Refriger A Cao
Refriger A Cao
Refriger A Cao
REFRIGERAÇÃO E DA CLIMATIZAÇÃO
V
cionado experimentou uma grande
ocê sabe como fazer um projeto para climatização? Sabe expansão nos últimos anos, especialmente
estimar as cargas térmicas? Sabe como dimensionar uma no Brasil, com a introdução de inúmeras
rede de dutos? novas marcas, modelos, capacidades, tipos
de fluídos e o incremento da automação.
Este livro é dirigido aos profissionais da área que precisam ampliar Como reciclar e capacitar os milhares de
e reciclar seus conhecimentos e também para aqueles que estão inician- profissionais da área nessas novas tecno-
do estudos nesse campo. O seu texto foi preparado em uma linguagem
INTRODUÇÃO logias?
Foi pensando neles que o professor Jesué
simples e direta, sendo enriquecido com inúmeras ilustrações e exercícios
Graciliano da Silva escreveu este livro. Pro-
resolvidos, facilitando o entendimento de cada assunto. Introdução à
Tecnologia da Refrigeração e da Climatização apresenta: À TECNOLOGIA DA fessor efetivo no Instituto Federal de Edu-
cação, Ciência e Tecnologia de Santa Cata-
Prof. Jesué Graciliano da Silva, natural rina (IFSC) - Campus São José, atua há mais
REFRIGERAÇÃO
os fundamentos dos sistemas de refrigeração e de climatização de 25 anos na Área Técnica de Refrigeração
de Marília (SP), é Engenheiro Mecânico
graduado pela Universidade Federal de como funcionam os ciclos de refrigeração e Condicionamento de Ar nas disciplinas
Santa Catarina (UFSC), no ano de 1993. de Projetos, Termodinâmica e Instalações
Possui especializações em Engenharia de
Segurança do Trabalho pela UFSC (1994-
quais os principais sistemas da atualidade
E DA de Refrigeração e Ar Condicionado. Foi um
dos responsáveis pela implantação do Escri-
CLIMATIZAÇÃO
1995) e em Elaboração de Políticas Públi- como avaliar a eficiência energética tório Regional da Associação Sul-Brasileira
cas pela UDESC (1995). Concluiu, em 1999 de Refrigeração, Ar Condicionado, Aqueci-
os componentes dos equipamentos
Curso de Mestrado em Ciências Térmicas mento e Ventilação (ASBRAV) no estado de
no Programa de Pós-Graduação em En- como estimar a carga térmica de um ambiente Santa Catarina. Propôs em 1998 a organiza-
ção do Grupo de Pesquisas em Refrigeração
INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA
genharia Mecânica da UFSC. Em 2017,
concluiu o Doutorado na área de desen- como dimensionar uma rede de dutos e Ar Condicionado (GERAC), com o objetivo
volvimento regional na área de Geografia, de estudar alternativas para a redução do
como reduzir ruídos em sistemas de ar condicionado consumo de energia dos sistemas de refri-
também da UFSC.
geração e climatização.
Desde 1993, é professor efetivo do atual
Instituto Federal de Educação, Ciência e Seu livro tem uma notável preocupação
Tecnologia de Santa Catarina – Campus em tornar simples definições complexas
São José, onde atua na Área Técnica de e mostrar de maneira direta os princípios
Refrigeração e Condicionamento de Ar, teóricos e desafios do setor. Um exemplo
nas disciplinas de Projetos, Termodinâmi- disso é o capítulo sobre eficiência energé-
ca, Mecânica dos Fluidos e Instalações de tica, tema de fundamental importância na
Refrigeração. atualidade. Isto com certeza contribuirá
para o aperfeiçoamento dos atuais e futu-
ros técnicos, tecnólogos, engenheiros e de
todos que tenham algum interesse nesta
fascinante área.
Prof. Jesué Graciliano da Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
Campus São José
Introdução à Tecnologia da
Refrigeração e da Climatização
3ª Edição
Revisada e ampliada
Copyright© 2004 by Artliber Editora Ltda.
1ª edição - 2003
2ª edição - 2010
3ª edição - 2019
Composição eletrônica:
Perfil Editorial
Revisão:
Rosemary Maffezzolli dos Reis
Ilustração de capa:
Alexandre Sahade Gonçalves
Bilbliografia.
03-5785 CDD-621.56
2019
Apresentação .................................................................................... 09
Agradecimentos ................................................................................ 11
1 - Informações preliminares ............................................................. 13
2 - Conceitos básicos ........................................................................ 21
2.1 - Sistemas de unidade ......................................................... 22
2.2 - Energia ............................................................................. 24
2.3 - Calor ................................................................................ 24
2.4 - Trabalho .......................................................................... 25
2.5 - Potência ........................................................................... 25
2.6 - Estados da matéria ........................................................... 26
2.7 - Propriedades termodinâmicas .......................................... 27
2.7.1 - Temperatura ............................................................. 27
2.7.2 - Pressão ..................................................................... 29
2.7.3 - Massa específica ....................................................... 32
2.7.4 - Calor específico ........................................................ 33
2.7.5 - Condutividade térmica .............................................. 33
2.7.6 - Entalpia específica .................................................... 34
2.7.7 - Entropia específica .................................................... 36
2.7.8 - Diagrama pressão versus entalpia específica.............. 36
2.8 - Conservação da energia ................................................... 37
2.9 - Sistema e volume de controle .......................................... 38
2.10 - Trocas de calor .............................................................. 42
2.11 - Mecanismos de transferência de calor ............................ 43
3 - Sistemas de refrigeração .............................................................. 51
3.1 - Introdução ....................................................................... 51
3.2 - Refrigeração por compressão mecânica de vapor ............. 55
3.3 - Refrigeração por absorção de vapor.................................. 58
3.4 - Refrigeração termoelétrica ................................................ 61
4 - Sistemas de climatização ............................................................. 63
4.1 - Introdução ....................................................................... 63
4.2 - Conforto térmico .............................................................. 65
4.3 - Aplicações da climatização .............................................. 67
5 - Condicionamento do ar ............................................................... 75
5.1 - Definições básicas ........................................................... 75
5.2 - Carta psicrométrica .......................................................... 78
5.3 - Propriedades do ar ........................................................... 79
5.4 - Processos psicrométricos .................................................. 84
6 - Desempenho dos Sistemas .......................................................... 95
6.1 - Coeficiente de desempenho (COP) ................................... 95
6.2 – Avaliação do índice E.E.R. do sistema............................ 108
7 - Componentes ............................................................................ 111
7.1 - Compressores ................................................................ 111
7.1.1 - Compressores alternativos ....................................... 112
7.1.2 - Compressor rotativo ................................................ 117
7.1.3 - Compressores de parafuso ...................................... 118
7.1.4 - Compressores centrífugos ....................................... 119
7.1.5 - Compresssores tipo scroll (caracol).......................... 120
7.2 - Evaporadores ................................................................. 122
7.3 - Condensadores .............................................................. 125
7.4 - Torres de arrefecimento ................................................. 127
7.5 - Condensadores evaporativos .......................................... 129
7.6 - Dispositivos de expansão ............................................... 132
7.7 - Linhas de fluido refrigerante ........................................... 141
8 - Acessórios ................................................................................. 143
8.1 - Termostato ..................................................................... 144
8.2 - Visor de líquido ............................................................. 144
8.3 - Manômetros ................................................................... 145
8.4 - Filtro secador ................................................................. 146
8.5 - Válvula solenóide .......................................................... 146
8.6 - Pressostatos .................................................................... 147
8.7 - Pressostato de óleo ........................................................ 148
8.8 - Acumulador de sucção ................................................... 148
8.9 - Separador de óleo .......................................................... 148
9 - Fluidos refrigerantes .................................................................. 151
9.1 - Nomenclatura ................................................................ 151
9.2 - Efeito do CFC na camada de ozônio ............................... 153
9.3 - Processos de vácuo e carga de fluído refrigerante ........... 160
9.4 - Retrofit de sistemas de refrigeração ................................ 163
10 - Capacidade de câmaras frias .................................................... 165
10.1 - Introdução ................................................................... 165
10.2 - Parcelas de carga térmica.............................................. 167
10.2.1 - Parcela de transmissão .......................................... 167
10.2.2 - Parcela de infiltração ............................................ 169
10.2.3 - Parcela do produto ............................................... 171
10.2.4 - Parcela decorrente de cargas diversas ................... 174
11 - Projeto de climatização ........................................................... 181
11.1 - Princípios ..................................................................... 181
11.2 - Condições de projeto ................................................... 183
11.3 - Estimativa de carga térmica .......................................... 185
11.3.1 - Efeito de armazenagem ......................................... 198
11.3.2 - Zoneamento ......................................................... 199
11.3.3 - Aquecimento ........................................................ 199
11.4 - Detalhamento do projeto ............................................. 203
11.4.1 - Casa de máquinas ................................................. 203
11.4.2 - Isolamento da rede de dutos ................................. 203
11.4.3 - Filtros ................................................................... 204
11.4.4 - Tomada de ar externo ........................................... 205
11.4.5 - Sistema de controle ............................................... 206
12 - Projeto de rede de dutos .......................................................... 211
12.1 - Métodos de dimensionamento ..................................... 211
12.1.1 - Arbitragem de velocidades .................................... 212
12.1.2 - Método de igual atrito ........................................... 214
12.1.3 - Método da recuperação de pressão ....................... 216
12.2 - Estimativa de perda de carga ........................................ 220
12.3 - Controle da distribuição do ar ...................................... 226
12.3.1 - Grelhas de retorno ................................................ 226
12.3.2 - Chapas de aço galvanizado ................................... 227
13 - Qualidade do ar interior .......................................................... 231
13.1 - O problema da qualidade do ar interior ....................... 231
13.2 - Origem do problema.................................................... 232
13.3 - Os sistemas de condicionamento de ar e a
qualidade do ar interior .......................................................... 233
13.4 - Metodologia para diagnóstico e tratamento de
problemas de qualidade do ar em ambientes fechados ........... 235
13.4.1 - Coleta de informações preliminares....................... 236
13.4.2 - Entrevistas ............................................................. 237
13.4.3 - Inspeção in loco.................................................... 237
13.4.4 - Medições .............................................................. 238
13.5 - Estado atual da normalização internacional................... 238
13.6 - A realidade brasileira ................................................... 240
14 - Controle de ruído .................................................................... 243
15 - Instalação de splits ................................................................... 249
15.1 - Características básicas .................................................. 249
15.2 - Princípios de uma boa instalação ................................. 250
16 - Diagramas elétricos.................................................................. 259
17 - Referências .............................................................................. 265
18 - Anexos .................................................................................... 267
5 - CONDICIONAMENTO DO AR
(5.1)
.
p t = p a + p v (5.2)
5.3 – Propriedades do ar
Conforme observado na carta psicrométrica as principais propriedades
do ar são: temperatura de orvalho, umidade relativa, umidade absoluta, tem-
peratura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido, entalpia e pressão de
saturação. A seguir, vamos apresentar algumas dessas propriedades.
A temperatura na qual o vapor de água da atmosfera fica saturado é
conhecida como temperatura de orvalho do ar. Esta propriedade é muito
importante, pois, a partir dela, é possível calcular as espessuras de isolamento
adequadas para dutos, câmaras frigoríficas e refrigeradores domésticos. Ou
seja, se o isolamento é ruim, haverá uma temperatura superficial externa da
parede da câmara muito baixa, e dessa forma, haverá condensação do vapor
d´água presente no ar sobre esta superfície.
Como exemplo, é possível analisar se haverá condensação sobre um duto
de aço galvanizado sem isolamento térmico por onde passa internamente um flu-
xo de ar a 15°C através de um ambiente que está a TBS de 32°C e TBU de 23°C.
Para resolver este tipo de questão, basta utilizar a carta psicrométrica, con-
forme ilustrado na Figura 5.3. Na carta, deve-se marcar o ponto referente às con-
dições do ar externo (ponto 1). Deve se traçar uma linha horizontal da direita para
a esquerda e verificar o ponto em que há cruzamento com a linha de saturação.
Neste ponto, situa-se a temperatura de orvalho do ar externo. Ou seja, se a tem-
peratura do ar é resfriada abaixo desse valor, haverá condensação. Nesse exemplo,
a temperatura de orvalho é de 19,2°C e a temperatura da face externa do duto
não isolado é praticamente de 15°C, o que faz com que a condensação da umi-
dade seja inevitável. A solução deste problema geralmente é conseguida através
do isolamento térmico do duto. Para calcular a espessura correta do isolamento,
basta utilizar a equação de Fourier para a condução, conforme apresentamos no
capítulo 2, utilizando para tanto a condutividade térmica do isolante.
80 Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização
(5.3)
(5.4)
O volume específico (v) pode ser definido como o volume ocupado pela
mistura (ar seco mais vapor), por unidade de massa do ar seco. O volume especí-
fico também pode ser entendido como o inverso da massa específica e pode ser
obtido por meio da Equação dos Gases Ideais ou através da carta psicrométrica.
R a . TBS
v=
(5.6)
pt − pv
controle é igual a vazão mássica de ar seco que sai deste volume, logo:
m
1 =m
2 =m
a (5.7)
. . .
ma . w1 = ma . w2 + mcond (5.8)
.
m
a .h 1 = m
a .h 2 + q SRD + m cond .h cond (5.9)
86 Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização
h2 − hi
X= (5.10)
h1 − h i
.
QRES
. . .
ma h1 + QRES = ma h2 (5.11)
(5.12)
Para fins práticos, pode-se definir carga térmica como a quantidade de calor
sensível e latente que deve ser retirada ou adicionada ao ambiente condicionado
para que se mantenham as condições desejadas de temperatura e umidade relati-
va. Para se representar o processo de insuflamento em uma carta psicrométrica,
basta traçar uma linha paralela à linha de Fator de Calor Sensível ambiente (FCSa),
partindo do ponto de retorno do ar (R) até o ponto de insuflamento. No exemplo
mostrado na Figura 5.12 tem-se um FCSa de 0,7 marcado no transferidor à esquer-
da da carta psicrométrica. Uma linha paralela é traçada partindo do ponto R (25oC
e 50%). A temperatura de insuflamento geralmente é obtida pelo cruzamento da
linha de entalpia do ar na condição de insuflamento com a linha paralela ao FCS.
Exemplo de aplicação 1
Considere a instalação de climatização ilustrada na Figura 5.14. Ob-
serve que uma dada quantidade de ar de renovação (externo) é misturada
com uma dada quantidade de ar de retorno antes da entrada no equipamento
(SRD). A vazão mássica de ar externo (1) m e = 0,7kg/s é misturado com
um fluxo de ar de retorno m r = 4,5kg/s. As condições do ar externo (E) ou
ponto 1 são: TBS=32°C e umidade relativa (f)=60%. Já o ar de retorno (2)
apresenta as seguintes condições (iguais ao ar de exaustão, 2”): TBS=25°C
e f=50%. Sabendo ainda que a carga térmica sensível ambiente Q sensível =
12kW e a carga térmica latente Q latente = 2kW. Calcular:
g A temperatura do ar de insuflamento;
g A capacidade da serpentina de resfriamento e desumidificação;
g A quantidade de água retirada pela serpentina de resfriamento e de-
sumidificação.
Condicionamento do Ar 91
1 .h1 m
m m 2 ' .h2 '
m .h32h' 3 m
1 .h1 m 3 h3
1 .h1 m
m 2 ' .h2 ' 2 'm 3 h3
0,7.790,7.479
h3 0h,7.
,5.50 5,5.50,5
,4
,24,5.50,5 54,3kJ
3 79 5
/ kg
54 ,3akJ / kg a
h3 5,2 54,3kJ / kg a
5,2
A entalpia do ponto
A entalpia do 4ponto
é calculada atravésatravés
4 é calculada de um de
balanço de energia
um balanço no ambiente
de energia climatizado.
no ambiente climatizado.
A entalpia do ponto 4 é calculada através de um balanço de energia no ambiente climatizado.
m
4 h4 Q m 2 h2 m
m 4 h4 QCARGA _ TÉRMICA
CARGA _ TÉRMICA 2 h2
m
1m 1 m
.h11.h 2m
2 ' m
' .h22' '.h 3 h
m3 3 h3
0,7.79 4,5.50,5
h3 h 0,7.79 4,5.50,554 kJ,3/kJ
kg/a kg
3 ,354
5,25,2 e da Climatização a
92 Introdução à Tecnologia da Refrigeração
4 h4 Q CARGA
m m 2 h2
m 4 h4 Q CARGA
_ TÉRMICA
_ TÉRMICA
m 2 h2
.
onde q CT é a Onde
carga Q
térmica é a carga
total recebida térmica total recebida pelo ambiente.
pelo ambiente.
onde q CT é a carga térmica total recebida pelo ambiente.
CARGA_TÉRMICA
m h Q _ TERMICA 5,2.50,5 14
h4 2m 22 h2 CARGA
h4
QCARGA _ TERMICA
5,2.50,5 1447,847
5,2
kJ / kg a
,8kJ / kg a
m 4
m 4 5,2
Com a entalpia 4 é preciso calcular e traçar a linha de Fator de Calor
Com a entalpia 4 é preciso calcular e traçar a linha de Fator de Calor Sensível na carta. Como
ComSensível na carta.
a entalpia Como FCSa
4 é preciso = 12/14
calcular = 0,85
e traçar (relação
a linha de Fatorentre
deaCalor
cargaSensível
térmica na carta. Como
FCSa = 12/14 = 0,85 (relação entre a carga térmica sensível e a carga térmica total) devemos traçar
sensível
FCSa = 12/14 e a carga
= 0,85 térmica
(relação entretotal) devemos
a carga térmicatraçar umaereta
sensível a partir
a carga do ponto
térmica total) 2devemos traçar
uma reta a partir do ponto 2 na carta psicrométrica seguindo a mesma inclinação
FCSa. linha
da de FCSa.
uma reta anapartir
cartado
psicrométrica
ponto 2 na cartaseguindo a mesma inclinação
psicrométrica seguindo adamesmalinha de
inclinação da linha de FCSa.
No cruzamento da linha paralela ao FCS (partindo do ponto 2) e da linha de entalpia
No cruzamento
No cruzamento da linhadaparalela
linha paralela
ao FCS ao FCS (partindo
(partindo do ponto
do ponto 2) e2)dae da
linha de entalpia
específica da condição 4, h4 = 47,8kJ/kg, encontramos o ponto 4 que tem TBS 4=22,8C. Essa é a
linha de entalpia
específica insuflamento
da condição 4, específica
har
4 = 47,8kJ/kg,
da condição 4, h
encontramos 4
= 47,8kJ/kg, encontramos
o ponto 4 que tem TBS 4=22,8C.o Essa é a
condição deponto 4 que do
tem TBS no ambiente
=22,8°C. climatizado.
Essa é a condição de insuflamento do ar no
condição de insuflamento do ar4 no ambiente climatizado.
ambiente climatizado.
Onde: m a = 5,2kg/s, w3 e w4 são encontrados na carta psicrométrica como sendo 11,2 gv/kgar
Onde: m Onde: w
a = 5,2kg/s, 3 ae =
m w45,2kg/s, w3 e w4 são
são encontrados encontrados
na carta na cartacomo
psicrométrica psicrométrica
sendo 11,2 gv/kgar
e 9,5gv/kgcomo
ar, respectivamente. Logo o fluxo de massa de condensado é de 8,84 gramas de vapor d
sendo 11,2 gv/kgar e 9,5gv/kgar, respectivamente. Logo a vazão mássica
e 9,5gv/kgar, respectivamente. Logo o fluxo de massa de condensado é de 8,84 gramas de vapor d
´água porde condensado é de 8,84 gramas de vapor d´água por segundo.
segundo.
´água por segundo.
Exemplo2:de Aplicação 2
Exemplo de Aplicação
Exemplo de Aplicação 2:
ConsidereConsidere a instalação
a3 instalação de climatização
de climatização ilustrada ilustrada na Figura
na Figura 5.14.5.14.
Um Um
fluxofluxo
de 864m 3/h de ar
Consideredea 864m /h de arclimatização
instalação externo com ilustrada
TBS=32 na o
C eFigura
UR de 55%Um é misturado
de com
864mode3
externo com TBS=32oCdee UR de 55% é misturado com o ar5.14.
deo retornofluxo
na condição /hTBS
de ar= 25 oC
externo ar
com TBS=32de retorno
o
C e UR na condição
de 55%pela de TBS
é misturado= 25
com
o
C e TBU = 18 C antes de passar pela = 25 oA
e TBU = 18oC antes de passar Serpentina de oResfriamento
ar de retornoena condição de TBS
Desumidificação (SRD). C carga
o Serpentina de Resfriamento e Desumidificação (SRD). A carga térmica total é de
e TBUtérmica
= 18 C total
antes édedepassar pela Serpentina
60.000BTU/h de Resfriamento
e a sensível
carga térmica e Desumidificação
sensível é Considere (SRD). A carga
de 42.000BTU/h.
60.000BTU/h e a carga térmica é de 42.000BTU/h. a tempe- Considere a
térmica total é dedo60.000BTU/h
temperatura ar de e a carga
insuflamento como térmica
sendo 14,5 sensível
o é de 42.000BTU/h. Considere a
ratura do ar de insuflamento como sendo
o
14,5C.o Qual é a capacidade da SRD?
C. Qual é a capacidade da SRD?
temperatura do ar de insuflamento como sendo 14,5 C. Qual é a capacidade da SRD?
Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização – Prof. Jesué Graciliano da Silva 7
Solução:
Solução: O Fator de Calor Sensível é calculado como sendo 42.000/60.000 = 0,7.
O FatorNode cruzamento daé linha
Calor Sensível de TBS
calculado comodasendo
temperatura do ar de
42.000/60.000 insuflamento
= 0,7. e da da
No cruzamento
linha paralela ao FCS tem-se o ponto 4 na carta psicrométrica. A entalpia h4 é4 na
linha de TBS da temperatura do ar de insuflamento e da linha paralela ao FCS tem-se o ponto
de 35kJ/kg.
carta psicrométrica. A entalpia
A entalpia h4 é deh2=75kJ/kg.
35kJ/kg. A Logo, fazendo-se
entalpia um balanço
h2=75kJ/kg. de energiaum
Logo, fazendo-se
no ambiente
balanço de energia climatizado.
no ambiente O valor
climatizado. de de
O valor 60.000BTU/h
60.000BTU/hé éequivalente
equivalenteaa17,58kW.
17,58kW.
.
. QCARGA_TÉRMICA
q 17,58( kJ / s )
4 h4 Q CARGA _ TERMICA
m
2 h2 ⇒ =m>= m
m 1,10kg / s
h -h
h 2 h 4 ( 75 35)( kJ / kg )
2 4
0,24.75 0,86.51
q
qq 17 ,58( kJ
17,58 17,58( kJ / s )
( kJ/ /ss) ) 1,10kg / s
m
m 44h
m 44 4
h4 h Q
QQ
CARGA m
_ TERMICAm
__TERMICA 22h
m h2 h
22 2 = >> m
==> m
m 11,10kg
,10 kg/ /ss
h 22
hh2 h hh4 (75
44 ((75 35 )()(kJ
35)( kJ// /kgkg)) )
CARGA
CARGA TERMICA
75 35 kJ kg
Com
Com
Com ooofluxo
94 fluxo
fluxo de
dedemassa
massa
massa
Introdução
de
deinsuflamento
de insuflamento
insuflamento
à Tecnologia
encontramos
encontramos
encontramos
da Refrigeração
aaaquantidade
quantidadede
quantidade
e da Climatização dear
de ararde
deretorno,
de retorno,que
retorno, queserá
que será
será
utilizada
utilizada para
utilizadapara se fazer
parasesefazer o balanço
fazeroobalanço
balançodede energia
deenergia
energianana mistura.
namistura.
mistura.
. .
m
m mm mmext ,10
1,,10 0 ,24
,,24 m 0,,86
,86kg
kg// /sss
m retornomininm ext11 10 00 24 retorno00
mmretorno 86 kg
retorno
retorno in ext retorno
Um
Um Umde
Umbalanço
balanço
balanço balanço
de dena
deenergia
energia
energia energia
na
na nade
mistura
mistura
mistura mistura
de
dear de ar encontramos
ararencontramos
encontramos
encontramosh3
h3=
h3 h3 = 56,2kJ/kg.
==56,2kJ/kg.
56,2kJ/kg.
56,2kJ/kg.
h
000,,24
(0,24 24
,24 75
x..75
.75)
75 +(0,86
00
0 ,,86
,86.x.51
86 56,2 kJ / kg
.51)
51
51
hh
33 3 1 , 10
56
56,2,2kJ
kJ/ /kg
kg
11,10,10
Um
Umbalanço
Um Umde
balanço
balanço deenergia
balanço
de energiadena
energia na
naSerpentina
energia
Serpentina
Serpentinade
deResfriamento
na Serpentina
de Resfriamento
Resfriamento eeeDesumidificação
de Resfriamento
Desumidificação
Desumidificaçãopermite
permiteaaa
e Desumidifica-
permite
obtenção
obtenção da
obtençãoda capacidade
dação
capacidade
capacidade de
permite de
aderesfriamento.
obtenção da capacidade de resfriamento.
resfriamento.
resfriamento.
. . .
QSRD
Q m 44h
m m 33h
m m ((h
Qmsrd 33
3
+ mhh4 )
44))= 1
1,1
m ,310
,h .(
.(.(56 2,2
,,2 35)) )
23,,32 kW
Q SRDm
SRD h
4h
44 4m h
3h
33 3 m h
(h hh
4 4
10
103
56
56 35
35 23
23 32
,32kW
kW
. .
Qsrd = m ( h3 - h4 ) = 1,10 . (56,2 - 35) = 23,32kW
Figura
Figura5.16-
Figura 5.16-Ilustração
5.16- Ilustraçãodos
Ilustração dosprocessos
dos processospsicrométricos
processos psicrométricosenvolvidos
psicrométricos envolvidosna
envolvidos naclimatização.
na climatização.
climatização.
Logo,
Logo,oooequipamento
Logo, equipamentode
equipamento declimatização
de climatizaçãotem
climatização temcapacidade
tem capacidadede
capacidade de23,32kW
de 23,32kWou
23,32kW ou82.016
ou 82.016BTU/h.
82.016 BTU/h.
BTU/h.
Q E m .( h1 −h4 )
COP = = (6.1)
WC m .( h2 − h1 )
(6.2)
logo: (6.3)
(6.4)
Exemplo de aplicação 1
Considere um sistema de refrigeração padrão operando com fluido refri-
gerante R134a, com temperatura de condensação de 42°C e temperatura de eva-
poração de –12°C. Calcule o Coeficiente de Performance do sistema. Considere
para a solução deste problema a seqüência de pontos indicada na Figura 6.2.
Desempenho dos Sistemas 97
Solução
É conveniente iniciarmos a solução de problema preenchendo uma ta-
bela que resume as principais propriedades do fluido ao longo do ciclo de
refrigeração. A tabela permite sistematizar o cálculo do COP. Inicialmente,
devemos traçar o ciclo no diagrama pressão versus entalpia específica, confor-
me ilustrado na Figura 6.2.
As propriedades do fluido refrigerante R134a podem ser encontradas
na página do fabricante na internet.
Nas tabelas e diagramas de propriedades termodinâmicas é possível
se obter os valores das pressões de alta (linha de condensação) e de baixa
(linha de evaporação). O preenchimento da tabela começa pelos pontos
mais fáceis: 1, 3 e 4. O processo de evaporação acontece à temperatura
constante (-12°C) e por isso o ponto 1 está localizado na linha de vapor
saturado seco com título = 1. O ponto 3 (42°C) está localizado sobre a
linha de líquido saturado. O ponto 4 (-12°C) tem a mesma entalpia espe-
cífica que o ponto 3 e está sobre a linha de baixa pressão. Já o ponto 2 está
sobre uma linha isoentrópica partindo de 1 e sobre uma linha isobárica na
pressão de condensação.
Figura 6.2 – Preenchimento de um diagrama pressão versus entalpia específica para o problema
98 Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização
s
T P Título
Ponto h (kJ/kg) (kJ/ Estado do fluido
(°C) (kPa) (%)
kg°C)
1 -12 100% Vapor saturado seco
2 - Vapor superaquecido
3 42 0 Líquido saturado
4 -12 x4 Líquido e vapor
T P h (kJ/ s Título
Ponto Estado do fluido
(°C) (kPa) kg) (kJ/Kg°C) (%)
1 -12 185,22 391,7 1,7456 100 Vapor saturado seco
2 52 1073,26 430 1,7456 - Vapor superaquecido
3 42 1073,26 259,6 1,2006 0 Líquido saturado
4 -12 185,22 259,6 s4 x4 Líquido e vapor
(6.5)
(6.6)
( (
Pode-se ainda calcular o COP do sistema através dos valores das ental-
pias encontradas na tabela 6.3, aplicados na equação 6.1.
Pode-se observar, também, que a vazão mássica não foi necessário para
solucionar esta equação, uma vez que este termo aparece no numerador e no
denominador da equação.
Nicolas Sadi Carnot (1796 – 1832) estabeleceu que nenhum sistema,
operando entre duas fontes de temperaturas diferentes, terá um COP supe-
rior ao definido pela equação 6.7. Observe que TF = Temperatura da Fonte
Fria e TQ = Temperatura da Fonte Quente. As temperaturas devem ser inse-
ridas na equação na unidade Kelvin.
TF
(6.7)
TQ - TF
271,15
= 7,9
34
Desempenho dos Sistemas 101
= 43%
7,9
Os sistemas de refrigeração utilizados na prática funcionam com um deter-
minado grau de superaquecimento do fluido refrigerante à saída do evaporador,
também chamado de DTsuper. Isso acontece para garantir que no compressor
entrará somente vapor, uma vez que a entrada de líquido no mesmo pode provo-
car sérios danos ao seu funcionamento. Para efetivar-se este superaquecimento,
é muito comum, nos refrigeradores, promover-se o contato da tubulação quente
do fluido refrigerante saindo do condensador com a tubulação fria do fluido,
saindo do evaporador. Esse contato funciona como um trocador de calor. Além
da vantagem de garantir a entrada de apenas fluido superaquecido no compres-
sor, esta configuração melhora a eficiência do ciclo para fluido R134a, garante um
grau de sub-resfriamento à entrada do capilar e elimina a condensação da umi-
dade do ar ambiente sobre a linha de sucção, que pode ser muito desagradável e
prejudicial à conservação do refrigerador. A figura 6.4 ilustra este tipo de sistema.
Figura 6.4 – Sistema de refrigeração com superaquecimento por trocador de calor interno
Figura 6.5 – Diagrama pressão versus entalpia específica para um ciclo com superaquecimento.
(h 1− h 4 ')
COP = (6.8)
(h 2 ' − h1' )
Exemplo de Aplicação 2
Supondo que Exemplo de Aplicação 1 seja acrescentado um DT de 5oC
de superaquecimento e 5oC de sub-resfriamento, pode-se utilizar o diagrama
pressão versus entalpia, a seguir, para resolver o problema pelo método gráfico.
Inicialmente, devemos inserir os pontos representativos dos estados
termodinâmicos do fluido refrigerante no diagrama pressão versus entalpia
para o R134a. Para isso é fundamental considerar o grau de superaquecimen-
to indicado. Pelo método gráfico é possível ler diretamente no diagrama as
entalpias específicas, conforme ilustrado na Figura 6.6:
Desempenho dos Sistemas 103
Figura 6.6 – Ilustração da marcação dos pontos no diagrama pressão versus entalpia específica
391,7 - 247
= 3,91
435 - 398
(6.9)
104 Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização
Exemplo de aplicação 3
Outra configuração de um sistema de refrigeração com dois estágios
de compressão e resfriamento intermediário pode ser visualizada na Figura
6.9. Para essa condição, calcule o COP do ciclo considerando que a tem-
peratura do evaporador 2 é de -30°C; a temperatura do evaporador 1 é
de +5°C e a temperatura de condensação é de 40°C. O fluido refrigerante
utilizado é a amônia.
Figura 6.10 – Representação do diagrama pressão versus entalpia específica para amônia
12
•
Q [(BTU/h)/W] (6.10)
EER = E
Pot
Exemplo de aplicação:
Compare a partir de análise de custos qual a solução mais econômi-
ca para uma instalação de ar condicionado entre as duas opções abaixo. O
sistema poderá ser composto por várias unidades de janela ou de splits. A
capacidade total instalada é de 30TR. O uso é de 8 horas por dia durante 260
dias por ano ao longo de 10 anos de uso. Analise as alternativas a partir dos
custos iniciais e de operação. Considere que 1kW.h custa R$ 0,30.
g Sistema de ar de janela – E.E.R de 7,0 – custo inicial de R$ 600,00 por
600 R$
Custo inicial em R$ = x 30 = R$ 18.000,00
TR
Custo manutenção em R$ =
( R$ 20,00
mês ) x 30 TR x 120 meses = R$ 72.000,00
TR
10.1 – Introdução
Tabela 10.1- Valores práticos para cálculo de carga térmica para câmaras
frigoríficas
Peixes
Carnes Lacticinios Verduras Congelados Ovos Frutas Lixo com Frango
gelo
Tempera-
tura de
entrada + 15 +15 + 30 - 10 + 30 + 30 + 30 + 10 + 15
do produ-
to (oC)
Tem- 145
Introdução à peratura
Tecnologia da Refrigeração e da Climatização – Prof. Jesué Graciliano da Silva
-1 +2 +4 - 18 +4 +1 +1
interna da 0 +2
Tabela 10.1+ 2são apresentadas
Na câmara +4 + 6essas informações
-20 de+6 acordo com o+2tipo de +2produto a ser
( C)
o
armazenado.
Espes-
sura do 100 100 100 150 100 100 100 100 100
isolamento
Tabela 10.1- (EPS)
Valores (EPS)
práticos para
(EPS)cálculo
(PUR) de carga
(EPS)térmica
(EPS) para
(EPS)câmaras
(EPS) frigoríficas
(EPS)
(mm) Carnes Lacticinios Verduras Congelados Ovos Frutas Lixo Peixes Frango
Calor com gelo
Temperatura deespecífico
entrada + 15 +15 + 30 - 10 + 30 + 30 + 30 + 10 + 15
do produto aproxi-
(oC) 3,22 3,56 3,85 1,72 3,06 3,85 3,35 3,18 3,31
Temperatura interna
mado da(kJ/ - 1 +2 +4 - 18 0 +4 +2 +1 +1
câmara (okgC) oC) +2 +4 +6 -20 +6 +2 +2
Espessura Movi-
do 100 100 100 150 100 100 100 100 100
isolamento (mm)
mentação (EPS) (EPS) (EPS) (PUR) (EPS) (EPS) (EPS) (EPS) (EPS)
Calor específico
diária em 3,22
100 3,56
100 3,85
80 1,72
100 -- 3,06 80 3,85
100 3,35
80 3,18
80 3,31
aproximado 2
kg/m de
(kJ/kg oC)
área
Movimentação diária 100 100 80 100 -- 80 100 80 80
em kg/m2 de área EPS = isolamento de poliestireno PUR = isolamento de poliuretano
EPS = isolamento de poliestireno PUR = isolamento de poliuretano
de dentro e de fora da câmara (oC) e L = espessura do isolante (m) disponibilizado na Tabelas 10.1.
Caso uma parede da câmara receba insolação solar é preciso adicionar um ∆T’ no valor de
∆T na equação 10.1. O valor que deve se acrescentado depende da orientação solar e da cor da
Capacidade de Câmaras Frias 169
Cor da parede
Orientação
Escura Média Clara
Leste ou O este 6 3,5 2
Nordeste ou 3,2 2 1
Noroeste
Norte 1 0,2 -
Forro 10 6 3,5
.
Qinf = N . Vcâmara . Q’’removido (10.2)
Figura 10.2 – Energia que deve ser removida para congelamento da carne.
Exemplo de Aplicação 1
Como exemplo, suponha que 200kg de frango a uma Temperatura ini-
cial de +15oC sejam armazenados em uma câmara fria com Temperatura
interna de -20oC. O tempo total para a temperatura ser reduzida de 15oC para
-20 oC foi de 16 horas. Com essas informações é possível se calcular a carga
térmica decorrente da parcela do produto por meio de três parcelas, mostra-
das na Figura 10.3.
Exemplo de Aplicação 2
Uma empresa deseja resfriar uma quantidade diária de 1.000kg de lixo. A
Temperatura de entrada do lixo de +32oC. Considere uma taxa de iluminação
dentro da câmara como sendo de 10W/m2 (mínimo de 100W). Considere o
movimento de 1 pessoa durante 2 horas dentro da câmara. A câmara está loca-
lizada em Florianópolis, onde a TBS é de 32oC e a Umidade Relativa é de 60%.
Solução
O lixo não tem um tempo determinado de estocagem. Apenas deve ser
conservado para não causar mau cheiro por um período de tempo. De acor-
do com a Tabela 10.1, a temperatura interna recomendada para a câmara é de
+2oC. A densidade de estocagem ou taxa de movimentação diária é tabelada
também na Tabela 10.1 como sendo 100kg/m2. Nessa condição a câmara
deverá ter uma área de 10m2, ou 2m de largura por 5m de comprimento.
Considere que a altura da câmara seja de 2,5m. A área superficial da câmara
é calculada a partir da soma das 6 faces da câmara (4 paredes, teto e piso).
Esse valor total é de 55m2. A diferença de temperatura (DT) entre o ambiente
externo e ambiente refrigerado é de 30oC. A espessura do isolamento polies-
tireno é de 100mm. Para câmaras pequenas, considera-se que o movimento
diário é igual à quantidade armazenada. Após a definição das medidas da câ-
mara e de sua espessura de isolamento é possível estimar a carga térmica total
considerando-se as parcelas: penetração de calor pelas paredes, piso e teto,
infiltração de ar, produto, iluminação, motores e pessoas.
Para calcularmos a penetração de calor pelas superfícies utilizamos a Equa-
ção de Fourier com um DT de 30oC, área superficial da câmara de 55m2, espessura
de isolamento de 100mm e KEPS= 0,035 W/m.oC. Fazendo-se os cálculos obtém-
-se uma parcela de carga térmica decorrente das paredes da ordem de 577W.
com um DT de 30oC, área superficial da câmara de 55m2, espessura de isolamento de 100mm e
KEPS= 0,035 W/m.oC. Fazendo-se os cálculos obtém-se uma parcela de carga térmica decorrente das
paredes da 176
ordem de 577W.
Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização
0,035( W/m.o C) . 55( m 2 ) . 30( o C )
Q1 = = 577W
0,10
0,035 . ( m.)30
55
.
Q1 = = 577W
0,10
Para o cálculo da infiltração, considera-se que o calor removido para essa faixa de
Para o cálculo da infiltração, considera-se que o calor removido para
temperatura e de umidade relativa é da ordem de 71,16kJ/m3, conforme Tabela 10.4 (T3 > 0oC). O
essa faixa de temperatura e de umidade relativa é da ordem de 71,16kJ/m ,
volume daconforme
câmara é Tabela
de 25 metros
10.4 (Tcúbicos
> 0oC).(2m x 5m x da
O volume 2,5m). O valor
câmara é de de
25 “N” é obtido
metros cúbi- na Tabela
10.3 comocos (2m0,22
sendo x 5mx x102,5m).
-3 O valorpor
renovações de segundo.
“N” é obtido
Logo,nao Tabela 10.3 como
calor devido sendo de ar é da
à infiltração
0,20 x 10-3 renovações por segundo. Logo, o calor devido à infiltração de ar
ordem de 391W.
é da ordem de 391W.
0,20
0,22
Q inf = (trocas / s ). 25( m 3 ) . 71,16( kJ / m 3 ) =0,39kJ / s ⇒ Q inf = 391 W
1000
Se oacontece
Se o esfriamento processoaoocorre ao longo
longo das 16h dedas 16h de funcionamento
funcionamento é possível
é possível estimar que a carga
estimar que a carga térmica de resfriamento do produto é de 1.750W. Para
térmica de resfriamento do produto
isso dividimos é de 1.750W. Para isso dividimos 100.500J/(16x3600s).
100.500J/(16x3600s).
Para o cálculoPara
da parcela devido
o cálculo à iluminação,
da parcela devido à considera-se uma potência
iluminação, considera-se de potên-
uma 100W. Para se
estimar a cargaciatérmica
de 100W. Paraaoseoperador
devido estimar adacarga térmica
câmara, devido ao
utilizamos operador
a Tabela da onde
10.8, câmara,
verificamos
utilizamos a Tabela 10.8, onde verificamos que uma pessoa libera aproxima-
que uma pessoa libera aproximadamente 273 W.
damente 273 W.
A carga térmica devido ao motor do evaporador é obtida, de forma aproximada, a partir da
A carga térmica devido ao motor do evaporador é obtida, de forma
Tabela 10.9 como sendo 121W.
aproximada, a partir da Tabela 10.9 como sendo 121W.
A carga
A carga térmica totaltérmica totaldeé todas
é a soma a soma de todas
essas essas
parcelas parcelas
é de é de aproxima-
aproximadamente 3.212W ou
damente 3.212W ou 10.953 BTU/h que é equivalente também a 0,9 TR ou
10.953 BTU/h que é equivalente também a 0,9 TR ou ainda 2.769 kcal/h.
ainda 2.769 kcal/h.
Exemplo de Aplicação 3:
Exemplo de Aplicação 3:
Uma empresa deseja resfriar uma quantidade diária de 3330 kg de maçã. A Temperatura de
Uma empresa deseja resfriar uma quantidade diária de 3330 kg de maçã.
entrada do produto de + 25oC. A temperatura interna da câmara deve ser 0oC. A cidade é São
Joaquim. A densidade de iluminação é de 15W/m2. O número de pessoas trabalhando na câmara é
de 2 pessoas por um período de 6 horas. A temperatura externa do ar é de 30oC e a UR é de 50%
para o verão. Considere o calor específico da maçã como sendo 3,65kJ/kgo.C.
Exemplo de Aplicação 3:
Uma empresa deseja resfriar uma quantidade diária de 3330
Capacidade kg deFrias
de Câmaras maçã. A177
Temperatura de
entrada do produto de + 25oC. A temperatura interna dao câmara deve ser 0oC. A cidade é São
A Temperatura de entrada do produto de + 25 C. A temperatura interna da
2
Joaquim. Acâmara
densidade
devede
seriluminação é deé São
0oC. A cidade 15W/m . O número
Joaquim. de pessoas
A densidade trabalhando
de iluminação é dena câmara é
de 2 pessoas por um. O
15W/m 2
número
período dede6 pessoas
horas. Atrabalhando
temperaturanaexterna
câmaradoé dear2épessoas
de 30oCpor
e aum
UR é de 50%
período de 6 horas. A temperatura externa do ar é de 30 C e aoUR é de 50%
o
para o verão. Considere o calor específico da maçã como sendo 3,65kJ/kg .C.
para o verão. Considere o calor específico da maçã como sendo 3,65kJ/kgo.C.
Solução:
Solução
Considerando-se uma taxa de movimentação diária de 80kg/m2 tem-se2 a área da câmara
Considerando-se uma taxa de movimentação diária de 80kg/m tem-se
2
como sendoa de
área42m . Definimos
da câmara comoque
sendoas medidas
de 42m2.da câmara são
Definimos que7m
as xmedidas
6m x 3mda de altura. A câmara
câmara
são 7m
será construída comx parede
6m x 3m de altura.
isolante A câmara será
de poliestireno construída
(EPS) de 100mmcomdeparede isolante
espessura. O esquema da
de poliestireno (EPS)
câmara é mostrado na Figura 10.4.
de 100mm de espessura. O esquema da câmara é mos-
trado na Figura 10.4.
A área de troca das paredes, teto e piso é de 2x(3x6) + 2x(3x7) + 2x (7x 6) = 162m2. Logo, a
A área de troca das paredes, teto e piso é de 2x(3x6) + 2x(3x7) + 2x (7x 6) =
carga térmica por 2 transmissão é da ordem de 1.701W.
162m . Logo, a carga térmica por transmissão é da ordem de 1.701W.
AAcarga
cargatérmica
térmicadecorrente
decorrentedo doproduto
produtoééaasoma somado docalor
o
calornecessário
necessárioparapararesfriar
resfriaraamaçã
maçãde
de
o
30oC Cpara
para00oCo
Ceeda dataxa
taxade Q produto = 3330( kg ) . 3,65( kJ/kg .C). 25( C ) = 303.862kJ
demetabolismo.
metabolismo.
o
30
o
QQproduto 3330( kg
produto==3330 ( kg) ). .33,65
,65 ( kJ/kgo .C
( kJ/kg .C).).25
25( (o oCC) )== 303
303.862
.862kJ
kJ
12 W
Q metabolismo = 3330( kg ) . = 40W
1000 kg
12 WW
12
Q
metabolismo = 3330 ( kg ) .
Qmetabolismo = 3330( kg ) . 1000 kg==40 40WW
Se o esfriamento acontece ao longo das 16h 1000
kg
de funcionamento, temos 5.315W de carga
térmica, devido ao resfriamento do produto e devido ao metabolismo (5.275W + 40W). Chegamos
Se oo esfriamento
Se esfriamento acontece
acontece ao
ao longo
longo das
das 16h
16h de
de funcionamento,
funcionamento, temos
temos 5.315W
5.315W dede carga
carga
nesse valor dividindo 303.862 kJ por 16 x 3.600 segundos, que resulta em 5.275W.
térmica,devido
térmica, devidoao aoresfriamento
resfriamento doproduto
Se o esfriamento
do produto eedevido
acontece devido aometabolismo
ao longo
ao metabolismo
das (5.275W++40W).
16h de funcionamento,
(5.275W 40W). Chegamos
temos
Chegamos
Para o cálculo da parcela devido à iluminação, considera-se uma potência de 630W. Para se
nessevalor
nesse valordividindo
estimar dividindo
a 5.315W 303.862
de carga
carga térmica,
303.862 kJtérmica,
devido
kJ porao
por 16operador
16 xxdevido
3.600segundos,
3.600 segundos,
daaocâmara, queresulta
resfriamento resulta
utilizamos
que em
em 5.275W.
do aproduto
Tabela e devido
10.8,
5.275W. ondeao
verificamos
Parauma metabolismo (5.275W + 40W). Chegamos nesse valor dividindo 303.862 kJ
que
Para oocálculo
cálculo
pessoada daparcela
parcela
libera devidoààiluminação,
aproximadamente
devido iluminação,
273W. São considera-se
duas pessoas
considera-se uma
uma potência
entrando de630W.
e saindo
potência de 630W. ParaPor
da câmara.
Para sese
por 16 x 3.600 segundos, que resulta em 5.275W.
estimar
estimar aacarga
isso, carga térmica,
esse térmica,
valor é de devido
546W.
devido aoAoperador
ao operador dacâmara,
carga térmica
da câmara, utilizamos
devidoutilizamos
ao motor ado aTabela
Tabela 10.8,onde
evaporador
10.8, éonde verificamos
obtida, de forma
verificamos
queuma
uma pessoalibera Para
libera o cálculo da
aproximadamente parcela
273W.devido à iluminação,
São484W.
duaspessoas considera-se
pessoasentrando uma
entrandoeesaindo potên-
saindodadacâmara.
câmara.PorPor
que aproximada,
pessoa a partir da Tabela 10.9 como
aproximadamente 273W. sendo
São duas
cia de 630W. Para se estimar a carga térmica, devido ao operador da câmara,
isso,esse
isso, essevalor
valorééde de546W.
546W.AAcargacarga térmicadevido
devidoao aomotor
motordo doevaporador
evaporador éobtida,
obtida,dedeforma
forma
utilizamos a Tabela 10.8,térmica
onde verificamos que uma pessoa liberaéaproxima-
aproximada,aapartir
aproximada, partirda
damente daTabela
Tabela10.9
273W. 10.9duas
São como
como sendo484W.
pessoas
sendo 484W. e saindo da câmara. Por isso, esse
entrando
valor é de 546W. A carga térmica devido ao motor do evaporador é obtida, de
forma aproximada, a partir da Tabela 10.9 como sendo 484W.
Figura 10.6 – Carga Térmica estimada usando planilha disponível na internet (Heatcraft)