TCC Finalizado
TCC Finalizado
TCC Finalizado
Elaborado por:
Dayana Tavares Damasceno
Haira Correa dos Santos
Illyana Alves de Castelli
Larissa Vassalli de Souza
Lurimar Beatriz Gomes dos Santos
RIO DE JANEIRO
DEZEMBRO DE 2016
Dayana Tavares Damasceno
Haira Correa dos Santos
Illyana Alves de Castelli
Larissa Vassalli de Souza
Lurimar Beatriz Gomes dos Santos
RIO DE JANEIRO
DEZEMBRO DE 2016
FOLHA DE APROVAÇÃO
Elaborado por:
Dayana Tavares Damasceno
Haira Correa dos Santos
Illyana Alves de Castelli
Larissa Vassalli de Souza
Lurimar Beatriz G. dos Santos
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. Mestre Doutor Carlos Eduardo L. S. Norte
_________________________________________
Prof. Mestre Selena Rocha D’Almeida
_________________________________________
Prof. Mestre Raquel Staerke Calvano Gonçalves
Rio de Janeiro
Dezembro de 2016
AGRADECIMENTOS
The present work tries to understand and to problematize the existence of a relation
between a mastectomy, a low self-esteem and a sexuality of the woman with breast
cancer and the impact of the support group ADAMA (Association of the Mother) in
mastectomized women. The study of the bibliographic research, where articles were
selected referring to the theme, followed by a field survey with 15 (fifteen)
mastectomized or quadrantectomized women interviewed with age from 35 (thirty
five) years. We found instruments that consist of applying a questionnaire with seven
open questions elaborated together with active psychologists from the ADAMA
support group located in Niterói, Rio de Janeiro. Separately, conduct an interview
with the studio tattoo artist located in Leblon, Rio de Janeiro. The interview was
composed of four open questions that aim to know their performance of performance
with the areolar intradermal tattoo procedure and its possible impacts on the social
and psychological function exerted on women.
The results show that women present positive thoughts and not post-mastectomy.
Regarding the sentimental life and body after breast cancer reveals resignation and
acceptance as a form of coping. The support group plays an important role in the
psychological and emotional recovery of women, on the areolar intradermal tattooing
procedure there is influence and positive changes in the self-esteem and sexuality of
the mastectomized and quadrantectomized women.
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
2. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................13
3. OBJETIVOS...........................................................................................................13
4. HIPÓTESES...........................................................................................................14
5. METODOLOGIA....................................................................................................15
6. RESULTADOS.......................................................................................................16
6.1. DESCRIÇÃO DA AMOSTRA ...................................................................16
6.2. ANÁLISE QUANTITATIVA DAS PERGUNTAS ABERTAS......................22
6.3. ANÁLISE QUALITATIVA DAS MULHERES MASTECTOMIZADAS........28
7. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................................................33
7.1. RELAÇÃO COM A LITERATURA.............................................................34
7.2. DIFICULDADES E LIMITAÇÕES ............................................................35
8. CONCLUSÃO........................................................................................................36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................38
ANEXO I - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido....................................40
ANEXO II – Questionário Grupo de Apoio ADAM..................................................41
ANEXO III – Questionário com Roberto dos Santos.............................................42
10
1. INTRODUÇÃO
______________________
câncer, o desespero junto com a perplexidade de ser acometida por essa doença
"ruim" altamente estigmatizada onde segundo a sociedade o portador apenas pode
esperar a morte. A metodologia parte do projeto MUCAMA, com objetivo de oferecer
cuidados e suporte emocional, com um espaço calmo e agradável, onde se tenha
vontade de expressar suas experiências de vida e diária, envolvidas de sentimentos
e esclarecimentos de dúvidas referentes à doença. O estudo contou com a
participação de 15 (quinze) mulheres, com seleção aleatória e proteção de
identidade, portanto foram nomeadas por frutas. Utilizou-se de entrevista gravada
com perguntas envolvendo a reação do diagnóstico e superação entre as fases.
(CAETANO et al; 2009)
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. HIPÓTESES
5. METODOLOGIA
6. RESULTADOS
IDADE FREQUÊNCIA %
50 a 59 anos 8 53,3
60 a 69 anos 7 46,7
TOTAL 15 100
Até 5 anos 6 40
TOTAL 15 100
Demonstra-se nessa tabela que 46,7% das entrevistadas possuem até 15 anos de
cirurgia da mama e 13,3% possuem mais de 15 anos de cirurgia.
17
PROCEDIMENTO FREQUÊNCIA %
Mastectomia Total 9 60
Mastectomia 2 13,3
Quadrantectomia 1 6,7
TOTAL 15 100
TRATAMENTOS FREQUÊNCIA %
Depois da cirurgia 9 60
Antes e depois da 3 20
cirurgia
Não realizou tratamento 2 13,3
TOTAL 15 100
TIPO DE FREQUÊNCIA %
TRATAMENTO(S)
Quimioterapia e 6 40
Radioterapia
Quimioterapia, 2 13,3
Radioterapia
e Hormonioterapia
Radioterapia 2 13,3
Hormonioterapia 1 13,3
Quimioterapia 1 6,7
Quimioterapia 1 6,7
e Hormonioterapia
TOTAL 15 100
TEMPO FREQUÊNCIA %
De 0 a 5 meses 4 26,7
De 12 meses a 2 anos 3 20
De 3 a 7 anos 3 20
De 6 a 12 meses 2 13,3
TOTAL 15 100
19
CATEGORIAS FREQUÊNCIA %
Casada 7 46,7
Divorciada 3 20
Solteira 2 13,3
Viúva 2 13,3
Namorando 1 6,7
TOTAL 15 100
Observa-se que 46,7% das mulheres entrevistadas são casadas, enquanto 6,7%
estão namorando.
ATIVA 11 73,3
INATIVA 4 27,7
TOTAL 15 100
Pode-se perceber que 73,3% das mulheres entrevistadas possui vida sexual ativa,
enquanto somente 27,7% não possuem.
20
CATEGORIA FREQUÊNCIA %
TOTAL 15 100
CATEGORIA FREQUÊNCIA %
Um filho 4 26,7
TOTAL 15 100
RENDA FREQUÊNCIA %
TOTAL 15 100
Esta tabela ilustra que 33,3% das mulheres possuem renda de até R$ 1000,00 ou
mais de R$2000,00, enquanto 6,7% não possui renda.
ESCOLARIDADE FREQUÊNCIA %
Tabela 13: Distribuição de frequência das respostas sobre como foi a reação das
mulheres após o diagnóstico da doença
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Teve medo de morrer 7 46,7
Entrou em choque/Ficou 4 26,7
muito abalada
emocionalmente
Houve um impacto emocional 2 13,3
maior por não conhecer sobre
a doença
Enfrentou de forma positiva 2 13,3
TOTAL 15 100
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Apoiou/Acolheu 6 40
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
SIM 11 73,3
NÃO 4 26,7
TOTAL 15 100
A tabela ilustra que 73,3% das mulheres responderam que houve mudanças em sua
aparência pessoal, enquanto 26,7% responderam que não.
Tabela 16: Distribuição de frequência das respostas sobre o que mais incomodou na
aparência pessoal das mulheres após a cirurgia da mama
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Nada 6 40
A mudança na aparência 3 20
física causada por sintomas e
efeitos do tratamento
A perda da mama 3 20
Mudança na aparência física 2 13,3
em geral
Queda de cabelo 2 13,3
TOTAL 16 106,6
Ao observar a tabela acima, depreende-se que 40% das mulheres responderam que
nada incomodou em sua aparência pessoal após a cirurgia da mama, enquanto
13,3% responderam que a mudança na aparência física em geral, como engordar ou
emagrecer, foi o que mais incomodou e outras 13,3% responderam que a queda de
cabelo devido à quimioterapia foi o que mais incomodou na sua aparência pessoal.
24
Tabela 17: Distribuição de frequência das respostas em relação sobre como ficou a
vaidade das mulheres após a cirurgia da mama
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Sem resposta 7 46,7
Nada mudou 5 33,3
Ficou mais vaidosa/melhorou a 3 20
vaidade
TOTAL 15 100
De acordo com a tabela, constatou-se que 33,3 das mulheres não notaram mudança
na vaidade após a cirurgia, enquanto 20% responderam que após a cirurgia da
mama ficaram mais vaidosas.
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Deram apoio 10 66,7
Afastaram-se 6 40
Ficaram em choque ou 1 6,7
tristes
TOTAL 17 113,4%
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Apoiaram e cuidaram 10 66,7
Não apoiaram ou se 5 33,3
distanciaram
TOTAL 15 100
25
Tabela 20: Distribuição de frequência das respostas quanto à ajuda dos familiares
nas tarefas domesticas após a cirurgia de mama
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
SIM 7 46,7
NÃO 5 33,3
Sem resposta 3 20
TOTAL 15 100
A tabela ilustra que 46,7% das mulheres responderam que seus familiares ajudaram
nas tarefas domésticas, enquanto 33,3% não receberam ajuda.
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
SIM 10 66,7
NÃO 5 33,3
TOTAL 15 100
Tabela 22: Distribuição de frequência das respostas quanto aos pensamentos mais
frequentes após a cirurgia de mama
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Vontade de 5 33,3
viver/pensamentos positivos
Pensamentos negativos 4 26,7
Medo de morrer 3 20
Sentia-se incomodada com a 2 13,3
perda da mama
Pensou na família 2 13,3
Impactos com sintomas do 1 6,7
tratamento (medicações)
TOTAL 17 113,3
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Houve diminuição da 6 40
libido/sexualidade ficou
prejudicada
Não mudou 5 33,3
Teve ou tem receio em 3 20
relação ao sexo
Sem resposta 2 13,3
TOTAL 16 106,6
De acordo com a tabela acima, 40% das mulheres responderam que quanto a sua
sexualidade e autoestima após a cirurgia da mama, houve diminuição da libido e sua
sexualidade ficou prejudicada, enquanto 20% teve ou tem receio em relação ao
sexo.
27
Tabela 24: Distribuição de frequência das respostas sobre o que a retirada da mama
representa para as mulheres mastectomizadas
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Perda da 4 26,7
feminilidade/mudança na
aparência
Resignação/Aceitação 4 26,7
Sem resposta 4 26,7
Saúde/retirada da doença 3 20
Agressão ao 2 13,3
corpo/mutilação
Sem impactos 2 13,3
TOTAL 19 126,7
Pode-se perceber que a maioria das mulheres (26,7%) respondeu que a mama
representa perda da feminilidade e mudança na aparência, outras demonstraram
resignação e aceitação e outras 26,7% não responderam. 13,3% das mulheres
responderam que a mama representa agressão ao corpo e mutilação e outras 13,3%
não sofreram impactos com a retirada da mama.
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Sente-se bem 4 26,7
Resignação/Aceitação 4 26,7
Sem resposta 4 26,7
Sente-se incomodada com a 2 13,3
aparência/mutilada
Sente-se abalada 1 6,6
TOTAL 15 100
De acordo com a tabela, 26,7% responderam que se sentem bem em relação ao seu
corpo após o câncer de mama, outras 26,7% demonstraram resignação e aceitação
das mudanças, enquanto 6,6% responderam que se sentem abaladas com seu
corpo.
28
RESPOSTAS FREQUÊNCIA %
Sente-se apoiada no grupo 7 46,7
Gosta da troca de 7 46,7
experiências/conscientização
da doença/esclarecimentos
proporcionados pelo grupo
Sente-se bem por estar no 5 33,3
grupo
Gosta do apoio e suporte 4 26,7
fornecidos pelos psicólogos
voluntários do grupo
Sente-se acolhida no grupo 2 13,3
Identifica-se com o grupo 1 6,7
Sente esperança no amanhã 1 6,7
com o grupo
TOTAL 27 180,1
A tabela ilustra que 46,7% das mulheres responderam que se recebem apoio no
grupo, outras 46,7% falaram que gostam da troca de experiências, conscientização
da doença e esclarecimentos que o grupo proporciona, enquanto 6,7% responderam
que se identificam com o grupo ou sentem esperança no amanhã com os encontros
no grupo.
“Recebi o diagnóstico com muita tristeza né, porque quando você recebe um
diagnóstico de câncer você acha que você vai morrer amanhã, e você fica muito
abalada, mas com o passar dos dias, com o apoio que você vai recebendo você vai
vendo que há chances de cura. Eu vejo o câncer como uma estrada longa, eu gosto
sempre de falar isso, uma estrada muito longa, e as portas vão se abrindo que é o
tratamento e a gente tem que seguir o tratamento até o final.” (H.H., 53 anos).
29
Após a cirurgia, a grande maioria das mulheres relatou que teve mudança na
sua aparência pessoal, enquanto algumas disseram que após o câncer tornaram-se
mais vaidosas e se preocupam mais com a vaidade atualmente.
“Na quimioterapia fiquei sem cabelo, sem sobrancelha, sem pelo nenhum, pele
amarela, as pessoas olham pra gente com olhar meio de ignorar, e teve ate uma
amiga minha que passou por mim e não me reconheceu [...] A vaidade melhorou,
melhorou porque [...] eu não pintava meu cabelo e agora eu pinto meu cabelo, eu
faço prancha porque ele fica enroladinho [...] foi uma mudança boa...” (S.C., 52
anos).
“No início não há possibilidade de ter nenhuma relação sexual, quando pude
ter a chance foi muito constrangedor apesar de namora-lo desde nova, eu chorei
muito no primeiro dia preocupada com nossa relação e não foi diferente, a partir
desse dia não era mais a mesma relação. Por mais que ele disse-se ao contrário
não condizia com o olhar. Eu não tenho vontade de me relacionar com ninguém, e
fico constrangida quando alguém quiser ter relação sexual comigo vou ter que falar,
eu tenho muito medo ter que dizer que não tenho as mamas para alguém não quero
ser humilhada. Eu vivo muito tranquila, livre e em paz para me envolver com outra
pessoa.” (A.M., 63 anos).
alternativa que encontraram para passar por essa experiência foi aceitar o que
estava ocorrendo.
“A retirada da mama? Ah saúde, pra mim eu não poderia ficar com uma mama
doente, eu acho que foi a melhor coisa que me aconteceu, que se precisava ser
tirada [...] se Deus quiser esse ano vou botar de novo minha prótese, eu quero ter
né, a sensação de que você ta com seu corpo perfeito novamente, mas em relação
a tirada da mama foi a saúde, eu voltei a ter saúde..” (E.F., 61 anos).
“Eu senti assim como se fosse assim uma mutilação [...] é a parte do corpo que
eu sempre gostei mais [...] pra mim eu perdi minha feminilidade, por mais que as
pessoas falem ‘ah ta bonito’, mas no meu intimo eu perdi minha feminilidade.” (M.S.,
53 anos).
“Olha, eu me senti aliviada porque retirou a doença e se ela que causa tanto
transtorno na nossa vida (...) pra mim a ansiedade foi de tirar aquela parte doente e
jogar fora, ainda mais que o médico falou só vai tirar toda porque sua mama é
pequena então não tem como fazer só um corte, tem que tirar toda, é isso que iria
me deixar triste, mas eu não deixei eu digo se for pra jogar a doença fora que vá
embora né, e eu fique boa...” (S.C. 53 anos).
“É uma instituição né, que nós temos aqui em Niterói que apoia as mulheres
com câncer de mama, é legal porque como eu falei a gente não tendo conhecimento
a gente fica perdida na vida então vindo pra cá a gente vê nas companheiras, nas
amigas a esperança no amanhã. Inclusive, eu não sei se vocês tem conhecimento à
gente faz um trabalho aqui de conscientização através de paródias onde eu faço as
músicas de prevenção, a gente faz esse trabalho de passar informação através da
música...” (M.V., 55 anos).
“Ah, aqui é tudo, aqui é tudo, sempre que eu venho, pra mim é um suporte
psicológico muito grande, (...) não posso abrir mão da ADAMA, não posso mesmo,
não tem como.” (M.F., 57 anos).
31
A seguir a entrevista completa com tatuador Roberto dos Santos, 38 anos que
há 8 anos trabalha com tatuagem intradérmica areolar. A entrevista foi realizada em
seu estúdio no bairro do Leblon, RJ, no dia 5 de setembro de 2016:
“O recurso ele, até por ser um trabalho que não é tão conhecido que muita
gente ainda não conhece, quando a mídia divulga e até legal porque no início você
sente a vamos dizer: uma energia boa pela corrente das pessoas, te favorecendo né
a respeito da questão de mais apoio você não vê inclusive no INCA muitos falam pra
mim que o acesso pra ser feito o enxerto lá é complicado, demora muito e quando
isso acontece na mão de um médico acontece de despigmentar. Muitas não têm
condições financeiras pra pagar uma dermopigmentação que dura de oito meses a
um ano, foi mais dos motivos que eu entrei porque o meu não dura 8 meses nem 1
ano dura até o final da vida da pessoa e sei lá aquele lance 10\30\40 minutos pra
mim tirar uma pessoa que está a 17 anos na fila, não me dói entendeu. Então agora
eu acho que o sistema poderia ser assim, ter mais locais que não vai depender só
dos tatuadores pra fazer cada um tem uma forma de agir e de ser, eu no meu caso
''tipo assim'' me qualifiquei nessa área de fazer uma coloração com esse tom de pele
frio e quente eu parti pra dentro. Agora apoio, apoio legal tem sim de político que
vem pra querer apoiar, seu eu quisesse apoio de político eu me elegeria a um
vereador e eu mesmo me apoiaria, mas enfim a gente conquista uma graninha
32
3. E a função psicológica?
“A função psicológica delas cara, inclusive eu acho muito interessante por que
você ajuda uma pessoa, mas na tabela você ajuda toda uma família porque às
vezes ela está ali no sofá rindo ''ta'' brincando, mas por dentro ela ''ta'' chorando
porque se você notar, você quer sair e tem uma espinha no teu rosto se tiver um
cravo te incomoda, você imagina uma mulher sem aureola pra poder até namorar,
ter relação inclusive muitas se tornam amiga minha e vem me visitar , me ligam
inclusive tem muitas que já falaram assim ''Beto eu tô namorando e agora eu posso
me despir ficar à vontade , muito obrigado , meu namorado falou pra mim qual é a
original e qual não é '' e eles brincam assim que elas falam nem os caras assim as
vezes namorados entende qual a verdadeira porque fica uma coisa tão bacana. Mas
a autoestima delas aumenta graças a Deus bastante, sempre que entro em contato
com elas e sempre falam muito positivamente, que tudo está bem e as famílias
também vêm me agradecer os parentes, e eu acho muito bom, por isso não tem
como nem pensar em parar entendeu. E o câncer não tem essa de cor, raça, idade e
classe social é o rico o pobre quando pega todo mundo sabe como é a dor da coisa
ai quem já passou. Estamos aí pra ajudar”.
“Os desafios que a gente passa no dia a dia cara é tipo assim nas redes sociais
onde eu divulgo o trabalho vamos dizer na facebook, existe dificuldade de pessoas
que estão com a mente um pouco atrasada ou gananciosa , porque além de fazer o
trabalho gratuito eu sei que tem clínicas ai que cobram em torno de R$ 800,00
(oitocentos reais) a R$ 1.400,00 (um mil quatrocentos reais) cada lado e como faço
gratuito incomoda muita gente entendeu e me denunciam no facebook, eu já perdi
dois facebook por falar que era imagem de nudez e na verdade eu fui excluído por
pessoas de espírito pobre assim pessoa ruins que não pensam no próximo , que
quer o dinheiro, quer aquilo ou então não quer ver achando que eu estou me dando
bem, eu to me dando bem de repente sei lá ''papai do céu'' está gostando, cada um
tem o dom na terra e eu estou fazendo o meu entendeu. Achei e acho legal, acho
33
bacana e tenho meu cantinho aqui ajudando, já passou mais de 500 (quinhentas)
mulheres graças a Deus foram realizadas e estão felizes e eu também estou feliz
com elas. A luta não pode parar não”.
“Em relação a vida eu to muito bem, porque eu faço ate chacota disso sabe?!
Eu brinco, os amigos do meu filho brincam, que eu tenho uma casa em São Pedro
da Aldeia ai a gente vai pra praia quando volta da praia eu penduro meus peito na
corda (risos) e os meninos brincam, riem comigo, já perdi meu peito na praia e todo
mundo procurando e eu faço até brincadeira com isso (...) Minha vida mudou sim,
mudou pra melhor, que eu me desprendi de tanta coisa , sabe, muitas coisas, eu
abri mão de muitas coisas (...) eu vivo muito a minha vida, eu falo por mim.” (A.M.,
63 anos)
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
11. SILVA, Lucia Cecilia da. Câncer de mama e sofrimento psicológico: aspectos
relacionados ao feminino. 231-237p. Psicologia em Estudo, Universidade
Estadual de Maringá, abr/jun, 2008. Disponível em <
http://www.scielo.br/pdf/pe/v13n2/a05v13n2 > Acesso em 04 de março.
40
Declaro, por meio deste termo, que concordei em ser entrevistado (a) e/ou
participar da pesquisa de campo referente ao projeto/pesquisa intitulado (a): Câncer
de Mama, Autoestima e Sexualidade: Processo psicológico em busca da
recuperação da autoestima e sexualidade em mulheres mastectomizadas.
Desenvolvida (o) por: Dayana Tavares – Matricula 120500050; Haira Correa –
Matricula 120500181; Illyana Alves – Matricula 120500131; Larissa Vassalli de
Souza – Matricula 120500053; Lurimar Beatriz G. dos Santos – Matricula 12050167.
Fui informado (a), ainda, de que a pesquisa é orientada por Carlos Eduardo L. S.
Nórte, professor do Centro Universitário Celso Lisboa, a quem poderei
contatar/consultar a qualquer momento que julgar necessário através do telefone
(21) 3289-4752 ou e-mail [email protected]. Afirmo que aceitei
participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo financeiro ou
ter qualquer ônus e com a finalidade de colaborar para o sucesso da pesquisa. Fui
informado (a) dos objetivos estritamente acadêmicos do estudo, que, em linhas
gerais é entender a relação entre autoestima de mulheres mastectomizadas e
tatuagem de reconstituição areolar.
Fui também esclarecido (a) de que os usos das informações por mim oferecidas
às normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres humanos, da Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, do
Ministério da Saúde. Minha colaboração se fará de forma a cooperar na pesquisa do
trabalho a ser realizado através da fala, observação, filmagem e gravação de áudio.
Fui ainda informado (a) de que posso me retirar desse (a) estudo a qualquer
momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou
constrangimentos. Atesto recebimento de uma cópia assinada deste Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, conforme recomendações da Comissão de Ética
em Pesquisa (CONEP).
Assinatura do pesquisador
41
Nome:
Idade:
Há quanto tempo realizou a cirurgia de mama?
Mastectomia ( ) Quadrantectomia ( )
Realizou tratamento antes ou após a cirurgia?
( ) Quimioterapia ( ) Radioterapia ( ) Hormonoterapia
Por quanto tempo: QT ___________ RT _____________ HT _______________
Estado Civil:
( ) Solteira ( ) Casada ( ) Tem namorado ( ) Acompanhante ( ) Viuva
( ) Outros ________________________________
Tem vida sexual ativa? Sim ( ) Não ( )
Tem filhos: Sim ( ) Não ( )
Caso a resposta seja sim, quantos anos ele(s) tem: _________________________
Renda per capita:
R$ Até 1.000,00 ( ) Entre 1.000,00 e 2.000,00 ( ) Mais de R$ 2.000,00 ( )
Escolaridade:
( ) E. Básico ( ) E. Médio ( ) E. Superior ( ) E. Superior Incompleto
( ) Outros ( ) _______________________________
2. Questionário:
1) Como você enfrentou o diagnóstico da doença? E sua família, como enfrentou?
2) Após a cirurgia, houve mudanças em relação a sua aparência? Como ficou sua
vaidade?
3) Como sua família lidou com seu tratamento após a cirurgia de mama? Como se
comportaram? Ajudaram nas tarefas domesticas? Davam apoio emocional? Quais
pensamentos eram mais frequentes após a cirurgia de mama?
4) Quais pensamentos eram mais frequentes após a cirurgia?
5) Como ficou sua sexualidade e autoestima após a cirurgia de mama?
6) O que a retirada da mama representa para você? Como estão seus sentimentos em
relação a vida e a seu corpo, após o câncer de mama?
7) Em relação à ADAMA:
Fale-nos sobre sua experiência no grupo e os efeitos na sua autoestima.
42