Exercícios Da Apostila de Mecânica PDF
Exercícios Da Apostila de Mecânica PDF
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PROBLEMAS
1
AULA
1.1. Suponha que a força atuando sobre uma partícula possa ser
fatorada em uma das seguintes formas:
F (x, x& , t) = f (x) g(t) (1.50)
F (x, x& , t) = f (x& ) g(t) (1.51)
F (x, x& , t) = f (x) g(x& ) (1.52)
CEDERJ 23
Mecânica | Movimento em uma dimensão
v0 vt
(1.56)
( v + vt2 )
2 1/ 2
0
dv dv dx dv
= =v (1.58)
dt dx dt dx
dv dm
m = − ve − mg (1.59)
dt dt
24 CEDERJ
MÓDULO 1
onde m é a massa do foguete e ve é a velocidade de escape dos gases em
1
relação ao foguete. Integre esta equação para obter v em função de m,
AULA
supondo uma taxa temporal constante de perda de gás.
F = −be αv (1.60)
Soluções:
1.1. No texto da Aula 1, nós estudamos situações nas quais a
força aplicada depende somente do tempo t, ou somente da velocidade
x& .(t0Na
) próxima aula veremos forças que dependem somente da
posição x. Este problema considera forças que dependem de duas das
variáveis, x, x& ,(tt,
0)
porém, a dependência é fatorada. Queremos saber se
nesse caso a equação do movimento é integrável.
dv
m = f (x) g(t) (1.61)
dt
CEDERJ 25
Mecânica | Movimento em uma dimensão
dv
m = f (v) g(t) (1.63)
dt
ou,
m
∫ f (v) dv = ∫ g(t) dt (1.64)
dv
m = f (x) g(v) (1.65)
dt
dv dv dx dv
m =m = mv (1.66)
dt dx dt dx
mv
∫ g(v) dv = ∫ f (x) dx (1.67)
26 CEDERJ
MÓDULO 1
1.2. Da segunda lei de Newton segue que
1
AULA
&& = e − bt
x
(1.68)
Integrando esta equação em relação ao tempo, achamos
e − bt
v(t) = − +A
b (1.69)
Integrando novamente dá
e − bt
x(t) = + At + B (1.70)
b2
1
A condição inicial, v(0) = 0, dá A = . A condição inicial, x(0) = 0 , dá
1 b
B=− . Assim,
b2
e − bt t 1 (1.71)
x(t) = + −
b2 b b2
dv
m = mg − mγ v 2 (1.72)
dt
dv v dv′ t
= dt → ∫ = ∫ dt ′ (1.73)
g −γv 2 0 g − γ v′ 2 0
1 γ
arctanh v = t (1.74)
γg g
v (t) =
g
γ
tanh ( γ gt ) (1.75)
t g t
x (t) − x(0) = ∫ v (t ′) dt ′ =
γ ∫0
tanh γ gt ′dt ′ (1.76)
0
CEDERJ 27
Mecânica | Movimento em uma dimensão
o que dá
1
x(t) = x0 + ln cos h γ gt (1.77)
γ
1 cos h ( γ g t1 )
2
s (t0 → t1 ) = x (t1 ) − x(t0 ) = ln (1.79)
2γ cos h2 ( γ g t0 )
γ 2
v = tan h2 ( γ gt) = 1 − sec h2 ( γ gt) (1.80)
g
Então, g
cos h2 ( γ gt) =
g − γ v2 (1.81)
1 g − γ v0
s (t0 → t1 ) = ln (1.82)
2γ g − γ v1
dv dv dx dv
m =m = mv = mg − mγ v 2 (1.83)
dt dx dt dx
de onde escrevemos
vdv v1 v′dv′ x1
= dx → ∫ = ∫ dx (1.84)
g −γv 0 g − γ v′
2 v 2 x0
28 CEDERJ
MÓDULO 1
o que imediatamente leva ao resultado desejado:
1
AULA
1 g − γ v0
s (t0 → t1 ) = ln (1.85)
2γ g − γ v1
dv
m = − mg − mγ v 2 (1.86)
dt
dv dv dy dv
= =v = − g − γ v2 (1.87)
dt dy dt dy
Integrando, dá
v vdv
y − y0 = − ∫
v0 g + γ v2
1 v d(v 2 ) (1.88)
2 ∫v0 g + γ v 2
=−
1 g + γ v2
=− ln
2γ g + γ v02
g + γ v2
= e −2 γ y (1.89)
g + γ v0
2
g g
v2 = − + + v02 e −2γ y (1.90)
γ γ
ou,
CEDERJ 29
Mecânica | Movimento em uma dimensão
1 − g + γ v2
y − y0 = ln (1.93)
2γ − g + γ v02
− g + γ v2
= e 2γ y (1.94)
−g
ou,
v 2 = vt2 − vt2 e 2γ y (1.96)
vt2
v 2 = vt2 − vt2 (1.99)
v02 + vt2
ou,
v0 vt
v=
v02 + vt2 (1.100)
dv (1.101)
m = −mγ v 3 / 2
dt
30 CEDERJ
MÓDULO 1
Integrando esta equação, obtemos
1
AULA
v
1 v dv 1 v −1 / 2 2
γ ∫v0 v 3 / 2
t=− = − = (v −1 / 2 − v0−1 / 2 )
γ −1 / 2 v γ (1.102)
0
−2
γt
v (t) = + v0−1 / 2 (1.103)
2
γ 2 0
γ γ2
dv dv
=v = −γ v 3 / 2 (1.105)
dt dx
2v01 / 2
x − x0 → (1.107)
γ
dp (1.108)
=F
dt
(Aqui, como estamos tratando do movimento em uma dimensão, não
precisamos explicitar o caráter vetorial de p e F). Como a massa é
variável, dp / dt ≠ mdv / dt.
CEDERJ 31
Mecânica | Movimento em uma dimensão
dN
mg v g (1.109)
dt
dp dv dm dm (1.111)
=m + v = −mg + vg
dt dt dt dt
ou,
dv dm
m = − mg − (v − v g ) (1.112)
dt dt
dv dm
m = − mg − ve (1.113)
dt dt
dm
dv = − gdt − ve (1.114)
m
o que dá
m
v = − gt + ve ln 0 (1.115)
m
32 CEDERJ
MÓDULO 1
Substituindo o valor de t, encontramos finalmente,
1
AULA
m g
v = ve ln 0 − (m0 − m) (1.116)
m µ
Note que nesta expressão, à medida que o foguete usa sua massa,
a velocidade parece divergir logaritmicamente. Antes disso, como você
sabe, a Mecânica Clássica deixa de valer.
1.7. (a) Seja r o raio da gota no instante t. O problema diz que a
taxa de crescimento da massa da gota é
dm
= kπ r 2
dt
(1.117)
Se ρ é a densidade da gota, então
4π 3
m= ρr
3 (1.118)
de modo que
dm dr
= 4π ρ r 2 = kπ r 2
dt dt (1.119)
Portanto,
dr k
= (1.120)
dt 4 ρ
ou,
k
r = r0 + t (1.121)
4ρ
4π 3 dv 4π 3
ρr + vkπ r 2 = − r ρg (1.123)
3 dt 3
ou,
dv 3k
+ v = −g (1.124)
dt 4 ρ r
CEDERJ 33
Mecânica | Movimento em uma dimensão
dv 3k v
+ = −g
dt 4 ρ r + k t (1.125)
0
4ρ
Fazendo B = k / 4 ρ , reescrevemos a Equação (1.125) como
dv 3B
+ v = −g (1.126)
dt r0 + Bt
dv
+ P(t)v = Q(t) (1.127)
dt
cuja solução é
3B
P(t) = , Q(t) = − g (1.129)
r0 + Bt
Agora,
3B
∫ P(t)dt = ∫ r dt = 3 ln ( r0 + Bt ) = ln ( r0 + Bt )
3
(1.130)
0 + Bt
Portanto,
e∫ = ( r0 + Bt )
Pdt 3
(1.131)
e assim,
v (t) = − ( r0 + Bt ) ∫ ( r0 + Bt ) gdt + C
−3 3
−3 g (1.132)
= − ( r0 + Bt ) ( r0 + Bt ) + C
4
4B
A constante pode ser determinada fazendo v (t = 0) = v0 :
g 4
C = −v0 r03 − r0 (1.133)
4B
Então, nós temos
−3 g g 4
v (t) = − ( r0 + Bt ) ( r0 + Bt ) − v0 r03 −
4
r0
4B 4B (1.134)
34 CEDERJ
MÓDULO 1
ou,
1
1 g 3
4B ( Bt ) + O(r0 )
4
v(t) = − (1.135)
AULA
( Bt )
3
3
onde O(r0 ) significa “termos da ordem de r30 ou superior”. Para r0
suficientemente pequeno, podemos desprezar esses termos e
g (1.136)
v (t) = − t
4
Curiosamente, neste caso o movimento da gota é uniformemente
acelerado.
dv (1.137)
m = −be − αv
dt
v b t
∫v0
e − αv dv = −
m ∫0
dt (1.138)
Fazendo as integrais,
1 − αv αb αb αv0
α
(
e − e − αv0 =
m
)
t ⇒ e − α(v − v0 ) = 1 +
m
e
(1.139)
de onde segue que
1 α b α v0
v = v0 − ln 1 + e (1.140)
α m
t 1 t α b α v0
x (t) = ∫ v(t) dt = v0t − ∫ ln 1 + e t dt (1.141)
0 α 0
m
t
1 m − αv0 αb αv0 αb αv0
= v0 t − e 1 + e t ln 1 + e t − t
α αb m m 0
ou seja,
CEDERJ 35
Mecânica | Movimento em uma dimensão
m
ts =
αb
(
1 − e − αv0 ) (1.143)
m (1.144)
xs = (1 − e − αv0 − αv0 e − αv0 ).
αb
2
36 CEDERJ
Mecânica | Movimento em uma dimensão e forças conservativas
PROBLEMAS
a b
V (x) = − 6
+ 12 (2.59)
x x
50 CEDERJ
MÓDULO 1
2.5. Encontre a solução geral da equação do movimento de um corpo
2
sob a ação de uma força linear repulsiva F = kx. Mostre que esse tipo de
AULA
movimento pode ser esperado na vizinhança de um ponto de equilíbrio
instável.
SOLUÇÕES
(ρ l)y&& = ρ gy (2.60)
g
y&& = y (2.61)
l
g g
p2 = ou p = ± (2.62)
l l
CEDERJ 51
Mecânica | Movimento em uma dimensão e forças conservativas
y = Ae +α t + Be−α t (2.63)
y& ( t ) = α Ae +α t − α Be −α t (2.64)
y0 +α t
y (t) =
2
( e + e −α t ) = y0 cos h ( αt ) (2.65)
e a velocidade,
α y0 +α t
y& (t) =
2
( e − e −α t ) = y0 senh ( αt ) (2.66)
O tempo T que a corrente leva até perder o contato com a mesa é tal que
y (T ) = l , ou seja, l = cot h (α T ) . Usando sen h (α T ) = cos h2 (α T ) − 1
encontramos que a velocidade da corrente logo que ela perde contato com
a mesa é
g l2
y& (Tt ) = α y0 senh (α T ) = y0 2 − 1 = gl 1 − f02 (2.67)
l y0
d dv dy dv
y&& = v= =v (2.68)
dt dy dt dy
∫ vdv = α ∫ ydy
2
(2.69)
0 y0
52 CEDERJ
MÓDULO 1
Encontramos
2
v 2 = α 2 ( y 2 − y02 ) (2.70)
AULA
Fazendo y = l na Equação (2.12), obtemos o resultado desejado,
g
v2 = (l − y02 ) ⇒ v = gl 1 − f02 (2.71)
l
1 2 k 4
kx −= x
2 4α 2
(b) Para encontrar os pontos de equilíbrio, fazemos dV / dx x = x = 0
0
obtemos
kx03 x02
kx0 − = 0 ⇒ kx0 1 − 2
=0 (2.73)
α2 α
d 2V
= k > 0 ⇒ x = 0 equilíbrio
equil brioestável
estÆvel
dx 2 x0 =0
d 2V
= k − 3k = −2k < 0 ⇒ equilíbrio
equil brioinstável
instÆvel
dx 2 x0 = ± α
CEDERJ 53
Mecânica | Movimento em uma dimensão e forças conservativas
1 Kα2
4
x
–α +α 2
Ponto de
equilíbrio
estável
Figura 2.1
dv dx dv dv α d α α α α2
F (x) = m =m = mv =m = m − 2 = − m (2.74)
dt dt dx dx x dx x x x x3
dV 6a 12b
F(x) = − = − 7 + 13 (2.75)
dx x x
54 CEDERJ
MÓDULO 1
2
AULA
Figura 2.2
1/ 6
12b 6a 2b
13
= 7 ⇒ xe = (2.76)
xe xe a
CEDERJ 55
Mecânica | Movimento em uma dimensão e forças conservativas
dv
m = kx (2.80)
dt
&& − η 2 x = 0
x (2.81)
Figura 2.3
56 CEDERJ
MÓDULO 1
2.6. A equação do movimento da massa m é
2
&& + kx = Fa (2.83)
AULA
mx
&& ’+ kx ’+ ka = Fa
mx (2.84)
CEDERJ 57
MÓDULO 1
PROBLEMAS
3
AULA
3.1. Uma massa na extremidade de uma mola é liberada do
repouso na posição x0. A experiência é repetida, mas agora com o
sistema imerso num fluido que faz com que o movimento seja criticamente
amortecido. Mostre que a máxima velocidade da massa no primeiro caso
é e, multiplicado pela velocidade máxima no segundo caso.
correspondente.
F0
x (t) = [cos(ω t) − cos(ω0t)] (3.59)
m (ω − ω 2 )
2
0
CEDERJ 73
Mecânica | O oscilador harmônico simples
F0 / m
D (ω) = (3.61)
(ω − ω 2 )2 + Γ 2ω 2
2
0
Γ2
ωR = ω02 − (3.62)
2
que é chamada freqüência de ressonância.
O grau de amortecimento de um sistema oscilante costuma ser
medido em termos do fator de qualidade Q do sistema:
ωR
Q= (3.63)
Γ
(a) Escreva a amplitude D(ω) em termos de Q. Considere o caso
de amortecimento fraco e faça um gráfico de D para diversos valores de
Q e comente seus resultados.
(b) Ainda considerando amortecimento fraco, mostre que, se a
freqüência da força aplicada for próxima da ressonância, o Q do sistema
é aproximadamente
Energia total
Q ≅ 2π × (3.64)
Energia perdida durante um período
per odo
74 CEDERJ
MÓDULO 1
(a) Que valor de ω resulta em oscilações de estado estacionário
3
com amplitude máxima?
AULA
(b) Qual é o valor da amplitude máxima?
(c) Quando ω tem o valor encontrado na parte (a), qual é o ângulo
de fase φ ?
dE (3.66)
= −bx& 2
dt
SOLUÇÕES
CEDERJ 75
Mecânica | O oscilador harmônico simples
2
Γ − t Γ
Γ
dv
= − x0 e 2 1 − t = 0 (3.73)
dt 2 2
Γ 2
1− tm = 0 → tm = (3.74)
2 Γ
Γ −1
vm = v (tm ) = x0 e (3.75)
2
ω x0
=e
Γ (3.76)
x0 e −1
2
onde usamos que, no amortecimento crítico, ω = Γ / 2.
76 CEDERJ
MÓDULO 1
Substituindo estes resultados na equação do movimento, achamos
3
Γ
Γ2 Γ2 Γ 2 − Γ2 t
AULA
− t
(y&& − Γy& + y + Γy& − 2 y + ω2 y) e 2 = (y&& + ω 2 − y) e = 0 (3.78)
4 4 4
ou,
Γ2
y&& + ω 2 − y = 0 (3.79)
4
Para o amortecimento crítico, Γ / 2 = ω , e esta equação se reduz a
y&& = 0 (3.80)
do enunciado do problema,
Γ
− (t + n τ ) 1 −Γt Γ (3.83)
Ae 2
= Ae 2 ⇒ nτ = 1
e 2
de onde segue que
ϖ = nπ Γ (3.84)
Agora,
Γ2 ϖ2 1
ω2 = ϖ 2 + = ϖ 2 + 2 2 = ϖ 2 1 + 2 2 (3.85)
4 4n π 4n π
Portanto, −1 / 2
ϖ 1
= 1 + 2 2 (3.86)
ω 4n π
1
ϖ ≈ 1 − 2 2 ω (3.87)
8n π
CEDERJ 77
Mecânica | O oscilador harmônico simples
F0
−ω 2 D cos(ω t) + ω02 D cos(ωt) = cos(ωt) (3.91)
m
e, portanto,
F0
D= (3.92)
ω − ω2
2
0
F0
x (t) = A cos(ω0 t + θ ) + cos(ωt) (3.93)
m (ω − ω 2 )
2
0
F0
x (t) = [cos(ω t) − cos(ω0t)] (3.96)
m (ω − ω 2 )
2
0
78 CEDERJ
MÓDULO 1
(c) Quando ω → ω0, tanto o numerador quanto o denominador da
3
Equação (3.96) vão a zero, e portanto devemos ser cuidadosos ao tomar
AULA
esse limite. Expandindo o numerador em torno de ω = ω0 , temos
cos(ω t) − cos(ω0 t) =cos( ωωt)t)−−cos(
cos( ωω0 t0)t)=ω cos(
cos( = ω0 ω t) − cos(ω t)
0 ω = ω0
d
+ ( cos(ωt) − cos(+ω0dt))( cos((ωωt−) −ωcos(
0) + O
ω0(( t)ω) − ω0(ω
)2 )− ω ) + O ((ω − ω )2 )
dω dω ω = ω0
0 (3.97) 0
ω = ω0
= (−t sen (ω0 t))(ω − ω=0 )(−+tO((ω(ω− tω))(
sen
2
0 )ω)− ω ) + O((ω − ω )2 )
0 0 0
Assim,
F0
x (t) =
m (ω0 + ω)(ω0 − ω)
((−t sen (ω0t))(ω − ω0 ) + O((ω − ω0 )2 )) (3.98)
ou
F0
x (t) = t sen (ω0 t) + O((ω − ω0 )) (3.99)
m (ω + ω0 )
ω0
Q= (amortecimento fraco) (3.101)
Γ
F0 / m D (0)
D (ω) = = (3.102)
Γ 2
α2
ω2
0 (1 − α ) + 2 α 2
2 2
(1 − α ) + 2
2 2
ω0 Q
CEDERJ 79
Mecânica | O oscilador harmônico simples
(Compare esta expressão com a que foi escrita no texto da aula. Aqui,
definimos a fase fazendo cos φ = (ω0 − ω ) / R, senφ = Γω / R , e tal
2 2
80 CEDERJ
MÓDULO 1
Então,
3
Energia total mD2ω02 / 2 ω Q (3.107)
AULA
≅ = 0 ≅
per odo π m Γω0 D
Energia perdida durante um período 2
2π Γ 2π
como queríamos mostrar.
k 250N / m
ω02 = = = 25s −2 (3.108)
m 10kg
e o parâmetro de amortecimento é
60 kg / s
Γ= = 6, 0s −1 (3.109)
10 kg
Γ2 36s −2 (3.110)
ωR = ω02 − = 25s −2 − = 2, 65s −1
2 2
F0 / m
D (ωR ) =
(ω02 − ωR2 )2 + Γ 2ωR2 (3.111)
F0 / m 48N / 10kg
= = = 0, 2m
−1
Γ ω − Γ /4
2
0
2
6s 25s −2 − 36s −2 / 4
Γω 2ω 2 × 2, 65s−1
φ = tan−1 2 R 2 = tan−1 R = tan−1 = 41, 4
0
(3.112)
ω
0 − ωR Γ 6 s −1
dE d 1 1
= mx& 2 + kx 2 = mxx
& && + kxx& = (mx
&& + kx) x& (3.114)
dt dt 2 2
CEDERJ 81
Mecânica | O oscilador harmônico simples
&& + kx = −bx& ,
e, usando a equação do movimento, mx
dE
= −bx& 2
dt (3.115)
(b) Para um oscilador com amortecimento crítico, o deslocamento
como função do tempo é dado por
(3.116)
x (t) = (A + Bt) e − bt / 2 m
b b
x& (t) = (B − A− Bt) e − bt / 2 m (3.117)
2m 2m
Agora, x (t = 0) = x0 ⇒ A = x0
b b (3.118)
x& (t = 0) = 0 ⇒ B = A= x0
2m 2m
dE
= −(2m)−4 b5 x02 t 2 e − bt / m (3.120)
dt
1 1 k 1
Energia perdida = − m ω02 x02 = − m x02 = − kx02 (3.123)
2 2 m 2
82 CEDERJ
MÓDULO 1
−1
3.8. Para este oscilador, Γ / 2 = (10 kg/s)/2 × 1 kg = 5 s , e a fre-
3
AULA
qüência natural é
k 50 N/m
ω0 = = = 7, 1 s−1 (3.124)
m 1kg
Γ
− t
x (t) = Ae 2
cos(ϖ t + θ ) (3.125)
onde
Γ2
(7, 1) − ( 5, 0 ) s−1 = 5, 0 s−1
2 2
ϖ = ω02 − = (3.126)
4
Da Equação (3.128),
Γ π
tan θ = − = −1 ⇒ θ = − (3.129)
2ϖ 4
2
A= 0, 1 m = 20, 1 m (3.130)
2
Assim,
−1 π
x (t) = 2 (0, 1 m) e − (5,0 s )t
cos (5, 0 s−1 ) t − (3.131)
4
CEDERJ 83
MÓDULO 1
PROBLEMAS
4
AULA
4.1. Duas massas, m e 2m, estão ligadas por molas idênticas como
indicado na figura abaixo. Encontre os modos normais.
Figura 4.7
Figura 4.8
CEDERJ 97
Mecânica | Oscilações acopladas
Figura 4.9
m
Figura 4.10
4
de Coulomb entre eles. As forças de repulsão entre os íons são:
AULA
r 1 e2 r 1 e2
F12 = ^
z , F = − ^
z
21 (4.44)
4π ε 0 (z1 − z2 )2 4π ε 0 (z1 − z2 )2
b
a
Figura 4.11
CEDERJ 99
Mecânica | Oscilações acopladas
SOLUÇÕES
equações lineares
ou,
− p2 + 2ω 2 −ω 2 C1 0
2 =
−ω −2 p + 2ω C2 0
2 2
(4.48)
− p2 + 2ω 2 −ω 2 (4.49)
=0
−ω 2 −2 p2 + 2ω 2
ou,
2 p4 − 6 p2 ω2 + 3ω 4 = 0 (4.50)
3± 3 2
p±2 = ω (4.51)
2
3± 3
ω± = ω (4.52)
2
100 CEDERJ
MÓDULO 1
Para encontrar os modos normais correspondentes, devemos
4
resolver
AULA
− p±2 + 2ω 2 −ω 2 C1± 0
2 = , (4.53)
−ω −2 p± + 2ω C2 ± 0
2 2
o que dá
C2 ± − p±2 + 2ω 2 ω2 1
= = =− (4.54)
C1± ω 2
−2 p± + 2ω
2 2
1± 3
3 − 1
cos(ω− t + φ− ) (4.56)
1
ou
y&&1 + 3ω 2 y1 − ω 2 y2 = 0
y&&2 + ω 2 y2 − ω 2 y1 = 0 (4.58)
onde ω = k m .
lineares
− p2C1 + 3ω 2C1 − ω 2C2 = 0
(4.59)
−ω 2C1 − p2C2 + ω 2C2 = 0
ou
− p2 + 3ω 2 −ω 2 C1 0 (4.60)
=
−ω − p 2 + ω 2 C2 0
2
CEDERJ 101
Mecânica | Oscilações acopladas
p4 − 4 p2ω 2 + 2ω 4 = 0 (4.62)
que dá
C2 ± − p±2 + 3ω 2 ω2
= = = (1 m 2 ) (4.65)
C1± ω2 − p2± + ω2
1
cos(ω+ t + φ+ ) (4.66)
1 − 2
e
1
cos(ω− t + φ− ) (4.67)
1 + 2
y1 (t) 1 1
= A+ cos(ω+ t + φ+ ) + A− cos(ω− t + φ− ) (4.68)
y2 (t) 1 − 2 1 + 2
102 CEDERJ
MÓDULO 1
y& 2 (0) = v0 = − (1 − 2 ) ω+ A+ − (1 + 2 )ω− A− = 2 (ω+ A + − ω− A− ) (4.72)
4
AULA
Destas equações obtemos
v0 v0
A+ = , A− = − (4.73)
2 2ω+ 2 2ω−
y1 (t) =
v0
−
(
sen 2 + 2 ω t
+
sen 2 − 2 ωt ) ( ) (4.74)
2 2ω 2+ 2 2− 2
y2 (t) =
v0
− (1 − 2 )
sen 2 + 2 ωt
+
((1 + 2 )
)
sen 2 − 2 ωt ( )
2 2ω 2+ 2 2− 2
− 2)
sen ( 2 + 2 ωt ) + (1 + 2)
sen ( 2 − 2 ωt ) (4.75)
2+ 2 2− 2
–T2
Figura 4.12
CEDERJ 103
Mecânica | Oscilações acopladas
m1 + m2 ± m1 m2 + m22 g
ω± = (4.80)
m1 l
a b
Figura 4.13
104 CEDERJ
MÓDULO 1
As coordenadas do bloco e do pêndulo são:
4
xM = x, yM = 0
AULA
xm = x + l senθ , ym = −l cosθ (4.81)
&&m = m x
mx (
&& + lθ&& cosθ − l θ&2 senθ = −Tsenθ) (4.83)
( )
my&&m = m l θ&&senθ + lθ&2 cosθ = T cosθ − mg (4.84)
(
m lθ&&sen2θ + lθ&2 cosθ senθ = − m x ) ( )
&& + lθ&& cosθ − lθ&2 senθ cosθ − mg senθ
(4.86)
( )
m lθ&&sen2θ + lθ&2 cosθ senθ = − m x ( )
&& + lθ&& cosθ − lθ&2 senθ cosθ − mg senθ
ou, simplificando,
lθ&& + x
&& cosθ + mg senθ = 0 (4.87)
e
lθ&& + x
&& + gθ = 0 (4.89)
CEDERJ 105
Mecânica | Oscilações acopladas
m &&
&& +
x lθ + Ω12 x = 0
MT (4.90)
lθ&& + x
&& + Ω2 lθ = 0
2
MT 4M 2 2
(Ω + Ω22 ) −
2
ω± = Ω12 + Ω22 ± 2
Ω1 Ω2 (4.91)
1
2M MT
r 1 e2 r 1 e2
F1 = − eaz1 zˆ + ˆ,
z F2 = − eaz 2
ˆ
z − ẑˆ (4.92)
4πε 0 (z1 − z2 )2 4πε 0 (z1 − z2 )2
106 CEDERJ
MÓDULO 1
z1 = η&&1 , &&
As equações do movimento são (note que && z2 = η&&2 )
4
AULA
mη&&1 = − eaη1 − ea (η1 − η2 )
(4.97)
mη2 = − eaη2 + ea (η1 − η2 )
ou,
ξ1 = η1 + η2
ξ 2 = η1 − η2 (4.99)
ξ1 = a cos (ω1t + φ1 )
(4.102)
ξ 2 = b cos (ω2 t + φ2 )
e assim,
η1 = A cos (ω1 t + φ1 ) + B cos (ω2 t + φ2 )
(4.103)
η2 = A cos (ω1 t + φ1 ) − B cos (ω2 t + φ2 )
CEDERJ 107
Mecânica | Oscilações acopladas
η1 1 1
= A cos (ω1t + φ1 ) + B cos (ω2 t + φ2 ) (4.104)
η 2 1 −1
v0 ω v
A=− , B= 1 A=− 0 (4.107)
2ω1 ω2 2ω2
x2 (t) =
v0
sen (ω0 t ) −
sen ( )
3ω0 t
2ω0 3 (4.109)
&&1 + k(x1 − x2 ) = 0
mx (4.110)
&&2 + 2k(x2 − x1 ) = 0
mx (4.111)
108 CEDERJ
MÓDULO 1
O método do determinante funciona aqui, mas o sistema é tão
4
simples que podemos fazer do jeito mais fácil: somando as equações, dá
AULA
&&1 + x
x &&2 = 0 (4.112)
e subtraindo uma da outra,
&&2 + 4ω 2 (x1 − x2 ) = 0
&&1 − x
x (4.113)
ξ1 = at + b (4.114)
e
ξ 2 = c cos(2 ωt + φ ) (4.115)
A solução geral do nosso problema é, portanto,
1
x1 = (ξ1 + ξ 2 ) = At + B + C cos(2ωt + φ )
2 (4.116)
1
x2 = (ξ1 − ξ 2 ) = At + B − C cos(2ωt + φ )
2
ou,
x1 1 1
= (At + B) + C cos(2 ωt + φ ) (4.117)
x2 1 −1
1
(At + B) (4.118)
1
CEDERJ 109
Mecânica | Oscilações acopladas
− p2 + 2ω 2 −ω 2 −ω 2 C1
−ω − p2 + 2ω 2 −ω C2 = 0
2 2
(4.121)
−ω 2
−ω 2 2 2
− p + 2ω C3
− p2 + 2ω 2 −ω 2 −ω 2
−ω 2 − p2 + 2ω 2 −ω 2 =0
(4.122)
−ω 2 −ω 2 − p + 2ω
2 2
− ( p2 ) + 6 ( p2 ) ω 2 − 9 p2 ω 4 = 0
3 2
(4.123)
110 CEDERJ
MÓDULO 1
PROBLEMAS
5
AULA
5.1. Quais destas forças são conservativas? Encontre o potencial
para aquelas que são.
(a) Fx = ayz + bx + c, Fy = axz + bz, Fz = axy + by , onde a, b
e c são constantes arbitrárias.
. − x , Fy = ln z, Fz = e − x + y / z
(b) Fx = −ze
r
(c) F = arˆ / r
3 GM 2
V =− (5.53)
5 R
∇ 2ϕ = 4π Gρ (5.54)
r
(b) Mostre que o potencial ϕ (r ) de uma distribuição de massa
r
ρ (r ) é dado por
r
r Gρ (r ’)
ϕ (r ) = − ∫ r r dV ’ (5.55)
r − r’
CEDERJ 127
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
GM
ϕ (r) = − (5.56)
r 2 + a2
128 CEDERJ
MÓDULO 1
(a) Supondo que a distribuição de massa da galáxia possa ser
5
aproximada como esférica, mostre que a velocidade de uma estrela em
AULA
uma órbita de raio r (distância da estrela ao centro da galáxia) é
GM (r)
v (r) = (5.58)
r
SOLUÇÕES
r r ∂Fz ∂Fy ˆ ∂Fx ∂Fz ˆ ∂Fy ∂Fx
5.1. Devemos calcular ∇ × F = − i + − j + ∂x − ∂y k̂
∂y ∂z ∂z ∂x
Fy ∂Fx ∂Fz ˆ ∂Fy ∂Fx
iˆ + − j + ∂x − ∂y k̂ para cada uma das forças.
z ∂z ∂x
∂Fz ∂Fy ∂Fx ∂Fz
(a) − = ax + b − (ax + b) = 0 , − = ay − ay = 0 ,
∂y ∂z ∂z ∂x
∂Fy ∂Fx
− = az − az = 0
∂x ∂y
CEDERJ 129
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
r r
r rr r
A força é conservativa. No cálculo deV (r ) = − ∫r F(r ′) ⋅ dr ′, vamos
r0
r
escolher r0 = 0 e o caminho, mostrado na Figura 5.10,
Figura 5.10
r ˆ r ˆ r ˆ
C1 → dr ′ = idx ′, y′ = 0, z ′ = 0; C2 → dr ′ = jdy ′, x′ = x, z ′ = 0 C3 → dr ′ = kdz ′, x′ = x
r ˆ r ˆ
; C2 → dr ′ = jdy ′, x′ = x, z ′ = 0 C3 → dr ′ = kdz ′, x′ = x, y′ = y . Então,
r
V (r ) = − ∫ Fx ’dx′ − ∫ Fy ’ dy′ − ∫ Fz ’dz ′
C1 C1 C1
x y z
= − ∫ (bx′ + c)dx′ − ∫ 0 dy′ − ∫ (axy + by) dz ′
0 0 0
1
= − bx 2 − cx − axyz − byz
2
r x y z y
V (r ) = ∫ e − x ’dx′ − ∫ 0 dy′ − ∫ e − x + dz ′
0 0 1
z′
= 1 − e − e ( z − 1) − y ( ln z − ln 1)
−x −x
= 1 − ze − x − y ln z
ax ay az
Fx = , Fy = 2 , Fz = 2
x +y +z
2 2 2
x +y +z
2 2
x + y2 + z2
130 CEDERJ
MÓDULO 1
ax ay az
Fx = , Fy = 2 , Fz = 2
5
x +y +z
2 2 2
x +y +z
2 2
x + y2 + z2
AULA
Assim,
∂Fz ∂Fy ax2y ay2 x
− =− − =0
∂y ∂z ( x + y + z ) ( x + y2 + z2 )
2 2
2 2 2 2
5.2. Uma esfera pode ser vista como um número muito grande
de camadas concêntricas, desde r = 0 até r = R. Imagine que você vá
juntando massa, camada por camada, para formar a esfera. A variação
na energia potencial quando uma camada de raio r espessura dr é trazida
desde o infinito (onde tomamos o zero da energia potencial) e colocada
na sua posição na esfera é
GM (r) dM (5.59)
dV = −
r
Agora,
M 3M
ρ= = (5.63)
(4 / 3)π R3 4π R3
CEDERJ 131
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
e assim, 3M 2
G (4π ) 2
V =− 4π R3 R5 = − 3GM (5.64)
15 5R
r
M(r) = ∫ ρ (r ′)4π r ′2 dr ′
0 (5.67)
Para que g(r) seja constante,
GM (r)
= g0 = constante
r2 (5.68)
Então,
r
g0 r 2 = G∫ ρ (r ′)4π r ′2 dr ′ (5.69)
0
2 g0 r = 4π Gρ (r) r 2
(5.70)
e resolvendo para ρ(r), encontramos
g 1
ρ (r) = 0 (5.71)
2π G r
132 CEDERJ
MÓDULO 1
r r
Inserindo g = − ∇ϕ no lado esquerdo desta equação, obtemos
5
r r
AULA
∇ ⋅ g = −∇ ⋅ ∇ϕ = −∇ 2ϕ (5.73)
e a Equação (5.72) torna-se
∇ 2ϕ = 4π Gρ (5.74)
Gdm
dϕ = − r r (5.75)
r − r′
r r
Agora, o elemento de massa na posição r ′ é dm = ρ (r ′)dV ′ e, assim,
integrando sobre toda a distribuição, temos o resultado procurado
r
r Gρ (r ′)
ϕ (r ) = − ∫ r r dV ′ (5.76)
r − r′
Figura 5.11
1 ∂ 2 ∂ 1 ∂ ∂ 1 ∂2
∇2 = r + sen θ + (5.77)
r 2 ∂r ∂r r 2 senθ ∂θ ∂θ r 2 sen2θ ∂φ 2
CEDERJ 133
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
−5 / 2
1 ∂ 2 ∂ϕ 2 ∂ϕ ∂ 2ϕ 3GM r2
∇ϕ= 2
2
r = + = 1 + (5.78)
r ∂ r ∂r r ∂ r ∂ r 2 a3 a2
Figura 5.12
Figura 5.13
134 CEDERJ
MÓDULO 1
A diferença entre a força exercida pelo planeta sobre uma partícula
5
de massa m no centro da rocha e uma partícula de mesma massa na
AULA
superfície da rocha é
GMm GMm
−2
r 2r 2GMmr
= 2 1 − 1 + ; 2 1−1+ =
d d d d d3
GMr m
FR = (5.81)
r2
2M 3
d3 = r (5.82)
Mr
4
M= π R3 ρP (5.83)
3
Similarmente,
4 3
Mr = π r ρr (5.84)
3
Logo, 4
2 π R3 ρP
2ρ
d = 3
3
r 3 = R3 P (5.85)
4 3 ρr
π r ρr
3
ou
1/ 3
2ρ (5.86)
d = R P
ρr
r v2
g (r) = − r^ (5.87)
r
CEDERJ 135
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
Por outro lado, usando a lei de Gauss com uma superfície gaussiana
esférica de raio r, concluímos que
r GM (r) ^
g(r) = − r (5.88)
r2
r
v 2 r = GM(r) = G∫ ρ (r ′)4π r ′2 dr ′ (5.89)
0
v 2 = Gρ (r) 4π r 2 (5.90)
ou,
v2 1
ρ (r) = (5.91)
4π G r 2
rv 2 10 × 3, 08 × 1016 m × 16 × 108 m2 / s2
M(r) = = = 3, 7 × 106 Me (5.93)
G 6, 67 × 10−11 m3 / s2 ⋅ kg
136 CEDERJ
MÓDULO 1
5
AULA
Figura 5.14
dM Gm ρ a
dV = − Gm =− dφ (5.94)
b b
n ( n + 1) ξ 2
(1 + ξ )
−n
= 1 − nξ + + ... (5.96)
2
podemos escrever
−1 / 2
a r ′ 2r ′
2
= 1 + − cos φ
b a a
2
1 r ′ 2r ′ 3 r ′ 2 2r ′
2
r′
2π 1 r′
2
V (r ′) = −Gm ρ ∫ 1 + cos φ + (3 cos2 φ − 1) + ... dφ (5.98)
0
a 2 a
1 r ′ 2
= −2π Gm ρ 1 + + ...
4 a
CEDERJ 137
Mecânica | Energia potencial em 3-D: o potencial gravitacional
ou,
−GmM 1 r ′
2
V (r ′) = 1 + + ... (5.99)
a 4 a
dV −GmM 1 r ′
=0= + ... (5.100)
dr ′ a 2 a2
d 2V −GmM (5.101)
= + ... < 0
dr ′2 2a3
4
M= πρ ( a3 − b3 ) (5.102)
3
Figura 5.15
138 CEDERJ
MÓDULO 1
Tomando uma superfície gaussiana esférica de raio r > a e com o centro
5
no centro da casca, temos
AULA
r GM
4π r 2 g = −4π GM ⇒ g = − 2 rˆ (5.103)
r
4 r 4πρG b3
4π r 2 g = − 4π G πρ ( r 3 − b3 ) ⇒ g = − r − rˆ (5.104)
3 3 r2
r r dr ′ GM
ϕ (r) = − ∫ g(r ′) dr ′ = GM ∫ ⇒ ϕ (r) = − (5.106)
∞ ∞ r ′2 r
(
Então, sabendo que ϕ (a) = − GM / a = − (4π Gρ / 3a) a3 − b3 , chegamos )
ao seguinte resultado:
a 2 b3 r 2
ϕ (r) = −4πρG − −
2 3r 6 (5.108)
CEDERJ 139
MÓDULO 1
PROBLEMAS
6
AULA
6.1. Para uma partícula livre, a Lagrangiana é L = mx& / 2 .
2
Sm = (6.46)
2 t2 − t1
Figura 6.8
CEDERJ 157
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
1 1
L= m1l 2θ&12 + m2 l 2 (θ&12 + θ&22 ) + m2 l 2θ&1θ&2 cos(θ1 − θ 2 ) + m1 gl cosθ1 + m2 g
2 2
1 1
= m1l 2θ&12 + m2 l 2 (θ&12 + θ&22 ) + m2 l 2θ&1θ&2 cos(θ1 − θ 2 ) + m1 gl cosθ1 + m2 gl(cosθ1 + cosθ 2 )
2 2
6.4. Uma conta está livre para deslizar ao longo de um aro sem
atrito de raio R. O aro gira com velocidade angular constante ω em
torno de um diâmetro vertical (veja a figura).
(a) Encontre a equação do movimento para a posição da conta.
(b) Quais são as posições de equilíbrio? Qual é a freqüência de
pequenas oscilações em torno do equilíbrio estável?
(c) Existe um valor de ω que é bastante especial. Qual é ele e por
que ele é especial?
Figura 6.10
158 CEDERJ
MÓDULO 1
6.5. Lagrangiana para o movimento de uma partícula carregada.
6
Uma partícula de carga q e massa m se move nos campos elétrico
AULA
r r
E e magnético B dados. A Lagrangiana da partícula é
1 r& 2 r r
L= m r + qr& ⋅ A − qΦ (6.47)
2
r r r
onde A (r , t) e Φ(r , t) são os potenciais vetor e escalar, respectivamente.
Se você ainda não viu como esses potenciais são introduzidos no
eletromagnetismo é suficiente saber, para o nosso problema, que o campo
r r
elétrico E e o campo magnético B são obtidos a partir deles como
r
r r r ∂A r r r r
E (r , t) = −∇Φ − , B (r , t) = ∇ × A (6.48)
∂t
Figura 6.11
CEDERJ 159
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
Figura 6.12
d2s g
+ s=0 (6.52)
dt 2 4α
160 CEDERJ
MÓDULO 1
6
AULA
l2
Figura 6.13
SOLUÇÕES
(x2 − x1 )
x = x1 + (t − t1 ) (6.53)
( t2 − t1 )
Então,
(x2 − x1 )
x& = (6.54)
( t2 − t1 )
CEDERJ 161
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
xM = x, yM = 0
(6.57)
x& M = x& , y& M = 0
e as do pêndulo
xm = x + l senθ , ym = −l cosθ
(6.58)
x& m = x& + lθ& cosθ , y& m = lθ& senθ
1 1 1 1
T= M(x& M
2
+ y& M
2
) + m(x& m2 + y& m2 ) = (M + m)x& 2 + ml 2θ&2 + ml x& θ& cosθ (6.59)
2 2 2 2
162 CEDERJ
MÓDULO 1
1 1 1
L = T −V = (M + m)x& 2 + ml 2θ&2 + ml x& θ& cosθ + mgl cosθ − kx 2
6
2 2 (6.60)2
AULA
1 2 &2 1
ml θ + ml x& θ& cosθ + mgl cosθ − kx 2
2 2
(b) Para a coordenada x:
∂L d ∂L
= (M + m)x& + mlθ& cosθ ⇒ && + mlθ&& cosθ − ml
= (M + m) x θ&2 sen
(6.61) nθ
∂x& dt ∂x&
&& + mlθ&& cosθ − mlθ&2 sen
)x nθ
∂L
= −kx (6.62)
∂x
Para a coordenada θ := π
∂L d ∂L
= ml 2θ& + mlx& cosθ ⇒ && cosθ − mlx&θ&senθ (6.64)
= ml 2θ&& + mlx
∂θ& dt ∂θ&
∂L
= − ml (x& θ& + g) senθ (6.65)
∂θ
ml 2θ&& + mlx
&& cosθ − mlx& θ& senθ + ml (x&θ& + g) senθ = 0 (6.66)
ou
lθ&& + x
&& cosθ + g senθ = 0 (6.67)
CEDERJ 163
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
1 1 1 1
T= m1v12 + m2 v22 = m1l 2 θ&12 + m2 l 2 (θ&12 + θ&22 ) + m2 l 2 θ&1 θ&2 co
os(θ1 − θ 2 ) (6.70)
2 2 2 2
A Lagrangiana é, portanto,
L = T −V
(6.72)
1 1
= m1l 2θ&12 + m2 l 2 (θ&12 + θ&22 )
2 2
2 & &
+ m2 l θ1θ 2 cos(θ1 − θ 2 ) + m1 gl cosθ1 + m2 gl (cosθ1 + cosθ 2 )
∂L
= − m2 l 2 θ&1 θ&2 sen (θ1 − θ 2 ) − (m1 + m2 )gl senθ1 (6.74)
∂θ1
∂L
= m2 l 2θ&2 + m2θ&1l 2 cos(θ1 − θ 2 ) ⇒
∂θ&2
(6.75)
d ∂L
= m2 l 2 θ&&2 + m2θ&&1 l 2 cos(θ1 − θ 2 ) − m2 l 2θ&1 (θ&1 − θ&2 ) sen (θ1 − θ 2 )
dt ∂θ&2
164 CEDERJ
MÓDULO 1
6
∂L
= m2 l 2 θ&1θ&2 sen (θ1 − θ 2 ) − m2 gl senθ 2 (6.76)
AULA
∂θ 2
(m1 + m2 ) l 2θ&&1 + m2 l 2 θ&&2 cos(θ1 − θ 2 ) + m2 l 2 θ&22 sen (θ1 − θ 2 ) + (m1 + m2 )gl sen θ1 = 0
(6.77)
2 &2
m2 l θ 2 sen (θ1 − θ 2 ) + (m1 + m2 )gl sen θ1 = 0
1
L= m (ω 2 R2 sen2θ + R2θ&2 ) + mgR cosθ (6.79)
2
Calculando as derivadas
∂L d ∂L
= mR2θ& ⇒ = mR2θ&& (6.80)
∂θ& dt ∂θ&
e
∂L
= mR senθ (ω 2 R cosθ − g) (6.81)
∂θ
CEDERJ 165
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
η&& − η (ω 2 + g / R) = 0 (6.83)
θ&& + θ (g / R − ω 2 ) = 0 (6.84)
166 CEDERJ
MÓDULO 1
angular tal que cosθ0 = g / ω R ou oscilando em torno dela. Tanto
2
6
θ0 quanto – θ0 satisfazem a condição cosθ0 = g / ω R . O sistema ou fica
2
AULA
em θ = θ0 ou em θ = – θ0 . Quando ω > g / R , há uma direção privile-
2
1
L= m (x& 2 + y& 2 + z& 2 ) + q(xA
& x + yA & z ) − qΦ
& y + zA (6.86)
2
∂L ∂A ∂Ay ∂A ∂Φ
= q x& x + y& + z& z − q (6.87)
∂x ∂x ∂y ∂z ∂x
∂L
= mx& + qAx (6.88)
∂x&
d ∂L ∂A ∂A ∂A ∂A
&& + q x + x& x + y& x + z& x
= mx
dt ∂x& ∂t ∂x ∂y ∂z (6.89)
Então, temos
d ∂L ∂L ∂A ∂Φ
0= − && + q x +
= mx
dt ∂x& ∂x ∂t ∂x
∂A ∂Ay (6.90)
∂Ax ∂Az
+ qy& x − + qz& −
∂y ∂y ∂z ∂z
Usando
r r r
mx & y − yB
&& = qEx + q (zB & z ) = q (E + r × B)x (6.92)
CEDERJ 167
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
φ = ωt (6.95)
1 2 1 2 2
L= mr& + mr ω − mgr sen ωt (6.96)
2 2
∂L d ∂L
= mr& ⇒ = mr&&
∂r& dt ∂r& (6.97)
∂L
= mω 2 r − mg senωt
∂r
temos, da equação de Euler-Lagrange, que a equação do movimento é
168 CEDERJ
MÓDULO 1
Agora precisamos impor as condições iniciais r(0) = R e
6
r&(0) = 0 . Achamos que B = R e A = − g / 2ω 2. Portanto, a solução geral
AULA
da equação do movimento para as nossas condições iniciais é
g (6.101)
r (t) = R cosh ωt + (senωt − senhωt)
2ω 2
1 1
m(x& 2 + y& 2 ) = mα 2θ&2 (1 − cosθ ) + sen2θ
2
T=
2 2 (6.103)
= m α 2θ&2 [1 − cosθ ]
θ
= 2 m α 2θ&2 sen2
2
Tomando o zero da energia potencial em y = 0,
θ
V = mgy = mgα (1 + cosθ ) = 2mgα cos2 (6.104)
2
θ θ
L = 2 m α 2θ&2 sen2 − 2mg α cos2 (6.105)
2 2
podemos escrever
θ
2α sen2
dx α (1 − cosθ ) 2 θ
= = = − tan (6.106)
dy −α senθ θ θ 2
−2α sen cos
2 2
Deste modo,
θ θ θ θ dθ
ds = − 1 + tan2 2sen cos dθ = −4α sen (6.107)
2 2 2 2 2
CEDERJ 169
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
e portanto, θ
2
θ
s = − 4α ∫ senϕ dϕ = 4α cos
π 2 (6.108)
2
1 2 1 g 2
L= ms& − m s (6.109)
2 2 4α
d ∂L ∂L d2s g
− =0⇒ 2 + s=0 (6.110)
dt ∂s& ∂s dt 4α
x = R senϕ + (l − Rϕ )cos ϕ
(6.111)
y = R (1 − cos ϕ ) + (l − Rϕ )senϕ
1 1
T= m (x& 2 + y& 2 ) = m (l − Rϕ )2 ϕ& 2 (6.113)
2 2
170 CEDERJ
MÓDULO 1
e a energia potencial,
6
V = − mgy = − mgR (1 − cos ϕ ) − mg (l − Rϕ ) senϕ (6.114)
AULA
A menos de uma constante, a Lagrangiana do pêndulo é, portanto,
1
L= m (l − Rϕ )2 ϕ& 2 − mg R cos ϕ + mg (l − Rϕ ) senϕ (6.115)
2
∂L d ∂L
= m(l − Rϕ )2 ϕ& ⇒ = −2m (l − Rϕ )Rϕ& 2 + m(l − Rϕ )2 ϕ&& (6.116)
∂ϕ& dt ∂ϕ&
∂L
= − m (l − Rϕ )Rϕ& 2 + mgRsenϕ − mgR senϕ + mg (l − Rϕ )cos ϕ
∂ϕ
(6.117)
= − m (l − Rϕ )Rϕ& 2 + mg (l − Rϕ )cos ϕ
g senϕ0 g cos ϕ0
&& +
x x=
(l − Rϕ0 ) (l − Rϕ0 ) (6.121)
CEDERJ 171
Mecânica | O método Lagrangiano e o Princípio de Mínima Ação
g senϕ0
ω= (6.123)
(l − Rϕ0 )
172 CEDERJ
Mecânica | O método Lagrangiano (II): simetrias e leis de conservação, equações de Hamilton,
Teorema de Liouville e forças de vínculo
PROBLEMAS
g
y1
y2
m1
m2
192 CEDERJ
MÓDULO 1
7.3. Uma conta de massa m desliza ao longo de uma haste retilínea
7
que gira com velocidade angular ω constante num plano horizontal.
AULA
y
r
θ
x
y
x
M
x
θ g
l
CEDERJ 193
Mecânica | O método Lagrangiano (II): simetrias e leis de conservação, equações de Hamilton,
Teorema de Liouville e forças de vínculo
SOLUÇÕES
194 CEDERJ
MÓDULO 1
1 1
L= m1 y&12 + m1 gy1 + m2 y& 22 + m2 gy2 − Vd ( y1 − y2 ) (7.63)
7
2 2
AULA
As equações do movimento seguem das equações de Euler-
Lagrange e são
m1 y&&1 = m1 g − T
(7.64)
m2 y&&2 = m2 g − T
onde fizemos T = ∂Vd ∂y1 = ∂Vd ∂y2 . Temos agora que acrescentar
às equações (7.64) a condição de vínculo
y1 + y2 − l = 0 (7.65)
m − m2
(m1 + m2 )y&&1 = (m1 − m2)g ⇒ y&&1 = 1 g (7.67)
m1 + m2
m − m2 2m1 m2
m1 1 g = m1 g − T ⇒ T = g (7.68)
m1 + m2 m1 + m2
z z& z
x = ρ senφ = ρ sen ⇒ x& = ρ cos
k k k (7.69)
z z& z
y = ρ cos φ = ρ cos ⇒ y& = − ρ sen
k k k
z=z
1 1 ρ2
T= m (x& 2 + y& 2 + z& 2 ) = m 2 + 1 z& 2 (7.70)
2 2 k
CEDERJ 195
Mecânica | O método Lagrangiano (II): simetrias e leis de conservação, equações de Hamilton,
Teorema de Liouville e forças de vínculo
∂L ρ2
pz = = 1 + 2 mz& (7.73)
∂z& k
(c) O Hamiltoniano é
ρ2 1 ρ2
& z − L = m 1 + 2 z& 2 − m 1 + 2 z& 2 + mgz
H = zp (7.74)
k 2 k
ou,
pz2
H= + mgz (7.75)
2m (1 + ρ 2 k2 )
∂H pz
z& = = (7.76)
∂pz m (1 + ρ 2 k2 )
∂H (7.77)
p& z = − = − mg
∂z
(e) Derivando a Equação (7.76) em relação ao tempo e substituindo o
∂H
valor de p& z da
= −(7.77),= obtemos
− mg
∂z
p& z g
&&
z= =− (7.78)
m (1 + ρ 2 k2 ) (1 + ρ 2 k2 )
196 CEDERJ
MÓDULO 1
Então, x = r cosθ = r cos ωt ⇒ x& = r& cos ωt − rω senωt
7
y = r senθ = r senωt ⇒ y& = r& sen ωt + rω cos ωt (7.81)
AULA
e a energia cinética fica
1
T= m (r& 2 + ω 2 r 2 )
2 (7.82)
Adotando o nível zero do potencial no plano do movimento, a
Lagrangiana se reduz à energia cinética
1
L = T −V = m (r& 2 + ω 2 r 2 ) (7.83)
2
∂L
pr = = mr& (7.85)
∂r&
Assim,
pr2 1 pr2 1 (7.86)
H = rp
& r −L= − − mω 2 r 2
m 2m 2
ou seja,
1 pr2 1 (7.87)
H= − m ω 2r2
2m 2
A energia total E é puramente cinética, já que a energia potencial
é igual a zero. Podemos escrever a energia total em termos do momento
conjugado (7.85), como
1 pr2 1 (7.88)
E=T = + m r 2ω 2
2m 2
CEDERJ 197
Mecânica | O método Lagrangiano (II): simetrias e leis de conservação, equações de Hamilton,
Teorema de Liouville e forças de vínculo
1 &2 1
T= MX + m (x& m2 + y& m2 )
2 2 (7.91)
1 &2 1
= MX + m (X& 2 + 2l cosθ X& θ& + l 2θ&2 )
2 2
Tomando o zero da energia potencial em y = 0, a energia potencial
do sistema é
V = − mgl cosθ (7.92)
1 1
L= (m + M)X& 2 + ml cosθ X& θ& + ml 2θ&2 + mgl cosθ (7.93)
2 2
d ∂L ∂L d
− = 0 ⇒ (ml cosθ X& + ml 2θ&) = − ml senθ X& θ& − mgl senθ (7.94)
&
dt ∂θ ∂θ dt
ou,
− ml senθ X& θ& + ml cosθ X
&& + ml 2θ&& = − ml senθ X& θ& − mgl senθ (7.95)
g 1 && = 0
θ&& + senθ + cosθ X (7.96)
l l
198 CEDERJ
MÓDULO 1
Para X, temos
7
d ∂L ∂L d
= 0 ⇒ [(m + M)X& + ml cosθθ&] = 0 (7.97)
AULA
−
&
dt ∂X ∂X dt
& é uma
Esta equação diz que o momento conjugado pX = ∂L / ∂X
constante do movimento
pX = (m + M)X& + ml cosθθ& = constante (7.98)
&& = ml
X (senθθ&2 − cosθθ&&) (7.99)
m+M
ml
&& da
Esta equação pode ser usada para eliminar X = Equação θθ&2 − cosθθ&&)
(sen(7.96),
m+M
deixando como resultado uma única equação diferencial não linear de
segunda ordem para θ.
(d) Já vimos que px é uma quantidade conservada. Você pode ver
da Lagrangiana que a coordenada X é cíclica. O Hamiltoniano também
é uma quantidade conservada, uma vez que a Lagrangiana não depende
explicitamente do tempo. Além disso, o Hamiltoniano é a energia total
do sistema, como podemos verificar explicitamente:
& + θ& p − L
H = Xp X θ
g 1 &&
θ&& + θ + X =0 (7.101)
l l
e
&& ≈ − ml θ&&
X (7.102)
m+M
onde, nesta última, o termo θθ&2 foi desprezado por ser de ordem
superior para pequenas amplitudes. Substituindo o resultado (7.102) na
Equação (7.101), obtemos
m+Mg
θ&& + θ =0 (7.103)
M l
CEDERJ 199
Mecânica | O método Lagrangiano (II): simetrias e leis de conservação, equações de Hamilton,
Teorema de Liouville e forças de vínculo
m+Mg
ω= (7.104)
M l
1 mω
m (x& 2 + y& 2 + z& 2 ) +
7.5. (a) A Lagrangiana é L = (xy& − yx& ).
2 2
Vemos que z é uma coordenada cíclica cujo momento conjugado
conservado é
∂L
pz = = mz& (7.105)
∂z&
d ∂L ∂L d mω mω
− = 0 ⇒ mx& − y = && = ω y&
y& ⇒ x (7.106)
dt ∂x& ∂x dt 2 2
d ∂L ∂L d mω mω
− = 0 ⇒ my& + x = − x& ⇒ y&& = −ω x& (7.107)
dt ∂y& ∂y dt 2 2
d ∂L ∂L d
− = 0 ⇒ ( mz& ) = 0 ⇒ &&
z =0 (7.108)
&
dt ∂z ∂z dt
η = Ae − iωt + B (7.110)
1 mω
H = xp
& x + yp & z − m(x& 2 + y& 2 + z& 2 ) −
& y + zp (xy& − yx& )
2 2 (7.111)
mω mω 1 mω
= x& mx& − y + y& my& + x + z& ( mz& ) − m (x& 2 + y& 2 + z& 2 ) − (xy& − yx& )
2 2 2 2
1
= m(x& 2 + y& 2 + z& 2 ) = T
2
200 CEDERJ
MÓDULO 1
que, como vemos, consiste somente de energia cinética. Substituindo os
7
valores dos momentos conjugados, obtemos
AULA
2 2
1 mω 1 mω 1 2
H= px + y + py − x + pz (7.112)
2m 2 2m 2 2m
7.6.
x
θ
g
l
y m
1 1 1
T= m(x& 2 + y& 2 ) = m α 2 + ml 2 (t)θ&2 (7.115)
2 2 2
CEDERJ 201
Mecânica | O método Lagrangiano (II): simetrias e leis de conservação, equações de Hamilton,
Teorema de Liouville e forças de vínculo
A energia potencial é
V = − mgl (t)cosθ (7.116)
A Lagrangiana é, portanto,
1 1
L= mα 2 + ml 2 (t)θ&2 + mgl (t)cosθ (7.117)
2 2
∂L
pθ = = ml 2 (t)θ& (7.118)
∂θ&
e o Hamiltoniano é
H = θ& pθ − L
1 2 &2 1 (7.119)
= ml (t)θ − mα 2 − mgl(t)cosθ
2 2
pθ2 1
= − mα 2 − mgl(t)cosθ
2ml 2(t) 2
e a energia,
1 1
E = T +V = mα 2 + ml 2 (t)θ&2 − mgl(t)cosθ (7.120)
2 2
202 CEDERJ
MÓDULO 1
8
A equação da órbita de uma partícula sob a ação de uma força central é dada por
AULA
d2u µ 1
+u=− 2 2 f
dφ 2
u l u
PROBLEMAS
r GMm
F=− rˆ
r2
8.3. Sistema solar com poeira. Imagine que o Sol fosse rodeado
por uma nuvem de poeira de densidade uniforme que se estendesse pelo
menos até a órbita da Terra. O efeito da nuvem de poeira seria modificar
a força gravitacional experimentada pela Terra, de modo que a energia
potencial gravitacional da Terra seria.
GMS MT 1 2
V (r) = − + kr
r 2
CEDERJ 219
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
3k
ωr = ω02 +
MT
k λ
f (r) = −−
r2 r3
onde k e λ são constantes positivas.
(a) Suponha que λ < l 2 / µ e use a equação da órbita para mostrar
que a órbita é da forma
1 µk / l 2
= + A cos κθ
r(θ ) 1 − λµ / l 2
220 CEDERJ
MÓDULO 1
(b) Faça um gráfico da órbita para valores diferentes de k, tanto
8
valores racionais (por exemplo, 1, 3/2, 2), quanto valores irracionais (por
AULA
exemplo, 2 , ( 5 − 1)/2).. Quando as órbitas são periódicas? Mostre
que o movimento pode ser descrito por uma elipse em precessão.
CEDERJ 221
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
222 CEDERJ
MÓDULO 1
A equação do movimento é
8
r
µ &&
r = f (r) r^
AULA
onde µ é a massa reduzida do sistema e f (r) = − dV / dr. No caso da
força gravitacional,
r krˆ
µ &&
r =− 2 (8.53)
r
r r r
(a) Seja L = µ r × r& o vetor momento angular. Nós já mostramos
que quando a força é central, como é o caso da força gravitacional,
r&
L = 0 . Tome o produto vetorial de ambos os lados da Equação (8.53)
r r
com&& kr&ˆ
r × L =e mostre que
r r
r × L = kr&ˆ
&&
r r r r r r r rr
Dica: você vai precisar da identidade vetorial a × (b × c) = (a ⋅ c) b − (a ⋅ b)c
r r r r r r r rr
a × (b × c) = (a ⋅ c) b − (a ⋅ b)c e também precisará mostrar que
r r r r& r r& r
&rˆ = d r = (r ⋅ r ) r − (r ⋅ r ) r
dt r r3
(b) Mostre então que
d r& r d
(r × L) = k ^r
dt dt
e conclua que o vetor r
r rr& × L
A= − rˆ
k
r r l2
A⋅r = − r^ (8.54)
µk
r r r r
&& kr&ˆ
r × L =. Fazendo
onde l é o módulo do momento angular A ⋅ r = Ar cos φ ,
podemos colocar a Equação (8.54) na forma
1 µk
= (A cos φ + 1)
r l2
Essa é a equação da órbita. Compare com a dedução da equação
da órbita no texto da aula. Note que o módulo vetor de Rugen-Lenz é
igual à excentricidade da órbita:
A=ε
CEDERJ 223
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
SOLUÇÕES
l2 α (1 + ε )
r2 = rmax = = = a (1 + ε ) (8.55)
µ k (1 − ε ) (1 − ε 2 )
GMm
V (r2 ) = − (8.56)
a (1 + ε )
2
2m dS
T (r2 ) = (8.58)
a2 (1 + ε )2 dt
2
dS π 2 a2 b2 π 2 a 4 (1 − ε 2 )
= = (8.59)
dt τ2 τ2
2
dS GMa (1 − ε 2 ) (8.60)
=
dt 4
GMm (1 − ε )
T (r2 ) = (8.61)
2 a (1 + ε )
224 CEDERJ
MÓDULO 1
Somando a Equação (8.56) e a (8.61), temos a seguinte fórmula
8
para a energia total do movimento:
AULA
GMm
E=− (8.62)
2a
8.2. A primeira lei diz que a órbita do planeta é uma elipse com
o Sol num dos focos. A equação de uma elipse com semi-eixos maior e
menor a e b, respectivamente, e excentricidade ε tem a forma
1 a
= (1 + ε cos φ ) (8.63)
r b2
1 dr a dφ
2
= ε 2 senφ (8.65)
r dt b dt
dr 2ε a dS
= 2 senφ (8.66)
dt b dt
CEDERJ 225
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
2
dS π 2 a 2 b2
= (8.69)
dt τ2
e assim,
4π 2 a3 (8.70)
ar = −
r 2τ 2
dV 4π 2 ma3
m ar = − =− 2 2 (8.71)
dr rτ
GMS MT 1 2 l2
Veff (r) = − + kr + (8.74)
r 2 2MT r 2
226 CEDERJ
MÓDULO 1
No último termo nós usamos a massa da Terra em vez da massa
8
reduzida, o que é aqui, uma boa aproximação uma vez que a massa do
AULA
Sol é muito maior que a massa da Terra. O esboço de Veff (r ) está na
figura a seguir:
dVeff GMS MT l2
=0= 2
+ kr0 − (8.75)
dr r0 MT r03
1 d Veff
2
( r − r0 )
2
Veff (r) ≈ Veff (r0 ) + (8.76)
2 dr 2 r = r0
d 2Veff
ωr = MT (8.77)
dr 2
r = r0
Agora,
d 2Veff 2l 2 (8.78)
3l 2
2 = − 4
− 2k + k +
dr r = r0 MT r0 MT r04
l2
= − 3k
MT r04
CEDERJ 227
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
d 2Veff
2 = MT ω02 + 3k (8.79)
dr r = r0
Finalmente,
d 2Veff 3k
ωr = MT = ω02 +
dr 2 MT (8.80)
r = r0
e logo,
3k
ωp = ωr − ω0 = (8.82)
2MT ω02
d2u µ 1
+u=− 2 2 f
dφ 2 u l u (8.83)
µ
= − 2 ( −k − λ u )
l
Rearranjando os termos da Equação (8.83),
d2u µλ µk (8.84)
+ 1 − 2 u = 2
dφ 2
l l
w = A cos κ (θ − θ0 ) (8.87)
228 CEDERJ
MÓDULO 1
onde A e θ0 são
= 0 constantes de integração. Em termos de u = 1/r, nós
8
temos
AULA
1 µk / l 2
= + A cos κθ (8.88)
r(θ ) 1 − µλ / l 2
para θ de 0 a 40 π.
k mv 2
= (8.91)
R2 R
de onde concluímos que
1 k V
T= mv 2 = =− (8.92)
2 2R 2
CEDERJ 229
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
r = RT + l / 2
(8.93)
de modo que a aceleração centrípeta do CM é
a = ω 2 ( RE + l / 2 ) (8.94)
GMT λ dr
RT + l
F=∫
RT r2
1 1 (8.96)
= GMT λ −
RT RT + l
GMm
=
RT (RT + l)
230 CEDERJ
MÓDULO 1
(c) A massa total do cabo multiplicada pela aceleração do centro
8
de massa é igual à força total sobre o cabo:
AULA
GMT m
m ω 2 ( RT + l / 2 ) = (8.97)
RT (RT + l / 2)
2GMT 2g
(x + 2)(x + 1) = = 2 (8.98)
ω RT
2 3
ω RT
CEDERJ 231
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
GMT λ ∆r
Fr = T (r + ∆r) − T (r) − (8.99)
r2
dT GMT λ
= − λω 2 r (8.101)
dr r2
GMT
− ω 2 r0 = 0 (8.102)
r02
de modo que
1/ 3 1/ 3
GM gR2
r0 = 2 T = 2T
ω ω (8.103)
Note que este é o raio de uma órbita geossíncrona para uma massa
puntiforme. Pondo números, achamos: r0 = 42.340 km , ou 36.940 km
acima da superfície da Terra.
Para achar a tensão, precisamos integrar a equação (8.101):
dT 1 1 λω 2 2
( r − RT2 ) (8.104)
r
T (r) − T (RT ) = ∫ dr = GMT λ − + −
RT dr r RT 2
1 1 λω 2 2
Tmax = T (r0 ) = GMT λ − + −
2
( r0 − RT2 ) (8.105)
r0 RT
232 CEDERJ
MÓDULO 1
Agora, substituímos o valor de r0 nesta expressão e dividimos
8
pela área A da seção reta do cabo para obter a tração máxima
AULA
σ max = Tmax / A :
3 2/3
σ max = ρ gRT + ω 2 RT2 / 2 − ( gRT2 ω )
2 (8.106)
r r k r r r r r r
&&
r × L = 3 ((r ⋅ r ) r& − (r ⋅ r& ) r ) (8.109)
r
r
Fazendo o mesmo com r = rrˆ , encontramos
r
& ˆ + rr&ˆ
r& = rr (8.111)
Com esses dois últimos resultados, podemos escrever que
r r r r r r rr r rr
r 3r&ˆ = r 2 (rr&ˆ) = r 2 (r& − rr
& ˆ) = (r ⋅ r ) r& − (rr&) r = (r ⋅ r )r& − (r ⋅ r& )r (8.112)
CEDERJ 233
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
r r
(b) Calculando a derivada de r& × L e usando a conservação do
momento angular e equação (8.113), temos
r
d r& r &&r r r& dL dr
(r × L) = r × L + r × =k (8.114)
dt dt dt
d r& r (8.115)
(r × L − kr) = 0
dt
Logo, o vetor
r
r rr& × L
A= − rˆ (8.116)
k
r r r r r r r
r r rr& × L r (r& × L) ⋅ r (r × r& ) ⋅ L l2
A⋅r = − rˆ ⋅ r = −r = −r = − r (8.117)
k k k µk
234 CEDERJ
MÓDULO 1
9
A Terra é um referencial não inercial, principalmente em virtude do seu movimento
AULA
de rotação. Embora a aceleração centrífuga e a aceleração de Coriolis sejam
pequenas em comparação com a aceleração gravitacional, seus efeitos em
movimentos de longa duração ou de grande escala são consideráveis.
PROBLEMAS
onde Vc é o potencial
1 r r2 1
Vc = − ω × r = − ω 2 r 2 sen2θ
2 2
CEDERJ 253
Mecânica | Movimento em um referencial não inercial
4 8h3
ω cos λ
3 g
SOLUÇÕES
r
9.1. Fazendo ω = ω k̂ , então temos, em coordenadas polares (com
unitários rˆ, θˆ, φˆ )
r ^
ω = ω (r^ cosθ − θ senθ )
e
r
r = rr^ˆ
254 CEDERJ
MÓDULO 1
r r
Assim, ω × r = ω rφˆ senθ e
9
AULA
r r r
− m ω × (ω × r ) = − mω 2 r(r^cosθ − θ^senθ ) × φ^senθ
^
= mω 2 r (sen2θ r^ + senθ cosθθ )
r ∂ 1 ∂ 1 ∂
∇ = eˆ r + eˆθ + eˆϕ
∂r r ∂θ r senθ ∂ϕ
1
Se Vc = − ω 2 r 2 sen2θ , então,
2
r ∂ 1 ∂ 1 2 2 2
− m∇Vc = m eˆ r + eˆθ ω r sen θ
∂r r ∂θ 2
2 2 ˆ
= mω r(sen θ rˆ + senθ cosθθ )
r
onde r0 (t) descreve a trajetória numa Terra que não estivesse girando e
r
r1 (t) incorpora as pequenas correções proporcionais a ω. É evidente que
r
a trajetória não perturbada r0 (t) é dada por
r 1 ^ ^
r0 (t) = − gt 2 k + v0 (cos α ^j + sen α k) t
2
O projétil retorna ao solo depois de um tempo τ 0 = 2v0 senα / g .
A velocidade do projétil é
r
r&0 = − gtkˆ + v0 (cos α jˆ + senα kˆ )
CEDERJ 255
Mecânica | Movimento em um referencial não inercial
t3 t2
y1 (t) = 2ω senθ g − v0 senα
6 2
256 CEDERJ
MÓDULO 1
No instante τ0 em que o projétil toca o solo,
9
AULA
(2v0 senα )3 (2v0 senα )2
y1 (τ 0 ) = 2ω senθ 2
− v0 senα
3g g2
3
4 v
= − ω 02 sen3α senθ
3 g
∆R = y0 (τ 0 ) + y1 (τ 0 ) + δ y0 − R
4 v3 2v ω cos2 α senθ
= − ω 02 sen3α senθ + R 0
3 g g
4v03 1
= 2
ω senα senθ cos2 α − sen3α
g 3
Usando que
v0 = Rg / 2senα cos α
encontramos, finalmente,
1/2
2R3 1
∆R = ω senθ [(cotα ) − (tan α ) ]
1/2 3/ 2
g 3
CEDERJ 257
Mecânica | Movimento em um referencial não inercial
258 CEDERJ
MÓDULO 1
9.4. Queremos encontrar a aceleração total do ponto P na borda
9
do pneu fazendo um ângulo θ com a direção do movimento.
AULA
Vamos aplicar a Equação (9.22). Dividindo todos os termos por m e
passando os termos com sinal negativo para o lado esquerdo, ficamos com
r &&r r r r r r r r r
af = Rf + ar + ω& × r + ω × (ω × r ) + 2ω × vr
r
onde af é a aceleração no sistema de referência fixo no laboratório,
r&&
Rf é a aceleração do centro do pneu no sistema de referência fixo
&&r ˆ ), ωr& é a velocidade angular instantânea no
f = ai
no laboratório ( R
r
sistema de referência fixo no laboratório, ω& é a aceleração angular
r
( ω& = α = a / r ), é a aceleração do ponto P no sistema girante
(ar = 0) e vr é a velocidade do ponto P no sistema girante.
r
af = aiˆ + (−α kˆ ) × R(cosθ iˆ + senθ jˆ)+( − ωkˆ ) × [( − ωkˆ ) × R(cosθ iˆ + sen
nθ jˆ)]
= aiˆ − α R(cosθ jˆ − senθ iˆ) + ω 2 Rkˆ × (cosθ jˆ − senθ iˆ)
= aiˆ − α R(cosθ jˆ − senθ iˆ) − ω 2 R(cosθ iˆ + senθ jˆ)
= (a + α R senθ − ω 2 R cosθ ) iˆ − (α R cosθ + ω 2 R senθ )jˆ
v2 v2
= [a (1 + senθ ) − cosθ ] iˆ + [a cosθ + senθ ] jˆ
R R
r
O módulo de af é
r 2 v2 v2
af = [a(1 + senθ ) − cosθ ]2 + [a cosθ + senθ ]2
R R
4 2
v v
= 2a2 (1 + senθ ) + 2 − 2a cosθ
R R
CEDERJ 259
Mecânica | Movimento em um referencial não inercial
o que dá
aR
tan θ0 = −
v2
O que implica
v2 aR
cosθ0 = − e senθ0 =
(aR)2 + v 4 (aR)2 + v 4
r 2
(Calcule a derivada segunda de af e verifique que esta é a solução
r
que dá um máximo.) Substituindo esses resultados em af , obtemos
r aR v2 v2 v2 v2 aR
afmax = [a(1 + )− (− )]i^ + [a(− )+ ]j^
(aR) + v
2 4 R (aR)2 + v 4 (aR)2 + v 4 R (aR) + v
2 4
4 2
1 v /(aR)
= (a + a +a )i^
1 + v /(aR)
4 2
1 + v 4 /(aR)2
= a(1 + 1 + v 4 /(aR)2 )i^
260 CEDERJ
MÓDULO 1
9.5. Como antes, vamos considerar a velocidade do projétil na
9
situação hipotética de que a Terra não estivesse girando
AULA
r ^
v (t) = (v0 − gt) k
2 3
1 2v 1 2v
y = −2ω cos λ[ v0 0 − g 0 ]
2 g 6 g
4 v3 4 (2 gh)3 / 2
= − ω cos λ 02 = − ω cos λ
3 g 3 g2
ou,
4 8h3
y = − ω cos λ
3 g
para o oeste.
CEDERJ 261
MÓDULO 1
10
de incidência ( vf ,Vf ,ψ e φ nas Equações (10.25)). Assim, para determinar a
AULA
configuração final numa colisão bidimensional, precisamos conhecer a interação
entre as partículas e encontrar suas órbitas.
O parâmetro de impacto é a distância entre a linha de movimento inicial da
partícula incidente e o alvo (ver Figura 10.10, por exemplo). Conhecendo-se a
dependência do parâmetro de impacto no ângulo de espalhamento, podemos
obter a seção de choque diferencial para o espalhamento elástico através da
Equação (10.41). A seção de choque diferencial é uma área efetiva de choque e
está relacionada com a probabilidade de que a partícula seja espalhada numa
certa direção. A seção de choque diferencial de espalhamento elástico por uma
esfera dura no referencial do CM é isotrópica. Para uma força que varia com o
inverso do quadrado da distância, a distribuição angular de espalhamento é dada
pela fórmula de Rutherford
2
k 1
σ (θ ) = 2
2m v sen (θ / 2)
4
PROBLEMAS
CEDERJ 285
Mecânica | Colisões
θ =| π − 2Θ |
onde
u min du
Θ=∫
0
1 − V / E − b2 u2
γπ2 π −θ
σ (θ ) =
Esenθ θ 2 (2π − θ )2
286 CEDERJ
MÓDULO 1
P. 9. A reação
10
AULA
4
2 He + 14
7 N → 17
8 O + 11H , (10.65)
SOLUÇÕES
1 1 1
m1ν 01
2
= m2ν 02
2
= λ 2 m2ν 01
2
(10.66)
2 2 2
ou
m1
= λ2 (10.67)
m2
1 (10.69)
2
m1 v01 = m2 v22
2
CEDERJ 287
Mecânica | Colisões
ou 2
1 m
m1 = m 2 1 + λ (10.72)
2
m2
λ = 2 − 1 = 0, 414
(10.74)
λ 2 = 0, 172
de modo que
m1 v
= 0, 172 e 02 = 0, 414 (10.75)
m2 v01
2 2 (10.76)
m1v1 = m1v01 ⇒ v1 = v01
3 3
pf pf
288 CEDERJ
MÓDULO 1
10
onde µ = m 1m 2 /(m 1 + m 2 ) é a massa reduzida do sistema. Desta equação
tiramos que
AULA
2 2
v12 m1 m2 2m1 m2
= + + cosθ (10.78)
2
v01 m
1 + m 2 m
1 + m 2 m1 + m2
2m 1 m 2
= 1− (1 − cosθ )
m 1+ m 2
5 (m1 + m2 )2
cosθ = 1 − = 1−η (10.80)
18 m1 m2
onde
5 (m1 + m2 )2 (10.81)
η=
18 m1m2
senθ 2η − η 2
tanψ = = (10.82)
cosθ + m1 / m2 1 − η + m1 / m2
5m1 m2
2− ≥0 (10.83)
18(m1 + m2 ) 2
CEDERJ 289
Mecânica | Colisões
1 1 1
m v 2 = m vf2 + 2mVf2 (10.89)
2 2 2
2V 2f = v 2 − vf2 (10.91)
290 CEDERJ
MÓDULO 1
(b) Para calcular Vf , nós substituímos o resultado (10.93) na
10
Equação (10.91) e obtemos
AULA
1
Vf2 = (1 − (0, 859)2 )v 2 ⇒ Vf = 0, 362v (10.94)
2
2 vf 2 0, 859
senφ = = = 0, 839 ⇒ φ = 57, 10 (10.95)
4 Vf 4 0, 362
mn 1
senψmáx
max = = (10.96)
mα 4
2 µ v cos φ = mn vn (10.97)
e
π
2 φ + ψ máx
mÆx = ⇒ φ = 380 (10.98)
2
CEDERJ 291
Mecânica | Colisões
pf
pf
1 2 1 l2
E= mr& + + V (r) (10.101)
2 2 m r2
onde
l = m r 2φ&
de onde
dr
dt =
2 l2
(E − V ) − 2 2 (10.103)
m mr
l
dφ = dt
mr 2
292 CEDERJ
MÓDULO 1
e substituindo dt pela expressão da Equação (10.103) e integrando,
10
obtemos
AULA
(l / r 2 )dr
φ (r) = ∫ + const. (10.104)
l2
2m E − V −
2mr 2
θ = π − 2Θ (10.105)
com ∞ (l / r 2 )dr
Θ=∫ (10.106)
rmin
l2
2m E − V −
2mr 2
l = m vb (10.107)
e introduzindo a variável u = 1/ r ,
1 (10.108)
dr = − du
u2
l2
= Eb2 (10.109)
2m
CEDERJ 293
Mecânica | Colisões
Centro de espalhamento
Centro de espalhamento
294 CEDERJ
MÓDULO 1
O ponto de retorno satisfaz a condição
10
AULA
kumin
1− − b2 umin
2
=0 (10.112)
E
dx 1 2cx + b c < 0
∫ a + bx + cx 2
=−
−c
arcsen
−∆
+ const.,
∆ = 4ac − b < 0
2
1 k k2
umin = − + 4b2 + 2
2
2b E E
(10.115)
k k2
⇒ 2b umin2
+ = 4b2 + 2
E E
1
θ = π + 2 arcsen (−1) + arcsen (10.116)
4E2 b2
1 +
k2
CEDERJ 295
Mecânica | Colisões
θ 2Eb
cot = (10.119)
2 k
dx 1
∫ 1 − ax 2
=
a
arc sen ax + const.
(10.121)
Temos que
γ 1
a = + b2 , umin =
E a (10.122)
Assim, 1
θ = π − 2b arc sen(1)
γ (10.123)
+ b2
E
π
=π −
γ
1+ 2
b E
296 CEDERJ
MÓDULO 1
Invertendo esta relação, obtemos
10
γ (π − θ )2
AULA
b (θ ) = (10.124)
E (π 2 − (π − θ )2
b γ −2(π − θ )
= {π 2 − (π − θ )2 + (π − θ )2 }
senθ 2bE (π − (π − θ ) )
2 2 2
ou seja,
γπ2 π −θ
σ (θ ) = (10.126)
Esenθ θ (2π − θ 2 )2
2
mv
u= (10.127)
m+M
1 1 1 mM 2
KCM = 2
mv01 + Mv02
2
= v (10.129)
2 2 2 m+M
1 1 1 mM 2
Ki n = (m + M) u2 + KCM = (m + M) u2 + v (10.130)
2 2 2 m+M
CEDERJ 297
Mecânica | Colisões
mv
m v = (m + M)V ⇒ V = =u (10.131)
m+M
1
Kfin = (M + m) u2 (10.132)
2
1 mM 2
Q = Kfin − Kin = − v (10.133)
2 m+M
m1 H 1
1
≈ (10.135)
m17 O 17
8
m4 H 4
2
≈
m17 O 17
8
Assim,
298 CEDERJ
MÓDULO 1
CADERNO DE EXERCÍCIOS DA AULA 11
11
AULA
11.1. Considere um cone de altura H e raio da base R = H tan α
com uma densidade uniforme de massa ρ = 3M /(π HR ):
2
H R
CM
y
O
x
3 2 R2 3
Ix x = Iy y = MH + e Iz z = MR2
5 4 10
3 H2 3
I1 = I2 = M R2 + e I3 = MR2
20 4 10
A −C 0
t
I = −C B 0
0 0 A + B
CEDERJ 49
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
o b y
l/2 l/2
R
x
11.4. (a) Encontre a que altura deve ser a tacada numa bola de
bilhar de modo que ela role sem deslizamento inicial.
(b) Calcule a melhor altura dos trilhos de uma mesa de bilhar
(as bordas internas e inclinadas para dentro da mesa, são denominadas
“trilhos”). No que você se baseou para fazer o cálculo?
50 CEDERJ
MÓDULO 1
y
11
AULA
P
m
R
α
O x
M
Q
Iij = ∑ mα δ ij ∑ xα2 , k − xα ,i xα , j
α k
CEDERJ 51
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
g
ω 2 = A ( 2 − 1)
l
m
θ
ur
R V
52 CEDERJ
MÓDULO 1
11
2M
α = ω0T 1 −
2M + 5m
AULA
onde T é o tempo necessário para a partícula se mover de um pólo ao
outro.
Você vai achar útil a seguinte derivada:
d a a
tan−1 ( a tan x ) = =
dx cos2 x + a2 sen2 x 1 + ( a2 − 1) sen2 x
r
M a 2 − b2
11.9. Mostre que o torque N =necessário
2 para
2
bω 2 eˆa3 placa re-
agirar
12 a + b
tangular em torno da diagonal com velocidade angular constante ω é
r M a 2 − b2
N= a bω eˆ 3
2
12 a2 + b2
ω^
e^2 a
CM
^
e
1
CEDERJ 53
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
ur
ω3
1 & 2 &2 1
L= I1 (θ + φ sen2θ ) + I3 (ψ& + φ& cosθ )2 − Mgl cosθ
2 2
2 4Mgl θ I2 ω2 θ
θ&2 = Mgl (1 − cosθ ) − φ&2 sen2θ = sen2 − 3 2 3 tan2
I1 I1 2 I1 2
54 CEDERJ
MÓDULO 1
11
^ z
3
AULA
C ^
2
Mg
l
θ , φ ,ψ y
^I
O θ , φ ,ψ
θ , φ ,ψ
x
x
ml ’2 0 0
t
I = 0 ml 2 0
2
0
0 m ( l + l )
’2
CEDERJ 55
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
I1 ω&1 − ( I2 − I3 ) ω2 ω3 = N1
I2 ω& 2 − ( I3 − I1 ) ω3 ω1 = N 2
I3 ω& 3 − ( I1 − I2 ) ω1 ω2 = N3
x3
Pontos de contato θ
r
R θ
56 CEDERJ
MÓDULO 1
(b) O torque (relativo ao centro da bola) vem da força no ponto
11
de contato. Identifique a componente vertical e a componente horizontal
AULA
desta força e mostre que o módulo do torque é
r
N = mg (r cosθ ) − m (R − r cosθ ) Ω2 (r senθ )
r
Na situação mostrada na figura, qual a direção e o sentido de N ?
(c) Finalmente, mostre que, ra partir do movimento executado
r r
por L , você pode determinar dL e comparando com N obtenha
dt
para Ω:
g cosθ
Ω2 =
5
senθ R − r cosθ
3
SOLUÇÕES
∫ z ρ dV = ρ H 2π z tan α
zCM = ∫ dzz ∫ dθ ∫ rdr
∫ ρ dV M 0 0 0
πρ H
=
M ∫0
dzz 3 tan2 α
πρ 4 3H
= H tan2 α =
4M 4
r
Iij = ∫ ρ (r ) δ ij ∑ xk2 − xi x j dV
V
k
temos I xx = ρ ∫ (y 2 + z 2 )dV
V
H 2π z tan α
= ρ ∫ dz ∫ dθ ∫ rdr(z 2 + r 2 sen2θ )
0 0 0
H 1
= πρ ∫ dzz 4 tan2 α + tan4 α
0
4
πρ 2 3 1 4 3 2 R2
= R H + R H = MH +
5 4 5 4
CEDERJ 57
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
H 2π z tan α
I yy = ρ ∫ dz ∫ dθ ∫ rdr(z 2 + r 2 cos2 θ ) = I xx
0 0 0
Finalmente, temos
I zz = ρ ∫ (x 2 + y 2 )dV
V
H 2π z tan α
= ρ ∫ r 2 dV = ρ ∫ dz ∫ dθ ∫ r 3dr
V 0 0 0
πρ H πρ 4 3
=
2 ∫0
dzz 4 tan4 α =
10
(R H) =
10
MR2
t
11.2. Queremos calcular o tensor I de inércia da placa na figura,
para o sistema de eixos indicado. Temos que
∫ ( y + z ) dm − ∫ xydm − ∫ xzdm
2 2
I Ix y I x z V V V
t xx
I = Iy x Iy y I y z = − ∫ yxdm ∫V ( x + z ) dm −V∫ yzdm
2 2
Iz x Iz y I z z V
− zxdm
∫ − ∫ zydm ∫ ( x 2
+ y 2
) dm
V V V
0 b y
58 CEDERJ
MÓDULO 1
Como essa distribuição de massa se encontra no plano Oxy, os produtos
11
de inércia I xz , I yz , I zx e I zy são nulos porque z = 0. Para os outros
AULA
produtos de inércia, como dm = σ d xdy , temos
a b
M 1
I x y = I y x = − ∫ xydm = −
ab ∫0
xd x ∫ ydy = − Mab
V 0
4
1 1
I xx = Ma2 , I yy = Mb2
3 3
1
I zz = I xx + I yy = M(a2 + b2 )
3
Assim, A −C 0
t
I = −C B 0
0 0 A + B
1 1 1
onde A = Ma2 , B = Mb2 , C = Mab
3 3 4
CEDERJ 59
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
2 a
2
v2
=x2
+y 2 &
= θ + R2θ 2
CM CM CM
2
é 1 2 1 &2
Trot = Iω = Iθ
2 2
1 2
onde I= (l + a2 )
12
1 a l 2 + a2 &2
2
1 1
T= 2
MvCM + Iω 2 = M + R2θ 2 + θ
2 2 2 2 12
V = MgyCM
1 a l 2 + a2 &2
2
a
L = T − V = M + R2θ 2 + θ − Mg R + cosθ + Rθ senθ
2 2 12 2
a2 1 2 2 && 2 &2
+ R θ + (l + a ) θ + R θθ + g [Rθ cosθ − (a / 2) senθ ] = 0
2 2
4 12
60 CEDERJ
MÓDULO 1
Esta equação é exata e muito complicada, mas queremos tratar
11
somente do caso de pequenas oscilações ( θ << 1 ). Neste caso a equação
AULA
do movimento fica bem mais simples:
a2 1 2 2 && a
+ (l + a ) θ + g R − θ = 0
4 12 2
g(R − a / 2)
ω=
a / 4 + l 2 / 12
3
a
V = Mg R + cosθ + Rθ senθ
2
a θ2
V ≅ Mg R + 1 − + Rθ
2
2 2
a 1 a
≅ Mg R + + R − θ 2
2 2 2
CEDERJ 61
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
∆ω
ur
F
∆V
R
h
Podemos escrever
∆p = M∆V
∆L = IO ∆ω = hM∆V
ou,
IO
h=
MR
62 CEDERJ
MÓDULO 1
Isto diz que o ponto em que devemos acertar a tacada para que a bola
11
de bilhar role sem deslizar, desde o início, corresponde a h = (7 / 5)R.
AULA
(b) Se a bola estiver rolando quando atingir o trilho frontalmente,
queremos que ela reverta tanto sua velocidade linear quanto sua
velocidade angular com um outro impulso rápido. Isto é equivalente a
ter de comunicar à bola o dobro dos valores ∆p e ∆ω durante a colisão
com o trilho. O mesmo argumento que usamos anteriormente mostra
ser= (7 / 5)R.
que a altura do trilho deve h
Então,
t t t
I = I anel + I part
r t r
L = I ⋅ω
1 / 2 0 0 0 sen2α − senα cos α 00
= MR2ω 0 1 / 2 0 1 + mR2ω − senα cos α cos2 α 01
0 0 1 0 0 0 1 0
= MR2ω ( 0, 1 / 2, 0 ) + mR2ω ( −senα cos α , cos2 α , 0 )
CEDERJ 63
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
ou seja,
r 1
L = MR2 + mR2 cos2 α ω ^j − mR2ω senα cosα i^
2
r& r r m ^
RCM = ω × RCM = − ω R cos α k
m+M
r
Derivando novamente e como ω = (0, ωvetor
é um , 0) constante, temos
&&r r r r m
RCM = ω × (ω × RCM ) = − ω 2 R cos α i^
m+M
FP − FQ = mω 2 R senα cos α
64 CEDERJ
MÓDULO 1
A partir das duas equações para as forças, obtemos
11
1
FP =mω 2 R cos α (1 + senα )
AULA
2
1
FQ = mω 2 R cos α (1 − senα )
2
Note que essas forças são necessárias devido à presença da
massa m. O anel sozinho, como o movimento é em torno de um de seus
eixos de simetria, não precisaria de forças e torques.
r
11.6. Vamos começar decompondo g numa componente
g cos α ao longo das dobradiças e g sen α perpendicular a elas. É a
componente g sen α que faz a porta fechar. Para escrever as equações
do movimento, desenhamos a porta vista de cima, ao longo das
dobradiças.
Em torno do eixo das dobradiças, temos
N = Iθ&& (P.1)
l
onde o torque é N = − M g senα senθ e o momento de inércia
1 2 2
I = Ml . Substituindo essas quantidades na Equação (P.1), obtemos
3
3 g senα
θ&& = − senθ (P.2)
2 l
θ&2 3 g senα
d =− senθ dθ (P.3)
2 2 l
θ&2 3 g senα
= cosθ (P.4)
2 2 l
dθ 3g senα
= cosθ (P.5)
dt l
CEDERJ 65
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
1 1 Mgl
∆V = Mgl − = ( 2 − 1)
2 2 2
(a) Caso com atrito. O cubo não desliza enquanto cai, e a variação
1 2
da energia cinética é ∆T = Iω (o cubo está inicialmente em repouso).
2
O momento de inércia é, usando o teorema dos eixos paralelos,
2
l Ml 2 Ml 2 2 2
I = ICM + M = 6 + 2 = 3 Ml
2
Fazendo ∆T = ∆V , temos
1 2 2 Mgl
Ml ω = ( 2 − 1)
3 2
ou,
3g
ω2 = ( 2 − 1)
2l
(b) Caso sem atrito. Agora o cubo vai deslizar enquanto cai, e a
variação da energia cinética fica
1 2 1
∆T = Iω + MvCM
2
2 2
66 CEDERJ
MÓDULO 1
11
Sendo θ final = π / 4 , temos que
AULA
1 2 1 l2 2 π 1 1
∆T = Iω + M ω cos2 = Ml 2ω 2 + (0.2)
2 2 2 4
12 8
20 Mgl
Ml 2ω 2 = ( 2 − 1) (0.3)
8 × 12 2
ou,
g 8 × 12 12 g
ω2 = ( 2 − 1) = ( 2 − 1)
l 2 × 20 5 l (0.4)
CEDERJ 67
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
e, assim,
T
2M
∫ ωdt = ω T
0
0
5m + 2M
I1 ω&1 − ( I2 − I3 ) ω2 ω3 = N1
I2 ω& 2 − ( I3 − I1 ) ω3 ω1 = N2
I3 ω& 3 − ( I1 − I2 ) ω1 ω2 = N3
Sabemos que 1
I1 = Mb2
12
1
I2 = Ma2
12
1
I3 = I + I 2 =
M(a2 + b2 )
12
No nosso sistema de eixos, temos ainda para as componentes da
velocidade angular ω3 = 0
ωa
ω1 =
a 2 + b2
ωb
ω2 =
a 2 + b2
r
Substituindo nas equações de Euler, lembrando que ω é constante,
obtemos: N1 = 0
N2 = 0
M a 2 − b2
N3 = a bω
2
12 a2 + b2
que é o resultado procurado.
68 CEDERJ
MÓDULO 1
11.10. (a) O potencial efetivo do pião simétrico é dado pela
11
Equação (11.117):
AULA
(pφ − pψ cosθ )2
Vef (θ ) = + Mgl cosθ
2I1 sen2θ
onde pφ e pψ são constantes do movimento. A condição para um
movimento de precessão pura é
dVef (θ )
=0
dθ θ0 = π / 2
ou
ou ainda,
pφ pψ
= Mgh
I1
I1 φ& I3 ω3
= Mgh ,
I1
ou seja,
Mgh
φ& =
I3 ω3
∂ 2Veff
>0
∂θ 2
θ0 = π / 2
O movimento é estável.
CEDERJ 69
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
1 & 2 &2 1
L= I1 (θ + φ sen2θ ) + I3 (ψ& + φ& cosθ )2 − Mgl cosθ
2 2
∂L
pψ = = I3 (ψ& + φ& cosθ ) = I3ω3
∂ψ&
∂L
pφ = = I1 φ& sen 2θ + I 3 (ψ& + φ& cos θ ) cos θ = I1 φ& sen 2θ + pψ cos θ
∂φ&
pφ = pψ = I3 ω3
1 & 2 &2 1 1
E= I1 (θ + φ sen2θ ) + I3 (ψ& + φ& cosθ )2 + Mgl cosθ = E0 = I3ω3 + Mgl
2 2 2
I ω (1 − cosθ ) I ω (1 − cosθ m )
φ& = 3 3 ⇒ φ&(m) = 3 3
I1 sen θ
2
I1 sen2θ m
θ θ θ
1 − cosθ = 2 sen2 e senθ = 2 sen cos
2 2 2
achamos
θm I3 ω3
cos =
2 2 I1Mgl
70 CEDERJ
MÓDULO 1
É fácil de ver desta equação, sem resolvê-la, que θ& = 0 sempre
11
que θ for igual a zero e igual a θ m.
AULA
11.12. (a) Considere o sistema de referência girando com
velocidade angular Ω ẑ no qual o centro da bola está em repouso.
Se os pontos de contato da bola com o aro traçam um grande
círculo na bola, então ela deve estar girando em torno do eixo
x̂3 (negativo) com uma velocidade angular que chamaremos de ω ’r. = ΩR
A condição de rolar sem deslizar diz que ω ’r = ΩR e, portanto,
ω ’ = ΩR / r. Assim, o vetor velocidade angular total da bola é
r
ω = Ω zˆ − ω ’ xˆ 3 = Ω zˆ − (R / r) Ω xˆ 3
CEDERJ 71
Mecânica | Dinâmica do corpo rígido
r r
(c) Igualando dL / dt e N permite encontrar a expressão pro-
curada para Ω:
g cosθ
Ω2 =
5
senθ R − r cosθ
3
72 CEDERJ