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RELAÇÕES
HUMANAS
1 RELAÇÕES
HUMANAS
SUMÁRIO
1. DIRETRIZES PARA CONDUTORES DE APLICATIVOS
Condutores de aplicativos...............................5
Cadastro em mais de uma OTTC.................. 6
Fiscalização...................................................... 6
Responsabilidade e discipina..........................7
Higiene do veículo.......................................... 8
Segurança no transporte dos usuários..........8
Velocidade máxima permitida...................... 8
Lotação............................................................ 9
Cinto de segurança......................................... 9
Respeito à sinalização......................................9
Respeito à circulação de veículos
de transporte coletivo....................................10

2. COMO ATENDER BEM O PASSAGEIRO

Como atender bem.........................................11
Comportamento solidário no trânsito....... 12
Trânsito mais humano................................. 12
Gentileza no trânsito......................................13
Boas maneiras.................................................14
Diga não ao preconceito!............................. 15
Atendimento a clientes especiais............... 15
Diversidade e igualdade sexual....................16
Um desafio entre tantas atribuições.......... 17
Mulheres condutoras................................... 17
Diversidade humana......................................18
Diversidade e igualdade sexual.................. 18
Respeito e dignidade.................................... 18

3. CONDIÇÕES FÍSICAS E EMOCIONAIS DO CONDUTOR

Estado físico e mental....................................19
Estado mental............................................... 20
Estado físico.................................................. 20
Pessoa com deficiência auditiva................. 20
Avaliando suas condições..............................20
Dicas para garantir um trânsito seguro..... 21
Ações que devem ser evitadas ao dirigir... 21
Estresse no trânsito........................................22
Como driblar o estresse.............................. 22
Substâncias psicoativas.................................23
Uso de medicamentos................................. 23
Rebites........................................................... 24
Direção e álcool...............................................25
Riscos ao dirigir alcoolizado........................ 25
Efeitos do álcool............................................ 26
Uso de drogas..................................................26
Fadiga, tempo de direção..............................27

REFERÊNCIAS............................................. 28
11 Conceitos de
direção defensiva
DIRETRIZES PARA
CONDUTORES DE APLICATIVOS

Neste capítulo você verá:

Atenção!
O trânsito é a 9ª maior causa de óbitos
„„ cuidados após o cadastra- no mundo! Este cenário precisa mudar!
mento como condutor de Por isso, vamos adotar uma atitude
segura e prudente no trânsito.
aplicativo;
„„ o papel do agente de fiscalização;
„„ segurança e equipamentos obrigatórios.

1 CONDUTORES DE APLICATIVOS

Diariamente, as inovações tecnológicas criam oportunidades

de negócio para atender às demandas da sociedade por servi-
ços de qualidade, rapidez e economia.
Uma das oportunidades é o serviço oferecido por aplicativos de
transporte, como a 99, que conecta passageiros e você (motorista
parceiro) por meio de celulares ou browsers de computador.

5
6

Cadastro em mais de uma OTTC (outros apps)

Você já cumpriu o primeiro passo e
providenciou a documentação inicial
para atuar como motorista parceiro da
99. Mas será que para se cadastrar em
outra OTTC (outros apps) precisa dar entrada na documentação
novamente? É necessário que apenas uma OTTC (outros apps)
envie a documentação ao DTP (Departamento de Transportes
Públicos) para obtenção CONDUAPP e o CSVAPP.
A partir do momento em que você possuir esses documentos,
basta apresentá-los à outra operadora em que já esteja cadas-
trado ou deseja se cadastrar. A empresa, então, deverá comuni-
car à Prefeitura o vínculo com você.

Fiscalização
O DTP (Departamento de Transportes Públi-
cos) é responsável pela fiscalização da sua ati-
vidade e de todos os condutores de aplicativo.
Dessa forma, os agentes de trânsito poderão,
a qualquer momento:
„„ Requisitar da 99 qualquer documento de
qualquer motorista e/ou veículo cadastrado.
„„ Convocar a presença de motorista e/ou veículo para verifica-
ção dos documentos e/ou condições dos veículos.
„„ Abordar em campo e exigir do motorista os documentos de
porte obrigatório.
„„ Solicitar à 99 o envio dos documentos que devem constar em
seus arquivos.

Além da fiscalização, operação de trânsito e organização do

tráfego, os agentes de trânsito exercem uma função importante
na educação de todos que utilizam o espaço público, pois cabe
a eles informar, orientar e sensibilizar as pessoas acerca dos
 7

procedimentos preventivos e seguros. Eles também oferecem

ao cidadão condições de se deslocar com segurança e conforto,
garantindo a qualidade de vida de toda a população.
Os equipamentos de fiscalização eletrônica também exercem
um papel importante para melhorar a circulação e garantir a
segurança viária.

2 RESPONSABILIDADE E DISCIPINA

Conheça suas responsabilidades para prestar um bom serviço.

1. Focar no volante 2. Seguir as 3. Facilitar o embarque

Conduza com leis de trânsito e desembarque
atenção, de forma Respeite as leis de Auxilie crianças, idosos,
a não prejudicar a circulação das vias e gestantes e pessoas
segurança e conforto as sinalizações dos com dificuldade de
dos passageiros. agentes de trânsito. locomoção.

4. Cuidar do 5. Dirigir com 6. Não fumar e beber

marketing pessoal cuidado Fumar com o
Escolha roupas Evite frenagens ou passageiro dentro do
confortáveis arrancadas bruscas. carro é desagradável
e que mostre Dirija com atenção e e, consumir bebidas
profissionalismo. responsabilidade, alcoólicas até 12 horas
Os passageiros atento à antes de iniciar o
agradecem. movimentação dos trabalho coloca a suas
usuários da via. vida em risco.
8

Higiene do veículo
É importante para os passageiros um carro com a higiene em
dia. Lembre-se de manter:
„„ mantenha os cintos de segurança, assentos, painel e demais
itens internos do veículo sempre limpos;
„„ faça a limpeza do filtro de ar condicionado;
„„ aspire o teto, piso, porta-malas e interior do veículo;
„„ mantenha a parte externa do veículo sempre limpa e polida;
„„ faça uma limpeza regular em todos os acessórios disponibili-
zados aos passageiros.

3 SEGURANÇA NO TRANSPORTE DOS USUÁRIOS

Velocidade máxima permitida

Se você conhecer e respeitar os limites de velocidade máxima
permitida em cada tipo de via, seja ela urbana ou rural, não es-
tará sujeito a cometer infrações sem saber.
Se a via urbana não possuir sinalização, siga a velocidade má-
xima permitida:
„„ Vias de trânsito rápido: 80 km/h.
„„ Vias arteriais: 60 km/h.
„„ Vias coletoras: 40 km/h.
„„ Vias de trânsito local: 30 km/h.

Siga a velocidade máxima permitida nas vias rurais:

„„ Estradas: a velocidade máxima permitida é 60 km/h.
„„ Rodovia de pista dupla: a velocidade permitida é 110km/h
para automóveis, camionetas e motocicletas, e 90 km/h para
os demais veículos.
„„ Rodovia de pista simples: a velocidade permitida é 100km/h
para automóveis, camionetas e motocicletas, e 90 km/h para
os demais veículos.
 9

Lotação
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), lotação é a car-
ga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo
transporta, expressa em quilogramas para os veículos de carga,
ou número de pessoas, para os veículos de passageiros.
Para identificar a lotação máxima (incluindo o condutor) de
seu veículo verifique o Certificado de Registro do Veículo (CRV)
e no Certificado de Licenciamento Anual (CRLV/CLA). De forma
geral, identifique a quantidade de cintos disponíveis no seu veí-
culo. Cada cinto refere-se a uma pessoa.

4
pontos
Transitar com excesso de lotação é uma infração média
(4 pontos na CNH).

Cinto de segurança
Segundo a legislação brasileira, o condutor tem a responsabili-
dade sobre os passageiros que ele transporta, devendo garantir
que todos usem cinto de segurança no veículo.
A função do cinto de segurança é limitar a movimentação dos
ocupantes dentro do veículo em caso de acidentes ou em uma
freada brusca. Assim, facilita que o motorista faça as manobras
defensivas necessárias e impede que os ocupantes sejam joga-
dos para fora do veículo. O cinto ainda evita que os passageiros
se choquem entre si ou com as partes internas do veículo, como
volante, para-brisa e bancos dianteiros.

O cinto de segurança é obrigatório para todos os passa-

5
pontos
geiros do veículo. Dirigir sem usar cinto de segurança é
uma infração grave (5 pontos na CNH), sujeita a multa.

4 RESPEITO À SINALIZAÇÃO

A sinalização viária existe para orientar a forma correta de cir-

culação de pedestres e veículos. Veja:
10

1. Sinalização 2. Sinalização 3. Sinalização

vertical horizontal auxiliar
É a sinalização que é É colocada na São os elementos
colocada na vertical, horizontal, como os aplicados na pista,
como as placas. símbolos pintados ou junto à via ou nos
postos sobre a pista. obstáculos próximos.

4. Sinalização 5. Gestos 6. Sinalização

luminosa São os gestos do sonora
É a sinalização agente de trânsito e São os sinais sonoros
realizada por do condutor. emitidos pelos
semáforos. agentes de trânsito.

Ordem de prevalência quando houver mais de uma sinalização:

1. As ordens do agente de trânsito.
2. A indicações do semáforo sobre os demais sinais.
3. As indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

5 RESPEITO À CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS

DE TRANSPORTE COLETIVO

Ônibus e táxis também são integrantes do sistema de trans-

porte urbano e são opções complementares a quem quer se
locomover nas cidades. Daí sua importância, condutor de veícu-
lo de aplicativo, de entender o papel desempenhado por eles e
respeitar suas vias exclusivas e pontos de estacionamento.
12 Conceitos de
direção
COMOdefensiva
ATENDER BEM
O PASSAGEIRO

Neste capítulo você verá:

„„ dicas para um bom atendimento;
„„ valores para o relacionamento interpessoal;
„„ gentileza e respeito no trânsito;
„„ respeito à diversidade.

1 COMO ATENDER BEM

A sociedade é formada por pessoas de diferentes origens, cos-

tumes ou características, mas que compartilham elementos em
comum. Apesar disso, cada indivíduo é um ser único e singular,
com personalidade própria que o diferencia dos outros, e que,
quando solicita um serviço, deseja ser bem atendido.
Mas como fazer isso diante de tantas e diferentes personali-
dades? Será que basta ser bem educado ou é necessário algo
mais? Vamos descobrir!

11
12

Comportamento solidário no trânsito

O primeiro passo para atender bem um passageiro é adotar
valores que contribuam para um trânsito mais gentil e seguro
– e isso só é possível se você entendê-lo como um local de con-
vívio com outras pessoas. Estes são valores que todos os moto-
ristas devem ter:
„„ Bom senso e sabedoria: o controle das situações está sem-
pre na mão de quem age com bom senso e ponderação.
„„ Humildade: reconheça os próprios erros. Com humildade e
simplicidade você pode resolver os desentendimentos mais
rapidamente.
„„ Flexibilidade: evite conflitos e busque soluções criativas para
os problemas de trânsito. Lembre-se de que as pessoas têm
interesses distintos.
„„ Respeito: respeite todos ao seu redor; isso é a base dos rela-
cionamentos.
„„ Paciência: saiba que não é preciso resolver tudo na hora, não
seja afobado, nem tire conclusões precipitadas.
„„ Equilíbrio: controlar o próprio temperamento é uma atitude
fundamental para quem quer, deseja e necessita desenvolver
uma boa capacidade de se comunicar e negociar.
„„ Educação: cultive as boas maneiras, saiba o valor da civilida-
de, trate bem as pessoas, seja gentil e cordial.

Trânsito mais humano

„„ Saia com antecedência.
„„ Pense no seu trajeto antecipadamente.
„„ Dê passagem a pedestres e motoristas.
„„ Respeite as regras e dê preferência de passagem.
„„ Circule pela faixa da direita em baixa velocidade.
„„ Buzine apenas quando houver necessidade.
„„ Sinalize com antecedência antes de mudar de pista.
„„ Reduza a velocidade em pista molhada.
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„„ Jamais estacione em fila dupla.

„„ Pare antes do cruzamento, mesmo com semáforo verde.
„„ Dê a preferência a veículos sobre trilhos.
„„ Evite discussões.

2 GENTILEZA NO TRÂNSITO

Se você praticar esses valores

todos os dias e adotarem um com-
portamento solidário, contribui-
rão para uma trânsito mais gentil.
Conheça os seus direitos e deve-
res, e respeite as normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
para manter uma convivência pacífica e segura no trânsito.
Um comportamento solidário no trânsito é construído por
meio de ações simples. Se você agir de acordo com elas, com
certeza vai melhorar ainda mais a sua postura com os demais
usuários da via. Veja:
„„ Dê a preferência de passagem aos pedestres que estiverem
realizando a travessia, principalmente pela faixa.
„„ Respeite as prioridades dos demais veículos, mantendo uma
distância segura.
„„ Fique atento e observe a movimentação de pedestres, ciclis-
tas e veículos ao longo da via.

Cuidados com os mais frágeis

Adote atitudes que contribuam para a convivência saudável
no trânsito. Atitudes como o individualismo, o egoísmo e a fal-
ta de solidariedade, associadas à supervalorização da máquina,
são prejudiciais no trânsito.
Em termos de vulnerabilidade, pedestres e animais são os
usuários mais vulneráveis da via. Isso porque eles não dispõem
de qualquer tipo de proteção contra acidentes, além do próprio
14

corpo. Em seguida, aparecem os ciclistas e motociclistas, que são

um pouco mais protegidos por seus veículos e equipamentos de
proteção. Por fim, vêm os condutores de veículos de passeio e
de médio e grande porte, como caminhões, que são protegidos
por toda a carenagem e peso de seus veículos.

3 BOAS MANEIRAS

Dê boas-vindas
Nada melhor que um sorriso
seguido do seu nome para
recepcionar o seu passageiro.

Falar o nome do passageiro

Para tornar a conversa mais
agradável, chamar o passageiro
pelo nome é um bom caminho.

Cortesia faz a diferença

Ao falar com o seu passageiro,
procure tratá-lo por Sr. ou Sra.
(mesmo os mais jovens).

Dê informações corretas
Sempre dê informações corretas,
use palavras cordiais e dê
orientações seguras, evitando
falar além do necessário.
 15

Higiene e organização
Mantenha seu veículo sempre
limpo e organizado, pois um
ambiente agradável aumenta
a sensação de conforto e
segurança do cliente.

Evite atitudes negativas

Evite palavras e atitudes
negativas (“não pode”, “está
errado”, “não deve” etc.), pois elas
criam um clima pesado durante o
seu atendimento.

Apresentação pessoal
Os cuidados com a aparência e
a vestimenta são valorizados
pelos passageiros, mas lembre-
se que educação e gentileza
também é essencial.

Diga não ao preconceito!

Você atenderá pessoas de diferentes costu-
mes, hábitos, religiões e orientações sexuais.
Por isso, é importante respeitar as diferenças
e ser gentil e cortês com todos. Vamos trazer
os valores de respeito e gentileza para construir
um trânsito mais humano para dentro do carro.

Atendimento a clientes especiais

Como condutor, você deve ser cordial, respeitoso e educado
com todos seus passageiros. Porém, é importante adotar um
tratamento diferenciado para pessoas com deficiência ou mobi-
lidade reduzida, gestantes e idosos.
16

Veja alguns cuidados que você deve adotar ao transportar

passageiros idosos, gestantes, com mobilidade reduzida ou ne-
cessidades especiais:
„„ Facilite o embarque e desembarque
parando próximo a calçadas.
„„ Dê informações de forma clara e em
alto tom – sobretudo para pessoas
com deficiência visual e/ou idosos.
„„ Antes de iniciar a corrida, verifique
se todos os seus passageiros estão
bem acomodados.
„„ Se possível, ajude com o carregamento e descarregamento
de malas, bolsas de maternidade, cadeiras de rodas etc.

4 DIVERSIDADE E IGUALDADE SEXUAL

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de gê-

nero propicia as discussões sobre os papéis, comportamentos,
atividades e atributos socialmente construídos que uma determi-
nada sociedade considera apropriados para homens e mulheres.
O respeito à diversidade e igualdade de gênero deve ser aplicado
quando falamos de colegas de profissão e de passageiros.
Boas atitudes, gentileza e respeito são práticas que contri-
buem para a construção de um trânsito mais humano e seguro
para todos nós.
 17

orçamento
refeições
filhos

compras

casa trabalho

Um desafio entre tantas atribuições

Hoje em dia, a participação da mulher no mercado de trabalho
é cada vez maior. Apesar disso, talvez por uma visão tradicional,
elas ainda têm que acumular sozinhas as tarefas de cuidar da
casa e dos filhos em muitos lares.
Para piorar, elas ainda têm de superar o “lugar de mulher é
na cozinha” e muitas outras barreiras quando decidem traba-
lhar em atividades tradicionalmente vistas como “dos homens”
– como, por exemplo, motorista profissional.
Felizmente, há muitos avanços na conquista de direitos pelas
mulheres. Isso é fruto da luta pela igualdade de gênero, que
defende que homens e mulheres devem ter os mesmos direi-
tos, responsabilidades e oportunidades de educação, liberdade
e trabalho.

Mulheres condutoras
Por tudo isso, é cada vez mais comum
vermos mulheres atuando como mo-
toristas profissionais nas vias – seja
em veículos particulares, ônibus, táxis e
até em caminhões.
Todas essas mudanças devem ser comemoradas como sinal
de que, aos poucos, estamos construindo uma sociedade mais
justa e igualitária para homens e mulheres.
18

5 DIVERSIDADE HUMANA

Somos quase 6 bilhões de pessoas

no mundo. Mas apesar das nossas
semelhanças biológicas, cada ser
humano é um indivíduo único, com
vida social, cultural, desejos e so-
nhos diferentes das outras pessoas
– isso é o que chamamos de diversi-
dade humana.

Diversidade e
igualdade sexual
Diante de tamanha diversidade,
é natural que haja indivíduos que
amem e se sintam atraídos por pes-
soas do mesmo sexo. Isso faz par-
te da diversidade humana e todos
continuam com os mesmos direitos,
responsabilidades e deveres.

Respeito e dignidade
Assim, não apenas para atuar
como condutor de aplicativos mas
para conviver em sociedade, é es-
sencial que você trate com respeito
e dignidade toda e qualquer pessoa,
independente de sua orientação se-
xual, cor, religião ou etnia.
13 Conceitos de
direção defensiva
CONDIÇÕES FÍSICAS E
EMOCIONAIS DO CONDUTOR

Neste capítulo você verá:

Atenção!
Cuidar da sua condição física e
„„ estado físico e emocional mental enquanto dirige é essencial
do condutor; para garantir a sua saúde e
preservar a segurança no trânsito.
„„ condições adversas;
„„ medicamentos, álcool e drogas.

1 ESTADO FÍSICO E MENTAL

Uma das condições adversas mais perigosas na condução de

um veículo é o estado físico e/ou mental do condutor. O seu es-
tado físico e mental é essencial para uma direção segura. Lem-
bre-se: você, enquanto condutor de veículo de aplicativo, é res-
ponsável por avaliar suas reais condições e deve ter bom senso
para evitar o envolvimento em acidentes e garantir a segurança
sua e do passageiro. Veja exemplos:
„„ Físico: fadiga, alcoolemia, uso de drogas ou medicamentos,
sono, visão ou audição deficiente, dores e perturbações físicas.

19
20

„„ Mental: estado emocional abalado, preocupações, distra-

ções, medo, insegurança e instabilidade.

Estado mental
Está relacionado ao seu modo de ser ou de estar, pois ao ser
imprudente ou agressivo, você se torna um risco para a segu-
rança no trânsito. Por isso, não reaja diante de uma provocação
e evite agressões verbais.

Estado físico
Está relacionado ao cansaço, ao estresse, ao sono, à alimenta-
ção (ou falta dela), às drogas, ao álcool ou aos remédios, que são
condições perigosas para o trânsito.

Pessoa com deficiência auditiva

Você sabia que o veículo dirigido
por uma pessoa com deficiência audi-
tiva é identificado pelo Símbolo Inter-
nacional da Surdez? O símbolo indica
a presença de equipamentos, mobili-
ário e serviços para pessoas com de-
ficiência auditiva, além de melhorar a
segurança delas mesmas e dos outros
usuários das vias.

2 AVALIANDO SUAS CONDIÇÕES Você

Sabia?
A sua segurança e a dos demais usuá-
Há pessoas com
rios deve vir em primeiro lugar! deficiência (visual,
Se você se sentir incapacitado, evite di- motora, física etc.)
que devem utilizar
rigir um veículo e busque auxílio. Se for próteses ou lentes
alguma situação física, procure atendi- corretoras para garantir
mento médico ou descanso. Já em caso a segurança no trânsito.
 21

de situação emocional, utilize o transporte público e busque um

local seguro e aconchegante, próximo a amigos ou parentes. Se,
ainda assim, você precisar dirigir em alguma dessas condições,
tenha atenção dobrada, aumente a distância segura entre seu
veículo e o da frente, e evite continuar a dirigir por muito tempo.

Dicas para garantir um trânsito seguro

Use calçados que se Tenha sempre o Esteja atento para

firmem nos pés e máximo de atenção agir adequadamente
não comprometam o e evite preocupações diante de uma
uso dos pedais. ou ansiedade. situação inesperada.

Evite ficar mais de 4 Utilize os espelhos Porte os documentos

horas sem comer. retrovisores. obrigatórios.

Ações que devem ser evitadas ao dirigir

Evite comer ao Não fume enquanto Não use fone de

dirige, assim você dirige, essa ouvido e não use-o
evita distração e atitude pode gerar para ligações ou
multa. Organize sua desatenção levá-lo a mensagens.
rotina para esses receber multa.
momentos.
22

3 ESTRESSE NO TRÂNSITO

Estresse é uma palavra comum para muitos condutores profis-

sionais que enfrentam diariamente o trânsito caótico na cidade.
Na literatura médica, estresse significa um estado de tensão em
que o organismo se prepara para enfrentar ou fugir do perigo.

Como driblar o estresse

Rotas alternativas
No horário de pico, busque
rotas e caminhos alternativos.
O próprio aplicativo já direciona
para um caminho com menos
trânsito.

Cordialidade
Mentalize bons pensamentos e
seja cordial no trânsito.

Músicas
Ouça músicas agradáveis ou
rádios com conteúdo informativo.

Respire fundo
Respire fundo ao se deparar com
situações estressantes.
 23

Atividades físicas
Pratique atividades físicas para
relaxar e aliviar a tensão.

Alimente-se
Alimente-se corretamente, pois
fome estressa qualquer um.

O estresse é essencial para a sobrevivência humana. O ruim é

estar exposto constantemente às sobrecargas emocionais que
ele gera. Isso sim, é prejudicial à saúde.

4 SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

Como vimos, o uso de substâncias psicoativas influenciam, e

muito, no seu estado físico e de outros motoristas. Medicamen-
tos, bebidas alcoólicas e drogas são substâncias psicoativas.
Elas alteram a qualidade das atividades do cérebro, podendo
influenciar o estado físico e mental do usuário.
A presença dessas substâncias é um dos fatores que influen-
ciam a exposição ao risco, o envolvimento e a gravidade de aci-
dentes.

Uso de medicamentos
Usar medicamentos, mesmo por recomendação médica, pode
modificar o seu comportamento, além de diminuir a concentra-
ção e alterar o seu estado físico e mental. É importante que você
24

leia sempre a bula e verifique se há alguma restrição para a con-

dução de veículos. As reações mais comuns são:
„„ sonolência;
„„ perda de atenção ou concentração e irritabilidade;
„„ alteração na visão ou comportamento;
„„ redução ou atraso nos reflexos.

Percebendo algum desses sintomas, interrompa imediata-

mente a direção, repouse e ingira bastante líquido para aumen-
tar o processo de eliminação da droga no organismo, e busque
orientação médica. Mantenha essa conduta até que haja regres-
são total de tais sintomas. Insistir na direção é muito perigoso.
Veja outros sinais de alerta dos efeitos de medicamentos.
„„ Cansaço, fadiga, sonolência, confusão mental.
„„ Vertigens, tonturas ou sensação de cabeça vazia.
„„ Perturbações da percepção, especialmente da visão.
„„ Náusea ou mal-estar.
„„ Alterações na coordenação motora, tremores, movimen-
tos involuntários.
„„ Dificuldade em pensar claramente ou em se concentrar.
„„ Irritação ou agressividade.
„„ Excesso de confiança e perda da noção de perigo.
„„ Irregularidades na condução, variando entre velocidade
lenta e rápida ou incapacidade de manter a trajetória.

Rebites
O uso de medicamentos que afastam o sono, chamados de
rebites, reduzem o estado de sonolência por algumas horas. Po-
rém, quando o efeito termina, o cérebro manifesta mais rapida-
mente a necessidade acumulada de dormir, fazendo com que
você adormeça rapidamente, sem nem cochilar.
 25

5 DIREÇÃO E ÁLCOOL

Mesmo em quantidades relativamente pequenas, ingerir be-

bida alcoólica aumenta o risco de envolvimento em acidente.

Dirigir sob influência de álcool, em qualquer quantidade por li-

tro de sangue, ou de qualquer substância psicoativa que deter-
mine dependência física ou psíquica, constitui infração gravís-
7
pontos
sima (7 pontos na CNH) e multa agravada multiplicada por 10.

Se você se recusar a realizar teste, exa-

me médico, perícia ou outro procedimento
que permita identificar influência de qual-
quer substância psicoativa, comete uma
infração gravíssima (7 pontos na CNH),
com multa agravada multiplicada por 10,
suspensão do direito de dirigir por 12 meses, recolhimento do
documento de habilitação e retenção do veículo. Caso haja rein-
cidência no período de 12 meses, a multa será dobrada.

Riscos ao dirigir alcoolizado

O consumo de álcool está geralmente as-
sociado a outros comportamentos de alto
risco, como excesso de velocidade e inob-
servância do uso de cinto de segurança.
A combinação de álcool e direção é uma
das principais causas mundiais de aciden-
tes com morte no trânsito. De acordo com UFRGS – Centro de
pesquisa em álcool e drogas:
„„ em 2013: ocorreram 42.266 mortes no trânsito brasileiro;
„„ em 2014: + ou - 596.000 vítimas receberam indenização DP-
VAT por invalidez permanente.
26

Efeitos do álcool
Veja abaixo os efeitos do álcool de acordo com a sua concen-
tração no corpo humano.

Não podemos mais admitir pessoas jovens morrendo vítimas

da ignorância ou irresponsabilidade.

6 USO DE DROGAS

Da mesma forma que os medicamentos e o álcool modificam

o seu comportamento e dos condutores, as drogas também al-
teram o funcionamento do sistema nervoso. O condutor sob o
efeito de drogas sofre alterações no comportamento, na per-
cepção da realidade e sobre si mesmo.
O uso de drogas afeta o comportamento e o estado físico do
condutor de diferentes formas, como:
„„ falta de coordenação motora;
„„ perda de noção do tempo e espaço;
„„ incapacidade de se manter em linha reta;
„„ aumento do tempo de reação;
„„ diminuição da capacidade de se manter em vigilância, entre
outros.
 27

Se você estiver sob o efeito de drogas pode reagir negativa-

mente no trânsito e isso ficou comprovado num estudo realiza-
do em 2012, pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego,
em um simulador de direção veicular.
Voluntários sob o efeito de drogas apresentaram comporta-
mento inseguro no trânsito, excedendo o limite de velocidade,
deixando de sinalizar manobras e mantendo a seta de direção
após ingressar na via.

7 FADIGA, TEMPO DE DIREÇÃO

Assim como bebida, medicamentos

e drogas, dirigir com sono é igualmen-
te perigoso, pois a capacidade de diri-
gir fica comprometida. Normalmente
os acidentes mais frequentes em fun-
ção do sono envolvem apenas um ve-
ículo e o condutor sai da estrada. Os motoristas profissionais
estão mais propensos a sofrer acidentes em função das longas
horas de direção. Portanto, não arrisque sua vida e descanse
sempre que o cansaço bater.
Se você for fazer uma viagem longa, faça paradas para descan-
sar. Nas rodovias, faça paradas a cada 2 horas para descanso e
alimentação. Dirigir à noite também exige cuidado e atenção:
faça uma parada de descanso a cada 3 horas, assim os trechos
ficam menos cansativos e mais seguros.
28

REFERÊNCIAS

ABNT. ABNT NBR 9050:2004. Acessibilidade a edificações, mobiliário, es-

paços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://
www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5B-
field_generico_imagens-filefield-description%5D_24.pdf>. Acesso em:
30/11/2016
ANGEL. Convívio Social no Trânsito. Disponível em: <https://prezi.com/
fqd2xm4g2sot/convivio-social-no-transito>. Acesso em: 12/01/2016.
BRASIL. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis
nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimen-
to às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibi-
lidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzi-
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