REGIMENTO INTERNO TRT 22

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 30

REGIMENTO INTERNO - TRT 22ª REGIÃO

TÍTULO I

DO TRIBUNAL

(...)
CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL

Art. 16. Compete ao Tribunal Pleno, além da matéria expressamente prevista em lei ou em
outro dispositivo deste Regimento:

I - originariamente:

a) processar, conciliar e julgar os dissídios coletivos no âmbito de sua jurisdição, suas revisões
e os pedidos de extensão das sentenças normativas, bem como apreciar e homologar os
acordos realizados nos referidos dissídios;

b) processar e julgar os mandados de segurança contra atos e decisões, inclusive


administrativas ou provenientes da Comissão de concursos para provimento de cargo de juiz
substituto, do próprio Tribunal, de suas Turmas, do seu Presidente, dos seus membros e das
demais autoridades sob a sua jurisdição em matéria trabalhista;

c) processar e julgar os habeas corpus contra atos dos Juízes das Varas do Trabalho e demais
autoridades submetidas a sua jurisdição;

d) processar e julgar os habeas data contra atos do próprio Tribunal, suas Turmas, seu
Presidente, seus membros e demais autoridades submetidas à sua jurisdição;

e) processar e julgar as ações rescisórias de sua competência;

f) processar e julgar os conflitos de competência, os incidentes, as exceções de


incompetência, suspeição ou de impedimento de seus membros, dos membros das Turmas e
dos juízes de primeiro grau, bem como as ações incidentais de qualquer natureza em
processos sujeitos a seu julgamento;

g) processar e julgar os conflitos de competência ou de atribuições entre as Turmas e Varas


do Trabalho,

h) julgar os embargos de declaração opostos a seus acórdãos;

i) processar e julgar a restauração dos autos de processos de sua competência originária,


observada a legislação processual pertinente;

j) processar e julgar as matérias administrativas, as medidas cautelares, as medidas


disciplinares e os processos não especificados neste Regimento;

l) processar e julgar a habilitação incidente em processos de sua competência;

m) julgar os incidentes de falsidade suscitados nos processos de sua competência;

n) julgar, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros efetivos, as argüições de
inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, em processos de sua
competência originária e as que lhe forem submetidas pelas Turmas;

o) processar e julgar as ações anulatórias de cláusula de convenção ou acordo coletivo com


abrangência territorial ou inferior à jurisdição de um Tribunal Regional;
p) processar e julgar os incidentes de uniformização de jurisprudência de suas Turmas;

q) editar, revisar e cancelar a súmula da jurisprudência do Tribunal;

r) apreciar pedido de autorização para o juiz residir fora da sede da jurisdição;

s) decidir os conflitos de competência entre as Varas do Trabalho e entre os Juízes de Direito


do seu âmbito jurisdicional e entre aquelas e estes, observado o disposto na Constituição
Federal.

II - em grau de recurso:

a) os agravos regimentais interpostos contra ato do Presidente, do Corregedor ou contra as


decisões monocráticas nos processos de competência originária do Tribunal Pleno;

b) as questões de natureza administrativa, quando se tratar de direitos ou interesses dos


magistrados;

c) os recursos contra atos administrativos do Presidente ou de qualquer de seus membros,


quando se tratar de direitos ou interesses dos servidores;

d) os recursos das multas impostas pelas Turmas;

e) os recursos ordinários interpostos em mandados de segurança, habeas-corpus e habeas-


data de competência originária das Varas do Trabalho;

III - determinar às Varas do Trabalho e solicitar aos Juízes de Direito investidos na jurisdição
trabalhista, a realização dos atos processuais e diligências necessários ao julgamento dos
feitos submetidos à sua apreciação;

IV - fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões;

V - declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões;

VI - impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competência;

VII - eleger o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, na forma prevista neste Regimento e


observadas as disposições da Lei que dispõe sobre a Magistratura Nacional;

VIII - elaborar e reformar o Regimento Interno, organizar os serviços auxiliares e dispor sobre
a estruturação do quadro de pessoal, observados os limites legais;

IX - convocar Juízes Titulares de Varas do Trabalho para substituírem ou auxiliarem membros


vitalícios, quando afastados por período superior a 30 (trinta) dias, observada a Lei que rege a
Magistratura Nacional e a regulamentação do CNJ;

X - aprovar o valor das diárias e a concessão de ajuda de custo aos Juízes e servidores, nas
hipóteses previstas em lei;

XI - aprovar a escala anual de férias dos Juízes da Região, bem como lhes conceder licença e
abonar as suas faltas;

XII - estabelecer o horário de funcionamento dos órgãos da Justiça do Trabalho da 22ª Região,
podendo determinar a suspensão do expediente forense, sempre que necessário;

XIII - fixar os dias das sessões ordinárias e convocar as extraordinárias quando necessárias, a
requerimento de qualquer de seus membros efetivos, com antecedência mínima de 48
(quarenta e oito) horas;
XIV - estabelecer critérios para a realização de concurso público para provimento de cargos
de Juiz do Trabalho Substituto e de servidores do quadro de pessoal, observadas as normas
pertinentes, bem como aprovar os editais, designar as comissões respectivas e homologar as
listas de classificação final dos candidatos aprovados;

XV - aprovar o processo de aposentadoria dos Juízes e Desembargadores Federais do


Trabalho efetivos do Tribunal, para encaminhamento às instâncias administrativas de direito;

XVI - apreciar os processos de aposentadoria dos Juízes de 1º grau, quando for o caso, e dos
servidores do quadro de pessoal, autorizando o Presidente a baixar os respectivos atos de sua
concessão;

XVII - disciplinar o processo de verificação de invalidez do magistrado, para fim de


aposentadoria, observando-se o que dispõe a Lei que regula a Magistratura Nacional;

XVIII - aprovar o regulamento de sua Secretaria e Serviços Auxiliares, bem como o Regimento
Interno da Corregedoria-Regional, integrando ambos este Regimento;

XIX - determinar a remessa às autoridades do poder público, para os fins de direito, das
cópias autenticadas de peças de autos ou de papéis que conhecer, quando neles, ou por
intermédio deles, tiver notícia de fato que constitua crime em que caiba ação pública e
representar junto às mesmas autoridades, sempre que se fizer necessário, para resguardar a
dignidade e a honorabilidade da Instituição;

XX - aprovar a lista de antigüidade dos Juízes da Região, organizada anualmente pelo Serviço
de Pessoal, bem como decidir sobre as reclamações oferecidas pelos interessados, dentro do
prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir de sua publicação no órgão oficial, observado o
disposto no art. 9º deste Regimento;

XXI - decidir sobre os pedidos de averbação de tempo de serviço, para efeitos legais, quer de
Juízes, quer de servidores;

XXII - aplicar aos servidores do seu quadro de pessoal as penalidades disciplinares de sua
competência exclusiva;

XXIII - promover e decidir sobre a matéria contida no Título II, Capítulo I, Seção I e Título III,
Capítulo I, II e III, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional;

XXIV - mandar riscar, de ofício ou a requerimento do interessado, expressões injuriosas contra


Juízes da Região, empregadas pelas partes ou seus procuradores, nos processos sob sua
apreciação;

XXV - determinar que sejam riscadas dos escritos nos autos, a requerimento do interessado,
expressões injuriosas dirigidas pelo Juiz à parte ou seus procuradores;

XXVI - indicar o Juiz do Trabalho Substituto e o Juiz Titular de Vara Trabalho que devam ser
promovidos pelo critério de antigüidade, na forma prescrita na Lei que dispõe sobre a
Magistratura Nacional;

XXVII - deliberar sobre os pedidos de remoção e permuta de Juízes, observada, nesta última
hipótese, a conveniência do serviço;

XXVIII - autorizar, quando julgar conveniente, a redistribuição entre servidores da mesma


categoria funcional ou equivalente, para outros órgãos do Poder Judiciário Federal, desde que
manifestada, reciprocamente, por escrito, a intenção de o fazerem;

XXIX - aprovar a proposta orçamentária da Justiça do Trabalho da 22ª Região;

XXX - conceder aos servidores do quadro de pessoal as licenças previstas em Lei e que não
sejam da competência expressa do Presidente;
XXXI - decidir sobre a conversão do julgamento em diligência dos processos em pauta;

XXXII - organizar, pelo voto de seus membros efetivos, a lista para promoção por
merecimento dos Juízes Titulares de Varas do Trabalho e Juízes Substitutos, mediante a
aferição do desempenho, por critérios objetivos estabelecidos previamente em resolução
administrativa;

XXXIII - advertir ou censurar, por deliberação da maioria dos seus membros vitalícios, os
Juízes de primeiro grau, por faltas cometidas no cumprimento de seus deveres, assegurando-
lhes defesa;

XXXIV - deliberar sobre a concessão de afastamento aos Juízes e Desembargadores Federais


do Trabalho efetivos, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens, para freqüência a curso
ou estudos de aperfeiçoamento, pelo prazo máximo de 02 (dois) anos, na forma que vier a
estabelecer em resolução administrativa;

XXXV - adotar providências no sentido de promover a agilização das execuções de sentenças


dos processos de competência das Varas do Trabalho.

XXXVI - exercer, em geral, e no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições


decorrentes de sua atividade jurisdicional e estabelecer a competência dos seus órgãos.

Art. 17. Compete às Turmas, além da matéria expressamente prevista em lei:

I - julgar:

a) os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea "a" e § 1º, da CLT, e as remessas ex
officio, com exceção das matérias de competência do Tribunal Pleno;

b) os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de sua


competência;

c) os recursos adesivos; e

d) embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;

II - processar e julgar:

a) as habilitações incidentes e argüições de falsidade nos processos pendentes de sua


decisão;

b) medidas cautelares nos autos dos processos de sua competência; e

c) restauração de autos quando se tratar de processo de sua competência.

III - fiscalizar o cumprimento de suas decisões;

IV - declarar as nulidades decorrentes de atos praticados com infração de suas decisões;

V - impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competência jurisdicional;

VI - promover, por proposta de qualquer de seus membros, a remessa de processos ao


Tribunal Pleno, quando se tratar de matéria da competência deste;

VII - dar ciência às autoridades competentes de fato que possa configurar crime de ação
pública, verificado nos papéis e autos sujeitos a seu exame;

VIII - dar ciência à Corregedoria-Regional de atos considerados atentatórios à boa ordem


processual;
IX - determinar às Varas do Trabalho e aos Juízes a realização dos atos processuais e
diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;

X - requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento dos


feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições;

XI - deliberar acerca das ausências de seus membros às sessões;

XII - resolver as questões de ordem que lhes forem submetidas;

XIII - exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que


decorram de sua jurisdição.

Art. 17-A. Compete aos Presidentes de Turmas:

I - Aprovar as pautas de julgamento elaboradas pela Secretaria;

II - dirigir, ordenar e presidir as sessões da Turma, propondo e submetendo as questões a


julgamento;

III - proferir voto, apurar os emitidos e proclamar as decisões;

IV - relatar e revisar os processos que lhe forem distribuídos;

V - encaminhar à Secretaria do Tribunal Pleno os processos que devam ser redistribuídos, nos
casos de afastamento e vaga de magistrado, bem como nos casos de impedimento ou
suspeição;

VI - assinar a ata da sessão e despachar expedientes em geral, orientando e fiscalizando as


tarefas administrativas da Turma, vinculadas às atribuições judiciárias respectivas;

VII - supervisionar os trabalhos da Secretaria referentes à Turma;

VIII - convocar as sessões extraordinárias da Turma, designando dia e hora;

IX - designar o magistrado que deva redigir o acórdão;

X - determinar a baixa dos autos à instância inferior, quando for o caso;

XI - manter a ordem e o decoro nas sessões, ordenando a retirada dos que as perturbarem e
demais providências legais cabíveis;

XII - requisitar às autoridades competentes a força necessária sempre que, nas sessões,
houver perturbação da ordem ou fundado temor de sua ocorrência;

XIII - convocar Juiz para integrar o órgão que preside, a fim de compor quorum;

XIV - apresentar, em época própria, o relatório dos trabalhos realizados pela Turma no
decurso do ano anterior ou sempre que lhe for solicitado pelo Presidente do Tribunal;

XV - cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento;

Parágrafo único - O exercício do encargo de presidente de Turma não exclui o Desembargador


Federal do Trabalho da participação na distribuição de processos como relator ou revisor,
exceto em relação ao Presidente do Tribunal.

CAPÍTULO III

DA PRESIDÊNCIA
Art. 18 - São atribuições do Presidente do Tribunal:

I - representar o Tribunal perante os demais poderes e autoridades, bem como nos atos e
solenidades oficiais, podendo delegar essa atribuição ao Desembargador Federal do Trabalho
Vice-Presidente ou, na impossibilidade deste, a outro Desembargador Federal do Trabalho do
Tribunal;

II - dirigir os trabalhos do Tribunal, observando e fazendo cumprir a Constituição Federal, as


leis da República e o Regimento Interno;

III - presidir as sessões do Tribunal e convocar as extraordinárias e as administrativas, quando


entender necessário ou a requerimento de Desembargador Federal do Trabalho do Tribunal;
colher os votos e proferir voto de qualidade, nos casos previstos em lei e neste Regimento,
bem como proclamar os resultados dos julgamentos;

IV - manter a ordem nas sessões e audiências, podendo mandar retirar os assistentes ou


cassar-lhes a palavra sempre que perturbarem ou faltarem com o devido respeito, mandando
prender os desobedientes, impondo-lhes as penalidades legais cabíveis, podendo requisitar
força pública, quando necessário;

V - designar e presidir as audiências de conciliação e instrução dos dissídios coletivos,


podendo delegar essas atribuições ao Desembargador Federal do Trabalho Vice-Presidente ou
a Juiz Titular de Vara do Trabalho, quando ocorrerem fora da sede da Região, na forma do
artigo 866 da Consolidação da Leis do Trabalho;

VI - presidir a audiência pública de distribuição dos feitos, despachar os processos e papéis


que lhe forem submetidos no expediente da Presidência do Tribunal e determinar a expedição
de carta de sentença;

VII - despachar os recursos interpostos das decisões do Tribunal, inclusive de revista, negando
ou admitindo-lhes seguimento, com a devida fundamentação, e, neste último caso,
declarando o efeito em que o recebe;

VIII - despachar os agravos de instrumento contra atos denegatórios de seguimento a


recursos;

IX - julgar, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contadas a partir do seu recebimento com
a devida conclusão, os pedidos de revisão de valor de alçada, previstos no parágrafo
primeiro, do artigo 2º, da Lei nº 5.584/70;

X - homologar as desistências nos dissídios coletivos, na forma da lei, quando ainda não
distribuídos;

XI - assinar, conjuntamente com o Secretário do Tribunal Pleno, as atas das sessões, e, com o
Relator, os acórdãos do Tribunal;

XII - executar e fazer cumprir as suas próprias decisões, as do Tribunal e as dos Tribunais
Superiores, determinando aos Juízes de primeiro grau a realização dos atos processuais e
diligências que se fizerem necessárias;

XIII - expedir ordens, determinar diligências e providências relativas a processos, desde que
não pendam acórdãos e não sejam de competência privativa do Desembargador Federal do
Trabalho Relator;

XIV - velar pelo bom funcionamento do Tribunal e dos órgãos que lhe são subordinados,
expedir provimentos, recomendações, atos, ordens de serviço, portarias e adotar outras
providências que entender necessárias;
XV - determinar o processamento dos precatórios de requisição de pagamento dos valores
devidos pela Fazenda Pública em decorrência de sentença judicial trânsito em julgado e
ordenar o seu cumprimento, inclusive, mediante seqüestro, quando for o caso, ouvido, nesta
hipótese, previamente, o Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho;

XVI - prover, na forma da lei, os cargos efetivos ou em comissão e as funções comissionadas


do Quadro de Pessoal, nomeando, designando, dispensando, removendo, exonerando,
demitindo, destituindo ou promovendo servidores.

XVII - aplicar penas disciplinares aos servidores do Tribunal da 22ª Região, observadas as
limitações legais e Regimentais;

XVIII - antecipar, prorrogar e suspender o expediente dos órgãos da Justiça do Trabalho da


22ª Região, ad referendum do Tribunal;

XIX - conceder e autorizar o pagamento de diárias e ajuda de custo, na conformidade da


tabela aprovada pelo Tribunal;

XX - organizar a escala de férias dos Desembargadores Federais do Trabalho e Juízes da 22ª


Região e submetê-la ao Tribunal para aprovação na 1ª Quinzena de novembro;

XXI - conceder férias aos Desembargadores Federais do Trabalho, Juízes e aos servidores,
observadas as respectivas escalas;

XXII - conceder aposentadoria aos servidores, observados os estritos limites da Constituição


Federal e da Lei;

XXIII - processar e encaminhar ao poder Executivo os processos de aposentadoria de


Desembargadores Federais do Trabalho do Tribunal;

XXIV - organizar o seu Gabinete e demais serviços auxiliares, respeitados os atos de


competência privativa do Tribunal;

XXV - propor ao Tribunal a realização de concursos públicos, submetendo a sua aprovação as


respectivas instruções, assim como o exame das matérias de ordem administrativa de
competência do colegiado;

XXVI - designar os integrantes de comissões de licitações, de sindicâncias e de inquéritos;

XXVII - determinar descontos e averbações nos vencimentos dos servidores,


Desembargadores Federais do Trabalho e Juízes, quando decorrentes de lei, de sentença
judicial, decisão do Tribunal ou com autorização do interessado, no caso de contribuição
associativa;

XXVIII - dar posse aos funcionários, Juízes Titulares de Varas do Trabalho e Juízes Substitutos,
decidindo sobre a prorrogação de prazo para posse e entrada em exercício, na conformidade
com que a lei dispuser;

XXIX - propor ao tribunal a aplicação de penas disciplinares aos Desembargadores Federais


do Trabalho e Juízes da 22ª Região;

XXX - propor ao Tribunal a instauração de processo de aposentadoria de Desembargadores


Federais do Trabalho e Juízes nas hipóteses previstas na Lei que dispõe sobre a Magistratura
Nacional e determinar ex-officio que se instaure o processo de afastamento compulsório do
Desembargador Federal do Trabalho ou Juiz que não a requerer até 40 (quarenta) dias antes
da data em que completar 70 (setenta) anos de idade;

XXXI - visar, como ordenador da despesa, as folhas de pagamento dos Desembargadores


Federais do Trabalho, Juízes e servidores do quadro de pessoal da 22ª Região;
XXXII - organizar a lista de antigüidade dos Desembargadores Federais do Trabalho e Juízes
da 22ª Região, no primeiro mês de cada ano, submetendo-a à apreciação e deliberação do
Tribunal;

XXXIII - elaborar, para apreciação do Tribunal, projeto de Regulamento-Geral da Secretaria do


Tribunal, bem como as alterações que se fizerem necessárias;

XXXIV - velar pela exatidão e regularidade das publicações legalmente exigidas;

XXXV - REVOGADO;

XXXVI - decidir os pedidos de magistrados e de servidores, em matéria administrativa, desde


que não constituam competência privativa do Tribunal;

XXXVII - submeter a proposta orçamentária do Tribunal ao Pleno e supervisionar a execução


orçamentária da despesa;

XXXVIII - exercer a função de ordenador da despesa, praticando todos os atos a ela inerentes;

XXXIX - autorizar e aprovar a instauração do processo de compra pelo Tribunal e autorizar o


seu pagamento;

XL - apresentar ao Tribunal, para exame e aprovação, após a competente auditoria, a tomada


de contas;

XLI - sugerir ao Tribunal a elaboração de mensagens de anteprojeto de lei e remeter as


aprovadas ao órgão competente;

XLII - apresentar ao Tribunal, na segunda quinzena de março de cada ano, relatório das
atividades do Tribunal, no exercício anterior, dele enviando cópia ao Tribunal Superior do
Trabalho;

XLIII - designar os substitutos dos Juízes Titulares de Varas do Trabalho nos casos de férias,
licenças ou impedimentos legais;

XLIV - decidir outras questões não previstas neste Regimento, desde que não sejam da
competência exclusiva do Tribunal;

XLV - publicar mensalmente dados estatísticos sobre os trabalhos do Tribunal, no mês


anterior, a teor do artigo 37, parágrafo único, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional;

XLVI - REVOGADO.

XLVII - designar Juiz Substituto, em função auxiliar, ou Titular de Vara do Trabalho para
responder, na ausência do titular, pela jurisdição de outra Vara;

XLVIII - aprovar a escala de férias dos servidores da 22ª Região.

IL - decidir sobre quaisquer incidentes processuais, inclusive desistência e acordo, nos


processos de competência originária do Tribunal, quando ainda não distribuídos ou após o
julgamento do feito;

L - conceder vistas dos autos às partes e seus procuradores, antes da distribuição e após o
julgamento dos feitos;

LI - ordenar, fundamentadamente, a prisão administrativa de responsável por dinheiro e


valores pertencentes à Fazenda Nacional, ou que se acharem sob a guarda desta , no caso de
alcance ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos;

LII - REVOGADO.
LIII - estabelecer e fiscalizar o controle de freqüência dos servidores do Tribunal;

LIV - praticar todos os demais atos inerentes às suas funções, nos termos da lei e observado
este Regimento.

LV - conceder aos servidores do Tribunal as licenças para tratamento de saúde, à gestante, à


adotante e paternidade.

LVI - Poderá o Presidente do Tribunal, a requerimento da pessoa jurídica de direito público


interessada ou do Ministério Público do Trabalho, nas ações de competência originária das
Varas do Trabalho movidas contra o Poder Público ou seus agentes, em caso de manifesto
interesse público, ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à
segurança e à economia públicas, suspender, em decisão fundamentada, a execução de
liminar ou de decisão concessiva de mandado de segurança, antecipação de tutela e liminar
em ação cautelar, bem como suspender a execução de sentença proferida em processo de
ação cautelar inominada e em ação civil pública, enquanto não transitada em julgado.

§ 1º - As atribuições de que tratam os incisos XVI, XVII, XIX, XXI, XXVI, XXVII, XXVIII, XXXI,
XXXVI, XXXVIII e LV deste artigo, poderão ser delegadas, no todo ou em parte, ao Diretor
Geral do Tribunal.

§ 2º - As designações dos Diretores de Secretaria das Varas do Trabalho somente poderão


recair sobre servidores efetivos do quadro de pessoal do Tribunal, bacharéis em Direito,
indicados pelo Juiz Titular ao Presidente, que submeterá o nome ao referendum do Pleno do
Tribunal no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 3.º - REVOGADO.

CAPÍTULO IV

DA VICE-PRESIDÊNCIA

Art. 19 - São atribuições do Vice-Presidente do Tribunal :

I - suceder o Presidente, em caso de vaga, e substituí-lo no seu impedimento, férias, licenças


e ausências;

II - exercer a função de Corregedor-Regional, com as atribuições definidas neste Regimento


Interno;

III - exercer outras atribuições que, de comum acordo, lhe forem delegadas pelo Presidente ou
que lhe tenham sido designadas pelo Tribunal;

IV - indicar os servidores de seu gabinete, bem como os servidores do Gabinete da


Corregedoria Regional.

§ 1º - A delegação de atribuições a que se refere o inciso III deste artigo será exercida
mediante ato do Presidente do Tribunal, que fixará os limites e o prazo da delegação.

§ 2º - A regra constante dos incisos II e IV terá vigência a partir da posse do Presidente e Vice-
Presidente deste Regional a ser eleito para o biênio de 2010/2012;

Art. 20 - A função de Vice-Presidente não impede o Desembargador Federal do Trabalho que a


exerce de ser contemplado na distribuição dos feitos, salvo quando no exercício da
Presidência, por tempo igual ou superior a 08 (oito) dias consecutivos, ou em missão oficial,
fora da sede do Tribunal, por igual período;

CAPÍTULO V
DA CORREGEDORIA-REGIONAL

Art. 21- O Vice-Presidente do Tribunal é o Corregedor-Regional e exerce correição


permanente, ordinária e parcial, sobre os órgãos da Justiça do Trabalho da 22ª Região,
competindo-lhe, especialmente:

I- No exercício da correição permanente:

a) velar pelo regular funcionamento da Justiça do Trabalho da 22ª Região por meio de
provimentos, instruções, recomendações ou despachos;

b) velar pela assiduidade e diligência dos Juízes de primeiro grau, no exercício de suas
funções;

c) pugnar pela fiel observância das leis, regulamentos, provimentos, atos, portarias, ordens
de serviço, recomendações e despachos, referentes à administração da Justiça do Trabalho;

d) apurar, pelos meios regulares de direito, fatos que deponham contra as atividades
funcionais de qualquer dos membros da Justiça do Trabalho e dos seus servidores, levando-os
ao conhecimento do Tribunal e, quando for o caso, à Corregedoria-Geral da Justiça do
Trabalho;

e) propor punições, na forma da lei, ao Juiz que não cumprir os deveres do cargo, inclusive
aos que excederem, injustificadamente, dos prazos para prolação de sentenças e decisões;

f) prestar informações sobre os Juízes de primeiro grau, para fins de vitaliciedade, promoção
por merecimento ou aplicação de penalidades;

g) ordenar as providências adequadas quando verificar a falta de assiduidade ou de diligência


dos Juízes na administração da Justiça, ou a prática, por parte dos Juízes de primeiro grau, de
erros ou abusos que devam ser corrigidos, evitados ou punidos;

h) publicar no órgão de divulgação oficial as atas das correições ordinárias.

II- No exercício da correição ordinária, inspecionar, pelo menos uma vez por ano, cada uma
das Varas do Trabalho da Região;

III- No exercício de correição parcial, conhecer de reclamações contra atos e despachos dos
Juízes de primeiro grau e Juízes de Direito, quando investidos na jurisdição trabalhista,
destinadas a corrigir erros, abusos e atos contrários à boa ordem processual, desde que não
suscetíveis de impugnação por recurso específico;

Art. 22 - A reclamação correicional deverá ser protocolizada no Tribunal e dirigida,


diretamente, ao Desembargador Federal do Trabalho Corregedor no prazo de 08 (oito) dias,
contado da ciência do ato impugnado, devendo a petição inicial conter, obrigatoriamente:

I - a qualificação do autor e a indicação da autoridade a que se refere a impugnação;

II - o fato com a indicação dos fundamentos jurídicos do pedido;

III - o pedido, com suas especificações;

IV - a indicação das provas necessárias à instrução dos fatos alegados.

§ 1º - A petição inicial será instruída com a certidão de inteiro teor, ou cópia reprográfica, da
decisão ou do despacho reclamado e dos documentos indispensáveis ao procedimento.

§ 2º - A petição inicial e os documentos que a acompanham deverão ser apresentados em


tantas vias quantas forem as autoridades reclamadas.
§3º- A inicial, quando subscrita por advogado, deverá ser acompanhada do respectivo
mandato, na forma da lei.

§ 4º- A inicial será indeferida, desde logo, quando não for caso de reclamação correicional ou
quando a petição inicial não contiver os requisitos a que se refere este artigo.

§ 5º- Estando a petição em ordem e regularmente instruída, o Corregedor mandará autuá-la e


ordenará a notificação da autoridade reclamada, encaminhando-lhe cópia da inicial e dos
documentos que a acompanham, para que se manifeste, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 6º- Quando for relevante o fundamento ou quando do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida requerida, o pedido poderá ser liminarmente deferido, podendo a
medida, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

§ 7º- A decisão proferida será comunicada à autoridade reclamada para cumprimento


imediato, sob pena de responsabilidade;

§ 8º- Das decisões proferidas pelo Corregedor-Regional cabe Agravo Regimental, no prazo de
08 (oito) dias, contados da publicação no órgão oficial.

Art. 23 - Para fins correicionais, somente o Corregedor terá acesso aos livros, papéis e
processos administrativos ou jurisdicionais das Secretarias do Tribunal, das Varas do Trabalho
e demais serviços auxiliares.

TÍTULO II

DA ORDEM DOS SERVIÇOS NO TRIBUNAL

CAPÍTULO I

DA DISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS

Art. 24 - Os processos de competência do Tribunal serão distribuídos por classes, com


designação própria e na seguinte ordem:

I- De competência do Tribunal Pleno:

a) Dissídio Coletivo;

b) Pedido de Extensão de Decisões proferidas em dissídios coletivos;

c) Pedido de Revisão de Sentenças Normativas;

d) Homologação de Acordo em dissídios coletivos;

e) Mandado de Segurança;

f) Recurso Ordinário em Mandado de Segurança;

g) "Habeas-Corpus";

h) Recurso Ordinário em "Habeas-Corpus";

i) "Habeas-Data";

j) Recurso Ordinário em "Habeas-Data";

l) Ação Rescisória;

m) Ação Cautelar;
n) Ação Anulatória;

o) Conflito de Competência;

p) Exceção de Incompetência, de Suspeição ou de Impedimento;

q) Argüição de Inconstitucionalidade;

r) Pedido de Restauração de Autos;

s) Incidente de Falsidade;

t) Incidente de Uniformização de Jurisprudência;

u) Agravo Regimental;

v) Embargos de Declaração;

x) Habilitação Incidente;

II- De competência das Turmas:

a) Recurso Ordinário;

b) Recurso Ordinário em Procedimento Sumaríssimo;

c) Agravo de Petição;

d) Agravo de Petição em Procedimento Sumaríssimo;

e) Agravo de Instrumento/Recurso Ordinário;

f) Agravo de Instrumento/Recurso Ordinário em Procedimento Sumaríssimo;

g) Agravo de Instrumento/Agravo de Petição;

h) Agravo de Instrumento/Agravo de Petição em Procedimento Sumaríssimo;

i) Embargos de Declaração;

j) Ação Cautelar;

l) Pedido de Restauração de Autos;

m) Incidente de Falsidade;

n) Habilitação Incidente.

o) Remessa ex officio quando não for matéria da competência do Tribunal Pleno.

III - De competência do Presidente do Tribunal:

a) Pedido de Suspensão de Segurança;

b) Pedido de Revisão de Valor da Alçada.

IV- Administrativos:

a) Aplicação de Penalidades;
b) Matéria Administrativa;

c) Recurso Administrativo.

Parágrafo Único. Não concorrerão à distribuição os membros do Tribunal que estiverem


impedidos, nos termos da lei e deste Regimento, bem como o Presidente.

Art. 25 - Os processos de competência recursal serão registrados e autuados nas Varas do


Trabalho. Após triagem, os feitos que mereçam intervenção obrigatória do Ministério Público
do Trabalho, ser-lhe-ão remetidos, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contadas do
recebimento e os demais ao Serviço de Cadastramento Processual.

§ 1º - Não serão remetidos ao Ministério Público do Trabalho os processos de rito sumaríssimo


a que refere o art. 852-A da Consolidação das Leis do Trabalho, podendo, nas sessões de
julgamento, ser emitido parecer oral, desde que requerido antes da sustentação oral e do
voto do Relator.

§ 2º - Para facilitar a emissão de parecer oral em sessão de julgamento, os autos dos


processos a serem julgados ficarão à disposição do Ministério Público do Trabalho 48
(Quarenta e oito) horas antes das respectivas sessões, na Secretaria do Tribunal Pleno ou em
local para esse fim destinado pela Presidência do Tribunal.

§ 3º Os processos de competência originária serão protocolados no Serviço de Cadastramento


Processual, que fará o registro, autuação e distribuição.

§ 4º Os processos serão distribuídos, por classe e segundo a ordem em que forem


apresentados, adotando-se sistema informatizado, em que se observará absoluta
transparência. A distribuição será feita imediatamente, pelo Presidente, em audiência pública,
cuja ata será publicada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.

§ 5 º- Por conveniência do serviço, o Presidente do Tribunal poderá designar outro


Desembargador Federal do Trabalho para presidir a audiência de distribuição dos feitos.

§ 6º- Os mandados de segurança com pedido de liminar, os dissídios coletivos decorrentes de


greve e outros feitos que, a juízo do Presidente do Tribunal, mereçam providências imediatas,
serão, desde logo, distribuídos, observados os critérios deste Regimento.

§ 7º - Tratando-se de recurso contra ato do Presidente do Tribunal em matéria administrativa


deverá ser distribuído a Relator.

Art. 26 - Será distribuído, mediante compensação, ao Relator do acórdão, o recurso mandado


subir em agravo de instrumento; o mesmo ocorrerá em relação ao processo que, tendo
baixado ao órgão de origem, por força de decisão do Tribunal, retorne a este para novo
julgamento.

§1º- Os processos que se relacionem por conexão ou continência com outro já ajuizado, serão
distribuídos por dependência, ao Relator já sorteado.

§2º- Excetuadas as hipóteses previstas no caput e no parágrafo anterior, todos os demais


processos serão distribuídos segundo os critérios previstos neste Regimento.

Art. 27 - Distribuído o processo, Relator e Revisor ficarão vinculados, independentemente de


seus "vistos", exceto nos casos de afastamento para os fins do art. 73, I, da Lei
Complementar nº 35/79, de férias regulamentares ou licença médica superior a 30 (trinta)
dias, hipóteses em que haverá redistribuição, mediante compensação.

§1º- O Desembargador Federal do Trabalho afastado do Tribunal, por período igual ou


superior a 30 (trinta) dias, por qualquer motivo, não participará da distribuição.
§2º- Nos casos de suspeição ou impedimento será processada nova distribuição, mediante
compensação.

Art. 28 - Não haverá distribuição para o Desembargador Federal do Trabalho, nem remessa
de processos para revisão e acórdão, nos 10 (dez) dias que antecederem a data de início de
recesso anual da Justiça do Trabalho, de início de licença especial ou de posse como
Presidente do Tribunal

§1º- REVOGADO.

§2º- O Desembargador Federal do Trabalho terá suspensa a distribuição de feitos e a remessa


de processos para revisão nos 40 (quarenta) dias que antecederem sua aposentadoria
compulsória.

§3º- REVOGADO

Art. 29 - Quando, no mesmo processo, houver interposição de mais de um recurso e o não


acolhimento de um deles acarretar Agravo de Instrumento, este deverá tramitar anexado ao
recurso admitido e distribuído ao mesmo Desembargador Federal do Trabalho sorteado como
Relator do processo principal, para serem julgados na mesma sessão, se for o caso, com
acórdãos distintos; na pauta a ser publicada deverão constar ambos os recursos, com
indicação das partes e advogados.

Art. 30 - Todo processo de competência do Tribunal terá sempre um relator e um revisor.

§1º - Não haverá revisor, porém, nos seguintes processos: Mandado de Segurança, Ação
Cautelar, Conflito de Competência, Suspeição e Impedimento, Agravo de Instrumento, Pedido
de Restauração de Autos, Agravo Regimental, Aplicação de Penalidades e Recurso
Administrativo.

§ 2º - REVOGADO;

§ 3º -Não haverá revisor em agravo de petição e recurso ordinário processados em autos de


agravo de instrumento.

Art. 31 - Após o retorno da Procuradoria Regional do Trabalho os processos serão distribuídos


e remetidos, em 24 (vinte e quatro) horas, ao Gabinete do Desembargador Federal do
Trabalho Relator e, quando devolvidos por este, ao Gabinete do Desembargador Federal do
Trabalho Revisor, quando for o caso, em igual prazo.

Parágrafo único: O Revisor será o Desembargador Federal do Trabalho imediato em


antigüidade ao Relator; quando este for o mais moderno, o Revisor será o Desembargador
Federal do Trabalho mais antigo.

CAPÍTULO II

DO RELATOR E DO REVISOR

Art. 32 - Compete ao Relator:

I - ordenar, mediante despacho nos autos, a realização das diligências julgadas necessárias à
instrução do processo e fixar prazo para o seu julgamento;

II - processar os feitos que tenham sido distribuídos, podendo delegar poderes a Juiz de
primeiro grau para proceder à instrução, quando for o caso;

III - processar as habilitações e os incidentes de falsidade e de suspeição, argüidos pelas


partes, nos feitos de competência do Tribunal;
IV - indeferir, em despacho liminar fundamentado, a petição inicial em ação rescisória,
mandado de segurança e ação cautelar;

V - proferir despacho liminar fundamentado em mandado de segurança e ação cautelar;

VI - requisitar os autos originais dos processos que subirem ao seu exame em traslado e bem
assim, os feitos com os quais tenham conexão ou dependência;

VII - resolver os incidentes que não dependam de acórdão;

VIII - devolver, no prazo de 20 (vinte) dias úteis, contados do recebimento no Gabinete, os


feitos que lhe forem distribuídos, neles apondo o seu "visto";

IX - devolver ao Serviço de Acórdãos e Jurisprudência, em 10 (dez) dias, o acórdão que lhe


caiba redigir, datilografado e assinado;

X - homologar os acordos e desistências de recursos de processos que lhe tenham sido


distribuídos, independentemente de pronunciamento do Tribunal, até à publicação da pauta
de julgamento;

XI - solicitar a audiência do Ministério Público do Trabalho, através da Procuradora Regional,


quando a entender necessária;

XII - conceder vistas dos autos, desde que o processo ainda não tenha sido colocado em
pauta de julgamento;

XIII - praticar os demais atos que lhe incumbam ou sejam facultados em lei ou no presente
Regimento;

Art. 33 - Compete ao Revisor:

I - fazer a revisão dos processos que lhe forem distribuídos e devolvê-los, em 10 (dez) dias
úteis, contados do recebimento no Gabinete, neles apondo o seu "visto";

II - sugerir diligências ao Relator, quando entender necessárias;

III - manifestar-se, na sessão de julgamento, sobre o relatório, votando em seguida ao Relator.

Parágrafo único: participará do julgamento, obrigatoriamente, o Desembargador Federal do


Trabalho que houver lançado "visto" no processo, como Relator ou Revisor, ainda que
investido nas funções de Presidente.

CAPÍTULO III

DA PAUTA DE JULGAMENTO

Art. 34 - As pautas das sessões de julgamento do Tribunal Pleno serão organizadas pela
Secretaria, com a aprovação do Presidente do Tribunal, e as das Turmas, pela Secretaria,
devidamente aprovadas pelos seus Presidentes, devendo ser publicadas no órgão oficial e
disponibilizadas em meio eletrônico com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

§1º - A pauta de julgamento será organizada observando-se a ordem cronológica de entrada


dos autos na Secretaria do Tribunal Pleno e das Turmas e, tanto quanto possível, a igualdade
numérica entre os processos em que o Desembargador Federal do Trabalho funcione como
Relator e Revisor.

§2º - Independem de publicação de pauta:

I - Homologação de Acordos;
II - Embargos de Declaração;

III - Conflito de Competência;

IV - Processos de Aplicação de Penalidades;

V - Agravo Regimental, salvo nos casos em que o Relator indeferir, liminarmente, a petição
inicial de mandado de segurança, ação rescisória e ação cautelar;

VI - Matéria Administrativa, inclusive recurso de igual natureza.

§3º- A Secretaria do Tribunal Pleno deverá elaborar, para entrega aos Desembargador Federal
do Trabalho e à Procuradoria Regional do Trabalho, com antecedência de 48 (quarenta e oito)
horas, lista contendo a matéria administrativa a ser apreciada.

Art. 35 - A pauta de julgamento deverá conter a natureza e o número do processo, o órgão de


origem, o número de ordem e os nomes das partes e seus respectivos procuradores.

§1º- A Secretaria do Tribunal Pleno e das Turmas remeterá a pauta de julgamento publicada
aos Gabinetes dos Desembargadores Federais do Trabalho e à Procuradoria Regional do
Trabalho, com a antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

§2º- Os processos não julgados na sessão respectiva permanecerão em pauta,


independentemente de nova publicação, preferindo aos da sessão seguinte, ressalvados os
casos de adiamento, pedido de vista regimental, conversão do julgamento em diligência, ou
quando o Relator ou Revisor deva afastar-se do Tribunal.

CAPÍTULO IV

DAS SESSÕES DO TRIBUNAL

Art 36. O Tribunal Pleno e as Turmas reunir-se-ão em sessões ordinárias e extraordinárias,


cuja pauta será publicada no órgão oficial com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito)
horas, salvo disposição expressa em contrário.

§ 1º As sessões ordinárias do Tribunal Pleno serão realizadas às quartas-feiras, sempre com


início às 8 (oito) horas; as da Primeira Turma, às segundas-feiras e as da Segunda Turma, às
terças-feiras, observado o mesmo horário e sem necessidade de convocação formal de seus
membros.

§ 2º As sessões extraordinárias serão realizadas, quando necessárias, mediante convocação


do Presidente do Tribunal ou da Turma, ou da maioria absoluta dos membros efetivos do
Tribunal ou da Turma, publicada no órgão oficial, com antecedência mínima de 48 (quarenta
e oito) horas, delas intimando-se a Procuradoria Regional do Trabalho, com igual
antecedência.

§ 3º Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das sessões,
afixando-se edital, na sede do Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro)
horas.

§ 4º O Tribunal, a requerimento de qualquer dos Desembargadores Federais do Trabalho e


pelo voto da maioria dos presentes, poderá transformar as sessões judiciais em
administrativas.

§ 5º As decisões do Tribunal em matéria administrativa serão publicadas através de


resolução, assinada pelo Secretário do Tribunal Pleno, observando-se:

a) deverão estar registrados nas resoluções os nomes dos Desembargadores Federais do


Trabalho vitalícios e efetivos, eventualmente ausentes da sessão;
b) de igual forma, ficará consignado na resolução o nome dos Desembargadores Federais do
Trabalho vitalícios e efetivos, vencidos no todo ou em parte, na decisão proclamada;

§ 6º Havendo acúmulo de processos pendentes de julgamento, poderá o Tribunal Pleno ou


Turma marcar o prosseguimento da sessão para o subseqüente dia livre, ficando as partes
intimadas mediante comunicação na sessão.

§ 7º Nas sessões extraordinárias, o Tribunal Pleno ou Turma somente deliberarão sobre a


matéria objeto da convocação.

§ 8º Serão solenes as sessões destinadas à Posse do Presidente e do Vice-Presidente, ou de


Desembargador do Tribunal.

§ 9º O cerimonial das sessões solenes será regulado por ato do Presidente do Tribunal.

Art. 37 - Nas sessões administrativas e no julgamento de mandado de segurança contra ato


do Presidente do Tribunal, ou de seu substituto eventual, em matéria administrativa, somente
terão direito a voto os membros efetivos do Tribunal.

§1º - As sessões administrativas serão convocadas pelo Presidente, ou pelo Vice-Presidente,


no exercício eventual da Presidência, mediante comunicação encaminhada aos
Desembargadores Federais do Trabalho, ainda que em gozo de férias ou licença, contra
recibo, acompanhada da lista das matérias a serem apreciadas, com antecedência mínima de
72 (setenta e duas) horas, devendo ser comunicada, igualmente, nas mesmas condições, a
Procuradoria Regional do Trabalho; em caso de urgência esse prazo poderá ser reduzido, a
critério do Tribunal.

§2º - Quando houver matéria de interesse da Associação de Juízes e do Sindicato ou


Associação de Servidores, serão também estas comunicadas por escrito, com igual
antecedência, juntando-se cópia do relatório ou lista das matérias que lhes digam respeito.

Art. 38 - As sessões administrativas poderão ser secretas, ou em conselho, se assim o decidir


a maioria dos membros efetivos presentes.

§1º - Nas sessões secretas permanecerão em plenário, além dos dos Desembargadores
Federais do Trabalho, o representante do Ministério Público do Trabalho e o Secretário do
Tribunal Pleno, ou o seu substituto.

§2º - Se a matéria discutida envolver assunto pertinente a magistrado ou de economia interna


do Tribunal, a sessão será em conselho, permanecendo em plenário apenas os
Desembargadores Federais do Trabalho e o representante do Ministério Público do Trabalho,
secretariando-a, se for o caso, o Desembargador Federal do Trabalho mais moderno.

§3º - As deliberações do Tribunal, em matéria administrativa, serão expressas em Resoluções,


numeradas seqüencialmente, ano a ano, e publicadas no órgão oficial.

Art. 39 - As sessões do Tribunal e das Turmas serão públicas, salvo se o interesse público
exigir o contrário, quando será limitada a presença, em determinados atos, às das partes e
seus advogados, ou somente destes, e ainda, nas hipóteses previstas no art. 38 e §§ 1º e 2º,
deste Regimento.

Parágrafo único: Nos casos previstos em lei e neste Regimento, participarão das sessões o
Representante do Ministério Público do Trabalho e o Secretário do Tribunal Pleno ou o seu
substituto eventual.

Art. 40 - Aberta a sessão à hora regimental, não havendo número para deliberar, aguardar-se-
á por 15 (quinze) minutos a formação de quorum. Decorrido esse prazo, persistindo a falta de
número, será encerrada a sessão.
Art. 41 - Os advogados, quando tiverem de requerer ou fazer sustentação oral, ocuparão a
tribuna e farão uso de beca.

Art. 42 - Nas sessões do Tribunal e das Turmas, os trabalhos obedecerão a seguinte ordem:

I - verificação do número de Desembargadores Federais do Trabalho presentes;

II - discussão e aprovação da ata da sessão anterior, cuja cópia deverá ser remetida aos
Gabinetes dos Desembargadores Federais do Trabalho, com antecedência de 24 (vinte e
quatro) horas;

III - comunicações e propostas;

IV - julgamento dos processos em pauta.

Parágrafo único: Na ausência ou impedimento do Presidente, do Vice-Presidente, ou quando


este for Relator ou Revisor, a sessão de julgamento será presidida pelo Desembargador
Federal do Trabalho mais antigo.

Art. 43 - Terão preferência de julgamento:

I - os processos em que haja inscrição de advogado para sustentação oral;

II - os processos remanescentes de sessões anteriores;

III - os processos em que tenha havido pedido de vista;

IV - os processos cujos Relatores e Revisores tenham que se retirar ou que estejam


convocados, exclusivamente, para esses julgamentos;

V - dissídios coletivos, mandados de segurança e ações cautelares;

VI - processos em que sejam partes empresas em liquidação, concordata ou falência.

Art. 44 - A inscrição de advogado, para sustentação oral, será requerida ao Presidente do


Tribunal ou da Turma, a partir da publicação da pauta no órgão oficial e até 15 (quinze)
minutos antes da hora designada para o início da sessão.

§1º - Excepcionalmente, a critério do Presidente, poderá ser admitido pedido de preferência,


formulado verbalmente, após o prazo a que se refere este artigo.

§2º - Não será admitido o pedido de preferência quando o advogado não pretenda fazer
sustentação oral.

Art. 45 - Apregoado o processo, o Relator fará uma exposição circunstanciada da causa.

§1º - Findo o relatório e ouvido o Revisor, o Presidente dará a palavra aos advogados das
partes, por 10 (dez) minutos cada, para sustentação oral;

§2º - Falará, em primeiro lugar, o advogado do recorrente e, se ambas as partes o forem, o do


autor; havendo litisconsortes, representados por mais de um advogado, o tempo será dividido
entre eles, proporcionalmente, podendo o Presidente, se relevante a matéria, e a seu critério,
dilatar o tempo que entender razoável;

§3º - Não será permitida sustentação oral nos embargos de declaração, conflito de
competência, pedido de restauração de autos, homologação de acordo ou desistência,
matéria administrativa e agravo regimental, ressalvado, quanto ao último, o disposto no art.
137, deste Regimento.
Art. 46 - Após a sustentação oral, quando houver, terá início o julgamento, com os votos do
Relator e do Revisor, seguidos dos demais Desembargadores Federais do Trabalho, por ordem
de antigüidade.

§1º - Após os votos do Relator e do Revisor, qualquer Desembargador Federal do Trabalho


poderá pedir-lhes esclarecimentos.

§2º - O representante do Ministério Público do Trabalho poderá manifestar-se, verbalmente,


sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado o direito
de vista dos autos dos processos em julgamento, ou solicitar as diligências que julgar
convenientes ao melhor esclarecimento do feito.

§3º - Ainda que não inscrito, o advogado de qualquer das partes poderá usar a palavra, pela
ordem, para esclarecimentos sobre matéria de fato, desde que permitido pelo Presidente.

Art. 47 - As questões preliminares e as prejudiciais serão apreciadas e julgadas antes do


mérito, não se conhecendo deste se incompatível com a decisão adotada.

§1º - Rejeitada a preliminar ou prejudicial, ou se com elas não for incompatível a apreciação
do mérito, seguir-se-á o julgamento deste, sobre o qual votarão os Desembargadores
Federais do Trabalho vencidos em qualquer das preliminares.

§2º - Tratando-se de nulidade sanável, o julgamento será convertido em diligência, a fim de


que a parte a repare, no prazo que lhe for assinado, ressalvados os casos do art. 249, § 2º, do
CPC.

§3º - As preliminares e prejudiciais serão votadas separadamente.

§4º - Quando o mérito se desdobrar em questões distintas, a votação poderá realizar-se sobre
cada uma, sucessivamente, devendo o Relator, entretanto, mencioná-las desde logo, em seu
todo, após a apreciação das preliminares.

§5º - Caberá ao Presidente encaminhar a votação, para a boa ordem dos trabalhos.

Art. 48 - Iniciada a votação, não serão permitidos apartes ou intervenções, enquanto o


Desembargador Federal do Trabalho estiver proferindo o seu voto.

§1º - Uma vez iniciado o julgamento, ultimar-se-á na mesma sessão, salvo pedido de vista ou
motivo relevante, argüido pelo Relator ou Revisor.

§2º - Nenhum Desembargador Federal do Trabalho fará uso da palavra sem prévia
autorização do Presidente.

§3º - O Desembargador Federal do Trabalho não poderá eximir-se de proferir o seu voto,
exceto quando não houver assistido ao relatório, for impedido ou suspeito, podendo, no
primeiro caso, participar da votação se se julgar habilitado.

§4º - O Desembargador Federal do Trabalho poderá modificar o voto já proferido, desde que
antes de proclamada a decisão.

§5º - Durante a votação nenhum Desembargador Federal do Trabalho poderá retirar-se do


recinto, sem a permissão do Presidente.

§6º - Se o Revisor não divergir do Relator, o Presidente consultará em bloco os demais


Desembargadores Federais do Trabalho.

Art. 49 - Durante a sessão de julgamento o Desembargador Federal do Trabalho poderá pedir


vista dos autos, desde que ainda não proclamada a decisão. Tratando-se de vista em mesa, o
julgamento prosseguirá na mesma sessão , tão logo o Desembargador Federal do Trabalho
que a requereu se declare habilitado a votar.
§1º - Na hipótese de vista regimental, o julgamento será suspenso, devendo o
Desembargador Federal do Trabalho requerente restituir os autos à Secretaria do Tribunal
Pleno ou da Turma, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do seu recebimento no
Gabinete, reiniciando-se o julgamento na sessão seguinte à devolução dos autos.

§2º - Na sessão de reinício do julgamento não será necessária a presença do Relator ou do


Revisor, desde que hajam votado sobre toda a matéria em discussão nos autos. Em caso
contrário, e na impossibilidade de comparecimento de Qualquer deles, nas sessões
subseqüentes, por período superior a 30 (trinta) dias, o Presidente fará nova distribuição do
processo, conforme o caso, mediante compensação.

§3º - Na ausência do Desembargador Federal do Trabalho que presidiu o julgamento anterior,


a sessão de reinício do julgamento poderá ser presidida por outro Desembargador Federal do
Trabalho, desde que não tenha proferido o voto na oportunidade em que ocorreu o pedido de
vista.

§4º - O pedido de vista regimental não impede que outros Desembargadores Federais do
Trabalho profiram os seus votos, se se julgarem habilitados.

§5º - Reiniciado o julgamento, serão computados os votos anteriormente proferidos.

§6º - Somente quando indispensável para decidir questão nova surgida no julgamento, será
dado substituto ao Desembargador Federal do Trabalho ausente, cujo voto nesse caso, não
será computado.

Art. 50 - Salvo matéria administrativa, unificação de jurisprudência, edição, alteração ou


revogação de Súmula, e argüição de inconstitucionalidade, o Presidente do Tribunal Pleno
somente votará no caso de empate, podendo pedir vista dos autos, se não se julgar habilitado
a votar.

Parágrafo único: Tratando-se de matéria administrativa, o Presidente do Tribunal votará em


primeiro lugar e, em caso de empate, terá voto de qualidade, salvo em matéria recursal.

Art. 51 - Quando as soluções divergirem, mas várias delas apresentarem pontos coincidentes,
serão somados os votos dessas correntes, no que tiverem em comum. Permanecendo a
divergência, sem possibilidade de qualquer soma, serão as questões submetidas ao
pronunciamento de todos os Desembargadores Federais do Trabalho, duas a duas,
eliminando-se, sucessivamente, as que tiverem menor votação e prevalecendo a que reunir,
ao final, a maioria de votos.

Parágrafo único. No julgamento de recursos contra decisão ou despacho do Presidente do


Tribunal ou do Corregedor-Regional, ocorrendo empate, prevalecerá a decisão ou o despacho
recorrido.

Art. 52 - Findo o julgamento, o Presidente do Tribunal ou da Turma proclamará a decisão,


designando para redigir o acórdão o Relator ou, vencido este, o Revisor. Vencidos ambos, a
redação ficará a cargo do Desembargador que primeiro tiver votado e cuja tese seja a
vencedora.

§1º - Vencido o Relator, apenas na preliminar, a ele caberá a redação do acórdão.

§2º - Na decisão em que o desempate tiver sido parcial, caberá ao Relator ou ao Revisor
lavrar o acórdão. Vencidos ambos, o Desembargador Federal do Trabalho cujo voto tenha
prevalecido no julgamento.

§3º - Quando todos os Desembargadores Federais do Trabalho forem vencidos, ainda que em
parte, redigirá o acórdão o próprio Relator originário.
§4º - Em qualquer caso , o relatório que não houver sido impugnado pelo Tribunal deverá
integrar, obrigatoriamente, o acórdão.

Art. 53 - As atas do Tribunal serão lavradas pelo Secretário do Tribunal Pleno ou da Turma e
nelas se resumirá, com clareza, tudo quanto ocorrido na sessão, devendo conter:

I - dia, mês, ano e hora da abertura da sessão;

II - nome do Presidente ou do Desembargador Federal do Trabalho que o estiver substituindo;

III - nome dos Desembargadores Federais do Trabalho e juízes presentes e do representante


do Ministério Público;

IV - relatório sumário do expediente, mencionando a natureza do processo, os recursos ou os


requerimentos apresentados na sessão, os nomes das partes e a decisão tomada, com os
votos vencidos e os nomes dos advogados que fizeram sustentação oral.

Art. 54 - Elaborada a ata, o Secretário do Tribunal Pleno a colocará à disposição dos


Desembargadores Federais do Trabalho, para apreciação e, após aprovada, será assinada
pelo Presidente e pelo Secretário, e armazenada em CD-ROM ou mídia equivalente.

Art. 55. Findos os trabalhos da sessão, o Secretário certificará nos autos a decisão e os nomes
dos Desembargadores Federais do Trabalho e do representante do Ministério Público que
tomaram parte no respectivo julgamento, bem como o dos advogados que fizeram
sustentação oral, consignando os votos vencedores e os vencidos, o nome do Desembargador
Federal do Trabalho que não participou do julgamento, bem como a designação do redator do
acórdão, na hipótese de não prevalecer o voto do relator do feito.

Parágrafo único: Os fundamentos do acórdão são os do voto vencedor, ressalvando-se aos


Desembargadores Federais do Trabalho o direito de apresentar, no prazo de 10 (dez) dias,
contado do recebimento dos autos, justificação ou declaração de voto.

(...)
TÍTULO III

DOS PROCEDIMENTOS NO TRIBUNAL

CAPÍTULO I

DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU DE ATO DO PODER PÚBLICO

Art. 63 - Argüida a inconstitucionalidade de lei ou de disposição nela contida, ou de ato


normativo do Poder Público, o Relator submeterá a questão ao Tribunal Pleno.

Parágrafo único: Somente pelo voto da maioria absoluta dos seus membros efetivos, poderá o
Tribunal declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Poder Público,
observado, quando for o caso, o disposto no art. 16, inciso I, letra "n", deste Regimento.

Art. 64 - Rejeitada a alegação, prosseguirá o julgamento; se for acolhida, lavrar-se-á o


acórdão respectivo.

Parágrafo único: Não mais será admitida nova alegação sobre a mesma matéria, salvo
demonstração de que após o pronunciamento do Tribunal, o Supremo Tribunal Federal haja
julgado a mesma questão em sentido contrário.

CAPÍTULO II

DA UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA
Art. 65 - O incidente de uniformização de jurisprudência poderá ser suscitado por qualquer
dos magistrados votantes na sessão, nas seguintes hipóteses:

I- nos julgamentos em que o Tribunal Pleno funcionar com a participação de seis ou mais de
seus membros titulares e estiver sendo proferida a decisão divergente de outra anterior do
mesmo Tribunal, tomada esta com qualquer composição; e

II- quando houver divergência entre julgados dos órgãos do Tribunal com relação ao
julgamento de determinada matéria.

§ 1º. A parte pode, a qualquer tempo, antes da proclamação do julgamento em sessão,


suscitar o incidente, observado o contraditório, cuja admissibilidade será votada a começar
pelo relator.

§ 2º. Reconhecida a divergência no Tribunal Pleno ou na Turma, o Desembargador Federal do


Trabalho que suscitar o incidente será o seu relator, ficando o processo suspenso até a
deliberação do Tribunal Pleno.

§ 3º O relator do incidente demonstrará nos autos, com seu voto, a divergência e distribuirá
cópia a todos os Desembargadores Federais do Trabalho, inclusive aos que, embora de
licença ou férias, estejam em condições de participar do julgamento.

§ 4º Ouvido o Ministério Público do Trabalho, o incidente será julgado pelos membros efetivos
do Tribunal, observados o quorum legal e o rito regimental, sem revisor, nem sustentação
oral, votando o Presidente da sessão.

Art. 66 - Reconhecida a divergência, o incidente será processado na forma dos artigos 477 e
seguintes, do Código de Processo Civil.

Parágrafo único - Será Relator da matéria o Desembargador Federal do Trabalho que solicitar
o pronunciamento prévio do Tribunal acerca da interpretação de norma jurídica.

Art. 67 - As Súmulas serão adotadas pelo voto da maioria absoluta dos membros efetivos do
Tribunal, registradas sob numeração seqüencial e em ordem alfabética, levadas à publicação
no órgão oficial e passarão a integrar a Súmula da Jurisprudência do Tribunal.

§ 1º - A tese prevalente, obtida por voto da maioria simples, valerá apenas para o caso em
julgamento.

§ 2º - Havendo empate, prevalecerá no processo que originou o incidente a decisão proferida


na forma do rito regimental.

§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, não se editará Súmula, tampouco existirá


impedimento para uniformização da jurisprudência em julgamento ulterior no qual se
verifique idêntica divergência.

§ 4º - As Súmulas poderão ser revistas mediante proposta votada pela maioria absoluta dos
membros efetivos do Tribunal.

§ 5º - Acolhida a proposta, será sorteado Relator no mesmo dia, de acordo com as normas
regimentais.

§ 6º - A proposta de revisão de Súmula será apreciada pelo Tribunal Pleno na primeira sessão
ordinária que se seguir.

CAPÍTULO III

DO IMPEDIMENTO, DA SUSPEIÇÃO E DA INCOMPETÊNCIA


Art. 68 - O Desembargador Federal do Trabalho é obrigado a declarar-se impedido ou suspeito
nas hipóteses previstas nos artigos 134 e seguintes, do Código de Processo Civil.

Art. 69 - A declaração de impedimento ou suspeição do Relator será feita por despacho nos
autos, que serão redistribuídos.

Art. 70 - A declaração de impedimento ou de suspeição do Revisor será manifestada por


despacho nos autos, que passarão ao Desembargador Federal do Trabalho que o seguir em
antigüidade, funcionando este como novo Revisor.

Art. 71 - Nos demais casos, o Desembargador Federal do Trabalho declarará verbalmente seu
impedimento ou suspeição na sessão de julgamento, registrando-se na ata a declaração.

Art. 72 - Tratando-se de recurso administrativo contra ato do Presidente do Tribunal, ficará


este impedido. Igualmente impedido ficará o Vice-Presidente, quando o recurso administrativo
for oferecido contra ato seu, no exercício da Presidência.

Art. 73 - REVOGADO.

Art. 74 - Na argüição de impedimento ou de suspeição pela parte interessada, observar-se-á o


disposto nos artigos 138, e parágrafos, e 312 a 314 do CPC, conforme o caso.

Art. 75 - A argüição de impedimento ou de suspeição do Relator poderá ser suscitada até 05


(cinco) dias após a distribuição; a do Revisor, em igual prazo, a contar da conclusão dos
autos; e a dos demais Desembargadores Federais do Trabalho, até o anúncio da pauta de
julgamento.

Art. 76 - Tratando-se de argüição de impedimento ou de suspeição do Relator, e se este a


reconhecer como procedente, mandará juntar a petição, com os documentos que a instruem,
e ordenará, por despacho, a remessa dos autos à Presidência, que providenciará a
substituição na forma deste Regimento.

§1º - Proceder-se-á na conformidade deste artigo, quando a argüição se der em relação ao


Revisor.

§2º - O não-acolhimento liminar de argüição implicará na vinculação do Desembargador


Federal do Trabalho ao processo, com a suspensão do julgamento até a solução do incidente.

Art. 77 - Argüido o impedimento ou a suspeição quanto aos demais Desembargadores


Federais do Trabalho, a petição será autuada e conclusa. Reconhecida a relevância de
argüição pelo Relator, este mandará ouvir o Desembargador Federal do Trabalho recusado no
prazo de 05 (cinco) dias e designará audiência de instrução e julgamento, em igual prazo.

Parágrafo único - Acolhida a argüição pelo Tribunal, a Presidência providenciará a substituição


na forma regimental.

CAPÍTULO IV

DO INCIDENTE DE FALSIDADE

Art. 78 - O incidente de falsidade será processado perante o Relator do feito e julgado pelo
Tribunal, aplicando-se o disposto nos artigos 390 a 395, do Código de Processo Civil e demais
disposições legais pertinentes.

CAPÍTULO V

DOS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA

Art. 79 - Ocorrendo conflito de competência entre órgãos judiciários da Região, deverá o


mesmo ser suscitado perante o Presidente do Tribunal.
Art. 80 - Dar-se-á conflito de competência nos casos previstos em lei.

Art. 81 - O conflito de competência poderá ser suscitado:

I - pelos Juízes e Tribunais do Trabalho;

II - pelos Juízes de Direito, quando investidos na jurisdição trabalhista;

III - pelo Ministério Público do Trabalho;

IV - pela parte interessada ou seu representante legal.

§1º - O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à prova do conflito,
ou com a remessa dos próprios autos, se assim o entender o processante.

§2º - O Ministério Público do Trabalho será ouvido, através da Procuradoria Regional, em


todos os conflitos de competência, mas terá qualidade de parte naqueles que suscitar.

Art. 82 - Não poderá suscitar conflito a parte que, no processo, houver oposto exceção de
incompetência.

Art. 83 - O conflito de competência não obsta que a parte que não o suscitou ofereça exceção
declinatória do foro.

Art. 84 - Quando der entrada no Tribunal processo de conflito, será de imediato, após
protocolado e autuado, remetido à Secretaria do Tribunal Pleno para ser distribuído.

Art. 85 - Após a distribuição, o Relator poderá mandar ouvir os Juízes em conflito, ou apenas o
suscitado, se um deles for o suscitante. Dentro do prazo assinado pelo Relator, caberá ao Juiz
ou Juízes prestarem informações.

Art. 86 - Poderá o Relator, de ofício, ou a requerimento de qualquer das partes, determinar,


quando o conflito for positivo, seja sobrestado o processo, mas, neste caso, bem como no de
conflito negativo, designará um dos Juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas
urgentes.

Art. 87 - Decorrido o prazo, com informações ou sem elas, será ouvido, em 5 (cinco) dias, o
Ministério Público do Trabalho; em seguida, o Relator apresentará o conflito na primeira
sessão ordinária do Tribunal.

Art. 88 - Ao decidir o conflito, o Tribunal declarará qual o Juiz competente, pronunciando-se,


também, sobre a validade dos atos do Juiz incompetente.

Art. 89 - Os autos do processo em que se manifestou o conflito serão remetidos ao Juiz


declarado competente.

Art. 90 - Nos conflitos suscitados entre os órgãos desta Justiça e os de outra, os autos serão
instruídos com as provas e a informação da autoridade suscitante para serem remetidos
diretamente ao Presidente do Superior Tribunal de Justiça, nos termos da Constituição
Federal.

CAPÍTULO VI

DA AÇÃO RESCISÓRIA

Art. 91 - Caberá ação rescisória das sentenças das Varas do Trabalho, dos juízes de Direito
investidos na Jurisdição trabalhista e de acórdãos deste Tribunal, nos casos previstos nos
artigos 485 e seguintes, do Código de Processo Civil.
Parágrafo único - É dispensável o depósito de que trata o inciso II, do art. 488, do CPC.

Art. 92 - Proposta a ação, o Presidente do Tribunal a distribuirá na forma deste Regimento,


excluído, quando for o caso, o Desembargador Federal do Trabalho que tenha atuado como
Relator no processo em que proferida a decisão rescindenda.

Parágrafo único - Será indeferida a petição inicial nos casos previstos no artigo 295 do CPC e,
ainda, quando não acompanhada da certidão do trânsito em julgado da sentença ou do
acórdão rescindendo.

Art. 93 - Atendidos os pressupostos processuais, compete ao Relator:

I - ordenar as citações, notificações e intimações necessárias;

II - processar as questões incidentes;

III - receber, ou rejeitar, liminarmente, as exceções opostas, designar audiência especial para
produção de provas, se requeridas ou lhe parecerem necessárias, delegando competência, na
forma prevista no art. 492, do CPC;

IV - pedir dia para julgamento das questões incidentes e exceções opostas, quando
regularmente processadas.

Art. 94 - Feita a citação, o réu, no prazo entre 15 (quinze) e 30 (trinta) dias, conforme
assinado pelo Relator, apresentará a contestação na Secretaria do Tribunal Pleno.

Art. 95 - Concluída a instrução, será aberta vista dos autos, sucessivamente , ao autor e ao
réu, para razões finais, pelo prazo de 10 (dez) dias, e, após, os autos serão remetidos à
Procuradoria Regional do Trabalho para o seu opinativo.

Art. 96 - Devolvidos os autos pelo Órgão Ministerial, serão conclusos ao Relator e Revisor,
sucessivamente, e, após os "vistos" de ambos, incluídos em pauta para julgamento.

CAPÍTULO VII

DOS DISSÍDIOS COLETIVOS

Art. 97 - Os dissídios coletivos serão suscitados na forma da legislação pertinente,


observadas, também, as instruções expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Parágrafo único - A instância será instaurada mediante representação escrita, devidamente


fundamentada, ao Presidente do Tribunal; será instaurada, ainda, mediante promoção do
Ministério Público do Trabalho, quando houver paralisação de serviços de qualquer natureza.

Art. 98 - Recebida, protocolada e autuada a representação em dissídio coletivo ou de


extensão de sentença normativa, serão os autos conclusos ao Presidente, que designará
audiência de conciliação dentro do prazo de 10 (dez) dias, determinando-se a citação do
suscitado para, no mesmo prazo, responder a ação.

Parágrafo único - Na audiência, as partes se pronunciarão sobre as bases da conciliação,


cabendo ao Presidente, se não aceitas, propor a solução que lhe pareça capaz de resolver o
dissídio.

Art. 99 - Recusada a conciliação, ou não comparecendo as partes, ou uma delas, o Presidente,


se entender necessário, determinará as diligências indispensáveis à instrução do feito.

Art. 100 - O Ministério Público do Trabalho será intimado para a conciliação e instrução de
dissídio, manifestando sua concordância ou discordância em acordos eventualmente
firmados, antes da homologação.
Art. 101 - As partes terão o prazo sucessivo de 05 (cinco) minutos para razões finais,
facultado ao Presidente prorrogá-lo, por igual período, em caso de litisconsórcio, concedendo
a palavra, em seguida, ao Representante do Ministério Público do Trabalho.

Art. 102 - Quando o dissídio ocorrer fora da sede do Tribunal, o Presidente poderá delegar a
Juiz Titular de Vara da jurisdição, ou a Juiz de Direito, investido na jurisdição trabalhista, as
atribuições de que tratam os artigos 860 e 862 da CLT. Neste caso, não havendo acordo, a
autoridade delegada encaminhará os autos ao Tribunal, fazendo exposição circunstanciada
dos fatos e indicando a solução que lhe parecer conveniente.

Parágrafo único - Na hipótese do artigo, a autoridade delegada intimará o Ministério Público


do Trabalho da audiência de Conciliação designada.

Art. 103 - Instruído o feito, o Presidente o distribuirá, processando-se o julgamento na forma


prevista neste Regimento, de preferência na primeira sessão ordinária subseqüente à
devolução dos autos pelo Revisor, observadas, quanto aos prazos, as instruções expedidas
pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Art. 104 - Da decisão do Tribunal serão notificadas as partes, ou seus procuradores, em


registro postal, fazendo-se, outrossim, sua publicação no órgão oficial, para ciência dos
demais interessados.

Parágrafo único - O prazo para recurso corre da notificação postal das partes.

Art. 105 - Havendo acordo entre as partes, o Presidente, após ouvir o Ministério Público do
Trabalho, o submeterá à homologação do Tribunal, independente de distribuição, na sessão
ordinária subseqüente.

Parágrafo único - A homologação dar-se-á por Resolução Administrativa, com a notificação


das partes na forma do art. 104 e seu parágrafo único, e a publicação no órgão oficial, com o
texto integral do acordo, que valerá como sentença normativa.

CAPÍTULO VIII

DO MANDADO DE SEGURANÇA

Art. 106 - Cabe mandado de segurança contra ato de qualquer autoridade que estiver sob a
jurisdição do Tribunal.

Art. 107 - O mandado de segurança, de competência originária do Tribunal, terá seu processo
iniciado por petição, em duplicata, que deverá preencher os requisitos legais e conterá a
indicação prévia da autoridade a quem se atribua o ato impugnado.

§1º - A Segunda via da inicial será instruída com cópias de todos os documentos,
devidamente autenticados pelo impetrante.

§2º - Havendo litisconsorte será determinada a sua citação, hipótese em que o impetrante
deverá apresentar tantas cópias quantas sejam necessárias.

§3º - Afirmado pelo impetrante que o documento necessário à prova de suas alegações se
acha em repartição ou estabelecimento público, ou em poder de autoridade que lhe recuse
certidão, solicitará ao Relator seja requisitada, por ofício, a exibição do documento, em
original ou cópia autenticada, no prazo de 05 (cinco) dias úteis. Se a autoridade indicada pelo
requerente for a coatora, far-se-á requisição no próprio instrumento da intimação.

Art. 108 - A petição inicial poderá ser indeferida, desde logo, pelo Relator, se for manifesta a
incompetência do Tribunal, se não for caso de mandado de segurança, ou lhe faltarem os
requisitos do art. 107, §§ 1º e 2º. Em tais hipóteses, serão dispensadas as informações da
autoridade apontada como coatora e a ouvida do Ministério Público do Trabalho.
Parágrafo único - Do despacho de indeferimento cabe agravo regimental para o Tribunal, no
prazo de oito dias, facultada a sustentação oral.

Art. 109 - Admitida a inicial, o Relator, em 24 horas, mandará notificar a autoridade, cujo ato
é impugnado, mediante ofício acompanhado da segunda via da petição, instruída com as
cópias dos documentos, a fim de que preste informações no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único - Se o Relator entender relevante o fundamento do pedido e do ato


impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso venha a ser deferida, poderá conceder
liminar suspendendo sua execução, dando imediata ciência dessa decisão à referida
autoridade.

Art. 110 - Feitas as notificações, a Secretaria do Tribunal Pleno juntará aos autos as
respectivas cópias autenticadas, com a prova de sua remessa ao destinatário.

Art. 111 - Transcorridos os prazos, com as informações da autoridade e com a manifestação


do litisconsorte, se for o caso, ou sem elas, o Relator determinará a remessa dos autos ao
Ministério Público do Trabalho.

Parágrafo único - Havendo oficiado o Órgão Ministerial e, após o "visto" do Relator, o processo
irá a julgamento, na primeira sessão ordinária subseqüente.

Art. 112 - A decisão será comunicada pelo Presidente do Tribunal, através da Secretaria do
Tribunal Pleno, à autoridade apontada como coatora, pelo meio técnico mais rápido,
seguindo-se a expedição do ofício confirmatório.

Parágrafo único - Da decisão cabe recurso ordinário, no prazo de oito dias, contados da
publicação do acórdão, para o Tribunal Superior do Trabalho.

CAPÍTULO IX

DA IMPUGNAÇÃO À INVESTIDURA DE JUIZ CLASSISTA DE JUNTA DE CONCILIAÇÃO E


JULGAMENTO

Arts. 113 a 116 - REVOGADOS.

CAPÍTULO X

DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS E DA HABILITAÇÃO INCIDENTE

Art. 117 - Verificado o desaparecimento dos autos, pode qualquer das partes promover-lhes a
restauração, na forma da lei processual.

Parágrafo único - A restauração poderá ser determinada de ofício ou a requerimento do


Ministério Público do Trabalho, caso em que as partes serão notificadas para trazerem aos
autos, em 10 (dez) dias, cópias das peças e documentos pertinentes, em seu poder.

Art. 118 - Quando requerida por uma das partes, a petição será dirigida ao Presidente do
Tribunal, quando for o caso, acompanhada das peças e documentos que possuir.

Parágrafo único - Protocolado e autuado, o pedido será concluso ao Presidente, que o


distribuirá, sempre que possível, ao Relator que haja funcionado no processo.

Art. 119 - O Relator mandará citar a parte contrária para, em 05 (cinco) dias, contestar o feito,
intimando-a para trazer a juízo cópias de peças e documentos que possua, necessárias à
instrução do feito.

Parágrafo único - O Relator ordenará as diligências que julgar necessárias, podendo solicitar
cópias autenticadas de peças e documentos a outros juízos.
Art. 120 - Se as partes concordarem com a restauração, será lavrado auto, por estas
assinado, que, homologado pelo Relator, suprirá o processo desaparecido.

Parágrafo único - Caso contrário, após a ouvida do Ministério Público do Trabalho, o processo,
com o visto do Relator, será incluído em pauta para julgamento.

Art. 121 - Julgado o pedido ou tendo as partes concordado com a restauração, o processo
seguirá a tramitação normal; encontrado o processo principal, nele prosseguirá o feito,
apensados os autos do pedido de restauração.

Art. 122 - No Tribunal, a habilitação incidente será requerida ao Relator e perante ele
processada, na forma da lei processual.

CAPÍTULO XI

DA MATÉRIA ADMINISTRATIVA

Art. 123 - As matérias administrativas poderão ser apreciadas nas sessões ordinárias do
Tribunal, ou, se o Presidente julgar conveniente, em sessão específica, dispensada a
publicação de pauta no órgão oficial, observando-se o disposto neste Regimento.

Art. 124 - Na convocação de sessão administrativa observa-se-á o disposto no art. 37 e


parágrafos, deste Regimento.

CAPÍTULO XII

DOS PRECATÓRIOS

Art. 125 - Os valores devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipal e de suas
respectivas Autarquias e Fundações, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e
que ultrapassem os limites previstos na legislação pertinente, serão pagos mediante
precatórios judiciais expedidos na forma da lei e deste regimento.

Parágrafo único - A execução dos créditos de pequeno valor será efetuado pelo juízo da
execução na forma prevista em lei e neste Regimento.

Art. 126 - Expedido o precatório e requisitado o seu pagamento, eventuais incidentes deverão
ser dirimidos nos autos deste.

Art. 127 - Os precatórios serão expedidos pelo juiz da execução e remetidos ao Presidente do
Tribunal, que examinará as suas formalidades legais e requisitará o pagamento ao ente
público devedor.

§ 1º - As requisições de pagamento serão dirigidas:

I - À Secretaria de Orçamento e Finanças, por intermédio do serviço orçamentário do TST-


SRAF, se for devedora a União;

II - À Procuradoria do Estado se o devedor for o Estado-membro;

III- Ao chefe do Poder Executivo Municipal quando se tratar da fazenda municipal.

§ 2º- Se o ente devedor for Autarquia ou Fundação as requisições serão enviadas ao


respectivo dirigente.

Art. 128 - O precatório conterá, obrigatoriamente, o número do processo, nome endereço e


CPF/CNPJ do exeqüente e do executado, o valor do débito atualizado e cópia das seguintes
peças,
I - petição inicial da demanda trabalhista;

II - decisão exeqüenda;

III - conta de liquidação;

IV - decisão proferida sobre a conta de liquidação;

V - certidões de trânsito em julgado da decisão proferida na fase de conhecimento e de


execução;

VI - despacho que ordenou a formação do precatório;

VII - atualização dos cálculos e, facultativamente, outras peças que as partes indicarem ou o
juiz entender necessárias.

§ 1º - Nas execuções contra a Fazenda Pública Federal, deverá também instruir os autos do
precatório a notificação para que a Advocacia Geral da União manifeste-se no prazo de 10
dias, perante o juízo da execução, atestando que o valor requisitado no precatório está
conforme o apurado na execução;

§2º- Nas ações plúrimas o valor requisitado deverá ser individualizado por exeqüente, caso
em que havendo expedição simultânea de ofício precatório e requisição de pequeno valor
(RPV) instruirá o precatório, como excluídos, a relação nominal dos beneficiários cujos
créditos serão satisfeitos com dispensa de precatório

§3º- Para fins do disposto no artigo 87, § único, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) o juiz da execução notificará o exeqüente para que, em dez dias, exerça
seu direito à renúncia, na forma prevista no referido artigo.

Art. 129 - No Tribunal, os precatórios serão autuados e remetidos à Secretaria Judiciária para
exame da regularidade de sua formação, cabendo-lhe, ainda, verificada a ausência de peça
essencial, solicitá-la ao Juiz de Execução.

§1º-Examinada a formação e certificada a regularidade, o precatório será submetido ao


Presidente do Tribunal para apreciação e requisição do pagamento.

§2º-Para efeito de precedência na ordem do pagamento, será considerado como dies a quo
aquele que o executado receber a determinação para inclusão no orçamento respectivo.

Art. 130 - Ao Presidente do Tribunal compete:

I- praticar todos os atos necessários ao cumprimento do precatório:

II - baixar instruções gerais e outros atos necessários à formação do precatório, bem como
ordenar as diligências cabíveis à sua regularização;

III - disponibilizar o relatório geral de precatórios pela ordem cronológica na internet, para
conhecimento dos interessados.

Art. 131 - Na requisição de pagamento constará o número da conta bancária para fim de
depósito do valor devido.

Art. 132 - Decorrido o exercício orçamentário, sem o pagamento, o credor será notificado
para se manifestar sobre o descumprimento da ordem.

Art. 133 - O pagamento deverá ser feito pelo valor atualizado, inclusive dos tributos, nos
autos do precatório.
Parágrafo único - Quitado o precatório, os autos serão devolvidos ao juízo da execução para
apensamento ao processo principal e extinção da execução.

Art. 134 - Aplicam-se ao procedimento dos precatórios, no que couber, as instruções que,
sobre a matéria, vier a expedir o Tribunal Superior do Trabalho, ou este Tribunal, observado o
disposto neste Regimento.

(...)

Você também pode gostar