Tabelas Processuais Unificadas

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 28

Tabelas Processuais

Unificadas

Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Presidente: Ministro José Antonio Dias Toffoli


Corregedor Nacional de Justiça: Ministro Humberto Eustáquio Soares Martins
Conselheiros: Ministro Aloysio Corrêa da Veiga
Maria Iracema Martins do Vale
Márcio Schiefler Fontes
Daldice Maria Santana de Almeida
Fernando César Baptista de Mattos
Valtércio Ronaldo de Oliveira
Francisco Luciano de Azevedo Frota
Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva
Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior
André Luis Guimarães Godinho
Valdetário Andrade Monteiro
Maria Tereza Uille Gomes
Henrique de Almeida Ávila

Secretário-Geral: Carlos Vieira von Adamek

Secretário Especial de Programas,


Pesquisas e Gestão Estratégica: Richard Pae Kim

Diretor-Geral: Johaness Eck

Organização: Secretaria Especial de Programas,


Pesquisas e Gestão Estratégica e
Departamento de Gestão Estratégica

Arte e diagramação: Secretaria de Comunicação Social

2019
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
Tabelas Processuais
Unificadas

Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
Tabelas Processuais Unificadas

Conteúdos
Objetivos.................................................................................................................................................................. 2
Introdução............................................................................................................................................................... 2
Normas...................................................................................................................................................................... 3
Resolução CNJ n. 12/2006.................................................................................................................................. 3
Resolução CNJ n. 46/2007.................................................................................................................................. 4
Portaria CNJ n. 135/2010.................................................................................................................................... 4
Manual das Tabelas Processuais Unificadas................................................................................................. 6
Sistema de Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário – SGT 8
Área Pública............................................................................................................................................................. 8
Área Restrita............................................................................................................................................................ 9
Colaborador............................................................................................................................................................ 9
Gestor das Tabelas................................................................................................................................................ 10
Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário.............................. 10
Assuntos e Movimentos Locais........................................................................................................................ 10
Vedação a Classes Locais.................................................................................................................................... 11
Sugestão de Alteração nas Tabelas Processuais......................................................................................... 11
Publicação de Alterações/Versões das Tabelas........................................................................................... 12
Tabelas Processuais e Sistemas Processuais................................................................................................ 12
Tabela de Classes................................................................................................................................................... 12
O que são classes processuais?........................................................................................................................ 12
Estrutura da Tabela de Classes.......................................................................................................................... 13
Autuação e Cadastramento de Classes Processuais................................................................................. 13
Dúvida no Cadastramento de Classe Processual....................................................................................... 14
Tabela de Assuntos............................................................................................................................................... 15
Definição de Assunto Processual..................................................................................................................... 15
Estrutura da Tabela de Assuntos...................................................................................................................... 15
Autuação e Cadastramento de Assuntos Processuais............................................................................. 17
Identificação do Assunto.................................................................................................................................... 18
Dúvida no Cadastramento de Assunto Processual................................................................................... 19
Tabela de Movimentos........................................................................................................................................ 20
Definindo Movimentos Processuais............................................................................................................... 20
Estrutura da Tabela de Movimentos............................................................................................................... 20
Complementos de Movimentos...................................................................................................................... 21
Como Usar a Tabela de Movimentos?............................................................................................................ 23

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
4
Tabelas Processuais Unificadas

Objetivos
• Compreender a aplicação das Tabelas Processuais Unificadas;

• Conhecer as principais normas relacionadas às Tabelas Processuais Unificadas;

• Identificar os procedimentos de gestão e atualização das Tabelas;

• Conhecer a tabela de classes;

• Conhecer a tabela de assuntos;

• Conhecer a tabela de movimentos.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
5
Tabelas Processuais Unificadas

Introdução
As tabelas processuais unificadas têm como objetivo unificar, nacionalmente, a nomenclatura,
as siglas e os códigos numéricos de classes, assuntos e movimentos de processos em tramitação
em todos os ramos e instâncias do Poder Judiciário.

Há alguns anos, antes da existência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), não havia uniformi-
dade de nomenclatura de classes, assuntos e movimentos, o que levava cada Tribunal a dispor de
formas diferentes essas informações em registros.

Isso causava muitos problemas:

• Um advogado que atuasse em mais de um tribunal tinha de conhecer as diferentes for-


mas com que esses órgãos denominavam as mesmas classes, os mesmos assuntos e os
mesmos movimentos;

• Uma parte leiga que litigasse em diferentes órgãos poderia ter dificuldade de entender
essas diferenças de registro e até mesmo se sentir lesada por um dos juízos, caso não en-
tendesse que apenas o nome é diferente, mas se referindo a um mesmo ato processual;

• Dificuldade/impossibilidade de elaboração de dados estatísticos nacionais, uma vez que


a diferença de nomenclatura exigiria um complexo trabalho de uniformização por parte
do pesquisador, tornando o levantamento de dados oneroso e excessivamente demora-
do;

• Seria impossível uma gestão do processo com foco nacional, de forma que se pudesse
acompanhar sem dificuldades um mesmo procedimento da primeira instância ao Supre-
mo Tribunal Federal.

Assim, as tabelas processuais unificadas vêm possibilitar maior facilidade ao trabalho do advo-
gado, ao acompanhamento processual pelas partes, ao levantamento de dados estatísticos, bem
como à própria gestão do processo.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
6
Tabelas Processuais Unificadas

Normas
Há algumas normas que instituíram e regulamentaram esta política de uniformização de regis-
tros processuais no âmbito do Poder Judiciário Nacional.

Vamos conhecer quais são essas normas?

Resolução CNJ n. 12/2006


Logo no início do funcionamento do CNJ, este órgão editou a Resolução n. 12, de 14 de fevereiro
de 2006, que criou o Banco de Soluções do Poder Judiciário e deu outras providências.

Esta Resolução, em seu art. 3º, instituiu o Grupo de Interoperabilidade, que possuía, entre suas com-
petências, de acordo com o art. 4º, II,“c”, 1, 3 e 4, da supracitada norma, a criação de padrões de intero-
perabilidade quanto aos dados a serem utilizados no Poder Judiciário, tendo de desenvolver, para tal
feito, tabelas básicas de classificação processual, de movimentação e fases processuais e de assuntos.

Veja a Resolução CNJ n. 12/2006 nos links desse módulo.

Resolução CNJ n. 46/2007


Como resultado do trabalho do Grupo de Interoperabilidade instituído pela Resolução CNJ n.
12/2006, o CNJ editou a Resolução n. 46, de 18 de dezembro de 2007, que cria as Tabelas Proces-
suais Unificadas do Poder Judiciário e dá outras providências.

Esta Resolução, em seu art. 1º, esclarece que o objetivo dessas tabelas é a“padronização e uniformi-
zaçãotaxonômicaeterminológicadeclasses,assuntosemovimentaçõesprocessuaisnoâmbitodaJus-
tiça Estadual, Federal, doTrabalho, Eleitoral, Militar da União, Militar dos Estados e do SuperiorTribunal
de Justiça”. Já em seu art. 2º, a Resolução determina a adaptação dos sistemas internos dos tribunais
para a implantação dessas tabelas, o que deveria ser concluído até 30 de setembro de 2008.

A Resolução ainda determina que “as Tabelas Processuais Unificadas devem ser consideradas
nos critérios de coleta de dados estatísticos”(art. 2º, § 1º) e que todos os processos ajuizados deve-
riam, antes da distribuição, ser cadastrados de acordo com as tabelas de classes e assuntos, uma
vez feita a implantação destas tabelas (art. 3º).

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
7
Tabelas Processuais Unificadas

Além disso, o art. 4º da Resolução determina que, a partir da implantação da tabela de mo-
vimentos, todos os andamentos processuais nos processos em tramitação deveriam observá-la.

Veja a Resolução CNJ n. 46/2007 nos links desse módulo.

Portaria CNJ n. 135/2010


Comitê Gestor das Tabelas Processuais Unificadas e Numeração Única

Posteriormente, a Presidência do Conselho Nacional de Justiça editou a Portaria n. 135, de 29


de junho de 2010, que unifica os Comitês Gestores das Tabelas Processuais Unificadas do Poder
Judiciário e da Numeração Única.

Este Comitê, de acordo com o art. 2º da Portaria, possui a competência de administrar e gerir as
Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário, coordenando o trabalho de aperfeiçoamento,
aprovando novas versões, respondendo dúvidas, analisando sugestões de alteração ou comple-
mentação, dentre outras atividades.

A composição do Comitê é determinada no art. 1º da Portaria, que foi alterada pela Portaria
nº 119 de 28 de setembro de 2018. O comitê é composto por representantes dos seguintes
órgãos do Poder Judiciário, da seguinte forma: um representante do Conselho Nacional de
Justiça; um representante do Supremo Tribunal Federal, um representante do Conselho Nacio-
nal de Justiça, um representante do Superior Tribunal de Justiça, um representante do Tribu-
nal Superior do Trabalho, um representante do Superior Tribunal Militar, um representante do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho, um representante do Conselho da Justiça Federal,
um representante de Tribunal de Justiça Militar, cinco representantes dos Tribunais de Justiça
dos Estados (sendo um de cada região geográfica), um representante do Conselho Nacional
do Ministério Público.

Veja aqui a Portaria CNJ 135/2010 compilada: http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?do-


cumento=271

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
8
Tabelas Processuais Unificadas

Manual das Tabelas


Processuais Unificadas
Para auxiliar o uso das tabelas de classes, assuntos e movimentos foi elaborado o Manual
das Tabelas Processuais Unificadas, sendo a primeira versão de 19 de novembro de 2008 e a mais
atualizada de 13 de março de 2014.

Apesar de a última versão ter mais de quatro anos, ela não é a versão definitiva do Manual,
pois, em seu próprio corpo, se afirma que ele “não é um instrumento finalizado e estático”, sendo
passível constantes atualizações e melhorias. Esse procedimento de aprimoramento é de compe-
tência da Comissão de Padronização e UniformizaçãoTaxonômica do Conselho Nacional de Justiça
e/ou do Comitê Gestor das Tabelas Processuais Unificadas.

O manual apresenta os objetivos da padronização das terminologias de classes, assuntos e


movimentos, tais como: melhoria na gestão de pauta, facilidade em recuperar informações, apro-
veitamento de informações processuais, melhoria no controle de prevenção e na distribuição por
competência, facilidade em intercambiar informações entre sistemas e bases de dados, dentre
outros.

Para cada uma das Tabelas (classes, assuntos e movimentos), o Manual apresenta estrutura e
orientações para a sua utilização, inclusive em caso de dificuldade de identificação ou de ausência
de classe/assunto/movimento específico.

O Manual também apresenta o Sistema de Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unifi-
cadas do Poder Judiciário, inclusive com a especificação dos procedimentos para inclusão de pedi-
dos de modificação (inserção/exclusão/habilitação) de alguma das Tabelas.

Acesse a última versão do Manual das Tabelas Processuais Unificadas nos links do módulo.

Acesse todas as versões do Manual das Tabelas Processuais Unificadas nos links do módulo.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
9
Tabelas Processuais Unificadas

Sistema de Gestão e
Atualização das Tabelas
Processuais Unificadas do
Poder Judiciário (SGT)
O Sistema de Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unificadas (SGT) é um sistema, pre-
ferencialmente por meio eletrônico, no qual é feita a gestão e a atualização das Tabelas Proces-
suais Unificadas pelo CNJ em conjunto com os demais órgãos do Poder Judiciário.

O Sistema Eletrônico pode ser acessado no endereço http://www.cnj.jus.br/sgt/ e possui tanto


uma área pública quanto uma área restrita.

É possível acessar o sistema, na função consulta, clicando em“Acessar Área Pública”, conforme
tela abaixo:

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
10
Tabelas Processuais Unificadas

Área Pública
Na área pública é permitido ao usuário consultar as classes, os assuntos e os movimentos
atualmente existentes nacionalmente, tendo informações como ramos de Justiça e instância para
os quais estão habilitados, a norma que os rege e o glossário para sua utilização.

Além das informações gerais, especificamente para classes é possível verificar como se uma
determinada classe possui numeração própria, como nela se denominam as partes e qual a sua
sigla. Para assuntos, por sua vez, é possível verificar se um determinado assunto é sigiloso ou com-
plementar, ou, se para assuntos criminais, é exigido o assunto do crime antecedente. Por fim, para
movimentos, é possível consultar quem é o sujeito ativo deste no segundo grau de determinado
movimento, se ele possui visibilidade externa, se se refere a processos físicos ou virtuais, bem como
quais complementos são exigidos por ele.

Ainda na área pública, é possível consultar as sugestões feitas para aprimoramento das Tabe-
las, inclusive com a especificidade se a sugestão está em análise prévia, em votação, se foi rejeita-
da, descartada, aprovada ou ainda se já foi implementada. Além disso, pode-se consultar as dú-
vidas apresentadas pelos colaboradores, tanto as respondidas quanto as pendentes de resposta.

Por fim, é possível consultar todas as versões de cada uma das Tabelas (classes/assuntos/
movimentos) para cada ramo e grau de jurisdição, além, de como já apresentado anteriormente,
ter acesso a todas as versões do Manual das Tabelas Processuais.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
11
Tabelas Processuais Unificadas

Área Restrita
Na área restrita é possível ter acesso a todas as funcionalidades da área pública, exceto o aces-
so às versões compiladas das Tabelas e do Manual das Tabelas Processuais Unificadas, disponíveis
apenas na área pública.

Demais funcionalidades serão definidas de acordo com o perfil de acesso que o usuário dis-
puser. O sistema possui os seguintes perfis de acesso: administrador, atualizador de pergunta,
atualizador de tabelas, atualizador de temporalidade, colaborador, DPJ, gestor de tabelas e master.

Para o usuário externo ao Conselho Nacional de Justiça é disponível o acesso a dois perfis, e são
estes que iremos apresentar: colaborador e gestor de tabelas,

Colaborador

O perfil colaborador pode ser disponibilizado para qualquer magistrado ou servidor doTribunal,
bastando para tanto um pedido da área responsável pela gestão das tabelas do órgão.

Este perfil permite ao usuário apresentar sugestões para aprimoramento, informar a criação de
assuntos ou movimentos locais e tirar suas dúvidas sobre o uso das tabelas.

Gestor das Tabelas

Este perfil só é disponível para quem foi indicado, por meio de ofício ao CNJ, como membro do
Comitê Gestor das Tabelas Processuais Unificadas e Numeração Única.

Este perfil permite ao usuário votar nas sugestões de aprimoramento encaminhadas à votação,
bem como dirimir as dúvidas apresentadas pelos colaboradores.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
12
Tabelas Processuais Unificadas

Gestão e Atualização
das Tabelas Processuais
Unificadas do Poder Judiciário
Assuntos e Movimentos Locais
AsTabelas de Assuntos Processuais e de Movimentação Processual poderão ter os seus conteú-
dos detalhados ou complementados pelos tribunais, com a inclusão de outros assuntos e movi-
mentos.

As inclusões na tabela de assuntos são permitidas a partir do último nível, inclusive no próprio
último nível.

As inclusões naTabela de Movimentos poderão ocorrer em qualquer nível da tabela, observada


a correspondência entre o movimento e andamento processual ocorrido, sendo vedada a criação
de movimento para descrever mera expectativa de movimentação futura.

Os assuntos e movimentos incluídos pelos próprios tribunais poderão ser por estes codificados.
A fim de se evitar repetição de códigos constantes da tabela do CNJ, sugere-se a utilização de
numeração a partir de 50.000.

Estas inclusões deverão ser comunicadas ao Comitê Gestor das Tabelas Processuais para veri-
ficação da adequação do assunto ou movimento na estrutura da tabela respectiva e do eventual
aproveitamento na tabela nacional. Na hipótese de aproveitamento, os assuntos e movimentos
receberão do CNJ um código na tabela nacional.

Vedação a Classes Locais


As classes processuais não poderão ser criadas sem o consentimento do Comitê Gestor das
Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário, órgão responsável pelo contínuo aperfeiçoa-
mento desses instrumentos.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
13
Tabelas Processuais Unificadas

Sugestão de Alteração nas Tabelas Processuais


Os usuários das tabelas unificadas de cada segmento do Judiciário devem encaminhar suas
sugestões de criação ou alteração de classe, assunto ou movimentação processual, acompanha-
das de justificativa quanto à relevância da solicitação, de exemplos de sua ocorrência e da indica-
ção do local de inclusão na respectiva tabela, ao coordenador de tabelas do respectivo tribunal.

O coordenador de tabelas processuais de cada tribunal, entendendo-as pertinentes, encami-


nhará as sugestões ao Comitê Gestor deTabelas Processuais do Judiciário, por intermédio do siste-
ma eletrônico de gestão das tabelas, ou ao órgão de gestão do seu ramo do Judiciário.

O cadastramento de sugestão de modificação das Tabelas Processuais Unificadas indicará:

• a) o tipo de item a ser modificado (se classe, assunto ou movimento);

• b) o tipo de operação sugerida (se inclusão, alteração, exclusão ou ativação);

• c) a indicação na tabela da modificação (localização na tabela do item a ser modificado);

• d) a descrição da sugestão, com o motivo da modificação (por qual razão é necessária a


modificação), a legislação aplicável (fundamento legal), a indicação da relevância esta-
tística da modificação (inclusive se há meta, resolução ou indicador nacional) e o glossá-
rio do item (hipóteses de uso, com as regras de exclusão); e

• e) o detalhamento para o ramo da justiça do tribunal proponente (a aplicação aos de-


mais ramos da Justiça será apreciada pelo comitê). Cada sugestão de modificação da
tabela deve apresentar esses requisitos sob pena de indeferimento liminar.

Publicação de Alterações/Versões das Tabelas


As sugestões de assunto, classe ou movimentos aprovadas pelo Comitê Gestor dasTabelas Pro-
cessuais Unificadas e Numeração Única serão acrescidas à tabela nacional, com comunicação aos
tribunais, prioritariamente por meio do sistema de gestão. As novas versões das tabelas também
serão disponibilizadas no portal do CNJ, no endereço http://www.cnj.jus.br/sgt/versoes.php.

Tabelas Processuais e Sistemas Processuais


Os tribunais deverão manter permanentemente atualizadas as tabelas nos seus sis-
temas processuais.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
14
Tabelas Processuais Unificadas

Tabela de Classes
O que são classes processuais?
As classes processuais se referem aos diferentes tipos de procedimentos que os autos podem
assumir quando em tramitação no Poder Judiciário. Portanto, dizem respeito a como um processo
tramitará e não ao pedido concreto, material, nele contido. Assim, pedidos de diferentes naturezas
como um pedido de reparação por danos materiais e outro por danos morais poderão estar classi-
ficados em uma mesma classe processual, bastando para isso estarem submetidos ao mesmo rito.
Em regra, as normas que definem as classes processuais estão contidas nos códigos de processo.

Estrutura da Tabela de Classes


A Tabela de Classes Processuais está estruturada em níveis hierárquicos. No primeiro nível, en-
contram-se oito categorias, organizadas em razão de competência específica, da natureza ou ma-
téria dos processos e, ainda, em razão da competência e especialidade particularizada:

• Juizados da Infância e da Juventude

• Procedimentos Administrativos

• Processo Cível e do Trabalho

• Processo Criminal, Processo Eleitoral

• Processo Militar

• Superior Tribunal de Justiça

• Supremo Tribunal Federal.

Vejamos a disposição da tabela de Classes disponível no Sistema de Gestão de Tabelas Proces-


suais Unificadas:

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
15
Tabelas Processuais Unificadas

As categorias SupremoTribunal Federal, SuperiorTribunal de Justiça e Procedimentos Adminis-


trativos estão divididas em dois níveis. As demais categorias são hierarquizadas em três, quatro
ou mais níveis, sendo que no nível mais específico consta a descrição dos procedimentos a serem
classificados nos processos.

Essa tabela é nacional e exaustiva, pelo que os tribunais NÃO poderão excluir ou incluir novas
classes sem autorização do Comitê Gestor dasTabelas Processuais Unificadas e Numeração Única,
instituído pelo CNJ.

Autuação e Cadastramento de Classes Processuais


As classes processuais, regra geral, exigem autuação e cadastramento próprios.

Os procedimentos de Cumprimento de Sentença não exigirão autuação em separado, facultada

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
16
Tabelas Processuais Unificadas

a possibilidade de evolução da classe do processo, desde que o sistema processual permita a iden-
tificação da classe originária do processo, bem como das posições processuais originárias.

É possível a evolução de classes processuais filhas1 de Procedimentos Investigatórios para uma


das classes processuais de ação penal, quando do recebimento da denúncia, desde que o sistema
processual permita a identificação das classes anteriormente ostentadas pelo processo, manten-
do-se o mesmo número. Exemplo: Processo iniciado como Auto de Prisão em Flagrante, este pode
ser evoluído para Inquérito e, posteriormente, este poderá ser evoluído para Ação Penal – Procedi-
mento Ordinário.

As classes referentes a recursos internos e incidentes não são de uso obrigatório. Ainda que
se opte pelo cadastramento dessas classes, a interposição desses processos acessórios deve ser
registrada, também, por movimentos processuais. Em regra, o movimento a ser utilizado será o Jun-
tada de Petição com o complemento tipo de petição referente ao recurso interno ou ao incidente.

Outras orientações para o cadastramento de classes processuais podem ser consultadas no


Manual de Utilização das Tabelas Processuais do Poder Judiciário.

Dúvida no Cadastramento de Classe Processual


Se o cadastrador não identificar a classe processual de um caso concreto, deverá, primeiramen-
te, pedir orientação ao seu superior hierárquico.

Se a dúvida persistir, o superior hierárquico autorizará a classificação provisória do processo


como Petição e encaminhará o caso ao Comitê Gestor do seu ramo do Judiciário ou ao seu repre-
sentante no Comitê Gestor das Tabelas Processuais do Poder Judiciário, para fins de definição da
classificação.

O processo classificado provisoriamente será anotado e controlado para reclassificação poste-


rior, após deliberação final do Comitê Gestor de Tabelas Processuais do Judiciário.

1 Classes Processuais Filhas são aquelas classes que são especificações de determinada classe processual mais genérica, sendo esta denomi-
nada classe pai. Assim, por exemplo, Ação Penal – Procedimento Ordinário, Ação Penal – Procedimento Sumário, Ação Penal – Procedimento Sumaríssimo
e Ação Penal de Competência do Júri são classes processuais filhas da classe Procedimento Comum, sendo esta, portanto, uma classe pai. Uma mesma
classe processual pode ser pai e filha, ao mesmo tempo, de acordo com o referencial utilizado. A já citada classe Procedimento Comum, pai quando o
referencial é a classe Ação Penal – Procedimento Ordinário, é uma classe filha quando o referencial é a classe Processo Criminal.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
17
Tabelas Processuais Unificadas

Tabela de Assuntos
Definição de Assunto Processual
Assuntos se referem ao objeto do processo, de forma concreta aos resultados que
se deseja alcançar com o processo, ou seja, os assuntos dizem respeito ao pedido
concreto. Normalmente, os assuntos em processos originários estão mais ligados ao
direito material.

Estrutura da Tabela de Assuntos


Assim como a tabela de classes, a tabela de assuntos está estruturada em níveis hierárquicos,
que correspondem às áreas do Direito. Quanto maior o nível da Tabela de Assuntos, mais
especificado estará o assunto. No primeiro nível constam 17 categorias em que se organiza o Direi-
to: Direito Administrativo e Outras Matérias de Direito Público, Direito Civil, Direito da Criança e do
Adolescente,DireitodoConsumidor,DireitodoTrabalho,DireitoEleitoral,DireitoEleitoraleProcesso
EleitoraldoSTF,DireitoInternacional,DireitoMarítimo,DireitoPenal,DireitoPenalMilitar,DireitoPre-
videnciário, Direito Processual Civil e doTrabalho, Direito Processual Penal, Direito Processual Penal
Militar, Direito Tributário e Registros Públicos.

Vejamos a disposição da tabela de Assuntos Disponível no Sistema de Gestão de Tabelas Pro-


cessuais Unificadas:

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
18
Tabelas Processuais Unificadas

Embora independentes, esses ramos não são autônomos. Dessa forma, um assunto cuja pri-
meira hierarquia é Direito Processual Civil e do Trabalho pode, por exemplo, ser usado em um pro-
cesso criminal. Um caso concreto é o agravo de instrumental criminal que esteja questionando a
não admissão de uma apelação por intempestividade e que deverá ter como assunto tempestivi-
dade da hierarquia direito processual civil e do trabalho.

Cada uma dessas categorias de primeiro nível é detalhada em níveis, segundo a necessidade.

O segundo nível contém as subcategorias de matérias correspondentes ao respectivo ramo do


Direito. Nesse nível, começa a ocorrer a especificação dos assuntos e inicia-se o crescimento da
Tabela . Possíveis acréscimos de assuntos deverão respeitar essa estrutura. Dessas subcategorias

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
19
Tabelas Processuais Unificadas

decorrem os assuntos terceiro nível, que possibilitam o cadastramento dos processos e, sucessiva-
mente, os de quarto e quinto nível, quando houver.

Assuntos de segundo nível que não possuam outros níveis também poderão ser utilizados no
cadastramento de processos.

Exemplo de assunto estruturado com detalhamento até o quinto nível:

Nível 1 – Direito Administrativo e outras matérias do Direito Público.

Nível 2 – Organização Político-Administrativa / Administração Pública – Direito Administrativo e


outras matérias do Direito Público.

Nível 3 – Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS) – Organização Político-Administrativa /


Administração Pública – Direito Administrativo e outras matérias do Direito Público.

Nível 4 – Atualização de Conta – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – Organização


Político-Administrativa/AdministraçãoPública–DireitoAdministrativoeoutrasmatériasdoDireito
Público.

Nível 5 – Termo de Adesão da LC n. 110/2001 – Atualização de Conta – Fundo de Garantia por


TempodeServiço(FGTS)–OrganizaçãoPolítico-Administrativa/AdministraçãoPública–DireitoAd-
ministrativo e outras matérias do Direito Público.

Vejamos como ficará o exemplo citado acima no sistema SGT:

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
20
Tabelas Processuais Unificadas

Autuação e Cadastramento de Assuntos Processuais


No cadastramento da petição inicial, os assuntos serão lançados pelo servidor ou por este con-
feridos quando o registro tiver sido realizado por advogado ou parte. O pedido com as suas especi-
ficações bem como os fatos e fundamentos jurídicos será analisado pelo cadastrador para definir o
assunto principal da lide, que deverá ser o primeiro assunto cadastrado. Existe a possibilidade de ca-
dastramento de mais de um assunto. Os assuntos cadastrados permanecerão imutáveis até o fim do

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
21
Tabelas Processuais Unificadas

processo, salvo nas hipóteses previstas no Manual de Utilização das Tabelas Processuais Unificadas
do Poder Judiciário. Poderá haver alterações para correção de equívocos de cadastramento.

Os assuntos de direito material cadastrados na distribuição dos processos serão complementa-


dos quando da interposição de recursos externos (dirigidos a tribunal), obrigatoriamente, com as
matériasde Direito Processual. Os assuntosdeDireitoProcessualserãoutilizadosnoprimeirograu de
jurisdição, de forma excepcional, no cadastramento de processos que, por sua natureza, tratarem de
matéria processual, a exemplo dos embargos à execução questionando a arrematação de um bem.

Havendo aditamento/alteração do pedido, deverá ser feita a adequação do(s) assunto(s) ca-
dastrado(s) no processo.

Os incidentes (impugnação ao valor da causa, incidente de falsidade, incidente de impedimen-


to, incidente de suspeição etc.) serão cadastrados com o assunto do processo principal.

Quando houver, na Tabela de Assuntos, termos ou expressões idênticas, o classificador deve


verificar em que áreas do Direito constantes da Tabela o assunto está localizado e quais destas
áreas têm maior adequação ao contexto do processo.

Onde houver especialização de turmas ou varas, em regra, deverá ser cadastrado como assun-
to principal aquele que define a competência (ex.: na ocorrência de homicídio e financiamento de
tráfico de drogas, o assunto principal deverá ser o homicídio, que atrai a competência, apesar de
o financiamento de tráfico de drogas possuir maior pena mínima. Há exceções, entretanto, como,
por exemplo, os crimes de violência doméstica contra a mulher, em que o assunto complementar é
determinante para a atribuição da competência).

Os pedidos meramente acessórios não serão cadastrados, como, por exemplo, a repercussão de
um pedido em outras parcelas.

Todos os crimes objeto da denúncia ou queixa deverão ser cadastrados como assuntos do pro-
cesso criminal, sendo o crime de maior potencial ofensivo (maior pena em abstrato) em primeiro
lugar e, em seguida, os demais crimes na ordem da narrativa dos fatos.

Identificação do Assunto
Para identificar os assuntos, sugere-se responder às seguintes questões:

a) DO QUE trata este processo? Qual a relação jurídica entre as partes? A resposta, geralmente,
encontra-se no início da petição, nos fatos, após a identificação das partes.

Responder à questão seguinte também auxilia na melhor definição do assunto:

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
22
Tabelas Processuais Unificadas

b) O QUE SE QUER com este processo? QUAL O PEDIDO? Normalmente a resposta está localizada na
parte reservada ao pedido. Em petições bem formuladas, em regra, a resposta está ao final da petição.

Responder a esse conjunto de perguntas é fundamental para se encontrar o(s) assunto(s) na


Tabela, no ramo correspondente. É importante não se responder diretamente às perguntas do item
b, para que não se encontre incorretamente, como resposta, assunto enquadrado na Tabela em
outro ramo do Direito.

Identificado o ramo do Direito, localizar o assunto de acordo com a hierarquia da Tabela e clas-
sificar o assunto do procedimento no nível mais específico. Caso não seja possível, este deve ser
cadastrado no nível anterior correspondente.

É possível a classificação em mais de um ramo de Direito.

Outras orientações para o cadastramento de assuntos processuais podem ser consultadas no


Manual de Utilização das Tabelas Processuais do Poder Judiciário.

Dúvida no Cadastramento de Assunto Processual


Se o cadastrador não identificar o assunto de um caso concreto, deverá, primeiramente, pedir
orientação ao seu superior hierárquico.

Se a dúvida persistir, o superior hierárquico autorizará a classificação provisória no nível ime-


diatamente mais genérico e encaminhará o caso ao responsável pela gestão das tabelas do seu
tribunal. Este orientará como deve ser feita a classificação e, se entender necessário, apresentará
sugestão de alteração da Tabela de Assuntos ao Comitê Gestor do CNJ ou ao órgão gestor do seu
ramo do Judiciário.

O responsável pela gestão das tabelas do tribunal também pode autorizar a criação do assun-
to, ante a possibilidade de o próprio tribunal complementar aTabela de assuntos a partir do último
nível existente, inclusive no próprio último nível, encaminhando posteriormente o assunto criado
ao Comitê Gestor do CNJ.

O processo classificado provisoriamente será anotado e controlado para reclassificação poste-


rior, após deliberação final do Comitê Gestor de Tabelas Processuais do Judiciário.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
23
Tabelas Processuais Unificadas

Tabela de Movimentos
Definindo Movimentos Processuais
Movimentos são os andamentos processuais, ou seja, os movimentos indicam o que aconteceu
no processo, seja por atuação do juiz, como prolatar uma sentença ou decisão, seja pela de um
serventuário, como a expedição de um ofício. A correta utilização dos movimentos processuais per-
mite a qualquer um rapidamente entender o que ocorreu em um processo e bem como saber em
que fase ele se encontra.

Estrutura da Tabela de Movimentos


ATabelaUnificadadeMovimentaçãoProcessualtambémestáestruturadaemníveis.Noprimeiro
nível, foram criadas as categorias“magistrado”e“serventuário”, delas constando os movimentos que
mais se relacionam com as atribuições funcionais de cada um desses profissionais.Trata-se, contudo,
dedivisãomeramentemetodológica,semnenhumavinculaçãocomadivisãodetrabalhointernade
alimentar o sistema com os andamentos processuais, a cargo de cada tribunal.

No segundo nível da categoria Magistrados está dividido entre as subcategorias Decisão, Despa-
cho e Julgamento. O critério utilizado para definir se o ato é decisão ou despacho é a existência – ou
não – da previsão de recurso contra o ato praticado. Sendo irrecorrível, ou atacável apenas mediante
impugnaçãoespecífica,seráconsideradodespacho.Aocontrário,cabendorecurso,oatofoicaracte-
rizado como decisão.

NosegundoníveldacategoriaServentuárioestãoassubcategoriasArquivista,Contador,Distribui-
dor, Escrivão / Diretor de Secretaria / Secretário Jurídico e Oficial de Justiça.

Os movimentos a serem lançados nos processos são os mais especificados da Tabela, descritos
a partir do terceiro nível, nas duas categorias. Possíveis acréscimos deverão respeitar esta estrutura.

Exemplo de Movimento descrito a partir do terceiro nível

• Nível 1 – Magistrado

• Nível 2 – Decisão ou Despacho

• Nível 3 – Não homologação de prisão em flagrante

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
24
Tabelas Processuais Unificadas

• Descrição do Movimento: prisão em flagrante não homologada

Exemplo de Movimento descrito a partir do quarto nível

Nível 1 – Serventuário

Nível 2 – Contador

Nível 3 – Cálculo

Nível 4 – Custas

Descrição do Movimento: realizado cálculo de custas

Representação no Sistema (SGT) do exemplo acima:

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
25
Tabelas Processuais Unificadas

Complementos de Movimentos
Os complementos servem, como o próprio nome já diz, para complementar algumas movimen-
tações processuais. Assim, por exemplo, a movimentação juntada de petição necessita de espe-
cificação do tipo de petição que foi juntada, o que é feito por meio de complementos. Da mesma
forma, o movimento remessa necessita de complemento para indicar o local para onde se remeteu
e o motivo de essa remessa ter sido realizada.

Há os seguintes tipos de complementos:

Livre – complemento que não está predefinido no sistema processual ou no registro do pro-
cesso, exigindo preenchimento desses dados. Exemplo: número de volumes e apensos, que está
vinculado ao Movimento 135 – Apensamento.

Identificador – complemento que estiver disponível no sistema informatizado ou no registro do


processo, permitindo a sua vinculação ao movimento, mas que NÃO possui valores predetermina-
dos em nível nacional. Exemplos: nome da parte, número do processo.

Tabelado – complemento que possui valores e códigos predeterminados nasTabelas Unificadas


Nacionais, permitindo a sua vinculação direta ao movimento. Exemplo: tipo de conclusão (cujos
valores são: 6 – para decisão, 5 – para despacho, 36 – para julgamento).

Os identificadores e complementos tabelados relacionados na Tabela são de observação


obrigatória pelos órgãos do Poder Judiciário.

Exemplo de Movimento com Complemento Identificador: Magistrado – Decisão ou Despacho –


Não Recebimento – Recurso. Movimento: Não Recebido o Recurso de“Nome da Parte”(o identifica-
dor será o nome da parte que interpôs o recurso).

Exemplo deMovimento comComplementoTabelado:Serventuário – Distribuidor – Redistribui-


ção. Movimento: Redistribuído por Tipo de Distribuição / Redistribuição em razão de Motivo da
Redistribuição (há dois complementos tabelados. O Tipo de Distribuição / Redistribuição poderá
conter os valores: 1 – competência exclusiva; 4 – dependência; 3 – prevenção; 2 – sorteio; 85 – sor-
teio manual. O Motivo da Redistribuição poderá conter os valores: 84 – alteração de competência
do órgão; 35 – criação de unidade judiciária; 28 – desaforamento; 29 – erro material; 89 – extinção
de unidade judiciária; 30 – impedimento; 83 – incompetência; 87 – recusa de prevenção/depen-
dência; 88 – remessa de execução cível; 86 – reunião de execuções; 34 – sucessão; 31 – suspeição).

ExemplodeMovimentocomComplementoLivre:Serventuário–Escrivão/DiretordeSecretaria/
Secretário Jurídico – inclusão em pauta. Movimento: Incluído em pauta para Data, Hora e Local (o
complemento livre a ser preenchido será a data, a hora e o local em que se realizará o julgamento).

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
26
Tabelas Processuais Unificadas

Como Usar a Tabela de Movimentos?


ATabela Unificada de Movimentação Processual descreve movimentos mínimos e obrigatórios,
suficientes à identificação das fases do processo, tempo de tramitação, resultado dos julgamentos
(procedente,improcedente)etc.Écomposta,precipuamente,porandamentosprocessuaisrelevan-
tes à extração de informações gerenciais.

Com efeito, essaTabela pode ser complementada pelos tribunais com outros movimentos que
entendam necessários, em qualquer nível da tabela, observando-se que os movimentos devem
refletir o andamento processual ocorrido, e não a mera expectativa de movimento futuro e que a
relação dos movimentos acrescidos deverá ser encaminhada ao CNJ para análise de adequação e
eventual aproveitamento na Tabela nacional.

Os movimentos a serem lançados, regra geral, não necessitam de complemento, pois, no nível
mais detalhado, são suficientes para prestarem a informação sobre o ato processual a que se
referem. Exemplo: Magistrado – Decisão ou Despacho – Admissão – Incidente de Resolução de De-
mandas Repetitivas (art. 981 e 982). Movimento: Admissão de Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas.

Há, contudo, movimentos que necessitam ser complementados. Em alguns desses casos, o
complementoestarápredefinidonosistemainformatizadoounoregistrodoprocesso,permitindo-
se a sua vinculação ao movimento. Há, ainda, movimentos em que o complemento necessário à
prestação da informação sobre o ato processual não está predefinido no sistema ou no registro do
processo e exige preenchimento desses dados.

Os movimentos NÃO marcados com o atributoVisibilidade Externa serão disponibilizados ape-


nas internamente, a fim de que essa informação não prejudique a efetivação do ato registrado
no referido movimento (ex. decreta da a prisão preventiva de“parte”). Esses movimentos poderão
passar à visualização externa a partir do momento em que essa disponibilização não prejudicar
mais a efetivação do ato. A definição do momento de torná-los visíveis caberá ao juízo da causa.

Outras orientações para o uso de movimentos processuais podem ser consultadas no Manual
de Utilização das Tabelas Processuais do Poder Judiciário.

C entro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
27
Tabelas
Tabelas Processuais Unificadas
Processuais Unificadas

30
28
C entro de Formaç ão e
Aperfeiç
C entro deoamento de e
Formação
Ser vidores do Poder
Aperfeiçoamento deJudiciário
Servidores do Poder Judiciário

Você também pode gostar