Apostila Refrigeração e Ar Condicionado 2010
Apostila Refrigeração e Ar Condicionado 2010
Apostila Refrigeração e Ar Condicionado 2010
Refrigeração e
Ar Condicionado
SUMÁRIO
SUMÁRIO ............................................................................................................................................2
1. APLICAÇÕES DE REFRIGERAÇÃO: .......................................................................................5
1.1 Atuação do engenheiro ..........................................................................................................5
1.2 Aplicações da Refrigeração e Ar Condicionado ...................................................................5
1.3 Noções Básicas......................................................................................................................5
2 PSICROMETRIA : .......................................................................................................................8
2.1 CARTA PSICROMETRICA: ...............................................................................................8
2.2 LINHA DE SATURAÇÃO:..................................................................................................8
2.3 UMIDADE RELATIVA: ......................................................................................................8
2.4 UMIDADE ABSOLUTA OU ESPECÍFICA: ......................................................................9
2.5 ENTALPIA: ........................................................................................................................10
2.6 VOLUME ESPECÍFICO: ...................................................................................................10
2.7 TEMPERATURA DO BULBO ÚMIDO : .........................................................................10
2.8 FATOR DE CALOR SENSÍVEL: ......................................................................................11
2.9 PROCESSOS: .....................................................................................................................11
3 ISOLAMENTO TÉRMICO: .......................................................................................................15
3.1 Propriedades ........................................................................................................................15
3.2 Isolantes Comerciais ...........................................................................................................15
3.3 Cálculo da Espessura do Isolamento ...................................................................................15
3.4 Isolamento de Equipamentos e Canalizações: ....................................................................16
3.5 Espessura Econômica de Isolamento ..................................................................................17
4 CARGA TÉRMICA: ...................................................................................................................18
Carga Térmica de Refrigeração: (Sistemas de Refrigeração - Câmaras Frigoríficas ) ..................18
Condicionamento de Ar ..................................................................................................................19
Carga térmica de Aquecimentos: ....................................................................................................19
4.1 Carga térmica pelo fechamento opaco ................................................................................20
4.2 Carga de condução pelo fechamento transparente (vidro) ..................................................20
4.3 Carga devido a irradiação solar pelo vidro: ........................................................................20
4.4 Carga térmica devido à pessoas: .........................................................................................20
4.5 Carga térmica devido a iluminação: ....................................................................................20
4.6 Carga térmica devido aos equipamentos .............................................................................21
4.7 Carga devido ao ar exterior: ................................................................................................21
4.8 Carga térmica devido ao produto: .......................................................................................21
5 REFRIGERAÇÃO: .....................................................................................................................45
5.1 Refrigerante: ........................................................................................................................45
5.2 Funcionamento : ..................................................................................................................45
5.3 Propriedades dos Refrigerantes: ..........................................................................................46
5.4 Ciclo Básico e Diagrama Pressão x Entalpia: ....................................................................46
5.5 Parâmetros Mais Importantes:.............................................................................................47
5.6 Cíclos frigoríficos com trocadores de calor: ......................................................................49
5.7 Ciclo Real de Compressão a Vapor: ...................................................................................50
5.8 Exemplos de sistemas frigoríficos.......................................................................................50
6 COMPRESSORES: .....................................................................................................................63
6.1 Tipos de compressores: .......................................................................................................63
6.2 Compressores Alternativos: ................................................................................................63
6.3 Compressores Rotativos ou de Palheta: ..............................................................................67
3
1. APLICAÇÕES DE REFRIGERAÇÃO:
• Mudança de Estado:
Fusão Evaporação
Sólido Líquido Gasoso
Solidificaçã Liquefação
Sublimação
6
• Curva De Saturação
Ponto Crítico
Líquido
Vapor
Mistura
Líquido +Vapor
P1
1o Bolha Última
Gota
• Título: É a fração de vapor na mistura líquida + vapor.
• Vazão: Vazão mássica: é a vazão em massa na unidade de tempo. Ex.: kg/s
Vazão volumétrica: é a vazão em volume na unidade de tempo. Ex.: m3/s
• Arrefecimento Diminuição da temperatura até a temperatura ambiente.
• Resfriamento Diminuição da temperatura até antes da temperatura de
congelamento.
• Congelamento Diminuição da temperatura até abaixo da temperatura de
congelamento.
• Tonelada de Refrigeração (TR) Quantidade de calor necessário para transformar uma
tonelada de gelo a 0 ºC em água a 0 ºC.
• Densidade e Volume Específico: A densidade de um Fluido é a massa que ocupa uma
unidade de volume. O volume específico é o volume ocupado pela unidade de massa.
• Lei dos Gases Perfeitos: pv=RT P = Pressão absoluta (Pa)
v = Volume específico (m3/Kg)
R = Constante do gás = 287 J/Kg.K para o ar e 462 J/Kg.K para a água
T = Temperatura Absoluta
• Mistura de Gases:
o Em uma mistura de gases, desde que não haja afinidade química entre os
componentes, cada gás segue a própria equação de estado físico, independente da
presença dos demais.
o A pressão total de uma mistura de gases é igual a soma das pressões parciais de seus
componentes.
o Em uma mistura de gases, a soma tanto dos pesos como dos volumes de seus
componentes é igual, respectivamente, ao peso e ao volume da mistura.
7
1 TR = 3.024 kcal
1TR = 12.000 BTU
1TR = 3.516 kW
8
2 PSICROMETRIA :
Psicrometria é o estudo das misturas de ar e vapor de água. O ar ambiente é uma mistura
mecânica de gases e vapor de água, resultando daí a importância da psicrometria. Em alguns
processos a água deve ser removida do ar, e em outros adicionada.
P
r
e
s
s
ã
o
d
e
Linha de
Vapor
v
a K
saturação p
o P
r
d
a
e
á
A g
u
a
B
Temperatura, 0c
P. V
m=
R.T
h = c . T + Wh (kJ / kg)
p g
Ra . T R .T
v= = a (m 3 / kg )
Pa Pt − Ps
Quando o Ar não
saturado entra em contato
com a água, esta evaporará
no Ar a uma taxa proporcional à diferença de pressão entre a pressão de vapor da água, e a pressão
do vapor do vapor de água no Ar. Por isso, quando um termômetro de bulbo úmido é movimentado
no Ar, a água evaporará do feltro refrigerando assim a água remanescente no mesmo e o bulbo do
termômetro, a alguma temperatura abaixo da temperatura do bulbo seco do Ar.
11
2.8 FATOR DE CALOR SENSÍVEL:
O Fator de Calor Sensível é a relação entre o calor sensível e o calor total do processo.
Obtém-se a linha do fator sensível traçando uma linha paralela a linha FCS.
2.9 PROCESSOS:
Os processos com ar úmido podem ser representados graficamente em uma carta
Psicrométrica, onde podem ser facilmente interpretadas. Da mesma forma a carta pode ser utilizada
na determinação da variação de propriedades tais como temperatura, umidade absoluta e entalpia
que ocorre em processos, os processos mais comuns são:
H A
B
H
G C
O
D
F
E
OC - Aquecimento Sensível: Pode ser obtido com a passagem do ar através de uma serpentina
quente, resistências elétricas aletadas, serpentina de ar condicionado funcionando em ciclo reverso,
estufas, etc.
m1 +m2
T
Um dos processos Psicrométricos mais freqüentemente encontrado, é a mistura de duas ou
mais correntes de Ar com condições iniciais diferentes, em tais casos, a condição da mistura
resultante é prontamente determinada através do uso de uma simples comparação massa energia.
Por exemplo na figura abaixo é mostrada a mistura de m1 kg/s de Ar no estado 1 com m2
kg/s de Ar no estado 2.
A mistura resultante encontra - se no estado 3, mostrado na carta Psicromértrica abaixo.
Aplicando-se as equações de conservação de energia e de massa m1h1 + m2h2 = (m1 + m2 ) h3 mostra
que a entalpia é a média ponderada das entalpias que se misturam. Para as demais propriedades
segue a mesma regra da conservação de massa do qual se obtém:
m1w1 + m2 w2 = (m1 + m2 ) w3
m1T1 + m2T2 = (m1 + m2 ) T3
13
14
EXERCÍCIOS
1) Determine a umidade absoluta de ar com 60% de umidade relativa e uma temperatura de 300C,
para uma pressão barométrica padrão de 101,3 kpa.
2) Determine o ponto sobre a linha isoentálpica de 95 kJ/kg correspondente a uma temperatura de
500C.
3) Qual é o volume específico de uma mistura ar-vapor de água cuja temperatura é de 24 oC e a
umidade relativa de 20%, à pressão barométrica padrão?
4) Uma amostra de ar apresenta uma temperatura de bulbo seco de 300C e uma temperatura de
bulbo úmido de 250C. A pressão barométrica é de 101 kpa. Usando as tabelas de vapor e as
Equações determine: (a) a umidade absoluta se o ar é saturado adiabaticamente, (b) a entalpia do
ar se este é adiabaticamente saturado; (c) a umidade absoluta da amostra e (d) a umidade
relativa. Resp.: (a) 0,0201 kg/kg, (b) 76,2 kJ/kg, (c) 0,0180 kg/kg; (d) 67%.
5) Em um sistema de ar condicionado uma corrente de ar externo é misturada a outra de ar de
retorno à pressão atmosférica de 101 kPa. A vazão de ar externo é de 2kg/s e suas temperaturas
de bulbo seco e de bulbo úmido são iguais a 35 oC e 25 oC. O ar de retorno, a 24 0C e 50% de
umidade relativa, apresenta uma vazão de 3kg/s. Determine (a) a entalpia da mistura, (b) a
umidade absoluta da mistura, (c) a temperatura de bulbo seco da mistura. Resp.(a) 59,lkJ/kg; (b)
0,01198 kg/kg; (~ 28,60C ).
6) Um ar à temperatura TBS = 2 oC e umidade relativa de 60% é aquecido através da passagem em
uma bobina para TBS = 350C (Acréscimo de calor sensível). Achar: para TBS = 350C, a
temperatura TBU e a umidade relativa, bem como a quantidade de calor adicionada ao ar por kg
de ar fluente.
7) Um ar à temperatura TBS = 280C e UR = 50% é resfriado até a temperatura TBS= 12oC e TBU=
11 oC.
Achar:
(a) o calor total removido;
(b) a umidade total removida;
(c) a razão de calor sensível no processo
8) Num ambiente Condicionado, o ar deve permanecer a 26 o C e a Umidade relativa a 45 %.
Determinar a temperatura que o ar deixa o evaporador, supondo-se que seja saturado.
9) Em uma instalação de ar condicionado temos a seguintes condições:
Internas: TBS= 25,5 oC e umidade relativa = 50 %
Externas TBS= 34 oC e TBU= 27,2 oC
A percentagem do ar exterior é 20% do total. Quais as temperatura TBS e TBU da mistura?
10) As condições do ar exterior são: TBS 340C e umidade relativa 65%. . As condições a serem
mantidas no recinto são TBS = 260C e umidade. relativa 45%. Se a vazão de ar é de 125 m3,
queremos saber a umidade que precisa ser eliminada dos equipamentos de refrigeração e a
capacidade deste equipamento.
11) Uma sala tem um ganho de calor sensível de 3,6 kw e um ganho de calor latente de 1,2 kw. Ache
o fator de calor sensível.
15
3 ISOLAMENTO TÉRMICO:
3.1 Propriedades
∆T 1 l
Rt = = ≅ i
Q KS k i S
ki k
Donde: li ≅ ∆T = i
Q K
S
Q
Adota-se como orientação definir valores de = K∆T , que classifica-se de acordo com a
S
qualidade de isolamento:
Visando evitar a condensação superficial a temperatura externa da parede não deve ser
inferior a temperatura de orvalho do ambiente.
Conhecendo-se a temperatura a isolar e a temperatura do ambiente,
pode-se equacionar o problema como segue:
k k
l i = i (To − T ) ≅ i (Ta − T )
Q/s Q
S
Ta − Te 1
Ta • Te R1 =
• Q 2πR 2 Lα c
T
• Te − T
R2 1 R
= ln 2
αε Q 2πLk i R1
Ki
Q Q
= = α e (Ta − Te )
S 2π R2 L
T
Estes valores obedecem com aproximação a equação prática: R 2 − R1 = 10 −
4 , 3
(
2,3 + 3 Dmm )
4 CARGA TÉRMICA:
Carga térmica é a quantidade de calor que deve ser retirada ou fornecida a um local ou sistema,
na unidade de tempo, objetivando a manutenção de determinadas condições térmicas.
• Condução ou penetração
• Infiltração de ar
• Produto
• Iluminação
• Motores e equipamentos
• Pessoas
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Condicionamento de Ar
• Insolação
• Condução
• Pessoas
• Infiltração de Ar
• Renovação de ar
• Iluminação
• Equipamento
Qp2 - O calor vital que resulta do metabolismo dos vegetais, onde consomem O2 e produzem CO2 e
vapor de água é encontrado em tabelas (Tab. 4).
Tabela D.3 - Transmitância, capacidade térmica e atraso térmico para algumas paredes.
Parede Descrição U [W/(m2.K)] CT ϕ [horas]
[kJ/(m2.K)]
continua
26
Tabela D.3 - Transmitância, capacidade térmica e atraso térmico para algumas paredes.
Parede Descrição U [W/(m2.K)] CT ϕ [horas]
[kJ/(m2.K)]
Parede de tijolos maciços,
assentados na maior dimensão
Dimens. tijolo: 10,0x6,0x22,0 cm
Espessura arg. de assent.: 1,0 cm 2,25 445 6,8
Espessura arg. de emboço: 2,5 cm
Espessura total da parede: 27,0 cm
Tabela D.4 - Transmitância, capacidade térmica e atraso térmico para algumas coberturas
Cobertura Descrição U [W/(m2.K)] CT ϕ
[kJ/(m2.K)] [horas]
Cobertura de telha de barro sem
forro 4,55 18 0,3
Espessura da telha: 1,0 cm
Cobertura de telha de fibro-cimento
sem forro 4,60 11 0,2
Espessura da telha: 0,7 cm
Cobertura de telha de barro com
forro de madeira 2,00 32 1,3
Espessura da telha: 1,0 cm
Espessura da madeira: 1,0 cm
Cobertura de telha de fibro-cimento
com forro de madeira 2,00 25 1,3
Espessura da telha: 0,7 cm
Espessura da madeira: 1,0 cm
Cobertura de telha de barro com
forro de concreto 2,24 84 2,6
Espessura da telha: 1,0 cm
Espessura do concreto: 3,0 cm
Cobertura de telha de fibro-cimento
com forro de concreto 2,25 77 2,6
Espessura da telha: 0,7 cm
Espessura do concreto: 3,0 cm
Cobertura de telha de barro com
forro de laje mista
Espessura da telha: 1,0 cm 1,92 113 3,6
Espessura da laje: 12,0 cm
Rt(laje) = 0,0900 (m2.K/W)
CT(laje) = 95 kJ/(m2.K)
Cobertura de telha de fibro-cimento
com forro de laje mista
Espessura da telha: 0,7 cm 1,93 106 3,6
Espessura da laje: 12,0 cm
Rt(laje) = 0,0900 (m2.K/W)
CT(laje) = 95 kJ/(m2.K)
Cobertura de telha de barro com
laje de concreto de 20 cm 1,84 458 8,0
Espessura da telha: 1,0 cm
2) Deve-se atentar que, apesar da semelhança entre a transmitância térmica da cobertura com telhas de barro e aquela com telhas de
fibrocimento, o desempenho térmico proporcionado por estas duas coberturas é significativamente diferente pois as telhas de barro são
porosas e permitem a absorção de água (de chuva ou de condensação). Este fenômeno contribui para a redução do fluxo de calor para o
interior da edificação, pois parte deste calor será dissipado no aquecimento e evaporação da água contida nos poros da telha. Desta
forma, sugere-se a utilização de telhas de barro em seu estado natural, ou seja, isentas de quaisquer tratamentos que impeçam a
absorção de água.
------------------------------------------------------------
30
31
32
33
34
35
36
37
38
-20
-20
42
43
44
45
5 REFRIGERAÇÃO:
Definição: É a transferência de calor de um lugar onde não é desejado para um lugar onde não
sofre objeções.
Refrigeração mecânica por meio de vapores: Consiste na alimentação contínua de líquido
frigorígeno, o qual por vaporização retira calor do meio a refrigerar.
5.1 Refrigerante:
Na prática um refrigerante é um fluido que absorve calor evaporando-se a baixa temperatura e
pressão e cede calor condensando-se a uma alta temperatura e pressão.
♦ A ciência da refrigeração baseia-se no fato de que um líquido pode vaporizar a qualquer
temperatura que se deseje, alternando-se a pressão que sobre ele se exerce.
0
A água ferve a pressão atmosférica: 101,325 kPa → à 100 C
0
7,3874kPa → 40 C
0
0,872kPa → 5C
0
200 kPa → 120 C
♦ Os líquidos que fervem a temperaturas baixas constituem o meio mais conveniente para remover
calor.
♦ Quando líquidos são evaporados, são absorvidas grandes quantidades de calor.
♦ Muitos líquidos utilizados como refrigerantes fervem a temperaturas inferiores à -20 0C as
condições de pressão atmosférica. Ex.:
Cloreto de Metíla: - 23,8 0C
Refrigerante 12: - 29,8 0C
Amônia: - 33,3 0C
♦ refrigeração
Refrigerante 22: - 40,8 0C
♦ Cantil - é o sistema de refrigeração mais elementar
que existe.
♦ Similarmente temos um sistema de, quando
permitimos que um líquido refrigerante (sob pressão)
saia de um recipiente e se vaporiza dentro de uma
serpentina.
Este seria um Sistema Ineficiente e impraticável,
apenas tem o objetivo de mostrar de maneira simples de
refrigeração.
Válvula
5.2 Funcionamento :
O refrigerante deve ser fornecido a um evaporador ou serpentina no estado líquido porque só
a evaporação pode absorver grande quantidade de calor. O refrigerante na forma de vapor deverá ser
reduzido a líquido antes de ser utilizado de novo.
Assim deve-se condensar o vapor de refrigerante, transferindo-se para qualquer outro meio
(água ou ar) o calor Latente fornecido pelo vapor durante a condensação. No caso a água ou ar
devem estar a temperatura inferior à temperatura de condensação do refrigerante. Como as
temperaturas de condensação e vaporização são as mesmas e geralmente baixas, deve-se então
aumentar a sua pressão de modo tal que sua temperatura de condensação seja superior a temperatura
da água ou ar disponível. Para este fim há a necessidade de um compressor
46
Processos Termodinâmicos:
1-2→Compressão isoentrópica
2-3→De 2 a X: resfriamento isobárico, de X a 3: condensação isobárica e isotérmica
3-4→ Expansão adiabática ou isoentalpica
4-1→Evaporação isobárica e isotérmica.
RC = h3 - h2
E= h1 - h4
48
♦ Coeficiente de eficácia ou Coeficiente de performance (Coeficient of Performance): É
a razão entre o efeito de refrigeração e o trabalho de compressão.
h1 − h4
COP =
h2 − h1
P.R. = h −h
2 1
[ Kw Kw]
h −h
1 4
Vazão de refrigerante:
• capacidade de refrigeracao C
m= = (Kg/s)
efeito de refrigeracao ( h1 − h4) E
•
V = m .v (m3 / s)
Capacidade de refrigeração:
•
C = m .E (kW)
P=W.m
49
Este sistema é utilizado em situações onde o vapor aspirado pelo compressor deve ser
superaquecido para garantir que o líquido não entre no compressor. Outra vantagem do sistema é o
sub-resfriamento do líquido vindo do condensador com a finalidade de evitar a formação de bolhas
de vapor no refrigerante que poderá trazer problemas na passagem pelo dispositivo de expansão.
50
5.7 Ciclo Real de Compressão a Vapor:
Na verdade o Ciclo Real apresenta algumas ineficiências com relação ao ciclo padrão. As
principais diferenças encontradas neste ciclo estão nas perdas de carga no evaporador e
condensador, no sub-resfriamento do líquido que deixa o condensador e no superaquecimento do
vapor na aspiração do compressor.
Câmara Frigorífica
51
Frezer
Refrigerador Doméstico
Refrigerador Comercial
52
Exercícios:
2) Faça um diagrama esquemático de um ciclo padrão de compressão a vapor operando com refrigerante
22, para uma temperatura de evaporação de -50C e uma condensação de 300C, e calcule (a) o
trabalho do compressor, (b) o efeito de refrigeração, (c) o calor rejeitado no condensador, todos em
kJ/kg e (d) o coeficiente de eficácia.
3) Um sistema frigorífico, operando com refrigerante 22, deve apresentar uma capacidade de
refrigeração de 80 kW. O ciclo é o padrão de compressão a vapor, com temperatura de evaporação
de -80C e de condensação de 420C.
(a) Determine a vazão em volume de refrigerante em metros cúbicos por segundo referida à aspiração
do compressor.
(b) Calcule a potência do compressor necessária.
(c) Qual é a fração de vapor na mistura na entrada do evaporador, expressa na razão em massa e em
volume? Resp.: (c) 0,292; 0,971.
4) Um sistema de compressão a vapor, usando refrigerante 22, utiliza um trocador de calor entre o gás de
aspiração e o líquido, o qual aquece o vapor saturado do evaporador de -10 a 50C com líquido do
condensador a 300C. A compressão é isoentrópica para os casos a seguir.
(a) Calcule o coeficiente de eficácia do sistema sem trocador de calor, com temperatura de
condensação de 300C e temperatura de evaporação de -100C. Resp.: 5,46.
(b) Calcule o coeficiente de eficácia do sistema com trocador de calor. Resp.: 5,37.
(c) Qual é a capacidade de refrigeração do sistema sem trocador de calor se o compressor bombeia
12,0 L/s, referidos ao estado do vapor na aspiração do compressor? Resp.:30,3kW.
(d) Qual é a capacidade de refrigeração do sistema com trocador de calor para um compressor com a
mesma capacidade do caso (c)? Resp.: 29,9 kW
6 COMPRESSORES:
Função: O Compressor toma o vapor do refrigerante a uma baixa pressão e temperatura, eleva-o a
uma alta pressão e temperatura. Assim pode-se afirmar que ele (1) Reduz a pressão e a temperatura
do refrigerante no evaporador, permitindo absorver calor das redondezas; (2) Aumenta a pressão e a
temperatura do refrigerante no condensador o suficiente para permitir que dissipe calor para o ar ou
água a temperatura existente; (3) Movimenta o fluido refrigerante através da tubulação e
componentes do sistema.
→ Compressores Alternativos
→ Compressores de Palhetas
→ Compressores Centrífugos
→ Compressores de Parafuso
→ Compressores Scroll
Compressor Alternativo Hermético Compressor Alternativo Aberto Compressor Alternativo Semi-hermético Compressor Scroll
Sem dúvida os compressores alternativos são os mais utilizados, abrangendo a maioria das
aplicações de refrigeração e ar condicionado.
São especialmente recomendados para sistemas com refrigerantes que requerem pequena vazão e
com condensação e pressão relativamente altas.
64
π D 2 . S . Z. n
VolumeDeslocado =
4
D→diâmetro do cilindro
S→curso do pistão
n→rotação do compressor
Z→quantidade de pistões
⇒Há perdas
65
1 4
Pd
Ps 3
2
V1 V2 V3 Vol. Cilindro
Vazao Real
ηve = .100
Volume deslocado (teorico)
v 3 − v1 + v1 − v 2 v − v2
η vn = .100 = 100 + 1 .100 ou
v 3 − v1 v 3 − v1
v − 1
η vn = 100 − f 2
v1
v1
onde f = .100
v 3 − v1
Fração de espaço
v asp Onde:
ηvn = 100 − f − 1
vdesc νasp = Vol. específico do valor admitido no compressor.
νdesc= Vol. específico do vapor após a compressão isoentrópica.
Taxa de compressão:
Essa taxa de compressão não deve ser superior a dez para um estágio de compressão.
Potência do compressor:
P = Potencia em kW
•
•
P = m . ∆ hi m = Vazao em kg/s
∆hi = Trab. compressaoisoentropica kj/kg
•
η vn / 100
onde → m = volume deslocado.
vasp
Eficiência do compressor:
trabalho de compressaoisoentropico
ηc =
Trabalho real de compressao
Potencia do compressor
Trabalho real de compressão =
Vazao de refrigerante
→A potência exigida pelo compressor, de uma maneira geral aumenta com a temperatura
de evaporação.
67
Controle de capacidade:
No compressor de múltiplas palhetas o rotor gira em torno do seu próprio eixo, que não
coincide com o do cilindro. O rotor é provido de palhetas que se mantém permanentemente em
contato com a superfície do cilindro pela força centrífuga.
Nestes compressores não há necessidade de válvulas de aspiração.
São utilizados principalmente em geladeiras, congeladores, condicionadores de ar,
competindo com os comp.ressores Alternativos.
68
6.4 Compressores de Parafuso:
No compressor centrífugo o fluido penetra pela abertura central do rotor e pela ação da
força centrífuga desloca-se para a periferia. Assim, os pás imprimem uma grande velocidade ao
gás e elevam sua pressão. O gás se dirige para o invólucro da pá ou voluta que converte a
pressão dinâmica do vapor que sai do rotor em pressão estática.
69
P→ potência em w
w→ rotação em, rad/s
Em baixas rotações e velocidade periférica do rotor e a velocidade tangencial do
refrigerante na saída do rotor são praticamente iguais, então:
r2.w= v2
P= m.v2 2
70
A potência ideal também pode ser dado pelo produto da vazão pelo trabalho de
compressão.
P = m ∆ h i (1000)
comparando as duas equações de potência temos
v2 2 =1000 ∆ hi
Funcionamento:
O compressor scroll utiliza duas peças em forma de espiral para realizar o trabalho da
compressão do gás (fig.2)
O movimento orbital faz com que o par de scrolls forme bolsas de refrigerante na forma
gasosa. Como este movimento é contínuo, o movimento relativo entre a espiral orbitante e a
espiral fixa faz com que as bolsas se desloquem para a abertura de descarga situada no centro do
conjunto, com um decréscimo constante de volume (fig. 6).
Por exemplo, durante a primeira volta do eixo, ou fase de sucção, a parte da superfície
lateral da espiral permite a entrada do refrigerante na forma gasosa, succionando o mesmo (fig.
7).
Ao completar uma volta, as superfícies das espirais novamente se encontram formando
bolsas (fig. 8).
Durante a segunda volta do eixo, ou fase de compressão, o volume das bolsas com
refrigerante na forma gasosa é progressivamente reduzido (fig. 9).
Completando a segunda volta chega-se à máxima compressão (fig. 10).
Durante a terceira volta, ou fase de descarga, a parte final da espiral libera o refrigerante
na forma gasosa, comprimido-o através da abertura de descarga (fig. 11)
7 CONDENSADORES:
A água utilizada nos condensadores deve ser limpa e não corrosiva. Para garantir essas
condições e evitar estragos no equipamento, recomenda-se filtrar e tratar quimicamente a água.
Os tipos principais de condensadores a água são:
- Duplo tubo
- "Shell and tube"
- "Shell and Coil"
75
Este tipo de condensador é usado somente para grandes instalações frigoríficas. Consiste
num recipiente cilíndrico, no qual circula água através de uma tubulação em forma de serpentina.
A água, ao circular, retira o calor do fluido, condensando-o.
m = massa de agua kg / h
Q = calor transferido da refrigerante para agua
∆T = diferenca da temperatura da agua na entrada e saida do condensador
76
• Condensadores a ar
Os condensadores a ar podem ser de dois tipos: com ou sem circulação forçada a ar.
Consiste em tubos de cobre ou de aço aletados, no interior dos quais circula o refrigerante.
O ar ambiente, circulando através do mesmo, troca calor com o refrigerante,
condensando-o (fig. 4).
Uma grande vantagem desses condensadores é a de dispensarem a água. Outras
vantagens:
a) Custo inicial baixo;
b) Reduzido custo de manutenção.
Desvantagens:
a) Necessitam de grandes volumes de ar, cuja movimentação produz muito ruído;
b) Custo operacional elevado, pois o compressor absorve mais energia;
c) A eficiência diminui quando a temperatura ambiente aumenta;
d) Problemas de funcionamento inicial nos climas frios. É comum o equipamento
desarmar por baixa pressão, devido ao excesso de condensação.
1/ 4
gρ 2 hlv k 3
hc = 0,943
µ ∆TND
hc = coeficient e de transferência de calor médio (W/m 2 o C )
g = aceleração de gravidade = 9,81 m/s 2
ρ = densidadedocondensad o (Kg/m 3 )
h lv = calor latente de vaporização do vapor (KJ/Kg)
k = condutivid ade térmica do condensado (W/m oC )
µ = viscosidade dinâmica do condensado (Pa.s)
∆T = diferença entre as temperaturas do vapor e a superfície da placa (oC )
N = número de tubos
D = Diâmetro dos tubos verticais (m)
77
q QTR
A= A= (fórmula prática)
U e DMLT K∆T
78
8 EVAPORADORES:
São trocadores de calor onde ocorre a evaporação do refrigerante, ou seja, onde o líquido
refrigerante evapora, absorvendo calor com esta mudança de estado. Na maioria dos
evaporadores utilizados em refrigeração o refrigerante muda de fase ocorre nos tubos e refrigera
o fluído que passa por fora dos tubos.
Evaporador de Expansão direta→ a retirada de calor e feita diretamente pelo fluido
frigorígeno
Ebulição na carcaça→ a retirada de calor e realizada indiretamente por meio de um fluido
intermediário.
• Evaporador inundado
É aquele no qual é mantido determinado nível de
liquido no seu interior, por meio de uma válvula de bóia.
Funcionamento - a válvula de bóia mantém
constante o nível do refrigerante no interior do evapora-
dor, em outras palavras, quando parte do líquido evapora,
mais liquido é admitido pela válvula. Isto resulta que o
interior do evaporador fica cheio de liquido até o nível
determinado pela bóia; a circulação do refrigerante
através do evaporador é feita por gravidade. O gás
evaporado é aspirado então pelo compressor
• Evaporador seco:
Neste tipo, a admissão de refrigerante é feita por meio de
uma válvula de expansão ou de um tubo capilar. A válvula de
expansão termostática permite passar apenas a quantidade de
refrigerante requerida.
São semelhantes aos condensadores deste tipo. Podem ser tipo seco ou inundado.
• Evaporador de placas
Como exemplo podemos citar o evaporador de uma geladeira doméstica. Consistem em 2 placas
que são unidas de forma a permitir o fluxo do refrigerante entre elas.
- Evaporadores de placas de pequena capacidade.
- Evaporadores de placas de grande capacidade.
81
8.2 Evaporadores de Expansão Indireta:
Estes evaporadores são semelhantes aos de expansão direta , apenas resfriam fluídos
intermediários (salmoras), os quais são circulados em trocadores de calores que estão
diretamente nos ambientes a serem refrigerados.
9 DISPOSITIVOS DE EXPANÇÃO :
Vazão Real
Fator de correção =
Vazão Padrão (gráfico)
e 2,03, de com-
83
9.2 Válvula de Expansão Termostática
9.7 Pistões:
Este sistema com pistão contém uma pequena peça com orifício calibrado fixo
de fácil remoção no interior de um nipple para conexão porcaflange 3/8” na linha de
líquido.
As propriedades de aplicação do PISTÃO incidem desde o conteúdo mais
preciso do fluxo de massa de gás refrigerante para o interior do evaporador comparado
por exemplo ao sistema de tubo capilar. Além do que, os PISTÕES são de fácil
manutenção.
No ciclo reverso (Refrigeração & Aquecimento) o sistema PISTÃO requer um
by-pass, ou seja, duas peças são colocadas no interior do “nipple”, uma fazendo o
processo de expansão e a outra como by-pass e vice-versa conforme a direção do fluxo
de gás (modo refrigeração ou aquecimento).
87
10 REFRIGERANTES:
10.3 Hidrocarbonetos:
10.4 Azeotropos:
Uma mistura azeotrópica é aquela que não pode ser separada em seus componentes em
destilação. O azeotropo mais conhecido é o refrigerante 502, que é uma mistura de 48,8%
refrigerante 22 e 51,2% de refrigerante 115.
Refrigerantes secundários são fluidos que transferem energia da substância que está
sendo resfriada para o evaporador de sistema de refrigeração. O refrigerante secundário sofre
uma variação na temperatura quando absorve calor e o libera no evaporador, não ocorrendo
nenhuma mudança de fase. A Água poderia ser um refrigerante secundário mas seu uso é
limitado pelo seu baixo ponto de congelamento. Assim as substâncias utilizadas são soluções
tais como salmoras e anticongelantes.
Os anticongelantes mais utilizados são soluções de água e etileno glicol, propileno glicol
e cloreto de cálcio.
Uma das propriedades mais importantes dos refrigerantes secundários é o ponto de
solidificação, o qual varia com o percentual de anticongelante misturado, conforme mostrado na
figura abaixo.
Pi = Ps Pd
A única razão de uso deste sistema seria manter o vapor na casa de máquina evitando
aumento na perda de pressão em longas linhas de sucção.
Figura 9-3.
Figura 9-4.
Figura 9-5.
Figura 9-6.
Quando tivermos um ∆T maior que 100 oC a pressão superior torna-se tão baixa que cria
problemas de vedação difíceis de contornar. Nestas condições se adotam 2 fluidos frigorígenos
que funcionam na seguinte condição binária. Um 1 o fluido com temperatura crítica bastante
elevada funciona em ciclo de refrigeração que cria diferenças de to entre o meio ambiente e uma
temperatura intermediária que servirá com fonte quente do ciclo de refrigeração de um 2o fluido
que se caracteriza por ter elevadas pressões de
saturação, mesmo a baixa temperaturas.
7 FLUIDO 1
6 6
Com 8 5
8 5 p.
3 FLUIDO2
2
Com
4 1 p.
Figura 9-7.
1- Calcule a potência requerida pelos dois compressores em um sistema com amônia que serve um
evaporador de 250 kW a -25 0C. O sistema usa compressão de dois estágios com resfriamento
intermediário e remoção do vapor produzido pela redução de pressão. A temperatura de condensação
é 35 0C. Resp.: 29,2 kW e 40,0 kW
4 - Um sistema de dois estágios a amônia usando remoção de vapor produzido pela redução de
pressão e resfriamento intermediário opera com o ciclo mostrado na Fig. 9-9. A temperatura de
condensação é 350C. A temperatura de saturação do evaporador de temperatura intermediária é 0 oC,
e sua capacidade é de 150 kW. A temperatura de saturação do evaporador de baixa temperatura é –40
o
C, e sua capacidade é de 250 kW. Qual é a vazão de refrigerante comprimido pelo compressor do
estágio de alta? Resp.:0,411kg/s.
Figura 9-8.
Figura 9-9.
12 TUBULAÇÕES DE REFRIGERANTE:
Separador de Óleo: Um outro elemento que se pode ser utilizado é o separador de óleo. O
separador de óleo é um recipiente que recolhe o óleo oriundo do compressor. O óleo recolhido é
enviado novamente ao cárter do compressor. Apesar do separador reduzir a quantidade de óleo
em circulação, aso outras providências são necessárias.
Figura 2
A linha de sucção deve ser cuidadosamente projetada para assegurar um retorno uniforme do gás
refrigerante seco e do óleo arrastado para o compressor. As velocidades recomendadas são as mesmas das
linhas de descarga. As perdas de pressão máximas são de 14 kPa para o R-12 e 21 kPa para o R-22.
Exercício:
1) Selecione a linha de descarga de um sistema de refrigeração (sem modulação de capacidade)
que utiliza R-22 da figura à baixo e com as seguintes característica carga = 20 TR; temperatura
de evaporação -10 oC; temperatura de condensação = 41 oC; subresfriamento = 5 oC.
2,0
CONDENSADOR
20,0
0,3 0,3
0,3
Compressor
Obs.: Medidas em metros
A água quente oriunda do condensador circula pela torre, entrando pela parte superior, é
distribuída através de borrifadores pela gravidade desde ao tanque coletor, onde é succionada por
uma bomba. O nível do tanque é mantido com torneira de bóia. Assim a água resfriada volta ao
condensador de modo contínuo e uniforme, de que o calor cedido pelo fluído frigorígeno a água
de circulação é lançado ao ar na torre.
Torres atmosféricas: é geralmente colocada na cobertura dos prédios de modo a
receber a incidência direta dos
ventos já que não possui
ventiladores.
Torre de corrente de ar
forçado: Pode ser localizada em
qualquer lugar desde que em
contato com o ar exterior. Possui
um ventilador lateral na parte
inferior. O ar é forçado contra a
água borrifada que cai.
Torre de corrente de
ar induzido: Instalada
geralmente na cobertura dos
prédios. O ventilador fica
localizado acima dos
borrifadores possuindo
venezianas laterais na parte
inferior, para a entrada do ar.
Com estes dados seleciona-se uma torre através de tabelas e diagramas do fabricante.
Em dados práticos a quantidade de água de circulação deve ser de 11,4 a 22,8 l por
minuto por tonelada de refrigeração (TR) ou seja: 0,68 ou 1,36 m3/h
É uma composição de condensador e torre em uma só peça similar a torre, mas mais
diretamente os tubos de serpentina do condensador está diretamente na trajetória das correntes de
ar e da água e o resfriamento evaporativo ocorre diretamente na superfície externas dos tubos.
Uma instalação que usa o condensador evaporativo dispensa o condensador normal.
O gás quente vindo do compressor passa p/ serpentinas de condensação, onde recebe a
água e o ar e se condensa, sendo depositada no receptor de líquido em alta pressão e daí p/ a
válvula de expansão.
A vazão do ar dos ventiladores (que são colocadas em parte superior) deve ser em tomada
7,07m3/min p/TR
A quantidade de
água de circulação deve
ser de 3,78 l/min p/ TR.
Registros e Válvulas Manuais: são válvulas de fechamento nas canalizações frigoríficas são do
tipo globo.
Elementos de controle:
Válvula de ação instantânea: fechar de acordo com a pressão
Válvula de pressão constante: mantém a pressão invariável
Válvula de e aspiração: controla temperatura e pressão
regulador sevo- controlador da pressão da aspiração: controle de pressão e aspiração
15 AR CONDICIONADO:
15.1.3 A vestimenta
A vestimenta equivale a uma resistência térmica interposta entre o corpo e o meio, ou seja,
ela representa uma barreira para as trocas de calor por convecção. A vestimenta funciona como
isolante térmico, pois mantém junto ao corpo uma camada de ar mais aquecido ou menos aquecido,
conforme seja mais ou menos isolante, conforme seu ajuste ao corpo e a porção do corpo que cobre.
Em climas secos (desertos), onde se atinge elevadas temperaturas, poder-se-ia pensar que a
ausência de roupas poderia garantir condições mais confortáveis para os habitantes destas regiões.
No entanto, em climas secos, vestimentas adequadas podem manter a umidade advinda do
organismo pela transpiração e evitar a desidratação. A vestimenta reduz o ganhode calor relativo à
radiação solar direta, as perdas em condições de baixo teor de umidade e o efeito refrigerador do
suor.
A vestimenta reduz também a sensibilidade do corpo às variações de temperatura e de
velocidade do ar. Sua resistência térmica depende do tipo de tecido, da fibra, do ajuste ao corpo, e
deve ser medida através das trocas secas relativas a quem usa. Sua unidade é o clo, originada de
clothes. Assim: 1 clo = 0,155 m2.oC/W = 1 terno completo.
A tabela 2 apresenta o índice de resistência térmica (Icl) para as principais peças de roupa,
sendo que o índice de resistência térmica (I) para a vestimenta de uma pessoa será, segundo a ISO
7730 (1994), o somatório de Icl (figura 3), ou seja, I = ΣIcl
Qm = ± Qo ± Qs ± Qr ± Ql
Sendo que:
m= massa do corpo
cp= calor específico do corpo
∆ tc= variação em torno da temperatura tc do corpo para tc= cte, ∆ tc=0 e Qo=0
Qr = S H r ( t s − t p ) Kcal / h
Ql = B r E S (Ps -Pv ) → Kcal / h calor latente liberada para o meio em forma de exalacao e exsudacao.
B = 0 a 1- coeficiente de utilizacao da possibilidade de evaporacao com relacao ao meio para B = 0,13 → zona de conforto
r = 0,6 Kcal/g
E = coeficiente de evaporacao = 22,9+17,4 v (m/s)
S = superficie do corpo
Ps = pressao de saturacao da agua na temperatura do corpo (para 37 o C - 47 mm hg)
Pv = pressao parcial do vapor d ′agua no ar
Várias tentativas têm sido feitas, com considerável sucesso, para correlacionar fatores do
meio que influenciam o equilíbrio térmico do corpo. A escolha da combinação de fatores que em
cada caso produza uma sensação de conforto tem sido baseada numa evidência estatística resultante
de experiências com um número grande de pessoas. As quatro escalas de conforto que têm sido
estabelecidas são:
(a) temperatura equivalente,
(b) temperatura efetiva,
(c) temperatura efetiva corrigida,
(d) temperatura resultante de bulbo seco ou úmido.
As instalações de
condicionamento de ar podem ser
classificadas da seguinte maneira:
Proporções entre o calor latente ambiente e o calor total ambiente superior a 42,5% (to = 0
o
C) não podem ser retiradas por simples refrigeração. Como a temperatura de refrigeração deve ser 3
a 9 oC inferior a temperatura do orvalho, o rendimento frigorífico da instalação de refrigeração cai
rapidamente com To. Nessas condições para possibilitar o condicionamento do ar para ambientes
cujo o F C L é superior à 42,5%, e mesmo evitar a quebra do rendimento frigorífico pela adoção de
temperaturas de orvalho muito baixas adotam-se o reaquecimento, ou escolha de condição de
conforto próximos da linha de saturação.
QS QS 3
V= ≅ (m h )
g C p (t r -t s ) 0 ,288(t r − t s )
QS t s = temperatura de insuflamen to
t s=t r -
0 ,288 Vi Vi = volume de insuflamen to
Casa de máquinas: A casa de máquinas de uma instalação deve apresentar condições de ligação,
localização e espaço indispensáveis e suas funções. Assim deve ser de fácil acesso, deve dispor da
ligação da potência elétrica necessária, dreno, alimentação de água de condensação e/ou
umidificação (se for o caso). O espaço deve ser suficiente para a instalação e manutenção adequada
dos equipamentos, permitindo a fácil remoção de seus elementos.
De um modo geral podem ser utilizadas as formas a seguir para o cálculo da área de uma
casa de máquinas:
(Pequenas Centrais com ciclo reverso ou aquecimento elétrico)
P
S = +1
3
P
S= +2
2 (Pequenas Centrais com aquecimento por meio de água quente)
S = área em m2
P = Potência em TR
16 VENTILAÇÃO:
78,03 % N2
20,99 % O2
0,03 % C O2
0,47 % H2 O
0,48 % outros gases, além de odores, poeira e
bactérias
A seguir são apresentados índices recomendados para alguns ambientes, onde V=nVa
n = índice de renovação (número de renovações por hora) Va= Volume do
ambiente
• Ventilação Natural: é aquela que se verifica em virtude das diferenças de pressões naturais
(originadas pelos ventos e gradientes de temperaturas) existentes através das superfícies que limitam
o ambiente considerado.
Onde:
V = K. v. P. H
V = Vazão em m3/h
K= Constante que
depende do tipo de
boca = 1,25 a 1,4
v = velocidade de
captação = 0,2 a 0,4
m/s
P = Perímetro da boca
exaustão quando a contaminação do ambiente for elevada, podendo se adotar o sistema misto em
situações especiais.
circuitos.
As velocidades recomendadas nos sistemas de distribuição de ar são tabeladas para cada
elemento da instalação.
2
1
f =
d 9,3
1,14 + 2 log − log 1 +
ε Re ε
d f( )
∆P = perda de carga Pa
f= coeficiente de atributo
VDρ l= comprimento
Re = d= diâmetro
M
v= velocidade
ρ = densidade do fluído (ar) em
kg/m3
l v2
∆P = f ρ
Deg 2
• Expansão brusca:
1 2
2
v1 ρ A
∆P= (1 − 1 ) 2
2 A2
• Contração brusca:
1 -2
o
2
v ρ 1
∆P= 2 ( − 1) 2
2 Cc
• Curvas:
∆P = ρ v 2 .fator geometrico
• Ramificações de Extração:
v 2j ρ vj
∆P = (0,4)1 − ( em Pa)
2 vm
m j
b β
• Ramificações de Admissão:
m j
B b
v 2j ρ vm 2
∆P = 1 − ( ) (em Pa)
2 v j
2
v 2j ρ Am
∆P = 1,5 − 1
2 Ab
∆Η L
LR
L =7 ∆Η
L R = 4 ∆Η
250 m3/h
2,0 m
500 m3/h
1550 m3/h
3,0 m 2,0 m
2,0 m
400 m3/h
1,0 m
400 m3/h
Ex.:
Dimensione a rede de dutos que apresenta a
distribuição e o lay-out ao lado representado
Divergência: é o angulo formado pelo fluxo de ar tanto no plano horizontal com vertical o
qual devido a indução, cresce ao afastar- se da boca do insuflamento.
Jato: distância percorrida pelo fluxo de ar desde o seu lançamento até que sua velocidade se
reduza a um valor suficientemente baixo para que o choque do mesmo contra os obstáculos não
possa produzir correntes desagradáveis.
A seleção dos filtros de ar deve ser bastante criteriosa, onde uma das soluções baseia-se no
conceito de que a filtragem deve alcançar a qualidade que se teria , caso se tomasse 100% de ar
externo (assumindo que este atenda as recomendações ambientais).
Ao considerar primeiramente só partículas em suspensão no ar, utiliza-se o quadro a baixo,
onde filtros grossos, finos e absolutos são listados conforme suas eficiências para um único tamanho
de partículas, onde foi escolhida o tamanho 0,4 µm.
16.9 Ventiladores.
Dois tipos de ventiladores podem ser adotados ventiladores centrífugos e axiais, sendo os
primeiros mais utilizados, e o segundo em instalações pequenas e de exaustão.
Início de Funcionamento
Função do Absorvedor
Evaporador
Retorno da Amônia
Após a amônia ter-se evaporado, mistura-se com o hidrogênio. (Fig. 7). Como o gás da
amônia é mais pesado que o hidrogênio e os dois se misturam, descem, por gravidade, pelo tubo 1.
Este gás pesado, através do tubo 1, se dirige até ao tanque (G), onde se encontra com a solução
refrigerante mais pobre. Daí ocorre mais uma vez a absorção da amônia pela solução do tanque.
Resumindo:
A solução refrigerante rica (aprox. 34%)
que está no tanque (G) sai pelo tubo A, que
abastece aquecedor. No aquecedor, a solução é
aqui (ferve), e é vaporizada. O vapor da amônia
pelo tubo C e entra no condensador, onde vapor
de amônia (gás) é liqüefeita. Por gravidade,
desce pelo tubo E, que entra no evaporador.
Sabemos, também, que a solução rica do
tanque (G) contém água, e que esta não vaporiza
com a amônia. Por isso, a água (solução pobre
aprox. 15% de NH3) retorna pelo tubo B, tem
ligação direta com o absorvedor.
A solução pobre, no absorvedor, tem a
função específica de purificar o hidrogênio que
sobe para o evaporador. No evaporador a amônia
evapora, misturando-se com o hidrogênio,
tornando-se um gás pesado, e, por gravidade,
retorna ao tanque pelo tubo I. Este vapor de
amônia cai no tanque (G), e é imediatamente
Em um circuito fechado constituído por 2 metais diferentes Circula uma corrente elétrica
sempre que as 2 junções forem mantidas a temperaturas diferentes. Sendo observado o inverso
fazendo circular uma corrente elétrica na mesma direção da F.E.M. verificando-se o resfriamento do
ponto de junção. O Bi2Te3 (Telureto de Bismuto) possui propriedades como material semicondutor
que permite criar diferenças de temperaturas na ordem de 72oC.
A absorção é um fenômeno pelo qual pondo-se em contato um sólido com uma mistura de
fluído um destes é retido pelo sólido, resultando um enriquecimento do fluído não adsorvido. A
adsorção verifica-se com o desprendimento de calor. A adsorção é mais usada para desumidificação
do ar. Os absorventes mais comuns são sílica gel e alumínio ativado.
18 SISTEMA DE CALEFAÇÃO :
a) Calefação local ou individual: Neste tipo de calefação, o aquecimento é obtido por meio de uma
ou mais fontes de calor localizadas no próprio ambiente aquecido.
b) Calefação central ou coletiva: é constituída por uma fonte de calor única que, localizada
adequadamente, distribui. Por meio de um sistema de tubulações, o calor para diversos
ambientes a serem aquecidos, servindo-se para isto do próprio ar ou de um fluido intermediário.
Ex.: Calefação central por meio de água quente, calefação central por meio de vapor d’água ou
calefação central por meio de ar quente.
A calefação local é obtida por meio de lareira, das estufas de combustão, das estufas elétricas
de aquecimento direto ou indireto, condicionadores de ar funcionando em ciclo reverso, etc.
Como elemento de aquecimento local tradicional são usadas as lareiras, as quais são
constituídas essencialmente de uma fornalha e de uma chaminé.
Em uma lareira comum praticamente só o calor irradiado é aproveitado para o aquecimento
do ambiente sendo antieconômico, pois seu rendimento é de ordem de 5 a 10%. Modernamente, na
execução de lareiras, procura-se impedir ou ao menos atenuar este inconveniente realizando
encamisamento da fornalha e da chaminé.
As lareiras de circulação de ar permitem o atendimento de vários ambientes através de dutos.
Neste caso as câmaras de aquecimento são mais complexa se aproximando das caldeiras de ar.
Não existe um processo de cálculos exatos para as dimensões de uma lareira, devido a grande
variações de suas condições de combustão, entretanto existe relações aconselháveis:
a) na chaminé a velocidade mínima dos gases de combustão devem ser 5m/s
b) a velocidade do ar na boca da lareira deve ser superior a 0,2m/s
c) considerando alguns parâmetros e condições temos:
S b = V 140 = 9 Ac
Radiadore
Fan and
A calefação Central por meio de ar quente utiliza o próprio ar aquecido como agente
transportador do calor.
O aquecimento do ar pode ser feito diretamente por meio de resistências elétricas e
caloríficos (caldeiras de ar) ou indiretamente por meio de água quente ou bomba de calor (ar
condicionado funcionando em ciclo reverso).
Pressão e vácuo
Como acontece com a maioria das grandezas físicas, também a pressão pode ser expressa em
diversas unidades, principalmente o sistema métrico (kgf/cm2) e o sistema inglês (lbf/pol2 ou psi -
"pounds per square inch"). Para a pressão atmosférica teríamos então:
Pressão é sempre a relação de uma força aplicada perpendicularmente a uma superfície pela
área onde a força é aplicada. É expressa pela divisão dos kg ou lb de força pelos cm2 ou pol2 de
área. Vale tanto para sólidos, como para líquidos e gases.
Instrumento e unidades
• barômetro
• manômetro com tubo de Bourdon (tipo mais
comum)
• manômetro eletrônico
• manovacuômetro (com tubo de Bourdon), que
mede tanto pressão positiva como negativa
• vacuômetro, exclusivo para pressões negativas.
Por esses motivos, a umidade deve ser ser eliminada e, para tanto, devemos utilizar uma bomba de
vácuo de alto rendimento conectada ao sistema. O processo consiste em reduzir a temperatura de
ebulição da água presente no sistema até que esta se iguale à temperatura ambiente. Neste ponto, a
umidade vaporiza e é evacuada do sistema pela bomba de vácuo.
A utilização de uma bomba de alto vácuo para sistemas que possuem compressores carregados com
o óleo Polyol ester - óleo adequado para os gases "ecológicos" HFC - é ainda mais necessária, já que
este lubrificante é muito mais higroscópico que os óleos sintéticos (Alkylate) e mineral, presentes
nos compressores que operam com gases CFC.
Atenção: nunca utilize um compressor para realizar vácuo. Compressores para refrigeração
não são projetados para atingir níveis de vácuo suficientes para a eliminação da umidade do sistema.
Para a completa desidratação do sistema, ou seja, remoção da umidade do mesmo, deve-se atingir
valores abaixo de -29" de Hg e isso sé é possível com uma bomba de alto vácuo. Os fabricantes de
produtos de refrigeração trabalham com níveis de vácuo da ordem de 150 a 200 microns.
Um compressor para refrigeração atinge valores entre 50000 e 80000 microns. Para se ter uma idéia,
a um nível de vácuo de 80000 microns (aproximadamente -27" polegadas de Hg) é necessária uma
temperatura de aproximadamente 47ºC para que a umidade presente no sistema seja evacuada.
Considerações:
Carga de Refrigerante: