Diagrama de Fases PDF
Diagrama de Fases PDF
Diagrama de Fases PDF
(3) Para sistemas de ligas é importante, pois existe uma forte correlação
entra a microestrutura e as Propriedades Mecânicas dos materiais (Resistência a
Tração, Elasticidade, Ductilidade, Fluência, Fadiga, Dureza e Tenacidade).
(4) Sistema: Está relacionando a uma série de possíveis ligas que consistem nos
mesmos componentes, por exemplo: sistema Ferro-Carbono.
(2) A curva que separa os campos das fases α+L e α é chamada de curva solidus.
A fase sólida está presente em todas as temperaturas e composições localizadas
abaixo desta curva.
Curva Liquidus:
α+L (Aquecimento) L
Curva Solidus:
α+L (Resfriamento) α
Por exemplo, ao se aquecer uma liga com composição de 50%p Ni-50%p Cu, a
fusão tem início a uma temperatura de aproximadamente 1280°C; a quantidade da
fase líquida aumenta continuamente com a elevação da temperatura (perceba pela
regra da alavanca explicitada pela diferenciação de cores no gráfico) até
aproximadamente 1320°C, quando então a liga fica completamente líquida.
Para um sistema binário com composição e temperatura conhecidas, ou seja, dado
um ponto específico no diagrama de fases, pelo menos três tipos de informações
são disponíveis:
Exemplo: Uma liga com composição 60%p Ni-40%p Cu a 1100°C estaria localizada no ponto
A da figura; uma vez que esse ponto encontra-se dentro da região α, então apenas a fase α
estará presente.
Exemplo: uma liga com composição de 35%p Ni-65%p Cu que se encontra a 1250°C (ponto
B) consistirá tanto na fase α como na fase líquida.
O primeiro passo é encontrar o ponto temperatura-composição correspondente no diagrama
de fases.
Exemplo: Considere uma liga com 60%p Ni-40%p Cu a 1100°C. Somente a fase α está
presente; portanto, a liga é composta totalmente ou em 100% pela fase α.
Em todas as regiões bifásicas, podem ser imaginadas diversas linhas horizontais, uma para cada
temperatura diferente; cada uma dessas linhas é conhecida por linhas isotermas. Essas linhas de
amarração se estendem através da região bifásica e terminam nas curvas de fronteira (Linha liquidus e
Linha solidus).
Para a determinação da porcentagem/Quantidade das fases, a linha de amarração deve ser utilizada em
conjunto com um procedimento chamado de Regra da Alavanca (ou Regra da Alavanca Inversa).
A Regra da Alavanca é aplicada da seguinte maneira:
(1) Constrói-se uma linha Isoterma através da região bifásica para a dada temperatura.
(3) A fração de uma fase é calculada tomando-se o comprimento da linha de amarração desde a composição
global da liga (Co) até a fronteira entre fases com a outra fase (por isso regra da Alavanca Inversa), (R=Co-
CL, para a porcentagem da fase sólida ou S=Cα-Co para a porcentagem da fase líquida) e então
dividindo-se esse valor pelo comprimento total da linha de amarração (R+S=Cα-CL).
Assim, para a regra da Alavanca, teremos:
Considere uma liga com 35%p Ni-65%p Cu (Co) a 1250°C, onde ambas as fases, α e líquida, estão presentes
(Ponto B). A linha de amarração foi construída para a determinação das composições das fases α e L para a
dada temperatura. A composição global da liga (Co) está localizada ao longo da linha de amarração,
enquanto as frações mássicas estão representadas por WL e Wα para as respectivas fases L e α. A partir da
regra da alavanca, o valor de WL e Wα pode ser calculado de acordo com a expressão:
Para ligas multifásicas, muitas vezes é mais conveniente especificar a quantidade relativa das
fases em termos da fração volumétrica e não da fração mássica.
As frações volumétricas das fases são preferíveis, pois elas podem ser determinadas a partir
do exame da microestrutura através de um microscópio.
Para uma liga que consiste nas fases α e β, a fração volumétrica das fases α e β, Vα e Vβ, é
definida como sendo:
Quando as densidades das fases em uma liga bifásica diferirem significativamente uma da
outra, haverá uma grande disparidade entre as frações mássica e volumétrica.
Primeiramente, trataremos da situação em que
o resfriamento ocorre muito lentamente,
representando uma situação de equilíbrio entre
as fases.
Vamos considerar o sistema cobre-níquel com
composição 35%p Ni-65%p Cu na medida em
que este sistema é resfriado a partir de uma
temperatura de 1300°C.
A razão para tal é que, com as alterações na temperatura, devem existir reajustes nas
composições das fases sólida e líquida (Regra da Alavanca), de acordo com o diagrama de
fases.
Esses reajustes são conseguidos mediante processos de difusão, isto é, a difusão tanto na
fase sólida como na fase líquida, e ainda através da interface sólido-líquido.
Uma vez que a difusão é um fenômeno dependente do tempo, para se manter o equilíbrio
durante o resfriamento deve-se permitir que o sistema fique tempo suficiente para cada
temperatura para que os reajustes apropriados de composição tenham lugar.
As taxas de difusão são especialmente baixas para a fase sólida e, para ambas as fases,
diminuem com a redução na temperatura.
Resfriamento Reajustes nas Composições Sol.&Liq. Processos de Difusão Dep. Tempo & Temperatura.
Com o objetivo de simplificar essa discussão,
será admitido que as taxas de difusão na
fase líquida são suficientemente rápidas para
manter o equilíbrio no líquido.
Vamos considerar o sistema cobre-níquel
com composição 35%p Ni-65%p Cu na
medida em que este sistema é resfriado a
partir de uma temperatura de 1300°C.
Para distinguir uma fase α da outra, aquela que reside na estrutura eutética é conhecida por α
eutética, enquanto aquela que se formou na região α+L é conhecida por α primária.
Uma vez que o microconstituinte eutético sempre se forma a partir do líquido que possui a
composição eutética, pode-se admitir que esse microconstituinte possui uma composição de
61,9%p Sn.
Assim, a regra da alavanca é aplicada usando-se uma linha de amarração entre a fronteira
entre as fases α-(α+β ) (18,3%p Sn) e a composição eutética (61,9%p Sn).
Exemplo: Considere a liga com composição C4.
A fração total da fase α, Wα, é simplesmente a somatória das fases α-eutética + α-primária.
Os diagramas de fases eutéticos para os sistemas Cu-Ag e Pb-Sn possuem apenas duas
fases sólidas, α e β e essas fases são algumas vezes chamadas de soluções sólidas
terminais, pois existem ao longo de faixas de composição próximas, às extremidades de
concentração do diagrama de fases.
Para outros sistemas de ligas, podem ser encontradas soluções sólidas intermediárias (ou fases
intermediárias).
A razão para tal é que a baixas temperaturas as taxas de difusão são muito lentas e são
necessários tempos irregularmente longos para que se atinjam condições de equilíbrio.
Os latões comerciais consistem em ligas Cu-Zn ricas em cobre; por exemplo, o latão para
cartuchos de balas possui uma composição de 70%p Cu, além de uma microestrutura que
consiste em uma única fase α.
Para alguns sistemas podem ser encontrados compostos intermediários discretos no
diagrama de fases, e esses compostos possuem fórmulas químicas distintas; Para sistemas
metal-metal, eles são chamados de compostos intermetálicos.
Por exemplo considere o sistema Mg-Pb, o composto Mg2Pb possui uma composição
equivalente a 19%p Mg-81%p Pb, e está representado como uma linha vertical no diagrama,
em vez de uma região de fases com largura finita; dessa forma, o Mg2Pb pode existir por si só
somente nessa exata condição de composição.
Vale a pena observar algumas outras
características importantes em relação a
esse sistema Mg-Pb.
O ponto invariante é chamado de Ponto Eutetóide e a linha de amarração horizontal é chamada de Isoterma
Eutetóide.
A característica que distingue um “eutetóide” de um “eutético” é o fato de que uma fase sólida, ao invés de
um líquido, se transforma em duas outras fases sólidas em uma única temperatura.
Com o resfriamento, uma fase líquida (L) + Sólida (§) se transformam em uma outra fase
Sólida distinta (Ɛ).
Uma região do diagrama de fases para o sistema cobre-zinco que foi ampliada para mostrar
os pontos invariantes eutetóide e peritético, identificados por E (560°C, 74%p Zn) e P
(598°C, 78,6%p Zn), respectivamente.
As transformações de fases podem ser classificadas de acordo com o fato de haver
ou não qualquer alteração na composição para as fases envolvidas.
Exemplo: As reações Eutéticas e Eutetóides, bem como a fusão de uma liga que pertence a
um sistema isomorfo.
Essa lei representa um critério para o número de fases que irá coexistir dentro de um sistema
que se encontra em condições de equilíbrio, e é expressa através da equação, de
características simples.
“P” é o número de fases presentes.
“F” é conhecido por número de graus de
liberdade, ou o número de variáveis
externamente controladas (por exemplo:
temperatura, pressão, composição) que deve
ser especificado de modo a definir por completo
o estado do sistema.
“N” é a quantidade de
variáveis do processo que
não estão relacionadas
com a composição (por
exemplo: temperatura e
pressão).
Normalmente esse valor é 1
(A pressão)
Aços e ferros fundidos são os principais materiais estruturais em toda e qualquer cultura
tecnologicamente avançada e são essencialmente ligas ferro-carbono.
O Ferro Puro, ao ser aquecido,
experimenta duas alterações na sua
Estrutura Cristalina antes de se fundir.
A convenção e a conveniência, no
entanto, ditam que a composição
ainda seja expressa em termos de
"%p C" e não por "%p Fe3C";
6,70%p C corresponde a 100%p
Fe3C.
O Carbono é uma impureza
intersticial no Ferro e forma uma
solução sólida tanto com a Ferrita α
como com a Ferrita δ, e também
com a Austenita (γ), como está
indicado pelos campos monofásicos
α, δ e γ.
A classificação das Ligas Ferrosas com base no teor de carbono, existem três tipos de ligas:
Ferro, Aço e Ferro Fundido.
Aços: As ligas Ferro-Carbono que contém entre 0,008 e 2,14%p C são classificadas como
aços. Na maioria dos aços, a microestrutura consiste tanto da Ferrita α como de fase Fe3C.
Embora na prática uma liga de aço possa conter até 2,14%p C, as concentrações de carbono
raramente excedem 1,0%p.
Ferros Fundidos: São classificados como ligas ferrosas que contêm entre 2,14 e 6,70%p C.
Entretanto, os ferros fundidos comerciais contêm normalmente menos que 4,5%p C.
Será mostrado que a microestrutura que se desenvolve depende tanto do Teor de Carbono
como do Tratamento Térmico.
A discussão ficará restrita ao resfriamento muito lento de ligas de aço, para as quais o
equilíbrio é mantido continuamente.
As mudanças de fases que ocorrem
mediante a passagem da região γ para o
campo das fases α + Fe3C são
semelhantes àquelas descritas para os
Sistemas Eutéticos.
As camadas claras mais grossas representam a fase Ferrita α, enquanto a fase Cementita
(Fe3C) aparece como lamelas finas (Através da regra da Alavanca podemos perceber que a
Ferrita α se encontra em maior proporção), a maioria apresentando cor escura. Muitas
camadas de Cementita são tão finas que os contornos adjacentes entre fases não
conseguem ser distinguidos; essas camadas aparecem escuras nessa ampliação.
Mecanicamente, a Perlita apresenta
propriedades intermediarias entre a Ferrita
(macia e dútil) e a Cementita (dura e
frágil).
(10) Também deve ser observado que dois microconstituintes — a Ferrita Proeutetóide e a
Perlita — estão presentes nessas micrografias e aparecerão em todas as ligas Ferro-
Carbono Hipoeutetóides que são resfriadas lentamente até uma temperatura abaixo da
Eutetóide.
A figura mostra uma Fotomicrografía de um aço com 0,38%p C.
Uma vez que a Perlita é o produto da transformação da Austenita que possui essa composição.
(1) A fração de Perlita, Wp, pode ser determinada de acordo com a relação:
As frações tanto de α Total (Eutetóide e Proeutetóide) como de Cementita são determinadas utilizando-se a
Regra da Alavanca, juntamente com uma Linha de Amarração que se estende através da totalidade da
região que compreende as fases α+Fe3C, desde 0,022 até 6,7%p C.
Resultam transformações e
microestruturas análogas para as Ligas
Hipereutetóides que são aquelas que
contêm entre 0,76 e 2,14%p C, que são
resfriadas a partir de temperaturas dentro
do campo da fase γ (Austenita).
(2) A existência à temperatura ambiente de fases fora do equilíbrio que não aparecem no
diagrama de fases.
As adições de outros elementos de liga (Cr, Ni, Ti etc.) trazem alterações um tanto dramáticas no diagrama
de fases binário para o sistema Ferro-Carbeto de ferro.
Esses efeitos estão ilustrados nas Figuras, que plotam a Temperatura Eutetóide e a Composição Eutetóide
(em %p C) como uma função da concentração para vários outros elementos de liga.
Dessa forma, outras adições de liga não alteram somente a Temperatura da reação Eutetóide, mas
também as frações relativas das fases Perlita e Proeutetóide que se formam.
Os aços são normalmente ligados por outras razões — geralmente para melhorar a sua resistência à
corrosão ou para torná-los acessíveis a um tratamento térmico.