Nutrição Bovina
Nutrição Bovina
Nutrição Bovina
corte
Fração volumosa $
Alimentação
Fração concentrada $
INTRODUÇÃO
PREÇO E DISPONIBILIDADE
Avaliação de alimentos
Análise
Econômica de Física
Alimentos
Biológica
Avaliação de alimentos por métodos indiretos e diretos
Análise Física
• Teste microscópico; Determinação do valor energético bruto;
Granulometria; Secagem; Torração; Densidade, cor e odor.
Análise Bacteriológica
• Contagem e tipificação de microrganismos (aspergilos, salmonela,
coliformes, fungos)
Análise Biológica
• Valor biológico da proteína; digestibilidade; valor energético dos
alimentos; biodisponibilidade de nutrientes; valor nutricional-
desempenho animal
Análise Química
Como é a classificação dos nutrientes
presentes nos alimentos????
Valor Alimentar
Exemplo 1:
Calculamos em 65% o valor de FDN (fibra detergente
neutro) de uma forrageira na primeira matéria seca. A
segunda matéria seca deste mesmo alimento teve como
resultado valor de 95%. Qual o teor de FDN em 100% de
matéria seca?
Valor Alimentar
Valor Alimentar
Sistema de Weende
Sistema de Van Soest
Análise química de alimentos
ÁGUA
− Carboidratos
− Lipídios
ALIMENTO − Proteínas
MATÉRIA ORGÂNICA
− Ác. Nucléicos
− Ac. Orgânicos
MATÉRIA SECA − Vitaminas
AMOSTRA
Sistema de Weende:
ENN = 100% MS – (% PB + % EE + %FB + % CZ)
O ENN inclui todos os erros destas análises. O
maior deles estaria na fração fibra bruta que
resulta em numa superestimativa do ENN.
Seco
Volumoso:
Úmido
(suculento)
Energético
Concentrado:
Protéico
3) Minerais;
4) Vitaminas;
5) Aditivos;
6) Outros alimentos (enzimas, ácidos
orgânicos, compostos voláteis,
pigmentos, etc).
Os alimentos não concentrados ou volumosos são
aqueles que contêm mais de 18% de fibra bruta
na MS. Constituem a maior parte da ração,
fornece nutrientes e desempenham papel
especial no metabolismo ruminal.
1) Volumosos
- Baixo valor energético
- Menos de 60% NDT (2700 kcal ED/kg)
Divididos em :
a) Volumosos secos: menos de 15% de umidade
(fenos, palhas , sabugos, cascas, farinha de
polpa).
b) Volumosos aquosos/úmidos: mais de 15% de
umidade (forragens verdes, silagens, raízes,
tubérculos e frutos)
CONSUMOS
Vacas em lactação 3 a 4% PV
Bovinos de corte 2 a 2,5% PV
Principais volumosos utilizados:
Silagem de milho;
Pastagens de gramíneas;
Silagem de sorgo;
Silagem de gramíneas tropicais;
Cana-de-açúcar;
Capim-elefante;
Pré-secado;
Fenos;
Casca de algodão.
Composição químico-bromatológica:
MS PB NNP NIDN NIDA EE CHO FND LIG NDT
26,4 5,4 46,3 15,9 14,2 2,2 83,5 74,7 7,7 53,4
Composição químico-bromatológica:
MS PB NNP NIDN NIDA EE CHO FND LIG
Composição químico-bromatológica:
Componentes
MS PB FDN FDA CHOT DIMS NDT
(% na MS)
CAPPELE
24,16 4,21 54,77 35,38 92,78 60,20 65,39
(1999)
VALADARES FILHO, et al
25,27 3,75 55,87 35,58 92,65 60,20 63,62
(2002)
teor de fibra
digestibilidade da fibra
Consumo
teor protéico (uréia)
TRATAMENTOS
PARÂMETROS 100%
100% SILAGEM 50% SILAGEM + 25% SILAGEM +
CANA-DE-
DE MILHO 50% CANA 75% CANA
AÇÚCAR
Composição químico-bromatológica:
Componentes
MS PB FDN FDA P Ca CHOT DIMS NDT
(% na MS)
SIL. MILHO 30,2 7,9 55,46 30,59 0,19 0,31 84,5 56,71 61,9
SIL. SORGO 29,6 7,5 57,85 31,79 0,13 0,32 84,3 56,61 58,9
Rendimento
Silagem 1º corte 2º corte Total
OBS:
Adubação (rebrota)
Resistência e custo
Valor energético da
sil. Sorgo < sil. Milho
Sil. Sorgo > umidade sil. Milho
Silagem de Milho % MS % FB % NDT*
Alta concentração de grãos 33 23 69
Baixa concentração de grãos 29 32 62
Fazenda
Anual
Variedades diferentes
Amostragem
Época do ano
Girassol
Composição químico-bromatológica:
Componentes
MS PB FDN FDA CHOT EE NDT
(% na MS)
Cloreto de Potássio - K
Fosfato Bicálcico – Ca e P
Cloreto de Sódio – Na e Cl
Óxido de Zinco – Zn
Óxido de Magnésio – Mg
Sulfato de Cobre – Cu
Etc
Critério de uso/ código
Classe (1): Volumosos secos;
Classe (2): Pastagens e capineiras;
Classe (3): Silagens;
Classe (4): Suplementos basais ou energéticos;
Classe (5): Suplementos protéicos;
Classe (6): Suplemento mineral;
Classe (7): Suplemento vitamínico;
Classe (8): Aditivos.
MILHO
⇒ O principal componente dos concentrados
comerciais, rico em pró vitamina A;
⇒ Alta energia (85-88% NDT na matéria seca);
⇒ Baixo teor de proteína (7-10%) e vitamina D;
⇒ Baixo teor em Cálcio e moderado em fósforo;
⇒ Deve ser moído p/ aumentar a eficiência de uso;
MILHO
⇒ Pode ser ensilado com alto teor de umidade(70-
80% de MS);
⇒ Pode ser fornecido até 70% na ração, em vacas
leiteiras recomenda-se
manter a FDN em até 28%.
⇒ O rolão de milho possui cerca de 80-90% do valor
do grão moído e de 7 a 8% de Proteína.
Recomendado p/ animais em crescimento
SORGO
Em comparação com o grão de milho:
- 90 a 95% da sua energia;
- Maior teor de proteína bruta, mas baixo teor de
isoleucina e leucina;
- Menor teor de gordura;
- Menor digestibilidade.
Arroz
O seu uso para alimentação animal é quase que
exclusivamente de seus subprodutos:
⇒ Quirera de arroz: constituída por grãos sem casca,
quebrados, tem valor nutritivo um pouco inferior ao
do milho;
⇒ Casca de arroz: tem alto teor de sílica e lignina
com baixa digestibilidade e valor nutritivo, em
muitos casos é moída e adicionada ao farelo de
arroz diminuindo seu valor nutritivo, pode ser
usada por ruminantes em até 20% da ração.
Arroz
⇒ Farelo de arroz integral: proveniente do
beneficiamento do arroz para o consumo humano,
constituído por tegumentos que envolvem o grão,
tem que ser utilizado fresco ou estabilizado com
antioxidante devido ao seu alto teor de gordura, é
pobre em Ca e rico em P, tiamina, riboflavina e
niacina;
⇒ Farelo de arroz desengordurado, é proveniente da
extração industrial do óleo do farelo de arroz
integral.
FARELO DE TRIGO
⇒ Seu teor de PB varia de 13-18%, 13-17% de FB e
71% de NDT na MS;
⇒ É uma boa fonte de P, Se e Fé, pobre em caroteno;
⇒ O teor de extrato etéreo (EE) é de 4,5% podendo
rancificar e FDN de 11%;
⇒ Para altos níveis de produção deve ser limitado
devido o seu relativo elevado teor de FB (20-25%
do concentrado).
MANDIOCA
⇒ Pode ser usada in natura ou desidratada e moída
para produção de concentrado;
⇒ Raiz fresca rica em amido e NDT (70%), pobre em
PB (2-3%) e recomendada de 2-3% do peso do
animal/dia;
⇒ Fator antinutricional: linamarina, convertida em
HCN no rúmen;
⇒ Raspa recomendada até 100% de substituição do
milho;
FARELO DE SOJA
⇒ Suplemento protéico padrão e com o qual são
comparadas outras fontes de proteínas
(qualidade e custo) e é mais usado em virtude
de sua composição de aminoácidos.
⇒ Teor de proteína varia de 40 a 50%;
⇒ Possui de 70 a 80% de NDT e não contêm mais
de 7% de FB;
FARELO DE SOJA
⇒É baixo em Ca e moderado em P, e rica e caroteno e
vitamina D;
⇒Fator anti-nutricional anti-tripisina e urease
(monogástricos e bovino de corte);
⇒Semente integral – 38 a 40%PB, 17 a 18% de óleo, 85
a 94% NDT e deve ser limitada a 20% do concentrado
ou 2,5kg/animal/dia, por possuir 20% de EE e
apresentar urease (contribui p/ ↑ da hidrolise da uréia
ruminal causando intoxicação.
FARELO DE GIRASSOL
⇒ Resultante da moagem das sementes de girassol
no processo industrial para extração de seu óleo
para consumo humano;
⇒ Detecção de cascas de girassol, desde que não
ultrapasse o nível máximo estipulado para fibra
bruta (15%);
⇒ Boa aceitabilidade pelos ruminantes;
⇒ O teor de proteína bruta varia de 28 a 45%, mas é
deficiente em lisina.
FARELO DE ALGODÃO
⇒Possui 33 a 40% PB;
⇒60 a 70% NDT;
⇒10 a14% de FB;
⇒Baixo em Ca e alto em Fósforo;
⇒ Cuidar com níveis de gossipol.
FARELO DE AMENDOIN
⇒ Subproduto da extração do óleo da semente de
amendoim;
⇒ Rico em proteína (50 a 55% PB);
⇒ Alta palatabilidade, digestibilidade;
⇒ Deficiente nos aminoácidos lisina e treonina;
⇒ É muito palatável;
⇒ Grande tropismo do fungo aspergillus flavus: produtor
da micotoxina “aflatoxina”;
⇒ Estocagem: temperatura e umidade favoráveis.
Uréia
⇒ A uréia é utilizada pelos ruminantes como fonte
protéica, ao atingir o rúmen do animal, é
imediatamente degradada pela ação da enzima urease
produzida pelas bactérias ruminais, formando o gás
carbônico e amônia.
⇒ Determinadas bactérias promovem a combinação de
amônia com os esqueletos de carbono (cetoácidos)
resultantes da degradação de carboidratos, sintetizando
aminoácidos que são utilizados na constituição de sua
proteína.
OBS: Adaptação prévia antes do fornecimento para evitar
intoxicação
MELAÇO
⇒ Apresenta de 70 a 75% de NDT na MS;
⇒ Rico em açucares, Ca, Mg, K;
⇒ Apresenta limitações ao uso devido ao nitrato e
vitamina K que provoca diarréia;
⇒ É uma fonte de energia altamente degradável no
rúmen e bastante palatável;
MELAÇO
⇒ É recomendado para bovinos no máximo 15% da MS, e
normalmente usado em 10% do concentrado;
⇒ Fornecido a bovinos adultos em até 4kg/na/dia, após o
uso de adaptação reduz os riscos com acidose, 7% de
melaço aumenta a palatabilidade da ração de bezerros.
CEVADA
⇒ Possui 70-78% de NDT;
⇒ 20-29 % de Proteína Bruta;
⇒ 15% de Fibra;
⇒ 9,0% de EE;
⇒ Pode ser fornecido como único ingrediente no
concentrado.
POLPA CÍTRICA
⇒ Possui de 6-7% de PB, 13-14% de FB, 73-76% NDT e
cerca de 90% de valor energético do milho;
⇒ Baixo em P e alto em Ca devido certos compostos
usado durante o processamento;
⇒ Fator antinutricional: fonte de cal podem apresentar
dioxina, substância cancerígina transmitida ao homem
pela carne e leite;
⇒ Normalmente é limitado a 20 a 25% da dieta total ou
uso até 2kg/na/dia.
Grãos de milho de destilaria – DDG, DDGs,
WDG e WDGs
Recente uso no Brasil;
Substituição ao farelo de soja;
Em média DDG com extração convencional:
89% MS;
26 – 30% de PB;
34% de FDN;
8-12 de EE;
81% NDT.
Nos subprodutos úmidos – WDG e WDGs – podemos
encontrar valores nutricionais médios de 26 e 32%
de PB, respectivamente para WDG e WDGs.
Grãos de milho de destilaria – DDG, DDGs,
WDG e WDGs
O armazenamento do produto úmido é sem dúvida o
principal ponto a ser analisado para evitar perdas
nutricionais ocasionadas pelo aparecimento de fungos e
micotoxinas;
Ainda não é conhecida a faixa ótima de DDG no Brasil:
• dietas de confinamento de bovinos de corte, tem
consistido em inclusões próximas à 15% na MS
como fonte proteica – substituindo em 100% o
farelo de soja e;
• como fonte energética entre 30 a 50% da
inclusão do milho.
Ingredientes Nível de uso Observações
sem restrição UA= Unidade Animal
Milho grão
3kg/UA/dia (450kg peso vivo)
20 - 40% da
Farelo Glúten 60 2,5kg/UA/dia
dieta (MS)
20 - 40% da
Farelo Glúten 22 2,5kg/UA/dia
dieta (MS)
substitui 100%
Sorgo grão 3kg/UA/dia
do milho
30 a 40% do bezerros 10 a 20 %
Farelo trigo
concentrado do concentrado
Farelo arroz 20 a 30% do bezerros 10 a 20%
desengord. concentrado do concentrado
substitui 100%
Farelo raspa mandioca -------
do milho
20% a 40% da
Polpa cítrica 3kg/UA/dia
dieta (MS)
base protéica
Farelo soja sem restrição
do concentrado
10 a 15% da
Soja grão 2kg/UA /dia
dieta (MS)
até 30% do bezerros até 20%
Farelo algodão
concentrado concentrado
2,5 a 3kg/dia 10 a 15 % dieta - touros
Caroço algodão
(engorda) não é recomendado
até 30% do
Farelo de girassol -
concentrado
20 a 30% do
Farelo de amendoim 3kg/UA/dia
concentrado
Proibido pelo
Farinha de 3 a 5% do
MAARA
carne e ossos concentrado
- fonte bovina
3 a 5% do Proibido pelo MAARA
Farinha de sangue
concentrado - fonte bovina
até 10% do
Farinha de peixe 3 a 4 % na dieta (MS)
concentrado
40 a 60% do Proibido pelo MAARA
Cama de frango
concentrado - fonte bovina
Proibido pelo
até 5% de Ext.
Sebo MAARA
etéreo na dieta
- fonte bovina
Uréia - Vide item 2.16
12 a 15% da Substituição
Casca amendoim
MS total do volumoso
10 a 15% da Substituição
Casca de arroz
MS total do volumoso
30 a 35% da Substituição
Casca de algodão
MS total do volumoso
Exigências nutricionais
Definida como a quantidade diária de um
nutriente que o animal deve ingerir para alcançar
determinado nível de produção.
O primeiro passo para oferecer uma correta nutrição
para os bovinos é o conhecimento de suas
exigências, pois a partir dela se determina a
estratégia nutricional a ser adotada, desde a simples
mineralização em pastagem até o confinamento;
Posteriormente, com o conhecimento sobre as
características dos alimentos disponíveis, o
nutricionista é capaz de trabalhar cada estratégia
nutricional visado suprir de forma econômica as
necessidades apresentadas de acordo com os
objetivos do sistema produtivo.
A exigência de um animal varia em função de
fatores como:
peso vivo;
Categoria;
Estado fisiológico;
Uso de promotores de crescimento e;
Fatores ambientais.
Níveis de exigências nutricionais