Apostila Paisagismo
Apostila Paisagismo
Apostila Paisagismo
280-000 - MME - PB
ESTÁGIO EM PAISAGÍSMO
CAPACITAÇÃO TEÓRICA
ÍNDICE
I. PAISAGISMO .............................................................................................................................2
1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES ...............................................................................................2
1.1. PAISAGEM:.....................................................................................................................2
1.1. PAISAGISMO:.................................................................................................................2
2. COMPONENTES ....................................................................................................................3
3. IMPORTÂNCIA .....................................................................................................................5
4. DIVISÃO DO PAISAGISMO.................................................................................................5
4.1. MICROPAISAGISMO .....................................................................................................5
4.2. MACROPAISAGISMO ...................................................................................................6
II. PLANEJAMENTO PAISAGÍSTICO .........................................................................................2
1. CONCEITO E ETAPAS .........................................................................................................2
2. ANTEPROJETO .....................................................................................................................2
2.1. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL ..........................................................................................2
2.2. ELEMENTOS NATURAIS .............................................................................................3
2.3. PARTE HIDRÁULICA E ELÉTRICA ............................................................................4
2.4. ANÁLISE DO ANTEPROJETO......................................................................................4
3. PROJETO DEFINITIVO OU EXECUTIVO ..........................................................................4
3.1. PLANTA EXECUTIVA DE ARQUITETURA E DE ENGENHARIA CIVIL ..............4
3.2. PROJETO BOTÂNICO ...................................................................................................5
3.3. MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................................6
3.4. MANUAL TÉCNICO DE IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DO JARDIM ........10
3.5. PROPOSTA OU CONTRATO DE SERVIÇO ..............................................................11
4. ELEMENTOS DE TRABALHO ..........................................................................................11
4.1. ELEMENTOS NATURAIS ...........................................................................................11
4.2. ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS.............................................................................13
5. IMPLANTAÇÃO DE JARDINS ..........................................................................................18
5.1. SERVIÇOS PRELIMINARES .......................................................................................19
5.2. PLANTIO DAS MUDAS ...............................................................................................21
5.3. ADUBAÇÃO DE PLANTIO .........................................................................................26
5.4. SERVIÇOS COMPLEMENTARES ..............................................................................26
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I. PAISAGISMO
1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
1.1. PAISAGEM:
A paisagem refere-se ao espaço de terreno abrangido em um lance de vista, ou
extensão territorial a partir de um ponto determinado. Pode ser classificada em:
Natural: sem a intervenção do homem;
Artificial: planejada, ou seja, um jardim.
A concepção inicial e, ainda hoje, a mais comum de jardim está ligada às palavras
hebraicas originais: um mundo ideal, pequeno, perfeito e privativo. Na tradição judaico-
cristã, a idéia primitiva de jardim é de paraíso, um lugar com plantas ornamentais e
frutíferas formando um ambiente de harmonia, beleza e satisfação espiritual.
Um jardim é a representação idealizada da paisagem como cada civilização (ou até
cada pessoa) desejaria que ela fosse. É um local que pode ser percebido pelos cinco
sentidos. É dinâmico, porque o elemento vegetal, como um ser vivo, está sujeito a um
ciclo biológico. O jardim modificase com o passar do tempo (devido ao crescimento) e
durante as estações do ano (floração, frutificação, queda das folhas, mudança de cor,
etc.).
1.1. PAISAGISMO:
Da palavra paisagem, deriva a palavra Paisagismo. O paisagismo é uma atividade
que organiza os espaços externos com o objetivo de proporcionar bem-estar aos seres
humanos e de atender às suas necessidades, conservando os recursos desses espaços.
Combina conhecimentos de ciência e arte, pois:
Arte: forma de expressão cuja ocorrência se verifica quando um conjunto de
emoções atua sobre a sensibilidade humana;
Ciência: é a reunião de leis abstratas, deduzidas dos fenômenos da realidade
exterior ou interior.
Técnica: é a aplicação, nos trabalhos de rotina, das leis abstratas que vêm da
ciência.
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2. COMPONENTES
Para que se tenha um paisagismo bem elaborado, deve-se partir para o
planejamento paisagístico. Este planejamento deve considerar, ainda, o espaço livre
e de área verde existente no local em estudo.
O espaço livre é toda a área geográfica (solo ou água) que não é coberta por
edificações ou outras estruturas permanentes.
A área verde é um tipo específico de espaço livre, ou seja, aquele coberto,
predominantemente, por extrato vegetal. O termo “área verde” aplica-se a diversos tipos
de espaços urbanos que têm em comum: serem abertos (ao ar livre); serem acessíveis;
serem relacionados com saúde e recreação.
São consideradas áreas verdes urbanas tanto áreas públicas, como particulares.
Podem ser jardins, praças, parques, bosques, alamedas, balneários, campings, praças
de esporte, playgrounds, playlots, cemitérios, aeroportos, corredores de linhas de
transmissão, faixas de domínio de vias de transporte, margens de rios e lagos, áreas de
lazer, ruas e avenidas arborizadas e/ou ajardinadas. Desde que devidamente tratados,
também se incluem os depósitos abandonados de lixo, as áreas de tratamento de esgoto
e outros espaços semelhantes.
Existem diversas classificações de áreas verdes:
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b) Jardins de vizinhança: áreas para recreação, que podem ter alguns equipamentos
recreacionais (playgrounds), esportivos ou mesmo de lazer passivo (bancos). Sua área
mínima é de 1.500m2, ou de 5.000m2 caso tenham equipamentos esportivos. Devem
distar, no máximo, 500m das residências dos usuários;
Existe ainda um espaço urbano, talvez o mais importante, não inserido nesta
classificação, a Praça, local de encontro na cidade, vegetado ou não, comumente com
área aproximada de 1,0ha. Os parques de vizinhança são praças, mas as praças nem
sempre são parques de vizinhança.
O índice de área verde é o total de áreas verdes de um determinado local (m2)
dividido pelo seu número de habitantes (m2/habitante), ou seja, é a relação entre a
quantidade de área verde de uma cidade e sua respectiva população. Considera-se
adequado um índice de 10 m2 a 13 m2 de área verde/habitante. Mais importante que o
índice, entretanto, é a distribuição dessas áreas verdes e as suas características e as da
região onde elas se inserem.
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3. IMPORTÂNCIA
A existência de áreas verdes junto aos centros urbanos (parques, praças, lagos e
ruas arborizadas) proporciona uma sensação de bem-estar aos usuários destes
espaços. As plantas utilizadas no paisagismo urbano, tão importantes na caracterização
ambiental destas áreas, promovem inúmeros benefícios estéticos e funcionais ao
homem e estão muito além dos seus custos de implantação e manejo.
Alguns dos efeitos causados pela vegetação no meio urbano estão relacionados
com a melhoria da qualidade do ar e do conforto térmico. A qualidade do ar é melhorada
pela interceptação de partículas e absorção de gases poluentes pelas plantas, enquanto
que a redução da temperatura ocorre pela absorção de calor no processo de
transpiração, redução da radiação e reflexão dos raios solares.
Outros benefícios proporcionados pela presença planejada das plantas na
paisagem urbana são a proteção contra ventos e redução da poluição sonora. O vento
pode ser agradável, desconfortável ou ate mesmo destruidor, dependendo de sua
velocidade. As plantas modificam os ventos pela obstrução, deflexão, condução ou
filtragem do seu fluxo.
As plantas também podem ser úteis quando dispostas com o objetivo de
sinalização, arranjadas a fim de indicar direção a pedestres e veículos, melhorando a
aparência de estradas e rodovias.
Contudo, os maiores efeitos proporcionados pela utilização de plantas nos espaços
urbanos são os estéticos e psicológicos. Os efeitos estéticos, evidenciados pelas
propriedades ornamentais de cada espécie, têm o poder de modificar os ambientes
visualmente, tornando-os mais agradáveis aos seus usuários. Já os benefícios
psicológicos são capazes de melhorar o desempenho e o humor de trabalhadores,
reduzir o tempo de internação e uso de remédios em pacientes e melhorar a relação de
empresas com a comunidade. Outro fato importante é a redução da criminalidade e da
violência nos centros urbanos onde o uso de plantas é adequado.
4. DIVISÃO DO PAISAGISMO
4.1. MICROPAISAGISMO
Consiste no trabalho de paisagismo realizado em pequenos espaços. Na maioria
dos casos, o micropaisagismo pode ser desenvolvido por um só profissional, por ser,
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4.2. MACROPAISAGISMO
Consiste no trabalho realizado em grandes espaços. Quase sempre, é um trabalho
de equipe, porque envolve problemas técnicos complexos e multidisciplinares.
Assim, apresenta, normalmente, como características:
Escala visual maior (áreas extensas);
Preocupação principal é a preservação da natureza;
Visualizado em parques metropolitanos e distritais, reservas naturais e afins,
proteção de mananciais, revestimento vegetal em obras de terraplanagem,
controle à erosão urbana, proteção contra ventos, recuperação de paisagens
danificadas, etc.;
Nas representações gráficas, a escala adequada é menor do 1:1.000, sendo, em
geral, de 1:5.000 a 1:50.000; Áreas maiores do que 1.000m2
Jardim;
Arborização urbana;
Preservação da natureza;
Reabilitação de áreas degradadas (estradas, desmatamento, matas ciliares,
áreas de mineração).
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1. CONCEITO E ETAPAS
O Planejamento Paisagístico refere-se ao processo contínuo que se empenha em
fazer o melhor uso, para a população, de uma área limitada da superfície terrestre,
conservando sua produtividade e beleza, e considerando os aspectos ambientais. Este
planejamento desenvolve-se, normalmente, em espaços externos às construções e
abrange duas realizações: a arte de criar (atividade individual), e a ciência, técnica e arte
de organizar (atividade individual ou em equipe).
O planejamento do jardim deve estar integrado ao planejamento da residência;
portanto, é essencial planejar o jardim antes da construção, reforma ou expansão da
residência. Para que se tenha êxito, o projeto deve ser desenvolvido em etapas, que são:
o Estudo Preliminar, o Anteprojeto e o Projeto Definitivo ou Executivo.
2. ANTEPROJETO
Com todos esses levantamentos preliminares em mãos, o paisagista terá
embasamento suficiente para a elaboração do anteprojeto, que consiste na
apresentação das distribuições dos elementos vegetais e arquitetônicos na área a ser
ajardinada, em escala adequada, sob a forma de desenhos e cortes esquemáticos. Os
passos básicos a serem seguidos no desenvolvimento do anteprojeto são os seguintes:
Estabelecimento e caracterização das ligações do jardim;
Determinação das entradas;
Estabelecimento do sistema de circulação no jardim e elementos que o compõem;
Marcação das áreas destinadas às massas de vegetação no jardim;
Previsão dos locais das construções e das obras de arte.
Assim, no anteprojeto estarão definidos os seguintes itens:
2.1.1. Lazer Contemplativo: são área que provocam admiração à visão, isolando alguns
ambientes para se obter o máximo de silêncio. Além desse sentido, deve-se propiciar
também os sentidos do olfato e do tato. Este é o tipo de lazer que irá impor aos usuários
o respeito pelo uso, diminuindo as depredações, além de promover uma agradável
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2.1.2. Lazer Recreativo: é um tipo de lazer que faz uso da terapia ocupacional de
crianças, de adultos e de idosos. As áreas reservadas a esse tipo de lazer devem estar
estrategicamente localizadas, de modo a não intervir nas demais área de lazer. Para as
crianças, são incluídos playgrounds, parquinhos de diversão, etc., enquanto que para os
idosos podem existir mesas e bancos fixos para jogos de xadrez, dominó, baralho, etc.
Estes ambientes também promovem a integração social dos usuários;
2.1.3. Lazer Esportivo: produz vários benefícios aos frequentadores no que diz respeito
à saúde física e mental. Como existe uma infinidade de esportes e cada qual necessita
de um espaço específico, não é difícil incluir áreas destinadas ao lazer esportivo em um
projeto, como por exemplo campos de futebol, quadras poliesportivas, pistas de cooper,
áreas para ginástica, piscinas, etc.;
2.1.4. Lazer Cultural: refere-se às áreas planejadas para a realização das diversas
manifestações culturais, envolvendo tanto profissionais como amadores, tais como
artistas, poetas, cantores, compositores, músicos, etc. Estas áreas podem ser
anfiteatros, teatros de arena, coretos, etc.;
d) Caracterização da área:
Localização: endereço, cidade, estado, coordenadas geográficas;
Dimensões: área do terreno a ser ajardinado;
Clima: definição das características climáticas do local de implantação do projeto;
Tipo de solo: definido a partir de análises químicas e físicas;
Características do terreno: referem-se, principalmente, à topografia, definida de
acordo com o levantamento topográfico da área;
Outras características que o paisagista achar relevante.
e) Características vegetais: discriminação da paisagem da região e das espécies
vegetais existentes na área (quando for o caso), por observação do local ou com base
em documentos, textos ou ainda informações verbais. Outros elementos existentes
também deverão ser levantados e descritos;
f) Informações sobre a construção de estruturas físicas: elaboradas por um
profissional especializado, discriminando detalhes da construção da estrutura planejada,
descrevendo com justificativas quando for necessário. A relação de materiais, bem como
as instruções para a implantação, também devem ser apresentados neste memorial;
g) Memorial botânico ou Lista de espécies: esse item constitui o Memorial Botânico,
constando da lista e da caracterização das espécies utilizadas. Contudo, esse memorial
poderá ser apresentado na forma de tabela no Projeto Botânico, e não aqui no Memorial
Descritivo;
h) Orçamentos e Cronograma de atividades: da mesma maneira que o memorial
botânico, as tabelas dos orçamentos e o cronograma de atividades também poderão
estar anexadas nesse documento;
i) Referências bibliográficas: material técnico usado para a elaboração do projeto
poderá estar listado nesse Relatório.
Sis. Irrigação x x x
Sis. Elétrico x x x
Aqui. mudas x
Covas x
Plantio x x
Conclusão x
f) Orçamento total do projeto: contendo o Resumo dos Custos, com a totalização por
operações e dos demais itens (Tabela 7).
TOTAL 3.981,30
4. ELEMENTOS DE TRABALHO
Na estética e composição de jardins, os elementos artificiais e os naturais fazem
parte do ambiente existente ou projetado. Consideram-se elementos artificiais aqueles
que são construídos ou colocados pelo homem no ambiente natural, tais como caminhos,
escadas, muretas, bancos, mesas, coretos, gradis, portões, tanques, caixas d’água,
piscinas, cascatas, vasos, lixeiras, postes, quadras esportivas, etc. Os elementos
naturais são aqueles existentes ou plantados no local, compostos por uma combinação
de componentes físicos (água, solo e clima) e biológicos (plantas e animais), tais como
gramados, árvores, bosques, pomares, maciços de arbustos, plantas aromáticas e
medicinais, hortas, orquidários, lagos naturais, etc.
4.1.1. Vegetação
4.1.2. Animais
Sempre que possível, os animais devem fazer parte do paisagismo, tendo em vista
apresentarem uma forma e colorido, enriquecendo a paisagem. Podem mostrar fins
ornamentais e/ou utilitários. Exemplo: aves (araras, papagaios, garças, pavões, faisões,
pássaros, etc.), peixes, lebres, tartarugas, etc. Além desses, existem ainda outros que
podem frequentar o jardim e, as vezes, nem se dá conta de sua presença, como alguns
pássaros e insetos que são atraídos pelas plantas ornamentais e pela água.
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4.1.3. Água
Além da água, um outro elemento natural presente com frequência nos jardins são
as pedras que, em diferentes tamanhos e formas, emprestam à paisagem belas
composições, sendo muito usadas para efeitos de contraste. O formato e o tipo das
pedras devem ser escolhidos em relação direta com o ambiente onde serão colocadas.
Os troncos e as raízes mortas de árvores também podem ser usados nos jardins;
porém, quando tratados, devido à artificialização, são incluídos na categoria de
elementos arquitetônicos.
escadas (tijolos, pedras, secções de toras de madeira, dormentes, lajes, etc.), podendo-
se aproveitar a parte superior como mirantes.
Podem apresentar várias formas e larguras, serem permeáveis ou impermeáveis,
devendo ocupar a menor área possível, pois setorizam o jardim, ou seja, fazem um
zoneamento dos espaços, dividindo o terreno e as áreas ajardinadas.
A pavimentação pode ser feita com diferentes materiais: pedras toscas, lajotas de
concreto, seixos rolados ou branco, ladrilhos, tijolos prensados ou de barro, lajotas de
cimento ou granito, mosaico português, saibro, asfalto, brita, cimento, placas de
concreto, paralelepípedo, ardósia, pedrisco, cerâmica, dormentes, cruzetas, tábuas de
madeira, arenito, etc.
4.2.3. Iluminação
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O jardim não é feito apenas para ser frequentado durante o dia, podendo se
converter em ambientes extremamente agradáveis, com ótimos efeitos visuais
produzidos pela iluminação artificial durante à noite, além do aspecto de segurança.
Deve ser planejada com a intensidade aproximada da iluminação interna, lembrando-se
de que os focos de luz não devem incidir diretamente sobre as pessoas. A iluminação,
além de ser funcional, é também decorativa, servindo para focalizar a luz sobre a planta,
deixando o fundo no escuro; iluminar apenas um setor focando a parede com objeto na
frente enfatizando sua silhueta, com foco por trás e de baixo para cima (objetos com
transparência) ou com foco sobre a planta de modo a conseguir sua sombra sobre a
parede.
As luminárias podem servir para uso do jardim à noite, para realce e para
valorização de elementos que merecem destaque, ornamentar o jardim quando possui
características peculiares interessantes e criar efeitos especiais. Dependendo do
objetivo da iluminação, são escolhidas as luminárias adequadas para cada situação, as
quais são classificadas em:
a) Projetores Ou Spots: usados para criar efeitos de iluminação direcionada, chamando
a atenção para algum ponto específico; para ressaltar um componente em destaque no
jardim, tais como uma árvore, arbusto, estátua, escultura ou fonte. Podem ser usados
também para iluminar as margens de lagos, piscinas, proximidade de bancos ou mobília
de play-ground. Existem peças que ficam enterradas no solo, deixando aparente apenas
a parte superior, que possui proteção especial;
b) Espetos: assim como os spots, os espetos são usados para dar destaque em
arbustos, massas arbóreas e forrações. A grande vantagem é que oferecem maior
maleabilidade, pois podem ser facilmente transferidos;
c) Balizas ou Balizadores: usadas para orientar e clarear as vias de acesso, de
circulação (caminhos, escadas e rampas), ou colocadas em meio a canteiros e arbustos,
camuflando-se entre a vegetação, de maneira a iluminá-los sem aparecer. Apresentam-
se de forma tubular, podendo ser de diversos materiais. Por oferecer potência de
iluminação menor do que os postes, são perfeitos para quem gosta de admirar o céu à
noite;
d) Postes: encontram-se com vários formatos, que vão desde o esférico tradicional até
as versões mais modernas. Sua iluminação é maior, mais uniforme e não dirigida, sendo
usados em áreas extensas, áreas de permanência (recantos com bancos), locais de
circulação de veículos e de pessoas, áreas planas como os gramados, e para destacar
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mosaicos florais ou corbelhas. Como a iluminação é feita de cima para baixo, o ideal é
que sejam mais altos para não ofuscar a vista;
e) De Parede: podem ser usadas em portões, porta de acesso ao jardim, pontos
estratégicos da fachada da residência ou muro;
f) Outros Equipamentos: tocheiros, luminárias pendentes e bolas de cerâmica, que
servem também como objetos de decoração.
A coloração da luz também é importante, tendo grande influência no efeito visual
que se quer produzir. A luz verde pode ser usada para iluminar arbustos e folhagens das
copas de árvores, enquanto a luz rosa é ideal para folhagens de coloração cobre; já a
luz vermelho-escura serve para realçar as flores, e a amarela é recomendada para
iluminar troncos de árvores; para estátuas ou estruturas que se destacam, não é
necessário o uso de luz colorida.
Em relação ao tipo de luz, podem ser encontradas no mercado:
a) Luz Fluorescente: consome pouca energia. Podem ser lâmpadas tubulares (40w),
colocadas de 45-60cm acima das plantas, se possível com um refletor para direcionar e
difundir a luz e, de preferência as de luz amarela por serem mais agradáveis no jardim;
b) Incandescente: tradicional, continua sendo a melhor fonte de luminosidade artificial
para as plantas. Porém, esquenta bastante e necessita ser protegida da chuva e do
relento. Existe também a lâmpada anti-insetos, indicada para ambientes abertos
próximos a bancos, por exemplo;
c) Halógena: se parece com a incandescente em termos de luminosidade e consumo,
mas suporta intempéries e tem um faixo de luz direcionado. É ideal para áreas externas,
por serem mais quentes, pequenas, duráveis e reproduzirem fielmente as cores;
d) De Mercúrio: é desfavorável para a vida noturna das plantas, prejudicando seu
metabolismo, além de atrair muitos insetos. Apresenta luz prateada;
e) De Vapor De Sódio: ideal para dar profundidade em áreas grandes, apresentando
luz amarela;
f) Light Emission Diod - LED: é o futuro da iluminação de jardins. São pequenas placas
de pontos de luz que já vêm fixadas em uma luminária. Para emitir a mesma luz de uma
lâmpada halógena PAR de 50w, consomem apenas 10w e têm uma vida útil de 100 mil
horas. Pequenas, estas luminárias interferem muito pouco no paisagismo; porém o custo
ainda é alto (cerca de R$ 580,00 por peça).
Como a iluminação artificial pode trazer algum prejuízo às plantas, podem ser
usadas lâmpadas especiais, que emitem quantidade suficiente de radiação luminosa nas
faixas do vermelho e do laranja, o que permite melhor desenvolvimento dos vegetais.
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4.2.4. Divisórias
4.2.5. Mobiliário
5. IMPLANTAÇÃO DE JARDINS
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reduzir a dose para cerca de 3 a 5L.m-2, por ser mais concentrado em termos de
nutrientes.
O adubo mineral pode ser simples (formado a partir de uma única substância
usada como fonte de fertilizante, podendo conter um ou mais nutrientes), ou formulado
(NPK – formados pela mistura de mais de uma fonte de fertilizante simples, em
proporções adequadas para se obter as concentrações de nutrientes desejadas). Pode
ser aplicado junto com o orgânico, ou posteriormente em cobertura.
5.2.1. Coveamento
A dimensão da cova a ser aberta dependerá do porte da espécie que será plantada
no local, podendo ser com as seguintes dimensões:
Árvores: 60x60x60cm;
Arbustos: 30x30x30cm ou 40x40x40cm;
Forrações e floríferas: dimensões da embalagem;
Palmeiras: dimensões do torrão = . 60x60x60cm ou 40x40x40cm.
5.2.2. Plantio
c) Plantio em quincôncio: disposição retangular em que, além das plantas dos vértices
do retângulo, aparece uma quinta planta ocupando o centro da disposição. Usado em
canteiros, gramados, bosques, agrupamentos em geral (usa-se menor número de
plantas do que no plantio em quadrado):
N = S/(C2 x 0,666)
É necessário um solo profundo, bem drenado, de textura franca, com boa aeração,
teor adequado de matéria orgânica e nutrientes minerais. Para a cova, sugere-se
60x60x60cm ou 40x40x40cm, conforme o porte da espécie.
(150g.m-2). Juntamente com esta adubação, também aplica-se adubo orgânico, nas
seguintes quantidades:
Composto orgânico = 200g.m-2 , ou
Esterco de curral = 200 g.m-2 , ou Esterco de galinha = 60 g.m-2 , ou Torta de
mamona = 30g.m-2 .
Ainda é aplicado 4-14-8 + Zn (50g.m-2), incorporando-o ligeiramente ao solo. Faz-
se, então, o plantio da grama:
a) Plantio de placas: as placas são justapostas. Se ficar algum espaço entre elas, esse
deve ser preenchido com uma mistura, em partes iguais, de areia e matéria orgânica
isenta de sementes de plantas daninhas. Por meio de soquete, pressiona-se
vigorosamente as placas contra o solo. Se houver necessidade, em caso de terreno
inclinado, as placas podem ser mantidas no lugar através de estacas de madeira ou
bambu, fincadas no sentido perpendicular à declividade do terreno. Rega-se
abundantemente e repete-se a operação algumas vezes por semana, durante um ou
dois meses até que o gramado se encontre bem consolidado. Após o pegamento das
placas, durante o período chuvoso, aplica-se 10g.m-2 de uréia dissolvida em 20L de
água, repetindo a operação um mês depois;
b) Plantio por rolos: idem ao de placas;
c) Plantio por mudas ou touceirinhas: o preparo do solo é o mesmo para placas. As
mudas são plantadas com espaçamento de 10-15cm, introduzindo-as no solo; as
touceiras são plantadas com espaçamento de 20x20cm até 30x30cm, tomando-se o
cuidado para que a base das folhas fique em nível com a superfície do solo. Em alguns
meses o gramado estará fechado; porém, para que não haja concorrência com as
plantas daninhas, essas devem ser retiradas periodicamente. Os passos seguintes são
os mesmos para placas;
d) Plantio por sementes: a quantidade de sementes a ser usada por metro quadrado
varia de acordo com a espécie e fornecedor. A semeadura deve ser feita na primavera
ou outono, evitando-se períodos de forte pancadas de chuvas que poderiam arrancar as
sementes ou danificar as mudas recém-nascidas. As sementes devem ser
uniformemente distribuídas por toda a superfície, passando-se uma vassoura flexível ou
outro equipamento em seguida, de modo a enterrá-las no máximo até 3mm de
profundidade. Logo após, passa-se um cilindro compressor para agregar bem as
sementes ao solo. Recomenda-se a cobertura e proteção do solo com uma leve camada
de cobertura morta, retirando-a assim que as sementes começarem a germinar.
Irrigações leves e frequentes deverão ser realizadas desde e imediatamente após a
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6. MANUTENÇÃO DE JARDINS
Regras básicas para a manutenção de um jardim:
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equilibrada como 10-10-10 (30g.m-1 linear/vez), sendo a primeira logo no início das
chuvas e três posteriores durante o período chuvoso;
e) Para trepadeiras: usa-se 300g de 10-10-10 após o pegamento da muda, divididas
em duas ou três parcelas durante o período chuvoso.
6.2. PODAS
As podas mutilantes devem ser evitadas. Controlar o crescimento da copa tem
sentido apenas para direcionar a ocupação do espaço que lhe foi destinado, nunca
delimitar o volume da copa.
6.2.1. De Formação
6.2.2. De Floração
6.2.3. De Limpeza
A poda de limpeza consiste em uma poda leve, simples, para a retirada de ramos
secos, doentes, praguejados ou com alguma inconveniência.
6.2.4. De Correção
6.2.5. De Rejuvenescimento
d) Japonês: ganha um significado muito especial, ditado pela filosofia do povo japonês.
Cada espécie é muito valorizada e seus recantos levam, quase sempre, as pessoas à
meditação;
e) Tropical: toda exuberância da flora das regiões tropicais está presente neste estilo,
que utiliza, predominantemente, espécies nativas e traduz-se em um jardim de desenho;
f) Ambiental: é uma paisagem na qual a prioridade consiste em recuperar a vegetação
nativa;
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g) Ecológico: bastante atual, esse tipo de jardim segue uma tendência que surgiu na
Alemanha.
Tem-se na China a menção mais antiga de jardins, onde se crê que o homem,
agrupando plantas, procurando imitar a natureza, estabeleceu as bases de um jardim
que foi o embrião do estilo paisagístico naturalista, informal. Este estilo apresenta as
seguintes características:
Jardim com predominância de linhas curvas e graciosas, livres;
Superfícies onduladas;
Uso de plantas perenes de crescimento livre;
Uso de muitas folhagens;
Figuras indefinidas;
Plantas naturais nos lugares certos;
Trilhas de largura variável;
Traçado acompanhando os acidentes do terreno;
Sem uso de filas indianas, plantas podadas segundo as formas, cercaduras,
bordaduras e terra aparente;
Exemplos: chinês, inglês e japonês: este estilo chegou ao Japão no século VI e na
Inglaterra no século XVIII.
Pouco depois da China, considerada o berço da jardinocultura, surgiu no Egito e
Pérsia uma outra tendência que, por muito tempo, iria dominar o mundo: a dos jardins
regulares e geométricos, chamado de estilo clássico, geométrico ou formal, cujas
características são as seguintes:
Jardim regular, com predominância de linhas retas e geométricas;
Jardins simétricos, de formas artificiais; Vegetação rigidamente podada;
Canteiros com cercaduras e bordaduras;
Grande trabalho de manutenção;
Elevado custo de implantação;
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bosques, plantas isoladas e grupos de árvores não muito numerosas. Usavam-se até
mesmo árvores mortas, implantadas para decoração. Através dos jardins, os ingleses
expressaram o gosto pelo natural, com riachos sinuosos e flores delicadas. O povo inglês
típico é fechado, circunspecto e considerado frio. Suas cidades são cinza durante muitos
dias por ano, mas seus jardins são graciosos, alegres e leves. Esta dualidade talvez seja
uma tentativa de compensação de sua forma característica de expressão.
Os jardins japoneses datam de 710 da Era Cristã, um pouco antes da Idade Média,
porém, adquiriram maior expressividade nos séculos XV e XVI. Praticamente sem
plantas, enfatiza a visão, contemplação e meditação, devido aos fatores sociais,
religiosos e ambientais do país. O Japão é formado por quatro ilhas e inúmeras outras
de menor importância, com limitações territoriais: relevo montanhoso, sendo possível
cultivar apenas 1/5 de seu território. Assim, em sua evolução histórica, o jardim
naturalista da China passou ao Japão no século V, sofrendo modificações e adaptando-
se à cultura e filosofia japonesa. A natureza não era simplesmente imitada; para o
japonês, o jardim é mais do que uma simples representação da paisagem, sendo
considerado, dentro do simbolismo que cada peça encerra, uma verdadeira mensagem
espiritual. Os jardins japoneses são profundamente místicos. O verdadeiro jardim
japonês nasceu na época Kamakura (1185-1392), inspirado no Zen-budismo, sendo
conhecido por jardim paisagem, por lembrar as composições da pintura oriental.
Frequentemente, seu centro é vazio, estando os elementos dispostos nos contornos,
dando impressão de assimetria. Houve dois períodos bem definidos no estilo japonês:
Período Muromachi – jardins monocromáticos, pedras com musgos e cascalhos
em volta.
Período Momoyama – paredes pintadas, jardins coloridos, arbustos topiados para
não competirem com as pedras.
No primeiro período, há uma ligação estreita entre o paisagismo e a pintura. Como
a pintura se tornou monocromática nos primeiros anos do século XV, com tendência para
a abstração, os jardins também acompanharam esta tendência, não apresentando flores
e cores, apenas algumas rochas sobre o cascalho branco e, muitas vezes, sem
vegetação ou com apenas alguma porção de musgo. A composição se baseava em
agrupamentos simbólicos com elementos inertes (pedras e areia fina). Estes jardins eram
construídos para que as pessoas contemplassem um ponto fixo, de onde podiam
observar todo o conjunto, explicando as dimensões reduzidas e o uso de vegetais
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miniaturizados. A disposição dos elementos se dava com muita sabedoria, onde cada
um tinha um sentido simbólico. Muitas vezes apresentavam elementos contrários (Yin e
Yang dos chineses): a tartaruga (pedras) e o grou (arbustos podados), que simbolizavam
a matéria e o espírito; a montanha e a cascata; o mar (água ou cascalhos brancos
ajeitados com ancinho, lembrando o movimento da água) e as ilhas, o macho e a fêmea.
Somente a partir de meados do século XVI (1573-1615), houve o ressurgimento da arte
figurativa, colorida e exótica. Os elementos básicos são a água (riachos, cascatas, lagos,
etc.), pedras e plantas como o bambu, azaléia, camélia, grama japonesa, cerejeira,
glicínia, tuia e outras. Quando a cerejeira florescia, fazia-se a cerimônia do chá embaixo
da árvore. As pedras devem ser colhidas em leitos de rios, e nunca dantes utilizadas;
sua disposição deve ser natural, sugerindo que a natureza as colocou ali; deve-se usar
número ímpar (3, 5 ou 7), números da felicidade e que representam a harmonia do
karma. O número ímpar trazia sorte. A água espelha a imagem e induz o homem a
enxergar a si mesmo, é símbolo de purificação e seu gorgolejar suave correndo entre as
pedras convida à reflexão. O bambu dobra-se ao vento sem quebrar, sugerindo
adaptação às situações adversas sem se deixar vencer. É uma planta reta, correta, para
cima, como deveria ser o homem. Seu crescimento ereto e sem curvas simboliza a
retidão de princípios e integridade desejável nos membros da sociedade. O som do vento
em suas folhas e os raios do sol filtrados são espetáculos tranquilizantes que elevam o
espírito para esferas mais altas. Também são utilizados o monjolo e pontes. As pontes
sugerem uma viagem mental através da contemplação; atravessá-la equivale a atingir
outras esferas, quase sem sair do lugar. O barulho intermitente dos monjolos empresta
uma aura de misticismo ao lugar sagrado.
São feitos caminhos sinuosos de pedra ou cascalho, que permitem percorrer o
jardim desfrutando sua beleza e descobrindo novos ângulos a cada passo. Além disso,
alongam a caminhada, possibilitando mais tempo para meditar. As lamparinas dão uma
conotação de luz que guia as pessoas nas trevas, as lanternas de pedras que são
iluminadas ao entardecer, os caminhos formados por uma sucessão de pedras
irregulares ou passeios recobertos de areia. Usavam materiais resistentes, as mais
duradouras pedras, cascalhos e vegetação não florífera, devido à preocupação com a
influência da luz solar, as mudanças sazonais e a ação do tempo sobre o
desenvolvimento das plantas, tentando manter o jardim sempre com a mesma aparência,
em uma sugestão de perenidade. Assim, as flores anuais e bianuais eram banidas. O
trabalho de manutenção era grande, com constantes podas. Enriqueceram mais estes
jardins, acrescentando estímulos para os sentidos humanos; usavam matizes sutis de
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cores e formas perfeitas, para estimular o sentido da visão. Os sons das águas e dos
ventos criavam mistérios auditivos. E, ainda, os perfumes compunham o clima exótico,
estimulando o olfato. Os japoneses se caracterizam como um povo extremamente
espiritualizado, e a sua história indica que estiveram sempre expostos a movimentos
agressivos da natureza, como terremotos e maremotos. Em seus jardins só utilizavam
plantas perenes, criando, assim, um quadro estável e seguro em qualquer estação do
ano, apesar da dura realidade da inconstância da natureza. Apaixonado por detalhes e
formas sintéticas, os jardins japoneses, até hoje, são muito elaborados e todas as plantas
são valorizadas. Os bonsais representam as miniaturas do mundo externo. Começaram
a ser criados por um verdadeiro movimento de rebeldia (consciente ou não) dos monges
japoneses. Uma das crenças das religiões japonesas, budistas e maoístas, fala da
importância do desapego, de coisas e sentimentos. Para exercitar este desapego, os
monges eram constantemente transferidos dos mosteiros onde viviam para outros em
outras cidades. Mas a necessidade humana da "referência" falou mais alto, e estes
homens começaram a fazer mudas de árvores, símbolo da paisagem de seu local de
origem, transportando-os para seus novos lares. Para possibilitar o transporte,
desenvolveram a técnica da miniaturização das espécies arbóreas plantadas em vasos.
Estes símbolos mantinham vivos a necessidade humana da referência do ambiente
conhecido. De forma geral, os jardins japoneses eram os jardins chineses em miniatura,
no formato Lago-ilha, com transposição da água por meio de pontes. Inicialmente era
xintoísta, depois budista. Os elementos sempre representam algo: 3 pedras de 3
tamanhos diferentes = 3 gerações (pai, filho, neto); as lanternas de argamassa = a luz
do caminho; a ponte que conduz a uma ilha = instrumento para chegar ao todo poderoso.
Atualmente, os jardins japoneses conservam as características essenciais da arte
japonesa: a assimetria e a importância dos espaços vazios, a vegetação continua sendo
usada com parcimônia – apenas musgos e pinheiros e praticamente sem flor.
3.2.2. Holandês
Por ser a Holanda é um país pequeno (300x200km), seus jardins eram os jardins
franceses em miniatura. Os holandeses também não fugiram, no início, das influências
francesas e italianas. Porém, devido à topografia plana, hábito de cultivo de plantas
bulbosas (em especial a tulipa) e ao seu gosto pelas cores, criaram jardins mais
compactos e graciosos. Eram divididos em múltiplos recintos, apresentando túneis
sombreados por trepadeiras. As partes centrais eram formadas por intricados grupos
florais; fontes douradas, baixas, jorrando água em pequenos tanques, rodeados de
cercas vivas de bordadura baixa. Os ciprestes recebiam podas formando círculos
sobrepostos; portões de ferro fundido fechavam os jardins. Isso ocorreu do século XVII
ao XVIII. Os jardins modernos holandeses têm uma agradável forma doméstica, com
especial ênfase nas tulipas, narcisos e jacintos, distribuídos com capricho encantador.
= Parque de Keukenhof – é aberto uma vez ao ano, em abril (época das tulipas),
onde pode ser visto:
suavidade do talude para evitar que as crianças corram e caiam na água; linha
perfeita, obstruindo de uma só vez a vegetação lacustre e, desta forma,
interferindo no criatório de insetos;
jogo de cores;
Narciso: flor que está sempre olhando para ela mesma.
IV – PLANTAS ORNAMENTAIS
1. PLANTAS ARBUSTIVAS
Os arbustos são plantas lenhosas ou semi-lenhosas, cujo caule é ramificado desde
a base, não havendo, portanto, um tronco indiviso (como nas árvores). São exemplos de
plantas ornamentais arbustivas :
Mil cores = Breynia nivosa
Camarão-amarelo = Pachystachys lutea
Árvore-da-felicidade = Polyscias guilfoylei Roseiras = Rosa sp.
Camélia = Camellia japonica
Caliandra = Calliandra sp.
Hortênsia = Hydrangea macrophylla
Pingo-de-ouro = Duranta repens
Azaléia = Rhododendron x simsii
Abélia = Abelia x grandiflora
Acalifas = Acalypha sp.
São elementos vegetais que possuem um importância fundamental no paisagismo,
ocupando, quase sempre, papel muito variado nos arranjos de um jardim. Os arbustos
floríferos enriquecem as composições e aqueles de folhagens dão cor constante
durante o ano, valorizando as árvores e demais plantas que os cercam. De modo geral,
são plantas que aceitam podas, o que harmoniza a sua condução, permitindo ou obter
um formato ajustado ao jardim onde estão inseridos, ou a formação de figuras
(denominadas topiárias).
1.2. CLASSIFICAÇÕES
Apesar da maioria não ultrapassar 3,0m de altura, o tamanho determina pouco, já
que depende muito das condições climáticas do local, tais como temperatura, luz,
precipitação pluviométrica, etc., e das condições químicas, físicas e biológicas do solo.
Conforme seu porte, os arbustos podem ser classificados em três categorias:
Arbustos baixos: com menos de 0,5m de altura. São usados, de preferência, na
beira de caminhos e canteiros, para cobrir caules esteticamente indesejáveis de arbustos
mais altos, ou como contorno em passagens e caminhos. São usados em bordadura,
separação de ambientes, junto de muros, maciços florais;
Arbustos médios: com porte entre 0,5m a 1,50m de altura. Usados para formar
maciços destinados a disfarçar as linhas retas e monótonas das bases das construções;
no meio de gramados; isolados; em fileiras guarnecendo cercas e gradis, obstruindo a
visão da parte baixa e desnuda de plantas mais altas; em conjunto como pequenas
cercas vivas, junto de muros ou de paredes, em caminhos laterais para a condução de
pedestres; como centro de interesse, etc.;
Arbustos altos: com porte acima de 1,50m até 3,0m de altura. Usados para formar
cortinas de proteção de olhares (excelentes barreiras visuais); à beira de muros ou ao
pé de edifícios, à frente e ao redor de árvores mais altas formando maciços; na
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composição de cercas vivas; como centro de interesse; como renques (proteção contra
ventos).
Existe, ainda a arvoreta, que refere-se a todo arbusto conduzido de forma a
apresentar um fuste (tronco) único, cultivado em vasos ou recipientes diversos.
Exemplos: ligustro (Ligustrum sinense) e buxinho (Buxus sempervirens). Já,o
subarbusto apresenta um caule lignificado apenas na base, do qual nascem
anualmente suculentos que, geralmente, secam após cada florada, como pode ser visto
na hortênsia (Hydrangea macrophylla).
Quanto à exigência em luminosidade, os arbustos podem ser de:
a) Pleno sol: acalifa, agave, azaléia, bambu, bananeira de jardim, camarão, cana-da-
Índia, cróton, dracena, escovinha, ixora, strelitzia, hibisco, hortênsia, mussaenda, bico-
de-papagaio, sheflera, pândano, sanquésia, etc.;
b) Meia-sombra: afelandra, ardísia, azaléia, brinco-de-princesa, camélia, cordiline,
cróton, dracena, ixora, hortênsia, jasmim-do-cabo, justicia, poliscia, etc.;
c) Sombra: ardísia, brinco-de-princesa, dracena, cordiline, poliscia, sheflera, etc.;
d) Obscuridade: aucuba (Aucuba japonica), ficus, etc.
Os arbustos podem ter a copa de diferentes formatos: obovada, achatada, semi-
elíptica, irregular, espalhada, vaso, arredondada, capitata, aberta e prostada.
Na escolha da espécie para cerca viva, todos os arbustos podem ser usados.
Contudo, deve-se atentar para o fato de que, enquanto as mudas estiverem em fase de
desenvolvimento, possivelmente não acusarão nenhum problema. Porém, após algum
tempo, estas podem decair devido ao fechamento da vegetação, proporcionando um
microclima favorável ao desenvolvimento de insetos-praga e doenças, ou pela
competição das plantas, entre si, por água, luz e nutrientes minerais, fazendo com que
alguns indivíduos amareleçam, cresçam menos ou até mesmo morram. Por estes
motivos, deve-se usar somente espécies já experimentadas há anos e plenamente
adaptadas às condições edafoclimáticas da região.
A indicação da variedade apropriada é de extrema importância, devendo possuir
as seguintes características:
ser decorativa e com belo efeito ornamental;
possuir folhagem permanente; permitir podas drásticas (cerva viva formal);
vegetar bem em solos pobres;
ser tolerante à seca; suportar eventuais geadas e ventos fortes;
resistir ao ataque de pragas e incidências de doenças;
não ter dimensões muito grandes;
não crescer muito rápido.
2. PLANTAS HERBÁCEAS
As plantas herbáceas (gramados, folhosas e floríferas, anuais e perenes) são
vegetais de tamanho limitado e ciclo de vida geralmente menor do que dois anos (anuais
e bienais), podendo algumas ser perenes. Apresentam caule e ramos de consistência
suculenta, tenra, não lenhosa, de porte variado: algumas não ultrapassam 10cm de altura
(como o musgo Selaginella uncinata); outras têm porte avantajado (Agave spp.).
de porte baixo, que marca o limite de um canteiro ou que se presta para formar desenhos
decorativos. São mantidas com seu porte natural ou por meio de podas cuidadosas.
A forração é um termo normalmente usado para definir plantas com crescimento
horizontal maior do que o vertical, apesar de possuírem hábito de crescimento horizontal
ou vertical, dependendo da espécie. As espécies classificadas como forração não
resistem ao pisoteio. Diferentemente, as gramas são plantas que, em sua maioria,
suportam certo pisoteio.
As forrações possuem múltiplas soluções paisagísticas, podendo ser usadas com
diferentes fins:
revestimento do solo, protegendo-o contra erosões, evitando a formação de poeira
e lama;
para quebrar a monotonia da cor verde dos gramados, usando-as intercaladas a
estes;
dependendo da espécie ou variedade, pode-se obter diferentes graus de coloridos
e texturas no espaço considerado;
fazer o acabamento em jardins, em composição com espécies de porte maior;
recobrimento do solo em locais onde há impossibilidade de uso de gramas;
integram o gramado às outras plantas;
manter a umidade do solo;
evitar a incidência de plantas invasoras;
criam-se possibilidades paisagísticas infinitas, devido à imensa variedade de
plantas.
Apesar de exigirem como área de implantação um local onde não haja circulação
de pessoas, muitas delas apresentam a vantagem de prosperarem em locais
sombreados, onde as gramas não cresceriam; algumas toleram solos encharcados e
outras desenvolvem-se bem em lugares inclinados ou no meio de rochas.
O uso das diferentes forrações depende do gosto e da área disponível.
Recomendam-se espécies mais altas para áreas maiores e espécies menores para área
pequenas. Podem ser usadas de diferentes maneiras (uso paisagístico):
em vasos colocados em ambientes de luminosidade indireta;
sob árvores, como pendentes ou junto do tronco;
junto a muros e paredes, com luminosidade indireta;
em jardins de “inverno”;
junto de arbustos de porte médio a grande, para forrar o solo;
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em floreiras ou jardineiras;
para redução do trabalho de manutenção em áreas sombreadas;
em canteiros sob diferentes condições de luminosidade.
a) para solos áridos ou secos: Sedum sp. (Dedinho de moça) e Echeveria sp.;
b) para solos íngremes e necessitando de proteção contra a erosão: Wedelia
paludosa (vedélia);
c) para valorizar o intenso colorido: Ajuga (Ajuga reptans), celósia-plumosa (Celosia
argentea);
d) para pleno sol: trapoeraba-roxa (Tradescantia pallida, purpurea);
e) para meia-sombra: marantas (Calathea sp.), trapoerabarana (Tradescantia zanonia);
f) para pleno sol e meia-sombra: abacaxi-roxo (Tradescantia spathacea), lambari
(Tradescantia zebrina).
c) Plantas de meia-sombra:
d) Plantas de sombra:
2.2.2. Floríferas
As herbáceas floríferas são assim chamadas por ser a beleza de suas flores a
responsável pelo seu cultivo, como as orquídeas e begônias. Além da beleza, a flor serve
de guia muito útil na identificação das plantas. A cor varia muito, desde a branca até a
violeta, assim como outras características, indo de homogênea a heterogênea, de
simples a composta, perfumada ou não, dentre outras. O tamanho é também bastante
variável, desde o microscópico até a gigante vitória-régia. É justamente a associação de
tom, forma, cheiro e variedades que faz com que as flores sejam tão queridas e
procuradas. Cada espécie requer cuidados especiais, mas a maioria exige basicamente
mais luz do que as plantas de folhagem para se desenvolver. São exemplos de floríferas:
a) Plantas de sol:
Aptenia cordifolia - rosinha-de-sol
Bidens tinctoria - margaridinha-escura
Gazania rigens – gazânia
Evolvulus pusillus – gota-de-orvalho
Lobularia maritima – alisso
Acalypha reptans – rabo-de-gato
Belamcanda chinensis – flor-leopardo
Dietes iridioides – moréia
Iris germanica – íris
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c) Plantas de meia-sombra:
3. PALMEIRAS
As palmeiras são plantas monocotiledôneas, uma das mais características da flora
tropical e mais antigas do globo terrestre, de grande uso nos jardins. Típicas dos trópicos,
com exceção das tamareiras (Phoenix sp.) provenientes de áreas desérticas, e das
palmeiras washingtonia, sabal e livistona, que são de clima temperado. Desta forma, de
maneira geral, apresentam melhor desenvolvimento quando cultivadas em regiões de
clima quente. As palmeiras estão entre as plantas mais antigas do globo, e seus vestígios
remontam a mais de 120 milhões de anos. As palmeiras podem ser usadas na fabricação
de artesanatos e telhados (folhas), para extração de cera vegetal (carnaúba e ceroxylon),
de óleo vegetal (babaçu, dendê e coco-da-bahia) e de fibras; seus frutos e palmitos
podem ser usados na alimentação humana (doces, pastéis, sucos, bolos, etc.), além do
uso no paisagismo de diferentes formas.
b) Caule tipo estipe: alongado, cilíndrico ou cônico, com folhas terminais. É duro, não
possui casca no sentido comumente usado para a palavra. Existem espécies de caule
único (simples e solitário), ou múltiplos (vários caules, formando uma touceira) (jacitaras
– Dypsis lutescens e Cariota mitis). Não apresenta ramificações, com exceção da
Hyphaene thebaica do norte da África, que apresenta-se ramificada à semelhança de
uma árvore. Existem também representantes acaules (com caules subterrâneos e folhas
que nascem ao nível do chão), como o indaiá-do-campo (Attalea geraensis) e pindorba-
da-serra (Attalea humilis). A altura pode variar de 0,50m até 50m (Ceroxylon
quindiuense). O caule das palmeiras ainda pode ser liso (sem qualquer revestimento),
revestidos por bases remanescentes do pecíolo de folhas já caídas há muito tempo
(licuri-Syagrus coronata e carnaúba-Copernicia prunifera), revestidos de espinhos
(macaúba-Acrocomia aculeata), revestidos por uma massa de pêlos (Coccothrinax
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f) Frutos: do tipo drupa (uma semente envolvida por um endocarpo rígido) ou bagas
(uma a três sementes envolvidas por um endocarpo mole), indeiscente, na maioria das
vezes de coloração amarela, vermelha ou preta, ornamentais. Os frutos, no geral, são
de forma globosa, ovalada, cônica ou alongada, de tamanho variável desde cerca de um
grão de arroz ou ervilha até excepcionalmente grande com peso em torno de 20kg como
os do coqueiro-do-mar (Lodoicea maldivica);
3.4.2. Folhas:
3.4.5. Curiosidades:
3.6. PROPAGAÇÃO
A maioria das palmeiras se propaga por sementes; algumas espécies são capazes
de entouceirar tornando a propagação vegetativa mais prática, por meio de divisão de
touceiras quando cespitosas (entouceiradas), como a Rhapis sp., Chamaedorea sp.,
Cariota mitis, etc. Pode-se, ainda, partir para a alporquia (Chamaedorea elegans) ou
multiplicação por meio da cultura de tecidos, especialmente a cultura de embriões, como
feito em Veitchia montgomeriana, Acrocomia aculeata, Elaeis guianensis (dendezeiro) e
Phoenix dactilifera.
3.6.1. Por sementes: se os frutos forem colhidos imaturos, a germinação é muito falha
ou não ocorre, pois o endosperma ainda se encontra aquoso, não solidificado. A taxa de
germinação das palmeiras é baixa e desigual, onde mais de 25% das espécies demoram
mais de um ano para germinarem, apresentando menos de 20% de germinação. Devem
ser preparadas da seguinte maneira:
Usar sementes de frutos recém-colhidos;
Quando houver necessidade de acondicionamento das sementes, este deve ser
feito por cerca de 2 a 3 meses em sacos plásticos bem fechados em temperatura de 18-
24ºC. As sementes devem ser tratadas com fungicidas (Captan ou Thiran);
A semeadura pode ser feita em qualquer época do ano, desde que se tenha
temperatura e umidade adequadas;
Retirar a casca e polpa (epicarpo e mesocarpo) do fruto. A despolpa pode ser feita
de maneira manual ou mecanicamente;
Fazer a higienização das sementes: água sanitária diluída em água em uma
proporção de cerca de 10% por cerca de 15 a 20 minutos, e após devem ser lavadas
para a remoção da água sanitária; Algumas plantas apresentam polpa contendo
substâncias alergênicas e irritantes; nestes caso, devese usar luvas;
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Pode-se fazer a imersão das sementes em água para facilitar a germinação das
sementes, com o cuidado de trocar a água diariamente para evitar a fermentação;
Quando houver necessidade de transporte das sementes, este deve ser realizado
com uso de esfagno umedecido;
Semeá-las a pouca profundidade, em sulcos, não necessitando deixar nenhum
espaçamento entre as sementes. A germinação é lenta, podendo demorar mais de ano.
Usa-se um substrato muito bem preparado. O substrato deve ser estéril, com boa
capacidade de drenagem e aeração, podendo-se usar areia grossa de rio lavada, perlita,
cinzas, terra vegetal, vermiculita ou substrato comercial pronto. Usa-se a mesma
profundidade e espaçamento do próprio tamanho. A semeadura normalmente é feita em
canteiros, podendo, ainda, ser feita em vasos, bandejas e sacos plásticos. Canteiros:
1,20m de largura no máximo para facilitar o trabalho, localizado em estufas ou telados;
A cobertura dos sulcos é feita com o próprio material. Após a semeadura, deve-se regar
e manter o substrato sempre úmido. As sementes grandes podem ser semeadas
diretamente em recipientes individuais (vaso ou lata, com 4 a 5 litros de capacidade). A
temperatura ótima para germinação está em torno de 24ºC a 28°C (UR de 70%); em
temperaturas baixas as sementes não germinam. O tempo gasto para a germinação
varia de algumas semanas até anos.
Após a semeadura, regar e manter o substrato sempre úmido;
tempo. Uma mangueira é colocada por dentro da aniagem ao longo da planta para que
seja molhada por toda a sua extensão. Retira-se, ao mesmo tempo, metade das folhas
para equilibrar a transpiração com a redução da absorção de água pelas raízes. Após
ter sido transplantada, recomenda-se irrigar a planta duas vezes ao dia, por cerca de 90
dias. Esta irrigação deve ser feita tanto na cova, como na gema apical, por meio de uma
mangueira furada colocada na cova de plantio (1,0-1,8m de largura x 1,0m de
profundidade) para fazer a irrigação da raiz (por pelo menos 5 minutos, garantindo que
a água chegue a todo o torrão), e outra mangueira no topo da palmeira, levando água
para o início das folhas. O topo da palmeira deve receber água por cerca de 3 minutos,
tempo suficiente para umedecer o tecido e para a absorção da água pela planta.
Recomenda-se fazer um bom escoramento da planta, em no mínimo três pontos, para
evitar que essa se balance com o vento, por cerca de 90 dias. O principal cuidado para
se garantir a sobrevivência da palmeira é a irrigação, evitando-se a desidratação;
3.7.MANEJO
3.7.1. Plantio: as mudas podem ser plantadas em local definitivo, em qualquer época do
ano, preferencialmente nos meses mais quente, para que haja melhor desenvolvimento,
em covas de tamanho adequado a cada espécie. Recomenda-se solo profundo, bem
drenado, de textura franca, com boa aeração, teor adequado de matéria orgânica e
nutrientes minerais, além de covas de 60 x 60 x 60 cm ou 40 x 40 x 40 cm, conforme a
espécie;
3.7.2. Adubação:
3.8. ESPÉCIES
a) Plantas de sol:
Cyrtostachis laka cv. Orange formulação
Wallichia disticha - Rabo-de-peixe
Ravenea rivularis - Palmeira majestosa
Socratea exorrhiza – Paxiúba
Butia purpurascens
Dypsis lastelliana - Palmeira de pescoço marrom
Livistona decipiens
Corypha umbraculifera
Satakentia liukiuensis - Palmeira satake
Euterpe edulis – Juçara
Mauritiella armata – Buritirana
Euterpe oleracea – Açaí
Hyophorbe verschaffeltii - Palmeira fuso
Dypsis cabadae - Palmeira de cadaba
Butia capitata
Dypsis decaryi - Palmeira triângulo
Latania commersonii - Latânia-vermelha
Copernicia prunifera – Carnaúba
Bismarckia nobilis - Palmeira azul
b) Plantas de sol e meia-sombra:
Calyptrocalix spicatus - Palmeira-de-rabo
Phoenix roebelenii - Tamareira de jardim
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4.1. CLASSIFICAÇÕES
4.1.1. Grupos botânicos
d) Arbusto escandente: planta que, a pleno sol e em campo aberto, atinge porte
arbustivo. Plantada junto a uma árvore ou pérgula, alonga seus caules, apoiando-se e
amarrada a um tutor. Presta-se também para ser usada como pendente em vaso e
jardineira. Grupo intermediário entre os arbustos e os cipós. Não atinge grandes alturas
como o cipó e requer, quase sempre, o auxílio de amarrios para ficar presa em
determinado lugar. Ex: viuvinha (Petrea subserrata), roseira trepadeira (Rosa x
wichuraiana), primaveras (Bougainvillea spp.), etc.
4.2. TUTORES
a) Pérgula: passeio ou abrigo, em jardins, feito de duas séries de colunas paralelas e
que serve de suporte a trepadeiras;
b) Caramanchão: construção ligeira de ripas, canos ou estacas, revestida de
trepadeiras; pavilhão;
c) Treliça: trabalho de ripas de madeira cruzadas, utilizada com fins ornamentais ou
funcionais, em portas, biombos, caramanchões, etc.;
Muros e paredes;
Pilares, colunas, postes;
Cercas e gradis metálicos;
Molduras de janelas, varandas e bancos de jardins, arcos;
Troncos altos de palmeiras ou de outras árvores de fuste alto;
Troncos de xaxim.
4.3. UTILIZAÇÃO
Como seu crescimento pode ser conduzido, e devido à grande diversidade de
forma, textura, estrutura, floração e hábito de crescimento, a trepadeira pode ser usada
no jardim em:
Formação de cercas-vivas;
Separação de ambientes;
Revestimento de muros ou paredes, quebrando a cor monótona, disfarçando e
suavizando as linhas rígidas de construções;
Formação de pérgolas, arcos e treliças;
Mascarar troncos de árvores e palmeiras esteticamente indesejáveis;
CENTRO ADMINISTRATIVO MUNICIPAL - PRAÇA ANTENOR NAVARRO, Nº 10, 1º ANDAR- CEP: 58.280-000 - MME - PB
4.4. PROPAGAÇÃO
De forma geral, recomenda-se fazer a multiplicação das espécies trepadeiras no
inverno, época em que as plantas entram em repouso; assim, quando chegar a
primavera, as reservas serão gastar nas formação do sistema radicular. Para isso,
recomenda-se o uso de hastes lenhosas de cerca de 20cm de comprimento.
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4.5. ESPÉCIES
Allamanda cathartica; A.violaceae, A.nerrifolia;
Antigonon leptopus; Hedera sp., Pyrostegia venusta (cipó-de-são-joão); Ficus pumila;
Clerodendron thomsonae (lágrima de cristo), Bouganvillea sp.;
Thunbergia grandiflora, T. alata, T. mysorensis, Fuchsia hybrida, Monstera deliciosa,
M. obliqua, Scindapsus aurens, Singonium sp.;
Phylodendron andraeanum, P. scandens, P. bipinatifidum, P. sellown; P. williamsi; P.
speciosum, P. melinoni, Congea tomentosa; Petrea subserrata); Saritaea magnifica
(saritéia);
Pandorea ricasoliana; Jasminum mesnyi, J. officinale (branco); J. polyanthum (rosa);
J. primulinum (amarelo).
4.5.1. Características
5. SUCULENTAS
As plantas suculentas são capazes de armazenar água nos tecidos (parênquima
aquífero) de uma ou mais de suas partes (caule, folhas e/ou raízes). As plantas
suculentas podem estar presentes em inúmeras famílias, conforme listado a seguir.
5.1. FAMÍLIAS
FAMÍLIA GÊNERO
Amaryllidaceae Agave sp. Furcraea sp.
Echeveria sp.
Crassulaceae sp.
Kalanchoe sp.
a) Mandacarus: os mais conhecidos são aqueles de dois “braços” que aparecem nos
filmes do Velho Oeste. Alguns tipos chegam a 10m de altura, como o mandacaru-
africano. Há ainda os mandacarus de menor tamanho, com lindas hastes azuis, e os que
apresentam as hastes avermelhadas ou verde-amareladas como o mandacaru-brasil
(Cereus hildmannianus “Brasil”);
b) Figos-da-índia: de rápido crescimento, eles formam desde touceiras baixas que não
ultrapassam 40cm de altura, até arbustos que podem chegar a 3,0m. O colorido das
espécies, neste caso, fica por conta dos espinhos, que variam do amarelo ao branco, e
há inclusive exemplares com hastes variegadas. Alguns, em poucos anos, mostram
minúsculas inflorescências também em diferentes cores. Apesar de muito ornamentais,
deve-se ter cuidado com as crianças, pois os figos-da-índia podem causar problemas
com os espinhos, que são venenosos. Exemplos:
(Echeveria e Aeonium), por exemplo, apresentam muitas cores, com variação inclusive
das folhas (do verde para o azul até quase chegar ao preto). Sempre as menores do
jardim, elas preenchem o nicho nas pedras, que, a propósito, é o seu lugar preferido. As
suculentas rasteiras, como a onze-horas (Portulaca grandiflora), têm flores em tons
fortes, o que dá um charme extra à paisagem. Assim como os cactos, elas também não
gostam de locais muito sombreados, estão sempre procurando a claridade.
Podem ser usadas em vasos, em floreiras ou como forração.
Dentre outras famílias de plantas suculentas, pode-se citar:
Família Crassulaceae: Echeveria gigantea (forma de roseta, folhas verde-
azuladas); Kalanchöe sp., Crassula argentea (planta levemente pendente, folhas
verdes); Sedum pachyphyllum (dedode-moça);
Família Portulaceceae: Portulaca grandiflora (flores vermelho-escarlate,
brancas, mescladas e outras);
Família Aizoaceae: Aptenia cordifolia (rosinha-de-sol), Lampranthus productus
(cactomargarida);
Família Apocynaneae: a palmeira-de-madagascar (Pachypodium lamerei) é um
arbusto suculento, que parece-se mais com uma palmeira.
6.3. CULTIVO
a. Substrato recomendado para cultivo de cactos: 60 % de areia grossa + 30 % de
terra comum
b. + 10 % de composto orgânico;
c. Adubação no solo: aplicar 5-10-5 duas vezes/ano, sendo 100g/planta em cada
aplicação, misturado com a terra ao seu redor;
d. Adubação em vasos: 2g de 20-20-20 em 1 L de água, irrigando a cada 15 dias, de
setembro a março. Evitar molhar a parte aérea da planta;
e. Irrigação: evitar o encharcamento;
f. Pragas: pulgões, cochonilhas, lagartas e ácaros. As pragas que mais atacam as
suculentas (lagartas, cochonilhas com e sem carapaça e ácaros) devem, na medida do
possível, ser removidas manualmente com cotonetes embebidos em álcool. No entanto,
por serem bastante susceptíveis a estas pragas, muitas vezes o uso de inseticidas
químicos se faz necessário;
g. Doenças: apodrecimento causado pelo encharcamento.