Tabelas Processuais Unificadas
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Unificadas
Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
2019
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
Tabelas Processuais
Unificadas
Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de
Servidores do Poder Judiciário
Tabelas Processuais Unificadas
Conteúdos
Objetivos.................................................................................................................................................................. 2
Introdução............................................................................................................................................................... 2
Normas...................................................................................................................................................................... 3
Resolução CNJ n. 12/2006.................................................................................................................................. 3
Resolução CNJ n. 46/2007.................................................................................................................................. 4
Portaria CNJ n. 135/2010.................................................................................................................................... 4
Manual das Tabelas Processuais Unificadas................................................................................................. 6
Sistema de Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário – SGT 8
Área Pública............................................................................................................................................................. 8
Área Restrita............................................................................................................................................................ 9
Colaborador............................................................................................................................................................ 9
Gestor das Tabelas................................................................................................................................................ 10
Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário.............................. 10
Assuntos e Movimentos Locais........................................................................................................................ 10
Vedação a Classes Locais.................................................................................................................................... 11
Sugestão de Alteração nas Tabelas Processuais......................................................................................... 11
Publicação de Alterações/Versões das Tabelas........................................................................................... 12
Tabelas Processuais e Sistemas Processuais................................................................................................ 12
Tabela de Classes................................................................................................................................................... 12
O que são classes processuais?........................................................................................................................ 12
Estrutura da Tabela de Classes.......................................................................................................................... 13
Autuação e Cadastramento de Classes Processuais................................................................................. 13
Dúvida no Cadastramento de Classe Processual....................................................................................... 14
Tabela de Assuntos............................................................................................................................................... 15
Definição de Assunto Processual..................................................................................................................... 15
Estrutura da Tabela de Assuntos...................................................................................................................... 15
Autuação e Cadastramento de Assuntos Processuais............................................................................. 17
Identificação do Assunto.................................................................................................................................... 18
Dúvida no Cadastramento de Assunto Processual................................................................................... 19
Tabela de Movimentos........................................................................................................................................ 20
Definindo Movimentos Processuais............................................................................................................... 20
Estrutura da Tabela de Movimentos............................................................................................................... 20
Complementos de Movimentos...................................................................................................................... 21
Como Usar a Tabela de Movimentos?............................................................................................................ 23
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Objetivos
• Compreender a aplicação das Tabelas Processuais Unificadas;
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Introdução
As tabelas processuais unificadas têm como objetivo unificar, nacionalmente, a nomenclatura,
as siglas e os códigos numéricos de classes, assuntos e movimentos de processos em tramitação
em todos os ramos e instâncias do Poder Judiciário.
Há alguns anos, antes da existência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), não havia uniformi-
dade de nomenclatura de classes, assuntos e movimentos, o que levava cada Tribunal a dispor de
formas diferentes essas informações em registros.
• Uma parte leiga que litigasse em diferentes órgãos poderia ter dificuldade de entender
essas diferenças de registro e até mesmo se sentir lesada por um dos juízos, caso não en-
tendesse que apenas o nome é diferente, mas se referindo a um mesmo ato processual;
• Seria impossível uma gestão do processo com foco nacional, de forma que se pudesse
acompanhar sem dificuldades um mesmo procedimento da primeira instância ao Supre-
mo Tribunal Federal.
Assim, as tabelas processuais unificadas vêm possibilitar maior facilidade ao trabalho do advo-
gado, ao acompanhamento processual pelas partes, ao levantamento de dados estatísticos, bem
como à própria gestão do processo.
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Normas
Há algumas normas que instituíram e regulamentaram esta política de uniformização de regis-
tros processuais no âmbito do Poder Judiciário Nacional.
Esta Resolução, em seu art. 3º, instituiu o Grupo de Interoperabilidade, que possuía, entre suas com-
petências, de acordo com o art. 4º, II,“c”, 1, 3 e 4, da supracitada norma, a criação de padrões de intero-
perabilidade quanto aos dados a serem utilizados no Poder Judiciário, tendo de desenvolver, para tal
feito, tabelas básicas de classificação processual, de movimentação e fases processuais e de assuntos.
Esta Resolução, em seu art. 1º, esclarece que o objetivo dessas tabelas é a“padronização e uniformi-
zaçãotaxonômicaeterminológicadeclasses,assuntosemovimentaçõesprocessuaisnoâmbitodaJus-
tiça Estadual, Federal, doTrabalho, Eleitoral, Militar da União, Militar dos Estados e do SuperiorTribunal
de Justiça”. Já em seu art. 2º, a Resolução determina a adaptação dos sistemas internos dos tribunais
para a implantação dessas tabelas, o que deveria ser concluído até 30 de setembro de 2008.
A Resolução ainda determina que “as Tabelas Processuais Unificadas devem ser consideradas
nos critérios de coleta de dados estatísticos”(art. 2º, § 1º) e que todos os processos ajuizados deve-
riam, antes da distribuição, ser cadastrados de acordo com as tabelas de classes e assuntos, uma
vez feita a implantação destas tabelas (art. 3º).
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Além disso, o art. 4º da Resolução determina que, a partir da implantação da tabela de mo-
vimentos, todos os andamentos processuais nos processos em tramitação deveriam observá-la.
Este Comitê, de acordo com o art. 2º da Portaria, possui a competência de administrar e gerir as
Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário, coordenando o trabalho de aperfeiçoamento,
aprovando novas versões, respondendo dúvidas, analisando sugestões de alteração ou comple-
mentação, dentre outras atividades.
A composição do Comitê é determinada no art. 1º da Portaria, que foi alterada pela Portaria
nº 119 de 28 de setembro de 2018. O comitê é composto por representantes dos seguintes
órgãos do Poder Judiciário, da seguinte forma: um representante do Conselho Nacional de
Justiça; um representante do Supremo Tribunal Federal, um representante do Conselho Nacio-
nal de Justiça, um representante do Superior Tribunal de Justiça, um representante do Tribu-
nal Superior do Trabalho, um representante do Superior Tribunal Militar, um representante do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho, um representante do Conselho da Justiça Federal,
um representante de Tribunal de Justiça Militar, cinco representantes dos Tribunais de Justiça
dos Estados (sendo um de cada região geográfica), um representante do Conselho Nacional
do Ministério Público.
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Apesar de a última versão ter mais de quatro anos, ela não é a versão definitiva do Manual,
pois, em seu próprio corpo, se afirma que ele “não é um instrumento finalizado e estático”, sendo
passível constantes atualizações e melhorias. Esse procedimento de aprimoramento é de compe-
tência da Comissão de Padronização e UniformizaçãoTaxonômica do Conselho Nacional de Justiça
e/ou do Comitê Gestor das Tabelas Processuais Unificadas.
Para cada uma das Tabelas (classes, assuntos e movimentos), o Manual apresenta estrutura e
orientações para a sua utilização, inclusive em caso de dificuldade de identificação ou de ausência
de classe/assunto/movimento específico.
O Manual também apresenta o Sistema de Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unifi-
cadas do Poder Judiciário, inclusive com a especificação dos procedimentos para inclusão de pedi-
dos de modificação (inserção/exclusão/habilitação) de alguma das Tabelas.
Acesse a última versão do Manual das Tabelas Processuais Unificadas nos links do módulo.
Acesse todas as versões do Manual das Tabelas Processuais Unificadas nos links do módulo.
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Sistema de Gestão e
Atualização das Tabelas
Processuais Unificadas do
Poder Judiciário (SGT)
O Sistema de Gestão e Atualização das Tabelas Processuais Unificadas (SGT) é um sistema, pre-
ferencialmente por meio eletrônico, no qual é feita a gestão e a atualização das Tabelas Proces-
suais Unificadas pelo CNJ em conjunto com os demais órgãos do Poder Judiciário.
É possível acessar o sistema, na função consulta, clicando em“Acessar Área Pública”, conforme
tela abaixo:
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Área Pública
Na área pública é permitido ao usuário consultar as classes, os assuntos e os movimentos
atualmente existentes nacionalmente, tendo informações como ramos de Justiça e instância para
os quais estão habilitados, a norma que os rege e o glossário para sua utilização.
Além das informações gerais, especificamente para classes é possível verificar como se uma
determinada classe possui numeração própria, como nela se denominam as partes e qual a sua
sigla. Para assuntos, por sua vez, é possível verificar se um determinado assunto é sigiloso ou com-
plementar, ou, se para assuntos criminais, é exigido o assunto do crime antecedente. Por fim, para
movimentos, é possível consultar quem é o sujeito ativo deste no segundo grau de determinado
movimento, se ele possui visibilidade externa, se se refere a processos físicos ou virtuais, bem como
quais complementos são exigidos por ele.
Ainda na área pública, é possível consultar as sugestões feitas para aprimoramento das Tabe-
las, inclusive com a especificidade se a sugestão está em análise prévia, em votação, se foi rejeita-
da, descartada, aprovada ou ainda se já foi implementada. Além disso, pode-se consultar as dú-
vidas apresentadas pelos colaboradores, tanto as respondidas quanto as pendentes de resposta.
Por fim, é possível consultar todas as versões de cada uma das Tabelas (classes/assuntos/
movimentos) para cada ramo e grau de jurisdição, além, de como já apresentado anteriormente,
ter acesso a todas as versões do Manual das Tabelas Processuais.
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Área Restrita
Na área restrita é possível ter acesso a todas as funcionalidades da área pública, exceto o aces-
so às versões compiladas das Tabelas e do Manual das Tabelas Processuais Unificadas, disponíveis
apenas na área pública.
Demais funcionalidades serão definidas de acordo com o perfil de acesso que o usuário dis-
puser. O sistema possui os seguintes perfis de acesso: administrador, atualizador de pergunta,
atualizador de tabelas, atualizador de temporalidade, colaborador, DPJ, gestor de tabelas e master.
Para o usuário externo ao Conselho Nacional de Justiça é disponível o acesso a dois perfis, e são
estes que iremos apresentar: colaborador e gestor de tabelas,
Colaborador
O perfil colaborador pode ser disponibilizado para qualquer magistrado ou servidor doTribunal,
bastando para tanto um pedido da área responsável pela gestão das tabelas do órgão.
Este perfil permite ao usuário apresentar sugestões para aprimoramento, informar a criação de
assuntos ou movimentos locais e tirar suas dúvidas sobre o uso das tabelas.
Este perfil só é disponível para quem foi indicado, por meio de ofício ao CNJ, como membro do
Comitê Gestor das Tabelas Processuais Unificadas e Numeração Única.
Este perfil permite ao usuário votar nas sugestões de aprimoramento encaminhadas à votação,
bem como dirimir as dúvidas apresentadas pelos colaboradores.
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Gestão e Atualização
das Tabelas Processuais
Unificadas do Poder Judiciário
Assuntos e Movimentos Locais
AsTabelas de Assuntos Processuais e de Movimentação Processual poderão ter os seus conteú-
dos detalhados ou complementados pelos tribunais, com a inclusão de outros assuntos e movi-
mentos.
As inclusões na tabela de assuntos são permitidas a partir do último nível, inclusive no próprio
último nível.
Os assuntos e movimentos incluídos pelos próprios tribunais poderão ser por estes codificados.
A fim de se evitar repetição de códigos constantes da tabela do CNJ, sugere-se a utilização de
numeração a partir de 50.000.
Estas inclusões deverão ser comunicadas ao Comitê Gestor das Tabelas Processuais para veri-
ficação da adequação do assunto ou movimento na estrutura da tabela respectiva e do eventual
aproveitamento na tabela nacional. Na hipótese de aproveitamento, os assuntos e movimentos
receberão do CNJ um código na tabela nacional.
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Tabela de Classes
O que são classes processuais?
As classes processuais se referem aos diferentes tipos de procedimentos que os autos podem
assumir quando em tramitação no Poder Judiciário. Portanto, dizem respeito a como um processo
tramitará e não ao pedido concreto, material, nele contido. Assim, pedidos de diferentes naturezas
como um pedido de reparação por danos materiais e outro por danos morais poderão estar classi-
ficados em uma mesma classe processual, bastando para isso estarem submetidos ao mesmo rito.
Em regra, as normas que definem as classes processuais estão contidas nos códigos de processo.
• Procedimentos Administrativos
• Processo Militar
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Essa tabela é nacional e exaustiva, pelo que os tribunais NÃO poderão excluir ou incluir novas
classes sem autorização do Comitê Gestor dasTabelas Processuais Unificadas e Numeração Única,
instituído pelo CNJ.
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a possibilidade de evolução da classe do processo, desde que o sistema processual permita a iden-
tificação da classe originária do processo, bem como das posições processuais originárias.
As classes referentes a recursos internos e incidentes não são de uso obrigatório. Ainda que
se opte pelo cadastramento dessas classes, a interposição desses processos acessórios deve ser
registrada, também, por movimentos processuais. Em regra, o movimento a ser utilizado será o Jun-
tada de Petição com o complemento tipo de petição referente ao recurso interno ou ao incidente.
1 Classes Processuais Filhas são aquelas classes que são especificações de determinada classe processual mais genérica, sendo esta denomi-
nada classe pai. Assim, por exemplo, Ação Penal – Procedimento Ordinário, Ação Penal – Procedimento Sumário, Ação Penal – Procedimento Sumaríssimo
e Ação Penal de Competência do Júri são classes processuais filhas da classe Procedimento Comum, sendo esta, portanto, uma classe pai. Uma mesma
classe processual pode ser pai e filha, ao mesmo tempo, de acordo com o referencial utilizado. A já citada classe Procedimento Comum, pai quando o
referencial é a classe Ação Penal – Procedimento Ordinário, é uma classe filha quando o referencial é a classe Processo Criminal.
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Tabela de Assuntos
Definição de Assunto Processual
Assuntos se referem ao objeto do processo, de forma concreta aos resultados que
se deseja alcançar com o processo, ou seja, os assuntos dizem respeito ao pedido
concreto. Normalmente, os assuntos em processos originários estão mais ligados ao
direito material.
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Embora independentes, esses ramos não são autônomos. Dessa forma, um assunto cuja pri-
meira hierarquia é Direito Processual Civil e do Trabalho pode, por exemplo, ser usado em um pro-
cesso criminal. Um caso concreto é o agravo de instrumental criminal que esteja questionando a
não admissão de uma apelação por intempestividade e que deverá ter como assunto tempestivi-
dade da hierarquia direito processual civil e do trabalho.
Cada uma dessas categorias de primeiro nível é detalhada em níveis, segundo a necessidade.
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decorrem os assuntos terceiro nível, que possibilitam o cadastramento dos processos e, sucessiva-
mente, os de quarto e quinto nível, quando houver.
Assuntos de segundo nível que não possuam outros níveis também poderão ser utilizados no
cadastramento de processos.
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processo, salvo nas hipóteses previstas no Manual de Utilização das Tabelas Processuais Unificadas
do Poder Judiciário. Poderá haver alterações para correção de equívocos de cadastramento.
Havendo aditamento/alteração do pedido, deverá ser feita a adequação do(s) assunto(s) ca-
dastrado(s) no processo.
Onde houver especialização de turmas ou varas, em regra, deverá ser cadastrado como assun-
to principal aquele que define a competência (ex.: na ocorrência de homicídio e financiamento de
tráfico de drogas, o assunto principal deverá ser o homicídio, que atrai a competência, apesar de
o financiamento de tráfico de drogas possuir maior pena mínima. Há exceções, entretanto, como,
por exemplo, os crimes de violência doméstica contra a mulher, em que o assunto complementar é
determinante para a atribuição da competência).
Os pedidos meramente acessórios não serão cadastrados, como, por exemplo, a repercussão de
um pedido em outras parcelas.
Todos os crimes objeto da denúncia ou queixa deverão ser cadastrados como assuntos do pro-
cesso criminal, sendo o crime de maior potencial ofensivo (maior pena em abstrato) em primeiro
lugar e, em seguida, os demais crimes na ordem da narrativa dos fatos.
Identificação do Assunto
Para identificar os assuntos, sugere-se responder às seguintes questões:
a) DO QUE trata este processo? Qual a relação jurídica entre as partes? A resposta, geralmente,
encontra-se no início da petição, nos fatos, após a identificação das partes.
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b) O QUE SE QUER com este processo? QUAL O PEDIDO? Normalmente a resposta está localizada na
parte reservada ao pedido. Em petições bem formuladas, em regra, a resposta está ao final da petição.
Identificado o ramo do Direito, localizar o assunto de acordo com a hierarquia da Tabela e clas-
sificar o assunto do procedimento no nível mais específico. Caso não seja possível, este deve ser
cadastrado no nível anterior correspondente.
O responsável pela gestão das tabelas do tribunal também pode autorizar a criação do assun-
to, ante a possibilidade de o próprio tribunal complementar aTabela de assuntos a partir do último
nível existente, inclusive no próprio último nível, encaminhando posteriormente o assunto criado
ao Comitê Gestor do CNJ.
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Tabela de Movimentos
Definindo Movimentos Processuais
Movimentos são os andamentos processuais, ou seja, os movimentos indicam o que aconteceu
no processo, seja por atuação do juiz, como prolatar uma sentença ou decisão, seja pela de um
serventuário, como a expedição de um ofício. A correta utilização dos movimentos processuais per-
mite a qualquer um rapidamente entender o que ocorreu em um processo e bem como saber em
que fase ele se encontra.
No segundo nível da categoria Magistrados está dividido entre as subcategorias Decisão, Despa-
cho e Julgamento. O critério utilizado para definir se o ato é decisão ou despacho é a existência – ou
não – da previsão de recurso contra o ato praticado. Sendo irrecorrível, ou atacável apenas mediante
impugnaçãoespecífica,seráconsideradodespacho.Aocontrário,cabendorecurso,oatofoicaracte-
rizado como decisão.
NosegundoníveldacategoriaServentuárioestãoassubcategoriasArquivista,Contador,Distribui-
dor, Escrivão / Diretor de Secretaria / Secretário Jurídico e Oficial de Justiça.
Os movimentos a serem lançados nos processos são os mais especificados da Tabela, descritos
a partir do terceiro nível, nas duas categorias. Possíveis acréscimos deverão respeitar esta estrutura.
• Nível 1 – Magistrado
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Nível 1 – Serventuário
Nível 2 – Contador
Nível 3 – Cálculo
Nível 4 – Custas
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Complementos de Movimentos
Os complementos servem, como o próprio nome já diz, para complementar algumas movimen-
tações processuais. Assim, por exemplo, a movimentação juntada de petição necessita de espe-
cificação do tipo de petição que foi juntada, o que é feito por meio de complementos. Da mesma
forma, o movimento remessa necessita de complemento para indicar o local para onde se remeteu
e o motivo de essa remessa ter sido realizada.
Livre – complemento que não está predefinido no sistema processual ou no registro do pro-
cesso, exigindo preenchimento desses dados. Exemplo: número de volumes e apensos, que está
vinculado ao Movimento 135 – Apensamento.
ExemplodeMovimentocomComplementoLivre:Serventuário–Escrivão/DiretordeSecretaria/
Secretário Jurídico – inclusão em pauta. Movimento: Incluído em pauta para Data, Hora e Local (o
complemento livre a ser preenchido será a data, a hora e o local em que se realizará o julgamento).
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Com efeito, essaTabela pode ser complementada pelos tribunais com outros movimentos que
entendam necessários, em qualquer nível da tabela, observando-se que os movimentos devem
refletir o andamento processual ocorrido, e não a mera expectativa de movimento futuro e que a
relação dos movimentos acrescidos deverá ser encaminhada ao CNJ para análise de adequação e
eventual aproveitamento na Tabela nacional.
Os movimentos a serem lançados, regra geral, não necessitam de complemento, pois, no nível
mais detalhado, são suficientes para prestarem a informação sobre o ato processual a que se
referem. Exemplo: Magistrado – Decisão ou Despacho – Admissão – Incidente de Resolução de De-
mandas Repetitivas (art. 981 e 982). Movimento: Admissão de Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas.
Há, contudo, movimentos que necessitam ser complementados. Em alguns desses casos, o
complementoestarápredefinidonosistemainformatizadoounoregistrodoprocesso,permitindo-
se a sua vinculação ao movimento. Há, ainda, movimentos em que o complemento necessário à
prestação da informação sobre o ato processual não está predefinido no sistema ou no registro do
processo e exige preenchimento desses dados.
Outras orientações para o uso de movimentos processuais podem ser consultadas no Manual
de Utilização das Tabelas Processuais do Poder Judiciário.
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Tabelas
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Aperfeiç
C entro deoamento de e
Formação
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