Pragmatic A
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Breves considerações
IBICT/UFRJ
17 de maio, 2013
Maria de Fatima S. de O. Barbosa
Fonte: Armengaud, 2006, p. 150-151
PEIRCE
Decorre de nossa própria existência (que é provada pela
ocorrência da ignorância e do erro) que tudo que está
presente a nós é uma manifestação fenomenológica de nós
mesmos. Isso não impede que seja também a manifestação
de algo fora de nós, do mesmo modo que o arco-íris é, ao
mesmo tempo, uma manifestação tanto do sol quanto da
chuva. Quando pensamos, então nós mesmos, tal como
somos naquele momento, aparecemos como um signo.
Em sua obra Frame Analysis, Goffman (1979) define enquadres como uma
metáfora tangível para se compreender o que inúmeros sociólogos
denominam “conhecimento prévio”, “contexto”, “situação social”.
Enquadre é a busca do sentido implícito da mensagem, é a busca de
tentar entender o que não está dito, mas que está significado.
(BARBOSA, 2010, p. 64)
Scripts: Conjunto de informações sobre dado tema, por meio das quais se recuperam
as referências e se constroem inferências sobre um enunciado.
Frames: Conjuntos de quadros (imagens) que formam um contexto de comunicação.
Conhecimentos reunidos em torno de um certo conceito.
Conceitos importantes da pragmática
Conceito de ATO: a linguagem não serve só, nem primeiramente, nem
sobretudo para representar o mundo, mas ela serve para realizar ações.
Falar é agir, agir sobre outrem. É fazer um “ato de fala”.
Deve haver algum tipo de regra que permita a um falante (A) transmitir
algo além da frase e a um ouvinte (B) entender esta informação extra. O
autor introduz os termos técnicos implicitar (implicate), implicatura
(implicature) implicitado (implicatum) com objetivo de organizar um
sistema explicativo dessa significação que (A) e (B) podem entender,
mas que, efetivamente, não foi dito. Quando dois indivíduos estão
dialogando, existem leis implícitas que governam o ato comunicativo.
Isso significa que, mesmo inconscientemente, os interlocutores
trabalham a mensagem linguística de acordo com certas normas comuns
que caracterizam um sistema cooperativo entre eles, para que as
informações possam ser trocadas o mais univocamente possível.
Implicaturas conversacionais e
Implicaturas convencionais ou lexicais
Máxima da qualidade: não afirme o que você acredita ser falso, nem
aquilo que não tem prova suficiente.
(Máxima de sinceridade)
A Teoria dos atos de fala, baseada nas conferências de Austin, sob o título
de How to do things with words de 1955 e publicada em 1962. Esse
autor argumentava que a língua não se presta somente a descrever a
“realidade”, mas também a alterá-la e/ou a criar novas realidades. Esses
atos foram cunhados por Austin de atos ilocucionários (latim in: dentro,
e locutio: discurso).