Nutrição Bovina

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Nutrição na produção de bovinos de

corte

Prof. Giovani Fiorentini


email: [email protected]
INTRODUÇÃO

 Transformações econômicas mundiais – margens de


retorno cada vez mais estreitas

Necessidade de maior eficiência produtiva


 Alimentação – 70% custo de produção de bovinos de
corte em confinamento

Fração volumosa $
Alimentação
Fração concentrada $
INTRODUÇÃO

 Estudo e avaliação de alimentos alternativos para


substituição de alimentos tradicionais

Desempenho animal ???

PREÇO E DISPONIBILIDADE

fatores determinantes p/ o uso de


alimentos alternativos
Introdução
•Por que avaliar alimentos ?

Avaliação de alimentos

Consiste na utilização de metodologias que


possam caracterizar um alimento em função da
sua capacidade de atender às exigências do animal
Química

Análise
Econômica de Física

Alimentos

Biológica
Avaliação de alimentos por métodos indiretos e diretos

 Análise Física
• Teste microscópico; Determinação do valor energético bruto;
Granulometria; Secagem; Torração; Densidade, cor e odor.

Análise Bacteriológica
• Contagem e tipificação de microrganismos (aspergilos, salmonela,
coliformes, fungos)

Análise Biológica
• Valor biológico da proteína; digestibilidade; valor energético dos
alimentos; biodisponibilidade de nutrientes; valor nutricional-
desempenho animal

Análise Química
Como é a classificação dos nutrientes
presentes nos alimentos????
Valor Alimentar

O teor de nutrientes dos alimentos confere seu


valor nutritivo, mas é a ingestão de matéria seca
(MS) do alimento que determina seu valor
alimentar, que equivale ao potencial para gerar
desempenho:

Valor Alimentar = Valor Nutritivo (teor de


nutrientes) × Consumo
Valor Alimentar
Valor Alimentar
Em função da dieta de ruminantes conter
usualmente altos teores de forragens, e como a
umidade destas varia muito, na nutrição de
ruminantes costuma-se trabalhar com os teores
dos nutrientes na matéria seca (MS).

Outro motivo, quase tão importante quanto, é


que a água em si, apesar de fundamental para
vida, não é considerada um nutriente.
Valor Alimentar
Matéria seca (MS)
A matéria seca é a mais simples e mais usual
das análises bromatológicas. Como o próprio nome
diz, representa a fração do alimento que não é água.

Exemplo 1:
Calculamos em 65% o valor de FDN (fibra detergente
neutro) de uma forrageira na primeira matéria seca. A
segunda matéria seca deste mesmo alimento teve como
resultado valor de 95%. Qual o teor de FDN em 100% de
matéria seca?
Valor Alimentar
Valor Alimentar

Importância da determinação da matéria seca


 A água é um nutriente essencial a todos os
animais com recomendação para consumo à
vontade. Como ele não tem valor energético, seu
valor econômico nutricional é zero;

 Para ruminantes a umidade das dietas pode variar


de 90 a 20% (ou seja, ter de 10 a 80% de MS),
especialmente em função da proporção de
forragem na dieta, o que torna bastante
complicado comparar dietas em matéria original
(MO).
Valor Alimentar
Costuma-se dizer que, para cada situação de
fornecimento de alimento para animais, existem
três dietas: a que formulamos, a que
fornecemos para o animal e aquela que
efetivamente o animal ingere.

A questão específica da correção do


fornecimento é um bom exemplo da implicação da
MS na nutrição de ruminantes, apesar de obviamente
não se limitar a isto.
Exemplo 1:
Supondo que o consumo de cana de açúcar seja 5,00
kg MS/cab/dia, sendo outros 5,00 kg de MS de ração
concentrada, o consumo total seria de 10 kg/dia de
MS. Usando o valor de tabela para MS da Cana de
30%, qual seria o fornecimento de material original
de cana de açúcar?

Forneceríamos 16,67 kg de Matéria original


para suprir o valor correspondente ao determinado
em MS (5,00 kg MS ÷ 0,30 = 16,67 kg MO).

Ok, mas se a matéria seca da cana fosse 13% mais


úmida ou 13% mais alta (mais seca), como seria o
consumo?
Proteína bruta (PB)
Proteína bruta é o resultado do teor de N do
alimento multiplicado por 6,25. Por si só é um valor
bastante importante, mas para formulação de rações
é necessário particioná-la em algumas frações.

Nitrogênio ligado à fibra


Há uma parte do N dos alimentos que está ligada à
fibra. Com isso, temos dois valores que podem ser
analisados:
• Nitrogênio (ou proteína) ligado à fibra em
detergente neutro (NIDN ou PIDN)
• Nitrogênio (ou proteína) ligado à fibra em
detergente ácido (NIDA ou PIDA)
Carboidratos estruturais

 Sistema de Weende
 Sistema de Van Soest
Análise química de alimentos

ÁGUA
− Carboidratos
− Lipídios

ALIMENTO − Proteínas
MATÉRIA ORGÂNICA
− Ác. Nucléicos
− Ac. Orgânicos
MATÉRIA SECA − Vitaminas

MATÉRIA INORGÂNICA − Minerais


Weende
(Esquema de análise proximal)

AMOSTRA

MATÉRIA SECA ÁGUA

CINZAS MATÉRIA ORGÂNICA

PROTEÍNA BRUTA EXTRATO ETÉREO FIBRA BRUTA ENN


Carboidratos não estruturais

 Sistema de Weende:
ENN = 100% MS – (% PB + % EE + %FB + % CZ)
O ENN inclui todos os erros destas análises. O
maior deles estaria na fração fibra bruta que
resulta em numa superestimativa do ENN.

 Sistema de Van Soest:


CNF = 100% MS – (% PB + % EE + %FDNlivre de PB +
% CZ)
Extrato etéreo
Há alguns conceitos diferentes para enquadrar
lipídios, mas o mais simples e mais utilizado seria
aquele no qual gordura é definida como substância
insolúvel em água, mas solúvel em compostos
orgânicos.

Além dos lipídios, são também solubilizados compostos


não lipídicos: clorofila, carotenóides, saponinas, ceras de
baixo peso molecular (relacionadas à cutícula), óleos
essenciais e compostos fenólicos de baixo peso molecular.
Energia dos alimentos
Ao contrário dos demais nutrientes, a energia
não é uma porção física do alimento, da qual
podemos fazer uma análise de laboratório para
determinar a quantidade disponível para os animais.

 A energia é um atributo do alimento


relacionado com o potencial que este tem de
gerar trabalho.
O volume dos alimentos indica, a princípio, a
forma em que se pode agrupá-lo com a finalidade
de estabelecer uma classificação. Assim, temos
alimentos de alta concentração de nutrientes, os
concentrados, e os que possuem baixa
concentração,os não concentrados ou volumosos.
Geralmente, as rações são compostas dos dois
grupos. Algumas vezes, usa-se somente os
volumosos, entretanto, nunca se usam
exclusivamente concentrados na alimentação dos
ruminantes.
Qualidade dos Alimentos:

Principal aspecto a ser observado em programas de


alimentação animal (nutrição animal);

Classificação dos Alimentos:

Variação da composição dos alimentos pode ser decisiva


em determinar o sucesso ou fracasso de um programa
nutricional;
Alimento para o Ruminante:

Seco
Volumoso:
Úmido
(suculento)

Energético
Concentrado:
Protéico
3) Minerais;
4) Vitaminas;
5) Aditivos;
6) Outros alimentos (enzimas, ácidos
orgânicos, compostos voláteis,
pigmentos, etc).
Os alimentos não concentrados ou volumosos são
aqueles que contêm mais de 18% de fibra bruta
na MS. Constituem a maior parte da ração,
fornece nutrientes e desempenham papel
especial no metabolismo ruminal.
1) Volumosos
- Baixo valor energético
- Menos de 60% NDT (2700 kcal ED/kg)

Divididos em :
a) Volumosos secos: menos de 15% de umidade
(fenos, palhas , sabugos, cascas, farinha de
polpa).
b) Volumosos aquosos/úmidos: mais de 15% de
umidade (forragens verdes, silagens, raízes,
tubérculos e frutos)
CONSUMOS

Pasto 1,5 a 2,5% PV

Silagens de milho e sorgo 2,0 a 2,5% PV

Cana-de-açúcar 1,8 a 2,0% PV

Fenos 2,5 a 3,0% PV

Silagem de capim-elefante < 2,0% PV

Vacas em lactação 3 a 4% PV
Bovinos de corte 2 a 2,5% PV
Principais volumosos utilizados:
Silagem de milho;
Pastagens de gramíneas;
Silagem de sorgo;
Silagem de gramíneas tropicais;
Cana-de-açúcar;
Capim-elefante;
Pré-secado;
Fenos;
Casca de algodão.
Composição químico-bromatológica:
MS PB NNP NIDN NIDA EE CHO FND LIG NDT

26,4 5,4 46,3 15,9 14,2 2,2 83,5 74,7 7,7 53,4

Valadares Filho et al., 2002 - CQBAL 2.0


Como utilizar?
Silagem

Composição químico-bromatológica:
MS PB NNP NIDN NIDA EE CHO FND LIG

26,34 4,37 62,71 8,77 21,6 1,60 84,96 74,42 10,53


Magalhães et al., 2002.
Produção de matéria seca de seis
gramíneas tropicais
Espécie forrageira Produção ha/ano
Brachiaria decumbens 20,3
Brachiaria brizantha 26,5
Brachiaria ruzizienses 30,5
Cynodon nlemfluensis 28,3
Panicum maximum 33,8
Pennisetum purpureum 50,0

Fonte: FARIA e REIS (1996)


Cana-de-açúcar

Composição químico-bromatológica:

Componentes
MS PB FDN FDA CHOT DIMS NDT
(% na MS)

CAPPELE
24,16 4,21 54,77 35,38 92,78 60,20 65,39
(1999)

VALADARES FILHO, et al
25,27 3,75 55,87 35,58 92,65 60,20 63,62
(2002)

Minerais: Ca = 0,22% P = 0,06% S = 0,03%


Zn = 10 ppm Cu = 5-9 ppm Mn = 10
ppm
Cana-de-açúcar: vantagens

 Alta produção por área;


 Baixo custo do kg de matéria seca;
 Cultura de fácil implantação e manejo;
 Exige poucos tratos culturais;
 10-20 ton NDT/ha;
 Valor nutritivo maior na época da seca;
 Grande quant. De CHO solúveis (NNP).
Cana-de-açúcar: limitações

 Baixa disponibilidade ausência de amido


de recursos gliconeogênicos  produção de propionato
 teor protéico

teor de fibra
 digestibilidade da fibra
 Consumo
 teor protéico (uréia)

 Baixo suprimento de aas (PNDR) e glicose pós-


rúmen
Cana-de-açúcar: subprodutos e
formas de utilização

• Bagaço (BIN e BAH);


• Torta de filtro;
• Vinhaça;
• Levedura;
• Melaço;
• Cana + uréia;
• Cana hidrolisada;
• Feno de cana hidrolisada;
• Silagem de cana.
-Novilhos cruzados
-395 Kg de PV médio inicial
-Relação vol:cc = 80:20

TRATAMENTOS
PARÂMETROS 100%
100% SILAGEM 50% SILAGEM + 25% SILAGEM +
CANA-DE-
DE MILHO 50% CANA 75% CANA
AÇÚCAR

CMS (kg/dia) 9,86 8,64 8,94 8,08


GMD (kg/dia) 1,26 1,08 1,00 0,80
RC (%) 51,92 55,53 52,61 52,90
CC (cm) 129 129,6 127,15 126,3
EGS (mm) 2,16 2,06 3,06 2,56
AOL (cm2/100kg
33,47 33,45 34,37 34,37
carcaça)
Silagem de milho x Silagem de sorgo

Composição químico-bromatológica:

Componentes
MS PB FDN FDA P Ca CHOT DIMS NDT
(% na MS)

SIL. MILHO 30,2 7,9 55,46 30,59 0,19 0,31 84,5 56,71 61,9

SIL. SORGO 29,6 7,5 57,85 31,79 0,13 0,32 84,3 56,61 58,9
Rendimento
Silagem 1º corte 2º corte Total

Milho 10,24 ton MS/ha - 10,24

Sorgo 10,87 ton MS/ha 6,64 ton MS/ha 17,50

OBS:
 Adubação (rebrota)
 Resistência e custo
 Valor energético da
sil. Sorgo < sil. Milho
 Sil. Sorgo > umidade sil. Milho
Silagem de Milho % MS % FB % NDT*
Alta concentração de grãos 33 23 69
Baixa concentração de grãos 29 32 62

*% NDT – nutrientes digestíveis totais (expressa fração energética)

Variação da composição pode ser originária:

 Fazenda
 Anual
 Variedades diferentes
 Amostragem
 Época do ano
Girassol

Composição químico-bromatológica:

Componentes
MS PB FDN FDA CHOT EE NDT
(% na MS)

SEMENTE 92,39 18,98 28,56 16,73 31,5 25,9-44,62 76,0

SILAGEM 23,55 9,01 47,05 35,87 - 13,65 69,10

- Problema na ensilagem = MS (12,92 a 21,90%)


- Fornecimento: respeitar limites (EE)
Silagem de Girassol

Fase de maturação fisiológica Lavoura no ponto de


indicada para o corte do ensilagem.
girassol para ensilagem.
 São alimentos ricos em energia e proteínas, ou
em ambos.
 Possuem de 85-95% ou mais de MS.
A sua fração energética compreende,
principalmente, o amido, seguido dos açucares
mais simples e das gorduras.
 Em geral possuem mais de 60% de NDT (2700
kcal ED/ kg) e;
 baixo teor de fibra (menos de 18% de FB).
Divididos em:

Energéticos: São os concentrados com menos


de 20% PB, o teor de fibra é variável, sempre
menor que 18%. Já o teor de matéria
gordurosa varia bastante, conforme o grão
utilizado ou subproduto deste.
Origem animal (sebos e gorduras);

Origem vegetal (grãos de cereais).


Protéicos: Compreende os farelos e farinhas de
cereais (com 20 a 30% de proteínas) e os farelos
de oleaginosas (com 30 a 50% de proteínas),
que são os de origem vegetal. Os de origem
animal contém de 34 a 82% de proteínas.
Os concentrados protéicos de origem vegetal são
os mais usados para alimentação do gado. Em
geral, são usados os subprodutos das
agroindústrias de extração de óleo comestível,
como as tortas e farelos de soja, amendoim,
girassol, algodão e outros. São fontes de proteína
com teores de 30 a 50%.
Minerais: compostos minerais utilizados na
alimentação animal

 Cloreto de Potássio - K
 Fosfato Bicálcico – Ca e P
 Cloreto de Sódio – Na e Cl
 Óxido de Zinco – Zn
 Óxido de Magnésio – Mg
 Sulfato de Cobre – Cu
 Etc
Critério de uso/ código
Classe (1): Volumosos secos;
Classe (2): Pastagens e capineiras;
Classe (3): Silagens;
Classe (4): Suplementos basais ou energéticos;
Classe (5): Suplementos protéicos;
Classe (6): Suplemento mineral;
Classe (7): Suplemento vitamínico;
Classe (8): Aditivos.
MILHO
⇒ O principal componente dos concentrados
comerciais, rico em pró vitamina A;
⇒ Alta energia (85-88% NDT na matéria seca);
⇒ Baixo teor de proteína (7-10%) e vitamina D;
⇒ Baixo teor em Cálcio e moderado em fósforo;
⇒ Deve ser moído p/ aumentar a eficiência de uso;
MILHO
⇒ Pode ser ensilado com alto teor de umidade(70-
80% de MS);
⇒ Pode ser fornecido até 70% na ração, em vacas
leiteiras recomenda-se
manter a FDN em até 28%.
⇒ O rolão de milho possui cerca de 80-90% do valor
do grão moído e de 7 a 8% de Proteína.
Recomendado p/ animais em crescimento
SORGO
Em comparação com o grão de milho:
- 90 a 95% da sua energia;
- Maior teor de proteína bruta, mas baixo teor de
isoleucina e leucina;
- Menor teor de gordura;
- Menor digestibilidade.
Arroz
O seu uso para alimentação animal é quase que
exclusivamente de seus subprodutos:
⇒ Quirera de arroz: constituída por grãos sem casca,
quebrados, tem valor nutritivo um pouco inferior ao
do milho;
⇒ Casca de arroz: tem alto teor de sílica e lignina
com baixa digestibilidade e valor nutritivo, em
muitos casos é moída e adicionada ao farelo de
arroz diminuindo seu valor nutritivo, pode ser
usada por ruminantes em até 20% da ração.
Arroz
⇒ Farelo de arroz integral: proveniente do
beneficiamento do arroz para o consumo humano,
constituído por tegumentos que envolvem o grão,
tem que ser utilizado fresco ou estabilizado com
antioxidante devido ao seu alto teor de gordura, é
pobre em Ca e rico em P, tiamina, riboflavina e
niacina;
⇒ Farelo de arroz desengordurado, é proveniente da
extração industrial do óleo do farelo de arroz
integral.
FARELO DE TRIGO
⇒ Seu teor de PB varia de 13-18%, 13-17% de FB e
71% de NDT na MS;
⇒ É uma boa fonte de P, Se e Fé, pobre em caroteno;
⇒ O teor de extrato etéreo (EE) é de 4,5% podendo
rancificar e FDN de 11%;
⇒ Para altos níveis de produção deve ser limitado
devido o seu relativo elevado teor de FB (20-25%
do concentrado).
MANDIOCA
⇒ Pode ser usada in natura ou desidratada e moída
para produção de concentrado;
⇒ Raiz fresca rica em amido e NDT (70%), pobre em
PB (2-3%) e recomendada de 2-3% do peso do
animal/dia;
⇒ Fator antinutricional: linamarina, convertida em
HCN no rúmen;
⇒ Raspa recomendada até 100% de substituição do
milho;
FARELO DE SOJA
⇒ Suplemento protéico padrão e com o qual são
comparadas outras fontes de proteínas
(qualidade e custo) e é mais usado em virtude
de sua composição de aminoácidos.
⇒ Teor de proteína varia de 40 a 50%;
⇒ Possui de 70 a 80% de NDT e não contêm mais
de 7% de FB;
FARELO DE SOJA
⇒É baixo em Ca e moderado em P, e rica e caroteno e
vitamina D;
⇒Fator anti-nutricional anti-tripisina e urease
(monogástricos e bovino de corte);
⇒Semente integral – 38 a 40%PB, 17 a 18% de óleo, 85
a 94% NDT e deve ser limitada a 20% do concentrado
ou 2,5kg/animal/dia, por possuir 20% de EE e
apresentar urease (contribui p/ ↑ da hidrolise da uréia
ruminal causando intoxicação.
FARELO DE GIRASSOL
⇒ Resultante da moagem das sementes de girassol
no processo industrial para extração de seu óleo
para consumo humano;
⇒ Detecção de cascas de girassol, desde que não
ultrapasse o nível máximo estipulado para fibra
bruta (15%);
⇒ Boa aceitabilidade pelos ruminantes;
⇒ O teor de proteína bruta varia de 28 a 45%, mas é
deficiente em lisina.
FARELO DE ALGODÃO
⇒Possui 33 a 40% PB;
⇒60 a 70% NDT;
⇒10 a14% de FB;
⇒Baixo em Ca e alto em Fósforo;
⇒ Cuidar com níveis de gossipol.
FARELO DE AMENDOIN
⇒ Subproduto da extração do óleo da semente de
amendoim;
⇒ Rico em proteína (50 a 55% PB);
⇒ Alta palatabilidade, digestibilidade;
⇒ Deficiente nos aminoácidos lisina e treonina;
⇒ É muito palatável;
⇒ Grande tropismo do fungo aspergillus flavus: produtor
da micotoxina “aflatoxina”;
⇒ Estocagem: temperatura e umidade favoráveis.
Uréia
⇒ A uréia é utilizada pelos ruminantes como fonte
protéica, ao atingir o rúmen do animal, é
imediatamente degradada pela ação da enzima urease
produzida pelas bactérias ruminais, formando o gás
carbônico e amônia.
⇒ Determinadas bactérias promovem a combinação de
amônia com os esqueletos de carbono (cetoácidos)
resultantes da degradação de carboidratos, sintetizando
aminoácidos que são utilizados na constituição de sua
proteína.
OBS: Adaptação prévia antes do fornecimento para evitar
intoxicação
MELAÇO
⇒ Apresenta de 70 a 75% de NDT na MS;
⇒ Rico em açucares, Ca, Mg, K;
⇒ Apresenta limitações ao uso devido ao nitrato e
vitamina K que provoca diarréia;
⇒ É uma fonte de energia altamente degradável no
rúmen e bastante palatável;
MELAÇO
⇒ É recomendado para bovinos no máximo 15% da MS, e
normalmente usado em 10% do concentrado;
⇒ Fornecido a bovinos adultos em até 4kg/na/dia, após o
uso de adaptação reduz os riscos com acidose, 7% de
melaço aumenta a palatabilidade da ração de bezerros.
CEVADA
⇒ Possui 70-78% de NDT;
⇒ 20-29 % de Proteína Bruta;
⇒ 15% de Fibra;
⇒ 9,0% de EE;
⇒ Pode ser fornecido como único ingrediente no
concentrado.
POLPA CÍTRICA
⇒ Possui de 6-7% de PB, 13-14% de FB, 73-76% NDT e
cerca de 90% de valor energético do milho;
⇒ Baixo em P e alto em Ca devido certos compostos
usado durante o processamento;
⇒ Fator antinutricional: fonte de cal podem apresentar
dioxina, substância cancerígina transmitida ao homem
pela carne e leite;
⇒ Normalmente é limitado a 20 a 25% da dieta total ou
uso até 2kg/na/dia.
Grãos de milho de destilaria – DDG, DDGs,
WDG e WDGs
 Recente uso no Brasil;
 Substituição ao farelo de soja;
 Em média DDG com extração convencional:
 89% MS;
 26 – 30% de PB;
 34% de FDN;
 8-12 de EE;
 81% NDT.
 Nos subprodutos úmidos – WDG e WDGs – podemos
encontrar valores nutricionais médios de 26 e 32%
de PB, respectivamente para WDG e WDGs.
Grãos de milho de destilaria – DDG, DDGs,
WDG e WDGs
 O armazenamento do produto úmido é sem dúvida o
principal ponto a ser analisado para evitar perdas
nutricionais ocasionadas pelo aparecimento de fungos e
micotoxinas;
 Ainda não é conhecida a faixa ótima de DDG no Brasil:
• dietas de confinamento de bovinos de corte, tem
consistido em inclusões próximas à 15% na MS
como fonte proteica – substituindo em 100% o
farelo de soja e;
• como fonte energética entre 30 a 50% da
inclusão do milho.
Ingredientes Nível de uso Observações
sem restrição UA= Unidade Animal
Milho grão
3kg/UA/dia (450kg peso vivo)

20 - 40% da
Farelo Glúten 60 2,5kg/UA/dia
dieta (MS)
20 - 40% da
Farelo Glúten 22 2,5kg/UA/dia
dieta (MS)
substitui 100%
Sorgo grão 3kg/UA/dia
do milho
30 a 40% do bezerros 10 a 20 %
Farelo trigo
concentrado do concentrado
Farelo arroz 20 a 30% do bezerros 10 a 20%
desengord. concentrado do concentrado
substitui 100%
Farelo raspa mandioca -------
do milho
20% a 40% da
Polpa cítrica 3kg/UA/dia
dieta (MS)
base protéica
Farelo soja sem restrição
do concentrado
10 a 15% da
Soja grão 2kg/UA /dia
dieta (MS)
até 30% do bezerros até 20%
Farelo algodão
concentrado concentrado
2,5 a 3kg/dia 10 a 15 % dieta - touros
Caroço algodão
(engorda) não é recomendado
até 30% do
Farelo de girassol -
concentrado
20 a 30% do
Farelo de amendoim 3kg/UA/dia
concentrado
Proibido pelo
Farinha de 3 a 5% do
MAARA
carne e ossos concentrado
- fonte bovina
3 a 5% do Proibido pelo MAARA
Farinha de sangue
concentrado - fonte bovina
até 10% do
Farinha de peixe 3 a 4 % na dieta (MS)
concentrado
40 a 60% do Proibido pelo MAARA
Cama de frango
concentrado - fonte bovina
Proibido pelo
até 5% de Ext.
Sebo MAARA
etéreo na dieta
- fonte bovina
Uréia - Vide item 2.16
12 a 15% da Substituição
Casca amendoim
MS total do volumoso
10 a 15% da Substituição
Casca de arroz
MS total do volumoso
30 a 35% da Substituição
Casca de algodão
MS total do volumoso
Exigências nutricionais
Definida como a quantidade diária de um
nutriente que o animal deve ingerir para alcançar
determinado nível de produção.
 O primeiro passo para oferecer uma correta nutrição
para os bovinos é o conhecimento de suas
exigências, pois a partir dela se determina a
estratégia nutricional a ser adotada, desde a simples
mineralização em pastagem até o confinamento;
 Posteriormente, com o conhecimento sobre as
características dos alimentos disponíveis, o
nutricionista é capaz de trabalhar cada estratégia
nutricional visado suprir de forma econômica as
necessidades apresentadas de acordo com os
objetivos do sistema produtivo.
A exigência de um animal varia em função de
fatores como:
 peso vivo;
 Categoria;
 Estado fisiológico;
 Uso de promotores de crescimento e;
 Fatores ambientais.
Níveis de exigências nutricionais

A exigência de produção é dividida em:


crescimento, gestação e lactação. Assume-se
que, para mantença, a energia seria usada com
mesma eficiência, mas a energia metabolizável
ingerida acima da exigência para mantença, usada
para produção, tem uma eficiência diferente para
cada um desses fins.

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