parceiras para compartilhamento de recursos dentro do parque industrial.
REDUC (Duque de Caxias)
Adequao s exigncias ambientais, aumentando a qualidade do produto.
Ambos projetos esto voltados para um processo de ajustes adaptativos internamente as

plantas existentes. Na Bayer, a iniciativa tambm est relacionada busca de maiores
economias de escopo com suas empresas parceiras: Haztec Tribel, especializada no
tratamento e gerenciamento de resduos industriais; Haztec Geoplan, especializada em
solues para abastecimento de gua: Air Liquide, fornecedora de gases industriais; EBAMAG,
empresa de logstica do Grupo Toniato; Mauser e Graham, fabricantes de embalagens
plsticas. Inclusive, j h expectativa de implantao de novas empresas parceiras no parque
produtivo.
Apesar disso, as oportunidades para encadeamentos so menores em comparao ao caso de

implantao de novas plantas ou aumentos considerveis de capacidade produtiva. A princpio,
a tendncia que seja garantida a competitividade das operaes atuais, mas sem gerar
efeitos multiplicadores consideravelmente em termos regionais. Nesse sentido, fundamental
uma poltica de coordenao para que a instalao do Arco Metropolitano contribua com uma
511
desconcentrao econmica para a periferia metropolitana que d suporte competitividade
das cadeias produtivas.
Chama ateno o papel estruturante que o Cluster Gs-Qumico poder desempenhar

enquanto ncora a ponto de transformar Duque de Caxias em principal centralidade
econmica da rea de Estudo 2 (redefinida). Dessa forma, recomenda-se incentivar a
consolidao de um Plo Petroqumico baseado em Gs Natural para caracterizar Duque
de Caxias enquanto ncleo motriz de um Complexo Qumico-Farmacutico regional.
Cabe ainda ressaltar que, alm de fortalecer internamente esse complexo, deve ser buscado
estimular sua unificao com o complexo Qumico-Farmacutico nucleado futuramente por
Itabora (rea de Estudo 3, maiores detalhes na seo 2.3).
Principais segmentos do complexo a ser fomentado
O Complexo Qumico-Farmacutico na rea de Estudo 2 (redefinida) estar centrado na

competitividade das seguintes atividades:
Transformados Plsticos (3 gerao da cadeia petroqumica)
J existem unidades produtoras de 1 e 2 gerao petroqumica (plantas antes pertencentes a

Polibrasil e Rio Polmeros), recentemente adquiridas pela Brasken que atualmente a principal
empresa do segmento petroqumico no pas. A medida que a Brasken conclua seu processo de
aquisio, possvel que tenha papel atuante para a articulao regional da cadeia. Em
centrais petroqumicas que ela possui em outras unidades da federao, vem colaborando para
o desenvolvimento de produtos, logo, ajudando a diferenciao e agregao de valor nas
atividades de clientes prximos. Nesse aspecto, um parque prximo de produtores de
Transformados Plsticos poderia se aproveitar de uma difuso de conhecimentos e da
coordenao da atividade de P&D liderado pela Brasken.
Recomenda-se uma poltica de coordenao que estimule esse encadeamento latente (direto),
o que deixaria seu impacto mais concentrado em Duque de Caxias. Todavia, uma atividade
que tambm pode servir para estimular uma maior desconcentrao econmica na rea de
Influncia do Arco Metropolitano, desde que os municpios a desenvolvam em conjunto com
servios de logstica.
512
Borracha Sinttica
Nesse setor, destaca-se a presena da Nitriflex e da Lanxess nas proximidades da REDUC.

Embora consideradas integrantes do Cluster Gs-Qumico, utilizam insumos como butadieno e
estireno, produtos gerados apenas em petroqumicas a base do Petrleo. Assim, no possuem
encadeamento com a petroqumica circunvizinha a base de Gs Natural, dependendo de trazer
grande parte de seus insumos de fora do Estado do Rio de Janeiro. A implantao do
COMPERJ poder ser fundamental para reverter isso, pois ser a base de Petrleo, logo,
podendo produzir insumos como butadieno e o estireno. Assim, seu impacto deve ficar
concentrado em Duque de Caxias, mas importantes encadeamentos em termos regionais
podero ocorrer com o outro Plo Petroqumico a surgir em Itabora (rea de Estudo 3). Tal
fato refora a importncia de estimular a unificao do complexo Qumico-Farmacutico
nucleado por Duque de Caxias com aquele futuramente nucleado por Itabora. Como medida
mais imediata, recomenda-se a construo de um terminal para granel lquido no Porto de
Itagua para suprir sua demanda de insumo com maior competitividade.
Indstria Farmacutica e outros segmentos da Qumica Fina:
As atividades da indstria farmacutica possuem destaque em Duque de Caxias, inclusive de

farmoqumicos. Contudo, no possuem encadeamentos relevantes com o Cluster Gs-
Qumico. Seus insumos (chamados de Intermedirios de Sntese) so obtidos a partir de
petroqumicas a base de Petrleo e no a base do Gs Natural, logo, dependem de trazer
grande parte de seus insumos de fora do Estado do Rio de Janeiro. A implantao do
COMPERJ poder ser fundamental para reverter isso, pois ser a base de Petrleo, logo,
podendo produzir Intermedirios de Sntese.
Cabe assinalar que representa um importante fator de competitividade a proximidade com as

atividades tecnolgicas do Complexo da Sade17 na AP3 do MRJ. Nesse aspecto,
fundamental se desenvolver polticas de coordenao para o Complexo de Sade, conforme
comea a ser desenhado pelo Ministrio da Sade, BNDES e Governo do Estado do Rio de
Janeiro.
17
Cabe assinalar que Farmacutica no inclui apenas medicamentos, mas produes de insumos hospitalares, vacinas, reagentes
para diagnstico, hemoderivados etc. No Complexo de Sade, a esse conjunto de atividades, soma-se a produo de
Equipamentos Mdicos e a prestao de servios de sade.
513
Portanto, o impacto deve ficar concentrado em Duque de Caxias e na AP3 do MRJ, mas
importantes encadeamentos em termos regionais podero ocorrer com o outro Plo
Petroqumico a surgir em Itabora e com a produo de insumos hospitalares em So Gonalo
(ambas atividades na rea de Estudo 3). Novamente, refora a importncia de estimular a
unificao do complexo Qumico-Farmacutico nucleado por Duque de Caxias com aquele
futuramente nucleado por Itabora. Quanto ao setor de Fertilizantes, um potencial ainda
pouco explorado mas que deveria receber maior ateno de polticas.
Atividades relacionadas ao mercado de Poliuretano e Defensivos Agrcolas
A fabricao de matrias-primas bsicas para fabricao de Poliuretano e de Defensivos

Agrcolas so os principais segmentos da unidade da Bayer em Belford Roxo. Seu processo
produtivo tende no gerar grandes efeitos multiplicadores diretamente para a regio. Inclusive,
no possuem encadeamento destacado com a central petroqumica de Duque de Caxias.
Contudo, a implantao do COMPERJ pode produzir os insumos que utilizam (por exemplo,
tolueno e benzeno). Mais uma vez fica evidenciado, a importncia de estimular a unificao do
Complexo Qumico-Farmacutico nucleado por Duque de Caxias com aquele futuramente
nucleado por Itabora (rea de Estudo 3). Alm disso, atravs de uma poltica de coordenao
possvel estimular uma desconcentrao econmica para fabricao de insumos para
atividades agrcolas bem como que utilizam Poliuretano como matria-prima (por exemplo:
espumas, tintas/vernizes, adesivos, e alguns tipos de plsticos/borracha sinttica).
Cosmticos e Produtos de Higiene Pessoal
Ganha destaque a grande concentrao geogrfica da produo em Nova Iguau.

Recomenda-se polticas de coordenao que consolidem como cluster, o que exige maiores
prticas cooperativas (interdependncias intencionais). Seu impacto deve ficar concentrado em
Nova Iguau e imediaes (incluindo So Joo de Meriti e Duque de Caxias).
Atividades demandantes de Derivados de Refino de Petrleo e de Gs Natural para Uso

Industrial
Diante da existncia de um Cluster Gs-Qumico em Duque de Caxias, surge oportunidade

para o maior aproveitamento regional da oferta de Gs Natural e Derivados de Refino de
Petrleo. Embora nas imediaes do cluster as vantagens competitivas so mais evidentes,
514
possvel estimular uma desconcentrao econmica para outras localidades de segmentos que
tenham como fator de competitividade o fornecimento assegurado desses insumos
Logstica entre parques produtivos
A atividade de logstica possui diversas oportunidades ligadas a crescente movimentao de

cargas junto ao dinamismo dos parques industriais e suas inter-relaes possveis. Por
exemplo, a logstica pode estimular diretamente a produo de plsticos de embalagem. Nesse
aspecto, estimular o desenvolvimento da cadeia petroqumica. Alm disso, pode contribuir
para a unificao do complexo Qumico-Farmacutico nucleado por Duque de Caxias com
aquele futuramente nucleado por Itabora (rea de Estudo 3). Assim, a logstica entre parques
produtivos ganha destaque.
Nesse nterim, destaca-se oportunidades de aumentar o potencial logstico ao se buscar a

aproveitar a intermodalidade rodovirio-ferrovirio na rea de Estudo 2 (redefinida). Entre seus
atributos de acessibilidade, alm do prprio Arco Metropolitano, esto: a BR-116/Rodovia
Presidente Dutra (a principal estrada nacional, fazendo ligao RioSo Paulo), a BR-040
(fazendo ligao Rio-Juz de Fora) e o ramal ferrovirio da FCA (chegando at o Porto do Rio).
Quanto a esse ltimo, torna-se prioritrio acelerar a reestruturao da linha litornea da FCA
(ligando at o Porto do Au no Norte Fluminense e ao Estado do Esprito Santo), articulando-na
com as linhas da MRS (ligando com Porto de Itagua, Estado de Minas Gerais e Estado de So
Paulo). Para isso, importante a reconstruo do ramal Amaba-So Bento (ligando linha da
MRS em Nova Iguau a linha da FCA em Duque de Caxias), a implementao do Ferrovia do
Contorno da Baa de Guanabara/Arco Ferrovirio (exige rebitolagem do trecho Santa Rita-
Saracuruna-Mag, bem como rebitolagem e reativao do trecho Mag-Visconde de Itabora),
construo do acesso ao COMPERJ em Itabora, rebitolagem e reativao do ramal Visconde
de Itabora-Tangu, e, j no Norte Fluminense, construo da extenso at o Porto do Au.
Essas iniciativas so fundamentais para se criar maior competitividade sistmica atravs de
uma sistema logstico integrado, articulando os portos de Itagua, Rio e Au.
Ressalta-se tambm projetos rodovirio importantes: construo da Transbaixada/Avenida

Sarapu (ligando Avenida Brasil no MRJ a BR-040 em Duque de Caxias) junto com a criao
da RJ-103 (ligando a BR-040 em Duque de Caxias at o Arco Metropolitano em Mag); a
expanso da Via Light (completando a ligao de seu trecho em Nova Iguau a BR-116 em
Queimados, bem como do trecho de So Joo de Meriti a Linha Vermelha em Madureira no
515
MRJ); readequao da Estrada de Adrianpolis em Nova Iguau (ligando Via Light at o Arco
Metropolitano). Chama ateno que a execuo desses projetos permite melhorar a
acessibilidade no interior da rea de Estudo 2, o que complementaria o papel integrador do
Arco Metropolitano.
Alm disso, ganha evidncia a importncia de potencializar o papel do Aeroporto Internacional

Tom Jobim (Galeo) na Ilha do Governador (AP3 do MRJ) em transporte de cargas
tecnolgicas e de maior sofisticao (por exemplo: Farmacutica, Cosmticos, outras indstrias
qumicas etc.). Cabe lembrar que esse aeroporto possui espao para armazenamento e est
prximo do parque tecnolgico da UFRJ, das atividades tecnolgicas do Complexo da Sade e
de Duque de Caxias, que possui um parque industrial, em parte, com potencial para o
desenvolvimento de produo de alta tecnologia (o que tende a ser reforado pela articulao
com essas atividades em Petrpolis atravs da BR-040). Diante disso, recomenda-se encarar
como prioritrio melhorar o acesso e revalorizar o papel logstico do Aeroporto Internacional
Tom Jobim, acentuando ainda mais os ganhos de intermodalidade.
Cabe enfatizar que, atravs da atividade logstica entre parques industriais, surgem
oportunidades para desencadear uma desconcentrao econmica significativa na rea de
Estudo 2 (redefinida). Todavia, a capacidade de arrasto depende da expanso da atividade
logstica estar associada organizao de polticas setoriais especficas que induzam a
complementaridade entre as unidades produtivas afins na totalidade do territrio, fortalecendo
o Complexo Qumico-Farmacutico. Caso contrrio, h o risco de no configurar um plo de
desenvolvimento regional.
Recomenda-se que o planejamento indutor esteja voltado para conformar Duque de Caxias
como ncleo motriz, e Nova Iguau, Belford Roxo, Mag e AP3 do MRJ como seu espao de
espraiamento imediato. Nesse sentido, a poltica de coordenao deve ter como foco que as
condies gerais de produo para a rea de Estudo 2 (redefinida) dependem, em grande
parte, da articulao desse conjunto de municpios para efetivar os principais encadeamentos
latentes (diretos). Para isso, por um lado, o fator fundamental incentivar a consolidao do
Plo Petroqumico em Duque de Caxias, integrando a cadeia atravs da maior produo de
Transformados Plsticos. Por outro lado, tambm preciso incentivar a possibilidade de sua
complementao sinrgica com o outro plo futuramente em Itabora (rea de Estudo 3).
516
Quanto as demais reas (Mesquita, Nilpolis e So Joo de Meriti), caracterizam-se como
espao de espraiamento no imediato. A princpio, essas reas podero aproveitar de
devem ser objeto de negociao para superar suas restries atuais. A Figura 5.19 apresenta
a distribuio espacial das foras no territrio para o fortalecimento do Complexo Qumico-
Farmacutico na rea de Estudo 2 (redefinida):

Complexo Qumico-Farmacutico na rea de Estudo 2 (redefinida)
Nota: Demarcou-se de acordo com as divises poltico-administrativas, porm as ocupaes econmicas j

existentes ou possveis so uma parcela de cada municpio (e no sua totalidade).
517
Para cada elemento integrante da rea de Estudo 2 (redefinida), sobressaem-se as seguintes
questes-chave:
Duque de Caxias
A questo-chave alcanar a maior dinamizao a partir do perfil econmico j

existente, particularmente incentivo a consolidao de seu Plo Petroqumico. Ressalta-
se as vantagens para o desenvolvimento de um parque destacado de produtores de
Transformados Plsticos (inclusive associado ao desenvolvimento de produtos).
Destaca-se tambm seu potencial para ser o centro concentrador da atividade logstica
(hub logstico) na rea de Estudo 2 (redefinida), com a instalao de centros de
distribuio atacadistas e varejistas. Soma-se a isso, a importncia de incentivar
atividades intensivas em alta tecnologia, visando um sistema de inovao no eixo AP3
do MRJ-Caxias-Petrpolis, incluindo viabilizao da nova planta para expanso do Plo
de Biotecnologia do Rio de Janeiro BIO RIO. Alm disso, destaca-se a necessidade
de fortalecer as atividades relacionadas ao seu papel de centralidade na rede urbana e
indstrias voltadas para os Mercados Consumidores de Massa (como Moveleiro,
Alimentos e Bebidas, e Vesturio e Assessrios).
Trata-se do ncleo motriz para o Complexo Qumico-Farmacutico. Alm da produo de

petroqumicos bsicos e resinas, devem ser incentivados o maior desenvolvimento das
seguintes atividades: Indstria de Transformados Plsticos (em especial, aquela articulada com
servios de desenvolvimento de produtos), Indstria de Borracha Sinttica, Indstria
Farmacutica (incluindo Farmoqumicos), atividades demandantes de Derivados de Refino de
Petrleo e de Gs Natural para Uso Industrial, bem como a logstica entre parques produtivos.
Quanto esse ltimo ponto, refora essa potencialidade a necessria reestruturao da linha
litornea da FCA (ligando at o Porto do Au no Norte Fluminense e ao Estado do Esprito
Santo) junto a articulao com as linhas da MRS (ligando com Porto de Itagua, Estado de
Minas Gerais e Estado de So Paulo). Isso porque facilitar a articulao logstica entre seu
Plo Petroqumico e o Plo Petroqumico de Itabora (a partir do COMPERJ). Particularmente,
essa articulao logstica relevante para a competitividade da produo de Borracha Sinttica
e Farmoqumicos (o Plo Petroqumico em Itabora sendo a base de Petrleo, pode produzir
insumos importantes para essas atividades).
518
Dado a proximidade ao MRJ e a Petrpolis, inegvel suas vantagens em acessibilidade para
ser incentivado a instalao de centros de distribuio atacadistas e varejistas. preciso
valorizar sua localizao geogrfica estratgica: cruzado pelo Arco Metropolitano, ter
entroncamento no seu territrio com a BR-040 (fazendo ligao Rio-Juz de Fora). Segundo P2
do PDU, Duque de Caxias um dos municpios de maior infraestrutura logstica potencial junto
com Seropdica (rea de Estudo 1). Soma-se a isso o fato de possuir reas de vazios aptas
para a implantao de novos empreendimentos (por exemplo, Distrito Industrial de Xerm).
Apesar disso, recomenda-se investimentos para melhoria da infraestrutura instalada e maior
acessibilidade.
Segundo P2 do PDU, trata-se de uma das principais centralidades urbanas, o que lhe confere
outras oportunidades a serem melhor aproveitadas na prestao de servios locais diante da
expectativa de efeito multiplicador da renda urbana em termos regionais. Em termos de
aglomeraes econmicas, alm do Cluster Gs-Qumico, chama ateno as indstrias
relacionadas aos Mercados Consumidores de Massa: Moveleira, Alimentos e Bebidas (por
exemplo, carne processada), e Vesturios e Assessrios18. Com exceo do arranjo local no
setor Moveleiro, os demais no se configuram em clusters. Mesmo o Cluster Moveleiro merece
maior apoio para se reestruturar. Dessa maneira, recomenda-se polticas que estimulem os
ganhos de eficincia coletiva atravs das interaes localizadas, mas associados ao incentivo
para o adensamento regional das respectivas cadeias produtivas.
Destaca-se ainda potencial para atividades intensivas em alta tecnologia (incluindo indstria
farmacutica). Nesse sentido, o INMETRO deve ser considerado politicamente uma ncora
regional, cabendo ser incentivado seu papel indutor em articulao com atividades de P&D nas
empresas. Quanto ao Complexo da Sade, chama ateno que o Plo de Biotecnologia do Rio
de Janeiro BIO RIO, atualmente dentro do Campus da UFRJ (Ilha do Fundo, AP3 do MRJ)
possui projeto de expanso com a instalao de uma nova planta em Duque de Caxias
(chamada BIO RIO 2). Sendo assim, recomenda-se acompanhamento poltico para ser
viabilizado esse projeto com maior agilidade.
18
Com base em dados da RAIS/MTE para 2008, P4 e P5 do PDES tambm chama ateno para as seguintes
atividades: comrcio atacadista de cosmticos e higiene pessoal; comrcio atacadista de bebidas; fabricao de
estruturas metlicas e mquinas, bem como servio de usinagem/soldagem/tintas; metalurgia de no-ferrosos e
fundies; manuteno e reparo de veculos automotores; e fabricao e comrcio de calados e artefatos de couro.
519
Diante disso, importante buscar maior articulao com as atividades tecnolgicas do
Complexo da Sade (por exemplo: Fiocruz, Instituto Vital Brasil, Plo de Biotecnologia do Rio
de Janeiro BIO RIO e os laboratrios da Faculdade de Farmcia da UFRJ), e do parque
tecnolgico da UFRJ (alm dos laboratrios do CENPES, da COPPE, do Instituto de
Macromolculas e da Faculdade de Qumica), ambos na AP3 do MRJ, bem como a produo
tambm intensiva em tecnologia em Petrpolis (por exemplo, GE Celma que passou a ser
fabricante de turbinas de avio). Para esse objetivo, recomenda-se uma poltica de
coordenao que estimule um sistema de inovao no eixo AP3 do MRJ-Caxias-Petrpolis.
Nesse nterim, importante tambm a revalorizao do papel logstico do Aeroporto do Tom
Jobim (Galeo) na Ilha do Governador (AP3 do MRJ), trazendo vantagens para o transporte de
cargas tecnolgicas e de maior sofisticao (por exemplo: Farmacutica, Cosmticos, outras
indstrias qumicas etc.).
Nova Iguau

existente, particularmente incentivo a consolidao de seu Cluster de Cosmticos e
Higiene Pessoal. Cabe ser fortalecido seu potencial logstico e associ-lo ao incentivo
produo de Transformados Plsticos. Alm disso, devem ser estimuladas as
seguintes iniciativas: indstrias relacionadas aos Mercados Consumidores de Massa
(como Moveleiro, Alimentos e Bebidas, e Vesturio e Acessrios), atividades
associadas ao seu papel de centralidade na rede urbana, e turismo (ecoturismo e do
histrico-cultural).
Trata-se de parcela do espao de espraiamento imediato para o Complexo Qumico-

Farmacutico. Destaca-se a importante concentrao geogrfica na indstria de Cosmticos e
Higiene Pessoal. Apesar das dificuldades para prticas cooperativas entre os agentes
envolvidos (interdependncia intencional), pode ser considerado um cluster pelas economias
externas existentes (interdependncias no intencionais).
Em termos de aglomeraes econmicas, chama ateno outras indstrias relacionadas aos

Mercados Consumidores de Massa, como o setor Moveleiro, Alimentos e Bebidas (em
especial, fabricao de refrigerantes e outras bebidas no alcolicas) e o setor de Vesturio e
520
Acessrios (particularmente, fabricao de tecidos de malha).19 Contudo, diferente do caso de
Cosmticos e Higiene Pessoal, eles no configuram clusteres.
Dessa maneira, as aglomeraes identificadas merecem maior apoio para se consolidar.

Recomenda-se polticas que estimulem os ganhos de eficincia coletiva atravs das
interaes localizadas, mas associados ao incentivo para o adensamento regional das
respectivas cadeias produtivas. Em particular, importante incentivar a maior articulao do
setor de Cosmticos com o Plo Petroqumico que ser instalado em Itabora futuramente (a
base de Petrleo, pode produzir insumos para atividade de Cosmticos).
Destaca-se que a fora do cluster de Cosmticos e Higiene Pessoal favorece o

desenvolvimento da indstria qumica no municpio. Nesse nterim, o relatrio dos produtos 4 e
5 do Plano de Desenvolvimento Econmico e Social (P4 e P5 do PDES) identificou uma
fabricao no desprezvel de produtos qumicos diversos como: tintas e vernizes, produtos de
limpeza, explosivos etc.
Apesar de poucas reas disponveis para expanso industrial, destaca-se seu potencial
logstico: cruzado pela BR-116 e futuramente pelo Arco Metropolitano. Entretanto, esse
potencial est restringido pela necessidade de um zoneamento mais adequado para ocupao
industrial (indstrias muito espalhadas no espao urbano) e de srios investimentos em
infraestrutura urbana (por exemplo, atendimento de servios bsicos nas zonas perifricas e
melhoria das vias rodovirias intermedirias). Destaca-se a importncia da execuo dos
projetos de expanso da Via Light (em especial, a ligao com a BR-116 em Queimados), da
readequao da Estrada de Adrianpolis (ligando a Via Light at o Arco Metropolitano) e da
reconstruo do ramal ferrovirio Amaba-So Bento junto a reestruturao da linha litornea
da FCA. Cabe ser fortalecido esse potencial logstico e associ-lo ao incentivo a produo de
Transformados Plsticos.
Segundo P2 do PDU, Nova Iguau considerada uma das principais centralidades urbanas, o
que lhe confere outras oportunidades a serem melhor aproveitadas na prestao de servios
19
Com base em dados da RAIS/MTE para 2008, P4 e P5 do PDES tambm chama ateno para as seguintes atividades:
fabricao de artefatos de concreto; fabricao de aparelhos e equipamentos para instalaes trmicas; produo de produtos
laminados de aos longos e comrcio atacadista de sucatas metlicas; comrcio atacadista de produtos agropecurios; comrcio
atacadista de produtos farmacuticos; comrcio e servios de reparo de autopeas (j inclui fabricao de autopeas e estruturas
para veculos automotores); e servios de manuteno e reparo de mquinas e equipamentos mecnicos.
521
locais diante da expectativa de efeito multiplicador da renda urbana em termos regionais.
Destaca-se ainda as vantagens que possui para o desenvolvimento do ecoturismo e do turismo
histrico-cultural (para maiores detalhes ver seo 2.4).
Belford Roxo
A questo-chave no apenas buscar maior dinamismo, mas tambm sua

generalizao na estrutura econmica a ponto de superar os riscos de sobre-
especializao. Por enquanto, sua dinmica tem grande dependncia dos impactos
locais do parque industrial da Bayer. Destaca-se a importncia de incentivar a expanso
das atividades da Bayer e outras atividades correlatas (por exemplo, atividades
relacionadas aos mercados de Poliuretano20 e insumos para a produo agrcola), bem
com a execuo de um programa de investimentos em infraestrutura urbana que
permitam construir melhores vantagens competitivas (por exemplo, em logstica).

Farmacutico. inegvel a importncia do parque industrial da Bayer para o desenvolvimento
da indstria qumica no municpio. Nesse nterim, P4 e P5 do PDES identificou uma produo
no desprezvel de desinfetantes e aditivos qumicos. Nota-se que a Bayer possui 80 mil m de
extenso com toda a infra-estrutura instalada, aproveitando de economias de escopo
importantes com empresas parceiras integradas ao empreendimento. Recomenda-se polticas
que apiem sua expanso de modo a reforar seu potencial competitivo. Nesse nterim, cabem
ser estimuladas oportunidades de encadeamentos em termos regionais, como a articulao
logstica com o Plo Petroqumico a ser instalado futuramente em Itabora (sendo a base de
Petrleo, este plo pode produzir insumos importantes para essa atividade).
Ressalva-se que Belford Roxo possui densidade populacional elevada, com um histrico de
ocupaes subnormais e favelizao e poucas reas disponveis para expanso industrial
(uma delas prxima a Bayer). Contudo, destaca-se seu potencial logstico: possui acesso a
BR-116 e faz divisa com os principais municpios da rea de Estudo 2 (redefinida). Isso j fica
evidente com a instalao recente de duas empresas do ramo: Hines e Skill). Inclusive P4 e P5
20
Poliuretano um bem intermedirio para produo de espumas, tintas/vernizes, adesivos, e alguns tipos de plsticos/borracha
sinttica.
522
do PDES identificou uma produo no desprezvel de plsticos para embalagem. Entretanto,
esse potencial est restringido pela necessidade de srios investimentos em infraestrutura
urbana (por exemplo, atendimento de servios bsicos nas zonas perifricas e melhoria das
vias intermedirias). Destaca-se a importncia da execuo dos projetos de reconstruo do
ramal Amaba-So Bento junto a reestruturao da linha litornea da FCA, o que permitir
ganhos de intermodalidade ferrovirio-rodovirio. Alm disso, importante tambm a execuo
do projeto de construo da Transbaixada/Avenida Sarapu (ligando Avenida Brasil no MRJ a
BR-040 em Duque de Caxias), o que lhe daria acesso tambm a BR-040.
Em termos de aglomeraes econmicas, destaca-se as unidades do setor de calados e

artefatos de couro (uma indstria relacionada aos Mercados Consumidores de Massa)21.
Contudo, sua organizao ainda incipiente para ser considerada um cluster,
conseqentemente, merecer mais apoio para se consolidar.
Mag
A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de aproveitar as

oportunidades em logstica e produo de plsticos devido sua posio estratgica
entre os dois Plos Petroqumicos da rea de Influncia do Arco Metropolitano. Assim,
Mag tende a sofrer influncia direta do plo nucleado em Duque de Caxias e tambm
do plo nucleado futuramente por Itabora. Por conseguinte, so fundamentais obras de
infra-estrutura para que seja aproveitada para ocupaes econmicas, inclusive,
atravs do desenvolvimento da rea de Estudo 3. Alm disso, devem ser estimuladas
as seguintes iniciativas: indstrias relacionadas aos Mercados Consumidores de Massa
(particularmente, Alimentos e Bebidas) e turismo (ecoturismo e do histrico-cultural).

Farmacutico. Dado a proximidade a Duque de Caxias e a Itabora, inegvel suas vantagens
em acessibilidade ao ser cruzado pelo Arco Metropolitano em uma grande extenso de seu
territrio. Essa vantagem ainda poder ser reforada pela intermodalidade com a
reestruturao da linha litornea da FCA e por uma alternativa rodoviria na franja sul com a
21
Com base em dados da RAIS/MTE para 2008, P4 e P5 do PDES tambm chama ateno para as seguintes atividades :
fabricao de produtos ; fabricao de produtos de minerais no metlicos; fabricao de estruturas metlicas e comrcio
atacadista de sucatas; e fabricao de estruturas para veculos automotores.
523
construo da RJ-103 (ligando a BR-040 em Duque de Caxias at o Arco Metropolitano no
meio de Mag). Soma-se a isso o fato de possuir uma quantidade significativa de reas de
vazios aptas para a implantao de novos empreendimentos. Embora requer obras de
infraestrutura, possui vantagens em comparao a outros municpios ao redor: adequao da
oferta de gua e grande disponibilidade de terrenos com baixo valor de negociao
Em termos de poltica de desconcentrao econmica, considera-se Mag um dos locais mais

apropriados para ser incentivada a atividade de logstica entre os parques produtivos e o setor
de Transformados Plsticos. Com execuo dos investimentos em infraestrutura necessrios,
caber a Mag servir de espao de articulao em prol da unificao dos Complexos Qumico-
Farmacuticos das reas de Estudo 2 (redefinida) e 3. Em um primeiro momento, no qual o
Plo Petroqumico ancorado pelo COMPERJ em Itabora ainda no est em plena operao,
Mag j poder servir logisticamente para facilitar sinergias com produo da indstria
farmacutica em So Gonalo (rea de Estudo 3), ampliando sua competitividade.
Outro desafio superar a pouca competitividade de sua atividade agrcola (basicamente,

produo de arroz em reas alagadas) e estimular oportunidade na indstria de Alimentos e
Bebidas, uma indstria relacionada aos Mercados Consumidores de Massa. Como exemplo, j
se destaca a produo de refrigerantes (por exemplo, fbrica do Refrigerante Pakera), um
comrcio atacadista de bebidas, e uma fabricao de produtos de carne22. Alm disso,
destaca-se ainda as vantagens que possui para o desenvolvimento do ecoturismo e do turismo
histrico-cultural (para maiores detalhes ver seo 2.4).
rea de Planejamento 3 do Municpio do Rio de Janeiro (AP3 do MRJ)
A questo-chave reforar o ncleo motriz em Duque de Caxias com as vantagens do

parque tecnolgico da UFRJ e das atividades tecnolgicas do Complexo da Sade.
Cabe consider-los ncoras regionais. Nesse aspecto, ganha importncia incentivar um
sistema de inovao no eixo AP3 do MRJ-Caxias-Petrpolis. Alm disso, o Aeroporto
Internacional Tom Jobim (Galeo) deve ser revalorizado seu papel logstico
desenvolvendo-se suas competncias para o transporte de cargas tecnolgicas.
22
confeco de roupas ntimas; e indstrias de extrao de pedra, areia e argila, mais especificamente as ligadas rochas
ornamentais como o mrmore.
524
Ademais, fundamental a execuo de srios investimentos em infraestrutura urbana e
incentivo a maior prestao de servios locais para maior gerao de empregos.

Farmacutico devido excelncia das atividades intensivas em alta tecnologia, o que refora o
potencial motriz em Duque de Caxias. Nesse sentido, devem ser considerados politicamente
ncoras regionais o parque tecnolgico da UFRJ (alm dos laboratrios do CENPES, da
COPPE, do Instituto de Macromolculas e da Faculdade de Qumica), bem como as atividades
tecnolgicas do Complexo da Sade (por exemplo: Fiocruz, Instituto Vital Brasil, Plo de
Biotecnologia do Rio de Janeiro BIO RIO, e os laboratrios da Faculdade de Farmcia da
UFRJ), cabendo ser incentivado seu papel indutor. Recomenda-se uma poltica de
coordenao que estimule um sistema de inovao no eixo AP3 do MRJ-Caxias-Petrpolis.
Nesse nterim, importante a revalorizao do papel logstico do Aeroporto do Tom Jobim
(Galeo) na Ilha do Governador (AP3 do MRJ), trazendo vantagens para o transporte de
cargas tecnolgicas e de maior sofisticao (por exemplo: Farmacutica, Cosmticos, outras
indstrias qumicas etc.).
Apesar desses potenciais, cabe ressaltar que as atividades destacadas esto insuladas, sem
uma grande ocupao produtiva no entorno que esteja diretamente associada. No geral, essa
rea marcada por uma densidade populacional elevada, com um histrico de
desindustrializao e surgimento de ocupaes subnormais e favelizao. Nesse sentido, o
fundamental a execuo de srios investimentos em infraestrutura urbana e incentivo a maior
prestao de servios locais para maior gerao de empregos.
So Joo de Meriti
A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de superar um quadro de

desarticulao de sua indstria txtil. Particularmente, so importantes incentivos para
atividade de logstica (incluindo produo de plsticos associada) e buscar maior
competitividade para sua produo de Vesturio e Acessrios.
Trata-se de parcela do espao de espraiamento no imediato para o Complexo Qumico-

Farmacutico. Municpio com grande densidade populacional, no possuindo reas
significativas para novas ocupaes industriais e muitos terrenos com valores de venda
proibitivos. Contudo, dada a proximidade ao MRJ junto a BR-116, possui vantagens para ser
525
incentivado a instalao de centros de distribuio atacadistas e varejistas e a produo de
plstico para embalagem. Destaca-se que j possui diversos galpes de armazenamento
(incluindo frigorficos), em que se destaca a instalao de uma empresa logstica: a
BRASPRESS. Nesse sentido, recomenda-se polticas para incentivar a atividade de logstica e
a atividade de Transformados Plsticos (em especial, para embalagem). Ademais, a execuo
do projeto de expanso da Via Light l(ligando at a Linha Vermelha na altura do Bairro de
Madureira no MRJ) oferece oportunidade boas oportunidades para melhorar sua
acessibilidade.
Cabe ressaltar que possua uma tradicional aglomerao relacionada a indstria txtil, que foi
desestruturada em dcadas atrs. Contudo, ainda se destaca o setor de Vesturio e
Acessrios. Recomenda-se polticas que estimulem o aumento de sua competitividade. Merece
ainda ser destacado que possui rebatimentos do Cluster de Cosmticos e Higiene Pessoal de
Nova Iguau, com uma produo e um comrcio atacadista no desprezveis neste setor.
Assim, deve ser maior incentivado junto as polticas voltadas para esse cluster em Nova
Iguau.
Mesquita
A questo-chave buscar maior dinamismo a partir do perfil econmico j existente,

particularmente incentivo a atividade de logstica. Soma-se a isso oportunidades para
desenvolvimento de turismo (ecoturismo e histrico-cultural).

Farmacutico. Municpio com grande densidade populacional e boa parte do territrio contido
em uma rea de Proteo Ambiental - APA. Dessa forma, so limitadas as possibilidades de
novas ocupaes econmicas. Todavia, h um potencial na atividade de logstica, dada sua
proximidade a BR-116. Inclusive, j esto implantadas diversas empresas de transporte e
instalado um rea aduaneira (Porto Seco), o que facilita o desembaraamento de cargas.
Ademais, a execuo dos projetos de expanso da Via Light e construo da
Transbaixada/Avenida Sarapui oferecem oportunidades para melhor sua acessibilidade.
526
Destaca-se ainda a possibilidade de desenvolvimento do ecoturismo e turismo histrico-cultural
(para maiores detalhes ver seo 2.4)23.
Nilpolis
A questo-chave buscar maior dinamismo a partir do perfil econmico j existente,

particularmente incentivo a prestao de servios locais.

Farmacutico. Municpio com grande densidade populacional, no possuindo reas
disponibilizadas para novas ocupaes industriais. Nesse sentido, suas oportunidades esto
basicamente voltadas para comrcio e prestao de servios gerais, sustentadas pelo efeito
multiplicador da renda urbana em termos regionais. Chama ateno que a execuo do projeto
de construo da Transbaixada/Avenida Sarapui oferece oportunidade para melhor sua
acessibilidade.
4.3.4. rea de Estudo 3: espao de polarizao para um Complexo Qumico-

Farmacutico e um Complexo Metal-Mecnico
No Termo de Referncia, a rea de Estudo 3 foi definida com o conjunto formado por:
Cachoeira de Macacu, Guapimirim, Itabora, Marica, Niteri, So Gonalo e Tangu. Para fins
de coordenao econmica, ser mantida essa configurao.
Apesar dessa configurao adotada, ressalva-se que sero consideradas as possibilidade de

inter-relao com Mag (contida na rea de Estudo 2)24. Da mesma forma, ser tratada a
atividade de Construo Naval e Offshore na Baia de Guanabara como um todo, logo, tambm
sero consideradas as possibilidade de inter-relao com suas plantas produtivas no litoral das
reas de Planejamento 1 e 3 do Municpio do Rio de Janeiro (AP1 e AP3 do MRJ).
23
fabricao e comrcio atacadista de mquinas e ferramentas; e confeco de roupas profissionais.
24
Inclusive, Mag integra o Consrcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense CONLESTE, que possui,
entre seus membros, todos os municpios da rea de Estudo 3.
527
Segundo o critrio de distncia econmica25, quase todos os municpios da rea de Estudo 1

(redefinida) esto sob influncia imediata do Arco Metropolitano. A nica exceo Niteri e
Marica.
De modo geral, essa rea se configura como grandes pores de vegetao natural (estende-
se de Guapimirim, Cachoeira de Macacu, Tangu e Maric) e franjas urbanas concentradas no
entorno dos principais eixos virios. Soma-se a esse quadro, vazios relevantes que esto
intercalados por uma atividade agropastoril. Alerta-se que o ordenamento territorial deve se
ater ao risco de surgirem diversas ocupaes subnormais e favelizao. Entre os municpios
que j sofrem intensa presso populacional esto Niteri e So Gonalo. Quanto esse ltimo,
em 2010, passou a ser o mais populoso na rea de Influncia do Arco Metropolitano, sendo o
que mais cresceu a populao em termos absolutos no perodo 2000/2010 (54.633 habitantes
a mais). Recomenda-se maior ateno das polticas pblicas urbanas porque So Gonalo
dever sofre efeitos multiplicadores da implantao do COMPERJ, alm das oportunidades
com a expanso da cadeia naval.
Entre 2000 e 2010, ocorreu um crescimento populacional acima de 10,0% em Maric,

Guapimirim, Tangu e Itabora (em grande parte, reflexo de um processo migratrio interno).
Particularmente, isso se torna mais preocupante em Itabora e Maric, porque tiveram tambm
elevado crescimento em termos absolutos (respectivamente, 23.301 e 39.479 habitantes a
mais). Recomenda-se maior ateno das polticas urbanas porque a execuo do projeto do
COMPERJ ocorre em Itabora, sendo completado pela expectativa de oportunidades com a
formao de um conjunto indstrias associadas e servios de suporte s atividades petrolfera
e petroqumica. Alm disso, Maric possui importantes reas de vegetao nativa
remanescente ainda desprotegidas legalmente, logo, tambm recomenda-se maior ateno
das polticas ambientais.
Quanto ao zoneamento do territrio, a mancha urbana (rosa), as reas do principais

empreendimentos ncoras (roxo claro) e as principais reas definidas para uso industrial (roxa
escuro) esto delimitadas na Figura 5.20.
25
528
Estrutura porturia na
Praia da Beira em
Itaoca (So Gonalo)
COMPERJ (Itabora)
Laboratrios da B Braun
e da Ranbaxy (So
Gonalo)
Cluster Naval e Offshore

(Niteri e So Gonalo)
Figura 5.20 - Mancha urbana e macrozoneamento dos principais empreendimentos

ncoras e das reas definidas para uso industrial na rea de Estudo 3
Na escala da Figura 5.20, no foi possvel a visualizao das reas dos laboratrios da B
Braun e da Ranbaxy (indstria farmacutica), bem como a rea do Cluster Naval e Offshore. A
Figura 5.21 permite visualizar melhor a localizao desses laboratrios e de alguns dos
529
principais estaleiros: Eisa, Inhama, Mau26, Aliana, STX Europe, Rio Nave, MacLaren Oil e
Renave. Quanto a esses ltimos, aponta-se tambm algumas plantas existentes na AP1 e AP3
do MRJ (no caso, estaleiros EISA, Inhama e Rio Nave).
Figura 5. 21 - Localizao dos principais empreendimentos ncoras na rea de Estudo 3

que esto mais prximos Baa de Guanabara
Fonte: Elaborao prpria a partir de dados dos empreendimentos e na Base Cartogrfica Integrada do Brasil ao
Milionsimo IBGE 2005.
Destaca-se a futura instalao do Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro/COMPERJ

(produtora de petroqumicos bsicos e resinas) em Itabora, incluindo a instalao de
uma estrutura porturia em So Gonalo (Praia da Beira, Itaoca). Alem disso, j existe
em operao os laboratrios da B Braun e da Ranbaxy (indstria farmacutica) em So
Gonalo, e um Cluster Naval e Offshore nas imediaes de Niteri que se estende
26
O Estaleiro Mau possui trs plantas em lugares distintos ao redor da Baa de Guanabara: Ilha da Conceio (Niteri), Ponta de
Dareia (Niteri) e Ilha do Caju (AP3 do MRJ). A localizao apontada no mapa 2.6 se refere a sua planta principal na Ponta de
Dareia (Niteri)
530
tambm a So Gonalo. Quanto a esse ltimo, inclui algumas plantas existentes na AP1
e AP 3 do MRJ.
Ressalta-se grandes espaos disponveis em Itabora. Observa-se ainda algumas reas

disponveis em So Gonalo, Tangu, Guapimirim e Cachoeira de Macacu. Ressalva-se
que, embora faa parte da rea de Estudo 2, Mag possui reas disponveis de
razoveis dimenses que podem ser aproveitadas tambm atravs do desenvolvimento
na rea de Estudo 3.
Justifica-se tratar a aglomerao de estaleiros e canteiros no litoral da Baa de Guanabara

como um Cluster Naval e Offshore por causa das economias externas importantes
(interdependncias no intencionais) e de algumas prticas cooperativas (interdependncias
intencionais), embora geralmente em carter circunstancial. Afinal, existem entraves para ser
considerado um arranjo local organizado, particularmente a falta de sistematizao de prticas
cooperativas, o que poderia garantir ganhos de eficincia coletiva sustentados. Por isso,
recomenda-se polticas que busquem estimular a consolidao desse cluster.
Na rea de Estudo 3, no h nenhuma distrito industrial j implantado. Contudo, existem

projetos de criao de distritos ou reas industriais em Itabora, So Gonalo (especificamente,
Distrito Industrial de Guaxindiba com 2,4 bilhes de m2 de reas livres), e Tangu (condomnio
com 1,5 bilhes de m2 de reas livres), todos dependendo de obras de infraestrutura.
O distrito proposto em Itabora tem acesso direto ao Arco Metropolitano. J o distrito de So

Gonalo e o condomnio industrial em Tangu sero ladeados pela BR-101/Rodovia
Translitornea para atravs dela acessar o Arco Metropolitano. Ressalta-se que as vantagens
logsticas dos trs projetos podem ser reforadas pela reestruturao da linha litornea da
FCA, passando a ter ganhos de intermodalidade rodovirio-ferrovirio. Especialmente, essa
obra importante para aumentar as potencialidades do futuro condomnio industrial em
Tangu.
Guapimirim e Cachoeiras de Macacu no possuem projetos de criao de distritos. Contudo, o

primeiro reserva reas livres ao longo do Arco Metropolitano, e o segundo tem como vantagem
reas de vazio com grande proximidade do COMPERJ.
531
Os municpios da rea de Estudo 3 possuem um marcada disparidade de portes econmicos.
Isoladamente Niteri e So Gonalo se destacam representando, respectivamente, 12,2% e
11,0% do valor agregado bruto no total da rea de Influncia do Arco Metropolitano. J o
demais municpios so de portes mais modestos (Itabora, Tangu, Guapimirim e Cachoeira de
Macacu).
As posies destacadas de Niteri e So Gonalo se explicam pelos diferenciais de

competitividade que possuem. Niteri uma importante centralidade urbana, sendo a principal
referncia para a oferta de funes urbanas na maior parte da regio ao Leste da Baa de
Guanabara27. J So Gonalo uma subcentralidade urbana, tambm com uma oferta de
funes urbanas no desprezvel. Alm disso, ambas aglomeram atividades produtivas
relevantes em termos estaduais, como indstrias da cadeia naval e, no caso de So Gonalo,
tambm indstrias qumicas (incluindo segmentos farmacuticos).
Atualmente, a rea de Estudo 3 vem recebendo projetos de investimentos influenciados pela

grande expanso da indstria petrolfera no Estado do Rio e pela poltica de induo setorial da
Petrobrs no perodo recente. Como principais investimentos, destacam-se:
Em estgio de instalao e negociao acionria:
Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro/COMPERJ Petrobrs e, possivelmente,

Brasken (Itabora)
Construo de um parque industrial composto por unidades de refino e de produo de

petroqumicos bsicos e resinas (1 e 2 gerao da cadeia petroqumica) visando, dentro da
estratgia da Petrobrs, agregar valor ao leo pesado extrado na Bacia de Campos.
Para sua logstica, as seguintes obras esto envolvidas:
Implantao de um sistema de oleodutos que efetuaro o transporte de materiais

lquidos, ligando o COMPERJ ao terminal de Campos Elseos (ligado REDUC em
Duque de Caxias) e ao terminal da Ilha Comprida (Estado de So Paulo). Nota-se que
27
Embora no faa parte da rea de Estudo 3, Terespolis possui tambm uma centralidade urbana destacada sobre Guapimirim
e Cachoeira de Macacu.
532
prximo ao terminal em Campos Elseos que sero montados os tanques de
armazenagem do petrleo que ser utilizado.
Interligao ao sistema de gasodutos Cabinas-REDUC (GASDUC).
Montagem de uma estrutura porturia com retrorea em So Gonalo (Praia da Beira,

Itaoca) para o suprimento de equipamentos pesados, sendo acessado atravs de uma
estrada a ser tambm construda (projeta-se a realizao de uma dragagem de 8,5
metros de profundidade)
Construo dos respectivos acessos para o Arco Metropolitano e para a linha litornea
da FCA (dentro do projeto de sua reestruturao) para o escoamento de produtos
slidos.
Sob o conceito de unidade integrada, o projeto bsico original do COMPERJ visava a

construo de uma refinaria petroqumica em que a parte de refino e a parte petroqumica
seriam construdas de forma simultnea. Recentemente, houve uma alterao nesse projeto
bsico para ser feito, em uma primeira fase, somente a parte de refino. Alm disso, a parte de
refino teve sua capacidade produtiva dobrada com a incluso de mais uma unidade para
atender, em grande parte, a demanda de leo combustvel: diesel basicamente, mas tambm
querosene de aviao, coque, enxofre etc.
Ao contrrio do que se planejou no incio, nessa primeira fase, o COMPERJ passou a seguir os
moldes de uma refinaria premium voltada para a produo de combustveis, a qual se prev
entrar em operao no final de 2013. Por conseguinte, foram postergadas as unidades de
produo petroqumica para uma segunda fase, com previso de incio das obras em 2014 e
operao em 2017 da 1 gerao e em 2018 da 2 gerao. Em 2018, tambm prevista o
incio de operao da segunda refinaria. Ademais, o COMPERJ ainda tem rea disponvel
considervel, podendo receber ainda outras unidades futuramente.
Em estgio de negociao para a reestruturao da planta:
Estaleiro Inhama Petrobrs (Bairro do Caju na AP1 do MRJ)
O arrendamento da rea do antigo Estaleiro Ishibrs atualmente desativada est sendo tratada
com a Petrobrs. Uma das propostas que seja utilizado para a converso de navios em
533
FPSOs (Sistema Flutuante de Produo e Estocagem), como cascos de plataformas.
Atualmente, essa funo vem sendo realizada no exterior por ausncia de espaos disponveis
no pas para realiz-la. Sendo assim, a operao do Estaleiro Inhama poder permitir
aumentar o contedo nacional. Alm disso, a Petrobrs tambm props que a reas seja
usada como base de apoio para balsas de sua propriedade, bem como para base de suporte
de suas operaes.
Modernizao e projeto de expanso fsica em curso:
Estaleiro Aliana Grupo Fischer (Niteri e, com a expanso, tambm em So

Gonalo)
Investimento para melhorias no processo de produo na atual planta dentro de Niteri e

deslocamento da parte fabril para outra planta em instalao dentro de So Gonalo (bairro de
Guaxindiba). Assim, o empreendimento visa aumentar sua produtividade, aproveitando melhor
a rea prxima ao mar na planta de Niteri.
Grandes Encomendas de produo:
Estaleiro EISA Grupo Sinergy (Ilha do Governador na AP3 do MRJ)
Carteira de embarcaes para PDVSA (navios panamax/tanqueiros e navios de

produto/derivados de petrleo), Vale Log-in (porta-contineres e graneleiros), Astro Martima
(supply-boats/navios de apoio offshore), Marinha (barcos para patrulha costeira) e
TRANSPETRO/Petrobrs (navios panamax/tanqueiros). Esse ltimo, refere-se a incluso no
Programa de Modernizao e Expanso da Frota PROMEF aps transferncia de
encomendas originalmente ganhas em licitao pelo consrcio Rio Naval (que inclua entre os
membros o Estaleiro SERMETAL).
Estaleiro Mau Grupo Sinergy (Niteri e Bairro do Caju na AP1 do MRJ)
Carteira de embarcaes para a TRANSPETRO/Petrobrs (navios de produto/derivados de

petrleo). Refere-se a licitao ganha no mbito do PROMEF.
Estaleiro Superpesa (Ilha do Fundo na AP3 do MRJ)
534
Carteira de embarcaes para a TRANSPETRO/Petrobrs (navios bunker de transporte de
combustvel para embarcaes). Refere-se a licitao ganha no mbito do PROMEF.
Estaleiro STX Europe (Niteri)
Carteira de projetos para a construo de supply-boats/navios de apoio offshore.
Em fase de projeto para futura implantao:
B Braun (So Gonalo)
Projeto de ampliao da capacidade produtiva atravs da construo de uma nova fbrica

dentro do futuro Distrito de Guaxindiba.
inegvel que na rea de Influncia do Arco Metropolitano, o COMPERJ o maior

investimento em curso. Alm disso, h expectativa de que sua implementao permita construir
um Plo Petroqumico capaz de gerar importantes efeitos multiplicadores para uma regio
atualmente carente de maiores oportunidades econmicas. Dessa forma, determinante um
atuao poltica para que esse compromisso com o desenvolvimento regional seja efetivo.
Desconsiderando o COMPERJ que se encontra em Itabora, todos os demais investimentos

mencionados se referem a projetos induzidos pela prpria execuo das atividades industriais.
A possibilidade de gerar efeitos multiplicadores consideravelmente em termos regionais vai
depender da capacidade de coordenao dos agentes envolvidos. Sendo assim, ganha
importncia iniciativas que estimulem a maior articulao entre as plantas existentes e orientem
o maior desenvolvimento da cadeia de fornecedores (por exemplo, navipeas e equipamentos).
Nesse sentido, fundamental uma poltica de coordenao para que a instalao do Arco
Metropolitano contribua com uma desconcentrao econmica para a periferia metropolitana
que d suporte competitividade das cadeias produtivas.
Chama ateno o papel estruturante que o COMPERJ poder desempenhar enquanto

ncora, a ponto de transformar Itabora em uma grande centralidade econmica da rea
de Estudo 3. Dessa forma, recomenda-se incentivar o desenvolvimento de um Plo
Petroqumico baseado em Petrleo para caracterizar Itabora enquanto ncleo motriz de
um Complexo Qumico-Farmacutico regional. Cabe ainda ressaltar que, alm de fortalecer
535
internamente esse complexo, deve ser buscado estimular sua unificao com o complexo
Qumico-Farmacutico nucleado futuramente por Duque de Caxias (rea de Estudo 2).
Alm disso, tambm chama ateno o papel estruturante que o Cluster Naval e Offshore
capitaneado por Niteri poder desempenhar enquanto ncora, a ponto de garantir que
esse municpio reforce seu papel regional como uma das principais centralidades
econmicas da rea de Estudo 3. Dessa forma, recomenda-se incentivar a consolidao
de um plo para caracterizar Niteri enquanto ncleo motriz de um Complexo Metal-
Mecnico regional. Cabe ainda ressaltar que, alm de fortalecer internamente esse complexo,
deve ser buscado estimular sua unificao com o embrionrio complexo Metal-Mecnico
nucleado por Maca na Regio Norte Fluminense. Inclusive, isso poderia levar ao maior
aproveitamento dos encadeamentos com a indstria petrolfera.
Principais segmentos dos complexos a serem fomentados
O fortalecimento de um Complexo Qumico-Farmacutico e de um Complexo Metal-Mecnico

na rea de Estudo 3 est centrado na competitividade das seguintes atividades:
Transformados Plsticos (3 gerao da cadeia petroqumica)
O grande desenvolvimento dessa atividade vai depender que a implantao do COMPERJ

consolide efetivamente um Plo Petroqumico em Itabora. Ao passar a execuo da parte
petroqumica para uma segunda fase, no poder ser discutir imediatamente a induo de um
parque de produtores de plstico com desenvolvimento de produtos. Em um primeiro
momento, ganha importncia a consolidao do Plo Petroqumico em Duque de Caxias (rea
de Estudo 2) a fim de rebatimentos para a rea de Estudo 3. Isso torna-se possvel a medida
que se busque politicamente desenvolver a produo de plsticos em conjunto com servios de
logstica. Nesse sentido, destaca-se as vantagens em acessibilidade com o Arco Metropolitano,
alm da BR-101. Essas vantagens ainda podero ser reforadas com a reestruturao da
linha litornea da FCA passando a ter ganhos de intermodalidade rodovirio-ferrovirio.
Ressalva-se que importante negociar para no serem feitas apenas as linhas de produo
petroqumicas mais usuais no COMPERJ: na 1 gerao, eteno e propeno, assim como, na 2
gerao, polietileno e polipropileno. Isso porque outras linhas de produtos permitem ir gerar
encadeamentos com Transformados Plsticos no possveis nas plantas contidas no Cluster
Gs-Qumico (Duque de Caxias, rea de Estudo 2), por exemplo, PET podendo ser usado na
536
produo de garrafas e embalagens. Nesse sentido, recomenda-se acompanhamento poltico
para garantir que seja confirmada a diversidade do escopo de petroqumicos bsicos e resinas
com a execuo da 2 fase do projeto.
Inclusive, possvel tambm serem discutidos politicamente encadeamentos diretos com a

cadeia da Construo Civil. Isso porque possvel em um central petroqumica a base de
Petrleo produzir PVC, usado, por exemplo em tubulaes. Em virtude da demanda projetada
da Construo Civil para os prximos anos, recomenda-se que se rediscuta que essa linha de
produto seja realizada tambm na 2 fase do projeto.
Insumos para as indstria de Borracha Sinttica, Txtil e Vesturio, e Tintas/Vernizes
importante negociar para que o COMPERJ permmita, na 1 gerao, a fabricao de

benzeno, butadieno e para-xileno, bem como, na 2 gerao, estireno podendo ser usado na
produo de borracha sinttica, PTA podendo ser usado na cadeia do polister (associada a
indstria txtil e de vesturio), Etilenoglicol podendo ser usado em solventes e outros produtos
qumicos (til na fabricao de tintas e vernizes). Recomenda-se acompanhamento poltico,
pois, caso isso ocorra aumentar a articulao do complexo Qumico-Farmacutico nucleado
por Duque de Caxias com aquele futuramente nucleado por Itabora, pois os principais
demandantes atuais esto na rea de Estudo 2.
Alm disso, caso esse encadeamento com a cadeia de polister ocorra poder melhor a
competitividade de uma srie de fbricas de Vesturios e Acessrios. Inclusive facilitar a
recuperao de algumas aglomeraes txtis que sofreram processo de desestruturao (por
exemplo, em So Joo de Meriti na rea de Estudo 2). Todavia, notrio que a Petrobrs veio
realizando recentemente investimentos na construo da Petroqumica Suape em Pernambuco
para atender essa demanda. Nesse sentido, recomenda-se polticas que levem a rediscusso
dessas questes em virtude do potencial identificado para generalizao dos efeitos em
cadeia, inclusive para atividades voltadas para os Mercados Consumidores de Massa.
537
Indstria Farmacutica e outros segmentos da Qumica Fina
As atividades da indstria farmacutica na rea de Estudo 3 possuem maior destaque em So

Gonalo (em especial, os laboratrios da B Braun e da Ranbaxy28). Contudo, em grande
medida esto insuladas, sem possurem encadeamentos regionais significativos. Caso a a
implantao do COMPERJ consolide efetivamente um Plo Petroqumico em Itabora poder
permitir importantes encadeamentos. Em um primeiro momento, ganha importncia buscar a
consolidao do Plo Petroqumico em Duque de Caxias (rea de Estudo 2) e incentivar os
rebatimentos para a rea de Estudo 3. Afinal, destaca-se as vantagens em acessibilidade com
o Arco Metropolitano, alm da BR-101. Essas vantagens ainda podero ser reforadas com a
reestruturao da linha litornea da FCA passando a ter ganhos de intermodalidade rodovirio-
ferrovirio.
Alm disso, a produo de farmoqumicos em Duque de Caxias tem insumos (chamados de

Intermedirios de Sntese) obtidos a partir da petroqumica com base em Petrleo. A
implantao do COMPERJ poder ser fundamental para reverter isso, pois ser a base de
Petrleo, logo, podendo produzir Intermedirios de Sntese. Novamente, refora a importncia
de estimular a unificao do complexo Qumico-Farmacutico nucleado por Duque de Caxias
com aquele futuramente nucleado por Itabora.
Cabe ainda ressaltar, a importncia da articulao com as atividades tecnolgicas do

Complexo de Sade29 dentro da AP3 do MRJ. Nesse nterim, fundamental desenvolver
polticas de coordenao para o Complexo de Sade, conforme comea a ser desenhado pelo
Ministrio da Sade, BNDES e Governo do Estado do Rio de Janeiro. Quanto ao setor de
Fertilizantes, um potencial ainda pouco explorado, mas que poder ser estimulado caso o
COMPERJ tambm produza os insumos necessrios.
Atividades demandantes de Derivados de Refino de Petrleo e de Gs Natural para Uso

Industrial
28
B Braun fabrica produtos de uso mdico, servindo como insumos hospitalares. J a Ranbaxy produz medicamentos genricos.
29
Cabe assinalar que Farmacutica no inclui apenas medicamentos, mas produes de insumos hospitalares, vacinas, reagentes
para diagnstico, hemoderivados etc. No Complexo de Sade, a esse conjunto de atividades, soma-se a produo de
Equipamentos Mdicos e a prestao de servios de sade.
538
Diante mudana de escopo do projeto bsico do COMPERJ, a ofertas de insumos paras essas
atividades ganha maior relevncia. Recomenda-se polticas de coordenao para que com a
execuo da primeira fase do empreendimento j sejam incentivadas. Embora nas imediaes
do COMPERJ as vantagens competitivas so mais evidentes, possvel estimular uma
desconcentrao econmica para outras localidades a medida que seja assegurado o
fornecimento desses insumos.
Cadeia Naval e Offshore
O Cluster Naval e Offshore capitaneado por Niteri trata-se da principal concentrao da

atividade no Estado do Rio de Janeiro. Todavia, carece de importantes polticas de
coordenao dada a dificuldade de se consolidar efetivamente enquanto cluster. Alm disso,
apesar da diversas plantas existentes e de possuir uma cultura desenvolvida historicamente,
ainda no foi capaz de formar um plo em carter regional. Dessa forma, as polticas de
coordenao so fundamentais tambm para estimular o desenvolvimento da cadeia como um
todo, inclusive discutindo a produo de navipeas e equipamentos que j possuem escala no
mercado nacional. Caso contrrio, os efeitos multiplicadores sero reduzidos e basicamente
circunscritos as plantas dos principais estaleiros.
Logstica entre parques produtivos (e, possivelmente, de retroporto)
A atividade de logstica possui diversas oportunidades ligadas a crescente movimentao de

cargas junto a dinamismo dos parques industriais e suas inter-relaes possveis. Por exemplo,
a logstica pode estimular diretamente a produo de plsticos de embalagem. Nesse aspecto,
estimular o desenvolvimento da cadeia petroqumica. Alm disso, pode contribuir para a
unificao do complexo Qumico-Farmacutico nucleado por Duque de Caxias com aquele
futuramente nucleado por Itabora (rea de Estudo 3). Assim, a logstica entre parques
produtivos ganha destaque.
Nesse nterim, destaca-se oportunidades de aumentar o potencial logstico ao se buscar a

aproveitar a intermodalidade rodovirio-ferrovirio na rea de Estudo 2 (redefinida). Entre seus
atributos de acessibilidade, alm do prprio Arco Metropolitano, esto: a BR-101/Rodovia
Translitornea, o ramal ferrovirio da FCA (chegando at o Porto do Rio), e a montagem da
estrutura porturia em So Gonalo (Praia da Beira, Itaoca).
539
A princpio, essa estrutura porturia seria construda pela Petrobrs para atender apenas a
logstica de entrada de equipamentos pesados no COMPERJ. Recentemente, foi divulgado
acordo com o governo do Estado do Rio de Janeiro para que seja ampliado e adquira funes
mais amplas. Pretende-se que passe a atender cargas diversas e passageiros. Alm disso,
discute-se a possibilidade de instalao de um estaleiro para construo de pequenas
embarcaes e mdulos de plataformas de petrleo.
Torna-se prioritrio acelerar a reestruturao da linha litornea da FCA (ligando at o Porto do

Au no Norte Fluminense e ao Estado do Esprito Santo), articulando-na com as linhas da MRS
(ligando com Porto de Itagua, Estado de Minas Gerais e Estado de So Paulo). Para isso,
importante a reconstruo do ramal Amaba-So Bento (ligando linha da MRS em Nova Iguau
a linha da FCA em Duque de Caxias), a implementao do Ferrovia do Contorno da Baa de
Guanabara/Arco Ferrovirio (exige rebitolagem do trecho Santa Rita-Saracuruna-Mag, bem
como rebitolagem e reativao do trecho Mag-Visconde de Itabora), construo do acesso ao
COMPERJ em Itabora, rebitolagem e reativao do ramal Visconde de Itabora-Tangu, e, j
no Norte Fluminense, construo da extenso at o Porto do Au. Essas iniciativas so
fundamentais para se criar maior competitividade sistmica atravs de uma sistema logstico
integrado, articulando os portos de Itagua, Rio e Au.
Destaca-se que j existem oportunidades em atividade de logstica retroporturia com a

montagem do terminal em So Gonalo e a abertura de um acesso rodovirio direto ao
COMPERJ. Todavia, chama ateno que oferecer boa acessibilidade para a ligao da Regio
Metropolitana com o Porto do Au em So Joo da Barra/Norte Fluminense (atravs da ligao
do Arco Metropolitano com BR-101 e, principalmente, pela linha frrea da FCA) poder permitir
oportunidades ainda no to evidentes. Isso porque poder inserir a rea de Estudo 3 como
parte da regio de influncia do Porto de Au a ponto de ser um estmulo ao desenvolvimento
de uma logstica retroporturia a fim da movimentao de cargas metropolitanas junto a
instalao de terminais reguladores.
Cabe enfatizar que, atravs da atividade logstica, surgem oportunidades de desencadear uma
desconcentrao econmica significativa na rea de Estudo 3. Todavia, a capacidade de
arrasto depende da expanso da atividade logstica estar associada organizao de polticas
setoriais especficas que induzam a complementaridade entre atividade produtivas afins na
totalidade do territrio, fortalecendo os complexos Qumico-Farmacutico e Metal-Mecnico.
540
Caso contrrio, h o risco de ser acentuada crescentemente a concentrao econmica nas
proximidades de alguns empreendimentos ncoras sem configurar plos de desenvolvimento
regional.
Quanto ao Complexo Qumico-Farmacutico, recomenda-se que o planejamento indutor esteja

voltado para conformar Itabora como ncleo motriz, e So Gonalo, Tangu e Mag como
integrantes de seu espao de espraiamento imediato. Embora includo na rea de Estudo 2,
Mag tende a sofrer influncia direta tambm do plo nucleado por Itabora. Por isso, foi
includo dentro do espao de espraiamento imediato.
A poltica de coordenao deve ter como foco que as condies gerais de produo para a
rea de Estudo 3 dependem, em grande parte, da articulao desse conjunto de municpios
para efetivar os principais encadeamentos latentes (diretos) relacionados ao Complexo
Qumico-farmacutico. Para isso, por um lado, o fator fundamental incentivar a consolidao
do Plo Petroqumico em Itabora, integrando a cadeia atravs da maior produo de
Transformados Plsticos (no apenas os usuais, mas tambm PET e PVC) e outras linhas
possveis de serem associadas (Borracha Sinttica, Txtil e Vesturio, Tintas e Vernizes, e at
Farmacutica). Por outro lado, tambm preciso incentivar a possibilidade de sua
complementao sinrgica com o outro plo em Duque de Caxias (rea de Estudo 2).
J aos demais municpios (Guapimirim, Cachoeira de Macacu, Maric e Niteri), caracterizam-

se como integrantes do espao de espraiamento no imediato. A princpio, esses municpios
podero aproveitar de oportunidades em atividades complementares e encadeamentos
inesperados (indiretos) que devem ser objeto de negociao para superar suas restries
atuais
Quanto ao Complexo Metal-Mecnico, recomenda-se que o planejamento indutor esteja

voltado para conformar Niteri como ncleo motriz, e So Gonalo e Itabora como seu espao
de espraiamento imediato. Embora as reas de Planejamento 1 e 3 do Municpio do Rio de
Janeiro no estejam includas na rea de Estudo 3, considera-se como reforos ao potencial
motriz as plantas produtivas voltadas especificamente para a cadeia naval e offshore na parte
oeste da Baa de Guanabara.
541
A poltica de coordenao deve ter como foco que as condies gerais de produo para a
rea de Estudo 3 dependem, em grande parte, da articulao desse municpios para efetivar
os principais encadeamentos latentes (diretos) relacionados ao Complexo Metal-Mecnico.
Para isso, o fator fundamental incentivar a formao de um Plo Naval e Offshore (e no
apenas um cluster) em que os estaleiros e canteiros reestruturados em termos gerenciais e
patrimoniais passem a ter maior poder de articulao e desenvolvimento da cadeia produtiva
em escala regional a ponto de desenvolver uma rede comum de fornecedores. Alm disso,
importante estimular a unificao com o embrionrio complexo Metal-Mecnico nucleado por
Maca na Regio Norte Fluminense.
J aos demais municpios (Maric, Tangu, Guapimirim e Cachoeira de Macacu), caracterizam-

se como espaos de espraiamento no imediato. A princpio, esses municpios podero
aproveitar de oportunidades em atividades complementares e encadeamentos inesperados
(indiretos) que devem ser objeto de negociao para superar suas restries atuais
A Figura 5.22 e a Figura 5.23 apresentam, respectivamente, a distribuio espacial das foras
no territrio para o fortalecimento do Complexo Qumico-Farmacutico e do Complexo Metal-
Mecnico na rea de Estudo 3:
542
Complexo Qumico-Farmacutico na rea de Estudo 3
Nota: 1) Demarcou-se de acordo com as divises poltico-administrativas, porm as ocupaes econmicas j

existentes ou possveis so uma parcela de cada municpio (e no sua totalidade). 2) Embora includo na rea de
Estudo 2, Mag tende a sofrer influncia direta tambm do plo nucleado por Itabora. Por isso, foi includo no mapa.
543
Complexo Metal-Mecnico na rea de Estudo 3
Nota: 1) Demarcou-se de acordo com as divises poltico-administrativas, porm as ocupaes econmicas j

existentes ou possveis so uma parcela de cada municpio (e no sua totalidade). 2) Embora as reas de
Planejamento 1 e 3 do Municpio do Rio de Janeiro no estejam includas na rea de Estudo 3, considera-se como
reforos ao potencial motriz as plantas produtivas voltadas especificamente para a cadeia naval e offshore na parte
oeste da Baa de Guanabara.
544
Para cada elemento integrante da rea de Estudo 3, sobressaem-se as seguintes questes-
chave:
Itabora
A questo-chave a dinamizao do perfil econmico que est sendo profundamente

redefinido, superando um quadro de desarticulao com o fim de sua produo de
laranja. Particularmente, fundamental o incentivo a consolidao de seu Plo
Petroqumico. Ressalta-se as vantagens para o desenvolvimento de um parque
destacado de produtores de Transformados Plsticos (inclusive associado ao
desenvolvimento de produtos). Destaca-se tambm seu potencial para ser o centro
concentrador da atividade logstica (hub logstico) na rea de Estudo 3, com a
instalao de centros de distribuio atacadistas e varejistas. Soma-se a isso, a
possibilidade de tambm sofrer rebatimentos do desenvolvimento da cadeia naval.
Destaca-se ainda a importncia de passar a desempenhar um papel de centralidade na
rede urbana, bem como a importncia de aumentar a competitividade de suas indstrias
voltadas para cadeia da Construo Civil e de sua agricultura (incluindo floricultura).
Trata-se do ncleo motriz para o Complexo Qumico-Farmacutico e parcela do espao de

espraiamento imediato para o Complexo Metal-Mecnico. Enquanto ncleo motriz para o
Complexo Qumico-Farmacutico, seu principal desafio desenvolver um Plo Petroqumico a
base de Petrleo em todas suas potencialidades. Assim, poder levar a uma transformao
muito mais profunda na estrutura econmica, evitando o risco de uma sobre-especializao em
atividades de refino e servios de distribuio de combustveis. Recomenda-se polticas de
coordenao que assegurem grandes impactos para o desenvolvimento regional em termos de
efeitos multiplicadores.
Nesse sentido, alm de buscar que seja garantida uma produo expressiva de petroqumicos
bsicos e resinas, deve ser incentivado a diversificao de suas linhas de produo.
Recomenda-se polticas que garantam o suprimento e desenvolvam um parque de fabricao
de plsticos no apenas os usuais (polietileno e polipropileno), mas tambm PET e PVC (este
ltimo, usado em tubulaes na Construo Civil). Da mesma forma, recomenda-se polticas
que garantam o suprimento para outras atividades associadas (Borracha Sinttica, Txtil e
Vesturio, Tintas e Vernizes, e at Farmacutica). Nesse aspecto, fundamental incentivar a
possibilidade de sua complementao sinrgica com o outro plo em Duque de Caxias (rea
545
de Estudo 2), pois grande parte dessas atividades associadas j possui destaque nas
imediaes dele. Alm disso, essa complementao sinrgica favorece o surgimento de
servios de desenvolvimento de produtos. Cabe ressaltar a importncia de Mag servir
logisticamente de espao de articulao entre os dois plos petroqumicos
Diante da 1 fase de implantao do COMPERJ ser voltada para a parte de refino, ganha
evidncia a oferta de Derivados de Refino de Petrleo (por exemplo: diesel, querosene de
aviao, gs liquefeito de petrleo/GLP etc). Alm disso, estando ligado ao sistema de
gasodutos Cabinas-REDUC (GASDUC), aumenta a disponibilidade de gs natural para uso
industrial. Assim, surgem oportunidades que devem ser estimuladas para atividades que
demandem com mais intensidade esses insumos.
Enquanto parcela do espao de espraiamento imediato para o Complexo Metal-Mecnico,

chama ateno que j existe um rebatimento embrionrio a partir do Cluster Naval e Offshore.
Afinal, segundo P4 e P5 do PDES, j se identifica um conjunto de unidades voltadas para a
manuteno e reparao de embarcaes, bem como para montagem de estruturas metlicas.
Esses rebatimentos podem ser acentuado com o avano da atividade logstica, logo,
recomenda-se que seja estimulado seus encadeamentos com a produo de base metal-
mecnica (uso de ao).
Destaca-se as grandes vantagens para estimular a logstica entre parques produtivos. Quanto
esse ltimo ponto, destaca-se o acesso a BR-101 e o fato de ser cruzada pelo Arco
Metropolitano. Ademais, dever reforar essa potencialidade a necessria reestruturao da
linha litornea da FCA (ligando at o Porto do Au no Norte Fluminense e ao Estado do
Esprito Santo) junto a articulao com as linhas da MRS (ligando com Porto de Itagua, Estado
de Minas Gerais e Estado de So Paulo). Destaca-se tambm o acesso direto ao Arco
Metropolitano e a BR-101. Soma-se a isso o fato de possuir as principais reas de vazios com
possibilidade de implantao de novos empreendimentos (inclusive de grande porte).
Diante da importncia dos incentivos ao fortalecimento de sua centralidade econmica, sua

centralidade urbana deve ser incentivada tambm. Assim, recomenda-se estimular o
desenvolvimento de suas funes urbanas junto aos investimentos fundamentais em
infraestrutura.
546
Em termos de aglomeraes econmicas, chama ateno a produo de cermica vermelha
para tijolos e telhas (atividade integrante da cadeia da Construo Civil), bem como uma
floricultura30. Por conseguinte, merece haver polticas que visem aumentar a competitividade de
ambas. Particularmente, fortalecer a atividade associada produo de tijolos e telhas ganha
maior significado diante da demanda projetada da Construo Civil para os prximos anos.
Niteri

existente, particularmente incentivo a consolidao de seu Cluster Naval e Offshore e
desenvolver em seu interior um plo com reaes em cadeia mais efetivas.
Particularmente, fundamental, orientar os estaleiros e canteiros a desenvolver
maiores competncias e a ganhar maior poder de comando sobre a cadeia produtiva.
Alm disso, devem ser estimuladas as seguintes iniciativas: turismo nutico-ocenico e
atividade relacionadas pesca.
Trata-se do ncleo motriz para o Complexo Metal-Mecnico e de uma parcela do espao de

espraiamento no imediato para o Complexo Qumico-Farmacutico. Enquanto ncleo motriz
para o Complexo Metal-Mecnico, seu principal desafio liderar a formao de um Plo Naval
e Offshore em que os estaleiros e canteiros reestruturados em termos gerenciais e patrimoniais
passem a ter maior poder de articulao da cadeia produtiva em escala regional a ponto de
desenvolver uma rede comum de fornecedores (particularmente, em So Gonalo). Nesse
sentido, fundamental polticas de coordenao que incentivem, de forma integrada, indstrias
dos segmentos metal-mecnicos envolvidos. Da mesma forma, importante a consolidao do
cluster atravs do incentivo a maior sistematizao de prticas cooperativas entre os agentes
envolvidos.
Cabe ressalvar que Niteri possui densidade populacional elevada, com elevados valores de
negociao de terrenos e sem reas definidas para novas ocupaes industriais. Diante disso,
ressalta-se a importncia de polticas que incentivem o maior aproveitamento do potencial
turstico nutico-ocenico. Ademais, j se identifica uma concentrao de atividades de
30
comrcio atacadista de bebidas; fabricao de produtos de papel; fabricao de esquadrias e produtos terfilados de metal; e
fabricao de produtos de carne.
547
comrcio atacadista e varejista de pescado que merecem maior ateno, buscando articular
melhor a competitividade de todo o segmento pesqueiro a regio leste da Baa de Guanabara
(o que inclui So Gonalo e Maric).
So Gonalo

existente, particularmente incentivo a consolidao de seu Cluster Naval e Offshore e
desenvolver em seu interior um plo com reaes em cadeia mais efetivas.
Particularmente, destaca-se oportunidades para o desenvolvimento de um parque
produtor de navipeas e equipamentos que j tenha escala o mercado nacional.
Destaca-se a importncia de incentivar a expanso da indstria farmacutica junto ao
incentivo a maiores encadeamentos em termos regionais. Alm disso, cabe ser
fortalecida sua produo de Transformados Plsticos ao associ-la com o maior
desenvolvimento da atividade logstica. Inclusive preciso desenvolver a logstica de
retroporto a partir da estrutura porturia em construo. Deve-se ainda estimular a
maior competitividade de suas indstrias voltadas para cadeia da Construo Civil e
para Vesturios e Acessrios, bem como das atividades relacionadas pesca.
Trata-se de uma parcela do espao de espraiamento imediato tanto do Complexo Metal-

Mecnico quanto do Complexo Qumico-Farmacutico. Enquanto parcela do espao de
espraiamento imediato do Complexo Metal-Mecnico, chama ateno a oportunidade de
aproveitar os principais rebatimentos do desenvolvimento da cadeia naval e offshore. Afinal, j
possui uma concentrao em diversos segmentos metal-mecnicos associados, sendo preciso
incentivar sua maior capacitao para passar a produzir navipeas e equipamentos que j
tenha escala o mercado nacional. Recomenda-se que esses incentivos estejam articuladas
com uma poltica de coordenao voltada para o desenvolvimento de uma rede de
fornecedores em termos regionais.
Enquanto, parcela do espao de espraiamento imediato do Complexo Qumico-Farmacutico

chama ateno as atividades na indstria farmacutica. Contudo, em grande medida esto
insuladas, sem possurem encadeamentos regionais significativos. Nesse ponto, recomenda-
se polticas de coordenao voltadas para maior articulao tanto com o futuro plo
petroqumico de Itabora, como tambm com o plo petroqumico de Duque de Caxias e o
Complexo da Sade (rea de Estudo 2). Cabe ressaltar a importncia de Mag servir
548
logisticamente de espao de articulao para facilitar sinergias com as atividades na rea de
Estudo 2.
Segundo P4 e P5 do PDES, destaca-se uma produo no desprezvel de plsticos para

embalagens. Nesse sentido, com a expanso da atividade petroqumica, aumentam as
oportunidades para Transformados Plsticos em So Gonalo. Recomenda-se que seja
incentivada a atividade buscando associ-la a atividade de logstica. Cabe lembrar que
cruzado pela BR-101 atravs da qual pode acessar o Arco Metropolitano. Ademais, sua
posio vem se tornando estratgica para a logstica com os projetos da Petrobrs no
municpio: a construo da Central de Escoamento de Produtos Lquidos do prprio
COMPERJ, e montagem de uma estrutura porturia (Praia da Beira, Itaoca) para transporte de
grandes equipamentos com a abertura de uma estrada com acesso direto ao empreendimento.
Cabe ressaltar que, alm da logstica entre parques produtivos, dever ser estimulada a
logstica de retroporto em conjunto com o desenvolvimento dos servios porturios no terminal
em implantao. Nesse ponto, observa-se as potencialidade que essa estrutura porturia
permite para o maior desenvolvimento do Distrito de Guaxindiba.
Cabe ressalvar que So Gonalo possui densidade populacional elevada, com grave problema
de ocupao desordenada do territrio e com poucas reas disponveis para expanso
industrial (maior exceo se refere ao projeto de distrito em Guaxindiba). Diante disso,
fundamental investimentos em infraestrutura urbana e buscar dotar de maior competitividade a
produes j existentes. Alm daquelas destacada anteriormente, chama ainda ateno uma
concentrao em na fabricao de cermica vermelha para tijolos e telhas (atividade integrante
da cadeia da Construo Civil), no setor de Vesturio e Acessrios e na fabricao de
produtos de pescado. Recomenda-se poltica que incentivem o fortalecimento dessas
atividades31.
31
Com base em dados da RAIS/MTE para 2008, P4 e P5 do PDES tambm chama ateno para as seguintes
atividades:fabricao de refrigerantes e de outras bebidas no alcolicas; fabricao de produtos de papel; fabricao de
esquadrias de metal, caldeiraria pesada e comrcio atacadista de sucatas metlicas; e fabricao de tintas e vernizes.
549
Tangu

oportunidades em logstica e produo de plsticos. preciso o enfrentamento de
srios desafios de infraestrutura urbana. Alm disso, deve ser estimulado o turismo
rural e incentivar uma agroindstria com base na citricultura local (especificamente,
indstrias de suco de laranja concentrado e congelado).
Trata-se de uma parcela do espao de espraiamento imediato do Complexo Qumico-

Farmacutico e uma parcela do espao de espraiamento no imediato do Complexo Metal-
Mecnico. Ressalta-se a possibilidade de se desenvolver a atividade de logstica em apoio ao
COMPERJ. Entre suas vantagens, ganha destaque ser cortado pela BR-101 e possuir reas
disponveis para ocupao. Quanto a esse ltimo aspecto, fundamental a realizao de
investimentos de infraestrutura urbana.
preciso chamar ateno que Tangu se torna uma posio estratgica com a reestruturao
da linha litornea da FCA, pois teria o primeiro terminal de acesso a Regio Metropolitana no
seu extremo leste. Com a criao de ptios reguladores a atividade logstica ganharia fora a
medida que a rea de Estudo 3 integrasse a regio de influncia do Porto de Au em So Joo
da Barra (Norte Fluminense). Para isso, fundamental uma poltica de coordenao que
busque estimular a unificao do Complexo Metal-Mecnico nucleado por Niteri com aquele
nucleado por Maca na Regio Norte Fluminense.
Em termos de aglomeraes econmicas, chama ateno a citricultura, basicamente voltada

para a produo de laranja32. Por conseguinte, merece haver polticas que visem aumentar sua
competitividade, particularmente, atravs do estmulo a encadeamentos para indstrias de
suco de laranja concentrado e congelado. Da mesma forma, recomenda-se que se apie o
desenvolvimento do turismo rural.
32
Com base em dados da RAIS/MTE para 2008, P4 e P5 do PDES tambm chama ateno para fabricao de produtos de papel,
550
Cachoeira de Macacu

oportunidades no ecoturismo. Alm disso, deve ser estimulado maior competitividade de
sua agricultura incentivando a formao de uma agroindstria associada. No se
descarta os impactos do COMPERJ para atrao de algumas empresas em sua
fronteira (vizinha ao empreendimento). Requer importantes investimentos em
infraestrutura para melhor sua capacidade de escoamento da produo.
Trata-se de uma parcela do espao de espraiamento no imediato tanto do Complexo

Qumico-Farmacutico quanto do Complexo Metal-Mecnico. preciso construir amenidades
e sustentabilidade ambiental a fim de estimular o desenvolvimento de ecoturismo (para
maiores detalhes ver seo 2.4). A final, seu territrio envolve reas importantes para
conservao ambiental. Vale lembrar que parte significativa do municpio uma rea de
preservao ambiental da Mata Atlntica, passvel de ser melhor explorada. Alm disso, a fim
de aproveitar vantagens j existentes, cabe incentivar um indstria de Alimentos e Bebidas
com base na produo agrcola local (em especial, beneficiamento de goiaba com produo de
gelias e conservas) e em suas vantagens para atividades intensivas em uso de gua (oferta
de gua expressiva).
Destaca-se que sua proximidade com o COMPERJ um fator competitivo importante, porm
considera-se que, a princpio, seja circunscrito a vizinhana do empreendimento. Afinal,
apensar de ser um municpio com baixa densidade populacional, tem poucas reas
disponibilizadas para novas ocupaes econmicas e cortado por gasodutos e linhas de
distribuio de energia. Alm disso, fundamental a realizao de investimentos para superar
sua falta de infraestrutura para melhor escoamento da produo.
Guapimirim
A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de aproveitar melhor

outras oportunidades que aquelas oferecidas pela indstria produtora de papel (com
considervel passivo ambiental). Destaca-se seu potencial para o ecoturismo e
atividades residenciais.
551
Qumico-Farmacutico quanto do Complexo Metal-Mecnico. preciso construir amenidades
e sustentabilidade ambiental a fim de estimular o desenvolvimento de ecoturismo (para
maiores detalhes ver seo 2.4). A final, seu territrio envolve reas de manguezal e reas
importantes para conservao ambiental.
Destaca-se que sua proximidade com o COMPERJ um fator competitivo importante, porm
considera-se que, inicialmente, sem grandes efeitos multiplicadores. Afinal, sua principal via
para expanso econmica ainda a RJ-122, na qual se encontras as principais reas livres
disponibilizadas. Destaca-se que a RJ-122 tem entroncamento com o Arco Metropolitano em
Mag. Isso demonstra a importncia de articular Mag no s ao desenvolvimento da rea de
Estudo 2, mas tambm a rea de Estudo 3.
Maric
A questo-chave dinamizar o perfil j existente voltado para o turismo nutico-

ocenico. Destaca-se seu potencial em prestao de servios locais e atividades
residenciais, ambas sustentadas pelo efeito multiplicador da renda urbana em termos
regionais. Alm disso, deve estimular a maior competitividade das atividades
relacionadas pesca. Merece ser mais discutida as possibilidades reais em segmentos
metal-mecnicos.

Qumico-Farmacutico quanto do Complexo Metal-Mecnico. preciso construir amenidades e
sustentabilidade ambiental, j que possui reas importantes para preservao ambiental.
Segundo P5, P6 e P7 do AAE, observa-se ecossistemas conservados, porm ainda
desprotegidos, particularmente ao redor de suas lagoas. Nesse sentido, torna-se fundamental
srios investimentos na despoluio das guas e em infraestrutura urbana (em especial,
saneamento), evitando uma ocupao desordenada do territrio. Alm disso, destaca-se a
importncia de desenvolver turismo nutico-ocenico (para maiores detalhes ver seo 2.4),
bem como incentivar sua indstria de produtos de pescado.
A princpio, sua capacidade de alavancar uma profunda alterao de seu perfil econmico
merece ser mais discutida. Nesse ponto, a maior explorao do aeroporto municipal um fator
relevante. Contudo, considera-se o projeto do Plo Naval de Jacon (que inclui a construo
552
de um estaleiro) ainda carecendo de melhor avaliao de sua viabilidade efetiva. Afinal, uma
rea particular (pertence ao grupo Brokefields e Braskan) que depende de ser negociada, e o
investimento para a adequao das condies martimas considervel por no se encontrar
em guas abrigadas. Caso esse projeto seja executado (Grupo Mendes Jnior e Grupo Restis
demonstraram interesse) somando ainda a possvel construo de uma fbrica de turbinas e
motores de navios (projeto da Daihatsu), Maric tenderia a se beneficiar mais diretamente dos
efeitos multiplicadores do Complexo Metal-Mecnico na rea de Estudo 3.
4.3.5. Potencial turstico na rea de Influncia do Arco Metropolitano

Com base nas informaes obtidas em visitas realizadas aos municpios da regio de
influncia do Arco Metropolitano, possvel observar algumas potencialidades (ou mesmo
aptides) tursticas, necessariamente mal exploradas, e que dependem de uma poltica
integrada de desenvolvimento.
Alm do fato de ser um grande gerador de emprego, renda e de lazer, na maioria das vezes
sustentvel do ponto de vista ambiental, o turismo traz consigo, como caracterstica principal, o
aumento da auto-estima do local ou regio de influncia. Nesse sentido, o desenvolvimento do
turismo deve ser entendido como uma questo fundamental para a regio de influncia do Arco
Metropolitano.
Ocorre que, para o aproveitamento pleno dessas vantagens, fundamental que se discuta a
gerao de produtos e o aprimoramento de estratgias, dando especial ateno equalizao
do dficit de infraestrutura observado. de suma importncia, portanto, que a gesto pblica
tenha papel destacado no fortalecimento do turismo, criando condies bsicas para o
surgimento, manuteno e potencializao de atrativos existentes.
Chama ateno questes referentes aos municpios de Mangaratiba, Nova Iguau, Guapimirim,
Cachoeiras de Macacu, Maric e Niteri, e, em menor grau, os municpios de Mag, Mesquita
e Tangu.
Mangaratiba
Est na zona de influncia direta dos empreendimentos da parte sul da rea de Estudo 1,
embora no se beneficie com a possibilidade de instalao de empreendimentos industriais.
553
um Municpio que conta com uma srie de belezas naturais, com 120 praias, 15 ilhas e 54 km
de orla, alm de encostas de serras com extensas reas verdes e de proteo ambiental. Vale
destacar, ainda, que justamente l o principal meio de acesso Ilha Grande, famosa e muito
procurada pelos turistas por sua beleza exuberante.
Em outras palavras, o turismo em Mangaratiba tem grande potencial de expanso para a

explorao ecolgica das praias e do oceano, bem como o aproveitamento do Parque Estadual
do Cunhambembe e dos demais parques ecolgicos do Municpio, oferecendo, inclusive,
mltiplas opes de lazer para o prprio cidado.
Nesse ponto, vale destacar que a dinmica esperada para a regio nos prximos anos
fortalece Mangaratiba como opo de moradia, pois oferece plenas condies de receber o
trabalhador da rea de Estudo 1.
Sob a hiptese de haver melhoria significativa de infraestrutura e de servios sociais bsicos,

que atualmente so precrios, espera-se que Mangaratiba passe a oferecer condies,
tambm, para que cidados de terceira idade optem por morar no Municpio.
Nova Iguau
O principal potencial turstico de Nova Iguau est ligado Reserva Biolgica do Tingu, uma
extensa rea de Mata Atlntica ainda preservada e com importante componente histrico-
cultural. H, tambm, a Serra do Vulco, no Macio do Mendanha, no limite com o municpio
vizinho de Mesquita, outra importante rea verde onde j funciona o Parque Municipal de Nova
Iguau que, embora tenha esse nome, de administrao conjunta. Destaca-se, ainda, que,
somadas, as reas verdes chegam a um tero do territrio municipal.
A Reserva Biolgica do Tingu possui interessantes recursos naturais, como rios e matas
preservadas, que favorece o turismo ecolgico, como visitao controlada, trilhas e
caminhadas. No que se refere ao turismo histrico-cultural, a rea onde se localiza a reserva
possui stios arqueolgicos, igrejas histricas e construes seculares que tm potencial
sensvel de explorao. Entre elas, destacam-se: o Iguau Velho, primeira sede do Municpio; a
Igreja matriz de Nossa Senhora da Piedade, construo do sculo XVII; o cemitrio de Nossa
Senhora do Rosrio, de 1875; o Porto do Iguau, um porto fluvial onde a produo agrcola da
regio e o ouro eram embarcados; a Estrada Real do Comrcio, utilizada para escoamento do
554
caf produzido no mdio vale do Paraba do Sul no sculo XIX; e a Fazenda So Bernardino,
do sculo XVIII.
O Macio do Mendanha, onde se localiza o Parque Municipal de Nova Iguau, utilizado,

principalmente, para a prtica do vo livre. O acesso ao Parque, uma das poucas opes de
lazer na regio, no entanto, feito pelo municpio de Mesquita e precrio, alm de oferecer
pouca segurana.
O territrio de Nova Iguau conta, ainda, com diversas igrejas e capelas seculares, de
importncia destacada nos diversos ciclos econmicos do pas (ouro e caf, principalmente),
que deve ser observado, de maneira complementar, utilizao da reserva do Tingu para o
turismo histrico-cultural.
Guapimirim
Guapimirim rea de influncia direta dos investimentos estruturantes da rea 3 e possui 70%
de seu territrio em rea de proteo ambiental, alm de uma rea verde com participao
ainda maior. Dessa forma, o potencial turstico do Municpio baseado, principalmente, na
explorao do ecoturismo nas suas cinco reas de proteo ambiental e trs parques.
No Parque da Serra dos rgos, criado em 1839, se localiza o Dedo de Deus, um dos
principais pontos tursticos da regio, observvel do Mirante do Soberbo, na divisa com
Terespolis. O Parque j oferece infraestrutura para caminhadas, escaladas e trilhas
ecolgicas, atividades amplamente exercidas na regio.
Outro destaque so as cachoeiras, abundantes no Municpio, com destaque para as quedas

dgua do Rio Soberbo, a cachoeira do Vu da Noiva e as cachoeiras do Parque da Serra da
Caneca Fina.
O Parque Estadual dos Trs Picos, que abrange os municpios de Guapimirim, Cachoeiras de
Macacu, Nova Friburgo e Terespolis, tambm um importante ponto de potencial turstico
pouco aproveitado onde, inclusive, j se cogita criar uma Zona Especial de Turismo no
contexto da Serra Verde Imperial.
555
Destaca-se, ainda, que Guapimirim possui uma imensa rea de manguezais, de rara beleza,
com centenas de espcies de animais, com potencial para o ecoturismo aos moldes, e
guardadas as devidas propores, do realizado no Pantanal.
Outro ponto relevante a distncia do Municpio para o COMPERJ, de apenas oito

quilmetros, que poder transformar Guapimirim numa importante opo de moradia para os
trabalhadores da regio. A infraestrutura do local, principalmente de gua e esgoto, no entanto,
ainda no oferece condies de receber uma ampliao significativa no contingente
populacional.
Cachoeiras de Macacu possui potencial praticamente inexplorado para o ecoturismo. Cerca de

65% do municpio representam uma rea preservada de Mata Atlntica, com fontes de gua
doce, belezas naturais e mais de setenta cachoeiras, oferecendo opes de prtica de
esportes de aventura, caminhadas e trilhas ecolgicas. H, no entanto, poucas opes de
hotis, pousadas e circuitos bem definidos, embora a gesto pblica local tenha empreendido
algum esforo na divulgao do turismo no Municpio.
Nesse sentido, inclusive, h a previso de criao de uma Zona Especial de Turismo na regio
do Parque dos Trs Picos, que abrande outros municpios vizinhos, no contexto da Serra Verde
Imperial. H, tambm, um projeto de criao de um parque industrial verde, ou Eco Parque,
onde se instalariam empresas pouco poluentes, que dividiriam espaos com empreendimentos
voltados para a explorao do turismo, tanto na prestao de servios de hospedagem, quanto
na produo de artefatos diversos voltados para o mercado consumidor gerado pelo aumento
do turismo.
Cachoeiras de Macacu, embora tenha boa parte de seu territrio ocupado por pequenos
sitiantes, tambm pode vir a se transformar numa alternativa de moradia fixa para os
trabalhadores da regio, especialmente os do COMPERJ, uma vez que este se localiza na
fronteira com Itabora, dividido, apenas, pelo Rio Macacu.
Assim como Guapimirim e demais municpios da regio, h necessidade de considerveis

investimentos em infraestrutura, dado o passivo acumulado. Cachoeiras de Macacu, embora
556
tenha abundncia de gua nos rios e nascentes, tem deficincias na distribuio de gua e,
consequentemente, no esgotamento sanitrio.
Maric
Maric zona de influncia indireta dos projetos estruturantes da rea de planejamento 3. O

Municpio j vem sendo alvo de sensvel especulao imobiliria, com o transbordamento da
presso por moradia na fronteira com Niteri, at mesmo por conta da oferta de terrenos de
mais baixo custo.
H, no local, diversas praias ocenicas, algumas de difcil uso turstico, exceto para o surf, para
esportes de aventura e turismo nutico. Entretanto, Maric possui a particularidade de ter,
ocupando um percentual considervel do territrio municipal, lagoas com potencial para
explorao.
So, ao todo, cinco lagoas de grandes propores, cada qual com suas particularidades,
porm com grau de poluio preocupante, dado que boa parte da populao est instalada no
entorno dessas lagoas, mas apenas 3% do Municpio possui rede de coleta de esgotos. Em
suma, a explorao plena do turismo no local depende, necessariamente, de um programa
bem estruturado de despoluio das lagoas, especialmente a Lagoa de Maric.
Destaca-se, tambm, a presena de uma das ltimas reas de restinga preservadas na regio
de influncia do Arco Metropolitano, reserva biolgica e banco de sementes importante, que
tambm pode ser explorado para o turismo ecolgico, com caminhadas e passeios dirigidos ao
local.
Essas belezas naturais e a abundncia de reas para abrigar construes de luxo, j

despertaram o interesse de grandes redes hoteleiras, em especial os resorts, e alguns j
procuraram se instalar na regio. O ltimo grande empreendimento a tentar a instalao foi
uma empresa espanhola, que pretendia construir um resort de grandes propores, sem, no
entanto, obter xito.
Outro fator que contribui com o desenvolvimento da atividade turstica reside no fato de que
Maric possui, ainda, um aeroporto com uma pista com mais de mil metros, autorizado para
pousos e decolagens de pequenas aeronaves, e um heliporto com toda a infraestrutura
instalada. A presena do aeroporto e do heliporto, somado ao crescimento imobilirio e ao
557
interesse de grandes construtoras e redes hoteleiras, pode gerar uma mudana no perfil do
turismo na regio.
Alm disso, Maric poder se transformar, no futuro, numa clara opo de moradia para o
COMPERJ, dado a questo aeroporturia e a qualidade das habitaes em construo, desde
que seja feito um esforo para cobrir o dficit de infraestrutura, principalmente na
pavimentao, distribuio de gua e coleta de esgotos.
Niteri
Cercado de praias de beleza exuberante, Niteri tem um potencial baseado, principalmente, na

explorao do turismo ocenico. So cerca de 11 km de litoral, entre praias de baa e praias
ocenicas, freqentadas , especialmente, por turistas de municpios vizinhos, alm de parques,
reservas, fortes, monumentos histricos e o Museu de Arte Contempornea (MAC).
Entre os destaques esto: a praia de Icara, onde so realizados boa parte dos eventos
promovidos em Niteri; Itacoatiara, praia na regio ocenica que possui guas azuis e
vegetao preservada, com potencial de explorao para esportes radicais como o surf; Itaipu,
tambm na regio ocenica e que, pela sua conformao rochosa, apresenta guas calmas,
alm de comrcio que cresceu em torno da vila de pescadores existente no local; e
Camboinhas, extenso de Itaipu, um recanto bastante procurado por velejadores.
Alm disso, a cidade foi, durante dcadas, fortificao militar utilizada na proteo da
Baa de Guanabara, o que lhe rendeu uma herana histrica de instalaes militares, como os
fortes de Imbu e Baro do Rio Branco, de 1567; a Fortaleza de Santa Cruz, utilizada como
fortaleza a partir de 1612; Forte do Pico ou So Luiz, 1715; e o Forte do Gragoat, construdo
no incio do sculo XVIII. Todos os forte esto, atualmente, abertos visitao turstica.
A regio ocenica guarda, ainda, belezas naturais com potencial para o turismo nutico e o
ecoturismo, como as Lagunas de Itaipu, em rea de preservao ambiental, onde se pratica
windsurf e Jet-ski; e a Laguna de Piratininga, tambm em rea de preservao ambiental, onde
se observa a navegao de pequenas embarcaes e Jet-skis.
Completando a ligao entre o mar e a natureza preservada, h, ainda, parques e reservas

abertos visitao. Nesse sentido, destaca-se o Parque da Cidade, uma reserva biolgica e
florestal que fica a uma altitude de 270 metros, que permite viso panormica de toda a cidade,
558
inclusive das praias da regio ocenica do municpio, e onde se encontra uma rampa de vo
livre.
Por fim, a orla do Municpio na regio do centro conta com o Caminho Niemayer, um conjunto
de construes projetadas pelo arquiteto que culmina no Mirante da Boa Viagem, onde est o
Museu de Arte Contempornea.
Casos especiais: Mag, Mesquita e Tangu
Mag, Mesquita e Tangu se enquadram em casos especiais, pois possuem potencial turstico
que poder ser explorado em comunho com o fortalecimento do turismo em municpios
vizinhos. Novamente, fundamental que se avalie o desenvolvimento de potencial e integrado
de determinada regio, observando que existe, quase sempre, algum grau de similaridade (e
porque no de complementaridade) nas atividades tursticas que precisam ser associadas.
Mag possui grau de complementaridade alto ao turismo praticado em Guapimirim, dado que
possui uma considervel rea verde nas divisas com aquele Municpio e na divisa com
Petrpolis, que guardam, alm de belezas naturais, algumas construes seculares, como a
primeira estrada de ferro do pas. No seria justo, portanto, pensar em desenvolver o turismo
na chamada Serra Verde Imperial, sem que se observe que Mag parte integrante desse
contexto, embora tenha um dficit de infraestrutura e servios sociais que o deixa aqum dos
demais municpios da regio. O fomento ao turismo integrado pode reverter o isolamento
histrico de Mag, trazendo-o para uma nova realidade de auto-estima ampliada.
Mesquita um Municpio que possui mais de 50% de seu territrio dentro de uma rea de
proteo ambiental, que , justamente, a Serra do Mendanha, onde se localizam o Parque
Municipal de Nova Iguau, de administrao conjunta entre Mesquita e Nova Iguau, e onde se
pratica, de forma desorganizada, o turismo ecolgico e o turismo de aventura, como o vo livre.
Tangu sempre esteve sua histria ligada ao do Municpio vizinho de Itabora, que foi, durante
boa parte do ltimo sculo, um grande produtor de laranja. Tangu herdou, portanto, fazendas
de laranja e grandes plantaes. Nesse sentido, j existe, tanto em projeto quanto em incio de
explorao, o desejo de consolidar o turismo rural, com a visitao nas plantaes e fazendas
presentes no Municpio, que seria chamado de circuito da laranja, onde o visitante passaria o
dia conhecendo a histria da plantao de ctricos no Estado, visitando casarios histricos e
consumindo os derivados da laranja, como doces em compotas, produzidos na regio.
559
4.3.6. Condies de Vida
Espera-se que a criao de um nmero significativo de empregos na regio repercuta sobre a
demanda de habitao, dados os dficits habitacionais existentes na RMRJ.
Da mesma forma, estima-se uma presso maior sobre a infraestrutura de educao disponvel
e sobre os nveis de qualidade de ensino, sendo relevante registrar que o problema
educacional na regio envolve aspectos significativos de qualidade do ensino bsico, no se
restringindo aos aspectos quantitativos da questo, como, por exemplo, as taxas de repetncia,
reingressos e evases.
Outro segmento que sofrer presses so os servios de sade, principalmente quanto ao

nmero de unidades hospitalares disponveis, indicando a necessidade da adoo de medidas
estratgicas objetivando o aumento da oferta desses recursos e a garantia, em tempo
oportuno, de atendimento eficiente e abrangente populao.
Tambm so antevistos riscos de aumento dos nveis de violncia urbana, caso se

intensifiquem processos de favelizao e de ocupaes subnormais na regio, gerando novos
focos de concentrao de pobreza.
Os servios de saneamento ambiental gua, esgoto, drenagem urbana e resduos slidos

tambm devero sofrer aumento das demandas, em decorrncia do aporte de populao ou
mesmo mudana espacial de concentraes populacionais, e em virtude da implantao de
grandes empreendimentos industriais.
A questo do abastecimento de gua pode se tornar crtica em alguns municpios da Baixada

Fluminense, em que os nveis de cobertura dos servios ainda so baixos, tais como em
Mesquita e Nova Iguau.
Em Paracambi, a CEDAE abastece cerca de 80% da populao; em Seropdica, informaes

colhidas no municpio referem problemas com a qualidade da gua fornecida pela CEDAE. No
municpio de Itagua, que dever receber um montante significativo de novos investimentos,
informaes locais do conta de que apenas 30% da populao abastecida pelos sistemas
da CEDAE.
560
Quanto coleta e tratamento de esgotos, a situao ainda mais grave, pois o nvel de
cobertura dos servios muito baixo, repercutindo negativamente na qualidade da gua da
rede de drenagem e mesmo de mananciais de abastecimento pblico.
5.4. Governana
As Prefeituras Municipais da regio, com destaque aos municpios que recebero os
investimentos Objeto AAE e queles que se apresentam com maior potencial para absorver a
expanso da capacidade (Ncleo Potencial Referncia) produtiva e da populao, como
Itagua, Seropdica, Queimados, Nova Iguau, Duque de Caxias e Itabora, sero
pressionadas pelo aporte de novas receitas e pelas demandas dos servios das reas de
sade, habitao e educao.
Embora os arqutipos de governana municipal, discutidos no Produto 2, tenham sido

considerados com um dos critrios de seleo desses municpios, justamente por identificarem
aqueles com as maiores fragilidades de gesto financeira ou com melhor potencial de
governana, nem todos apresentam performance suficiente para dar conta das novas
demandas antevistas.
Diante das novas dinmicas e desafios na regio, os instrumentos de gesto municipal podem
se tornar obsoletos e ineficazes, como, por exemplo, os Planos Diretores Municipais que foram
elaborados sem considerar a implantao do Arco Metropolitano, tal como ocorre com o
municpio de Seropdica, que, conforme indicado anteriormente, muito provavelmente sofrer
um estrangulamento de sua rea urbana.
Em alguns municpios, as reas urbanas podero sofrer um aumento da densidade

populacional Itagua, Duque de Caxias, Nova Iguau, Seropdica, Queimados e em outros,
poder haver a expanso da ocupao de novas reas, como o caso de Itabora, Japeri,
Paracambi e Rio Bonito.
561
6. SISTEMA DE INDICADORES E MODELO DE GESTO
6.1 Apresentao
Este captulo apresenta os produtos 2,3,4 e 5 do Componente 4 - Sistema de Indicadores e
Modelo de Gesto do Plano Diretor Estratgico de Desenvolvimento Sustentvel da Meso-Regio
do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, que adiante ser denominado apenas por Plano Diretor.
Sua elaborao atende especificaes do Contrato 040/2008 entre o Governo do Estado do Rio
de Janeiro e o Consrcio Tecnosolo e ARCADIS Tetraplan, conforme solicitao de Propostas
SDP N 01/08 da Unidade de Gerenciamento de Programas UGP, seguindo as indicaes do
Termo de Referncia - TR, e do Plano de Trabalho (Produto 1) deste Plano Diretor, abordando
especificamente os escopos que tratam sobre a construo do Sistema de Indicadores e do
Modelo de Gesto.
Observando ao que foi previsto no Plano de Trabalho, neste captulo so apresentados os

produtos 2 a 5 do Componente 4, que especificamente abordam as seguintes atividades:
apresentao da estrutura fsica e conceitual do modelo do Sistema de Indicadores e as fases da
formao do Sistema de Indicadores; Uma levantamento dos conceitos e antecedentes do
processo de gesto metropolitana, acompanhado de levantamento dos modelos de arranjos
institucionais para a gesto metropolitana no Brasil, e uma reviso histrica do processo de
gesto da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) e uma proposta de um arranjo
institucional para a Gesto Metropolitana.
Ampliando as funes inicialmente previstas, o Componente 4 desenvolver um papel integrador

dos estudos e diretrizes propostas nos componentes anteriores, onde ser formado um sistema
gerenciador de banco de dados georreferenciado das informaes levantadas e produzida no
desenvolvimento dos estudos deste Plano Diretor.
Os dados utilizados para a formao do banco de dados do Sistema de Indicadores

Metropolitanos foram obtidos de duas fontes bsicas: (i) dos demais componentes que compem
este Plano Diretor, em especial do Componente 1 Avaliao Ambiental Estratgica,
Componente 2 Poltica de Desenvolvimento Urbano, e Componente 3 Poltica de
Desenvolvimento Econmico e Social; e (ii) das reunies e levantamentos realizados junto aos
municpios que compem a rea de abrangncia do Arco Metropolitano, no mbito da Avaliao
Municipal Participativa. A Avaliao Municipal Participativa foi um componente desenvolvido de
forma complementar aos seis componentes previstos, com o objetivo de buscar a insero dos
562
municpios na discusso da questo metropolitana e no processo de elaborao do Plano Diretor.
Possibilitando captar as oportunidades e fragilidades locais frente ao novo cenrio regional,
identificando suas principais demandas. Alm dessas duas fontes bsicas de dados, foram
realizados levantamentos complementares para completar a base de dados necessria para a
produo dos indicadores metropolitanos.
Entende-se que o Sistema de Indicadores ser uma ferramenta ancora para a divulgao e
monitoramento dos resultados na busca para o desenvolvimento sustentvel da regio abrangida
pelo Arco Metropolitano. O sistema servir de suporte para o monitoramento da carteira de aes
temticas sugeridas pelos estudos, possibilitando a tomada de deciso, visando corrigir os rumo
das polticas regionais e planejamentos territoriais, atravs de uma gesto integrada da regio do
Arco Metropolitano.
Para a construo do modelo de gesto do Plano Diretor Estratgico de Desenvolvimento

Sustentvel da Meso Regio do Arco Metropolitano foram revistos os conceitos de: Regio
Metropolitana e sua legislao especfica; Os contextos regionais e locais das caractersticas
deste territrio, abordando sua estrutura organizacional e funcional; Quais os tipos de arranjos
institucionais para a Gesto Metropolitana; Quais os instrumentos, e mecanismos legais e
administrativos atribudos as Regies Metropolitanas. Neste produto sero abordados os temas
acima citados de forma a construir um panorama geral, o qual servir de base para a elaborao
do modelo adotado por este Plano Diretor, o qual ser definido nos prximos produtos deste
componente.
O captulo est estruturado em seis sees, incluindo esta apresentao. A segunda seo
aborda o tema da Gesto Metropolitana e seus modelos. Nesta seo so abordados o conceito e
os antecedentes histricos da Gesto Metropolitana no Brasil. Ainda nesta seo esta uma
reviso sobre os modelos de arranjos institucionais para a Gesto Metropolitana adotados no
Brasil. A seguir apresenta-se um levantamento da legislao especfica sobre Regies
Metropolitanas e uma apresentao das regies metropolitanas Brasileiras e da Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro. Na terceira seo so vistos: os passos para a seleo de
indicadores, uma metodologia de classificao em nveis hierrquicos dos indicadores, a
apresentao do modelo conceitual DPSIR de estrutura sistmica de monitoramento e inter-
relao dos indicadores e a primeira fase da formao dos indicadores metropolitanos. Na quarta
seo apresentada a estrutura conceitual e lgica do funcionamento e montagem do banco de
dados espacial e dos indicadores metropolitanos, estruturado para ser utilizado em conjunto com
um sistema via web com a possibilidade de usar o banco com um sistema de informaes
563
geogrficas (SIG). Na quinta seo exposto a estrutura analtica de todos os dados e
indicadores utilizados para a construo do sistema de indicadores do Plano Diretor do Arco
Metropolitano, considerando os dados obtidos e gerados em todos os componentes do Plano
Diretor, assim como as informaes estruturadas das reunies municipais participativas. A sexta e
ultima seo contem um o levantamento das bibliografias utilizadas para a realizao deste
documento. Por final tem um apndice que contm o cdigo para criar o banco de dados.
564
6.2 Modelo de Gesto
A implantao do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro (Figura 6.1) e do conjunto de
empreendimentos de grande porte, na sua rea de abrangncia, promover oportunidades
estratgicas de desenvolvimento no Estado do Rio de Janeiro. Nesse sentido, essencial a
identificao dos diversos rebatimentos da decorrentes, e que acarretaro em forte impacto sobre
a dinmica ambiental, social, econmica e urbana dessa regio. Assim, a articulao e o equilbrio
entre as aes inerentes implantao dos empreendimentos permitiro o melhor aproveitamento
das oportunidades e o controle dos impactos sobre a populao e sobre o territrio.
Figura 6.1 - Mapa da rea de Influncia do Arco Metropolitano e o Traado do Arco Metropolitano
Sobre essa perspectiva fundamental a elaborao de um Modelo de Gesto e de um conjunto

de indicadores que permitam ao Governo do Estado o efetivo acompanhamento e avaliao das
aes pblicas e privadas desenvolvidas na regio.
De acordo com o Termo de Referncia o objetivo geral do componente Modelo de Gesto :

conceber um Modelo de Gesto Institucional envolvendo Governo Federal, Estadual e os
Municpios a ser coordenado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, com a participao dos
565
atores econmicos e sociais e agncias de fomento e desenvolvimento envolvidos ou atingidos
pelas dinmicas previstas, a partir da implantao do Arco Metropolitano. Tal modelo, centrado
em coordenao e colaborao e orientado para resultados, dever identificar competncias e
responsabilidade desenvolvidas, linhas de ao, polticas, processos e projetos de natureza
pblica e privada que, estrategicamente, propiciem o melhor desempenho em relao s
oportunidades e compensao dos riscos vinculados aos empreendimentos.
Para alcanar este objetivo e viabilizar um conjunto de intervenes congruentes e

complementares no desenvolvimento da regio de abrangncia do Arco Metropolitano, o
planejamento dever buscar um Modelo de Gesto capaz de incentivar a gesto compartilhada,
respeitando os limites de cada esfera de governo. Para atingir tal meta, de acordo com a poltica
nacional para reas metropolitanas, os principais desafios1 que se colocam so:
Aumentar a eficincia e a eficcia dos investimentos do Governo Federal, articulados com

as diretrizes dos Governos Estaduais e Municipais, em consonncia com os princpios de
autonomia e descentralizao.
Enfrentar o tema integrando regionalmente o planejamento urbano, a proviso de servios
pblicos e a promoo do desenvolvimento territorial, de forma a lidar com o
aprofundamento de problemas de excluso social, reestruturao produtiva, degradao
do meio ambiente e mobilidade urbana. Estabelecendo um novo marco de ao e
cooperao intermunicipal, integrando as aes e investimentos situados em distintos
setores e escalas de governo.
Viabilizar a participao da comunidade em instncias regionais, para consolidar os planos
e intervenes propostas, incentivando a articulao com as aes locais.
O modelo de gesto a ser desenvolvido busca o aperfeioamento da gesto institucional com

participao social, treinamento e capacitao dos agentes institucionais, identificando as devidas
1
Rolnik,R.Novas perspectivas para a gesto metropolitana, O papel do Governo Federal, Ministrio das Cidades, in
www.conferencia.cidades.pr.gov.br/download/documentos/desafio_da_gestao.pdf
566
competncias e responsabilidades. Os diversos municpios envolvidos, e demais atores da
administrao pblica direta e indireta, bem como instituies privadas e entidades civis de
representao devero participar de um conjunto de aes, coordenadas pelo Governo do Estado
do Rio de Janeiro, planejadas e orientadas de modo a viabilizar o interesse regional.
A implantao desse modelo de gesto dever dirigir as intervenes projetadas a nvel local e
regional, de modo a esclarecer a congruncia dos objetivos comuns, explorando efeitos sinrgicos
positivos e compensando deficincias entre os municpios envolvidos. Para isso, de acordo com o
Termo de Referncia, o Modelo de Gesto dever atender aos seguintes propsitos:
Buscar comprometer os rgos pblicos de todas as esferas e as empresas privadas que

atuem na regio com os objetivos definidos no Plano Diretor;
Criar instrumentos que induzam fiscalizao, ao disciplinamento e ao controle da
ocupao do solo e uso dos recursos da regio;
Gerenciar as aes propostas no Plano Diretor;
Verificar a necessidade de adequao dos Planos Diretores Municipais existentes, de
forma a viabilizar as propostas regionais do Plano Diretor do Arco Metropolitano;
Monitorar todos os projetos e intervenes na regio, com a finalidade de maximizar os
seus efeitos positivos e compensar impactos negativos decorrentes de sua implantao;
Viabilizar a execuo dos projetos e intervenes com vistas a alcanar os resultados
almejados, a prevenir os impactos e a conduzir o desenvolvimento sustentvel da regio
ao cenrio desejado;
Manter e operar o sistema de monitoramento e avaliao;
Qualificar de gerentes para suprir a equipe responsvel pela gesto do Plano Diretor e
pelo desenvolvimento das aes.
Considerando que grande parte dos municpios que compe a regio de estudo, so integrantes
da regio metropolitana do estado do Rio de Janeiro (Lei Complementar N 133, de 15 de
Dezembro de 2009). O modelo de gesto a ser estudado dever se aproximar das caractersticas
de uma gesto metropolitana. Sendo este um dos aspectos gerais determinados pelo termo de
referncia para um modelo de gesto, que resulta no estabelecimento do desenho da gesto
metropolitana, arranjo institucional no qual o Estado reassume o seu papel constitucional de
organizao, harmonizao e integrao das aes, dentro de um contexto de responsabilidades
compartilhadas com a Unio e os Municpios. Desta forma, os objetivos e desafios a serem
alcanados pelo modelo de Governana Metropolitana a ser adotado para coordenar as aes
deste Plano Diretor vo alm daqueles definidos para atender as demandas deste Plano Diretor.
567
O entendimento da dinmica metropolitana, de seus problemas e de suas desigualdades
espaciais so estratgicos para viabilizar a concordncia das aes, programas e projetos
definidos pelo Plano Diretor e as demandas metropolitanas necessrias para o desenvolvimento
sustentvel e o ordenamento territorial da Regio.
6.2.1 Regies Metropolitanas: conceitos e antecedentes.

As Regies Metropolitanas se apresentam como grandes conurbaes urbanas, provocadas pela
expanso urbana de municpios vizinhos e pela comunicao econmico-social entre cidades
(Guimares, 2004).
Citando Eros Roberto Grau (1983), as Regies Metropolitanas, so definidas como: Conjunto
territorial intensamente urbanizado, com marcante densidade demogrfica, que constitui um plo
de atividade econmica, apresentando uma estrutura prpria definida por funes privadas e
fluxos peculiares, formando, em razo disso, uma mesma comunidade scio-econmica em que
as necessidades especficas somente podem ser de modo satisfatrio, atendidas atravs de
funes governamentais coordenadas e planejadamente exercitadas. Para o caso brasileiro,
admite-se que as Regies Metropolitanas so um conjunto, com tais caractersticas, implantado
sobre uma poro territorial dentro da qual se distinguem vrias jurisdies polticos territoriais
contguas e superpostas entre si Estados e Municpios.
As Regies Metropolitanas apresentam questes de ordem comum que esto relacionadas s

atividades exercidas em seus espaos urbanos, estas atividades tratadas em conjunto configuram
as funes urbanas metropolitanas. Estas atividades so regidas por sujeitos e produzem bens e
servios. Tanto os sujeitos, quanto os bens e servios se transferem de um municpio para o
outro, ultrapassando os limites territoriais dos municpios. Estes movimentos so viabilizados por
canais de comunicao entre as cidades, estes canais de comunicao configuram a rede de
infra-estrutura que viabiliza estes movimentos. Nas Regies Metropolitanas estes movimentos
configuram relaes entre os municpios atravs de uma rede interligada por suas infra-estruturas,
por onde se operam os fluxos de suas atividades (Grau, 1983 apud Guimares, 2004, p. 2.)
Neste contexto em que as relaes e a amplitude das vrias funes e fluxos estabelecidos em
todo o complexo urbano se expandem para alm dos limites municipais considerados, observa-se
emergir uma estrutura, a qual estas funes e fluxos estabelecidos exigem necessidade de
novos mecanismos comuns que integrem de forma organizada as funes urbanas, atravs de
redes de infra-estruturas interconectas e funcionais por onde ocorrem os fluxos de informaes,
pessoas, bens e servios entre as cidades (Guimares, 2004).
568
medida que as autoridades administrativas municipais no possuem as condies para atender
a expanso da demanda pelos servios pblicos, originada pela relao de trocas e fluxos entre
os grandes aglomerados urbanos, verifica-se o choque entre as estruturas municipais, agravado
pela multiplicidade dos centros de deciso poltico administrativo da regio. Deste fato, origina-se
a necessidade do surgimento de novos centros de decises administrativas e empresariais com o
foco em decises a nveis mais distantes daqueles ligados aos interesses exclusivamente locais.
(Guimares, op. cit.).
As externalidades e os problemas metropolitanos so de acordo com Guimares (2004), ...

conseqncia do crescimento acelerado e com indesejada normalidade no dia a dia das Regies
Metropolitanas, a escassez de servios sanitrios, deficincias de moradia e servios bsicos,
falta de segurana e degradao ambiental, alm da vulnerabilidade a acidentes e desastres
naturais. a cidade explodindo em si mesma, expandindo-se sem limites. Diante deste quadro
fica evidente que a Crise Urbana e o desafio Metropolitano so no Brasil objeto de interesse e
preocupao, o qual deve ser pensado como uma oportunidade de reverter este quadro de
deteriorao instalado e desenvolver e destacar as experincias de sucesso mais consistentes e
duradoras para os problemas identificados (Souza, 2010).
O processo de metropolizao se configura pelo expressivo adensamento populacional em razo

da dinmica da economia, da produo tcnica e do conhecimento, e da diversidade do trabalho,
mas tambm com a expanso fsica dessas aglomeraes em rea contnuas de ocupao. So
caractersticas comuns as regies metropolitanas a alta densidade populacional, concentrao de
atividades econmicas, volumosos fluxos de circulao de pessoas, mercadorias e servios, e
pela existncia de uma unidade principal, que se destaca pelo tamanho populacional e a
densidade econmica, desempenhando funes complexas e diversificadas e relacionando-se
com outros espaos urbanos no pas e no exterior (Observatrio das Metrpoles, 2009).
Nesse processo de metropolizao, as cidades latino-americanas observam o deslocamento de

indstrias e a instalao de servios na periferia: ao ampliar-se, a rea urbanizada ocupa novos
territrios em espaos por vezes de baixa densidade, com alto custo de deslocamento da
populao e de mercadorias e de oferta e manuteno de servios pblicos (Rojas 1993, p.35
apud Garson, 2007).
As metrpoles brasileiras so ao mesmo tempo uma escala fundamental das questes sociais
brasileiras e rfs do interesse pblico (Ribeiro, 2004, p. 23). Apesar de sua importncia, essas
reas no se constituem em territrios de desenvolvimento de polticas pblicas especficas. Isso
569
pe em relevo a discusso de ferramentas, mecanismos, instrumentos e ordenamentos para que
esses territrios sejam governveis, permitindo estruturar e implementar polticas pblicas e aes
coletivas para o seu desenvolvimento.
Com o intuito de sistematizar as discusses sobre os modelos de governana metropolitana, e

contribuir para a construo de mecanismos que viabilizem a governabilidade destes territrios
Lefvre (2005, pg. 200), diferencia os modelos de governana pela capacidade de dotar as reas
metropolitanas de ferramentas, mecanismos, instrumentos e ordenamento, em duas grandes
categorias de governana:
(i) A primeira categoria se produz a partir de uma autoridade pblica metropolitana,

podendo ser uma unidade de governo local ou um organismo metropolitano, formado
pela cooperao entre governos locais.
(ii) A segunda categoria de governana se d por meio de arranjos os quais no formam

novas unidades de governo, estes se formalizam atravs de procedimentos e
instrumentos especficos de cooperao, sem a presena de uma instituio de
governo metropolitana. A cooperao visa melhorar a coordenao de polticas em
diferentes setores e com sentido local. Os instrumentos referidos nesta categoria
compreendem aqueles especficos desenvolvidos para a coordenao de polticas e
cooperao entre os entes pblicos.
Modelos mais flexveis que o governo metropolitano, como a cooperao voluntria ganham
prestgio, por manter a autonomia dos governos locais. O governo do Estado funciona como
coordenador dos municpios. Os Estados dotaram suas regies metropolitanas de estruturas que
podiam incluir Conselhos Deliberativos, Conselhos Consultivos, rgos estaduais especficos,
ainda que no apenas voltados para a problemtica metropolitana. Grupos grandes e
heterogneos dificilmente cooperaro de forma voluntria, requerendo incentivos seletivos que os
estimulem a agir de forma coordenada.
Antes mesmo da definio das bases jurdicas das Regies Metropolitanas no Brasil, j existiam
experincias embrionrias de administraes metropolitanas. O quadro abaixo resume o
levantamento realizado por Guimares (2004) sobre estas iniciativas administrativas das regies
metropolitanas (Tabela 6.1).
570
Tabela 6.1 - Arranjos Institucionais Metropolitanos embrionrios anteriores a produo legal para a
disciplina jurdica das Regies Metropolitanas.
Estado Entidade Sntese Histrica
Criado pelo Governo do

Estado de So Paulo em
Grupo Executivo da Grande
So Paulo 29/03/67 a partir de um grupo
So Paulo (GEGRAM).
encarregado de estudar o
tema Metropolizao.
Criado por iniciativa dos

Municpios da rea
metropolitana por volta de
1970, como rgo tcnico
Grupo Executivo da Regio
Porto Alegre montado pelo Conselho
Metropolitana (GERM)
Metropolitano de Municpios,
responsvel pela elaborao
do Plano de Desenvolvimento
Metropolitano.
Criado pela prefeitura em

convnio com o Servio
Federal de Habitao e
Sociedade de Economia Urbanismo (SERFHAU), com
Belm
Mista o objetivo de gerir
tecnicamente o sistema
metropolitano de
planejamento.
Criado pelos Governos

Estaduais, com o objetivo de
Salvador e Belo Horizonte Grupo ou Conselho
atuarem como rgos de
assessoria tcnica.
Criado pelo Governo Federal,

Grupo de Estudos da rea
Grande Rio de Janeiro no caso a iniciativa foi do
Metropolitana (GERMET).
Governo Federal porque a
rea metropolitana da cidade
571
Estado Entidade Sntese Histrica
do Rio de Janeiro abrangia

territrios de dois Estados,
impossibilitando que a
iniciativa partisse de cada
Estado Isoladamente.
Estas experincias apontam para uma multiplicidade de arranjos institucionais metropolitanos,

viabilizada pela iniciativa dos Governos Estaduais. Estas iniciativas so todas anteriores a
Constituio de 1967 e a Lei complementar n14 de 1973, e todas partem de um reconhecimento
comum de que a gesto das reas metropolitanas caberia aos Governos Estaduais, independente
das modalidades especficas de administrao setorial metropolitana (Guimares, op. cit.).
6.2.2 Regies Metropolitanas Brasileiras: Aspectos Jurdicos e seus arranjos

institucionais Metropolitanos.
As regies metropolitanas no eram preocupao na poca da Constituio de 1891, e nem eram
a realidade do Brasil da poca. Pela constituio de 1891 (art. 65 1 e art. 48, n. 16) era
facultada aos Estados a possibilidade de se lavrarem acordos ou convenes entre si, sem
carter poltico (Guimares, 2004, pg. 18).
A partir da Constituio de 1934 (art. 9) os Estados e a Unio tinham a possibilidade de realizar

acordos ... para o desenvolvimento de aes em conjunto de seus servios... (Guimares, op.
cit.). Nesta Constituio ainda no se observa manifestao a respeito da regularizao e
constituio das Regies Metropolitanas.
A Urbanizao e processo de metropolizao iniciam-se no Brasil nas dcadas de 1960 e 1970.

Nesta poca a poltica urbana era conduzida pelo governo federal, contando com o suporte de
rgos voltados para o estudo e desenho de polticas, como o Escritrio de Pesquisa Econmica
Aplicada EPEA, atual IPEA. As polticas eram operadas por empresas pblicas, subordinadas a
diversos ministrios, com recursos e agilidade a sua alocao, como o Banco Nacional de
Habitao BNH. A criao de Regies Metropolitanas estava relacionada poltica nacional de
desenvolvimento urbano, a expanso da produo industrial e consolidao das metrpoles
(Observatrio das Metrpoles, 2009).
572
A questo metropolitana surge pela primeira vez como tema jurdico especfico, atravs do Art.
164 da Constituio Federal de 1967. No Art. 164 da Constituio Federal esta definido:
Art. 164. A Unio, mediante Lei Complementar, poder, para realizao de servios comuns, estabelecer
Regies Metropolitanas constitudas por municpios que, independentemente de sua vinculao
administrativa, faam parte de uma mesma comunidade scio econmica.
A Constituio Federal de 1967 estabelece a possibilidade de criao das Regies

Metropolitanas, mas este ato estava restrito a Unio, como determinado pela edio do art. 157,
10 da Constituio Federal de 1967, que determina que a criao das Regies Metropolitanas
seja de competncia exclusiva da Unio, que trataria de regulamentar a proposta mediante Lei
Complementar. Nestes artigos no se observa a criao de fontes de recursos para a sua
manuteno e nem os arranjos institucionais e administrativos destas unidades territoriais
metropolitanas.
A constitucionalizao da matria metropolitana atribuda a Unio, evidncia o carter

centralizador do modelo de planejamento pelo governo federal, contando com o trabalho conjunto
dos rgos estaduais responsveis pela execuo e coordenao das polticas setoriais.
Em resposta e com o a prerrogativa de atender a Constituio de 1967, estabeleceu-se a Lei

Complementar n. 14, de 8 de Junho de 1973, que em rigor se torna a primeira legislao especial
a tratar do tema das Regies Metropolitanas (Guimares, 2004).
A Lei Complementar N 14, de 8 de Junho de 1973, estabeleceu na forma do art. 164 da

Constituio, as primeiras regies metropolitanas do Brasil. As regies metropolitanas referidas
nesta Lei foram, as de: So Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belm
e Fortaleza. O Rio de Janeiro no foi includo na Lei Complementar n 14 de 1973. Este s teve
sua criao decretada em 1974, atravs da Lei Complementar Federal n 20/1974.
A Lei Complementar n 14/1973 estabelece as atividades e funes metropolitanas e as

responsabilidades e funo de um Conselho Deliberativo e Consultivo para estas regies:
(...)
Art. 2 - Haver em cada regio metropolitana um Conselho Deliberativo e um Conselho Consultivo, criados
por lei estadual.
1 - O Conselho Deliberativo constituir-sede 5 (cinco) membros de reconhecida capacidade tcnica

ou administrativa, nomeados pelo Governador do Estado, sendo um deles dentre os nomes que figurem em
573
lista trplice feita pelo Prefeito da Capital e outro mediante indicao dos demais Municpios integrantes da
regio metropolitana.
2 - O Conselho Consultivo compor-sede um representante de cada Municpio integrante da regio

metropolitana sob a direo do Presidente do Conselho Deliberativo.
3 - Incumbe ao Estado prover, a expensas prprias, as despesas de manuteno do Conselho

Deliberativo e do Conselho Consultivo.
Art. 3 - Compete ao Conselho Deliberativo:
I - promover a elaborao do Plano de Desenvolvimento integrado da regio metropolitana e a

programao dos servios comuns;
II - coordenar a execuo de programas e projetos de interesse da regio metropolitana, objetivando-

lhes, sempre que possvel, a unificao quanto aos servios comuns;
Pargrafo nico - A unificao da execuo dos servios comuns efetuar-sequer pela concesso do
servio a entidade estadual, que pela constituio de empresa de mbito metropolitano, quer mediante
outros processos que, atravs de convnio, venham a ser estabelecidos.
Art. 4 - Compete ao Conselho Consultivo:
I - opinar, por solicitao do Conselho Deliberativo, sobre questes de interesse da regio

metropolitana;
II - sugerir ao Conselho Deliberativo a elaborao de planos regionais e a adoo de providncias

relativas execuo dos servios comuns.
Art. 5 - Reputam-se de interesse metropolitano os seguintes servios comuns aos Municpios que
integram a regio:
I - planejamento integrado do desenvolvimento econmico e social;
II - saneamento bsico, notadamente abastecimento de gua e rede de esgotos e servio de limpeza

pblica;
III - uso do solo metropolitano;
IV - transportes e sistema virio,
V - produo e distribuio de gs combustvel canalizado;
VI - aproveitamento dos recursos hdricos e controle da poluio ambiental, na forma que dispuser a lei
federal;
VII - outros servios includos na rea de competncia do Conselho Deliberativo por lei federal.
574
Art. 6 - Os Municpios da regio metropolitana, que participarem da execuo do planejamento
integrado e dos servios comuns, tero preferncia na obteno de recursos federais e estaduais, inclusive
sob a forma de financiamentos, bem como de garantias para emprstimos.
Pargrafo nico - facultado ao Poder Executivo federal, incluir, entre as diretrizes e prioridades a que
alude o art. 25, 1, alnea a da Constituio, a participao dos Municpios na execuo do planejamento
integrado e dos servios comuns da regio metropolitana.
A redao do artigo 2 da Lei Complementar n 14, de 8 de junho de 1973, passa a ter nova
redao definida pela Lei Complementar de n 27, de 03 de Novembro de 1975, onde defini-se:
Art. 1 - O art. 2, caput, e seu 1 da Lei Complementar n 14, de 8 de junho de 1973, passam a vigorar
com a seguinte redao:
"Art. 2 - Haver em cada Regio Metropolitana um Conselho Deliberativo, presidido pelo Governador do
Estado, e um Conselho Consultivo, criados por lei estadual.
1 - O Conselho Deliberativo contar em sua composio, alm do Presidente, com 5 (cinco) membros de
reconhecida capacidade tcnica ou administrativa, um dos quais ser o Secretrio-Geral do Conselho,
todos nomeados pelo Governador do Estado, sendo um deles dentre os nomes que figurem em lista trplice
organizada pelo Prefeito da Capital e outro mediante indicao dos demais Municpios integrante da Regio
Metropolitana."
Art. 3 - Esta Lei Complementar entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em
contrrio.
Esta nova redao atribui presidncia do Conselho Deliberativo, o Governador de Estado, e um

conselho consultivo criados pelo estado. Esta nova redao vem reforar a posio do Estado
como responsvel pela coordenao das polticas orientadoras das Regies Metropolitanas.
Complementar a estes instrumentos jurdicos, o Governo Federal e os Estados contavam com

instrumentos de planejamento e instrumentos de financiamento. Para atender a necessidade de
instrumentos de planejamento se instituiu a Comisso Nacional de Poltica Urbana, que possua a
funo de:
... dever, em especial, cuidar e acompanhar a implantao dos rgos de comando das Regies
Metropolitanas (Conselhos Deliberativos e Consultivos); efetuar a definio detalhada da estrutura urbana a
ser estabelecida nas diferentes regies; estabelecer diretrizes para a utilizao dos fundos federais
destinados ao desenvolvimento urbano. (II PND, p.82).
Para atender a falta de instrumento que garanta o financiamento das Regies Metropolitanas, por
no ter sido tratada na Lei Complementar 14/1973, o Governo Federal cria o Fundo Nacional de
575
Desenvolvimento Urbano FNDU (Lei 6256 de 22/10/1975) e aprovaria o Decreto Federal n
73.600, de 1974, que em seu art. 4, determinava que os Estados onde se localizassem Regies
Metropolitanas, deveriam:
Destinar um mnimo de 5% dos recursos do fundo de participao dos Estados execuo do

Planejamento integrado e dos servios comuns das respectivas Regies Metropolitanas.
As Regies Metropolitanas esto incorporadas na Lei Orgnica dos Municpios (Lei Complementar
n01, de 17 de Dezembro de 1975). O Ttulo V da Lei Orgnica dos Municpios dispe sobre as
Regies Metropolitanas, de acordo com o seu Art. 171, os municpios da mesma comunidade
scio-econmica, integrantes da Regio Metropolitana institudas pela Unio, no perdem a
autonomia poltica, financeira e administrativa. Neste Ttulo V da Lei orgnica dos municpios no
seu inciso 1 do art. 171, esto estabelecidos os servios comuns de interesse metropolitano,
alm de outros enumerados em Lei Federal:
(...)
1 - Reputam-se de interesse metropolitano, alm de outros enumerados em Lei Federal, os seguintes
servios comuns ao Municpio da regio:
a) planejamento integrado do desenvolvimento econmico e social;
b) saneamento bsico, notadamente abastecimento de gua, rede de esgotos e limpeza pblica;
c) uso e ocupao do solo;
d) transportes e sistemas virios;
e) produo e distribuio de gs combustvel canalizado;
f) aproveitamento dos recursos hdricos e controle de poluio ambiental.

(...)
De acordo com a Lei orgnica dos municpios de incumbncia dos Estados criarem os rgos
de coordenao e de consulta da Regio Metropolitana e prover, a expensas prprias, as
despesas de manuteno dos rgos Metropolitanos criados.
A partir da Constituio de 1988 a competncia para instituir Regies Metropolitanas foi

transferida para os estados. Antes da promulgao da atual carta poltica, as Regies
Metropolitanas eram criadas por Leis Complementares Federais, a partir da Constituio Federal
de 1988, as Regies Metropolitanas passam a ser criadas por Leis Complementares Estaduais.
Esta alterao de competncia esta descrita no Art. 25, pargrafo 3, da Constituio de 1988:
576
Os Estados podero, mediante lei complementar, instituir regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e
microrregies, constitudas por agrupamentos de municpios limtrofes, para integrar a organizao, o
planejamento e a execuo de funes pblicas.
No se observa neste instrumento a formulao de mecanismos que permitissem construir

sistemas de governanas adequados ao tratamento dos problemas comuns aos municpios
metropolitanos. Em particular, destaque-se a falta de uma poltica de desenvolvimento urbano que
articulasse a Unio, os estados e os municpios em torno de um projeto de interesse comum. Por
outro lado, os municpios foram reconhecidos como membros da federao, com posio
semelhante dos estados, dificultando fortemente a legitimao dos estados como rgo de
coordenao de aes metropolitanas. Acarretando a existncia de dificuldades devido grande
autonomia municipal: competio fiscal e dificuldades adicionais de coordenao interinstitucional.
A Constituio de 1988 trouxe maior complexidade construo de sistemas de governana

metropolitana, ao estimular comportamentos no cooperativos: a competio fiscal e o
neolocalismo, este fazendo crer que grande parte dos problemas poderia ser resolvida localmente.
Para Garson (2009), A ao coordenada em territrios metropolitanos padece das dificuldades do
sistema federativo brasileiro, destacando-se a inexistncia de instncias de cooperao, que
permitam reduzir as desigualdades inter e intra-regionais.
No Brasil, a trajetria do movimento municipalista e a associao entre autonomia e democracia

que acompanha o processo de descentralizao na dcada de 80 e culmina com a Constituio
de 1988, restringem as escolhas quanto a modelos de governana metropolitanas (Garson, op.
cit.).
Segundo Gouva (2005), A sndrome da similitude que permeia toda a nossa legislao tornou
iguais, em atribuies, cidades diversas em tamanho e funo. A legislao que institui as
regies metropolitanas, ignora as diferenas marcantes entre os municpios brasileiros, atribuindo-
lhes as mesmas competncias. As diferenas em dimenso territorial, funo na hierarquia
urbana, poder econmico, populao, clima, cultura, histria e tambm se a sede do municpio
mantm uma integrao scio-econmica com outras sedes municipais, so ignoradas.
Para Garson (2009), A falta de critrios claros para definir a condio metropolitana dos
municpios, prevalece no mais das vezes, expe o tratamento do tema a fortes presses polticas,
podendo resultar na constituio de regies extremamente heterogneas quanto ao grau de
integrao desses municpios ao fenmeno metropolitano. Esta heterogeneidade dilui a
577
tradicionalmente fraca identidade metropolitana, elemento essencial construo de estrutura de
governana.
O quadro de diluio da representatividade da entidade metropolitana se agrava com a crise fiscal

dos anos 1990 atuando de forma negativa, ao invs de chamar a ateno para o ganho que se
teria com o uso coordenado de recursos escassos (Garson, 2009).
A constituio de 1988 citando Azevedo e Guia (2004b) estabelece uma nova arena para o
estabelecimento de acordos entre vrios atores que atuam no cenrio metropolitano.
As estruturas amadurecem e se tornam mais democrticas. No perodo recente desde 2006 tem-
se assistido a um renovado interesse pela questo metropolitana: reviso da legislao,
prevalncia do estado e contemplando as diferenas entre unidades regionais.
Atualmente existem no Brasil 35 Regies Metropolitanas. Algumas destas Regies Metropolitanas

apresentam alm dos municpios que a compem, a existncia de colares Metropolitanos, isto ,
reas de expanso metropolitana e entorno metropolitano definidos por lei. A seguir
apresentada (Tabela 6.2) com as caractersticas das 35 Regies Metropolitanas Brasileiras. A
tabela traz as informaes sobre: Regio, Estado, Regio Metropolitana, Nmero de Municpios,
Porcentagem Populao e ato legislativo de criao.
Tabela 6.2 - Regies Metropolitanas Brasileiras e Suas Legislaes de Criao
Regio N de Populao 2010

Regio Estado Criao
Metropolitana Municpios (habitantes)
Lei Complementar
Amap Macap 2 499 116 Estadual n 21, de 26
de fevereiro de 2003
Lei Complementar
Norte Amazonas Manaus 8 2 106 866 Estadual n52 de 30 de
maio de 2007
Lei Complementar
Par Belm 6 2 100 319 federal n14 em 1973,
alterada em 1995
Lei Complementar
Nordeste Alagoas Macei 11 1 156 278 Estadual n 18 de 19
de novembro de 1998
Lei Complementar
Alagoas Agreste 19 601 251 Estadual n 27 de 1 de
dezembro de 2009
Lei Complementar
Bahia Salvador 13 3 574 804 Federal nmero 14, de
8 de junho de 1973
Cear Fortaleza 15 3 610 379 Lei Complementar

Federal n 14, de 8 de
578
Regio Estado Criao
junho de 1973
Lei Complementar
Estadual n 78
Cear Cariri 9 564 557
sancionada em 29 de
junho de 2009[
Emenda constitucional
Maranho So Luis 4 1 327 881 n042/2003 de 02 de
Dezembro de 2003
Lei Complementar
Sudoeste Estadual 89/2005 de
Maranho 8 345 878
Maranhense 17 de novembro de
2005
Lei Complementar
Estadual 59/2003 de
Paraba Joo Pessoa 12 1 198 675
30 de Dezembro de
2003
Campina Lei Complementar
Paraba 23 687 135
Grande Estadual n 92/2009
Lei Complementar
Pernambuco Recife 14 3 688 428 Federal 14/73 de 8 de
junho de 1973
Lei Complementar
Rio Grande
Natal 10 1 305 998 Estadual 152/1997 de
do Norte
16 de Janeiro de 1997
Lei Complementa
Sergipe Aracaj 4 835 654 Estadual n 25, de 29
de Dezembro de 1995
Lei Complementa
Estadual n 27/1999,
Gois Goinia 13 2 173 006
de 30 de Dezembro de
Centro-
1999
Oeste
Lei Complementar n
Vale do Rio
Mato Grosso 4 834 060 359 de 28 de maio de
Cuiab
2009
Lei Complementar
Esprito
Sudeste Grande Vitria 7 1 685 384 estadual 58, de
Santo
21.02.1995
Leis Complementares
Belo Horizonte 48 4 882 977 14/1973 (federal) e 88
e 89/2006 (estadual).
Minas Lei Complementar
Gerais estadual 51/1998, de
Vale do Ao 26 615 004 30 de Dezembro de
1998, alterada em 12
de Janeiro de 2006.
Lei Complementar
Rio de
Rio de Janeiro 18 11 711 233 n20, de 1 de Julho de
Janeiro
1974,
Lei Complementar
So Paulo So Paulo 39 19 672 582 Federal n14, de 8 de
junho de 1973.
Lei Complementar
Baixada Santista 9 1 663 082 Estadual 815, em 30
de julho de 1996
579
Regio Estado Criao
lei complementar
Campinas 19 2 798 477 estadual 870, de 19 de
junho de 2000
Lei Complementar
Sul Londrina 11 764 258 Estadual 81, de 17 de
Junho de 1998,
Lei Complementar
Paran
Curitiba 26 3 168 980 Federal n14, de 8 de
junho de 1973.
lei complementar
Maring 25 612 617
estadual 83, de 1998
lei complementar
Rio Grande
Porto Alegre 31 3 979 561 federal n 14, de 8 de
do Sul
Junho de 1973
lei complementar
estadual n 162 de
1998, foi extinta pela
lei complementar
Santa
Florianpolis 22 1 012 831 estadual n 381 de
Catarina
2007 e reinstituda pela
lei complementar
estadual n 495 de
2010
lei complementar
estadual n 221 de
2002 foi extinta pela lei
complementar estadual
Foz do Itaja 9 532 830
n 381 de 2007 e
reinstituda pela lei
n 495 de 2010
lei complementar
estadual n 162 de
lei complementar
N-NE
20 1 094 570 estadual n 381 de
Catarinense
lei complementar
estadual n 495 de
2010
lei complementar
estadual 221 de 2002,
foi extinta pela lei
Tubaro 18 356 790
n 381 de 2007 e
reinstituda pela lei
n 495 de 201
Vale do Itaja 16 689 909 lei complementar

estadual n 162 de
lei complementar
estadual n 381 de 580
lei complementar
Regio Estado Criao
estadual n 495 de
2010
lei complementar
estadual 221 de 2002,
foi extinta pela em
2007 pela lei
Carbonfera 10 369.366 complementar estadual
n 381 e reinstituda
pela lei complementar
estadual n 495 de
2010
lei complementar
Chapec 16 403 548 estadual n 377, de 4
de abril de 2007
As Regies Metropolitanas tratadas at o momento so todas aquelas constitudas por

composio de municpios que integram a mesma unidade federativa. Para o tratamento de
Regies de Planejamento que so constitudas por mais de uma unidade federativa, foram criadas
as Regies Integradas de Desenvolvimento Econmico (ou RIDE). Estas Regies diferentemente
das Regies Metropolitanas que podem ser definidas por Lei Complementar Estadual, so criadas
por ato legislativo federal. A primeira RIDE definida foi a Regio Integrada de Desenvolvimento do
Distrito Federal e Entorno, criada pela Lei Complementar n 94, de 19 de fevereiro de 1998 e
regulamentada pelo Decreto n 2.710, de 4 de agosto de 1998, alterado pelo Decreto n 3.445,
de 4 de maio de 2000.
O Brasil possui ao todo trs RIDEs. Alm da j mencionada Regio Integrada de Desenvolvimento
do Distrito Federal e Entorno, em 2002 foram criadas mais suas RIDEs, sendo elas: A Regio
Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Plo Petrolina e Juazeiro e a Regio Integrada
de Desenvolvimento da Grande Teresina. Abaixo segue tabela (Tabela 6.3) com as unidades
federativas a que pertence a RIDE, a legislao de criao especfica e numero de municpios.
Tabela 6.3 - Regies Integradas de Desenvolvimento do Brasil
Unidades Nmero de
RIDE Legislao de Criao
Federativas Municpios
Regio Integrada de Lei Complementar n 113, de 19 de

desenvolvimento de do Bahia e setembro de 2001, e regulamentada pelo
8 Municpios.
Plo Petrolina e Pernambuco. Decreto n 4366, de 9 de
Juazeiro. setembro de 2002.
Regio Integrada de Distrito Federal, Lei Complementar n 94, de 19 de 22 Municpios e
Desenvolvimento do Gois, Minas fevereiro de 1998 e regulamentada o Distrito
581
Unidades Nmero de
RIDE Legislao de Criao
Federativas Municpios
Distrito Federal e Gerais. pelo Decreto n 2.710, de 4 de Federal.

Entorno agosto de 1998, alterado pelo Decreto n
3.445, de 4 de maio de 2000.
Regio Integrada de
Desenvolvimento da Piau e Decreto Federal n 4.367, de 9 de
14 Municpios.
Grande Teresina. Maranho setembro de 2002
Os estados instituram conselhos deliberativos, conselhos consultivos, rgos estaduais (mesmo

que no exclusivamente voltados para a problemtica metropolitana) e Fundos financeiros (at o
momento, sem aportes significativos de recursos). A atuao e envolvimento da sociedade
organizada (Associaes civis e Organizaes no-governamentais e a iniciativa privada) se da
por meio das Cmaras Tcnicas Setoriais Metropolitanas e pelos Conselhos de Polticas Pblicas
supramunicipais, entre outras.
A atuao dos novos arranjos institucionais das regies metropolitanas brasileiras no foi
acompanhada do necessrio aporte de recursos financeiros (Azevedo e Guia, 2004). Segundo
Garson, 2007, a estrutura de financiamento de aes, quando prevista em lei, um ponto frgil do
sistema de governana. Compromete os oramentos do estado e dos municpios, sem
necessariamente estabelecer regras para o rateio das despesas ou, ento, onerando mais os
maiores municpios. As regras de rateio de recursos estabelecidas por lei estadual tendem a ser
consideradas uma intromisso na autonomia municipal. Fundos financeiros levam longo tempo
para de fato operarem. (Quando isso ocorre). Investimentos em poltica urbana requerem recursos
assegurados ao longo da implantao dos projetos, necessitando de financiamentos estveis e
instncias de cooperao entre municpios, estados e unio.
Destaca-se como novidade a Lei n 11.107 de 6 de abril de 2005, que dispes sobre os consrcios
pblicos. Possui regulamentao atravs de decreto n 6017 de 17 de janeiro de 2007, este dispe
que as transferncias voluntrias dos rgos e entidades federais se destinaro preferencialmente
a estados, ao distrito federal e a municpio cujas aes sejam desenvolvidas por intermdio de
consrcios pblicos. Os consrcios pblicos podem reunir municpios em torno de polticas
setoriais especficas, como ocorre na sade, onde a prpria poltica setorial estimula a sua
criao.
582
Embora a cooperao na gesto intermunicipal atravs de consrcio venha se ampliando, estes
so arranjos ainda sensveis volatilidade de alianas eleitorais. Forte correlao entre o
processo de favelizao e a precariedade dos sistemas de transportes coletivos, no houve
nenhuma ao conjugada entre o Estado e o Municpio do Rio de Janeiro e entre estes e os
municpios metropolitanos do entorno, no sentido de reverter s causas desse processo (Garson,
2004).
Segundo Azevedo 2006. A busca de governana metropolitana em um pas federativo deve

considerar as relaes e as polticas, verticais e horizontais, dos diferentes nveis de governo,
alm de articulao institucional com outros atores relevantes (Agncias internacionais,
organizaes pblicas no-governamentais (ONGs, associaes civis) e representaes da
sociedade civil organizada.
Faz-se relevante destacar a importncia da promulgao do Estatuto da Cidade (Lei n

10.257/2001) por disponibilizar diversos instrumentos de carter urbanstico que possibilitam a
redistribuio do acesso cidade e o reequilbrio dos interesses coletivos em oposio a
interesses meramente individuais, ligados propriedade e aos processos de acumulao de
capital (Guimares, 2004).
No Brasil observa-se uma diversificada configurao de arranjos institucionais para a Gesto das
Regies Metropolitanas Brasileiras. Em estudo realizado pelo Observatrio das Metrpoles em
2009 em parceria com CNPq Institutos do Milnio, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano
e Regional IPPUR/UFRJ, Fundao de Economia e Estatstica do Estado do Rio Grande do Sul
FEE, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econmico e Social, Terra e Direitos,
Observatrio de polticas Urbanas/PROEX-PUC Minas e com dados dos Projetos: Governana
Urbana, Cidadania e Gesto das Metrpoles, Monitoramento da Realidade Metropolitana e
Desenvolvimento Institucional, A questo Metropolitana no Brasil: desigualdades e governana
urbana (Observatrio das Metrpoles, 2009), foi montado um quadro geral sobre os arranjos
metropolitanos brasileiros, aqui neste captulo nos utilizamos este quadro como base e
atualizamos a informao sobre as regies metropolitanas de Santa Catarina que na poca do
trabalho tinham sido extintas pela lei complementar estadual n 381 de 2007 e reinstituda pela lei
complementar estadual n 495 de 2010. A seguir segu e tabela com o levantamento acima citado
(Tabela 6.4). Tal quadro se prope a servir como base para a elaborao e configurao de um
modelo proposto para a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro.
583
Tabela 6.4 - Sntese dos Arranjos Institucionais de Gesto Metropolitana do Brasil 2011.
UNIDADE CRIAO MUNICPIOS ARRANJOS

Conselho Metropolitano, que dispe de uma
BELEM 1973 5 Secretaria Geral, e um Fundo de Desenvolvimento da
Regio Metropolitana de Belm
Assemblia Metropolitana, Conselho Deliberativo de
Desenvolvimento Metropolitano, Agncia de
Desenvolvimento Metropolitano, Fundo de
Desenvolvimento Metropolitano, Secretaria de Estado
BELO HORIZONTE 1973 35 de Desenvolvimento Regional e Poltica Urbana,
Grupo de Governana Metropolitana, Frum
Metropolitano da RMBH, Associao dos Municpios
da Regio Metropolitana de Belo Horizonte, e Frum
Mineiro de Reforma Urbana
Coordenao da Regio Metropolitana de Curitiba
(COMEC), Conselhos Consultivo e Deliberativo,
CURITIBA 1973 26 Secretaria Municipal (Curitiba) de Assuntos
Metropolitanos (SMAM), Associao dos Municpios
da RMC (ASSOMEC)
FORTALEZA 1973 15 Conselho Deliberativo e Conselho Consultivo
Conselho de Desenvolvimento da Regio
Metropolitana de Goinia (CODEMETRO) de carter
GOIANIA 1999 13 normativo e deliberativo, cuja Secretaria Executiva
exercida pela Superintendncia da Regio
Metropolitana de Goinia, da Secretaria das Cidades
Coordenadoria da Regio Metropolitana de Maring
MARING 1998 13 (COMEM), Parlamento Metropolitano, e Associao
dos Municpios do Setentrio Paranaense (AMUSEP)
Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de Natal
NATAL 1997 9
(CDRMN) e Parlamento Metropolitano
Fundao Estadual de Planejamento Metropolitano e
PORTO ALEGRE 1973 31 Regional (METROPLAN), como rgo de apoio
tcnico do Conselho Deliberativo da RMPA
Sistema Gestor Metropolitano (SGM), que
compreende o Conselho de Desenvolvimento da
Regio Metropolitana do Recife (CONDERM), rgo
deliberativo e consultivo; a Fundao de
RECIFE 1973 13
Desenvolvimento da Regio Metropolitana do Recife
(FIDEM), uma secretaria executiva de apoio tcnico; e
o Fundo de Desenvolvimento da Regio Metropolitana
do Recife (FUNDERM)
RIO DE JANEIRO 1974 19 Conselho Consultivo e Conselho Deliberativo
Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da
SALVADOR 1973 10
Bahia (CONDER)
Conselho Deliberativo da Grande So Paulo
(CODEGRAN), Conselho Consultivo Metropolitano de
Desenvolvimento Integrado da Grande So Paulo
(CONSULTI), Empresa Paulista de Planejamento
SO PAULO 1973 39
Metropolitano SA (EMPLASA), vinculada Secretaria
de Economia e Planejamento do Estado de So
Paulo, e Conselho de Desenvolvimento de carter
normativo e deliberativo
Conselho de Desenvolvimento da Regio
ARACAJU 1995/2003 5 Metropolitana de Aracaju (CONDEMETRO), de
carter deliberativo, normativo e consultivo
584
UNIDADE CRIAO MUNICPIOS ARRANJOS
Agncia Metropolitana da Baixada Santista (AGEM),
composta por conselhos Deliberativo e Normativo que
BAIXADA SANTISTA 1996 9
constituem o Conselho de Desenvolvimento da
Regio Metropolitana da Baixada Santista
Agncia Metropolitana de Campinas (AGEMCAMP),
composta por conselhos Deliberativo e Normativo que
CAMPINAS 2000 19
constituem o Conselho de Desenvolvimento da
Regio Metropolitana
Conselho de Desenvolvimento Metropolitano, de
carter consultivo, normativo e deliberativo, que
JOO PESSOA 2003 9 integra o Consrcio de Desenvolvimento
Intermunicipal da Regio Metropolitana de Joo
Pessoa (CONDIAM-PB)
Coordenao da Regio Metropolitana de Londrina
LONDRINA 1998 8
(COMEL), Conselhos Deliberativo e Consultivo
Sistema Gestor Metropolitano (SGM), rgo
deliberativo e consultivo, Conselho de
Desenvolvimento da Regio Metropolitana de Macei,
MACEI 1998 11
Secretaria Executiva da RMM e Fundo de
Desenvolvimento da Regio Metropolitana de Macei
(FUNDERM)
MANAUS 2007 8 sem informaes
SO LUIS 2003 4 sem informaes
Assemblia Metropolitana, Agncia de
Desenvolvimento Metropolitano, Fundo de
4+22 do
VALE DO AO 1998 Desenvolvimento Metropolitano do Vale do Ao e
Colar
Conselho Deliberativo de Desenvolvimento
Metropolitano da RMVA
Conselho Metropolitano da Grande Vitria (CMGV),
Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da
VITRIA 1995 7
Grande Vitria (COMDEVIT), Fundo metropolitano de
desenvolvimento da Grande Vitria (FUMDEVIT)
9+13 rea de
FLORIANPOLIS 1998
expanso
NORTE/NORDESTE 2+18 rea de
1998
CATARINENSE expanso
Todas as unidades do Estado contaram com uma
5+11 da rea
VALE DO ITAJA 1998 Coordenao da Regio Metropolitana, composta pelo
de expanso
Conselho de Desenvolvimento, Cmaras Setoriais e
5+4 da rea
FOZ DO ITAJAI 2002 Superintendncia, esta a cargo da Companhia de
de expanso
Desenvolvimento de Santa Catarina (CODESC)
7+3 da rea
CARBONFERA 2002
de expanso
3+15 da rea
TUBARO 2002
de expanso
Conselho Administrativo da Regio Integrada de
DISTRITO FEDERAL 1998 23 Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno
(COARIDE)
JUAZEIRO/PETROLINA 2001 8 Desenvolvimento do Plo Petrolina e Juazeiro
(COARIDE Petrolina/Juazeiro)
TERESINA/TIMON 2001 13 Desenvolvimento da Grande Teresina (COARIDE
Teresina)
585
6.2.3 Regio Metropolitana do Rio de Janeiro: Legislao e seus arranjos
Institucionais Metropolitanos
O Estado do Rio de Janeiro s passou a ter sua Regio Metropolitana decretada no momento da
fuso do estado da Guanabara e o Estado do Rio de Janeiro, atravs da Lei Complementar N
20, de 1 de Julho de 1974, nesta lei alm de decretar a formao de um novo estado, esta
tambm institui a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e um fundo contbil para financiar os
projetos para esta regio.
A Lei Complementar N 20, de 1 de Julho de 1974, dispe sobre a criao de Estados e

Territrios. Em seu captulo primeiro o qual se divide em duas sees so definidos os critrios
para a criao de novos estados e Territrios. O captulo segundo trata da fuso dos Estados do
Rio de Janeiro e da Guanabara, que segundo esta lei, a partir da data de 15 de Maro de 1975,
passariam a ser um nico estado com a denominao de Estado do Rio de janeiro. Nas trs
primeiras sees deste captulo so tratados os procedimentos da organizao referentes aos
Poderes Pblicos, do Patrimnio, dos Bens, Rendas, Servios e Pessoal dos Estados da
Guanabara e do Rio de Janeiro para o Novo Estado do Rio de Janeiro. Na seo quarta deste
captulo instituda a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, de acordo com o art. 164 da
Constituio. Na poca pertenciam a Regio Metropolitana os Municpios: Rio de Janeiro, Niteri,
Duque de Caxias, Itabora, Itagua, Mag, Maric, Nilpolis, Nova Iguau, Paracambi, Petrpolis,
So Gonalo, So Joo do Meriti e Mangaratiba. Na mesma seo estabelecido um fundo
contbil para o desenvolvimento da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, destinado a financiar
os programas e projetos prioritrios para a regio.
A Lei Complementar N 20, de 1 de Julho de 1974 incorpora em seu art. 20 os dispostos

nos arts. 2, 3, 4, 5 e 6 da Lei Complementar n 14, de 8 junho de 1973, e as aplica a Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro.
Posterior a Lei Complementar n20/1974, encontram-se outros instrumentos jurdicos especficos

a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. A Regio Metropolitana possui captulo especfico no
Decreto-Lei n 1, de 15 maro de 1975. Decreto este que estabelece a organizao Bsica do
Estado do Rio de Janeiro e d outras providncias. O captulo II do Ttulo V deste decreto trata da
Regio Metropolitana em seus dois artigos:
Art. 67 Legislao especial baixar para tornar efetiva a implantao e funcionamento da Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro.
586
Art. 68 As Secretarias e os rgos a elas vinculadas ou por elas supervisionadas, ao atuarem em
municpios da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, devero observar, necessariamente, o interesse
pblico de promover seu desenvolvimento integrado, em consonncia com as diretrizes do planejamento
governamental.
Estes artigos so o prenuncio de uma iniciativa do Governo em estruturar o funcionamento da

Regio Metropolitana a partir da elaborao de Lei Complementar especfica para tratar deste
assunto. J em princpio se estabelecia uma prerrogativa vinculada necessidade de atender ao
interesse pblico e de promoo ao desenvolvimento integrado observando as diretrizes definidas
pelo planejamento do Governo do Estado.
Em 15 de maro de 1975 foi criada a FUNDREM (Fundao para o Desenvolvimento da Regio

Metropolitana do Rio de Janeiro), pelo Decreto-Lei n 14, de 15 de maro de 1975. O estatuto da
FUNDREM, onde so estabelecidas as suas atribuies, foi estabelecido pelo Decreto n 18 de 15
de Maro de 1975. De acordo com o Art. 2 deste decreto, a FUNDREM possua as seguintes
finalidades:
I- Executar tarefas relacionadas com a elaborao e atualizao do Plano de Desenvolvimento Integrado

da regio metropolitana do Rio de Janeiro, com a programao e execuo dos servios comuns e com a
coordenao da execuo de programas e projetos de interesse da mesma regio, atravs de convnios ou
contratos, que lhe forem delegados pelo Conselho Deliberativo;
II- Coordenar programas e projetos de interesse dos Municpios da Regio Metropolitana do Rio de janeiro,
no relacionados como servios comuns, quando autorizada pelo Conselho deliberativo;
III- Prestar quaisquer outros servios compatveis com suas finalidades;
IV- Prestar apoio tcnico e administrativo ao Conselho Deliberativo da Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro;
V- Assessor o Conselho Consultivo da regio Metropolitana do Rio de janeiro no exame dos assuntos que
lhe forem submetidos;
VI- Elaborar estudos, pesquisas e projetos exigidos para o equacionamento de problemas da regio
Metropolitana do Rio de Janeiro;
VII- Prestar assistncia tcnica aos Municpios no exame de assuntos de interesse da Regio Metropolitana
do Rio de Janeiro;
VIII- Promover o intercmbio, com entidades congneres nacionais e internacionais, de informaes que
digam respeito assuntos de interesse da Regio Metropolitana do rio de janeiro;
IX- Promover atividades de treinamento de recursos humanos para a Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro.
587
1- Na realizao dos objetivos previstos neste artigo, a FUNDREM dever manter permanente
articulao com os rgos federais, estaduais e municipais ligados s reas de atuao da entidade,
principalmente com a Superintendncia de Planejamento da Secretaria de Planejamento e Coordenao
Geral da Governadoria do Estado, visando compatibilizao de sua programao com o planejamento
global do Estado.
2- Na execuo de suas atribuies, a FUNDREM poder estabelecer convnios com rgos pblicos
federais, estaduais e municipais, bem como firmar contratos com pessoas fsicas ou jurdicas, nacionais e
internacionais.
No mesmo Decreto n 18 de 15 de Maro de 1975, que define o estatuto da FUNDREM so

definidas a constituio dos recursos destinados a operao das atividades da FUNDREM, sua
organizao administrativa, seu regime financeiro e da algumas disposies gerais.
No mesmo ms de criada a FUNDREM, o governo do estado sanciona, baseado nas atribuies

que lhe confere o 1 do art. 3 da Lei Complementar n20 de 1 de julho de 1974, o Decreto n13,
de 15 de Maro de 1975, o qual define a composio e funo do Conselho Consultivo e do
Conselho Deliberativo, da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. O Conselho Deliberativo de
acordo com esta Lei constitudo por:
Art. 2 - O Conselho Deliberativo constituir-sede 5 (cinco) membros de reconhecida capacidade tcnica

ou administrativa, nomeados pelo Governador do Estado, sendo um deles dentre os nomes que figurem em
lista trplice feita pelo Prefeito do Municpio do Rio de Janeiro e outro mediante indicao dos demais
Municpios integrantes da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro.
1 - O Secretrio de Planejamento e Coordenao Geral da Governadoria do Estado, membro nato do

Conselho Deliberativo, exercer as funes de seu Presidente.
2 - O trmino do mandato dos membros do Conselho Deliberativo coincidir com o do Governador do

Estado
Os Arts. 1 e 2 do Decreto n13, de 15 de Maro de 1975, que se refere composio do

Conselho Deliberativo e Consultivo da Regio Metropolitana sofrem modificaes definidas por
outros dois decretos-leis. A primeira alterao definida pela Lei n 235, de 11 de abril de 1979,
que se baseia na nova redao dada para o art. 2, caput, e 1 da Lei Complementar n 14, de 8
de junho de 1973, alterada pela Lei Complementar Federal n 27 de 3 de Novembro de 1975. A
nova redao retorna a presidncia da Regio Metropolitana para o Governador do Estado,
mantendo o numero de participantes em cinco membros e altera o inciso primeiro incluindo o
Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Regio Metropolitana (FUNDREM), como
membro nato do Conselho, e exercendo as funes de Secretrio-Geral do Conselho. A segunda
588
modificao ocorreu atravs da Lei n1564, de 10 de Novembro de 1989, que define nova redao
para o art. 2 do Decreto n13/1975. Esta segunda redao modifica o numero de membros alm
do Presidente do Conselho, que ainda o Governador do Estado, para quatro membros. Estes
passam a ser nomeados pelo Chefe do Poder Executivo e no pelo Governador do Estado.
Passam a ser membros natos do conselho, os titulares da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Urbano e Regional, de Transportes e Planejamento e a Coordenao da Chefia
do Poder Executivo. A funo de Secretrio Geral do Conselho passa a ser exercida pelo
Subsecretrio de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional.
Desde a extino da FUNDREM em 1989, os diferentes governos estaduais que se sucederam no

poder no tem demonstrado preocupao com a questo da gesto metropolitana. Surge ento
um vcuo na gesto metropolitana, mesmo existindo mecanismos de criao de instncias
metropolitanas e inclusive um fundo para o desenvolvimento metropolitano vinculado a
constituio do Estado do Rio de Janeiro. No existe desde a extino da FUNDREM um real
interesse do governo estadual pelo planejamento e pela articulao de uma governana
metropolitana. O que se observa so problemas decorrentes da falta de integrao entre as
polticas urbanas dos municpios metropolitanos, e da falta de integrao entre as polticas
setoriais do governo do estado que incidem sobre o espao metropolitano.
Em 21 de outubro de 1981 promulgada a Lei N 466, na qual o Estado do Rio de Janeiro definia
as formas do Zoneamento Industrial na Regio Metropolitana. Esta lei define e especifica as
zonas industriais admitidas pelo Zoneamento. Em seu art. 1 so definidas as zonas destinadas
s atividades industriais, sendo elas:
I - zonas de uso estritamente industrial (ZEI) - destinadas, preferencialmente, localizao de

estabelecimentos industriais cujos resduos slidos, lquidos e gasosos, rudos, vibraes, emanaes e
radiaes possam causar perigo sade, ao bem-estar e segurana das populaes, mesmo depois da
aplicao de mtodos adequados de controle de tratamento de efluentes, nos termos da legislao vigente;
II - zonas de uso predominantemente industrial (ZUPI) - destinadas, preferencialmente, instalao de

indstrias cujos processos, submetidos a mtodos adequados de controle e tratamento de efluentes, no
causem incmodos sensveis s demais atividades urbanas e nem perturbem o repouso noturno das
populaes;
III - zonas de uso diversificado (ZUD) - destinadas localizao de estabelecimentos industriais cujo
processo produtivo seja complementar das atividades do meio urbano ou rural em que se situem, e com
elas se compatibilize, independentemente do uso de mtodos especiais de controle da poluio, no
ocasionando, em qualquer caso, inconvenientes sade, ao bem-estar, e segurana das populaes
vizinhas.
589
Pargrafo nico - Nas zonas de uso estritamente industrial (ZEI), ser permitido exclusivamente o uso
industrial, tolerando-se, no entanto, a instalao de estabelecimentos comerciais e de servios,
complementares s atividades industriais ali instaladas. Nas zonas de uso predominantemente industrial
(ZUPI), o uso industrial tem preferncia sobre os demais. Nas zonas de uso diversificado (ZUD), o uso
industrial pode coexistir com os demais usos urbanos, dependendo da natureza, porte, e caractersticas de
cada indstria.
A delimitao e classificao das reas definidas como ZEI e ZUPI sero definidas pelo Conselho
Deliberativo da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro (Art. 2 da Lei N 466/81), estando de
acordo com o art. 10, inciso I ( 1), da Lei Federal n 6803, de 02 de julho de 1980, que dispe
sobre as diretrizes bsicas para o zoneamento industrial nas reas crticas de poluio, e d
outras providncias. A Lei n 466 de 21 de outubro de 1981, estabelece nos seus demais
captulos as atividades e os estabelecimentos industriais, e as classes de atividades, mas no
apresentado um leque de enquadramento de atividades por classes, ficando esta classificao ao
critrio do Conselho Deliberativo da Regio Metropolitana. Nos demais captulos desta Lei so
definidos como obrigatrios a instituio de um Plano de Ocupao de Zona Industrial e do
licenciamento para implantao, operao ou ampliao de estabelecimentos industriais na
Regio Metropolitana, obedecendo ao sistema de licenciamento de atividades poluidoras no
Estado do Rio de Janeiro e demais normas federais e estaduais pertinentes.
A Constituio do Estado do Rio de Janeiro, promulgada em 5 de outubro 1989, em seu captulo

III, faz referncia as Regies Metropolitanas, Aglomeraes Urbanas e Microrregies em seus
arts. 75 e 76. Nestes artigos so definidos:
Art. 75 O Estado poder criar, mediante Lei Complementar, regies metropolitanas, microrregies e
aglomeraes urbanas, constitudas por agrupamentos de municpios limtrofes para integrar a organizao
o planejamento e a execuo de funes pblicas e servios de interesse comum.
1 - Os Municpios que integrem agrupamentos no perdem a autonomia poltica, financeira, e

administrativa.
2 - As regies metropolitanas, as microrregies e as aglomeraes urbanas disporo de um

rgo executivo e de um Conselho Deliberativo compostos na forma da Lei Complementar que incluir
representantes dos poderes Executivo e Legislativo, de entidades comunitrias e da sociedade civil.
3 - O Estado e os Municpios estabelecero mecanismos de cooperao de recursos para

assegurar a realizao das funes pblicas e servios de interesse comum das regies, microrregies e
aglomeraes urbanas.
4 - Os Municpios que suportarem os maiores nus decorrentes de funes pblicas de interesse

comum tero direito a compensao financeira a ser definida em Lei Complementar.
590
Art. 76 facultada aos municpios, mediante aprovao das respectivas Cmaras Municipais, a formao
de consrcios intermunicipais, para o atendimento de problemas especficos dos consorciados no perodo
de tempo por eles determinados.
A Constituio do Rio de Janeiro inclui a possibilidade de criao de Regies Metropolitanas,

estando de acordo com a Constituio Brasileira de 1988, que estabelece a possibilidade de
criao de Regies Metropolitanas aos Estados atravs de Lei Complementar Estadual. Pela
Constituio do Rio de Janeiro de 1989 fica clara a necessidade de criao de um rgo
executivo que se destina a ao e fiscalizao das aes e polticas Metropolitanas, alm do
conselho Deliberativo da Regio Metropolitana. A constituio estabelece a competncia
facultativa de criao de consrcios intermunicipais aos municpios, exigindo que estes sejam
aprovadas nas respectivas Cmaras Municipais dos Municpios envolvidos.
Em 1990 decretada a Lei complementar n 64, de 21 de Setembro de 1990. Esta Lei

Complementar dispe sobre a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, sua composio,
organizao e gesto, define as funes pblicas e servios de interesse comum e d outras
providncias. Em seu art. 1 definida a composio de municpios que compem a Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro, o qual mantm os 14 municpios originais definidos pela Lei
Complementar N 20, de 1 de Julho de 1974, para integrar a organizao, o planejamento e a
execuo de funes pblicas e servios de interesse comum. No 1 do art. 1 estabelecido
que todo o distrito pertencente aos municpios que compem a Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro ao se emanciparem se tornam parte constituinte da Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro, atribui-se como casos de exceo ao inciso 1 as alteraes que se fizerem necessrias
atravs de Lei Complementar.
No artigo 2 da Lei Complementar n64/1990 so definidas as atividades consideradas de

interesse comum, as funes pblicas e os servios que atendam a mais de um municpio, assim
como os restritos ao territrio de um deles, as seguintes funes:
I - Planejamento integrado da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo:
a) Definio de sua poltica de desenvolvimento e fixao das respectivas diretrizes estratgicas e de

programas, atividades, obras e projetos;
b) Disciplina de uso do solo, incluindo a expanso urbana, o parcelamento do solo e da localizao de

empreendimentos industriais, habitacionais, tursticos, virios urbanos e de equipamentos urbanos;
c) Proteo e aproveitamento dos recursos hdricos;
d) Controle da poluio e preservao do meio ambiente;
591
e) Preservao e proteo dos bens culturais;
f) Produo e distribuio de gs canalizado.
II - Saneamento bsico, incluindo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, macro e mesodrenagem,

disposio final de resduos slidos urbanos e lanamento de efluentes industriais;
III - Transportes coletivos, de mbito metropolitano, incluindo a concesso, permisso ou autorizao e a

programao de rede viria, do trfego e dos terminais de passageiros e carga;
VI - Habitao;
V - Cartografia e informaes bsicas para o planejamento metropolitano.
No artigo 3 desta Lei Complementar so definidos, os membros integrantes do Conselho

Deliberativo. So membros do Conselho Deliberativo, os prefeitos dos municpios que compem a
Regio Metropolitana; um vereador indicado por cada uma das Cmaras Municipais de cada
Municpio da Regio Metropolitana; cinco representantes da Assemblia Legislativa, por eles
indicados; cinco representantes do Poder Executivo, indicados pelo Governo do Estado,
escolhidos entre os Secretrios de Estado que estejam ocupando cargos de dirigentes de rgos
relacionados com as funes urbanas pblicas e servios de interesse comum, definidos pela Lei
Complementar; um representante de entidades comunitrias, indicando pelo Governador do
Estado; e um representante da Sociedade Civil, indicado pelo Governador do Estado. O
Governador do Estado o presidente do Conselho Deliberativo e sendo substitudo quando
necessrio pelo Secretrio de Estado incumbido dos assuntos metropolitanos.
Nesta mesma lei em seu artigo 4 so definidas as atribuies do Conselho Deliberativo da

Regio Metropolitana do Rio de Janeiro:
I - Submeter Assemblia Legislativa o Plano Diretor Metropolitano que conter as diretrizes do

planejamento integrado do desenvolvimento econmico e social, includos os aspectos relativos s funes
pblicas e servios de interesse comum, e fiscalizar e controlar sua execuo;
II - Exercer o poder normativo referente a integrao do planejamento, da organizao e da execuo das

funes pblicas e servios de interesse comum;
III - Definir os parmetros da compensao financeira a que fazem jus os Municpios integrantes da Regio
Metropolitana que suportarem nus decorrentes de funes pblicas e servios de interesse comum;
VI - Expedir normas vinculativas para o Estado e Municpios integrantes da regio Metropolitana relativas
concesso, permisso e autorizao, bem como ao licenciamento e fiscalizao de atividades decorrentes
de funes pblicas e servios de interesse comum;
592
V - Estabelecer as diretrizes da poltica tarifria dos servios pblicos de interesse comum;
VI - Estabelecer a programao anual do Fundo de Desenvolvimento Metropolitana;
VII - Aprovar seu Regimento Interno, no qual se determinar o mandato dos membros a que se referem os
incisos II, III, V e VI do artigo 3.
De acordo com a Lei Complementar n 64/1990, em seu artigo 5, de competncia do Estado:
I - Exercer, por rgo do Poder Executivo, as funes relativas elaborao e superviso da execuo dos
planos, programas e projetos relacionados s funes pblicas e servios de interesse comum,
consubstanciando no Plano Diretor Metropolitano e de outros encargos que lhe forem atribudos pelo
Conselho Deliberativo;
II - Promover, acompanhar e avaliar a execuo dos planos, programas e projetos de que trata o item
anterior, observados os critrios, diretrizes e normas regulamentares estabelecidos pelo Conselho
Deliberativo;
III - Alm das atribuies que lhes forem cometidas pelo Conselho Deliberativo, o rgo executivo
metropolitano dever manter atualizados os sistemas de cartografia e informaes bsicas metropolitanas.
Nos prximos artigos, art. 6; art. 7; art. 8 e art. 9; a Lei Complementar n64/1990 aborda
respectivamente: a destinao de recursos do Estado e dos Municpios Metropolitanos para o
Planejamento, execuo e gesto de funes pblicas e servios de interesse comum a Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro (Art. 6); a compatibilizao dos planos, programas e projetos
Setoriais dos rgos Setoriais Estaduais relativos s funes pblicas e servios de interesse
comum na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro com o Plano Diretor Metropolitano (Art. 7);
obrigatoriedade dos planos, programas e projetos dos Municpios que compem a Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro de obedecerem ao disposto do Plano Diretor Metropolitano (Art.
8); os projetos de lei dos Municpios que integram a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro que
disponham sobre o uso e ocupao do solo tais como os planos diretores, cdigos de edificaes
e obras, normas de zoneamento e parcelamento do solo, devem obedecer s disposies do
Plano Diretor Metropolitano.
Para viabilizar financeiramente a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro a Lei Complementar

n64/1990, cria um Fundo Contbil para o desenvolvimento da Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro. Este destinado a financiar projetos e programas relativos s funes pblicas e servios
de interesse comum da Regio Metropolitana, sendo denominado por Fundo de Desenvolvimento
Metropolitano. A constituio do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano se dar atravs de
Recursos de natureza oramentria e extra-oramentria destinados pelos oramentos do Estado
593
e dos Municpios Metropolitanos, pelo produto de operaes de crdito internas e externas e por
recursos de outras fontes internas e externas.
Em 16 de dezembro 1997 promulgada a Lei Complementar N 87, que dispe sobre a Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro, sua composio, organizao e gesto, e sobre a microrregio
dos lagos, define as funes pblicas e servios de interesse comum e d outras providncias. No
Art. 1 da Lei Complementar n87/1997 esta definida a lista de municpios pertencentes Regio
Metropolitana do Rio de Janeiro, este artigo possui sua redao alterada por mais quatro outras
Leis Complementares Estaduais. Estas alteraes se referem a processos de auto-excluso e
mudanas de municpios pertencentes Regio Metropolitana que passaram a pertencer outra
Regio de Governo e pela emancipao de distritos pertencentes a municpios includos na
Regio Metropolitana, que de acordo com o 1 do art. 1 desta mesma lei:
1 - Os distritos pertencentes aos Municpios que compem a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro,
que vierem a se emancipar, passaro automaticamente a fazer parte de sua composio, assegurados a
sua representao no Conselho Deliberativo a que se refere o art. 4.
* (Pargrafo com nova redao dada pelo art. 1 da Lei Complementar n 89/98).
Desta maneira os distritos emancipados pertencentes a municpios da Regio Metropolitana,

passaram automaticamente a fazer parte desta regio. As demais alteraes da redao do Art.
1 e 2 da Lei Complementar n87/1997 so referentes modificao da composio do conselho
deliberativo da regio metropolitana e da composio da microrregio dos lagos e define as
funes do conselho e define as funes publicas e de interesse comum. A seguir segue tabela
(Tabela 6.4) que lista todas as Leis Complementares que se referem composio municipal da
Regio Metropolitana.
A tabela 6.4 apresenta em cada uma de suas colunas a Lei Complementar que versa sobre a
composio dos municpios da Regio Metropolitana, em cada uma destas colunas esto os
nomes dos municpios pertencentes Regio Metropolitana listados por esta Lei Complementar e
ao final de cada coluna esta o numero total de municpios pertencentes Regio Metropolitana.
Uma anlise desta tabela nos permite perceber que, a primeira Lei Complementar a tratar da
composio da Regio Metropolitana, a Lei Complementar Federal n20/1974, estabelecia que a
Regio Metropolitana do Rio de Janeiro era composta por 14 municpios. Posterior a esta Lei
complementar promulgada Lei Complementar Estadual n64/1990 que retira Petrpolis da
594
Regio metropolitana tornando-o pertencente regio serrana e incorpora o municpio de Belford
Roxo emancipado de Nova Iguau (Lei n. 1640 de 3 de abril de 1990).
Em 1997 passa a estar em vigor a Lei Complementar n87/1997 que estabelece uma composio
da Regio Metropolitana, constituda por 19 municpios, sendo esta nova composio oriunda da
emancipao dos distritos: Distritos de Nova Iguau: Japer (Lei n.1902, de 02 de dezembro de
1991) e Queimados (Lei n. 1773, de 21 de dezembro de 1990); Distrito de Mag: Guapimirim (Lei
n 1772, de 21 de dezembro de 1990); Distrito de Itagua: Seropdica (Lei 2446, de 152 de
outubro de 1995); e Distrito de Itabora: Tangu (Lei n 2496, de 28 de dezembro de 1995).
A Lei complementar n.97/2001 altera a redao dos artigos 1 e 2, da Lei Complementar

n87/1997, que tratam respectivamente da composio da Regio Metropolitana e da Microrregio
dos Lagos. De acordo com a Lei complementar n.97/2001 o municpio de Maric deixa de
pertencer a Regio Metropolitana e passa a pertencer a Microrregio dos Lagos (Regio das
Baixadas Litorneas), composta pelos municpios de: Araruama, Armao dos Bzios, Arraial do
Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, Marica, So Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim.
Uma outra alterao da redao aos Art. 1 e 2 da Lei Complementar n87/1997 dada pela Lei
Complementar n105/2002, a nova redao institui uma Regio Metropolitana composta por 16
municpios (ver tabela 6.4), a nova composio da regio metropolitana definida por esta Lei
desvincula os municpios de Itagua e Mangaratiba que passam a fazer parte da nova Regio de
Governo denominada Regio da Costa Verde, que de acordo com o Art. 12 desta lei
complementar composta pelos seguintes municpios:
Art. 12 - Fica instituda a Regio da Costa Verde, composta dos Municpios de Itagua, Mangaratiba, Angra
dos Reis e Parati, com vistas organizao, ao planejamento e execuo de funes pblicas e servios
de interesse comum.
Pargrafo nico A Regio da Costa Verde dividida em duas Microrregies, a saber:
I Microrregio da Baia de Sepetiba integrada pelos Municpios de Itagua e Mangaratiba, e
II Microrregio da Baia da Ilha Grande, integrada pelos Municpios de Angra dos Reis e Parati.
A quarta alterao do artigo 1 da Lei Complementar n87/1997 dada pela Lei Complementar n
130/2009, e se refere incorporao do municpio de Itagua que anteriormente tinha sido
incorporado a Regio da Costa Verde e doravante passa a pertencer a Regio Metropolitana. A
quinta e ultima alterao dada pela Lei Complementar n 133/2009 e configura a atual
composio da Regio Metropolitana composta p 19 Municpios (ver Tabela 6.4).
595
Tabela 6.5 - Leis Complementares Estaduais que alteram a composio dos municpios da RMRJ.
Municpios / Leis LC-N20/74 LC-N64/90 LC-N87/97 LC-N97/01 LC-N105/02 LC-N130/09 LC-N133/09

1 Duque de Caxias Belford Roxo Belford Roxo Belford Roxo Belford Roxo Belford Roxo Belford Roxo
2 Itabora Duque de Caxias Duque de Caxias Duque de Caxias Duque de Caxias Duque de Caxias Duque de Caxias
3 Itagua Itabora Guapimirim Guapimirim Guapimirim Guapimirim Guapimirim
4 Mag Itagua Itabora Itabora Itabora Itabora Itabora
5 Mangaratiba Mag Itagua Itagua Japer Itagua Itagua
6 Maric Mangaratiba Japer Japer Mag Japer Japer
7 Nilpolis Maric Mag Mag Nilpolis Mag Mag
8 Niteri Nilpolis Mangaratiba Mangaratiba Niteri Nilpolis Maric
9 Nova Iguau Niteri Maric Nilpolis Nova Iguau Niteri Mesquita
10 Paracambi Nova Iguau Nilpolis Niteri Paracambi Nova Iguau Nilpolis
11 Petrpolis Paracambi Niteri Nova Iguau Queimados Paracambi Niteri
12 Rio de Janeiro Rio de Janeiro Nova Iguau Paracambi Rio de Janeiro Queimados Nova Iguau
13 So Gonalo So Gonalo Paracambi Queimados So Gonalo Rio de Janeiro Paracambi
14 So Joo do Meriti So Joo do Meriti Queimados Rio de Janeiro So Joo de Meriti So Gonalo Queimados
15 Rio de Janeiro So Gonalo Seropdica So Joo de Meriti Rio de Janeiro
16 So Gonalo So Joo de Meriti Tangu Seropdica So Gonalo
17 So Joo de Meriti Seropdica Tangu So Joo de Meriti
18 Seropdica Tangu Seropdica
4
19 Tangu Tangu
Total de Municpios 14 14 19 18 16 17 19
1 - Municpios oriundos da emancipao do municpio de Nova Iguau (Japeri, Queimados, Belford Roxo e Mesquita).
2 Municpios oriundos da emancipao do municpio de Mag (Guapimirim).
3 Municpios oriundos da emancipao do municpio de Itagua (Seropdica).
4 Municpios oriundos da emancipao do municpio de Itabora (Tangu).
596
Atualmente observa-se no Rio de Janeiro uma crescente retomada das questes sobre a
composio de um organismo metropolitano, este documento em si j uma reviso histrica
atravs das respectivas leis sobre este tema. O Governador do estado do Rio de Janeiro em suas
atribuies sanciona o Decreto N 42.832 de 31 de Janeiro de 2011, o qual institui o comit
executivo de Estratgias Metropolitanas, nomeia o coordenador geral, e d outras providncias.
Este decreto busca atender as seguintes consideraes:
(...)
-a necessidade de enfrentar os crescentes desafios da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro atravs da

coordenao da gesto dos assuntos de carter metropolitanos que estabelea polticas estratgicas para a
regio e, ao mesmo tempo, exera a interlocuo com os municpios integrantes da RMRJ, o Governo
Federal, as instituies de fomento nacionais e internacionais e os demais interlocutores institucionais;
-que, dentre os compromissos assumidos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro com o Banco Mundial
quando da formulao do Programa de Habitao e Desenvolvimento Urbano Metropolitano Sustentvel
- PROHDUMS, ficou estabelecido o fortalecimento do planejamento e da gesto do crescimento urbano da

Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo, dentre outras, aes visando promover a liderana do
Estado na gesto dos assuntos metropolitanos;
- que o sucesso do PROHDUMS est vinculado gesto integrada dos assuntos metropolitanos e a estreita
interao entre as diversas esferas da administrao pblica, seja de mbito federal, estadual e municipal,
alm da interlocuo com organismos pblicos e privados, organizaes sociais e com a sociedade em
geral;
-que de competncia do Estado a criao e gesto da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro segundo a
Lei Complementar Federal n 20 de 1974 e a Constituio Federal de 1988; e
-que torna-se, portanto, indispensvel criao de uma instncia capaz de estabelecer estes laos e propor
polticas estratgicas em todos os seus aspectos.
(...)
O Comit Executivo de Estratgias Metropolitanas tem por objetivo propor as polticas

estratgicas para a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, visando promover a gesto dos
assuntos de carter metropolitano, integrar suas demandas e planejar e executar as polticas
pblicas de interesse comum relativas ao desenvolvimento da regio.
O Comit coordenado pelo Vice-Governador do Estado e consta com os titulares das secretarias
de Estado: SEOBRAS (Secretaria de Estado de Obras), CASACIVIL (Secretaria de Estado da
Casa Civil), SETRANS (Secretaria de Estado de Transportes), SEA (Secretaria de Estado do
Ambiente), SEH (Secretaria de Estado de Habitao), SEFAZ (Secretaria de Estado da Fazenda),
597
SEASDH (Secretaria de Estado de Assistncia Social e Direitos Humanos) e SEPLAG (Secretaria
de Estado de Planejamento e Gesto). A Secretaria Executiva do Comit ser exercida pela
SEOBRAS que se responsabilizara de organizar a agenda do Comit, acompanhamento das
aes, coordenar e acompanhar os trabalhos tcnicos elaborar relatrios de andamento dos
projetos, realizar contrataes e consultorias.
Este Comit possui como atribuies bsicas definidas por esta Lei, as seguintes:
- Planejar e propor as medidas estratgicas necessrias para estabelecer as polticas pblicas de

carter metropolitano, capazes de fortalecer o planejamento e a gesto do crescimento urbano da
Regio Metropolitana do Rio de Janeiro de forma eficiente e sustentvel.
- Propor o estabelecimento de um organismo de gesto dos assuntos de carter metropolitano, no

mbito da estrutura do Governo do Estado do Rio de Janeiro, prevendo uma gesto participativa,
com forte interlocuo com os municpios integrantes da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro,
com o Governo Federal, as instituies de fomento nacionais e internacionais e os demais
interlocutores institucionais relevantes na regio.
- Desenvolver e implantar os instrumentos e procedimentos operacionais para a execuo destas

polticas, incluindo as atividades exclusivas do organismo de gesto a ser proposto, nas suas
especificidades, fases e etapas de implantao e operao.
- Implementar o Programa Integrado para a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, de acordo

com os compromissos assumidos com o Banco Mundial na configurao do PROHDUMS, visando
sua incluso no PPA 2010-2014, promovendo a integrao dos planos setoriais existentes e em
andamento.
6.2.4 Proposta Organizao Conceitual do Modelo de Gesto

Visando a gesto da regio e a melhoria da gesto municipal, o modelo de gesto a ser adotado
possui as seguintes funes, conforme diretrizes indicadas pelo termo de referncia e a AAE
(Produtos 4, 5 e 6).
Estruturar um organismo voltado gesto metropolitana, de forma a ampliar a articulao

entre os diversos entes governamentais, aperfeioar os investimentos pblicos na regio, e
evitar que haja grandes descompassos entre a implantao dos empreendimentos
previstos e as aes governamentais complementares e estruturantes. Vale destacar o
que dispe o Art 4 da Lei Complementar n 133/2009, a respeito da administrao da
598
RMRJ pelo Estado, na qualidade de rgo executivo, com assistncia de um Conselho
Deliberativo formado por representantes dos municpios que integram a Regio
Metropolitana.
Apoiar o fortalecimento institucional dos municpios para a gesto das polticas pblicas setoriais,
em particular dos rgos de planejamento e gesto do territrio e do meio ambiente, tais como os
Conselhos Municipais, por meio do Programa Nacional de Capacitao das Cidades PNCC,
desenvolvido pelo Ministrio das Cidades.
Aprimorar e atualizar instrumentos municipais de ordenamento territorial e de uso e

ocupao do solo, tais como os Planos Diretores, luz das novas dinmicas espaciais
decorrentes da implantao do Arco Metropolitano e das diretrizes do presente Plano
Diretor.
Estruturar e equipar as administraes pblicas municipais para a realizao do

licenciamento ambiental no mbito local, para a gesto das reas protegidas e para as
aes de monitoramento e fiscalizao.
Estabelecer metas, indicadores e mecanismos de monitoramento da qualidade ambiental,

econmica, social e institucional dos municpios do Arco Metropolitano.
Capacitar o capital humano das administraes pblicas municipais e do governo estadual,

diante das novas dinmicas econmicas, populacionais, ambientais, de trfego e de uso
do solo, alavancadas principalmente pela implantao do Arco Metropolitano e dos demais
empreendimentos estruturantes.
Apoiar o fortalecimento institucional das prefeituras por meio do aprimoramento da gesto

oramentria municipal, dos sistemas municipais de arrecadao tributria e da
capacitao dos servidores da administrao pblica para uma melhor gesto financeira
local.
Revisar a dotao oramentria dos municpios para a elaborao dos instrumentos de

planejamento, regulao e fiscalizao do ordenamento territorial-fundirio, quer de mbito
estadual, quer municipal.
Incentivar os municpios com extensas reas verdes preservadas (principalmente em Nova

Iguau, Paracambi e Cachoeiras de Macacu) a manter tais reas conservadas, utilizando-
se de alguns instrumentos econmicos, tais como o ICMS Ecolgico.
599
Integrar as polticas, planos e programas municipais, estaduais e federais incidentes na
regio, tais como o Macrozoneamento do ZEE/RJ, Plano Diretor da Bacia do Rio Iguau,
AAE COMPERJ, polticas pblicas do setor de transporte, incentivos econmicos, polticas
ambientais e de sade.
Fortalecer a estruturao e a ao de rgos colegiados como, por exemplo, o

CONLESTE, ou o comit da bacia hidrogrfica do rio Guandu, ou consrcios para
destinao dos resduos slidos ou consrcio de sade.
Estimular a busca de soluo conjunta para problemas locais comuns a diversos

municpios do Arco Metropolitano, principalmente com relao destinao de resduos
slidos, controle de emisses, proteo de mananciais e remanescentes florestais.
Incentivar a formao e o fortalecimento de associaes intermunicipais voltadas ao

desenvolvimento do turismo rural e ecoturismo, tais como Associao do Tingu, que j
atua na regio da REBIO Tingu, ou a iniciativa ao desenvolvimento de atividades
tursticas encabeadas pela Prefeitura de Paracambi no entorno do Parque Municipal do
Curi, recm criado.
Aprimorar os mecanismos de participao social da regio, aproveitando os vrios fruns

existentes de forma a atuarem com sinergia na implantao de aes, principalmente de
cunho ambiental e Social.
Articular os fruns e conselhos interinstitucionais das diferentes esferas de governo

(federal e estadual e municipal), organizaes no-governamentais, universidades, entre
outros.
Promover e efetivar parceiras pblico-privadas (PPPs) de carter socioambiental, criando

oportunidades de associaes pblico-privadas com organizaes no-governamentais na
conduo de aes socioambientais na rea de abrangncia do Arco Metropolitano.
Compatibilizar aes previstas no planejamento dos rgos pblicos e aes decorrentes

de medidas compensatrias e de mitigao de impactos dos diversos empreendimentos
estruturantes e de outros que venham a se instalar na regio, buscando o envolvimento
dos rgos colegiados e da sociedade civil na definio de prioridades, com vistas
ampliao de benefcios e reduo de redundncias.
600
6.3 Viso Conceitual do Sistema de Indicadores Metropolitano
6.3.1 Introduo
O sistema de indicadores tem por objetivo ser uma das ferramentas de apoio ao planejamento
sustentvel da regio de abrangncia do Arco Metropolitano, atendendo a um dos objetivos
propostos pelo Plano Diretor do Arco Metropolitano, que o estabelecimento de instrumentos de
gesto e planejamento aos tomadores de deciso e instituies vinculadas a gesto da regio de
abrangncia do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.
Como ferramenta de gesto, o sistema de indicadores ser til para a comunicao e o

monitoramento das atividades pelas instituies envolvidas na gesto integrada da regio do Arco
Metropolitano do Rio de Janeiro. Dentro do modelo de gesto a ser estabelecido, o sistema de
indicadores, permitir a visualizao dos avanos e do desempenho dos resultados das linhas de
ao deste Plano Diretor, das polticas, dos processos e projetos de natureza pblica e privada,
que estrategicamente, sero conduzidos para atender as propostas de desempenho em relao
s oportunidades e ao desenvolvimento sustentvel da regio de abrangncia do Arco
Metropolitano.
O sistema de indicadores ser composto por uma base de conhecimentos sociais, urbanos,
econmicos e ambientais, que arranjados hierarquicamente e elaborados em composies,
permitem o avano do conhecimento sobre o conjunto da regio de abrangncia do Arco
Metropolitano do Rio de Janeiro. Os indicadores propostos devero atender as seguintes
demandas destacadas pelo Termo de Referncia:
Prover uma visualizao sntese dos resultados alcanados, da evoluo da situao

econmica, social e ambiental das reas de abrangncia do arco metropolitano, bem como
das influncias dos empreendimentos estruturantes e dos projetos e intervenes
previstos.
Medir os impactos, os resultados e o desempenho de todas as aes e processos

previstos no Plano Diretor. Monitorar e medir o impacto das aes desenvolvidas pelo
Plano Diretor no que diz respeito evoluo e dinmica das realidades econmicas,
sociais, urbanas e ambientais da regio.
Os indicadores devem atender aos seguintes critrios: validade, confiabilidade, cobertura,

sensibilidade, especificidade, inteligibilidade, comunicabilidade, facilidade de medio,
periodicidade de sua atualizao e desagregabilidade.
601
Permitir entendimento sobre a estrutura e dinmica demogrfica assim como a sua
espacializao destacando os diversos espaos em relao a sua expanso, densidade,
grau de urbanizao e estratificaes sociais.
Identificar os fluxos metropolitanos abrangendo informaes sobre as mobilidades e trocas

no interior da regio metropolitana e sua relao com os plos metropolitanos existentes.
Destacar as relaes funcionais, complementaridades, desempenhos e papis assumidos
na estrutura e morfologia da regio metropolitana.
No domnio scio-econmico incluir informaes sobre educao, saneamento ambiental,

atividades econmicas, energia eltrica, segurana pblica, transportes pblicos, acessos
a equipamentos diversos de sade, recreativos e culturais, renda e as caractersticas dos
processos de excluso e incluso.
A formao do Sistema de Indicadores Metropolitano est estruturada em trs fases. A primeira

fase a entrada dos dados no sistema, aqui esto sendo agrupados todos os dados oriundos dos
demais componentes do Plano Diretor do Arco Metropolitano que so: Componente 1 AAE
(Avaliao Ambiental Estratgica), Componente 2 PDU (Polticas de desenvolvimento Urbano) e
o Componente 3 PDES (Polticas de Desenvolvimento Econmico e Social); das Avaliaes
Municipais Participativas; e dos demais levantamentos realizados (estudos de impacto ambiental,
programas estratgicos, programas do governo de todas as esferas, projetos de agncias do
governo e levantamentos tcnicos cientficos oriundos de instituies de pesquisas); alm de toda
a cartografia bsica da meso-regio do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.
A segunda fase consiste das anlises espaos-temporais e normalizao. Nesta fase vinculamos
os dados, indicadores e informaes s suas respectivas representaes espaciais, sobre uma
base territorial metropolitana.
A terceira fase composta das sadas do sistema, ou seja, as consultas do sistema. Nesta fase
so selecionados os indicadores que suportaro as anlises espaciais, os estudos da paisagem,
as prospeces territoriais, os estudos sobre ordenamento urbano e territorial, a identificao de
potencialidades e oportunidades, os indicadores, os relatrios, os mapas, o monitoramento da
evoluo dos indicadores e demais anlises que se utilizem do Sistema.
Desta forma, o sistema servir como um instrumento de suporte para o Componente 5 -

Monitoramento e Componente 6 Construo dos cenrios, possibilitando a pesquisa e a
comparao dos indicadores, permitindo a visualizao das tendncias ao longo do tempo, alm
de documentar as alteraes nos indicadores. Esta informao visa subsidiar o planejamento e as
intervenes de projetos, polticas e aes no futuro, considerando as transformaes na
602
dinmica da paisagem na rea de abrangncia do Arco Metropolitano, considerando as
repercusses e mudanas oriundas da instalao dos empreendimentos estruturantes e do
prprio Arco, como eixo estruturante da nova dinmica econmica, territorial, social e ambiental
em um horizonte temporal de 20 anos.
Os recortes espaciais utilizados para a agregao dos dados e posterior construo dos
indicadores sero baseados nas divises espaciais utilizadas como base analtica para
representar dinmica, a heterogeneidade e as matrizes espaciais diferenciadas. Estes recortes
baseiam-se na organizao poltico-territorial (Municpios, Estados e regies) e pela diviso de
coleta e obteno dos dados, sendo neste caso os levantamentos demogrficos e censitrios. O
conhecimento da diversidade interna da regio abrangida pelo Arco Metropolitano e suas
representaes espaciais, devem ser construdas de modo a informar e subsidiar o processo de
planejamento e gesto, sua sustentabilidade e governabilidade.
O conjunto de indicadores que formaro o Sistema de Indicadores Metropolitanos referenciado

base espacial carregada no banco de dados, sendo o nvel de representao cartogrfica
dependente do nvel da agregao de cada indicador ou do nvel de detalhe do dado levantado.
Como exemplo, o dado de rea urbana (em ha) pode ser apresentado para diversas unidades
espaciais (regio metropolitana, municpio, distrito, etc.), observando o nvel de detalhe das
manchas urbanas identificadas no mapeamento do uso e cobertura do solo disponvel. Da mesma
forma, os dados demogrficos ou outros dados censitrios podem ser agregados em diferentes
nveis, limitados ao detalhe do setor censitrio disponibilizado pelo IBGE.
Toda a estrutura do sistema de indicadores est desenhada visando possibilidade de

atualizao, monitoramento e distribuio das informaes inseridas no banco de dados. Espera-
se que esta estrutura seja atualizada medida que novas informaes estejam disponveis sobre
todas as possveis temticas abordadas pelo Plano Diretor do Arco Metropolitano. Esta
atualizao atividade imprescindvel para o acompanhamento e monitoramento das futuras
aes e programas definidos pela carteira de aes e projetos, produto final do Plano Diretor.
Abaixo segue a representao esquemtica da viso conceitual do Sistema de Indicadores
Metropolitano e sua articulao com os demais componentes do Plano Diretor (Figura 6.2).
603
Avaliao
`Componente 1 - Componente 2 - Componente 3 -
Cartografia Bsica Municipal
AAE PDU PDES
Participativa
Converso e
Normalizao
Extrao de Normalizao das
(Projeao, Datum,
Dados Informaes em
Metadados, etc)
Dados Espaciais
Carregamento no
Sistema de
Indicadores
Metropolitano
Mapas
Sistema de
Indicadores
Metropolitano
Tabelas
Indicadore,
Cartografia
e dados.
Anlise da
Monitoramento e Paisagem e Elaborao da
Risco Elaborao de Matriz de Riscos
Cenrios
Gesto do Plano
Figura 6.2 - Viso Conceitual do Sistema de Gesto Integrada do Plano Diretor do Arco Metropolitano
604
6.3.2 Estruturao e seleo dos Indicadores Metropolitanos
Os indicadores so utilizados para informar, planejar, auxiliar, monitorar as metas e medir o
desempenho das aes tomadas. Os indicadores so ferramentas de avaliao do desempenho
de polticas, processos, programas, projetos e aes que permitem acompanhar a dinmica e
evoluo a um dado objetivo ou meta (Sistema FIRJAN, 2008). A opo por uma anlise por
indicadores considerada importante para o processamento de informaes mltiplas e variadas,
permitindo de uma forma grfica e simples, a traduo de realidades complexas.
A formao de um Sistema de Indicadores tem por finalidade ser uma ferramenta de gesto que
possibilite o monitoramento, a visualizao de tendncias, o acompanhamento do desempenho e
a divulgao dos resultados alcanados. Para facilitar a organizao do universo de indicadores
desenvolvidos em todas as etapas do Plano Diretor do Arco Metropolitano, a sua construo
utilizar uma seqncia, a partir de um conjunto de indicadores bsicos, de procedimentos de
anlise, agrupamento e seleo de indicadores chaves, para a divulgao e visualizao dos
resultados, conforme representado esquematicamente na Figura 6.3.
Figura 6.3 - Etapas simplificadas de construo de indicadores e ndices.
Observa-se que a construo dos indicadores inicia-se com a obteno dos dados primrios, e
posterior anlise dos dados (Dados Analisados). Aps analise dos dados primrios so
elaborados os indicadores bsicos, que buscam descrever as condies da Regio metropolitana
e o acompanhamento das alteraes nos ambientes natural e socioeconmico. Os indicadores
bsicos possuem o objetivo de construir uma visualizao integrada e relacional de todos os
domnios temticos, objeto de estudo do Plano Diretor, e definidos como prioritrios pelo Termo
605
de Referncia (TR). Os indicadores bsicos ajudam a identificar os processos que afetam a
qualidade ambiental e a sustentabilidade regional, ajudando na avaliao e no monitoramento de
polticas pblicas. Por definio os indicadores bsicos so compostos por todo o universo de
indicadores levantados pelos estudos e componentes do Plano Diretor do Arco Metropolitano, seu
monitoramento se faz necessrio para o acompanhamento da evoluo do Perfil Metropolitano do
Rio de Janeiro.
Para permitir o entendimento das relaes entre os indicadores com a carteira de aes e
polticas prioritrias definidas pelo Plano Diretor do Arco Metropolitano ser utilizada a
organizao dos indicadores bsicos no modelo DPSIR composto de: (i) indicadores de Foras
Motrizes (D Drive Forces); (ii) indicadores de Presso (P Pressure); (iii) indicadores de Estado
(S State); indicadores de Impacto (I - Impact) e indicadores de Resposta (R Response).
Posteriormente, um conjunto reduzido de indicadores Indicadores Chaves - selecionado e/ou

formulado a partir do conjunto de indicadores bsicos, com o propsito principal de comunicao.
Os Indicadores Chaves subsidiam tomadores de deciso polticas e fornecem informao para o
pblico em geral.
A definio do conjunto de indicadores depende da sua utilizao e, considerando sua temtica,

estes so selecionados com base em sua relevncia, solidez analtica e mensurabilidade (OCDE,
2008). Existem diversos critrios de seleo que norteiam a escolha de indicadores, como:
relevncia; validade; inteligibilidade de sua construo, factibilidade para obteno; periodicidade
na atualizao; confiabilidade; comunicabilidade; cobertura; Sensibilidade; desagregabilidade;
especificidade; historicidade; comparabilidade; e custo-efetividade (Jannuzzi, 2004). O processo
de construo de indicadores pode ser entendido atravs dos passos a seguir:
1) Construir indicadores bsicos a partir dos dados primrios, observando os critrios de

seleo;
2) Organizar os indicadores em uma estrutura lgica, j definida e utilizada mundialmente,

que se baseia no modelo DPSIR (Driving Force, Pressure, State, Impact, Response);
3) Elaborar indicadores agregados e ndices para formar um conjunto reduzido de Indicadores

Chaves que permitem agilidade e facilidade de divulgao e compreenso dos diversos
pblicos envolvidos na temtica Metropolitana.
606
6.3.3 A construo do modelo DPSIR
Atualmente pode-se encontrar uma grande diversidade de indicadores propostos para caracterizar
os estados dos sistemas naturais e socioeconmico, estes auxiliam no acompanhamento e
reflexo das tendncias futuras, e possibilitam o acompanhamento dos progressos alcanados na
realizao de objetivos e metas de polticas voltadas ao desenvolvimento sustentvel regional.
Desta forma, se apresenta necessria alguma forma de estruturao e de anlise de indicadores,
considerando suas relaes causais e as inter-relaes entre sistemas. Esta estruturao deve
possibilitar a definio dos indicadores que devem ser pesquisados e descrever as relaes
funcionais de causa-efeito entre os sistemas natural e antrpico, representados em suas
diferentes dimenses: ecolgica, econmica, social, tecnolgica, entre outras (EEA, 1999). Nesta
linha, alguns modelos de organizao de indicadores tm sido propostos e utilizados
mundialmente, como o PSR (Presure-State-Response) ou PER (Presso Estado Resposta),
adotado pela Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE, 1994) ou
DSR (Drivers State Response) da Comisso das Naes Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentvel (ONU,1997). Mais recentemente o esquema DPSIR (Driving Force Presure State
Impact Response) foi proposto pela Enviroment European Agency (EEA, 1999) que amplia o
modelo PSR com a adio de dois novos componentes: Foras motrizes (Drivers Forces) e
Impactos (Impacts) (Lang e Blaschke, 2009).
Estes modelos esto centrados no conceito de causalidade, onde atividades humanas (foras
motrizes) exercem presso sobre as condies do meio ambiente (estado) e mudam suas
qualidades e quantidades (impactos). A sociedade responde a estas mudanas atravs de
polticas ambientais, econmicas e setoriais (resposta). Estes passos formam parte de um ciclo
que inclui a percepo dos problemas, a formulao de polticas, monitoramento e avaliao.
Desta forma, os indicadores bsicos do Sistema de Indicadores Metropolitano so organizados

conforme o modelo DPSIR: Driving force (Fora Motriz) Pressure (Presso) State (Estado)
Impact (Impacto) Response (Resposta). Modelo difundido pela European Enviroment Agency
(EEA). Este modelo abrange os conceitos mais detalhados na anlise da relao entre os diversos
fatores como as causas, efeitos e respostas que exercem impactos sobre o ambiente,
descrevendo, sobretudo, a dinmica em que as mudanas ocorrem (ver Figura 6.4 e Quadro
6.3.3-1).
607
Segundo este modelo, as condies atuais do sistema (Estado) sofrem alteraes, como
resultado do desenvolvimento socioeconmico, que exerce presses sobre o ambiente. Estas
alteraes causam impactos (positivos ou negativos) sobre as condies de vida humana, os
ecossistemas, a paisagem, os recursos naturais, etc. Neste processo, a sociedade estimulada a
fornecer respostas, de acordo com a fora motriz, presso, estado ou impacto, de modo a se
adaptar, aproveitar ou desenvolver aes reparadoras adequadas.
DPSIR (*)
FORAS (D) causa PRESSO (P)
modifica altera
previne,
reduz restaura,
ESTADO (S)
conserva
mitiga,
compensa gera
provoca,
RESPOSTA (R) IMPACTO (I)
demanda
(*) D Drivers Forces; P Presure; S State; I Impact; R Response
Figura 6.4 Modelo DPSIR
O modelo DPSIR pode ser usado como uma plataforma de anlise para avaliar questes relativas
dinmica regional. Isto permite uma avaliao abrangente das questes crticas atravs do
exame das foras motrizes e presses relevantes sobre o estado dos sistemas, naturais e
antrpico da regio, e seus Impactos, e as respostas previstas, bem como as interligaes entre
cada um desses elementos.
Quadro 6.3.3-1 - Descrio dos elementos do Modelo DPSIR
Elemento Descrio
Foras Indicadores respondem a pergunta o que tem efeito sobre o sistema? So
Motrizes causas subjacentes s alteraes, quantitativas ou qualitativas no sistema, e
D representa todas as foras que interferem no sistema. Em um contexto
(Driving macroeconmico de produo ou processos de consumo podem ser estruturados de
Forces) acordo com os sistemas econmicos: indstria, transportes, urbanizao, agricultura.
Presses Indicadores respondem a pergunta como as foras motrizes afetam o sistema?
P So tenses provocadas no sistema pelas as Foras Motrizes.
(Pressures)
Estado Indicadores que descrevem as condies do sistema. Enfocando as
S
(State) caractersticas (fsica, qumica, biolgica e socioeconmicas) que devem ser
608
analisadas.
Define os efeitos da presso sobre o Estado das condies do sistema. Os
Impacto
I indicadores descrevem como e quanto o Estado do sistema muda como resultado
(Impact)
das presses aplicadas.
Respostas Respostas da sociedade aos impactos no Sistema.
R
(Responses)
Os indicadores enquadrados no modelo DPSIR tem sido comumente utilizado para descrever os
elementos e os encadeamentos das atividades humanas e seus impactos sobre o ambiente e a
eficincia das respostas a esses impactos. Identificando as relaes causais dos processos que
se desenvolvem no sistema socioeconmico e suas conseqncias para o ambiente biofsico.
Neste trabalho consideramos o ambiente no seu sentido mais amplo, abrangendo tanto os
sistemas naturais, como o sistema socioeconmico ou Tecnoecosistema.
O termo tecnoecossistema foi sugerido pelo eclogo da paisagem Zev Naveh (1982) e representa
o espao transformado pela sociedade urbano-industrial, com suas funes e tecnologias
desenvolvidas. O tecnoecossistema afeta os ecossistemas naturais, ao qual so competitivos e
dependentes. Um modelo de interao entre os tecnoecossistemas urbano-industriais e
ecossistemas naturais proposto por E. Odum e W. Barret (2007), ver Figura 6.5, destacando que
para sobrevivncia em um mundo de recursos finitos importante que se faa a interface com os
ecossistemas de suporte vida de um modo mais positivo e mutualstico do que o atualmente
realizado. O modelo mostra as entradas de fontes energticas (combustveis fsseis e urnio) e
de recursos naturais e as crescentes sadas sob forma de poluio do ar, da gua e a gerao de
resduos slidos, com um fluxo financeiro entre a sociedade e os sistemas construdos pelo
homem, e como os tecnoecossistemas precisam considerar os custos e compensaes do uso de
bens e servios (capital natural) fornecidos pelos ecossistemas naturais, a fim de aumentar a
sustentabilidade da paisagem.
Desta forma, o modelo DPSIR ser organizado paras as dimenses que abrangem tanto os
sistemas naturais, como o tecnoecossistema, a saber: (i) Desenvolvimento Urbano e
Ordenamento Territorial; (ii) Dinmica Econmica; (iii) Condies de Vida; (iv) Qualidade
Ambiental; (v) Transporte e Logstica; e (vi) Governana.
609
Figura 6.5 Modelo de interao entre o tecnoecossistema e ecossistemas naturais.
Fonte: Odum e Barret (2007).
Para a definio das dimenses foram observados, os temas-foco indicados no Quadro de

Repercusses e Mudanas apresentadas nos estudos do Componente 1 - Avaliao Ambiental
Estratgica (AAE)2 do Plano Diretor Estratgico do Arco Metropolitano. O Quadro de
Repercusses e Mudanas tem como ponto de partida os Fatores Crticos da dinmica regional,
agrupados nos grandes temas foco, adotados como as dimenses para o modelo DPSIR. As
mudanas constituem efeitos ou impactos estratgicos da implantao dos principais
investimentos estruturantes, e esto sintetizadas no Quadro de Repercusses e Mudanas. Neste
quadro esto identificados e qualificados os principais processos que afetam com ganhos ou
perdas a qualidade ambiental e a sustentabilidade regional, sugerindo posicionamentos
estratgicos por parte dos setores pblicos e privados com atuao na regio, o que significa
antecipar mecanismos decisrios desde a atualidade, sejam de natureza locacional, seja de
proviso de infra-estrutura e de equipamentos, seja no planejamento formal, entre outras.
2
A indicao dos fatores crticos para elaborao do Quadro de Repercusses e Mudanas apresentada
no Produto 3 Fatores Crticos, do Componente 1 - Avaliao Ambiental Estratgica (AAE). As
repercusses e mudanas so aprofundadas nos demais Produtos da AAE, que formam dois volumes de
relatrios: um referente ao Produto 4 (Repercusses e Mudanas) e outro abrangendo os Produtos 5, 6 e 7.
610
Os temas foco tm o papel de organizar as questes e potencialidades antevistas quando da
estruturao da Cena Atual3 da regio de abrangncia do Plano Diretor. Esta organizao busca a
apreenso do comportamento dinmico e locacional (seu rebatimento territorial), dos futuros
efeitos na dinmica da regio com a implantao do Arco Metropolitano e demais investimentos
estruturantes. Esta organizao busca identificar os aspectos mais relevantes a serem analisados,
possibilitando definir os fatores crticos para os quais devem estar dirigidas as opes
estratgicas, bem como as diretrizes e recomendaes do Plano Diretor da regio de abrangncia
do Arco Metropolitano. A Figura 6.6 apresenta de forma esquemtica o procedimento
metodolgico para definio dos fatores crticos e os temas foco identificados.
3
Para maiores detalhes sobre a estruturao da Cena Atual da regio de estudo ver o Produto 2 do Componente 1
Avaliao Ambiental Estratgica do Plano Diretor do Arco Metropolitano.
611
Figura 6.6 - Procedimento metodolgico para identificao de Fatores Crticos (Elaborao ARCADIS Tetraplan, 2009)
612
Para o desenvolvimento do modelo DPSIR, tendo como referncia o Quadro de Repercusses e
Mudanas e as Diretrizes indicadas no Componente 1 AAE, so incorporados os avanos e
aprofundamentos resultantes dos estudos do Componente 2 Poltica de Desenvolvimento
Urbano e Componente 3 Poltica de Desenvolvimento Econmico e Social; alm dos resultados
das Avaliaes Municipais Participativas. O modelo DPSIR trata-se de um instrumento integrador
dos estudos temticos do Plano Diretor, com vistas a definir o conjunto de indicadores bsicos
que caracterizam a cena atual da regio, descrevem as modificaes previstas e permitem o
monitoramento do processo de dinmica regional, incluindo o acompanhamento das estratgias e
aes propostas pelo Plano de Diretor. Para cada uma das dimenses (ver Figura 6.7) sero
apresentados os indicadores que descrevem os processos regionais.
Figura 6.7 - Esquema das dimenses aplicadas ao modelo DPSIR.
613
6.3.4.1 Foras Motrizes
No modelo DPSIR destaca a importncia do conceito das Foras Motrizes que esto atuando no
desenvolvimento e na dinmica da paisagem. As Foras motrizes so atividades humanas ou
processos econmicos subjacentes que governam as presses e suas aes modificadoras da
qualidade e/ou na quantidade do sistema. As Foras Motrizes podem ser categorizadas para fins
de organizao em diversos domnios: naturais, culturais, socioeconmicas, tecnolgicas e
polticas (Brgi, Hersperger; Schneeberger, 2004).
Para o modelo causal DPSIR para a regio de abrangncia do Arco Metropolitano, as principais
foras motrizes identificadas como transformadoras da regio so representadas principalmente
pela implantao do Arco Metropolitano e dos investimentos estruturantes (industriais e logsticos)
previstos e descritos na definio do objeto do Componente 1 Avaliao Ambiental Estratgica4;
bem como os processos desencadeados pela implantao desses empreendimentos com
potencial de mudana nos padres de uso e ocupao do solo da regio. Esses processos
acompanham o desenvolvimento econmico da Regio Metropolitana, e conseqente valorizao
da terra, como: a expanso e adensamento urbano, e investimentos imobilirios. No Quadro
abaixo apresentado uma descrio sinttica desses processos e as principais foras motrizes
identificadas a partir deles.
Quadro 6.3.4.1-1 - Identificao das foras motrizes a partir dos fatores crticos e processos de
transformao do espao da regio metropolitana do Rio de Janeiro
Foras Motrizes Processos
A implantao de infra-estrutura de transportes valoriza a

Investimentos Estruturantes rea do entorno, que se torna atrativa para a ocupao;
Atividades econmicas ou urbanas de grande porte
(indstrias ou shopping centers, por exemplo) so
atradas para estas reas em funo dos novos ndices
de acessibilidade (por vezes, a infra-estrutura de
transporte implantada justamente para beneficiar essas
atividades, porm a oferta de acessibilidade que
viabiliza o incio do processo de ocupao);
As atividades econmicas ou urbanas de grande porte,
juntamente com a infra-estrutura de transportes, atraem
atividades complementares, como empresas, comrcio e
servios, dinamizando o processo de ocupao da rea;
4
Ver Relatrio que consolida os Produtos 5, 6 e 7 do Componente 1 Avaliao Ambiental Estratgica.
614
Foras Motrizes Processos
O desenvolvimento econmico da rea gera crescimento

populacional e, conseqentemente, demanda por
habitao, entre tantas outra demandas cones
associadas a educao, sade, sistema virio. Em alguns
casos, quando as reas urbanas esto saturadas, a
simples implantao de infra-estrutura de transporte atrai
habitao, como o caso das ocupaes irregulares que
se desenvolveram ao longo de vias importantes, como a
Avenida Brasil, Linha Vermelha e outras. Em outros
casos, o aumento da acessibilidade de determinada rea
antes desvalorizada para a moradia a torna atrativa para
o mercado imobilirio, como por exemplo, o municpio de
Niteri aps a construo da Ponte Rio-Niteri e Duque
de Caxias, aps a inaugurao da segunda parte da
Linha Vermelha.
Perda do Dinamismo das Atividades O baixo dinamismo econmico das atividades rurais
Agrcolas oferece espao para substituio por outras tipologias de
uso do solo, inclusive por ocupaes irregulares nas
reas perifricas aos aglomerados urbanos. Os
municpios situados ao Norte e ao leste do Arco
Metropolitano ainda possuem expressivas reas rurais no
seu territrio.
Valorizao Ambiental e Minimizao A ocupao da regio condicionada s caractersticas
dos Riscos naturais, como relevo (escarpas declivosas e plancies de
inundao) e a presena de ecossistemas naturais
importantes associadas ao domnio da Mata Atlntica
(floresta ombrfila, restinga e mangue).
O relevo dificulta a ocupao, em especial nas reas
mais declivosas, ou causa transtornos a mesma,
particularmente nos perodos chuvosos, com ocorrncia
de deslizamento nas encostas e inundaes nas reas de
baixadas.
Os ecossistemas naturais remanescente levam ao
estabelecimento de reas protegidas que impe
restries ocupao.
Outros processos que j ocorrem na regio tambm foram considerados como foras causais no
processo de ocupao do territrio, como: o declnio da atividade agrcola e a crescente
valorizao dos ativos ambientais. A perda de dinamismo da atividade agrcola um fator
significativo ao disponibilizar terras para outras tipologias de ocupao, em especial para a
expanso urbana.
De maneira a completar o quadro de foras relevantes na regio foram consideradas algumas

caractersticas naturais que condicionam significativamente a ocupao da regio, em virtude de
uma crescente valorizao pela conservao ambiental e minimizao dos riscos de acidentes
naturais, que apresentam importantes rebatimentos sobre as dimenses consideradas na
615
organizao dos indicadores. Neste contexto, o relevo e a presena de remanescentes de
ecossistemas naturais, no domnio da Mata Atlntica (um hotspot de biodiversidade), influenciam
na dinmica regional, impondo restries ocupao do territrio, ao desenvolvimento das
atividades econmicas e influenciando as condies de vida da populao da regio.
A partir da identificao das foras motrizes estabelece-se a identificao dos eventos e das
relaes causais que atuam na regio metropolitana, considerando o sistema formado pelos
ambientes natural e socioeconmico e sobre quais os principais compartimentos deste sistema
eles atuam, e os impactos provocados por essa atuao. Possibilitando organizar as diretrizes
estratgicas e aes propostas nos estudos dos componentes do Plano Diretor, que antecipem
mecanismos decisrios como forma de respostas sociais a essa dinmica, potencializando as
oportunidades e minimizando as fragilidades, na busca da sustentabilidade regional.
6.3.4.2 Presses
As presses so tenses causadas no sistema pelas foras motrizes, e seus indicadores
respostem pergunta: como as foras motrizes afetam o sistema?. De uma forma geral, esses
indicadores buscam caracterizar como e com que intensidade as atividades humanas podem
alterar a condio do Estado, considerando as dimenses: (i) Ordenamento territorial, (ii)
Dinmica Econmica; (iii) Transporte e Logstica; (iv) Condies de Vida; e (v) Qualidade
Ambiental. Analisando as foras transformadoras da regio, se identifica dois processos
principais, o crescimento econmico e o crescimento demogrfico, e que podem causar
significativas presses nos sistemas (socioeconmico e natural) e na dinmica regional. As
principais presses identificadas so:
A ocupao da terra por novas construes urbanas, industriais e infraestruturas (rodovias,

ferrovias, portos, etc);
O aumento do trfego e movimento de passageiros e cargas, causado pelo crescimento
econmico e densificao da regio;
A gerao de economias de aglomerao (gerao de empregos, oportunidades de
encadeamentos, investimentos em infraestrutura pblica) causada pelo aumento da
capacidade produtiva;
A gerao de externalidades negativas (ambiental, social e econmica) causada pela
implantao dos investimentos estruturantes e pela densificao da regio;
O aumento da demanda por infraestrutura e servios pblicos;
Ocorrncia de reas de baixa densidade econmica nas zonas rurais e periurbanas;
Restries a ocupao de reas cobertas por ecossistemas naturais e reas de risco.
616
O quadro abaixo mostra a relao entre foras motrizes e presses. A intensidade das presses
geradas , em certa medida, diretamente influenciada pela eficincia das tecnologias e processos
empregados pela foras motrizes e do controle social sobre estes.
Quadro 6.3.4.2-1 - Identificao das foras motrizes a partir dos fatores crticos e processos de
transformao do espao da regio metropolitana do Rio de Janeiro
Presses Processos
A ocupao da terra por novas construes urbanas,

Crescimento econmico
industriais e infraestruturas (rodovias, ferrovias,
1. Mobilidade e Transporte portos, etc);
2. Industrializao O aumento do trfego e movimento de passageiros e
cargas, causado pelo crescimento econmico e
3. Oferta de Emprego densificao da regio;
A gerao de economias de aglomerao (gerao de
empregos, oportunidades de encadeamentos,
Crescimento populacional investimentos em infraestrutura pblica) causada pelo
aumento da capacidade produtiva;
4. Urbanizao
A gerao de externalidades negativas (ambiental,
social e econmica) causada pela implantao dos
investimentos estruturantes e pela densificao da
regio;
O aumento da demanda por infraestrutura e servios
pblicos.
Facilita a ocupao das terras agrcolas por outros

5. Ocorrncia de reas de baixa usos do solo;
densidade econmica nas zonas rurais e
periurbanas Propicia a regenerao natural das terras com baixa
utilizao ou abandonadas
Ocupao de reas irregulares

6. Condies naturais
- Relevo Aprimoramento das prticas de reflorestamento e
licenciamento ambiental
- Ecossistemas naturais
- Clima (pluviosidade) Estabelecimento de novas unidades de conservao
Desenvolvimento de uma maior conscientizao sobre
os servios ambientais, servidos pelos ecossistemas
naturais.
6.3.4.3 Estado
As condies atuais dos sistemas (Estado) sofrem alteraes, como resultado do
desenvolvimento socioeconmico, que exerce presses sobre os mesmos. Os indicadores de
617
Estado simplesmente descrevem as condies da sistema, e so do tipo descritivo, enfocando a
caractersticas que devem ser analisados (fsicos, qumicos, biolgicos, sociais e econmicos).
6.3.4.4 Impacto
As alteraes nas caractersticas fsicas, qumicas ou biolgicas do estado do ambiente

determinam a qualidade dos ecossistemas e o bem-estar dos seres humanos. Em outras
palavras, as mudanas no estado podem ter impactos ambientais ou econmicas "sobre o
funcionamento dos ecossistemas, suas capacidade de suporte de vida e, finalmente, sobre a
sade humana e sobre o desempenho econmico e social da sociedade. Define os efeitos
positivos ou negativos da presso sobre o estado das condies dos sistemas, a sade pblica e
a vida. Os indicadores de impacto descrevem como e quanto o estado do sistema muda como
resultado das presses aplicadas.
6.3.4 Indicadores Chaves

Os indicadores chaves formam um conjunto reduzido de indicadores, que sero selecionados e/ou
formulados a partir do conjunto de indicadores bsicos, organizados no modelo DPSIR, para cada
uma das dimenses especificadas na Figura 6.14. O propsito principal dos Indicadores Chaves
a comunicao, subsidiando tomadores de deciso polticas e fornecem informao para o pblico
em geral (ver figura 6.15). Desta forma, os Indicadores podem levar a decises melhores e mais
eficazes, ao simplificar, clarificar e tornar disponveis informaes agregadas aos gestores
pblicos. Eles podem ajudar a incorporar o conhecimento tcnico-cientifico na tomada de
decises, possibilitando o monitoramento das aes planejadas e promover ajustes, verificando o
avano em direo s metas de desenvolvimento sustentvel (CSD, 2007).
Os indicadores chaves sero selecionados por trs critrios bsicos: relevncia, disponibilidade e
recorrncia. Desta forma, necessrio que eles sejam relevantes para as dimenses que eles
representam; as informaes para sua formulao sejam disponveis; e sejam gerados
anualmente, para permitir o monitoramento durante um ciclo poltico.
618
Figura 6.8 - Organizao em indicadores Bsicos, Indicadores Setoriais e Indicadores Chave
Com o universo de indicadores simples desenvolvidos sero construdos indicadores agrupados,

nesta etapa sero empregadas tcnicas para a definio de indicadores agregados: temticos,
setoriais e funcionais, que permitam a visualizao das inter-relaes entre os indicadores e suas
relaes de interdependncia (Figura 6.16). A construo dos indicadores finaliza-se na
elaborao dos ndices, que so indicadores construdos com a finalidade de expressar uma
qualidade ou funo que no apresenta medio direta, por exemplo, podemos citar: IDH (Indice
de Desenvolvimento Humano), IQM (Indice de qualidade dos municpios) e PIB (Produto Interno
Bruto).
619
Ecossistemas
Preservao dos
Ecossistemas
Mananciais de
gua
Grau de
Ambiental
Sustentabilidade
Biodiversidade
Qualidade
Ambiental
reas Verdes
Figura 6.9 - Processo de Agregao de Indicadores

Grau de
Scio-Ambiental
Sustentabilidade
Sade
Qualidade de Vida
Ensino Bsico
Social
Grau de
Sustentabilidade
Moradia Regular
Qualidade dos
Ambientes
Urbanos
Segurana
620
6.4 Construo do Sistema de Indicadores Metropolitanos
6.4.1 Introduo
Conforme descrito no Termo de Referncia, o Sistema de Indicadores permitir o tratamento das
informaes observando os seguintes condicionantes:
Possibilidade de separao de reas geogrficas
Guardar as representaes geogrficas em um determinado perodo de tempo.
Guardar os vnculos entre as reas novas com suas reas de origem.
Considerar diferentes nveis de unidades territoriais.
(Meta) Dados de indicadores
Diferentes freqncias de levantamento
Diferentes momentos de levantamento
Diferentes nveis de unidades territoriais
Neste capitulo explicado passo a passo como as definies do captulo 6.3 e os condicionantes
foram transformados em um modelo de dados e suas interfaces. Para isso analisamos cada
aspecto relevante para o sistema usando a metodologia ORM2 (Object-Role Modeling 2), que
facilita o entendimento e construo do modelo para o sistema. Comeamos com os aspectos
espaciais e temporais, seguido pela organizao dos dados e por ltimo, seus (meta) dados. Os
modelos integrais (ORM, Lgico e Fsico) so mostrados para ter uma viso geral da soluo.
Alguns nomes no modelo fsico foram adaptados para facilitar a escrever as consultas em SQL e
essas alteraes so descritas no captulo seguinte.
Depois da modelagem descrita a interface, para o usurio, que composta de dois mdulos:
Administrao e Consulta. O mdulo de administrao permite o cadastro de indicadores e seus
(meta) dados alm de gerenciamento da camada espacial. O modulo de consulta permite a
consulta pblica dos dados de indicadores em forma de grficos e tabelas.
621
6.4.2 Procedimentos Metodolgicos e Tecnologias Utilizadas
Para o desenvolvimento do sistema, sero utilizadas as seguintes metodologias e tecnologias de
anlises de dados:
Anlise: Metodologia ORM 2 (Object-Role Modeling 2), usando a ferramenta NORMA para
Microsoft Visual Studio 2008
Modelagem: Modelo Lgico (Diagrama) e Fsico (Diagrama e SQL) usando NORMA para
Microsoft Visual Studio 2008.
Implementao: Banco de dados SQLServer 2008R2 Express com ASP.NET, .NET 3.5.
6.4.3 Analise e Modelagem
6.4.3.1 Aspectos Espaciais e Temporais

necessrio que o sistema de indicadores contemple todas as situaes espaciais e temporais
ocorridas dentro da rea de abrangncia do estudo. Historicamente podemos citar vrios casos de
emancipao de distritos, tornando-se novos municpios e at mesmo o caso de fuso do Estado
da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro. Estas informaes, inclusive as representaes
espaciais devero ser armazenadas no sistema, com vinculo explicito destas novas entidades e
das entidades de origem. Assim se poder, de forma gil e objetiva, ter uma anlise em
momentos temporais diferentes, inclusive no perodo anterior a emancipao de um distrito. Outro
problema existente que diferentes indicadores so levantados em momentos e freqncias
diversos, e que as informaes podem ser desagregadas em diferentes nveis espaciais
(preciso), isto , algumas podem ser detalhadas para bairros ou setores censitrios, enquanto
outras correspondem somente ao nvel dos municpios, e nem todas as informaes so
disponveis para todas as reas. O sistema permitir a recuperao dos dados de acordo com sua
preciso e permitir entrada de novos indicadores, em nveis compatveis a sua preciso.
6.4.3.2 Possibilidade de separao de reas Geogrficas

Para permitir a separao e juno de entidades geogrficas, consideraremos o estado
temporrio de certas reas. Ou seja, uma entidade geopoltica (como exemplo: municpio)
apenas uma demarcao de uma rea fsica que existe, naquela forma, por certo perodo de
tempo e tem certo nvel na hierarquia da organizao geopoltica do pas. Na anlise
622
denominamos esta relao espacial-temporal de Situao da rea e ilustrada na Figura
6.10Erro! Fonte de referncia no encontrada..
Figura 6.10 - Situao da rea sem as demais relaes
Observe que, alm dos atributos comuns (nome, geocodigo e shape e nvel territorial), so
acrescidos os atributos Iniciou na Data e Terminou na Data. Estes atributos identificam o
perodo da situao. Tambm existem as relaes recursivas entre as situaes, que so usados
para definir as relaes temporais entre elas, sendo uma indicando qual era a situao anterior e
a outra qual a situao posterior, como ilustrado na Figura 6.11.
623
Veio de Municpio B
Municpio A
Municpio C
1975 a 1978
Municpio A Veio de
Veio de
1978 a 1985
Foi para Veio de
Municpio A
Foi para
1985 a 2009
Figura 6.11 - Relaes temporais entre entidades
As restries de anis (ring constraint) impostas nas relaes, so indicadas com o smbolo ,
so do tipo acclico e intransitivo que quer dizer que a hierarquia deve seguir uma estrutura tipo
arvore5.
Para completar a informao da Situao da rea indicado qual o nvel territorial (estado,
municpio, bairro, etc.) para cada situao, e a qual ela pertence. Veja Figura 6.12.
5
Igual a uma arvore genealgica: No permitido que um filho seja o pai do av, nem pode ser o av e pai
da mesma pessoa. No pode ser o seu prprio pai, etc.
624
Figura 6.12 - Relao geopoltica da Situao da rea
indicada com outra relao recursiva a qual situao ela pertence (bairros apontando para o seu
municpio, por exemplo). O outro atributo indica qual o seu nvel territorial (bairro, municpio,
estado, etc.). Para cada nvel, tambm deve ser registrado o nvel superior como indicado no
diagrama. Este nvel de abstrao permite a flexibilidade de atribuio dos indicadores a qualquer
entidade geopoltica. Alm disso, oferece a possibilidade de reorganizar a estrutura geopoltica no
futuro conforme necessrio.
6.4.3.3 Organizao dos indicadores

No escopo deste trabalho, existem vrias categorias de indicadores que tratam diversos aspectos
da sociedade que so tipificados conforme o modelo DPSIR e encaixados em um elemento
principal conforme a lista embaixo:
Transporte
Industrial
Urbano
Econmico
Agrcola
Ambiental
Cada um destes elementos principais pode ser desmembrado em outros que na sua vez podem
ser desmembrados de novo, etc. Por exemplo:
625
1. Transporte
1.1. Construo infraestrutura de transporte
1.1.1. Implantao de novas infraestruturas
1.1.1.1. Terrestre
1.1.1.1.1. Rodovirio
1.1.1.1.2. Ferrovirio
1.1.1.1.3. Metrovirio
1.1.1.2. Martimo
1.1.1.1.4. Ligaes aquavirias
1.1.1.1.5. Portos
Para facilitar a anlise dos indicadores, dever ter a possibilidade de agrupar vrios elementos em
uma viso. Isso realizada atravs de agrupamento dos elementos em dimenses, onde um
elemento faz parte de, no mnimo, de um ou mais dimenses. As dimenses atualmente
disponveis no sistema esto listadas embaixo.
Desenvolvimento Urbano
Desenvolvimento Econmico
Transporte e Logstica
Qualidade Ambiental
Condies de Vida
Governana
Com estas informaes chegamos ao modelo conceitual mostrado na figura abaixo (Figura 6.13)
Figura 6.13 Modelo conceitual da organizao dos Indicadores
626
O modelo conceitual se traduz no modelo lgico (Modelo ER) conforme mostrado na Figura 6.14:
Figura 6.14 - Modelo lgico da organizao dos Indicadores
Nota que o pico dentro da entidade Elemento a representao da recursividade usada para
construir a organizao entre os elementos. A entidade Papel na verdade no tem influncia no
modelo de dados e funcionamento do sistema. Ela meramente guarde os textos para explicar e/ou
descrever cada tipo de Elemento para cada dimenso. Estes textos so usados para mostrar a
introduo ao usurio conforme mostrado no captulo 6.6.3.
6.4.3.4 Meta-dados dos indicadores

Para interpretar um indicador, so necessrios alguns dados como o nome, a unidade de medida
e a sua formao/procedimento de levantamento. Por exemplo, a frmula matemtica para
calcular os dados. Este informao infelizmente nem sempre disponvel, mas se tiver, o sistema
permite a entrada da mesma. Tambm permitido definir se o aumento nos valores e/ou
tendncia considerado positivo, negativo ou impossvel de determinar. Por exemplo, os valores
de poluio de ar tem que descer para ser avaliado como positivo enquanto o PIB tem que subir
para ser positivo. Tambm existem dados que no podem ser avaliados simplesmente como bom
627
ou ruim, pois depende de outros fatores e/ou opinies pblicas, como o crescimento da populao
por exemplo. Para isso o sistema tem que permitir a entrada de:
Direo da tendncia positiva

Limite negativo
Limite positivo
A direo simplesmente define se uma tendncia crescente considerada positiva, negativa, ou

impossvel de avaliar. Para a tendncia considerado o aumento do valor do ltimo dado relativo
ao penltimo valor para aquela localidade. Os limites negativos e positivos determinam os limites
para a avaliao do valor. Veja os grficos embaixo (Figura 6.15 e Figura 6.16) para uma
demonstrao.
Figura 6.15 - Indicador cujo crescimento considerado positivo
O grfico encima mostra o PIB per Capita de um local fictcio. Assumimos que o PpC
considerado ruim caso seja abaixo de 15.000 e considerado bom caso seja acima de 20.000.
Como o crescimento de PIB per Capita considerado uma tendncia boa, consideramos somente
a tendncia no ano 2002 como negativa enquanto a tendncia dos outros anos considerada
positiva.
No grfico abaixo mostramos um exemplo cujos limites e tendncia so os inversos.

628
Figura 6.16 - Indicador cujo crescimento considerado negativo
Como se trata de poluio neste grfico, o mais baixo o valor, melhor. Ento a direo da
tendncia positiva e descente. Quando o valor est abaixo de 50, o valor considerado bom, se
for entre 50 e 120 o valor no bom nem ruim (neutro) e se o valor fica acima de 120 o valor
considerado ruim. Alguns exemplos de avaliao:
Em 2002 o valor embaixo de 50, portanto considerado positivo, porm o valor subiu desde o ano
anterior, portanto a tendncia considerada negativa.
Em 2009 o valor entre o 50 e 120 e no mudou desde o ano anterior: tanto a tendncia, tanto o
valor so considerados neutro.
Alm dos limites positivos e negativos, podem ser registrados faixas de valores com um
nome/descrio que serve para dois fins: Primeiro, a classificao de valores de dados
registrados, com uma descrio. Segundo, para possibilitar gravar dados que estritamente no
so numricos, mas cujo domnio de valores pode ser visto como uma escala. Um exemplo disso
a balneabilidade das praias pela INEA que classificado pelo um dos trs avaliaes:
Recomendada ao Banho de Mar, Recomendada com Restrio ou No Recomendada ao
Banho de Mar. Podemos por exemplo definir estas classificaes usando uma escala de 1 a 10 e
usa-los para preencher os dados do indicador
629
Nota Classificao INEA
10 Recomendada ao Banho de Mar
5 Recomendada com Restrio
1 No Recomendada ao Banho de Mar
Quadro 6.4.3.4-1: Classificao de dados no numricos com notas
Assim podemos registrar os valores no banco usando os valores definidos acima. Como alguns
indicadores tem que ser classificados com faixas de valores invs de uma simples nota, o sistema
permite a definio dos mesmos. Por exemplo, a classificao da rede urbana pelo nmero de
habitantes (IBGE):
Incio da Fim da Classificao IBGE

faixa faixa
500 100.000 Cidade Pequena
100.001 500.000 Cidade Mdia
500.001 1.000.000 Cidade Grande
1.000.001 10.000.000 Metrpole
10.000.000 - Megacidade
Quadro 6.4.3.4-2: Classificao de dados usando faixas
Quando estas classificaes esto registradas, o sistema automaticamente as usa para gerar os
grficos e tabelas.
A anlise de dados conforme o modelo ilustrado na Figura 6.17.
630
Nome
tem
Indicador
Comentario
(.ID)
tem
Formacao
foi obtida atraves de

Para avaliao dos limites a Direo da Tendncia tem que ser levada em conta.
Limite
para definido um postivo
para definido um negativo
Direcao da Tendencia
tem uma para avaliao positiva

Elemento
(.ID)
pertence a
Sigla
Unidade
(.ID) tem
medida usando Nome
tem
Referencia Valor
valido at
(.ID)
tem
valido a partir de
Nome
tem
Figura 6.17 - Modelo conceitual dos metadados dos indicadores
Que se traduz no modelo lgico conforme Figura 6.18.
631
Indicador
# * IDIndicador
Comentario
* Direcao da Tendencia
* Formacao
Limite
Limite
* Nome
tem medida usando

Referencia Unidade
Referencia Unidade
# * IDReferencia # * IDUnidade
* Maximo * Nome
* Minimo * Sigla
* Nome
Figura 6.18 - Modelo lgico dos metadados dos indicadores
6.4.3.5 Dados
Alm dos metadados, o sistema naturalmente tambm armazena os dados em si, caso disponvel,
e suas respectivas fontes. Das fontes registramos o emissor, data de publicao e nome da
publicao. Tambm possvel fazer um comentrio sobre cada dado. Tem que ser levado em
conta que os dados para um indicador podem vir de fontes diferentes e que uma fonte pode
alimentar mais do que um indicador. O sistema tambm deve levar em conta a possibilidade de
que um nico dado pode ser composto de dados de vrias fontes. Por ltimo e o aspecto mais
complexo a ligao estrutura espacial-temporal, pois para cada dado temos que definir a qual
rea ele se refere. O resultado da anlise o modelo conceitual embaixo na :
632
Fonte Orgao
Nome
(.ID) (.ID)
foi publicado pelo tem
Dado
(.ID)
vem de
Publicacao
foi publicado como
Valor
foi publicada na
tem
tem
Indicador Data
(.ID)
referente a
Comentario
tem
Situacao da Area
(.ID)
se refere a
Figura 6.19 - Modelo conceitual dos dados dos indicadores
Seu modelo lgico mostra bem as relaes entre o dado e suas fontes (m-n) e seus respectivos
emissores (1-n) que so necessrias para atender os requisitos postos no incio deste captulo.
Veja Figura 6.20.
Figura 6.20 - Modelo lgico dos dados dos indicadores
633
6.4.3.6 Viso geral conceitual
Combinando os diagramas anteriores chegamos a uma viso geral do modelo conforme mostrado
na Figura 21. Para melhorar a visualizao do modelo, as entidades principais foram colocadas de
cima para baixo no lado esquerdo e as entidades auxiliares e os atributos no lado direito.
634
Figura 21 - Modelo conceitual total do sistema
635
6.4.3.7 Viso geral lgico
O modelo conceitual na Figura 21 se traduz para um modelo lgico conforme a Figura 6.22.
Neste caso o resultado bem prximo ao modelo fsico, e mostra que, apesar do alto nvel de
flexibilidade e customizao, um modelo relativamente simples e bem organizado. No prximo
captulo mostrado o resultado final, inclusive com os nomes dos campos.
Figura 6.22 - Modelo lgico total do sistema
6.4.3.8 Viso geral fsica (Estrutura do Banco)

O modelo fsico na Figura 6.23 mostra o resultado final da modelagem de dados. Observe que
alguns nomes, principalmente das chaves estrangeiras recursivas e valores dos indicadores,
foram abreviados e alterados para facilitar o trabalho dos analistas. O sufixo pai usado para
636
indicador um ponteiro para uma entidade que est um nvel acima dele na hierarquia, que uma
prtica comum na modelagem de hierarquias. O DDL6 para criar a estrutura do banco no Microsoft
SQL7 Server 2008 R2 Express se encontra no Apndice A: DDL do Sistema de Indicadores.
6
DDL: Data Definition Language: Linguagem de definio de dados. Linguagem formal para descrio de
estruturas de dados ou informao. Neste caso especifico se trata de um subconjunto de T-SQL.
7
SQL: Structured Query Language: Linguagem de Consulta Estruturada. Linguagem usada em bancos relacionais para
estruturar, manipular e consultar dados em bancos de dados relacionais.
637
DimensaoT ipoElemento
Dimensao Column Name Condensed Type Nullable Identity
Column Name Condensed Type Nullable Identity IDDimensaoTipoElemento int No
IDDimensao int No IDDimensao int No
Nome varchar(32) No IDTipoElemento int No
Sigla char(2) Yes Comentario varchar(MAX) Yes
Comentario varchar(MAX) Yes
T ipoElemento
Column Name Data Type Allow Nulls
DimensaoElemento
IDTipoElemento int
Column Name Condensed Type Nullable Identity
IDDimensaoElemento int No Nome varchar(64)
IDDimensao int No Sigla char(1)
IDElemento int No
O r gao
IDOrgao int
Elemento
Column Name Data Type Allow Nulls Nome varchar(64)
IDElemento int
Descricao varchar(MAX)
IDTipoElemento int
IDHierarquia int Fonte

Comentario varchar(MAX) Column Name Data Type Allow Nulls
IDFonte int
IDOrgao int
Observacao varchar(MAX)
Publicacao varchar(256)
Indicador * Data smalldatetime
IDIndicador int
IDElemento int
IDUnidade int
DadoIndicador Fonte
NomeIndicador varchar(64) Column Name Data Type Allow Nulls
Formacao varchar(MAX) IDDadoIndicadorFonte int
DirecaoTrend smallint IDDadoIndicador int
LimiteFaixaNegativa decimal(20, 4) IDFonte int

LimiteFaixaPositiva decimal(20, 4)
Comentario varchar(MAX)
DadoIndicador
Refer encia * IDDadoIndicador int
Valor decimal(20, 4)
IDReferencia int
Data smalldatetime
IDIndicador int
IDIndicador int
ValorMinimo decimal(20, 4)
Comentario varchar(MAX)
ValorMaximo decimal(20, 4)
IDSituacaoDaArea int
Nome varchar(128)
Figura 6.23 Modelo Fsico
638
6.5 Mdulo de Administrao
6.5.1 Introduo
Para a administrao dos indicadores, como a atualizao dos dados, foi desenvolvido um modulo
de administrao que funciona via web em ASP.NET. O modulo funciona com autenticao de
usurios, permitindo o controle de acesso, prevenindo a alterao, insero e excluso de dados
no autorizados por pessoas no autorizadas. Neste modulo a equipe de suporte pode gerenciar
a estrutura dos elementos, os indicadores e seus dados e fontes. Todas as telas seguem o
mesmo padro de layout de botes.
639
6.5.2 Tela de Elemento
Nesta tela o operador pode incluir, excluir e alterar os elementos quais so usados para organizar
os indicadores. Observe que tem uma Dimenso chamada Geral. Esta dimenso serve para
pendurar Elementos e seus indicadores ainda no classificados pelo um analista. O
funcionamento de cada item da tela explicado embaixo.
Figura 6.24 - Tela de cadastro de Elementos
Botes
A) Este link abre a tela pesquisa (Figura 6.25), para pesquisar e selecionar o elemento para
editar ou excluir.
B) Este boto faz que os dados presente na tela sero includos como um novo Elemento
640
C) Este boto exclui o elemento escolhido, via a tela de pesquisa, do sistema, inclusive todos os
seus sub-elementos os seus indicadores e seus dados.
D) Este boto atualize o elemento escolhido no banco de acordo com as alteraes feitas na tela.
E) Cancela todas as alteraes feitas pelo usurio na tela.
Campos
1) ID: Mostra o identificador incremental gerado pelo banco. Campo somente leitura.
2) Elemento Pai: Clique na imagem de lupa que mostra uma tela para escolher o elemento
pai do elemento atual. O nome do elemento pai e seu pai sero mostrados na caixa de texto. Este
campo pode ficar vazio, indicando que este elemento no fica embaixo de nenhum outro
elemento. Observe que o texto nesta caixa de texto no pode ser alterado a mo, pois serve
somente para indicar o elemento pai.
3) Nome: Nome do Elemento
4) Tipo: Indica o tipo do Elemento de acordo com a metodologia DPSIR. Para evitar confuso,
o Tipo sempre igual ao seu pai, se tiver, e definido automaticamente no momento de escolher
o mesmo. Este campo portanto somente liberado para os elementos sem pai.
5) Dimenses: Indica de quais Dimenses este elemento faz parte. As escolhas so restritas
de acordo com as Dimenses do pai. Se por exemplo o elemento pai faz parte de Condies de
Vida, Governana e Qualidade Ambiental, ento o elemento atual pode somente fazer parte de
um subset destas dimenses.
6) O campo de comentrio permite o cadastro de um comentrio sobre este Elemento. Estes

comentrios so somente para documentao e consulta interna, pois no so mostrados no
mdulo de consulta.
6.5.3.1 Tela de Pesquisa de Elemento

Esta tela uma tela auxiliar para pesquisar um Elemento. Ela usado tanto na pesquisa principal
da tela de Elemento, tanto como a seleo do elemento pai na tela de Elemento e tambm para
selecionar o Elemento na tela de Indicador. Os campos Nome (1), Tipo (2) e Dimenso (3)
definem os critrios a usar na pesquisa. Seu preenchimento opcional. Para facilitar a pesquisa
por nome, permitido preenchendo somente uma parte do nome, por exemplo o preenchimento
641
de texto gua no campo de nome, retornar todos registros cujo nome contm este texto, sendo
no incio, no meio ou no fim dele. Depois o preenchimento, o usurio clica no boto Pesquisar (A),
o sistema mostrar os resultados da pesquisa na tabela na parte inferior da tela em forma de
tabela. Cada registro tem um link com texto usar (B) na sua frente para escolher o elemento e
fechar a tela de pesquisa.
Figura 6.25 - Tela de pesquisa de Elemento
6.5.4 Tela de Indicador

Nesta tela o operador pode incluir, excluir e alterar as definies dos indicadores. A entrada dos
dados com o seu vnculo s entidades geogrficas feito na tela Dados do Indicador que pode
ser chamado atravs desta tela e descrita no captulo 6.5.5. O funcionamento de cada item da
tela explicado embaixo:
642
Figura 6.26 - Tela de cadastro de Indicador
Botes
A) Este link abre a tela pesquisa para pesquisar e selecionar o elemento para editar ou excluir.
B) Este boto faz que os dados presentes na tela sero includos como um novo Indicador
C) Este boto exclui o indicador escolhido, via a tela de pesquisa, inclusive todos os seus dados.
D) Este boto atualize o indicador escolhido no banco de acordo com as alteraes feitas na tela.
E) Este boto cancela todas as alteraes feitas pelo usurio na tela.

643
F) Este bota inclui uma faixa ou nota de referncia para o indicador escolhido
G) Este link exclui a faixa ou nota de referncia
Campos de preenchimento e consulta
2) Elemento: Mostra o elemento em que o indicador foi encaixado. Clique na imagem de lupa
que mostra uma tela para escolher o elemento. O nome do elemento e seus ancestres sero
mostrados na caixa de texto. Observe que o texto nesta caixa de texto no pode ser alterado a
mo, pois serve somente para consulta.
3) Nome: Nome do Indicador
4) Formao: Indica como este indicador formado, calculado ou levantado.
5) Unidade: Indica a unidade de medio para este indicador
6) Direo da tendncia positiva. Aqui indicado se o aumento de valor considerado

positivo, negativo ou desconhecido/disputvel (Sem definio). Veja captulo 6.4.3.4 para maiores
informaes.
7) Limite Faixa Negativa: Limite a partir do que o valor considerado ruim. Veja captulo
6.4.3.4 para maiores informaes.
8) Limite Faixa Positiva: Limite a partir do que o valor considerado bom. Veja captulo
6.4.3.4 para maiores informaes.
9) Comentrio: O campo de pode ser usado para cadastrar comentrios gerais sobre este
indicador, porm no deveria ser usado para comentrios sobre um ou mais dados
especficos. Por exemplo, pode ser indicado que no momento no ter mais atualizao
deste indicador ou que foi substitudo por outro.
10) Valor mnimo: O valor mnimo da faixa a incluir. Veja captulo 6.4.3.4 para maiores
informaes.
11) Valor mximo: O valor mximo da faixa a incluir. Para cadastrar uma nota, deixe este valor
igual ao valor mnimo. Veja captulo 6.4.3.4 para maiores informaes.
644
12) Nome/Descrio: Este texto represente textualmente a faixa/nota e o texto que ser
mostrado nas grficas e tabelas.
6.5.4.1 Tela de Pesquisa de Indicador

Esta tela uma tela auxiliar para pesquisar um Indicador. Os campos Nome (1), Dimenso (2) e
Elemento (3) definem os critrios a usar na pesquisa. Seu preenchimento opcional. Para facilitar
a pesquisa por nome, permitido preenchendo somente uma parte do nome, por exemplo o
preenchimento de texto gua no campo de nome, retornar todos registros cujo nome contm
este texto, sendo no incio, no meio ou no fim dele. Depois o preenchimento, o usurio clica no
boto Pesquisar (A), o sistema mostrar os resultados da pesquisa na tabela na parte inferior da
tela em forma de tabela. Cada registro tem um link com texto usar (B) na sua frente para
escolher o elemento e fechar a tela de pesquisa.
Figura 6.27 - Tela de pesquisa de Indicador
645
6.5.5 Tela de Dados do Indicador
Este tela usada para cadastrar novos valores para o indicador e corrigir e apagar os existentes.
Alm de informar o local, o valor e sua(s) fonte(s), pode ser cadastrado um comentrio para
aquele dado. Por exemplo, constatar que se trata um dado preliminar ou que o dado da fonte foi
alterado. O quadro abaixo preenchido com todos os dados que constam no banco. Assim que o
usurio escolhe o local, esta tabela mostra somente os dados cadastrados do mesmo.
Botes
A) Este boto faz que os dados presentes na tela sero includos como um novo dado do
indicador
B) Este boto cancela todas as alteraes feitas pelo usurio na tela.
646
C) Este boto exclui o dado escolhido, via a tela de pesquisa, inclusive todos os seus dados.
D) Na tabela sero mostrado 10 itens cada vez, ordenada pela data em forma decrescente. Com
os nmeros em forma de link pode mostrar os itens mais antigos
Campos de preenchimento e consulta
2) Local do dado: Aqui especificado o local do dado, mediante digitao. Depois de

digitao de no mnimo trs caracteres, o sistema mostra os cadastrados no banco que
comeam com o texto digitado. Observa que o sistema mostra os locais com sua
referncia temporal.
3) Data de referncia: Esta data especifica a qual data este dado ser refere. Muitas vezes,
este data no igual data da fonte. Por exemplo, uma pesquisa da IBGE pode se referir
a certo ano, mas ser publicado um ano depois desta data.
4) Valor (unidade de medida): Valor do dado. A unidade entre parnteses acompanha a

unidade definida na tela de cadastro de indicador. Na figura indicado hab., pois trate se
de populao.
5) Fonte e Data: A fonte (nome, data e emissor da publicao) de onde provem o dado.
6) Comentrio sobre o dado (confiabilidade, se preliminar ou no, etc.)
6.6 Mdulo de Consulta
6.6.1 Introduo
O mdulo de consulta destinado para os analistas do governo e o pblico em geral. Neste
mdulo podem ser avaliados: os valores dos indicadores, seu histrico e a sua avaliao do
sistema. O mdulo pblico apresenta as dimenses como vises temticas de certos indicadores,
agrupando eles pelo tipo conforme o mtodo DPSIR. Quais indicadores fazem parte de quais
dimenses pode ser definido no modulo de cadastro.
Dependendo da visibilidade dado ao sistema pelo cliente, pode ser necessrio instalar este
modulo num servidor separado para melhorar o desempenho. Para facilitar isso este mdulo no
est acoplado ao mdulo de cadastro, permitindo instalar somente as partes necessrias. Alm
647
disso, pode ser aumentada a segurana, pois o mdulo de consulta no precisa o direito de
escrever ou alterar qualquer no banco. Assim sendo, configurada de forma certa, ataques no
mdulo de consulta no resultaro em corrupo ou perda de dados do banco.
6.6.2 Pgina inicial

A pgina inicial oferece uma explicao uma introduo metodologia DPSIR o sistema em se.
a partir desta tela que o usurio escolhe a rea de interesse usando a barra de pesquisa (A):
648
Depois a escolha do usurio de um municpio do Estado de Rio de Janeiro ou a rea
metropolitana do Rio de Janeiro8 o usurio ser apresentado um mapa com sua localizao,
demarcada em vermelho. A apresentao do mapa feito mediante o uso de google maps. Todos
os recursos como Streetview, imagens de satlite, etc. podem ser utilizados para fazer um
reconhecimento do local.
A partir disso o usurio pode escolher uma dimenso e depois a escolha de uma delas, ser
apresentada uma explicao dos fatores do DPSIR para aquela dimenso.
8
Tendo em vista o escopo do trabalho foi optado para limitar a escolha dos locais. Permitido so os municpios do
Estado de Rio de Janeiro e a rea Metropolitano do Rio de Janeiro. Este filtro pode ser desabilitado caso desejado no
arquivo web.config, setando a chave FiltrarLocais para false na seo AppSettings.
649
6.6.3 Pgina geral da Dimenso
Na pgina geral da dimenso descrita como o sistema DPSIR se aplica. Isso feito com uma
breve descrio da significncia de cada tipo para esta dimenso. Um link no fim de cada
descrio leva o usurio direto para a pgina dos indicadores daquele tipo. A mesma escolha
pode ser feito usando o menu superior.
6.6.4 Pgina dos Indicadores

Est pgina mostra, no lado esquerdo, os elementos em forma hierrquica conforme definido no
mdulo de cadastro e, no lado direito, os indicadores do elemento escolhido e seus filhos. Para
cada indicador no lado direito, mostrada a seguinte informao: A classificao conforme
DPSIR, o seu nome, a avaliao do seu dado mais atual e a avaliao da tendncia comparando
o ltimo e penltimo dado. As avaliaes no so disponveis caso o usurio respectivamente no
definiu os limites mnimos e mximos e/ou definiu a direo da tendncia positiva como Sem
definio. Um clique no nome do indicador leva o usurio para a tela de detalhamento indicador.
650
A legenda dos cones usados para representar o valor do dado atual e a tendncia se encontra no
quadro abaixo.
Quadro 6.6.4-1 Legenda de cones usados na avaliao
cone Estado atual Tendncia
No determinvel, por causa de um dos

motivos a seguir:
A tendncia positiva for classificada como
No determinvel, pois no foram definidos
sem definio
limites para este indicador.
Tem somente 1 dado registrado para este
local e indicador, assim no
podendo determinar sua variao.
Teve uma variao positiva comparando
com o valor do ano anterior e de
O valor est encima ou igual ao limite
acordo com a classificao da
positivo
tendncia na tela de cadastro do
indicador.
O valor est entre o limite negativo e No teve uma variao comparando com
positivo o valor de ano anterior
Teve uma variao negativa comparando
com o valor do ano anterior e de
O valor est abaixo ou igual ao limite
acordo com a classificao da
negativo
tendncia na tela de cadastro do
indicador.
Figura 6.28 - Pgina dos Indicadores
6.6.5 Pgina de detalhamento do Indicador

A tela de detalhamento do indicador mostra todos os dados relevantes para o indicador e local
que esto sendo analisados.
651
Figura 6.29 - Pgina de detalhamento dos indicadores
1. O seu nome e comentrio geral
2. O histrico dos dados em forma de um grfico.
3. O histrico dos dados em forma tabular.
652
4. A avaliao do ltimo valor, caso possvel.
5. A avaliao da tendncia, caso possvel.
6. O tipo de acordo com DPSIR
7. A formao do indicador.
8. O comentrio sobre o ltimo dado.
9. As fontes usadas para cada dado.
653
6.7 Estrutura Analtica de Dados (EAD)
6.7.1 Descrio Geral

Para sistematizar os dados de entrada no sistema realizou-se o agrupamento e arranjo temtico
dos dados em uma estrutura analtica de dados multi-nvel conforme descrito no captulo 6.4. A
funo desta estrutura possibilitar a organizao de toda a base de dados em domnios
temticos (Dimenses) e seus sub-temas (Elementos), permitindo a visualizao dos dados
primrios que sero utilizados para formar o conjunto de indicadores bsicos do Sistema de
Indicadores Metropolitanos. Compreende a estruturao da camada de dados primrios e dados
analisados representados na Figura 6.3 (Etapas simplificadas de construo de indicadores e
ndices).
Na quadros so incorporados tantos os dados levantados e apresentados nos relatrios dos

primeiros trs componentes integrantes do Plano Diretor: Componente 1 - Avaliao Ambiental
Estratgica (AAE), Componente 2 - Polticas de Desenvolvimento Urbano (PDU), e Componente 3
- Polticas de Desenvolvimento Econmico e Social. Tambm so contempladas as informaes
obtidas nas reunies da Avaliao Municipal Participativa (AMP) e levantamento de informaes
usando fontes externas. A Estrutura Analtica de Dados ser continuamente revisada e expandida
ao longo do tempo, acompanhando os produtos da AAE, PDU e PDES, e das reunies da AMP.
Os quadros de Quadro 6.7.1-1 a Quadro 6.7.1-6 apresentam a situao final da EAD.
A abrangncia espacial dos dados, de uma forma geral, restrita regio de influncia do Arco
Metropolitano, embora possam ocorrer excees, abrangendo outros municpios do Estado do Rio
de Janeiro ou mesmo outras Unidades da Federao. Os dados esto sempre relacionados a uma
determinada data, o que permite a montagem de sries histricas no caso de se ter um conjunto
temporal de informaes.
Observe que os dados listados no refletem 100% os quadros apresentados nos produtos dos
Componentes do Plano, pois omitimos e generalizamos a informao redundante que j tenha
sido disponibilizada em outros produtos, conforme requerido de um banco de dados normalizado
pela 3 forma normal. Tambm existem dados no quadro da EAD para quais no se tem ainda
uma especificao. Exemplos de omisses so os totais e percentuais quando podem ser
derivados dos demais dados. Generalizamos alguns dados para que a sua aplicao seja restrita
654
a anlise dos dados da regio metropolitana, podendo ser incorporados dados de outras regies.
Em nenhuma hiptese sero comprometidos os dados dos produtos originais. importante
entender que a estrutura apresentada neste captulo serve principalmente para documentar o
armazenamento de dados, pois o modelo fsico do banco de dados bastante flexvel na forma de
apresentao dos dados.
Para facilitar a analise dos dados no contexto geogrfico sero carregadas certas informaes
que serviro como base geogrfica. Esta informao inclui, por exemplo: sistema virio,
hidrografia, macrozoneamentos, etc. As divises de cada municpio em bairros ou distritos
tambm fazem parte desta base, mas so organizadas conforme explicado em captulo 6.4.3.2.
Como o sistema construdo como um banco de dados geogrfico, vrias outras camadas podem
ser permanentemente adicionadas direto ao banco para consultas futuras. Seu uso em ArcMap9,
ou produtos compatveis, permite vnculos temporrios com camadas de outras fontes, assim
possibilitando consultas com uma base diferente ou complementar sem precisar fazer alteraes
na estrutura ou dados no banco de dados. Esta situao especialmente til em alguns usos
como, por exemplo, em mapas temticos e consultas de imagens areas.
Segue abaixo a Estrutura dos dados utilizados pelo Banco de dados que servir de base para a
construo do sistema de indicadores metropolitano. A estrutura esta organizada na forma de um
dicionrio de dados com as informaes de todos os indicadores carregados no sistema, com
exceo dos indicadores para que no existem dados no momento. Observa que para alguns
destes dados no possvel classifica-los de acordo com o mtodo DPSIR. Apesar disso os
carregamos no sistema usando a dimenso geral, caso compatvel com a estrutura do sistema,
pois podem ser til para outros trabalhos no futuro.
9
A possibilidade do uso de SQL Server com ArcMap depende de licenciamento com ESRI.
655
Foras Motrizes Presses Estado Impacto
D.1. Investimentos Estruturantes P.1. Crescimento Populacional E.1. Uso do Solo I.1. Dinmica da Paisagem
D.1.A ( Valor total dos investimentos [R$]) P.1.A. Populao Total [hab.] E.1.1. Ecossistemas Naturais I.1.2. Converso de reas
D.1.B (Valor dos Investimentos por Setor da Economia [R$]) P.1.B. Populao Urbana [hab.] E.1.1.A. rea total de Ecossistemas Naturais [ha] I.1.2.1. Taxa de Converso de reas por Tipo de Uso do Solo
P.1.C. Populao Rural [hab.]
P.1.D. Populao de Homens [hab] E.1.1.1. Tipologias
D.2. Perda do Dinamismo das Atividades Agrcolas P.1.E.Populao de Mulheres [ha] E.1.1.1.A. reas de Floresta Atltica [ha] I.2. Ocupao dos vazios urbanos
D.2.A (Valor da produo agrcola [R$]) E.1.1.1.B. reas de Restinga [ha] I.2.1. Taxa de Ocupao de Vazios [Ha/ano]
D.2.B (Total de investimentos Publicos em Programas de Incentivo a Produo Agrcola E.1.1.1.C. reas de Mangue [ha]
[R$])
P.2. Crescimento Econmico
P.2.A. Produto Interno Bruto Municipal Per Capita [R$/ano] E.1.1.2. reas Protegidas I.3. Aumento das Ocupaes Irregulares
D.3. Valorizao da Concientizao Ambiental e minimizao dos Riscos P.2.B. Produto Interno Bruto Estadual Per Capita [R$/ano] E.1.1.2.A. reas de Proteo Integral [ha] I.3.A. Taxa de Variao das reas Mapeadas com Ocupaes Irregulares [km]
D.3.A (Numero de Cursos relacionados a carreira Ambiental [Un]) P.2.C. Produto Interno Bruto Estadual Total [R$] E.1.1.2.B. reas de Proteo de Uso Sustentvel [ha]
D.3.B (Valor total dos investimentos em pesquisa [R$]) P.2.D. Produto Interno Bruto Estadual Relao ao PIB Nacional [%] E.1.1.2.C. rea Total de Ecossistemas Naturais Protegidos [ha]
D.3.C (Valor dos investimentos em pesquisa por rea de concentrao [R$]) I.4. Fragmentao da paisagem
E.1.2. Ecossistemas Antrpicos (Tecnoecossistemas) I.4.1. Isolamento de moradias e localidades
E.1.2.1. Agrcolas
P.3 - Gerao de Emprego E.1.2.1.A. reas Agrcolas [ha] I.4.2. Fragmentao de reas Naturais
I.4.2.A. Nmero de Fragmentos Naturais por Tipo de Ecossistema [un]
P.3.A. Empregos [unid.] E.1.2.1.1. Pastagens I.4.3. Fragmentao do Tecido Urbano
P.3.B. Empregos por Setor da Economia [unid./setor] E.1.2.1.1.A. reas de Pastagens [ha]
Quadro 5-5 Dimenso Qualidade Ambiental
P.3.C. Participao Percentual dos Setores Econmicos no Total de Empregos [%]
P.3.D. Relao Empregos Habitantes [unid./hab.] E.1.2.1.2. Cultivos
P.3.E. Nmeros de Empregos por Faixa de Renda [unid./faixa renda] E.1.2.1.2.A. reas de Cultivos [ha] I.5. Servios Urbanos
P.3.F. Emprego em Relao a PEA [%] I.5.1. Variao do Dficit Habitacional
P.3.G.Taxa de Crescimento do Pessoal Ocupado por Setor Econmico [%] E.1.2.2. Urbano
P.3.H. Proporo Emprego em Relao a Populacao [%] E.1.2.2.A. rea Urbana [ha] I.5.2. Infraestrutura e logstca
E.1.2.2.1. Urbano Baixa Densidade I.5.3. Conflitos de uso do solo

E.1.2.2.1.A rea Urbana de Baixa Densidade [ha]
P.4. Demanda por Servios Urbanos I.5.4.Problemas de Mobilidade
E.1.2.2.2. Urbano Mdia Densiadade
P.4.1 Demanda por Habitao E.1.2.2.2.A. rea Urbana de Mdia Densidade [ha] I.5.5. Alterao das funes urbanas
P.4.1.A. Domiclios Total [unid.] I.5.5.1 Criaao de novas centralidades
P.4.1.B. Domiclios Particulares [unid.] E.1.2.2.3. Urbano Baixa Densidade I.5.5.1.1 Perda de hierarquia de centarlidades
P.4.1.C. Domiclios Ocupados [unid.] E.1.2.2.3.A. rea Urbana de Baixa Densidade [ha]
P.4.1.D. Domiclios Particulares No-Ocupados Fechados [unid.] I.5.6. Saturao da base da infraestrutura e servios pblicos
P.4.1.E. Domiclios Particulares No-Ocupados de Uso Ocasional [unid.] E.1.2.2.4 - Vazios I.5.6.1. Consumo de gua
P.4.1.F. Domiclios Coletivos Total [unid.] E.1.2.2.4.A. rea de Vazios Urbanos [ha] I.5.6.1.A. (Consumo de gua {urbano, industrial} [m3])
P.4.1.G. Domiclios Coletivos com Morador [unid.] E.1.2.2.4.B. rea de Vazios Intraurbanos [ha]
P.4.1.H. Domiclios Coletivos sem Morador [unid.] I.5.2. Saneamento
E.1.2.3 - Industrial/Servios I.5.2.1. gua
P.4.2. Demanda por Energia I.5.2.1.A. Variao dos ndices SNIS
P.4.1.I. Consumo Residencial de Eletricidade [Gwh] E.1.2.3.1 - reas industriais I.5.2.2. Esgoto
P.4.1.J. Consumo Residencial de Gs Liquefeito de Petrleo [mil m] E.1.2.3.A. reas Industriais [ha] I.5.2.2.A. Variao dos ndices SNIS
I.5.3. Resduos Slidos
E.1.3. ndices de Paisagem I.5.3.1.A. Variao dos ndices SNIS
E.1.3.1. Fragmentao
E.1.3.1.A. Nmero de Fragmentos (Contagem das Manchas)[un] I.6. Infraestrutura. Novas construes
E.2. Hierarquia das Centralidades I.6.1. Urbanas (moradias e servios)

P1.1.a. (rea urbanizada [ha] / rea total regio [ha])
E.2.1 (Centralidade Funcional - REDIC - IBGE) P.1.1.b. (Converso de reas naturais por expanso urbana [ha.ano])
P.1.1.c. (Contato rea urbana e reas naturais - borda [km])
E.3. Servios Urbanos I.6.1.1. Adensamento rea urbana
I.6.1.1.A. (densidade rea urbana - hab/ha)
E.3.1 Saneamento
I.6.1.1. Condio dos Domiclios
E.3.1.1 gua I.6.1.1.A. Domiclios sem abastecimento de gua
E.3.1.1.A. Indicadores SNIS gua I.6.1.1.B. Domiclios sem tratamento de esgoto
E.3.1.2. Esgoto I.6.2. Infraestrutura e logstca

E.3.1.2.A. Indicadores SNIS Esgoto I.6.2.A. (rea infraestrutura [ha] / rea total regio [ha])
I.6.2.B. (Converso de reas naturais por infraestrutura [ha.ano])
E.3.2. Resduos Slidos 104
I.6.2.C. (Contato infraestrutura e reas naturais - borda [km])
E.3.2.1.A. Indicadores SNIS
I.6.3. Industriais
I.6.3.A. (rea industrial [ha] / rea total regio [ha])
I.6.3.B. (Converso de reas naturais por plantas industriais [ha.ano])
I.6.3.C. (Contato industria e reas naturais - borda [km])
I.6.4. Ocupao das margens corpos hdricos

I.6.4.A. Taxa de converso de APP em reas Urbanas [%rea de APP que virou
reas Urbanas
I.7. Resduos Slidos Urbanos
I.7.1. Gerao de resduos

I.7.1.A. (Resduos slidos gerados {urbano, industrial} [ton.])
I.7.1.B. (Resduos slidos [ton.])
I.7.2. Gerao de efluentes

I.7.2.A. (Volume total de efluentes {urbano, industrial} [m3])
Quadro 6.7.1-1 Dimenso Desenvolvimento Urbano

D.1. Investimentos Estruturantes P.1. Crescimento Populacional E.1. Construo infraestrutura de trasnporte I.1. Infraestrutura de Transportes
D.1.A ( Valor total dos investimentos [R$]) P.1.A. Populao Total [hab.] E.1.1. Implantao de novas infraestruturas I.1.1. Desonerao dos principais eixos rodovirios
D.1.B (Valor dos Investimentos por Setor da Economia [R$]) P.1.B. Populao Urbana [hab.] E.1.1.A (Valor Investimento infraestrutura transporte e logstica [R$]) I.1.1.A. (Variao densidade de trafego {por modal})
P.1.C. Populao Rural [hab.] E 1.1.1.Terrestre I.1.2. Alterao do tempo de viagens residncia-trabalho
P.1.D. Populao de Homens [hab] I.1.2.A. (Variao tempo de viagem {por modal})
D.2. Perda do Dinamismo das Atividades Agrcolas P.1.E.Populao de Mulheres [ha] E.1.1.1.1. Rodovirio I.1.3. Sobrecarga da malha viria
D.2.A (Valor da produo agrcola [R$]) E.1.1.1.1.A. Extenso da Malha Rodoviria [km] I.1.3.1 Aumento do trafego
D.2.B (Total de investimentos Publicos em Programas de Incentivo a Produo Agrcola E.1.1.1.2. Ferrovirio I.3.1.A. (Variao densidade de trafego {por modal})
[R$])
P.2. Crescimento Econmico E.1.1.1.2.A Extenso da Malha Ferroviria [Km] I.3.1.B. Nmero de veculos de passeio cadastrados [unid/ano]
P.2.A. Produto Interno Bruto Municipal Per Capita [R$/ano] E.1.1.1.3. Metrovirio I.3.1.C. Nmero de veculos de carga cadastrados[unid./ano]
D.3. Valorizao da Concientizao Ambiental e minimizao dos Riscos P.2.B. Produto Interno Bruto Estadual Per Capita [R$/ano] E.1.1.1.3.A. Extenso da Malha Metroviria [Km] I.3.1.D. Nmero de veculos de transporte coletivo cadastrados [unid./ano]
D.3.A (Numero de Cursos relacionados a carreira Ambiental [Un]) P.2.C. Produto Interno Bruto Estadual Total [R$] E.1.1.2. Martimo I.3.1.E. Nmero de veculos rurais cadastrados [unid./ano]
D.3.B (Valor total dos investimentos em pesquisa [R$]) P.2.D. Produto Interno Bruto Estadual Relao ao PIB Nacional [%] I.3.1.F. Nmero de motocicletas e similares cadastradas [unid./ano]
D.3.C (Valor dos investimentos em pesquisa por rea de concentrao [R$]) E.1.1.2.1 Ligaes aquavirias
E.1.1.2.A. Nmero de Ligaes Martimas [un] I.1.3.2. Trafego de embarcaes
E.1.1.2.2 Portos I.1.3.2.A. (Num. de embarcaes {portos} [num./ano])
P.3 - Gerao de Emprego
I.1.3.3. Danos ao pavimento
P.3.A. Empregos [unid.]
Quadro 5-5 Dimenso Qualidade Ambiental
E.2. Ampliao da capacidade I.1.3.3.A. (Intensidade de conservao pavimento)
P.3.B. Empregos por Setor da Economia [unid./setor] E.2.1. Aumento trfego de cargas
P.3.C. Participao Percentual dos Setores Econmicos no Total de Empregos [%] E.2.1.A. (Nmero de viagens {por modal})
I.1.4. Problemas de acesso
P.3.D. Relao Empregos Habitantes [unid./hab.] E.2.2 Aumento trfego de embarcaes I.1.4.1. reas isoladas por eixos de transportes
P.3.E. Nmeros de Empregos por Faixa de Renda [unid./faixa renda] E.2.2.A (Nmero de embarcaes {porto}) I.1.4.1.A. (Nmero de localidade sem acesso)
P.3.F. Emprego em Relao a PEA [%]
P.3.G.Taxa de Crescimento do Pessoal Ocupado por Setor Econmico [%] E.3. Aumento do movimento pendular
P.3.H. Proporo Emprego em Relao a Populacao [%] E.3.A (Fluxo de passageiros {por modal})
I.2. Mobilidade
I.2.1 Aumento nmero de viagens
I.2.1.1 Aumento movimentos pendulares (trabalho / estudo)
P.4. Demanda por Servios Urbanos I.2.1.1.A. (Carregamento de transporte coletivo rodovirio)
I.2.1.1.B. (Carregamento de transporte coletivo ferrovirio)
P.4.1 Demanda por Habitao I.2.1.1.C. (Carregamento de transporte coletivo metrovirio)
P.4.1.A. Domiclios Total [unid.] I.2.1.1.D. (Carregamento de transporte individual)
P.4.1.B. Domiclios Particulares [unid.] I.2.2. Procura servios e comrcio
P.4.1.C. Domiclios Ocupados [unid.]
P.4.1.D. Domiclios Particulares No-Ocupados Fechados [unid.]
P.4.1.E. Domiclios Particulares No-Ocupados de Uso Ocasional [unid.]
P.4.1.F. Domiclios Coletivos Total [unid.] I.3. Dragagem de portos
P.4.1.G. Domiclios Coletivos com Morador [unid.] I.3.A. (Volume de dragagem {portos} [m3])
P.4.1.H. Domiclios Coletivos sem Morador [unid.]
P.4.2. Demanda por Energia I.4. Trafego de cargas perigosas

P.4.1.I. Consumo Residencial de Eletricidade [Gwh] I.4.A. (Num. de viagens {cargas perigosas} [num./ano])
P.4.1.J. Consumo Residencial de Gs Liquefeito de Petrleo [mil m]
104
Quadro 6.7.1-2 Dimenso Transporte e Logstica

D.1. Investimentos Estruturantes P.1. Crescimento Populacional E.1. Aumento da capacidade produtiva I.1. Setores produtivos
D.1.A ( Valor total dos investimentos [R$]) P.1.A. Populao Total [hab.] E.1.1. Setores produtivos I.1.1. Elevao do produto econmico
D.1.B (Valor dos Investimentos por Setor da Economia [R$]) P.1.B. Populao Urbana [hab.] I.1.1.A Taxa de variao do PIB
P.1.C. Populao Rural [hab.] E.1.1.1. Mercado Bens e Servios I.1.2. Maior diversificao produtiva
P.1.D. Populao de Homens [hab] E.1.1.1.A. Valor do Investimento [R$] I.1.2.A Peso da Cadeia Siderrgica
D.2. Perda do Dinamismo das Atividades Agrcolas P.1.E.Populao de Mulheres [ha] E.1.1.1.B. Nmero de Estabelecimentos [un] I.1.2.B Peso da Cadeia Naval
D.2.A (Valor da produo agrcola [R$]) E.1.1.1.D Participao no PIB [%] I.1.2.C Peso da cadeia logstica
D.2.B (Total de investimentos Publicos em Programas de Incentivo a I.1.2.D Peso da cadeia (petro)qumica
E.1.1.2. Mercado Bens de Capital
Produo Agrcola [R$])
P.2. Crescimento Econmico E.1.1.2.A. Valor do Investimento [R$] I.1.2.E Peso da cadeia de bens de consumo de massa
P.2.A. Produto Interno Bruto Municipal Per Capita [R$/ano] E.1.1.2.B. Nmero de Estabelecimentos [un] I.1.2.F Peso da cadeia do setor imobilirio e construo civil
D.3. Valorizao da Concientizao Ambiental e minimizao dos P.2.B. Produto Interno Bruto Estadual Per Capita [R$/ano] E.1.1.2.D Participao no PIB [%] I.1.2.G Peso da cadeia do Turismo
Riscos
D.3.A (Numero de Cursos relacionados a carreira Ambiental [Un]) P.2.C. Produto Interno Bruto Estadual Total [R$]
E.1.1.3. Insumos Bsicos I.1.3. Aumento da densificao das cadeias produtivas
D.3.B (Valor total dos investimentos em pesquisa [R$]) P.2.D. Produto Interno Bruto Estadual Relao ao PIB Nacional [%] E.1.1.3.A. Valor do Investimento [R$] I.1.3.A Taxa de densificao da Cadeia Siderrgica
D.3.C (Valor dos investimentos em pesquisa por rea de Quadro 5-5 Dimenso Qualidade Ambiental E.1.1.3.B. Nmero de Estabelecimentos [un] I.1.3.B Taxa de densificao da Cadeia Naval
concentrao [R$])
E.1.1.3.D Participao no PIB [%] I.1.3.C Taxa de densificao da cadeia logstica
I.1.3.D Taxa de densificao da cadeia (petro)qumica
P.3 - Gerao de Emprego E.1.1.4 Industrial I.1.3.E Taxa de densificao da cadeia de bens de consumo de massa
E.1.1.4.A. Valor do Investimento [R$] I.1.3.F Taxa de densificao da cadeia do setor imobilirio e construo civil
P.3.A. Empregos [unid.] E.1.1.4.B Nmero de Estabelecimentos [un] I.1.3.G Taxa de densificao da cadeia do Turismo
P.3.B. Empregos por Setor da Economia [unid./setor] I.1.4. Oportunidades de encadeamento na cadeia produtiva
P.3.C. Participao Percentual dos Setores Econmicos no Total de Empregos [%] -
P.3.D. Relao Empregos Habitantes [unid./hab.] I.1.5. Desconcentrao da base produtiva

P.3.E. Nmeros de Empregos por Faixa de Renda [unid./faixa renda] E.2. Foras de Trabalho -
P.3.G.Taxa de Crescimento do Pessoal Ocupado por Setor Econmico [%] E.2.A Tendncia a Curto Prazo de Absoro de Emprego
I.2. Foras de trabalho
P.3.H. Proporo Emprego em Relao a Populacao [%] E.2.B Variao Percentual de Emprego Por Setor da Economia
I.2.1. Gerao de oportunidades de trabalho
I.2.1.A Variao de nmero de postos de trabalho
E.2.C Tendencia de Emprego a Curto Prazo por Setor Economico
I.2.2. Aumenta nvel de emprego
E.2.D Tendncia de Empregos Gerados a Curto Prazo I.2.2.A Variao de nmero de empregos formais
P.4. Demanda por Servios Urbanos E.2.E Participao Percentual do Pessoal Ocupado I.2.3 Qualificao da mo de obra
I.2.3.A Nmero de trabalhadores por nvel de formao
E.2.F Concentrao Geogrfica dos Setores Econmicos por
P.4.1 Demanda por Habitao Participao nos Empregos I.2.4 Excluso da mo de obra local
Formais Gerados
P.4.1.A. Domiclios Total [unid.] E.2.G Nmero de Empregos no Mercado Bens e Servios [un] I.2.4.A Taxa de desemprego
P.4.1.B. Domiclios Particulares [unid.] E.2.H Nmero de Empregos no Mercado Bens de Capital [un] I.2.5. Elevao de rendas das famlias
P.4.1.C. Domiclios Ocupados [unid.] E.2.3.A. Nmero de Empregos em Insumos Bsicos [un] I.2.4.A Taxa de variao da renda familiar por classe
P.4.1.E. Domiclios Particulares No-Ocupados de Uso Ocasional [unid.] E.3. Gerao de economias de aglomerao
P.4.1.F. Domiclios Coletivos Total [unid.] -
P.4.1.G. Domiclios Coletivos com Morador [unid.]
104
P.4.2. Demanda por Energia
P.4.1.I. Consumo Residencial de Eletricidade [Gwh]
Quadro 6.7.1-3 Dimenso Desenvolvimento Econmico

D.1. Investimentos Estruturantes P.1. Crescimento Populacional E.1. Habitao I.1. Habitao
D.1.A ( Valor total dos investimentos [R$]) P.1.A. Populao Total [hab.] E.1.1. Domiclios I.1.1.A. Variao do dficit Habitacional
D.1.B (Valor dos Investimentos por Setor da Economia [R$]) P.1.B. Populao Urbana [hab.] E.1.1.A. Nmero de Domiclios [Un] I.1.1. Formao de novos aglomerados urbanos
P.1.C. Populao Rural [hab.] E.1.1.B. Dficit Habitacional [Un ou %] I.1.1.1. Normais
P.1.D. Populao de Homens [hab] E.1.1.C. Deficit Habitacional Urbano
D.2. Perda do Dinamismo das Atividades Agrcolas P.1.E.Populao de Mulheres [ha] E.1.1.D. Deficit Habitacional Rural I.1.1.2. Subnormais
D.2.A (Valor da produo agrcola [R$]) E.1.1.E. Tipo de Ocupao Domiciliar [Cat]
D.2.B (Total de investimentos Publicos em Programas de Incentivo a
I.2. Ocupao de reas de Risco
P.2. Crescimento Econmico
P.2.A. Produto Interno Bruto Municipal Per Capita [R$/ano] E.2. Educao
D.3. Valorizao da Concientizao Ambiental e minimizao dos P.2.B. Produto Interno Bruto Estadual Per Capita [R$/ano]
E.2.1. Estabelecimentos de Ensino
Riscos
I.2. Educao
D.3.B (Valor total dos investimentos em pesquisa [R$]) P.2.D. Produto Interno Bruto Estadual Relao ao PIB Nacional [%] E.2.1.1. Rede Escolar Fundamental I.2.1. Ausncia de vagas no ensino mdio/fudamental
D.3.C (Valor dos investimentos em pesquisa por rea de Quadro 5-5 Dimenso Qualidade Ambiental
concentrao [R$])
E.2.1.2. Escola Tcnicas
I.2.2. No atendimento a empregos qualificado pela mo de obra
P.3 - Gerao de Emprego E.2.1.3. Instituio Nvel Superior local
P.3.A. Empregos [unid.]

P.3.B. Empregos por Setor da Economia [unid./setor] E.3. Nveis de Escolaridade
P.3.D. Relao Empregos Habitantes [unid./hab.] I.3. Sade

P.3.E. Nmeros de Empregos por Faixa de Renda [unid./faixa renda] I.3.1. Sobrecarga do sistema sade
P.3.G.Taxa de Crescimento do Pessoal Ocupado por Setor Econmico [%] E.3. Saude I.3.2 Aumento do tempo de atendimento
P.3.H. Proporo Emprego em Relao a Populacao [%] E.3.1. Numero de hospitais I.3.2.A. bitos Fetais por Residncia - Natimortos [num.]
I.3.2.B. Nascidos Vivos [num.]
E.3.2. Numero de Leitos I.3.2.C. Taxa de Mortalidade Infantil [%]
P.4. Demanda por Servios Urbanos

E.4. Renda
P.4.1 Demanda por Habitao E.4.1. Faixa de Renda por habitante
P.4.1.A. Domiclios Total [unid.]
P.4.1.B. Domiclios Particulares [unid.] E.4.2. PIB/Per capita
P.4.1.E. Domiclios Particulares No-Ocupados de Uso Ocasional [unid.] E.5. Segurana Rodoviria
P.4.1.F. Domiclios Coletivos Total [unid.]
P.4.1.G. Domiclios Coletivos com Morador [unid.] E.5.A. N Acidentes em Estradas [unid.]
P.4.1.H. Domiclios Coletivos sem Morador [unid.] E.5.B. N de Vtimas em Acidentes em Estradas [unid.]

P.4.1.I. Consumo Residencial de Eletricidade [Gwh] E.6. ndice de Desenvolvimento Humano
P.4.1.J. Consumo Residencial de Gs Liquefeito de Petrleo [mil m] E.6.A. ndice de Desenvolvimento Humano Municpios RJ [ndice]
104
Quadro 6.7.1-4 Dimenso Condies de Vida

D.1. Investimentos Estruturantes P.1. Crescimento Populacional E.1. Qualidade do ar I.1. Perda de servios ambientais
D.1.A ( Valor total dos investimentos [R$]) P.1.A. Populao Total [hab.] E.1.A Concentrao de Poluentes Atmosfricos: PTS [ppm] I.1.1. Biodiversidade (flora e fauna)
D.1.B (Valor dos Investimentos por Setor da Economia [R$]) P.1.B. Populao Urbana [hab.]
E.1.B Concentrao de Poluentes Atmosfricos: PM10 [ppm] I.1.1.A. rea convertida [ha.ano]
P.1.C. Populao Rural [hab.] E.1.C Concentrao de Poluentes Atmosfricos: SO2 [ppm] I.1.1.B. rea convertida ([ha.ano]/rea natural [ha])
P.1.D. Populao de Homens [hab] E.1.D Concentrao de Poluentes Atmosfricos: CO [ppm] I.1.1.C Variao de tamanho de manchas [ha]
D.2. Perda do Dinamismo das Atividades Agrcolas P.1.E.Populao de Mulheres [ha] E.1.E. Concentrao de Poluentes Atmosfricos: HC [ppm]
D.2.A (Valor da produo agrcola [R$]) E.1.F. Concentrao de Poluentes Atmosfricos: NO2 [ppm] I.1.2. Conservao do solo
D.2.B (Total de investimentos Publicos em Programas de Incentivo a
E.1.G. Concentrao de Poluentes Atmosfricos: O3 [ppm]
P.2. Crescimento Econmico I.1.3. Conservao dos Recursos Hdricos e Costeiros
P.2.A. Produto Interno Bruto Municipal Per Capita [R$/ano]
D.3. Valorizao da Concientizao Ambiental e minimizao dos P.2.B. Produto Interno Bruto Estadual Per Capita [R$/ano]
E.2. Rudo I.1.3.1. Poluio dos Rios e Mares
Riscos
S.3 (Nvel de rudo)
D.3.B (Valor total dos investimentos em pesquisa [R$]) P.2.D. Produto Interno Bruto Estadual Relao ao PIB Nacional [%] I.1.3.2. Perda biota aqutca
D.3.C (Valor dos investimentos em pesquisa por rea de concentrao
[R$])
Quadro 5-5 Dimenso Qualidade
E.3. Resduos Slidos Ambiental I.1.3.3. Reduo qualidade gua
P.3 - Gerao de Emprego E.3.A. Recolhimento de lixo [ton.] I.1.3.4. Introduo espcies exticas em ambientes marinhos e continentais
E.3.B. Reciclagem [ton.]
P.3.A. Empregos [unid.] E.3.C. Tratamento de resduos slidos [ndice relativo] I.1.3.5. Reduo do estoque pesqueiro
P.3.B. Empregos por Setor da Economia [unid./setor]
P.3.C. Participao Percentual dos Setores Econmicos no Total de Empregos [%] I.1.4. Valores recreativos
P.3.D. Relao Empregos Habitantes [unid./hab.]

P.3.E. Nmeros de Empregos por Faixa de Renda [unid./faixa renda] I.1.5. Valores estticos
P.3.F. Emprego em Relao a PEA [%] E.4. Recursos Hdricos
P.3.G.Taxa de Crescimento do Pessoal Ocupado por Setor Econmico [%] E.4.1. Qualidade Ambiental da gua I.1.6 Eventos de Enchentes
P.3.H. Proporo Emprego em Relao a Populacao [%]
E.4.1.1. guas Continentais I.1.7. Balano Hdrico
I.1.7.A. Volume de Chuvas(Precipitao mensal/diria/horria)
E.4.1.2. gua Costeiras I.1.7.B. Distribuio dos Postos Pluviomtricos
P.4. Demanda por Servios Urbanos I.1.8. Obstruo da rede dedrenagem
E.4.1.3. Bacias Hidrogrficas
P.4.1 Demanda por Habitao I.1.9. Falta de reas de lazer
P.4.1.A. Domiclios Total [unid.] E.4.2. Abastecimento de gua
P.4.1.B. Domiclios Particulares [unid.] E.4.2.A. Abastecimento de gua - Moradores Atendidos (DATASUS) [hab.]
I.1.10. Aumento das ilhas de calor
P.4.1.C. Domiclios Ocupados [unid.] E.4.2.B. Abastecimento de gua - Moradores Atendidos (SNIS) [hab.]
P.4.1.D. Domiclios Particulares No-Ocupados Fechados [unid.] E.4.2.C. Quantidade de economias residenciais ativas de gua[Unid.]
P.4.1.E. Domiclios Particulares No-Ocupados de Uso Ocasional [unid.] E.4.2.D. gua Potvel - Populao Atendida [hab.] I.2. Reduo da qualidade do ar
P.4.1.F. Domiclios Coletivos Total [unid.] E.4.2.E. Volume da receita de fornecimento de gua [m] I.2.1 (Valores em relao aos padres de qualidade do ar)
P.4.1.H. Domiclios Coletivos sem Morador [unid.] I.2.1.A Concentrao de Poluentes Atmosfricos: PTS [ppm]
E.4.3. Esgotamento Sanitrio I.2.1.B Concentrao de Poluentes Atmosfricos: PM10 [ppm]
P.4.2. Demanda por Energia E.4.3.A. Rede de Esgotamento Sanitrio I.2.1.C Concentrao de Poluentes Atmosfricos: SO2 [ppm]
P.4.1.I. Consumo Residencial de Eletricidade [Gwh] E.4.3.B. Extenso da Rede de Esgoto [Km] I.2.1.D Concentrao de Poluentes Atmosfricos: CO [ppm]
P.4.1.J. Consumo Residencial de Gs Liquefeito de Petrleo [mil m] E.4.3.C. Populao Atendida com Esgotamento Sanitrio [hab.] I.2.1.E. Concentrao de Poluentes Atmosfricos: HC [ppm]
E.4.3.D. Receita de Servios de Esgotamento Sanitrio [R$] I.2.1.F. Concentrao de Poluentes Atmosfricos: NO2 [ppm]
I.2.1.G. Concentrao de Poluentes Atmosfricos: O3 [ppm]
E.5. Conforto Ambiental
E.5.1. Espaos Livres I.2.2. Emisso de poluentes atmosfricos
E.5.2. reas Verdes Urbanas I.2.2.1. Emisses industrias
E.5.3. Clima I.2.2.2. Aumento do trfego - transporte

E.5.3.1. Ilhas de Calor 104
E.5.3.1.A. Temperatura Mdia por Tipo de Uso do Solo I.2.2.3. Particulados obras
E.5.3.2. Eventos de Chuva
E.5.3.2.A. Variveis Hidrolgicas
I.3. Poluio
E.6. Populao em rea de influncia de lixes
E.6.1.(reas Contaminadas) I.3.1. Poluio sonora
I.3.1.A. (Valor em relao aos padres de rudo)
I.3.2. Poluio Solo
E.7. Fauna e Flora I.3.3. Poluilao hdrica

E.7.1. Perda de Habitat
I.4. Proliferao de vetores de doena
E.7.2. Perda da Biodiversidade
E.8 Unidades de Conservao

E.8.A Nmero de Unidades de Conservao de Proteo Integral [un.]
E.8.B Nmero de Unidades de Conservao de Uso Sustentvel [un.]
E.8.C rea das Unidades de Conservao de Proteo Integral [ha]
Quadro 6.7.1-5 Dimenso Qualidade Ambiental E.8.D. rea das Unidades de Conservao de Uso Sustentvel [ha]
D.1. Investimentos Estruturantes P.1. Crescimento Populacional E.1. Governana I.1. Saturao da infraestrutura e servios pblicos
D.1.A ( Valor total dos investimentos [R$]) P.1.A. Populao Total [hab.] E.1.2. Numero de Funcionrios
D.1.B (Valor dos Investimentos por Setor da Economia [R$]) P.1.B. Populao Urbana [hab.]
P.1.C. Populao Rural [hab.] E.1.3. Plano Diretor
P.1.D. Populao de Homens [hab]
D.2. Perda do Dinamismo das Atividades Agrcolas P.1.E.Populao de Mulheres [ha] E.1.4 - Articulao Municipal I.2. Gesto pblica
D.2.A (Valor da produo agrcola [R$]) E.1.4.1 - Cooperativas Municipais I.2.1 Aumento da arrecadao de impostos
D.2.B (Total de investimentos Publicos em Programas de Incentivo
a Produo Agrcola [R$])
P.2. Crescimento Econmico E.1.4.2 - Comites de bacias I.2.2 Dificuldade de internalizao de benefcios econmicos
P.2.A. Produto Interno Bruto Municipal Per Capita [R$/ano]
D.3. Valorizao da Concientizao Ambiental e minimizao P.2.B. Produto Interno Bruto Estadual Per Capita [R$/ano]
E.1.4.3 - Conselhos de Meio Ambiente
dos Riscos
D.3.B (Valor total dos investimentos em pesquisa [R$]) P.2.D. Produto Interno Bruto Estadual Relao ao PIB Nacional [%]
D.3.C (Valor dos investimentos em pesquisa por rea de
E.2. Segurana Publica I.3 Aumento violncia urbana
concentrao [R$]) Quadro 5-5 Dimenso Qualidade Ambiental
I.3.A. Evoluo do Nmero de ocorrncias criminais conrta a pessoa - Homicdio Doloso
[unid.]
I.3.B. Evoluo do Nmero de ocorrncias criminais conrta a pessoa - Homicdio Doloso por
E.2.1. Segurana Rodoviria
PAF [unid.]
I.3.C. Evoluo do nmero de ocorrncias criminais contra o patrimnio - Roubo de Cargas
P.3 - Gerao de Emprego
[unid.]
E.2.1.A. Nmero de vtimas em acidentes rodovirios [unid.] I.3.D. Evoluo do nmero de ocorrncias criminais contra o patrimnio - Roubo de Veculos
[unid.]
P.3.A. Empregos [unid.] E.2.1.B. Nmero de Acidentes Rodovirios [unid] I.3.E. Evoluo do nmero de ocorrncias criminais contra o patrimnio - Total de Roubos
[unid.]
P.3.B. Empregos por Setor da Economia [unid./setor]
E.3. Segurana Patrimonial
P.3.D. Relao Empregos Habitantes [unid./hab.]
P.3.E. Nmeros de Empregos por Faixa de Renda [unid./faixa renda] E.3.A. Evoluo do Nmero de Ocorrncias criminais contra o
Patrimnio [unid]
P.3.G.Taxa de Crescimento do Pessoal Ocupado por Setor Econmico [%]
P.3.H. Proporo Emprego em Relao a Populacao [%] E.4. Eleitorado
E.4.A. Eleitorado Casado [hab.]

E.4.B. Eleitorado Divorciado [hab.]
P.4. Demanda por Servios Urbanos E.4.C. Eleitorado Estado Civil no Informado [hab.]
E.4.D. Eleitorado separado judicialmente [hab.]
P.4.1 Demanda por Habitao E.4.E. Eleitorado Vivo [hab.]
P.4.1.A. Domiclios Total [unid.] E.4.F. Eleitorado Solteiro [hab.]
P.4.1.B. Domiclios Particulares [unid.] E.4.G. Eleitorado Total [hab.]
P.4.1.E. Domiclios Particulares No-Ocupados de Uso Ocasional [unid.]
P.4.1.F. Domiclios Coletivos Total [unid.]

P.4.1.I. Consumo Residencial de Eletricidade [Gwh]
104
Quadro 6.7.1-6 Dimenso Governana

6.8 Bibliografia Consultada
Bossel, H. (1999). Indicators for Sustainable Development : Theory , Method , Applications. A
Report to the Balaton Group. OECD.
Freitas, C. M., & Giatti, L. L. (2009). Indicadores de sustentabilidade ambiental e de sade na

Amaznia Legal, Brasil. Cadernos de Sade Pblica, 25(6).
OECD, (2004). OECD key environmental indicators. Paris, Frana.
Segnestam, L. (2002). Indicators of environment and sustainable development: Theories and

practical experience. World Bank. Washington, DC (EUA).
Sepe P. M. & Gomes S. (2009). Indicadores Ambientais e Gesto Urbana: Desafios para a
Construo da Sustentabilidade na Cidade de So Paulo.
Terry Halpin & Tony Morgan, (2008). Information Modeling and Relational Databases, Second
Edition
Villardi, J. W. R. (2007). Indicadores de sade ambiental. Ministrio da Sade. Braslia.
GUIMARES, Nathlia Arruda. Regies metropolitanas: aspectos jurdicos. Jus Navigandi,

Teresina, ano 9, n. 273, 6 abr. 2004. Disponvel em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/5050>.
Acesso em: 29 jan. 2011.
GRAU, Eros Roberto. Direito Urbano, Regies Metropolitanas, Solo Criado, Zoneamento e
Controle Ambiental, Projeto de Lei de Desenvolvimento Urbano. So Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 1983.
SOUZA, Marcelo Lopes. O Desafio Metropolitano: Um estudo sobre a problemtica Scio-Espacial

nas Metrpoles Brasileiras. 3 Edio. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz. A Metrpole: entre a coeso e a fragmentao, a cooperao e

o Conflito, Luiz Cesar de Queiroz (Org.); LAGO, Luciana Corea do; AZEVEDO, Sergio de.
Metrpoles: entre a coeso e fragmentao, a cooperao e o conflito. So Paulo: Editora
Fundao Perseu Abramo. Rio de Janeiro: Fase-Federao de rgos para a assistncia Social e
Educacional, 2004. 431p.
662
GARSON, SOL Braule Pinto. Regies Metropolitanas: obstculos institucionais cooperao em
polticas urbanas. Tese de Doutorado do Programa de Ps-Graduao em Planejamento Urbano
e Regional da UFRJ-IPPUR. 2007.
Rolnik, R. Novas perspectivas para a gesto metropolitana, O papel do Governo Federal,

Ministrio das Cidades, in
www.conferencia.cidades.pr.gov.br/download/documentos/desafio_da_gestao.pdf
Sistema FIRJAN. Manual de indicadores ambientais. Rio de Janeiro: DIM/GTM, 2008. 20p.
663
Apndice A: DDL do Sistema de Indicadores
O seguinte cdigo SQL cria todos os objetos e seus relacionamentos necessrios no banco
chamado DPSIR que tem que ser criado pelo administrador do servidor. O script foi testado em
Microsoft SQL Server 2008 R2 (verso 10.50.1765.0). Considerando que o banco usado o
datatipo geometry (na tabela SituacaoDaArea, campo GEOM), o script no compatvel com SQL
Server 2000 e 2005. possvel que funciona em SQL Server 2008, mas isso no foi testado e
portanto seu funcionamento nesta verso no garantido. Se o tamanho do banco inclusive seus
dados espaciais no ultrapassar 10GB pode ser usada a verso Express with Advanced Services
invs da verso standard ou enterprise. Precisa somente ser levado em conta que esta verso pode
usar somente 1 CPU e 1GB de RAM na hora de dimensionar o servidor.
USE [DPSIR]
GO
/****** Object: Table [dbo].[Orgao] Script Date: 05/22/2011 23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
SET QUOTED_IDENTIFIER ON
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[Orgao](
[IDOrgao] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[Nome] [varchar](64) NOT NULL,
CONSTRAINT [PK_Orgao] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDOrgao] ASC
)WITH (PAD_INDEX = OFF, STATISTICS_NORECOMPUTE = OFF, IGNORE_DUP_KEY = OFF,
ALLOW_ROW_LOCKS = ON, ALLOW_PAGE_LOCKS = ON) ON [PRIMARY]
) ON [PRIMARY]
GO
SET ANSI_PADDING OFF
GO
/****** Object: Table [dbo].[NivelTerritorial] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[NivelTerritorial](
[IDNivelTerritorial] [int] IDENTITY(13,1) NOT NULL,
[Pai] [int] NULL,
[Nome] [varchar](100) NULL,
CONSTRAINT [PK_NivelTerritorial] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDNivelTerritorial] ASC
664
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[Dimensao] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[Dimensao](
[IDDimensao] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[Sigla] [char](2) NULL,
[Comentario] [varchar](max) NULL,
CONSTRAINT [PK_Dimensao] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDDimensao] ASC
ALLOW_ROW_LOCKS = ON, ALLOW_PAGE_LOCKS = ON) ON [PRIMARY],
CONSTRAINT [IX_Dimensao] UNIQUE NONCLUSTERED
(
[Sigla] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[Unidade] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[Unidade](
[IDUnidade] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[Sigla] [varchar](16) NOT NULL,
CONSTRAINT [PK_Unidade] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDUnidade] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[TipoElemento] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
665
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[TipoElemento](
[IDTipoElemento] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[Sigla] [char](1) NOT NULL,
CONSTRAINT [PK_TipoElemento] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDTipoElemento] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[SituacaoDaArea] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[SituacaoDaArea](
[IDSituacaoDaArea] [int] IDENTITY(385,1) NOT NULL,
[geoCodigo] [char](50) NULL,
[IDNivelTerritorial] [int] NULL,
[IDSituacaoDaAreaDestino] [int] NULL,
[IDSituacaoDaAreaOrigem] [int] NULL,
[IDSituacaoDaAreaPai] [int] NULL,
[iniciouNaData] [date] NULL,
[nome] [char](150) NULL,
[terminouNaData] [date] NULL,
[GEOM] [geometry] NULL,
[GEOMWKT] AS ([GEOM].[STAsText]()) PERSISTED,
CONSTRAINT [PK_SituacaoDaArea] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDSituacaoDaArea] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[DimensaoTipoElemento] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[DimensaoTipoElemento](
[IDDimensaoTipoElemento] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[IDDimensao] [int] NOT NULL,
[IDTipoElemento] [int] NOT NULL,
666
CONSTRAINT [PK_DimensaoTipoElemento_1] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDDimensaoTipoElemento] ASC
ALLOW_ROW_LOCKS = ON, ALLOW_PAGE_LOCKS = ON) ON [PRIMARY],
CONSTRAINT [IX_DimensaoTipoElemento] UNIQUE NONCLUSTERED
(
[IDDimensao] ASC,
[IDTipoElemento] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[Fonte] Script Date: 05/22/2011 23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[Fonte](
[IDFonte] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[IDOrgao] [int] NOT NULL,
[Observacao] [varchar](max) NULL,
[Publicacao] [varchar](256) NULL,
[Data] [smalldatetime] NULL,
CONSTRAINT [PK_Fonte] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDFonte] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[Elemento] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[Elemento](
[IDElemento] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[Descricao] [varchar](max) NOT NULL,
[IDTipoElemento] [int] NOT NULL,
[IDHierarquia] [int] NULL,
[Comentario] [varchar](max) NOT NULL,
CONSTRAINT [PK_Elemento] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDElemento] ASC
667
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: View [dbo].[DimensaoVistaGeral] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
CREATE VIEW [dbo].[DimensaoVistaGeral]
AS
SELECT TOP (100) PERCENT dbo.TipoElemento.Nome AS NomeTipo,
dbo.Dimensao.Nome AS NomeDimensao, dbo.DimensaoTipoElemento.Comentario,
dbo.DimensaoTipoElemento.IDDimensao, dbo.Dimensao.Sigla AS
SiglaDimensao, dbo.TipoElemento.Sigla AS SiglaTipo,
dbo.TipoElemento.IDTipoElemento
FROM dbo.Dimensao INNER JOIN
dbo.DimensaoTipoElemento ON dbo.Dimensao.IDDimensao =
dbo.DimensaoTipoElemento.IDDimensao INNER JOIN
dbo.TipoElemento ON
dbo.DimensaoTipoElemento.IDTipoElemento = dbo.TipoElemento.IDTipoElemento
ORDER BY dbo.TipoElemento.IDTipoElemento
GO
/****** Object: Table [dbo].[Indicador] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[Indicador](
[IDIndicador] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[IDElemento] [int] NOT NULL,
[IDUnidade] [int] NOT NULL,
[NomeIndicador] [varchar](64) NOT NULL,
[Formacao] [varchar](max) NOT NULL,
[DirecaoTrend] [smallint] NOT NULL,
[LimiteFaixaNegativa] [decimal](20, 4) NOT NULL,
[LimiteFaixaPositiva] [decimal](20, 4) NOT NULL,
CONSTRAINT [PK_Indicador] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDIndicador] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: Table [dbo].[DimensaoElemento] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
668
CREATE TABLE [dbo].[DimensaoElemento](
[IDDimensaoElemento] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[IDDimensao] [int] NOT NULL,
[IDElemento] [int] NOT NULL,
CONSTRAINT [PK_DimensaoElemento] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDDimensaoElemento] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
/****** Object: View [dbo].[vwPrecursores] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
CREATE VIEW [dbo].[vwPrecursores]
AS
select n1.IDSituacaoDaArea,n1.Nome, n2.IDSituacaoDaArea as Precursor,n2.nome as
NomePrecursor
from SituacaoDaArea n1
INNER JOIN SituacaoDaArea n2 on n1.IDSituacaoDaAreaOrigem = n2.IDSituacaoDaArea
OR n1.IDSituacaoDaArea = n2.IDSituacaoDaAreaDestino
UNION
select n1.IDSituacaoDaArea,n1.nome, n3.IDSituacaoDaArea as Precursor,n3.nome as

NomePrecursor
UNION

NomePrecursor
UNION

NomePrecursor
669
UNION

NomePrecursor
UNION

NomePrecursor
GO
/****** Object: Table [dbo].[Referencia] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[Referencia](
[IDReferencia] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[IDIndicador] [int] NULL,
[ValorMinimo] [decimal](20, 4) NOT NULL,
[ValorMaximo] [decimal](20, 4) NOT NULL,
[Nome] [varchar](128) NULL,
CONSTRAINT [PK_Referencia] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDReferencia] ASC
670
) ON [PRIMARY]
GO
GO
CREATE NONCLUSTERED INDEX [IX_Referencia] ON [dbo].[Referencia]
(
[ValorMinimo] ASC
)WITH (PAD_INDEX = OFF, STATISTICS_NORECOMPUTE = OFF, SORT_IN_TEMPDB = OFF,
IGNORE_DUP_KEY = OFF, DROP_EXISTING = OFF, ONLINE = OFF, ALLOW_ROW_LOCKS = ON,
ALLOW_PAGE_LOCKS = ON) ON [PRIMARY]
GO
CREATE NONCLUSTERED INDEX [IX_Referencia_1] ON [dbo].[Referencia]
(
[ValorMaximo] ASC
)WITH (PAD_INDEX = OFF, STATISTICS_NORECOMPUTE = OFF, SORT_IN_TEMPDB = OFF,
IGNORE_DUP_KEY = OFF, DROP_EXISTING = OFF, ONLINE = OFF, ALLOW_ROW_LOCKS = ON,
ALLOW_PAGE_LOCKS = ON) ON [PRIMARY]
GO
/****** Object: Table [dbo].[DadoIndicador] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
SET ANSI_PADDING ON
GO
CREATE TABLE [dbo].[DadoIndicador](
[IDDadoIndicador] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[Valor] [decimal](20, 4) NOT NULL,
[Data] [smalldatetime] NOT NULL,
[IDIndicador] [int] NOT NULL,
[IDSituacaoDaArea] [int] NULL,
CONSTRAINT [PK_DadoIndicador] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDDadoIndicador] ASC
) ON [PRIMARY]
GO
GO
/****** Object: View [dbo].[AvaliacaoIndicadores] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
CREATE VIEW [dbo].[AvaliacaoIndicadores]
AS
SELECT dbo.Dimensao.IDDimensao, dbo.Elemento.IDElemento,
dbo.TipoElemento.IDTipoElemento, dbo.Dimensao.Sigla AS SiglaDimensao,
dbo.TipoElemento.Sigla AS SiglaTipo, dbo.TipoElemento.Nome
AS NomeTipo, di.Data AS DataReferencia, SIGN(SIGN(di.Valor -
dbo.Indicador.LimiteFaixaNegativa)
671
+ SIGN(di.Valor - dbo.Indicador.LimiteFaixaPositiva)) AS
AvaliacaoValor, SIGN((di.Valor - delta.Valor) * dbo.Indicador.DirecaoTrend) AS
AvaliacaoTrend,
dbo.Indicador.NomeIndicador,
dbo.Indicador.LimiteFaixaNegativa, dbo.Indicador.LimiteFaixaPositiva, delta.Data
AS dataPrevio, di.Valor, delta.Valor AS valorpevio,
dbo.Indicador.IDIndicador, di.IDSituacaoDaArea
FROM dbo.Indicador INNER JOIN
dbo.DadoIndicador AS di ON dbo.Indicador.IDIndicador =
di.IDIndicador INNER JOIN
dbo.Elemento ON dbo.Indicador.IDElemento =
dbo.Elemento.IDElemento INNER JOIN
dbo.DimensaoElemento INNER JOIN
dbo.Dimensao ON dbo.DimensaoElemento.IDDimensao =
dbo.Dimensao.IDDimensao ON dbo.Elemento.IDElemento =
dbo.DimensaoElemento.IDElemento INNER JOIN
dbo.TipoElemento ON dbo.Elemento.IDTipoElemento =
dbo.TipoElemento.IDTipoElemento LEFT OUTER JOIN
(SELECT IDIndicador, Valor, Data, IDSituacaoDaArea
FROM dbo.DadoIndicador AS dia
WHERE (Data =
(SELECT TOP (1) Data
FROM
dbo.DadoIndicador AS dia2
WHERE
(dia.IDIndicador = IDIndicador) AND (dia.IDSituacaoDaArea = IDSituacaoDaArea)
AND (Data <
(SELECT MAX(Data) AS Expr1
FROM dbo.DadoIndicador
WHERE (IDIndicador = dia.IDIndicador) AND (dia.IDSituacaoDaArea =

IDSituacaoDaArea)))
ORDER BY Data DESC)))
AS delta ON delta.IDIndicador = di.IDIndicador AND delta.IDSituacaoDaArea =
di.IDSituacaoDaArea
WHERE (di.Data =
(SELECT MAX(Data) AS Expr1
FROM dbo.DadoIndicador AS di2
WHERE (IDIndicador = IDIndicador) AND
(IDSituacaoDaArea = IDSituacaoDaArea)))
GO
/****** Object: Table [dbo].[DadoIndicadorFonte] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
CREATE TABLE [dbo].[DadoIndicadorFonte](
[IDDadoIndicadorFonte] [int] IDENTITY(1,1) NOT NULL,
[IDDadoIndicador] [int] NOT NULL,
[IDFonte] [int] NOT NULL,
CONSTRAINT [PK_DadoIndicadorFonte] PRIMARY KEY CLUSTERED
(
[IDDadoIndicadorFonte] ASC
672
) ON [PRIMARY]
GO
/****** Object: View [dbo].[LimitesIndicador] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
CREATE VIEW [dbo].[LimitesIndicador]
AS
SELECT dbo.DadoIndicador.Valor, dbo.Indicador.LimiteFaixaPositiva,
dbo.Indicador.LimiteFaixaNegativa, dbo.DadoIndicador.Data,
dbo.Indicador.IDIndicador,
dbo.DadoIndicador.IDSituacaoDaArea
FROM dbo.DadoIndicador INNER JOIN
dbo.Indicador ON dbo.DadoIndicador.IDIndicador =
dbo.Indicador.IDIndicador
GO
/****** Object: View [dbo].[vwDadosIndicadores] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
CREATE VIEW [dbo].[vwDadosIndicadores]
AS
SELECT dbo.Indicador.IDIndicador, dbo.DadoIndicador.IDDadoIndicador,
dbo.DadoIndicador.Valor, dbo.DadoIndicador.Data, dbo.DadoIndicador.Comentario,
dbo.Orgao.Nome AS FonteNomeOrgao, dbo.Fonte.Publicacao AS
FontePublicacao, dbo.Fonte.Data AS FonteData, dbo.SituacaoDaArea.nome AS
LocalNome,
dbo.SituacaoDaArea.iniciouNaData AS LocalDataIncio,
dbo.SituacaoDaArea.terminouNaData AS LocalDataTermino,
dbo.Orgao.Nome + ': ' + dbo.Fonte.Publicacao + ' (' +
CAST(dbo.Fonte.Data AS varchar(12)) + ')' AS Fonte,
dbo.SituacaoDaArea.nome + ' (' +
ISNULL(CAST(dbo.SituacaoDaArea.iniciouNaData AS varchar(12)), 'Desconhecida')
+ ' at ' + ISNULL(CAST(dbo.SituacaoDaArea.terminouNaData
AS varchar(12)), 'Presente') + ')' AS Local, dbo.DadoIndicador.IDSituacaoDaArea
FROM dbo.DadoIndicador INNER JOIN
dbo.DadoIndicadorFonte ON
dbo.DadoIndicador.IDDadoIndicador = dbo.DadoIndicadorFonte.IDDadoIndicador INNER
JOIN
dbo.Fonte ON dbo.DadoIndicadorFonte.IDFonte =
dbo.Fonte.IDFonte INNER JOIN
dbo.Indicador ON dbo.DadoIndicador.IDIndicador =
dbo.Indicador.IDIndicador INNER JOIN
dbo.SituacaoDaArea ON dbo.DadoIndicador.IDSituacaoDaArea =
dbo.SituacaoDaArea.IDSituacaoDaArea INNER JOIN
dbo.Unidade ON dbo.Indicador.IDUnidade =
dbo.Unidade.IDUnidade INNER JOIN
dbo.Orgao ON dbo.Fonte.IDOrgao = dbo.Orgao.IDOrgao
GO
/****** Object: View [dbo].[FontesDoIndicador] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
673
SET ANSI_NULLS ON
GO
GO
CREATE VIEW [dbo].[FontesDoIndicador]
AS
SELECT dbo.DadoIndicador.IDIndicador, dbo.Orgao.Nome AS Orgao,
dbo.Fonte.Data, dbo.Fonte.Publicacao, dbo.Fonte.Observacao,
dbo.DadoIndicador.IDSituacaoDaArea
FROM dbo.Orgao INNER JOIN
dbo.Fonte ON dbo.Orgao.IDOrgao = dbo.Fonte.IDOrgao INNER
JOIN
dbo.DadoIndicadorFonte ON dbo.Fonte.IDFonte =
dbo.DadoIndicadorFonte.IDFonte INNER JOIN
dbo.DadoIndicador ON
dbo.DadoIndicadorFonte.IDDadoIndicador = dbo.DadoIndicador.IDDadoIndicador
GO
/****** Object: Check [CK_Referencia] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
ALTER TABLE [dbo].[Referencia] WITH CHECK ADD CONSTRAINT [CK_Referencia] CHECK
(([ValorMinimo]<=[ValorMaximo]))
GO
ALTER TABLE [dbo].[Referencia] CHECK CONSTRAINT [CK_Referencia]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_DadoIndicador_Indicador] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicador] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DadoIndicador_Indicador] FOREIGN KEY([IDIndicador])
REFERENCES [dbo].[Indicador] ([IDIndicador])
GO
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicador] CHECK CONSTRAINT [FK_DadoIndicador_Indicador]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_DadoIndicador_SituacaoDaArea] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicador] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DadoIndicador_SituacaoDaArea] FOREIGN KEY([IDSituacaoDaArea])
REFERENCES [dbo].[SituacaoDaArea] ([IDSituacaoDaArea])
GO
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicador] CHECK CONSTRAINT
[FK_DadoIndicador_SituacaoDaArea]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_DadoIndicadorFonte_DadoIndicador] Script
Date: 05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicadorFonte] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DadoIndicadorFonte_DadoIndicador] FOREIGN KEY([IDDadoIndicador])
REFERENCES [dbo].[DadoIndicador] ([IDDadoIndicador])
GO
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicadorFonte] CHECK CONSTRAINT
[FK_DadoIndicadorFonte_DadoIndicador]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_DadoIndicadorFonte_Fonte] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicadorFonte] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DadoIndicadorFonte_Fonte] FOREIGN KEY([IDFonte])
REFERENCES [dbo].[Fonte] ([IDFonte])
GO
674
ALTER TABLE [dbo].[DadoIndicadorFonte] CHECK CONSTRAINT
[FK_DadoIndicadorFonte_Fonte]
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/****** Object: ForeignKey [FK_DimensaoElemento_Dimensao] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoElemento] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DimensaoElemento_Dimensao] FOREIGN KEY([IDDimensao])
REFERENCES [dbo].[Dimensao] ([IDDimensao])
GO
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoElemento] CHECK CONSTRAINT
[FK_DimensaoElemento_Dimensao]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_DimensaoElemento_Elemento] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoElemento] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DimensaoElemento_Elemento] FOREIGN KEY([IDElemento])
REFERENCES [dbo].[Elemento] ([IDElemento])
GO
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoElemento] CHECK CONSTRAINT
[FK_DimensaoElemento_Elemento]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_DimensaoTipoElemento_Dimensao] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoTipoElemento] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DimensaoTipoElemento_Dimensao] FOREIGN KEY([IDDimensao])
REFERENCES [dbo].[Dimensao] ([IDDimensao])
GO
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoTipoElemento] CHECK CONSTRAINT
[FK_DimensaoTipoElemento_Dimensao]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_DimensaoTipoElemento_TipoElemento] Script
Date: 05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoTipoElemento] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_DimensaoTipoElemento_TipoElemento] FOREIGN KEY([IDTipoElemento])
REFERENCES [dbo].[TipoElemento] ([IDTipoElemento])
GO
ALTER TABLE [dbo].[DimensaoTipoElemento] CHECK CONSTRAINT
[FK_DimensaoTipoElemento_TipoElemento]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_Elemento_Elemento] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[Elemento] WITH CHECK ADD CONSTRAINT [FK_Elemento_Elemento]
FOREIGN KEY([IDHierarquia])
GO
ALTER TABLE [dbo].[Elemento] CHECK CONSTRAINT [FK_Elemento_Elemento]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_Elemento_TipoElemento] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[Elemento] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_Elemento_TipoElemento] FOREIGN KEY([IDTipoElemento])
REFERENCES [dbo].[TipoElemento] ([IDTipoElemento])
GO
ALTER TABLE [dbo].[Elemento] CHECK CONSTRAINT [FK_Elemento_TipoElemento]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_Fonte_Orgao] Script Date: 05/22/2011 23:04:02
******/
675
ALTER TABLE [dbo].[Fonte] WITH CHECK ADD CONSTRAINT [FK_Fonte_Orgao] FOREIGN
KEY([IDOrgao])
REFERENCES [dbo].[Orgao] ([IDOrgao])
GO
ALTER TABLE [dbo].[Fonte] CHECK CONSTRAINT [FK_Fonte_Orgao]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_Indicador_Elemento] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[Indicador] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_Indicador_Elemento] FOREIGN KEY([IDElemento])
GO
ALTER TABLE [dbo].[Indicador] CHECK CONSTRAINT [FK_Indicador_Elemento]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_Indicador_Indicador] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[Indicador] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_Indicador_Indicador] FOREIGN KEY([IDIndicador])
GO
ALTER TABLE [dbo].[Indicador] CHECK CONSTRAINT [FK_Indicador_Indicador]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_Indicador_Unidade] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[Indicador] WITH CHECK ADD CONSTRAINT [FK_Indicador_Unidade]
FOREIGN KEY([IDUnidade])
REFERENCES [dbo].[Unidade] ([IDUnidade])
GO
ALTER TABLE [dbo].[Indicador] CHECK CONSTRAINT [FK_Indicador_Unidade]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_Referencia_Indicador] Script Date: 05/22/2011
23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[Referencia] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_Referencia_Indicador] FOREIGN KEY([IDIndicador])
GO
ALTER TABLE [dbo].[Referencia] CHECK CONSTRAINT [FK_Referencia_Indicador]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_SituacaoDaArea_NivelTerritorial] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
ALTER TABLE [dbo].[SituacaoDaArea] WITH CHECK ADD CONSTRAINT
[FK_SituacaoDaArea_NivelTerritorial] FOREIGN KEY([IDNivelTerritorial])
REFERENCES [dbo].[NivelTerritorial] ([IDNivelTerritorial])
GO
ALTER TABLE [dbo].[SituacaoDaArea] CHECK CONSTRAINT
[FK_SituacaoDaArea_NivelTerritorial]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
[FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea] FOREIGN KEY([IDSituacaoDaAreaPai])
GO
[FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea]
GO
676
/****** Object: ForeignKey [FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea1] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
[FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea1] FOREIGN KEY([IDSituacaoDaAreaDestino])
GO
[FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea1]
GO
/****** Object: ForeignKey [FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea2] Script Date:
05/22/2011 23:04:02 ******/
[FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea2] FOREIGN KEY([IDSituacaoDaAreaOrigem])
GO
[FK_SituacaoDaArea_SituacaoDaArea2]
GO
677
7. DIRETRIZES ESTRATGICAS
7.1. Qualidade Ambiental
7.1.1. Conservao e Uso Racional dos Recursos Naturais

Gesto de reas Protegidas e Conservao da Biodiversidade
Elaborar ou revisar os Planos de Manejo/Gesto das Unidades de Conservao existentes

na regio, priorizando as UCs que se encontram prximas ou sobrepostas ao Arco, de
modo a considerar a implantao do Arco Metropolitano, definindo critrios e restries de
uso que garantam a proteo dos recursos naturais, atendendo s diretrizes para
ordenamento do territrio.
Destinar os recursos da Compensao Ambiental (Lei 9.985/2000 SNUC), resultantes do

licenciamento dos empreendimentos Objeto AAE e de outros que venham a se instalar na
regio para regulamentao fundiria, instrumentalizao da gesto e manuteno das
Unidades de Conservao, e em programas de recuperao de APPs (com nfase nas
matas ciliares), de reas degradadas e revegetao de reas para promoo de corredores
ecolgicos
As diretrizes acima devem contemplar, prioritariamente, as seguintes reas protegidas:
UCs situadas na bacia da Baa de Sepetiba (APA Mangaratiba, RPPN Sitio Poranga) e
reas destacadas pelo PROBIO como de extrema relevncia para a conservao da
biodiversidade localizadas a oeste da rea de Estudo I (municpio de Itagua);
reas de influncia do Segmento C do Arco Metropolitano - FLONA Mario Xavier, APA

do Rio Guandu, ambas atravessadas pelo Arco, e REBio do Tingu;
Regies serranas com caractersticas geogrficas restritas ao uso e ocupao do solo,

com destaque quelas localizadas ao norte das reas de Estudo II e III, com a
presena de RPPNs, Estao Ecolgica do Paraso, APA da Bacia do Rio Macacu;
reas de relevante valor ecolgico e/ou fragilizadas pela intensa presso antrpica
APA das Serras do Gericin-Mendanha e APA Guapimirim.
678
Disciplinar os investimentos em infraestruturas rodovirias (novas vias e/ou melhorias das
existentes) no entorno das Unidades de Conservao de Proteo Integral, atendendo s
diretrizes dos respectivos Planos de Manejo no que se refere s suas Zonas de
Amortecimento e, quando no interior das APAs, considerando tambm as diretrizes de uso
e ocupao do solo definidas em seus Planos.
Fortalecimento do Corredor da Biodiversidade da Serra do Mar:
Implantar programas de revegetao com espcies nativas da Mata Atlntica em reas que
promovam a integrao de Unidades de Conservao e de formaes vegetais
fragmentadas, facilitando o fluxo gentico entre as populaes e fortalecendo o Mosaico
das Unidades de Conservao da Mata Atlntica Central Fluminense e a consolidao do
Corredor da Biodiversidade da Serra do Mar. Nestes programas de revegetao devem ser
contempladas as reas estabelecidas pelo Programa Piloto para a Proteo das Florestas
Tropicais do Brasil do Ministrio de Meio Ambiente (PROBIO/MMA) como de importncia
extremamente alta para conservao da biodiversidade.
Recuperao de reas Degradadas e de reas de Preservao Permanente:
Promover a recuperao e revegetao de zonas riprias de cursos dgua dos mananciais

e dos remanescentes de vegetao nativa que se encontram isolados, como forma de
criar/fortalecer corredores genticos, contribuindo, ainda, para a conservao dos recursos
hdricos.
Prever alternativas para recuperao ambiental das reas degradadas pela explorao de
areais no municpio de Seropdica, tais como: implantao de condomnios de alto padro,
utilizando os espelhos dgua para atividades de recreao; implementao de atividades
de piscicultura com espcies nativas nas lagoas remanescentes, desde que a qualidade da
gua seja compatvel; implementao de programa de recuperao de reas degradadas
com sistemas agroflorestais.
679
7.1.2. Desenvolvimento de Atividades Econmicas Sustentveis (de baixo
impacto ambiental)
Fortalecer aes no entorno das Unidades de Conservao j estabelecidas, que visem
apoiar o desenvolvimento de agricultura ecolgica, turismo rural e atividades que valorizem
o uso sustentvel do solo em pequenas propriedades agrcolas, principalmente em reas
situadas ao norte do Arco Metropolitano, dentro das zonas de amortecimento das UCs de
proteo integral ou no interior de APAs;
Em Zonas de Amortecimento, estabelecer critrios de uso e efetivar parcerias pblico-

privadas de carter social, visando explorar oportunidades de desenvolvimento rural
sustentvel, com apoio de associaes e organizaes no-governamentais, direcionando
aes que promovam a economia local, em especial, a atividade agrcola, e a proteo dos
recursos naturais
7.1.3. Estabelecimento de Critrios para Licenciamento Ambiental:

Analisar todos os estudos ambientais j desenvolvidos para obteno de LI dos
empreendimentos estruturantes e outros localizados na regio, visando sistematizar as
aes recomendadas nos Programas Ambientais, compatibiliz-las, otimizar a inverso de
recursos e criar uma base de planejamento de procedimentos tcnicos nica, orientando o
desenvolvimento dos estudos ambientais (EIA/RIMA e PBA) para novos licenciamentos,
tendo em vista sinergias e complementariedades.
Colaborar com a elaborao do Zoneamento Ecolgico Econmico do Estado do Rio de

Janeiro, considerando a implantao do Arco Metropolitano, no sentido de ordenar e
compatibilizar as categorias de zonas onde se situam os empreendimentos estruturantes e
tambm aquelas para as quais so apresentadas propostas especficas.
Considerar, no futuro licenciamento ambiental de novos empreendimentos na regio, a

realizao da anlise de disperso de poluentes atmosfricos, levando em considerao
obrigatoriamente as condies de qualidade do ar background determinadas pela rede
de monitoramento a ser implantada. Ressalta-se que o estudo de uma futura fonte de
emisso, isoladamente, no vivel em uma regio em vias de saturao.
680
7.1.4. Disciplinamento do Uso e da Ocupao do Solo:
Como ao preventiva e imediata, fiscalizar sistemtica e periodicamente a formao de
focos de ocupaes irregulares no entorno do Arco Metropolitano, com emprego de
imagens de satlite, em especial em Duque de Caxias, Itagua, Itabora e So Gonalo,
tendo em vista a implantao dos empreendimentos estruturantes e a previso de que
esses municpios venham a absorver percentuais expressivos dos novos postos de trabalho
que sero e j esto sendo abertos . Esta fiscalizao tem como intuito especialmente
evitar a formao de reas favelizadas, presses sobre Unidades de Conservao e suas
reas de amortecimento, o espraiamento da malha urbana, a configurao de reas
urbanas isoladas da malha geral, bem como prevenir problemas com a segurana pblica,
no caso da criao de ilhas de ocupao subnormal.
Propor aos municpios que os vazios urbanos (reas remanescentes sem restries
ambientais ocupao antrpica) ao longo do eixo do Arco Metropolitano, especialmente
os localizados nos entroncamentos das rodovias existentes com o Arco, bem como os
localizados em entroncamentos rodo-ferrovirios, sejam ocupados por atividades industriais
de baixo impacto e de servios logsticos de apoio industrial, gerando economias de
aglomerao e vantagens locacionais.
Nas reas que j apresentam ocupao urbana consolidada, a fim de manter a

caracterstica expressa da rodovia, prope-se o adensamento com uso do solo misto, ou
seja, infraestrutura de comrcio e servios, combinada ao uso residencial, estimulando a
fixao da populao no local e evitando deslocamentos de pequenas distncias com
utilizao do Arco para a realizao de atividades do dia a dia. Essas reas de uso misto
devero contar com os sistemas alimentadores e com as estaes de mdia / alta
capacidade do corredor estrutural de transporte de passageiros proposto (ver tema Oferta
de Transporte, Gesto da Mobilidade e Logstica, adiante), atendendo necessidade de
deslocamentos de mdia e longa distncia. De modo associado, devero ser respeitadas
prioritariamente as diretrizes constantes dos Planos de Manejo das Unidades de
Conservao existentes na regio, com destaque para zona de amortecimento da REBIO
do Tingu, e para o zoneamento da APA de Guapimirim. Tratando-se da REBIO do
Tingu, prope-se, entre o limite de sua zona de amortecimento e o Arco Metropolitano,
ocupao rarefeita constituda por atividades de baixo impacto, como turismo rural,
ecoturismo e agricultura sustentvel.
681
Fomentar a criao ou reviso, no curto prazo, de instrumento legal de disciplinamento da
ocupao urbana em todos os municpios da rea de abrangncia do Arco (lei especfica de
uso e ocupao do solo), como medida emergencial de ordenamento do territorial, de forma
a minimizar os riscos de efeitos negativos da ocupao desordenada e concentrada em
curto espao de tempo.
Propor aos municpios que a legislao especfica de uso e ocupao do solo a ser
elaborada ou revisada contemple, para os vazios urbanos localizados na rea de influncia
direta do Arco, mecanismos que atendam s restries definidas por zonas de
amortecimento de Unidades de Conservao (quando aplicvel), especialmente em glebas
ou lotes cujos limites coincidam com estas Unidades.
Prever a implantao de faixas vegetadas nas margens do Arco, visando ao amortecimento

de rudos decorrentes da operao de rodovias e indstrias, potencialmente nocivos aos
circundantes, e reduo do aporte de material particulado para o interior das reas
urbanizadas, alm de proporcionar melhor aspecto paisagstico rea.
Desenvolver metodologia para Avaliao de Impactos Virios (diretos e indiretos) da

implantao de plos geradores de viagens (PGV) ao longo do Arco, adotando-se medidas
legais para seu licenciamento, com o objetivo de garantir: a melhor insero possvel do
Arco Metropolitano na malha viria; diminuir ao mximo a perturbao do trfego de
passagem em virtude do trfego gerado pelo PGV; viabilizar a absoro pela edificao de
toda a demanda por estacionamento gerada pelo empreendimento; estudar alternativas de
acesso ao empreendimento, com promoo de modos sustentveis (a p, bicicleta e
coletivos) de forma a diminuir a necessidade de viagens individuais motorizadas; assegurar
que as operaes de carga e descarga ocorram nas reas internas da edificao; reservar
espaos seguros para circulao e travessia de pedestres e; assegurar a existncia de
vagas de estacionamento especficas para deficientes fsicos, motocicletas e bicicletas.
Com relao ao per na Praia da Beira (com canal de navegao que permita o acesso das
embarcaes) e via especial a serem construdos em So Gonalo para o transporte das
cargas pesadas e com dimenses excessivas durante a implantao do COMPERJ:
Recomenda-se que esta infraestrutura no seja simplesmente entregue

administrao pblica aps os dois anos previstos para a sua operao (trfego
682
prioritrio ao transporte das cargas especiais, espordico e controlado, com cronograma
programvel, e para as atividades de segurana e manuteno), conforme previsto no
Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatrio de Impacto ao Meio Ambiente.
De acordo com o EIA/RIMA, para que a estrada seja entregue administrao pblica,
algumas obras tero que ser efetuadas (o alargamento da via de modo a abrigar faixas
de trfego de veculos particulares em mo dupla com acostamento e dispositivos de
drenagem superficial definitivos e o viaduto de transposio das linhas do ptio de
manobras da Linha 3 do Metr), com base em projeto a ser desenvolvido e novo
licenciamento ambiental. Ainda de acordo com o EIA/RIMA, com a nova rodovia, haver
tendncia de crescimento populacional e expanso urbana no local, exigindo a
implementao de um plano de urbanizao da regio (pavimentao viria,
saneamento bsico, construo de escolas, hospitais, delegacias, etc.), alm da
implantao de linhas de nibus e barcas. Adicionalmente, o acesso facilitado s praias
pela nova via dever incrementar as atividades de turismo e lazer na orla de Itaca.
Nesse contexto, considerando que: a via especial e o per esto localizados muito
prximos a Unidades de Conservao Federais relevantes como a APA de Guapi-Mirim
e a ESEC da Guanabara e a reas de Preservao Permanente (margens dos corpos
hdricos e manguezais); So Gonalo o segundo municpio do Estado em populao e
dever atrair grande nmero de novos moradores pelas oportunidades de trabalho que
surgiro nos mais diversos setores; So Gonalo j apresenta grande deficincia nos
sistemas de saneamento bsico, nos sistemas de transporte, no ordenamento territorial,
sistemas de educao, lazer e sade, tendendo a agravar com o aumento da densidade
populacional decorrente da implantao do COMPERJ; a administrao pblica de So
Gonalo, historicamente apresenta dificuldades para suprir a contento as necessidades
bsicas de seus moradores, recomenda-se a criao de uma rea de Preservao
Ambiental (APA) englobando essa infraestrutura, que pode ser considerada como zona
de amortecimento para a APA de Guapimirim e ESEC da Guanabara, voltada a
equipamentos de lazer e turismo, podendo incluir um Parque Municipal (ver Figura 7.1).
Na elaborao do Plano de Manejo da futura APA, sugere-se estudar os tipos de usos
mais adequados para a APA e os tipos de embarcaes tursticas que devero ser
operadas no per, de forma a evitar impactos ambientais nas Unidades de Conservao
e reas de Preservao Permanente, bem como evitar o espraiamento urbano para a
nica rea municipal junto baa de Guanabara ainda com potencial de preservao.
683
Figura 7. 1 - Proposta para Implantao de APA ao Longo da Via Especial
A Figura 7.2, a seguir, apresenta sugesto de zoneamento da nova APA, considerando

as ameaas e potencialidades da implantao da via especial e per, e considerando
tambm o limite da APA de Guapimirim, as estaes da Linha 3 do metr previstas e as
caractersticas de ocupao da rea no cenrio atual. A APA foi dividida em 4 grandes
zonas, destinadas ao incentivo e/ou consolidao de atividades especficas, a saber:
Turismo Sustentvel, Parque Municipal, Capacitao e Ensino e Industrial de Baixo
Impacto. Foram estudados usos associados preservao ambiental, conforme
previsto para unidades de conservao de uso sustentvel, no requerendo
desapropriao de extensas reas.
684
Figura 7. 2 - Proposta para Implantao de APA ao Longo da Via Especial
7.1.5. Gerenciamento de Resduos Slidos:

Elaborar estudo de viabilidade locacional para implantao de aterros sanitrios
intermunicipais, considerando solues prioritrias para municpios que dispem seus
resduos atualmente em lixes, como: Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Mag,
Tangu, Maric, Seropdica, Paracambi, Rio Bonito e Japeri. Este estudo dever
contemplar as questes tcnicas construtivas, de demanda (principais fontes
geradoras/quantitativos) e de logstica, associando tambm o reaproveitamento energtico
dos gases emitidos. A vida til mnima para cada aterro construdo dever ser de 20 anos.
Realizar um plano de investigao ambiental das reas que eram e/ou ainda so utilizadas
como lixes clandestinos. Mediante resultados obtidos, estabelecer a remediao das
reas contaminadas.
Estabelecer incentivos financeiros e/ou parcerias pblico-privadas, com o objetivo de

estimular o interesse e a participao nas construes e/ou operaes dos aterros
sanitrios, aterros industriais, centrais de triagem, centrais de compostagem, coleta e
transporte dos resduos.
685
Implementar sistema de coleta seletiva dos resduos urbanos municipais e construir
centrais de triagem dos materiais reciclveis recolhidos, a fim de otimizar da vida til dos
aterros sanitrios (destinatrios finais).
Criar centrais de compostagem nos municpios da regio do Plano Diretor, capacitadas a

receber e gerenciar os resduos orgnicos provenientes das fontes residenciais, comerciais
e industriais.
Implementar campanhas educativas populao sob o conceito de adeso segregao

dos resduos gerados nas residncias e nos estabelecimentos comerciais.
Promover coleta especfica dos resduos de servio de sade, priorizando os municpios:

Mangaratiba, Itagua, Seropdica, Paracambi, Japeri, Queimados, Duque de Caxias,
Belford Roxo, So Joo do Meriti, Mesquita, Nilpolis, Mag, Guapimirim, Cachoeira de
Macacu, Itabora, Tangu e Maric, atualmente desprovidos de um gerenciamento
especifico desses resduos.
Implementar locais de tratamento trmico (autoclavagem, microondas, incinerao ou

pirlise) e/ou qumico (irradiao) dos resduos de servio de sade, abrangendo os
hospitais e postos de sade em operao atual ou futura. A destinao final destes
resduos ps-tratamento dever ocorrer em aterros sanitrios.
Intensificar a fiscalizao, visando eliminar reas clandestinas de depsito de resduos

urbanos, resultando na eliminao de reas contaminadas, proliferao de vetores de
doenas (roedores, principalmente), carreamento de slidos aos crregos adjacentes
(mitigando impactos na alterao da qualidade da gua superficial), entupimentos na rede
de drenagem pluvial, entre outros aspectos.
Controlar quantitativamente o aporte de resduos industriais de outros Estados, priorizando

sempre a demanda interna do Rio de Janeiro. O inventrio de resduos, estabelecido pela
Resoluo CONAMA 313/02, que dispe sobre o Inventrio Nacional de Resduos Slidos
Industriais, dever ser a base de dados referncia.
Exigir dos geradores a apresentao do Plano de Gerenciamento de Resduos de Servio

de Sade PGRSS, conforme Resoluo RDC/ANVISA 306/2004, ao esta a ser
implementada pelo rgo ambiental em parceria com a ANVISA.
686
Instalao, pela iniciativa privada, de novas unidades de coprocessamento e incineradores,
especialmente em funo da implantao dos empreendimentos estruturantes, por meio de
aes integradas entre os diferentes empreendedores, em especial em Itagua, gerando
economia de escala nesses investimentos.
Fortalecer o projeto Bolsa de Resduos, estabelecido pela FIRJAN, orientando e

facilitando a comunicao entre as partes interessadas atuantes (empresas geradoras e
destinatrios), de modo a manter um cadastro atualizado dos resduos slidos dispostos e a
negociao entre geradores e destinatrios finais, sistematizando os dados-base. Esta
recomendao prioritria para os municpios que recebero os investimentos
estruturantes e para aqueles indicados a receber novos investimentos via Ncleo Potencial
Referncia. Desagregado.
Promover incentivos financeiros s empresas que realizem reciclagem, estabelecendo

controle por meio de cadastro, e estimulando o interesse e a adeso de todo o setor
industrial.
Avaliar a possibilidade de implantao de aterros sanitrios em locais situados junto s

rodovias que possuiro acesso direto ao Arco (BRs, RJs), desde que tais reas apresentam
caractersticas adequadas de solo, guas subterrneas, afastamento mnimo a reas
urbanizadas etc., entre outros critrios de seleo.
7.1.6. Conservao da Qualidade do Ar e ao Controle de Rudos:

Implantar, rede de monitoramento de qualidade do ar na regio de Itagua, com anlise de
partculas totais, MP10, CO, SOx, COV, O3 e NOx, com um mnimo de duas estaes de
monitoramento contnuo, estrategicamente localizadas1. Com esta medida, possvel
obter uma srie histrica de dados, indispensvel para a caracterizao, conhecimento e
controle da qualidade do ar na regio.
1
Considerar as recomendaes dos EIAs/RIMAs da Usina 2 da CSN, em Itagua, da Usina da CSA, no Rio de Janeiro, e da
COQUEPAR, em Seropdica, para compatibilizao das aes propostas no que se refere localizao das estaes de
monitoramento da qualidade do ar.
687
Acompanhar e fiscalizar a implantao das medidas previstas pelo EIA/RIMA do COMPERJ
(Figura 7.3) para controle e monitoramento da qualidade do ar na regio de Itabora .2
Figura 7. 3 - Recomendao do EIA/RIMA do COMPERJ para Instalao de Estaes de

Monitoramento da Qualidade do Ar
Disciplinar a ocupao residencial nas faixas lindeiras ao Arco Metropolitano, no caso de

reas ainda no ocupadas, incentivando nestes locais as atividades industriais. J no caso
de ocupao urbana existente, fortalecer o carter de uso misto destas reas, como centro
de comrcio e servios, reduzindo a participao residencial.
7.1.7. Conservao das Baas da Guanabara e Sepetiba:

Implantar Plano Integrado de Monitoramento fsico-qumico contnuo dos compartimentos
biticos e abiticos das baas de Guanabara e de Sepetiba, uma vez que estas baas so
utilizadas como rea de pesca (artesanal e esportiva) e maricultura, alm de serem
utilizadas como rota de navegao. O Plano Integrado de Monitoramento deve ser
participativo e envolver todas as atividades industriais localizadas na regio do entorno das
baas de Guanabara e de Sepetiba. Os resultados devem ser compartilhados com as
comunidades locais.
2
Alm do controle das emisses na fonte, o EIA/RIMA do COMPERJ recomenda a instalao de cinco estaes de
monitoramento da qualidade do ar no entorno do Complexo: Estao Guapimirim, Estao Papucaia, Estao APA de
Guaimirim, Estao Itabora Porto das Caixas e Estao Macio Barboso.
688
Melhorar a fiscalizao ambiental da gerao e disposio de resduos slidos e da
qualidade dos despejos de efluentes lquidos gerados nas atividades industriais no entorno
da regio das baas de Guanabara e de Sepetiba, atravs do Sistema de Manifesto de
Resduos e do Programa de Autocontrole - PROCON-GUA, do Instituto Estadual do
Ambiente INEA, respectivamente, minimizando a degradao ambiental das baas.
Utilizao, pela iniciativa privada, de metodologias modernas e procedimentos construtivos

de baixo impacto ambiental durante as operaes de dragagem da Baa de Sepetiba, para
que haja pouca ou nenhuma alterao nas caractersticas fsico-qumicas da gua, biota e
morfologia de fundo da regio, intensificando o monitoramento durante a realizao dos
trabalhos e minimizando interferncias sobre a atividade pesqueira3.
Elaborar os Planos de Manejo e ampliar a fiscalizao das Unidades de Conservao

existentes no entorno da Baa da Sepetiba, visando reforar o potencial turstico da regio,
os esportes nuticos e a pesca esportiva.
Criar novas Unidades de Conservao na regio da Baa de Sepetiba, a exemplo da

Reserva Ecolgica da Ilha Grande e da Reserva Biolgica e Arqueolgica de Guaratiba,
visando conservao da fauna nativa, de aves migratrias e peixes, dado o papel
relevante dos ecossistemas estuarinos na preservao dessas espcies.
Implantar programas de educao ambiental voltados aos trabalhadores das atividades

industriais desenvolvidas na Baa de Sepetiba, com o objetivo de sensibilizar, conscientizar
e capacitar os trabalhadores no tocante s questes ambientais, de forma que possam
promover uma conduta responsvel quanto preveno ou mitigao de impactos
operacionais e cotidianos e reduo de riscos ambientais, potencialmente associados ao
desempenho de suas funes, tanto na rotina operacional e social como em situaes de
emergncia.
3
Embora sejam mltiplas as atividades que resultam na degradao ambiental dos ecossistemas e na reduo dos estoques
pesqueiros na Baa de Sepetiba, as comunidades locais, particularmente as de pescadores, atribuem s constantes atividades de
dragagem alta relevncia, sobretudo no que diz respeito ao assoreamento da baa, deteriorao da qualidade de suas guas e
reduo dos estoques pesqueiros.
689
Implantar aes de Comunicao Social como instrumento de suporte mitigao de
impactos das atividades de dragagem, disposio dos sedimentos removidos e aumento do
trfego de navios nas baas.
Utilizar recursos das aes de Compensao Ambiental para indenizar os pescadores

artesanais residentes nas comunidades da rea de Influncia Direta das novas atividades a
serem implantadas nas baas de Guanabara e de Sepetiba, proporcionando condies para
a produo e aquisio de conhecimentos, habilidades e o desenvolvimento de atitudes
visando participao individual e coletiva na gesto dos recursos pesqueiros.
Implantar Programa de Apoio ao Gerenciamento Costeiro das Baas de Guanabara e de

Sepetiba, cujo principal objetivo dever ser o de orientar e disciplinar a utilizao racional
dos recursos ambientais da Zona Costeira de forma a contribuir para a elevao da
qualidade de vida da populao, promovendo a proteo de seu patrimnio natural,
histrico, tnico e cultural. Ser necessria a integrao dos vrios setores envolvidos com
a problemtica ambiental das baas de Guanabara e de Sepetiba, incluindo a sociedade,
ONGs, rgos pblicos e universidades.
7.2.1. Ordenamento do Territrio

Assegurar que o desenvolvimento da Regio de influncia do Arco Metropolitano
ocorra de forma racional, integrada e sustentvel.
Com base no previsto na Constituio Estadual que estipula as responsabilidades

compartilhadas do estado e municpios no mbito das Regies Metropolitanas e do
Desenvolvimento Urbano o estado pode e deve, articuladamente com os
municpios, desempenhar um ativo papel no sentido de assegurar que o
desenvolvimento da Regio do Arco, parte importante da Regio Metropolitana do Rio
de Janeiro, ocorra de forma racional, integrada e sustentvel. Isto requer sua ativa
participao na definio de um modelo de organizao fsico-territorial para a mesma;
O ordenamento territorial uma precondio para o alcance do desenvolvimento

integrado e sustentvel e evitar que, ao contrrio do que se espera, os grandes
690
investimentos industriais e na infraestrutura econmica e urbana previstos para ocorrer
na Regio do Arco venham a ampliar o j enorme passivo representado pelas carncias
e desigualdades sociais;
Para que esse conceito se torne um objetivo das polticas pblicas, tanto do estado
como dos municpios, necessrio promover a integrao espacial dos investimentos
inter e intragovernamentais. Essa integrao deve se iniciar na fase oramentria da
programao plurianual e anual dos investimentos tendo como instrumento de apoio
obrigatrio ao processo decisrio a varivel localizao dos projetos.
Estabelecer o Macrozoneamento Regional
Esse trabalho dever ser conduzido pela entidade a ser criada para tratar dos assuntos
metropolitanos e com a ativa parceria de cada um dos municpios situados na Regio
de influncia do Arco. O macrozoneamento deve balizar as sub-regies de proteo
ambiental (consideradas suas vrias categorias de restrio); as sub-regies rurais que
devem permanecer como tal; as sub-regies urbanas: i) j saturadas e cujo crescimento
deve ser desestimulado; ii) em incio de saturao mas onde ainda seja possvel admitir
um crescimento controlado; iii) de baixa densidade onde o crescimento deve ser
estimulado e controlado via projetos integrados de bairros verdes promovidos em
parcerias pblico-privadas; reas rurais e de expanso urbana (vazios) com grande
potencial de sitiar habitaes (nfase no interesse social), comrcio, servios, indstrias
no poluentes, e atividades especiais de interesse metropolitano, tambm atravs de
projetos integrados em parceria com a iniciativa privada; v) as de designao e vocao
para uso predominante ou estritamente industrial (j consolidadas e em potencial). Um
exemplo de macrozona indicado no item 14 abaixo;
Na etapa seguinte, o Macrozoneamento Regional dever ter rebatimento nos

macrozoneamentos e zoneamentos municipais, uniformizando os critrios
classificatrios dos diversos tipos de usos e compatibilizando aqueles aplicveis em
reas contnuas fracionadas por limites entre municpios.
Criar o sistema de planejamento territorial metropolitano
Trata-se de introduzir no planejamento estadual a espacializao dos dados das suas

obras e aes localizadas na Regio, que deveria constituir uma das responsabilidades
da entidade metropolitana;
691
Nesse procedimento devero ser usados mapas temticos associados a banco de
dados alfanumricos, atravs de mecanismo automtico de cadastramento desses
dados e recuperao dos mesmos a qualquer momento. A operacionalizao de um
sistema como esse uma necessidade fundamental para propiciar maior grau de
integrao decisria entre polticas e programas do governo estadual e um exemplo
para inspirar a adoo de sistemas similares pelos governos municipais. O Plano
Diretor do ARCO j oferece um banco de dados georeferenciado que permite dar
partida ao processo de integrao horizontal e vertical das aes do Poder Pblico na
Regio;
Torna-se urgente a elaborao de planos setoriais detalhados de abastecimento de

gua e esgotamento sanitrio, de drenagem e de integrao multimodal dos sistemas
de transporte, visando, juntamente com as demais medidas propostas, garantir que o
processo de urbanizao metropolitana permita a materializao do cenrio normativo
definido para o futuro dessa Regio neste Plano Diretor.
Promover grandes projetos integrados para bairros verdes em reas adensveisl

epara os vazios urbanos
A metodologia de hierarquizao dos vazios urbanos e reas adensveis apresentada

no Plano Diretor do Arco Metropolitano, com os ajustes necessrios, deve servir de
base para a passagem do processo de planejamento para a definio de grandes
programas e projetos estruturadores especficos de forte impacto regional como a
dos projetos integrados dos bairros verdes a serem liderados pelo estado em
associao com os municpios e a iniciativa privada. Em princpio, a explorao desses
projetos integrados dos bairros verdes deve oferecer as seguintes vantagens:
Integrao em termos de usos diversificados, residenciais e comerciais, e grupos de

renda, com habitao tanto social como para famlias de maior renda, o que permitir
a apropriao social da valorizao imobiliria;
Melhor acesso aos centros de emprego atravs de transportes pblicos eficientes;
Infraestrutura e servios pblicos adequados abastecimento de gua potvel,

esgotamento sanitrio, drenagem, escolas, hospitais, etc. ;
692
Convenincia de acesso a servios locais do bairro como supermercados e shopping
centers;
Uso de novas tecnologias que rebaixam os custos de infraestrutura e preservam o

meio ambiente (e.g., programas para reduzir o runoff de guas pluviais);
Espaos abertos e parques cuidadosamente planejados para criar reas de lazer e um

sistema de espaos verdes com recreao aqutica onde possvel.
Aplicar nesses projetos, uma engenharia financeira adequada que visa capturar uma
parte do valor criado na Regio decorrente das intervenes pblicas, para a
viabilizao dos investimentos em infraestrutura e a concesso de subsdio habitacional
para famlias de baixa renda. Esta estratgia financeira poderia incluir os instrumentos
disponveis na legislao brasileira, incluindo concesses urbansticas e.g., a
reurbanizao do Bairro Nova Luz em So Paulo; Parcerias Pblico-Privadas (PPP) e
Certificados de Potencial Adicional Construdo (CEPACs);
Utilizar as informaes sobre os vazios urbanos e reas adensveis produzidas por este
Plano Diretor para: i) apoiar os municpios na utilizao dos instrumentos criados pela
Lei 10.257/2001, Estatuto da Cidade (parcelamento, edificao e utilizao
compulsrios, imposto territorial progressivo no tempo, direito de preempo e outros).
Esses instrumentos, no obstante j constarem h muitos anos da legislao dos
municpios, tm permanecido sem aproveitamento justamente pela falta de condies
tcnicas das administraes municipais para demarcarem de forma fundamentada as
referidas reas; ii) adoo de uma poltica fundiria de mbito metropolitano, com
implicaes na poltica habitacional, de transportes e mobilidade, de saneamento bsico
e drenagem, de coleta e destinao final de resduos, e de ordenamento territorial pelos
municpios.
7.2.2. Habitao
Descentralizao da oferta habitacional
A desconcentrao das atividades econmicas e da oferta de trabalho que certamente

ser consequncia dos grandes empreendimentos que esto sendo localizados na
periferia da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro deve ser acompanhada por
polticas pblicas que promovam, paralelemente, a descentralizao da oferta
693
habitacional, do atendimento adequado da infraestrutura urbana, dos servios e do
comrcio, os quais esto hoje extremamente concentrados no municpio do Rio de
Janeiro e em Niteri;
Uma ao efetiva que propicie a soluo das necessidades habitacionais existentes,

bem como a oferta de habitaes adequadas demanda que se prenuncia da ordem
de 1,2 milhes de novos domiclios na Regio do Arco at 2030 exigir esforos
conjuntos de todas as esferas de governo e da iniciativa privada, por meio da oferta de
um quadro institucional e normativo indutor e que d agilidade e facilidades ao processo
construtivo, da existncia de estruturas administrativas modernas e de equipes
capacitadas que deem respostas rpidas s demandas da sociedade civil no mbito
habitacional e da disponibilidade de recursos para fazer frente a esse desafio;
A adoo de novos conceitos para a operacionalizao da poltica habitacional, com

caractersticas prprias, poder traduzir-se em instrumento fundamental no
enfrentamento da questo. Ser de grande importncia que os projetos e intervenes
habitacionais no estratifiquem a demanda por faixa de renda nem impeam que seja
financiada, juntamente com a interveno habitacional, a urbanizao de reas para
atividades comerciais e de servios teis populao e geradoras de renda e trabalho,
na linha de pequenos ou grandes bairros completos, tambm chamados projetos
habitacionais integrados;
Alm disso, a determinante principal da localizao dos projetos habitacionais de

interesse social no pode continuar sendo, unicamente, a decorrente das oportunidades
identificadas no mercado de terras (como ocorre atualmente) pelos construtores. Devem
ser considerados o potencial de aproximao entre o local de moradia e o de trabalho, o
acesso a comrcio e servios atravs da implantao de sistemas adequados de
transporte individual e pblico , a maior economia na proviso de infraestrutura de
saneamento, drenagem e coleta/destinao de lixo, e a integrao de grupos sociais;
Apoiar os municpios na implementao de programas habitacionais direcionados para

as famlias de mais baixa renda como os de lotes urbanizados e regularizao
fundiria que, alm da imensa demanda que podem atender, apresentam um baixo
custo unitrio dos investimentos e um alto retorno social. No obstante, esses
programas tm permanecido subaproveitados por, em geral, no despertarem o
interesse dos agentes promotores.
694
Implantar novas modalidades de programas habitacionais e reforar as fontes de
financiamento
Deve ser considerada a criao entre as novas modalidades de programas

habitacionais (ou de modalidades a serem revigoradas), entre outras: i) aluguel social,
no apenas para famlias em situao de emergncia, mas tambm para aquelas que,
sem condies de renda para adquirir uma habitao mesmo que subsidiada, devam
ser atendidas e que passem a participar de um programa de promoo social e
capacitao visando a superao da pobreza; ii) financiamento de empreendimentos
para moradia de aluguel, para permitir maior mobilidade habitacional da populao,
como acontece em pases mais desenvolvidos; iii) programas de lotes urbanizados;
As carncias habitacionais identificadas na Regio do Arco so to grandes que,

mesmo na atual fase de acelerao da oferta de moradias atravs dos programas
operados pelo governo federal, o aumento da informalidade habitacional ainda uma
forte tendncia, como indicado neste Plano Diretor. Devem ser definidas novas fontes
de recursos estaduais, como feito h muitos anos atrs pelo Governo de So Paulo
(que destina por lei uma parcela da arrecadao do ICMS para os programas
habitacionais do estado). Alm disso deve ser estudada a possibilidade de adoo do
sistema de formao de poupana prvia habitacional para famlias nos estratos acima
de 3 salrios mnimos, estratgia amplamente adotada em pases europeus e no Chile;
Como os recursos geridos pelo governo federal (FGTS, FDS, FAR, OGU) no esto
sendo direcionados aos programas habitacionais do Rio de Janeiro de forma
proporcional participao de seu estoque de moradias no estoque de moradias do
pas, devem ser implementadas gestes no nvel interno do governo do estado junto ao
governo federal, que propicie o atendimento ao estado proporcionalmente quela
participao.
Criar um sistema de informaes habitacionais
O funcionamento do setor habitacional de uma importncia muito grande, entre outros

aspectos, por sua contribuio para o desenvolvimento social e econmico da
populao e porque ocupa a maior proporo do solo urbano. A disponibilizao de
dados, permanentemente atualizados, sobre o comportamento deste setor, inclusive
com relao informalidade habitacional em suas vrias dimenses, de uma
695
importncia fundamental para atender as necessidades de estudos e de avaliaes de
desempenho do referido setor pelas administraes do estado, municpios, entidades
de fomento, rgos de pesquisa, empresas que atuam no mercado habitacional,
lideranas sociais, entre outras. Assim, deveria caber entidade metropolitana a
operacionalizao desse sistema, mediante contrato com algum rgo de pesquisas e
informaes capacitado para tal.
7.2.3. Saneamento Bsico

Ampliar as alternativas de captao, tratamento, aduo, reservao e distribuio
de gua
Devero ser desenvolvidos esforos para a identificao de novas fontes de captao,

e sistemas de tratamento, aduo,reservao e distribuio de gua, principalmente
para resolver as carncias apontadas para o acesso a esse servio por populaes
residentes nos municpios do Setor 3, Itabora, Guapimirim, Tangu e Maric, alm de
Nitreri e So Gonalo e que tendem a se agravar com a instalao do COMPERJ.
Ampliar os estudos para identificar e resolver o grande atraso da Regio no que se

refere ao servio de esgotamento sanitrio
No que tange ao esgotamento sanitrio a situao muito crtica, pois apenas um

pouco mais de uma quinta parte do volume de gua produzida para a RMRJ
transforma-se em esgoto tratado. Isso significa o lanamento direto pelas redes de
guas pluviais ou linhas de drenagem natural do territrio de um volume da ordem de
400 milhes de m3/ano de esgoto in natura que vai direto para os corpos receptores
sendo o maior deles a Baa de Guanabara. Dever ser providenciado: i) o diagnstico
detalhado da situao por bacia/sub-bacia da Regio, considerando-se a capacidade
atual e possvel das ETEs existentes; ii) identificao das demandas futuras derivadas
do crescimento urbano previsto e/ou induzido pelos projetos integrados de
desenvolvimento dos vazios urbanizveis ou pelo adensamento de reas de ocupao
incipiente; iii) reservar reas estrategicamente localizadas para a construo de novas
ETEs, alm de garantir a possibilidade de ampliao das existentes; iv) a atualizao do
esforo Japan International Cooperation Agency JICA 2003 luz dos resultados deste
Plano Diretor e de sua continuidade j no mbito de um processo de planejamento
integrado do desenvolvimento sustentvel da RMRJ. Trata-se de revisar e estabelecer
696
as bases tcnicas dos projetos de troncos coletores e estaes de tratamento de esgoto
por sub-bacia.
Planejar e implementar o plano regional de macrodrenagem
Como no caso do esgotamento sanitrio, urge promover o planejamento estratgico da

macrodrenagem metropolitana. Os canais de macrodrenagem e as redes de micro-
drenagem s funcionam bem para determinadas vazes, consideradas em seus
projetos, e que so definidas sempre em funo do escoamento superficial vis--vis a
infiltrao das chuvas nas bacias respectivas. O desompasso entre padres efetivos de
uso e ocupao do solo e os projetos de drenagem implica necessariamente problemas
de alagamentos e toda sorte de consequncias econmicas e sociais. Na orla da Baa
de Guanabara o problema pode ainda ser aumentado pela coincidncia de chuvas forte
e mars elevadas.
7.2.4. Mobilidade e Transporte

Racionalizar o funcionamento do sistema virio metropolitano
Apoiar os municpios na reviso da hierarquia dos sistemas virios, estabelecida nos

Planos Diretores ou conforme existentes na prtica, para melhor compatibilizao com o
sistema virio metropolitano, considerando especialmente: i) os impactos que sero
causados pelo Arco Metropolitano; ii) a necessidade de se controlar os acessos diretos
s pistas laterais do ea outras vias regionais para reduzir o crescente uso das mesmas
como nica alternativa de circulao entre localidades e bairros prximos e contribuir
para melhores condies de circulao nessas vias de interesse metropolitano.
Integrar ou racionalizar o sistema de transportes metropolitanos e ampliar a oferta

dos modais aquavirio e ferrovirio/metrovirio
A melhoria da circulao nos corredores expressos e arteriais da Regio Metropolitana

e particularmente dos municpios do Rio de Janeiro e Niteri, depende: i) da estreita
coordenao entre os planos municipais de mobilidade e transporte, inclusive quanto
concesso de linhas intramunicipais e o processo de concesso estadual de linhas de
nibus intermunicipais; ii) da implantao de centros confortveis de transbordo de
passageiros intermunicipais (cerca de 75% do trfego nas horas do rush) em pontos
estratgicos da periferia das reas centrais dos municpios do Rio de Janeiro e de
697
Niteri, de modo a que penetrem s reas centrais apenas os modos de transporte mais
eficientes; iii) a ampliao das alternativas de transporte ligando diretamente bairros da
periferia da Regio;
Em outras palavras, os congestionamentos nos acessos e travessias das reas centrais

do municpio do Rio ou de Niteri dependem de solues coordenadas entre os rgos
concedentes do transporte coletivo rodovirio intramunicipal e intermunicipal (Secretaria
de Estado dos Transportes), bem como de investimentos adequados nos sistemas de
transporte coletivo ferrovirio, metrovirio e aquavirio, com nfase na integrao
multimodal, inclusive e particularmente com o transporte rodovirio, atravs de ramais
de grande capacidade para reas centrais, estaes de transbordo confortveis e
bilhetagem nica;
Aproveitar as condies naturais extraordinariamente privilegiadas da Baa de

Guanabara (guas calmas e desimpedidas de obstculos, boa profundidade mdia,
variedade de locais para novas estaes de passageiros que permite a conexo
econmica e ambientalmente sustentvel de pelo menos 4 dos mais populosos centros
urbanos da RMRJ) para ampliar a oferta do transporte aquavirio. Conforme
mencionado anteriormente neste Plano Diretor: i) um estudo da ANTAQ revela que este
meio de transporte econmica e ambientalmente mais favorvel que os modos
rodovirio e mesmo ferrovirio; ii) existe um trabalho patrocinado pelo BNDES que
comprova a viabilidade da implantao de diversas novas ligaes do sistema
aquavirio entre bairros dos municpios da orla da Baa;
Quanto ao modal ferrovirio, uma das providncias mais urgentes a instalao da

linha 3 do Metr, ligando, como no projeto original, Niteri a Itabora. Estima-se que, em
2030, as populaes dos municpios de Niteri, Maric, So Gonalo, e Itabora
totalizaro cerca de 2,1 milhes de habitantes, um acrscimo de 306 mil pessoas. No
processo de hierarquizao dos vazios urbanos e reas adensveis relativos ao Setor
3, essa ligao foi admitida como a que prevalecer no cenrio normativo.
698
7.2.5. Desenvolvimento Institucional
Implementar um amplo Programa de desenvolvimento institucional das
administraes estaduais e municipais
As carncias apontadas em diversas anlises deste Plano Diretor indicaram as

deficincias a serem sanadas na administrao do estado para fazer frente aos desafios
que se apresentam. No entanto, o problema maior relativamente s administraes
municipais onde foram constatados o considervel despreparo de algumas, alm de
desigualdades de recursos tcnicos e financeiros entre outras. Essa uma realidade
que tem que ser modificada rapidamente, sob pena de no ser possvel aproveitar os
investimentos econmicos previstos para a Regio para, por um lado, zerar o passivo
de problemas sociais acumulados e, por outro, embasar um processo de
desenvolvimento sustentvel e permanente da RMRJ;
No plano estadual cabe sugerir um programa para rever os procedimentos que devem
ser adotados para ensejar uma maior integrao intersetorial dos programas, projetos e
aes, especialmente os que tenham a ver com as funes e usos do territrio;
No plano municipal, torna-se prioritrio o estabelecimento de um amplo programa de

desenvolvimento institucional, mobilizando para tanto o apoio financeiro de entidades
internacionais de fomento. A implementao desse programa deveria ser da
responsabilidade da entidade metropolitana a ser criada, nos moldes (modernizados) do
que existe ou existiu em outras regies do pas (i.g. o Paranacidade no Paran;
Fundao Prefeito Faria Lima em So Paulo). No ser necessrio nem desejvel, para
isso, que o estado se envolva diretamente nas aes de assistncia tcnica. Ao
contrrio, deve se valer ao mximo de entidades com experincia comprovada na rea,
organizando os programas e orquestrando a implementao dos mesmos. Alm das
necessidades de apoio especfico aos municpios j apontadas nesas diretrizes, sugere-
se ateno inicial para as reas planejamento urbano e controle urbanstico, cadastro
multifinalitrio, planta genrica de valores; criao/modernizao de normas e
procedimentos fiscais; planejamento dos sistemas de transporte, saneamento bsico e
drenagem, entre outros.
699
7.2.2.5.2. MACROZONA ESPECIAL DA ORLA NORTE-NORDESTE DA BAIA DE
GUANABARA
Sugere-se, exemplificativamente, a criao da Macrozona Especial da Orla Norte-

Nordeste da Baia da Guanabara abrangendo reas urbanizadas, os vazios no
ocupados e as zonas adensveis localizados entre a foz do Rio So Joo de Meriti e o
sul da Ilha de Itaoca, conforme indicado no mapa abaixo.
O fato de parte desse territrio apresentar fragilidades e acervos ambientais

justificando inclusive a proposta de criao da APA de Guapimirim, contida neste Plano
Dideror - que no devem ser ameaados, no significa que no possa haver uma
ocupao, em algumas partes, rigidamente controlada, para abrigar funes que
possam conviver com as restries impostas pela legislao de proteo ambiental
existente e, at mesmo, constituir uma estratgia para assegur-las. O que ocorre que
essa Regio est gradativamente sendo ocupada nem sempre de forma controlada.
Com o tempo, a exemplo do que ocorreu em muitas localidades, a presso gerada
pelas ocupaes ilegais ou irregulares pode tornar invivel o aproveitamento do grande
potencial que essa orla oferece para benefcio de toda a populao da baixada
fluminense e demais regies do fundo da Baa. Estima-se que em 20 anos essa
populao atingir cerca de 3,8 milhes de pessoas.
700
O acesso ao litoral constitui um benefcio muito valorizado pela populao fluminense e
os fins de semana nas praias ocenicas e mesmo em algumas localizadas no interior da
Baa de Guanabara (vide o sucesso do piscino de Ramos), quando multides se
deslocam para esses lugares, uma prova disso. Para acesso ao litoral a populao da
Baixada Fluminense e dos municpios situados no fundo da Baa de Guanabara tem
que percorrer em mdia de 30 a 40 km, enfrentando meios de transporte saturados, j
que as alternativas de lazer no interior da RMRJ so muito escassas ou mesmo
inexistentes.
A mencionada parte da orla Baa de Guanabara, que se desenvolve de forma anelar ao

longo de mais de 40 km, oferece um grande potencial para: i) intensificar o
aproveitamento do transporte aquavirio, com estaes em Mag, Duque de Caxias,
So Gonalo e Ilha do Governador, cujas vantagens e viabilidade foram examinadas no
Relatrio 5 do Componente 2; ii) desenvolvimento futuro de atividades de lazer,
esportivas e recreativas (parques pblicos e piscines, pesca, motonutica, veleiros de
pequeno e mdio porte); iii) instalao de pequenos atracadouros pblicos ou privados,
marinas e estaleiros navais de manuteno e fabricao de embarcaes esportivas e
de recreio de pequeno e mdio porte, atividades essas que precisam de acesso direto
ao mar ou rio.
Naturalmente, a implantao de vrias dessas atividades pressupe a concluso do

Programa de Despoluio da Baa de Guanabara.
Vale ainda destacar que o municpio de Mag, por contar com um acervo histrico-
cultural de grande importncia4, a maior parte dele situado bem perto do litoral da Baa
de Guanabara, poderia passar a ocupar um papel importante como polo de atraes
turstico-culturais.
4
No municpio de Mag esto localizados entre outros bens histricos: a primeira estrada de ferro do Brasil e a terceira da
Amrica Latina, construda pelo Baro de Mau em 1854; o Caminho de Inhomirim e o Porto Estrela, por onde passava e
embarcava para o Rio o ouro que vinha de Minas Gerais; o Porto da Piedade onde se deu o incio de Mag; a Fazenda da
Mandioca criada em 1816, por um Baro Russo, Consul no Brasil, que depois foi transformada numa fbrica de plvora que
abasteceu o exrcito brasileiro na Guerra do Paraguai; inmeras igrejas do perodo colonial como a da Matriz de N.S. da
Piedade (1750), algumas em runas, mas muitas ainda em bom estado.
701
7.3.1. Sntese da viso estratgica
O Plano Diretor Estratgico deve servir para ampliar a reflexo sobre a Questo Metropolitana,
ou seja, tratar suas complexidades e especificidades. Diante disso, recomenda-se prticas
transformadoras para a totalidade do territrio a fim de superar uma dinmica marcada por
lgicas econmicas desencontradas que se sobreporem com pouca interpenetrao em um
tecido urbano esgarado e com capacidade insatisfatria de gerao de emprego e renda para
a populao local.
Portanto, um dos objetivos principais deve ser a maior integrao socioeconmica da periferia
metropolitana. Para isso, torna-se necessrio um planejamento pblico indutor que execute
uma poltica de coordenao das decises de produo e investimento (macrodeciso)
baseada nas seguintes caractersticas:
Estimular uma diviso do trabalho mais complexa e sofisticada sobre a base de

recursos criados e desenvolvidos a ponto de fortalecer o sistema econmico regional
(qualificar a estrutura econmica como um todo articulado)
Agilizar a tomada de deciso e orientar sobre o que factvel endogenizar diante das
competncias / estratgias das empresas e das condies de mercado / lgica dos
setores
A partir dessa poltica de coordenao das decises, visa-se o enfrentamento de duas

questes principais:
1. Articulao dos Lcus Produtivos: estmulo a uma desconcentrao para a periferia

metropolitana que d suporte consolidao de complexos logstico-produtivos. Por
conseguinte, o objetivo promover um arrasto produtivo regional ao transformar plos
de crescimento territorialmente concentrados em plos de desenvolvimento regional.
2. Interrelaes setoriais: estmulo articulao do desenvolvimento de competncias

produtivas e empresariais com potencial de encadeamentos. Por conseguinte, o
702
objetivo promover a diversificao da estrutura econmica a partir da competitividade
conjunta sobre a macroestrutura e a microiniciativa.
7.3.2. Propostas para a Articulao dos Lcus Produtivos
Para a consolidao de complexos logstico-produtivos sobre a totalidade do territrio, torna-se

necessrio ateno aos seguintes aspectos fundamentais:
Nem todas aglomeraes econmicas podem ser consideradas clusters (enquanto

arranjos locais organizados) nem levam necessariamente configurao de plos de
crescimento.
Deve se conceber aglomeraes integradas organizao industrial em um contexto

mais amplo que a localidade diante de suas vantagens para o processo de
adensamento das cadeias produtivas.
Cabe lembrar que um complexo geralmente formado por vrias concentraes

geogrficas da produo em que suas cadeias so articuladas logisticamente. Na rea
de Influncia do Arco Metropolitano, os principais complexos so o Metal-Mecnico e o
Qumico-Farmacutico.
A seguir, sero destacadas as principais aglomeraes econmicas candidatas a se tornar

ncleos motrizes e seus provveis espaos de espraiamento imediato e no imediato. Mas
antes, adverte-se que a regionalizao para fins de coordenao econmica altera a
distribuio dos municpios considerada na diviso por reas de estudo do Plano Diretor
Estratgico5:
rea de Coordenao Econmica 1: engloba todos os municpios da rea de Estudo 1:

rea de Planejamento 5 do Municpio do Rio de Janeiro (AP5 do MRJ), Itagua,
Mangaratiba e Seropdica. Alm disso, prope-se que sejam tambm includos alguns
municpios admitidos na rea de Estudo 2: Queimados, Japeri e Paracambi.
5
No relatrio dos produtos 6 e 7 da Poltica de Desenvolvimento Econmico e Social, apenas se
apontou uma redefinio das prprias reas de estudo com fins analticos especficos. Contudo,
recomenda-se no presente relatrio um nova terminologia prpria sobre reas de coordenao
econmica para explicitar sua relao com as diretrizes estratgicas.
703
rea de Coordenao Econmica 2: engloba a maioria dos municpios da rea de
Estudo 2: Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mag, Mesquita, Nilpolis, Nova
Iguau, Paracambi, Queimados, So Joo de Meriti e rea de Planejamento 3 do
Municpio do Rio de Janeiro (AP3 do MRJ). Assim, prope-se que no sejam includos
os municpios de Queimados, Japeri e Paracambi para serem tratados no mbito da
rea de Coordenao Econmica 1.
rea de Coordenao Econmica 3: mantm a configurao.da rea de Estudo 3,

sendo definida como o conjunto formado por: Cachoeira de Macacu, Guapimirim,
Itabora, Marica, Niteri, So Gonalo e Tangu. Apesar dessa configurao adotada,
ressalva-se que sero consideradas as possibilidade de inter-relao com Mag
(contida na rea de Estudo 2). Da mesma forma, ser tratada a atividade de construo
naval e offshore na Baia de Guanabara como um todo, logo, tambm sero
consideradas as possibilidade de inter-relao com suas plantas produtivas no litoral
das reas de Planejamento 1 e 3 do Municpio do Rio de Janeiro (AP1 e AP3 do MRJ).
O mapa 7.1 sintetiza a proposta de regionalizao por reas de coordenao econmica:
Mapa 7.1 rea de abrangncia do Plano Diretor Estratgico segundo diviso para fins
de coordenao econmica
704
7.3.2.1. Sntese do ordenamento econmico para a rea de

Coordenao Econmica 1
Como principais empreendimentos ncoras na rea de Coordenao Econmica 1, destacam-

se o conjunto de unidades concentradas nas imediaes da estrutura porturia de Itagua que
se estende ao extremo oeste da AP5 do MRJ (dentro do Distrito Industrial de Santa Cruz),
incluindo:
705
Porto Pblico de Itagua administrado por Companhia DOCAS/RJ (com Sepetiba
TECON e Sepetiba TECAR6, ambos terminais da CSN, e os terminais da VALE7).
Plataforma Logstica da CSN (expanso de Sepetiba TECON e Sepetiba TECAR, bem

como, futuramente, implantao de Centro de Apoio Logstico, Porto Privativo Lago de
Pedra com retrorea).
Porto Sudeste-MMX e Porto Usiminas (escoamento de minrio de ferro).
Base Naval Militar da Marinha (com estaleiro de submarinos).
Parques siderrgicos da ThyssenKrupp Companhia Siderrgica do Atlntico CSA e da

Gerdau Aos Longos (Cosigua).
Nuclebrs Equipamentos Pesados NUCLEP (produo de estruturas metlicas e

caldeiraria pesada).
Fbrica Carioca de Catalisadores FCC (produo de compostos usados no refino de

petrleo).
Nesse regio, existem tambm outros projetos em discusso na mesma rea:
Terreno a ser licitado por DOCAS/RJ, a princpio, apontado como rea Multiuso (mas,
poder se tornar um novo estaleiro)
Porto Petrobrs (rea de apoio offshore);
Porto Gerdau (escoamento de produtos siderrgicos e importao de carvo)
Usina siderrgica CSN II (a princpio, aos longos).
Alm disso, em Seropdica, h a COQUEPAR (produtora de insumo para cadeia de alumnio).
Cabe ressaltar a existncia de reas definidas para uso industrial a serem aproveitadas:
6
Respectivamente, Terminal de Contineres e Terminal de Cargas. Quanto ao Sepetiba TECAR, sua
movimentao basicamente de suprimento de carvo e escoamento de minrio de ferro.
7
706
Grandes espaos disponveis em Seropdica.
Tambm merecem destaque espaos em Queimados (particularmente, seu distrito

industrial), AP5 do MRJ (enfatizando, o Distrito Industrial de Santa Cruz) e Itagua.
Em menor medida ainda se observa algumas reas em Japeri e Paracambi.
O mapa 7.2 sintetiza a localizao dos principais empreendimentos estruturantes, bem como
aponta a disponibilidade de reas para uso industrial:
Mapa 7.2 - Mancha urbana e macrozoneamento dos principais empreendimentos ncoras

e espaos para uso industrial na rea de Coordenao Econmica 1
Fonte: Elaborao prpria a partir de dados dos Planos Diretores Municipais, dados dos
empreendimentos, e na Base Cartogrfica Integrada do Brasil ao Milionsimo IBGE 2005.
Prope-se a consolidao de um Complexo Metal-Mecnico no qual o Porto Pblico de Itagua

deve desempenhar papel estruturante enquanto ncora, a ponto de transformar Itagua na
principal centralidade econmica. Diante disso, deve se incentivar a concepo de um Porto-
Indstria planejado, inclusive estimulando sua unificao com complexo Metal-Mecnico
nucleado por Volta Redonda na Regio do Mdio Paraba.
707
Nesse nterim, os principais segmentos do complexo a serem fomentados so:
Cadeia siderrgica e fabricantes de produtos de metal.
Cadeia naval e offshore.
Logstica retroporturia.
Recomenda-se que o planejamento indutor esteja voltado para conformar Itagua como ncleo
motriz, e AP5 do MRJ, Seropdica e Queimados como seus espaos de espraiamento
imediato. Nesse sentido, a poltica de coordenao deve ter como foco que as condies
gerais de produo para a rea de Coordenao Econmica 1 dependem, em grande parte,
da articulao desse conjunto de municpios para efetivar os principais encadeamentos
latentes (diretos).
Quanto aos demais municpios (Mangaratiba, Paracambi e Japeri), caracterizam-se como

espaos de espraiamento no imediato. A princpio, esses municpios podero aproveitar
O quadro 1 sintetiza a proposta de ordenamento:
Quadro 1 - Vetores econmicos estruturantes a partir do fortalecimento do Complexo

Metal-Mecnico na rea de Coordenao Econmica 1
Ncleo Motriz Espao de Espraiamento Espao de Espraiamento
Imediato No Imediato
AP5 MRJ
Seropdica Japeri
Queimados Paracambi
708
Itagua Mangaratiba
Para cada elemento integrante da rea de Coordenao Econmica 1, sobressaem-se as

seguintes questes-chave:
Itagua: A questo-chave alcanar a maior dinamizao a partir do seu perfil econmico j

existente. Recomenda-se:
Incentivo a consolidao de sua estrutura porturia dentro de uma concepo Porto-

Indstria planejado.
Importncia de passar a desempenhar um papel de centralidade na rede urbana.
rea de Planejamento do Municpio do Rio de Janeiro (AP5 do MRJ): A questo-chave no

apenas buscar maior dinamismo, mas tambm sua generalizao na estrutura econmica a
ponto de superar os riscos de sobre-especializao. Por enquanto, sua dinmica depende dos
impactos locais de alguns grandes empreendimentos. Recomenda-se:
Incentivar, de forma integrada, indstrias dos segmentos metal-mecnicos.
Execuo de um programa de investimentos em infraestrutura urbana que permitam

construir melhores vantagens competitivas (por exemplo, em logstica).
Seropdica: A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de aproveitar melhor

outras oportunidades que aquelas oferecidas pela atividade extrativa em areais e pedreiras
(com considervel passivo ambiental). Recomenda-se:
Potencial para ser o centro concentrador da atividade logstica (hub logstico) na rea
de Coordenao Econmica 1 (redefinida), com a instalao de centros de distribuio
Redefinir seu perfil econmico para a funo de retroporto.
importante que seja revalorizado o papel da UFFRJ como ncora econmica.
709
Queimados: A questo-chave alcanar uma maior dinamizao industrial, aproveitando
melhor seu potencial logstico. Recomenda-se:
Redefinir seu perfil para funo de retroporto.
A ocupao e a expanso de seu distrito industrial so iniciativas fundamentais.
Japeri: A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de superar um quadro de

pouca competitividade de sua atividade agrcola (basicamente horticultura). Recomenda-se:
Redefinir seu perfil para a funo de retroporto.
Enfrentamento de srios desafios de infraestrutura urbana.
Paracambi: Questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de superar um quadro

de desarticulao de sua indstria txtil e de pouca competitividade de sua atividade agrcola
(basicamente horticultura). Recomenda-se:
Redefinir seu perfil para a funo de retroporto.
Enfrentamento de srios desafios de infraestrutura urbana.
Mangaratiba: A questo-chave dinamizar o perfil j existente voltado para o turismo nutico-

ocenico. Recomenda-se:
Potencial em prestao de servios locais e atividades residenciais, ambas sustentadas

pelo efeito multiplicador da renda urbana em termos regionais.
Turismo (ecoturismo).
7.3.2.2. Sntese do ordenamento econmico para a rea de Coordenao

Econmica 2

se:
710
Conjunto de unidades concentradas nas imediaes da Refinaria Duque de
Caxias/REDUC, configurando um Cluster Gs-Qumico na rea Industrial de Campos
Elseos.
Parque tecnolgico da UFRJ, alm dos laboratrios do CENPES, da COPPE, do

Instituto de Macromolculas e da Faculdade de Qumica.
As atividades tecnolgicas do Complexo da Sade dentro da AP3 do MRJ. Por

exemplo: Fiocruz, Instituto Vital, Plo de Biotecnologia do Rio de Janeiro BIO RIO,
Brasil e os laboratrios da Faculdade de Farmcia da UFRJ.
Estrutura Aeroporturia do Galeo.
Cluster de Cosmticos e Higiene Pessoal em Nova Iguau, integrando empresas como:

Niely, Embelleze e Aroma do Campo.
Parque industrial da Bayer em Belford Roxo (produo de defensivos agrcolas e

matrias-primas bsicas para fabricao de Poliuretano8).
Os principais espaos disponveis esto dentro de Mag e Duque de Caxias (incluindo

Distrito Industrial de Xerm).
Em menor medida, destaca-se uma rea prxima Bayer em Belford Roxo.
Por possuir vazios de menor extenso em comparao as reas de Coordenao

Econmica 1 e 3, a instalao de novos empreendimentos de porte exige maior ateno
para o ordenamento do territrio.
8
Poliuretano um bem intermedirio para produo de espumas, tintas/vernizes, adesivos, e alguns
tipos de plsticos/borracha sinttica.
711
Prope-se a consolidao de um Complexo Qumico-Farmacutico no qual o Cluster Gs-

Qumico deve desempenhar o papel estruturante enquanto ncora, a ponto de transformar
Duque de Caxias em principal centralidade econmica. Diante disso, deve se incentivar a
consolidao de um Plo Petroqumico, inclusive estimulando a unificao com o complexo
Qumico-Farmacutico nucleado futuramente por Itabora.
Transformados Plsticos e Borracha Sinttica.
Indstria Farmacutica e outros segmentos da Qumica Fina.
Atividades relacionadas ao mercado de Poliuretano e Defensivos Agrcolas (Bayer).
Cosmticos e Produtos de Higiene Pessoal.
712
Atividades demandantes de Derivados de Refino de Petrleo e de Gs Natural para
Uso Industrial.
Logstica entre parques produtivos.
Recomenda-se que o planejamento indutor esteja voltado para conformar Duque de Caxias
como ncleo motriz, e Nova Iguau, Belford Roxo, Mag e AP3 do MRJ como seu espao de
espraiamento imediato. Nesse sentido, a poltica de coordenao deve ter como foco que as
condies gerais de produo para a rea de Coordenao Econmica 2 dependem, em
grande parte, da articulao desse conjunto de municpios para efetivar os principais
encadeamentos latentes (diretos).
Quanto as demais reas (Mesquita, Nilpolis e So Joo de Meriti), caracterizam-se como

espao de espraiamento no imediato. A princpio, essas reas podero aproveitar de

Nova Iguau
Belford Roxo
Mag So Joo de Meriti
AP3 do MRJ Mesquita
Duque de Caxias Nilpolis

713
Duque de Caxias: A questo-chave alcanar a maior dinamizao a partir do perfil econmico

j existente. Recomenda-se:
Incentivo consolidao de seu Plo Petroqumico.
Desenvolvimento de um parque destacado de produtores de Transformados Plsticos

(inclusive associado ao desenvolvimento de produtos).
de Coordenao Econmica 2 (redefinida), com a instalao de centros de distribuio
Incentivar atividades intensivas em alta tecnologia (como farmoqumicos) visando a

criao de um sistema de inovao no eixo AP3 do MRJ-Caxias-Petrpolis, incluindo a
viabilizao da nova planta para expanso do Plo de Biotecnologia do Rio de Janeiro
BIO RIO.
Fortalecer as atividades relacionadas ao seu papel de centralidade na rede urbana e

indstrias voltadas para os Mercados Consumidores de Massa (como Moveleiro,
Alimentos e Bebidas, e Vesturio e Assessrios).
Nova Iguau: A questo-chave alcanar a maior dinamizao a partir do perfil econmico j

existente, particularmente, incentivo consolidao de seu Cluster de Cosmticos e Higiene
Pessoal. Recomenda-se:
Fortalecer seu potencial logstico e associ-lo ao incentivo produo de

Estimular iniciativas nas indstrias relacionadas aos Mercados Consumidores de Massa

(como Moveleiro, Alimentos e Bebidas, e Vesturio e Acessrios).
Incentivar as atividades associadas ao seu papel de centralidade na rede urbana.
714
Turismo (ecoturismo e histrico-cultural).
Belford Roxo: A questo-chave no apenas buscar maior dinamismo, mas tambm sua
generalizao na estrutura econmica a ponto de superar os riscos de sobre-especializao.
Por enquanto, sua dinmica tem grande dependncia dos impactos locais do parque industrial
da Bayer. Recomenda-se:
Incentivar a expanso das atividades da Bayer e outras atividades correlatas (por

exemplo, atividades relacionadas aos mercados de Poliuretano e defensivos agrcolas).
Execuo de um programa de investimentos em infraestrutura urbana que permitam

construir melhores vantagens competitivas (por exemplo, em logstica).
Mag: A questo-chave exige uma reestruturao econmica pois tende a sofrer influncia
direta do plo nucleado em Duque de Caxias e tambm do plo nucleado futuramente por
Itabora. Recomenda-se:
Aproveitar as oportunidades em logstica e produo de plsticos devido sua posio

estratgica entre os dois Plos Petroqumicos da rea de Influncia do Arco
Metropolitano.
Execuo de obras fundamentais de infra-estrutura para que seja aproveitada para

ocupaes econmicas, inclusive, atravs do desenvolvimento da rea de
Coordenao Econmica 3.
Estimuladas iniciativas nas indstrias relacionadas aos Mercados Consumidores de

Massa (particularmente, Alimentos e Bebidas)
rea de Planejamento 3 do Municpio do Rio de Janeiro (AP3 do MRJ): A questo-chave

reforar o ncleo motriz em Duque de Caxias com as vantagens do parque tecnolgico da
UFRJ e das atividades tecnolgicas do Complexo da Sade. Cabe consider-los ncoras
regionais. Recomenda-se:
Incentivar um sistema de inovao no eixo AP3 do MRJ-Caxias-Petrpolis.
715
O Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeo) na Ilha do Governador deve ser
revalorizado seu papel logstico desenvolvendo-se suas competncias para o transporte
de cargas tecnolgicas e de maior sofisticao (por exemplo: Farmacutica,
Cosmticos, outras indstrias qumicas etc.).
Execuo de srios investimentos em infraestrutura urbana e incentivo a maior

prestao de servios locais para maior gerao de empregos.
So Joo de Meriti: A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de superar um

quadro de desarticulao de sua indstria txtil. Recomenda-se:
Incentivos para a atividade de logstica (incluindo produo de plsticos associada).
Buscar a maior competitividade para sua produo de Vesturio e Acessrios.
Mesquita: A questo-chave buscar maior dinamismo a partir do perfil econmico j existente.

Recomenda-se:
Incentivo atividade de logstica.
Nilpolis: A questo-chave buscar maior dinamismo a partir do perfil econmico j existente,

Recomenda-se:
Incentivo prestao de servios locais.
7.3.2.3. Sntese do ordenamento econmico para a rea de Coordenao

Econmica 3

se:
Futura instalao do Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro/COMPERJ (produtora

de petroqumicos bsicos e resinas) em Itabora, incluindo a instalao de uma
estrutura porturia em So Gonalo (Praia da Beira, Itaoca).
716
Laboratrios da B Braun e da Ranbaxy (indstria farmacutica) em So Gonalo.
Cluster Naval e Offshore nas imediaes de Niteri que se estende tambm So

Gonalo. Quanto a esse ltimo, inclui algumas plantas existentes na AP1 e AP 3 do
MRJ.
Grandes espaos disponveis em Itabora.
Algumas reas disponveis em So Gonalo, Tangu, Guapimirim e Cachoeira de

Macacu.
Embora faa parte da rea de Coordenao Econmica 2, Mag possui espaos

disponveis de razoveis dimenses que podem ser aproveitados tambm atravs do
desenvolvimento na rea de Coordenao Econmica 3.

717
Prope-se a consolidao de dois complexos. Primeiramente, importante a consolidao de

um Complexo Qumico-Farmacutico no qual o COMPERJ deve desempenhar o papel
estruturante enquanto ncora, a ponto de transformar Itabora em uma importante centralidade
econmica. Diante disso, deve se incentivar a consolidao de um Plo Petroqumico, inclusive
estimulando a unificao com o complexo Qumico-Farmacutico nucleado por Duque de
Caxias.
718
Nesse nterim, os principais segmentos do complexo a serem fomentados so9:
Atividades demandantes de Derivados de Refino de Petrleo e de Gs Natural para

Uso Industrial.
Logstica entre parques produtivos.
Recomenda-se que o planejamento indutor esteja voltado para conformar Itabora como ncleo
motriz, e So Gonalo, Tangu e Mag como integrantes de seu espao de espraiamento
imediato. Embora integre a rea de Coordenao Econmica 2, Mag tende a sofrer influncia
direta tambm do plo nucleado por Itabora. Por isso, foi includo dentro do espao de
espraiamento imediato. A poltica de coordenao deve ter como foco que as condies gerais
de produo para a rea de Coordenao Econmica 3 dependem, em grande parte, da
articulao desse conjunto de municpios para efetivar os principais encadeamentos latentes
(diretos) relacionados ao Complexo Qumico-farmacutico.
J aos demais municpios (Guapimirim, Cachoeira de Macacu, Maric e Niteri), caracterizam-

se como integrantes do espao de espraiamento no imediato. A princpio, esses municpios
podero aproveitar de oportunidades em atividades complementares e encadeamentos
inesperados (indiretos) que devem ser objeto de negociao para superar suas restries
atuais.

9
Com a nova alterao no projeto COMPERJ anunciada em 2011, a petroqumica no sendo mais
baseada em leo restringe oportunidades para encadear com: Borracha Sinttica, Txtil/ Vesturio e
Tintas /Vernizes, bem como Indstria Farmacutica e outros segmentos da Qumica Fina.
719
So Gonalo Cachoeira de Macacu
Tangu Guapimirim
Mag Niteri
Itabora Maric
Nota: Embora includo na rea de Coordenao Econmica 2, Mag tende a sofrer influncia direta
tambm do plo nucleado por Itabora.
Alm disso, importante tambm a consolidao de um Complexo Metal-Mecnico no qual o

Cluster Naval e Offshore deve desempenhar papel estruturante enquanto ncora, a ponto de
transformar Niteri em uma importante centralidade econmica. Diante disso, deve se
incentivar a consolidao de um plo para caracterizar Niteri enquanto ncleo motriz, inclusive
estimulando a unificao com o embrionrio complexo Metal-Mecnico nucleado por Maca na
Regio Norte Fluminense.
Cadeia naval e offshore
Logstica entre parques produtivos (possivelmente, retroporturia)
Recomenda-se que o planejamento indutor esteja voltado para conformar Niteri como ncleo
motriz, e So Gonalo e Itabora como seu espao de espraiamento imediato. Embora as
reas de Planejamento 1 e 3 do Municpio do Rio de Janeiro no estejam includas na rea de
Coordenao Econmica 3, considera-se como reforos ao potencial motriz das plantas
produtivas voltadas especificamente para a cadeia naval e offshore na parte oeste da Baa de
Guanabara. A poltica de coordenao deve ter como foco que as condies gerais de
produo para a rea de Coordenao Econmica 3 dependem, em grande parte, da
720
articulao desse municpios para efetivar os principais encadeamentos latentes (diretos)
relacionados ao Complexo Metal-Mecnico.
J aos demais municpios (Maric, Tangu, Guapimirim e Cachoeira de Macacu), caracterizam-

se como espaos de espraiamento no imediato. A princpio, esses municpios podero
aproveitar de oportunidades em atividades complementares e encadeamentos inesperados
(indiretos) que devem ser objeto de negociao para superar suas restries atuais

So Gonalo Tangu
Itabora Maric
Niteri Cachoeira de Macacu
Guapimirim
Nota: As plantas produtivas voltadas especificamente para a cadeia naval nas reas de Planejamento 1
e 3 do Municpio do Rio de Janeiro so consideradas reforos ao potencial motriz.

721
Itabora: A questo-chave a dinamizao do perfil econmico que est sendo profundamente
redefinido, superando um quadro de desarticulao com o fim de sua produo de laranja.
Recomenda-se:
Incentivo consolidao de seu Plo Petroqumico.
Desenvolvimento de um parque destacado de produtores de Transformados Plsticos

(inclusive associado ao desenvolvimento de produtos).
de Coordenao Econmica 3, com a instalao de centros de distribuio atacadistas
e varejistas.
Possibilidade de tambm sofrer rebatimentos do desenvolvimento da cadeia naval.
importante passar a desempenhar um papel de centralidade na rede urbana.
Aumentar a competitividade de suas indstrias voltadas para cadeia da Construo

Civil e de sua agricultura (incluindo floricultura).
Niteri: A questo-chave alcanar a maior dinamizao a partir do perfil econmico j

incentivo a consolidao de seu Cluster Naval e Offshore e desenvolver em seu interior

um plo com reaes em cadeia mais efetivas. Particularmente, fundamental,
orientar os estaleiros e canteiros a desenvolver maiores competncias e a ganhar
maior poder de comando sobre a cadeia produtiva.
Estimular iniciativas sobre turismo nutico-ocenico e ecoturismo, bem como atividade

relacionadas pesca.
So Gonalo: A questo-chave alcanar a maior dinamizao a partir do perfil econmico j

Incentivo a consolidao do Cluster Naval e Offshore e desenvolver em seu interior um

plo com reaes em cadeia mais efetivas. Particularmente, destaca-se oportunidades
722
para o desenvolvimento de um parque produtor de navipeas e equipamentos que j
tenha escala o mercado nacional.
Incentivar a expanso da indstria farmacutica junto ao incentivo a maiores

encadeamentos em termos regionais.
Fortalecer sua produo de Transformados Plsticos ao associ-la com o maior

desenvolvimento da atividade logstica. Inclusive preciso desenvolver a logstica de
retroporto a partir da estrutura porturia em construo.
Estimular a maior competitividade de suas indstrias voltadas para cadeia da

Construo Civil e para Vesturios e Acessrios, bem como das atividades
relacionadas pesca.
Tangu: A questo-chave exige uma reestruturao econmica. Recomenda-se:
Aproveitar as oportunidades em logstica e produo de plsticos.
preciso o enfrentamento de srios desafios de infraestrutura urbana.
Estimular o turismo rural e incentivar uma agroindstria com base na citricultura local
(especificamente, indstrias de suco de laranja concentrado e congelado).
Cachoeira de Macacu: A questo-chave exige uma reestruturao econmica. Recomenda-se:
Aproveitar as oportunidades no ecoturismo e turismo rural.
Estimular a maior competitividade de sua agricultura incentivando a formao de uma

agroindstria associada.
No se descarta os impactos do COMPERJ para atrao de algumas empresas em sua

fronteira (vizinha ao empreendimento).
Requer importantes investimentos em infraestrutura para melhor sua capacidade de

escoamento da produo.
723
Guapimirim: A questo-chave exige uma reestruturao econmica a fim de aproveitar melhor
outras oportunidades que aquelas oferecidas pela indstria produtora de papel (com
considervel passivo ambiental). Recomenda-se:
Potencial para o ecoturismo e turismo rural, bem como atividades residenciais.
Marica: A questo-chave dinamizar o perfil j existente. Recomenda-se:
Turismo nutico-ocenico e ecoturismo.
Potencial em prestao de servios locais e atividades residenciais, ambas sustentadas

pelo efeito multiplicador da renda urbana em termos regionais.
Estimular a maior competitividade das atividades relacionadas pesca.
Merece ser mais discutida as possibilidades reais em segmentos metal-mecnicos.
7.3.3. Propostas para maiores Interrelaes Setoriais
Para aumentar os ganhos de competitividade das cadeias produtivas no basta o incentivo em

atividades isoladas. Torna-se necessrio uma poltica de coordenao de decises que
enfrente duas questes conjuntamente:
Decises de investimento: visar papel mais ativo nas cadeias de valor dos
empreendimentos. Isso envolve estimular a produo de bens de capital bem como a
prestao de servios de engenharia e gesto de projetos para a regio passar a ser
sede de projetos.
Decises operacionais: tornar estratgico para os empreendimentos a ampla articulao

(e no s o acesso) de recursos disponveis no territrio. Isso envolve estimular a
reorganizao espacial dos fluxos de produo e dos canais de distribuio para
valorizar a diversidade regional atravs de uma diviso do trabalho mais complexa.
Por se compreender que a atrao de empreendimentos no garante por si s

desenvolvimento regional espontneo, defende-se uma estratgia que alia a explorao de
724
vantagens competitivas nos empreendimentos (microiniciativa) com uma maior capacidade de
agregar valor e de dinamizar o resto da estrutura econmica (macroestrutura). O quadro 5
sintetiza a lgica do planejamento indutor para trabalhar esse potencial de encadeamentos:
Quadro 5 - Diagrama de proposta geral de ao sobre o potencial de encadeamentos
Visando generalizar o dinamismo, tratamento especfico deve ser dado as micro, pequenas e
mdias empresas no seio de polticas setoriais estruturantes. Embora grande parte do
potencial de encadeamentos se refere a elas, esses investimentos sofrem dificuldades para se
realizar pela falta de investimentos necessrios em infraestrutura. Alm da implantao do Arco
Metropolitano, so fundamentais maiores investimentos pblicos em telecomunicaes,
energia eltrica, sistema de abastecimento de gua e saneamento etc.
A seguir, sero destacadas recomendaes para o fortalecimento do Sistema Logstico

Regional (particularmente, sua relao com a estrutura porturia), bem como das cadeias
725
produtivas que envolvem os principais empreendimentos estruturantes: Petroqumica, Naval e
Estruturas Offshore, e Siderrgica.
Nesse nterim, tambm sero consideradas as seguintes atividades econmicas associadas:

Economia do Petrleo e Gs Natural, Cosmticos, Borracha Sinttica e produtos derivados de
base metal-mecnica (como estruturas metlicas e de caldeiraria pesada). Diante dos efeitos
esperados tambm sobre o Mercado Consumidor de Massa, sero mencionadas ainda
algumas recomendaes para os setores de Alimentos e Bebidas; Vesturio e Acessrios;
Moveleiro; e Construo Civil.
7.3.3.1. Sntese das metas e aes para a Economia do Petrleo e Gs

Natural, a Cadeia Petroqumica e outras atividades qumicas
destacadas
O planejamento indutor proposto para o conjunto formado pela Economia do Petrleo e Gs

Natural, a Cadeia Petroqumica e outras atividades qumicas destacadas tem como metas-
snteses:
Acentuar a mobilizao tecnolgico-produtiva.
Garantir a liderana da Petroqumica do Sudeste.
Para isso, destaca-se adiante algumas questes relevantes e as aes recomendadas para
seu enfrentamento.
Questo 1: As potencialidades envolvidas vo alm da questo energtica e devem ser

aproveitadas para a industrializao fluminense.
No se deve superestimar a cultura industrial j desenvolvida dentro do Estado do Rio

de Janeiro dentro da Economia do Petrleo e Gs Natural para reconhecer a
necessidade de uma maior mobilizao tecnolgico-produtiva.
Capacidade de estimular boa parte da recuperao da base metal-mecnica e da

indstria naval, alm dos encadeamentos diretos na indstria petroqumica e indiretos
na indstria farmacutica e de cosmticos.
726
Especificamente, destaca-se a relevncia de passar a contar com a Lanxess, uma das
lderes mundiais no setor de Borracha Sinttica. Cabe ressaltar que essa empresa tem
interesse em transformar sua planta em Duque de Caxias em uma importante
exportadora para as Amricas.
Em termos territoriais, cabe firmar o entendimento para que se concretizem com maior
agilidade os projetos para instalao de bases de apoio ao pr-sal, e consolidem o
Cluster Gs-Qumico e o Cluster de Cosmtico.
Questo 2: fundamental consolidar o Estado do Rio de Janeiro como o principal plo gerador
de conhecimento para a Economia do Petrleo e Gs Natural.
Prope um planejamento visando criar um sistema de inovao no eixo rea de

Planejamento 3 do Municpio do Rio de Janeiro-Caxias-Petrpolis.
Ganha importncia a concentrao geogrfica da indstria petrolfera, em especial, das

atividades de maior contedo tecnolgico. Dentro do campus da UFRJ na Ilha do
Fundo, j se conta com um conjunto de instituies de excelncia reunidas no parque
tecnolgico. Deve ser agilizado seu plano de expanso.
A Fbrica Carioca de Catalisadores possui excelncia na Qumica Fina relacionada

diretamente Economia do Petrleo e Gs Natural. Alm de possuir um centro de P&D
do CENPES em seu entorno, esse empreendimento desenvolve um projeto de criao
do Parque Tecnolgico de Santa Cruz que deve ser apoiado.
Cabe a FAPERJ atuar como fonte complementar de financiamento para apoiar o

desenvolvimento tecnolgico das empresas as aproximando das universidade e
comunidade cientfica, bem como garantir o Estado do Rio de Janeiro como o principal
centro de referncia nacional em qualificao de mo-de-obra.
Questo 3: fundamental que a poltica de aumento do contedo local ao nvel nacional passe
a ter um recorte estadual privilegiado.
Acompanhamento permanente das oportunidades do PROMINP deve ser a base do

planejamento indutor correspondente Economia de Petrleo e Gs Natural.
727
Criar grupos de trabalho a fim das demandas fluminenses serem includas na carteira
de investimentos do setor. Os fruns locais e estadual do PROMINP devem
aproveitados para a definio de metas de industrializao fluminense.
Maior atuao do CODIN e da INVESTE RIO para garantir visibilidade das

oportunidades e acompanhamento tcnico-financeiro para as empresas. Em particular,
uma parceria mais efetiva com o SEBRAE deve ser estabelecida para inserir as micro,
pequenas e mdias empresas na cadeia, dado seu peso como subfornecedores
(fornecedores de 2 ou 3 escalo).
Participar mais ativamente de todos os Road-Shows do PROMINP e lev-los em

diversos municpios fluminenses (particularmente, nas Representaes Regionais da
FIRJAN).
Questo 4: Coordenar melhor a articulao da rede de fornecedores da Economia do Petrleo

e Gs Natural.
No se deve descartar nenhuma oportunidade. Contudo, cabe ressaltar que as opes

mais maduras seriam: laminao de aos especiais, forja de ao e equipamentos de
caldeiraria pesada, servios de apoio, e servios de engenharia.
Principalmente, incentivar a concentrao da engenharia de projeto, inclusive com a

consolidao patrimonial das diversas empresas j atuantes no Rio de Janeiro.
Incentivar integradores (por exemplo, EPCs) que demonstrem interesse em aproveitar a

base industrial regional ou atrair seus fornecedores cativos a montarem plantas
produtivas na economia fluminense.
No basta a organizao dos fornecedores diretos, mas priorizar a integrao logstico-

produtiva entre diversos escales. Portanto, visar a consolidao de uma estrutura
escalonada de fornecedores segunda a cadeia de valor.
Estimular sinergias entre atividades de reparos e atividades de produo de mquinas e

equipamentos a fim de induzir a expanso da produo.
728
Questo 5: Buscar uma poltica mais arrumada para a cadeia petroqumica, garantindo a
implantao dos plos petroqumicos.
Aproveitar as vantagens competitivas para o desenvolvimento industrial da separao

das fraes petroqumicas na Unidade de Tratamento Cabinas (RJ) e da ampliao da
malha dutoviria fluminense.
Ao contrrio do que se planejou no incio, em uma primeira fase, o COMPERJ segue os

moldes de uma refinaria premium voltada para a produo de combustveis. A
Petrobrs se posiciona publicamente reafirmando a deciso de construir unidades
petroqumicas de 1 e 2 gerao associadas ao projeto.
Diante do prolongamento do cronograma de construo do COMPERJ, importante

conter as migraes e a consequente presso urbana sobre seu entrono at que as
fases mais avanadas do investimento se concretizem.
At o momento, as plantas petroqumicas em operao so unidade que eram da Rio

Polmeros e da PoliBrasil Resinas, agora sendo incorporadas pela Brasken.
Necessidade de uma poltica especfica para fomentar um parque de transformados
plsticos associado ao conjunto dessas plantas petroqumicas.
Questo 6: Avanar em uma poltica para maiores encadeamentos com Transformados

Plsticos com base nas plantas petroqumicas a base de gs natural j existentes.
Combinar incentivos diretos com polticas que visem garantir competitividade atravs de
infraestrutura satisfatria, acesso privilegiado matria-prima e mercado consumidor
prximo.
Melhorar a relao de comercializao entre o produtor de resina (Brasken),

distribuidores e transformadores plsticos, avanando na direo de uma central de
compras de suprimentos.
A indstria de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumaria a maior demandante

estadual de produtos plsticos. Por isso, recomenda-se maior articulao da produo
de Transformados Plsticos com o Cluster de Cosmticos e Higiene Pessoal em Nova
Iguau e imediaes.
729
Deve ser estimulado um parque de moldes e a oferta de servios tecnolgicos de apoio.
Destaca-se que os moldes so um dos principais fatores de competitividade para o
setor.
Estimular o maior desenvolvimento da rea de engenharia de materiais (vide o caso de

excelncia em So Carlos/SP).
Articular estratgia da Brasken em desenvolvimento de produtos e assistncia tcnica.
Aproveitar o potencial indutor de centrais de distribuio atacadistas e varejistas.

Expectativa de vrias dessas centrais a partir do Arco Metropolitano.
7.3.3.2. Sntese das metas e aes para a Cadeia Naval e Estruturas

Offshore
O planejamento indutor proposto para o conjunto formado pela Cadeia Naval e Estruturas
Offshore tem como metas-snteses:
Garantir o comando estratgico nacional.
Apoiar a formao de grupos lderes.
seu enfrentamento.
Questo 1: Executar poltica especfica para a Regio de Influncia do Cluster Naval e

Offshore.
Possui forte tradio, j tendo concentrado um parque produtor de grande relevncia

em dcadas passadas. Ainda hoje, sua base produtiva a maior e a mais diversificada
do pas.
Estimular a superao dos passivos herdados com a grave desestruturao sofrida e o

aproveitamento dos ganhos de aprendizado com a prpria experincia adquirida a
ponto de amadurecer os processos produtivos e tecnolgicos.
730
Evitar a ocupao desordenada do entorno dos estaleiros/canteiros e potencializar as
vantagens para atividades associadas.
Diante do problema de escassez de terrenos para novas plantas na Baa de

Guanabara, cabe ser assinaladas as seguintes alternativas:
1) Terreno em Niteri, onde funcionava um canteiro do Estaleiro SETAL.
2) Futura estrutura porturia em So Gonalo (Praia da Beira, Itaoca).
3) Na Baa de Sepetiba, existncia de uma rea disponvel em Itagua para a

instalao de um novo estaleiro de porte razovel que est para ser licitada por
DOCAS/RJ.
4) Fora da rea de Influncia do Arco Metropolitano, oportunidades no Norte

Fluminense, cabendo agilizar o complexo martimo em Barra do Furado e o
Complexo do Au.
Questo 2: Valorizar os centros de deciso na economia fluminense, concentrando a rea de

Inteligncia.
Tornar o Estado do Rio de Janeiro uma grande referncia em pesquisa cientfica na

rea naval, bem como conduzir uma formao sistemtica de trabalhadores.
Maior aproveitamento da participao da COPPE/UFRJ na Rede de Inovao para a

Competitividade da Indstria Naval e Offshore, e buscar maior uso de convnios de
pesquisa no bojo do Programa de Capacitao Tecnolgica para Apoio Indstria
Naval Brasileira.
Formao de centros de referncia nacional em qualificao de mo-de-obra, o que

inclui agilizar a recuperao da Escola Tcnica Estadual Henrique Lage e fortalecer o
papel da UEZO na formao tcnica.
Questo 3: fundamental apoiar a formao de grupos lderes no Estado do Rio de Janeiro.
No basta estar apto para disputar grandes encomendas, mas aproveitar a

oportunidade para alcanar um padro competitivo de nvel internacional.
731
Estimular um processo de concentrao patrimonial a fim de permitir maior capacidade
prpria de investimento e escala de produo satisfatria.
Consolidar arranjos institucionais para a maior interpenetrao entre a estratgia da

Indstria Naval e as estratgias da Economia do Petrleo e Gs Natural e do setor de
Transportes.
Procurar contar com a expertise acumulada por lderes mundiais na atividade.
Buscar destaque em produtos de maior valor adicionado. Para isso, incentivar que a
rea de elaborao de projetos e servios de engenharia naval se concentrem no Rio
de Janeiro.
Estimular a cooperao produtiva e tcnica (incluindo, parcerias com universidades e

institutos de pesquisa), evitando que unidades produtivas fiquem subaproveitadas:
1) Reorganizao mais eficiente dentro das plantas, com o maior aproveitamento

das reas beira-mar diante da limitao de terrenos disponveis.
2) Diviso do trabalho mais complexa e sofisticada entre as plantas, com maiores

economias de especializao e a articulao logstica sistemtica.
Questo 4: Intensificar esforos polticos para coordenar reestruturaes empresarial e

produtiva.
fundamental a modernizao dos estaleiros fluminenses para manter potencial

compatvel com suas dimenses. Entre os principais problemas a serem equacionados,
destacam-se:
1) Agilizar a oferta de infraestrutura para investimentos da STX Europe em Barra

do Furado.
2) Reestruturao dos estaleiros Rio Nave (ex-Caneco), RENAVE e Inhama (ex-

Ishibrs).
3) Superar as dificuldades para o Estaleiro Mau obter maior carteira de

encomendas.
732
4) Contornar entraves para o melhor aproveitamento da rea do Estaleiro Mac
Laren.
Avanar na prestao de assessoria para o acesso maior e mais gil ao Fundo da

Marinha Mercante, em particular, crdito para modernizao e ampliao das plantas
existentes.
Poltica especfica para estaleiros de menor porte, geralmente voltados para servios de
reparos e produo de embarcaes de apoio.
Estimular sinergias entre as atividades de reparos e as atividades de produo.

Ressalta-se que esse aspecto ainda pode ser mais vantajoso se for articulado a ofertas
de servios prximos as estruturas porturias (importncia de um estaleiro em Itagua).
Participar ativamente nas negociaes de fornecimento de ao e incentivar a produo

de chapas grossas no Rio de Janeiro, a fim de garantir melhor acesso aos insumos.
Questo 5: O ciclo recente permitiu a retomada da produo naval, mas ainda um grande
desafio a reestruturao da cadeia produtiva como um todo, particularmente, as navipeas.
fundamental incentivar a produo das navipeas e equipamentos porque o maior

dinamismo tecnolgico se deve a articulao com fornecedores (tecnologia embarcada).
Estimular a capacidade dos estaleiros comandar de forma hierarquizada a cadeia de

suprimento. A recuperao definitiva da industria naval depende da existncia de
grupos lderes capazes de executar estratgias que induzam a organizao sistemtica
do conjunto de atividades (superar o carter picado das atuaes).
Programa de financiamento especfico para fornecedores. Consolidar uma estrutura

escalonada de fornecedores, fortalecendo integrao logstico-produtiva.
Destaca-se a atuao da NUCLEP e seu projeto para investimento em fabricao de

motores.
Apoiar a proposta de criao de um distrito de navipeas em So Gonalo.
Maior articulao com as aes no mbito do PROMINP.

733
Recuperar base metal-mecnica complementar, incentivando a converso em
fornecedores competitivos para indstria naval.
7.3.3.3. Sntese das metas e aes para a Cadeia Siderrgica e produtos de

metal derivados
O planejamento indutor proposto para Cadeia Siderrgica e produtos de metal derivados

tem como metas-snteses:
Aumentar a performance das usinas produtoras de ao.
Fortalecer a base metal-mecnica.
seu enfrentamento.
Questo 1: Buscar melhoria constante das condies logsticas e referncia em qualificao

da mo-de-obra e em pesquisa cientfica.
A indstria siderrgica fluminense se beneficia de sua posio geogrfica estratgica.

Afinal, no demonstra srias dificuldades relacionadas s distncias econmicas para
o acesso aos principais insumos e aos mercados consumidores.
importante a execuo de uma poltica especfica para o desenvolvimento da Regio

de Influncia do Porto de Itagua, evitando a ocupao desordenada do entorno e
potencializando as vantagens para a ocupao por indstrias que demandam servios
porturios, como atividades relacionadas cadeia siderrgica.
Estimular o desenvolvimento de competncias em engenharia de uso de ao. Entre as

iniciativas, deve ser buscado o maior aproveitamento das atividades desenvolvidas no
Centro de Tecnologia Mineral CETEM e no Centro de Cincias Matemticas e da
Natureza CCMN, ambos da UFRJ. Apoiar tambm o refortalecimento da Associao
Fluminense de Engenheiros de Minas (AFEM).
734
Questo 2: Aumentar a competitividade das plantas produtivas existentes a ponto de agilizar os
retornos do capital j investido e impulsionar novos ciclos de investimento.
A cadeia siderrgica fluminense conta com a expertise acumulada de grupos lderes,

inclusive com importante insero mundial. Esse o caso dos grupos ThyssenKrupp e
da Gerdau que possuem duas importantes plantas na rea de influncia do Arco
Metropolitano:
1) COSIGUA ainda sendo a maior planta de aos longos da Gerdau no Brasil
2) CSA sendo uma planta estratgica na internacionalizao da ThyssenKrupp.
3) CSN discute a implantao de uma nova unidade em Itagua (a princpio, aos

longos).
Apoiar a expanso da COSIGUA, por exemplo, com a colocao em funcionamento de

outro forno e a implantao de um novo laminador. Expectativa de grande crescimento
de construo civil nos prximos anos.
Avaliar a viabilidade da instalao de uma unidade de laminao de aos especiais pelo

Grupo Gerdau, particularmente, dentro da COSIGUA. Cabe enfatizar a possibilidade de
atender a indstria automobilstica, encadeando com as montadoras em Resende e
Porto Real.
Apoiar ThyssenKrupp a medida que se torne vivel produzir laminados para o mercado
interno.
Discutir incentivos produo de ao para construo naval e para trilhos ferrovirios.
Questo 3: fundamental estimular a formao de redes de fornecedores prximos.
Plantas siderrgicas possuem um programa continuado de investimentos incrementais

que so volumosos devido ao grande desgaste no processo produtivo (CSA projeta
gastar 250 milhes de reais ao ano em compras de materiais e servios, excluindo
matrias-primas).
735
interesse das usinas dispor de fornecedores prximos desde que atendam as
especificaes exigidas. Duas ordens de requisitos devem ser incentivados:
1) Empresas se tornarem fornecedores no cativos, basicamente materiais mais

padronizados e prestao de servios de apoio.
2) Empresas se credenciem para participar da carteira de fornecedores cativos,

como equipamentos pesados e tecnologia.
Estaleiros e empresas produtoras de equipamentos metlicos da Economia do Petrleo

e Gs Natural devem ser apoiadas a abrir novas frentes de negcio em peas e
estruturas metlicas.
Em especial, cabe apoiar o maior aproveitamento da NUCLEP para que tenha uma
carteira maior e mais diversificada de encomendas.
Questo 4: Visar a recuperao da base metal-mecnica associada.
Realizadar polticas de coordenao para maior comercializao e difuso do uso de

ao na economia fluminens, a fim de intensificar os seguintes efeitos:
1) Maiores encomendas de peas e outros materiais metlicos para a operao

das usinas siderrgicas (encadeamentos para trs)
2) Desenvolvimento do mercado para atender a produo de produtos de metal

(encadeamentos para frente).
Consolidar arranjos institucionais que levem a maior interpenetrao entre a estratgia

da indstria siderrgica e as estratgias das indstrias Naval e da Economia do
Petrleo e Gs Natural. fundamental oferecer uma boa base metal-mecnica de
montagem e engenharia, com as competncias exigidas.
Estimular as sinergias entre atividades de reparos e atividades de produo de

mquinas e equipamentos, pois compartilham a ponto de induzir a expanso da
produo.
736
Buscar maior estruturao do mercado de sucatas metlicas, pois esses materiais
servem de insumo s usinas produtoras de aos longos.
7.3.3.4. Sntese das metas e aes para o Sistema Logstico Regional

(nfase na estrutura porturia)
O planejamento indutor proposto para Sistema Logstico Regional (nfase na estrutura

porturia) tem como metas-snteses:
Alcanar uma gesto mais integrada.
Consolidao de um porto-indstria planejado.
seu enfrentamento.
Questo 1: Torna-se decisivo dispor de uma estrutura porturia capaz de ser catalisadora da
integrao dos meios logsticos na rea de influncia do Arco Metropolitano.
O Arco Metropolitano deve se tornar um corredor logstico e no apenas mais uma via
de transporte. Cabe ser coordenado o estmulo para o desenvolvimento produtivo em
sua rea de influncia junto ao papel articulador dos operadores logsticos.
Prioriza-se a maior fixao da mo-de-obra empregada na prpria regio, gerando

oportunidades de emprego e renda para a populao local ao invs de maior migrao
interna ou novos congestionamentos no trfego de passageiros.
As vantagens do Arco Metropolitano para fortalecer o sistema econmico regional

tendem a ser potencializadas medida que a estrutura porturia de Itagua seja
consolidada.
Somente a existncia de uma estrutura porturia no justifica maiores investimentos

produtivos, mas um importante fator de competitividade que tende a ser realado
atravs da orientao de polticas pblicas estruturantes.
737
fundamental a execuo de uma poltica especfica para o desenvolvimento da
Regio de Influncia do Porto de Itagua, evitando a ocupao desordenada do entorno
e potencializando as vantagens para a ocupao por indstrias que demandam servios
porturios.
Questo 2: Visar um sistema logstico pautado por uma integrao intermodal, no qual
rodovias, ferrovias e hidrovias interligadas aos portos e aos aeroportos atuem integradamente.
Enfatiza-se o potencial do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeo) para

movimentao de cargas tecnolgicas e de maior sofisticao (por exemplo:
Farmacutica, Cosmticos etc.). Nesse ponto, deve-se implantar novo acesso para
caminhes, ligando diretamente a BR-040.
Futura estrutura porturia em So Gonalo (Praia da Beira, Itaoca) poder atender a

cargas diversas e desempenhar papel estruturante, particularmente, para o Distrito de
Guaxindiba.
Destaca-se o papel do Terminal Porturio de Angra dos Reis (TEPAR) diante do projeto
para atender a demanda da indstria petrolfera (sobretudo na camada do pr-sal).
Deve ser apoiada a maior utilizao da estrutura porturia da NUCLEP, inclusive para
atender a demanda da cadeia do Petrleo e Gs Natural (interesse j manifestado pela
Petrobrs).
Recomenda-se maior participao do governo estadual na gesto porturia para

negociao dos interesses regionais. Merece ser retomada tambm a discusso sobre
a diviso dessa autoridade porturia, criando uma companhia DOCAS especificamente
para o Porto de Itagua.
Questo 3: O desafio no estimular a competitividade isolada de cada porto/terminal, mas de

forma hierarquizada segundo suas potencialidades, destacando-se o potencial para um porto-
indstria planejado em Itagua.
Verifica-se que os Estados de Pernambuco (Porto de Suape), Bahia (Porto de Aratu) e

Rio Grande do Sul (Porto de Rio Grande) so exemplos no pas que j vem adotando
iniciativas voltadas para a consolidao de Portos-Indstrias planejados, no qual h a
738
construo de uma estratgia de desenvolvimento de longo prazo em conjunto a um
zoneamento do retroporto para priorizar a ocupao produtiva associada.
O Porto de Itagua possui esse potencial, devendo ser melhor explorado. Inclusive, em
torno da metade de suas operaes so de transbordo, o que somada as operaes de
cabotagem conferem-lhe um importante papel de concentrador de cargas.
Segundo estimativas do prprio Sepetiba TECON, sua capacidade atual de 600 mil
TEUs ao ano. Com o projeto da plataforma logstica da CSN, pode crescer at um
milho de TEUs ao ano, mas tem potencial para at trs milhes de TEUs ao ano se
fizerem os investimentos necessrios. Chama ateno que, entre 2005 e 2008, o
volume de cargas movimentadas por contineres no Porto de Itagua j aumentou em
50,5%, taxa de crescimento superior quela do Porto do Rio de Janeiro (31,3%) e
mdia nacional (24,0%).
Questo 4: O Porto de Itagua no possui restries considerveis na logstica em mar e em

terra.
O fato de existir diversos empreendimentos voltados para terminais de granis slidos

(em particular, carvo e minrio) no so impeditivos para o potencial de crescimento
da movimentao de contineres na Baa de Sepetiba (inclusive demandam alguma
prestao de servio, por exemplo, em cargas de mquinas e equipamentos).
Devem ser tomadas as devidas providncias para evitar problemas operacionais:
1) Duplicao do canal de acesso martimo a ser realizada pela companhia

DOCAS/RJ. Trata-se da obra porturia de necessidade mais imediata a fim de
evitar congestionamento martimo com a maior dinmica econmica prevista.
2) Discutir a construo de um terminal lquido.
3) Melhorar o funcionamento de rgos federais que atendam o Porto de Itagua,

como a Receita e a ANVISA a fim de agilizar o desembarao de cargas.
fundamental pensar estrategicamente o que precisa ser feito do terminal de

contineres para trs. Sua retrorea deve ser planejada para que a competitividade da
739
estrutura produtiva fique fortemente articulada aos ganhos logsticos pelo acesso
privilegiado atividade porturia.
Questo 5: Terminal de Contineres em Itagua deve ser reorientado para ter maior relevncia
nacional ao invs de perfil apenas regional.
Caberia polticas para torn-lo uma opo para cargas que envolvem no apenas Minas
Gerais, mas tambm So Paulo e, inclusive, Regio Centro-Oeste.
Maior presso poltica para a segregao ferroviria dentro da cidade de So Paulo e

acelerar a construo do Tramo Norte do Ferroanel ao redor deste municpio, pois
reduziro distncias econmicas para o escoamento de toda a produo do Sul e do
Centro-Oeste brasileiro.
Acelerar a rebitolagem para a interligao direta do ramal ferrovirio da MRS (chegando

at o Porto de Itagua) com os ramais da ALL (ligando com So Paulo) e da FCA
(ligando Leste Metropolitano, Norte Fluminense e Esprito Santo).
Avaliar a criao de ptios reguladores fora da rea porturia imediata ao mar para
que seja acentuadas as potencialidades logsticas prximas as estruturas rodovirias e
ferrovirias.
Incentivos para que seja superada a falta de prestadores de servios na regio prxima,
como: transportadoras, consolidadores de carga, centrais de distribuio, aduanas etc.
Questo 6: preciso que seja evitada uma estratgia que consista em manter um porto a
espera de cargas.
Consolidao do sistema logstico envolve a organizao de diversas polticas setoriais

especficas a fim da diversificao da estrutura econmica.
Em termos de movimentao de contineres no Porto de Itagua, destaca-se:
1) Chama ateno o peso das cadeias siderrgicas e petroqumica nas atividades

de exportao e importao. Isso evidencia a importncia de polticas que
intensifiquem a articulao logstica das diversas concentraes geogrficas da
740
produo para a consolidao dos complexos Metal-Mecnico e Qumico-
Farmacutico.
2) Existe um leque mais amplo de oportunidades, como as indstrias

automobilstica e alimentcia (j no so desprezveis as exportaes de caf e
as importaes de trigo).
3) Quanto indstria alimentcia, incluem oportunidades para o processamento de

carnes e gros. Logo, tambm importante a construo de um terminal de
gros.
4) Movimentao da carga de projetos de investimento (por exemplo, mquinas e

equipamentos).
7.3.3.5. Algumas recomendaes para os setores de Alimentos e Bebidas;

Vesturio e Acessrios; Moveleiro; e Construo Civil
Alm do potencial estruturante prprio, o desenvolvimento de todas as cadeias e atividades

econmicas analisadas nas sees anteriores permite tambm efeitos multiplicadores sobre os
Mercados Consumidores de Massa. Diante disso, surge a possibilidade de um ciclo virtuoso de
renda e consumo atravs dos impactos do incremento da produo e do emprego na massa
salarial e na urbanizao.
A seguir, sero apontadas algumas recomendaes para o maior desenvolvimento dos setores
de Alimentos e Bebidas; Vesturio e Acessrios; Moveleiro; e Construo Civil na rea de
Influncia do Arco Metropolitano.
Indstria de Alimentos e Bebidas
Utilizao da concentrao existente nos municpios de Duque de Caxias, Nova Iguau,

Itagua, So Joo de Meriti, Itabora, Nilpolis, Mag, Queimados, Seropdica,
Mesquita, Paracambi, Japeri, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, e Mangaratiba para o
desenho de uma poltica setorial, que congregue os aspectos tributrio, creditcio, de
design, marketing, compras de matrias-primas, capacitao, inovao e formalizao.
741
Atrao de novas ncoras / empreendimentos de grande porte, como: Sadia, Granfino,
Frescato e Pakera.
Utilizao da UFRRJ, e sua rea de engenharia de alimentos, como uma das ncoras
do desenvolvimento.
Utilizao do distrito industrial de Seropdica e a facilidade de logstica criada com o

Arco.
Verificar a possibilidade de organizao de uma agroindstria e oferta do TECON como

vantagem comparativa.
Utilizao do terminal de gros proposto para o Porto Itagua.
Indstria de Vesturio e Acessrios
Utilizao da concentrao existente nos municpios de Duque de Caxias, So Joo de

Meriti, Nova Iguau, So Gonalo e Niteri para o desenho de uma poltica setorial, que
congregue os aspectos tributrio, creditcio, de design, marketing, compras de matrias-
primas, capacitao, inovao e formalizao.
Avaliao da proposta da prefeitura de So Gonalo de concentrao dessas indstrias

no distrito industrial de Guaxindiba, com a constituio de um show-room das indstrias
de vesturio que podero vir a se instalar no local.
Atrao de marcas reconhecidas para utilizarem as indstrias j instaladas como

fornecedoras, buscando criar uma poltica de qualificao, exemplo do que ocorre em
Valena.
Avaliar a possibilidade de integrao da poltica do APL de So Cristvo com as

indstrias instaladas na rea de influncia do Arco Metropolitano.
Verificar a possibilidade de apoiar a poltica de revitalizao do setor de vesturio,

acessrios e txtil da prefeitura de Paracambi.
Indstria Moveleira
742
Articular uma poltica de fortalecimento da fabricao de mveis presentes na rea de
influncia do Arco Metropolitano, nos municpios de Duque de Caxias, Nova Iguau,
So Joo de Meriti, Nilpolis, Mesquita, Guapimirim e Maric, integrando os aspectos
tributrio, creditcio, de design, marketing, compras de matrias primas, capacitao e
inovao.
Avaliar a possibilidade da constituio de uma poltica de silvicultura, criando maior

oferta de matria prima e abrindo espao para atrair fbrica de celulose, avaliando,
tambm, a possibilidade de exportar atravs do Tecon.
Apoiar a poltica da prefeitura de Duque de Caxias, o setor moveleiro existente no

Municpio.
Avaliar a possibilidade de articular a produo de mveis na regio de influncia do

Arco Metropolitano com a indstria de plstico, na produo de mveis de plstico
injetado.
Construo Civil
Priorizar a expanso urbana em reas j atendidas em termos de infraestrutura e

alternativas de transporte atravs do adensamento das manchas urbanas de mdia e
alta densidade, com a ocupao das reas degradadas e vazios urbanos ou a
requalificao de reas de residncias unifamiliares.
Aproveitamento das oportunidades de implantao de novas centralidades em reas

que atendam as demandas (emprego e habitao) geradas pelos investimentos
previstos, como: Itagua, Duque de Caxias, Nova Iguau, Seropdica, Itabora e So
Gonalo.
Aproveitamento dos atrativos naturais de municpios com potencial para moradia e

hotelaria de mdio e alto padro, conservando baixa taxa de ocupao do terreno:
Mangaratiba, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, e Maric.
Fomentar a autoregulamentao do setor da construo civil atravs da adoo de

selos verdes, em especial no que diz respeito a compra de material, que deve ser
743
oriundos de fornecedores licenciados, em especial os ligados a indstria de extrao
mineral. Forando a qualificao e conformidade ambiental de toda a cadeia.
Elaborar um programa de Implantao e gesto de espaos livres e reas verdes,

voltados para reas densamente ocupadas, com vistas a melhorar o conforto ambiental
e oportunidades de lazer na regio.
7.4. Governana
Criao de um rgo responsvel pela Governana da Regio Metropolitana, em
parceria com os municpios e com a participao da sociedade civil. Sua estrutura deve
ser composta por um corpo tcnico extremamente qualificado, que se responsabilize
pela produo e gesto de projetos de desenvolvimento regional integrado, com base
no Plano Diretor Estratgico de Desenvolvimento Sustentvel. Estabelecer clara
definio de metas e indicadores, alm de uma avaliao peridica de resultados.
Ampliar a atuao do governo estadual como ente articulador e indutor de polticas

pblicas na regio, em parceria e apoio aos municpios com o objetivo de potencializar
o aproveitamento das oportunidades e enfrentar as eventuais dificuldades.
Implantar politicas de desenvolvimento regional metropolitano de carter estruturante e

de impacto mais do que local.
Criao e implementao de um amplo programa de apoio ao desenvolvimento

institucional das administraes municipais.
Criar um programa de estmulos como estratgia de mobilizao do apoio das

administraes municipais implementao das iniciativas do governo do estado de
interesse metropolitano.
O Mapa 7.5 sintetiza espacialmente as diretrizes e recomendaes apresentadas neste

documento.
744
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

7520000
7520000
7490000
7490000
7460000
7460000
0 5 10 20 30 40
Quilmetros
580000 610000 640000 670000 700000 730000 760000

Fontes: Legenda
Mapa de uso e Ocupao do Solo - 2007 Arco Metropolitano Mapa Sntese 560000 620000 680000 740000 800000
(ZEE-RJ) Consrcio
Mapa de Simulao de Principais Rodovias Agua
7600000
7600000
Crescimento Urbano Cenrio 2 MG
reas_Institucionais Conservao Projeto
Sistema de Projeo Cartogrfica UTM Sustentvel da Regio do Arco Metropolitano
Universal Transversa de Mercartor Unidades de Proteo Integral Proteo do Rio de Janeiro
7520000
7520000
Datum Horizontal - WGS84 RJ
Empreendimentos Uso Multiplo Ttulo
Mapa Sntese das Propostas
SP do Plano Diretor do Arco Metropolitano
Restaurao
7440000
7440000
Escala Data Mapa
Vazios Urbanos
1:500.000 10/04/2011 MAPA 7.5
Urbano 560000 620000 680000 740000 800000

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PLANO DIRETOR DO ARCO METROPOLITANO

Vice-Governador e Secretrio de Estado Obras

Secretrio de Estado de Desenvolvimento Economico, Energia, Industria e Servios

Secretrio de Estado do Ambiente

Secretrio de Estado de Planejamento e Gesto

Secretrio de Estado da Casa Civil

UGP - Unidade de Gerenciamento de Programas

Secretaria Executiva - Secretaria de Estado de Obras

Ncleo de Desenvolvimento Urbano - Secretaria de Estado de Obras

Ncleo de Desenvolvimento Econmico - Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Assessoria Internacional - Secretaria de Estado da Casa Civil

Ncleo de Gesto - Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto

Ncleo do Ambiente - Secretaria de Estado do Ambiente

Consrcio Tecnosolo - Arcadis Tetraplan

Vera Cansano e Delson de Queiroz - Coordenao Geral

O traado do Arco Metropolitano vai aproximar importantes plos de desenvolvimento do

O projeto do Arco Metropolitano apia-se em trs funes bsicas:

(i) integrao do Porto de Itagua malha rodoviria nacional e ao futuro Complexo

Nesse panorama de infindveis oportunidades e, tambm, de grandes desafios sociais,

A partir de projetos integrados e complementares, o Plano Diretor do Arco Metropolitano

Considerando os impactos e as repercusses dessa nova realidade sobre o desenvolvimento,

O Plano Diretor permitir ao Governo do Rio de Janeiro a efetiva coordenao do

2.1. Consideraes Iniciais

Por outro lado, o Modelo Nacional de Desenvolvimento atual, expressivo em associao ao

O Estado do Rio de Janeiro participa desse movimento, com programas de vigoroso

Trata-se de um projeto estruturante, de grande porte e presena com forte multiplicao de

A elaborao do presente Plano Diretor exige o conhecimento dos investimentos que se

Esta configurao agregada construda pelo Arco Metropolitano e pelo mosaico de

Desta forma, o objeto do Plano Diretor constitudo da regio de abrangncia do Arco

Esta definio se deu, basicamente, em funo da identificao dos municpios interceptados

Conforme os Termos de Referncia, essa rea de abrangncia compartimenta-se em trs

Figura 2. 1 - Mapa das reas de Abrangncia dos Estudos do Plano Diretor

A rea I constituda pelos municpios de Itagua, Seropdica, Mangaratiba e pelas

Nesta rea situam-se 10 empreendimentos estruturantes, alm dos Segmentos B e parte do C

Constituda por praticamente a totalidade da regio denominada Baixada Fluminense, fazendo

Nesta rea situam-se 4 empreendimentos (RIOPOL e REDUC em Duque de Caxias, Bayer em

rea de Estudo III

Destaca-se neste grupo So Gonalo, no somente pela sua importncia econmica e

No caso de Tangu, atravessado pela BR-101 norte, semelhana de Mangaratiba (rea de

Nesta rea situam-se 3 empreendimentos estruturantes (COMPERJ em Itabora e Estaleiros

rea de Municpios Aspectos Relevantes

Seropdica RJ-109 (confluncia com a BR-116)

Rio de Janeiro - rea de

RJ-109 (cruzamento e paralelismo c/ ramal ferrovirio Japeri Trem

Paracambi Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Queimados Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Nova Iguau RJ-109

Mesquita Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Nilpolis Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Duque de Caxias RJ-109

Atravessada pela BR-101, a presena de uma rea residencial

Guapimirim Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Localizao dos Centros de Escoamento e de Inteligncia do

Niteri Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Maric Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Cachoeiras de Macacu Efeitos espaciais decorrentes da contigidade fsica

Vetor principal de aproximadamente 119 km de extenso, partindo do municpio de Itagua

Itagua (BR-101) a Duque de Caxias (BR-040) construo de rodovia, com

BR 101 entre o final do trecho atualmente duplicado (municpio do Rio de Janeiro /