Ebook D.const Poder Judiciário

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EBOOK DIREITO CONSTITUCIONAL

Cargos: Diversos
BANCA MULTIBANCAS
Direito Constitucional

Assuntos mais cobrados de Direito Constitucional pelas bancas.

Com base na Análise Estatística realizada pela equipe do Estratégia Concursos, mapeamos os
assuntos mais cobrados na matéria de Direito Constitucional, nos concursos em geral. Buscando
auxiliar a sua preparação no mundo dos concursos, o Estratégia preparou este Ebook sobre o
assunto: Poder Judiciário.

Também irá constar nesse material uma bateria de questões que deverá ser resolvida e que ajudará
a consolidar todo o assunto estudado.
ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE
MERECEM DESTAQUE

A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.

Para revisar e ficar bem preparado no assunto, você precisa, basicamente, compreender bem os
arts. 92 a 126 da CF, buscando a sua memorização paulatina, atentando-se especialmente para
os pontos e orientações a seguir:

Órgãos do Poder Judiciário

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:


I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital
Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.

- Memorizar a lista dos órgãos que compõem o Poder Judiciário (incisos I a VII);

- Perceba que o juiz singular é considerado órgão do Poder Judiciário;

- As decisões do STF e dos tribunais superiores alcançam pessoas e bens localizados em


qualquer lugar do Brasil, já que possuem jurisdição em todo o território nacional (§ 2º);

- Apesar da existência das justiças federal, estadual eleitoral, militar, trabalhista etc., a estrutura
do Poder Judiciário é considerada una, indivisível1;

- Não há Poder Judiciário municipal no Brasil.

1
STF – ADI 3367/DF.

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Estatuto da Magistratura

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,
observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos,
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes
normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de
merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a
primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar
vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no
exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de
dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação
até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na
última ou única entrância;
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa
obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de
formação e aperfeiçoamento de magistrados;
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal
fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e
escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não
podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a
noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer
caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40;
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto
da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
VIII-A - a remoção a pedido de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas
alíneas "a", "b", "c" e "e" do inciso II do caput deste artigo e no art. 94 desta Constituição;
VIII-B - a permuta de magistrados de comarca de igual entrância, quando for o caso, e dentro do mesmo segmento
de justiça, inclusive entre os juízes de segundo grau, vinculados a diferentes tribunais, na esfera da justiça estadual,
federal ou do trabalho, atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas "a", "b", "c" e "e" do inciso II do caput
deste artigo e no art. 94 desta Constituição;
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação;
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas
pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e

5
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jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a
outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau,
funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente;
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva
população;
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem
caráter decisório;
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

- O Estatuto da Magistratura deve ser previsto em lei complementar, de iniciativa do STF (caput);

- A OAB deve participar de todas as fases do concurso público para ingresso na carreira de
magistrado (inciso I);

- A promoção de entrância para entrância, bem como o acesso aos tribunais de segundo grau,
ocorrem por antiguidade e merecimento, alternadamente (incisos II e III);

- que para adquirir vitaliciedade o magistrado deve participar de curso oficial ou reconhecido
por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados (inciso IV);

- O limite de 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF não se aplica aos membros da
magistratura estadual2 (inciso V c/c art. 37, XI);

- O magistrado é remunerado por subsídio (inciso V c/c art. 39, § 4º);

- As regras de aposentadoria e pensão aplicáveis aos magistrados são as mesmas previstas no


regime próprio de previdência social dos servidores públicos (inciso VI);

- O juiz titular (não o substituto) deve residir na respectiva comarca, exceto se houver
autorização do tribunal (inciso VII);

- A remoção e a disponibilidade do magistrado, por interesse público, exigem decisão por voto
da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ (inciso VIII);

- A remoção a pedido de magistrados de comarca de igual entrância obedece, no que couber,


às regras relativas à promoção de magistrados (inciso VIII-A) e ao quinto constitucional (art. 94).
O mesmo vale para a permuta de magistrados prevista no inciso VIII-B;

- Uma decisão judicial não motivada está sujeita à nulidade (inciso IX);

- Embora, em regra, os julgamentos sejam públicos, a lei (somente ela) pode limitar a presença,
em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos

2
STF – ADI 3.854/DF.

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quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
público à informação (inciso IX);

- As decisões administrativas disciplinares proferidas pelos tribunais exigem o voto da maioria


absoluta de seus membros (inciso X);

- O órgão especial só pode ser constituído nos tribunais com mais de 25 julgadores e que tal
órgão pode exercer tanto atribuições administrativas quanto jurisdicionais por delegação de
competência do tribunal pleno (inciso XI);

- O princípio da ininterruptabilidade de jurisdição previsto no inciso XII não afastou o direito de


férias, mas tão somente proibiu que as férias sejam coletivas. Além disso, a vedação de férias
coletivas não alcança o STF ou os tribunais superiores;

- A quantidade de magistrados na unidade jurisdicional é proporcional a dois fatores: 1) à efetiva


demanda judicial e 2) à respectiva população (inciso XIII);

- Os servidores não podem receber delegação para a prática atos de caráter decisório, mas tão
somente de atos de administração e de mero expediente (inciso XIV).

Quinto Constitucional

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados
em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos
vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

- A regra do quinto constitucional prevista no art. 94 NÃO se aplica a tribunais superiores. Por
outro lado, há previsão quinto constitucional aplicável à composição do TST e dos TRTs, em
outros dispositivos – art. 111-A, inciso I e art. 115, inciso I. Assim, há quinto constitucional na
composição dos seguintes tribunais: TRFs, TJs, TST e TRTs.

- No STJ, a participação de representantes da Advocacia e do Ministério Pública se dá na ordem


de 1/3, não 1/5 (art. 104, inciso II);

- No caso de o cálculo do quinto não resultar em um número inteiro, deve-se fazer o


arredondamento para cima, para evitar a sub-representação da Advocacia e do Ministério
Público;

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- O tribunal pode recusar (um ou até mesmo todos) os nomes indicados na lista sêxtupla
recebida, mas não pode, ele próprio, substituir os nomes por outros3.

Garantias dos juízes

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:


I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do
cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença
judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I.
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do
cargo por aposentadoria ou exoneração.

- Antes de adquirir a vitaliciedade, o juiz pode perder o cargo por decisão administrativa do
tribunal a que estiver vinculado. Por outro lado, o juiz vitalício não pode perder o cargo por
decisão administrativa, ou por uma decisão judicial qualquer: é necessária sentença judicial
transitada em julgado (inciso I). Entretanto, em caso de condenação por crime de
responsabilidade cometido por Ministro do STF, a perda do cargo se dá por decisão do Senado
(art. 52, inciso II), ou seja, não se dá por decisão judicial;

- Os membros de tribunais se tornam vitalícios desde a posse, mesmo se não eram magistrados
antes disso – como aqueles nomeados em decorrência do quinto constitucional;

- A garantia da inamovibilidade é aplicável desde a posse do magistrado, mas não é absoluta


(inciso II), podendo ocorrer por motivo de interesse público (art. 93, inciso VIII);

- A irredutibilidade de subsídio não confere imunidade ou isenção tributária ao magistrado


quanto ao imposto de renda e proventos de qualquer natureza (inciso III c/c arts. 150, II, 153, III,
e 153, § 2º, I);

- O STF entende que, embora o inciso I do parágrafo único fale em “uma de magistério”, é
permitido o exercício da magistratura em conjunto com mais de uma função de magistério,
desde que não prejudique a atividade judicante4.

3
STF – MS 25.624-SP.

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Autonomia organizacional e administrativa do Poder Judiciário

Art. 96. Compete privativamente:


I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício
da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo
único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem
imediatamente vinculados;
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem
vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde
houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

- O inciso I se aplica a todos os tribunais do Poder Judiciário, conferindo-lhes verdadeiro poder


de autogoverno, com ampla competência em matéria administrativa. Precedente(s)
importante(s):

É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que trata do número de


desembargadores do Tribunal de Justiça Estadual, por violação ao princípio da
simetria e da autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário5.

- O inciso II confere ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça a iniciativa de lei
(“propor ao Poder Legislativo”) destinada a tratar dos assuntos indicados nas alíneas “a” a “d”,
observados, quando for o caso, os limites e requisitos de despesa com pessoal previsto no art.
169.

Juizados especiais e justiça de paz

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:


I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o
julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo,

4
STF – 3.126/DF.
5
STF – ADI 170.

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mediante os procedimentos oral e sumaríssimo , permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o
julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de
quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de
impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional,
além de outras previstas na legislação.
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da Justiça.

- A criação de juizados especiais e da justiça de paz é uma competência da União somente no DF


e nos Territórios, e dos Estados em seus respectivos limites territoriais (caput);

- Os juizados especiais são providos por juízes togados, ou togados e leigos (inciso I);

- A justiça de paz é composta de cidadãos eleitos (voto direito, universal e secreto), para
mandato de quatro anos (inciso II);

- A CF prevê a existência de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal, nos termos em que
dispuser lei federal (§ 1º);

- Não é possível aplicar a receita das custas e emolumentos em atividades não afetas às
específicas da Justiça (§ 2º).

Autonomia financeira do Poder Judiciário

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.


§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação
dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a
aprovação dos respectivos tribunais.
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados na forma do § 1º deste artigo.
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites
estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual.
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

– Como o Poder Executivo detém a iniciativa das leis orçamentárias (art. 84, inciso XXIII), a
proposta orçamentária do Poder Judiciário deve ser encaminhada àquele Poder.

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É também por isso que cabe ao Poder Executivo realizar as medidas e ajustes referentes ao
orçamento do Poder Judiciário nas hipóteses previstas no § 3º (caso em que o Judiciário não
encaminha a proposta no prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias) e § 4º (caso em
que o Judiciário encaminha proposta em desacordo com os limites estipulados na lei de
diretrizes orçamentárias).

Cumpre destacar que, encaminhando o Judiciário sua proposta orçamentária ao Executivo


obedecendo os limites da LDO e demais requisitos previstos no art. 99, § 2º, o chefe do Poder
Executivo não pode reduzir unilateralmente o orçamento proposto, cabendo a ele remetê-lo ao
Poder Legislativo e, se entender pertinente, solicitar a redução pretendida, conforme
entendimento recente do STF:

“É inconstitucional a redução unilateral pelo Poder Executivo dos orçamentos


propostos pelos outros Poderes e por órgãos constitucionalmente autônomos, como
==8f5==

o Ministério Público e a Defensoria Pública, na fase de consolidação do projeto de lei


orçamentária anual, quando tenham sido elaborados em obediência às leis de
diretrizes orçamentárias e enviados conforme o art. 99, § 2º, da CRFB/88, cabendo-lhe
apenas pleitear ao Poder Legislativo a redução pretendida, visto que a fase de
apreciação legislativa é o momento constitucionalmente correto para o debate de
possíveis alterações no Projeto de Lei Orçamentária”6.

STF

Disposições gerais sobre o STF

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta
e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

- Requisitos a serem preenchidos pela pessoa a ser nomeada ao cargo de ministro do STF
previstos no caput: notável saber jurídico e reputação ilibada, com mais de 35 e menos de 70
anos de idade, em pleno gozo dos direitos políticos (“cidadão”), aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal. Além disso, o cidadão deve ser brasileiro nato (art. 12, § 3º,
IV).

- Frase para ajudar a memorizar a quantidade de ministros que compõem o STF: “Somos um
Time de Futebol” (um time de futebol é composto por 11 jogadores, mesmo número de
ministros que compõe o Supremo);

6
STF – ADI 5287.

11
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- A aprovação do indicado a Ministro no Senado se dá por maioria absoluta (parágrafo único),
mediante voto secreto, após arguição pública (art. 52, inciso III, “a”).

Competência originária do STF

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional,
seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os
do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;
d) o habeas corpus , sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança
e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o
Território;
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as
respectivas entidades da administração indireta;
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
h) revogado;
i) o habeas corpus , quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou
funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime
sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a
prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que
mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente
interessados;
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores,
ou entre estes e qualquer outro tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da
República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas
Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal
Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público;

- Na alínea “a”, a ação direta de inconstitucionalidade pode ser de lei ou ato normativo federal
ou estadual, mas a ação declaratória (não é direta!) de constitucionalidade pode ser somente de
lei ou ato normativo federal (não entra estadual);

- O STF julga as autoridades elencadas na alínea “b” nos crimes comuns, mas nos crimes de
responsabilidade, o julgamento de tais autoridades cabe ao Senado Federal (art. 52, I e II), com
exceção dos membros do Congresso Nacional, que não respondem, a rigor, por crime de

12
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responsabilidade, embora possam perder seu mandato por quebra de decoro parlamentar (art.
55, II), a partir de decisão da respectiva Casa (art. 55, § 2º);

- Embora o STF julgue os Ministros de Estado e os Comandantes das Forças Armadas tanto por
crime comum, como por crime de responsabilidade (alínea “c”), case se trate de crime de
responsabilidade conexo como o do Presidente da República, caberá ao Senado o julgamento
(art. 52, I);

- O Advogado-Geral da União possui status de Ministro de Estado, assim, é julgado pelo STF nos
crimes comuns (alínea “c”), porém, nos crimes de responsabilidade, é julgado pelo Senado
mesmo se o crime não for conexo com o do Presidente da República, por disposição
constitucional expressa (art. 52, II), ao contrário dos Ministros de Estado em geral;

- O presidente do Banco Central possui status de Ministro de Estado, portanto, a competência


para seu julgamento obedece às mesmas regras previstas para os Ministros de Estado em geral;

- Não confundir “chefes de missão diplomática de caráter permanente” (alínea “c”) com “chefes
de missão diplomática de caráter temporário” – existe essa função também, conforme art. 56,
inciso II

- Na alínea “d”, o STF julga o habeas corpus quando as autoridades ali apontadas forem
pacientes e julga o mandado de segurança e o habeas data quando as autoridades mencionadas
(que não são exatamente as mesmas do caso do habeas corpus) forem agentes;

- Não há referência à ação popular na alínea “d”: tal ação não está sujeita a foro especial;

- A prerrogativa de foro no STF: i) não alcança ações de natureza cível; e ii) só é aplicável às
autoridades mencionadas na CF enquanto estiverem no exercício das respectivas funções (o foro
é da função, não da pessoa).

- Não confundir a competência do STF prevista na alínea “e” com a competência dos juízes
federais estabelecida no art. 109, II;

- Na alínea “f” não há menção a conflitos entre Municípios. Embora não expresso na CF, cabe à
Justiça Federal o julgamento, e não ao STF;

- Embora o STF julgue a extradição passiva (alínea “g”), cabe ao Presidente da República a
decisão definitiva, não estando vinculada à decisão do Supremo;

- Não cabe reclamação (alínea “l”) contra atos dos Ministros ou das Turmas do STF7;

7
STF – Rcl. 3916-1, AgR.

13
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- A reclamação não é uma espécie de recurso, mas sim de petição constitucional nos termos do
art. 5º, XXXIV8;

- CUIDADO para não confundir os conflitos previstos na alínea “o” com os previstos no art. 105,
I, “d”, que são de competência do STJ;

- O rol de competências originárias do STF previsto no art. 102, I é exaustivo, não podendo ser
ampliado por lei, mas tão somente por emenda constitucional9.

- Precedentes e entendimentos jurisprudenciais importantes:

Compete ao Procurador-Geral da República, e não ao STF, dirimir conflitos de


competência entre o Ministério Público federal e os Ministérios Públicos dos
estados10, mas cabe ao Supremo decidir, originalmente, sobre os conflitos de
competência entre Ministérios Públicos de estados-membros diferentes11.

Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato de Comissão Parlamentar


de Inquérito12.

Competência recursal ordinária do STF

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;

- A alínea “a” diz respeito a decisão denegatória;

- O crime político é julgado originalmente pelos juízes federais (art. 109, IV), mas o recurso da
decisão é direcionado diretamente ao STF (alínea “b”), “pulando” todas as instâncias
intermediárias.

Competência recursal extraordinária do STF

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...)
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão
recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;

8
STF – Rcl 5.470/PA.
9
STF – Pet. 1.738-AgR.
10
STF – ACO/924.
11
STF – ACO 889/RJ.
12
STF – MS 23.619/DF.

14
90
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
(...)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo
recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

- Só cabe recurso extraordinário contra decisão de única ou última instância (inciso III) – não
precisa ser proveniente de tribunal, pode ser de juiz de primeiro, inclusive;

- Observe que todas as hipóteses previstas nas alíneas “a” a “d” do inciso III envolvem
controvérsia constitucional, daí a importância do STF em atuar;

- O recorrente deve demonstrar a existência de repercussão geral, que só poderá ser recusada
pelo STF por decisão com quórum de 2/3 dos membros (§ 3º) - guarde este quórum!

- Precedentes e entendimentos jurisprudenciais importantes:

“É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau
nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal13.

Súmula Vinculante

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos
seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão
ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais
haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave
insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser
provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar,
caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou
cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula,
conforme o caso.

- Três pressupostos devem ser atendidos para que seja editada súmula vinculante (caput e § 1º):
i) reiteradas decisões sobre matéria constitucional; ii) controvérsia atual que acarrete grave
insegurança jurídica e multiplicação de processos sobre questão idêntica; iii) aprovação de 2/3
dos membros do STF.

13
STF – Súmula 640.

15
90
- Efeitos da súmula vinculante (§ 1º): efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à toda Administração Pública (direta e indireta), de todas as esferas de governo
(federal, estadual e municipal).

- A súmula vinculante não vincula o STF, a atividade legislativa (função típica) do Poder
Legislativo e a função atípica de legislar do Poder Executivo (ex: medida provisória).

- Objetivo da súmula vinculante: a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas


(§ 1º).

- A súmula vinculante possui validade a partir de sua publicação na imprensa oficial (caput).

- A edição de súmula vinculante pode ser iniciada de ofício pelo STF ou por provocação dos
legitimados constitucionais para propor a ação direta de inconstitucionalidade (§ 3º), que estão
arrolados no art. 103, incisos I a IX da CF. Além disso, esses mesmos legitimados constitucionais
(a lei pode prever outros), além do próprio STF, podem propor a revisão ou o cancelamento de
súmula (caput e § 3º).

- Instrumento jurídico próprio para impugnar ato administrativo ou decisão judicial que contrarie
o enunciado de súmula vinculante ou a aplique de maneira indevida: reclamação ao STF (§ 3º).

- Efeitos da procedência da reclamação do § 3º: o STF anulará o ato administrativo ou cassará a


decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sema a aplicação da
súmula, conforme o caso.

Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos,
admitida 1 (uma) recondução, sendo:
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;
IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes
indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro
pelo Senado Federal.
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos,
pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

16
90
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal
Federal.
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento
dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto
da Magistratura:
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos
administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar
prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência
do Tribunal de Contas da União;
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus
serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do
poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa;
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há
menos de um ano;
VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da
Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário
no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a
ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da
distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto
da Magistratura, as seguintes:
I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;
III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais,
inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.
§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil.
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus
serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.

- Frase para ajudar a memorizar a quantidade de membros do CNJ: “Coroa Na Jovem” (lembrar
que em suas festas de 15 anos, muitas jovens usam uma coroa – 15 é a quantidade de membros
do CNJ);

- Os membros do CNJ exercem mandato (caput);

- O Vice-Presidente do STF não é membro do CNJ – só preside o Conselho nas ausências e


impedimentos do Presidente do STF (§ 1º);

17
90
- Com exceção do Presidente do CNJ (que é o Presidente do STF), os membros do Conselho são
nomeados pelo Presidente da República, após aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal (§ 2º);

- Diversos órgãos/autoridades (tribunais, Procurador-Geral da República, OAB etc.) indicam os


membros que comporão o CNJ (incisos I a XIII), mas se deixarem de fazê-lo no prazo legal
caberá a escolha ao STF (§ 3º);

- Não há limites mínimo e máximo de idade fixados pela CF especificamente para o nomeado a
membro do CNJ;

- O CNJ é um órgão nacional, não da União14 (inclusive conta com representantes da


magistratura estadual);

- O CNJ exerce o órgão de controle interno (e não externo) do Poder Judiciário (§ 4º), de
natureza administrativa, financeira e disciplinar (não exerce jurisdição, embora seja órgão do
Poder Judiciário – art. 92, I-A), mas esse controle não alcança o STF e seus ministros;

- O CNJ possui poder normativo primário, consubstanciado na prerrogativa de editar normas


primárias, dotadas de generalidade, abstração e impessoalidade, que extraem seu fundamento
de validade diretamente da CF;

- O CNJ pode apreciar a legalidade (não pode apreciar a constitucionalidade) de atos


administrativos (inciso II do § 4º), mas não de atos de conteúdo jurisdicional. Além disso, essa
competência não afasta a possibilidade de fiscalização por parte do TCU;

- A competência correicional do CNJ não afasta a competência correicional e disciplinar dos


tribunais (inciso III do § 4º) – competência concorrente com todos os tribunais do país,
desnecessitando prévia atuação de suas corregedorias para que o Conselho possa atuar;

- ao rever o processo disciplinar de magistrados, o CNJ pode, inclusive, agravar, abrandar,


cancelar ou reformar a decisão revista15;

- Os membros do Conselho Nacional de Justiça são julgados pelo Senado Federal nos crimes de
responsabilidade (CF, art. 52, II), mas não possuem foro especial em razão do desempenho
dessa função nos crimes comuns (ou seja, serão julgados pelo foro especial decorrente do seu
cargo de origem, e não de membro do CNJ);

- Os estados-membros não podem criar conselho que funcione como órgão de controle interno
ou externo do seu Poder Judiciário (entendimento do STF);

14
STF – ADI 3.367/DF.
15
STF – MS 33565/DF.

18
90
- Precedentes e entendimentos jurisprudenciais importantes:

“É inconstitucional, por Constituição Estadual, de órgão de controle administrativo do


Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou
entidades”16.

“O Conselho Nacional de Justiça, embora integrando a estrutura constitucional do


Poder Judiciário como órgão interno de controle administrativo, financeiro e
disciplinar da magistratura – excluídos, no entanto, do alcance de referida
competência o próprio Supremo Tribunal Federal e seus Ministros (ADI 3.367/DF) –,
qualifica-se como instituição de caráter eminentemente administrativo, não dispondo
de atribuições funcionais que lhe permitam, quer colegialmente, quer mediante
atuação monocrática de seus Conselheiros ou, ainda, do Corregedor Nacional de
Justiça, fiscalizar, reexaminar e suspender os efeitos decorrentes de atos de conteúdo
jurisdicional emanados de magistrados e Tribunais em geral, razão pela qual mostra-se
arbitrária e destituída de legitimidade jurídico-constitucional a deliberação do
Corregedor Nacional de Justiça que, agindo ‘ultra vires’, paralise a eficácia de decisão
que tenha concedido mandado de segurança”17.

“os estados-membros carecem de competência constitucional para instituir, como


órgão interno ou externo do Judiciário, conselho destinado ao controle da atividade
administrativa, financeira ou disciplinar da respectiva justiça”18.

Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Disposições gerais sobre o STJ

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação
ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de
Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito
Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.

- O STJ poderá ser composto por mais de 33 Ministros (caput);

16
STF – Súmula 649.
17
STF – MS 28.611 MC-AgR/DF.
18
STF – ADI 3.367.

19
90
- Requisitos a serem preenchidos pela pessoa a ser nomeada para o cargo de ministro do STJ
previstos no parágrafo único – veja que não é necessário que o indicado seja brasileiro nato,
pode ser naturalizado!

- Frase para ajudar a memorizar a quantidade mínima de ministros que compõem o STJ: “Somos
Todos Jesus” (lembrar que Jesus Cristo morreu aos 33 anos);

- A aprovação do indicado a Ministro no Senado se dá por maioria absoluta (parágrafo único),


mediante voto secreto, após arguição pública (art. 52, inciso III, “a”);

- Não são destinadas vagas no STJ a magistrados da Justiça Eleitoral, Militar ou do Trabalho,
tampouco a membros do Ministério Público do Trabalho ou do Ministério Público Militar (incisos
I e II);

- Observe a diferença entre o processo de escolha do Ministro do STJ quando a vaga é


destinada a membros da magistratura (inciso I), ou a membros da Advocacia e do Ministério
Público (inciso II).

Competência originária do STJ

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do
Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União
que oficiem perante tribunais;
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
c) os habeas corpus , quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando
o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre
tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades
judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou
autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

- Na alínea “a”, que o STJ não julga os Governadores nos crimes de responsabilidade (esse
julgamento também não cabe à Assembleia Legislativa, como ocorre na esfera da União, em que
o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade. Com efeito, cabe à

20
90
um Tribunal Especial, composto de 5 membros do Poder Legislativo Estadual e de 5
desembargadores de Justiça realizar tal julgamento, conforme Lei 1.079/1950);

- No que toca aos Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas, quando figurarem
como autoridades coatoras, a competência para julga o habeas corpus é o STJ (alínea “c”).
Quando forem pacientes, quem julga é o STF (art. 102, I, “d”);

- CUIDADO mais uma vez, para não confundir os conflitos previstos na alínea “d” com os
previstos no art. 102, I, “o”, que são de competência do STF. Observar que não há de se falar
em conflito de competência entre um tribunal e juiz a ele vinculado, já que este se submete
jurisdicionalmente àquele;

- Assim como o STF (art. 102, I, “j”), o STJ possui competência para julgar as revisões criminais e
as ações rescisórias de seus julgados (alínea “e”);

- O STJ também é competente para julgar a reclamação constitucional para a preservação de sua
competência e garantia da autoridade de suas decisões (alínea “f”), assim como o STF (art. 102,
I, “l”);

Competência recursal originária do STJ

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)


II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais
dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município
ou pessoa residente ou domiciliada no País;

- As alíneas “a” e “b” dizem respeito a recurso contra decisões denegatórias de habeas corpus
ou mandado de segurança;

- CUIDADO para não confundir a competência do STJ prevista na alínea “c” com a do STF
disposta no art. 102, I, “e”, ou com a dos juízes federais, prevista no art. 109, II.

Competência recursal extraordinária do STJ

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)


III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
§ 1º Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça:

21
90
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções,
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária
da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas
decisões terão caráter vinculante.
§ 2º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal
infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do recurso seja examinada pelo
Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços)
dos membros do órgão competente para o julgamento.
§ 3º Haverá a relevância de que trata o § 2º deste artigo nos seguintes casos:
I - ações penais;
II - ações de improbidade administrativa;
III - ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos;
IV - ações que possam gerar inelegibilidade;
V - hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça;
VI - outras hipóteses previstas em lei.

- Só cabe recurso especial contra decisão de única ou última instância, por algum TRF ou TJ
(inciso III) – veja que no recurso extraordinário, cujo julgamento compete ao STF, a decisão
recorrida não precisa ter sido proferida por TRF ou TJ (art. 102, III);

- Todas as hipóteses previstas nas alíneas “a” a “c” do inciso III envolvem controvérsia
envolvendo a lei federal, ao contrário do que acontece no recurso extraordinário, em que a
controvérsia é de ordem constitucional (art. 102, III, alíneas “a” a “d”);

- Ao contrário do que acontece no recurso extraordinário perante o STF, no recurso especial


perante o STJ não há necessidade de o recorrente demonstrar a existência de repercussão geral.

Nada obstante, no recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de
direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão
do recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base
nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o
julgamento (art. 105, § 2º).

A CF/88 estabelece que essa relevância haverá nos seguintes casos (art. 105, § 3º):

a) ações penais;

b) ações de improbidade administrativa;

c) ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários-mínimos;

d) ações que possam gerar inelegibilidade;

e) hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante o Superior


Tribunal de Justiça;

22
90
f) outras hipóteses previstas em lei.

Incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal

Art. 109, § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a
finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos
dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito
ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

- O incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal só é cabível em caso de


grave violação de direitos humanos;

- A finalidade é assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais


de direitos humanos (não é qualquer tratado!) dos quais o Brasil seja parte;

- Somente o Procurador-Geral da República (PGR) pode suscitar o incidente de deslocamento;

- O exercício dessa competência por parte do PGR pode ocorrer em qualquer fase do inquérito
ou processo;

- O PGR deve suscitar perante o STJ o incidente de deslocamento.

Justiça Federal

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:


I - os Tribunais Regionais Federais;
II - os Juízes Federais.
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na
respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
setenta anos de idade, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério
Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e
merecimento, alternadamente.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua
jurisdição e sede.
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções
da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
comunitários.
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes
comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;

23
90
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da
competência federal da área de sua jurisdição.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente
no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de
suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a
ordem econômico-financeira;
VII - os habeas corpus , em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de
competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o
"exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a
respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor,
naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda,
no Distrito Federal.
§ 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal em que forem parte instituição de
previdência social e segurado possam ser processadas e julgadas na justiça estadual quando a comarca do domicílio
do segurado não for sede de vara federal.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de
jurisdição do juiz de primeiro grau.
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva
Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos
juízes da justiça local, na forma da lei.

- A idade mínima para o nomeado a juiz de TRF é 30 anos (art. 107, caput), diferente, portanto,
da idade mínima para os nomeados a Ministro do STF ou do STJ, que é de 35 anos (art. 101,
caput e art. 104, parágrafo único);

24
90
- Cada TRF será composto por, no mínimo, 7 sete juízes – ou seja, esse número pode ser maior
(art. 107, caput);

- Assim como o STF (art. 102, I, “j”), e o STJ (art. 105, I, “e”), os TRFs possuem competência para
julgar, originalmente, as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados (art. 108, I,
“b”). Além disso, os TRFs julgam as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados de juízes
federais da região;

- As causas em que figure sociedade de economia mista federal não são julgadas pela Justiça
Federal – note que o art. 109, I, não menciona essa espécie de entidade;

- Nos Territórios Federais, os juízes da justiça local é que ficam incumbidos da jurisdição e das
atribuições cometidas aos juízes federais (art. 110, parágrafo único).

- Precedentes e entendimentos jurisprudenciais importantes:

“Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes
de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da
Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador
(CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil”19.

Justiça do Trabalho

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:


I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juizes do Trabalho.
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com
mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados
pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério
Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo
próprio Tribunal Superior.
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;
II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,
orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do
sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a
preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.

19
STF – Súmula Vinculante 36.

25
90
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-
la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício
dos órgãos da Justiça do Trabalho.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração
pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e
empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à
sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais,
decorrentes das sentenças que proferir;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito,
respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público
do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível,
na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
setenta anos de idade, sendo:
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério
Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais
funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos
públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

- Frase para ajudar a memorizar a quantidade de ministros que compõem o TST: “Trinta Sem
Três” (30 – 3 = 27);

- Requisitos a serem preenchidos pela pessoa a ser nomeada para o cargo de ministro do TST
previstos no art. 111-A, caput – veja que não é necessário que o indicado seja brasileiro nato,
pode ser naturalizado!

- A aprovação do indicado a Ministro no Senado se dá por maioria absoluta, mediante voto


secreto, após arguição pública (art. 52, inciso III, “a”);

26
90
- Perceba a diferença entre o processo de escolha de Ministro do TST quando a vaga é
destinada a membros da magistratura (art. 111-A, inciso II), ou a membros da Advocacia e do
Ministério Público (art. 111-A, inciso I).

- Não são destinadas vagas no TST a magistrados da Justiça Eleitoral, Militar, Federal ou
Estadual/do DF, tampouco a membros do Ministério Público Federal, Militar, do DF e Territórios
ou dos Estados (art. 111-A, incisos I e II);

- O TST também é competente para julgar a reclamação constitucional para a preservação de


sua competência e garantia da autoridade de suas decisões (art. 111-A, § 3º), assim como o STF
(art. 102, I, “l”) e o STJ (art. 105, I, “f”);

- Os TRTs, assim como os TRFs, são compostos por, no mínimo, 7 juízes (art. 107, caput e art.
115, caput);

- A idade mínima para o nomeado a juiz de TRT é 30 anos (art. 115, caput), assim como ocorre
nos TRFs (art. 107, caput), e diferente, portanto, da idade mínima para os nomeados a Ministro
do STF, do STJ, ou do TST, e a Ministro civil do STM, que é de 35 anos (art. 101, caput, art. 104,
parágrafo único, art. 111-A, caput e art. 123, parágrafo único, da CF/88);

- CUIDADO para não confundir os conflitos previstos no art. 114, V, que são de competência da
Justiça do Trabalho, com os do art. 105, I, “d”, ou com os previstos no art. 102, I, “o”, que são
de competência do STF.

- Precedentes e entendimentos jurisprudenciais importantes:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização


por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença
de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº
45/04”20.,

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória


ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da
iniciativa privada”21.

“A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição


Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao

20
STF – Súmula Vinculante 22.
21
STF – Súmula Vinculante 23.

27
90
objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela
homologados”22.

Justiça Eleitoral

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:


I - o Tribunal Superior Eleitoral;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais;
IV - as Juntas Eleitorais.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo,
de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das
juntas eleitorais.
§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas
funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais
de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
número igual para cada categoria.
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V - denegarem habeas corpus , mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.

22
STF – Súmula Vinculante 53.

28
90
- Palavra para ajudar a memorizar a quantidade mínima de ministros que compõem o TSE: “SET”
(trocando as letras “T”, “S” e “E” chegamos à palavra “SET”, muito parecida com “SETE”, ou
seja, 7, que é o número mínimo de membros do TSE);

- Na Justiça Eleitoral há previsão constitucional, além de tribunais e juízes, de “juntas” (Juntas


Eleitorais), o que não ocorre no restante do Poder Judiciário;

- Diferente do que ocorre na nomeação de Ministros para compor o STF, o STJ e o TST, que
sempre é realizada pelo Presidente da República, no TSE o chefe do Poder Executivo Federal só
nomeia dois membros: os demais são oriundos do STF e do STJ, escolhidos mediante eleição
pelo respectivo tribunal;

- Não são expressamente previstos na CF os requisitos de idade aos nomeados a ocupar o cargo
de membro do TSE;

- Os Ministros do TSE servem por prazo mínimo e máximo determinado – no mínimo dois anos e,
no máximo, dois biênios consecutivos (art. 121, § 2º);

- As decisões do TSE, em regra, são irrecorríveis (art. 121, § 3º).

Justiça Militar

Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:


I - o Superior Tribunal Militar;
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha,
quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto
mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de
trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, sendo:
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional;
II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

- Frase para ajudar a memorizar a quantidade de ministros que compõem o STM: “Somos Todas
Moças” (lembrar que 15 anos é uma idade especial para muitas moças – 15 é a quantidade de
Ministros que compõem o STM);

- O STM não examina matéria proveniente da Justiça Militar estadual ou do DF;

- A Justiça Militar da União possui competência exclusivamente penal (art. 124, caput);

29
90
- A Justiça Militar da União pode julgar também civis, caso cometam ilícito definido em lei como
crime militar.

Justiça Estadual

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de
iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais
ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em
primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de
Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em
lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das
praças.
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos
contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a
presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com
competência exclusiva para questões agrárias.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.

- Cabe à Constituição Estadual definir a competência dos Tribunais de Justiça (art. 125, § 1º).
Lembrar que o DF não possui competência para organizar e manter a Justiça do DF, tampouco
sobre ela legislar, cabendo à União realizar tais atribuições (arts. 21, XIII e 22, XVII);

- A competência da Justiça Estadual é residual, abrangendo tudo que não seja atribuição dos
demais órgãos do Poder Judiciário;

- Há possibilidade de lei estadual criar a Justiça Militar estadual (art. 125, § 3º). Prestar atenção
nas atribuições de tal Justiça (art. 125, §§ 4º e 5º). Observar que a Justiça Militar estadual não
julga civis em nenhuma hipótese, somente militares dos estados-membros (art. 125, § 4º) – ou
seja, policiais militares e bombeiros militares – em determinadas matérias (crimes limitares
definidos em lei e ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do
júri quando a vítima for civil – art. 125, § 4º).

- Precedentes e entendimentos jurisprudenciais importantes:

É constitucional lei estadual iniciada pelo Poder Judiciário que cria novos registros de
títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas, uma vez que os Tribunais de Justiça

30
90
têm competência privativa para propor leis que disponham sobre serventias judiciais e
extrajudiciais23.

Precatórios

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para este fim.
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos,
pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas
em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta)
anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei,
serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os
fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será
pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de
obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença
judicial transitada em julgado.
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito
público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do
regime geral de previdência social.
§ 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público de verba necessária ao pagamento de
seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado constantes de precatórios judiciários apresentados até 2
de abril, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo
ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não
alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a
liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o
Conselho Nacional de Justiça.
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que
dispõe o § 3º deste artigo.
§ 9º Sem que haja interrupção no pagamento do precatório e mediante comunicação da Fazenda Pública ao
Tribunal, o valor correspondente aos eventuais débitos inscritos em dívida ativa contra o credor do requisitório e
seus substituídos deverá ser depositado à conta do juízo responsável pela ação de cobrança, que decidirá pelo seu
destino definitivo.
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30
(trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.

23
STF - ADI 2127

31
90
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei do ente federativo devedor, com auto aplicabilidade para
a União, a oferta de créditos líquidos e certos que originalmente lhe são próprios ou adquiridos de terceiros
reconhecidos pelo ente federativo ou por decisão judicial transitada em julgado para:
I - quitação de débitos parcelados ou débitos inscritos em dívida ativa do ente federativo devedor, inclusive em
transação resolutiva de litígio, e, subsidiariamente, débitos com a administração autárquica e fundacional do mesmo
ente;
II - compra de imóveis públicos de propriedade do mesmo ente disponibilizados para venda;
III - pagamento de outorga de delegações de serviços públicos e demais espécies de concessão negocial
promovidas pelo mesmo ente;
IV - aquisição, inclusive minoritária, de participação societária, disponibilizada para venda, do respectivo ente
federativo; ou
V - compra de direitos, disponibilizados para cessão, do respectivo ente federativo, inclusive, no caso da União, da
antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente em óleo em contratos de partilha de petróleo.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua
expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no
mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros
compensatórios.
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente
da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º.
§ 14. A cessão de precatórios, observado o disposto no § 9º deste artigo, somente produzirá efeitos após
comunicação, por meio de petição protocolizada, ao Tribunal de origem e ao ente federativo devedor.
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer
regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo
sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação.
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de
Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base anual, o
comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento de precatórios e obrigações de
pequeno valor.
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório das receitas tributárias,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de transferências correntes e outras receitas
correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição Federal, verificado no período compreendido
pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as
duplicidades, e deduzidas:
I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por determinação
constitucional;
II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida no § 9º do
art. 201 da Constituição Federal.
§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em precatórios e obrigações de
pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do comprometimento percentual da receita
corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a parcela que exceder esse percentual poderá ser
financiada, excetuada dos limites de endividamento de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição
Federal e de quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a vedação
de vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal.
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos precatórios apresentados
nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste precatório serão pagos até o final do
exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios subsequentes, acrescidas de juros de mora e
correção monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com

32
90
redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito não
penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos na regulamentação editada pelo
ente federado.
§ 21. Ficam a União e os demais entes federativos, nos montantes que lhes são próprios, desde que aceito por
ambas as partes, autorizados a utilizar valores objeto de sentenças transitadas em julgado devidos a pessoa jurídica
de direito público para amortizar dívidas, vencidas ou vincendas:
I - nos contratos de refinanciamento cujos créditos sejam detidos pelo ente federativo que figure como devedor na
sentença de que trata o caput deste artigo;
II - nos contratos em que houve prestação de garantia a outro ente federativo;
III - nos parcelamentos de tributos ou de contribuições sociais; e
IV - nas obrigações decorrentes do descumprimento de prestação de contas ou de desvio de recursos.
§ 22. A amortização de que trata o § 21 deste artigo:
I - nas obrigações vencidas, será imputada primeiramente às parcelas mais antigas;
II - nas obrigações vincendas, reduzirá uniformemente o valor de cada parcela devida, mantida a duração original do
respectivo contrato ou parcelamento.

- Os débitos de natureza alimentícia possuem prioridade na ordem de pagamento (§§ 1º e 2º);

- Os pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor não estão submetidas
ao regime de precatórios (§ 3º);

- O valor do débito constante do precatório é atualizado no momento do pagamento (§ 5º);

- É crime de responsabilidade o retardo ou tentativa de frustrar a liquidação regular de


precatório, por parte do Presidente do Tribunal competente, seja por ato comissivo ou omissivo
(§ 7º).

- Precedentes e entendimentos jurisprudenciais importantes:

É necessário o “uso de precatórios no pagamento de dívidas da Fazenda Pública,


independente de o débito ser proveniente de decisão concessiva de mandado de
segurança, ressalvada a exceção prevista no § 3º do art. 100 da Constituição da
República”24.

“Não se mostra admissível a restituição administrativa do indébito reconhecido na via


judicial, sendo indispensável a observância do regime constitucional de precatórios,
nos termos do art. 100 da Constituição Federal”25.

24
STF – ADPF 250.
25
STF – RE 1420691.

33
90
Dicas finais importantes

• Dica importante 1: cabe sempre ao próprio tribunal o julgamento de mandado de segurança e


de habeas data contra atos por ele praticados (art. 102, I, “d”; art. 105, I, “b”; art. 108, I, “c”);

• Dica importante 2: caberá sempre à instância imediatamente acima julgar o habeas corpus
contra ato praticado por tribunal;

• Dica importante 3: O Poder Judiciário não atua de ofício (por iniciativa própria), mas somente
quando é provocado, em razão do princípio da inércia.

• Perceba que há previsão de funcionamento de escola de formação e aperfeiçoamento de


magistrados, bem como de Conselho de supervisão administrativa e orçamentária tanto junto ao
STJ (art. 105, parágrafo único) como ao TST (art. 111, § 2º), mas não há tal previsão para os
demais tribunais na CF (embora, na prática, possa existir, mediante instituição por lei ou outro
normativo).

• Para saber, dentre os tribunais superiores e o STF, quais possuem quantitativo mínimo ou
quantitativo exato de membros em sua composição, guarde o número 40. Isso porque se
somarmos a quantidade (mínima ou exata) dos membros desses tribunais, a única combinação
que chegará ao número 40 é somando-se o número (mínimo) de membros do STJ (33) com o
número (mínimo) de membros do TSE (7) – são justamente esses dois tribunais que possuem
quantidade mínima de membros estipulada pela CF; os demais (STF, TST e STM) possuem
quantidade exata estipulada na Constituição.

• Para cada tribunal, prestar atenção: ao processo de escolha, aos requisitos a serem atendidos
para os nomeados, composição, quantidade de membros, competências. Dê prioridade a
compreender bem os principais pontos sobre o STF, depois STJ, em seguida os demais Tribunais
Superiores e, por fim, os demais órgãos.

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QUESTÕES COMENTADAS

Poder Judiciário – Disposições Gerais

1. (VUNESP / TJ-SP – 2019) A Constituição Federal determina que o Estatuto da Magistratura deverá
observar, dentre outros, o seguinte princípio:
a) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão fechada, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto de um terço de seus membros.
b) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado
de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a
votação até fixar-se a indicação.
c) a promoção por merecimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a
primeira metade da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar
vago.
d) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto de um terço do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla
defesa.
e) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza
no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento.

Comentários:

Letra A: errada. As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros (art. 93, X, CF).

Letra B: errada. Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação (art. 93, II, “d”, CF).

Letra C: errada. A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e
integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos
quem aceite o lugar vago (art. 93, II, “b”, CF).

Letra D: errada. O ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público,
fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de
Justiça, assegurada ampla defesa (art. 93, VIII, CF).

Letra E: correta. É o que determina o art. 93, II, “c”, da CF.

O gabarito é a letra E.

3
46
2. (VUNESP / TJ-SP – 2017) Assinale a alternativa que apresenta corretamente órgão(s) do Poder
Judiciário.
a) Conselho Nacional do Ministério Público.
b) Tribunais e Juízes Militares.
c) Tribunais de Contas dos Estados.
d) Tribunais de Arbitragem.
e) Juízes de Paz.

Comentários:

Os órgãos do Poder Judiciário estão relacionados no art. 92, CF/88:


==8f5==

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I – o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

II – o Superior Tribunal de Justiça;

II-A – o Tribunal Superior do Trabalho;

III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI – os Tribunais e Juízes Militares;

VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

O gabarito é a letra B.

3. (VUNESP / Polícia Civil-CE – 2015) Os juízes gozam, entre outras, da seguinte garantia
constitucional:
a) estabilidade.
b) aposentadoria especial.
c) inamovibilidade.
d) moralidade.
e) auxílio moradia.

Comentários:

4
46
São garantias funcionais dos magistrados: a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídios.
O gabarito é a letra C.

4. (VUNESP / UNICAMP – 2014) Considerando o disposto na Constituição Federal sobre o Poder


Judiciário, assinale a alternativa correta.
a) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros, em sessão secreta.
b) Os servidores dos cartórios judiciais receberão delegação para a prática de atos de administração e atos
de mero expediente, limitados às decisões de caráter interlocutório.
c) Um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados será composto de advogados de notório saber jurídico e
de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista tríplice pelos
órgãos de representação das respectivas classes.
d) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos cinco
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
e) O juiz goza da garantia da inamovibilidade, mas, havendo interesse público, poderá ser removido, por
decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla
defesa.

Comentários:

Letra A: errada. A Constituição prevê (art. 93, X, CF) que as decisões administrativas dos tribunais serão
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus
membros. Não se determina que as decisões disciplinares ocorrerão em sessão secreta.

Letra B: errada. Os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente sem caráter decisório (art. 93, XIV, CF).

Letra C: errada. Segundo o art. 94 da Constituição, um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais,
dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada,
com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de
representação das respectivas classes.

Letra D: errada. A vedação se dá pelo prazo de três (e não cinco!) anos do afastamento do cargo por
aposentadoria ou exoneração.

Letra E: correta. De acordo com a Constituição (art. 93, VIII, CF), o ato de remoção do juiz fundar-se-á em
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada
ampla defesa.

O gabarito é a letra E.

5. (VUNESP / TJ-SP– 2014) De acordo com o regime constitucional brasileiro, assinale a opção correta.
a) É vedado aos juízes receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, com exceção dos casos previstos em lei.

5
46
b) É vedado aos juízes exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
c) É vedado aos juízes exercer outro cargo ou função, com exceção do magistério, salvo se estiverem em
disponibilidade.
d) É vedado aos juízes dedicar-se à atividade político-partidária, salvo se for em Estado ou Região distinta
daquela onde exerce a magistratura.

Comentários:

O parágrafo único do art. 95 da Constituição determina várias vedações aos magistrados.

Letra A: correta. É o que prevê o inciso IV do parágrafo único do art. 95.

Letra B: errada. O prazo da vedação é de três, e não de dois anos.

Letra C: errada. A Carta Magna veda aos juízes exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função,
salvo uma de magistério. Não há qualquer ressalva quanto a estarem ou não em disponibilidade.

Letra D: errada. A vedação aos juízes referente à atividade político-partidária não comporta exceções.

A letra A é o gabarito da questão.

6. (VUNESP / TJ-PA– 2014) A propósito das regras relativas ao Poder Judiciário, a Constituição Federal
estabelece que os servidores receberão delegação para a prática de
a) atos exclusivamente administrativos internos.
b) atos judiciais de pequena relevância, limitados à primeira instância.
c) atos administrativos internos e atos judiciais de qualquer espécie desde que autorizados expressamente
pelo juiz.
d) atos administrativos e decisões singulares a pedido do juiz da causa.
e) atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

Comentários:

O inciso XIV do art. 93 da Constituição estabelece que os servidores do Poder Judiciário receberão delegação
para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. O gabarito é a
letra E.

7. (VUNESP / TJ-PA– 2014) São garantias constitucionais dos juízes:


a) executoriedade, imperatividade e legitimidade.
b) prisão em cela especial, duplo grau de jurisdição e independência funcional.
c) irredutibilidade de subsídios, independência funcional e impenhorabilidade de seus bens.
d) poder decisório, incontrastibilidade e vitaliciedade.

6
46
e) vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio

Comentários:

A Carta Magna prevê, em seu art. 95, que os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo
a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III,
e 153, § 2º, I.

O gabarito é a letra E.

8. (VUNESP / TJ-RJ– 2014) De acordo com o texto constitucional, lei complementar, de iniciativa do
Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, entre outros, os
seguintes princípios:
a) o ato de remoção, disponibilidade, demissão e aposentadoria do magistrado, por interesse público,
fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de
Justiça, assegurada ampla defesa.
b) um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
c) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões,
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no
sigilo não prejudique o interesse da Administração Pública.
d) nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com
o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e
jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade,
e a outra metade por merecimento.

Comentários:

Letra A: errada. O art. 93, inciso VIII, da Constituição, prevê que o ato de remoção, disponibilidade e
aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta
do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. A demissão segue
regra diferente: a perda do cargo dar-se-á por decisão do tribunal a que o juiz estiver vinculado, sendo que,
após conquistada a vitaliciedade, esta deverá ter transitado em julgado (art. 95, I, CF).

Letra B: correta. Trata-se do chamado quinto constitucional, previsto no art. 94 da Carta Magna.

7
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Letra C: errada. O inciso IX do art. 93 da Constituição prevê que todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos
quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação (e não o interesse da Administração!).

Letra D: errada. Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão
especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas
por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno (e não por merecimento!).

O gabarito é a letra B.

Conselho Nacional de Justiça

9. (VUNESP / SAAE-SP – 2014) Compete ao Conselho Nacional de Justiça

a) desempenhar, com exclusividade, as funções de correição dos Magistrados e dos servidores públicos em
geral, lotados no Poder Judiciário.

b) exercer a função de órgão máximo do Poder Judiciário Nacional, caracterizando-se como órgão de cúpula.

c) analisar os atos jurisdicionais e revisar o conteúdo da decisão judicial dos Magistrados e dos Tribunais,
exceto o Supremo Tribunal Federal.

d) efetuar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos


deveres funcionais dos juízes.

e) disciplinar os meios de acesso de membros do Ministério Público e da Advocacia aos Tribunais Superiores.

Comentários:

Letra A: errada. Os tribunais também possuem função correicional. Não se trata, portanto, de competência
exclusiva do CNJ.

Letra B: errada. O CNJ não é o órgão de cúpula do Poder Judiciário. Essa é a missão do STF. O CNJ é órgão de
controle interno do Poder Judiciário.

Letra C: errada. O CNJ não analisa os atos jurisdicionais dos magistrados. A competência do CNJ é para
apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário.

Letra D: correta. É isso mesmo. O CNJ realiza o controle da atuação administrativa e financeira do Poder
Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes

Letra E: errada. Não se trata de competência do CNJ.

8
46
10. (VUNESP / TJ-SP – 2012) Relativamente à composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é
correto afirmar que
a) dois advogados serão indicados por dois estados da federação, havendo rotatividade entre os estados na
indicação a cada novo mandato.
b) um juiz do trabalho será indicado por um Tribunal Regional do Trabalho (TRT), havendo rotatividade entre
os TRT’s na indicação a cada novo mandato.
c) um desembargador de tribunal de justiça será indicado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
d) dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados, e
outro pelo Senado Federal.

Comentários:

A composição do CNJ está prevista no art. 103-B da Constituição. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se
de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;

XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os


nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados
e outro pelo Senado Federal.

Analisemos, agora, cada uma das alternativas.

Letra A: errada. Os dois advogados que fazem parte do CNJ são indicados pelo Conselho Federal da OAB.

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Letra B: errada. O juiz do trabalho é indicado pelo TST.

Letra C: errada. O desembargador do TJ é indicado pelo STF.

A letra D é o gabarito da questão (art. 103-B, XIII, CF). Um dos cidadãos é indicado pela Câmara dos
Deputados; o outro, pelo Senado Federal.

11. (VUNESP / TJ-SP – 2013) Na composição do Conselho Nacional de Justiça, deverá haver, entre
outros integrantes, um Desembargador de Tribunal de Justiça e um juiz estadual, que serão indicados:
a) ambos pelo Supremo Tribunal Federal.
b) o primeiro, pelo Senado Federal e o segundo, pela Câmara dos Deputados.
c) ambos pelo próprio Tribunal de Justiça.
d) ambos pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) o primeiro, pelo Supremo Tribunal Federal e, o segundo, pelo próprio Tribunal de Justiça.

Comentários:

De acordo com o art. 103-B, da Carta Magna, tanto o Desembargador do Tribunal de Justiça quanto o juiz
estadual são indicados pelo STF. O gabarito é a letra A.

Supremo Tribunal Federal

12. (VUNESP / DESENVOLVESP – 2014) Um Comandante da Marinha praticou o crime de lesão corporal
dolosa e foi preso em flagrante. Seu advogado impetrou habeas corpus que deverá ser processado e
julgado, originariamente, pelo
a) Juiz Federal competente.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Supremo Tribunal Federal.
d) Conselho Nacional de Justiça.
e) Superior Tribunal Militar.

Comentários:

O art. 102 da Carta Magna estabelece, em seu inciso I, alínea d, que compete ao Supremo Tribunal Federal,
processar e julgar, originariamente, o habeas corpus quando o paciente for o Comandante da Marinha, do
Exército ou da Aeronáutica. O gabarito é a letra C.

13. (VUNESP / TJ-SP – 2013) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, mediante
recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, na seguinte hipótese:
a) quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência.

10
46
b) quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
c) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
d) quando houver conflitos de competência entre quaisquer tribunais.
e) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro,
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

Comentários:

De acordo com o inciso III do art. 102 da Constituição, compete ao STF julgar, mediante recurso
extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

O gabarito é a letra B.

14. (VUNESP / TJ-SP – 2013) Segundo a Constituição Federal, é(são) órgão(s) do Poder Judiciário:
a) o Tribunal de Contas da União.
b) o Ministério da Justiça.
c) o Superior Tribunal Federal.
d) o Conselho Superior de Justiça.
e) os Tribunais e os Juízes do Trabalho.

Comentários:

Segundo o art. 92 da Constituição Federal, são órgãos do Poder Judiciário: i) o Supremo Tribunal Federal; ii)
o Conselho Nacional de Justiça; iii) o Superior Tribunal de Justiça; iv) os Tribunais Regionais Federais e Juízes
Federais; v) os Tribunais e Juízes do Trabalho; vi) os Tribunais e Juízes Eleitorais; vii) os Tribunais e Juízes
Militares; e viii) os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Letra A: errada. O TCU é órgão vinculado ao Poder Legislativo.

Letra B: errada. O Ministério da Justiça é órgão do Poder Executivo.

Letra C: errada. O nome é Supremo Tribunal Federal ( e não Superior Tribunal Federal!) Cuidado com a
maldade do examinador!

Letra D: errada. É órgão do Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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O gabarito é a letra E. Os Tribunais e os Juízes do Trabalho são órgãos do Poder Judiciário.

15. (VUNESP / TJ-SP – 2013) O procedimento de responsabilização política dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal que pratiquem infrações político-administrativas atentatórias à Constituição Federal de
1988
a) respeitará o disposto no art. 28 da Lei Orgânica da Magistratura, porquanto, ao tomar posse o ministro do
Supremo Tribunal Federal, torna-se vitalício.
b) será processado perante o Senado Federal.
c) será processado perante um Tribunal especial com- posto de três Ministros do Supremo Tribunal Federal,
três do Senado Federal e três da Câmara dos Deputados.
d) será processado perante o STF, e findo o prazo da defesa prévia, apresentada ou não, o Presidente
convocará o Tribunal Pleno para que, em sessão secreta, nos termos do parágrafo segundo do art. 27 da
LOMAN, decida sobre a responsabilidade do denunciado

Comentários:

Segundo o art. 52, II, CF/88, compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do
Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade. O gabarito é a letra B.

16. (VUNESP / ITESP – 2013) O órgão que tem a competência constitucional para processar e julgar,
originariamente, uma ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual é o:
a) Conselho Nacional de Justiça.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal Regional Federal.
e) Tribunal Superior do Trabalho.

Comentários:

Esse órgão é o Supremo Tribunal Federal, por previsão do art. 102, I, a, da Constituição. O gabarito é a letra
B.

Superior Tribunal de Justiça

17. (VUNESP / TJ-AC – 2019) É competência, respectivamente, do Supremo Tribunal Federal e do


Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente,
a) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais; e o mandado de injunção, quando a elaboração da
norma regulamentadora for atribuição da Câmara dos Deputados.

12
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b) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros,
inclusive as respectivas entidades da administração indireta; e a homologação de sentenças estrangeiras e a
concessão de exequatur às cartas rogatórias.
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado; e o mandado de
segurança e o habeas data contra atos da Mesa da Câmara dos Deputados.
d) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados; e a ação em que todos os
membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

Comentários:

Letra A: errada. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, os conflitos de competência entre o
Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer
outro tribunal (art. 102, I, “o”, CF). Os demais casos são de competência do STJ (art. 105, I, “d”, CF). Compete,
ainda, ao STF, processar e julgar, originariamente, o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União,
de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal.

Letra B: correta. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a União
e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da
administração indireta (art. 102, I, “f”, CF). Ao STJ, por sua vez, compete processar e julgar, originariamente,
a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias (art. 105, I, “i”,
CF).

Letra C: errada. A primeira parte da assertiva está perfeita. Compete ao STF processar e julgar,
originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado (art.
102, I, “c”, CF). Entretanto, também compete à Corte Suprema processar e julgar, originariamente, o
mandado de segurança e o habeas data contra atos da Mesa da Câmara dos Deputados (art. 102, I, “d”, CF).

Letra D: errada. Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os Governadores
dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados (art. 105, I, “a”, CF). Compete ao STF, por sua vez, processar e julgar, originariamente, a
ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados (art. 102, I, “n”,
CF).

O gabarito é a letra B.

18. (VUNESP / TJ-RO – 2019) Considere as seguintes situações: I – Um Desembargador do Tribunal de


Justiça do Estado de Rondônia comete um crime comum; II – Um membro do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo comete um crime comum; e III – Um comandante da Marinha brasileira pratica
um crime de responsabilidade. Nesses três casos, a competência para o julgamento de tais crimes será,
respectivamente, do

a) Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

b) Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça.

13
46
c) Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Superior Tribunal de Justiça.

d) Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Supremo Tribunal Federal.

e) Superior Tribunal de Justiça, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Superior Tribunal de Justiça.

Comentários:

Situações I e II: caso um Desembargador de Tribunal de Justiça ou um membro de Tribunal de Contas


Estadual cometa um crime comum, o julgamento caberá ao Superior Tribunal de Justiça. Vejamos o que
dispõe o art. 105, I, “a”, da Constituição:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - Processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade,
os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais
de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante tribunais;

Situação III: caso um Comandante da Marinha brasileira cometa um crime de responsabilidade, caberá ao
Supremo Tribunal Federal julgá-lo. Reproduziremos a seguir o art. 102, I, “c”, da Carta Magna:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I -
processar e julgar, originariamente:

(...)

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais
Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

O gabarito é a letra A.

19. (VUNESP / CGM-SP – 2015) Segundo o disposto na Constituição Federal, cabe ao Supremo Tribunal
Federal julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando
a decisão recorrida
a) declarar a inconstitucionalidade de tratado, de lei federal ou lei estadual.
b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal.
c) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.
d) der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
e) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal.

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46
Comentários:

Letra A: errada. O recurso extraordinário será cabível quando a decisão recorrida declarar a
inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.

Letra B: correta. É isso mesmo. Segundo o art. 102, III, “c”, será cabível recurso extraordinário quando a
decisão recorrida julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal.

Letra C: errada. Nesse caso, será cabível recurso especial para o STJ.

Letra D: errada. Nesse caso, será cabível recurso especial para o STJ.

Letra E: errada. Nesse caso, será cabível recurso especial para o STJ.

O gabarito é a letra B.

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QUESTÕES COMENTADAS

Poder Judiciário – Disposições Gerais

1. (INAZ do Pará / CRF-AC – 2019) Acerca das disposições sobre o Poder Judiciário previstas na
Constituição Federal, é correto afirmar que:
a) Os juízes gozam de garantias como é o caso da vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após
três anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.
b) Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal
e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes.
c) Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões,
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no
sigilo não prejudique o interesse público à informação.
d) A promoção por merecimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a
primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago.
e) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Comentários:

Letra A: errada. No primeiro grau, a vitaliciedade é garantida após dois anos de exercício, nos termos do art.
95, I, da CF:

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.

Letra B: errada. Os membros do Ministério Público e os advogados são indicados pelos órgãos de
representação de classe em lista sêxtupla:

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados,
e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com
mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla
pelos órgãos de representação das respectivas classes.

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46
Letra C: correta. Trata-se da literalidade do art. 93, IX, da Carta Magna.

Letra D: errada. A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e
integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos
quem aceite o lugar vago (art. 93, II, “b”, CF).

Letra E: errada. Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (art. 95, parágrafo único,
V, CF). É a chamada quarentena.

O gabarito é a letra C.

2. (IESES / TRE-MA – 2015) Segundo a Constituição Federal de 1988, é INCORRETO afirmar:


a) Compete exclusivamente aos Estados a criação de juizados especiais, providos por juízes togados, ou
togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e
sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas
de juízes de primeiro grau.
b) O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital
Federal.
c) São órgãos do Poder Judiciário o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça, o Superior
Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, os Tribunais e Juízes do Trabalho, os
Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito
Federal e Territórios.
d) Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal
e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Comentários:

Letra A: errada. Os Estados podem criar juizados especiais competentes para a conciliação, o julgamento e a
execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo. No
entanto, a União também poderá criar esses juizados especiais no Distrito Federal e Territórios.

Letra B: correta. O STF, o CNJ e os Tribunais Superiores têm sede na capital federal.

Letra C: correta. Todos esses são órgãos do Poder Judiciário, conforme prevê o art. 92, CF/88.

Letra D: correta. Essa é a regra do “quinto constitucional”, que reserva 1/5 das vagas dos TJ`s, TRF`s, TRT`s
e TST a membros do Ministério Público e da advocacia.

O gabarito é a letra A.

3. (IBFC / TRE-AM – 2014) De acordo com a Constituição Federal, aos juizes é vedado:

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46
a) Receber, a qualquer título ou pretexto, participação em processo, salvo custas processuais.
b) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois anos do afastamento
do cargo por aposentadoria ou exoneração.
c) Dedicar-se à atividade político-partidária.
d) Exercer, qualquer outro cargo ou função, ainda que em disponibilidade.

Comentários:

Letra A: errada. O inciso II do parágrafo único do art. 95 da CF/88 veda aos juízes receber, a qualquer título
ou pretexto, custas ou participação em processo.

Letra B: errada. A vedação se dá até que decorram três anos do afastamento do cargo, não dois (art. 95,
parágrafo único, V, CF).

Letra C: correta. De fato, aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária (art. 95, parágrafo
único, III, CF).

Letra D: errada. A Carta Magna faz uma ressalva: permite o exercício de uma função de magistério (art. 95,
parágrafo único, I, CF).

O gabarito é a letra C.

4. (IDECAN / AGU–Área Administrativa – 2014) São Poderes da União, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. São órgãos que integram o Poder Judiciário, EXCETO:
a) Ministério Público Federal.
b) Tribunais e Juízes Militares.
c) Tribunais e Juízes Eleitorais.
d) Superior Tribunal de Justiça.
e) Conselho Nacional de Justiça.

Comentários:

Questão muito tranquila! O Ministério Público Federal não integra o Poder Judiciário. O gabarito é a letra A.

5. (IESES / TJ-PB – 2014) Sobre os juízes e magistratura é correto afirmar, EXCETO:


a) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.
b) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.
c) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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d) Aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária; receber, a qualquer título ou pretexto,
auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas
em lei.

Comentários:

Letra A: correta. É o que prevê o art. 95, I, da CF/88.

Letra B: correta. Essa vedação está prevista no art. 95, parágrafo único, I, da Constituição.

Letra C: errada. O art. 95, parágrafo único, V, da CF/88, veda aos juízes exercer a advocacia no juízo ou
tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.

Letra D: correta. Essa vedação está prevista no art. 95, parágrafo único, III e IV, da Constituição.

O gabarito é a letra C.

6. (IADES / CAU-RJ – 2014) A respeito dos Poderes da Administração Pública, é correto afirmar que
são órgãos do Poder Judiciário:
a) o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça, os Tribunais Superiores e a Defensoria Pública
da União.
b) os Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes Militares e o
Ministério Público da União.
c) o Conselho Nacional de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.
d) o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais e a Advocacia Geral da
União.
e) os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, a Defensoria Pública e o Ministério
Público.

Comentários:

Os órgãos integrantes do Poder Judiciário estão relacionados no art. 92, CF/88:

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

II - o Superior Tribunal de Justiça;

II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

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46
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

O gabarito é a letra C.

Conselho Nacional de Justiça

7. (IBFC / Câmara Municipal de Feira de Santana – 2018) Leia atentamente os itens abaixo e assinale
a alternativa correta sobre o Conselho Nacional de Justiça.
a) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição privada que atua junto ao Poder Judiciário para
elaborar propostas de leis que visem ao melhor funcionamento da Justiça
b) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que possui poder de revisão das decisões
judiciais em caráter recursal
c) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que está subordinada ao Ministério da
Justiça
d) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema
judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e
processual

Comentários:

Letra A: errada. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é órgão público, integrante do Poder Judiciário (art.
92, I-A, CF).

Letra B: errada. O CNJ não tem função jurisdicional. Por isso, não tem poder de revisão das decisões judiciais
em caráter recursal

Letra C: errada. O CNJ integra o Poder Judiciário. Não se subordina ao Ministério da Justiça, órgão do Poder
Executivo.

Letra D: correta. De fato, o CNJ é órgão público criado para, dentre outras funções, realizar o controle e
aumentar a transparência administrativa e processual do Poder Judiciário (art. 103-B, § 4º, CF).

O gabarito é a letra D.

8. (IADES / PM-DF – 2018) É o órgão, integrante do Poder Judiciário, de composição plural: nove
integrantes do Poder Judiciário, dois membros indicados pelo Ministério Público, dois pela Ordem dos
Advogados do Brasil e dois pelas Casas Legislativas entre cidadãos de notável saber jurídico e reputação

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46
ilibada, cabendo-lhe o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

A definição apresentada refere-se ao


a) Supremo Tribunal Federal.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Conselho Nacional do Ministério Público.
d) Conselho da República.
e) Conselho Nacional de Justiça.

Comentários:

O órgão descrito no enunciado é o Conselho Nacional da Justiça, ao qual compete o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Vejamos
a sua composição:

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com


mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do


Trabalho;

IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da


República;

XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da


República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual;

XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

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XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

O gabarito é a letra E.

9. (IESES / TRT 14ª Região – 2014) É da competência do Conselho Nacional de Justiça, o controle dos
deveres funcionais dos juízes e o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário.

Comentários:

O CNJ é responsável pelo controle interno do Poder Judiciário. O art. 103-B, § 4o, da CF/88, prevê que
compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Questão correta.

10. (IESES / TRT 14ª Região – 2014) O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros
com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução.

Comentários:

É o que dispõe o caput do art. 103-B da Constituição. Questão correta.

11. (IESES / TRT 14ª Região – 2014) É da competência do Conselho Nacional de Justiça, a inteira
atividade correicional sobre os órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por
delegação do poder público.

Comentários:

O erro da questão está na palavra “inteira”. De acordo com o art. 103-B, §4º, III, da CF/88, o CNJ deve receber
e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus membros
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do
poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais.
Questão incorreta.

Supremo Tribunal Federal

12. (IADES / ALEGO – 2019) De acordo com o art. 102, inciso I, da Constituição Federal, compete ao
Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar originariamente
a) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, os Estados, o Distrito Federal, o
Território e o Município.
b) os conflitos de competência entre o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e entre o STJ e quaisquer
tribunais, entre tribunais superiores ou entre estes e qualquer outro tribunal.
c) as causas e os conflitos entre a União e os Estados e os Municípios, a União e o Distrito Federal, ou entre
uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

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46
d) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.
e) a ação em que metade dos membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados e aquela
em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou
indiretamente interessados.

Comentários:

Letra A: errada. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, o litígio entre Estado estrangeiro ou
organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território (art. 102, I, “e”, CF).

Letra B: errada. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, os conflitos de competência entre o
Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer
outro tribunal (art. 102, I, “o”, CF).

Letra C: errada. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a União e
os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da
administração indireta (art. 102, I, “f”, CF).

Letra D: correta. É o que determina o art. 102, I, “r”, da CF/88.

Letra E: errada. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, a ação em que todos os membros da
magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros
do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados (art. 102, I, “n”, CF).

O gabarito é a letra D.

13. (IADES / ALEGO – 2019) Segundo a Constituição Federal, o processo e o julgamento de comandante
militar, no caso de crime comum não conexo com o presidente da República, compete ao
a) Supremo Tribunal Federal (STF), dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
b) STF, não dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
c) Senado, dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
d) Superior Tribunal Militar (STM), dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
e) Superior Tribunal de Justiça (STJ), não dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.

Comentários:

O processo e o julgamento de comandante militar, no caso de crime comum não conexo com o presidente
da República, compete ao Supremo Tribunal Federal (STF), não dependendo de admissibilidade pela Câmara
dos Deputados (art. 102, I, “c”, CF). O gabarito é a letra B.

14. (INAZ do Pará / CORE-SP – 2019) O Brasil, em sua estrutura organização político-administrativa,
optou pela separação dos poderes, dividindo-os em três: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder
Judiciário, garantindo assim, um sistema de pesos e sobrepesos em que cada um possui autonomia para
exercer suas funções sem intervenções. Sobre o Poder Judiciário, pode-se dizer que:

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46
a) Os juízes gozam de inamovibilidade, salvo por interesse público.
b) Ao Poder Judiciário é assegurada financeira, mas não administrativa.
c) É permitido ao juiz receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.
d) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 13 ministros.
e) Lei estadual disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.

Comentários:

Letra A: correta. Trata-se de garantia assegurada aos juízes no art. 95, II, da CF/88.

Letra B: errada. A Carta Magna assegura ao Poder Judiciário autonomia financeira e administrativa (art. 99,
CF).

Letra C: errada. É vedado ao juiz receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo
(art. 95, parágrafo único, II, CF).

Letra D: errada. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze ministros.

Letra E: errada. Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal (art.
98, § 1º, CF).

O gabarito é a letra A.

15. (IADES / Diplomata – 2019) Ao Supremo Tribunal Federal compete processar e julgar,
originariamente, os chefes de missão diplomática de caráter permanente, tanto nas infrações penais
comuns quanto nos crimes de responsabilidade.

Comentários:

Trata-se de competência prevista no art. 102, I, “c”, da CF/88:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado


e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art.
52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes
de missão diplomática de caráter permanente.

Questão correta.

16. (IESES / TJ-AM – 2018) De acordo com a Carta Magna Brasileira, o Supremo Tribunal Federal
compõe-se de quantos Ministros?

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a) 11 (onze).
b) 9 (nove).
c) 13 (treze).
d) 7 (sete).

Comentários:

O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e
cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101, CF). O
gabarito é a letra A.

17. (IADES / CRC-MG – 2015) Quanto ao Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com a Constituição
Federal, assinale a alternativa correta. ==8f5==

a) O STF é composto por 11 Ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de 30 e menos de 68 anos de
idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
b) Os ministros do STF serão nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta da Câmara Federal.
c) O Conselho Nacional de Justiça é composto por 13 membros com mandato de dois anos, admitida uma
recondução.
d) Compete ao STF, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar,
originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
e) O STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de um terço dos seus membros, aprovar
súmula que terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento.

Comentários:

Letra A: errada. O STF é composto por 11 Ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de 35 e menos de
70 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Letra B: errada. Os Ministros do STF são nomeados pelo Presidente da República, após aprovada a escolha
pela maioria absoluta do Senado Federal.

Letra C: errada. O CNJ é composto por 15 membros com mandato de 2 anos, admitida uma recondução.

Letra D: correta. O STF tem competência para processar e julgar, originariamente, a ADI (Ação Direta de
Inconstitucionalidade) e a ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade). A ADI tem como objeto lei ou ato
normativo federal ou estadual. Por sua vez, a ADC tem como objeto lei ou ato normativo federal.

Letra E: errada. A Súmula Vinculante é aprovada pelo STF por decisão de 2/3 dos seus membros.

O gabarito é a letra D.

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Superior Tribunal de Justiça

18. (IAUPE / CBM-PE – 2018) Sobre o Superior Tribunal de Justiça – STJ e a sua previsão na Constituição
de 1988, analise as afirmativas a seguir:
I. O STJ tem, em sua composição, um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre
desembargadores dos Tribunais de Justiça.
II. O STJ tem, em sua composição, um terço de membros do Ministério Público, sendo estes apenas da esfera
federal.
III. Compete ao STJ processar e julgar originariamente os mandados de segurança contra ato de Ministro de
Estado.
IV. Compete ao STJ julgar, em recurso ordinário, as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
Estão CORRETAS
a) I e II, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Comentários:

A primeira assertiva está correta. De fato, um terço dos Ministros do STJ é escolhido dentre juízes dos
Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, nos termos do
art. 104, parágrafo único, I, da CF:

Art. 104, Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados
pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de
setenta anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha
pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre


desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo
próprio Tribunal.

A segunda assertiva está errada. O STJ tem, em sua composição, um terço de membros do Ministério
Público, oriundos do Ministério Público Federal, Estadual e do Distrito Federal e Territórios,
alternadamente (art. 104, parágrafo único, II, CF).

A terceira assertiva está correta. Trata-se de competência prevista no art. 105, I, “b”, da CF.

A quarta assertiva está correta. Trata-se de competência expressa no art. 105, II, “c”, da Carta Magna.

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O gabarito é a letra C.

19. (IADES / TRE-PA – 2014) No que concerne ao Poder Judiciário brasileiro, assinale a alternativa
correta.
a) O controle concentrado de constitucionalidade de lei ou ato normativo, função típica do Supremo Tribunal
Federal, é uma competência denominada originária.
b) Caso o Procurador-Geral da República cometa um crime considerado comum, será julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça.
c) O Governador de Estado, caso seja incurso na prática de um crime comum, deverá ser processado e julgado
originariamente pelo Tribunal de Justiça do Estado em que exerce suas atividades.
d) Para ocupar uma das cadeiras de Ministro do Supremo Tribunal Federal, o cidadão deverá ser da carreira
da Magistratura Federal, ou seja, ter ocupado o cargo de Juiz Federal.
e) Somente os brasileiros natos poderão ocupar as cadeiras de Ministro do Superior Tribunal de Justiça.

Comentários:

Letra A: correta. O STF tem competência para processar e julgar, originariamente, as ações do controle
concentrado de constitucionalidade (art. 102, I, alínea “a”).

Letra B: errada. Nos crimes comuns, o Procurador-Geral da República será processado e julgado,
originariamente, pelo STF (art. 102, I, alínea “b”).

Letra C: errada. Nos crimes comuns, o Governador será processado e julgado, originariamente, pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ) (art. 105, I, alínea “a”).

Letra D: errada. Para ser Ministro do STF, não há necessidade de que o cidadão seja magistrado de carreira.
Os membros do STF são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal. São
indicados dentre brasileiros natos com mais de 35 anos, notável saber jurídico e reputação ilibada.

Letra E: errada. O cargo de Ministro do STF é que é privativo de brasileiro nato.

O gabarito é a letra A.

20. (IADES / CFA – 2010) Não compete originariamente ao Superior Tribunal de Justiça, processar e
julgar
a) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados.
b) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão,
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da
Justiça Federal.
c) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
d) os habeas-corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.

27
46
Comentários:

Letra A: correta. É competência do STJ processar e julgar, originariamente, as revisões criminais e as ações
rescisórias de seus julgados (art. 105, I, alínea “e”).

Letra B: correta. É competência do STJ processar e julgar, originariamente, o mandado de injunção, quando
a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da
administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos
órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal (art. 105, I, alínea
“h”).

Letra C: correta. É competência do STJ processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação
de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões (art. 105, I, alínea “f”).

Letra D: errada. Compete ao STJ processar e julgar, em recurso ordinário, os habeas-corpus decididos em
única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória (art. 105, II, alínea “a”).

O gabarito é a letra D.

Justiça do Trabalho / Justiça Federal / Justiça Eleitoral / Justiça


Militar / Justiça Estadual

21. (IBFC / PM-PB – 2018) No que se refere às diretrizes constitucionais aplicáveis à Justiça Militar
Estadual assinale a alternativa correta:
a) a Justiça Militar estadual é constituída, em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça Militar nos Estados em
que o efetivo militar seja superior a dez mil integrantes.
b) compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes comuns definidos
em lei.
c) faculta-se à lei estadual criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual.
d) compete aos juízes auditores da Justiça Militar processar e julgar, em colegiado, os crimes militares
cometidos contra civis.

Comentários:

Letra A: errada. Nos Estados em que o efetivo militar for superior a 20.000 integrantes, a Justiça Militar será
constituída, em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça Militar.

Letra B: errada. A Justiça Militar estadual tem competência para processar e julgar os militares nos crimes
militares definidos em lei. Além disso, tem competência para processar e julgar as ações judiciais contra atos
disciplinares militares.

Letra C: correta. Lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar
Estadual.

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46
Letra D: errada. Os crimes militares cometidos contra civis serão julgados pelos juízes de direito do juízo
militar, singularmente. Não há que se falar em julgamento colegiado de crimes militares cometidos contra
civis.

O gabarito é a letra C.

22. (IADES / CONAB – 2014) Com relação ao Poder Judiciário, com base na Constituição Federal,
assinale a alternativa correta.
a) Aos juízes estaduais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto
as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
b) Aos juízes estaduais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, inclusive
as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
c) Aos juízes federais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, inclusive as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
d) Aos juízes federais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
e) Originalmente, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar as causas fundadas em tratado
ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional.

Comentários:

Segundo o art. 109, I, CF/88, compete aos juízes federais processar e julgar as causas em que a União,
entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes
ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
do Trabalho.

O gabarito é a letra D.

23. (IADES / TRE-PA – 2014) No âmbito do Poder Judiciário, há uma grande amplitude de normas
dispostas na Constituição que tratam sobre as diretrizes e competências dos tribunais. A respeito do tema,
assinale a opção correta.
a) O Supremo Tribunal Federal, conhecido como guardião da Constituição, possui competência para
processar e julgar originariamente seus próprios ministros quando estes cometam infrações penais comuns.
b) O rol de competência originária do STF trazido da Constituição não é exaustivo.
c) A Justiça Federal é composta apenas pelos juízes federais.
d) As juntas eleitorais, apesar de dotarem desse nome, não são juridicamente considerada órgão da Justiça
Eleitoral.
e) O advogado-geral da União será julgado, pela prática de crime comum, pelo Superior Tribunal de Justiça.

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Comentários:

Letra A: correta. O STF tem competência para processar e julgar, originariamente, nas infrações penais
comuns, os seus próprios Ministros.

Letra B: errada. As competências do STF previstas na Constituição Federal formam um rol exaustivo.

Letra C: errada. A Justiça Federal é composta pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs) e pelos juízes
federais (art. 106, CF/88).

Letra D: errada. Segundo o art. 118, CF/88, são órgãos da Justiça Eleitoral: i) o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE); ii) os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs); iii) os Juízes Eleitorais e; iv) as Juntas Eleitorais.

Letra E: errada. Nos crimes comuns, o Advogado-Geral da União é processado e julgado, originariamente,
pelo STF.

O gabarito é a letra A.

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LISTA DE QUESTÕES

Poder Judiciário – Disposições Gerais

1. (VUNESP / TJ-SP – 2019) A Constituição Federal determina que o Estatuto da Magistratura deverá
observar, dentre outros, o seguinte princípio:
a) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão fechada, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto de um terço de seus membros.
b) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado
de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a
votação até fixar-se a indicação.
c) a promoção por merecimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a
primeira metade da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar
vago.
d) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto de um terço do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla
defesa.
e) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza
no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento.

2. (VUNESP / TJ-SP – 2017) Assinale a alternativa que apresenta corretamente órgão(s) do Poder
Judiciário.
a) Conselho Nacional do Ministério Público.
b) Tribunais e Juízes Militares.
c) Tribunais de Contas dos Estados.
d) Tribunais de Arbitragem.
e) Juízes de Paz.

3. (VUNESP / Polícia Civil-CE – 2015) Os juízes gozam, entre outras, da seguinte garantia
constitucional:
a) estabilidade.
b) aposentadoria especial.
c) inamovibilidade.
d) moralidade.
e) auxílio moradia.

4. (VUNESP / UNICAMP – 2014) Considerando o disposto na Constituição Federal sobre o Poder


Judiciário, assinale a alternativa correta.

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46
a) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros, em sessão secreta.
b) Os servidores dos cartórios judiciais receberão delegação para a prática de atos de administração e atos
de mero expediente, limitados às decisões de caráter interlocutório.
c) Um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados será composto de advogados de notório saber jurídico e
de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista tríplice pelos
órgãos de representação das respectivas classes.
d) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos cinco
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
e) O juiz goza da garantia da inamovibilidade, mas, havendo interesse público, poderá ser removido, por
decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla
defesa.

5. (VUNESP / TJ-SP– 2014) De acordo com o regime constitucional brasileiro, assinale a opção correta.
a) É vedado aos juízes receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, com exceção dos casos previstos em lei.
b) É vedado aos juízes exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
c) É vedado aos juízes exercer outro cargo ou função, com exceção do magistério, salvo se estiverem em
disponibilidade.
d) É vedado aos juízes dedicar-se à atividade político-partidária, salvo se for em Estado ou Região distinta
daquela onde exerce a magistratura.

6. (VUNESP / TJ-PA– 2014) A propósito das regras relativas ao Poder Judiciário, a Constituição Federal
estabelece que os servidores receberão delegação para a prática de
a) atos exclusivamente administrativos internos.
b) atos judiciais de pequena relevância, limitados à primeira instância.
c) atos administrativos internos e atos judiciais de qualquer espécie desde que autorizados expressamente
pelo juiz.
d) atos administrativos e decisões singulares a pedido do juiz da causa.
e) atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

7. (VUNESP / TJ-PA– 2014) São garantias constitucionais dos juízes:


a) executoriedade, imperatividade e legitimidade.
b) prisão em cela especial, duplo grau de jurisdição e independência funcional.
c) irredutibilidade de subsídios, independência funcional e impenhorabilidade de seus bens.
d) poder decisório, incontrastibilidade e vitaliciedade.
e) vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio

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8. (VUNESP / TJ-RJ– 2014) De acordo com o texto constitucional, lei complementar, de iniciativa do
Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, entre outros, os
seguintes princípios:
a) o ato de remoção, disponibilidade, demissão e aposentadoria do magistrado, por interesse público,
fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de
Justiça, assegurada ampla defesa.
b) um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
c) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões,
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no
sigilo não prejudique o interesse da Administração Pública.
d) nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com
o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e
jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade,
e a outra metade por merecimento.

Conselho Nacional de Justiça

9. (VUNESP / SAAE-SP – 2014) Compete ao Conselho Nacional de Justiça


a) desempenhar, com exclusividade, as funções de correição dos Magistrados e dos servidores públicos em
geral, lotados no Poder Judiciário.
b) exercer a função de órgão máximo do Poder Judiciário Nacional, caracterizando-se como órgão de cúpula.
c) analisar os atos jurisdicionais e revisar o conteúdo da decisão judicial dos Magistrados e dos Tribunais,
exceto o Supremo Tribunal Federal.
d) efetuar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos
deveres funcionais dos juízes.
e) disciplinar os meios de acesso de membros do Ministério Público e da Advocacia aos Tribunais Superiores.

10. (VUNESP / TJ-SP – 2012) Relativamente à composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é
correto afirmar que
a) dois advogados serão indicados por dois estados da federação, havendo rotatividade entre os estados na
indicação a cada novo mandato.
b) um juiz do trabalho será indicado por um Tribunal Regional do Trabalho (TRT), havendo rotatividade entre
os TRT’s na indicação a cada novo mandato.
c) um desembargador de tribunal de justiça será indicado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
d) dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados, e
outro pelo Senado Federal.

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11. (VUNESP / TJ-SP – 2013) Na composição do Conselho Nacional de Justiça, deverá haver, entre
outros integrantes, um Desembargador de Tribunal de Justiça e um juiz estadual, que serão indicados:
a) ambos pelo Supremo Tribunal Federal.
b) o primeiro, pelo Senado Federal e o segundo, pela Câmara dos Deputados.
c) ambos pelo próprio Tribunal de Justiça.
d) ambos pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) o primeiro, pelo Supremo Tribunal Federal e, o segundo, pelo próprio Tribunal de Justiça.

Supremo Tribunal Federal

12. (VUNESP / DESENVOLVESP – 2014) Um Comandante da Marinha praticou o crime de lesão corporal
dolosa e foi preso em flagrante. Seu advogado impetrou habeas corpus que deverá ser processado e
julgado, originariamente, pelo
a) Juiz Federal competente.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Supremo Tribunal Federal.
d) Conselho Nacional de Justiça.
e) Superior Tribunal Militar.

13. (VUNESP / TJ-SP – 2013) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, mediante
recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, na seguinte hipótese:
a) quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência.
b) quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
c) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
d) quando houver conflitos de competência entre quaisquer tribunais.
e) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro,
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

14. (VUNESP / TJ-SP – 2013) Segundo a Constituição Federal, é(são) órgão(s) do Poder Judiciário:
a) o Tribunal de Contas da União.
b) o Ministério da Justiça.
c) o Superior Tribunal Federal.
d) o Conselho Superior de Justiça.
e) os Tribunais e os Juízes do Trabalho.

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15. (VUNESP / TJ-SP – 2013) O procedimento de responsabilização política dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal que pratiquem infrações político-administrativas atentatórias à Constituição Federal de
1988
a) respeitará o disposto no art. 28 da Lei Orgânica da Magistratura, porquanto, ao tomar posse o ministro do
Supremo Tribunal Federal, torna-se vitalício.
b) será processado perante o Senado Federal.
c) será processado perante um Tribunal especial com- posto de três Ministros do Supremo Tribunal Federal,
três do Senado Federal e três da Câmara dos Deputados.
d) será processado perante o STF, e findo o prazo da defesa prévia, apresentada ou não, o Presidente
convocará o Tribunal Pleno para que, em sessão secreta, nos termos do parágrafo segundo do art. 27 da
LOMAN, decida sobre a responsabilidade do denunciado

16. (VUNESP / ITESP – 2013) O órgão que tem a competência constitucional para processar e julgar,
==8f5==

originariamente, uma ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual é o:


a) Conselho Nacional de Justiça.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal Regional Federal.
e) Tribunal Superior do Trabalho.

Superior Tribunal de Justiça

17. (VUNESP / TJ-AC – 2019) É competência, respectivamente, do Supremo Tribunal Federal e do


Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente,
a) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais; e o mandado de injunção, quando a elaboração da
norma regulamentadora for atribuição da Câmara dos Deputados.
b) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros,
inclusive as respectivas entidades da administração indireta; e a homologação de sentenças estrangeiras e a
concessão de exequatur às cartas rogatórias.
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado; e o mandado de
segurança e o habeas data contra atos da Mesa da Câmara dos Deputados.
d) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados; e a ação em que todos os
membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

18. (VUNESP / TJ-RO – 2019) Considere as seguintes situações: I – Um Desembargador do Tribunal de


Justiça do Estado de Rondônia comete um crime comum; II – Um membro do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo comete um crime comum; e III – Um comandante da Marinha brasileira pratica
um crime de responsabilidade. Nesses três casos, a competência para o julgamento de tais crimes será,
respectivamente, do

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46
a) Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

b) Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça.

c) Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Superior Tribunal de Justiça.

d) Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Supremo Tribunal Federal.

e) Superior Tribunal de Justiça, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Superior Tribunal de Justiça.

19. (VUNESP / CGM-SP – 2015) Segundo o disposto na Constituição Federal, cabe ao Supremo Tribunal
Federal julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando
a decisão recorrida
a) declarar a inconstitucionalidade de tratado, de lei federal ou lei estadual.
b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal.
c) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.
d) der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
e) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal.

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GABARITO
1. LETRA E 8. LETRA B 15. LETRA B
2. LETRA B 9. LETRA D 16. LETRA B
3. LETRA C 10. LETRA D 17. LETRA B
4. LETRA E 11. LETRA A 18. LETRA A
5. LETRA A 12. LETRA C 19. LETRA B
6. LETRA E 13. LETRA B
7. LETRA E 14. LETRA E

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LISTA DE QUESTÕES

Poder Judiciário – Disposições Gerais

1. (INAZ do Pará / CRF-AC – 2019) Acerca das disposições sobre o Poder Judiciário previstas na
Constituição Federal, é correto afirmar que:
a) Os juízes gozam de garantias como é o caso da vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após
três anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.
b) Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal
e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes.
c) Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões,
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no
sigilo não prejudique o interesse público à informação.
d) A promoção por merecimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a
primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago.
e) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

2. (IESES / TRE-MA – 2015) Segundo a Constituição Federal de 1988, é INCORRETO afirmar:


a) Compete exclusivamente aos Estados a criação de juizados especiais, providos por juízes togados, ou
togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e
sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas
de juízes de primeiro grau.
b) O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital
Federal.
c) São órgãos do Poder Judiciário o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça, o Superior
Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, os Tribunais e Juízes do Trabalho, os
Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito
Federal e Territórios.
d) Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal
e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

3. (IBFC / TRE-AM – 2014) De acordo com a Constituição Federal, aos juizes é vedado:

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a) Receber, a qualquer título ou pretexto, participação em processo, salvo custas processuais.
b) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois anos do afastamento
do cargo por aposentadoria ou exoneração.
c) Dedicar-se à atividade político-partidária.
d) Exercer, qualquer outro cargo ou função, ainda que em disponibilidade.

4. (IDECAN / AGU–Área Administrativa – 2014) São Poderes da União, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. São órgãos que integram o Poder Judiciário, EXCETO:
a) Ministério Público Federal.
b) Tribunais e Juízes Militares.
c) Tribunais e Juízes Eleitorais.
d) Superior Tribunal de Justiça.
e) Conselho Nacional de Justiça.

5. (IESES / TJ-PB – 2014) Sobre os juízes e magistratura é correto afirmar, EXCETO:


a) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.
b) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.
c) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
d) Aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária; receber, a qualquer título ou pretexto,
auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas
em lei.

6. (IADES / CAU-RJ – 2014) A respeito dos Poderes da Administração Pública, é correto afirmar que
são órgãos do Poder Judiciário:
a) o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça, os Tribunais Superiores e a Defensoria Pública
da União.
b) os Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes Militares e o
Ministério Público da União.
c) o Conselho Nacional de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.
d) o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais e a Advocacia Geral da
União.
e) os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, a Defensoria Pública e o Ministério
Público.

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46
Conselho Nacional de Justiça

7. (IBFC / Câmara Municipal de Feira de Santana – 2018) Leia atentamente os itens abaixo e assinale
a alternativa correta sobre o Conselho Nacional de Justiça.
a) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição privada que atua junto ao Poder Judiciário para
elaborar propostas de leis que visem ao melhor funcionamento da Justiça
b) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que possui poder de revisão das decisões
judiciais em caráter recursal
c) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que está subordinada ao Ministério da
Justiça
d) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema
judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e
processual

8. (IADES / PM-DF – 2018) É o órgão, integrante do Poder Judiciário, de composição plural: nove
integrantes do Poder Judiciário, dois membros indicados pelo Ministério Público, dois pela Ordem dos
Advogados do Brasil e dois pelas Casas Legislativas entre cidadãos de notável saber jurídico e reputação
ilibada, cabendo-lhe o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

A definição apresentada refere-se ao


a) Supremo Tribunal Federal.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Conselho Nacional do Ministério Público.
d) Conselho da República.
e) Conselho Nacional de Justiça.

9. (IESES / TRT 14ª Região – 2014) É da competência do Conselho Nacional de Justiça, o controle dos
deveres funcionais dos juízes e o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário.

10. (IESES / TRT 14ª Região – 2014) O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros
com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução.

11. (IESES / TRT 14ª Região – 2014) É da competência do Conselho Nacional de Justiça, a inteira
atividade correicional sobre os órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por
delegação do poder público.

Supremo Tribunal Federal

12. (IADES / ALEGO – 2019) De acordo com o art. 102, inciso I, da Constituição Federal, compete ao
Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar originariamente

40
46
a) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, os Estados, o Distrito Federal, o
Território e o Município.
b) os conflitos de competência entre o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e entre o STJ e quaisquer
tribunais, entre tribunais superiores ou entre estes e qualquer outro tribunal.
c) as causas e os conflitos entre a União e os Estados e os Municípios, a União e o Distrito Federal, ou entre
uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.
d) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.
e) a ação em que metade dos membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados e aquela
em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou
indiretamente interessados.

13. (IADES / ALEGO – 2019) Segundo a Constituição Federal, o processo e o julgamento de comandante
militar, no caso de crime comum não conexo com o presidente da República, compete ao
a) Supremo Tribunal Federal (STF), dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
b) STF, não dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
c) Senado, dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
d) Superior Tribunal Militar (STM), dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.
e) Superior Tribunal de Justiça (STJ), não dependendo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados.

14. (INAZ do Pará / CORE-SP – 2019) O Brasil, em sua estrutura organização político-administrativa,
optou pela separação dos poderes, dividindo-os em três: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder
Judiciário, garantindo assim, um sistema de pesos e sobrepesos em que cada um possui autonomia para
exercer suas funções sem intervenções. Sobre o Poder Judiciário, pode-se dizer que:
a) Os juízes gozam de inamovibilidade, salvo por interesse público.
b) Ao Poder Judiciário é assegurada financeira, mas não administrativa.
c) É permitido ao juiz receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.
d) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 13 ministros.
e) Lei estadual disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.

15. (IADES / Diplomata – 2019) Ao Supremo Tribunal Federal compete processar e julgar,
originariamente, os chefes de missão diplomática de caráter permanente, tanto nas infrações penais
comuns quanto nos crimes de responsabilidade.

16. (IESES / TJ-AM – 2018) De acordo com a Carta Magna Brasileira, o Supremo Tribunal Federal
compõe-se de quantos Ministros?
a) 11 (onze).
b) 9 (nove).
c) 13 (treze).
d) 7 (sete).

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17. (IADES / CRC-MG – 2015) Quanto ao Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com a Constituição
Federal, assinale a alternativa correta.
a) O STF é composto por 11 Ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de 30 e menos de 68 anos de
idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
b) Os ministros do STF serão nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta da Câmara Federal.
c) O Conselho Nacional de Justiça é composto por 13 membros com mandato de dois anos, admitida uma
recondução.
d) Compete ao STF, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar,
originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
e) O STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de um terço dos seus membros, aprovar
==8f5==

súmula que terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento.

Superior Tribunal de Justiça

18. (IAUPE / CBM-PE – 2018) Sobre o Superior Tribunal de Justiça – STJ e a sua previsão na Constituição
de 1988, analise as afirmativas a seguir:
I. O STJ tem, em sua composição, um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre
desembargadores dos Tribunais de Justiça.
II. O STJ tem, em sua composição, um terço de membros do Ministério Público, sendo estes apenas da esfera
federal.
III. Compete ao STJ processar e julgar originariamente os mandados de segurança contra ato de Ministro de
Estado.
IV. Compete ao STJ julgar, em recurso ordinário, as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
Estão CORRETAS
a) I e II, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

19. (IADES / TRE-PA – 2014) No que concerne ao Poder Judiciário brasileiro, assinale a alternativa
correta.
a) O controle concentrado de constitucionalidade de lei ou ato normativo, função típica do Supremo Tribunal
Federal, é uma competência denominada originária.

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b) Caso o Procurador-Geral da República cometa um crime considerado comum, será julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça.
c) O Governador de Estado, caso seja incurso na prática de um crime comum, deverá ser processado e julgado
originariamente pelo Tribunal de Justiça do Estado em que exerce suas atividades.
d) Para ocupar uma das cadeiras de Ministro do Supremo Tribunal Federal, o cidadão deverá ser da carreira
da Magistratura Federal, ou seja, ter ocupado o cargo de Juiz Federal.
e) Somente os brasileiros natos poderão ocupar as cadeiras de Ministro do Superior Tribunal de Justiça.

20. (IADES / CFA – 2010) Não compete originariamente ao Superior Tribunal de Justiça, processar e
julgar
a) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados.
b) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão,
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da
Justiça Federal.
c) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
d) os habeas-corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.

Justiça do Trabalho / Justiça Federal / Justiça Eleitoral / Justiça


Militar / Justiça Estadual

21. (IBFC / PM-PB – 2018) No que se refere às diretrizes constitucionais aplicáveis à Justiça Militar
Estadual assinale a alternativa correta:
a) a Justiça Militar estadual é constituída, em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça Militar nos Estados em
que o efetivo militar seja superior a dez mil integrantes.
b) compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes comuns definidos
em lei.
c) faculta-se à lei estadual criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual.
d) compete aos juízes auditores da Justiça Militar processar e julgar, em colegiado, os crimes militares
cometidos contra civis.

22. (IADES / CONAB – 2014) Com relação ao Poder Judiciário, com base na Constituição Federal,
assinale a alternativa correta.
a) Aos juízes estaduais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto
as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
b) Aos juízes estaduais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, inclusive
as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

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c) Aos juízes federais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, inclusive as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
d) Aos juízes federais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
e) Originalmente, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar as causas fundadas em tratado
ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional.

23. (IADES / TRE-PA – 2014) No âmbito do Poder Judiciário, há uma grande amplitude de normas
dispostas na Constituição que tratam sobre as diretrizes e competências dos tribunais. A respeito do tema,
assinale a opção correta.
a) O Supremo Tribunal Federal, conhecido como guardião da Constituição, possui competência para
processar e julgar originariamente seus próprios ministros quando estes cometam infrações penais comuns.
b) O rol de competência originária do STF trazido da Constituição não é exaustivo.
c) A Justiça Federal é composta apenas pelos juízes federais.
d) As juntas eleitorais, apesar de dotarem desse nome, não são juridicamente considerada órgão da Justiça
Eleitoral.
e) O advogado-geral da União será julgado, pela prática de crime comum, pelo Superior Tribunal de Justiça.

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GABARITO
1. LETRA C
2. LETRA A
3. LETRA C
4. LETRA A
5. LETRA C
6. LETRA C
7. LETRA D
8. LETRA E
9. CORRETA
10. CORRETA
11. ERRADA
12. LETRA D
13. LETRA B
14. LETRA A
15. CORRETA
16. LETRA A
17. LETRA D
18. LETRA C
19. LETRA A
20. LETRA D
21. LETRA C
22. LETRA D
23. LETRA A

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