Sociedades
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Sociedades
>Temos dois regimes essenciais das sociedades: civis – arts. 980 CC e ss – e as comerciais
– art. 1º CSC.
>A sociedade civil gera à volta do negócio civil.
>A sociedade comercial gira à volta das instituições.
>A sociedade comercial pressupõe a prática de actos de comércio – art. 1º/3 CSC – e a
adopção de um dos tipos – art. 1º/2 CSC.
>O código dos valores mobiliários é relevante para o estudo das sociedades anónimas
abertas, porém vai-se focar no estudo das sociedades fechadas.
>É muito importante ter noções de contabilidade.
>Uma sociedade tem os seguintes elementos: pessoal, formal, teleológico e patrimonial.
>O elemento formal está no art. 1º/2 CSC.
>O elemento formal parece estar delimitado por numa aparência de numerus clausus.
Data: 29-02-18
Matéria: Resumo dos tipos face à responsabilidade, organização e número de sócios.
Devido ao princípio da tipicidade – art. 1º/3 CSC – as sociedades que têm por
objecto praticar actos comércio têm que adoptar as formas tipificadas de sociedade
comercial; isto em razão de se tutelar a segurança jurídica – os interesses dos terceiros
que contratam com a sociedade, os interesses dos próprios sócios [especificamente os
sócios minoritários nas sociedades anónimas e na sociedade em comandita por acções] e
o interesse público [oferece tráfico jurídico mais estável e certo]. Afim disto,
prosseguimos à caracterização de cada tipo societário com base em critérios objectivos a
começar pela responsabilidade.
Na sociedade em nome coletivo, os sócios1 respondem perante a sociedade pela
sua obrigação de entrada, perante os credores da sociedade pelas obrigações desta – esta
última responsabilidade é subsidiária, isto é, os credores só podem exigir o cumprimento
aos sócios depois de esgotado o património da sociedade, e é solidária entre sócios, ou
seja, os credores podem pedir o cumprimento total de qualquer dos sócios: art. 175º/1
CSC.
Na sociedade por quotas, os sócios são solidariamente responsáveis por todas as
entradas convencionadas no contrato social, mas só o património social responde para
com os credores pelas dívidas da sociedade – art. 197º/1 e 3. Como tal, isto significa que
os sócios apenas respondem perante a sociedade – a sua responsabilidade é limitada à
quantia de capital social. Porém, isto assim o é geralmente. Excepcionalmente os sócios
deste tipo podem responder perante terceiros através de negócios jurídicos como o aval,
fiança ou algo do género de modo a garantir uma situação contratual da sociedade; por
via de estipulação contratual – art. 198º/1 – podem os sócios responderem perante
credores até determinado montante, e pode essa responsabilização ser caracterizada como
subsidiária ou como solidária – art. 198º/1 –, como essa responsabilidade pode ainda ser
predicada do facto de não haver direito de regresso em caso de ser solidária.
Na sociedade anónima, os sócios só respondem pelas suas próprias entradas e não
perante as dívidas da sociedade ou pelas obrigações assumidas pelos seus consócios.
Aliás, face à responsabilidade até se fala numa perspectiva de dupla limitação:
externamente limitada porque não respondem perante os credores da sociedade;
internamente limitada porque não respondem perante a sociedade para além da sua
obrigação de entrada.
Na sociedade em comandita simples, os sócios dividem-se em dois grupos: os que
assumem uma responsabilidade igual à dos sócios das sociedades em nome colectivo –
sócios comanditados; os que assumem uma responsabilidade apenas pela sua entrada –
sócio comanditários [art. 465º/1].
Na sociedade em comandita por acções, a responsabilidade assumida pelos sócios
é semelhante à da sociedade em comandita simples – art. 465º/1.
Agora prosseguimos à distinção atendendo à transmissão da participação social
entre vivos.
Na sociedade em nome colectivo, nos termos do art. 182º, só há transmissão com
o expresso consentimento dos restantes sócios. A razão neste regime justifica-se com o
receio da incompetência ou falta de destreza do sócio que poderia integrar a gerência.
Porém, caso este tente transmitir a sua participação social e lhe seja recusado, caso a
situação concreta verifique os requisitos do art. 185º/1/a pode exonerar-se da sociedade
recebendo pela sua parte o valor da sua participação calculada nos termos do art. 105º/2.
Na sociedade por quotas, nos termos do art. 228º/2, a cessão da quota só produz
efeitos quando for consentida pela sociedade, excepto se for cedida ao cônjuge,
ascendentes, descendentes ou a um outro sócio. Este consentimento só produz efeitos
após a verificação dos arts. 228º/3 e 242º-A. Finalizando, a regra geral está no art. 228º/3
1
Pelo art. 175º/2 também podem ser responsáveis não-sócios.
e as regras excepcionais estão no art. 229º/1, 2 e 3. Face á situação do sócio que procura
transmitir a sua quota mas é recusado, aplica-se o disposto no art. 231º/1 e o art. 231º/2/a.
Face às sociedades anónimas, a transmissão é geralmente livre, apesar de o
contrato de sociedade puder limitar – art. 328º – tal direito de transmissão de acções
nominativas. Excepcionalmente, pode a sociedade através do contrato fundador gizar, nas
situações permitidas por lei, impedir que o sócio transmita a sua participação social. Estes
casos serão resolvidos à luz do art. 329º/3.
Nas sociedades em comandita, a regra geral é a de necessidade de deliberação dos
sócios, sob pena de ineficácia da transmissão, a não ser que o contrato disponha
diversamente – art. 469º/1 – em situação de sócios comanditados; face aos sócios
comanditários, o seu regime difere em sociedades em comandita simples e comandita por
acções – nas primeiras o regime a aplicar é o das sociedades por quotas – art. 475º –,
enquanto que no segundo caso é o das sociedades anónimas – art. 478º.
Já analisámos a responsabilidade, a transmissão da participação social e agora
iremos passar para a organização2 de cada tipo societário.
Na sociedade em noma colectivo, o poder supremo sobre a sociedade pertence à
assembleia de sócios – um órgão a que todos os sócios pertencem –, que compete
deliberar sobre os assuntos determinados em lei ou contrato e tudo aquilo descriminado
no art. 189º/3. O outro órgão são os gerentes a quem cabem a administração e
representação da sociedade – art. 192º/1; regra geral os gerentes são sócios – art. 191ª/1
– porém, a título excepcional podem ser designado não-sócios para o cargo – art. 191º/2.
Na sociedade por quotas, também existe uma assembleia de sócios que tem um
conjunto mínimo de competências que não podem ser remetidas para outro órgão – art.
246º/1 – e um conjunto de competências supletivas – que só não são da assembleia de
sócios caso o contrato as transfira para outro órgão – art. 246º/2; a lei admite ainda que o
contrato acrescente outras competências ao órgão – art. 246º/1. Existe ainda uma gerência
que pode ou não ser constituída por não sócios – art. 252º/1 –, e estes são designados no
contrato ou são eleitas por deliberação dos sócios – art. 252º/2; a função deste órgão é de
administrar e representar a sociedade – art. 252º e 259º ss. Pode existir ainda um outro
órgão: o conselho fiscal. Este órgão, ou um revisor oficial de contas, pode ou não ser
obrigatório se verificar dois dos três limites do art. 262º/2. Existindo um conselho fiscal,
aplica-se os arts. 413 e ss – art. 262º/1.
Na sociedade anónima, a organização pode ser estruturada segundo três
modalidades diferentes atendendo ao art. 278º/1. Porém, em qualquer dessas modalidades
existe uma assembleia geral em que os sócios participam nela apesar de não serem
necessários todos – pode-se exigir que o sócio para participar na assembleia tenha que ter
um determinado número de acções, art. 379º/2 e art. 384º/2/a; existência de acções
preferências sem voto e o contrato afastar os seus titulares de participarem na assembleia,
art. 343º/1 e art. 379º/2. Agora face às modalidades em si: temos a doutrina monista,
presente nos arts. 278º/1/a e 390º e ss; uma doutrina dualista, a administração compete a
dois órgãos distintos, que são o conselho geral e de supervisão – art. 278º/1/c e art. 434º
ss – e o conselho de administração executivo/administrador executivo único – art. 424º e
ss; na terceira, a administração cabe ao conselho de administração – art. 278º/1/b – que
tem como parte integrante um outro órgão, a comissão de auditoria, que tem como função
2
Os órgãos sociais são centros institucionalizados de poderes funcionais com o objectivo de forma ou
exprimir a vontade juridicamente imputável à sociedade.
a fiscalização da sociedade. O conselho de administração é composto por um número de
membros fixados no contrato, que podem ser accionistas ou não, mas têm que ser pessoas
singulares – arts. 390º/1 e 3. Só nas sociedades anónimas com capital social inferior a 200
000 euros é que a administração pode ser confiada a um só administrador – art. 390º/2.
Face à composição do conselho de administração ver o art. 395º/3/a. Os administradores
podem ser designados no contrato de sociedade ou eleitos pela assembleia geral ou
constitutiva – art. 391º/1. O conselho funciona colegialmente por maioria – art. 410º, que
assim vincula a sociedade pelos negócios celebrados – art. 408º/1. O conselho de
administração pode delegar num ou mais administradores ou numa comissão executiva a
gestão corrente da sociedade – art. 407º/3 –, ficando estes com poderes de representação
da sociedade – art. 408º/2. A fiscalização é feita ou por um conselho fiscal ou fiscal único
– art. 278º/1/a e art. 413º/1/a – ou por um conselho fiscal e um revisor oficial de conta –
art. 413º/b. Face à estrutura de dualista, o conselho geral e de supervisão funciona
colegialmente por maioria – art. 445º/2 – e cabe-lhe amplas competências de fiscalização
e de supervisão da actuação da actividade da sociedade. Pode ter as suas competências
transferidas por cláusula do contrato de sociedade para a assembleia geral – arts. 441º/a e
425º/1 O outro órgão é o conselho de administração executivo que é composto por um
número livre de membros, fixado no contrato constitutivo – art. 424º/1 – mas só as
sociedades com capital social inferior a 200 000 euros poderão ter um único
administrador. A este órgão compete gerir as actividades da sociedade – art. 431º/1 – e
representá-las – art. 431º/2. A fiscalização compete a um revisor oficial e contas que é
designado pela assembleia geral, sob proposta do conselho geral e de supervisão – art.
278º/1/b e 446º. O modelo anglo-saxónico difere apenas face à comissão de auditoria, que
tem como função fiscalizar a administração da sociedade, face ao modelo monista. A
fiscalização compete à comissão de auditoria e a um revisor oficial de contas. O primeiro
é um órgão composto por três administradores do conselho de administração que são
designados pela assembleia geral, quando esta elege os administradores – art. 423º-C/1.
Nas sociedades em comanditas simples e em comandita por acções, fazemos
remissões. O regime aplicável para as sociedades em comandita simples é o das
sociedades em nome colectivo – art. 474º - e o das sociedades em comandita por acções
é o das sociedades anónimas – art. 478º. Aplicam-se a estes tudo o que não for contrariado
por normas específicas daqueles dois tipos. A única especificidade é que a gerência só
pode ser composta por sócios comanditados – art. 470º/1.
Agora distinguimos os órgãos. Temos três tipos de órgãos atendendo à sua
competência: deliberativos [aqueles que as suas decisões apenas produzem efeitos no
interior da sociedade; e.g. assembleia geral], representativos [aqueles que representam a
sociedade perante terceiros; e.g. gerência da sociedade por quotas, conselho de
administração, conselho de administração executivo da sociedade anónima] e
fiscalizadores [aqueles que fiscalizam a actividade da sociedade; conselho fiscal, a
comissão de auditoria e o revisor oficial de contas].
Finalizando, o número de sócios. O número mínimo de sócios de uma sociedade
comercial é dois – art. 7º/2; esta é a regra geral. Quanto às excepções a esta regra temos
na sociedade anónima o requisito de serem pelo menos 5 para a sua constituição – art.
273º/1 –, salvo a excepção do nº2; na sociedade comandita por acções têm que ser seis [5
comanditários e um comanditado]; na sociedade unipessoal por quotas – art. 270-A – só
tem que haver um sócio; que se vejam as demais excepções previstas no art. 488º/1 e art.
481º/1.
Data: 01-03-2018
Matéria: Princípios do Direito das sociedades.
>P. da autonomia.
>Boa fé/ tutela da confiança: princípio da primazia da materialidade subjacente.
>Princípio da igualdade
>Proibição do pacto leonino – lógica societária não combina com este pacto.
>Dever de participar na vida da sociedade – art. 20 CSC.
>Dever ou poder-dever?
>art. 24º - direitos especiais.
>Os direitos especiais devem ser considerados dentre das vicissitudes societários.
>Lembrar das golden shares no âmbito dos direitos especiais.
>Os direitos especiais são compatíveis com o princípio da igualdade.
>A relação dos direitos especiais com o princípio da igualdade tem de ser considerado no
âmbito do contexto societário.
>A sociedade anónima é uma sociedade de capitais perfeita.
>Princípio de controle sobre a economia.
>>Tutela dos sócios minoritários.
>>Poderes aos sócios minoritários para além da sua importância.
>>Não pode atribuir o mesmo poder que atribui a um sócio que tem 10%.
>Ver art. 71 e ss.
>Art. 77º e ss.
>Sociedade abertas e sociedades fechadas.
>P. do modo colectivo da sociedade.
>>Personalidade colectiva.
>>Responsabilidades.
>Capacidade das sociedades – art. 6º CSC.
>Art. 160º CC: P. da especialidade: art, 6º/1.
>Críticas ao ao art. 6º/1: reflexo conceptualista: interesse que desconsiderado o p. da
especialidade.
>O Professor fortalece este princípio distinguindo entre objecto mediato e o objecto
imediato.
>>Objecto imediato: actividade concreta da sociedade.
>>Objecto mediato: realização do lucro.
>Só o objecto mediato desrespeitado seria do p. da especialidade.
>A opinião do MC desconsidera o legislador.
>A pratica actos gratuitos pode ser compatível desde que não ofenda o fim mediato da
sociedade.
>Representação orgânica: representação dos órgãos.
Data: 01/02/18
Matéria: Princípio da tipicidade.
>O princípio da tipicidade resulta da articulação do art. 1º/2 com o 1º/3 CSC.
>O princípio da tipicidade é um limite ao princípio da autonomia.
>Nas economias continentais a norma é o princípio da tipicidade, enquanto que nas
económicas anglo-saxónicas a norma geral é o princípio da autonomia privada.
>A imperatividade obsta à fluidez de evolução.
>A organização serve como regras supletivas para diminuir os custos de transacção.
>Custos de transacção = custos de negociação
>As regras imperativas nos tipos justifica-se por interesse público.
>A estrutura organizativa serve para permitir saber quem pode representar a sociedade e
vincular-se por ela.
>O fundamento de limitação da autonomia das partes é o interesse público.
>Na Europa continental temos verificado um aumento da autonomia privada face à
tipicidade.
>Cada tipo é um mini-sistema com tensões entre diferentes sistemas.
>O Direito das sociedades é chamado a responder a preocupações e interesses que estão
entre tensão.
>Cada tipo tem um equilíbrio próprio.
>Sociedades de pessoas perfeita: sociedade em nome colectivo.
>Sociedade de capitais perfeita: sociedade anónima.
>A sociedade em comandita simples ou de acções é uma sociedade de pessoas imperfeita.
>Primeiro pilar – responsabilidade: art. 175º C&A; art. 197º LDA; art. 271º SA.
>Segundo pilar – transmissibilidade: art. 185º C&A; art. 228º LDA; art. 328º/329 SA
>Terceiro pilar – organização: 191º/193º C&A; art. 252º e ss, art. 261º LDA; art. 278º,
405 e 434º SA.
>A colectividade de sócios não funciona da mesma maneira em cada tipo.
>Os sócios têm sempre algo a dizer nas situações de mudança fundamentais.
>Aquilo que muda é em matéria de gestão: margem de administração muda em cada tipo.
>Nas sociedades anónimas – art. 373º/3 – a gestão só funciona através do pedido de
accionistas; por oposição do art. 259º podem fazer o actos que acharem necessários – na
primeira há menos confiança por isso mais limitações há produção de actos, na segunda
há mais confiança por isso menos limitações há produção de actos.
>O art. 246º/2 apresenta a norma-base da competência dos sócios: actos de gestão faz
depender da prévia deliberação dos sócios.
>O conselho de administração: tem um poder-dever de deliberação [produzir efeitos
internos] e um poder-dever de representação [produzir efeitos externos].
>Os gerentes do art. 191º/193, Cia: órgão disjunto – especial ver o art. 193º.
>Crítica ao órgão disjunto: carta branca para queimar a sociedade.
>Os gerentes do art. 261º, Lda : órgão conjunto.
>Crítica ao órgão conjunto: Se um dos gerentes está à margem da vida societária assim o
fica.
>Os órgãos do art. 278º, 410 e art. 434º são colegiais.
>As estruturas do art. 278º/1/a são todas dualistas.
>278: a, tradicional; b, alegadamente anglo-saxónico; c, modelo germânico.
>órgão disjuntivo: implica muita confiança entre sócios; órgão conjunto: implica alguma
confiança entre sócios; órgão colegial: implica pouca confiança entre sócios – assim
atendendo que cada tipo de órgão se insere dentro de uma lógica específica do tipo
societário. Nas sociedade anónimas, situações onde não há a criação de laços de confiança
entre sócios e há uma fraca ligação à sociedade [porque as acções vão e vêm, id est,
procura comprar, revender – não há apego à sociedade] justifica-se órgão colegiais, onde
a situação só se produz através de um concurso de vontades numa reunião; nas sociedades
por quotas, onde há alguma confiança e convivência e alguma relação interpessoal, o
órgão conjunto justifica-se por haver alguma confiança – embora não muita – e como tal
o órgão conjunto é o apropriado, pois apesar de haver um concurso de vontades para a
produção de uma deliberação dispensa-se o facto de haver uma reunião; na sociedade em
nome colectivo, por ter um ambiente mais “casual” – ou friendly, regional, íntimo – se
justifica um órgão disjunto, pois os sócios confiam entre si.
>ESTUDAR AFUNDO O ART. 5º DO CSC EM: CSC ANOTADO, MC, COUTINHO
DE ABREU, TESE DE DOUTORAMENTO DO DIOGO COSTA GONÇALVES.
Data: 08/03/18
Matéria: Apontamentos da tese de mestrado do Diogo Costa Gonçalves.
Data: 08-02-18
Matéria
Data: 08-02-18
Matéria:
>Data: 15-02-18
>Matéria: Entradas.
Data: 15-02-18
Matéria: Casos.
Data: 19-03-18
Matéria: Casos.
Caso 1
António e Bento são irmãos e únicos herdeiros dos negócios da família. Após a
morte do Conde de Arneiro, seu pai, os irmãos resolveram constituir três sociedades com
a património familiar das quais eram os únicos sócios e administradores:
(i) a sociedade Solar do Arneiro, Lda., que tinha por objecto a exploração de
turismo rural, à qual alocaram o solar da família em Ponte de Lima;
(ii) a sociedade VitArneiro – Exploração vinícula, SA., que se dedicava à
produção e comercialização de vinho alvarinho; e
(iii) a sociedade Arneiro e Arneiro, SNC., que se dedicava à prestação de serviços
e à consultadoria.
Não obstante a constituição das três sociedades, na prática, a vida manteve-se tal
qual era em vida do Conde Arneiro: António e Bento viviam no solar e sempre
entenderam o património das sociedades como património familiar... Tal entendimento
manifestava-se, sobretudo, na total ausência de disciplina no que diz respeito à distinção
entre a conta bancária pessoal dos sócios (muito avultada) e a conta bancária das
sociedades. Despesas sociais eram pagas pelos sócios e vice-versa. Na prática, utilizava-
se o saldo que melhor se apresentasse para o efeito, independentemente da natureza da
despesa, operação, etc.
Tal confusão não existia apenas entre sócios e sociedade mas também entre as
próprias sociedades... Por exemplo: as despesas da Solar do Arneiro, Lda. eram muitas
vezes suportadas pelo exercício da VitArneiro, SA.
1 – Qual a responsabilidade de A e B pelas obrigações sociais de cada uma da
sociedade?
Na sociedade por quotas – a sociedade Solar do Arneiro Limitada – a
responsabilidade de António e de Bento pelo art. 197º/1 presume-se limitada à
concretização das entradas; ou seja, só têm que responder pelas entradas e assim só
puderam os credores satisfazer-se pelo capital social.
Na sociedade anónima – a sociedade VitArneiro – a responsabilização de António
e Bento está regulado no art. 271º que limite a responsabilidade destes ao valor nominal
das acções subscritas.
Na sociedade em nome colectivo, a responsabilidade é, pelo art. 175º/1, solidária
entre sócios e subsidiária face à sociedade.
2 – A sociedade Arneiro e Arneiro, SNC presta habitualmente serviços de
consultadoria agronómica, de acordo com o seu objecto social. Os seus sócios,
porém, deliberam adquirir um lote de construção no Algarve onde pensam edificar
um aldeamento turístico para revenda. Quid juris?
Não seria aconselhável a sociedade de responsabilidade ilimitada tomar uma
deliberação violadora do contrato social, pois esta seria anulável pelo art. 58º/1/a CSC; a
deliberação anulável seria prejudicada deste vício, iria, porém, ser válida perante
terceiros.
3 – O negócio do vinho alvarinho está a correr bastante bem aos irmãos Arneiro,
que sonham agora em lançar-se na exportação. Para o efeito, a VitArneiro, SA.
necessita de contrair um financiamento bancário o que exige a constituição de uma
hipoteca. Todo o património imobiliário (incluindo os hectares de vinha) é
propriedade da Solar Arneiro, Lda.. Para além disso, António necessita de um
financiamento pessoal que exige igualmente a constituição de uma garantia real.
Em Assembleia Geral, a sociedade Solar Arneiro, Lda. deliberou, nos termos do art.
246.º/2 c), constituir as hipotecas voluntárias necessárias à garantia do cumprimento
das obrigações a assumir pela VitArneiro, SA. e por António. O notário, porém
recusa-se a lavrar a escritura porque entende que se violou o disposto no art. 6.º do
CSC. Quid juris?
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4 – Uma conhecida publicação da área do turismo e lazer fez uma reportagem sobre
o Solar do Arneiro. A reportagem em causa era bastante desfavorável ao
empreendimento e divulgava dados incorrectos, alguns deles completamente falsos...
A sociedade Solar Arneiro, Lda. moveu uma acção contra a referida publicação
pedindo a condenação da mesma no pagamento de indemnização por violação do
direito ao bom nome e à imagem, incluindo danos não patrimoniais. A e B, moveram
igualmente uma acção contra a publicação, pedindo uma indemnização por violação
dos seus direitos de personalidade. Quid juris?
Pode a sociedade Arneiro mover uma acção de condenação tendo como
fundamento o direito ao bem nome e à imagem a título de danos não patrimoniais? Não,
mas pode fazê-lo a título de danos patrimoniais, isto é, uma vez que a ofensa ao bom
nome comercial se acaba por projectar num dano patrimonial causado pelo afastamento
da clientela e na consequente frustração das vendas: a indemnização tem de correr por
danos patrimoniais por haver um dano patrimonial indirecto.
A base legal para a resposta acima é o art. 484º tanto para o direito à imagem como
o direito ao bom nome: faz-se uma interpretação extensiva tendo em conta os preceitos
constitucionais seguintes: art. 18º/1 e art. 26º/1 CRP.
É aceitável que os sócios, como pessoais naturais, e suscetíveis de sentimentos
possam elas sim, também, impugnar os publicadores por uma publicação lesiva de suas
honras também pelo art. 484º.
5 – Os credores da Solar Arneiro, Lda. estão com enormes dificuldades em obter a
satisfação dos seus créditos. António e Bento refugiam-se na autonomia patrimonial
da sociedade para não pagar. Poderão os credores da sociedade ter esperança em
que o vasto património dos sócios seja chamado a satisfazer as dívidas sociais?
Não. A sociedade Solar Arneiro é uma sociedade por quotas que também são
denominadas por sociedades de responsabilidade limitada – art. 197º/1; significa isto que
regra geral a responsabilidade dos sócios está limitada ao cumprimento das entradas.
Porém, é regra excepcional a que está exposta no art. 198º/1 e que estende a
responsabilidade dos sócios à satisfação dos credores da sociedade até determinado
montante. Portanto, somente SE for estipulado no contrato social que os sócios
respondem até determinado montante é que os credores podem recorrer ao património
dos sócios.
CASO 2
Alberto, Bernarda, Carlos, Diana e Edmundo decidiram juntar esforços e
património, para desenvolverem uma ideia de negócio gerada à mesa do café Aires, em
muitas tardes solarengas que só o Mondego sabe proporcionar.
A ideia estava, de facto, próxima da genialidade: Alberto era um cozinheiro de
mão cheia, e propunha-se a confeccionar os seus famosos carapaus à espanhola em doses
industriais; Bernarda entrava com uma patente de que era titular, relativa a um novo
processo de produção e conservação de escabeche em tomate e cebola, de valor
“claramente superior a €20.000,00”; Carlos entrava com um pavilhão industrial, avaliado
em € 30.000; Diana e Edmundo eram os amigos capitalistas: cada um entraria com €
20.000 em dinheiro. Estavam lançados os dados para a constituição de uma sociedade
anónima!
Depois de uns problemas com o notário, decidiram que Alberto, afinal, entrava
com um equipamento industrial de cozinha e embalagem, que comprara para o seu
restaurante, por € 25.000, e que estava por estrear, mas para manterem o equilíbrio,
decidiram que cada um dos sócios ficaria com uma quota de € 20.000.
O notário parece não gostar de Alberto e levantou novamente algumas questões
jurídicas. Alberto lá aceitou entrar com € 10.000 em dinheiro.
Convencionaram os sócios que Alberto apenas entregaria € 1.000 no momento da
celebração do contrato, já que tinha que vender o equipamento de cozinha e embalagem
para obter liquidez. Os restantes € 9.000 entregá-los-ia quando pudesse. Carlos também
pretendia contribuir com o pavilhão industrial apenas no próximo ano, para se ir
habituando à ideia.
No mês seguinte ao da constituição, a sociedade adquiriu a Diana e Edmundo um
camião frigorífico em segunda mão por € 40.000. Segundo os boatos, no entanto, teria
sido possível comprar um camião comparável apenas por € 15.000.
1 – Quais terão sido os problemas suscitados pelo notário em relação à primeira ideia
destes cinco empreendedores?
Terá sido o facto de Alberto fazer uma entrada em indústria – neste caso com o
seu know-how – para a constituição de uma sociedade anónima; as sociedades anónimas
não admitem entradas em indústria: art. 277º/1.
>entradas em indústria: serviço não-subordinada.
>>capital tem uma dupla função: é uma forma de financiamento da sociedade; garantia
dos credores [ver como funciona].
>>Admite-se as entradas em indústria nas sociedades em nome colectivo, pois aí a
responsabilidade é ilimitada.
>entradas em espécie: toda a entrada que não seja em dinheiro.
>entrada em dinheiro: entrada em dinheiro-em-si.
2 – Quais terão sido os problemas suscitados pelo notário quanto à reinvestida dos cinco
amigos?
O problema suscitado pelo notário à reinvestida dos cinco amigos seria o facto de
ter de ser respeitado o comando legal de as entradas em espécie – caso de Alberto –
terem de ser avaliadas por um revisor oficial de contas – art. 28º/1 – o qual não foi feito.
3 – Que questões jurídicas devem ser analisadas a propósito das entradas estipuladas pelos
cinco sócios? E em relação ao negócio celebrado entre a sociedade e Diana e Edmundo?
Primeiro problema: terá sido o facto de – supostamente – Bernarda realiza uma
entrada em espécie auto-avaliada: não pode acontecer. As entradas em espécie estão
sujeitas à avaliação por um revisor oficial de contas por relatório: presume-se que não
tenha havido: art. 28º/1.
Segundo problema: a entrada de Alberto – 10k x 1k – não pode diferir em menos
do que 30% pelo disposto no art. 277º/3, o que difere, pois este entra inicialmente
apenas com 1k que é 10% do total da sua entrada.
Terceiro problema: a entrada de Carlos não é possível de ser feita após a
celebração do contrato constitutivo da sociedade pois é uma entrada espécie e só as
entradas em dinheiro são susceptíveis de serem diferidas: pelo art. 26º/1
Quarto problema: A situação de aquisição de bens a accionistas [procura-se evitar
as quase-entradas: situações em que o sócio vende o bem à sociedade para mais tarde a
sociedade o vender a baixo do preço do mercado ou abaixo do seu valor real: ENTRADA
DISSIMULADA]:
Art. 28º/1 Avaliação pelo ROC.
Art. 29º/1: aprovação prévia pela assembleia geral.
1. É um sócio fundador.
2. O valor do contravalor/preço é mais do que 10% do capital social
(50k).
3. Ocorreu dentro dos dois anos seguintes.
Como pressuponho que não houve deliberação da assembleia geral, então pelo
art. 29º/5 a aquisição seria ineficaz.
Data: 20-03-18
Matéria: Casos.
Data: 22-03-18
Matéria: …
Data: 27-03-18
Matéria: conceitos dos livros.
Pedro Maia
>Participação social: conjunto unitário dos direitos e obrigações actuais e potenciais do
sócio.
>Quando o fim não é conveniente ao fim da sociedade este é nulo: art. 294º CC.
Data: 03-04-18
Matéria: Corporate Governance
>governo das sociedades: sistema
>movimento de corporate governance: conglomerado de dogmáticas (direito, psicologia,
economia, etc) que estudam e fazem contributos para o entendimento das sociedades.
>Ver o The Post; Mark Felt.
>Este interesse de estudo surgiu com o watergate.
>Modelos de governo: usa-se tipicamente para a sociedades anónimas.
>Quando discutimos sistemas de governo discutimos a estrutura organizativa [como se
estruturam entre si o órgãos]
>O que é um órgão social
>A posição que tomamos sobre pessoa colectiva
>A pessoa colectiva não é mais do que um regime jurídico através do qual se determina…
>centros de imputação: estruturas de organização humana.
>Todas as sociedades têm uma colectividade de sócios.
>órgão de fiscalização global: toda a sociedade-em-si.
>órgão de fiscalização contabilística: meramente as contas da sociedade.
>Todos os modelos são dualistas.
>o que mais diferencia os modelos são os poderes de órgão de fiscalização [quanto mais
poderes tem este, menos têm os sócios] e as relações de poder que se têm
>A informação é essencial para a formação do equilíbrio entre os sócios.
>Centralidade da administração: é o órgão da administração; é ele que manda, é o
primeiro fiscalizador e o primeiro responsável pelos problemas da sociedade.
´>A administração é uma situação passiva: TÊM que administrar, não têm poder PARA
NÂO administrar; é uma situação jurídica complexa, indeterminada; delimita-se pela
bitola de diligência normativa; obrigação de bitola normativa indeterminada (VER MC
obrigações): bitola do gestor criterioso e ordenado; estão obrigados a administrar
critérios; ver. Art. 405 CSC. Os poderes de gestão são os poderes para decidir; é o poder
de vincular a sociedade perante terceiros.
>Art. 64º: MAIOR BORRADA de 2006: confunde cuidado com diligência.
>dar muito importância a este artigo.
>Ver o artigo do professor Ferreira Gomes de 2006 na OA.
>09-04-18: 17-18
Data:03-04-18
Matéria: caso 2
>O dinheiro vale o valor facial/valor nominal.
>Os sócios deliberam o valor do bem e o ROC certifica o valor do bem.
>O processo no art. 28º é muito importante.
>a coisa vale o que o mercado dita que vale.
>valor norminal: o valor facial que os sócios determinarme no contrato.
>valor real: aquilo que o mercado determinar.
>O Relatório do ROC é uma parte do procedimento,
>O revisor oficial de contas: é o profissional perito contabilista registado na ordem dos
revisores oficias de contas e também na CMVM que desempenha a função de salvaguarda
dos interesses públicos. Não faz parte da sociedade. Nas SA há sempre um ROC mas esse
ROC é diferente do ROC profissional. Este senhor vai certificar
>uma deliberação dos sócios que designe o ROC.
>O ROC repara um relatório.
>O relatório deve ser posto à disposição dos membros da sociedade.
>E tem 15 dias antes de dar aos sócios o relatório para os sócios deliberarem.
>O relatório do ROC no quadro de celebramento para se definir a vontade dos sócios face
à assembleia geral estarem esclarecidos sobre o valor de mercados daqueles bens e assim
decidirem.
>Seria nula a violação do procedimento IMPOSTO no art. 28º pelos termos do art. 294º
[contrato de sociedade] ou pelo art. 56º/1/d [aumento de capital].
>Alberto violou o art. 25º/1: situação de ter todas uma quota de 20.000, mas Alberto entra
com 10.000.
>Os bens espécies não podem ser diferidos, pois o valor de mercado difere consoante o
momento da compleitude da entrada.
>A regra do art. 277º/1: 1º o capital social visa a protecção dos credores e sustentar a
socidade [é indferente de quem são os bens tem é que haver na sociedade bens para salvar
os credores]; é importante que os sócios sintam a dor do dinheiro a sair dos seus bolsos.
>Entrada de Bernarda que não foi avaliada.
>Entrada do Carlos não foi avaliada também e a situação de não podia ser difererida
(entrada em espécie).
O que é o ágio: quando a sociedade cobre mais pelo valor da particiapação ???
>Quando se constitui a sociedade ela não vale nada.
>se os sócios cumpre as suas entradas a sociedade vale aquilo que els lá colocam.
>Quem financia a sociedades são os três FFFs: Family, Fool and Friends.
>Quando os sócios meterem dinheiro na sociedade metem 50.000 (cada acçção vale um
euro); a sociedade vale a sua capacidade de rendimento. eu invisto um euro para ter um
determinado rendimento. A sociedade vende a acção a 5 euros (apesar do valor nominal
ser 1 euro) para financiar a sociedade. Desses 5 euros, um euro para a o capital social da
sociedade, os 4 euros são o prémio de emissão/ágio.
>O ágio é a diferença entre o valor de mercado e o valor nominal.
Data: 05-04-18
Matéria:
>Administradores = mandatários.
>Procurador de algum modo é um gestor.
>O mandato é o paradigma dos contratos de gestão.
>Características dos administradores: contratual (laivos mandatários),
>O mandatário gere bens alheios por conta de outrem = administrador gere a sociedade
por conta dos sócios.
>Dever de ser um bom gestor.
>Critério de diligência.
>Construções analíticas entre: nomeação [pela assembleia geral] ou colocação [contrato
de emprego].
>Factor juslaboral: lavorum autonum : contrato de trabalho autónomo; por norma no
nosso direito o trabalho é subordinado a alguém; aqui a falta de subordinação é no sentido
de não haver subordinação jurídica, apesar de haver subordinação económica.
>os administradores são trabalhadores numa sociedade? Eles não estão ao lado dos
trabalhadores, mas também não os capitalistas: eles são os gestores.
>Os administradores de empresas públicas estão subjugados a outro regime: DL 71/2017.
>A sociedade pode destituir livremente os administradores.
>O administrador subsiste numa lógica de poder.
>Cariz societário, privado, autónomo, que não desconsidera as várias formas possíveis
para aceder à forma jurídica de administrador. [cariz do administrador]
>O dever dos administradores face aos vários stakeholders.
>Art. 72º CSC: está moldado em termos obrigacionais e não em termos económicos.
>Art. 72º: lógica de business judgement rules.
>Art. 191 SNC; Art. 252 SpQ;art. 391 e ss. SA
>Art. 257º;art. 403º; art. 430º ---> DESTITUIÇÃo
>Art. 403º: princípio da livre da ; consequência no número 5.
>art. 257º/7.
>O que significa isto de justa causa no art. 403º/5?O conceito laboral de justa causa é
mais protector; o conceito civilista que tem expressão no regime da agência. O conceito
que se aplica aqui: a doutrina maioritária apontam para um conceito juslaboralista. O
Professor prefere o conceito civilista.
>Faz sentido a sanção do art. 403º/5? O MC diz que esta limitação é inconstitucional, não
deveria ser pautada por quaisquer critérios; devia-se fundar nos termos gerais. princípio
de livre destitubilidade: para JG faz sentido a limitação.
Data: 05-04-2018
Matéria: resolver os caso.
>É normal que o património fique abaixo do capital social; não é pode isto acontecer por
causa da distribuições de bens dos sócios.
>O art. 28º não prescreve apenas a avaliação do ROC: é apenas um dos passos e não o
todo.
>No contrato de sociedade assumem a sua entrada nesse ponto temporal (celebração do
contrato).
>Se o 29 está subordinado ao art. 28º então vale apenas aplica ao artigo às SpQ. Também
há o argumento de como no art. 29º//1, o capital social pode ser inferior a 50k (logo
também aplicável às SpQ, pois só as SA estabelecem como mínimo de capital social de
50k)
>o diferimento QUANDO PUDER é nula, pois o 203º/1 estebele um DETERMINADO
MOMENTO (DATAS CERTAS), NÃO PODE SER "QUANDO PUDER". DATAS
CERTAS
>nas anónimas NÃO PODER HAVER PROMESSA DE ENTRADA, mas aqui na SpQ
é diferente a valoração e isso é permitido.
>Era preciso 5 accionistas por serem uma SA.
>Aplicação analógica ver Prof. Olavo Cunha.
>Estamos discutir o financiamento das sociedades: com capitais próprios e capitais
alheios.
>Temos um aumento de capital. O que é um aumento de captial?
>Quem é que tem competência? oponibilidade interna e oponibilidade externa?
>Entradas admitidas?
>Sofreu o art. 87º, o art. 89. Por causa do programa capitalizar.
>Ver o regime do art. 27º a sua articulação com o art. 28º. Como se joga o art. 27 com o
art. 28? Ver muito bem a diferença entre prestações acessórias e prestações
suplementares? perceberem de onde vem e para onde vai?
>Ver o que são suprimentos? Qual é a história? qual é a ratio? quais o bens jurídicos
protegidos?
>nº1 e nº3 do art. 2017
Data: 09-04-18
Matéria: Feitura do caso.
Data: 10-04-18
Matéria: -
26/2 - 202
26/3 – 203
Duas modalidades de diferimento; uma consome a outra. A modalidade de 5 anos
consome até ao primeiro exercício económico.
O valor de 5k é insuficiente, é uma ilusão: fica prejudicada a solvabilidade da
sociedade.
>Apesar de se permitir com um capital de social de 1 euro: o regime vem permitir uma
situação tola: permissão de diferir a totalidade do capital (e.g. capital social de 1
milhão de euros): isto cria uma perspectiva aos terceiros que o dinheiro de entrou
quando não entrou. Este sistema pode criar um sistema de frustração dos credores.
Porém, nas SpQ lembrando a solidariedade de entradas o credor pode reclamar …. Bla
blka 197/1 é melhor do que um euro.
>exercício económico é o período de um ano, tipicamente coincide com o ano civil,
mas normalmente não é assim: findo o qual a administração presta conta aos sócios,
qual o ponto em que a sociedade se encontra. O art. 202 em desenvolvimento do art.
26/2: os bens que os sócios entram….depois de fechar as contas vai convocar a
assembleia geral vão aprovar as contas, aprovaºção das contas pela gerência, e depois
de serem aprovadas vão para a conservatória. Eu quero é que as contas fiquem
bonitinhas; o legislador dá preferência em que as contas fiquem bonitinhas a que os
bens estejam efectivamente lá. Seria preferível de diferimento com uma limitação
percentual.
Num caso de quid iuris é preciso delimitar logo de início +e pre
Conversão de créditos em capital / conversão de dívida em capital.
Tem que ser dois terços dos accionistas presentes.
Os s´pocios não metme novos bens na sociedades; no fundo fala-se em reforma
contabilista
Novas entradas: altera positiva
Reservas: só há ukma mudança qualitativa.,
Conversão do crédito em capital:
456 é uma norma especial.
>Sócio X: tme um crédito de 100 euros sobre a sociedade.
>A sociedade tem uma dívida de 100 euros-
>O sócio transmite este crédito para a esfera.
>Cria-se uma situação de confusão.
>O crédito transmitido vale menos do que “vale”, pois há risco de não ser pago.
>Há uma taxa de desconto: valor que renumero o risco do investimento.
>Os juros revelam a probabilidade de não se pagar.
>Quanto maior juro, maior a possibilidade de não pagamento.
>Então é 100 menos a taxa de desconto (juro do meu receio).
>Quando se transmitem créditos é preciso descontar.
>A Avaliação da taxa do desconto faz-se em função de vários critérios: e.g. falta de
liquidez, etc.
>Quanto maior for as dificuldades no âmbito, menor vai ser o valor dos créditos.
>É necessariamente em espécie e ter que ir para o art. 28 ROC e depois aprovada pelos
sócios, isto sempre atendendo ao facto que de 100 pode ir para 80.
>Em valor contabilísticos, extingue-se o crédito, mas o bem que entra só vale 80.
Data: 12-04-2018
3
“a declaração de insolvência de um devedor pode ser requerida por quem for legalmente responsável
pelas suas dívidas, por qualquer credor, ainda que condicional e qualquer que seja a natureza do seu
crédito, ou ainda pelo Ministério Público, em representação das entidades cujos interesses lhe estão
legalmente confiados…”.
Matéria: Resolver e corrigir o caso.
Data: 17-04-2018
Matéria: Fusão.
>Art. 97º
>As fusões podem ser entre diferentes tipos.
>Estas situações podem trazer dificuldades jurídicas.
>Imagine-se uma SnQ absorve uma SpQ: os sócios da SpQ passam a estar sujeitos ao
regime das SnC.
>Uma SA absorve uma SpQ: caso do sócio da SpQ tem um direito especial: como resolve
esta situação face à fusão? Há situações sem equivalentes entre regimes.
>Os obstáculos à fusão podem ser outros: situações dos credores serem contra a
diminuição dos seus créditos através das fusões.
>Ter atenção à diferença entre as figuras de sociedade absorvente e a sociedade absorvida.
>Em que termos podem os credores obstar á fusão?
>Tudo isto pela modalidade de fusão por incorporação – art. 97º/4/a.
>Outra modalidade é a da alínea b.
>O processo de absorvação podia ser feito por outro método: extinção da sociedade A,
liquidação dessa mesma e integração da liquidação no aumento de capital da sociedade
B. Porém isto seria uma imbecilidade, pois este procedimento é demasiado COMPLEXO
e MOROSO. O benefício da fusão é de ser ÁGIL.
>A fusão por concentração….outra modalidade.
>A fusão é uma figura autónoma face à extinção.
>Ver art. 112º: face à situação do registo.
>O contrato de fusão é um contrato de vida.
>Dizem alguns autores que a sociedade fundida vive no seio da sociedade absorvente.
>Tem sido discutida a aplicabilidade do art. 112º.
>É necessária a comunicação dessa transmissão nos termos do regime do arrendamento.
>A cisão: art. 118º.
>A cisão é a operação inversa da fusão.
>a) cisão de destaque ou simples.
>b) cisão de dissolução.
>c) cisão-fusão.
>Art. 118º/2: o tipo não resulta como obstáculo.
>Art. 130: transformação.
>Uma SA passar a ser SpQ.
>Questão da sociedade Unipessoal por Quotas é diferente da SpQ: o Professor pensa que
não.
>Fusão: concentração empresarial: mergers and acquisitions.
>Quando pensamos em fusão pensamos num processo de concentração:
>Ver art. 97/2: fusão de sociedades dissolvidas: estão vivas juridicamente para se
fundirem.
>Art. 97º/3: ver.
>Ver. Art. 97º/5.
>Ver art. 98º: processo de fusão.
>Ver art. 99º
Data: 17-04-18
Matéria: parágrafo sobre as prestações suplementares.
>As prestações suplementares são capitais próprios, mas podem ser restituídas? Como é?
>O art. 213º diz que só pode haver reembolso dos créditos se a situação líquida não fique
inferior à soma do capital…
>A obrigação suplementar é uma obrigação sobre condição, pois só se concretiza sobre
condição.
>Prestações acessórias:
>Prestações suplementares: posso reavê-las; adveio da revolução industrial: sociedades
de navegação, mineias: meio industrial: caminhos de ferro: é preciso vários parceiros que
distribuam as partes para os caminhos de ferro.
>Art. 103º/1: ???
>art. 103º/2: sanção por incumprimento.
>Art. 198/1
>103/2/b: art. 24º: direitos especiais.
>Pode haver direitos especiais que não tenham tradução no tipo que absorve.
>Art. 97º/5: direito especial não é traduzível e em vez disso dão-lhe dinheiro.
>Art. 103º/2/c:
>Art. 103: situações que podem paralisar a fusão.
>oposição dos credores da sociedades: 101-A
>registo de fusão 111: registo da fusão
>O registo da sociedade: é um registo constitutivo das fusões.
>art. 112º: efeitos do registo.
>Art. 114: os membros dos órgãos de administração são responsáveis!!!!!!!
>Art. 115º:
>Art. 105º: quando se podem os sócios exonerar.
>Quanto aos credores: estes não participam na dinâmica da sociedade.
>Art. 101: consulta de documentos: importante para a lógica do disclosure.
>Art. 101-A:oposição com base no registo.
>art. 101-B: efeitos dessa oposição.
>art. 101-C: regime próprio dos obrigacionistas.
>Art. 101-D: título que não sejam que sejam dados direitos especiais: obrigaºões
convertidas como acções, como warrants.
>Art. 113: condição suspensiva.
>Art. 116º: regime próprio.
>Não se confunde com o regme do art. 490.
>O art. 490 pode ser um pressuposto para o art. 116º.
Caso 4
A sociedade por quotas Princesa do Vouga, Lda. (PV), foi constituída em 2005,
com uma duração de 10 anos e capital social de € 100.000. O objecto social foi indicado
pelos sócios, na celebração do contrato, da seguinte forma: «A concepção e construção
do metro de superfície do rio Vouga, entre Pessegueiro do Vouga e Couto de Esteves,
passando pela casa da avó do Aires».
Factos:
1. Sociedade por quotas: art. 175º e ss.
2. Constituída em 2005.
3. Duração de 10 anos.
4. Capital social e 100.000 euros.
5. Objecto social de edificação de um metro.
Na cláusula 10.º do contrato foi estabelecido que «todos os resultados obtidos
pela sociedade serão levados a reservas, durante a duração da sociedade».
Factos:
1. Todos os activos serão passados para a reserva.
Em relação ao exercício de 2015 foram apurados € 50.000 de resultados
positivos. No entanto, transitaram do exercício anterior resultados negativos de €
30.000.
Factos:
1. Em 2015: 50k em activos e 30k de activos de 2014.
Em fevereiro de 2016, o sócio Ribeiro, titular de uma quota correspondente a 3%
do capital social da PV, requereu informações sobre as contas dos últimos 5 exercícios,
com vista ao melhor conhecimento da situação financeira da sociedade.
Factos:
1. 2016: Ribeiro – quota correspondente a 3% do capital social – requer
informações.
Durante a assembleia geral anual de março de 2016, Ribeiro voltou à carga e
solicitou ao Presidente da AG que fossem prestadas informações a todos os sócios
sobre os «ordenados escandalosos dos gerentes». Esta informação não lhe foi
prestada.
Factos:
1. Em 2016: Ribeiro pede informações.
2. É lhe recusado o pedido.
Ribeiro, furioso, pediu de novo a palavra e exigiu que lhe fossem explicados,
como se de um bebé se tratasse, os detalhes técnicos do novo vagão de transporte, que
segundo a administração «iria revolucionar o tráfego no Vouga». O sócio Constantino
esfregou as mãos com aquele alarido: também é acionista e administrador da Duquesa do
Lordelo, S.A., que explora o sofisticado Trem de Grande Rapidez e Velocidade do
Lordelo, e dá-lhe jeito conhecer os avanços técnicos da PV.
Factos:
1. Ribeiro pede detalhes técnicos.
2. Constantino quer saber os detalhes técnicos por o beneficiar.
1 – Pronuncie-se sobre a legalidade da cláusula 10.º do contrato da PV. Poderia uma
cláusula deste tipo ser introduzida nos estatutos através de alteração ao contrato?
Esta cláusula poderia ser inserida nos estados através da alteração do contrato nos
termos do art. 246º/1/h em conjugação com o art. 85º/1. Em específico temos a permissão
normativa do art. 217º/1 que permite que por cláusula contratual sejam diferidos os lucros
distribuíveis para mais do que 50%. Porém, temos aqui uma pressão normativa
proveniente da parte geral do código das sociedades comerciais: o sócio tem direito a
quinhoar nos lucros – art. 21º/a – e não pode ter este direito excluído pela proibição do
pacto leonino – art. 22º/3.
Optar pela sua legalidade: Porém, como estamos perante uma sociedade com uma
duração determinada – art. 15º/1 –, não há aqui verdadeiramente uma exclusão dos sócios
a participar nos lucros, mas sim uma suspensão desse mesmo direito até ao termo.
Optar pela sua ilegalidade: estamos perante um pacto leonino – art. 22º/3 – e como
tal a deliberação que optou por estar alteração do contrato seria nula nos termos do art.
56º/1/d, por violação de preceitos legais inderrogáveis.
2 – Caso todos os sócios concordassem em alterar a cláusula 10.ª, haveria lucros a
distribuir, em 2016, depois de apurados os resultados do exercício de 2015? A
resposta seria a mesma se, durante o ano de 2016, a gerência verificasse que a
locomotora adquirida pela PV, avaliada em € 500.000, se perdera definitivamente
num acidente, e que este dano não estava coberto por qualquer seguro?
Tendo em conta que a sociedade em causa teria uma duração determinada de 10
anos – art. 15º/1 – haveriam lucros a distribuir em 2016, atendendo à devida dissolução
da sociedade – art. 141º/1/a – haveria uma consequentemente uma liquidação da
sociedade – arts. 147º e 148º.
3 – Analise as questões que se colocam quanto ao direito à informação.
Como as relações entre as três ficaram degradadas depois deste incidente, Ermelinda
não ficou surpreendida quando recebeu uma carta de Benedita, sugerindo que outro
estabelecimento da sociedade fosse dado em garantia, para obtenção de um
financiamento de apoio à tesouraria. Ermelinda achou que não tinha nada que responder,
mas começou a ficar enervada quando recebeu outra carta, através da qual lhe era pedido
que decidisse sobre aquele tema. Ermelinda acha que se nada responder, nada a pode
afetar. Terá razão?
3. A gota de água foi o último negócio celebrado entre a Só Pequenas, Lda. e Daniela.
Tratava-se da compra de um pavilhão industrial, pela sociedade a Daniela, por um preço
manifestamente superior ao seu valor de mercado. O tema foi levado a deliberação dos
sócios: Daniela e Benedita votaram a favor, mas Ermelinda votou contra, achando
escandaloso não só os termos do negócio, como também o facto de Daniela votar nesta
deliberação. Ermelinda acha que (i) a deliberação não pode ser válida; (ii) o negócio
não pode ser válido; e que (iii) pelo menos Daniela deve indemnizar a sociedade
pelos danos a esta causados com esta trapalhada. Terá razão?
4. A questão colocar-se-ia de forma diferente se o objeto da deliberação fosse a
distribuição aos sócios de reservas legais?
Art. 296º+218+56º/1/d
Data: 03/05/2018
Matéria: aulas suplementares.
>O lucro é distribuível? Dois testes: o art. 33º e art. 32º [teste do balanço].
>Situação líquida da sociedade = capitais próprias = activo – passivo.
>Teste do artigo 32: SL (SITUAÇÃO LÍQUIDA) > CS (CAPITAIS SOCIAIS) + R
(RESERVAS)
>Pelo 33º chegámos à noção de lucro distribuível: chegámos através das contas: vê-se
isso a 31 de Dezembro.
>Sem a verificação do art. 32º não há activação do art. 33º.
>Prejuízo: diferença entre proveitos e custos.
>Direito à informação: está expresso no art. 21º/c; recorrer ao art. 214º e ss, para a
sociedade por quotas.
>Várias diferenças este os tipos de informação: o que as distingue é a natureza da
informação: pública, reservada e secreta.
>O que faz restringir o direito de informação nas sociedades anónimas? Razões
operacionais; presume-se que são grandes sociedades e que liberar esse direito faria com
que os órgãos devidos fossem bloqueados por a quantidade de pedidos.
>Informação pública: a qualquer interessado através do registo comercial: publicações
obrigatórias: meios públicos de informação: internet: sítio do ministério de justiça ou no
sítio das sociedades [as sociedades quotada em bolsa por causa do Código dos Valores
Mobiliários tem que ter certas informações]; e também do registo comercial: emissão de
certidões de certas informações.
>Informação reservada: é aquela reservada aos sócios.
>>A diferença entre o 214º e o art. 288º: este tem um limite: nem todos os sócios têm
acesso.
>Informação qualificada: reporta-se à gestão da sociedade (art. 214º/1) ou aos assuntos
sociais (art. 291º/2).
>Informação secreta: não pode ser concedida por envolver sigilo profissional. E.g. art.
291º/4/c.
>A informação pode ser prestada:
>>fora da assembleia:
>>informação preparatória da assembleia: aquela que antecede a assembleia: ordem de
trabalhos, quando, como, onde e etc; a informação é instrumental é direito de exercício
de direito de voto e de todas as pretensões do sócio.
>>informação na assembleia geral: aqui só se dá informação sobre o que se está deliberar:
só se discute o que está na ordem de trabalhos: art. 290º/1.
>responder em concreto à pergunta 3:
>>as contas de uma sociedade é PÚBLICA: está na internet. Não é preciso pedir à
sociedades. Isto na SA.
>>O que são montantes globais? – art. 288º -
>Acesso à informação global: o sócio só tem acesso a um rácio: saber se o dinheiro pago
aos administradores é óptimo para gerirem a sociedades.
>Say on pay: ter algo a dizer sobre como o dinheiro é gasto.
>É um caso que permite perceber a realização da luta de poder do BES.
>Número 1 de 2018 da RDS: nota de actualidade sobre a directiva sobre os direitos dos
accionistas.
>Artigo do Professor António Rolo: Direitos dos accionistas.
>Para a sociedades quotadas: art. 21º/c do códigos dos valores mobiliários.
>A informação sobre as renumerações:
>>na assembleia: 214 vs 288º.
>tudo o que se passa na sociedade está reflectido nas contas.
>Art. 255: a renumeração
>art. 399: renumeração ????
>provocações:
>>Informações nos grupos: sócio A, B e C: são sócios de uma sociedade: são criadas
filhas: o sócio A quer informações sobre a sociedade filha. Quid juris? Todos os
escândalos foram situações de grupos. Será que os sócios têm direito à informação sobre
a sociedade filha? LER ENGRÁCIA ANTUNES SOBRE ISTO.
>>Há um sócio que vem pedir informações sócios, mas nos termos art. 291/4/a.
>Art. 54º/1: art. 59º/1, acção de anulação: 30 dias…
>Deliberação:
>>Manifestação da vontade colectiva: órgão: actividade do sócio (sócio em modo
colectivo)
>>É uma vontade que é imputada ao órgão e em segundo lugar à sociedade.
>A imputação de vontade: a vontade é um elemento psicológica: ninguém imputa a
vontade, mas sim os efeitos jurídicos da vontade: a lei só imputa efeitos jurídicos que
decorrem de uma determinada realização de vontade.
>Deliberação social vs deliberação dos sócios: negócio jurídico em sentido de
pluralidade; negócio jurídico deliberativo: a estrutura do negócio: temos uma proposta
(pense-se na ordem do dia; convocatória > reunião > proposta > debate > votação > acta
> aprovação da acta): eu posso votar contra, mas se votar vencido os efeitos jurídicos
iram à mesma reproduzir-se.
>deliberação: em assembleia e fora de assembleia [que modalidades existem? O que é o
processo de deliberação? Que bens jurídicos estão aqui protegidos? Como funciona fora
e dentro de assembleia?]
DATA: 08/05/18
MATÉRIA: DELIBERAÇÕES SOCIAIS.
Anulabilidade pelo art. 58º/2/c e número 4 que remete para o art. 377º/8.
Temos deliberações: em assembleia geral [convocada e universal] e fora da
assembleia [deliberação unânime por escrito e deliberação por voto escrito].
Isto é uma questão de unanimidade quanto ao objecto da deliberação?
Os bens jurídicos são postos em causa numa assembleia universal: importa que os
sócios estejam todos presentes; tem que haver unanimidade quanto ao objecto da
deliberação; o primeiro essencial é ver se o órgão se realmente constitui (em
termos de validade de constituição – na lógica do art. 54.º).
Ver no google de assembleia de deliberação por escrito.
Se o órgão não se constitui, não delibera; é preciso serem observadas determinadas
formalidades.
A Ermelinda andou com evasivas e, portanto, o órgão só se constitui quando for
formalmente delimitada a ordem de trabalhos. É preciso haver consentimento na
formação da ordem de trabalhos para que o órgão se possa constituir.
É preciso que haja esse consentimento, pois é preciso por norma que haja
informação – haja um estado de predicação de se estar informado – para que se
delibere. O sócio quer, por norma, deliberar estando informado. É preciso que haja
esse consentimento.
Art. 56º/1/a vs art. 58º/1/a: Naquele só se aplica quando os sócios não estão todos
presentes, neste ?????? confuso ignorar (?) [está presente: está em condições de
impugnar a deliberação; se não está presente: ele nem sabe o que se deliberou e
por isso não está em condições de impugnar].
Art. 59º/1/a: prazo.
Art. 60: legitimidade.
Era da competência dos sócios: art. 246.º/2 na deliberação. Isto não tem paralelo
nas sociedades anónimas.
Acta: qual a função da desta? VER MC e CA; ver isto; é super importante.
Discutir isto numa acepção patológica. Ver o processo-em-si conforme em termos
de vicissitudes. VER TAMBÉM A ÓPTICA PROCESSUAIS.
2)
A lei atribui valor negocial ao silêncio – 218º.
3)
Conflito de interesses – deliberações e a posição de um sócio.
Posição do sócio não em posição ativa, mas sim passiva.
Que dever tem o sócio?
Em termos procedimentais- questão do impedimento;
261º; 58º/1/b): esta disposição trata do objeto da deliberação – questões substantivas.
O que são vantagens especiais.
251º - impedimento de voto. O que é conflito de interesses? Concretizações são taxativas
ou não? Consequências do impedimento. Quem tem de declarar o impedimento? Como
funciona? Em AG quem toma a palavra e diz que a pessoa está impedida?
Distinção entre validade de voto e validade da deliberação.
O sócio está sujeito a dever de lealdade para com a sociedade? em que se concretiza;
consequências da violação desse dever.
Artigo: “conflito de interesses entre acionistas” – academia.edu.
Tese de doutoramento de David Festas.
Cessão de quotas –
3.
X tem 51% da sociedade A e tem 100% da sociedade B. E depois há outros sócios que
em conjunto têm 49% da sociedade A. Supondo que sociedade A compra um bem à
sociedade B. Se vai comprar, devia comprar ao preço de mercado, supondo que o bem
vale 1 milhão no mercado. A sociedade paga 2 milhões. Significa que pagou a mais 1
milhão de euros. Este milhão de euros é o prejuízo da sociedade A e o prejuízo da
sociedade B.
Deste prejuízo de 1 milhão, o X suporta o risco correspondente a 51% - perde 510,000€.
Os outros que têm 49% perdem 490,000€. É a proporção que eles têm naquilo que a
sociedade está a perder. Ninguém vai reclamar. Eles têm uma participação na sociedade,
se a sociedade vale menos significa que as participações deles também valem menos.
Se a sociedade A perdeu 1 milhão e a sociedade B ganhou 1 milhão, quem perdeu? Se a
sociedade B ganhou 1 milhão e X tem 100% da sociedade B, significa que o milhão que
a sociedade B ganhou vai para o bolso do X. Então o X tem um milhão menos 510,000€.
Fez um lucro de 490,000€. No fundo está-se a dizer que houve riqueza que passou do
bolso dos sócios minoritários para o bolso do controlador, do sócio maioritário.
Neste contexto, temos uma vantagem especial para X. O que teria que se demonstrar?
Qual o valor de mercado para saber quanto é que efetivamente foi o valor da operação,
para saber se a operação foi mais ou menos que o valor de mercado e saber se daí resulta
um prejuízo para a sociedade ou para os outros sócios. Isto pode ser mais difícil de provar
em tribunal do que a questão procedimental.
Exemplo: casos em que se está a discutir a aquisição de um bem cotado no mercado, p.e.
petróleo. Já toda a gente ouviu nas notícias que o preço da gasolina vai subir porque o
preço do barril de petróleo aumentou. Há uma cotação oficial a cada dia, sabemos a
quanto é que o petróleo está a ser transacionado. Se se falar em qualquer mercadoria
transacionada no mercado internacional sabem qual a cotação a cada dia na praça. Agora
supondo que é um imóvel. Consegue-se saber se há um valor de mercado ou não? Para
comprar uma casa não há nada melhor do que o mercado falar. Consegue-se saber tudo
sobre o preço por m2, por número de quartos, zona onde está a casa e média de preços
pelas quais estão a ser vendidas, o valor de mercado. Mas e se for um prédio rústico
perdido nos confins de Trás-os-Montes. Torna-se mais difícil saber qual o valor de
mercado. Ou então uma obra de arte, não se sabe qual o valor de mercado. É um mercado
pouco líquido, são bens únicos. É difícil saber o valor.
Conflitos de deveres entre accionistas - JFG
Isto para dizer que a apreciação dos critérios para a aplicação da alínea b) vão ser na
prática mais difíceis que a alínea b). O que não quer dizer que não se deva explorar
essa via, mas tem mais dificuldade prática. A via procedimental é mais fácil por
norma.
A Daniela estava impedida de votar nos termos do art.251º. Esta norma tem duas
partes: uma primeira parte que é uma cláusula geral, que é depois concretizada em
diferentes alíneas. Pergunta: se houver um caso que não cabe em nenhuma das alíneas
pode caber na cláusula geral? Sim. A cláusula geral diz que há um impedimento de voto
quando há um conflito de interesses. O que é um conflito de interesses?
Prof. Raúl Ventura: há interesses contrapostos ou conflito de interesses quando a
prossecução de um implica necessariamente um prejuízo para outro. Pergunta:
quando é que consideramos que a prossecução de um interesse significa um prejuízo para
outrem? Exemplo: deliberação de consentimento para a cessão de quotas.
Sócio A de uma SPQ quer transmitir a sua quota; precisa de consentimento da sociedade
– art.228º. Quem presta consentimento em nome da sociedade? São os sócios em
deliberação – 230º/2 + 246º/1, b).
O sócio que quer transmitir pode votar nessa deliberação dos sócios? Maioria da doutrina
– diz que o sócio pode votar na cessão. Razão: olhar para o art.251º. Todas as alíneas do
art.251º traduzem negócios ou relações entre o sócio e a sociedade. Todos os casos aí
previstos são de relações estabelecidas entre o sócio e a sociedade. E no quadro de uma
relação entre o sócio e a sociedade há um conflito de interesses. Numa transmissão de
quotas, é uma relação entre quem e quem? Entre um sócio e um adquirente. Não é com a
sociedade, não é tida e nem achada. E por causa disto a maioria da doutrina diz que no
consentimento para a cessão de quotas não há impedimento do sócio cedente.
E também pode votar para ser gerente, a doutrina é praticamente unânime. Se assim não
fosse, o sócio maioritário não poderia designar a administração que quer. Não faria
qualquer sentido. Há uma relação estabelecida entre aquele sujeito que é simultaneamente
sócio e passará a ser gerente.
Deliberação da própria exclusão – sócio não pode votar. Aí está em causa apreciar se o
sócio atuou bem ou mal, e o próprio sócio não está em condições de fazer essa avaliação.
Direito especial: resulta dos estatutos da sociedade; na vantagem especial estamos a dizer
que há uma vantagem conferida por uma deliberação àquele sócio; não é pelos estatutos,
resulta da deliberação. E por isso é uma deliberação que é contra as regras que resultam
dos estatutos e da lei. As vantagens especiais se forem concedidas a um não sócio
continuamos a ter a mesma questão – no fundo é perceber se está a haver um prejuízo da
sociedade através daquela deliberação
Data: 17/05/18
Matéria:
>Questão procedimental: negócio consigo mesmo: era gerente da sociedade: estava na
qualidade de gerente da sociedade e de representante da outra sociedade. Negócio consigo
mesmo. Casos em que o procurador: negoceia consigo si mesmo.
Art. 280: contrário aos bons costumes: face á venda abaixo do valor de mercado.
Vaz Serra: Objecto de obrigação
Deontologia societária: gerente que vendeu á sua prima o pricincipal imóvel por metade
do preço.
Introdução à discussão: sócio viola o dever de sociedade
Normas [primárias] de conduta [227, boa fé] e normas [normas secundárias: casos em
que aquele caso não é compatível com o sistema] de validade [405º, 280, 281, 294]
Eventual responsabilização da Daniela: identificar um dever de lealdade do sócio.
Matérias fora da capacidade da sociedade.
Art. 56/1/c: fora do âmbito do órgão: inteligibilidade pela competência do órgão.
Data: 21/05/2018
Matéria: preparação para o teste.
Data: 22/05/18
Matéria: Caso 5, Casos seguintes.
>Ver administradores.
>Enquadramento dos status dos administradores.
>Art. 64º/a
>3 perguntas!!!!!!!!!!!
>Art. 20.º: obrigação de entrada [regime das entradas nos tipos: SNQ 178 e 179, SPQ 202
a 208, SA 277, 285, 286]
>Art. 21.º [o direito aos lucros é um direito abstracto: traduz uma expectativa, que se
concretizará: com a apresentação das contas, das quais resulte um lucro distribuível; com
a aprovação dessas contas; com a aprovação de uma proposta de distribuição de
resultados].
>art. 6.º: actos que extravasam o objecto social [art. 280/1 e 294: nulidade];
responsabilidades dos representantes orgânicos [art. 483 ou 798].
>Art. 64.º
>Art. 78: responsabilidade aquiliana.
>Art. 72.º e 73.º
>80.º e 78.º
Actos estranhos à capacidade societária contrários ao fim lucrativo são nulos (art.
294.º), e a deliberação que a originou é também nula nos termos do art. 56º/1/d
[art. 411º/1/c face às administrações].
Eficácia dos actos realizados por órgãos representativos: art. 192.º, 260.º. 409.º/1.
Actos que violam os números 1 a 3 do artigo 6.º activam o artigo 56.º/1/d.
Tal responsabilidade, prevista no art. 72.º, n.º 1, do CSC, é uma responsabilidade
contratual e subjectiva, que pressupõe a verificação dos pressupostos da
responsabilidade civil: facto, ilícito, culpa, dano (danos emergentes e lucros
cessantes) e nexo de causalidade.
Ao dever de lealdade costuma ser associado a obrigação de não concorrência, de
não se aproveitar em benefício próprio eventuais oportunidades de negócio, de
não actuação em conflito de interesses com a sociedade protegida.
Business judgement rule: [art. 72/2] desenvolveram a diigência adequada para
obter a informação necessária; estavam isentos de conflitos de interesse; a sua
conduta se harmonizou com critérios racionais de gestão empresarial.
Data: 30/05/18